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1 ERRATA REVISAÇO PORTUGUÊS Autora: Duda Nogueira TIRAGEM de outubro 2014: atualizada e revisada. Na PARTE 2 - tópico de acentuação - foram inseridas questões de provas de nível médio em questões fáceis. Para não prejudicar seus estudos e continuarmos com 2.731 questões comentadas, foram acrescentadas 6 questões de nível fácil e 2 de nível médio. A tabela da página 9 sofreu pequena alteração. Em destaque abaixo. PARTE CAPÍTULO TÓPICO QUESTÕES FÁCEIS QUESTÕES MÉDIAS QUESTÕES DIFÍCIEIS TOTAL II - Fonética 1 Acentuação 10 24 x 34 2 Ortografia e Semântica 20 68 3 91 III - Morfologia 1 Processos de formação das palavras 6 13 x 19 2 Flexão Nominal - Substantivo e Adjetivo 14 x x 14 3 Pronome 34 95 12 141 4 Verbo 32 182 25 239 IV - Sintaxe 1 Análise Sintática 27 64 9 100 2 Período Composto 41 149 24 214 3 Concordância 34 155 25 214 4 Regência 26 69 9 104 5 Crase 16 66 9 91 6 Pontuação 19 131 25 175 V 1 Coesão e Coerência 14 352 99 465 VI 1 Figuras de Linguagem 5 11 x 16 VII 1 Interpretação de texto 143 539 76 758 VIII 1 Redação Oficial 56 TOTAL DE QUESTÕES COMENTADAS 2.731

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Na PARTE 2 - tópico de acentuação - foram inseridas questões de provas de nível médio em questões fáceis. Para não prejudicar seus estudos e continuarmos com 2.731 questões comentadas, foram acrescentadas 6 questões de nível fácil e 2 de nível médio. A tabela da página 9 sofreu pequena alteração. Em destaque abaixo.

PARTE CAPÍTULO TÓPICO QUESTÕES

FÁCEIS QUESTÕES

MÉDIAS QUESTÕES DIFÍCIEIS TOTAL

II - Fonética

1 Acentuação 10 24 x 34

2 Ortografia e Semântica 20 68 3 91

III - Morfologia

1

Processos de formação das palavras 6 13 x 19

2

Flexão Nominal - Substantivo e Adjetivo 14 x x 14

3 Pronome 34 95 12 141

4 Verbo 32 182 25 239

IV - Sintaxe

1 Análise Sintática 27 64 9 100

2 Período Composto 41 149 24 214

3 Concordância 34 155 25 214

4 Regência 26 69 9 104

5 Crase 16 66 9 91

6 Pontuação 19 131 25 175

V 1 Coesão e Coerência 14 352 99 465

VI 1 Figuras de Linguagem 5 11 x 16

VII 1 Interpretação de texto 143 539 76 758

VIII 1 Redação Oficial

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TOTAL DE QUESTÕES COMENTADAS 2.731

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QUESTÕES COMPLEMENTARES

ACENTUAÇÃO - Questões fáceis 01 (ISAE – Soldado PM da Polícia Militar – AM/2011) As palavras "simpática", "ótimo" e "ventríloquos" devem obrigatoriamente receber acento gráfico porque são: (A) paroxítonas; (B) oxítonas; (C) monossílabos tônicos; (D) proparoxítonas.

Comentários: Alternativa correta: letra "d"– Proparoxítona é a palavra cuja antepenúltima sílaba é

tônica. Tabela:

x Pro Par Oxi

sim pá ti ca

ó ti mo

ven trí lo quos

Alternativa "a"- paroxítona = palavra cuja penúltima sílaba é tônica. (biênio, sapato, palavra) Alternativa "b" – oxítona = palavra cuja última sílaba é tônica (anel, chapéu, aqui) Alternativa "c" – monossílabo tônico = palavras formadas por uma única sílaba (chá, pé, mão) 02 (ISAE – Soldado PM da Polícia Militar – AM/2011) Os vocábulos "é", "só" e "nós" recebem acento gráfico porque são: (A) monossílabos tônicos; (B) monossílabos átonos; (C) oxítonas; (D) proparoxítonas. Comentários: Alternativa correta: letra "a" – Monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s) e o(s), obedecendo a normas ortográficas, são acentuados. Alternativa "b" – Não são monossílabos átonos. Se o fossem não receberiam acento. Alternativa "c" – Esses vocábulos não são considerados oxítonos, pois são monossílabos. Alternativa "d" – Somente vocábulos trissílabos ou polissílabos podem ser proparoxítonos e só assim serão acentuados. 03 (AOCP – Soldado PM da Polícia Militar – RS/2009) Assinale a alternativa que apresenta uma palavra que teve sua acentuação alterada de acordo com a Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa. a) Século b) Prisões c) Frutífero d) Atômico e) Conseqüente Comentários: Alternativa correta: letra "e" – “Consequente”, de acordo com a Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa, teve sua grafia alterada com a supressão o sinal gráfico do trema. Alternativa "a" – Século – proparoxítona, não teve sua acentuação alterada com a Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa. Alternativa "b" – Prisões – plural de prisão, não há motivo para mudar o uso do sinal gráfico “til”.

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Alternativa "c" – Frutífero – proparoxítona, não teve sua acentuação alterada com a Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa. Alternativa "d" – Atômico – proparoxítona, não teve sua acentuação alterada com a Reforma

Ortográfica da Língua Portuguesa.

A respeito da organização das estruturas linguísticas e das ideias do trecho, julgue o item a seguir.

“...decidiu estrear 2008 como o primeiro do país, após mais de três décadas, a banir a pena de morte. A abolição foi aprovada pela assembleia legislativa por 44 votos a 36. Para os legisladores, foi um voto de pouco risco político, pois 51% da população já haviam manifestado sua preferência pela prisão perpétua sem sursis. Ademais, o voto estava ancorado em um estudo de 100 páginas, ...” Piauí, n,° 16, ano 2, jan,/2008, p, 70 (com adaptações).

04 (CESPE – Soldado PM da Polícia Militar – AC/2008) Nas palavras "país", "político", "preferência", "perpétua" e "páginas", o acento é decisivo para a determinação do sentido dos vocábulos, uma vez que, sem acento, tais palavras, mesmo estando escritas de acordo com a norma culta, teriam outro significado. Comentários:

Errado – Nem todos os vocábulos aqui citados têm significados diferentes se usados com ou sem acento. Apenas três deles têm essa característica:

- País (território em que vive um povo ou uma nação) – Pais (genitores, o pai e a mãe de uma pessoa); - Perpétua (permanente, duradouro) – Perpetua (verbo “perpetuar” conjugado na 3ª pessoa do singular – Presente do Indicativo – “Ele perpetua”; - Páginas (cada um dos lados de uma folha)– Paginas (verbo “paginar” conjugado na 2ª pessoa do singular – Presente do Indicativo – “Tu paginas”.

Já os outros dois vocábulos têm apenas um significado e devem estar, segundo as normas cultas, acentuados:

- Político (toda proparoxítona é acentuada); - Preferência (proparoxítonas terminadas em ditongo crescente são acentuadas).

Em relação ao trecho abaixo, julgue o item a seguir. “[...] Alterações na legislação têm sido feitas para endurecer penas, erguem-se prisões de segurança máxima...” O Globo, Editorial, 4/8/2008 (com adaptações).

05 (CESPE – Soldado PM da Polícia Militar – CE/2008) A retirada do acento gráfico na forma verbal "têm" implica erro de concordância verbal no parágrafo. Comentários:

Certo Nota da autora: Questão de acentuação (acento diferencial) e concordância.

Sim, implica erro gramatical uma vez que se trata de acento diferencial: usa-se o acento circunflexo para o plural e não se usa acento para o singular = (ela) tem (singular) e (elas) têm (plural). 06 (PM-PB – Soldado PM da Polícia Militar – PB/2008) Marque a alternativa em cuja frase não tem sílaba tônica idêntica à palavra em destaque do enunciado a seguir: "Quem disse que alguma coisa é impossível?" a) "Santos Dumont foi o primeiro homem [...] impulsionado por um motor aeronáutico". b) "[...] desenvolveu um óleo combustível mais limpo" c) "O que é necessário para transformar o não em sim?"

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d) "E quando o problema parece ser solúvel?" e) "Foi a primeira empresa privada a produzir petróleo." Comentários: Alternativa correta: letra "a" – O termo “aeronáutico” é acentuado por ser proparoxítona e “impossível” o é por ser paroxítona terminada em “l". Fácil, não? Alternativa "b" – “combustível” leva acento por ser paroxítona terminada em “l". Alternativa "c" – "necessário” leva acento por ser paroxítona terminada em ditongo. Guarde na memória. Alternativa "d" – "solúvel" – Também paroxítona terminada em “l”. Alternativa "e" – "petróleo" – Paroxítona terminada em ditongo.

QUESTÕES MÉDIAS

01 (Cespe – Técnico Judiciário – Área Administrativa – CNJ/2013) As palavras “políticas”,

“âmbito”, “década” e “cônjuges” recebem acento gráfico com base em diferentes regras

gramaticais.

( ) Certo ( ) Errado

Comentários:

Resposta: (Errado) – Não, todas as palavras desta questão são acentuadas pela mesma razão:

são todas proparoxítonas e, portanto, são acentuadas.

Tabelinha para facilitar

x PRO PAR OXI

po lí ti cas

âm bi to

dé ca da

côn ju ges

Perceba que, separando as sílabas e colocando as palavras dentro da tabela, as sílabas

acentuadas permanecem na mesma coluna.

02 (CESPE – Técnico Judiciário – Área Administrativa - STF/2013) O emprego do acento gráfico

nos vocábulos "próprio" e "decorrência" atende à mesma regra de acentuação gráfica.

Comentários: Certo – Colocando na tabela facilita:

PRO PAR OXI

pró prio

de cor rên cia

As duas palavras são paroxítonas terminadas em ditongo.

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Página 140 – Comentário da questão 12

Alternativa correta: letra "e" I. Errado: opuserem e defenderia. II. Certo. Sujeito simples = verbo singular. III. Certo: indicam tempo.

Página 202 – Comentário da questão 216

Alternativa correta: letra "d" – o verbo submeter possui dois particípios: submisso e submetido.

Caros leitores, na parte VII (interpretação de texto), faltaram, infelizmente, alguns termos sublinhados e que são fundamentais para que as questões possam ser resolvidas. Pedimos desculpas e a segunda tiragem já foi retificada, ou seja, se você adquiriu o livro a partir de setembro, já está retificado. Peguem o livro e sublinhem os termos necessários para sanarmos os problemas. Inicio essa parte com acréscimo de DICA (abaixo). 1. Página 747: Dica complementar da questão 6

Dica Os textos informativos têm o objetivo de abordar algum tema e transmitir conhecimento a respeito desse tema, transmitir dados e conceitos. Isso é o que acontece em reportagens de revistas e jornais, verbetes de dicionários e enciclopédias, artigos de divulgação cientifica e livros didáticos. A maioria dos leitores, quando tem em mãos um texto informativo, tem a expectativa de aprender alguma coisa com a leitura. Incluímos neste tipo de textos todos os compreendidos no jornalismo: jornais, revistas, folhetos, com suas diferentes variedades (notícias, reportagens, artigos diversos, anúncios etc.). Incluímos também a correspondência, embora possa haver cartas que se encaixariam melhor num modelo literário. No entanto, a maior parte de correspondência que recebemos e enviamos tem como finalidade informar algo concreto. Características de um texto informativos Função Conhecer ou transmitir explicações e informações de caráter geral. Seu objetivo é compreender ou comunicar as características principais do tema, sem maior aprofundamento. Modelos Jornais e revistas. Livros de divulgação, folhetos. Notícias. Artigos e reportagens. Anúncios e propaganda. Avisos, anúncios públicos. Correspondência pessoal ou comercial. Convites.

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Entrevistas. Conteúdo Muito diverso, em função do tema (notícias, anúncios, cartas etc.). Formato Texto em prosa, com características específicas de cada modelo. Procedimentos de leitura Uso de indicadores de aproximação ao conteúdo (títulos, fotos, imagens, tipografia, seções do jornal etc.). Identificação do tema da informação. Identificação da ideia principal. Identificação dos detalhes principais.

*Fonte: http://diaadia-doprofessor.blogspot.com.br/ 2. Página 748: Trecho em destaque questão 7 Eles representam dano efetivo à reputação empresarial frente ao mercado e aos investidores, que exigem cada vez mais transparência e, em casos extremos, acabam em investigações e litígios judiciais que podem levar executivos à cadeia. 3. Página 750: Termo em destaque questão 14 E tudo isso no horizonte de uma geração. 4. Página 752: Termo em destaque questão 21 - ... Campeonato Brasileiro finalmente se aproxima das maiores ligas do mundo 5. Página 753: Termo em destaque questão 22 A expressão tendão de Aquiles, mencionada em relação ao futebol brasileiro 6. Página 754: Termo em destaque questão 26 Ele acha que as pessoas deveriam ligar para os jornais e reclamar 7. Página 755: Termo em destaque questão 30 O negócio está sujeito à aprovação do Cade... 8. Página 760: Termo em destaque questão 41 Ele me deu um guarda-chuva desses antigos, com cabo de madeira, e falou com mais propriedade do que nunca: "Não esqueças mais o guarda-chuva. 9. TEXTO páginas 762 e 763: Termos em destaque

WikiLeaks contra o Império A diplomacia americana levará tempo para se recuperar da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica que 250 mil documentos secretos foram copiados por um jovem soldado em um CD enquanto fingia ouvir Lady Gaga. Um vexame para um país que gasta US$ 75 bilhões anuais com sistema de segurança que agrupa repartições e emprega mais de 1 milhão de pessoas, das quais 854 mil têm acesso a informações sigilosas. A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash considerou "sonho dos pesquisadores, pesadelo para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos escandalosos. A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão já é antiga, mas ninguém imaginaria que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando US$

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52 milhões na bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora americana. O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o líbio Muammar Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de material nuclear que ele guarda consigo. Os telegramas relacionados com o Brasil revelaram a boa qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. (...) 10. Página 772: Termo em destaque questão 67 O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana. Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo: — Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!... 11. Página 772: Termos em destaque no texto.

A produção brasileira de gás natural crescerá nos próximos anos em decorrência da entrada em operação de campos importantes nas bacias do Espírito Santo, de Campos, Santos e Camamu. No Amazonas ficará pronto o gasoduto que ligará Coari a Manaus, que cria uma demanda permanente e expressiva para o gás extraído dos poços de Urucu. Nesse sentido, já em meados da próxima década, o Brasil será o principal supridor do seu mercado interno de gás natural, reduzindo substancialmente o grau de incerteza que predominou no setor nos últimos anos — razão de muitos investimentos previstos nessa área terem sido engavetados.O Brasil apostou alto na parceria firmada com a Bolívia para o suprimento de gás. O país comprometeu-se a comprar um enorme volume do produto antes mesmo que os reservatórios tivessem sua capacidade de oferta comprovada. O Brasil também bancou financeiramente grande parte do gasoduto construído no lado boliviano. O contrato de longo prazo No Amazonas ficará pronto o gasoduto que ligará Coari a Manaus, que cria uma demanda permanente e expressiva para o gás extraído dos poços de Urucu, assinado entre as partes previa revisões periódicas dos preços com base em cotações do mercado internacional. Ainda assim, a Bolívia resolveu, por questões políticas internas, depois da eleição do presidente Evo Morales, mudar as regras no meio do jogo.Desde então, não existe garantia de que novos investimentos serão realizados lá para manter o suprimento previsto. E o cumprimento das cláusulas contratuais tornou-se algo também duvidoso.

O Globo, Editorial, 12/4/2009 (com adaptações). 12. Página 775: Termo em destaque questão 80 Na primeira frase do primeiro quadrinho, a expressão dessa vida está empregada em sentido_____________, sugerindo um modo de vida_________________. 13. Página 776: Termo em destaque questão 84 O cachorro olhava seu dono com olhar súplice. 14. Página 783: Termo em destaque questão 102 Mas, passada a crise do petróleo, as pressões dos produtores por reajustes ... 15. Página 783: Termo sublinhado no texto questão 103 O estudo do cérebro conheceu avanços sem precedentes nas últimas duas décadas, com o surgimento de tecnologias que permitem observar o que acontece durante atividades como o raciocínio, a avaliação moral e o planejamento. Ao mesmo

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tempo, essa revolução na tecnologia abre novas possibilidades para um campo da ciência que sempre despertou controvérsias de caráter ético - a interferência no cérebro destinada a alterar o comportamento de pessoas. A neurociência representa a esperança de cura para doenças e debilidades físicas que hoje desafiam a medicina. Talvez um implante possa resgatar a saúde de anciãos devastados pelo mal de Alzheimer, por exemplo. Daí à tentativa de usar esse conhecimento para "melhorar" o ser humano é um passo perigoso. O cinema tratou muito bem o assunto em Laranja mecânica, cuja personagem principal sofre uma lavagem cerebral para conter seus ímpetos violentos e os efeitos são devastadores. Pesquisas que visam estudar e modificar o comportamento de delinquentes e psicopatas podem ser apresentadas à sociedade como uma solução ao problema da criminalidade. O questionamento ético inerente a esses estudos é evidente quando o comportamento antissocial esbarra em questões culturais. No futuro, é possível que os testes para emprego exijam exames com tomografia ou ressonância magnética para avaliar se o cérebro do candidato tem características que o credenciem à vaga. Pesquisadores americanos e canadenses já contribuíram para esse cenário. Num estudo recente, concluíram que as lesões no lobo frontal induzem a comportamento instável. "Nosso estudo mostra que danos em certas áreas do lobo frontal podem debilitar a capacidade de agir nas atividades rotineiras - um requisito-chave para conservar um emprego", afirma o coordenador do estudo. É fácil entender como o fato de nascer em famílias dilaceradas ou miseráveis induz os jovens ao comportamento antissocial. Já a influência da configuração do cérebro nesse processo é duvidosa e deixa em aberto a questão: até que ponto é aceitável intervir no cérebro humano? 16. Página 786 e 787: Termo em destaque questão 112 Um inquérito foi instaurado para saber as condições da fuga e se houve conivência de agentes penitenciários na construção do túnel ou no plano de fuga. Isso porque foram encontrados 13 celulares com os detentos recapturados. Um deles ainda tinha uma arma. 17. Página 787: Termo em destaque no texto

Foi inaugurada no país, pelo Ministério da Justiça, a primeira penitenciária federal de segurança máxima. Com 12,6 mil metros quadrados de área construída e capacidade para alojar, em celas individuais, 208 presos, a nova penitenciária, que fica na cidade de Catanduvas, no Paraná, tem o objetivo, segundo o Ministério, de abrigar bandidos de alta periculosidade que comprometam a segurança dos presídios, ou que estejam em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). A penitenciária, segundo nota do Ministério da Justiça, possui infraestrutura e equipamentos de segurança de última geração, entre os quais: aparelhos de raios X e de coleta de impressão digital, detectores de metais e espectrômetros — aparelhos que identificam vestígios de drogas, armas e explosivos. 18. Página 788: Termo em destaque no final do texto

Girafa (...) E penso com mais pena ainda na girafa Inocêncio Santoro, só, no Jardim Zoológico,

fitando por cima das árvores um horizonte sem esperanças... 19. Página 789 e 790: Termos em destaque no texto

Testemunho VEJO UMA ARANHA caçar uma mariposa — eis o problema. Mato a aranha? Deixo a aranha viva e salvo a mariposa? Deixo a aranha devorar a mariposa?

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O fato se passa numa terça-feira de carnaval, mas não faço alegoria. Não me refiro veladamente a um pierrô malvado que sequestra uma indefesa colombina... É carnaval, mas estou sentado à minha mesa de trabalho e é a trinta centímetros de mim, sob a borda da janela, que se processa esse assassinato. Detenho-me e observo. A mariposa se agita presa por fios invisíveis, e já da sombra surge a aranha, pequenina, dedilhante. A princípio sou pura curiosidade: a aranha é muito menor que a mariposa, que irá fazer? Aproxima-se, faz uma volta em torno dela, detém-se em certos pontos, move afanosamente as pernas. A mariposa se agita menos, enleada. É quando intervém em mim o sentimento: a aranha vai devorá-la! O seu trabalho agora é sinistro: sobe na mariposa, tece-lhe na cabeça, procura virá-la, muda de posição — upa! — vira-a. Parece um homem trabalhando, amarrando sua presa.

Ouço distante o rumor de um bloco que passa lá na rua dos fundos. O Rio inteiro está mergulhado na folia, e é como se a aranha aproveitasse essa distração para cometer o seu crime silencioso. Por acaso, um dos habitantes da cidade — eu — ficou em casa, e com isso a aranha não contava. Sou a testemunha. Mais que isso: posso evitar o crime. Bastaria um gesto meu e a mariposa estaria salva. Devo fazê-lo?

Enquanto isso, a aranha continua sua faina sinistra. Agora arrasta a mariposa, já imobilizada, para aquele canto da sombra, sob o parapeito, donde saíra momentos antes. Percebo na aranha uma inteligência quase humana. Pobre mariposa, e o carnaval troando lá fora! Vou salvá-la. Ergo a mão, mas vacilo como uma divindade irresoluta. Um segundo, minha mão onipotente detém-se erguida no ar. Enfim, para que servem as mariposas? —Para que as aranhas as comam — responde-me a aranha sem interromper seu serviço. —Sim, mas para que servem as aranhas? —Para comer as mariposas. — Ora bolas, mas para que servem as aranhas e as mariposas?

A aranha já não se dignou responder. A essa altura sumira com a mariposa sob o parapeito da janela. Alguém, providencialmente, bate à porta do escritório e me chama à realidade dos homens.

Ferreira Gullar. A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989, p. 77-8. 20. Página 795: Termo em destaque no texto da questão 148 Com o objetivo de apresentar boas práticas da organização judicial e discutir os desafios e perspectivas do Poder Judiciário no atual cenário de mudanças tecnológicas e organizacionais, acontecerá o seminário Atualidade e Futuro da Administração da Justiça, nos dias 11 e 12 de março de 2013, em Porto Alegre. O evento será organizado pelo Tribunal Regional Federal da 4.a Região (TRF4) e pelo Instituto Brasileiro de Administração do Sistema Judiciário. O encontro terá a participação de ministros de tribunais superiores, desembargadores, juízes, promotores, advogados, delegados, diretores de tribunais e professores universitários. Entre as palestras, painéis e mesas-redondas estão programados temas a respeito de gestão, informatização, correição virtual, paradigmas, meio ambiente, conciliação, comunicação, todos eles relacionados à justiça. 21. Página 796: Termo em destaque no texto da questão 150

Visão monumental Nada superará a beleza, nem todos os ângulos retos da razão. Assim pensava o maior arquiteto e mais invocado sonha­dor do Brasil. Morto em 5 de dezembro de insuficiência respira­tória, a dez dias de completar com uma festa, no Rio de Janeiro onde morava, 105 anos de idade, Oscar Niemeyer propusera sua própria revolução arquitetônica baseado em uma interpre­tação do corpo da mulher.

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Filho de fazendeiros, fora o único ateu e comunista da família, tendo ingressado no partido por inspiração de Luiz Car­los Prestes, em 1945. Como a agremiação partidária não cor­respondera a seu sonho, descolara-se dela, na companhia de seu líder, em 1990. "O comunismo resolve o problema da vida", acreditou até o fim. "Ele faz com que a vida seja mais justa. E isso é fundamental. Mas o ser humano, este continua desprote­gido, entregue à sorte que o destino lhe impõe." E desprotegido talvez pudesse se sentir um observador diante da monumentalidade que ele próprio idealizara para Bra­sília a partir do plano-piloto de Lucio Costa. Quem sabe seus museus, prédios governamentais e catedrais não tivessem mes­mo sido construídos para ilustrar essa perplexidade? Ele acredi­tava incutir o ardor em quem experimentava suas construções. Bem disse Le Corbusier que Niemeyer tinha "as monta­nhas do Rio dentro dos olhos", aquelas que um observador po­de vislumbrar a partir do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, um entre cerca de 500 projetos seus. Brasília, em que pese o sonho necessário, resultara em alguma decepção. Niemeyer vira a possibilidade de construir ali a imagem moder­na do País. E como dizer que a cidade, ao fim, deixara de cor­responder à modernidade empenhada? Houve um sonho monu­mental, e ele foi devidamente traduzido por Niemeyer. No Pla­nalto Central, construíra a identidade escultural do Brasil. 22. Página 797: Termo em destaque questão 151 Quem sabe seus museus, prédios governamentais e catedrais não tivessem mesmo sido construídos para ilustrar essa perplexidade? 23. Página 811 e 812: Termos em destaque no texto 1 No Brasil, duas grandes concepções de segurança pública opõem-se desde a reabertura democrática até o presente: uma centrada na ideia de combate, outra, na de 4 prestação de serviço público. A primeira concebe a missão institucional das polícias em termos bélicos, atribuindo-lhes o papel de combater os 7 criminosos, que são convertidos em inimigos internos. A política de segurança é, então, formulada como estratégia de guerra, e, na guerra, medidas excepcionais se justificam. 10 Instaura-se, adotando-se essa concepção, uma política de segurança de emergência e um direito penal do inimigo. Esse modelo é reminiscente do regime militar e, há décadas, tem 13 sido naturalizado, não obstante sua incompatibilidade com a ordem constitucional brasileira. Nesses anos, o inimigo interno anterior — o comunista — foi substituído pelo 16 traficante, como elemento de justificação do recrudescimento d a s e s t r a t é g i a s b é l i c a s d e c o n t r o l e s o c i a l . A segunda concepção está centrada na ideia de que a 19 segurança é um serviço público a ser prestado pelo Estado e cujo destinatário é o cidadão. Não há, nesse caso, mais inimigo a combater, mas cidadão para servir. A polícia democrática não 22 discrimina, não faz distinções arbitrárias: trata os barracos nas favelas como domicílios invioláveis, respeita os direito s individuais, independentemente de classe, etnia e orientação 25 sexual, não só se atendo aos limites inerentes ao estad o democrático de direito, mas entendendo que seu principal papel é promovê - lo . A co nc epção democrát ica es t imul a a 28 participação popular na gestão da segurança pública, valoriza arranjos participativos e incrementa a transparência da s

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instituições policiais. O combate militar é, então, substituído 31 pela prevenção, pela integração com políticas sociais, po r medidas administrativas de redução dos riscos e pela ênfase na investigação criminal. A decisão de usar a força passa por 34 considerar não apenas os objetivos específicos a sere m a l c a n ç a d o s p e l a s a ç õ e s p o l i c i a i s , m a s t a m b é m , e fundamentalmente, a segurança e o bem-estar da população 37 envolvida. 24. Página 815: Retirar ‘sujeitos indeterminados’ questão 186 (alternativa C) Alternativa correta: letra "b" – os exemplos ilustram o texto todo, à medida que, para cada cientista citado e relacionado à sua descoberta, há a exemplificação daquilo que levou à constatação de fraudes ou erros. Alternativa "a" – dados estatísticos não são utilizados no texto, apenas exemplos. Alternativa "c" – o texto sugere várias fontes para as descobertas das fraudes ou erros:

A Sociedade Real de Londres;

o estudioso Westfall;

“descobriram”;

“ninguém sabe” e

“foram descobertas” Alternativa "d" – o texto não cita, em momento algum, argumentos religiosos. Alternativa "e" – não há, no texto, encadeamento de ideias que sugiram um raciocínio lógico, apenas exemplos dos fatos. 25. Página 816: Termos em destaque no comentário da questão 189 Alternativa correta: letra "d" – porque = já que. O Vade Mecum, livro de referência de uso muito frequente, é deveras interessante porque tem mais de 400 páginas. (causa) O Vade Mecum, livro de referência de uso muito frequente, é deveras interessante, já que tem mais de 400 páginas. (causa) Alternativa "a" – porque foi ≠ mesmo tendo sido. O livro que deveríamos ler neste mês já está esgotado, porque foi publicado há menos de três semanas. (causa). O livro que deveríamos ler neste mês já está esgotado, mesmo tendo sido publicado há menos de três semanas. (concessão). Alternativa "b" – portanto ≠ logo. Os procuradores transferidos para o Rio de Janeiro lá estão há cinco anos, portanto não conhecem ainda o Corcovado. (conclusão). Os procuradores transferidos para o Rio de Janeiro lá estão há cinco anos, logo não conhecem ainda o Corcovado. (consequência). Alternativa "c" – no entanto ≠ todavia. Barack Obama e Nicolas Sarkozy não se entendem, no entanto um fala inglês e o outro francês. (advérbio de tempo: enquanto isso)Barack Obama e Nicolas Sarkozy não se entendem, todavia um fala inglês e o outro francês. (conjunção adversativa: contrariedade, oposição). 26. Página 818: Termo em destaque questão 192 I - No trecho “e só Deus sabe quando isso vai acontecer”, o elemento coesivo isso retoma a dispensa do visto de entrada nos Estados Unidos pelos brasileiros. II - Em “Que diabos isso tudo teria a ver com a sua vida?” não há pretensão do autor em obter resposta do leitor, caracterizando a pergunta como retórica.

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III - Os termos “brasileiro, cidadão e sujeito”, no artigo, fazem parte do mesmo campo semântico, apesar de apresentarem nuanças de sentido. IV - A expressão “isso mesmo: 150” reafirma o dado anterior, o que pode sugerir também posicionamento do articulista. 27. Página 826: Termos em destaque no texto

Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século III a.C., a biblioteca de Alexandria representa uma epígrafe perfeita para a discussão sobre a materialidade da comunicação. As escavações para a localização da biblioteca, sem dúvida um dos maiores tesouros da Antiguidade, atraíram inúmeras gerações de arqueólogos. Inutilmente. Tratava-se então de uma biblioteca imaginária, cujos livros talvez nunca tivessem existido? Persistiam, contudo, numerosas fontes clássicas que descreviam o lugar em que se encontravam centenas de milhares de rolos. E eis a solução do enigma. O acervo da biblioteca de Alexandria era composto por rolos e não por livros — pressuposição por certo ingênua, ou seja,atribuição anacrônica de nossa materialidade para épocas diversas.Em vez de um conjunto de salas com estantes dispostas paralelamente e enfeixadas em um edifício próprio, a biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés. Ora, mas não era essa a melhor forma de colecionar rolos, preservando-os contra as intempéries? Os arqueólogos que passaram anos sem encontrar a biblioteca de Alexandria sempre a tiveram diante dos olhos, mesmo ao alcance das mãos. No entanto, jamais poderiam localizá-la, já que nãolevaram em consideração a materialidade dos meios de comunicação dominante na época: eles, na verdade, procuravam uma biblioteca estruturada para colecionar livros e não rolos. Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à negligência com a materialidade dos meios de comunicação?(...) 28. Página 839: Termo em destaque no texto da questão 236

As mulheres sabem que a participação democrática é o principal meio de defesa de seus interesses e de conquista de representação política, tal como a implantação do sistema de quotas para aumentar o número de representantes eleitas.

O número reduzido de mulheres que ocupam cargos públicos — atualmente, uma média mundial de 19% nas assembleias nacionais — constitui um déficit a corrigir. A participação das mulheres em todos os níveis do governo democrático — local, nacional e regional — diversifica a natureza das assembleias democráticas e permite que o processo de tomada de decisões responda a necessidades dos cidadãos não atendidas no passado. 29. Página 840: Termo em destaque questão 240 A instrumentalização da cidadania e da soberania popular, em uma democracia contemporânea, faz-se pelo instituto da representação política. E a transformação da soberania popular em representação se dá, em grande parte, por meio da eleição.

O povo a que remete a ideia de soberania popular constitui uma unidade, e não, a soma de indivíduos. Jurídica e constitucionalmente, a representação "representa" o povo (e não, todos os indivíduos). Além disso, não há propriamente mandato, pois a função do representante se dá nos limites constitucionais e não se determina por instruções ou cláusulas estabelecidas entre ele (ou o conjunto de representantes) e o eleitorado. As condições para o exercício do mandato e, no limite, seu conteúdo estão predeterminados na Constituição e apenas nela. Estritamente, nem sequer é possível falar em representação, pois não há uma vontade pré-formada. Há a construção de uma vontade, limitada apenas aos contornos constitucionais. 30. Página 858: Termo em destaque no texto Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo

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possível. Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita – sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer perso­nagem. Os seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço máximo para que ambos fossem mostrados. Para compor essa história, as informações foram buscadas em primeira mão, entre os protagonistas, coadjuvantes ou figurantes de cada evento aqui des­crito, citados na lista de agradecimentos. Toda infor­mação importante foi checada e rechecada com mais de uma fonte. A natureza de certas informações torna impossível que sejam especificadas como “entrevista realizada no dia X, na cidade Y, com Fulano de Tal”, porque isto seria a quebra de um preceito ético de proteção à fonte. No caso de fontes que não se furtaram a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do texto. As histórias aqui incluídas levaram em conta apenas a importância que tiveram no desenvolvimento ou na carreira deste ou daquele artista ou da Bossa Nova em conjunto. 31. Página 871: Termo em destaque questão 313 Essa dicotomia apresenta hoje muitos problemas para ser usada sem cautela, por algumas razões. (3º parágrafo) 32. Página 872: Termo em destaque questão 315 Considerando-se o texto, está INCORRETA a afirmativa: A) O sentido da expressão essa percepção deleitosa remete à subjetividade implícita na frase

anterior: intuir que algo é belo. (2º parágrafo) B) Transpondo para a voz passiva a frase ou recriminamos uma criança o resultado será: ou

uma criança é recriminada por nós. (1º parágrafo) C) A expressão grifada em é resultante da combinação configura um exemplo de regência

nominal. (último parágrafo) D) A expressão por que pode ser substituída por as razões pelas quais, sem qualquer alteração

na estrutura e no sentido do restante da frase em que se encontra. (2º parágrafo) E) É o equilíbrio dessas qualidades que torna um indivíduo.. . (final do texto) Substituindo-se a expressão grifada por essas qualidades, a frase deverá ser alterada para: São essas qualidades que tornam um indivíduo... 33. Página 874 e 875: Termos em destaque no texto

A aproximação das duas Américas Ufano-me de falar nesta instituição, digna da cidade que, pelo seu crescimento gigantesco, vem assombrando o mundo como a mais avançada de todas as estações experimentais de americanização. Em Chicago, melhor do que em qualquer outro ponto, pode-se acompanhar o processo sumário que usais para conseguir, de plantas alienígenas, ao fim de curto estágio de aclimação, frutos genuinamente americanos. Aqui estamos em frente de uma das cancelas do mundo, por onde vêm entrando novas concepções sociais, novas formas de vida e que é uma das fontes da civilização moderna. O tributo à ciência do qual nasceu esta universidade foi o mais benfazejo emprego de uma fortuna dedicada à humanidade. Aumentar a velocidade com que cresce a ciência é de longe o maior serviço que se poderia prestar à raça humana. A própria religião não teria o poder de trazer à terra o reino de Deus sem o auxílio da ciência, na época de progresso que se anuncia e de que não podemos ainda fazer ideia. Aumentando o número de homens capazes de manejar os delicados instrumentos da ciência, de compreender-lhes as várias linguagens e de aproveitar-lhes os mais altos sentidos, as universidades trabalham mais depressa que qualquer outro fator para esse dia de adiantados conhecimentos que, no futuro, hão de transformar por completo a condição humana.

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34. Página 876: Termo em destaque questão 322 (A) O emprego de própria torna mais decisivo o argumento a favor do auxílio prestado pela ciência. (B) Em de que não podemos ainda fazer ideia, o termo destacado equivale a "ao menos", tal como se nota em "Ainda se aceitassem me receber, poderia justificar-me". (C) É aceitável o entendimento de que Aumentando equivale a "Se aumentassem". (D) Em de compreender-lhes as várias linguagens, o pronome remete a homens capazes. (E) O segmento qualquer outro fator é legitimado pelo padrão culto escrito, como também o é a seguinte estrutura: "quaisquer que seja os fatores". 35. Página 888: Termos em destaque no texto da questão 357

A recuperação econômica dos países desenvolvidos começou perigosamente a perder fôlego. A reação dos indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta que a economia americana perderá força no segundo semestre. O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As razões para esse estancamento encontram-se no comportamento do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes, cujo desenvolvimento econômico começou a desacelerar — ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão. 36. Página 889: Termo em destaque no texto da questão 365 Nós, seres humanos, somos seres sociais: vivemos nosso cotidiano em contínua imbricação com o ser de outros. Isso, em geral, admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, seres humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser cotidiano como um contínuo devir de experiências individuais intransferíveis. Isso admitimos como algo indubitável. Ser social e ser individual parecem condições contraditórias da existência. De fato, boa parte da história política, econômica e cultural da humanidade, particularmente durante os últimos duzentos anos no ocidente, tem a ver com esse dilema. Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um aspecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma subordinação dos interesses individuais aos interesses sociais, ou, ao contrário, afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual do humano. 37. Página 890: Termo em destaque no texto da questão 366 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada. Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que classificar por extremos não reflete a complexidade de classes da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. Em cada um dos polos, outras diferenças se fazem presentes, mas preferimos alçar a dicotomia maior que tanto habita o mundo das estatísticas quanto, e principalmente, o mundo do imaginário social. Estudos a respeito de riqueza e pobreza ora dão quitação a classes pela forma quantitativa da ordem do ganho econômico, ora pelo grau de consumo na sociedade capitalista, ora pela forma de apresentação em vestuário, ora pela violência de quem não tem mais nada a perder e assim por diante. O imaginário, em sua organização dinâmica e com sua capacidade de produzir imagens simbólicas e estereótipos, maneja representações que possibilitam pôr ordem no caos. O imaginário, acionado pela imaginação individual, é pluriespacial e, na interação social, constrói a memória, a história museológica. Mesmo que possamos pensar

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que estereótipos são resultado de matrizes, a cultura é dinâmica, porquanto símbolos e estereótipos são olhados e ressignificados em determinado instante social. 38. Página 890: Termo em destaque no texto da questão 368 Hipermodernidade é o termo usado para denominar a realidade contemporânea, caracterizada pela cultura do excesso, do acréscimo sempre quantitativo de bens materiais, de coisas consumíveis e descartáveis. Dentro desse contexto, todas as interações humanas, marcadas pela doença crônica da falta de tempo disponível e da ausência de autêntica integração existencial, se tornam intensas e urgentes. O movimento da vida passa a ser uma efervescência constante e as mudanças a ocorrer em ritmo quase esquizofrênico, determinando os valores fugidios de uma ordem temporal marcada pela efemeridade. Como tentativas de acompanhar essa velocidade vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a fluidez das relações interpessoais. O indivíduo da "cultura" tecnicista vivencia uma situação paradoxal: ao mesmo tempo em que lhe são ofertados continuamente os recursos para que possa gozar efetivamente as dádivas materiais da vida, ocorre, no entanto, a impossibilidade de se desfrutar plenamente desses recursos. 39. Página 896: Termo em destaque no texto da questão 378 Há duas maneiras de olhar para o desenvolvimento no mundo contemporâneo. Uma, profundamente influenciada pelo crescimento da economia e pelos valores que lhe estão subjacentes, refere-se ao desenvolvimento essencialmente como uma expansão rápida e sustentada do produto nacional bruto per capita, talvez qualificada por uma exigência de que os frutos dessa expansão alcancem todas as camadas da comunidade. Uma segunda visão, que contrasta com a anterior, vê o desenvolvimento como um processo que aumenta a liberdade dos envolvidos para perseguir quaisquer objetivos que valorizem. Em consonância com essa visão do desenvolvimento, a expansão da capacidade humana pode ser descrita como a característica central do desenvolvimento. O conceito de "capacidade" de uma pessoa pode ser encontrado em Aristóteles, para quem a vida de um indivíduo pode ser vista como uma sequência de coisas que ele faz e que constituem uma sucessão de funcionamentos. A capacidade refere-se às combinações alternativas de funcionamentos a partir das quais uma pessoa pode escolher. Assim, a noção de capacidade é essencialmente um regime de liberdade — o leque de opções que uma pessoa tem para decidir que tipo de vida levar. A pobreza, nessa visão, não reside apenas no estado de empobrecimento em que uma pessoa pode realmente viver, mas também na falta de oportunidade real — imposta por constrangimentos sociais, bem como circunstâncias pessoais- para escolher outros tipos de vida. 40. Página 901: Termo em destaque questão 389 Considere as substituições dos pronomes grifados nas frases abaixo pelos segmentos em negrito no final de cada uma delas: I. e algumas, como as do trigo, mantêm tendência de alta. – as cotações do trigo (final do 1º

parágrafo) II. alguns produtores preferiram manter o produto estocado a vendê-lo pelos preços

oferecidos – a vender o produto estocado (início do 5º parágrafo) III. e as encontram no mercado de produtos agrícolas – as medidas de estímulo (5º parágrafo) IV. cujos preços, por isso, sobem mais – os preços de produtos agrícolas (5º parágrafo) Estão corretas as substituições feitas SOMENTE em: A) I e II. B) II e III. C) III e IV. D) I, II e III. E) I, II e IV.

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41. Página 903: Termo em destaque questão 393 Eles estão espalhados pelo país e guardam desenhos de diferentes períodos. Alguns são inscrições geométricas, outros sugerem animais, rituais, cenas de luta. (3º parágrafo) 42. Página 903 e 904: Termo em destaque no final do texto

Admirável mundo novo (...) Charlie Chaplin, certamente, ficaria surpreso ao descobrir que, apesar dos grandes avanços tecnológicos, os apertadores de parafuso e a velha bancada estão de volta, com a agravante de que agora não são os movimentos, mas a própria linha de produção que passa a acompanhá-lo para todo lugar, virtualmente, ampliando os espaços de sujeição. 43. Página 911: Termo em destaque questão 414 Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim.. . (1º parágrafo) 44. Página 926 e 927: Termos em destaque do texto A Declaração Universal dos Direitos Humanos, com um preâmbulo de sete “considerandos” e com trinta artigos, é um documento histórico, uma carta de intenções e também uma denúncia de tudo o que, ao longo de milênios, a humanidade deixou de fazer. Hoje, a sexagenária declaração ainda é muito boa, mas tem lacunas, resultantes de sua temporalidade, e precisa ser acrescida, complementada, aperfeiçoada, além de ser cumprida – é óbvio –, afirmando novos valores, que atendam a novas demandas e necessidades. A declaração não previu que o desenvolvimento capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e saem de diferentes países, gerando instabilidade permanente nas economias periféricas. Talvez fosse o caso de se afirmar, agora, o direito das nações de regulamentarem os investimentos externos e de se protegerem contra a especulação internacional, que fragiliza e subordina economias nacionais. Não é admissível que grupos privados transnacionais – não mais do que três centenas –, com negócios que vão do setor produtivo industrial ao setor financeiro, passando pela publicidade e pelas comunicações, sejam, na verdade, o verdadeiro governo do mundo, hegemonizando governos e nações, derrubando restrições alfandegárias, impondo seus interesses particulares. A declaração, marcadamente humanista e sociopolítica, não imaginou o neoliberalismo deste fim de século, com sua “des – historicização” do tempo, com sua despolitização da vida, com seu messianismo consumista, com a entronização da economia de mercado como uma “fatalidade” natural, irreversível, fora da qual não há possibilidades, com um laissez faire que significa exclusão. 45. Página 928: Termos em destaque do texto da questão 461 No século XIX, enfatizou-se, nos mais diversos domínios, a busca de explicações sobre as origens – dos homens, das sociedades, das nações. Foi dentro desse quadro que se procurou conhecer e dar sentido explicativo ao Brasil, enfatizando-se ora aspectos selvagens e naturais, ora aspectos civilizados – civilização versus barbárie. À natureza se conferiu papel importante nas representações que foram sendo elaboradas ao longo de sua história – natureza em grande parte tropical, que, ao mesmo tempo em que seduz, desconcerta. Ora, se o mundo civilizado é visto como distante e pensado como contraponto ao mundo natural, o Brasil, consideradas a sua natureza e a sua população em meio a essa natureza, encontrava-se perigosamente afastado da civilização. O ponto de partida desse enfoque tomou como contraposição dominante os polos estabelecidos a partir de cidade e campo – luz e treva, civilização e barbárie, oposição que faz parte, também, de um contexto mais amplo, com a identificação da cidade com técnica e artificialidade –, a cidade como expressão do maior domínio da natureza pelo homem, espaço diferenciado, destinado ao exercício da civilidade; o campo como símbolo da rusticidade, do

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não inteiramente civilizado, espaço intermediário entre a civilização e o mundo natural propriamente dito. Ora, se o campo se encontra mais perto do natural, pode ser associado à paz, à inocência, à virtude, a cidade, então, por sua vez, seria a expressão de “barbárie” – e isso deriva do entrelaçamento de significados que podem ser atribuídos aos qualificativos, ou seja, aos polos, a depender do sentido que se lhes atribui ou ao sentimento a eles associado, ou, ainda, ao que está, momentaneamente, sendo entrevisto. As formas de representação realizam outras mediações, constituem outras projeções e, carregadas de dubiedade e ambivalência, podem alcançar o homem (cidade versus campo; intelecto versus coração; razão versus sensibilidade), o povo, a Nação. No século XIX, o Brasil foi representado como um verdadeiro caleidoscópio. 46. Página 935: Termos em destaque questão 480 O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de unificação. 47. Página 939 e 940: Termo em destaque questão 492

A informação negativa do segmento chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas deve-se, sobretudo, ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em:

a) O resultado final foi um documento político genérico (...) b) A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda (...) c) (...) não se dispunham a cumprir sequer metas modestas. d) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios (...) e) (...) inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais. 48. Página 945: Termos em destaque no texto da questão 505 O enfoque histórico-cultural do desenvolvimento humano considera que os processos psicológicos especificamente humanos se formam e se desenvolvem em função das condições sociais da vida, especificamente com base nas inter-relações que o indivíduo estabelece com os outros seres sociais e com os objetos produzidos culturalmente. Nessa perspectiva, a subjetividade, como segmento do real caracterizado por processos complexos de significação e de sentido, vai-se construindo e desenvolvendo em função dessa intrincada rede de interações. É um processo complexo, no qual o social (em seu sentido mais amplo) participa da construção de um segmento de um real qualitativamente diferente (o subjetivo) e este, por sua vez, participa da transformação dos elementos que lhe deram origem. 49. Página 945: Termo em destaque questão 506 "Sou contra. Visceralmente contra. Filosoficamente contra. Linguisticamente contra. Começo por ser contra com a força das minhas entranhas: sou incapaz de aceitar que uma dúzia de sábios se considere dona de uma língua falada por milhões. Ninguém é dono da língua. Ninguém a pode transformar por capricho. Por capricho, vírgula: por mentalidade concentracionária, em busca de uma unidade que, para além de impossível, seria sinistra. A língua é produto de uma história; e não foram apenas Portugal e Brasil que tiveram a sua história, apresentando variações fonéticas, léxicas ou sintáticas; a África, Macau, Timor e Goa, que os sábios do Acordo ignoraram nas suas maquinações racionalistas, também têm direito a usar e a abusar da língua." 50. Página 954: Termos em destaque no final do texto da questão 520

(...) Nos últimos anos, sobretudo no Rio, a corrupção policial agravou-se. A arcaica política do "confronto" conferia ao policial a autoridade para matar de forma arbitrária. E, ao mesmo tempo, lhe dava tacitamente o poder para negociar a vida e a liberdade, instituindo uma moeda forte e atraente - e em permanente inflação. Assim, o combate "fora-da-lei" ao

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crime buscou liquidá-lo, utilizando-se de práticas como a execução de delinquentes. O resultado foi desastroso e paradoxal: uma polícia envolvida em dinâmicas criminosas e, portanto, impotente diante do próprio crime. (....) 51. Página 961: Termo em destaque no texto da questão 539 Conciliar desenvolvimento e conservação da natureza é o dilema do mundo neste século. Para o Brasil, é mais do que isso, é uma equação com variáveis muito mais complexas do que a da média mundial. Para início de conversa, o país abriga 60% da Amazônia, a maior floresta tropical do planeta e o maior repositório de espécies animais e vegetais ainda desconhecidas. Essa preciosidade biológica insubstituível tem sido queimada, para abrir espaço para a pata do gado, como lenha para carvão sem valor algum. A incineração da floresta é ainda mais perversa por jogar volumes gigantescos de gases que aumentam o ritmo do temido aquecimento global. Sem uma única chaminé de fábrica, só queimando seu tesouro vegetal, a Amazônia brasileira coloca o Brasil na quarta posição na lista dos maiores emissores de dióxido de carbono. Essa é a Amazônia, insônia do mundo, que precisa ser conservada.(...) 52. Página 956: Termos em destaque no texto da questão 546

O poema nasce do espanto, e o espanto decorre do incompreensível. Vou contar uma história: um dia, estava vendo televisão e o telefone tocou. Mal me ergui para atendê-lo, o fêmur de uma das minhas pernas roçou o osso da bacia. Algo do tipo já acontecera antes? Com certeza. Entretanto, naquela ocasião, o atrito dos ossos me espantou. Uma ocorrência explicável, de súbito, ganhou contornos inexplicáveis. Quer dizer que sou osso? — refleti, surpreso. Eu sou osso? Osso pergunta? A parte que em mim pergunta é igualmente osso? Na tentativa de elucidar os questionamentos despertados pelo espanto, eclode um poema. Entende agora por que demoro 10, 12 anos para lançar um novo livro de poesia? Porque preciso do espanto. Não determino o instante de escrever: hoje vou sentar e redigir um poema. A poesia está além de minha vontade. Por isso, quando me indagam se sou Ferreira Gullar, respondo: às vezes. 53. Página 970: Termos em destaque no texto

Tempo livre A questão do tempo livre — o que as pessoas fazem com ele, que chances

eventualmente oferece o seu desenvolvimento — não pode ser formulada em generalidade abstrata. A expressão, de origem recente — aliás, antes se dizia ócio, e este era um privilégio de uma vida folgada e, portanto, algo qualitativamente distinto e muito mais grato —, opõe-se a outra: à de tempo não livre, aquele que é preenchido pelo trabalho e, poderíamos acrescentar, na verdade, determinado de fora.

O tempo livre é acorrentado ao seu oposto. Essa oposição, a relação em que ela se apresenta, imprime-lhe traços essenciais. Além do mais, muito mais fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade. Mas esta, agora como antes, mantém as pessoas sob um fascínio. Decerto, não se pode traçar uma divisão tão simples entre as pessoas em si e seus papéis sociais. (...) Em uma época de integração social sem precedentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que resta nas pessoas, além do determinado pelas funções. Isso pesa muito sobre a questão do tempo livre. Mesmo onde o encantamento se atenua e as pessoas estão ao menos subjetivamente convictas de que agem por vontade própria, isso ainda significa que essa vontade é modelada por aquilo de que desejam estar livres fora do horário de trabalho.

A indagação adequada ao fenômeno do tempo livre seria, hoje, esta: "Com o aumento da produtividade no trabalho, mas persistindo as condições de não-liberdade, isto é, sob relações de produção em que as pessoas nascem inseridas e que, hoje como antes, lhes prescrevem as regras de sua existência, o que ocorre com o tempo livre?" (...) Se se cuidasse

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de responder à questão sem asserções ideológicas, tornar-se-ia imperiosa a suspeita de que o tempo livre tende em direção contrária à de seu próprio conceito, tornando-se paródia deste. Nele se prolonga a não-liberdade, tão desconhecida da maioria das pessoas não-livres como a sua não-liberdade em si mesma.

Podemos esclarecer isso de maneira simples por meio da ideologia do hobby. Na naturalidade da pergunta sobre qual hobby se tem, está subentendido que se deve ter um, provavelmente também já escolhido de acordo com a oferta do negócio do tempo livre. Liberdade organizada é coercitiva: "Ai de ti se não tens um hobby, se não tens ocupação para o tempo livre! Então tu és um pretensioso ou antiquado, um bicho raro, e cais em ridículo perante a sociedade, a qual te impinge o que deve ser o teu tempo livre." Tal coação não é, de nenhum modo, somente exterior. Ela se liga às necessidades das pessoas sob um sistema funcional. No camping — no antigo movimento juvenil, gostava-se de acampar —, havia protesto contra o tédio e o convencionalismo burgueses. O que os jovens queriam era sair, no duplo sentido da palavra. Passar-a-noite-a-céu-aberto equivalia a escapar da casa, da família. Essa necessidade, depois da morte do movimento juvenil, foi aproveitada e institucionalizada pela indústria do camping. Ela não poderia obrigar as pessoas a comprar barracas e motor homes, além de inúmeros utensílios auxiliares, se algo nas pessoas não ansiasse por isso; mas a própria necessidade de liberdade é funcionalizada e reproduzida pelo comércio; o que elas querem lhes é, mais uma vez, imposto. Por isso, a integração do tempo livre é alcançada sem maiores dificuldades; as pessoas não percebem o quanto não são livres lá onde mais livres se sentem, porque a regra de tal ausência de liberdade lhes foi abstraída. 54. Página 981 e 982: Termos em destaque no texto da questão 594

Segurança pública: coisa de polícia?* Por se tratar de tema que afeta diretamente o bem-estar social do cidadão, é

importante que ele participe de todo o processo de constituição das políticas públicas no setor, até porque a elevação das taxas de crimes violentos repercute no aumento de suas inseguranças objetiva e subjetiva. Da mesma forma, a elevação dessas taxas traz consigo uma resposta de conteúdo econômico que, no limite, tem forte repercussão no "bolso" do mesmo cidadão. [...]

A quem cabe, portanto, a promoção da segurança pública na sociedade brasileira moderna? Ao poder público? À sociedade?

A experiência brasileira demonstra que a segurança pública quase sempre ficou a cargo dos governos que, lançando mão das burocracias estatais, utilizaram- se dos órgãos policiais para efetivá-la. Nesse processo, a polícia teve papel central. O entendimento era o de que a segurança pública era coisa de polícia e que, portanto, a sociedade não possuía conhecimentos para contribuir positivamente nesse campo. [...] O trato com a violência e a criminalidade, portanto, faz parte da ideia da segurança pública, o que complica enormemente a tarefa de sua promoção. A violência, por exemplo, se expressa de maneira multifacetada, demandando uma articulação entre governo e sociedade, e não ações isoladas, desconectadas, para a sua contenção. Daí, o problema de uma compreensão de segurança pública que transfira exclusivamente para o aparato policial a resposta ao problema. [...] O início do enfrentamento da elevação das taxas de crimes violentos deve estar na compreensão de que a polícia, isoladamente, não dará conta de responder com eficácia ao problema. Essa compreensão, no entanto, deve perpassar os governos, as polícias e também a sociedade. No que diz respeito aos governos há que se entender que segurança pública é assunto muito sério, devendo ser objeto de análise, em diferentes graus, nas diversas secretarias que o compõem. Isso implica dizer que o trato do problema não deve ficar exclusivamente sob a tutela das denominadas secretarias de segurança pública ou defesa social, mas sim deve receber atenção dos demais órgãos do governo (federal, estadual e municipal), haja vista tratar-se de tema transversal. Da mesma maneira, deve ficar claro para os governantes que a

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violência e a criminalidade não respeitam o calendário político, de modo que a atuação dos representantes políticos deve estar voltada para o bem-estar da sociedade e não excessivamente para a sua reeleição. As polícias, por sua vez, devem negar enfaticamente a exclusividade da solução do problema. As experiências acumuladas servem para ilustrar que todas as vezes que as forças policiais tentaram resolver sozinhas o problema da violência e da criminalidade acabaram por complicá-lo ainda mais. Essas experiências nos informam que a segurança pública extrapola, e muito, a atuação das forças policiais. Com isso, tentar responder as questões afeitas à segurança pública com ações exclusivas de polícia não só não irá resolver o problema (mesmo que em princípio possa parecer que essa solução é eficaz, num médio prazo a "ferida voltará a inflamar"), como poderá contribuir para sua "complexificação". É o chamado efeito perverso. Vale enfatizar, entretanto, que as forças policiais são parte integrante e importante da promoção da segurança pública, o que é muito diferente de se dizer que elas são a segurança pública. Se isto estiver muito claro para as forças policiais, poderemos afirmar que já não estamos mais na estaca zero.

Quanto à sociedade civil, vale afirmar que é preciso uma participação ativa nesse processo. Não dá mais para transmitir aos governos o monopólio da promoção dessa segurança. Uma possível acomodação da sociedade no sentido da não participação nesse processo pode-se traduzir, no limite, na sua condição última de vítima. É evidente que não se trata de os cidadãos exercerem as atividades afeitas às forças policiais (até porque é inerente a estas o uso da força, o que requer especialização e profissionalismo), antes pelo contrário, importante seria a efetivação de sua condição de cidadãos por meio de uma participação ativa nos rumos da segurança pública sob a qual se assenta.

Enfim, as pesquisas de opinião pública dão conta de que a promoção da segurança pública é uma das prioridades brasileiras. Nesse sentido, deve-se deixar claro que esta não deve mais ser vista sob o entendimento tradicional (segurança pública igual a forças policiais), uma vez que tal compreensão já trouxe enormes prejuízos aos cidadãos brasileiros, bem como às próprias forças policiais. Segurança pública, então, é resultado de ações conjuntamente articuladas entre os governos e a sociedade. Nenhum desses atores é capaz de executá-la eficazmente de maneira isolada. Segurança pública, portanto, implica formulação, monitoramento e avaliação articulados; em outras palavras, cooperação. 55. Página 983: Termo em destaque questão 596 "Da mesma forma, a elevação dessas taxas traz consigo uma resposta de conteúdo econômico que, no limite, tem forte repercussão no 'bolso' do mesmo cidadão." 56. Página 988: Termo em destaque no início do texto da questão 612 Poderíamos definir o amazonismo como um conjunto de ideias e de discursos, produzidos pelo imaginário ocidental sobre a Amazônia e as populações nativas, destinado a viabilizar interesses políticos e econômicos. Como espaço imaginado pelo Ocidente, o amazonismo partilha muitas características com o orientalismo. (...) 57. Página 988 e 989: Termos em destaque no texto da questão 613 As discussões sobre a liberdade assentam necessariamente e em princípio na negação de suas próprias bases possibilitadoras. Quero dizer que o único pressuposto histórico viável para que se possa instaurar a inteireza do entendimento da questão está na ausência de liberdade. Mas isso não no sentido preconizado por um Fichte que, sem estar totalmente desprovido de razão, jogava com a oposição entre o livre e o não-livre, no sentido de que a liberdade se faz a partir do elemento não- livre, da presença de um obstáculo sem o qual nem se poderia conceber o surgimento da liberdade. A tese de Fichte, entretanto, se move dentro do âmbito de uma teoria geral do exercício da liberdade, válida para todos os tempos e todos os lugares, enraizada na existência de um eu puro. Nosso ponto de partida é bem outro; claro que a

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educação para a liberdade deve pressupor a frequentação de elementos não-livres vistos como o solo em que medra o desenvolvimento da liberdade. Mas entendemos que a tese nada tem a ver com um suposto eu puro, pois ela se mostra essencialmente e antes de tudo em seu caráter histórico: não existe algo como uma liberdade constitutiva da natureza humana considerada em si mesma. Para nós, longe disso, a liberdade revela-se histórica de ponta a ponta, e já no sentido de que o homem em suas origens nada ostenta que poderia insinuar a presença da liberdade. Um eu puro - mas o que poderia ser isso? Não existe esse eu à espera de sua eclosão a ser provocada por coisas que lhe seriam totalmente estranhas, determinadas por uma exterioridade cega. Portanto, já nesse ponto de partida histórico, parece evidente que as origens situam-se em três níveis principais: um, de ordem propriamente biológica, a confundir-se em suas primícias com os enredos da evolução das espécies; já o segundo aferra-se aos contextos sociais, e a liberdade passa a ser o objetivo de uma longa e laboriosa conquista. Certamente cabe asseverar que aquele elemento biológico integra-se a seu modo nos processos de sociabilização política do homem. E é por aí que deve surgir também, em terceiro lugar, a lenta especificação das concordâncias psicológicas. Por tais caminhos, nem há liberdade, mas liberdades que se vão fazendo; não existe a história de uma liberdade única, e sim a grande diversidade, as histórias das liberdades, sempre no plural. 58. Página 990 e 991: Termos em destaque no texto da questão 617 A história dos países atrasados nos séculos XIX e XX é a história da tentativa de alcançar o mundo mais avançado por meio de sua imitação. Os japoneses do século XIX tomavam a Europa como modelo; os europeus ocidentais, depois da Segunda Guerra Mundial, imitavam a economia norte- americana. A experiência da Europa Central e Oriental no século XX é, genericamente falando, a de tentar atualizar-se mediante a sucessiva adoção e fracasso de vários modelos. Depois de 1918, quando a maioria dos países sucessores constituía-se de países novos, o modelo foi o da democracia e do liberalismo econômico do Ocidente. O presidente Wilson - a estação principal de Praga está batizada novamente com o seu nome?- era o santo padroeiro da região, menos para os bolcheviques, que seguiam seu próprio caminho. (Na verdade, também eles tinham modelos estrangeiros: Rathenau e Henry Ford.) Isso não funcionou. Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos. A Grande Depressão acabou destruindo a democracia multinacional até mesmo na Tchecoslováquia. 59. Página 1005 e 1006: Termos em destaque no texto da questão 655

A escola então era risonha e franca? Naquele ano de 1919, em Fortaleza, a nossa rua se chamava do Alagadiço: era

larguíssima, uma longa sucessão de chácaras com jardim à frente, imenso quintal atrás. (...) Do outro lado da rua, defronte ao poste do bonde, ficava a escola pública da Dona Maria José. (...) Nela estudava o meu tio Felipe, que era quase da minha idade. (...) E eu, que chegara um mês antes do Pará, tinha loucura pra frequentar a escola, mas ninguém consenso tia. Minha mãe e meu pai alimentavam ideias particulares a respeito de educação formal: desde que eu já sabia ler — aprendi sozinha pelos cinco anos — e tinha livros em casa, jornais, revistas (O Tico-Tico!), o resto ficava para mais tarde. Eu então fugia, atravessava o trilho para espiar a escola. Principalmente nos dias de sabatina, quando a meninada toda formava uma roda, cantando a tabuada, a professora com a palmatória na mão. Primeiro era em coro, seguido: "6+6, 12! 6+7, 13!" O mais difícil era a tabuada de multiplicar, principalmente nas casas de sete pra cima e entrando no salteado: "7x9, 56; 8x9, 72!" Aí a palmatória comia e os bolos eram dados pelo aluno que acertava, corrigindo o que errava. E eram aplicados na proporção do erro. Tabuada de sete a nove era fogo. O pior era um aluno grandalhão — iria pelos 14 anos — que não acertava nunca. Chegando a vez dele, a roda cantava: "8x7?" A roda esperava e ele gaguejava, ficava da cor de um pimentão e começava a chorar. Palmatória nele. Eu, que espionava da janela e já tinha aprendido a tabuada, de tanto ver sabatina, soprava de

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lá: "56!" Dona Maria José, se ouvia, levantava os olhos pra cima e até sorria. Mas o pobre nunca entendia o sopro. Uma vez caiu de joelhos. Mas não perdoavam: bolo nele! E no dia seguinte ele vinha pra aula de mão amarrada num pano, sempre sujo.

As pessoas são cruéis. Menino é muito cruel. Agora me lembrei que chamavam o coitado de Zé Grandão. Nunca deu pra nada, nem pra caixeiro de bodega — não conseguia anotar direito as compras no borrador. Ele mesmo, mais tarde, nos contou isso. (...)

Por isso me ficou a convicção, lá no fundo da alma: só se pode mesmo vencer na vida aprendendo tabuada de cor e salteado. Principalmente as casas altas de multiplicar. 60. Página 1007: Termos em destaque no texto da questão 653

Procura-se uma casa Admiro as pessoas que vivem a vida inteira na mesma casa. Tenho almejado isso

secretamente, mas por uma fatalidade estou sempre mudando. Quando me mudo para uma nova casa, tenho a sensação de que vou ficar ali pra sempre. E é nesse estado de espírito que vivo nas casas.

A casa precisa ser natural, cair bem, como um paletó cortado no alfaiate. Precisamos nos sentir bem dentro dela, ainda mais agora, que as autoridades admitiram a nossa cotidiana guerrinha civil.(...)

Estou de mudança. Mais uma vez, na minha vida, estou de mudança. A perspectiva da mudança causa em mim sentimentos indefinidos, uma mistura de medo, euforia, excitação, coragem. Há o sentimento de perda, claro, vou perder a minha vista para as ilhas, para as chuvas que vêm do infinito, para a imensidão oceânica, vou perder o meu jornaleiro, o Dinho, vou perder os meus porteiros a quem tanto me afeiçoei, o seu Jonas, que lava meu carro, o seu Expedito, o Pará, a escadaria que dá nas figueiras seculares, o barulho do vento, a serena ordem da minha biblioteca, o Corcovado, e tudo o que construí pra sempre agora naufraga no irremissível. Mas assim é a vida.

E tenho de decidir para onde me mudarei. Vou botar um anúncio no jornal: Procura-se uma casa com janelas, vizinhos discretos, clara e arejada, com sol da manhã no pé da cama, um sótão de onde se possa ver a lua em fevereiro (mas também em agosto e dezembro), e as estrelas por uma claraboia. Procura-se uma casa em que caibam os meus livros, tantos e tão poucos, as minhas velhas cadeiras de vime, os meus castiçais acesos, e vinhos, o meu silêncio e o meu amor, a minha insuportável queda para a felicidade, o tédio, a insatisfação e a melancolia. Uma casa com uma boa cozinha onde se possa conversar sussurrando com o homem amado, uma janela dando para o quintal, onde eu possa ver as crianças correndo, crescendo, e o tempo passando como sempre, inexorável e eterno. 61. Página 1012: Termos em destaque no texto da questão 666 O direito não se constrói sem enunciados e todos os enunciados são expressos por palavras. Sem palavra não existe ordem e antes do direito era o caos. Por outro lado, todo enunciado há de ser interpretado. Da Bíblia às determinações domésticas. Nessas condições, necessariamente, cabe ao juiz interpretar os enunciados das súmulas, sempre compostas por palavras cujo sentido, dentro do texto, pode não ser totalmente preciso para todos os casos. Diga-se a propósito que o Tribunal Superior do Trabalho produz enunciados com efeitos parecidos com os das súmulas vinculantes pretendidas, e nem por isso os juízes de primeira instância têm suas ações engessadas. Diga-se também que, mais do que a súmula vinculante, é a lei que engessa a ação do juiz, a aplicação da Justiça. 62. Página 1013: Termo em destaque questão 670 O mais completo retrato do Brasil já realizado por um artista está na obra oceânica do pintor Candido Portinari. Os mais importantes países do mundo gostariam de ter um artista como este, que tivesse fixado a sua alma. Nenhum outro pintor pintou mais um país do que Portinari

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pintou o seu. A sua obra enfrentou os assuntos mais significativos do país, da infância à vida rural, das mazelas sociais manifestadas nos retirantes nordestinos à saga histórica da formação da nacionalidade. Em cada um desses assuntos, a contribuição do artista tornou-se referência obrigatória. O mais conhecido pintor da história do país tornou-se para o público sinônimo de arte. Esta identificação de um artista com a própria essência de sua atividade é o maior reconhecimento público imaginável. 63. Página 1016: Termos em destaque no texto da questão 681 Pensar o corpo apenas como máquina - ou, no limite, a sua substituição por "máquinas inteligentes" - é o mesmo que ver sem perceber. A máquina funciona, o homem vive, isto é, estrutura seu mundo, seus valores e seu corpo. O que acontece quando se pensa que as máquinas são equivalentes a seres vivos? Um pensamento artificialista (segundo o qual é preciso tudo refazer pelo artifício humano) é levado até um ponto em que o próprio pensamento desaparece. Os cultores do artificialismo não distinguem, por exemplo, cérebro e mente. Ao desvendarem certos mecanismos do cérebro, pensam ter descoberto o segredo do pensamento. É certo que a vida mental é muito mais complexa. 64. Página 1016 e 1017: Termos em destaque no texto da questão 683 No final de 1865, d. Pedro II solicitou a José Antônio Pimenta Bueno, futuro visconde, depois marquês de São Vicente, que realizasse estudos preliminares e elaborasse propostas de ação legislativa visando à emancipação dos escravos. O trabalho de Pimenta Bueno seria depois discutido em sessões do Conselho de Estado pleno. O objetivo do esforço era dotar o governo de projeto de lei sobre emancipação a ser submetido à discussão e aprovação do Legislativo. Pimenta Bueno concluiu a tarefa em janeiro de 1866. Todavia, as dificuldades da guerra com o Paraguai e a resistência do chefe de gabinete na ocasião, o marquês de Olinda − escravocrata raivoso e empedernido −, fizeram com que o assunto fosse engavetado por alguns meses. Em meados de 1866, o interesse do imperador em promover o debate sobre o problema da escravidão recebeu novo alento com a correspondência enviada por uma prestigiosa sociedade abolicionista francesa, a Comité pour l'Abolition de l'Esclavage, solicitando-lhe que usasse o seu poder e influência para abolir a escravidão no Brasil. A resposta, assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, indicava que o novo gabinete liberal, liderado por Zacarias de Góes e Vasconcellos, estava pronto para promover a causa. A emancipação no Brasil parecia coisa decidida, sendo apenas questão de forma e oportunidade. A resposta enviada aos abolicionistas franceses surpreendeu políticos e grandes proprietários. Foi, na verdade, a moldura para os debates sobre o trabalho de Pimenta Bueno, então visconde de São Vicente, no Conselho de Estado, em abril de 1867. Os conselheiros estavam numa situação delicada. Confrontados com a determinação do imperador em fazer caminhar o problema da emancipação, ficavam talvez inibidos em opor resistência decidida à iniciativa, por mais que esta fosse de encontro às suas convicções mais íntimas. O resultado dessa tensão entre conveniência política e convicções escravocratas foi a formulação, por parte da maioria dos conselheiros, de argumentos sibilinos destinados a concordar com o imperador em que a emancipação era questão decidida, ao mesmo tempo que sustentavam a opinião de que nada devia ser feito sobre o assunto. 65. Página 1019: Termos em destaque questão 687 I. Embora tenham significados distintos, as palavras futuro e então remetem a um mesmo período da vida de Pimenta Bueno. II. A depender da articulação entre o termo destacado em o seu poder e influência e outras partes da frase, são possíveis duas leituras.

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III. Está correta a grafia da palavra destacada em sessões do Conselho de Estado pleno, assim como o está a destacada em "Você encontrará os dados na segunda secção do primeiro capítulo". 66. Página 1019: Termos em destaque questão 688 (A) Em A resposta enviada aos abolicionistas franceses surpreendeu políticos e grandes proprietários, a substituição do segmento destacado por "surpreendeu a eles, políticos e grandes proprietários" preserva a correção original. (B) O segmento Confrontados com a determinação do imperador em fazer caminhar o problema da emancipação não admite outro entendimento que não seja o de expressar ideia de tempo. (C) Em Confrontados com a determinação do imperador em fazer caminhar o problema da emancipação, a substituição do segmento destacado por "emancipatório" preserva a correção e o sentido originais. (D) O verbo opor, presente no texto, estaria corretamente empregado na frase "Se o líder da oposição se oposse à proposta, ela nem chegaria a ser discutida no senado". (E) Outra redação para foi a formulação por parte da maioria dos conselheiros, de argumentos sibilinos destinados a concordar com o imperador em que a emancipação era questão decidida, igualmente clara e correta, é: "foi a formulação da maioria dos conselheiros de argumentos sibilinos afim de concordar com o imperador que a emancipação era questão decidida". 67. Página 1019 e 1020: Termos em destaque no texto da questão 692

Desespero de causa

As manifestações que deslancharam a Primavera Árabe tiveram início num ato isolado de desespero. Em dezembro de 2010, o tunisiano Mohamed Bouazizi ateou fogo ao corpo e desencadeou uma revolta contra a situação econômica em seu país, onde o desemprego afligia um quarto da população.

Tendem ao simplismo, como se sabe, as explicações puramente econômicas para eventos sociais. São ainda menos consistentes as tentativas de atribuir um motivo genérico e unilateral a reações eminentemente complexas, como as que atravessam a psicologia e a história peculiar a cada indivíduo.

Contra o pano de fundo do desemprego estrutural, o ato de desespero do jovem tunisiano surgiu após os violentos achaques da polícia, aos quais ele era submetido por tentar a sobrevivência como vendedor ambulante sem licença.

Autoritarismo, repressão, conflitos religiosos e economia misturaram-se naquele momento, e seria incerto transferir esse quadro específico para os países europeus, por exemplo, onde a crise tem determinado índices similares de desemprego, e ainda mais elevados entre os jovens.

O desespero, entretanto, não é menor no mundo desenvolvido e produz efeitos equivalentes, no plano individual, aos que se abateram sobre o ambulante da Tunísia. (...)

Não é apenas a privação econômica, certamente grave, mas ainda assim amenizada por décadas de progresso social, o que se abate sobre largas parcelas da população nos países desenvolvidos.

A ausência de perspectivas, especialmente entre os mais jovens, propicia uma sensação psicológica em que o indivíduo se vê como que dispensado de prosseguir numa vida útil, diante de um mecanismo impessoal e cego, que a esfera política só aparentemente se acha em condições de administrar.

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Talvez seja exagero prever uma "Primavera Europeia" em países como Espanha, Grécia e Portugal, caso ali persistam os atuais índices de desemprego. É inegável, entretanto, que pouco se tem feito para dissipar tamanho surto de aflições. 68. Página 1024: Termos em destaque no texto da questão 697

No tempo de Lavinia Fontana, na efervescência da Bolonha do século XVI, uma pintura, fosse um retrato ou uma cena, fosse religiosa ou alegórica, histórica ou privada, era criada com a intenção de ser lida. Essa era uma característica inerente e essencial do ato estético: a possibilidade, por meio de um vocabulário compartilhado, da comunicação entre o ponto de vista do artista e o ponto de vista do público. Um quadro podia ser venerado pela sua arte ou seu conteúdo, mas acima da veneração estava a promessa de algo a ser aprendido ou pelo menos reconhecido. Ainda no século VI, o papa Gregório, o Grande, havia declarado:

"Uma coisa é adorar um quadro, outra é aprender em profundidade, por meio dos quadros, uma história venerável. Pois aquilo que a escrita torna presente para o leitor as pinturas tornam presente para os iletrados, para aqueles que só percebem visualmente, porque nas imagens os ignorantes veem a história que devem seguir, e aqueles que não conhecem o alfabeto descobrem que podem, de certa maneira, ler. Portanto, especialmente para o povo comum, as pinturas são o equivalente da leitura".

[...] na nossa época, quando as imagens ganham novamente proeminência sobre a palavra escrita, falta-nos esse vocabulário visual compartilhado. Temos permitido que a propaganda e a mídia eletrônica privilegiem a imagem para transmitir informações instantaneamente ao maior número de pessoas; esquecemos que a própria velocidade as converte na ferramenta ideal de comunicação para toda sorte de propaganda, porque, manipuladas pela mídia, essas imagens não nos dão tempo para uma crítica ou reflexão pausada. "Adoramos as imagens", mas não "aprendemos em profundidade, por meio delas". Superficialmente, temos em comum certas imagens básicas – de eficiência e lucro, de sexualidade e satisfação -, cada uma com seu lugar-comum nas propagandas completamente banais para a Ralph Lauren ou a Volvo, ou para o Homem de Marlboro, com sua tendência ao câncer. Um carro comumente significa sucesso, um cigarro, auto-afirmação; as praias oferecem um paraíso perdido, e as roupas de um estilista definem a identidade. Mas a leitura de imagens mais antigas e mais sábias nos escapa. Falta-nos uma linguagem comum, que seja profunda e significativamente rica. Vivemos, mais uma vez, na Torre de Babel inacabada. 69. Página 1025: Termo em destaque questão 699 (A) em No tempo de Lavinia Fontana, na efervescência da Bolonha do século XVI, a unidade destacada reduz a amplitude temporal referida na unidade anterior. (B) no início do texto, a caracterização de pintura, por segmentos introduzidos pela forma verbal fosse, exprime as condições que determinariam a intenção da obra de ser lida. (C) na frase iniciada por Pois, o paralelismo é instaurado pela correlação entre aquilo e pinturas. (D) o específico contexto do segmento as pinturas tornam presente para os iletrados, para aqueles que só percebem visualmente evidencia que a vírgula equivale à conjunção e. (E) no final do primeiro parágrafo, a analogia estabelecida por meio da expressão de certa maneira baseia-se na compreensão de ler como "ter acesso a informação através do código linguístico". 70. Página 1026: Termo em destaque questão 700 (A) os travessões sinalizam que as imagens citadas são referidas à margem do discurso principal porque são consideradas de importância menor no processo de argumentação instituído no texto.

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ERRATA REVISAÇO PORTUGUÊS Autora: Duda Nogueira

TIRAGEM de outubro 2014: atualizada e revisada.

(B) o comentário com sua tendência ao câncer, fruto do exame da relação entre o objeto anunciado e suas consequências, pode ser entendido como evidência de que o autor não padece dos efeitos da citada falta de tempo contemporânea. (C) o emprego de completamente evidencia que qualquer propaganda veiculada pela mídia é totalmente banal. (D) as expressões de eficiência e lucro e de sexualidade e satisfação não se apresentam, uma em relação à outra, estruturadas de maneira harmônica. (E) a expressão lugar-comum está empregada no singular, e, se fosse empregada no plural, a correção exigiria o uso da forma "lugares-comum". 71. Página 1045: Termo em destaque questão 734 Dado o contexto, é correto afirmar que, na frase (A) Outra compensação encontrava eu (...) (1º parágrafo), o elemento sublinhado indica uma

alternativa que exclui a compensação já mencionada.

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