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1 Canteiro de Obra e Segurança

Aula Segurança e Canteiro

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Aula seguranca

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Canteiro de Obra e Segurança

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SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA Anos Total

Metalurgia

2009 10.083

2010 10.374

2011 10.870

Fabricação de máquinas e equipamentos

2009 18.867

2010 19.234

2011 20.081

Construção Civil

2009 55.670

2010 55.920

2011 59.808

Anuário Estatístico da Previdência Social 2011 (TIBOLA, 2012)

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Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio

Grande do Sul (GARDIN, 2001; TIBOLA, 2012)

Causas de acidentes mais encontradas (período de 2002 à 2009)

- 25% a 27%: fatores de tarefa (quando há desconhecimento por parte do trabalhador do procedimento correto para a atividade ou de precauções que devam ser tomadas contra o perigo)

- 20 a 22%: fatores da organização e gerenciamento das atividades ou da produção (falta de consideração da segurança que deveria acompanhar o projeto)

- 13 e 14%: fatores de material (desgastes de ferramentas, máquinas, equipamentos e veículos, bem como falta de manutenção preventiva de equipamentos)

- 11 e 14%: fatores do ambiente (defeitos de projeto, de construção, de armazenamento de materiais, de deterioração de materiais)

Page 4: Aula Segurança e Canteiro

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(GARDIN, 2001; TIBOLA, 2012)

De modo geral:

ou são decorrentes da falha humana na execução,

através da negligência, imperícia,

ou por desconhecimento da aplicação de medidas de

segurança, treinamento inapropriado dos colaboradores

envolvidos,

ou por condições impróprias do meio ambiente de

trabalho.

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Qual a relação entre o fluxo contínuo de

produção e a segurança do

trabalho?

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Acidentes: interrupção no fluxo de trabalho e gerador de diversos tipos de perdas

Premissa: tornar o fluxo de trabalho confiável é uma maneira de reduzir eventos não esperados

Logo, é clara a relação entre o planejamento eficiente do canteiro de obras e a segurança do trabalho

Mas, como tornar o fluxo de trabalho confiável?

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GESTÃO INTEGRADA DA

SEGURANÇA E DA

PRODUÇÃO NA

CONSTRUÇÃO CIVIL

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Planejamento e controle da Segurança

Características básicas:

... integrado ao Modelo de PCP

... processo gerencial de natureza similar ao PCP

... dimensão horizontal.

... dimensão vertical (níveis hierárquicos).

... enfatiza a participação de vários intervenientes.

... análise das causas para o não cumprimento dos planos.

... critérios de qualidade para alocação dos pacotes de trabalho: proteção para produção com segurança.

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PCP define o que será feito, quem realizará a tarefa, como,

quando e com quais recursos;

Essas informações são essenciais para planejar a

segurança;

Requisitos de segurança devem ser levados em conta em

todas definições de produção sob pena de fracasso desses

planos por falta de segurança.

Por que integrar ao PCP?

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O que é?

Processo de tomada de decisão que estabelece quais são, como, por

quem, com que meios, quando e onde as medidas preventivas devem

ser implementadas, constituindo um ciclo contínuo de controle.

Importância?

Potencial para eliminar ou reduzir riscos na origem

Maior facilidade de controle comparativamente aos erros humanos.

Supremacia dos EPC em relação aos EPI.

Planejamento e controle da Segurança

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Ações

Identificação e, na medida do possível, desenvolvimento dos planos

básicos de segurança antes do início da obra;

Estudo e especificação das principais proteções coletivas;

Evitar improvisações e prejuízos para segurança e produção;

Interface com decisões de projeto.

Projeto do canteiro:

Dimensionamento das áreas de vivência para o pico máximo.

Interferência entre equipamentos fixos e proteções coletivas.

PLANEJAMENTO DE SEGURANÇA: LONGO PRAZO

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Função básica: análise de restrições

“... Atividades gerenciais, necessidades físicas, financeiras e

informações de projeto que impedem a programação dos pacotes de

trabalhos...”

Restrições de segurança;

Aquisição de recursos;

Desenvolvimento e atualizações dos planos básicos;

Planos para implantação das medidas preventivas.

PLANEJAMENTO DE SEGURANÇA: MÉDIO PRAZO

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PLANEJAMENTO DE SEGURANÇA: MÉDIO PRAZO

Categoria Exemplos de recursos

Treinamento Integração de novos funcionários, treinamento nos planos de

segurança, vídeos de treinamento.

Proteções

coletivas

Plataformas de proteção, extintores de incêndio,

medicamentos, fitas de segurança, guarda corpos.

EPI Capacetes, luvas, óculos de segurança, cintos de segurança,

uniforme.

Projeto

Detalhamentos da execução dos andaimes, detalhamento de

sistemas de guarda corpos, ART dos projetos destas

instalações.

Espaço Áreas para estoque de materiais, negociação de áreas de

trabalho livres de interferência das operações do cliente.

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Exemplo: aquisição e projeto para execução da bandeja primária

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Objetivo: atingir metas de produção com segurança.

Dois níveis: macro e micro;

“Micro”: permanente (diário)

“Macro”: freqüentemente semanal

Segurança como requisito para qualidade na alocação

das tarefas;

Alocação de pacotes específicos de segurança;

Estudo não formal dos métodos executivos;

Noção geral da interferência entre equipes.

PLANEJAMENTO DE SEGURANÇA: CURTO PRAZO

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Exemplo: montagem de formas e armaduras – interferência entre equipes: “quase-acidente”.

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Pacote específico de segurança: “Montagem da bandeja primária – Garagem”.

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Dimensionamento das equipes;

Necessidades de EPI;

Acessos;

Embalagem e organização;

Estacionamento de veículos;

Manuseio de cargas;

Planejamento de segurança para recebimento de materiais:

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Dois níveis: macro e micro

“Micro”: diário

Objetivo principal: absorver a dinâmica das construções e

as mudanças repentinas nos planos de produção.

Comprometimento gerencial (mestres, encarregados e

engenheiros de produção) com ênfase na segurança;

Comprometimento dos trabalhadores através do

consenso das ações a serem implantadas;

Conteúdo é enriquecido pelo envolvimento dos

trabalhadores;

Melhor visualização dos planos através da desagregação

dos mesmos.

PLANEJAMENTO DE SEGURANÇA: CURTO PRAZO

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07

08

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51

Acidentes sem afastamento

110

Quase-acidentes

326

Desvios (não-conformidades)

Acidentes com danos materiais

Acidentes com A > 15 dias

Acidentes com A < 15 dias

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Evidência de consumo de

álcool: trabalho em

atividades de menor

risco

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PACOTES DE TRABALHO SEGUROS

NECESSIDADE DE AUMENTAR O

ENVOLVIMENTO DOS

TRABALHADORES

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“Quanto mais uma peça pesada é manipulada,

movida, trabalhada ou estocada, maior será a

incidência de perigos no canteiro.”

Maccollum, 1995

Processos críticos segurança x produção?

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Tornar visíveis as fronteiras do trabalho seguro;

Treinar o trabalhador para que possa reconhecer os

perigos;

Introduzir dispositivos de controle estoque-produção;

Melhor gestão “fábrica x obra”;

Ajustar plano após primeira experiência.

Medidas de projeto?

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Eliminação / redução de estoques:

planejamento junto ao fornecedor

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PRODUTIVIDADE

RESPONSABILIDADE SOBRE A EDIFICAÇÃO

CONDIÇÕES DE ALOJAMENTO DOS

OPERÁRIOS

SEGURANÇA NO TRABALHO

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• NBR 12284:1991 – Áreas de vivência em canteiros de obras – Procedimentos

• NR 18 – Condições e Meio Ambiente de trabalho na indústria da construção

• NR 06 – Equipamento de Proteção Individual (EPI)

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

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Por que estudar NR-18

em “Gerenciamento

das Construções”?

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Qual o papel do engenheiro frente à NR-18?

Código Penal: Art. 132 “expor a vida ou saúde de

outrem a perigo direto ou iminente”.

Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano, se o fato não constitui

crime mais grave.

Definição de segurança do trabalho:

“É um conjunto de medidas e ações aplicadas para

PREVENIR acidentes e doenças ocupacionais nas

atividades das empresas ou estabelecimentos”.

Funções gerenciais básicas: Planejar e Controlar.

NR-18: exigências mínimas de segurança.

Page 35: Aula Segurança e Canteiro

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NR-18

ALGUNS ASPECTOS

IMPORTANTES

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• Ser vedado a estranhos • Previsão de espaços para cargas e descargas • Acesso fácil para veículos • Área suficiente para instalações provisórias • Água potável e energia elétrica

CONDIÇÕES BÁSICAS DE TRABALHO

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• Conduzir, executar e fiscalizar • Depósito para materiais e ferramentas • Galpões para fôrmas e armaduras

OBJETIVO DAS INST. PROVISÓRIAS

CLASSIFICAÇÃO

• Canteiro pequeno < 20 pessoas • Canteiro médio = entre 21 e 60 pessoas • Canteiro grande > 61 pessoas

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Endereço da obra;

Endereço correto e qualificação (CEI, CNPJ ou CPF) do

contratante, empregador ou condomínio;

Tipo de obra;

Datas previstas do início e conclusão da obra;

Número máximo de trabalhadores previstos na obra.

18.02 – COMUNICAÇÃO PRÉVIA Comunicação obrigatória à DRT, antes do início das atividades, das seguintes informações

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Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho

(riscos de acidentes e medidas preventivas);

Projeto de execução das proteções coletivas;

Especificação técnica das proteções coletivas e individuais;

Cronograma de implantação das medidas preventivas;

Layout inicial do canteiro de obras;

Programa educativo (temática prevenção de acidentes), com

carga horária.

18.03 – PCMAT Documentos integrantes

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Não integrado às atividades rotineiras de gestão da produção;

Normalmente realizado por especialistas externos à empresa;

Não consideração da incerteza;

Em geral não há controle formal de sua implementação;

Ênfase em proteções físicas;

Inexistem exigências para eliminação dos riscos na origem.

CRÍTICAS AO PCMAT:

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Os canteiros devem dispor de:

Instalações sanitárias;

Vestiário

Local de refeições;

Lavanderia;

Área de lazer;

Alojamento;

Cozinha

Ambulatório.

18.04 – ÁREAS DE VIVÊNCIA

Em caso de trabalhadores alojados no

canteiro

50 ou mais trabalhadores

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18.05 – DEMOLIÇÃO

18.06 – ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS

18.07 – CARPINTARIA

18.08 – ARMAÇÕES DE AÇO

18.09 – ESTRUTURAS DE CONCRETO

18.12 – ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS

18.13 – MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA

18.14 – MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS

18.15 – ANDAIMES

18.18 – SERVIÇOS EM TELHADOS

18.27 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

18.30 – TAPUMES E GALERIAS

18.31 – ACIDENTE FATAL

18.34 – CIPA

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