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AUTOMÓVEIS www.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 19 de novembro de 2014, Ano XXXIX, Nº 8557 Fundador/Diretor: Oscar Pires O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Aventura de baixo risco Com versão Activ, Chevrolet adiciona elementos “off- road” à tradicional e bem-sucedida Spin O brasileiro parece cada vez mais atraído pelo visual despojado e aventureiro quando o assunto é carro. E isso não se resume ape- nas ao público jovem. O suces- so dos utilitários esportivos no mercado nacional faz com que as fabricantes aproveitem auto- móveis de outras categorias pa- ra ganharem suas versões com estética “off-road”. Caso da mi- nivan Spin, que acaba de receber a configuração Activ. Depois de perceber que cerca de 20% do público que busca uma minivan procura modelos com esse apelo visual, a Chevrolet agora espe- ra ampliar as vendas da Spin em algo próximo a esse número. E acredita que a nova configura- ção deva chegar a responder, em breve, por 25% das unidades emplacadas – atualmente, a mé- dia é de 3 mil mensais. O Spin Activ caracteriza-se principalmente pelos elemen- tos decorativos da carroceria e interior exclusivo da versão. Na frente, o para-choque foi rede- senhado, ganhando vincos pro- nunciados nas extremidades e aplique na parte inferior em tom fosco escuro. Faróis de neblina têm molduras em preto brilhan- te e os faróis ganham máscara negra e lentes transparentes. O perfil se destaca pelas rodas de liga leve diamantadas de 16 pole- gadas, molduras de proteção nos para-lamas, soleira das portas e um largo decalque e barra longi- tudinal que se estendem sobre todo o teto. PÁG. 6 FOTOS DIVULGAÇÃO Sem perdão MOTOMUNDO Honda lança nova NXR 160 Bros com mais recursos e potência para manter a folga na liderança PÁG. 4 DIVULGAÇÃO VITRINE Um novo olhar Previsto início de 2015 no Brasil, Porsche Cayenne reestilizado traz visual inspirado no Macan De maneira geral, as marcas premium estão mais atentas ao mercado brasileiro. Principal- mente no que diz respeito ao seg- mento de utilitários esportivos. De 2009 a 2013, os emplacamen- tos nesta categoria cresceram mais de 21% no Brasil – o que amplia também a importância do segmento entre as fabricantes que buscam aumentar participa- ção nas vendas do país. Caso da Porsche, que está com pressa de trazer para o Brasil o Cayenne, que acaba de passar por um face- lift. O modelo já está à venda no continente europeu e será mos- trado no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, no fim de outubro. PÁG. 6 DIVULGAÇÃO

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AUTOMÓVEISwww.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 19 de novembro de 2014, Ano XXXIX, Nº 8557 Fundador/Diretor: Oscar Pires

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Aventura de baixo riscoCom versão Activ, Chevrolet adiciona elementos “off- road” à tradicional e bem-sucedida Spin

O brasileiro parece cada vez mais atraído pelo visual despojado e

aventureiro quando o assunto é carro. E isso não se resume ape-nas ao público jovem. O suces-so dos utilitários esportivos no mercado nacional faz com que as fabricantes aproveitem auto-móveis de outras categorias pa-ra ganharem suas versões com estética “o�-road”. Caso da mi-nivan Spin, que acaba de receber a configuração Activ. Depois de perceber que cerca de 20% do público que busca uma minivan procura modelos com esse apelo visual, a Chevrolet agora espe-ra ampliar as vendas da Spin em algo próximo a esse número. E acredita que a nova configura-ção deva chegar a responder,

em breve, por 25% das unidades emplacadas – atualmente, a mé-dia é de 3 mil mensais.

O Spin Activ caracteriza-se principalmente pelos elemen-tos decorativos da carroceria e interior exclusivo da versão. Na frente, o para-choque foi rede-senhado, ganhando vincos pro-nunciados nas extremidades e aplique na parte inferior em tom fosco escuro. Faróis de neblina têm molduras em preto brilhan-te e os faróis ganham máscara negra e lentes transparentes. O perfil se destaca pelas rodas de liga leve diamantadas de 16 pole-gadas, molduras de proteção nos para-lamas, soleira das portas e um largo decalque e barra longi-tudinal que se estendem sobre todo o teto. PÁG. 6

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Honda lança nova NXR 160 Bros com mais recursos e potência para manter a folga na liderança PÁG. 4

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VITRINE

Um novo olharPrevisto início de 2015 no Brasil, Porsche Cayenne reestilizado traz visual inspirado no Macan

De maneira geral, as marcas premium estão mais atentas ao mercado brasileiro. Principal-mente no que diz respeito ao seg-mento de utilitários esportivos. De 2009 a 2013, os emplacamen-tos nesta categoria cresceram mais de 21% no Brasil – o que amplia também a importância do segmento entre as fabricantes que buscam aumentar participa-ção nas vendas do país. Caso da Porsche, que está com pressa de trazer para o Brasil o Cayenne, que acaba de passar por um face-lift. O modelo já está à venda no continente europeu e será mos-trado no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, no fim de outubro. PÁG. 6

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AUTOTAL por LUIZ FERNANDO LOVIK

T da questão

A Via Itália – importadora oficial da Ferrari no Brasil – começa a vender neste mês a California T. Cada exemplar do esportivo no Brasil sairá por R$ 1,68 milhão. O carro passou por um face-lift, mas a grande no-vidade é a volta do motor turbo em carros da marca italiana – o que não acontecia desde a F40, no final da década de 80.

O novo motor V8 3.8 litros com turbocompressor é capaz de entregar 560 cv – 70 cv a mais que o antigo modelo que tinha um V8 4.3 aspirado. O torque também cresceu e pu-lou de 51,4 kgfm para 77 kgfm – quase 50% de aumento. Ge-

renciado por uma transmissão automatizada de sete relações e duas embreagens, a California T cumpre o zero a 100 km/h em apenas 3,6 segundos – 0,2 a menos que a antecessora. Já a velocidade máxima chega a impressionantes 316 km/h.

Evoluções por minuto

Mostrado no Salão Internacio-nal do Automóvel de São Paulo, o Mitsubishi Lancer Evolution linha 2015 chega mais apimen-tado do que nunca. O carro pre-parado pelo inglês John Easton, ex-diretor técnico da marca ja-ponesa, manteve o motor 2.0 tur-bo, mas agora desenvolve 340 cv de potência – 45 cv a mais que o modelo anterior. O torque chega a 37,7 kgfm.

Por fora, o esportivo ganhou

novas rodas de liga leve BBS aro 18 na cor grafite e grade diantei-ra na cor vermelha. É equipado com sete airbags, controle de estabilidade e tração, controle de aceleração lateral, freios ABS com EBD, bancos Recaro de couro com aquecimento, freios Brembo, ar-condicionado auto-mático, central multimídia com GPS, CD e DVD e controle au-tomático de altura e auxilio em curvas. O preço é de R$ 219.990.

V8 3.8 litrosNovo motor turbocompressor

560 cvPotência máxima, 70 cv a mais que o antigo modelo que tinha um V8 4.3 aspirado

NÚMEROS

Novo na cidadeA BMW já produz em Araquari,

Santa Catarina, seu segundo mo-delo nacional. Depois do Série 3, a marca alemã deu início à fabri-cação do crossover X1. Na versão sDrive20i ActiveFlex, o veículo é equipado com motor 2.0, de 184 cv com transmissão automática de oito velocidades e tração traseira. Entre os acessórios é possível en-contrar sistema start/stop, faróis de xenon, paddle-shifts para o câmbio, bancos de couro, ar-con-dicionado digital dual zone, rodas liga leve aro de 17 polegadas e con-

trole de cruzeiro.O BMW X1 produzido local-

mente deverá estar nas conces-sionárias até o fim do primeiro trimestre de 2015, nas versões sDrive20i e sDrive20i GP. Mes-mo nacionalizado, o X1 não deve ter alterações no preço, que hoje começam em torno dos R$ 135 mil. Até o fim de 2015, quando os setores de pintura e soldagem es-tiverem em pleno funcionamento, a BMW vai ampliar a gama brasi-leira com os modelos Série 1 e X3, além do Mini Countryman.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 19 de novembro de 2014 AUTOMÓVEIS 3

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 19 de novembro de 2014

por Eduardo RochaAuto Press

A Honda reagiu rápido. Fo-ram apenas oito meses entre a chegada de uma

rival, em março deste ano, e a apresentação de uma nova gera-ção da NXR 160 Bros, que chega nesta segunda quinzena de no-vembro às concessionárias. A rigor, a tal rival, a Yamaha XTZ Crosser 150, não chegava a ser uma ameaça tão relevante as-sim. A média de vendas da ante-cessora, NXR 150 Bros, recuou de 15 mil para 14 mil mensais, o equivalente a 6%. Nada demais em um ano que a queda do mer-cado de duas rodas beira os 12%. Mas as 3 mil unidades mensais vendidas em média pela con-corrente fizeram a participação da Honda cair de 96% para 84% no mercado de on-o� de baixa cilindrada – na conta, entram os modelos de 125 cc.

Nesta reação, a Honda tratou de reformular completamente sua motocicleta. E as alterações que mais motivam os consumido-res são mesmo as visuais – prin-cipal argumento do modelo da Yamaha, que era mais recente. A Bros ganhou um conjunto ótico maior, nova carenagem frontal e sobre o tanque e lanternas com sobrelente cristal – o que cria o que a marca chama de efeito 3D. O banco se prolongou sobre o tanque, que ficou mais baixo. O escapamento foi inclinado para cima em 5º e quase se oculta sob as alças do garupa.

Mais que mudar a parte exter-na do modelo, a Honda mexeu profundamente na mecânica. A não ser pela suspensão, que teve apenas o ângulo de cáster muda-do, todas as outras alterações fo-ram importantes. Para começar, o chassi de berço semiduplo foi redesenhado. A trave central foi rebaixada para ganhar volume no

Nova geração da NXR 160 Bros, chega nesta segunda quinzena de novembro às concessionárias

tanque, que passou a acomodar internamente a bomba de com-bustível. Com estas mudanças, o guidão ficou mais próximo do piloto, a pedaleira foi levemente rebaixada e o banco elevado.

O motor flex teve o curso do pistão aumentado em 5 mm, pa-ra ganhar mais torque em baixa. A altura do cabeçote foi reduzida e o virabrequim foi redesenhado. O resultado disso foi um aumen-to no regime de potência máxima. No final, ganhou 8% de capaci-dade cúbica – passou de 149,2 cc para 162,7 cc – e 5% de eficiência em cada parâmetro de desempe-nho. A potência máxima agora é de 14,7 cv a 8.500 giros, contra 14 cv a 8 mil rpm de antes, e o tor-que é de 1,60 kgfm a 5.500 giros, frente aos 1,53 kgfm a 6 mil rpm da NXR 150 – sempre com etanol no tanque.

Mesmo os números antigos já eram bem superiores aos da rival, mas a Honda aproveitou a mexida para já adequar o pro-pulsor à segunda fase do Promot 4, que entra em vigor em janeiro de 2016. Tamanha antecipação se explica: este mesmo propul-sor deve ser utilizado na CG 150 no ano que vem. A introdução desse propulsor na Bros seria uma espécie aquecimento para a produção bem superior que virá em seguida.

Com esta renovação, a Honda espera conter qualquer possi-bilidade de avanço da rival no mercado. Mas, por via das dúvi-das, decidiu manter uma política de preços agressiva. A 160 Bros começa em R$ 9.350, na versão ESD, que recebe freios a disco na dianteira – a equivalente da Yamaha custa R$ 9.500. Na con-figuração ESDD, o preço vai a R$ 9.650. E embutido nesses valores estão três anos de garantia e sete trocas de óleo gratuita. A Honda não gosta mesmo de deixar muito espaço para a concorrência.

MOTOMUNDO

Sem perdãoHonda lança nova NXR 160 Bros com mais recursos e potência para manter a folga na liderança

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Evolução da espécieA NXR 150 Bros sempre fun-cionou muito bem. Como se exige em sua categoria, tinha agilidade, força e destreza para encarar estradas de terra e ruas esburacadas nas cidades. A nova NXR 160 Bros também tem as mesmas qualidades, mas em um patamar ligeiramente superior. Manteve características agra-dáveis, como maneabilidade exemplar e posição de pilota-gem das melhores, mas agora exige menos trocas de marcha.

Em subidas de rampa, então, a diferença é notável. O torque maior e mais cedo tornaram a condução mais fácil e agradável.

Os ganhos de velocidade tam-bém são mais consistentes, por causa da extensão da faixa útil do motor. Ainda assim, o am-biente rodoviário não é o mais adequado para a Bros – como não é para qualquer modelo de baixa cilidadrada. Ali o propul-sor chega ao limite muito facil-mente. Por outro lado, os freios

e a ciclística estão melhores. Ela encara curvas no asfalto e valões na terra com mais desenvoltura.

Além de evoluir mecânica e dinamicamente, a Bros passou por uma grande alteração visu-al. Não há uma vantagem objeti-va nas alteração no design, mas na subjetividade estética e nas considerações do que é ou não moderno se justifica boa parte das compras de quase todos os gêneros de produto. Com moto-cicletas não é diferente.

162,7 ccO motor flex teve o curso do pistão aumentado em 5 mm, para ganhar mais torque em baixa

14,7 cvPotência máxima

NÚMEROS

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AUTOPERFIL

Família in�uenteAlém do design e do trem de força, Honda quer repetir no novo City o sucesso do Fitpor Luiz HumbertoAuto Press

A Honda segue na contramão do mercado automotivo brasileiro – e está feliz da

vida com isso. Enquanto a imen-sa maioria das marcas resmunga pela queda nas vendas, a marca japonesa está entre as raras que consegue crescer um pouco. Co-mo o mercado em geral despen-cou esse ano, as 11.235 unidades vendidas em agosto lhes conferi-ram um “market share” inédito no mercado automotivo brasilei-ro: 4,4%. Em janeiro desse ano, eram 3,6%. A boa fase deve au-mentar ainda mais agora, com o lançamento do novo City. O sedã compacto, que já chegou a vender mais de 3 mil unidades mensais, começou 2014 emplacando 2.658 unidades, mas em agosto vendeu menos de mil. Com a linha 2015, a expectativa é retomar o melhor patamar de vendas do modelo – e até superá-lo.

O “segredo do sucesso” da Honda no Brasil está longe de ser secreto - ou mesmo surpre-endente. A renovação da linha, iniciada em maio pelo novo Fit e seguida em julho pela remo-delação do Civic, embalou as vendas. O Fit tornou-se tão bem sucedido que tomou do Civic o posto de Honda mais vendido do país – foram 4.878 unidades co-mercializadas em agosto. Agora, chegou a vez da renovação do Ci-ty. Desde sua primeira geração, apresentada em 1996, vendeu mais de 2,6 milhões de unidades em 55 países. No Brasil, estreou em 2009, já na terceira geração – que até agora vendeu quase 150 mil unidades. Para fazer a quarta geração do sedã cair definitiva-mente nas graças do consumi-dor brasileiro, a Honda repetiu a aposta feita no novo Fit – com

que o City partilha muita coisa, do powertrain a diversos itens internos e externos. Ambos incrementaram a estética com traços esportivos e capricharam mais no acabamento interno.

O novo City segue a nova lin-guagem visual global da Honda, que aposta na fluidez e ressalta o aspecto aerodinâmico. A gra-de frontal cromada, em con-junto com os faróis, insinua a forma de uma asa – o tal “Solid Wing Face”, já presente no Fit. Na lateral, os espelhos incorpo-raram luzes de setas. Atrás, as lanternas alongadas deram ao sedã um aspecto mais elegante e contemporâneo, além de am-pliarem visualmente o modelo, aproximando-o visualmente dos sedãs médios. Como ocorreu no novo Fit, plataforma e carroceria do City utilizam mais aços de al-ta tensão, que reduzem o peso e melhoram a rigidez torcional. O entre-eixos é 5 cm maior e agora ostenta 2,60 metros. O compri-mento cresceu quase 5,5 cm e es-tá em 4,45 m. A altura ganhou só um centímetro e a largura não se alterou. Por dentro, os braços da suspensão traseira mais curtos deram aos ocupantes do banco traseiro 6 cm a mais para os jo-elhos. Como no monovolume, o tanque de combustível de sedã fica no assoalho, sob dos assen-tos dianteiros. E o porta-malas agora leva 536 litros – 30 litros a mais que o anterior.

Na parte mecânica, o City traz o mesmo propulsor 1.5 litro do Fit, com as mesmas modifica-ções. O comando de válvulas foi redesenhado e teve atrito e pe-so reduzidos, o que aumentou o torque em baixas rotações. A potência continua nos 115/116 cv a 6 mil giros com gasolina e etanol, respectivamente. Já o torque aumentou. Passou de

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Na versão “top” EXL avaliada, os “paddle-shifts” atrás do volante permite alterar as marchas para explorar melhor o potencial do motor

14,8/14,9 kgfm para 15,2/15,3 kgfm. Também como a nova geração do Fit, o motor do City dispensa o “tanquinho” para partida a frio. Além do câmbio manual de cinco marchas, o CVT com sete marchas simu-ladas também segue o “padrão Fit”. Ele agora vem com con-versor de torque, que acopla as engrenagens de forma mais suave. Nas versões EX e EXL, a

transmissão é sempre CVT.Para a linha 2015, a Honda

comercializa City em quatro versões – também as mesmas do Fit. A básica DX – que deve corresponder somente a 4% do mix – parte de R$ 53.900. Traz itens como ar-condicionado, maçanetas na cor do veículo, abertura interna do tanque de combustível e encosto de cabeça para todos os ocupantes. A apos-

ta da Honda é a LX. A fabricante japonesa projeta que 36% dos City vendidos daqui pra frente sejam dessa versão. Ela custa iniciais R$ 62.900 e vem mais recheado com rodas de liga le-ve de 15 polegadas, rádio AM/FM/USB/Bluetooth, banco do motorista com regulagem de al-tura, bancos traseiros reclináveis e bipartidos 60/40, retrovisores elétricos e quatro alto-falantes.

Já a EX, com farol de neblina, te-la de LCD de 5 polegadas, câma-ra de ré e volante multifuncional, tem o preço de R$ 66.700. A topo de linha fica a cargo da EXL, que ainda adiciona airbags laterais, bancos em couro, computador de bordo digital e com luz de fundo azul. E custa R$ 69.000. Na soma da EX com a EXL, a Honda espera concentrar 60% das vendas do novo City.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 19 de novembro de 2014

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por Márcio MaioAuto Press

De maneira geral, as marcas premium estão mais aten-tas ao mercado brasileiro.

Principalmente no que diz res-peito ao segmento de utilitários esportivos. De 2009 a 2013, os emplacamentos nesta catego-ria cresceram mais de 21% no Brasil – o que amplia também a importância do segmento entre as fabricantes que buscam au-mentar participação nas vendas do país. Caso da Porsche, que está com pressa de trazer para o Bra-sil o Cayenne, que acaba de passar por um face-lift. O modelo já está à venda no continente europeu e será mostrado no Salão Interna-cional do Automóvel de São Pau-lo, no fim de outubro. O utilitário-esportivo é o carro mais vendido da marca no país e responde por cerca de 50% dos emplacamentos da fabricante alemã – no ano pas-sado, foram 623 unidades.

O Cayenne recebeu um design mais moderno, com nova dispo-sição das luzes na dianteira, repe-tindo soluções estéticas do modelo menor, o Macan. Grade, para-cho-que e faróis de neblina dianteiros também foram redesenhados. A maior mudança visual, no entan-to, ficou na traseira, com lanternas mais afiladas e para-choque e tam-pa do porta-malas repaginados.

Sob o capô, o Cayenne pode ter cinco motorizações distintas na Europa. Duas são diesel, a pri-meira um 3.0 litros de 262 cv e outra 4.1 com 385 cv. A gasolina também são duas versões, sendo a “S” equipada com um V6 de 3.6 litros biturbo de 425 cv – dife-rente do V8 aspirado com 400 cv da versão anterior. Já a con-figuração Turbo recebeu maior

O Cayenne recebeu um design mais moderno, com nova disposição das luzes na dianteira, repetindo soluções estéticas do modelo menor, o Macan

potência, com um V8 4.8 litros que entrega 520 cv, com máxima de 279 km/h. O Cayenne ainda ganhou uma versão ecológica, a S E-Hybrid, que combina um V6 3.0 litros sobrealimentado de 333 cv e um motor elétrico de 95 cv que, juntos, atingem uma potên-cia combinada de 416 cv.

Na Alemanha, os preços come-çam em 66.260 euros, equivalen-tes a R$ 204 mil, na versão Diesel. Na configuração S a gasolina, o

VITRINE

Um novo olharPrevisto início de 2015 no Brasil, Porsche Cayenne reestilizado traz visual inspirado no Macan

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V6 3.6 LMotor V6 de 3.6 litros biturbo

425 cvPotência Máxima

56,1 kgfmTorque Máximo

NÚMEROS

valor pula para 80.183 euros, ou R$ 247 mil. Em seguida, vêm a S Diesel e a “verde” S E-Hybrid, por 82.087 euros, ou R$ 253 mil. Já a configuração de topo, Turbo, parte de 128.378 euros, ou cerca de R$ 395 mil. Já no Brasil, onde a linha 2014 ainda está à venda, o Cayenne começa em R$ 349 mil, com motor 3.6 de 300 cv, e chega a R$ 859 mil na configuração mais cara, a Turbo S, equipada com o 4.8 V8 calibrado para 550 cv.

Para todo terrenoPara mostrar o Cayenne reestilizado, a Porsche esco-lheu colocar seu utilitário es-portivo na estrada e também em um ambiente onde certa-mente quase nenhum compra-dor expõe o modelo: em trecho off-road. No console central, chama atenção a grande quan-tidade de botões, mas depois de pouco tempo, tudo parece bem normal. E, sobretudo, funcional. São poucos os comandos usados frequentemente, o que facilita a vida de quem vai mexer no carro pela primeira vez.

Em poucos quilômetros de teste é possível ver o belo traba-lho realizado pelos engenheiros da marca alemã. O Cayenne se mostra ainda mais eficiente e ágil nesta nova versão. Freio, transmissão, resposta do motor, torque, direção, tudo no mais al-to nível. A sensação que se tem é de se estar ao volante de um mo-delo de uma categoria menor e mais leve. É verdade que as duas toneladas do SUV se fazem sen-tir nas arrancadas. Mas é só.

Os bancos aquecidos e ven-

tilados têm regulagem mili-métrica em todas as direções e, como não há quase nada para se reclamar, surpreende o espaço reduzido para guar-dar celular e outros pertences. Acaba sendo necessário usar os bolsões laterais das portas ou o apoio de braço entre os bancos dianteiros. O sistema de navega-ção tem operação precisa, mas com gráficos não tão cativantes quanto os tridimensionais de alguns concorrentes. O espaço interno, como se espera de um modelo premium desta catego-ria, é bom, assim como o nível de ruído do motor dentro da cabine.

No trecho fora da estrada, com subidas e descidas em pi-sos rochosos, pode-se perceber que o Cayenne foi mesmo feito para ir a quase todos os lugares – mesmo quando não há um condutor experiente no coman-do. Fica até difícil acreditar que trata-se do mesmo modelo tão confortável na estrada. É mes-mo uma excepcional capacida-de o® road.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 19 de novembro de 2014 AUTOMÓVEIS 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 19 de novembro de 2014

por Márcio MaioAuto Press

O brasileiro parece cada vez mais atraído pelo visual despojado e aventurei-

ro quando o assunto é carro. E isso não se resume apenas ao público jovem. O sucesso dos utilitários esportivos no mer-cado nacional faz com que as fabricantes aproveitem auto-móveis de outras categorias para ganharem suas versões com estética “off-road”. Caso da minivan Spin, que acaba de receber a configuração Activ. Depois de perceber que cerca de 20% do público que busca uma minivan procura modelos com esse apelo visual, a Che-vrolet agora espera ampliar as vendas da Spin em algo próximo a esse número. E acredita que a nova configuração deva che-gar a responder, em breve, por 25% das unidades emplacadas – atualmente, a média é de 3 mil mensais.

O Spin Activ caracteriza-se principalmente pelos elemen-tos decorativos da carroceria e interior exclusivo da versão. Na frente, o para-choque foi redesenhado, ganhando vincos pronunciados nas extremida-des e aplique na parte inferior em tom fosco escuro. Faróis de neblina têm molduras em pre-to brilhante e os faróis ganham máscara negra e lentes transpa-rentes. O perfil se destaca pelas rodas de liga leve diamanta-das de 16 polegadas, molduras de proteção nos para-lamas, soleira das portas e um largo decalque e barra longitudinal que se estendem sobre todo o teto. Retrovisores externos e coluna central pretos e adesivos alusivos à versão completam a lateral. Na traseira, o que mais chama atenção é o estepe fixado na tampa do porta-malas.

Por dentro, a cabine passou por um processo de personali-zação. Os bancos têm desenho exclusivo, com estampa que engloba as cores branca, cinza e preta e costuras aparentes. A cor dos revestimentos internos é preta – nas outras versões é marrom. Uma moldura prate-ada no centro do painel envolve o sistema multimídia MyLink

O motor 1.8 litro de 108 cv com etanol no tanque move com eficiência a nova Spin Activ. Não há sobras, mas o toque máximo de 17,1 kgfm já presente integralmente a 3.200 rpm favorece consideravelmente as retomadas e, principalmente, ultrapassagens. Basta pisar fundo no acelerador e ver a transmissão automática reduzir até três marchas para aumentar a velocidade

com tela de sete polegadas, de série na Activ. Além dele, itens como ar-condicionado, direção hidráulica, retrovisores e vidros elétricos e sensores de estacio-namento traseiros saem de fá-brica. O modelo dispõe ainda de uma extensa lista de acessórios, que inclui tablet de sete polega-das com suporte para encosto de cabeça e câmara de ré e mó-dulo de TV compatíveis com o sistema MyLink.

Sob o capô está o mesmo 1.8 litro de 106/108 cv com ga-solina/etanol no tanque, que equipa as outras versões da minivan. O torque de 16,4/17,1 kgfm quando abastecido com os mesmos combustíveis aparece em 3.200 rpm. Já a transmis-são pode ser manual de cinco velocidades ou automática de seis, sendo esta última uma nova calibração da GF6, que é utilizada nas outras versões da Spin. Segundo a marca, ela pro-porciona trocas de marchas em tempo 50% menor e reduções duplas e até triplas. Nesta ver-são, a minivan ainda fica 8 mm mais alta, em função da adoção de rodas maiores. Além disso, os pneus são mais largos e de perfil baixo, de uso misto. Com a nova distribuição de peso da versão Activ, uma nova calibração de suspensão, com molas e amor-tecedores de acertos específi-cos, foi providenciada.

Em comparação com a con-figuração de topo LTZ, a Spin Activ é R$ 100 mais cara, tanto com câmbio manual ou auto-mático. Mas só leva cinco pas-seiros, enquanto a LTZ tem uma terceira fileira de bancos, capaz de acomodar mais duas pessoas. Com o pedal da em-

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Aventura de baixo riscoCom versão Activ, Chevrolet adiciona elementos “off- road” à tradicional e bem-sucedida Spin

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O Spin Activ caracteriza-se principalmente pelos elementos decorativos da carroceria e interior exclusivo da versão. Na frente, o para-choque foi redesenhado, ganhando vincos pronunciados nas extremidades e aplique na parte inferior em tom fosco escuro. Faróis de neblina têm molduras em preto brilhante e os faróis ganham máscara negra e lentes transparentes

FICHA TÉCNICA

Chevrolet Spin Activ ● MOTOR: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.796 cm3, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção multiponto. ● TRANSMISSÃO: Câmbio

manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração. ● POTÊNCIA máxima: 108/106 cv a 5.400 rpm com etanol/gasolina. ● TORQUE máximo: 17,1/16,4 kgfm a 3.200 rpm com etanol/gasolina.

● DIÂMETRO e curso: 80,5 mm X 88,2 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. ● SUSPENSÃO: Dianteira independente do tipo McPherson, com barra estabilizadora e amortecedores pressurizados. Traseira semi-independente por eixo de torção, barra estabilizadora e amortecedores pressurizados.

breagem, a Activ custa iniciais R$ 62.060. Sem ele, a conta so-be para R$ 65.860. A Citroën pede R$ 65.790 pelo Aircross Exclusive com motor 1.6 e transmissão automática, me-lhor acabamento que a Spin, mas sem sistema multimídia. Já a Nissan entrega a Livina X-Gear, também sem sistema de entretenimento mas com mo-tor 1.8 e câmbio automático, por iniciais R$ 56.890, mas trata-se de um carro em despedida no cenário nacional. Já a Fiat pe-de R$ 63.338 pelo Fiat Idea em sua versão Adventure, também sem sistema multimídia e com transmissão automatizada, mas com motor bem mais potente – são 132 cv com etanol. Já pelo Doblò Adventure nas mesmas condições que o Idea, mas com

transmissão manual, a etiqueta de preço atinge R$ 73.702. Nes-se caso, porém, há sete lugares. Para quem quer um veículo familiar com aparência “o° ro-ad” e valoriza a conectividade, a Spin Activ pode merecer um olhar mais atento.

1.8 litroMotor flex

108 cvPotência máxima

17,1 kgfmTorque máximo

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quarta-feira, 19 de novembro de 2014 AUTOMÓVEIS 9

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 AUTOMÓVEIS Macaé, quarta-feira, 19 de novembro de 2014

VITRINE

Caráter superlativoMotor menor não reduz o poderio da BMW M4, sucessora da mítica M3 Coupépor Raphael PanaroAuto Press

A nova nomenclatura da BMW provocou a chegada de vários modelos à gama

da marca alemã. Nos anos 90, a montadora só utilizava núme-ros ímpares em seus modelos, como Série 3, Série 5, X1 ou X3, por exemplo. Até a (re)criação da Série 6 em 2003. A partir daí, voltou a reservar os números pa-res para modelos de duas portas ou que apresentassem traços de cupê. A divisão Motorsport não ficou de fora e criou o M4, suces-sor de M3 Coupé. O esportrivo traz novas armas para continuar a ser uma das principais referên-cias no mundo de versão espor-tiva para modelos normais de linha. O M4, inclusive não deve demorar a desembarcar por aqui – já foi flagrado em testes por es-tradas nacionais recentemente. O primeiro contato visual para os brasileiros será no Salão In-ternacional do Automóvel de São Paulo, que acontece no fim do mês, e a comercialização deve iniciar em 2015.

Na base da receita entra o design. O M4 é mais “parrudo” que a versão “civil” da Série 4. Os para-choques são mais lar-gos, com tomadas de ar genero-sas e detalhes que aprimoram a aerodinâmica do modelo. Atrás, o destaque fica no extrator e nas quatro saídas cromadas do sis-tema de escapamento. O perfil baixo e as rodas de 18 polegadas – as de 19 são opcionais – com-pletam as referências esportivas. Tudo ainda muito evidenciado pelo caimento da carroceria du-as portas.

A mecânica é parte funda-

FICHA TÉCNICA

BMW M4● MOTOR: Gasolina, dianteiro,

longitudinal, 2.979 cm3, seis cilindros em linha, biturbo, quatro válvulas por cilindros e comando duplo em cada cabeçote com válvulas variáveis.

● TRANSMISSÃO: Câmbio

manual de seis marchas ou automatizado de sete relações e duas embreagens. Tração traseira. Oferece controle eletrônico de tração.

● POTÊNCIA máxima: 431 cv de 5.500 rpm a 7.300 rpm

● ACELERAÇÃO 0-100 km/h:

4,3 segundos com câmbio manual de 4,1 segundos com transmissão automatizada. ● VELOCIDADE máxima: 250 km/h ou 280 km/h com o opcional M Drivers. ● TORQUE máximo: 56,8 kgfm entre 1.850 e 5.500 rpm. ● DIÂMETRO e curso: 89,6 mm x 84,0 mm. Taxa de compressão: 10,2:1.

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A estética “bruta” e o motor “bravo” contrastam com o interior sofisticado. O habitáculo traz a elegância de um BMW com detalhes em couro, alumínio e inserções de fibra de carbono no painel

3.0 bi turboseis cilindros em linha 3.0 litros com dois turbos

431 cvPotência máxima

56,1 kgfmTorque máximo

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mental da personalidade dos modelos “preparados” pela di-visão Motorsport e na BMW M4 foi totalmente renovada. A suspensão foi refinada e rece-beu uma barra de reforço em fi-bra de carbono ligando a cabeça dos amortecedores. Além disso,

o antigo propulsor V8 4.0 litros naturalmente aspirado de 420 cv e 40,8 kgfm de torque, usado no antecessor M3 Coupé, foi substituído por um seis cilindros em linha 3.0 litros com dois tur-bos, injeção direta e sistema que controla a admissão da mistura

ar-combustível pela variação de curso das válvulas. Apesar do downsizing, o M4 ficou mais po-tente. São 431 cv de 5.500 a 7.300 rpm e um robusto torque de 56,1 kgfm, disponíveis integralmente entre 1.850 e 5.500 rpm. Para ge-renciar tudo isso, o modelo rece-be, de série, um câmbio manual de seis marchas. O automatizado de sete marchas e dupla embrea-gem fica como opcional.

A estética “bruta” e o motor “bravo” contrastam com o in-terior sofisticado. O habitáculo traz a elegância de um BMW com detalhes em couro, alumí-nio e inserções de fibra de carbo-no no painel. O volante esportivo tem costuras vermelhas e azuis – cores da divisão de alto desem-penho da marca. Aliás, desde os bancos em formato concha até a alavanca do câmbio, tudo recebe um toque de esportividade que reforça o mito da divisão Mo-torsport.

Sem modosAs agressivas linhas do M4 são, sem dúvidas, apenas um preâmbulo do que o cupê esportivo pode proporcionar a quem está atrás do volante – ainda mais na “escandalosa” cor amarela. O ronco do motor não é grave como o do V8 anterior do M3 Coupé. Mas há um rico ruído proveniente do seis cilin-dros e basta uma pequena pisa-da no acelerador para despertar toda sua “raiva”.

O modo de condução padrão do M3 é chamado E¦cient. Ne-le, a direção e suspensão ficam suaves para o rodar na cidade. A transmissão efetua as trocas sem deixar o propulsor chegar a altas rotações, o que favore-ce a economia de combustível. Por razões óbvias, este ajuste foi utilizado pouco tempo. Logo a configuração mais “nervosa” – Sport+ – foi acionada. É ne-la que o M4 proporciona tudo que se espera de um veículo da divisão M. A entrega de potên-cia do modelo anterior era mais progressiva. No atual seis cilin-dros é possível sentir a violência

da aceleração e o brutal torque chegando às rodas traseiras. A transmissão automatizada de dupla embreagem é ágil. E fica ainda melhor quando o modo manual é selecionado e o moto-rista passa a efetuar as trocas pe-las borboletas atrás do volante.

Em trechos de baixa aderência, o controle de tração corta o “ba-rato” e impede o envio de mais força ao eixo traseiro para evi-tar que rodas patinem e a curva seja comprometida. Há a opção de desligar o auxílio eletrônico, mas com tanta potência o M4 fica de lado muito facilmente. Esta geração da M4 é percepti-velmente mais tecnológica que o M3 Coupé anterior. Prova disso é a suspensão capaz de responder em milissegundos qualquer alte-ração no asfalto. Isso reflete em enormes níveis de aderência sem ter um carro extremamente rígi-do o tempo inteiro. Os modos de Comfort, Sport e Sport+ permi-tem ter um carro genuinamente esportivo, mas também capaz de tornar o cupê confortável em trechos urbanos.

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por Raphael PanaroAuto Press

A ansiedade é parcei-ra setor automotivo. Quando a Mercedes-

Benz mostrou a Classe S Cou-pé, por exemplo, ela aplacou, por um instante, a expectati-va dos que esperaram 8 anos por um modelo luxuoso de duas portas – posto ocupado anteriormente pelo CL. Mas o foco se voltou para uma tradicional versão preparada pela AMG. Menos de um mês após o lançamento do cupê de luxo, a Mercedes apresen-tou a S63 AMG Coupé. Mas o ponto alto só surgiu mesmo em outubro último, com a S65 AMG Coupé, a mais po-tente de todas.

Para ostentar esse título, foi preciso trabalhar duro sob o capô. Para começar, a divisão esportiva da marca alemã não quis saber de do-wnsizing. Para a versão “top” de linha do Classe S Coupé, instalou um motor V12 de 6.0 litros com dois turbos capaz de fornecer 630 cv de potência e avassaladores 102 kgfm de torque. A força é enviada ao eixo traseiro por uma transmissão automáti-ca de sete marchas. Com esse conjunto, o modelo de mais de duas toneladas leva 4,1 segundos para atingir os 100 km/h. A máxima de “apenas”

A assinatura do engenheiro responsável pelo motor AMG não é apenas um testemunho da alta precisão e qualidade do modelo, mas também um aval de toda divisão esportiva da Mercedes-Benz. A S65 AMG Coupé tem credenciais vistosas como o motor V12 6.0 litros biturbo de 630 cv, zero a 100 km/h em 4,1 segundos e velocidade máxima de 250 km/h. Mas ela também proporciona conforto ao condutor

250 km/h é culpa do limita-dor eletrônico.

Além do potente propulsor, o cupê traz tecnologias de última geração. Algumas de-las contemplam o conjunto suspensivo, como no caso do controle de inclinação. Nos trechos sinuosos, o sistema faz a rolagem lateral de for-ma automática e contínua, de acordo com o raio das curvas e a velocidade. Outro dispo-sitivo é o Road Surface Scan. Por meio de radares e câma-ras, o S65 AMG Coupé detec-ta ondulações na superfície do caminho à frente. A par-tir daí, o computador ajusta a suspensão de acordo com a situação, compensando os movimentos do chassi. De acordo com a marca alemã, essas inovações reduzem as rolagens da carroceria e o efeito da aceleração lateral sobre os ocupantes, o que proporciona mais prazer e conforto ao dirigir. Como item de série, o cupê ainda traz o head-up display, que projeta informações no pa-ra-brisa, e todos os contro-les do carro e das funções do sistema multimídia são feitos através de um touchpad. Is-so sem falar no park assist, nos alertas de ponto cego e de mudança de faixa de ro-lagem com esterçamento do volante e no som da “grife” Burmester.

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Poder explícitoCom tratamento AMG, Mercedes S65 Coupé alia motor V12 de 630 cv e muita tecnologia embarcada

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