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    Faculdades Integradas de Jaacarepagu FIJEnfermagem em Sade Coletiva IIProfa. Ms. Wilma Helena C. Rodrigues

    INTRODUO AOS PROGRAMAS DE SADE

    Anos 80 = Reforma sanitria / Constituio Federal ( 1988) / Diretrizesde implantao do SUS.

    1991 = Implantao do Programa de Agentes Comunitrios de Sade( PACS).

    1994 = Sofre ( PACS) modificaes estruturais e de aes = PSF

    Introduo

    A Estratgia Sade da Famlia vem se destacando como estratgia paraa reorganizao da Ateno Bsica, na lgica da vigilncia sade,representando uma concepo da sade centrada na promoo de qualidadede vida. Caracteriza-se pela assistncia integral ao indivduo dentro do seucontexto familiar e social, econmico e cultural, sem prejuzo s aescurativas e com a participao da comunidade, integrando-os aos diversosmembros da equipe para um trabalho em conjunto. uma nova forma decuidar da sade da populao.

    O PSF valoriza os princpios de: Vinculao com a populao;

    Garantia de integridade na ateno; Trabalho em equipe com enfoque interdisciplinar; nfase na promoo da sade com fortalecimento das aes inter-

    setoriais; Estmulo participao da comunidade.

    Segundo o Ministrio da Sade, o PSF abrange uma estratgia que priorizaas aes de Promoo, Proteo e Recuperao da sade dos indivduos dacomunidade bem como os membros de sua famlia, dos recm nascidos, dosidosos sadios e / ou doentes de forma integral ou contnua.Inicialmente, na propagao dos primeiros PSFs, a equipe era compostaminimamente por:01 Mdico01 Enfermeiro01 Auxiliar de Enfermagem04 06 agentes de sade

    Em funo do projeto inicial ter sido elaborado em outro contexto histrico(1994), este quadro de equipe multidisciplinar aparentemente dava conta dosobjetivos do programa:

    1) Promoo de Sado Individual e Coletiva,2) Proteo de minorias e indivduos / famlias sem recursos e

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    3) Recuperao de enfermos ou dependentes qumicos.Em 2004 em suas novas pesquisas relata a atualizao desta equipe na

    grande maioria dos ncleos de PSF, acrescentou-se:

    01 Cirurgio

    01 Nutricionista01 Fisioterapeuta01 Psiclogo01 FarmacuticoXX Agentes de Sade (conforme necessidade local)

    Em muitos lugares a incluso de outros profissionais ainda no foram incluidospara formao de uma equipe que atue sob tica multidisciplinar, mantendo omodelo clssico de PSF (Mdico Enfermeiro Auxiliar de Enfermagem Agente de Sade) que segundo as pesquisas citadas no atingem porcompleto os objetivos iniciais do projeto.

    Atribuies especificas do mdico

    - Realizar consultas clinicas aos usurios da sua rea adstrita;

    - Executar as aes de assistncia integral em todas as fases do ciclo de vida:criana, adolescente, mulher, adulto e idoso;

    - Realizar consultas e procedimentos na USF e, quando necessrio, nodomiclio;

    - Aliar a atuao clnica prtica da sade coletiva;

    - Fomentar a criao de grupos de patologias especificas, como dehipertensos, de diabticos, de sade mental, etc;

    - Realizar o pronto atendimento mdico nas urgncias e emergncias;

    - Encaminhar aos servios de maior complexidade, quando necessrio,garantindo a continuidade do tratamento na USF, por meio de um sistema de

    acompanhamento e referncia e contra-referncia;

    - Realizar pequenas cirurgias ambulatrias;

    - Indicar internao hospitalar;

    - Solicitar exames complementares;

    - Verificar e atestar bito.

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    Atribuies especficas do enfermeiro

    - Realizar cuidados diretos de enfermagem nas urgncias e emergnciasclnicas, fazendo a indicao para a continuidade da assistncia prestada;

    - Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares,prescrever/transcrever medicaes, conforme protocolos estabelecidos nosProgramas do Ministrio da Sade e as Disposies legais da profisso;

    - Planejar, gerenciar, coordenar, executar e avaliar a USF;

    - Executar as aes de assistncia integral em todas as fases do ciclo de vida:criana, adolescente, mulher, adulto, e idoso;

    - No nvel de suas competncias, executar assistncia bsica e aes devigilncia epidemiologica e sanitria;

    - Realizar aes de sade em diferentes ambientes, na USF e, quandonecessrio, no domiclio;

    - Aliar a atuao clnica prtica da sade coletiva;

    - Organizar e coordenar a criao de grupos de patologias especficas, comode hipertensos, de diabticos, de sade mental, etc;

    - Supervisionar e coordenar aes para capacitao dos Agentes Comunitriode Sade e de auxiliares de enfermagem, com vistas ao desempenho de suafunes.

    Atribuies Especficas do auxiliar de enfermagem

    - Realizar procedimento de enfermagem dentro das suas competncia tcnicase legais;

    - Realizar procedimentos de enfermagem nos diferentes ambientes, UFS e nos

    domiclios, dentro do planejamento de aes traado pela equipe;

    - Preparar o usurio para consultas mdicas e de enfermagem, exames etratamentos na USF;

    Zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamento e de dependncias daUSF, garantindo o controle de infeco;

    - Realizar busca ativa de casos, como tuberculose, hansenase e demaisdoenas de cunho epidemiolgico;

    - No nvel de sua competncia, executar assistncia bsica e aes devigilncia epidemiolgica e sanitria;

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    - Realizar aes de educao em sade aos grupos de patologias especficase s famlia de risco, conforme planejamento da USF.

    Atribuies especficas do Agente Comunitrio de Sade

    Agente Comunitrio de Sade (ACS) mora na comunidade e est vinculado USF que atende a comunidade. Ele faz parte do time da Sade da Famlia!

    Quem o agente comunitrio? algum que se destaca na comunidade, pelacapacidade de se comunicar com as pessoas, pela liderana natural queexerce. O ACS funciona como elo entre e a comunidade. Est em contatopermanente com as famlias, o que facilita o trabalho de vigilncia e promoo

    da sade, realizado por toda a equipe. tambm um elo cultural, que d maisfora ao trabalho educativo, ao unir dois universos culturais distintos: o dosaber cientfico e o do saber popular.

    O seu trabalho feito nos domiclios de sua rea de abrangncia. Asatribuies especficas do ACS so as seguintes:

    - Realizar mapeamento de sua rea;

    - Cadastrar as famlias e atualizar permanentemente esse cadastro;

    - Identificar indivduos e famlias expostos a situaes de risco;

    - Identificar rea de risco;

    - Orientar as famlias para utilizao adequada dos servios de sade,encaminhando-as e at agendando consultas, exames e atendimentoodontlogico, quando necessrio;

    - Realizar aes e atividades, no nvel de suas competncias, na reasprioritrias da Ateno Bsicas;

    - Realizar, por meio da visita domiciliar, acompanhamento mensal de todas asfamlias sob sua responsabilidade;

    - Estar sempre bem informado, e informar aos demais membros da equipe,sobre a situao das famlias acompanhadas, particularmente aquelas emsituaes de risco;

    - Desenvolver aes de educao e vigilncia sade, com nfase napromoo da sade e na preveno de doenas;

    - Promover a educao e a mobilizao comunitria, visando desenvolveraes coletivas de saneamento e melhoria do meio ambiente, entre outras;

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    - Traduzir para a ESF a dinmica social da comunidade, suas necessidades,potencialidades e limites;

    - Identificar parceiros e recursos existentes na comunidade que possa serpotencializados pela equipe.

    ACOLHIMENTO E DEMANDA ESPONTNEA

    O acolhimento foi implementado na rede de sade, busca humanizar aateno, estabelecer vnculo e aumentar a capacidade de escuta dasdemandas apresentadas, ampliando a sua interveno. Desencadeou-se pelanecessidade de se rever as portas de entrada das US, que se encontravamfechadas a usurios sem agendamento prvio, no pertencentes a grupos

    prioritrios e que encontravam agendas lotadas e dificuldade de acesso (Malta,1995).

    O acolhimento foi pensado como estratgia de mudana no processo detrabalho em sade e, apesar de constituir uma etapa desse processo omomento de recepo do usurio e a abertura das possibilidades de resposta no deve ser reduzido, ao contrrio, deve ser entendido e praticado comocontedo (Franco, Bueno e Merhy, 1999). O ato de escuta um momento deconstruo, em que o trabalhador utiliza seu saber para a construo derespostas as necessidades dos usurios, e pressupe o envolvimento de todaa equipe que, por sua vez, deve assumir postura capaz de acolher, de escutare de dar resposta mais adequada a cada usurio, responsabilizando-se ecriando vnculos (Malta, 2001).Com a implantao do PSF e o direcionamento de ESF houve grandeincremento da capacidade operacional da rede bsica

    O acolhimento no momento atual

    Atualmente o acolhimento poltica institucional implantada e aceita pelo grupo

    gerencial por causa do reconhecimento humanizao que a proposta agrega,da possibilidade de deteco das reais necessidades do usurio, da adesodestes proposta e da ampliao do acesso.A dificuldade de se lidar com a demanda no imediatamente reconhecida comoda sade, provocando nas equipes sensao de pouca resolutividade.Muito comum o entendimento de que o acolhimento triagem para a consultamdica, em que a equipe de enfermagem decide quem ter direito a talconsulta.Tambm chamado de acolhimento o momento em que as equipes deixamabertas as agendas para atendimento da demanda espontnea.Para o usurio, comum a viso de que o acolhimento o local de

    agendamento de consultas e/ou outras aes, corroborada pelo fato, no raro,de as agendas dos profissionais da US ficarem acessveis apenas para as

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    equipes que fazem o acolhimento. Tambm muito habitual usar o termoacolhimento para nomear a recepo do usurio na US ou, ainda, mais umservio ou setor da US, como a vacinao, o curativo...Por fim, bastante reconhecido o conceito de acolhimento como possibilidadede atendimento do caso agudo.

    Por outro lado, o acolhimento reconhecido tambm como diretriz dahumanizao dos servios de sade e possibilidade de escuta qualificada;ainda, para simbolizar o atendimento cordial e aberto, sendo compreendidocomo postura acolhedora.Abaixo destacamos as principais caractersticas de:

    Acolhimento No acolhimentoDiscriminao de vulnerabilidadesdiferentes com encaminhamentos paraatividades programadas.

    Predomnio da escuta de queixasatendimento agudos (ProntoAtendimento)

    Mltiplas entradas Porta nica

    Diversidade de atividades (gruposoperativos/visita domiciliar).

    Encaminhamento para consulta mdicaou de enfermagem.

    Acolhimento por equipe Atendimento direcionado

    Acolhimento o tempo todo Acolhimento com horrio fixo

    Clientela cativa / frequenta usualmente aUS.

    Clientela solta/ usurio ocasional

    Escuta qualificada Triagem/disciplinas/BARREIRA

    Acolhimento/EscutaQualificada/Vnculo/Autonomia

    Patologizao da demanda/ciclo viciosoda medicalizao.

    Satisfao da equipe/ compreenso daproposta.

    Desgaste da equipe / estresse /sofrimento / limite

    Gerente coordenador e planejador Gerente assistencial

    Porta aberta, humanizao Demora no atendimento, falta de

    privacidade.Acolhimento como estratgia parainsero para os programas

    No h continuidade / desorganiza osprogramas

    Fonte: Relatrios Oficinas de Trabalho do MS, 2004

    Referncias

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    Vasconcelos EM. A priorizao da famlia nas polticas pblicas de sade.Sade Deb. 1999;23(53):6-19.Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas Pblicas. Guia prtico doPrograma de Sade da Famlia. Braslia; 2001.

    Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas Pblicas. Treinamentointrodutrio. Braslia; 2000.Elsen I. Desafios da enfermagem no cuidado da famlia. In: Bub LIR,organizador. Marcos para a prtica de enfermagem com famlias. Florianpolis:Ed. da UFSC; 1994. p. 61-77.Elsen I, Marcon SS, Silva MRS, organizadoras. O viver em famlia e suainterface com a sade e a doena. 2 ed. Maring: Eduem; 2004.