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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE UNIVALE AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE PARA A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL Walter de Oliveira Carla França Barroso Maria aparecida de Assis Coelho Robert Martins de Carvalho Pós Graduação MBA Gestão Integrada da Qualidade GOVERNADOR VALADARES OUTUBRO DE 2008

AVALIA O DOS PAR METROS DE SATISFA O DO CLIENTE … · Projeto de conclusão apresentado ao curso de MBA GESTÃO INTEGRADA DA QUALIDADE da UNIVALE como quesito parcial para obtenção

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE

AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE

SATISFAÇÃO DO CLIENTE PARA A GESTÃO

DA QUALIDADE TOTAL

Walter de Oliveira

Carla França Barroso

Maria aparecida de Assis Coelho

Robert Martins de Carvalho

Pós Graduação MBA Gestão Integrada da Qualidade

GOVERNADOR VALADARES

OUTUBRO DE 2008

1

AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE

SATISFAÇÃO DO CLIENTE PARA A GESTÃO

DA QUALIDADE TOTAL

Projeto de conclusão apresentado ao

curso de MBA GESTÃO INTEGRADA DA

QUALIDADE da UNIVALE como quesito

parcial para obtenção do grau de Pós

Graduação.

Professora Orientadora: Jaqueline M. C.

Vasconcelos

GOVERNADOR VALADARES.

OUTUBRO DE 2008

2

Sumário

1.0 - Introdução..................................................................................................08

1.1 - Justificativa................................................................................................10

1.2 - Objetivo Geral............................................................................................11

1.3 - Objetivos Específicos................................................................................11

2.0 - Revisão Bibliográfica................................................................................12

2.1 - O Cliente....................................................................................................12

2.2 - Satisfação do Cliente.................................................................................13

2.3 - Necessidades dos Clientes ......................................................................14

2.4 - Atividades ofertadas ao cliente..................................................................15

2.5 - Evolução dos Serviços e o Foco no Cliente..............................................15

2.6 - Princípios para serviço de qualidade........................................................16

2.7 - Satisfação do Cliente Segundo a Ótica do Marketing...............................17

2.8 - Satisfação do Cliente Segundo a Ótica da Qualidade Total......................17

2.9 - Qualidade percebida de satisfação do cliente...........................................18

2.10 - Fidelidade................................................................................................19

3.0 - Metodologia...............................................................................................20

3.1 - Amostragem..............................................................................................20

3.2 - Parâmetros aceitáveis dos dados de satisfação do cliente.......................21

4.0 - Coleta de dados.........................................................................................22

4.1 - Fase qualitativa da pesquisa de satisfação ao cliente...............................22

4.2 - Fase quantitativa descritiva.......................................................................22

5.0 - Apresentação dos resultados....................................................................24

5.1 - Laboratório Som Lab (Março – Abril – Maio)............................................24

5.2 - Laboratório Pasteur (Março – Abril – Maio)...............................................25

5.3 - Laboratório Serviço de Patologia Clinica (Março – Abril – Maio).............26

6.0 - Tratamento dos dados............ ..................................................................27

7.0 - Discussão..................................................................................................28

7.1 - Analise do cliente na pesquisa de satisfação............................................29

8.0 - Recomendações para trabalhos futuros....................................................30

9.0 - Considerações finais.................................................................................31

3

9.1 - Conclusão..................................................................................................32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................33

4

TABELAS E GRÁFICOS

Tabela 1: Qualidade percebida de satisfação do cliente..................................18

Tabela 2: Formulário de opiniões.....................................................................20

Tabela 3: Parâmetros aceitáveis de satisfação por grupo de indicadores.......21

Gráfico 1: Parâmetros aceitáveis para satisfação do cliente.............................21

Tabela 4: Laboratório Som Lab (Março – Abril – Maio)...................................24

Gráfico 2: Índices de satisfação dos clientes (Laboratório Som Lab)................24

Tabela 5: Laboratório Pasteur ( Março – Abril – Maio).....................................25

Gráfico 3 :Índices de satisfação dos clientes (Laboratório Pasteur).................25

Tabela 6: Laboratório Serviço de Patologia Clínica (Março - Abril - Maio)......26

Gráfico 4:Índices de satisfação dos clientes (Laboratório Serviço de patologia

Clínica)...............................................................................................................26

5

RESUMO O presente trabalho aborda a satisfação de clientes inserida em um contexto

de serviços na área da saúde em três laboratórios de analises clínicas. A

discussão é fundamentada no resgate conceitual da satisfação, considerando a

qualidade percebida como um de seus antecedentes, contemplando as

expectativas e percepções dos clientes, e vislumbrando a retenção e a

lealdade de clientes como resultados possíveis para aumentar a fidelidade do

mesmo.

Para atribuir uma dimensão teórico-empírica ao estudo, direcionou-se a

pesquisa à realidade da própria satisfação do cliente com a identificação dos

principais atributos dos serviços que compõem a avaliação da satisfação dos

atributos que possam gerar melhores resultados no futuro.

6

ABSTRACT

This paper discusses the satisfaction of clients placed in context of services in

health in three laboratories, medical tests.

The discussion is based on the concept of redemption satisfaction, considering

the quality perceived as one of its antecedents, including the expectations and

perceptions of customers, and seeing the retention and loyalty of customers as

possible results to increase the fidelity of it.

To assign a dimension to the theoretical and empirical study, directed to

research the reality of their customer's satisfaction with the identification of the

key attributes of services that make the evaluation of customer satisfaction and

attributes that can generate better results in the future.

7

Dedicatória

Primeiramente a Deus, por nossa vida. Esta que recebe de presente e

somos responsáveis por estar sempre conosco, nos dando força e coragem

para seguir em frente.

À nossa orientadora e professora Jaqueline M. C. de Vasconcelos, por

sua paciência, dedicação e pela pessoa amiga. Pois a partir deste momento

passou a fazer parte de nossa vivência.

As amizades que fizemos durante todo o curso. Eles assim como nos

estávamos ali em busca de conhecimentos que pudessem acrescentar nas

nossas vidas.

Aos professores que proporcionaram este acréscimo, demonstrando

sempre confiança em nós e em nosso trabalho.

A todos que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento

deste trabalho e estiveram presentes nessa etapa de nossas vidas.

8

1.0 - INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, quando se analisa o conteúdo de qualquer revista,

periódico ou jornal de negócios, um ponto comum chama a atenção: o discurso

dos executivos e das diversas organizações, de diversos portes e

características. Eles, em sua maioria, mostram suas empresas como adotando

uma orientação para o cliente, em que este aparece como o centro das

atenções. Todas as empresas querem seus clientes satisfeitos, pois, em

princípio, cliente satisfeito significa cliente fiel e cliente fiel significa lucro: e

afirmam os teóricos que o lucro aumenta com o tempo, à medida que os

clientes se tornam mais fiéis (Benevello, et.al. 1999).

Assim as empresas podem aumentar em 100% seus lucros se retiverem

apenas 5% a mais de seus clientes em um ano. Além disso, um consumidor

leal consome cada vez mais ao longo do tempo, sem necessidade de

investimentos agressivos em comunicação mercadológica. Desta maneira, sob

o ponto de vista da lucratividade, a manutenção dos clientes é um item que não

pode ser relegado a segundo plano (Benevello, et.al. 1999).

Visando avaliar as razões da perda de clientes, a baixa qualidade dos

serviços foi apontada como razão preponderante, enquanto a busca por

produto mais barato encontra-se em segundo plano. Além disso, verifica-se

que a atenção pessoal representa 50% do atendimento de baixa qualidade

(Benevello, et.al. 1999).

Ao perder um cliente, geralmente não se perde somente uma venda,

mas potencialmente uma vida inteira de vendas. Considerando que pode ser

muito dispendioso conquistar um cliente por meio de propaganda e outros

custos de marketing, possivelmente represente uma surpresa o fato de

algumas empresas o tratarem com tanta negligência. O mesmo acontece com

o conceito de Qualidade Total, quando o objetivo maior da garantia da

satisfação dos clientes, que povoa tão insistentemente os discursos, não

corresponde às suas expectativas e comprometimento dentro da empresa

(Godoy, 2005).

O aumento das exigências dos clientes e o acirramento da competição

são duas importantes questões que determinam a necessidade das empresas

de serviços procurarem melhorar a qualidade dos serviços prestados. Os

9

serviços de qualidade contribuem para a economia de outros custos, como o

de refazer um trabalho, o custo de consertar ou substituir, e o simples custo de

administrar as queixas que não seriam feitas se a empresa praticasse a

entrega do serviço de qualidade (Godoy, 2005).

As empresas que pretendem continuar no mercado devem repensar

suas velhas práticas de comercialização e estratégias de marketing, e

considerar que dentre os principais conceitos que devem orientar os programas

de marketing estão: investir em serviço e diálogo e conhecimentos científicos,

para garantir a fidelidade à marca; conhecer o cliente melhor que qualquer

pessoa; e fazer com que os sistemas de conhecimentos penetrem na

organização (Godoy, 2005).

A conceituação e a medição da qualidade de serviços é mais difícil que

a de produtos tangíveis, pois os serviços são basicamente intangíveis e

constituem processos vivenciados bem subjetivamente, onde a produção e

consumo acontecem simultaneamente. Além disso, ocorre uma série de

contatos tipo hora da verdade entre o cliente e o prestador do serviço, que

determinam um impacto crítico sobre o serviço percebido (Gianesi, et.al.1996).

Considera-se o nível da qualidade total percebido pelo cliente através

das dimensões da qualidade experimentada e da qualidade esperada. As

dimensões da qualidade técnica (o que) e da qualidade funcional (como) que

estão nas mentes dos clientes são determinantes para a qualidade

experimentada. Assim pode-se afirmar que a imagem tem um papel central na

percepção do cliente sobre a qualidade do serviço. Já, as comunicações com o

mercado, a comunicação boca a boca, e as necessidades do consumidor

exercem um impacto importante na qualidade esperada do serviço. (Gianesi,

et.al.1996).

Visando melhorias na qualidade, as pesquisas teóricas estão

interessadas na conceitualização e compreensão do processo de formação da

satisfação e as pesquisas práticas empresariais estão mais preocupadas com

a mensuração dos níveis de satisfação (Gianesi, et.al.1996).

Assim, pode-se dizer que a pesquisa de satisfação de clientes está

intimamente ligada aos processos de qualidade, que fortalecem a

competitividade das empresas, e insere-se entre os pré-requisitos que

sustentam ações eficazes de marketing (Gordon, 1998).

10

1.1 - JUSTIFICATIVA

O tema escolhido deveu-se à curiosidade científica natural quanto à

percepção dos clientes do mercado de laboratórios de análises clínicas de

Governador Valadares. Uma vez, que todos utilizam da pesquisa de satisfação

do cliente como peça fundamental para determinação da qualidade total.

Outro ponto foi a idéia de unir conhecimentos científicos adquiridos

durante a pós-graduação e dados estatísticos adquiridos durante um período

determinado em um laboratório de análises clínicas para desvendar o

paradigma que o cliente deve ser o centro de todas as atenções de qualquer

empresa.

11

1.2 - OBJETIVO GERAL

Avaliar, por confrontação, a prática do uso da pesquisa de satisfação

dos clientes em três laboratórios de análises clínicas que atuam em

Governador Valadares.

1.3 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar a visão da satisfação do cliente sob a ótica das teorias

da Qualidade Total.

• Apresentar parâmetro para avaliar a satisfação do cliente.

• Demonstrar a pesquisa para determinação da satisfação do cliente em

três laboratórios de análises clínicas de Governador Valadares.

• Identificar a importância da pesquisa para o crescimento da qualidade

no atendimento dos clientes.

• Buscar idéias para novos estudos na busca da satisfação do cliente na

área de laboratórios de análises clínicas.

12

2.0 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 - O Cliente

No mundo atual, e, mais especificamente, no mundo dos negócios, a

necessidade de mitos, que até muito pouco tempo parecia não existir, veio à

tona com a orientação surgida no pós-guerra, capitaneada pelo surgimento do

marketing e da gestão da qualidade. Os homens de negócio precisavam de

mitos, precisavam de uma força que os animasse e que ele precisasse agradar

para que houvesse “caça abundante”. E qual seria este mito, essa entidade

que mobilizaria os homens de negócio? Acredita-se que dessa procura tenha

surgido a figura do cliente, que veio a substituir o antigo “freguês”. Cliente era

muito mais “chique”, mais interessante para as empresas, pois freguês era um

nome muito atrelado a feiras, vendas, lojas populares do interior, coisa de

segunda classe. Mas, o que é um “cliente”? Uma conceituação muito simples e,

portanto, interessante (Araújo, 1998).

Clientes são todos aqueles que adquirem e fazem uso dos produtos das

empresas. De acordo com esse conceito pode-se inferir, então, que todos os

indivíduos e empresas que consomem produtos e serviços oferecidos por

qualquer organização podem ser considerados clientes. Esta visão dos dias de

hoje, provavelmente não seja a mesma visão de cliente que se tinha no pós-

guerra, quando os americanos começaram a dominar o mundo e os japoneses

tiveram que se organizar para reconstruir um país em frangalhos. A visão de

cliente, àquela época, talvez devesse ser uma visão mais honesta, onde a

vontade de satisfazer necessidades, expectativas e anseios de pessoas

realmente estivesse presente (Araújo, 1998).

O fato é que as filosofias de Marketing e Qualidade Total apresentavam-

se ao mundo com o mesmo princípio: a satisfação plena das necessidades,

anseios e expectativas das pessoas. Marketing, portanto, só se justificava se,

antes de se produzir qualquer bem ou serviço, se fosse ao mercado,

descobrisse o que o mercado queria, a nível de preço e em que condições, e,

só então, se elaborasse esse bem o serviço dentro da premissa maior de que

ele realmente satisfaria as necessidades, pois, quem os solicitou foi o público.

Depois do bem ou serviço colocado à disposição desse público, havia que

13

cuidar para que ele realmente gostasse do que lhe foi oferecido e, a partir daí,

permanecesse fiel a quem produziu e ofertou o bem ou serviço ao mercado. Do

mesmo modo, Qualidade Total só se justificava se seu princípio maior fosse

levado em conta: desenvolver bens ou serviços com uma qualidade intrínseca

percebida pelo público-alvo, que agregasse valor ao que ele adquiria, com

vantagens não só para a empresa, mas também para esse público (Gonzaga,

2000).

Acontece que, a partir do princípio comum das duas filosofias, parece

que um oportunismo sem fronteiras tomou conta do mundo: o lucro, que é a

mola-mestra do capitalismo, parece ter se sobressaído a esse princípio, e daí

parece ter começado toda a confusão: os empresários incorporaram o discurso

do Marketing e da Qualidade, mas adotaram uma postura prática de finanças.

É certo que a exigência do lucro sempre estava presente em ambas as

filosofias, mas sua evolução não se manteve segundo os preceitos iniciais

(Gonzaga, 2000).

A redução de custos de produção, condição importante para a

Qualidade, virou sinônimo de corte de pessoal nas empresas. Esqueceram-se

os empresários que há outras formas inteligentes de redução de custos e que,

a partir de um bom controle de desperdício, que os especialistas em Qualidade

Total têm condições de fazer muito bem, pode-se obter reduções significativas

de custos (Marchetti, et.al. 2001).

2.2 - Satisfação do Cliente

A satisfação é algo que está ligado à qualidade do produto que se

oferece e no tipo de serviço que se presta. E só quem percebe qualidade é

quem consome o produto ou serviço. Em outras palavras, não adianta uma

empresa ter produtos ou serviços com excelente qualidade do ponto de vista

técnico, se, ao serem oferecidos ao mercado, o público-alvo não perceber essa

qualidade. Da mesma forma, não adianta desenvolver produtos e serviços com

base apenas na sensibilidade de seus criadores. Mesmo podendo dar certo em

algumas situações, na maioria delas essa regra não funciona. Para satisfazer

necessidades, anseios e expectativas de clientes, a primeira condição é que se

14

conheçam essas necessidades, anseios e expectativas. Só haverá satisfação

do cliente se ele perceber que a empresa empenhou-se de fato em descobrir o

que ele necessitava e desenvolveu para ele o produto ou serviço adequado

(Benevello, et.al. 1999).

Um cuidado importante que deve ser tomado é quanto à percepção do

cliente com relação à empresa, se o produto que ela oferece não satisfazem as

suas necessidades ou, mesmo, quando, ao oferecer um serviço, ela não o faz

de modo adequado. Alem disso, os clientes prestam mais atenção ao

desempenho da companhia quando algo dá errado do que quando tudo

funciona bem (Benevello, et.al. 1999).

2.3 - Necessidades dos Clientes

A necessidade do cliente esta baseada na necessidade humana de

alcançar o reconhecimento, ou de ter prestígio, privilégios favorável nas

atividades comerciais. Os fornecedores dão ao cliente o prestígio e a estatura

quando assinam unilateralmente recursos destinados a compreender e

antecipar as forças de mudança que afetam o desenvolvimento do serviço

prestado (Campos, 1992).

O indivíduo que se sente realizado tem a convicção interna de

excelência e domínio no que faz. A relação com o cliente realizado chega a um

estado de excelência que é descrito como uma verdadeira sociedade. O cliente

converteu o fornecedor em um participante completo e abriu de uma conduta

específica e de longo prazo com que realiza sua atividade (Gianesi, et.al.1996).

15

2.4 - Atividades ofertadas ao cliente

• Qualidade do serviço. • Uniformidade do produto. • Entrega correta. • Política de preços. • Credibilidade para escutar. • Flexibilidade na negociação. • Continuidade no processo. • Tempo de resposta à política de preços. • Segurança do produto. • Práticas de crédito. • Direito a reclamações. • Relações pessoais. • Conhecimento do produto. • Informação do cliente. • Manejo das entregas demoradas (Perin, et.al. 2006).

2.5 - Evolução dos Serviços e o Foco no Cliente

Uma sociedade voltada para serviços é bastante diferente daquela

voltada para a produção. Embora os serviços venham despontando como o

setor que mais cresce na economia mundial, somente muito recentemente as

empresas passou a perceber que, para sobreviver numa economia globalizada,

têm que se preocupar com a qualidade do serviço prestado(Macedo, 1999).

Até o final dos anos 80, ao se pensar em qualidade fazia-se uma grande

diferenciação entre qualidade de produtos e qualidade de serviços. Como o

importante era o produto físico, a maior parte das teorias da qualidade

preocupavam-se em melhorar os processos de fabricação. A concorrência

obrigava os empresários a fazer e vender seus produtos. O novo paradigma

econômico, que fez surgir uma estrutura de serviços, surpreendeu os teóricos,

os acadêmicos, os autores doutores em qualidade e até os empresários. Não

estavam preparados para discutir qualidade olhando a experiência subjetiva do

cliente(Macedo, 1999).

À medida que se aproximava o Século XXI, ficava bastante evidente que

a distinção até então feita entre produtos e serviços tornava-se obsoleta. O que

existe é valor total para o cliente, pois a combinação dos tangíveis e intangíveis

16

experimentados pelo cliente nos vários momentos da verdade é que compõem

sua percepção de transacionar com uma organização (Macedo, 1999).

Como o poder do cliente era agora valorizado, tornava-se imprescindível

que um sistema de qualidade em serviço, tendo como foco o cliente,

englobasse tanto o valor objetivo como o subjetivo. Nos dias atuais, o cliente já

não aceita passivamente um tipo de serviço e produto imposto pela empresa.

Exige aquilo pelo qual está disposto a pagar e que esteja de acordo com seus

próprios padrões de qualidade (Macedo, 1999).

É importante ressaltar que o serviço, pelo fato de lidar direta ou

indiretamente com o ser humano, fazendo-o participar das etapas do processo,

torna-se bastante imprevisível, sendo difícil o estabelecimento de normas

gerenciais. É diferente do processo de produção de bens, efetivado por uma

rotina que, mesmo com a participação do homem, pode ser planejada,

acompanhada, supervisionada e avaliada (Araújo, 1998).

2.6 - Princípios para serviço de qualidade

• Ter visão gerencial;

• Estabelecer um nicho estratégico;

• Contar com o apoio da alta administração;

• Entender o negócio;

• Aplicar os fundamentos operacionais;

• Entender, respeitar e monitorar o cliente;

• Usar tecnologia apropriada;

• Inovar sempre;

• Contratar pessoas certas;

• Fornecer treinamento com base no perfil;

• Definir padrões, medir desempenho e agir;

• Estabelecer incentivos;

• Necessidade de ação gerencial;

• Necessidade de abordar os serviços de forma sistemática;

• Necessidade de contar com as pessoas certas nas posições-chave

(Barbetta, 1998).

17

2.7 - Satisfação do Cliente Segundo a Ótica do Mark eting

Discute-se o modo como os consumidores fazem suas escolhas,

acreditando que estimam qual oferta lhes entregará maior valor. Assim são

limitados pelos custos, conhecimento, mobilidade e renda. Formam uma

expectativa de valor e agem sobre ela. Sua satisfação e probabilidade de

recompra depende dessa expectativa de valor ser ou não superada

(Alencastro, et.al. 1999).

Kotler (1998) afirma que as empresas visam a satisfação porque os

consumidores que estiverem apenas satisfeitos estarão dispostos a mudar

quando surgir uma oferta melhor, enquanto que os que estiverem plenamente

satisfeitos estarão menos aptos a mudar. Diz ele que a alta satisfação ou o

encanto cria afinidade emocional com a marca, não apenas preferência

racional. A plena satisfação, portanto, sob essa ótica, leva à alta lealdade do

consumidor (Alencastro, et.al. 1999).

2.8 - Satisfação do Cliente Segundo a Ótica da Qual idade Total

Segundo a ótica da Qualidade Total a satisfação dos clientes pode ser

vista pelo estado de aceitação positiva com determinada situação, através do

atendimento aos requisitos da qualidade esperados ou acordados com os

clientes e pela reação do usuário que recebe produtos ou serviços visivelmente

superiores a quaisquer outros no mercado (Gianesi, et.al.1996).

É visto que sob essa ótica, mais do que simplesmente satisfazer

expectativas, a empresa deve antecipar-se às necessidades, expectativas e

anseios do cliente. Aparece então o conceito de encantar o cliente e

surpreender positivamente, excedendo suas expectativas no atendimento, no

fornecimento e na qualidade dos produtos fornecidos ou serviços prestados

(Gianesi, et.al.1996).

Esse conceito, muitas vezes mal interpretado, pode levar a uma

distorção do que se pretende a partir dele. Com efeito, é comum ver-se

dirigentes de diversas organizações, em especial de empresas de produtos e

serviços de alta tecnologia, afirmarem que seus clientes não sabem o que

18

querem.Tal afirmativa pode funcionar como uma espécie de “válvula de

escape” para aqueles que não se dispõem em investir em pesquisas para

saber o que os clientes querem e esperam (Gianesi, et.al.1996).

O que acontece na prática, em função dessa aparente ignorância do

cliente, é que muitos produtos e serviços lhe são como que empurrados,

respaldados pelo tal encantamento. Os dirigentes tomam suas decisões e

vêem o que acontece. Se os clientes reclamam, eles muitas vezes

desconsideram as reclamações reforçando o “desconhecimento” do cliente

quanto às suas próprias necessidades, expectativas e anseios, ou, em outras

palavras, admitindo cinicamente que os clientes são ignorantes. Se os clientes

não reclamam, por mera omissão, preguiça ou descrédito na organização, os

dirigentes alardeiam aos quatro cantos que “encantaram seus clientes (Rossi,

1997).

2.9 - Qualidade percebida de satisfação do cliente

Tabela nº. 1 Qualidade percebida de satisfação do cliente QUALIDADE PERCEBIDA SATISFAÇÁO DO

CONSUMIDOR CONSENSOS

Apóia-se nos paradigmas da desconformidade.

Apóia-se nos paradigmas da desconformidade.

Corresponde a uma avaliação global de longo prazo (similar a uma atitude).

Refere-se ao julgamento temporário de uma transação especifica derivado da surpresa inerente de uma aquisição ou experiência de consumo.

Pode ser percebida sem a ocorrência da experiência de uso de um serviço.

E determinada apenas através da experiência do uso de serviço.

Resulta da comparação de serviços percebido com o serviço desejado

Resulta da comparação do serviço pretendido com o serviço percebido.

DIVERGÊNCIAS

Incremento da qualidade de serviço resulta em maior satisfação do consumidor

Acumulo das transações especificas ao conduz a formação de uma atitude global, sugerido que a causalidade seja satisfação do consumidor para a qualidade do serviço.

Fonte (Barbetta, 1998).

19

2.10 - Fidelidade

Definiu fidelidade como sendo as compras e prestações de serviços não

aleatórias feitas ao longo do tempo por alguma unidade de tomada de

decisões. Sendo assim o cliente tem uma tendência específica em relação

àquilo que compra e de quem compra. Além disso, o termo fidelidade denota

uma condição relativamente duradoura e exige que a ação de comprar ocorra

no mínimo duas vezes (Andrade,1999).

A definição de cliente fiel para pode ser entendida como aquele que:

• Realiza compras regulares e repetidas

• Compra as diversas linhas de produtos e serviços

• Recomenda os produtos e serviços a outras pessoas

• Mostra-se imune aos apelos da concorrência

• Tão importante quanto atrair clientes ou até mesmo de maior valia, é

fidelizá-los (Andrade,1999).

A empresa quando perde um cliente perde todo o lucro que teria com as

compras e serviços prestados no futuro com o qual já teve custos para

conquistar (Andrade,1999).

20

3.0 - METODOLOGIA 3.1 - Amostragem Os dados serão obtidos por meio de preenchimento de formulário

definido como pesquisa de satisfação do cliente realizadas diariamente e

avaliadas mensalmente por um período de três meses.

Tabela nº. 2 Formulário de opiniões

Tipo: FFFOOORRRMMMUUULLLÁÁÁRRRIIIOOO Código: Form. 20

Título: SSSUUUAAA OOOPPPIIINNNIIIÃÃÃOOO

S u a o p i n i ã o

Versão: v.1 Fase: Minuta Paginação: 20 / 1

FR.20 – Pesquisa de Satisfação de Cliente Data: ___/___/_____ Convênio:____________

Setor Quesitos Qualidade

Superando Expectativa

Ótimo Bom Regular Ruim

Tempo de espera para ser atendido ☺ ☺ � � � Agilidade no atendimento ☺ ☺ � � �

Recepção Cordialidade no atendimento ☺ ☺ � � � Tempo de espera para ser atendido ☺ ☺ � � � Cordialidade do colhedor ☺ ☺ � � � Habilidade do atendimento ☺ ☺ � � � Apresentação do local / colhedor ☺ ☺ � � �

Coleta Agilidade do colhedor ☺ ☺ � � �

Compromisso com data e hora de entrega

☺ ☺ � � �

Secretaria Cordialidade do atendente ☺ ☺ � � �

Se você já utilizou nosso atendimento telefônico, como avalia? Você recomendaria o Laboratório Serviço de Patologia Clinica para outras pessoas? ( ) sim ( ) não Quem lhe indicou o Laboratório Serviço de Patologia Clinica ? ( ) Propaganda ( ) Médico ( ) Parente ( ) Outro Dê sua sugestão para a melhoria de nossos serviços: Caso você deseja receber um retorno, favor informar:

Nome: _____________________________________________ _________________

Telefone: ( ____ ) ____________________ e -mail: __ _________________________

Fonte (Serviço de Patologia Clinica)

21

3.2 - Parâmetros aceitáveis dos dados de satisfaçã o do cliente

Tabela nº. 3: Parâmetros aceitáveis de satisfação por grupo de indicadores.

GRUPOS NÍVEIS DE SATISFAÇÃO Tempo de espera para ser atendido

< 70% 70% A 80% 81% A 90% 91% A100%

Agilidade no atendimento < 80% 81% A 88% 89% A 93% 94% A 100%

Cordialidade no atendimento < 90% 91% A 93% 94% A 96% 97% A 100% Cordialidade do colhedor < 90% 91% A 93% 94% A 96% 97% A 100%

Habilidade do atendimento < 90% 91% A 93% 94% A 96% 97% A 100% Apresentação do local / colhedor

< 90% 91% A 93% 94% A 96% 97% A 100%

Agilidade do colhedor < 80% 81% A 88% 89% A 93% 94% A 100% Compromisso com data e hora de entrega

<95% 96% A 97% 98% 99% A 100%

Cordialidade do atendente < 95% 96% A 97% 98% 99% A 100%

Fonte (Barbetta, 1998).

Gráfico nº. 1: Parâmetros aceitáveis para satisfação do cliente

PARAMETROS ACEITÁVEIS DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE

90%80%

70%

80%

90% 90% 90% 95% 95%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Tem

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DAD

OS

PE

RC

EN

TU

AIS

Fonte (Serviço de Patologia Clinica)

22

4.0 - COLETA DE DADOS

4.1 - Fase qualitativa da pesquisa de satisfação ao cliente

Desenvolveu-se uma pesquisa exploratória junto aos clientes como

forma de gerar os indicadores de satisfação, pois não adiantará medir

indicadores que os clientes se mostram indiferentes.

A pesquisa foi definida através da amostragem por julgamento mediante

a técnica da entrevista em profundidade, sendo entrevistados cem clientes a

cada cinco dias, tendo um total de quatrocentos clientes no mês e mil e

duzentos durante o período da pesquisa.

A análise dos dados consistiu na avaliação do conteúdo das respostas

em função dos indicadores de satisfação presente no formulário de opiniões

utilizado pelos clientes. Dessa forma foi calculado o percentual de satisfação

dos clientes levando como referencia a tabela de parâmetros aceitáveis de

satisfação do cliente presente no ( gráfico 1).

4.1 - Fase quantitativa descritiva

A fase quantitativa descritiva serviu para que se determinasse o grau de

satisfação dos clientes com relação aos indicadores gerados no trabalho.

Definiu-se como forma de contato a entrevista pessoal, sendo as entrevistas

efetuadas por três funcionários do próprio laboratório que foram informados

sobre os objetivos do estudo e treinados para a execução do trabalho.

A coleta de dados foi realizada somente durante o atendimento matutino e

excluído as pesquisas entregues em dias posteriores com identificação de

pessoas que não foram atendidas laboratório.

Para analisar e interpretar os resultados da fase quantitativa da pesquisa

realizou-se os seguintes procedimentos através do programa Excel.

• Análise fatorial, para agrupar indicadores de satisfação

estatisticamente correlacionados;

23

• Análise descritiva, para avaliar a satisfação mediante clientes

entrevistados;

• Análise de variância para identificar variações significativas na

satisfação em função das características dos entrevistados;

24

5.0 - APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

5.1 - Laboratório Som Lab (Março - Abril - Maio)

Tabela nº. 4: Laboratório Som Lab (Março - Abril - Maio)

NÍVEIS DE SATISFAÇÃO

GRUPOS

PARAMETROS

ACEITÁVEIS Março Abril Maio

Tempo de espera para ser

atendido > 70% 85 % 84 % 86 %

Agilidade no atendimento > 80% 89% 87% 89%

Cordialidade no atendimento > 90% 92% 95% 93%

Cordialidade do colhedor > 90% 94% 95% 94%

Habilidade do atendimento > 90% 97% 96% 97%

Apresentação do local /

colhedor > 90% 98% 94% 97%

Agilidade do colhedor > 80% 92% 90% 96%

Compromisso com data e hora

de entrega >95% 98% 98% 99%

Cordialidade do atendente > 95% 98% 98% 99%

Fonte (Laboratório Som Lab, 2008).

Gráfico nº. 2: Índices de satisfação dos clientes (Laboratório Som Lab)

25

75%

80%

85%

90%

95%

100%D

AD

OS

P

ER

CE

NTU

AIS

1 2 3

MARÇO ABRIL MAIO

INDICES DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTESTempo de espera paraser atendido > 70%

Agilidade noatendimento > 80%

Cordialidade noatendimento > 90%

Cordialidade docolhedor > 90%

Habilidade doatendimento > 90%

Apresentação do local/ colhedor > 90%

Agilidade do colhedor> 80%

Fonte (Laboratório Som Lab, 2008).

5.2 - Laboratório Pasteur (Março - Abril - Maio)

Tabela nº. 5: Laboratório Pasteur (Março - Abril - Maio)

NÍVEIS DE SATISFAÇÃO

GRUPOS

PARAMETROS

ACEITÁVEIS Março Abril Maio

Tempo de espera para ser

atendido > 70% 86 % 94 % 96 %

Agilidade no atendimento > 80% 96% 98% 98%

Cordialidade no atendimento > 90% 96% 98% 99%

Cordialidade do colhedor > 90% 96% 95% 94%

Habilidade do atendimento > 90% 98% 96% 99%

Apresentação do local /

colhedor > 90% 98% 98% 99%

Agilidade do colhedor > 80% 94% 93% 96%

Compromisso com data e hora

de entrega >95% 98% 99% 99%

Cordialidade do atendente > 95% 98% 98% 99%

Fonte (Laboratório Pasteur, 2008).

Gráfico nº. 3: Índices de satisfação dos clientes (Laboratório Pasteur)

26

75%

80%

85%

90%

95%

100%

DAD

DO

S P

ER

CE

NTU

AIS

1 2 3

MARÇO ABRIL MAIO

INDICES DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTESTempo de espera paraser atendido > 70%

Agilidade noatendimento > 80%

Cordialidade noatendimento > 90%

Cordialidade docolhedor > 90%

Habilidade doatendimento > 90%

Apresentação do local/ colhedor > 90%

Agilidade do colhedor> 80%

Fonte (Laboratório Pasteur, 2008).

5.3 - Laboratório Serviço de Patologia Clinica ( M arço - Abril - Maio )

Tabela nº. 6: Laboratório Serviço de Patologia Clinica (Março - Abril - Maio)

NÍVEIS DE SATISFAÇÃO

GRUPOS

PARAMETROS

ACEITÁVEIS Março Abril Maio

Tempo de espera para ser

atendido > 70% 84 % 82 % 87 %

Agilidade no atendimento > 80% 83% 84% 89%

Cordialidade no atendimento > 90% 94% 95% 94% Cordialidade do colhedor > 90% 96% 96% 98%

Habilidade do atendimento > 90% 94% 95% 96%

Apresentação do local /

colhedor > 90% 92% 93% 92%

Agilidade do colhedor > 80% 95% 93% 96%

Compromisso com data e hora

de entrega >95% 98% 98% 98%

Cordialidade do atendente > 95% 96% 98% 98%

Fonte (Laboratório Serviço de Patologia Clínica, 2008).

27

Gráfico nº. 4: Índices de satisfação dos clientes (Laboratório Serviço de

patologia Clinica).

75%

80%

85%

90%

95%

100%

DADOS P

ERCENTUAIS

1 2 3

MARÇO ABRIL MAIO

INDICES DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES Tempo de espera para seratendido > 70%

Agilidade no atendimento >80%

Cordialidade noatendimento > 90%

Cordialidade do colhedor >90%

Habilidade do atendimento> 90%

Apresentação do local /colhedor > 90%

Agilidade do colhedor >80%

Compromisso com data ehora de entrega >95%

Cordialidade do atendente> 95%

Fonte (Laboratório Serviço de Patologia Clínica, 2008).

6.0 - TRATAMENTO DOS DADOS

Para analisar e interpretar os resultados da pesquisa de satisfação de

clientes será utilizado a análise descritiva, baseada em valores absolutos e

percentuais, procedimentos estatísticos de análise fatorial.

Serão agrupados indicadores de satisfação estatisticamente

correlacionados com o objetivo de avaliar a capacidade de explicação de cada

indicador de satisfação sobre a avaliação geral com a empresa.

Uma inter-relação positiva significa que o laboratório obteve sucesso em

transformar um cliente que reclama em um leal (Urdan, 2001).

Uma inter-relação negativa, por outro lado, significa que o cliente que

reclama perde sua capacidade de lealdade à organização. As conseqüências

de um índice positivo de Satisfação Global do Cliente são o decréscimo de

suas reclamações e o incremento de sua lealdade. A relação entre estas duas

variáveis depende do sistema de serviço ao cliente (Urdan, 2001).

28

7.0 - DISCUSSÃO

A mudança do perfil do cliente e o aumento do nível de exigências, as

empresas passaram a perceber a importância de desenvolver e gerenciar

relacionamento. Os clientes esperam que seus relacionamentos com as

empresas sejam gerenciados. Desta forma a chave para o marketing

competitivo está na satisfação das expectativas relevantes do cliente de forma

melhor que a proporcionada pelo concorrente.

A definição de satisfação enfatiza que esta é função do desempenho

percebido e das expectativas. Se as expectativas foram confirmadas o cliente

está satisfeito. Se as percepções e expectativas não forem iguais dize-se que a

expectativa foi quebrada. Se a percepção ficou aquém do que era esperado, o

resultado será a quebra de expectativa negativa que desencadeia a deserção

do cliente.

As conseqüências de um índice positivo de Satisfação Global do Cliente

são o decréscimo de suas reclamações e o incremento de sua lealdade. A

relação entre estas duas variáveis depende do sistema de serviço ao cliente.

Para estas amostras pode-se concluir que estar satisfeito com o serviço

prestado não é o suficiente para que se mantenham fiéis à um novo serviço

prestado pelo laboratório. A satisfação sozinha não é suficiente, uma vez que

29

não há garantia de que um cliente satisfeito repita o processo de compra de

produto ou serviço. No entanto, concluem que positivamente existe relação

entre satisfação do cliente e lealdade do cliente, ou seja, o cliente é propenso a

ser fiel a uma empresa quando se esta plenamente satisfeita com os serviços

prestados.

7.1 - Análise do cliente na pesquisa de satisfação

Os clientes preferem ser chamados pelo nome, se sentem únicos, por

isso, a secretaria tem que encantar o cliente, estabelecendo laços de amizade,

para ter a fidelidade do cliente a partir de diversas atividades, como a

facilitação de atendimento, entrega, entrega de resultados, dentre outras

vantagens que podem encantar o cliente. Acredita que uma das principais

formas de entregar valor ao consumidor é oferecendo a ele o produto ou

serviço de que ele necessita e deseja de forma individualizada.

É preciso muito mais que preços, tornando-se necessário oferecer

serviços diferenciados no quais os clientes se sintam realizados em suas

decisões. Os clientes em potencial e os clientes ocasionais normalmente são

bem tratados durante o cortejamento que precede a satisfação de um cliente.

O telefone é um excelente instrumento de comunicação com os clientes,

mas deve ser utilizado de forma adequada, pois um atendimento ruim pode

fazer com que o cliente passe para a concorrência. Para realizar um bom

atendimento deve-se evitar a demora, tanto no atendimento pessoal ou

telefone. O telefone é um precioso meio de comunicação da empresa com o

seu consumidor, mas deve-se evitar deixá-lo na linha de espera.

30

O atendimento é um dos fatores que contribui para a retenção de clientes,

um cliente bem atendido em algum estabelecimento volta sempre. Um outro

fator considerado importante para a fidelização dos clientes seria a satisfação

interna dos funcionários. Existe uma proximidade entre as medidas de

satisfação de clientes e funcionários.

Todos os colaboradores principalmente aqueles que estão diretamente

ligados aos clientes devem estar aptos a oferecer um atendimento capaz de

satisfazer o publico e fidelizá-los, fortalecendo a parceria com a organização e

aumentando a competitividade.

9.0 - RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Detectam-se a necessidade de expandir os estudos sobre as formas de

fidelização dos clientes usuários de serviços laboratoriais baseados no

marketing de relacionamento. Recomenda-se para trabalhos futuros que a

pesquisa seja comparada com dados de laboratórios de outras regiões.

Ressalta-se que a pesquisa foi feita com clientes de laboratório, porém

o marketing de satisfação é aplicado a qualquer ramo de atividade.

Recomenda-se também a medição dos resultados incrementais obtidos com a

fidelização dos clientes em termos de lucratividade e ganho em longo prazo.

31

9.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Procurou-se nesse estudo demonstrar o processo de análise da

qualidade de serviços usando os índices de satisfação do cliente em

laboratórios de análises clinica na cidade de Governador Valadares.

Os resultados da pesquisa indicam que os clientes estão mais satisfeitos

com os serviços das empresas particulares do que com os serviços das da

Rede Publica de Saúde. Além disso, os resultados poderem descobrir mais

sobre a satisfação dos clientes e melhorar a qualidade de serviços sob ótica

dos clientes, para poderem desenvolver relacionamentos com os mesmos.

O desenvolvimento de relacionamento entre os laboratórios e o cliente,

em função de que esse tipo de serviço caracteriza-se pela realização de

negócios repetidos ao longo do tempo. Por outro lado, é preciso registrar que a

lealdade do serviço é de grande importância para que os laboratórios

desenvolvam relacionamentos ao longo do tempo.

Entende-se que é necessária a continuidade do presente estudo.

Inicialmente, são importantes análises mensais. Além dessas pesquisas

devem ser realizados estudos para diferentes serviços de avaliação da

satisfação do cliente,tendo como objetivo a conquista de novos clientes e

32

recuperação dos exclientes. Pois os não-clientes constituem-se em um dos

elementos que estão fora dos acontecimentos e condições da organização,

mas são importantes para o estabelecimento de uma estratégia vencedora.

Por fim, as pesquisas também devem envolver o ambiente interno

dessas organizações, principalmente os empregados, que são tão importantes

para a qualidade das empresas de serviços.

9.1 - CONCLUSÃO

As conclusões são apresentadas de acordo com os objetivos

pretendidos, comparando-se com os resultados obtidos.

O objetivo principal definido foi à prática do uso da pesquisa de satisfação dos

clientes e a importância da pesquisa para o crescimento da qualidade no

atendimento dos clientes. Pois o mesmo tem uma grande importância para os

laboratórios e tendo em vista os índices adquiridos nos estudos realizados

neste trabalho.

Assim, podemos concluir que os laboratórios com maiores índices de

satisfação dos clientes possuem maiores vantagens competitivas. Acontece

que, no caso presente, os laboratórios obtiveram um considerável índice de

satisfação de seus usuários Por este motivo, a satisfação é uma condição

necessária para a manutenção dos mesmos e uma ferramenta imprescindível

a manutenção da qualidade da satisfação do cliente.

33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1999.

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34

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