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PREFEITURA MUNICIPAL DE CARMÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – EQUIPE ROSA Carmópolis – Sergipe Julho de 2013 Dr. Fernando Diego Anjos de Andrade

SIFILIS NO PSF

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Revisão sobre sífilis baseada na realidade do Programa de Saúde da Família

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Page 2: SIFILIS NO PSF

O que fazer com opaciente após tratá-lo

para Sífilis?

RN com diagnóstico de Sífilis Congênita !!! Como acompanhar?

Gestante com VDRL+. O que fazer?

VDRL/FTA-Abs

Quais sinais e sintomas da sífilis?

Page 3: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS

DST causada pela bactéria Treponema pallidum cujo sintoma mais comum é uma úlcera indolor na genitália.

Transmitida pela via sexual e verticalmente durante a gestação.

Risco de contágio em cada relação sexual desprotegida com parceiro infectado = 30%

Evolução com fases sintomáticas e fases assintomáticas (latência)

Page 4: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS PRIMÁRIA

t Incubação: média 3 sem (3 dias a 3 meses)

O cancro duro desaparece após 4 a 6 semanas mesmo sem tratamento, levando à falsa impressão de cura espontânea.

Page 5: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS SECUNDÁRIA

t: 4 a 8 semanas Roséola (exantema morbiliforme não-

pruriginoso) = lesão mais precoce

Page 6: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS SECUNDÁRIA

Exantema sifilítico em tronco

Roséola sifilítica em face e lábios

Page 7: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS SECUNDÁRIA

Na face, as pápulas tendem a agrupar-se em volta do nariz e da boca, simulando dermatite seborréica.

Nos negros, as lesões faciais fazem configurações anulares e circinações (sifílides elegantes)

Page 9: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS SECUNDÁRIA

Febre / Mal estar / Mialgia Perda do apetite / Dor articular

Queda de cabelo Lesões oculares Adenomegalia difusa Condiloma plano

Cerca de 20% não procuram ajuda médica. Os sintomas da sífilis secundária desaparecem espontaneamente, sem qualquer tratamento.

Page 10: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS TERCIÁRIA

t: após um ou até vários anos assintomáticos. É a forma mais grave.

Apresenta 3 tipos de manifestações:

• granulomas destrutivos que podem acometer pele, ossos e órgãos internos

Goma sifilítica

• acometimento da artéria aorta, causando aneurismas e lesões da válvula aórtica.

Sífilis cardiovascula

r

• acomete o sistema nervoso, levando à demência, meningite, AVC e problemas motores por lesão da medula e dos nervos

Neurosífilis

Page 11: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS TERCIÁRIA

Page 12: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS TERCIÁRIA

Page 15: SIFILIS NO PSF

TRATAMENTO DA SÍFILIS

1a DOSE 2.400.000U/IM

2a DOSE 2.400.000U/IM

3a DOSE 2.400.000U/IM

1ª SEMANA

2ª SEMANA

VDRL 3/3 meses

Page 16: SIFILIS NO PSF

TRATAMENTO DA SÍFILIS

Critérios de Cura

Desaparecimento dos sintomas+

Queda de 4 titulações no VDRL

EXEMPLO: - VDRL era 1/64 e após o tratamento caiu para 1/16 - VDRL era 1/32 e após o tratamento caiu para 1/8 - VDRL era 1/128 e após o tratamento caiu para 1/32

Page 17: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS CONGÊNITA

Pode ocasionar abortamento, óbito fetal e morte neonatal em 40% dos conceptos infecta-dos ou o nascimento de crianças com sífilis

A maioria dos RN é assintomática

O RN não infectado pode apresentar anticorpos maternos transferidos através da placenta VDRL reagente até 6o mês de vida

Importância de uma história materna e pré-natal bem feitas e anotação detalhada no cartão da gestante

Page 18: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS CONGÊNITA

RN de mãe nãotratada ou tratada inadequadamente

RN de mãe tratada adequadamente

Com alteração clínica ou LCR ou Rx

Com VDRL(+) após 6 meses

Com títulos de VDRL4x > mãe

FTA-Abs (+) após 18 meses

VDRL(+)

Com títulos ascen-dentes de VDRL

DEFINIÇÃO DE CASO DE SÍFILIS CONGÊNITA

Page 19: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS CONGÊNITA

Manifestações clínicas da sífilis recente (até 2 anos)Até 70% dos casos assintomáticos

Menos Frequentes

Linfoadenopatia

Meningite asséptica

Sífilis meningovascular

Pseudoparalisia

Nefropatia

Pneumonite

Ascite

Menos Frequentes

Linfoadenopatia

Meningite asséptica

Sífilis meningovascular

Pseudoparalisia

Nefropatia

Pneumonite

Ascite

Mais Frequentes

Prematuridade

Baixo peso

Osteocondrite/ periostite

Rinite/coriza

Rash maculo-papular

Anemia

Hepato-esplenomegalia

Febre

Mais Frequentes

Prematuridade

Baixo peso

Osteocondrite/ periostite

Rinite/coriza

Rash maculo-papular

Anemia

Hepato-esplenomegalia

Febre

Page 20: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS CONGÊNITA RECENTE

Page 21: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS CONGÊNITA

Sífilis congenita tardia (maiores de 2 anos)

Menos Frequentes

Tíbia em sabre

Rágades (fissuras periorais e perinasais)

Surdez

Retardo mental

Hidrocefalia

Escápula em clarão

Articulações de Clutton (efusão de joelhos)

Menos Frequentes

Tíbia em sabre

Rágades (fissuras periorais e perinasais)

Surdez

Retardo mental

Hidrocefalia

Escápula em clarão

Articulações de Clutton (efusão de joelhos)

Mais Frequentes

Anormalidades dentárias

Desenvolvimento pobre de maxila

Palato em ogiva

Nariz em sela

Fronte olímpica

Ceratite intersticial

Mais Frequentes

Anormalidades dentárias

Desenvolvimento pobre de maxila

Palato em ogiva

Nariz em sela

Fronte olímpica

Ceratite intersticial

Page 22: SIFILIS NO PSF

SÍFILIS CONGÊNITA TARDIA

Page 23: SIFILIS NO PSF

PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA

Dx precoce de sífilis materna no pré-natal !!!

Tto imediato das gestantes e seus parceiros

VDRL no 1o trimestre (1a consulta) e início do 3o trimestre

Considerar VDRL em qq titulação = Diagnóstico de Sífilis

Na dúvida, prescrever 3 doses de Benzetacil

Orientar evitar relações sexuais até o final do tratamento

Controle de cura com VDRL MENSAL

Repetir tto em caso de interrupção ou quadruplicação dos títulosDessensibilizar as gestantes alérgicas a penicilina

Page 24: SIFILIS NO PSF

Mães Inadequadamente Tratadas:

Tratada com qualquer droga que nao seja penicilina ou tratamento incompleto (<7.200.000 UI Benzetacil)

Instituição do tratamento dentro do prazo de 30 dias anteriores ao parto

Ausência de documentação do tratamento no cartão da gestante

Ausência de queda dos títulos de VDRL após tto adequado

Parceiro não tratado ou tratado inadequadamente ou quando não se tem esta informação disponível

PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA

Page 25: SIFILIS NO PSF

PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA

Aconselhamento da gestante sobre a sífilis

trazer o parceiro para consulta

Aconselhamento da gestante sobre a sífilis

trazer o parceiro para consulta

Adoção do pré-natal do homem solicitar junto

com os exames de pré-natal sorologias

(sífilis+HIV) do parceiro

Adoção do pré-natal do homem solicitar junto

com os exames de pré-natal sorologias

(sífilis+HIV) do parceiro

Abordagem do parceiro sexual da gestante

Page 26: SIFILIS NO PSF

PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA

Page 27: SIFILIS NO PSF

Se VDRL + aos 6 meses = Sífilis Congênita Tratar

VDRL deve ser negativo aos 6 meses

SEGMENTO DA SÍFILIS CONGÊNITA

VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses títulos devem ser descendentesSe os títulos ↑ ou não negativarem aos 18 meses reinvestigar

Acompanhamento clínico mensal 1º ano de vida

RN não tratado após o nascimento

RN tratado após o nascimento

Recomenda-se acompanhamento oftalmológico, neurológico e audiológico semestral nos casos confirmados de sífilis congênita.

Page 28: SIFILIS NO PSF

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

Sífilis Adquirida (A53.9)

Sífilis em Gestante (O98.1)

Sífilis Congênita (A50.9)