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Parametros de Conforto térmico
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AULAPARMETROS DE CONFORTO
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SO PAULO
AUT 264CONFORTO TRMICO
AS VARIVEIS DO CONFORTO TRMICO
As variveis comumente consideradas para avaliaes de conforto trmico so:
Temperatura do ar
Temperatura Radiante
Umidade Relativa
Velocidade do ar
Vestimenta
Metabolismo(atividade, idade, sexo, raa, hbitos alimentares)
O CONCEITO DE CONFORTO AMBIENTAL
DIFERENAS CLIMTICAS/CULTURAIS
ACLIMATAO/ADAPTAO
EXPECTATIVAS DO USURIO QUANTO S CONDIES AMBIENTAIS:
VARIAM DE ACORDO COM O TIPO DE CLIMA, A POCA DO ANO, A FUNO A SER DESEMPENHADA, OS PADRES DE
COMPORTAMENTO/CULTURA AMBIENTAL, O PARTIDO ARQUITETNICO E OUTROS FATORES
Auditrio e Foyer condies, requisitos e expectativas diferentes
Existem diferentes graus de tolerncia ao desconforto em funo de uma srie de fatores, por exemplo:
valor histrico e hbitos culturais
TOLERNCIA AO DESCONFORTO
Centro de artes visuais Ipswich, Inglaterra, Norman Foster
Casa colonial brasileira
POSSIBILIDADE DE DESLOCAMENTO, ADAPATAO E ACOMODAO NA BUSCA PELO CONFORTO
ESPAOS E USOS BASTANTE FLEXVEIS
Ambiente alternativo
Estao de trabalho no fixa
Maior possiblidade da escolha do local de trabalho, permitindo melhor adaptao
Consequentemente maior tolerncia condioes ambientais
Ambiente de escritrio tpico
Estao de trabalho fixa:
Pouca (ou nenhuma) possibilidade de escolha do local de trabalho
Consequentemente menor tolerncia as condies ambientais
IMPOSSIBILIDADE DE DESLOCAMENTO, ADAPATAO E ACOMODAO NA BUSCA PELO CONFORTO
Conforto trmico
that state of mind which expresses satisfaction with the thermal environment (ASHRAE, 1992)
Em geral, pode-se associar o conforto trmico s situaes onde se tem um mnimo de esforo fisiolgico para adaptao ao ambiente
em questo
A Arquitetura pode ser entendida como meio de se trabalhar a relao Homem-Meio Ambiente,
produzindo-se ESTMULOS e provocando SENSAES
ESTMULOS PERCEPO DAS SENSAES
O grau de perturbao ou conforto depende da relaoMENTE - MEIO
O estmulo objetivoA percepo da sensao subjetiva
Quantidade de luzNvel de Rudo
Temperatura do arUmidade Relativa
Ventos
(Objetivos, quantificveis) (Subjetivas, dificilmente quantificveis)
Depende da experincia
anterior
CONCEITO DE CONFORTO
Qualificao X Quantificao
Apesar da importncia da quantificao de determinadas grandezas, o projeto de conforto
ambiental deve considerar ainda aspectos qualitativos.
Questes para a avaliao de desempenho:O que se quantifica?
Qual a exatido da quantificao?Como transformar a quantificao das variveis de
conforto ambiental em dado de projeto?
CONFORTO TRMICO
ZONAS CLIMTICAS DO GLOBO (Yeang, 2000)
Conforto trmico
Considerar o efeito combinado de:
temperatura do ar, umidade relativa, ventilao radiao trmica
para a obteno de boas condies de conforto trmico
EXIGNCIAS HUMANAS
O Organismo Humano
Mquina homotrmica: 32 C < Ti < 42 C ( 36,1-37,2 C)
O Homem uma mquina trmica cuja energia para funcionamento produzida pelo organismo por meio de reaes qumicas (C alimentao + O2 respirao): METABOLISMO
O organismo por meio do METABOLISMO produz e adquire ENERGIA: 20% transformada em trabalho baixo rendimento; 80% calor, que deve ser dissipado para que o organismo seja mantido em equilbrio.
Mecanismos de trocas trmicas entre corpo e ambiente: o calor do corpo dissipado com o ambiente atravs de trocas secas (conduo, conveco e radiao) - chamado calor sensvel e por trocas nicas (evaporao) -chamado calor latente. Neste ltimo caso o corpo perde em repouso 45 g H2O/h, em trabalho leve 110 g/h e pode chegar a perder 2,5 litros/h em situaes extremas.
Perdas de Calor pelo Corpo Humano
Ganho de Calor externo Interno - Metabolismo
(Pele)Temperaturado ar
Radiao
Umidaderelativado ar
Movimentodo ar
Conveco(~40%)
Conduo(geralmente
mnima)
Radiao(~40 %)
Evaporao(~20%)
Mecanismos de Trocas TMecanismos de Trocas Trmicas rmicas Homem AmbienteHomem AmbienteIMPORTANTE: CONDIIMPORTANTE: CONDIOPARA QUE TAIS TROCAS ACONTEOPARA QUE TAIS TROCAS ACONTEAM NESSAS AM NESSAS
PROPORPROPORES: AMBIENTE INTERNO COM CONDIES: AMBIENTE INTERNO COM CONDIES TES TRMICAS PRRMICAS PRXIMAS AO QUE XIMAS AO QUE CONSIDERADO CONSIDERADO CONFORTCONFORTVELVEL
Influncia da Velocidade do Ar
O aumento da velocidade do ar aumenta a troca decalor entre o corpo e o ar
Se o ar est mais frio do que superfcie do corpo
(+- 32 C) a sensao ser de resfriamento
Se o ar est mais quente do que superfcie do corpo
a sensao ser de aquecimento
TABELA DE VALORES DE METABOLISMO E DE EFICINCIA MECNICA
TIVIDADE Metabolismo W/m2 Eficincia MecnicaSentado, quieto 58 0Em p, relaxado 70 0Andando na horizontal (vel.3,2 km/h) 116 0Subindo rampas inclinadas (vel. 1,6 km/h)
5% 140 0,0715% 169 0,1520% 209 0,2
Laboratorial 81 a 128 0Limpando 116 a 198 0 - 0,1Datilografando 52 a 70 0Dormindo 41 0Recostado 47 0Cozinhando 93 a 116 0Lavando pratos em p 93 0Lavando e passando roupa 116 a 209 0 - 0,1Barbeando-se 99 0Banhando-se 99 0Vestindo-se 99 0
Fonte: FANGER, PO Thermal Confort-Analysis anda apllication in environmental engineering, McGraw-Hill Book Company
Metabolismo
O papel da vestimenta: representa barreira contra as trocas trmicas. um isolante trmico pela camada de ar que mantm entre ela e a pele (1clo=0,155 m2 C/W).
Resistncia trmica de algumas vestimentas
0,05 clo 0,5 clo 1,0 clo 4,0 clo
Fonte: Lamberts, Roberto e outros Eficincia Energtica na Arquitetura, PW Editores, So Paulo, 1997
VESTIMENTA
CLIMA E CULTURA
NDICES DE CONFORTO TRMICO
LEMBRANDO QUE:
As Variveis do Conforto so: Temperatura do ar, Temperatura Radiante, Umidade Relativa, Velocidade do ar, Vestimenta, Metabolismo
ndices de Conforto: tendam englobar um nico fator todas essas variveis.
Primeiros Estudos: primeiros estudos - Comisso Americana de Ventilaoem 1916 com objetivo de avaliar o rendimento do operrio na indstria: para o trabalho fsico o > T int. de 20 para 24 < rendimento em 15%. T int.= 30 C com 80% < 28%. Na Inglaterra - mineiros < 41% quando T Efetiva sobe de 19C para 27C.
Existem mais de trinta ndices de conforto
Trs exemplos de ndices comumente utilizados:
Temperatura Efetiva de Yaglou e Hougthen - 1923
Zona de conforto de Olgyay
ndice de Fanger - 1970
O NDICE DE TEMPERATURA EFETIVA
Temperatura Efetiva - foi definida pela correlao entre as sensaes de conforto e as condies de Temperatura, Umidade e Velocidade do ar, procurando concluir quais as condies de conforto trmico.
A temperatura efetiva usada em conjunto com a Carta Psicromtrica.
Carta Psicomtrica para cidades ao nvel do marFonte: Koenigsberger In Manual de Conforto Trmico Frota, Ansia Barros e Schiffer, Sueli Ramos 4 Edio Studio Nobel
O NDICE DE CONFORTO DE FANGER
NDICE DE FANGER - VOTO MDIO PREDITO
(PMV - PREDICTED MEAN VOTE)
Fanger props uma equao geral de conforto para predizer as sensaes de conforto segundo a combinao das variveis: temperatura do ar, temperatura radiante mdia, velocidade do ar, umidade relativa, atividade fsica e vestimenta (Dinamarca, dec.1979)
O PMV consiste num valor numrico que representa as respostas subjetivas de sensao de desconforto por frio e calor
O PMV para conforto zero; para o frio negativo e para o calor positivo
A partir da foi implementado o conceito de Porcentagem de Pessoas
Insatisfeitas - PPD Predicted Percentage of Dissatisfied (ou PPI)
NORMA ISO 7730 adotou Fanger : PPD (PPI) < 10% o que
corresponde a uma faixa de PMV de - 0,5 a + 0,5
Podemos adotar PPI = 20% para edifcios no condicionados e 10%
para os condicionados.
Fonte: Lamberts, Roberto e outros Eficincia Energtica na Arquitetura, PW Editores, So Paulo, 1997
ESCALA DE CONFORTO DE FANGER
Condies satisfatrias de conforto trmico para os usurios
Condies ambientais adequadas a processos produtivos
CONFORTO AMBIENTAL X
DESEMPENHO DAS EDIFICAES
AMBIENTES CLIMATIZADOS POR ESTRATGIAS ATIVAS
(CONDICIONAMENTO ARTIFICIAL)
NORMA INTERNACIONAL ISO 7730
Considerando normas internacionais de conforto trmico em espaos internos de trabalho, grossomodo, tem-se condies de conforto em:
1. 21C< 24 C < 27 C
2. velocidade ar < 0,25 m/s
3. T rad. mdia = T ar
4. 30%< UR < 70%
5. vestimenta normal
6. pessoa sentada
7. ocupao sedentria
Condies Internas para Vero
Recomendvel MximaFinalidade Local T.B.S. (C) U.R (%) T.B.S. (C) U.R (%)
ConfortoResidnciasHotisEscritriosEscolas
23 a 25 40 a 60 26,5 65
Lojas de curtotempo deocupao
BancosBarbeariasCabelereirosLojas/MagazinesSupermercados
24 a 26 40 a 60 27 65
Ambientes comgrandes cargasde calor latentee/ou sensvel
TeatrosAuditriosTemplosCinemasBaresLanchonetesRestaurantesBibliotecasEstdios TV
24 a 26 40 a 60 27 65
Locais dereunies commovimento
BoitesSales de Baile 24 a 26 40 a 60 27 65
Depsitos delivros,manuscritos,obras raras
21 a 23 40 a 60 --- ---
Ambientes deArte
Museus e galeriasde arte 21 a 23 50 a 55 --- ---
Acesso Hall deelevadores --- --- 28 70
Condies Internas para Inverno
TBS (C) UR (%)
20 - 22 34 - 65
Edifcios tpicos para a aplicao do da ISO 7730 edifcios climatizados artificialmente
Canary Warf Tower, Londres Edifcio de escritrios em Miami
AMBIENTES INTERNOS, CLIMATIZADOS ARTIFICIALMENTE
AMBIENTES DE ESCRITRIORecomendaes quanto ao conforto ambiental segundo pesquisas recentes de avaliao ps-ocupao em ambientes de escritrio na cidade de So Paulo:
1. uso de temperaturas de set-point mais elevadas nos ambientes internos. 2. ventilao noturna para o arrefecimento dos ambientes internos, ou seja, da introduo de estratgias passivas de climatizao, diminuindo a demanda pelo ar condicionado nas primeiras horas do dia.
City Hall Londres TU - Delft
Importncia do conforto em ambientes diversos
AMBIENTES CLIMATIZADOS POR ESTRATGIAS PASSIVAS
(VENTILAO NATURAL)
MODELO ADAPTATIVOBaseado na correlao emprica de dados de condies ambientais
externas ao longo do ano e prefrencias ambientais internas.
Temperaturas Efetivas de Conforto (tc) - RJ
18
20
22
24
26
28
30
32
0 730 1460 2190 2920 3650 4380 5110 5840 6570 7300 8030 8760
Hora do ano
Tem
pera
tura
Efe
tiva
(C)
Tc
90% Superior
80% Superior
90% Inferior
80% Inferior
ESTUDO DE CASO: RIO DE JANEIRO
AS VARIAES AMBIENTAIS DO ESPAO INTERNO SO ESTABELECIDAS EM RELAO AS VARIAES DO CLIMA
EXTERNO
MODELO ADAPTATIVO:
CONCEPO ARQUITETNICA E TECNOLGICA DE ARQUITETURA DE MENOR IMPACTO
AMBIENTAL
possibilidade de estratgia mista de climatizao, mixed-mode strategy
OS RESULTADOS DESSE NDICE VARIAM DE ACORDO COM AS CONDIES AMBIENTAIS CONSIDERADAS. OU SEJA, OS LIMITES DO
CONFORTO VARIAM DE ACORDO COM O CLIMA
IMPORTANTE
A ACEITAO DE PARMETROS TRMICOS NO USUAIS, MAS QUE MANTM AS CONDIES DE
CONFORTO, TAMBM EDUCAO AMBIENTAL !!!!!
QUEENS BUILDING, ENGINEERING SCHOOL, LESTER-UK
Edifcio de escritrios, Nothinghan -UK
Edifcio de escritrios, Frana. Arquitetura: Mario Cuccinela
Edifcio de escritrios. Sede da Powergen, Inglaterra
Edifcio de escritrios. Sede da Powergen, Inglaterra
ASPECTOS SUBJETIVOS DO CONFORTO
Edifcio de escritrios nos EUA
Commerzbank, edifcio de escritrios
na Alemanha
AMBIENTES EXTERNOS
1) Com toda radiao solar incidente e toda ventilao natural
2) Com metade da radiao solar incidente e toda ventilao natural
3) Com toda radiao solar incidente e metade da ventilao natural
4) Com metade da radiao solar incidente e metade da ventilao natural
5) Com toda radiao solar incidente e sem ventilao natural
6) Com metade da radiao solar incidente e sem ventilao natural
7) Sem radiao solar incidente e com toda ventilao natural
8) Sem radiao solar incidente e com metade da ventilao natural
Sem radiao solar incidente e sem ventilao natural
Avaliao de espaos abertosAlternativas de condies ambientais
ESTUDO DE CASO: PROJETO NO RIO DE JANEIRO
Espaos externos sem radiao solar incidente e sem ventilao natural
Resultado comparativo das alternativas analisadas
Exerccio de projeto conforto externo, adaptive skin, AA Graduate School, Londres,
2004.
Local: Bedford Sq.
Projeto: Gustavo Brunelli
ESTUDOS DE INSOLAO VERO E INVERNO
CONSIDERAES FINAISVrias pesquisas de conforto ambiental esto em andamento, assim como experimentos de solues arquitetnicas inovadoras, que desafiam a cultura do ambiente climatizado artificialmente durante 100% do tempo