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PORTUGUS PARA O TCU (TEORIA E EXERCCIOS)
PROFESSOR ALBERT IGLSIA
Prof. Albert Iglsia www.pontodosconcursos.com.br 1
Apresentao do Professor
Caro Aluno,
Sou o professor Albert Iglsia. com imensa satisfao que me
aproximo de voc. Neste primeiro contato, gostaria de falar um pouco sobre
minha formao e minha experincia no ensino de Lngua Portuguesa para
concursos.
Sou graduado em Letras (Portugus/Literatura) pela Universidade
de Braslia (UnB) e possuo especializao em Lngua Portuguesa pelo
Departamento de Ensino e Pesquisa do Exrcito Brasileiro em parceria com a
Universidade Castelo Branco.
H dez anos ministro aulas voltadas para concursos pblicos. Iniciei
minhas atividades docentes no Rio de Janeiro meu estado de origem. Desde
2004 moro em Braslia, onde dou aulas de gramtica, compreenso e
interpretao de texto e redao oficial. Possuo experincia com diversas
bancas examinadoras. Entre elas, destaco aqui as principais: Cespe, FCC, Esaf,
FGV e Cesgranrio. J participei da preparao de diversos alunos para os maisimportantes concursos do pas (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais,
Petrobras, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin etc.).
Alm de ensinar nos cursinhos preparatrios, tambm atuo como
instrutor da Esaf (j tendo lecionado aulas de gramtica e redao oficial para
auditores e analistas da Receita Federal) e de outras instituies
profissionalizantes. Por quase seis anos estive cedido Casa Civil da
Presidncia da Repblica, onde atuei no setor de capacitao de servidores eministrei cursos de atualizao gramatical e redao oficial.
Sempre que precisar, faa contato comigo, meu e-mail :
[email protected]. Nessa etapa da sua vida, quero me colocar
ao seu lado para ajud-lo a conquistar a to sonhada vaga.
Para voc refletir: Talento 1% inspirao e 99%
transpirao (Thomas Edison).
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Apresentao do Curso
Agora que voc j me conhece melhor, que tal falarmos sobre o
curso?Este um curso de teoria e exerccios. Nele adoto o edital
recm-lanado como base das nossas aulas. Abaixo, transcrevo o contedo
programtico que nos interessa.
1 Compreenso e interpretao de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia
oficial. 4 Acentuao grfica. 5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego
do sinal indicativo de crase. 7 Sintaxe da orao e do perodo. 8 Pontuao. 9Concordncia nominal e verbal. 10 Regncia nominal e verbal. 11 Significao
das palavras. 12 Redao de correspondncias oficiais.
Este curso se divide em nove aulas (incluindo esta, a aula 0 ou
demonstrativa); cada uma delas ser disponibilizada a voc semanalmente. Eis
a distribuio do contedo:
Aula 0 Ortografia e acentuao grfica;
Significao contextual de palavras;
Aula 1 Emprego das classes de palavras;
Aula 2 Regncia e crase;
Aula 3 Sintaxe dos termos da orao;
Aula 4 Sintaxe do perodo (relao de coord. e subord.);
Aula 5 Pontuao;Aula 6 Sintaxe de concordncia;
Aula 7 Texto: tipologia, compreenso e interpretao;
Aula 8 Redao de correspondncias oficiais.
Embora a instituio organizadora no tenha o hbito de
discriminar o manual de redao oficial (h vrios) que utiliza como referncia
para a elaborao de questes (nos concursos passados nada foi dito a esse
respeito), na ltima aula adotarei o Manual de Redao da Presidncia da
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Repblica, que na verdade serve de base para os demais. Alm disso, as
questes de concursos pblicos que dizem respeito a essa rea do
conhecimento normalmente se circunscrevem ao contedo nele existente. Noobstante, tambm daremos especial ateno aos casos que o extrapolarem.
Utilizarei questes de provas elaboradas anteriormente pelo
Cespe/UnB para direcionar os nossos estudos. Reproduzirei os textos e os itens
(ser respeitada a grafia original dos enunciados) que tratam do assunto
abordado em cada aula. Como a instituio tem o costume de usar um mesmo
texto para, a partir dele, apresentar vrias assertivas, possvel que eu repita
o mesmo texto (ou fragmento dele) na explicao do contedo de outras
aulas. Portanto, no estranhe se isso acontecer. O procedimento puramente
didtico. Dessa forma, pretendo aproximar voc futuro servidor do Tribunal
daquilo que vem sendo exigido pelo Cespe acerca de determinado assunto da
Lngua Portuguesa em concursos pblicos.
Apresentao da Matria
A partir de agora, comeo a ministrar o primeiro contedo deste
curso, que corresponde aula 0 (ou demonstrativa).
Acredito que voc obter uma noo de como as explicaes sero
transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei
em nossos prximos encontros.
Espero que aproveite cada explicao e cada exemplo da melhor
forma possvel. Interaja comigo nos fruns. A sua participao fundamentalpara o bom rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa!
Ortografia
No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras
a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulrio ortogrfico da
lngua portuguesa (VOLP), a instituio mantm registrada a forma oficial de
escrever as palavras.
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Apesar da vigncia do novo Acordo Ortogrfico, as regras antigas e
as atuais estaro em vigor at 31 de dezembro 2012. Por qu? Porque o ento
presidente Lula, por meio do Decreto n 6.583, de 26 de setembro de 2008,alm de ter promulgado o Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa que foi
assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 tambm estabeleceu um
perodo de transio: de 1 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012,
durante o qual coexistiro a norma ortogrfica atualmente em vigor e a nova
norma estabelecida.
Voc e eu sabemos que humanamente impossvel decorar a
grafia de todas as palavras da nossa Lngua. S para voc ter uma ideia da
dificuldade que isso, saiba que a nova edio do VOLP, lanada oficialmente
pela ABL em 19 de maro de 2009, tem 976 pginas, 381 mil verbetes e
outras coisas mais. Voc se atreve a decorar tudo isso?!
Entretanto podemos sistematizar a grafia de certas palavras, em
decorrncia, por exemplo, da sua origem, do seu radical. isso que voc ver
aqui. A experincia nos permite dizer que esse processo muito til no
momento de resolver uma questo de concurso. No estou dizendo que tudo
se resumir ao que ser demonstrado nestas poucas linhas. O que voc
precisa entender que a prtica de leitura de livros, jornais, revistas e
dicionrios deve ser somada minha explicao.
Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS. Sempre que for
preciso, trarei para nossa aula as mudanas das novas regras ortogrficas
Usa-se, normalmente, a letra X:
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar
2 depois da slaba EN enxame, enxergar
encher, encharcar,
enchova, enchumaar e
derivados dessas
palavras
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3 depois da slaba ME,
quando fechadamexa (verbo), mexerico
mecha (substantivo) =
pronncia aberta
Usa-se, normalmente, a letra G:
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 nos sufixos AGEM,
IGEM e UGEM
viagem (substantivo),
vertigem, ferrugem
pajem, lajem,
lambujem
2 nos sufixos AGIO,
EGIO, IGIO, OGIO e
UGIO
pedgio, colgio,
prestgio, relgio,
refgio
3 nas palavras
derivadas daquelas que
possuem G no radical
(voc perceber que
esse princpio vale
tambm para o empregode outras letras)
margem/margear,
homenagem/homenagear
monge/monja, eu dirijo
(flexo do verbo dirigir).
Imaginem se
mantivssemos a letra
g nas palavras
derivadas...
Usa-se, normalmente, a letra J:
QUANDO EXEMPLO
1 nas palavras de origem indgena,
africana e rabe
paj, jiboia, jeca, jenipapo, jirau, jil,
cafajeste, jerico, jequitib
2 nas flexes dos verbos quepossuem J no radical
viajar (verbo) que eles viajem;bocejar eu bocejei
3 nas palavras derivadas daquelas
que possuem J no radicalgorja gorjeta; lisonja lisonjeado
4 nas palavras de origem latinajeito, hoje, majestade, injetar, objeto,
ultraje
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Usa-se, normalmente, a letra :
QUANDO EXEMPLO
1 nas palavras derivadas daquelas
que possuem T no radical
exceto exceo, setor seo, cantar
cano
2 nas palavras de origem indgena,
rabe e africana
mianga, paoca, murioca,
muulmano, aougue, aoite
3 nos sufixos AU e AObabau, Paraguau, Nova Iguau,
golao, poetao, atrevidao
4 depois de ditongo compleio, feio, beio
Usa-se, normalmente, a letra S:
QUANDO EXEMPLO
1 nos substantivos que designam
origem, ttulo honorfico e feminino
chins, japons, baronesa, duquesa,
sacerdotisa, poetisa
2 Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE fase, ascese, eletrlise, apoteose
3 nos sufixos OSO e OSA formoso, formosa, gostoso, gostosa
4 nas palavras derivadas daquelas
que possuem D, RT ou RG no seu
radical
iludir iluso, defender defesa;
divertir diverso, inverter inverso;
imergir imerso, submergir
submerso
5 no prefixo TRANS e nos seus
derivados
transatlntico, trasladar (ou
transladar)
6 aps os ditongos maisena, Sousa, coisa7 nas formas verbais derivadas dos
verbos QUERER e PRquis, quisera, pusera, compusera
Usa-se, normalmente, SS:
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 nas palavras
derivadas daquelas que
suceder sucesso,
regredir regresso,
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possuem as expresses
CED, GRED, PRIM, MIT,
MET e CUT no radical
comprimir
compresso, demitir
demisso, intrometer
intromisso, discutir
discusso
2 prefixo terminado
em vogal + palavra
comeada por S
pre + sentir = pressentir
(repare que o s foi
duplicado)
Usa-se, normalmente, a letra Z:
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 nas terminaes EZ
e EZA, formando
substantivos
abstratos derivados de
adjetivos
insensato insensatez,
nu nudez; claro
clareza, belo beleza
2 nas terminaes
IZAR, formando
infinitivos verbais
sintonia sintonizar,
real realizar, visual
visualizar
a) se a palavra possuir
S em sua parte final, o
infinitivo verbal tambm
levar S: anlise
analisar, paralisia
paralisar;
b) Hipnose hipnotizar;Sntese sintetizar;
Batismo batizar;
Catequese catequizar;
nfase enfatizar.
(Lembre-se da sigla de
um famoso banco, s
que com E no final:
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HSBCE).
3 como consoante de
ligao
p + udo = pezudo; guri
+ ada = gurizada
Usa-se, normalmente, a letra H:
QUANDO EXEMPLO CUIDADO
1 nas palavras ligadas
por hfen em que o
segundo elemento
comea com H
anti-higinico, pr-
histrico, super-homemdesarmonia, lobisomem
2 na palavra Bahiaas palavras derivadas
no possuem H: baiano
Verbos terminados em EARe IAR:
1 so irregulares os
verbos terminados emEAR; eles recebem a
letra I nas formas
rizotnicas (eu, tu, ele,
eles a slaba tnica
integra o radical)
passear: passeio,
passeias, passeia,
passeamos, passeais,
passeiam
2 so regulares os
verbos terminados em
IAR
premiar: premio,
premias, premia,
premiamos, premiais,
premiam
Mediar, Ansiar,
Remediar, Incendiar,Odiar (MARIO): apesar
de terminarem em IAR,
so irregulares e
recebem a letra E nas
formas rizotnicas (eu,
tu, ele, eles): odeio,
odeias, odeia, odiamos,
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odiais, odeiam
As letras K, W e Y (conforme o novo Acordo Ortogrfico)O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k,
w e y.
a A j J s S
b B k K t T
c C l L u U
d D m M v Ve E n N w W
f F o O x X
g G p P y Y
h H q Q z Z
i I r R
A essa altura voc deve estar se perguntando: Por que as letrask, w e y voltaram ao alfabeto?, Quais as consequncias prticas?, Alguma
palavra ser grafada de forma diferente?, Como devero ser usadas?, Elas
so vogais ou consoantes?, Como a pronncia do w?.
As letras k (c ou capa) letra oriunda do alfabeto fencio (kaph),
adotada pelos gregos (kapa) e depois pelos romanos (capa) , w (dbliu)
letra usada nas lnguas inglesa, em que soa como o u, e alem, em que
pronunciada como v e y (psilon) letra com som de i , que na verdadeno tinham desaparecido da maioria dos dicionrios da nossa lngua, so
usadas em vrias situaes. Por exemplo:
a) na escrita de smbolos de unidades de medida: km
(quilmetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus
derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang,William, kaiser, Kafka, kafkiano.
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Bem, e o que acontece agora que elas esto oficialmente
introduzidas no nosso alfabeto? Haver mudanas na grafia de alguma
palavra? Deveremos escrever kilmetro em vez de quilmetro?Na prtica, nada muda na grafia das palavras, pois a reintroduo
das letras K, W e Y em nosso alfabeto NO AUMENTA SEU USO. Essas trs
letrinhas continuam sendo usadas em NOMES PRPRIOS ORIUNDOS DE
LNGUAS ESTRANGEIRAS, como nos exemplos abaixo:
Byron; Darwin; Franklin; Taylor; Wagner; Wilson; Kardec;
Tambm continuam sendo usadas nas PALAVRAS DERIVADAS DENOMES PRPRIOS ESTRANGEIROS. Veja alguns exemplos:
byroniano (relativo a Lord Byron, poeta ingls, autor da obra Don
Juan);
kantismo (doutrina filosfica de Immanuel Kant, filsofo alemo);
kardecismo (doutrina esprita do pensador francs Allan Kardec);
kardecista (relativo ao kardecismo, seguidor dessa doutrina);
kuwaitiano (indivduo natural do Kuwait);
As letras K, W e Y tambm so usadas em SIGLAS, SMBOLOS E
PALAVRAS INTERNACIONALMENTE ADOTADAS como:
TWA (Trans World Airlines);
KLM (Koninklijke Luchtvaart Maatschappij, em portugus:
Companhia Real de Aviao);
kw (quilowatt);watt;
yd (jarda, do ingls yard);
K (Potssio);
W (Tungstnio);
Y (trio);
Kr (Criptnio);
W - oeste (West);
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SW - sudoeste (southwest);
NW - noroeste (northwest).
Voc a j se perguntou se ESSAS LETRAS SERO CLASSIFICADAS
COMO VOGAL OU CONSOANTE?!?! Certo, vejamos como elas podero se
comportar.
As novas letras do alfabeto devero ser classificadas em vogais ou
consoantes, DE ACORDO COM A FORMA COMO SO PRONUNCIADAS nas
palavras em que aparecem.
O K ser sempre CONSOANTE, pois sempre pronunciado comoo C antes das vogais A, O e U e como o dgrafo QU antes de E
e I.
J o Y ser VOGAL ou SEMIVOGAL, pois normalmente pronunciado como se fosse um I.
A letra W pode assumir o papel de VOGAL (ou SEMIVOGAL) ouCONSOANTE. Nas palavras de origem inglesa, por sernormalmente pronunciado como U, o W ser vogal ou
semivogal:
Wallace; waffle; show; Wilson; windows; watt (uote).
Nas palavras de origem alem, o W normalmente pronunciado
como um V, e, assim, ser uma CONSOANTE:
Walter; Wagner.Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSES que,
certamente, j deixaram muita gente com dvida na hora de optar por uma ou
outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocbulos que, volta e
meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais so.
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MAL x MAUa) Ela se houve mal na prova. (advrbio de modo, contrrio de bem,
refere-se a um verbo)
b) Mal entrou, os portes foram fechados. (conjuno subordinativa
adverbial, equivale-se a quando, indica circunstncia de tempo)
c) Apesar do mau tempo, foi praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo,
contrrio de bom)
ATENO! Quero que voc perceba que o vocbulo MAL no possui a mesma
classificao gramatical nas alternativas a) e b). Isso importante porque
a banca examinadora pode sugerir o contrrio. O Cespe/UnB, por exemplo,
pode selecionar duas frases de um texto em que esses vocbulos aparecem,
destac-los e formular a seguinte assertiva: Nas linhas X e Y, os vocbulos
em destaque possuem a mesma classificao gramatical. Muito cuidado antes
de responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre ser verdade.
Quero que note ainda as diferentes classificaes dos vocbulos que surgiro
nos prximos exemplos.
POR QUE x POR QUa) Por que voc no veio? (preposio + pronome interrogativo, usado no
incio da orao, equivale-se a por qual motivo, o que tono)
b) Quero saber por que voc no veio. (a nica diferena que a frase
interrogativa indireta)
c) Voc no veio por qu? (agora a expresso aparece no final da frase, e
o que tnico)
d) Quero saber o motivo por que voc no veio. (preposio + pronome
relativo, usado no incio da orao, equivale-se a pelo qual)
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PORQUE x PORQUa) No vim porque estava cansado. (conjuno subordinativa adverbial,
indica circunstncia de causa)
b) Fique quieto porque voc est incomodando. (conjuno coordenativa
explicativa)
c) Quero saber o porqu da sua falta. (vem precedido de artigo,
substantivo, equivale-se a motivo, razo, causa)
Ateno! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta), use
a expresso separada.
SENO x SE NOa) Estudem, seno ficaro reprovados. (pode ser substitudo por ou, indica
alternncia de ideias que se excluem mutuamente)
b) No fazia coisa alguma, seno criticar. (equivale-se a mas sim,
porm,)
c) Essa pessoa s tem um seno. (significa defeito, mcula, mancha;
substantivo)
d) Se no houver dedicao, ficaro reprovados. (Se = conjuno
subordinativa adverbial condicional; no = advrbio de negao)
ATENO! muito til perceber que a expresso ser separada apenas
quando introduzir uma orao subordinada adverbial condicional.
ACERCA DE x A CERCA DE x H CERCA DEa) Hoje falaremos acercados pronomes. (locuo prepositiva dos = de
+ os , equivale-se a sobre, a respeito de)
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b) Os primeiros colonizadores surgiram h cerca de quinhentos anos.
(refere-se a acontecimento passado)
c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (equivale-se a
aproximadamente)
AFIM x A FIM DEa) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em
nmero para com ele concordar)
b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locuo prepositiva,
denota finalidade, objetivo, inteno)
DEMAIS x DE MAISa) Estudei demais. (advrbio de intensidade, liga-se a um verbo, equivale-
se a muito, bastante, demasiadamente, em excesso)
b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido substantivo,
equivale-se a outros, vem precedido de artigo)
c) Surgiram candidatos de mais. (locuo que se contrape a de menos)
ONDE x DONDE x AONDEa) Onde voc est? (usa-se onde com verbo esttico que pede a
preposio em, na lngua portuguesa no existe a contrao nonde, indicadapor em + onde)
b) Donde voc vem? (usa-se com verbo de movimento que pea, em
razo sua regncia, a preposio de, caso do verbo vem: Donde = de +
onde)
c) Aonde voc vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, tambm
por causa de sua regncia, a preposio a, caso da forma verbal vai:Aonde = a + onde)
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MAS x MAISa) Ela estudou muito, mas no foi aprovada. (conjuno coordenativa
adversativa, conecta oraes que guardam entre si ideias opostas)
b) Ela era a aluna mais simptica da turma. (advrbio de intensidade,
refere-se a adjetivo, outro advrbio ou verbo)
c) Menos dio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a
substantivo)
H x Aa) Ele chegou da Europa h dois anos. (refere-se a acontecimento passado)
b) Ela voltar daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro)
DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DEa) O nibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.(indica posio contrria, coliso, confronto)
A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionrios.
b) O filho foi ao encontro do pai, abraando-o. (sugere posio favorvel,
concordncia)
TOA (o novo Acordo retirou o hfen, a diferena se dar pelocontexto)
a) Ele era uma pessoa toa. (locuo adjetiva invarivel; refere-se a um
substantivo; significa desprezvel, sem valor, insignificante)
b) Ele andava toa na rua. (locuo adverbial; indica maneira, modo, sem
rumo certo, a esmo, sem fazer nada)
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DIA A DIA (o novo Acordo aboliu o hfen, a diferena se dar pelocontexto)
a) O dia a dia do operrio brasileiro desgastante. (substantivo, precedido
por artigo, equivale-se a cotidiano)
b) Os preos das mercadorias aumentam dia a dia. (locuo adverbial de
tempo, equivale-se a diariamente)
TAMPOUCO x TO POUCOa) No realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.
(advrbio de negao, equivale-se a tambm no)
b) Tenho to pouco entusiasmo pelo trabalho. (to = advrbio de
intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo)
c) Estudamos to pouco. (to = advrbio de intensidade, refere-se a outro
advrbio: pouco = advrbio de intensidade, refere-se ao verbo)
A respeito do EMPREGO DO HFEN, vrias mudanas foram
introduzidas pelo novo Acordo Ortogrfico. Resumirei aqui os casos
importantes.
Prefixos Usa-se hfen No se usa hfen
Agro, ante, anti, arqui, auto,
contra, extra, infra, intra,
macro, mega, micro, maxi,
mini, semi, sobre, supra,
tele, ultra...
Quando a palavra
seguinte comea com hou com vogal igual
ltima do prefixo: auto-
-hipnose, auto-
-observao, anti-heri,
anti-imperalista, micro-
-ondas, mini-hotel
a) Em todos os demais
casos: autorretrato,
autossustentvel,autoanlise,
autocontrole,
antirracista, antissocial,
antivrus, minidicionrio,
minissaia, minirreforma,
ultrassom... (perceba
que as letras R e S
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so duplicadas).
b) Quando se usam os
prefixos des- e in-,
caem o h e o hfen:
desumano, inabitvel,
desonra, inbil.
c) Tambm com os
prefixos co- e re- caem
o h e o hfen: coordenar,
coerdeiro, coabitar,
reabilitar, reeditar,
reeleio.
Hiper, inter, super
Quando a palavra
seguinte comea com h
ou com r: super-homem,
inter-regional
Em todos os demais
casos: hiperinflao,
supersnico
Sub
Quando a palavra
seguinte comea com b,
h ou r: sub-base, sub-
-reino, sub-humano
Em todos os demais
casos: subsecretrio,
subeditor
Vice, ex, sem, alm, aqum,recm, ps, pr, pr
Sempre: vice-rei, vice-presidente, alm-mar,
alm-tmulo, aqum-mar, ex-aluno, ex-diretor,
ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente,ps-graduao, pr-histria, pr-vestibular,
pr-europeu, recm-casado, recm-nascido,
sem-terra
Pan, circum, mal
Quando a palavra
seguinte comea com h,
m, n ou vogais: pan-
americano, circum-
Em todos os demais
casos: pansexual,
circunciso
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hospitalar
Quero enfatizar as seguintes mudanas:1 Com prefixos, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos: anti-higinico, anti-histrico, macro-histria,
mini-hotel, proto-histria, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
2 No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal
com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiareo, antieducativo,
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstruo, coautor, coedio,
extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto,
semiesfrico, semiopaco.
3 Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hfen se o segundo
elemento comear pela mesma consoante.
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecrio,
super-racista, super-reacionrio, super-resistente, super-romntico.
4 Quando o prefixo termina por consoante, no se usa o hfen se o segundo
elemento comear por vogal.
Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,
interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconmico,
superexigente, superinteressante, superotimismo.
EMPREGO DO HFEN NA COMPOSIO
A regra geral para palavras compostas que se deve empregar o
hfen APENAS SE OS SEUS ELEMENTOS FORMADORES (palavras que formam o
composto) PERDERAM SUA SIGNIFICAO INDIVIDUAL para que a palavra
composta adquirisse um significado nico. Observe os exemplos seguintes.
Abaixo assinado x abaixo-assinado
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Mesa redonda x mesa-redonda
testa de ferro x testa-de-ferro
Sem o hfen, as palavras mantm seu significado individual.
Abaixo assinado indivduo que subscreve, que assina abaixo de
um texto ou reivindicao.
Mesa redonda uma mesa de formato redondo.
Nas palavras compostas, nas quais o hfen usado, repare que OS
ELEMENTOS FORMADORES PERDEM SUA SIGNIFICAO INDIVIDUAL para que
a palavra composta formada adquira um significado completamente novo.
Abaixo-assinado o documento que normalmente contm um
texto ou reivindicao assinada por vrias
pessoas.
Mesa-redonda uma reunio destinada a debater determinado
assunto.
Fique de olho agora nas regras estabelecidas pelo atual AcordoOrtogrfico.
1. Usa-se o hfen quando, nos COMPOSTOS SEM ELEMENTO DE LIGAO(de, da, do etc.), o primeiro termo um substantivo, adjetivo, numeral ou
verbo.
abaixo-assinado, amor-perfeito, gua-marinha, ano-luz, arco-ris,
beija-flor, decreto-lei, joo-ningum, mdico-cirurgio,
mesa-redonda, tenente-coronel, tio-av, z-povinho,
afro-brasileiro, azul-escuro, amor-perfeito, boa-f, guarda-costas,
guarda-noturno, m-f, mato-grossense, norte-americano,
sempre-viva, sobrinha-neta, sul-africano, verbo-nominal,
primeiro-ministro, segundo-sargento, segunda-feira, conta-gotas,
guarda-chuva, vaga-lume, porta-avies, porta-retrato,
porta-moedas etc.
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As palavras iniciadas por afro, anglo, euro, franco, indo, luso,
sino e outros adjetivos ptrios, reduzidos ou no, seguidos por outros
adjetivos ptrios, sero grafadas com hfen:
afro-americano, luso-brasileiro, anglo-saxo, euro-asitico,
euro-afro-americano, greco-romano, latino-americano etc.
Observao: indo-chins se refere ndia e China, mas indochins se
refere Indochina, assim como centro-africano se refere poro central
da frica, enquanto centroafricano se refere Repblica Centroafricana.
Os compostos em que h uso de apstrofo no elemento de ligao
entre as palavras tambm sero grafados com hfen:
cobra-d'gua, me-d'gua, olho-d'gua, mestre-d'armas.
O novo Acordo Ortogrfico no trata especificamente de compostos
formados de palavras repetidas ou parecidas; mas, por analogia, esses
compostos se acomodam na primeira regra e, por isso, so hifenizados:
bl-bl-bl, reco-reco, lenga-lenga, zum-zum-zum, tico-tico,
xique-xique, zs-trs, zigue-zague, pingue-pongue, tique-taque.
Emprega-se o hfen quando a primeira palavra for alm, aqum,
recm, bem e sem:
alm-mar, aqum-mar, recm-casado, recm-eleito, recm-
nascido, bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, bem-criado,
bem-dizer, bem-mandado, bem-nascido, bem-vestido, bem-vindo,
bem-visto, sem-nmero, sem-vergonha, sem-terra.
Em alguns casos, o advrbio bem se junta segunda palavra, sem uso do
hfen: benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto, etc.
2. Tratando-se de nomes geogrficos, emprega-se o hfen em qualquer doscasos abaixo:
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iniciados por Gr e Gro: Gr-Bretanha, Gro-Par;
iniciados por forma verbal: Abre-Campo, Passa-Quatro, Quebra-
Costas, Quebra-Dentes; ligados por artigo: Baa de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Trs-
os-Montes.
Os demais nomes geogrficos compostos grafam-se sem hfen:
Amrica do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde etc.
Exceo: Guin-Bissau
Os adjetivos gentlicos, que so adjetivos que se referem ao localde nascimento, quando derivados de nomes compostos, sero hifenizados:
belo-horizontino (Belo Horizonte)
cabo-verdiano (Cabo Verde)
americano-do-sul (Amrica do Sul)
mato-grossense (Mato Grosso)
mato-grossense-do-sul (Mato Grosso do Sul)
juiz-forano (Juiz de Fora)
cruzeirense-do-sul (Cruzeiro do Sul)
3. O hfen tambm empregado em nomes compostos de espcies botnicase zoolgicas:
Andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, coco-da-baa, couve-
flor, dente-de-leo, erva-doce, fava-de-santo-incio, feijo-verde,
joo-de-barro, lesma-de-conchinha, vassoura-de-bruxa etc.
Ateno! Se o significado da palavra composta for outro, o hfen no ser
usado.
no-me-toques (espcie de planta)
Ela cheia de no me toques. (melindres, frescuras)
O hfen tambm usado para ligar palavras que se combinam para
formar encadeamentos vocabulares.
A ponte Rio-Niteri;
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o trecho Paran-Gois;
a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade;
o acordo Brasil-Inglaterra;a liga Itlia-Frana-Alemanha.
Acentuao Grfica
A partir de agora, vamos falar sobre acentuao grfica, que
tambm mais um tpico do programa. Novamente, enfatizarei as regras
novas. Tudo da forma mais clara e objetiva possvel. Comecemos assim:
REGRAS GERAIS DE ACENTUAO GRFICA
O propsito delas sistematizar a leitura das palavras de nossa
lngua; assim sendo, baseiam-se na posio da slaba tnica, no timbre da
vogal, nos padres prosdicos menos comuns da lngua. Em relao aos
vocbulos:
1 MONOSSLABOS TNICOS o acento empregado naqueles
terminados por A(S), E(S) ou O(S)
Ex.: Elas so ms. / Pisaram o meup. / Ningum ficar s.
CUIDADO! Quando os prefixos PR e PR vierem separados por hfen, eles
sero acentuados:pr-tcnico,pr-labore.
Quando no estiverem, no sero acentuados: pressentir,
prosseguir.Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por
pronomes oblquos tonos A(s) ou O(S), essas consoantes so suprimidas, as
vogais A, E ou O da terminao verbal recebem acento grfico e os pronomes
oblquos tonos A(S) ou O(S) recebem a letra L: dar + o = d-lo; ps + os =
p-los; fez + a = f-la.
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2 OXTONOS (a slaba tnica da palavra a ltima) usa-se o acento
quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:
Ex.: caj, cafs, cip, armazm, armazns
CUIDADO! Os vocbulos oxtonos terminados por I ou U no sero
acentuados, salvo se estiverem em hiato.
Ex.: Bangu Graja // dividi-lo constru-lo
3 PAROXTONOS (a slaba tnica a penltima) so acentuados aqueles
que terminam em I(S), US, (S), O(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO
ORAL.
Ex.: jri, ris, vrus, m, rfs, rgo, stos, mdium, lbuns, amvel,
abdmen, mrtir, ltex, bceps, on, ions, vlei, jquei, histria, gnio.
CUIDADO! No sero acentuados os vocbulos paroxtonos terminados por EM
ou ENS: item, itens, hifens (mas: hfen ou hfenes), polens (mas: plen ou
plenes)
Os prefixos paroxtonos terminados por I ou R no seroacentuados: semi-histrico, super-homem.
4 PROPAROXTONOS (a slaba tnica a antepenltima) todos so
acentuados.
Ex.: histrico, cntico, lmpada, hfenes, plenes.
REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAO GRFICA (note as mudanasintroduzidas pelas novas regras)
1 HIATOS
a) No se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE.
Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3 pessoa do plural dos verbos
crer, dar, lere ver)
ATENO! De acordo com as novas regras, o acento circunflexo deixa deexistir, mas at 31/12/2012 possvel us-lo (vo, crem etc.).
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b) Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a slaba tnica e
ocupam a segunda posio do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.
Ex.: sada, sade, pas, bas, inclu-lo.
Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U no ocupam
a segunda posio do hiato, ainda que constituam a slaba tnica.
CUIDADO! Se as vogais I ou U formarem slabas com L, M, N, R, Z ou vierem
seguidas de NH, no haver acento grfico:pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz,
ra-i-nha.
Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idntica, no
se usar acento grfico:xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta).
O acento s surgir se a palavra for uma proparoxtona: fri-s-si-mo.
ATENO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem aps ditongos
e a palavra for paroxtona, no levaro acento: baiuca, feiura. Ressalto que at31/12/2012 voc decidir se quer ou no usar o acento: baica, feira.
Interessante o que acontece, por exemplo, com o vocbulo
Piau. Observe que, agora, a vogal tnica I ocupa a ltima posio, ou seja, a
palavra oxtona. Casos como esse no foram atingidos pelas mudanas
ortogrficas.
2 DITONGOSa) EU, EI, OI: deixam de receber acento agudo quanto tnicos, abertos e
como slabas tnicas de palavras paroxtonas; mas o recebem quando a
palavra for oxtona ou monosslaba tnica.
Ex.: chapu, assembleia, jiboia, cu, heri.
ATENO! Ressalto que at 31/12/2012 facultativo recorrer ao novo Acordo
Ortogrfico. Portanto at l ainda possvel escreverjibia, assemblia etc.
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3 GUE e QUI
ATENO! O trema foi abolido pelas novas regras. Tambm o foi o acento
agudo no U tnico dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI de verbos como averiguar,
apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar. Repito: at 31/12/2012 estaremos no
perodo de transio, sendo aceitas as duas formas: linguia/lingia,
tranquilo/tranqilo, aguentar/agentaretc.
4 ACENTO DIFERENCIAL (com a vigncia das novas regras, foi
abolido, salvo algumas excees, que esto destacadas abaixo; todaviao perodo de transio que vai at 31/12/2012 d-nos a faculdade
quanto ao uso)
Ele tem eles tm (verbo TER na 3 pessoa do plural do presente do
indicativo)
Ele vem eles vm (verbo VIR na 3 pessoa do plural do presente do
indicativo)
ATENO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monosslabos tnicos
terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminaes A(S), E(S) e O(S)
recebem acento: m, f, n. muito comum as bancas examinadoras
explorarem questes envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo,
um sujeito no singular forma verbal TM (com acento circunflexo mesmo) e
perguntam se a concordncia est correta. Obviamente, se a forma verbal
empregada TM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fiqueatento para esse detalhe.
Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)
no ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto,
continue a us-lo.
Ele detm eles detm (verbo DETER na 3 pessoa do plural do presente do
indicativo)
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Ele provm eles provm (verbo PROVIR na 3 pessoa do plural do presente
do indicativo)
ATENO! Agora, a pegadinha outra. As bancas gostam de explorar o
motivo do acento nos pares detm/detm, mantm/mantm, provm/provm,
todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente
terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma
oxtona terminada por EM. J a forma correspondente terceira pessoa do
plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.
Pde (3 pessoa do singular do pretrito perfeito do indicativo)
Pode (3 pessoa do singular do presente do indicativo)
ATENO! O novo acordo no aboliu o acento diferencial de PDE. Voc deve
us-lo.
Pr (verbo)
Por (preposio)
ATENO! O novo acordo tambm no aboliu o acento diferencial de PR.
Voc deve us-lo.
Frma (substantivo = molde)
Forma (substantivo = disposio exterior de algo)
ATENO! facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar aspalavras forma/frma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais
clara: Qual a forma da frma do bolo?
Significao Contextual das Palavras
Para voc compreender melhor a mensagem transmitida por meio
de um texto, s vezes no suficiente conhecer o significado isolado das
palavras nele utilizadas. H momentos em que a interpretao s possvel se
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voc considerar o contexto em que as palavras esto inseridas. Tenho
percebido que as bancas examinadoras tambm exploram esse fato em provas
de concursos pblicos. Por isso importante que voc estude um pouco desemntica na sua preparao.
Semntica a parte da lingustica que estuda a significao das
palavras, que pode variar de acordo com o contexto. A palavra GATO, por
exemplo, apresenta diversos significados em um dicionrio (considerada
isoladamente): animal mamfero da famlia dos feldeos; indivduo esperto;
erro, engano; etc.
Ex.: O co correu atrs do gato.
O ladro foi muito ligeiro, e a polcia no conseguiu pegar o gatuno.
A fiscalizao flagrou um gato na instalao telefnica do prdio.
Trarei sua memria alguns conceitos sobre semntica que,
acredite, sero muito teis na hora de resolvermos questes de prova,
principalmente quando elas tratarem de interpretao de texto.
AntnimosSo palavras de sentido contrrio. Assim como difcil encontrar
um par perfeito de sinnimos, o mesmo ocorre com os antnimos. Em alguns
casos, mais adequado falar em graus de antonmia.
Ex.: velho novo / bom mau
Um objeto velho, em princpio pode ser o oposto de um objetonovo. Porm, dizer que um objeto menos velho, em certos casos, pode ser
equivalente a dizer que ele mais novo. O que torna relativa a antonmia entre
novo e velho. O mesmo ocorre com o par bom/mau.
O par emigrante imigrante, aparentemente so antnimos
perfeitos, j que a primeira palavra se refere queles que saem de
determinado lugar (cidade, estado, pas); e a segunda, queles que entram.
Contudo, o emigrante, no momento em que chega a outro lugar, no passa aser tambm, obrigatoriamente, um imigrante?
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SinnimosSo palavras de sentidos idnticos ou aproximados, que podem ser
substitudas uma pela outra em diferentes contextos. Embora se fale empalavras sinnimas, tambm existem frases sinnimas.
Ex.: Voc j vacinou seu co? / Voc j vacinou seu cachorro.
Joana a mulher de Marcelo. / Marcelo o marido de Joana.
O uso de palavras sinonmias pode ser de grande utilidade nos
processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos
textos. (Cipro & Neto, 1999:565)
Ex.: Alguns segundos depois, apareceu um menino. Era um garoto magro, de
pernas compridas e finas. Um tpico moleque.
Polissemia a propriedade de uma palavra apresentar vrios sentidos.
Compare este par de enunciados:
a) No consigo prender o fio de l na agulha de tric.
b) Enrosquei minha pipa no fio daquele poste.
Observe que, nas duas ocorrncias da palavra fio, ela apresenta
sentidos diferentes: fibra, no primeiro enunciado, e cabo de metal no
segundo. Apesar disso, h um sentido comum entre elas: sequncia, fiada,
eixo, alinhamento, encadeamento.
Campo semntico, hiponmia e hiperonmiaLeia o enunciado abaixo:
Comprou um computador, um monitor, um teclado e uma
impressora para o escritrio, pois, sem esse equipamento, no conseguiria dar
conta do trabalho.
Palavras como computador, monitor, impressora e tecladoapresentam certa familiaridade de sentido pelo fato de pertencerem ao mesmo
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campo semntico, ou seja, ao universo da informtica. J a palavra
equipamento possui um sentido mais amplo, que engloba todas as outras.
Nesse caso, dizemos que computador, monitor, impressora e tecladoso hipnimos de equipamento. Por sua vez, equipamento um
hipernimo das outras palavras.
HomnimosSo palavras diferentes no sentido, tendo a mesma escrita ou a
mesma pronncia.
Ex.: so (verbo ser eles so) / so (saudvel) / so (santo); como (advrbio
interrogativo) / como (verbo) homnimos perfeitos;
caar (apanhar) / cassar (anular); concerto (harmonia) / conserto
(remendo) homnimos homfonos
ele (pronome pessoal) / ele (substantivo, nome da letra L); almoo
(verbo) / almoo (substantivo); sede (vontade de beber) / sede (residncia)
homnimos homgrafos
ParnimosSo palavras diferentes no sentido que se assemelham tanto na
escrita quanto na pronncia, ou em apenas uma delas.
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Ex.: flagrante (evidente) / fragrante (perfumado)
arrear (por arreios) / arriar (abaixar)
mandado (ordem judicial) / mandato (procurao)inflao (alta dos preos) / infrao (violao)
eminente (elevado) / iminente (prestes a ocorrer)
comprimento (extenso) / cumprimento (saudao)
DenotaoEm semntica, a denotao de um termo o objeto ao qual o
mesmo se refere. A palavra tem valor referencial ou denotativo quando
tomada no seu sentido usual ou literal, isto , naquele que lhe atribuem os
dicionrios; seu sentido objetivo, explcito, constante. Ela designa ou denota
determinado objeto, referindo-se realidade palpvel.
Ex.: O papel foi rabiscado por todos. (papel: sentido prprio, literal)
A linguagem denotativa basicamente informativa, ou seja, no
produz emoo ao leitor. informao bruta com o nico objetivo de informar. a forma de linguagem que lemos em jornais, bulas de remdios, em um
manual de instrues etc.
ConotaoAlm do sentido referencial, literal, cada palavra remete a
inmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que so apenas sugeridos,
evocando outras ideias associadas, de ordem abstrata, subjetiva.
Conotao , pois, o emprego de uma palavra tomada em um
sentido incomum, figurado, circunstancial, que depende sempre de contexto. A
linguagem conotativa no exclusiva da literatura, ela empregada em letras
de msica, anncios publicitrios, conversas do dia-a-dia, etc.
Ex.: Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o po da vida; o que vem a mim
jamais ter fome; e o que cr em mim jamais ter sede. (Joo 6:35)
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Pois bem, prezado aluno, que tal voc colocar em prtica tudo isso
que aprendeu e resolver algumas questes de provas anteriores?
Lembre-se sempre de que o novo Acordo Ortogrfico est em vigore que a Academia Brasileira de Letras j lanou oficialmente o novo VOLP.
Portanto nada impede que a banca examinadora exija de voc conhecimentos
a respeito dele.
(...)
22 Os grandes lderes de mercado parecem ainda terdificuldade para entender o que est acontecendo de fato. O
discurso e a prtica dessas empresas ainda esto baseados em
25 modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira
tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.
E mais, no so apenas os grandes lderes do setor
28 privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete
recente em um grande jornal dirio mostra que pesquisadorese jornalistas tambm no entenderam as oportunidades que
31 esto surgindo a partir das transformaes que estamos
vivendo. Eis o ttulo da matria: S estagnao econmica
pode reduzir aquecimento global, diz estudo.
(...)
Ricardo Young. Mudanas no consumo. In: CartaCapital,26/2/2010. Internet: (com adaptaes).
1. (Cespe/AGU/Administrador/2010) O trecho a partir das (l.31) poderiaser substitudo, sem prejuzo sinttico ou semntico ao texto, por um dos
termos a seguir:por razo das, em consequncia das, com as.
Comentrio De acordo com o texto, as oportunidades (l. 30) so o efeito
das transformaes que estamos vivendo (l. 31-32). Essa ideia corroborada
pela expresso a partir das, que ajuda a expressar essa noo de causa (ou
motivo, razo) e consequncia (ou efeito). No h prejuzo sinttico ou
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semntico ao texto devido s mudanas propostas. Vamos reescrever a
passagem e tirar a dvida:
...pesquisadores e jornalistas tambm no entenderam asoportunidades que esto surgindo por razo das transformaes que estamos
vivendo.
...pesquisadores e jornalistas tambm no entenderam as
oportunidades que esto surgindo em consequncia das transformaes que
estamos vivendo.
...pesquisadores e jornalistas tambm no entenderam as
oportunidades que esto surgindo com as transformaes que estamos
vivendo.
Resposta Item certo.
2. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 22, o deslocamento dovocbulo ainda para imediatamente antes da forma verbal parecem
ainda parecem alteraria a ideia original do vocbulo substitudo, quepassaria a significar tambm.
Comentrio O significado do vocbulo ainda o mesmo; ele no se altera
por causa da mudana proposta pela banca. A ideia, j presente no texto
original, a seguinte: as empresas no esto preparadas para enfrentar as
mudanas que esto em curso atualmente e tambm (ainda) parecem ter
dificuldade para entender o que est acontecendo de fato.
Resposta Item errado.
(...)
O planejamento caiu em descrdito com a queda do
16 Muro de Berlim, a imploso da Unio Sovitica e a
contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que
se autorregulam. Seria ingnuo pensar que esse mito
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19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele est mal das
pernas, est. Chegou, portanto, o momento de reabilitar e
atualizar o planejamento. At Jeffrey Sachs diretor do Earth22 Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e
conselheiro do secretrio-geral das Naes Unidas
pronuncia-se em favor de um planejamento flexvel a longo
25 prazo, voltado para o enfrentamento dos trs desafios
simultneos da segurana energtica, segurana alimentar e
reduo da pobreza, buscando uma cooperao tripartite entre
28 os setores pblico e privado e a sociedade civil.
(...)
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no
decorrer dos dois ltimos sculos, baseado no uso das energias
fsseis, provocou um aquecimento global de consequncias
37 deletrias e, em parte, irreversveis. Seria, no entanto, um erro
considerar que o clima a bola da vez e as urgncias sociais
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhes de
40 indigentes e 46,3 milhes de pobres. E, enquanto os latifndios
de mais de mil hectares 3% do total das propriedades rurais
do Brasil ocupam 57% das terras agriculturveis,
43 4,8 milhes de famlias sem-terra esto espera do cho para
plantar.
(...)Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.
Internet: (com adaptaes).
3. (Cespe/Aneel/Cargos de Nvel Superior/2010) O sentido da expressomal das pernas (l.19-20), caracterstica da oralidade, seria prejudicado
caso se substitusse mal por mau.
Comentrio Em linguagem figurada, a expresso nos comunica que o mito
dos mercados que se autorregulam est desacreditado, j no produz o
mesmo efeito, sua sustentabilidade est abalada, enfraquecida.
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O vocbulo mal, no contexto, o contrrio de bem
(advrbio) e no pode ser trocado por mau, antnimo de bom (adjetivo).
Resposta Item certo.
4. (Cespe/Aneel/Cargos de Nvel Superior/2010) O termo consequnciasdeletrias (l.36-37) significa resultados que no podem ser
apagados, alterados.
Comentrio No adianta resmungar. Tem hora que o examinador abre o
dicionrio e de l retira uma palavra (que quase ningum usa) para montar
uma questo de prova. Literalmente, o adjetivo deletrio significa algo que
prejudica a sade, insalubre; que destri, causa dano. Figuradamente, indica
aquilo que corrompe, que degradante.
Resposta Item errado.
1 Ns, chefes de Estado e de Governo dos 21pases ibero-americanos, reunidos na XIII Conferncia
Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra,
4 Bolvia, reiteramos o nosso propsito de continuar a
fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Naes
como frum de dilogo, cooperao e concertamento
7 poltico, aprofundando os vnculos histricos e culturais
que nos unem, e admitindo, ao mesmo tempo, ascaractersticas prprias de cada uma das nossas mltiplas
10 identidades, que permitem reconhecer-nos como uma
unidade na diversidade.
(...)
Na trilha de Salvador: a incluso social pela via do trabalho decente.
Braslia: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptaes).
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5. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) De acordo com as regras deacentuao grfica da lngua portuguesa, a palavra ibero-americanos (l.
2) tambm poderia ser corretamente escrita da seguinte forma: bero-americanos.
Comentrio A palavra ibero paroxtona terminada em o; por isso no
recebe acento. Ela no possui dupla prosdia, ou seja, no h variao da
slaba tnica como em acrobata (paroxtona) ou acrbata (proparoxtona)
para justificar sua pronncia como uma proparoxtona.
Resposta Item errado.
1 O poder poltico produto de uma conveno, no
da natureza, como postulava Aristteles, e nasce juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mo de
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,
na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de
7 sociedade, o homem no um ente isolado, avesso ao
contato com outras pessoas. De um lado, a sociedade
conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuao da
10 espcie. De outro lado, a sociedade poltica visa
preservao da propriedade.
(...)
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituio e voto. In: Filosofia,
cincia & vida. Ano III, n 27, p. 40-1 (com adaptaes).
6. (Cespe/Anatel/Nvel Superior/2009) A organizao do texto permite asubstituio da expresso ao contato (l.7-8) por convivncia, sem
prejuzo para a coerncia entre os argumentos e para a correo
gramatical.
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Comentrio A palavra contato foi empregada figuradamente para indicar
relao de proximidade, relacionamento contnuo, coexistncia, mesmo
significado que convivncia.Resposta Item certo.
7. (Cespe/Anatel/Nvel Superior/2009) Na linha 3, a argumentao do textomostra que a sociedade e os homens podem ser considerados, em
significao conotativa, como sinnimos textuais; por isso, a troca de
posio entre esses dois termos preservaria a coerncia e a correogramatical do texto.
Comentrio No se deixe levar pelo canto da sereia. Esse jogo de
palavras tem a finalidade de distra-lo. V ao texto e troque os dois termos de
posio: ...e nasce juntamente com os homens, quando a sociedade
decidem.... Apesar de os dois termos serem sinnimos textuais e de estarem
empregados em sentido conotativo (a sociedade no nasce literalmente e
homens no representa apenas seres do sexo masculino), a troca causa
prejuzo correo gramatical do texto, pois desfaz-se a concordncia entre o
verbo decidem e o sujeito correspondente.
Resposta Item errado.
1 Com um alto grau de urbanizao, o Brasil j
apresenta cerca de 80% da populao nas cidades, mas,
como advertem estudiosos do assunto, o pas ainda tem
4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.
(...)
o alerta: onde morar em metrpoles? melhor optar por uma
28 casa ou um apartamento o mais distante possvel a dois
quarteires, no mnimo das ruas e avenidas mais
movimentadas. (...)
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptaes).
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8. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituio de cerca de (l.2) poracerca de manteria a correo gramatical do perodo.
Comentrio Cerca de e acerca de so locues prepositivas, mas elas no
devem ser confundidas. A primeira usada para indicar quantidade
aproximada; a segunda equivale-se preposio sobre.
Resposta Item errado.
9. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correo gramatical e osentido do texto a insero de h dois quarteires no lugar de a dois
quarteires (l.28-29).
Comentrio A forma verbal h, nesse contexto, causaria incoerncia, visto
que indicaria a existncia de dois quarteires. No isso o que se pretende
dizer no texto. O autor pretende indicar a distncia mnima da localizao do
imvel. Nesse sentido, o vocbulo adequado a.
Resposta Item errado.
(...) Tendo como principal propsito a
13 interligao das distantes e isoladas provncias com vistas
constituio de uma nao-Estado verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoo dos transportes no
16 pas explicitavam firmemente a sua crena de que o
crescimento era enormemente inibido pela ausncia de um
sistema nacional de comunicaes e de que o
19 desenvolvimento dos transportes constitua um fator crucial
para o alargamento da base econmica do pas. (...)
Olmpio J. de Arroxelas Galvo. In: Internet: (com adaptaes).
10. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A palavra crucial (l.19) est sendoempregada com o sentido de rduo, difcil.
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Comentrio Cuidado com as aparncias. Em se tratando de significao
contextual de palavras e expresses, a melhor coisa que voc deve fazer ir
ao texto. O adjetivo crucial pode realmente ser utilizado para caracterizar algorduo, difcil, espinhoso: Deixar a casa paterna foi uma deciso crucial. Mas,
no texto em que surge, ele expressa a importncia para que algo acontea,
ocorra, ou exista; o mesmo que capita; essncia; fundamental.
Resposta Item errado.
1 No mundo moderno em que vivemos, certamentedifcil reconstituir as sensaes, as impresses que tiveram os
primeiros homens em contato com a natureza. (...)
Jos Leite Lopes. Tempo = espao = matria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
Histria. So Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptaes).
11. (Cespe/Antaq/Especialista Economia/2009) No desenvolvimento datextualidade, a substituio do trecho em que vivemos (l.1) por no qual
vivemos ou por onde vivemos no acarreta prejuzo para a coerncia
nem para a correo gramatical do texto.
Comentrio A nfase aqui ser dada ao emprego de onde, que usado
com verbo esttico (vivem) que pede a preposio em; na lngua
portuguesa no existe a contrao nonde, supostamente indicada por em +
onde.
O pronome relativo que pode ser substitudo por o/a qual.Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, conforme o
caso.
Resposta Item certo.
1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro
do pas no qual vivemos. E o futuro de um pas no
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nao se constri.
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4 E constri-se no meio de embates muito intensos e, s
vezes, at violentos entre grupos com vises de futuro,
concepes de desenvolvimento e interesses distintos e7 conflitantes.
(...)
Plnio Arruda Sampaio. O Brasil em construo. In: Mrcia Kupstas (Org.). Identidade
nacional em debate. So Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptaes).
12. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correogramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de no
qual.
Comentrio Esta foi s para confirmar o que eu disse anteriormente e como
o Cespe, volta e meia, explora o emprego dessas expresses. Quando
tratarmos de pronomes, falaremos mais sobre o uso dos relativos.
Resposta Item certo.
13. (Cespe/MREIRBr/Bolsas-Prmio/2009) As palavras lderes,emprstimo, Econmico e pblicas recebem acento grfico com base
na mesma justificativa gramatical.
Comentrio Sim, todas so proparoxtonas.
Resposta Item certo.
O protocolo de adeso, assinado em julho de 2006,
ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor.
7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da prpria
Venezuela j votaram pela entrada do pas no MERCOSUL.
Apenas o Paraguai e o Brasil ainda no chancelaram o
10 acordo. (...)
Maria Clara Cabral. Folha de S.Paulo,18/12/2008.
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14. (Cespe/MREIRBr/Bolsas-Prmio/2009) A palavra chancelaram (l.9) estsendo empregada com o sentido de sancionaram.
Comentrio Sim, ela significa dar aprovao ou aceitao a; confirmar,
ratificar; aprovar; sancionar: O presidente chancelou a proposta do ministro.
Resposta Item certo.
Cano do Ver (fragmento)
1 Por viver muitos anos
dentro do mato
Moda ave
4 O menino pegou
um olhar de pssaro
Contraiu viso fontana.
7 Por forma que ele enxergava
as coisasPor igual
10 como os pssaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
gua no era ainda a palavra gua.
13 Pedra no era ainda a palavra pedra. E tal.
As palavras eram livres de gramticas e
Podiam ficar em qualquer posio.16 Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar s pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
19 E, se quisesse caber em uma abelha, era s abrir a
[palavra abelha e entrar dentro dela.
Como se fosse infncia da lngua.
Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.
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15. (Cespe/MRE-IRBr/Diplomata/2009) A respeito do vocabulrio do textoacima, assinale a opo incorreta.
a) Moda (v.3) significa conjunto de opinies, gostos e apreciaes crticas,assim como modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por
determinado grupo humano em um dado momento histrico.
b) O sentido do vocbulo Contraiu (v.6) restringe as possibilidadessemnticas de pegou (v.4).
c) Na expresso viso fontana (v.6), o vocbulo sublinhado, adjetivoderivado de fonte, foi metaforicamente empregado com sentido de
originrio, gerador, causal, seminal.
d) Em As palavras eram livres de gramticas (v.14), o vocbulo sublinhadoalude a regras gramaticais.
e) O vocbulo posio (v.15) refere-se sintaxe, entendida comodisposio harmoniosa de partes ou elementos da frase.
Comentrio Mais uma vez quero frisar que o contexto no deve ser
desprezado durante a resoluo de questes sobre o significado de palavras.No texto, a expresso Moda ave significa maneira ou modo distinto e peculiar
como o menino vivia: de acordo com os hbitos de uma ave.
O contato com vrios alunos me fez perceber que muitos
ficaram com dvida em relao ao item b. Esclareo que o verbo pegar
admite a ideia de um agente desencadeador da ao, sendo ele mesmo o
responsvel por ela. O verbo contrair sugere um sujeito paciente, algum que
acometido de algo (independentemente da sua vontade). Este o sentido no
texto.
Resposta A
A diferena na linguagem
1 Para os gramticos, a arte da palavra quase se esgota na
arte da escrita, o que se v ainda pelo uso que fazem dos
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acentos, muitos dos quais fazem alguma distino ou evitam
4 algum equvoco para os olhos mas no para os ouvidos.
Neste texto Rousseau nos sugere que, para ler bem, precisoprestar ouvidos voz original, adivinhar as diferenas de
7 acento que a articulam e que se tornaram imperceptveis no
espao homogneo da escrita. Na leitura, o olho treinado do
Gramtico ou do Lgico deve subordinar-se a um ouvido
10 atento melodia que d vida aos signos: estar surdo
modulao da voz significa estar cego s modalidades do
sentido. Na oposio que o texto faz entre a arte de falar e a
13 arte de escrever, podemos encontrar no apenas as razes da
desqualificao da concepo gramatical da linguagem, mas
tambm a indicao do estatuto que Rousseau confere
16 linguagem. O que importante notar aqui que a oposio
entre falar e escrever no se funda mais na oposio entre
presena e ausncia: no a ausncia do sujeito falante que
19 desqualifica a escrita, mas a atonia ou a homogeneidade dos
signos visuais. Se a essncia da linguagem escapa
Gramtica, porque esta desdobra a linguagem num elemento
22 essencialmente homogneo.
Bento Prado Jr. A retrica de Rousseau. So Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.
16. (Cespe/MRE/IRBr/Diplomata/2009) Com relao s ideias do texto 3,julgue (C ou E) o item a seguir.
A palavra acentos (l.3) refere-se a sinais grficos, ao passo que acento
(l.7) designa qualidades como inflexo ou modulao.
Comentrio Esta questo para voc constatar como o Cespe
recentemente cobrou noes de polissemia em uma de suas provas. Creio que
no difcil perceber os sentidos das palavras destacadas, mas bom ficar
atento e no se deixar levar pelas aparncias. Na dvida, volte ao texto.Resposta Item certo.
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17. (CESPE/MRE/IRBr/Diplomata/2009 adaptada) Com relao s ideias eaos aspectos gramaticais do texto, julgue as opes abaixo.
a) O uso recorrente de vocbulos pertencentes aos campos semnticos daviso e da audio prejudica a coerncia e a coeso do texto.
b) a mesma a justificativa para o uso de inicial maiscula em Gramtico(l.9) e em Gramtica (l.21).
Comentrio Alternativa A: o contrrio! Pela afinidade de sentidos
existente entre elas, as palavras do mesmo campo semntico contribuem com
a coerncia e a coeso do texto.
Alternativa B: os motivos so diferentes. Na linha 9, o termo
designa o profissional; na linha 21; designa o nome de uma disciplina, uma
rea do conhecimento.
Lemos em Cegalla (Novssima gramtica da Lngua
Portuguesa, 2008, pgina 66) que o emprego de iniciais maisculas
facultativo nos dois casos (repare como a mesma palavra surgiu na linha 1). O
autor nos d os seguintes exemplos: DoutorPaulo ou doutorPaulo; Professor
Renato ouprofessorRenato; Matemtica ou matemtica.
Resposta Itens errados.
Receita 96:924$985
1 No oramento do ano passado houve supresso de
vrias taxas que existiam em 1928. A receita, entretanto,
calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985.
4 E no empreguei rigores excessivos. Fiz apenas
isto: extingui favores largamente concedidos a pessoas que
no precisavam deles e pus termo s extorses que afligiam
7 os matutos de pequeno valor, ordinariamente raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores.
(...)
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Graciliano Ramos. 2. relatrio ao sr. governador lvaro Paes pelo prefeito do
municpio de Palmeira dos ndios. In: Relatrios Graciliano Ramos.
Record/Fundao de Cultura de Recife, 1994, p. 51.
18. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Considerando ossentidos e aspectos gramaticais do texto, julgue a opo abaixo.
A expresso explorados pelos cobradores de impostos, embora
menos enftica, coerente com o sentido geral do trecho raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores (l.7-8).
Comentrio Para acertar esta questo, voc precisa saber (ou pelo menos
perceber) o significado das seguintes palavras:
a)raspados deixados sem nada, furtados, roubados;b)escorchados diz-se de quem foi explorado (O fiscal
corrupto tinha at uma lista dos comerciantes
escorchados.);
c)esbrugados que est sem carnes, descarnado (Ossoesbrugado.); figuradamente, diz-se de quem ficou semnada, sem nenhum recurso, foi exposto totalmente;
d)exatores cobrador de impostos.Resposta Item certo.
19. (Cespe/MPS/Anlise de Comprovantes/2010) As palavras ltimas,trnsito, econmica e contriburem recebem acento grfico porserem proparoxtonas.
Comentrio So proparoxtonas apenas ltimas, trnsito e econmica.
A palavra contriburem paroxtona e acentuada porque:
a) a letra I representa a segunda vogal do hiato formadocom a vogal representada pela letra U,
b) ela (a letra I) representa a slaba tnica da palavra ec) est s na slaba.
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Resposta Item errado.
20. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavrasmetrpoles, acmulo, inmeros e mnimas recebem acento grfico
com base em justificativas gramaticais diferentes.
Comentrio Todas as palavras so proparoxtonas, sendo acentuadas por
esse motivo.
Resposta Item errado.
21. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letrasiniciais maisculas em "Imprio Romano", "Cristianismo" e "Revoluo
Francesa" so exemplos de que substantivo usado para designar ente
singular deve ser grafado com inicial maiscula, como, por exemplo, Lei
n 8.888/1998.
Comentrio Alm de sempre usada no incio de perodos, nos ttulos de
obras artsticas ou tcnico-cientficas, a letra maiscula (caixa alta)
convencionalmente usada na grafia de substantivos singulares para indicar
deferncia e, ainda, nos casos abaixo:
nomes, sobrenomes (Jos Ferreira) e cognomes (Ivan, o Terrvel) daspessoas;
alcunhas (Sete Dedos); pseudnimos (Joozinho Trinta); de nomesdinsticos (os Mdici);
topnimos (Braslia, Paris); regies (Nordeste, Sul); nomes de instituies culturais, profissionais e de empresa (Fundao
Getlio Vargas, Associao Brasileira de Jornalistas, Lojas Americanas);
nome de diviso e de subdiviso das Foras Armadas (Marinha, PolciaMilitar);
nome de perodo e de episdio histrico (Idade Mdia, Estado Novo);
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nome de festividade ou de comemorao cvica (Natal, Quinze deNovembro);
designao de nao poltica organizada, de conjunto de poderes ou deunidades da Federao (golpe de Estado, Estado de So Paulo);
nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste); nome de zona geoeconmica e de designaes de ordem geogrfica ou
poltico-administrativa (Agreste, Zona da Mata, Tringulo Mineiro);
nome de logradouros e de endereo (Av. Rui Barbosa, Rua CesrioAlvim);
nome de edifcio, de monumento e de estabelecimento pblico (edifcioLife Center, Estdio do Maracan, Aeroporto de Cumbica, Igreja da S);
nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda); nome de corpo celeste, quando designativo astronmico (A Terra gira
em torno do Sol);
nome de documento ao qual se integra um nome prprio (Lei urea, LeiAfonso Arinos).
Resposta Item certo.
22. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocbulos polticas, desperdcio ecarcerria recebem acento grfico com base na mesma regra de
acentuao.
Comentrio O vocbulo polticas acentuado por ser proparoxtono; masdesperdcio e carcerria recebem acento por serem palavras paroxtonas
finalizadas em ditongo oral.
Resposta Item errado.
23. (Cespe/Serpro/Tcnico Operao de Redes/2010) No trecho O episdiocolocou em xeque a viabilidade do modelo, a palavra xeque poderia
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ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. Nesse caso,
seriam mantidos a correo gramatical do texto e seu sentido original.
Comentrio Tambm existe no lxico da nossa Lngua a palavra cheque, o
seu significado nada tem a ver comxeque. Entenda:
cheque: documento fornecido por um banco a quem nele
tem conta, que equivale a dinheiro, uma vez preenchido com determinada
quantia e assinado pelo titular da conta.
xeque (conforme usado no trecho): situao que representa
ameaa, perigo, risco, contratempo, transtorno:A paz est em xeque.
Resposta Item errado.
24. (Cespe/DPU/Tcnico em Assuntos Educacionais/2010)(...) e sendo cada vez mais urgente a tomada de decises em tempo
recorde (...)
O vocbulo recorde tambm poderia ser corretamente grafado comacento rcorde.
Comentrio Existem inmeras palavras que so proferidas erroneamente
por pessoas menos familiarizadas com a norma lingustica so casos de
silabadas. O conhecimento do que est na tabela abaixo evitar que esses
equvocos aconteam.
Oxtonas Paroxtonas Proparoxtonas
Cateter austero dvena
Cister avaro aerdromo
Condor aziago aerlito
Gibraltar batavo dito (ordem judical)
Hangar ciclope eltrodo
Masseter edito (lei, decreto) nterimMister filantropo lvedo
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Negus fortuito arqutipo
Nobel gratuito arete
Novel ibero crisntemo
Obus ltex hierglifo
Oximel maquinaria mprobo
Ureter misantropo lgubre
necromancia muncipe
rubrica notvago (ou noctvago)
nenfar prottipo
pudico recndito
recorde trnsfuga
vermfugo
znite
Resposta Item errado.
25. (Cespe/Inca/Tcnico em Anlise Clnica/2010)(...) Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criana
monitora atualmente cerca de 2 milhes de crianas de at 6 anos de
idade e 80 mil gestantes (...)
Mantm-se a correo gramatical do perodo ao se substituir cerca de
por acerca de.
Comentrio Cerca de e acerca de so locues prepositivas, mas elas no
devem ser confundidas. A primeira usada para indicar quantidade
aproximada; a segunda equivale-se preposio sobre e locuo prepositiva
a respeito de.
Resposta Item errado.
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26. (Cespe/Inca/Tcnico em Anlise Clnica/2010) As palavras nico,crticas e pblico recebem acento grfico porque tm slaba tnica na
antepenltima slaba.
Comentrio Sim, a slaba tnica delas a antepenltima, outra maneira de
dizer que so proparoxtonas.
Resposta Item certo.
27. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras amaznico eviva acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuao
grfica.
Comentrio No. A primeira acentuada porque uma proparoxtona; a
segunda se enquadra na regra do hiato: letra I o U representando a segunda
vogal do hiato, constituindo a slaba tnica da palavra e estando s ou
acompanhada de S (pas, sade, Graja etc.).
Resposta Item errado.
28. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o queestabelece a prescrio gramatical para textos escritos no nvel formal da
linguagem, tais como documentos oficiais, a substituio da expresso
dali para a frente por dali pra frente.
Comentrio A forma pra representa uma variao lingustica conhecidacomo linguagem informal ou popular, que no tem aceitao em documentos
oficiais, justamente por se distanciar da norma gramatical. Abaixo h um
quadro que assinala a diferena entre a variao padro (formal, culta) e a no
padro (informal ou popular) por meio de outros exemplos:
FORMAL INFORMAL
Est T
Falar Fal
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Queijo Quejo
Vamos Vamo
Vou V
Regncia do verbo visar Ele visa o bem pblico. (deveria ser ao)
Resposta Item errado
29. (Cespe/Correios/Cargos de Nvel Superior/2011) As palavras nibus einviolveis so acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuao
grfica.
Comentrio A primeira recebe acento por ser proparoxtona (-ni-bus); a
segunda, por ser paroxtona terminada em ditongo oral (-eis).
Resposta Item errado.
30. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 adaptada) Os vocbulosquilmetros, emblemtico e picol so acentuados de acordo com amesma regra de acentuao grfica.
Comentrio Os dois primeiros so acentuados por serem proparoxtonos
(qui-l-me-tro / em-ble-m-ti-co); picol oxtona terminada em E.
Resposta Item errado.
31. (Cespe/TJ-ES/Analista Judicirio/Taquigrafia/2011) Os vocbulosanaltica e teramos recebem acento grfico com base na mesma regra
de acentuao.
Comentrio Sim, os dois acentos so usados porque as palavras so
proparoxtonas (todas so acentuadas): a-na-l-ti-ca / te-r-a-mos.
Resposta Item certo.
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(...)
19 Para se ter uma ideia, apenas os alunos de timo boletim tm
direito inscrio e, ainda assim, 85% deles ficam de fora.
(...)
32. (Cespe/FUB/Cargos de Nvel Mdio/2011) Em razo do contexto, o acentogrfico empregado na forma verbal tm (L.19) obrigatrio.
Comentrio Sim, o acento obrigatrio. Este acento serve para diferenciar
a terceira pessoa do plural (os alunos de timo boletim = eles) da terceira
pessoa do singular (ele). Nem mesmo a vigncia do novo Acordo o aboliu.
Resposta Item certo.
33. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nvel Superior/2011) Os vocbulos pases ereas so acentuados de acordo com a mesma regra de acentuao
grfica.
Comentrio Negativo. O acento agudo em pases justifica-se pela regra dos
hiatos. A vogal I a segunda do hiato (pa--ses), est sozinha na slaba e
constitui a slaba tnica da palavra. Em reas, o acento ocorre porque a
palavra paroxtona terminada em ditongo (-reas).
Resposta Item errado.
34. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocbulos pblico (L.9)e catico (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos,
obedecem mesma regra de acentuao grfica.
Comentrio Sim, pois ambas so palavras proparoxtonas (p-bli-co,
ca--ti-co). Todas as proparoxtonas so acentuadas.
Resposta Item certo.
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Ento, o que voc achou? Posso esper-lo na prxima aula?
Lembre-se de que o xito deste curso tambm depende do dilogoentre ns dois. Portanto participe dos fruns, esclarea suas dvidas e mande
suas sugestes.
Um grande abrao e que Deus o abenoe!
Professor Albert Iglsia
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Lista das Questes Comentadas
(...)
22 Os grandes lderes de mercado parecem ainda ter
dificuldade para entender o que est acontecendo de fato. O
discurso e a prtica dessas empresas ainda esto baseados em
25 modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira
tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.
E mais, no so apenas os grandes lderes do setor
28 privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete
recente em um grande jornal dirio mostra que pesquisadores
e jornalistas tambm no entenderam as oportunidades que
31 esto surgindo a partir das transformaes que estamos
vivendo. Eis o ttulo da matria: S estagnao econmica
pode reduzir aquecimento global, diz estudo.
(...)
Ricardo Young. Mudanas no consumo. In: CartaCapital,26/2/2010. Internet: (com adaptaes).
1. (Cespe/AGU/Administrador/2010) O trecho a partir das (l.31) poderiaser substitudo, sem prejuzo sinttico ou semntico ao texto, por um dos
termos a seguir:por razo das, em consequncia das, com as.
2. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 22, o deslocamento dovocbulo ainda para imediatamente antes da forma verbal parecem
ainda parecem alteraria a ideia original do vocbulo substitudo, que
passaria a significar tambm.
(...)
O planejamento caiu em descrdito com a queda do
16 Muro de Berlim, a imploso da Unio Sovitica e acontrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que
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se autorregulam. Seria ingnuo pensar que esse mito
19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele est mal das
pernas, est. Chegou, portanto, o momento de reabilitar eatualizar o planejamento. At Jeffrey Sachs diretor do Earth
22 Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e
conselheiro do secretrio-geral das Naes Unidas
pronuncia-se em favor de um planejamento flexvel a longo
25 prazo, voltado para o enfrentamento dos trs desafios
simultneos da segurana energtica, segurana alimentar e
reduo da pobreza, buscando uma cooperao tripartite entre
28 os setores pblico e privado e a sociedade civil.
(...)
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no
decorrer dos dois ltimos sculos, baseado no uso das energias
fsseis, provocou um aquecimento global de consequncias
37 deletrias e, em parte, irreversveis. Seria, no entanto, um erro
considerar que o clima a bola da vez e as urgncias sociais
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhes de
40 indigentes e 46,3 milhes de pobres. E, enquanto os latifndios
de mais de mil hectares 3% do total das propriedades rurais
do Brasil ocupam 57% das terras agriculturveis,
43 4,8 milhes de famlias sem-terra esto espera do cho para
plantar.(...)
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.Internet: (com adaptaes).
3. (Cespe/Aneel/Cargos de Nvel Superior/2010) O sentido da expressomal das pernas (l.19-20), caracterstica da oralidade, seria prejudicado
caso se substitusse mal por mau.
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4. (Cespe/Aneel/Cargos de Nvel Superior/2010) O termo consequnciasdeletrias (l.36-37) significa resultados que no podem ser
apagados, alterados.
1 Ns, chefes de Estado e de Governo dos 21
pases ibero-americanos, reunidos na XIII Conferncia
Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra,
4 Bolvia, reiteramos o nosso propsito de continuar a
fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Naescomo frum de dilogo, cooperao e concertamento
7 poltico, aprofundando os vnculos histricos e culturais
que nos unem, e admitindo, ao mesmo tempo, as
caractersticas prprias de cada uma das nossas mltiplas
10 identidades, que permitem reconhecer-nos como uma
unidade na diversidade.
(...)
Na trilha de Salvador: a incluso social pela via do trabalho decente.
Braslia: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptaes).
5. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) De acordo com as regras deacentuao grfica da lngua portuguesa, a palavra ibero-americanos (l.
2) tambm poderia ser corretamente escrita da seguinte forma: bero-
americanos.
1 O poder poltico produto de uma conveno, no
da natureza, como postulava Aristteles, e nasce juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mo de
4 toda a sua liberdade natural, a fim d