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  www.cursocejus.com.br DIREITO CIVIL Aula 1 Roberto Figueiredo Twitter: @Roberto_Civil Dicas de como estudar:  Estudar o que cai mais e o que mais você odeia;  40% da prova esta em Civil, Processo Civil e Penal, Processo Penal e Ética seria a pontuação final para completar 50%;  Não ler doutrina  a prova é composta 100% p or legislação;  Trazer o Vade Mecum, pois você vai marcando e te servirá para segunda fase;  Ler artigos estudados em sala quando chegar em casa (“antes de dormir”)  Rever legislação + Exercícios + estudar onde esta mais fraco. Assuntos abordados nesta aula. 1. LINDB, Lei de Introdução as normas de direito brasileiro 2. Personalidade (art. 1º, CC) 3. Capacidade de fato ou de exercício (art. 3º e 4º, CC). 4. Maioridade X Emancipação 5. Morte (art. 6º, 7º e 8º, CC) 6. Direito da personalidade (art. 11 ao 21, CC) 7. Pessoa jur ídica (art. 40 ao 69, CC) 7.1 Disposições gerais 8. Associações (art. 53 ao 61, CC) 9. Fundações (art. 62 ao 69, CC) 10. Domicilio (art. 70 ao 78, CC) 1. LINDB, Lei de Introdução as normas de direito brasileiro Denominado antes como Lic, Lei de Introdução ao Código civil, decreto 4657/42, atualizado pela lei 12.376 de 13/12/2010, onde a lei nova apenas serviu para mudar a terminologia passando a se chamar LINDB. A LINDB tem 19 artigos onde é cobrado apenas os 4 primeiro artigos, sendo o primeiro mais utilizado (é o que mais cai) 1.1 Vaccation legis (art. 1º da lei 12.376/10) Uma lei foi publicada hoje, um tempo depois entra em vigor, o pe ríodo entre a publicação e a vigência é chamado de vaccation legis.

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DIREITO CIVIL Aula 1 Roberto Figueiredo Twitter: @Roberto_Civil

Dicas de como estudar:

Estudar o que cai mais e o que mais voc odeia; 40% da prova esta em Civil, Processo Civil e Penal, Processo Penal e tica seria a pontuao final para completar 50%; No ler doutrina a prova composta 100% por legislao; Trazer o Vade Mecum, pois voc vai marcando e te servir para segunda fase; Ler artigos estudados em sala quando chegar em casa (antes de dormir) Rever legislao + Exerccios + estudar onde esta mais fraco.

Assuntos abordados nesta aula.1. LINDB, Lei de Introduo as normas de direito brasileiro 2. Personalidade (art. 1, CC) 3. Capacidade de fato ou de exerccio (art. 3 e 4, CC). 4. Maioridade X Emancipao 5. Morte (art. 6, 7 e 8, CC) 6. Direito da personalidade (art. 11 ao 21, CC) 7. Pessoa jurdica (art. 40 ao 69, CC) 7.1 Disposies gerais 8. Associaes (art. 53 ao 61, CC) 9. Fundaes (art. 62 ao 69, CC) 10. Domicilio (art. 70 ao 78, CC)

1. LINDB, Lei de Introduo as normas de direito brasileiro Denominado antes como Lic, Lei de Introduo ao Cdigo civil, decreto 4657/42, atualizado pela lei 12.376 de 13/12/2010, onde a lei nova apenas serviu para mudar a terminologia passando a se chamar LINDB. A LINDB tem 19 artigos onde cobrado apenas os 4 primeiro artigos, sendo o primeiro mais utilizado ( o que mais cai) 1.1 Vaccation legis (art. 1 da lei 12.376/10) Uma lei foi publicada hoje, um tempo depois entra em vigor, o perodo entre a publicao e a vigncia chamado de vaccation legis.

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Publicao

vigncia

Perodo entre a publicao e a vigncia

1 Dentro do territrio nacional o prazo de 45 dias Fora do territrio nacional o prazo de 3 meses

Para contar o prazo inclui o primeiro dia e o ultimo dia, e comea a viger no dia subseqente. A lei pode ser republicada, neste caso o prazo interrompido. Suspenso Para de correr o prazo e quando retorna conta o tempo j passado. Interrupo para de correr o prazo e recomea do zero, ou seja, renovam-se os prazos.

Obs. Para contar o prazo de 3 meses, conta-se pelo dia ou seja, comea a contar hoje (29/11) trs meses, 29/12 (um ms), 29/01(dois meses), 29/02 (trs meses). 1.2 Principio da continuidade da norma (art. 2, CC) Usos e costumes revoga lei?? No se tratando de lei por tempo determinado esta s ser revogada por outra lei nova, usos e costumes NO revoga lei. Revogao expressa : quando vem expresso na lei nova que retirara a eficcia da lei velha. Tcita: ( o que cai na OAB) leva em conta trs critrios. Hierarquia lex superiore uma norma superior prevalece sobre uma norma inferior. Cronologia lex novalis em regra a lei Especialidade lex specialis lei especifica no revoga lei geral, art. 2, 2, assim como lei geral no revoga lei especfica

Absolutamente revogado ---------> AB rogao Parcialmente revogado ------------> Derrogao 1.3 Repristinao A -------------------------------- B ----------------------------------- C Lei A foi publicada, depois de um tempo vem a lei B e revoga a lei A, depois cria-se a lei C que revoga a lei B, neste caso no gera repristinao automtica ou seja para istowww.cursocejus.com.br

acontecer necessrio que esteja expresso na lei. 1.4 Aplicao da lei no tempo: Principio da irretroatividade da lei civil no Brasil (art. 4 LINDB) O efeito da lei civil no Brasil ex nunc ou ex tunc???

Ex nunca no retroage (tapa na nuca) Ex tunc Retroage (tapa na testa) Regra geral as leis tem efeito ex nunc. 1.5 Aplicao da lei no espao. Qual o principio adotado pelo Brasil?? Segundo o artigo 7, LINDB, o principio adotado pelo Brasil o da territorialidade moderada ou mitigada. 1.5 Exequator. (art. 12, 2, LINDB) a homologao de deciso estrangeira por autoridade competente brasileira. A autoridade brasileira competente neste caso o STJ, alterado pela EC n45. 2. Personalidade (art. 1, CC) 2.1 Conceito: sinnimo dado a capacidade de direito.

Segundo: Carlos Ayres de Brito : Qualidade de ser pessoa. Orlando Gomes: Pressuposto para os demais direitos. Cdigo Civil: Toda pessoa tem Direito de adquirir

Direitos. Deveres.

2.2 Aquisio (art. 2, CC) Para FGV, a personalidade adquirida como??

Depende de que pessoa se fala. Pessoa Natural Pessoa Fsica (art. 2, CC), adquire a personalidade com o nascimento com vida, a FGV NATALISTA. O registro neste caso ato meramente declarativo da personalidade.www.cursocejus.com.br

Jurdica Pessoa Jurdica (art. 45, CC), adquire a personalidade com o registro. O registro neste caso ato constitutivo da personalidade.

3. Capacidade de fato ou de exerccio (art. 3 e 4, CC). Art. 3.

Absolutamente: Precisam ser representados, art. 8, CPC, se no for representado o ato NULO. So absolutamente incapazes: Os menores de 16 anos; Os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica de atos; Os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade. Art. 4 Relativamente: Precisam ser assistidos, se no for assistido o ato ANULAVEL. So relativamente incapazes:

Os maiores de 16 anos e menores de dezoito anos; Os brios eventuais, os viciados em txicos, e os por deficincia mental, tenham discernimento reduzido; Os prdigos. Dica: quando falar em relativamente incapaz, lembrar do carnaval de Salvador, no carnaval de Saltador tem: maiores de 16 anos e menores de dezoito anos, brios eventuais, viciados em txicos, e os por deficincia mental, tenham discernimento reduzido e tem prdigo.

16 anos idade mnima para: Votar; Contrato de emprego sem ser menor aprendiz; Ser emancipado; Fazer testamento; Testemunha em processo civil; Outorgar mandado de procurao; Diferena de idades entre adotante e adotado.

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Tomar cuidado com o inciso III. Estudar artigos 105 e 180 do CC, que tratam de incapacidade. No corre prescrio nem decadncia contra absolutamente incapaz, art. 198, I e 208, CC. Corre prescrio e decadncia contra os relativamente incapazes, art. 195 e 208, CC. 4. Maioridade adquirida aos 18 anos X Emancipao Pode ocorrer a partir dos 16 anos, diferente da maioridade, a precipitao da capacidade plena. Pode ser emancipado e no ter maioridade. irrevogvel, no retratvel.

Existem duas formas de emancipao: Extrajudicial Regra geral pode acontecer por instrumento publico e casamento (o divorcio posterior no revoga a emancipao), estabelecimento por economia prpria, colao de grau de ensino superior, exerccio de cargo pblico efetivo.

Obs: Doaes milionrias a titulo gratuito no gera emancipao, pois tem que se estabelecer com economia prpria (com suor do seu trabalho). No a formatura nem a concluso do curso que emancipam, a colao de grau, No basta a nomeao em cargo pblico nem efetivo, mas sim o exerccio do cargo publico efetivo, tem que tomar posse e exercer. Tem que ser cargo efetivo, cargo comissionado no emancipa. Judicial Exceo Briga de casal, o homem que emancipar e a mulher no quer emancipar, onde neste caso necessrio que seja acionado o judicirio para resolver.

Tutela Quando rfo para preencher espao vazio, precisa de tutor para substituir os pais, exige processo judicial, tutor emancipa o pupilo, tutela e poder parental no andam de mos dadas. 5. Morte (art. 6, 7 e 8, CC) Natural aquela que tem cadver (corpo), o medico ou duas testemunhas declaram, criando a declarao de bito, logo aps o registro de bito e por ultimo a certido de bito. Ficta aquela que no tem corpo, o juiz que decide a morte ficta, pode ser com declarao de ausncia e sem declarao de ausncia. Ainda no caiu na OAB!

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5.1 Comorincia (art. 8)

a morte simultnea, para decretar a ordem de falecimento, apenas o medico legista pode afirmar atravs de laudo pericial quem morreu primeiro pois testemunha no pode fazer esta afirmao.Caso no possa afirmar quem morreu primeiro h a presuno de morte simultnea, a comorincia. 6. Direito da personalidade (art. 11 ao 21, CC) Os direitos fundamentais esto para a CF assim como os direitos da personalidade esto para o cdigo civil, so dois lados de uma mesma moeda, denominado dignidade da pessoa humana. A legislao brasileira trata de alguns direitos da personalidade. 6.1 Caractersticas.

Os direitos da personalidade so IN

Indisponveis; Inalienveis; Irrenunciveis; Inerentes a pessoa; Inatos; Intransacionveis; Incompensveis; Incessveis.

Alguns so expressamente protegidos (art, 11 ao 21, CC) Corpo (art. 12 ao 15, CC). O Cdigo Civil protege tanto o corpo vivo como o corpo morto. Vivo: S pode dispor por exigncia mdica ou usos e costumes. Ex. Brincos, Tatuagens... Morto: Outras pessoas tem legitimidade ad causa. (art. 12, P.U)Art. 12 Pargrafo nico. Em se tratando de morto, ter legitimao para requerer a medida prevista neste artigo o cnjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral at o quarto grau.

Dano Moral Ricochete Nome (art. 16 ao 19, CC)

Dano Moral Reflexo (Caso da biografia de Garrincha)

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O nome s pode ser usado se autorizado, permite a utilizao de pseudnimo quando usado para atividades licitas, goza da mesma proteo dada ao nome. Ex. Xuxa: protegido. Pel: protegido. Fernandinho Beira Mar: no protegido. Imagem (art. 20, CC) Imagem Retrato esttico. compleio fsica da pessoa, imagem material, pode ter dano

Ex. Lula: Perda do dedo Imagem atributo a comunidade atribuiu a algum, imaterial

Ex. Nardoni: o que a sociedade atribuiu aos Nardoni. O CC protege tanto a imagem retrato quanto a imagem atributo. Ausncia (art. 32 ao 39) caiu na ultima prova e a FGV, no costuma repetir seguidamente. 7. Pessoa jurdica (art. 40 ao 69, CC) Art. 40 ao 43, pessoa jurdica de direito publico, assunto de direito administrativo. Artigo 44 Pessoa jurdica de direito privado

I associaes; II- sociedades; III fundaes; IV organizaes religiosas; V partido poltico; VI empresas individuais.

7.1 Disposies gerais Dano moral: pessoa jurdica pode sofrer dano moral (art. 52, CC e sumula 227 do STJ). Desconsiderao da pessoa jurdica (art. 50. CC), diferente de despersonalizao, retira a personalidade, morte o cdigo no trata. Quando h abuso por desvio de finalidade ou confuso patrimonial, afasta o bem da propriedade.www.cursocejus.com.br

Tem que ser provocado para ser despersonalizado, ao requerimento da parte ou do MP, no pode ser de oficio. Registro (art. 45, CC) O artigo 45, P.U, trata dos requisitos que devem conter no Estatuto da Pessoa Jurdica, destacando que pode ser impugnado no prazo de 3 anos, contando o prazo da data de publicao da sua inscrio no registro. Art. 48, P.U, tem um prazo tambm de 03 anos para anular as decises. 8. Associaes (art. 53 ao 61, CC) Associao uma reunio de pessoas sem fim econmico, se tiver alguma receita (lucro) no pode ser partilhado entre os associados, s pode ser devolvido a pessoa jurdica, no h hierarquia entre associados (art. 53, P.U, CC). No h direitos e deveres (art. 55, CC). A qualidade de associado intrasnfervel (regra geral), salvo disposio em contrato (art. 56, CC). Um associado s pode sair da associao com processo administrativo, com justa causa e direito recurso (art. 57, CC). Dissoluo Devolve-se o investimento inicial para os associados e o que sobrar transmite para outra associao com fins idnticos ou semelhantes (art. 61, CC). 9. Fundaes (art. 62 ao 69, CC) a reunio de bens que so afetados por: Escritura pblica ou testamento. A fundao s pode ter quatro finalidades (art. 62, P.U, CC): Moral, Cultural, assistencial, Religiosa. A finalidade inicial no pode ser desvirtualizada (art. 69, CC) Segundo o artigo 66,2, CC, o MP estadual quem vela pelas fundaes quando a fundao estiver em fronteira, ambos os MPs (estaduais), iro atuar. O quorum de deliberao de dois teros (art.67, CC). Como no tem associado investidor, na extino, os bens so transmitidos para uma fundao com finalidade igual ou semelhante (art. 69, CC) 10. Domicilio (art. 70 ao 78, CC) Domicilio = Residncia + animus (aspecto subjetivo) Onde voc habitualmente encontrado e onde quer receber correspondncias. Muda-se a residncia quando comunica ao Municpio ou nas circunstancias que se faz entender que mudou, altera endereo para correspondncia.www.cursocejus.com.br

Andarilho: artigo 73, domicilio eventual mesmo no tendo residncia fixa, ou seja onde for encontrado. Domicilio obrigatrio (Art. 76, P.U, CC) O domicilio do incapaz o mesmo do domicilio do seu representante legal ou assistente, assim como o domicilio do servidor publico o ligar onde estiver lotado, onde exercer suas funes, O domicilio do Ru preso,onde cumpre a pena. Martimo celetista, dirige a lancha ou ferry boat. O domicilio onde o navio estiver matriculado. Marinheiro Servidor pblico O domicilio no comando onde servir.

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