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Aula-4 Difração

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Aula-4Difração

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Difração = Desvio da propagação retilínea da luz

Trata-se de um efeito característico de fenômenos ondulatórios, que ocorre sempre que parte de uma frente de onda (sonora, de matéria, ou eletromagnética) é obstruída.

2

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Augustin Fresnel (1788-1827)• Dez anos mais novo que T. Young, A. Fresnel foi um

engenheiro civil francês que se interessou por estudos de ótica.

• Ele não participava do círculo acadêmico de Paris e não conhecia o trabalho de Young.

• Fresnel estudou o efeito da passagem de luz por uma fenda.

• Em 1819 a Academia Francesa ofereceu um prêmio ao melhor trabalho experimental sobre difração, que apresentasse um modelo teórico explicando o efeito. Fresnel apresentou um trabalho de 135 páginas (modelo de ondas). O júri era composto por S.-D. Poisson, J. B. Biot, e P. S. Laplace, todos Newtonianos que apoiavama teoria corpuscular da luz. Poisson calculou, usando a teoria de Fresnel, algo que parecia inconsistente.

Feito o experimento, Fresnel estava correto!!!3

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Em um anteparo, obtemos umpadrão de difração

Difração por uma fenda

am

λθ =sen

Franjas escurasocorrem para:

m = 1, 2, ... a : largura da fenda

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Determinação da Posição dosMáximos e Mínimos

Supondo: aD >>A diferença de caminho óptico é:

θδ sen2

a=

No anteparo as ondas devem estar fora de fase para formação da primeira franja escura:

2

λδ = θλ sena=

δa

λθ =sen

δ

5

(Desenhos fora de escala!!!)

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A condição que determina a segunda franja escura é encontrada dividindo a fenda em 4 partes :

Teremos um mínimo quando:

Assim, para todos os mínimos :

2sen

4λθδ == a

a

λθ 2sen =

am

λθ =sen ,.....2,1; =m

δ

6

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A posição dos mínimos é dada pela condição de que a diferença de percurso entre o raio que sai da borda superior e o que sai da borda inferior seja múltiplo de λ:

,...2,1;sen == mma λθ

θ

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Determinação da Intensidade

Verificaremos que:

onde:

( )2

αθ senII m

θλ

πα sena=

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t)sin(ωE(t)E 11 =

)tsin(ωE(t)E 22 φ+=

Fasores

φβ 21

022 cosEcosEE 0 ==

( ) ( )

).(2

sin2

sin

caminhodifdif.fase

ddk

λπ

θλπθφ

=

==∆

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Intensidade da Onda Difratada

=∆yN

Ef

Ei

R

R

φ

Ei

Ef

E0

Eθθθθ

∑=

=f

innθ

EE

θλπαφ sina

22 ==

φ∆∆∆∆

θλπφ siny∆∆∆∆∆∆∆∆ 2=

10

Para a tela

φ é a diferença de fase total, ou seja, entre o primeiro e o último vetor da soma.∆φ é a diferença de fase entre um vetor e o vetor seguinte na soma.

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Intensidade da Onda Difratada

=∆yN

)2/(2/ φ sinREθ

=

;/RE0=φ φ/0ER =

ααφ

φθsin

E)/sin(/

EE 0

0 22

==

→=20

2

0

)(

E

E

I

I θθ 2

0)(

αθ sinII

Ef

Ei

11

θλπφα sen

a=≡2

θλπαφ sina

22 ==Para a tela

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Difração por uma fenda e Fasores

θφ siny∆∆∆∆∆∆∆∆ =

θλ

πα

ααθ

sin

sin)(

2

0

a

II

=

=

θsin

∑=

=f

innEE

θ

12

(φ=360(φ=360(φ=360(φ=360°°°°))))

Para a tela

φφφφ=N∆φ∆φ∆φ∆φ

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2,... 1,;2

)12(sin2

)12( =+±≈↔+±≈ nnanλθπα

Máximos (central e secundários) :

)tan(0sin

2

ααα

αα

=→=

d

d

y

y = tan(x)central máximo0tan →== αα

Difração por uma fenda: máximos e mínimos

θλ

πα

ααθ

sin

sin)(

2

0

a

II

=

=

θsin

a

m

mmam

λθ

λθπα

±=

=±=↔±=

sin

,...2,1;sin

Mínimos:

)tan(xx =

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Observe que aumentando a largura da fenda, diminui a largura do máximo central:

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Difração por Duas Fendas

• No estudo da interferência no experimento de Young consi-deramos a/λ→ 0 e obtivemos a figura da direita acima.

• Neste limite, as fontes S1 e S2 irradiam (I0) de modo uniforme para todos os ângulos.

• Mas, se considerarmos uma razão a/λ finita , cada fonte irradiará de modo semelhante à figura da direita.

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O mínimo de difração elimina franjas brilhantes da interferência

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O gráfico geral da intensidade fica sendo:

uma fenda

duas fendas

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Intensidade da figura de interferência de duas fendas:

onde:

• No limite a/λ→ 0, obtemos a equação para a intensidade no experimento de Young:

• No limite d/λ→ 0, obtemos a equação para a intensidade no caso de uma fenda única:

( ) ( ) 0

22 4;cos II

senII mm =

αβθ

θλπα sen

a=θλ

πβ send=

( ) βθ 2cosII m=

( )2

αθ senII m

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Difração por uma Abertura Circular

A posição do primeiro mínimo, para uma abertura circular de diâmetro d, é dada por:

d,sen

λθ 221≈d

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Resolução

A imagem difratada de dois objetos pontuais, ao passar por um orifício de

diâmetro d, adquire uma

separação angular ∆ϕ.

.d

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Critério de Rayleigh : A separação angular mínima para que duas fontes pontuais possam ser distinguidas (resolvidas) é aquela para a qual o máximo central de uma fonte coincide com o primeiro mínimo da figura de difração da outra fonte:

ddarcR

λλθ 22,122,1sen ≈

=∆

(pontilhismo)

d

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Os sistemas ópticos (microscópios, telescópios, olho humano) são caracterizados por um poder de resolução:

Rθ∆1

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Un dimanche à la Grande Jatte

Georges Seurat (French, 1859-1891)A Sunday on La Grande Jatte -- 1884, 1884-86Oil on canvas, 81 3/4 x 121 1/4 in. (207.5 x 308.1 cm)

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Rede de Difração: muitas fendas (~milhares por mm!)

• Somando os raios, dois a dois, teremos máximos no anteparo quando:

;λθ mdsen = ( ),...,,m 210=

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d

a

Frentes de onda

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Largura das Linhas numa rede de difração Verificamos no estudo da difração por uma fenda "a" que a

posição do primeiro mínimo é dada por:

θλ sena=

Para um ângulo geral:

θλθ θ

cosNdml ≈∆

Para calcular a meia largura da linha clara central na rede, podemos fazer a analogia:

Nda ~ λθ =∆ )sen( 0mlNd

Ndml

λθ∆ ≈000 ≈∆ mlθ

0mlθ∆

1º mínimo

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5 fendas....

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10 fendas....

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A rede de difração tem uma resolução muito superior a uma fenda dupla, por exemplo:

Pode ser utilizada para determinar um λ desconhecido a partir do θ medido: λθ md =sen 28

• picos estreitos rotulados pelos números m

• franjas claras=> linhas

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A rede de difração pode ser utilizada para determinar um λ desconhecido a partir do θ medido:

Espectrômetro de Rede de Difração

=d

marcsen

λθ

λθ md =sen

Linhas de emissão do Cd

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Para comparação : o que vemos na tela ???

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Redes de difração com resolução menor:

m = 0

A luz branca é difratada nos dois casos31

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DispersãoA dispersão numa rede de difração é definida por:

onde ∆θ é separação angular entre duas linhas que diferem de ∆λ.

Vimos que

Logo, temos:

Portanto, derivando,

λ∆θ∆=D

m

send θλ = θθλ

cosm

d

d

d =

θλ∆θ∆

cosd

mD ==

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ResoluçãoA resolução numa rede de difração é definida por:

Vimos que o menor ângulo que pode ser resolvido é:

Substituindo este valor na eq. da dispersão:

Assim, temos:

onde ∆λ é menor diferença de comprimento de onda que pode ser resolvido e λmed é o comprimento de onda médio.

λ∆λmedR =

θλθ∆ θ

cosNdml ≈

θλθλ

cos

1

cos d

m

Nd≈

NmR med ≈∆

λ

θλ∆θ∆

cosd

mD ==

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Dispersão x Resolução

NmR med ==λ∆

λ

θλ∆θ∆

cosd

mD ==

Resolução aumenta com N, número de ranhuras

A dispersão melhora com a diminuição de d

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Maior resolução!

Maior dispersão!

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Difração de raios-X por cristais

O comprimento de onda dos raios X é da ordem do espaçamento atômico em cristais: 10-10 m = 1 Å.

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Temos interferências construtivas quando:

Lei de Braggλθ md =sen2

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Porém, para qualquer ângulo de incidência, temos vários planos de “reflexão”.

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Assim, temos uma figura de difração complexa:

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Resumo da aula:

• Difração por uma fenda única• Difração por uma abertura circular• Critério de Rayleigh para resolução• Difração por duas fendas• Rede de difração (muitas fendas!)

e sua resolução e dispersão• Difração de raios X em cristais

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Sistema de Lentes para a Difração: com ele, os raios que saem da fenda são paralelos.

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