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CORRENTES DIADINÂMICAS Origem: De acordo com Guirro e Guirro (8), as Correntes Diadinâmicas de Bernard (CDB) foram desenvolvidas na França no início da década de 50 por Pierre Bernard. São correntes alternadas senoidais de baixa freqüência (50 a 100 Hz) com retificação monofásica ou bifásica. São interrompidas com alternância rítmica. Podem trocar continuamente de freqüência ou combinar-se em defasagem de uma corrente senoidal monofásica. Associação com uma corrente contínua de base, que aumenta o nível de saída das semi-ondas mono ou bifásicas. Correntes polarizadas = alternam polarização e despolarização dos tecidos (membrana celular); aumentam o índice de reabsorção tecidual devido a sua capacidade de hiperemia; incremento da irrigação sanguínea (efeito antiflogísitco). As principais diadinâmicas utilizadas na prática clínica são: Monofásica (MF), Difásica (CD), Curtos Períodos (CP) e Longos Períodos (LP) Corrente Monofásica (MF) Apresenta pulso alternado diferenciando-se apenas por apresentar retificação em semi-ondas com frequência de 50 Hz. Cada pulso tem duração de 10 ms com intervalos iguais. Sensação = forte vibração promovendo contrações musculares com intensidade menor do que a corrente difásica. Possui predileção sobre o sistema nervoso vegetativo, no sentido de atenuar a tonicidade simpática. Indicada para estimulação inespecífica do tecido conjuntivo, pois acelera o metabolismo. Corrente Difásica (CD) Caracterizada por apresentar pulso senoidal (alternado) e frequência de 100 Hz com retificação em onda completa. Cada pulso dura 10 ms não havendo intervalo entre eles. Indicada para tratamento precedendo a aplicação de outras modalidades de corrente para induzir a elevação do limiar de excitação das fibras motoras sensitivas e, dessa forma, proporcionar analgesia temporária. Efeito analgésico = por mascaramento e bloqueio Teoria das Comportas. Indicada para transtornos circulatórios pela influência no sistema vasomotor para aplicação sobre os gânglios vegetativos, com preferência para os simpáticos. As correntes CP e LP são junções de DF com MF nas proporções de 1s/1s na CP e 5s/10s na LP. (Guirro e Guirro, 2002 apud Cavallaro, 2010) Corrente Curtos Períodos (CP) Monofásica e difásica alternadas a cada segundo (1 seg). No período monofásico podem ocorrer contrações musculares quando o limiar de excitação motor é ultrapassado. Indicada para o tratamento de dores de diferentes origens e alterações tróficas. Corrente Longos Períodos (LP) Composição da corrente monofásica com duração de 10 segundos e difásica de amplitude variável entre zero e seu valor máximo, com duração de 5 segundos. As correntes são percebidas de forma abrupta. O longo período de monofásica a torna mais desagradável. Efeito analgésico persistente. Empregada em diferentes tipos de mialgias e neuralgias. Ritmo Sincopado (RS) É a monofásica com trens de pulso de 1 segundo intercalado com período de repouso com a mesma duração. É indicada para exercícios musculares locais pois proporciona contrações rítmicas.

Aula n 05 Correntes Diadinamicas

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CORRENTES DIADINÂMICAS

Origem: De acordo com Guirro e Guirro (8), as Correntes Diadinâmicas de Bernard (CDB) foram desenvolvidas na França no início da década de 50 por Pierre Bernard.

São correntes alternadas senoidais de baixa freqüência (50 a 100 Hz) com retificação monofásica ou bifásica.

São interrompidas com alternância rítmica. Podem trocar continuamente de freqüência ou combinar-se em

defasagem de uma corrente senoidal monofásica.

Associação com uma corrente contínua de base, que aumenta o nível de saída das semi-ondas mono ou

bifásicas.

Correntes polarizadas = alternam polarização e despolarização dos tecidos (membrana celular); aumentam o

índice de reabsorção tecidual devido a sua capacidade de hiperemia; incremento da irrigação sanguínea (efeito

antiflogísitco).

As principais diadinâmicas utilizadas na prática clínica são: Monofásica (MF), Difásica (CD), Curtos Períodos

(CP) e Longos Períodos (LP)

Corrente Monofásica (MF)

Apresenta pulso alternado diferenciando-se apenas por apresentar retificação em semi-ondas com frequência de 50 Hz. Cada pulso tem duração de 10 ms com intervalos iguais.

Sensação = forte vibração promovendo contrações musculares com intensidade menor do que a corrente difásica. Possui predileção sobre o sistema nervoso vegetativo, no sentido de atenuar a tonicidade simpática. Indicada para estimulação inespecífica do tecido conjuntivo, pois acelera o metabolismo. Corrente Difásica (CD) Caracterizada por apresentar pulso senoidal (alternado) e frequência de 100 Hz com retificação em onda completa. Cada pulso dura 10 ms não havendo intervalo entre eles.

Indicada para tratamento precedendo a aplicação de outras modalidades de corrente para induzir a elevação do limiar de excitação das fibras motoras sensitivas e, dessa forma, proporcionar analgesia temporária. Efeito analgésico = por mascaramento e bloqueio – Teoria das Comportas. Indicada para transtornos circulatórios pela influência no sistema vasomotor para aplicação sobre os gânglios vegetativos, com preferência para os simpáticos. As correntes CP e LP são junções de DF com MF nas proporções de 1s/1s na CP e 5s/10s na LP. (Guirro e Guirro, 2002 apud Cavallaro, 2010) Corrente Curtos Períodos (CP) Monofásica e difásica alternadas a cada segundo (1 seg). No período monofásico podem ocorrer contrações musculares quando o limiar de excitação motor é ultrapassado. Indicada para o tratamento de dores de diferentes origens e alterações tróficas. Corrente Longos Períodos (LP) Composição da corrente monofásica com duração de 10 segundos e difásica de amplitude variável entre zero e seu valor máximo, com duração de 5 segundos. As correntes são percebidas de forma abrupta. O longo período de monofásica a torna mais desagradável. Efeito analgésico persistente. Empregada em diferentes tipos de mialgias e neuralgias. Ritmo Sincopado (RS) É a monofásica com trens de pulso de 1 segundo intercalado com período de repouso com a mesma duração. É indicada para exercícios musculares locais pois proporciona contrações rítmicas.