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Jacqueline Keller Desenvolvimento de Coleo

Desenvolvimento de Coleo

Profa. Jacqueline Keller, M.Eng.


Cenrios da

MODA


Porque Cenrios?????

. Porque o leque de opes aumentou e o olhar deve ser direcionado para os cenrios que se formam no dia-a-dia.

. Variveis:

- econmicos (crise, BRIC, decadncia EUA) - sociais (mudanas = classe C importante); - polticos (tica e impunidade); - tecnolgicos (internet, convergncia); - educao: Tcnicos, EaD, in company, etc - artes, design, arquitetura, gesto, RH, culturas, ambiente, etc.


Porque as tendncias do consumo mudaram! E isso, um termmetro que indica que temos que mudar tambm a

nossa maneira de ver as coisas. O trendwatching cita 14 tendncias de consumo

para o ano de 2010. Esta empresa estuda o comportamento do consumidor, e tem como alguns de seus clientes a Coca Cola, Sony, Unilever e Victorias Secret, entre outros.

www.trendwatching.com.br


. Trends Consumer ! 1 - Statusphere:

. O consumo impelido por muitos motivos:fixar seu status um deles.

Fig. : Delrios de Consumo de Bechy Bloo


! 2 ARENA: Em que arena de negcios sua empresa atuar? Da destruio criativa para o Design do novo? expectativa dos acontecimentos econmicos? Viver em funo da China?


!

3 Generation G:

A generosidade est substituindo a ganncia. Ser?


4 ON: O vcio do online! Espera-se que cada vez mais a internet seja o oxignio que veio para renovar o mundo. Novas convergncias, principalmente!


5 (UN) REAL: Esta tendncia que paradoxalmentevalorizar tanto o autntico quanto o fake (falso)!


6 INFOLUST: Um dos temas mais impactantes! As Marcas e servios tero que satisfazer as luxrias dos consumidores: de informao, transparncia, mapeamento/ Monitoramento!


7 Nowism: O futuro incerto! Viver o momento continuar a dominar os desejos do consumidor! A busca pelo novo ser incessante! Agregar valor realmente percebido, til, funcional e prtico!


8 Locality: Sobreposio de temas! A fora do local (a cultura , principalmente) ser uma fonte inesgotvel de inovao! Agrupar, organizar, procurar informaes importantes sobre produtos, eventos e pessoas.

Ronaldo Fraga/2009


9 Joyning: Unir Foras! As marcas unidas aos consumidores, aos designers; entre as marcas e at mesmo, aos concorrentes!


10 Meconomy: A minha marca, a foto digital! Os consumidores abraaro tudo o que estiver de acordo com o seu estilo! Produto feito para o cliente!


11 LUXYOURY: Mantm-se o novo luxo, que tem diferentes percepes para cada consumidor! Tempo, prazer, bem estar.


12 Greenest: Sustentabilidade Rentvel! Ecolgicamente correto! Ajudar os consumidores a economizar dinheiro de maneira ecologicamente correta a idia principal deste conceito!


13 Brand Fabric:

As principais marcas devero assumir o papel das mudanas! Principalmente das mudanas sociais!

Projeto Natura Social


14 Innovation Overdose: Como o prprio nome diz: uma overdose de inovao!Novos produtos e servios! Produtos especficos para um segmento, que proporcionem experincias. uma tima oportunidade para inovar, reduzir custos e trazer tona a melhor e mais criativa idia no mundo dos negcios.


HOJE......

Era do Conhecimento: onde o aprendizado extremamente relevante, sendo que a troca de aprendizados gera conhecimento.

Tempo: luxo. A arte de tomar decises pertence a alguns

somente. Criatividade como soluo de problemas e fonte

para a Inovao Era do Empreendedorismo


Novos Caminhos.. Novas competncias, criatividade e inovao. Verticalizao do Profissional que dever ser mais

completo, dominar vrias reas ou pelo menos uma grande parte com foco no seu trabalho.

A gesto a palavra do momento! Novas Tecnologias e suas convergncias Conscincia ambiental x Ecologia Humana Surge um novo modelo mental: experincias,

atitudes e sensaes


Caractersticas do comportamento profissional que se espera hoje

Busca de Oportunidades e Iniciativa Capacidade de se antecipar aos fatos e criar novas oportunidades de negcios, desenvolver novos produtos e servios, propor solues inovadoras.

Persistncia Enfrentar os obstculos decididamente, buscando o sucesso a todo custo, mantendo ou mudando as estratgias, de acordo com as situaes.



Correr Riscos Calculados Disposio de assumir desafios ou riscos moderados e responder pessoalmente por eles.

Exigncia de Qualidade e Eficincia Deciso de fazer sempre e melhor, buscando satisfazer ou superar as expectativas de prazos e padres de qualidade.



Comprometimento Fazer sacrifcio pessoal ou dispender esforo extraordinrio para completar uma tarefa; colaborar com os subordinados e at mesmo assumir o lugar deles para terminar um trabalho; se esmerar para manter os clientes satisfeitos e colocar a boa vontade a longo prazo acima do lucro a curto prazo.



Busca de Informaes Buscar obter informaes sobre clientes, fornecedores ou concorrentes ; investigar como fabricar um produto ou prestar um servio; consultar especialistas para obter assessoria tcnica ou comercial.



Estabelecimento de Metas Assumir metas e objetivos que representam desafios e tenham significado pessoal; definir com clareza e objetividade as metas de longo prazo; estabelecer metas de curto prazo mensurveis.



Planejamento e Monitoramento Sistemticos Planejar dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos; revisar constantemente seus planos, considerando resultados obtidos e mudanas circunstanciais; manter registros financeiros e os utilizar para tomar decises.



Persuaso e Rede de Contatos Utilizar estratgias para influenciar ou persuadir os outros; utilizar pessoas-chave como agentes para atingir seus objetivos e atuar para desenvolver e manter relaes comerciais.



Independncia e Autoconfiana Buscar autonomia em relao a normas e procedimentos; manter seus pontos de vista mesmo diante da oposio ou de resultados desanimadores; expressar confiana na sua prpria capacidade de complementar uma tarefa difcil ou de enfrentar desafios. Esta a conseqncia de todas as outras caractersticas, no a fonte.


Tipos de Inovaes..... - Novos produtos e servios; - Melhores formas de alcanar clientes; - Tcnicas de fazer mais com menos; - Aumento de qualidade; - Novos mtodos para diminuir o impacto ambiental; - Sistemas e estruturas organizacionais aperfeioados; - Novas abordagens para reunir e distribuir informaes; - Melhor oferta de servios internos; - Novas formas de participao dos stakeholders; - Qualquer outro fator que contribua para melhorar o mundo

ou a sua empresa!


Cenrios para Moda em SC

Dados: 1% do territrio brasileiro; 3% da populao brasileira ; produz 8% do PIB Brasileiro; 6o. em exportao; e 20 % da atividade economica catarinense.


Cenrios para Moda em SC O Anurio da Abit revela que as 51 maiores empresas

catarinenses do setor empregam cerca de 53 mil pessoas diretamente. O maior plo txtil continua sendo a cidade de Blumenau. Nela esto concentrados 20,5 mil dos empregos gerados pelas 51 maiores empresas (41%). Blumenau tem tambm o maior nmero de empresas listadas no anurio: 12. Em seguida aparecem Brusque, com sete empresas e Jaragu, com quatro. No nmero de empregos, no entanto, a situao se inverte: as quatro empresas de Jaragu geram 12 mil empregos, contra 5,8 mil empregos das sete empresas de Brusque.


Cenrios para Moda em SC

Quase 100 anos de histria txtil.. ltimos 20 anos com crescimento de micros e

pequenas empresas Grandes Confeccionistas; Dificuldades de mo-de-obra; 11 a 12 anos de cursos de Moda; Porm ainda falta a Criao!


Ameaas Concorrncia Nacional e Internacional; China (que se tornar, alm de fornecedora,

tambm criadora de moda) = Made in China; Falta de investimentos no Setor Falta de leis de proteo e taxao de produtos

externos; Falta de mo-de-obra qualificada; Falta de design e produtos de valor agregado


Ameaas

Falta de uma identidade; A academia e a Indstria ainda desconectadas; Problemas de gesto familiares; Falta de pesquisa e investimentos em tecnologias; Mo-de-obra de outros estados nas indstrias

locais; Faltam eventos de moda.


Mudanas!

Unio de foras (conglomerados): Dona da Colcci compra Forum e Triton e vira lder

em moda do Brasil Portalexame.abril.com.br Juntas as empresas tiveram um faturamento de 750 milhes de reais em 2007.

O grupo AMC Txtil (que detm as marcas Colcci, Sommer e Carmelitas, alm do licenciamento da linha Coca-Cola Clothing e da Malhas Menegotti, as marcas Tufi Duek, Forum Tufi Duek, Forum e Triton.


O que j acontece???? Grupo Rovitex apresenta a nova coleo da marca

Endless. Campanha de lanamento traz fotos da modelo Gianne Albertoni


O que j acontece???? Tecnoblu lana book outono/inverno 2010. Equipe viajou

at o Uruguai para buscar materiais para as peas

Os profissionais do ET Estdio da Tecnoblu, trabalharam durante trs meses no desenvolvimento das novas peas que so compostas por seis perfis de comportamento: Destroyer, Orgnico, Cuero, Nen, Rstico Noble e Negro Bronce. Um malote especialmente desenhado serve de embalagem para o Otoo, sendo que cada comportamento guardado numa embalagem com

identificao.


O que j acontece???? Uma noite de festa na capital paulista rendeu

empresa blumenauense Fujiro Ecotxtil um trofu como destaque do setor promocional brasileiro. A 13 edio do Prmio Free Shop Quality, concedido pela Forma Editora, selecionou as melhores empresas nos segmentos para servios de eventos, materiais para merchandising no ponto de venda e produtos promocionais. A Fujiro venceu o primeiro lugar na categoria confeces.


O que j acontece???? Farbe lana campanha para linha fashion com produo de fotos

em Paris. Empresa aposta em novo conceito de moda Fotos produzidas em Paris com a modelo francesa Celine Moniquet, da agncia Ford Models, marcam a nova campanha da Txtil Farbe, empresa produtora de malhas circulares com sede em Blumenau. Com 15 anos de mercado, a Farbe aposta agora num novo conceito da marca, desenvolvendo e produzindo linhas especiais de malhas com elastano para a indstria da moda. A linha Farbe Fashion composta por tecidos que trazem mais tecnologia e bom gosto ao produto final,


Sempre buscando o que h de atual para oferecer em tecnologia e qualidade, a Teka tem uma grande valorizao tanto no mercado interno como externo. Alm disso, possui um certificado ecolgico Internacional Alemo ko-tex Standard 100, que garante que todos os produtos sejam desenvolvidos em processos que no prejudicam o meio ambiente e no causam danos sade dos consumidores. Para a companhia, respeitar pessoas primordial, sejam elas clientes, fornecedores ou colaboradores. Por este motivo, a empresa desenvolve aes especificas para alcanar a sua misso: encantar a todos atravs da excelncia de servios e produtos.


O que j acontece???? Estampa a nica credenciada para produzir etiquetas da

marca Adidas. Empresa projeta faturamento de R$ 6 milhes em 2009

Etiquetas para todas as estaes. com esse slogan que a

Estampa Etiquetas de Blumenau, se apresenta. Com 47 funcionrios e h 10 anos atuando no mercado txtil, a empresa mantm clientes nas regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com processos de produo eficientes e um elevado grau de eficincia na qualidade de seu produto final, a Estampa tornou-se a nica empresa em Santa Catarina credenciada para produzir etiquetas da marca Adidas.


O que j acontece???? Mormaii cresce 60% ao ano. Empresa de Garopaba tem mais de 1,5

mil produtos licenciados e 20 mil clientes cadastrados

Nos ltimos seis anos, a Mormaii, marca de surfwear de Garopaba, registrou um crescimento mdio de 60% em seu faturamento. O resultado conseqncia dos mais de 1,5 mil produtos fabricados na sede da Mormaii e em outras 37 empresas licenciadas. A variedade de peas inclui roupas, acessrios, calados, culos, cadernos, barras de protena, bronzeadores e equipamentos de surf, vendidas em todo Brasil e em boa parte do mundo.


Desfile Colcci SPFW Primavera Vero 2009 2010 Um casting estrelado abala as estruturas do maior

evento de moda do pas


Oportunidades no setor Valorizao do mercado interno com a crise

mundial; Busca junto ao Governo e entidades de

ampliao de crdito para investimentos no setor;

Internacionalizao e aumento de exportaes (busca de novos mercados);

Investir na questo ambiental


Crescimento dos cursos Tcnicos Valorizao do Design Insero da cadeira de Criatividade nos

currculos; Ps Graduaes. Novas marcas com valorizao Nacional Qualidade dos produtos; As oportunidades prevalecero s ameaas

externas. Na crise tire o s e CRIE!


Os grandes lderes de mercado sero aqueles que perceberem que o

consumidor quem indica o rumo da moda. Ele exige individualidade, rapidez e preo, sem deixar da

qualidade e tecnologia. O consumidor quando vai s compras quer algo que o

faa se sentir bem, que o realize.


Profissionais da Moda

Profissional de Desenvolvimento de Produto: Esse profissional estuda desde a idia do produto at a sua aceitao pelo consumidor final, lanando assim alguns problemas que o produto possa apresentar.



O estilista aquele que cria, que bola as roupas de uma coleo. Para isso ele estuda muito sobre seu pblico-alvo, sobre as tendncias pelo mundo, sobre tecidos, sobre tcnicas de costura, sobre histria da moda, sobre cores, diferentes materiais...enfim, ele que, junto com sua equipe, tem as idias e faz os desenhos do que sero, depois de um processo bastante longo, as peas que veremos nos desfiles.



Estilista: Estilista desenha, costura, modela e idealiza a coleo, que muitas vezes nem vai daquele jeito para as lojas, mas mais uma idia a ser seguida, uma mensagem a ser passada. Aps os desfiles, algumas peas mais conceito podero ser "adaptadas" para a vida real antes de serem vendidas. Em outros pases, os estilistas so chamados de designers ou couturiers.



Styling: que na sua verdadeira concepo est relacionado a uma modalidade de design industrial que procura fazer o modelo superficialmente atraente, para disfarar eventuais falhas na qualidade, mas nada mais do que melhorar o aspecto de um produto, cuidar da imagem tambm.


Profissionais da Moda O stylist, tambm conhecido como produtor de moda,

aquele que trabalha com a imagem de uma marca e dar a cara uma coleo ou pea. Os stylists podem trabalhar com os estilistas nos desfiles para definir como as peas sero apresentadas para o pblico (afinal, uma blusa pode ser usada de tantas maneiras, com tantos acessrios diferentes, etc.) e ajudam o estilista a contar a estria idealizada para a coleo, trazendo elementos como acessrios, bolsas, sapatos, novas formas de usar uma determinada pea e por a vai...para que tudo seja apresentado da maneira mais coerente possvel.


Profissionais da Moda Eles tambm podem trabalhar em revistas ou em

campanhas para as marcas, definindo as peas que sero usadas nas fotos/vdeos, como sero apresentadas, as locaes, as modelos, as cores, os acessrios, iluminao e tudo mais. Como a histria que os stylists contam fictcia, eles podem colocar modelos com vestidos couture no meio da fazenda, podem colocar salto agulha na praia, podem prender sobrinhas com alfinete...a personalidade e o estilo pessoal das modelos, assim como o que mais prtico e confortvel obviamente no levado em conta, e nem precisa ser!


Profissionais da Moda O personal stylist a pessoa que cuida da imagem de

uma determinada pessoa real e tambm pode ser chamado de consultor de IMAGEM. Enquanto os stylists trabalham com modelos, os personal stylists trabalham com pessoas como eu e voc, para que estas tambm possam contar a sua histria (uma histria de verdade!) atravs das roupas, acessrios e da imagem como um todo (etiqueta, linguagem no-verbal, cuidado com as roupas, cores, etc.). Auxiliam o cliente a criar um estilo pessoal, a se portar e se vestir melhor e mais adequadamente, a fazer malas, a cuidar das roupas e mil outras coisas.



Designer: De.si.gner (diziner) sm=f (ingl) Indivduo que planeja ou concebe um projeto ou um modelo ( Michaelis, 1998)

Segundo Nanni Strada, o designer aquele que planeja o produto e o torna utilizvel comercialmente.


Profissionais da Moda Equipe de design: So pessoas responsveis em agregar

beleza a produtos funcionais.

Designer na Tecelagem: Elabora tecidos usando conhecimento e tecnologia; cuida da produo, qualidade do produto e da forma que ele ser apresentado ao seu consumidor. Antenado com a moda ele elabora um produto diferenciado.

Designer Txtil: Cria desenhos para a estamparia, tramas ou padres para malharia e trabalha na decorao de interiores (tecidos para moblia, carpetes, cortinas e papis de parede).


A indstria da Moda est dividida atualmente em quatro nveis fundamentais, segundo Avelar (2009):

1 Alta Costura; 2 Alta Moda, que inclui couture essentiel; 3 Prt--Porter, que inclui o luxo e a difuso e; 4 Indstria da Cpia


Alta Moda

a expresso utilizada por Franois Baudot (2002, p.252-2) para denominar a moda italiana que, depois da 2. Guerra Mundial, especialmente na dcada de 60, sofreu um grande impulso tanto na qualidade do material do material, do feitio e do design quanto no que se refere exclusividade, embora no pertencesse alta costura.


Alta Moda

A idia que se prope que Alta Moda se refira s criaes de luxo, tambm exclusivas, mas que no fazem parte da alta costura francesa.


Na Alta Moda, marcas e criadores que executam roupas sob medida e modelos exclusivos, mas no so registrados na Cmara Sindical Parisiense e portanto, no se enquadram nas leis que determinam a alta-costura.

. Vivienne Westwood; . Alexander McQueen (falecido recentemente); . Yohji Yamamoto; . Walter Rodrigues, etc....

E todos aqueles que produzem prt--porter e no entanto executam modelos sob encomenda, sob medida e exclusivos, so exemplos de Alta Moda.


Couture Essential

uma expresso cunhada pelos franceses para denominar criaes de luxo, exclusivas ou em edies limitadas, que formalmente no fazem parte da alta-costura, mas utilizam sua mo de obra excedente.

Ou seja, esses criadores no so registrado na Cmara Sindical da Alta-Costura parisiense, embora executem modelos sob encomenda, utilizando a centenria cultura francesa de bordadeiras e costureiras passadas de me para filha.

Para Sally Singer na Vogue Brasil (n.315, 2004, p.83-84), o termo significaoriginalidade combinada extraordinria e tradicional habilidade.


Alta Costura x Prt--Porter

Alta costura: o artesanato de luxo, que produz modelos nicos sob encomenda. A garantia de exclusividade muito sria. Lembrar dos exemplos dos criadores na Frana.

http://fashion.dior.com/fr/dior_fr.html


PRT--PORTER

Segundo Vincent-Ricard (1989,p.32) a expresso prt--porter foi lanada Weil em 1948, a partir da expresso ready to wear, utilizada nos EUA para descrever a produo e a distribuio americana, rpidas e eficientes daquele perodo. Na verso americana, no estava includa a ideia de roupa acabada (sem ajustes e retoques), bem como uma extensa organizao entre cadeia txtil, confeccionistas, consultores de moda e escritrios de estilo.


Prt--porter significa pronto para vestir, mas refere-se a algo muito mais amplo, uma determinada organizao desse perodo. uma roupa pronta para ser levada, mas ela s existe graas a uma pesquisa de tendncia envolvendo toda a cadeia txtil.

Segundo Lipovetsky (1989,p.110), a partir da dcada de 60 que o prt--porter vai chegar de alguma maneira verdade de si mesmo, concebendo roupas com um esprito mais voltado audcia, juventude, novidade do que perfeio de classe.


Delpierre (1997,p.43) apud Avelar (2009) aponta uma diviso do prt--porter, fragmentando-o em trs nveis fundamentais, a partir de 1960:

1 Prt--Porter clssico: vendido nas grandes lojas. De acordo com Delpierre, na poca o setor no se diferenciava muito do que se vendia nas lojas de departamentos desde o incio do sculo.

2 Prt--Porter de Estilo: aparece entre 1963 e 1964, destinado a jovens, com formas e cores mais ousadas, vendido em lojas de novo conceito as boutiques que vendem colees de vrios criadores.


Prt--Porter de luxo: destinado clientela da alta-costura, que, no entanto, busca novas alternativas para o dia-a-dia,a preos menos exorbitantes,mas com alta qualidade no

design, no material e no feitio.

Prt--porter de luxo (1): roupa feita em srie de algumas centenas de unidades para cada modelo e tamanho. A casa de alta costura produz e vende diretamente em suas boutiques. A produo ainda artesanal, ou semi.


Prt--porter (2) - Tem o prt--porter desfilado duas vezes ao ano (primavera/vero e outono/inverno). A casa de alta costura concebe, assina e produz os modelos dos desfiles e vendem a idia da coleo industriais que vo fabric-las em grande escala.

Prt--porter (3)- Tem o prt--porter produzido por uma indstria qualquer sob assessoria estilstica e tcnica de uma casa de alta-costura. Assim, mediante um contrato escrito; o criador fornece s indstrias um novo produto ou uma nova coleo toda vez que solicitado


Prt--porter (4) Existe ainda o prt--porter com a etiqueta de uma

casa de alta costura. Ex.: Valentino. Ocorre quando uma casa de alta costura assina produtos fabricados por terceiros , quando estes tm as caractersticas da grife

Prt-a-Porter de difuso Refere-se ao alcance dos produtos, tanto pela cpia

quanto pela criao ambas dependendo de redes de produo e distribuio eficazes algo caracterstico do mundo globalizado.

Neste grupo incluem-se as grandes redes de lojas que possuem estabelecimentos ao redor do mundo: Zara, Mango, C&A , H&M (que tem criaes de vrios artistas e at de Karl Lagerfeld Chanel).


Prt-a-Porter de difuso . A C&A j contou com Walter Rodrigues.......No

Brasil: Renner, Riachuelo (que j apresentou criaes de Fause Haten), so exemplos de lojas de departamentos. Recentemente Lanvin para H&M.

. A Zara apresenta hoje o maior poder de difuso, pois tem a seu lado a melhor estratgia de logstica do mundo, conseguindo colocar o produto em 7 dias (produo/embalagem/envio) em todas as suas lojas pelo mundo.


Prt-a-Porter da Cpia

. A questo aqui conceituar o que se entende por cpia:

- produo em srie? Grades de tamanhos? - reproduo de modelos autorizada? Quem autoriza?

Cpia original? - reproduo de modelos das revistas? Tendncias? - uso inapropriado da marca com mudana da

simbologia?

OBS: DIFCIL CONTROLAR!


Prt-a-Porter da Cpia

..... O sucesso de uma marca pode ser medido em termos da intensidade em que copiada. Marcas como Chanel, Armani, Gucci, Prada e Versace tm sofrido perdas em seu lucro em funo das falsificaes de perfumes e de outros artigos que se vale da logo famosa.

site: www.fashion-era.com


Vale ressaltar que prt--porter tem variantes, mas alta-costura s uma, ento a casa de alta costura no bairro perto da sua casa no alta-costura e sim um prt--porter de luxo, pois a costureira vai fazer um vestido que voc trouxe inspirado de uma revista ou que um estilista desenhou na casa de tecidos.


Desenvolvimento de Coleo Com a abertura de mercado, houve um

aumento expressivo na concorrncia entre empresas do mesmo ramo. Para poder competir nesse mercado preciso introduzir continuamente novos produtos. O problema que isto acarreta que a cada momento so lanados inmeros produtos no mercado, mas a vida mdia dos mesmos est cada vez mais curta.


O que produzir?

. Algo que j existe? . Algo que algum pede? . Antecipar-se a algo que ser pedido? . Fabricar algo que ningum pediu, mas que

dar grande prazer e satisfao ao cliente? . Atender as necessidades dos clientes? . Reforar posicionamento da marca? . Maximizar lucros? . Coerncia com linha e estilo?


Definio de Produto

Produto qualquer coisa que possa ser oferecida a um Mercado para ateno, aquisio, uso ou consume, e que possa satisfazer a um desejo ou necessidade. Os produtos vo alm de bens tangveis, de forma mais ampla, os produtos incluem objetos fsicos, servios, pessoas, locais, organizaes, idias ou combinaes desses elementos. (KOTLER, 1999, p.190)


Produto Classificaes

Durabilidade e Tangibilidade . Bens durveis . Bens no durveis . Servios


Produto Classificaes

Hbito de Compra . Bens de convenincia . Bens de compra comparada . Bens de Especialidade


Kotler (1999, p.190) prope trs nveis, so eles:

O produto bsico aquele que o comprador est realmente interessado em comprar, supre uma necessidade, um desejo.

O produto real surge a partir do bsico acrescido de caractersticas: nvel de qualidade, aspectos fsicos, design, marca e embalagem. Este, alm de suprir uma necessidade e desejos, proporciona status.


Kotler (1999, p.190) prope trs nveis, so eles:

O produto ampliado, criado a partir do bsico e do real, oferecendo servios e benefcios adicionais, como por exemplo; garantias de durabilidade e, consertos e ajustes, se necessrio. Ento, alm de necessidade, desejo e status, confere ainda segurana e qualidade


Abranches (1995, p.36), um produto fundamental quando suas caractersticas no se alteram com as colees de moda e sua obsolescncia considerada uma possibilidade remota nos prximos anos. Embora as caractersticas bsicas desse produto no se alterem, exigem ateno nas variaes de detalhes, nas tendncias de modelagem, nas lavaes, nos acabamentos, nos aviamentos, nas cores da estao, dentre outras coisas.


A vantagem apresentada pelo produto fundamental a simplificao da produo e, por isso mesmo, tem sido preferido pelas grandes empresas voltadas para a massificaao do consumo. J as pequenas empresas que quiserem competir no mercado, devero apresentar uma diferenciao a mais em relao s demais, seja em termos de qualidade, preo ou at mesmo de status de marca, obtidas com forte apelo promocional da mdia. Ou seja, uma vantagem competitiva.


Os produtos de confeco podem ainda se subdividir, segundo Abranches (1995, p.37) em:

Produtos realmente fundamentais: so os que tm vida estimada com mais de 5 anos e obsolescncia de longo prazo;

Produtos pretensamente fundamentais: recebem tambm o nome de house collection, ou, coleo permanente e, tem obsolescncia nunca inferior a 2 anos;


Produtos de oportunidade: a classe de produtos que se caracteriza pela vida e perodos discretos e repetitivos, como por exemplo: uniformes, roupas para escolas de samba, roupas para reveillon, etc;

Produtos de Moda: so definidos como aqueles que tm sua fase de lanamento muito prxima da faixa de maturidade (so lanados ao mesmo tempo em que esto no auge da mdia) e uma rpida obsolescncia, quase sempre vinculada ao fim da estao;


Produtos complementares ou de Perfil Atipico: so aqueles desenvolvidos a partir da utilizao da capacidade ociosa de uma empresa e/ou como decorrncia de estoques imobilizados indevidamente e;

Produtos da Onda: so produtos que indicam uma repentina mudana por hbitos de consumo, acompanhados de uma obsolescncia vertical. Condicionam-se a fortes influncias de filmes e novelas de televiso.


Kotler (1999) ratifica esta idia quando afirma que a empresa precisa desenvolver continuamente novos produtos, conforme os gostos do consumidor, da modificao das tecnologias e da concorrncia, j que essas mudanas ocorrem rapidamente. A precisa definio do conceito do produto antes do seu lanamento no mercado, fundamental para o seu sucesso, pois esta definio de conceito que lhe conferir os valores agregados que o consumidor procura. Atualmente o mercado apresenta-se fragmentado, ou seja, est segmentado em nichos menores, o que favorece a concorrncia, mesmo assim, aumenta os lucros.


Para se obter sucesso com novos produtos, deve-se portanto, desenvolver um trabalho intenso na identificao das necessidades do consumidor, permitindo assim, ao criador de moda elaborar produtos de valor agregado, com preos justos e realizar uma boa distribuio e promoo.


Os produtos de moda, por sua caracterstica de ciclo de vida relativamente curto, sofrem com o fato de no poder, s vezes, se submeter a testes de adequao do produto antes de lan-los definitivamente no mercado, o que pode representar um problema difcil de ser contornado.



A moda funciona atravs de um extenso mecanismo industrial, que comea na produo de fibras e dos fios que vo compor os tecidos (planos e malhas), at sua confeco sob a forma de roupas e consequentemente, a comercializao destas no varejo chegando aos consumidores finais.



Para Anjos (apud CALDAS,1999, p.44) por cadeia txtil ou cadeia industrial txtil englobam-se todos os processos que, de maneira organizada e concatenada, permitem a transformao de uma material-prima txtil em forma de vestimenta ou revestimento.



Para que esta cadeia funcione, preciso que todos os elos estejam muito bem coordenados em termos do que e quando produzir. Da a existncia de um calendrio comum, que costuma-se chamar de timing da moda, definido por Vincent-Ricard (1989), dividido da seguinte maneira:


As cores so pensadas e decididas de 24 a 30 meses antes da estao em que a roupa estar na vitrina (Caldas, 1999, p. 45), com base na disponibilidade de matria-prima e das metas comerciais traadas para os produtos txteis, insumos e produtos auxiliares pelas indstrias qumicas, associaes e institutos internacionais de fibras e pigmentos.


Os fios so planejados 18 meses antes da estao prevista;

As feiras internacionais de fios ocorrem com 14 meses de antecedncia;

Os tecidos, 12 meses antes; As feiras internacionais de tecidos, 10 meses; Criao e produo de colees de moda, 9

meses antes; O varejo internacional recebe as colees de

moda com 3 meses de antecedncia.



Rech, 2005



importante ressaltar que apesar de muito utilizado ainda, esse timing da moda j no corresponde realidade, pois os prazos tem sido encurtados, em funo, principalmente da evoluo tecnolgica, do acesso fcil informao e da abertura do mercado nacional s importaes, facilitando assim com que as empresas nacionais tendam a lanar novos produtos simultneamente com o mercado internacional.



Um dos fatores que mais preocupam na questo da cadeia txtil, atualmente, o processo de criao. Para Cunha (2001) as questes relacionadas criao, sua gnese, as possibilidades de percursos, a busca idealizadora, os mtodos utilizados , as angstias vivenciadas so preocupaes que objetivam os estudos da moda.


Desenvolvimento de Coleo Desde a idealizao criativa, o processo de criao passa por

diferentes estgios e necessrio que se traduza a idia atravs de especificaes tcnicas, com as indicaes complementares para a produo do produto. De acordo com Cunha (2001), os desenhos, croquis, amostras de tecidos, cartelas de cores, aviamentos, anotaes, imagens-tema, etc, compem um book de coleo, onde so estruturados e explicados, para finalmente serem transformados pela indstria txtil em produtos de moda.

Imagem-tema: imagens de inspirao para desenvolver as colees, geralmente, estas imagens esto relacionadas s tendncias de moda do momento.

Book: a documentao detalhada do projeto de uma coleo de produtos de moda.


Treptow (2003), prope o Planejamento de Coleo, que segundo ela, de maneira mais organizada estabelece a sequncia de criao e desenvolvimento dos produtos de moda. Este planejamento organiza a sequncia de criao e posterior produo de moda.

O processo de desenvolvimento de coleo extremamente dinmico e exige muita comunicao e empenho entre os membros da equipe responsvel.


Segundo Pires (2000, p.17), a reunio de planejamento ou discusso visa definir a quantidade de peas que a coleo (cronograma), tempo de comercializao, capital de giro disponvel e potencial de faturamento. O profissional de criao e desenvolvimento deve estar atento aos prazos para que a coleo esteja disponvel ao varejo no periodo certo, ou seja, de acordo com o calendrio nacional txtil.


Treptow, 2003


Keller,2004


Etapas

Cronograma: Cronograma: uma tabela que cruza atividade e datas. Serve para organizar todas as atividades previstas, atribuindo-lhes datas de execuo, de forma que a coleo possa ser concluda at um prazo final estipulado. Deve conter ainda, a definio de quem vai fazer o qu no planejamento;


Etapas

Pesquisas: Coleta de todo o tipo de informao e materiais que possam servir de suporte para o desenvolvimento da coleo. Devem ser coletadas ainda, amostras de cores, tecidos e aviamentos.


Etapas Briefing: Do ingls brief, o conjunto de

instrues que o criador recebe para desenvolver uma coleo. Comunica os principais conceitos que iro nortear a coleo. Para Pires (2003), o briefing um painel que concentra de modo claro e sinttico o conceito da coleo e que comunica as cores, os materiais, as texturas, as linhas, as formas, os volumes e outras informaes importantes.


Briefing: resumo; conjunto de dados fornecidos pelo fabricante/cliente para orientar a sua equipe na elaborao de uma coleo"

Briefing: relatrio em que esto colocados os dados necessrios para elaborao de uma coleo"

Briefing no a resposta de um questionrio, mas um relatrio, ou seja, relatar sobre determinados enfoques


Briefing Viver de Design (Gilberto Strunck) DATA: CLIENTE:! FONE/EMAIL:! TIPO DE SERVIO:! OBJETIVO/TIPO DE PROBLEMA A SER RESOLVIDO:! PRINCIPAL DIFERENCIAL A SER EXPLORADO:! PBLICO-ALVO(QUEM CONSOME):! CONCORRNCIA DIRETA E INDIRETA:! INSTRUES ESPECFICAS(OBRIGATORIEDADES):! TIPO DE APRESENTAO:! OBSERVAES:!


Briefing Produto: Nome Categoria EmbalagensVariantes do produto Preos do consumidorQual a imagem da marca? Quais as principais caractersticas diferenciadoras em relao concorrncia? Quais os principais pontos positivos do produto? Quais os principais pontos negativos do produto? Outras influncias (ambientais, culturais, sociais, etc.)


Briefing Mercado

. Qual o tamanho do mercado?"

. Quais os principais mercados?"

. Qual a participao de mercado que a empresa pretende ter com estes produtos?"

. Qual seria a evoluo deste mercado?


Briefing Consumidor . Target primrio (quem compra). Target secundrio (usurio direto)". Para quais tipos de empresa se adequaria as variantes do produto (porte, n de funcionrios, filosofia, ramo de atividade, etc.). Descreva influncias estruturais, conjunturais, sociais, polticas e econmicas que o comprador / usurio esteja exposto e que possa ser relevado . Quem decide a compra do produto, e normalmente como ela feita?


DISTRIBUIO

. Quais e quantos so os canais a serem utilizados?

. Existiro outras alternativas para distribuio?


PREOS . Qual a relao do preo do produto com o preo da concorrncia? . Existem restries legais para se estabelecer o preo? . Quais sero os critrios adotados para se estabelecer o preo? . Qual a relao da empresa / publico alvo quanto ao preo deste produto (custo / beneficio)?


RAZES DE COMPRA DO PRODUTO

. Qual a razo de compra mais frequente: poltica ou real preocupao social?"

. Porque o pblico alvo prioritrio compraria?"

. Por que o usurio final concordaria com a compra?"

. Quais os benefcios que ambos esperam desse produto?


Reunio de Definio de trabalhos:

1 - Definio do grupo de elaborao (responsveis) 2 - Discusso inicial sobre o briefing

3 - Quais os objetivos do projeto?

4 - Por que o projeto tornou-se necessrio? Por que agora?

5 - Quais so os resultados esperados?

6 - Qual o prazo disponvel?

7 - Qual o oramento disponvel?

8 - Quais os critrios de avaliao do projeto?

9 - Descrio da etapas intermedirias (cronograma)


Organizando o Processo


Mix de produto e de moda Mix de produto a variedade de produtos que uma empresa oferece. As peas classificam-se em tops (qualquer parte superior) e bottons (qualquer parte inferior). Deve-se analisar quais os tipos de artigo que devero compor a coleo (blusas, tnicas, blazers, shorts, saias, calas...). Exemplo: uma confeco de surf wear masculina tem seu mix composto de shorts, bermudas, camisetas, regatas, trajes de neoprene, etc.


Mix de produto e de moda Pode-se incluir no mix de produto acessrios, calados, objetos, entre outros. O mix de moda composto por trs segmentos:

1.Bsicos: funcionais/ sempre presentes;

2. Fashion: Modelos de acordo com as tendncias;

3. Vanguarda: Peas complementares (vitrines, desfiles/ maior impacto).

Pode ser elaborada uma tabela cruzando o mix de produto com o mix de moda com o nmero de peas para servir de parmetro para a equipe de criao.


Mix de Coleo


Dimenso da coleo

O tamanho da coleo depende da estratgia comercial da empresa. Quem o consumidor final. Em geral uma coleo pode variar entre 20 a 80 peas, mas estes nmeros no so regras fixas.


Analise da coleo anterior

Analisar o resultado da estao precedente importante para perceber as peas que mais venderam, os lucros obtidos, problemas encontrados, enfim, como foi o resultado final da coleo.


Pesquisa de tendncias A pesquisa deve ser algo constante para o designer de moda, ela o incio de todo o processo de criao. A pesquisa de tendncias pode ser realizada por meio de revistas, sites da internet, feiras, desfiles, etc. Ela requer sensibilidade do criador para traduzir mudanas, sentimentos e comportamentos desse consumidor. A Pesquisa de Tendncia e a Pesquisa de Tema de Coleo so as principais pesquisas inseridas no Planejamento de Coleo, pois precisa ser realizada no tempo certo, caso contrrio seus resultados sero ultrapassados.


Pesquisa de tendncias Tambm deve ser ressaltada a pesquisa de comportamento, pesquisa de mercado e a pesquisa tecnolgica. Na Pesquisa de Comportamento no basta conhecer aquilo que o mercado j consome. Moda a dinmica da mudana, da renovao. O designer deve saber com quem seu pblico-alvo est atualmente identificado.

A Pesquisa de Mercado so os concorrentes. preciso saber quem so os concorrentes e estar atento s estratgias utilizadas pelos mesmos para atrair reter clientes.


Pesquisa de tendncias

Para a Pesquisa Tecnolgica imprescindvel manter contato com fornecedores sobre as inovaes tecnolgicas do mercado e isso pode ser feito atravs de visitas a fornecedores e no atendimento a representantes na prpria empresa.


Pesquisa de tendncias Ditar tendncias Interpretar tendncias Seguir tendncias

Copiar Tendncias


Elementos do Design : So elementos que auxiliam na criao, ou seja, na gerao de novos arranjos para elementos conhecidos (tecidos, aviamentos, cores). O designer deve utilizar essas ferramentas para arranjar as combinaes mais originais e criativas que estimulem o consumo. So elementos do Design: Silhueta, a linha , a textura e a cor. A maneira como esses elementos so utilizados so chamados de princpios de design e conferem aos produtos: repetio, ritmo, gradao, radiao, contraste, harmonia, equilbrio e proporo.


Escolha do tema O tema representa a leitura esttica do briefing. A definio do tema geralmente livre, s depende da sensibilidade do designer transformar esse elemento inspirador em uma proposta de moda, chocante ou comercial conforme o objetivo da empresa. O tema deve ter uma ponte com as tendncias.


Na busca de inspirao, o designer deve manter olhos e ouvidos atentos, ao participar de shows, visitar lojas, danceterias, cafs, galerias, cinemas; deve ler jornais , revistas, livros; frequentar festas, ouvir as msicas e, acima de tudo, observar as pessoas e absorver as mudanas estticas sutis que acontecem em sociedade. (JONES, 2002, p.146)


Imagem Tema: aquela imagem que representa o resumo das caractersticas.


Brusamarello,2007


Cartela de cores Para o desenvolvimento de uma coleo preciso formar uma cartela de cores. Essas cores so extradas do briefing, da imagem forte fazendo parte do tema da coleo. Cada cor deve ser identificada por cdigos ou nomes escolhidos pelo designer. O branco e o preto, normalmente fazem parte de todas as cartelas.


Brusamarello, 2007


Cartela de materiais Eles so escolhidos pelo designer na hora de desenvolver a coleo e precisam estar de acordo com a estao e com o tema proposto para a coleo. Deve-se anotar informaes sobre o material (amostra): Nome ou referncia; composio; fabricante, largura; rendimento; gramatura; etc..

O valor da matria-prima tambm deve ser considerado, pois um custo elevado pode comprometer a comercializao da pea, que certamente ir para o mercado com um preo mais alto.


Tecidos (planos e malhas): os tecidos so a material-prima do designer. atravs dos tecidos, que as idias sero transformadas em produtos. Pode-se dizer que tecido seja um nome genrico que descreve s processos de entrelaamento de fios txteis. Convencionou-se o nome de tecido plano para aqueles obtidos atravs de teares planos, com entrelaamento de fios transversais (trama) e horizontais (urdume) e, malhas, so conhecidas pelo entrelaamento dos fios por laadas e obtidas por teares circulares e/ou retilneos.


Desenhos: Os desenhos representam bidimensionalmente a criao do designer, necessrio um grande nmeros de desenhos/esboos para que possam ser transmitidas as idias inicialmente desenvolvidas para uma coleo. A seguir, desenvolvido o desenho de moda ou croqui que permite visualizar melhor os detalhes e combinaes entre as peas da coleo. Hoje em dia, j se pode desenvolver desenhos de moda diretamente em programas de computador (CAD/CAM Computer aided design e computer aided manufacturing).


Brusamarello, 2007


Desenho Tcnico Tambm conhecido como desenho

planificado, tem o objetivo de comunicar as idias do designer ao setor de modelagem e pilotagem (que costura um modelo para testes). Todos os detalhes de costura, aviamentos, medidas , recortes e pences, etc, devem estar especificados.


Brusamarello, 2007


Google Images, 2010


Estamparia: Caso esteja previsto algum tipo de estamparia ou bordado, nesse momento do processo que os mesmos so desenvolvidos . Os mesmos podem ser desenvolvidos mo ou por computador. Este item muitas vezes acresce valor ao produto de moda e pode representa um diferencial. Este mesmo processo pode ainda representar um custo maior para a produo, pois nem sempre as empresas possuem maquinrios para realiz-lo e utilizam-se de servios terceirizados.


Imagens Santa Mistura


Prottipo

O prottipo ou pea-piloto confeccionado por uma costureira polivante, capaz de discutir com o designer e o modelista as dificuldades encontradas ao costurar a pea e propor alteraes que tornem a produo mais fcil.


Brusamarello, 2007


Definio dos modelos

A definio dos modelos que faro parte da coleo, nunca deve ser uma deciso solitria. importante que seja formado um comit de deciso cuja composio alm da presena do empresrio e de um funcionrio da rea de estilo devem tambm participar executivos das reas de vendas e de produo.


Definio dos modelos A anlise tcnica comercial atravs do comit tem maiores possibilidades de garantir que o produto final corresponda s expectativas do mercado e da empresa. Deve ser considerado: atualidade, preo, criatividade, pblico-alvo, etc.


Modelagem: ainda segundo Treptow (2003), a modelagem est para o design de moda, assim como a engenharia est para a arquitetura. Aps selecionados os desenhos da coleo, os mesmos so encaminhados ao setor de modelagem para a elaborao de prottipos. A modelagem tambm j adquiriu um contexto mais desenvolvido, podendo tambm ser realizada em sistema de computador CAD/CAM.


Brusamarello, 2007 Google Images, 2010


Pea piloto

A pea piloto ser a pea que servir para a orientao de toda a produo e como tal deve incorporar todas as caractersticas de produto final em termos de acabamento, qualidade e aviamentos.


A ficha tcnica o documento descritivo de uma pea de coleao. a partir dela que o setor de custos e o departamento comercial estipularo o preo de venda, que o setor de planejamento e controle da produo (PCP) calcular os insumos necessrios para a fabricao conforme os pedidos, e que o setor de compras efetuar a aquisio da matria-prima (tecidos e aviamentos). O formato da ficha varia de empresa para empresa.


Ficha tcnica


Blog Juliana Rodrigues


Graduao dos modelos A graduao dos moldes consiste em acrescentar ou diminuir a diferena medidas proporcionalmente a cada tamanho, partindo de um tamanho que foi desenvolvida a modelagem.

Exemplo: Se a modelagem foi desenvolvida no tamanho M, para fazer o tamanho tamanho P, as medidas devem ser diminudas, enquanto para fazer o G, as medidas devem ser aumentadas. Uma tabela de medidas deve ser utilizada, tanto para realizar a modelagem como para fazer a graduao.


Encaixe e risco

Nesta etapa, os moldes com os tamanhos j graduados, sero encaixados ou organizados para garantir um melhor aproveitamento do tecido que ser cortado. Este encaixe servir de risco para realizao do corte.


Formao de Preos/custos: de extrema importncia e geralmente desenvolvido pela gerncia administrativa/financeira em parceria com o setor de planejamento e controle da produo. A formao de preos faz parte da estratgia das empresas e pode significar um fator decisivo junto ao consumidor.


Custo das peas O custo de uma pea engloba as despesas associadas ao produto matria prima, mo de obra e embalagem que chamado de custo direto mais os custos indiretos que existem com a fbrica produzindo ou no aluguel, administrao etc.

Com as fichas tcnicas contendo informaes precisas, podemos calcular o CUSTO DIRETO de uma pea.


Custo das peas Os produtos especiais possuem bordados, modelagens ousadas, tecidos diferenciados e, portanto seus custos so mais elevados do que o custo mdio das outras peas da coleo. Algumas empresas repassam para as outras peas o custo das especiais para no haver um desequilbrio de preo grande entre elas.


Mostrurio Devero ser feitas amostras em quantidade suficiente de modo que possam ser apresentadas aos clientes ou entregues aos representantes acompanhadas de cartela de cores e tipos de materiais.


Release

Um texto que apresenta a coleo. Nele se apresenta o tema pesquisado, os pontos fortes, as idias principais, as formas, as cores, os tecidos, assim como informaes consideradas importantes.

RELEASE DA COLEO: texto em linguagem de moda, tambm potico, com seduo, ritmo e que trate das seguintes informaes:


Vendas

As empresas podem fomentar as suas vendas atravs da aplicao de uma poltica de promoo e de vendas. Sendo que aquelas de menor porte devem concentrar o seu esforo naqueles canais que atingem mais diretamente aos consumidores potenciais do seu produto.


Produo

O sistema de produo est intimamente relacionado ao sistema de vendas. A programao da produo nunca deve aleatria, e sim, basear-se na previso de demanda ou nos pedidos e de responsabilidade do setor de Planejamento e Controle da Produo (PCP). (Treptow, 2003)


Produo

O primeiro passo para a programao da produo a compra dos insumos, pois os fabricantes de tecidos e aviamentos nem sempre possuem artigos pronta entrega. As colees bem planejadas otimizam a utilizao dos recursos aplicando um mesmo insumo em vrias peas. (Treptow, 2003)


Produo

O segundo passo a organizao da mo-de-obra, identificando gargalos de produo e a necessidade ou no de novas contrataes ou de servios externos. (Treptow, 2003)


Entregas

Depende do acertado com os compradores. Hoje em dia,so vrios os tipos de entrega.

- Pronta-entrega = no momento da aquisio; - Por prazo estipulado com a empresa e o

comprador; Exemplo Zara: at 7 dias em qualquer uma de

suas lojas pelo Mundo.


Reunio de Feedback

A reunio deve ser realizada durante ou aps o perodo de comercializao da coleo. Essa reunio pode ocorrer junto a reunio de planejamento da nova coleo, considerando-se os pontos positivos e negativos da anterior que serviro de orientao para a coleo seguinte ou para ajustes na coleo que estiver sendo elaborada no momento. (Treptow, 2003)


. Medo do desconhecido


. Como mudar isso!


. Mudana!


. Bloqueios!


. Costumes e tradies


. Inovao


. Inovar ver diferente!


. Inovar duvidar!


. Inovar surpreender!


. Inovar saborear!


. Inovar Ousar!


. Inovar Gestar!


. Inovar arriscar!


. Inovar unir!


. Inovar descobrir!


. Inovar maravilhar!


. Inovar apostar!


. Inovar construir!


. Inovar divertir! . achar graa!


. Inovar imaginar!


. Inovar acreditar!


. Inovar tentar de outro jeito!


. Inovar crescer!


. Inovar arejar as idias!


. Inovar simplificar!


. Inovar seduzir!


. Inovar entusiasmar!


. Inovar fazer a diferena!


Recadinho final:

MUDEM! Dem os primeiros

passos!

Sejam criativos e Inovadores! Obrigada!


AVELAR, Suzana. Moda: globalizao e novas tecnologias. So Paulo: Estao das Letras e Cores, 2009. BAUDOT, Franois. Moda do sculo. So Paulo: Cosac & Naify Edies, 2000. CALDAS, Dario. Universo da moda: curso on line. So Paulo: Anhembi Morumbi, 1999. CARLUCCI, Roberta.. http://www.robertacarlucci.com.br/blog/1090/stylist-personal-styist-estilista/, acesso em 10 de maio de 2010. BRAGA, Joo. Histria da Moda: uma narrativa. Editora Anhembi Morumbi, 2004. Keller, Jacqueline. Gesto do Design de moda: processos que agregam valor e diferencial ao produto de moda. Dissertao de Mestrado do Programa de Ps Graduao em Engenharia de Produo da Universidade Federal de Santa Catarina, 2004 LURIE, Alison. A Linguagem das Roupas. Rio de Janeiro: Rocco, 1997. MORACE, Francesco. Consumo Autoral: as geraes como empresas criativas. So Paulo: Estao das Letras e Cores,2009. MOUTINHO, Maria Rita e VALENA, Mslova Teixeira. A Moda no Sculo XX. Rio de Janeiro: Ed: Senac Nacional, 2000. POLLINI, DENISE. Breve Histria da Moda. So Paulo:Editora Claridade. Coleo Saber de Tudo. 2007. 96 p. SOUZA, Gilda de Mello E. O Esprito das Roupas. So Paulo: Cia das Letras, 1987 TREPTOW, Dris. Inventando Moda: Planejamento de Coleo.Brusque, 2003 VINCENT-RICARD, Franoise. As Espirais da Moda. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.

Imagens: www.googleimages.com

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