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VIGILÂNCIA AMBIENTAL Diretrizes, atribuições, limites e possibilidades"

Aula Vigilモncia Ambiental.ppt [Modo de Compatibilidade] · 2016-09-29 · ações de saneamento ambiental e de ações de atenção integral à saúde ... . ... Title: Aula Vigilモncia

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VIGILÂNCIA AMBIENTALDiretrizes, atribuições, limites e possibilidades"

Antonio LeiteProfessor Assistente-A

Graduado em OdontologiaEspecialista em Saúde Coletiva

Mestre em Ciência – Área de concentração: Epidemiologia, Politicas e Gestão em Saúde – A saúde da população: epidemiologia, vigilância e controle de doenças

agudas e crônicas e de agravos a saúde.

Histórico e Marcos Legais� Anos de 1990

� Após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992 (Cnumad ou Rio-92), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), realizou em Washington a Conferência Pan-Americana sobre Saúde, Ambiente e Desenvolvimento – Copasad, em outubro de 1995, com o objetivo de definir e adotar um conjunto de políticas e estratégias sobre saúde e ambiente, bem como elaborar um plano regional de ação no contexto do desenvolvimento sustentável

� 1995, foi publicada portaria ministerial criando uma Comissão no Ministério da Saúde, visando a subsidiar o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) na elaboração do Plano Nacional a ser apresentado pelo Governo brasileiro na Copasad.

� A partir do ano de 1998, a Opas vem incentivando a implantação nos seus países membros, incluindo o Brasil, a estratégia da Atenção Primária Ambiental, visando à estruturação de instrumentos voltados à saúde ambiental, sob a ótica das estratégias da Agenda 21,

Histórico e Marcos Legais� 2001

� Regulamentou a Portaria GM/MS nº 1.399/99, no que se refere às competências da União, estados, municípios e DF na área de Vigilância Ambiental em Saúde (Instrução Normativa Funasa nº 1, de 25/9/2001).

� 2002

� Aprovou os critérios e procedimentos para a aplicação de recursos financeiros destinados a: 1.1. saneamento, 1.2. saúde indígena, 1.3. vigilância ambiental, 1.4. educação em saúde, 1.5. Pesquisa (Portaria Funasa nº 1, de 2/1/2002).

� Dispôs sobre a organização do Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (Sislab). Designou aFunasa como o gestor da Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Epidemiológica e Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Ambiental (Portaria GM/MS nº 15, de 3/1/2002).

� Constituiu a Comissão Permanente de Saúde Ambiental, no âmbito do Ministério da Saúde, com representante da Funasa (Portaria GM/MS nº 573, de 20/3/2002).

� Dispôs sobre o Atestado de Aptidão Sanitária para os novos projetos de assentamentos do Incra e para licenciamento ambiental de empreendimentos, nas regiões endêmicas da Malária (Portaria Funasa nº 662, de 27/12/2002).

Histórico e Marcos Legais�2003

� Definida a nova missão da Funasa: Promover a inclusão social por meio de ações de saneamento ambiental e de ações de atenção integral à saúde dos povos indígenas, com excelência na gestão e em consonância com o SUS.

�2004� Criou o Projeto de Saneamento Ambiental em Regiões Metropolitanas

(Portaria Interministerial GM/MCIDADES/MS nº 165, de 20/4/2004).

�2006� Definiu a nova missão: Realizar ações de saneamento ambiental em todos

os municípios brasileiros e de atenção integral à saúde indígena, promovendo a saúde pública e a inclusão social, com excelência na gestão, em consonância com o SUS e com as metas de desenvolvimento do milênio.

Histórico e Marcos Legais� 2009

� Criado o Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador - DSAST, por meio do Decreto nº 6.860/2009, integrado pela Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental -CGVAM e pela Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador – CGST, de forma a alcançar maior integração das ações de vigilância em saúde ambiental e da saúde do trabalhador no âmbito dos territórios.

� 2010

� Alterou a competência da Funasa, que passa a ser: Entidade de promoção e proteção à saúde a que compete fomentar soluções de saneamento para prevenção e controle de doenças e formular e implementar ações de promoção e proteção à saúde relacionadas com as ações estabelecidas pelo Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental (Lei nº 12.314, de 19/8/2010).

� 2011

� Instituiu o Grupo de Trabalho com o objetivo de coordenar as ações relativas à transferência dos bens permanentes ativos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para o Ministério da Saúde, compreendendo os bens móveis, imóveis, intangíveis e semoventes, acervo documental e equipamentos destinados à promoção, proteção e recuperação da saúde dos povos indígenas, incluindo os relacionados às ações de saneamento ambiental em terras indígenas (Portaria GM/MS nº 215, de 9/2/2011).

Histórico e Marcos Legais� 2013

� O Decreto nº 8.065/2013, que aprova a estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos cargos em comissão e das funções gratificadas do Ministério da Saúde e remaneja cargos em comissão estabelece, em seu Art. 45, as competências do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador:

� I - gerir o Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, incluindo ambiente de trabalho;

� II - coordenar a implementação da política e o acompanhamento das ações de vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador;

� III - propor e desenvolver metodologias e instrumentos de análise e comunicação de risco em vigilância ambiental;

� IV - planejar, coordenar e avaliar o processo de acompanhamento e supervisão das ações de vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador; e

�V - gerenciar o Sistema de Informação da Vigilância Ambiental em Saúde.

Conceito

� A Vigilância Ambiental em Saúdeconstitui-se no conjunto de ações eserviços que proporcionam oconhecimento e a detecção defatores de risco do meio ambienteque interferem na saúde humana.

�São fatores ambientais deriscos que interferem nasaúde humana e as inter-relações entre o homem eo ambiente e vice-versa.

Objetivos�prevenir e controlar os fatores de risco de

doenças e de outros agravos à saúde,decorrentes do ambiente e das atividadesprodutivas.

� Tais ações e serviços são prestados por órgãos e entidades públicas e privadas.

No âmbito do Ministério da Saúde, diversosórgãos e instituições desenvolvemprogramas e projetos e ações relacionadosà saúde ambiental. São eles:

�FUNASA�Agência Nacional de Vigilância Sanitária –ANVISA

�Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ

Classificação da vigilância ambiental:

• contaminantes ambientais;

• qualidade da água para consumo humano;

• qualidade do ar;

• qualidade do solo, incluindo os resíduos tóxicos e perigosos; e

• desastres naturais e acidentes com produtos perigosos.

VIGIDESASTRE

VIGIQUIM

Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental

VIGIFISI

VIGIAPP

VIGIAR

Componentes do SINVSA

Populações expostas a contaminantes químicos

inundações, seca e estiagem, deslizamentos, dentre outros

Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear

Fatores físicos -exposição a radiações Ionizantes (RI) e não ionizantes (RNI)

Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à qualidade da água para consumo humano – VIGIÁGUA

� O consumo de águasegura é de importânciafundamental para a sadiaqualidade de vida e deproteção contra asdoenças.

� São ações a serem adotadas pelasautoridades de saúde pública, com oobjetivo de garantir que a águaconsumida pela população atenda aopadrão e normas estabelecidas nalegislação vigente.

� As atividades da vigilância devem serrotineiras e preventivas, a fim degarantir a redução das enfermidadestransmitidas pela água de consumohumano

Os objetivos específicos do Programa VIGIAGUA são

• Reduzir a morbi-mortalidadepor doenças e agravos de transmissão hídrica;

• Buscar a melhoria das condições sanitárias das diversas formas de abastecimento de água para consumo humano;

• Informar a população sobre a qualidade da água e riscos à saúde;

• Apoiar o desenvolvimento de ações de educação em saúde e mobilização social;

Padrões de potabilidade� Físicos: (cor, turbidez, odor e sabor),

� Químicos: (presença de substânciasquímicas)

� Bacteriológicos: (presença demicrorganismos vivos).

Normalmente as legislações específicas decada região ou país, regem-se pelasrecomendações da Organização Mundial deSaúde (OMS).

SEGURANÇA QUANTIDADE

QUALIDADE

CONSUMIDOR

CONTROLE

Fonte: Adaptado de José Vieira

VIGILÂNCIA

Controle x Vigilância

Controle

X

Vigilância

Qualidade do ar

� Na área de vigilância da qualidade do ar, é de interesse omapeamento e o cadastramento das principais áreas derisco de poluição do ar, em particular nas áreasmetropolitanas, identificando a existência e a necessidade desistemas de monitoramento da qualidade do ar.

� O monitoramento deverá dar prioridade àquelas substânciasquímicas e a agentes físicos de comprovado ou suspeitoefeito deletério à qualidade da saúde humana.

Qualidade do ar

Qualidade do solo

�Na área de vigilância da qualidade dosolo o objetivo maior é o mapeamento eo cadastramento das áreas decontaminação ambiental da superfície edo subsolo terrestre, que tenhampotencial risco à saúde humana,especialmente as áreas de resíduos(passivos) perigosos e tóxicos.

A LÓGICA DO VIGISOLO

Identificação Priorização

Avaliação

Contaminantes

e rotas

ProtocolosPopulaçõesExpostas

Sistema de Informação

PAC

BásicaEspecializada

ST

VE

VISALaboratório

Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos

�Na vigilância e prevenção de desastres naturais, são enfatizados os riscos e efeitos à saúde decorrentes de eventos relacionados a:

�inundações,

�secas,

�desmoronamentos e

�incêndios em vegetações.

Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos

Desafios para a Vigilância em Saúde Ambiental no SUS

�Vulnerabilidades - Conceito pluridimensional�Processos fundamentais: exposição ao risco/perigo, diminuição da

capacidade de reação e dificuldade de adaptação.�Mapas de vulnerabilidades: identificação de territórios com diferentes graus

de vulnerabilidades

�Licenciamento Ambiental – Por que ?�Para limitar atividades econômicas potencialmente lesivas

socioambientalmente;�Processo administrativo com responsabilidade interinstitucional,

envolvendo Estado e sociedade

VULNERABILIDADES: CONCEITOS E DEFINIÇÕES

� Vulnerabilidade: É a redução da capacidade de determinadas populações para sobreviver, resistir ou recuperar-se de situações ou eventos de risco ou doenças

� Populações vulneráveis: Relevância dos conceitos de risco a saúde e exposição humana a situação de risco

� Contextos vulneráveis: Expressam vulnerabilidades sociais existentes: maior freqüência e gravidade de situações de risco devida à ausência da prevenção e aumento de incertezas e conseqüências negativas para este grupos, territórios ou setores econômicos

� Dimensões da vulnerabilidade: sociais, econômicas, tecnológicas, organizacionais, culturais e ecológicas

� Unidade de análise: Espaço temporal

MAPA DE VULNERABILIDADES SOCIO AMBIENTAIS

� Hipótese: Espaços de maior vulnerabilidade ambiental devem corresponder populações humanas com maiores vulnerabilidades sociais

� Vulnerabilidades sociais: Populações e indivíduos (qualidade de vida, riscos à saúde e resiliência)

� Vulnerabilidades ambientais: Perda da capacidade de suporte e desequilíbrios dos ecossistemas e poluições.

� Vulnerabilidades Institucionais: Condições e oferta de serviços

� Contextos sociais: adoção de modelos de desenvolvimento.

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/publicacoes-svs