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AUTÓGRAFO Nº 2.330/2006 Referente ao Projeto de Lei Complementar nº 006/2006 “Institui o Código de Obras do Município de Andradina e dá outras providências”. ERNESTO ANTONIO DA SILVA, Prefeito Municipal de Andradina, Estado de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, FAZ SABER que a Câmara Municipal de Andradina aprovou e o Executivo Municipal sanciona e promulga a seguinte lei: CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES Art. 1° . A municipalidade adota, para incorporar às suas posturas e Legislação Estadual, na parte referente à construção, reforma, ampliação e regularização de prédios urbanos, em especial o Decreto 12.342, de 27 de setembro de 1978, e suas Normas Técnicas Especiais. Art. 2° . Para efeito de interpretação do presente Código de Obras e de projetos para edificações, são adotadas as seguintes definições: ABAULAR – Dar forma curva, arqueada, a uma superfície, a fim de propiciar melhor escoamento da água ou acabamento estético. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas fazem parte integrante deste Código quando com elas relacionadas; ABERTURA - Termo genérico que resume todo e qualquer rasgo na construção, seja para dar lugar a portas e janelas, sejam para criar frestas ou vãos. ABERTURA DE VALA – Ato de fazer valas. Ver Vala. ABÓBADA – Todo teto côncavo pode ser chamado de abóbada. Cobertura encurvada. Do ponto de vista geométrico, a abóbada tem origem num arco que se desloca e gira sobre o próprio eixo, cobrindo toda a superfície do teto. As abóbadas variam de acordo com a forma do arco de origem. Abóbada ogival. Também chamada de gótica, cujo arco tem forma de ogiva, é uma marca da arquitetura árabe. Abóbada aviajada tem origem em um arco cujas extremidades estão em desnível. Há ainda a abóbada de lunetas. De menor altura, esse tipo está presente nas casas de estilo colonial americano e facilita a iluminação interior. Ver Luneta. ABRAÇADEIRA- Peça metálica que, normalmente, segura as vigas ou tesouras do madeiramento. Também fixa peças como tubos, em paredes.

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AUTÓGRAFO Nº 2.330/2006 Referente ao Projeto de Lei Complementar nº 006/2006

“Institui o Código de Obras do Município de Andradina e dá outras providências”.

ERNESTO ANTONIO DA SILVA, Prefeito Municipal de Andradina, Estado de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, FAZ SABER que a Câmara Municipal de Andradina aprovou e o Executivo Municipal sanciona e promulga a seguinte lei:

CAPÍTULO I

DAS DEFINIÇÕES

Art. 1°. A municipalidade adota, para incorporar às suas posturas e Legislação Estadual, na parte referente à construção, reforma, ampliação e regularização de prédios urbanos, em especial o Decreto 12.342, de 27 de setembro de 1978, e suas Normas Técnicas Especiais.

Art. 2°. Para efeito de interpretação do presente Código de Obras e de projetos para edificações, são adotadas as seguintes definições: ABAULAR – Dar forma curva, arqueada, a uma superfície, a fim de propiciar melhor escoamento da água ou acabamento estético. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, cujas normas fazem parte integrante deste Código quando com elas relacionadas; ABERTURA - Termo genérico que resume todo e qualquer rasgo na construção, seja para dar lugar a portas e janelas, sejam para criar frestas ou vãos. ABERTURA DE VALA – Ato de fazer valas. Ver Vala. ABÓBADA – Todo teto côncavo pode ser chamado de abóbada. Cobertura encurvada. Do ponto de vista geométrico, a abóbada tem origem num arco que se desloca e gira sobre o próprio eixo, cobrindo toda a superfície do teto. As abóbadas variam de acordo com a forma do arco de origem. Abóbada ogival. Também chamada de gótica, cujo arco tem forma de ogiva, é uma marca da arquitetura árabe. Abóbada aviajada tem origem em um arco cujas extremidades estão em desnível. Há ainda a abóbada de lunetas. De menor altura, esse tipo está presente nas casas de estilo colonial americano e facilita a iluminação interior. Ver Luneta. ABRAÇADEIRA- Peça metálica que, normalmente, segura as vigas ou tesouras do madeiramento. Também fixa peças como tubos, em paredes.

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ABRASÃO – Desgaste causado na superfície pelo movimento de pessoas ou objetos. ABRIGO – Lugar onde o homem pode se proteger das intempéries. No uso corrente, indica local como garagem, também chamado de abrigo de carro. ABRIGO ISOLADO – Cobertura independente da construção principal, em balanço, com uma única parede lateral fechada, ou ainda, cobertura com quatro apoios e todas as laterais abertas. ACABAMENTO – Arremate final da estrutura e dos ambientes da casa, feito com os diversos revestimentos de pisos, paredes e telhados. ACETINADO- Todo material tratado para ter textura semelhante ao cetim. ACESSO – Rampa, escada, corredor ou qualquer meio de entrar e sair de um ambiente, uma casa ou um terreno. ACLIVE- Ladeira. Quando o terreno se apresenta em subida em relação à rua. ACRÉSCIMO OU AUMENTO – Ampliação de uma edificação feita durante a construção ou após a conclusão da mesma. AÇO CARBONO – Liga de aço e carbono que resulta num material leve e de grande resistência. ADEGA – Também conhecida como cava, A palavra, provavelmente, tem origem no termo francês cave: lugar especial da casa em geral no subsolo, onde se guardam vinhos e azeites. A adega precisa ter condições climáticas controladas, para melhor conservar os vinhos. ADOBE – Tijolo feito com uma mistura de barro cru, areia em pequena quantidade, estrume e fibra vegetal. Deve ser revestido com massa de cal e areia. O termo adobe vem do árabe attobi e designa também seixos rolados dos leitos de rios. AFAGAR – Nivelar, aplainar, desbastar saliências ou alisar madeiras. AFASTAMENTO – Ver Recuo. AFRESCO – Técnica de pintura usada na Renascença italiana. Trabalha o revestimento ainda úmido de paredes e tetos, permitido a absorção de tinta. AGLOMERADO – Placa prensada, composta de serragem compactada com cola e fechada com duas lâminas de madeira. AGREGADO – É o material mineral (areia, brita etc.) ou industrial que entra na preparação do concreto. AGRIMENSOR – Topógrafos. Profissional que estuda os níveis e as características do terreno para ajudar o arquiteto no seu trabalho. AGRIMENSURA – Medição da superfície do terreno. Ver Topografia. ÁGUA DE TELHADO – Cada uma das superfícies inclinadas da cobertura, que principia no espigão horizontal (cumeeira) e segue até a beirada. Ver Espigão. ÁGUA-FURTADA – Vão entre as tesouras do telhado. Ângulo do telhado por onde correm as águas pluviais. Espécie de sótão. Ver Mansarda. ÁGUA-MESTRA – Nos telhados retangulares de quatro águas, é o nome que se dá às duas águas de forma trapezoidal. As duas águas triangulares são chamadas de tacaniças. ALAMBRADO – É a cerca feita com fios de arame que delimita um terreno. ALÇAPÃO – Portinhola no piso ou no forro que dá acesso a porões ou sótãos. ALÇAR – Levantar a parede, construir.

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ALCOVA – Quarto pequeno de dormir, sem aberturas para o exterior, que faz comunicação com ante-salas. Do árabe al-qubbâ, que significa abóbada. ALDRAVA – O mesmo que aldraba. Argola que fica do lado de fora da porta e serve de instrumento para bater à porta. Ver Ferragem. ALICERCE – Elemento de construção de apoio e/ou nivelamento da viga baldrame. Ver Fundação. ALINHAMENTO – Linha divisória entre o terreno de propriedade particular ou dominical e o logradouro público. ALMOFADA – Na marcenaria e carpintaria, peça com saliência superposta à superfície. ALPENDRE – Cobertura suspensa por si só ou apoiada em colunas sobre portas e vãos. Geralmente fica localizada na entrada da casa. Aos alpendres maiores dá-se o nome de varanda. Ver Varanda. ALPINO – Tipo de construção com elementos comuns às casada das regiões dos Alpes, especialmente da Suíça e do norte da Itália. Ver Chalé. ALTO RELEVO – Saliência criada e definida numa superfície plana. ALVARÁ – Documento que autoriza a execução de obras no perímetro urbano, sujeitas á fiscalização municipal. ALVENARIA – Conjuntos de pedras, de tijolos ou blocos – com argamassa ou não – que forma paredes, muros e alicerces. Quando esse conjunto sustenta a casa, ele é chamado de alvenaria estrutural. O próprio trabalho do pedreiro. AMIANTO – Tem origem num mineral chamado asbesto e é composto de filamentos delicados, flexíveis e incombustíveis. É usado na construção de refratários, como churrasqueiras, e na composição do fibrocimento de algumas caixas-d’água. AMPLIAÇÃO – Área resultante do aumento da área construída. ANDAIME – Plataforma usada para alcançar pavimentos superiores da construção. ANGELIM-VERMELHO – Madeira de construção de cor castanho-rosado. Encontrado na Região Norte do país. ANGICO – Madeira muito dura, castanha clara e avermelhada, típica do Estado de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Usada em dormentes das antigas entradas de ferro, atualmente é uma madeira em extinção. ANODIZAÇÃO – Tratamento químico no alumínio que lhe confere aparência fosca e cores variadas. ANTEPROJETO – Primeiras linhas traçadas pelo engenheiro civil ou arquiteto em busca de uma idéia ou concepção para desenvolver um projeto. APARTAMENTO – Conjunto de dois cômodos contíguos em que um é quarto de dormir e outro é banheiro ou unidade autônoma de moradia em edificação habitacional múltipla disposta em andares. APICOADO – Superfície submetida a desbastamento do qual resulta uma textura rugosa, antiderrapante. Normalmente feito de pedras. APLIQUE – Ornamento. Enfeite fixado em paredes ou muros. APROVAÇÃO DO PROJETO – Ato administrativo que certifica a legalidade de um projeto ao Código de Obras Municipal.

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UMBRAL – Entrada. Parte superior das portas. Ver Porta. URBANISMO – Técnica de organizar as cidades com o objetivo de criar condições satisfatórias de vida nos centros urbanos. USUCAPIÃO – Instrumento legal que possibilita o acesso à propriedade da terra pela posse. A Constituição Brasileira estabelece que os terrenos rurais cuja posse seja de vinte anos ou mais podem entrar num processo de usucapião que acabará por dar a propriedade ao posseiro. Nas cidades, o tempo de posse para efeito de usucapião é de cinco anos. VALA – Escavação estreita e longa no solo para escoar águas residuais ou pluviais e também para execução de badrames e de instalações hidráulicas ou elétricas. VÃO – Abertura ou rasgo numa parede para a colocação de janelas ou portas. VÃO LIVRE – Distância entre os apoios de uma cobertura. VARA – Madeira roliça usada no telhado. VARANDA – Alpendre grande e profundo. Ver Alpendre e Sacada. VEDAÇÃO – Ato de vedar. Fechar. VENEZIANA – Tipo de esquadria, de porta ou janela, que permite a ventilação permanente dos ambientes, impedindo a visibilidade do exterior e a entrada de água da chuva. É formada por palhetas inclinadas e paralelas. Algumas têm palhetas móveis. VERGA – Peça colocada, superior e horizontalmente, em vão de porta ou janela, apoiando-se sobre as ombreiras em suas extremidades. VERGALHÃO – Barra de ferro comprida que serve para estruturar vigas, lajes, colunas e pilares de sustentação. VERMICULITA – Espécie de mica presente na composição de materiais que ajudam o isolamento termoacústico. VERNIZ –Solução composta de resinas sintéticas ou naturais que trata e protege a madeira e o concreto armado. VIDRO ARAMADO – Aquele que tem uma trama de arama em seu interior para torná-lo mais resistente. VIDRO TEMPERADO – Aquele que passa por um tratamento especial de aquecimento e rápido resfriamento para torná-lo resistente a impactos. VIGA – Elemento estrutural de madeira, ferrou ou concreto armado responsável pela sustentação de lajes. A viga transfere o peso das lajes e dos demais elementos (paredes, portas etc.) para as colunas. VIGOTA – Pequena viga. VINÍLICO – Tipo de plástico apropriado para revestir pisos e paredes. VISTORIA – Ato que constata a situação atual do imóvel. VITRAL – Painel criado por um artista e executado com pedaços de vidro colorido rejuntados com chumbo. VITRIFICADO – Material que assume a aparência de vidro. Muitas vezes, resulta da aplicação de uma camada de vidro sobre outro material. VITRÔ – Pequena janela fechada por vidros que podem formar desenhos. VOLANTE – Peça onde se pega para abrir a torneira. VOLUMETRIA – Conjunto de dimensões que determinam o volume de uma construção, dos agregados, da terra retirada ou colocada no terreno etc.

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VOLUTA – Ornato em forma de espiral que aparece nos capitéis de colunas clássicas, especialmente nas jônicas. Ver Capitel. ZARCÃO – Subproduto do chumbo, de cor alaranjada. Evita a ferrugem. ZENITAL – Iluminação vinda de domo ou clarabóia. Ver Iluminação zenital. ZINCADO – Material que foi revestido de zinco. O revestimento de chapas de ferro dá origem às telhas de zinco usadas em coberturas ou telhados quase planos, com pouca inclinação.

Art. 3°. No texto deste Código de Obras, os verbos empregados incluem no tempo presente também o futuro e vice-versa; as palavras do gênero masculino incluem o feminino e reciprocamente; o singular inclui o plural; pessoa jurídica ou física, indistintamente.

CAPÍTULO II REGISTRO PROFISSIONAL

Art. 4°. São considerados habilitados ao exercício da profissão aqueles que satisfazerem as disposições da legislação profissional vigente. Parágrafo único. São profissionais legalmente habilitados a projetar, calcular, construir e orientar as edificações, aqueles que satisfaçam as exigências de legalização para o exercício da profissão e que estejam devidamente registrados no CREA-SP.

Art. 5°. Somente profissionais habilitados poderão assinar, como responsáveis técnicos, qualquer documento, projeto ou especificação a ser submetida a Prefeitura. § 1º A responsabilidade civil pelos serviços de projeto, cálculos e especificações cabe aos seus autores e responsáveis técnicos e, pela execução de obras, aos profissionais que as atribuem. § 2º A municipalidade não assumirá qualquer responsabilidade em razão da aprovação do projeto da construção ou da licença de construção de obra mal executada. Art. 6º. O profissional que substituir outro, deverá comparecer ao departamento competente para assinar o projeto, ali arquivado, munido de cópia aprovada que também será assinada submetendo ao visto do responsável pela seção competente. Esta substituição de profissional deverá ser precedida do respectivo pedido por escrito, feito pelo proprietário e assinado também pelo novo responsável técnico. Parágrafo único. O profissional que requerer baixa de responsabilidade técnica, deverá comunicar a Prefeitura Municipal mediante requerimento, apresentação da ART de baixa e cópia da carta endereçada ao proprietário comunicando a sua baixa

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de responsabilidade para que o departamento técnico notifique o proprietário a proceder sua substituição. Art. 7º. Sempre que cessar a sua responsabilidade técnica por término da obra, o profissional deverá solicitar à Prefeitura Municipal a expedição da Certidão de Construção e a respectiva baixa de responsabilidade, que somente será concedida estando a obra concluída de acordo com o projeto aprovado.

CAPITULO III DA EDIFICAÇÃO

Seção I Inicial

Art. 8º. A execução de qualquer edificação será precedida dos seguintes atos administrativos: I- Certidão do Uso e Ocupação do solo; II- Aprovação do projeto; III- Licenciamento da Construção ( Alvará de Construção). § 1º A certidão do Uso e Ocupação do solo precederá elaboração do projeto. § 2º A aprovação do projeto e licenciamento da construção de que tratam os incisos II e III poderão ser requeridos de uma só vez, devendo neste caso, os projetos estarem completos em todas as exigências constantes neste código.

Seção II Do Licenciamento, da Construção e da Aprovação do Projeto

Art. 9º. Para a aprovação de projetos de construção, ampliação, reforma, reconstrução e regularização, o proprietário do imóvel deverá apresentar junto à Prefeitura Municipal os seguintes elementos: I- Requerimento dirigido ao Sr. Prefeito Municipal, em nome do proprietário, solicitando o alvará de construção e aprovação de projeto em duas vias; II- Cópia xerográfica da escritura pública ou do compromisso de compra e venda do imóvel; III- Uma cópia autenticada da anotação de responsabilidade técnica – ART, de cada profissional responsável pela obra, devidamente chancelada pela Inspetoria do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA-SP, com o recolhimento da respectiva taxa;

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IV- Memorial descritivo, detalhando todas as etapas construtivas, quer seja para construção, ampliação, reforma ou regularização, em 03 (três) vias datilografadas ou impressas e assinadas pelo proprietário e responsáveis técnicos; V- Projeto arquitetônico completo, em 03 (três) vias, uma cópia do quadro informativo, devidamente assinadas pelo Responsável Técnico e Proprietário e com a chancela da Inspetoria do CREA-SP; VI- Todos os projetos complementares de hidráulica, elétrica, estrutural, em duas vias, quando se tratar de construção nova para residências novas e acima de 150m² e para as comerciais até 150m², exceto para barracões em estrutura metálica ou pré moldada, com telhas galvanizadas ou zinco, de até 300m², com pé direito de no mínimo 4,50 metros; VII- Para reformas com ampliação, estarão isentas dos projetos complementares todas aquelas que tiverem área de ampliação inferior a 70m² (setenta metros quadrados); VIII- Estarão isentas da apresentação dos projetos complementares todas as reformas com ampliação cuja soma das áreas construída e a ser ampliada, não ultrapasse 150,00 (cento e cinqüenta) metros quadrados; IX- Matricula junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, para construção com área total superior a 70,99 m² (setenta metros quadrados e noventa e nove centímetros quadrados); X- Recibo do pagamento das taxas correspondentes a Prefeitura; XI- Protocolo do Corpo de Bombeiros para as edificações destinadas ao comércio, indústrias e/ou outras quando necessárias. § 1º No requerimento ao Sr. Prefeito Municipal solicitando o alvará de construção, constará obrigatoriamente: o nome do proprietário; sua qualificação profissional; nacionalidade; estado civil; número de cédula de identidade; número do cadastro da pessoa física ou jurídica junto a Receita Federal; endereço completo; local aonde pretendo edificar de acordo com a escritura pública ou compromisso de compra e venda; tipo de construção; área total do terreno, área total da construção, área livre, número da ART, nome do responsável técnico e a assinatura do proprietário ou procurador legal, anexando neste caso, a cópia da procuração. § 2º No projeto arquitetônico completo, a ser apresentado, deverá constar obrigatoriamente: A) Planta Baixa de cada pavimento, com as respectivas dependências especificadas, as suas dimensões, espessura da alvenaria, localização das peças fixas, suas cotas de nível de piso e indicação de projeção da cobertura, na escala 1:100 ou 1:50; B) Cortes longitudinais e transversais, passando por escadas, cozinha, banheiro, dutos, clarabóias e mezaninos, na escala 1:100 ou 1:50;

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C) Fachada principal ou no caso de esquina fachadas frontal e lateral, todas coma indicação da cota de nível de piso do passeio público, nos extremos da fachada, na escala 1:100 ou 1:50; D) Planta de situação com perímetro do terreno, implantado as linhas limítrofes da construção, diferenciadas conforme o número de pavimentos cotado de vértice a vértice em todos os lados em escala 1:200 ou 1:250, amarrando o terreno à esquina mais próxima da quadra, informando os nomes das ruas para identificação da quadra, de acordo com o título do imóvel; E) Assinalar o norte magnético, o qual deverá ser indicado próximo à planta de situação e implantação do terreno. F) Planta de cobertura indicando as caídas de água; calhas; rufos; declividade do telhado e o tipo das telhas, na escala 1:100 ou 1:200; G) Localização do padrão (ligação de energia); localização de cavalete (ligação da água e esgoto); localização e dimensões da fossa e sumidouro (quando houver) de acordo com as normas técnicas; e localização da caixa do correio, suas dimensões e altura; H) Quadro de esquadrias, contendo: simbologia; medidas; peitoril; quantidade; tipo; especificação do material; I) Quadro de iluminação/ventilação, contendo: dependência, área, área exigida para iluminação e ventilação e área projetada para iluminação e ventilação; J) A indicação das escalas não dispensa o emprego de cotas para indicar as dimensões dos compartimentos; pé direito; posições de linhas limítrofes; abertura para ventilação e iluminação e as demais cotas que se fizerem necessárias para o perfeito entendimento do projeto. K) Quadro com informações complementares do projeto arquitetônico, contendo: a) Natureza da obra; b) Local da obra; c) Nome do proprietário, CPF e assinatura; d) Autor do projeto; profissão; CREA e assinatura; e) Responsável técnico pela execução da obra; profissão; CREA e assinatura; f) Títulos dos desenhos; g) Número da prancha; h) Número das anotações de responsabilidade técnica; i) Áreas: do terreno, da construção e livre; j) Declaração de que a aprovação do projeto não implica no reconhecimento, por parte da Prefeitura, do direito de propriedade do terreno; k) Escalas usadas; l) Data do desenho;

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m) Espaços para carimbos; n) Taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento; o) Identificação da aprovação da construção existente. § 3º Nos projetos de reforma, ampliação e demolição de edificações, serão usadas as seguintes legendas: a) Cor preta ou azul para construção existente; b) Cor vermelha para a alvenaria a construir, c) Cor amarela para a alvenaria a demolir. § 4º N Para as edificações destinadas a estabelecimento comercial, de prestação de serviços ou industrial, sujeito à aprovação prévia da Secretária da Saúde, da CETESB, do DPRN, do Graprohab e outros órgãos, é obrigatória a apresentação de todos os documentos aprovados pelos órgãos Estaduais e Federais. Art. 10. O alvará de construção referente à obra não iniciada no prazo de 02 (dois) anos a contar da data de sua expedição, será considerado prescrito. Parágrafo único. Se o proprietário ainda desejar construir após a prescrição, deverá requerer novo alvará. Art. 11. O prazo máximo para a aprovação dos projetos residenciais é de dez dias, comerciais e industriais até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) é de 15 (quinze) dias e acima disso 25 (vinte e cinco) dias, contados da data do protocolo da Prefeitura Municipal e do pagamento das respectivas taxas. Findo este prazo, se o interessado não tiver obtido deferimento ou comunique-se para seu requerimento, poderá dar “inicio as obras” mediante prévia comunicação escrita ao Departamento de Obras Públicas sujeitando-se a demolir sem ônus para a Prefeitura Municipal o que tiver sido feito em desacordo com o este Código de Obras. Art. 12. Através de seu quadro técnico ou em convênio com as associações, a Prefeitura poderá, desde que obedecidas às normas do CREA-CONFEA, projetar e orientar projetos de moradias econômicas a pessoas que requeiram conforme Lei Municipal. Observar o artigo 1º do Código Sanitário, Lei 12.342, de 27/09/78. Art. 13. Para as edificações destinadas ao comércio, indústria e residências, no que tange ao aspecto de proteção e combate a incêndios, deverão ser seguidas às normas do Corpo de Bombeiro, e o presente Código de Obras. Quando da solicitação do alvará de construção, na documentação apresentada deverá constar o protocolo do Corpo de Bombeiros. Art. 14. Independem de licença os serviços de reparos, substituição de muros (exceto quando muros de arrimo), impermeabilização de terrenos, substituição de calhas e condutores em geral, construção de calçadas no interior dos terrenos edificados e muros de divisa.

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Art. 15. A aprovação dos projetos dependerá do cumprimento de todos os requisitos deste Código. Parágrafo único. No alvará de construção constará, além do nome do interessado, o tipo de obra, sua destinação, localização e eventuais servidões legais. Art. 16. Após a conclusão da obra, deverá ser requerido à Prefeitura Municipal o Auto de Conclusão e a Certidão de Construção e ou Alvará de funcionamento Comercial ou Industrial (no qual constará obrigatoriamente o número da licença do Corpo de Bombeiros). Art. 17. Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja procedida a vistoria pela Prefeitura Municipal e expedida a respectiva Certidão de Construção ou Habite-se para residência e alvará de funcionamento para Comércio e Indústria (no qual constará obrigatoriamente o número da licença do Corpo de Bombeiros). Parágrafo único. O requerimento de vistoria será sempre assinado pelo proprietário e pelo responsável técnico da obra, de deverá citar o número do Alvará de Construção e data de aprovação do projeto. Art. 18. Por ocasião da vistoria, se for constatado que a edificação não foi construída, aumentada, reconstruída ou reformada de acordo com o projeto aprovado e com a legislação em vigor, o responsável técnico será notificado, de acordo com as disposições desta Lei, e obrigado a regularizar o projeto, caso as alterações possam ser aprovadas, ou fazer a demolição ou as modificações necessárias para regularizar a situação da obra. Art. 19. Após a vistoria, obedecendo a obra ao projeto aprovado, a Prefeitura Municipal fornecerá ao proprietário o Auto de Conclusão e a Certidão de Construção e ou Alvará de funcionamento. Art. 20. O Auto de Conclusão e a Certidão de Construção poderão ser expedidos em caráter parcial, desde que: I- Trate-se de moradia em que haja condições mínimas de habitabilidade, estando completamente concluídos um dormitório, cozinha e banheiro; II- Não haja perigo para terceiros e para os ocupantes da parte já concluída da obra; Art. 21. O “Habite-se” da Construção será precedido de vistoria da edificação e com entrega dos seguintes documentos: a) Auto de Conclusão e Certidão de Construção; b) C.N.D. do INSS; c) Comprovante de pagamento das taxas devidas a Prefeitura Municipal. d) No caso da edificação estar sujeito ao Alvará ou Licença do Corpo de Bombeiros, o mesmo deverá ser anexado ao requerimento de solicitação do Habite-se.

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e) Efetuada a vistoria e estando cumpridas as exigências, a Prefeitura Municipal terá o prazo máximo de 5 (cinco) dias a contar da data de protocolo de entrada do requerimento, para a competente expedição do “habite-se”. Art. 22. Fica a critério da Prefeitura Municipal proceder vistoria no imóvel em números de vezes que julgar necessário.

Seção III Da Validade, Revalidação

Art. 23. A aprovação de um projeto e o alinhamento concedidos terão validade se retirados dentro do prazo máximo de 90 (noventa) dias do despacho deferitório. Art. 24. Havendo mudança na Legislação, após sua promulgação, todo projeto aprovado não retirado do D.O.P. sofrerá nova análise para emissão do Alvará de Construção. Art. 25. Será passível de revalidação, obedecendo aos preceitos legais da época da aprovação, o projeto aprovado cujo pedido de licenciamento ficou na dependência de ação judicial, para retomada do imóvel onde deve ser realizada a construção, nas seguintes condições: I- Ter a ação judicial início comprovado dentro do período de validade do projeto aprovado; II- Ter a parte interessada requerido a revalidação dentro do prazo de 01 (um) mês da data da sentença da retomada do imóvel. Art. 26. Após a prescrição do Alvará, se a parte interessada quiser iniciar as obras, deverá requerer e pagar novo licenciamento, desde que tenha decorrido menos de cinco anos da aprovação do projeto.

Seção IV Da Modificação do Projeto Aprovado

Art. 27. As alterações do projeto a serem efetuadas após o Alvará de Construção, devem ter sua aprovação requerida previamente. I- No requerimento solicitando aprovação do projeto modificativo, deverá constar a referência do projeto anteriormente aprovado e da respectiva licença de construção; II- Na aprovação do projeto modificativo, será substituído o Alvará de Construção anteriormente aprovado, e será devolvido ao requerente o projeto anterior;

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III- Estando a edificação em desacordo com o projeto, mas enquadrada na Legislação pertinente, o profissional habilitado e responsável pela obra elaborará novo projeto em substituição, seguindo-se o trâmite normal exigido para aprovação.

Seção V Da Implantação do Canteiro de Obras

Art. 28. O alinhamento do lote será fornecido pela Prefeitura Municipal, quando requerido, obedecendo às diretrizes gerais, ditadas pela legislação em vigor. Art. 29. Os recuos e as taxas de Ocupação e Uso de solo, serão determinados pela Prefeitura Municipal, de acordo com a legislação em vigor. Art. 30. Dentro do perímetro urbano, em frente à rua pavimentada, os terrenos não edificados e baldios, onde a vegetação nativa cresce, deverão ter, no alinhamento do passeio público, muros com altura mínima de 2,0m (dois metros) para impedir a visão do interior do terreno e os passeios serão pavimentados e contínuos (sem degrau) numa faixa não inferior a 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de largura em concordância com os passeios vizinhos. § 1º O acesso à garagem ou abrigo de auto, nos terrenos em aclive ou declive terão suas rampas definidas a partir da divisa com o passeio público. Fica proibida a execução de rampas na sarjeta ou no passeio público, acima do nível do passeio ou abaixo do nível da sarjeta. § 2º É extremamente proibido a execução de argamassa ou concreto sobre a pavimentação asfáltica, ficando este ato, de responsabilidade do proprietário. Art. 31. Nenhuma construção, reconstrução, reforma, ampliação ou demolição, poderá ser feita no alinhamento do passeio público sem que haja, em toda a testada, um tapume provisório de, pelo menos dois metros de altura, construído com material adequado à finalidade, ocupando no máximo 50% (cinqüenta por cento) da largura do passeio e área livre para transeuntes que tenha no mínimo 1,00 (um) metro. § 1º Sendo necessário o tapume, o mesmo poderá ocupar até a 2/3 (dois terços) da largura do passeio, desde que o 1/3 (um terço) restante seja pavimentado e mantido livre e limpo, para o uso dos transeuntes e garanta 1,00 (um) metro livre. § 2º Na zona comercial central, a Prefeitura fixará o prazo para a utilização do passeio público para tapumes, mediante apresentação de requerimento obrigando a construção de dispositivo especial para proteção do público. § 3º No caso de paralisação da obra por período superior a 30 (trinta) dias, após notificação o tapume deverá ser recuado para os limites do alinhamento dos prédios

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vizinhos existentes, de modo a deixar o passeio público totalmente livre, desimpedido e limpo. Art. 32. Durante a execução da estrutura do edifício de alvenaria ou demolição, será obrigatória a colocação de andaimes de proteção, tipo bandejas salva-vidas, com espaçamento de 03 (três) pavimentos, até o máximo de 10 (dez) metros. § 1º Os andaimes de proteção constarão de um estrado horizontal de 1,20 (um inteiro e dois décimos) metros de largura mínima, dotado de guarda corpo até a altura de 1,00 (um) metro, com inclinação aproximada de 45 (quarenta e cinco) graus. § 2º As fachadas construídas no alinhamento de passeio público deverão ter andaimes fechados, em toda a sua altura, mediante tapume de vedação, com separação máxima vertical de 0,10 (um décimo) metros entre tábuas ou tela apropriada. Art. 33. Concluída a estrutura do prédio, poderão ser instalados andaimes mecânicos. § 1º Esses andaimes deverão ser dotados de guarda-corpo, em todos os lados, livres, até a altura de 1,20 (um inteiro e dois décimos) metros. § 2º Nas fachadas situadas no alinhamento do passeio público, a utilização de andaimes mecânicos dependerá de colocação prévia de um andaime de proteção numa altura de no máximo 2,50 (dois inteiros e cinco décimos) metros acima do passeio público. Art. 34. Em loteamentos aprovados antes do Decreto n.º 13.069, de 29 de dezembro de 1.978, as edificações em lotes de esquina e nos alinhamentos obedecerão a um corte chanfrado de 1,50 x 1,50 (um inteiro e cinco décimos por um inteiro e cinco décimos) metro, com diagonal de 2,12 (dois inteiros e doze centésimos) metros, isto em relação ao pavimento térreo, ou um arco de raio de 2,00 (dois) metros. Parágrafo único. Acima de 3,00 (três) metros os pavimentos superiores poderão ser edificados sem os cortes chanfrados.

Seção VI Da Demolição

Art. 35. Em se tratando de demolição total de um prédio, o proprietário deverá solicitar autorização prévia da Prefeitura através de um requerimento protocolado, expondo os motivos. § 1º Se o motivo for uma nova edificação, o proprietário anexará ao requerimento de demolição o projeto completo e demais exigências para aprovação, conforme capítulo III deste código de obras.

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§ 2º Se o motivo alegado for perigo de desabamento, a Prefeitura Municipal no prazo de 12 (doze) horas fará a vistoria do imóvel, autorizando a demolição total ou parcial. § 3º A Prefeitura Municipal poderá solicitar a demolição total ou parcial das edificações nos seguintes casos: I- A edificação está em desacordo com o projeto aprovado, e a situação que se encontra edificada não se enquadra na legislação pertinente; II- Oferecer perigo de desabamento; III- Estiver em desacordo com a Lei do Zoneamento; IV- Estiver em desacordo com o Código de Obras.

Seção VII Das Escavações

Art. 36. Os serviços de escavações deverão ser executados sem afetar a estabilidade dos edifícios vizinhos ou do leito do passeio público. Todo serviço de escavação mecânica (corte) em zona urbana, deverá ter projeto aprovado com respectivo profissional (responsável técnico), informando a cota do terreno natural e final, tanto para o corte como para o aterro. Art. 37. Nos aterros e cortes de divisa deverá ser executado arrimos impermeáveis de tal modo que não comprometa ou invada o terreno vizinho.

Seção VIII Das Fundações

Art. 38. No cálculo das fundações serão obrigatoriamente considerados os seus efeitos para com as edificações vizinhas e os logradouros públicos ou instalações de serviços públicos. Parágrafo único. As fundações, qualquer que seja o seu tipo, deverão ficar situadas inteiramente dentro dos limites do lote, não podendo em nenhuma hipótese avançar sob o passeio público ou sob os imóveis vizinhos.

Seção IX Das Paredes

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Art. 39. No projeto arquitetônico deverão ficar estabelecidos as dimensões, alinhamento e espessuras. No memorial descritivo deverão constar os materiais a ser utilizado e o tipo de revestimento. Parágrafo único. As espessuras das paredes serão estabelecidas observando as boas condições de impermeabilidade e de isolamento térmico-acústico. Art. 40. As paredes comuns a dois prédios, geminados constituindo divisa de propriedade ou alinhamento do passeio público, deverão ter espessuras mínima de 0,20 (dois décimos) metros e elevar-se até a cobertura. Art. 41. As paredes das edificações térreas residenciais unifamiliares a serem edificadas junto às divisas de propriedades, deverão apresentar espessuras mínimas de 0,15 (quinze centésimos) metros e elevar-se até a cobertura. Art. 42. As paredes externas das edificações térreas, para fins comerciais ou industriais, deverão ter espessuras mínima de 0,20 (dois décimos) metros e elevar-se até a cobertura. Art. 43. Nas edificações destinadas a prestação de serviços, poderão ser feitas separações das dependências com divisórias dentro das normas da ABNT. Parágrafo único. Estas divisões se enquadrarão nas normas deste código quanto à insolação e ventilação e as demais exigências, sendo apresentadas no projeto para aprovação.

Seção X Das Águas Pluviais

Art. 44. Fica proibida a ligação de águas pluviais ou resultantes de drenagem à rede coletora de esgoto. § 1º Não é permitida a ligação de águas residuais proveniente da cozinha e área de serviços à rede coletora de águas pluviais, tampouco serem lançadas à sarjeta, a céu aberto. § 2º Toda água resultante de lavagem ou de chuva deve ser canalizada sob a calçada e lançada a sarjeta. Art. 45. Na omissão deste código, prevalecerão as normas fixadas pela autoridade sanitárias e competente no assunto.

Seção XI Do Revestimento

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Art. 46. Nas edificações, as cozinhas, banheiros, sanitários, antecâmaras, vestiários, copas, lavabos e área de serviço, os pisos serão revestidos de material liso, resistente e impermeável. Parágrafo único. As rampas e escadas externas serão obrigatoriamente revestidas com material antiderrapante. Art. 47. Nas edificações, as cozinhas, despensas, banheiros, sanitários, ante câmaras, vestiários, lavabos e área de serviço, as paredes internas serão revestidas na altura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) a contar do nível do piso, de material liso, resistente e impermeável. Quando utilizado barra impermeável, deverá ter obrigatoriamente rodapé cerâmico de 5 cm (cinco centímetros), no mínimo. Art. 48. Nas edificações comerciais, de prestação de serviços e indústrias, as paredes internas serão revestidas com materiais resistentes, impermeáveis e laváveis até a altura de 2,00m (dois metros), no mínimo, a contar do nível do piso. Art. 49. As piscinas deverão ter suas paredes internas revestidas de material liso, resistente, impermeável e lavável.

Seção XII Das Coberturas

Art. 50. Na cobertura das edificações, a estrutura poderá ser em madeira de lei apropriada a este fim, metálicos ou de concreto ou de materiais que obedeçam a normas da ABNT. § 1º A cobertura terá material impermeável, imputrescível, incombustível e resistente a intempéries. § 2º A cobertura poderá ser ainda em laje exposta, desde que perfeitamente impermeabilizada. § 3º Projeções internas dentro do lote para todas as edificações em balanço da cobertura ou beiral marquises até 1,00m (um metro) não serão consideradas áreas construídas.

Seção XIII Das Instalações Hidráulico-Sanitárias

Art. 51. As instalações hidráulica e sanitária deverão trazer no projeto, de forma clara, a planta locando as tubulações; registros; acessórios; legendas; cavaletes;

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reservatórios e isométrico das dependências atendidas, seguindo os critérios estabelecidos pela ABNT e quadro informativo padrão. Art. 52. Todo prédio deverá ser abastecidos de água potável em quantidade suficiente ao fim que se destina, dotado de dispositivos e instalações adequadas, destinadas a receber e a conduzir os dejetos. § 1º Onde houver redes públicas de água e esgoto, em condições de atendimento, as edificações novas ou já existentes serão, obrigatoriamente, a elas ligadas e por elas abastecidas ou esgotadas, exceto quando apresentar poço semi-artesiano. § 2º É vedada a interligação de instalações internas entre prédios situados em lotes distintos. § 3º Em situação em que não exista rede de esgoto será permitida a existência de fossa séptica e sumidouro, afastadas no mínimo 1,00 (um) metro do alinhamento das vias públicas e de 2,00 (dois) metros das divisas de vizinhos; Nestes casos deverá acompanhar o projeto da fossa séptica e sumidouros de acordo com as normas da ABNT. § 4º Em caso de não existência da rede de distribuição de água, está poderá ser obtida por meio de poços, com tampa, perfurados na parte mais elevada em relação à fossa e dela afastada no mínimo 20,00 (vinte) metros e de acordo com as normas técnicas. Art. 53. Os poços de suprimento de água e as fossas consideradas imprestáveis, que não satisfaçam às exigências deste código e suas normas técnicas especiais, deverão ser aterrados. Art. 54. As tubulações, suas juntas e peças especiais, deverão obedecer às especificações da ABNT. Art. 55. É obrigatório a existência de reservatório domiciliar a fim de ser assegurada absoluta continuidade no fornecimento de água, cozinha, banheiro e lavanderia, com mínimo de 250 (duzentos e cinqüenta) litros por dependência. Os reservatórios, suas capacidades, ramais de alimentação e servidão deverão constar em projeto. Art. 56. As instalações de água fria devem ser projetadas e construídas de modo a garantir a potabilidade da água destinada ao consumo humano e com pressão suficiente ao perfeito funcionamento dos aparelhos, de acordo com especificações da ABNT. Art. 57. Os reservatórios prediais deverão: I- ser construídos e revestidos com materiais que não alterem a qualidade e potabilidade da água; II- ter a superfície lisa, resistente e impermeável; III- permitir fácil acesso, para inspeção, limpeza e extravasor;

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IV- possibilitar o esgotamento total; V- ser suficientemente protegidos contra inundações, infiltrações e penetrações de corpos estranhos; VI- ter cobertura adequada; VII- ser equipados com torneira bóia na tubulação de alimentação, à sua entrada, sempre que se tratar de reservatório de recalque; VIII- ser dotados de extravasor com diâmetro superior ao da canalização de alimentação, havendo sempre uma canalização de aviso, desaguando em ponto perfeitamente visível; IX- ser providos de canalização de limpeza, funcionando por gravidade ou por meio de elevação mecânica. Art. 58. Não será permitida : I- a instalação de dispositivos para sucção de água diretamente da rede pública de distribuição; II- a passagem de tubulação de água potável pelo interior de fossas, ramais de esgoto, poços absorventes, poços de visitas e caixas de inspeção de esgoto, bem como de tubulações de esgoto por reservatórios ou depósitos de água; III- a interconexão de tubulações ligadas diretamente a sistemas públicos com tubulações que contenham água provenientes de outras fontes de abastecimento; IV- a introdução, direta ou indireta de esgotos em conduto de águas pluviais; V- qualquer outra instalação, processo ou atividade que possa representar risco de contaminação da água potável; VI- a ligação de ralos de águas pluviais e de drenagem à rede de esgoto. Art. 59. O diâmetro mínimo do ramal principal de esgoto é de 100 (cem) milímetros, sendo obrigatória a existência de dispositivo de inspeção e passagem a cada 15,00 (quinze) metros, no máximo. Art. 60. Os tanques e aparelhos de lavagem de roupas serão obrigatoriamente ligados à rede coletora de esgoto, através de fecho hidráulico e caixa de inspeção. Art. 61. Todos os sifões, exceto os autoventilados, deverão ser protegidos contra dessifonamento e contrapressão, por meio de ventilação apropriada. Art. 62. Os aparelhos sanitários, quaisquer que sejam os seus tipos, serão desconectados dos ramais respectivos por intermédio de sifões individuais, com fechos hidráulicos e nunca inferior a 50 (cinqüenta) milímetros, munidos de opérculos de fácil aceso a limpeza ou terão seus despejos conduzidos a um sifão único segundo as especificações da ABNT. Art. 63. As instalações prediais de esgotos deverão ser suficientemente ventiladas e dotadas de dispositivos adequados, para evitar o refluxo de qualquer natureza, dotando-se as instalações de: I- tubos de queda, quando necessários, prolongados acima da cobertura do edifício;

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II- canalização independente ascendente, constituindo o tubo ventilador, para todos os ramais de esgoto primários. Art. 64. As bacias sanitárias, os mictórios e demais aparelhos destinados a receber despejos, devem ser de louça, de ferro fundido ou de outro material de idêntica ou melhor característica, obedecidas as normas da ABNT. Art. 65. Os mictórios serão providos de dispositivos de lavagem constituídos por válvula flexível ou registro individual. Parágrafo único. Os mictórios coletivos, tipo calha, deverão ser de material liso, metálico antioxidante, impermeável, sem juntas para calafetar, de fácil higienização, de acordo comas normas sanitárias vigentes. Art. 66. Os despejos de pias da copa e cozinha de residências, hotéis, restaurantes e estabelecimentos congêneres terão passagem obrigatória por uma caixa de gordura, a qual será especificada no projeto. Art. 67. Haverá sempre um ralo sifonado instalado no piso dos compartimentos sanitários e lavanderias.

Seção XIV Das Instalações Elétricas, Telefônicas, de Gás e Combate a Incêndio

Art. 68. As instalações elétricas deverão trazer no projeto a planta com os circuitos, ramais, bitola dos condutores e dos conduítes, o Quadro Geral e de Distribuição, legenda e diagrama unifilar projetados segundo as normas NBR e demais normas ABNT. O quadro Geral e de Distribuição deverá ser detalhado em projeto, apresentando a proteção da fiação. § 1º O quadro geral com o medidor deve ser instalado em local de fácil acesso de acordo com as exigências da companhia concessionária. § 2º As entradas subterrâneas de edifícios deverão obedecer às normas exigidas pela companhia concessionária. § 3º Os diâmetros dos condutores de distribuição interna serão calculados de conformidade com a carga máxima dos circuitos e a voltagem da rede. § 4º As construções verticalizadas, serão protegidas por pára-raios, segundo as normas da ABNT. Art. 69. Os projetos das instalações de gás combustível deverão ser executados por profissionais legalmente habilitados e obedecerão as resoluções de órgãos oficiais, normas da ABNT e aprovadas por órgãos competentes.

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Parágrafo único. Os projetos a que se refere o presente artigo, conterão representações gráficas indicando o ramal interno, os abrigos ou locais de armazenamento dos botijões, os medidores e reguladores, a canalização interna, os pontos de alimentação e os aparelhos de combustão. Art. 70. Os imóveis sujeitos à prevenção e combate a incêndio, quando da apresentação do requerimento solicitando alvará de construção e aprovação de projeto estará obrigado a apresentar protocolo do Corpo de Bombeiros e a assumirem compromisso em declaração conjunta (proprietário e responsável técnico) de alterarem projeto arquitetônico de acordo com código de obras para atender as exigências do Corpo de Bombeiros. Art. 71. Nas edificações acima de 150 m2 (cento e cinqüenta metros quadrados) destinadas a residências, comércio e indústria, no projeto de instalação elétrica, será obrigatória a indicação para os serviços de telefone e campainha, observadas as normas das concessionárias.

Seção XV Das Saliências

Art. 72. Acima de 2,50 (dois inteiros e cinqüenta centésimos) metros, a contar do nível da soleira, serão permitidas as construções de saliências, a partir do alinhamento do passeio público. § 1º As saliências do tipo marquise coberta e descoberta, em edificações comerciais, não poderão exceder 50% (cinqüenta por cento) da largura do passeio público e no máximo de 1,50 (um inteiro e cinqüenta centésimos) metros, e não poderão ser apoiadas sobre o passeio público. Não será permitida em hipótese alguma, a construção de ambientes de permanência prolongada ou temporária cuja projeção esteja sobre o passeio público. § 2º Quando a saliência for edificada em direção das redes de energia elétrica e telefônicas e outras, os proprietários submeterão as mesmas normas destas concessionárias. § 3º Nas saliências em concreto, alvenaria ou similar com cobertura, as águas pluviais serão obrigatoriamente canalizadas e conduzidas às sarjetas, passando sob o passeio público. § 4º As saliências do tipo marquise coberta ou descoberta em edifícios residenciais não poderão ultrapassar o limite do terreno. Art. 73. Além das normas do artigo anterior, as edificações estarão sujeitas a leis específicas, que deverá preceder.

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Seção XVI

Das Dimensões Mínimas dos Compartimentos

Art. 74. Os compartimentos deverão ter conformação e dimensões adequadas à função ou atividade a que se destinam, atendidos os mínimos estabelecidos neste Código e em suas Normas Técnicas Especiais. Art. 75. Os compartimentos não poderão ter áreas e dimensões inferiores aos valores estabelecidos nas normas específicas para as respectivas edificações de que fazem parte, e, quando não previsto nas referidas normas especificadas, aos valores abaixo: I- salas, em habitações: 8,00m² (oito metros quadrados); II- salas para escritórios, comércio ou serviços: 10,00m² (dez metros quadrados); III- dormitórios: 8,00m² (oito metros quadrados); IV- dormitórios coletivos: 5,00m² (cinco metros quadrados) por leito; V- quarto de vestir, quando conjugados a dormitórios: 4,00m² (quatro metros quadrados); VI- dormitório de empregada: 6,00m² (seis metros quadrados); VII- sala dormitórios: 16,00m² (dezesseis metros quadrados); VIII- cozinhas: 4,00m² (quatro metros quadrados); IX- despensa na cozinha: 2,00m² (dois metros quadrados); X- compartimentos sanitários: a) contendo somente bacia sanitária: 1,20m² (um metro quadrado e vinte centímetros quadrados) com dimensão mínima de 1,00m (um metro); b) contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50m² (um metro quadrado e cinqüenta centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); c) contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro: 2,00m² (dois metros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); d) contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório: 2,50m² (dois metros quadrados e cinqüenta centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); e) contendo somente chuveiro: 1,20m² (um metro quadrado e vinte centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); f) antecâmaras, com ou sem lavatório: 0,90m² (noventa centímetros quadrados), com dimensão mínima de 0,90m (noventa centímetros); g) contendo outros tipos ou combinações de aparelhos, a área necessária, segunda disposição conveniente a proporcionar a cada um deles, uso cômodo; h) celas, em compartimento sanitários coletivos, para chuveiros ou bacias sanitária: 1,20m² (um metro quadrado e vinte centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); i) mictórios tipo calha, de uso coletivo: 0,60m (sessenta centímetros) em equivalente a um mictório tipo cuba;

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j) separação entre mictório tipo cuba: 0,60m (sessenta centímetros), de eixo a eixo. XI- Vestiários: 6,00m² (seis metros quadrados); XII- Largura de corredores e passagens: a) em habilitações unifamiliares e unidades autônomas de habilitações multifamiliares, 0,90m (noventa centímetros); b) em outros tipos de edificação: quando de uso comum ou coletivo; 1,20m (um metro e vinte centímetros); 1- quando de uso restrito poderá ser admitida redução até 0,90m (noventa centímetros). XIII- compartimentos destinados a outros fins, valores sujeitos a justificação. Art. 76. As escalas não poderão ter dimensões inferiores aos valores estabelecidos nas normas específicas para as respectivas edificações de que fazem parte e, quando não previstas nas referidas normas específicas, aos valores abaixo: I- degraus com piso (p) e espelho (e), atendendo à relação: (0,60m : < 2 e +p < 0,65m). Sendo, p maior ou igual a 27 cm, e menor ou igual a 19 cm; II- Larguras: a) quando de uso comum ou coletivo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) com corrimão em ambos os lados; b) quando de uso restrito poderá ser admitida redução até 0,90m (noventa centímetros); c) quando no caso especial de acesso a jiraus, torres, adigas e situações similares, 0,60m (sessenta centímetros); d) A altura livre sobre a escada terá altura mínima de 2,00m (dois metros). e) Escadas de uso comum, coletivo ou restrito terão um patamar intermediário com o mínimo de 1,00m (um metro) de profundidade quando o desnível vencido for maior que 3,00m (três metros) de altura. Parágrafo único. As escadas de segurança obedecerão às normas baixadas pelos órgãos competentes. Art. 77. Quando de uso comum ou coletivo, as escadas deverão obedecer as seguintes exigências: I- ter todos os lances retos não se permitindo as escadas em leque, exceto àquelas que atenderem ao artigo 76; II- ser de material incombustível, quando atender a mais de dois pavimentos; III- nos edifícios com quatro ou mais pavimentos: a) dispor de saguão ou patamar de circulação independente, distinto do “hall” de distribuição; b) dispor de iluminação natural ou de sistema de emergência para alimentação de iluminação artificial;

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IV- nos edifícios com seis ou mais pavimentos, dispor de porta corta fogo entre a caixa de escada e seu saguão e o “hall” de distribuição; V- nos edifícios com nove ou mais pavimentos: a) dispor de uma antecâmara entre saguão da escada e o “hall” e distribuição, isolada por duas portas corta fogo; b) ser a antecâmara ventilada por um poço de ventilação natural aberto no pavimento térreo e na cobertura, ou dispor de ventilação mecânica que estabeleça sobre pressão sobre o ambiente; c) ser a antecâmara iluminada por sistema compatível com o adotado para a escada. d) A existência de elevador em uma edificação não dispensa a construção de escada. Art. 78. Nas rampas, em substituição às escadas da edificação, aplicam-se as exigências relativas ao dimensionamento constantes no item II do artigo 76. Parágrafo único. As rampas não poderão apresentar declividade superior a 12% (doze por cento) ou valores de normas específicas. Se a declividade exceder a 6% (seis por cento), o piso deverá ser revestido com material antiderrapante. Art. 79. Será obrigatória a instalação de, no mínimo, um elevador nas edificações de mais de três pavimentos que apresentarem, entre o piso de qualquer pavimento e o nível de acesso ao edifício, uma distância vertical superior a 11,00m (onze metros) e de, no mínimo, dois (2) elevadores, no caso dessa distância se superior a 24,00m (vinte e quatro metros). § 1º Para efeito de cálculo das distâncias verticais, de que trata este artigo será considerada a espessura das lajes com 0,15 (quinze centímetros), no mínimo. § 2º No cálculo das distâncias verticais, não será computado o último pavimento, quando de uso exclusivo do penúltimo ou destinado a dependência de uso comum, privativas do prédio, não habitacionais. Art. 80. Os espaços de acesso ou circulação fronteiros às portas dos elevadores deverão ter dimensão não inferior a 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), medida perpendicularmente às portas dos elevadores. Parágrafo único. Quando a edificação necessariamente tiver mais de um elevador, nos termos do artigo 59 deste código, as áreas de acesso de cada par de elevadores devem estar interligados em todos os pisos. Art. 81. O sistema mecânico de circulação vertical (número de elevadores, cálculo de tráfego e demais características técnicas) deverá ser executado em obediência às normas técnicas da ABNT sempre que for instalado, e ser devidamente comprovado por documento de Responsável Técnico legalmente habilitado. Art. 82. Os mezaninos serão admitidos somente quando:

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I- os dois pés-direitos resultantes tenham no mínimo 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros); II- a área do piso intermediário não ultrapassar a 1/3 (um terço) da área do piso principal; III- a profundidade não poderá ultrapassar a cinco vezes qualquer um dos pés-direitos resultantes; IV- O limite do piso intermediário deverá apresentar apenas guarda corpo. § 1º Para todos os efeitos legais, o piso intermediário é considerado um pavimento e computado como área construída. § 2º A profundidade do mezanino será sempre medida perpendicularmente ao guarda corpo. Art. 83. Os muros divisórios entre propriedades não poderão ter altura superior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), acima do qual deverá ter profissional habilitado com a respectiva ART. Art. 84. Não serão permitidas quaisquer saliência das edificações sobre alinhamento dos logradouros, exceto aquelas especificadamente admitidas neste Código, na legislação urbanística, de parcelamento, uso e ocupação do solo. Art. 85. Os pés-direitos não poderão ser inferiores aos estabelecidos nas normas específicas para respectiva edificação e, quando não previstas, aos valores a seguir: I- Nas habitações: a) salas e dormitórios: 2,70m; b) garagens: 2,30m; c) nos demais compartimentos: 2,50m II- Nas edificações destinadas a comércio e serviços: a) em pavimentos térreos: 3,00m; b) em pavimentos superiores: 2,70m; c) garagens: 2,30m d) mezaninos: 2,50m. III- Nas escolas: a) nas salas de aulas e anfiteatros, valor médio 3,00m admitindo-se o mínimo em qualquer ponto 2,50m; b) instalações sanitárias 2,50m; IV- Em locais de trabalho: a) indústrias, fábricas e grandes oficinas 4,00m, podendo ser permitidas reduções até 3,00m, segundo a natureza dos trabalhos; b) outros locais de trabalho, 3,00m podendo ser permitidas reduções até 2,70 metros, segunda a atividade desenvolvida;

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V- Em salas de espetáculos, auditórios e outros locais de união, 6,00m, podendo ser permitidas reduções até 4,00m, em locais de área inferior a 250m², nas frisas, camarotes e galerias, 2,50m; VI- Em garagens, 2,30m; VII- Em porões ou subsolos, ou previstos para os fins a que se destinarem; VIII- Em corredores e passagens, 2,50 m; IX- Em armazéns, salões e depósitos, executados os domiciliares, 3,00m; X- Em outros compartimentos, os fixados pela autoridade sanitária competente, segundo o critério de similaridade ou analogia.

Seção XVII Da Insolação, Ventilação e Iluminação

Art. 86. Para fins de iluminação e ventilação naturais, todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando-se diretamente com exterior. § 1º Excetuam-se os corredores de uso privativos, os uso coletivo até 10,00 metros de comprimento poços e saguões de elevadores, devendo as escadas de uso comum ter iluminação direta ou indireta. § 2º Para efeito de insolação e iluminação as dimensões dos espaços livres, em planta, serão contados entre as projeções das saliências, exceto nas fachadas voltadas para o quadrante norte. Art. 87. Consideram-se suficientes para insolação, iluminação e ventilação, de quaisquer compartimentos, em prédios de um pavimento e de até 4,00 metros de altura: I- Espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas – corredores de largura não inferior a 1,50 metros, em toda a sua extensão, quer quando junto às dividas, quer quando entre corpos edificados, no mesmo lote, de altura não superior a 4,00 metros; II- Espaços livres fechados, com área não inferior a 6,00 metros quadrados e dimensão mínima de 2,00 metros; III- Espaço coberto livre em uma ou ambas as extremidades, por garagem ou varanda, com área não inferior a 8,00 m² e dimensão mínima de 1,50 metros; Parágrafo único. A altura referida neste artigo será a altura média no plano da parede voltada para a divisa, ou para outro corpo edificado. Art. 88. Consideram-se suficientes para insolação, iluminação e ventilação de dormitórios, salas, salões e locais de trabalho, em prédio de mais de um pavimento ou altura superior a 4,00m:

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I- os espaços livres fechados, que contenham em plano horizontal, área equivalente a H/4 (H ao quadrado, dividido por quatro), onde H representa a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto e o piso do pavimento mais baixo a ser insolado, iluminado ou ventilado, permitindo-se o escalonamento; II- os espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas (corredores), junto às divisas do lote ou entre corpos edificados, de largura maior ou igual a H/6, com mínimo de 2,00m. § 1º A dimensão mínima do espaço livre fechado, referido no inciso I, será sempre igual ou superior a H/4 não podendo ser inferior a 2,00m e sua área não inferior a 10,00m², podendo ter qualquer forma, desde que nele possa ser inscrito, no plano horizontal um circulo de diâmetro igual a H/4. § 2º Quando H/6 for superior a 3,00m, a largura excedente deste valor poderá ser contada sobre o espaço aberto do imóvel vizinho, desde que constitua recuo legal obrigatório, comprovado por certidão da Prefeitura ou apresentação da legislação municipal. Art. 89. Para iluminação e ventilação de cozinhas, copas e despensas serão suficientes: I- os espaços livres fechados com: a) 6,00m² em prédios de até 3 pavimentos e altura não superior a 10,00m; b) 6,00m² de área mais 2,00m² por pavimento excedente de três; com dimensão mínima de 2,00m e relação entre seus lados de 1 para 1,5 em prédios de mais 3 pavimentos ou altura superior a 10,00m; II- espaços livres abertos de largura não inferior a: a) 1,50m em prédios de 3 pavimentos ou 10,00m de altura; b) 1,50m mais 0,15m por pavimento excedente de três, em prédios de mais de 3 pavimentos; Art. 90. Para ventilação de compartimento sanitário, caixas de escadas e corredores com mais de 10,00m de comprimento será suficiente o espaço livre fechado com área mínima de 4,00m² em prédios de até 4 pavimentos. Para cada pavimento excedente haverá um acréscimo de 1,00m² por pavimento. A dimensão mínima não será inferior a 1,50m e relação entre os seus lados de 1 para 1,5; Parágrafo único. Em qualquer tipo edificação será admitida a ventilação indireta ou ventilação forçada de compartimentos sanitários mediante: I- ventilação indireta através de compartimento contíguo, por meio de duto de seção não inferior a 0,40m² com dimensão vertical mínima de 0,40m e extensão não superior a 0,40m. Os dutos deverão se abrir para o exterior e ter as aberturas teladas;

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II- ventilação natural por meio de chaminé de tiragem atendendo aos seguintes requisitos mínimos: a) seção transversal dimensionada de forma a que correspondam no mínimo, 6cm2 (seis centímetros quadrados) seção, para cada metro de altura da chaminé, devendo em qualquer caso, ser capaz de conter um circulo de 0,60m de diâmetro; b) ter prolongamento de, pelo menos, um metro acima da cobertura; c) ser provida de abertura inferior; que permita limpeza, e de dispositivo superior de proteção contra a penetração de água de chuva. Art. 91. A área iluminante dos compartimentos deverá corresponder, no mínimo, a: I- nos locais de trabalho e nos destinados a ensino, leitura e atividades similares : 1/5 (um quinto) da área do piso; II- nos compartimentos destinados a dormir, estar, cozinhar, comer e em compartimentos sanitários: 1/8 (um oitavo) de área do piso, com o mínimo de 0,60m²; III- nos demais tipos de compartimentos: 1/10 (um décimo) de área do piso, com o mínimo de 0,60m². Art. 92. A área de ventilação natural deverá ser em qualquer caso de, no mínimo, a metade da superfície de iluminação natural. Art. 93. Não serão considerados insolados ou iluminados os compartimentos em galpões fechados, cuja profundidade a partir da abertura iluminante for maior que três vezes seu pé direito, incluído na profundidade a projeção das saliências, alpendres ou outras coberturas. Art. 94. Não serão considerados insolados ou iluminados os compartimentos cuja profundidade a partir da projeção dos beirais ou saliências até a última parede a ser iluminada, for maior que três vezes a altura do vão de iluminação (entrada de luz natural e ventilação). Art. 95. Em casos especiais poderão ser aceitas ventilação e iluminação artificiais, em substituição às naturais, desde que comprovada sua necessidade e atendidas as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. § 1º Para os subsolos, a autoridade sanitária competente poderá exigir a ventilação artificial ou demonstração técnica de suficiência da ventilação natural. § 2ºNo compartimento destinado a vestir (closet) com área inferior a 6,00m² e conjugado ao dormitório, será permitido a iluminação artificial. Art. 96. Poderá ser aceita, para qualquer tipo de edificação, como alternativa ao atendimento das exigências dos artigos anteriores, referentes à insolação e ventilação natural, demonstração técnica de sua suficiência, na forma que for estabelecida em Norma Técnica Especial.

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Seção XVIII Dos Recuos

Art. 97. O recuo mínimo obrigatório para todas as paredes frontais, em todas as edificações novas, será de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) a partir da divisa com o logradouro público escolhido como frontal, exceto as comerciais e industriais localizadas nos seus respectivos setores, conforme discriminado no anexo I que faz parte integrante desta lei, bem como aquelas previstas na Lei de Uso e Ocupação de Solo. § 1º Para edificações residenciais situadas em esquina, o logradouro confinante não escolhido como frontal será considerado tão-somente divisa. § 2º O recuo será medido da projeção horizontal da construção, exceto beiral e marquise até 1,00m (um metro) de largura, o excedente deste será acrescido para efeito de recuo e cálculo da área construída. § 3º Os abrigos isolados não estão sujeitos ao artigo, podendo localizar-se junto à divisa, porém, com calha na divisa com o passeio público. § 4º O recuo frontal mínimo obrigatório de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para as edificações residenciais novas não impede a edificação de cobertura na forma da área aberta, desde que suas águas não sejam lançadas no passeio público.

CAPITULO IV NORMAS ESPECÍFICAS DAS EDIFICAÇÕES

Art. 98. Deverão atender às normas constantes no Titulo III, do Livro III, Capítulos I a XXIV, artigos 59 a 322 (Saneamento das Edificações) do Decreto nº 12.342, de 27 de setembro de 1.978 (Código Sanitário), e suas normas técnicas especiais aprovadas posteriormente.

CAPITULO V CONSTRUÇÕES EXISTENTES

Art. 99. As alterações das construções já existentes, legalizadas ou as em desacordo com a legislação, são reguladas pelas disposições deste capítulo.

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Seção I Dos Reparos

Art. 100. Consideram-se reparos, sem responsável técnico, os serviços que não implicam em ampliação nem em modificações na estrutura da construção e que se enquadrem nos seguintes casos: I- limpeza e pintura interna ou externa, que não dependam de tapumes ou andaimes no alinhamento dos logradouros; II- reparo em pisos, bem como substituição dos revestimentos das paredes e dos forros; III- substituição e consertos em esquadrias, sem modificar o vão; IV- substituição de telhas ou de elementos de suporte de cobertura, sem modificação da sua estrutura; V- reparos nas instalações hidro-sanitárias; VI- substituição de muros e grades. Parágrafo único. Os reparos relacionados neste artigo poderão ser efetuados nas construções já existentes.

Seção II Das Reformas

Art. 101. Consideram-se reformas, com responsável técnico, os serviços que visam modificar elementos internos da área construída e a atender as normas deste Código de Obras, que caracterizam: a) modificações ou demolições das paredes ou estruturas internas, sem alteração do perímetro externo da construção; b) modificações na estrutura da cobertura e nas instalações elétricas; c) As modificações não poderão agravar a desconformidade existente, nem criar novas infrações à legislação; d) As partes objeto das modificações não poderão estar em desacordo com a legislação; e) As modificações deverão abranger até 50% (cinqüenta por cento), no máximo, da área total da construção existente; f) Se forem ultrapassados as condições e limites do item anterior, a reforma será considerada como obra nova, ficando tanto as partes objeto das modificações como as existentes, sujeitas ao integral atendimento da legislação; g) As reformas que incluam mudanças parcial ou total do destino da atividade da construção ficam sujeitas às normas, sem prejuízo das disposições próprias das legislações específicas.

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Seção II

Das Reconstruções Art. 102. Considera-se reconstrução, com responsável técnico, executar de novo a construção no todo ou em parte, com as mesmas condições, dimensões e posições. 1- A reconstrução será admitida se a área não ultrapassar a 50% (cinqüenta por cento) da área total da construção primitivamente existente. 2- Se ocorrerem alterações nas disposições ou posições, a obra será considerada como reforma. 3- Se a reconstrução abranger mais de 50% (cinqüenta por cento) da área total da construção primitivamente existente, será considerada como obra nova, ficando tanto as partes objeto de reconstrução como as existentes sujeitas ao integral atendimento da legislação. Art. 103. Nas construções já existentes que, possuindo auto de conclusão (habite-se) ou de conservação, estejam em desacordo com a legislação, serão admitidas somente as reconstruções parciais referidas no nº 1 do artigo anterior, e assim mesmo, quando devidas a incêndios ou outros sinistros, a critério da Prefeitura.

Seção III Das Construções em Desacordo Não Legalizadas

Art. 104. Considera-se obra em desacordo, aquela existente que não possui Certidão de Construção e Habite-se e que não atende às disposições deste Código de Obras. § 1º Deverão ser adaptadas às normas deste Código de Obras para que sejam aprovadas. § 2º As regularizações serão feitas para obras existentes de acordo com as normas deste código, respeitado o direito adquirido. § 3º As legalizações de construções em desacordo com as normas poderão receber anistia do poder legislativo e executivo para sua aprovação, com vigência não superior 365 (trezentos e sessenta e cinco dias) a cada dez anos. § 4º As obras existentes, anteriores a 31 de dezembro de 2000, em desacordo com a legislação pertinente, poderão doravante ser legalizadas no estado em que se encontram. § 5º As obras existentes, no período de 1º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2006, em desacordo com a legislação pertinente, poderão ser legalizadas no estado

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em que se encontram, no período de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2008.

Seção IV Da Segurança de Uso das Edificações

Art. 105. As edificações existentes, bem como aquelas que vierem a ser reformadas ou reconstruídas, qualquer que seja a finalidade de seu uso, deverão apresentar os requisitos e dispor das instalações e equipamentos considerados necessários para garantir a segurança da sua utilização. § 1º As edificações existentes, cuja continuidade de uso, nas condições verificadas, implique em perigo para os usuários ou para o público, deverão ser adaptadas às exigências de segurança previstas na legislação, para que possam ser utilizadas. § 2º As exigências de segurança previstas na legislação poderão ser substituídas, tendo em vista a melhor possibilidade de adaptação às situações existentes, por outras soluções técnicas desde que baseadas em normas ou critérios de comprovada eficácia.

CAPÍTULO VI LOTEAMENTOS

Art. 106. Os planos de loteamentos deverão ser apresentados em 4 (quatro) vias, contendo os seguintes elementos: I- planta geral, escala de 1:500 ou 1:1.000 com curvas de nível de metro em metro, com indicação de todos os logradouros públicos e da divisão das áreas e lotes; II- perfis longitudinais e transversais de todas as vias e logradouros públicos em escalas horizontais de 1:1.000 ou 1:2000 e verticais de 1:100 ou 1:200; III- indicação do sistema de escoamento das águas pluviais e das águas servidas com projetos das respectivas redes; IV- memorial descritivo dos lotes. Parágrafo único. Serão aceitas outras escalas quando justificadas tecnicamente. Art. 107. As ruas não poderão ter largura inferior à 16m (dezesseis metros), nem leito carroçável inferior a 10m (dez metros). Toda rua que terminar nas divisas, podendo sofrer prolongamento, terá obrigatoriamente 16m (dezesseis metros) de largura, no mínimo. Parágrafo único. Em casos especiais, quando se tratar de rua de tráfego interno, com comprimento máximo de 150m (cento e cinqüenta metros) e destinada a servir apenas

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a um núcleo residencial, a sua largura poderá ser reduzida a 11m (onze metros), com leito carroçável de 7m (sete metros) sendo obrigatórias as praças de retorno. Art. 108. A margem das faixas das estradas de ferro e de rodagem é obrigatória à existência de ruas com largura mínima de 16m (dezesseis metros). Art. 109. Nos cruzamentos das vias públicas os dois alinhamentos deverão ser concordados por um arco de círculo de raio mínimo igual a 9m (nove metros). Parágrafo único. Nos cruzamentos irregulares, as disposições deste artigo poderão sofrer alterações. Art. 110. A declividade máxima admitida nas vias é de 10% (dez por cento). Art. 111. Ao longo dos cursos de águas correntes, intermitentes ou dormentes, será destinada área para sistema de lazer com 9m (nove metros) de largura, no mínimo, em cada margem, acompanhando a curva de nível, satisfeitas as demais exigências destas Normas. Art. 112. Nos chamados vales secos será destinada, nas mesmas condições do artigo anterior, faixa com 9m (nove metros) de cada lado do eixo, podendo ser reduzida ao mínimo de 15m (quinze metros) entre curvas de mesmo nível, e em função da área da bacia tributária, sempre obedecendo às demais exigências destas Normas. Art. 113. A área mínima reservada às vias públicas 20% (vinte por cento), área mínima reservada às áreas verdes 10% (dez por cento), área mínima reservada às áreas institucionais 5% (cinco por cento), ficando reservada no mínimo 35% (trinta e cinco por cento) da área total a ser loteada, salvo nos parcelamentos de área inferior a 10.000m² (dez mil metros quadrados), confinando com terceiros. Parágrafo único. É vedada a abertura ou oficialização de via púbica em área urbana ou urbanizável sem prévia autorização. Art. 114. A frente mínima dos lotes residenciais será de 10,00m (dez metros) nas zonas residenciais e 8,00 (oito metros) nas zonas comerciais. Parágrafo único. A área mínima do lote será de 200m². Art. 115. A disposição das vias de qualquer plano deverá assegurar a continuidade do traçado das vias vizinhas existentes. A área institucional deverá estar central ao loteamento, e as áreas verdes deverão ter uma dimensão mínima de 10% (dez por cento) da área total do loteamento. Art. 116. Não poderão ser loteados os terrenos baixos, alagadiços e sujeitos a inundações, antes de realizadas obras de drenagem e escoamento de águas. Art. 117. É obrigatório para implantação de um loteamento, que o mesmo esteja atendido por rede de água potável, rede de esgoto, rede elétrica, iluminação pública, guias e sarjetas.

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Parágrafo único. O prazo máximo para implantação das obras de infra-estrutura é de dois anos a partir da aprovação do projeto de loteamento pela Prefeitura local.

CAPÍTULO VII DAS PENALIDADES

Seção I

Das Multas

Art. 118. As multas independentemente de outras penalidades previstas pela legislação em geral e pelo presente código, serão aplicadas quando: I- as obras forem executadas em desacordo com as indicações apresentadas para a sua aprovação; II- as obras forem iniciadas sem licença da Prefeitura Municipal e sem o correspondente alvará; III- a edificação for ocupada sem que a Prefeitura Municipal tenha feito sua vistoria e emitido o respectivo auto de conclusão; IV- execução de terraplenagem, sem autorização da Prefeitura Municipal e que venha causar prejuízos a terceiros; V- quando não for obedecido o embargo imposto pela autoridade competente. Art. 119. A multa será imposta pela Prefeitura Municipal à vista do auto de infração, lavrado por fiscal credenciado. Art. 120. O auto de infração deverá conter: I- a designação do dia e lugar em que se deu a infração em que ela foi constatada pelo autuante; II- fato ou ato que constitui a infração; III- nome e assinatura do infrator, ou denominação que o identifique; IV- nome e assinatura do atuante; V- nome e assinatura de testemunha se for o caso. Art. 121. Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta a multa variável de 50 a 500 UFIRs, impondo-se o dobro da multa na reincidência específica.

Seção II Dos embargos

Art. 122. Obras em andamento, sejam elas construção, reconstrução ampliação ou reformas, serão embargadas, sem prejuízo da multas, quando:

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I- estiverem sendo executadas sem o respectivo alvará, emitido pela Prefeitura Municipal; II- estiverem sendo executadas sem a responsabilidade Técnica de profissional habilitado. III- o profissional responsável sofrer suspensão ou cassação de carteira pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA; IV- estiver em risco a sua estabilidade, com perigo ou para o pessoal que a execute; V- estiver causando transtornos ou prejuízos aos vizinhos; VI- não sendo no mesmo dia obedecido ao embargo, será aplicada multa diária, cuja incidência só cessará na data em que for comunicada e verificada pela repartição fiscalizadora a regularização da obra. Parágrafo único. Só cessará o embargo pela regularização da obra e pagamento das multas impostas. Art. 123. Na hipótese de ocorrência dos casos citados no artigo anterior, a fiscalização da Prefeitura Municipal dará notificação ao infrator e lavrará um termo de embargo das obras, encaminhando-o ao seu responsável e ao proprietário. Art. 124. O embargo só será levantando após o cumprimento das exigências consignadas no respectivo termo.

Seção III Da Interdição de Edificação ou Dependência

Art. 125. Uma edificação ou qualquer de suas dependências poderão ser interditadas em qualquer tempo, com o impedimento de sua ocupação, quando oferecer perigo de caráter público. Art. 126. A interdição será imposta pela Prefeitura Municipal, por escrito, após vistoria técnica efetuada por elemento especificamente designado. Parágrafo único. A Prefeitura Municipal tomará as providências cabíveis se não for atendida a interdição ou não for interposto recurso contra ela.

Seção IV Da Demolição

Art. 127. A demolição total ou parcial de edificação ou dependência será imposta nos seguintes casos: I- Quando a obra for clandestina, entendendo-se por tal aquela que for executada sem alvará de construção;

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II- Quando julgada com risco iminente de caráter público ou privado, e o proprietário não tomar as providências que a Prefeitura Municipal determinar para sua segurança. Parágrafo único. A demolição não será imposta se o proprietário, submetendo à construção a vistoria técnica da Prefeitura Municipal, demonstrar que: I- a obra preenche as exigências mínima de segurança, garantidas por Laudo de Profissional Habilitado, estabelecidas por lei; II- possua Responsável Técnico que irá adequá-la ao presente código. III- que seja sanada num prazo de 90 (noventa) dias toda e qualquer irregularidade ou ilegalidade constatada. Art. 128. Sem prejuízo da incidência das multas, o processo, devidamente instruído, será encaminhado para as cabíveis providências policiais ou judiciais. Art. 129. Ficam estabelecidos os seguintes prazos máximo para regularização de obras: a) de 15 (quinze) dias corridos, para promover a demolição da parte em desacordo com o projeto aprovado; b) de 10 (dez) dias, para comprovação de ter sido requerida a aprovação e Alvará de Construção, quando se tratar de obra sem licença. Art. 130. O Executivo estabelecerá medidas visando o controle das construções no Município, como o fornecimento dos serviços de utilidade pública apenas às obras regulares.

CAPÍTULO VIII

DAS PROVIDÊNCIAS DIVERSAS

Seção I Das Disposições Diversas

Art. 131. O Executivo fixará quais as normas técnicas oficiais ou emanadas das autoridades competentes a serem observadas nos projetos ou nas construções, conforme expressamente previsto nas disposições deste Código ou sempre que a sua aplicação seja conveniente. Art. 132. Os projetos para áreas sob intervenção urbanística promovida pelo poder público, bem como os programas habitacionais e interesse social desenvolvidos por entidades sob controle acionário do poder público ou por entidades privadas que operam com recursos vinculados ao S.F.H.– Sistema Financeiro de Habitação, poderão ser objeto de normas técnicas especiais, a serem fixadas, por ato do Executivo, apropriadas à finalidade do empreendimento, dentro das condicionantes sócio-econômicas.

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Art. 133. O Executivo, à vista da evolução da técnica das construções, da arquitetura, dos materiais, bem como dos costumes, promoverá a implantação de mecanismos necessários à constante atualização das prescrições técnicas deste Código, fixando, para isso, os seguintes objetivos: a) evolução da legislação de edificações, no sentido de adotar normas funcionais que estabeleçam com rigor técnico novas características qualitativas das edificações; b) promoção de, pelo menos, uma avaliação anual dessa legislação, reunindo os resultados dos trabalhos técnicos que serão desenvolvidos no sentido de sua modernização e atualização; c) promoção dos remanejamentos e adequações administrativas necessárias ao processo de modernização e atualização deste Código, inclusive no que se refere à estrutura operacional de fiscalização; d) estabelecimento de novos procedimentos que permitam a reunião do maior número de experiências e informação de entidades e órgãos técnicos externos à Prefeitura; e) estabelecimento de rotinas e sistemáticas de consulta a entidades representativas da comunidade. Art. 136. Enquanto não forem regulamentadas as normas cuja aplicação dependa da fixação de disposições específicas, ou de detalhamento, serão observadas as disposições correspondestes contidas nas legislações anteriores.

Seção II Das Disposições Finais

Art. 135. Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Câmara Municipal de Andradina, em 19 de dezembro de 2.006.

Célia Regina de Souza Presidente

Mario Quirino dos Santos 2º Secretário

Publicado no saguão da Câmara Municipal no local de costume e registrado no livro próprio na data supra.

Vilma Silva Diretora Geral