Upload
halien
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA
PREVENÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO E DO CÂNCER DE
MAMA
GILZANDRA LIRA DANTAS FLORENCIO
Natal
2011
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA
PREVENÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO E DO CÂNCER DE
MAMA
DISSERTAÇÃO APRESENTADA AO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM CIÊNCIAS DA SAÚDE, COMO
PARTE DOS REQUESITOS PARA
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE
Gilzandra Lira Dantas Florencio Orientadora: Profa. Dra. Ana Katherine da Silveira Gonçalves
Natal
2011
Catalogação da publicação na fonte
F633a Florêncio, Gilzandra Lira Dantas. Avaliação dos efeitos da atividade física na
prevenção do estresse oxidativo e do câncer de mama /
Gilzandra Lira Dantas Florêncio. – Natal/RN, 2011.
67p.
Orientadora: Profª Drª Ana Katherine da Silveira Gonçalves.
Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de
Ciências da Saúde.
1. Atividade física - saúde – Dissertação. 2. Câncer de mama –
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Coordenadora: Profa. Dra. Técia de Oliveira Maranhão
Natal
2011
iv
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA
PREVENÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO E DO CÂNCER DE
MAMA
Banca examinadora:
Presidente da Banca: Profa. Dra. Ana Katherine da Silveira Gonçalves
Membros da Banca
Profa. Dra. Ana Katherine da Silveira Gonçalves
Prof. Dr. José Eleutério Júnior – UFC
Prof. Dr. Hênio Ferreira de Miranda – UFRN
Natal
2011
v
DEDICATÓRIA
“A Deus pelo dom da vida e pela
certeza de que com Ele eu estou
sempre amparada seja qual for a
dificuldade, seja qual for o desafio.
Ele é a minha luz, minha verdade e
minha vida.
Tenho certeza que tudo só foi possível
porque Ele está sempre ao meu lado...”
vi
AGRADECIMENTOS
Ao meu marido, Cláudio César Antunes Florencio, pelo apoio
nos momentos de alegrias e de dificuldades, por cada palavra e cada gesto,
me dando força para seguir em frente e me dando a certeza de que sempre
posso contar com ele. Agradeço do fundo do meu coração por tudo que ele
renunciou para estar ao meu lado neste período. Meu eterno amor.
Aos meus pais Gerso de Oliveira Dantas e Gilvanete Lira
Dantas pela vida, e em especial a minha mãe, que sempre me apoiou e me
incentivou a estudar. Sua dedicação, doação e todos os sacrifícios que eu sei
que ela fez para eu estar aqui hoje. Serei eternamente grata. Amo vocês!
Aos familiares e amigos que estiveram ao meu lado em toda esta
caminhada, o meu pedido de perdão por minhas ausências que foram
necessárias para que tudo isso fosse possível.
A minha orientadora Ana Katherine da Silveira Gonçalves,
pelo convite e pela confiança que depositou em mim para trilhar este caminho e
pelo incentivo para seguir em frente. Pelo exemplo de dedicação ao que faz e
por todas as experiências vividas juntas neste período, o meu agradecimento
por tudo do fundo do coração.
A minha amiga Maria José Maisonnette de Atayde Silva muito
obrigada pelo apoio a toda hora e por me ajudar na construção deste trabalho,
enriquecendo ainda mais nossa amizade.
Agradeço também a Ana Carla Canário e Patrícia Uchôa
pela amizade, carinho e apoio que me deram nessa caminhada.
vii
Ao Professor João Roberto Liparotti, que me despertou o
interesse pela pesquisa e que me ensinou os primeiros passos para a
construção de um artigo. Pelo exemplo de ética, de moral e de ser humano que
é, muito obrigada.
Ao Prof. Dr. Hênio Ferreira de Miranda e a Profa. Dra.
Ivonete Batista pelas valiosas colocações na qualificação deste trabalho.
A todos os professores do curso de Pós-Graduação em Ciência da
Saúde que muito contribuíram para minha formação.
E a todos que fazem parte da Pós-Graduação em Ciências da Saúde por
me acolherem por esse período e contribuir para o meu aprendizado.
viii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Atividade Física AF
Breast Cancer BC
Body Mass Index BMI
Colesterol Total CT
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq
Enfermidades Cardiovasculares ECV
Espécies Reativas de Nitrogênio ERN
Espécies Reativas de Oxigênio ERO
Estresse Oxidativo EO
Hazard Ratio HR
Índice de Massa Corporal IMC
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE
Medicina Baseada em Evidências BEM
Metabolic Equivalents MET
Número Necessário de Dano NND
Odds Ratio OR
Organização Mundial de Saúde OMS
Physical Activity PA
Radicais Livres RLs
Relative Risk RR
Revisão Sistemática RS
Risco Absoluto RA
Risco Relativo RR
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida AIDS / SIDA
ix
SUMÁRIO
Dedicatória .................................................................................................... v
Agradecimentos ........................................................................................... vi
Lista de Abreviaturas e Siglas .................................................................... viii
Sumário ......................................................................................................... ix
Resumo ......................................................................................................... x
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 01
2. REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................... 02
2.1. Estresse Oxidativo ............................................................................ 02
2.2. Câncer de Mama ................................................................................ 03
2.3. Atividade Física ................................................................................. 04
3. ANEXAÇÃO DOS ARTIGOS ..................................................................... 08
3.1 ARTIGO I .......................................................................................... 08
3.2 ARTIGO II .......................................................................................... 26
4. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES ........................................... 47
5. APÊNDICE................................................................................................. 51
5.1. Revisão Sistemática ......................................................................... 51
5.1.1. Revisão sistemática em estudos longitudinais ........................... 53
5.1.2. Estratégia de busca ....................................................................... 53
5.1.3. Seleção dos estudos...................................................................... 54
5.1.4. Avaliação da qualidade .................................................................. 55
5.1.5. Metanálise ....................................................................................... 55
5.2. Trabalhos Publicados ....................................................................... 58
5.3. Tabelas de New-Castle-Ottawa ........................................................ 59
6. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 61
7. ABSTRACT ............................................................................................... 66
x
RESUMO
O processo do envelhecer é um evento inevitável, de caráter universal e
multifatorial. A atividade física (AF) é um importante aliado na prevenção das
doenças advindas do envelhecimento. O objetivo deste estudo foi avaliar os
efeitos do AF na prevenção do estresse oxidativo e câncer de mama.
Inicialmente foi realizada uma revisão bibliográfica avaliando os efeitos do AF
sobre o estresse oxidativo, que posteriormente deu origem a uma revisão
sistemática (RS) avaliando os efeitos do AF na prevenção do câncer de mama.
Durante o processo de RS os artigos foram selecionados através de busca em
base de dados eletrônica e manual. Considerando-se que se tratava de uma
RS que mensurava o risco, foram incluídos estudos realizados com este
propósito. Estudos de coorte e caso-controle foram metodologicamente
avaliados através da Escala de NewCastle. O programa estatístico padrão
utilizado para estudos de metanálise foi o Review Manager 5.1. A
heterogeneidade dos estudos foi constatada mediante a utilização do método
estatístico de Mantel-Haenszel, que analisou o efeito fixo para dados
dicotômicos, testes de subgrupos e cálculo de odds ratio com intervalo de
confiança de 95%. Nas bases de dados (Pubmed, Embase, Scielo, Cochrane,
Cancerlit e Google Scholar) e busca manual foram encontrados 8747 estudos
enfocando este tema, destes, 152 foram excluídos por duplicidade e 8541 não
se enquadravam nos critérios de inclusão. Após avaliação qualitativa mediante
a utilização da escala de NewCastle, 25 destes foram excluídos. Houve uma
perda de oito artigos, por falta de dados e de contato com os autores.
Finalizando a RS com um total de 21 artigos. Destes, sete estudos de coorte
[OR = 0,61 (0,59 a 0,63)] (heterogeneidade 100%) e quatorze estudos de caso-
xi
controle [OR = 0,84 (0,81-0,88)] (heterogeneidade 72%). A despeito da
evidente heterogeneidade dos artigos, constatou-se que a prática de AF reduz
o risco de câncer de mama em mulheres. No entanto, é necessária a criação
de um instrumento padrão para quantificar e mensurar a AF, o que possibilitaria
à realização de estudos comparáveis que permitiria desta forma a realização
de metanálise, reforçando ainda mais a evidência destes achados. Por outro
lado, outras variáveis tais como: menopausa, período de latência e tipo de AF
não podem ser esquecidas nesta análise.
Palavras Chave: atividade física, estresse oxidativo, câncer de mama, revisão
sistemática, mulher.
1
1 - INTRODUÇÃO
A oxidação faz parte da vida aeróbica e está envolvida no nosso metabolismo,
sendo assim, os radicais livres (RLs) são produzidos naturalmente ou por
alguma disfunção biológica (inflamação, infecção ou doença). 3,14, 21, 43
O excesso de RLs culmina com efeitos prejudiciais, promovendo reações com
substratos biológicos que ocasionam danos às biomoléculas3 e eles não
escolhem seus alvos, podendo atacar qualquer molécula dos meios biológicos
para se estabilizar 1 provocando várias patologias, podendo ser a causa ou o
fator agravante do quadro geral de saúde do individuo. 3,14,26,33
Os danos causados ao DNA pelos RLs desempenham um papel importante
nos processos de mutagênese e carcinogênese. 19
O câncer é um problema de saúde pública responsável por milhões de óbitos a
cada ano em todo o mundo 16,22 e seus fatores de risco são atribuídos à
genética, aos hormônios e ao estilo de vida. 13, 20,31
Entre os fatores de risco para câncer de mama, o sedentarismo é um dos
poucos que podem ser modificados, mediante a prática de atividade física. 25
A atividade física é reconhecidamente benéfica na prevenção de cardiopatias,
neuropatias, ateroscleroses, dislipidemias, osteoporose e reumatopatias. A
proposta deste estudo foi a de avaliar o efeito protetor da atividade física
também na prevenção menos usual de enfermidades advindas do estresse
oxidativo, tais como as neoplasias, mais especificamente o câncer de mama.
2
2 - REVISÃO DA LITERATURA
2.1 ESTRESSE OXIDATIVO
O oxigênio é um receptor de elétrons universal que permite que os organismos
aeróbios utilizem a energia armazenada nos alimentos, tais como carboidratos,
gorduras e proteínas. 14
A oxidação é necessária para a vida aeróbica e para nosso metabolismo,
sendo assim, os radicais livres (RLs) são produzidos naturalmente ou por
alguma disfunção biológica (inflamação, infecção ou doença). 3,14,21,43 Os RLs
que possuem elétrons desemparelhados e que se encontram centrados nos
átomos de oxigênio ou nitrogênio são denominados de espécies reativas de
oxigênio (ERO) ou espécies reativas de nitrogênio (ERN). 3
Os RLs atuam na produção de energia, fagocitose, regulação do crescimento
celular, sinalização intercelular e síntese de substâncias biológicas importantes.
Entretanto, seu excesso culmina com efeitos prejudiciais, promovendo reações
com substratos biológicos que ocasionam danos às biomoléculas. 3 Podendo-
se citar como exemplo a peroxidação dos lipídios de membrana e a agressão
às proteínas dos tecidos e membranas, às enzimas, aos carboidratos, ao DNA
e ainda a morte celular. 2,19,37 Os RLs não escolhem seus alvos, podendo
atacar qualquer molécula dos meios biológicos para se estabilizar 1 e deste
modo estão relacionados com várias patologias como artrite, choque
hemorrágico, doenças do coração, catarata, disfunções cognitivas, Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e câncer, podendo ser a causa ou o
fator agravante do quadro geral de saúde do individuo. 3,14,26,33 Os danos
causados ao DNA pelos RLs desempenham um papel importante nos
3
processos de mutagênese e carcinogênese. 19 Os danos ao DNA e ao RNA
são considerados os danos mais graves. 3
Quando uma cadeia de DNA é quebrada, pode ser reconectada em outra
posição alterando a ordem de suas bases, sendo esse um dos processos
básicos da mutação e o acúmulo dessas bases danificadas pode desencadear
a oncogênese. 3 Dentre os tipos de câncer que podem ser desenvolvidos neste
processo, destaca-se o câncer de mama. 42
A identificação dos fatores potencialmente modificáveis que afetam o estresse
oxidativo é uma tarefa cada vez mais importante para a prevenção de doenças
incluindo as neoplasias. 42
A geração de um estado de estresse oxidativo está entre os fatores de risco
associados ao câncer de mama, o qual possui etiologia multifatorial. 42
2.2 CANCER DE MAMA
O câncer é um problema de saúde pública tanto em países desenvolvidos
quanto em desenvolvimento, sendo responsável por milhões de óbitos a cada
ano em todo o mundo. 16,22
A neoplasia mamária é o segundo tipo de neoplasia maligna mais freqüente e o
que mais acomete mulheres em todo o mundo, sendo a principal causa de
morte por câncer entre as mulheres em países em desenvolvimento, cursando
com consideráveis custos econômicos, sociais e psicofísicos às portadoras.7,45
O câncer de mama está entre as doenças do envelhecimento (idade média de
diagnóstico e a morte é de 68 anos), 41 no entanto, a incidência entre as
mulheres mais jovens (com idade inferior aos 40 anos) têm se elevado
significativamente. 5
4
Os fatores de risco reconhecidos para o câncer de mama são: genéticos
(história familiar de câncer e idade de menarca), hormonais (uso de terapia
hormonal na menopausa) e estilo de vida (dieta, prática de atividade física,
tabagismo, obesidade, número de gestações, uso de contraceptivos orais,
entre outros). 13,20,31 A prática de atividade física é um dos poucos fatores de
risco que podem ser modificados através de diferentes mecanismos
biológicos.8,25
2.3 ATIVIDADE FÍSICA
A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido
pelos músculos esqueléticos que resulta em dispêndio de energia acima dos
considerados de repouso. 9
A atividade física do nosso corpo ocorre quando estamos dormindo, no
trabalho e no lazer. Portanto uma categorização ampliada de atividade física
incluiu atividades da vida diária, trabalho, esportes, condicionamento físico,
atividade domésticas e outras.13
Ainda não está claro se a atividade física realizada em serviços domésticos,
jardinagem ou compras contribuem com um benefício adicional ao risco de
câncer de mama. A contribuição de atividades recreativas pode ser valiosa,
pois é um importante componente da atividade física em geral entre as
mulheres aposentadas. 31
Padrões de comportamento que aprimoram o equilíbrio energético (controle de
peso e aumento da atividade física) pode ser uma opção viável para a
prevenção do câncer de mama. 23
5
Há muitos mecanismos plausíveis que explicam a associação inversa entre
atividade física e o risco de câncer de mama, incluindo alterações em certos
hormônios esteróides, tais como: decréscimo dos níveis de estrogênio,
progesterona e insulina, além de atuar também sobre o hormônio de
crescimento. Estimulando ainda o sistema imunológico e causando mudanças
na composição corporal, o que provavelmente causaria decréscimo no risco de
formação dos tumores. 25,34
Especificamente tratando-se da neoplasia de mama, o incremento da atividade
física causaria degradação dos estrogênios, especialmente estrona e estradiol,
diminuindo o efeito estimulante e proliferativo que estes exercem sobre as
glândulas mamárias. 22
Por outro lado, o exercício físico se constitui de um subconjunto da atividade
física e é representado pelo condicionamento físico previamente planejado ou
atividades esportivas, que tem por objetivo a conservação e o aprimoramento
de um ou mais componentes da aptidão física do individuo. 9,13,22
O exercício físico é constituido básicamente três componentes: intensidade
(quanta energia é gasta), duração (refere-se aos minutos ou horas de cada
episódio de atividade) e freqüência de contrações musculares (por exemplo,
episódios realizados por dia, semana ou mês). 22
Em relação ao estresse oxidativo, mulheres de idade mais avançada,
saudáveis, na pós-menopausa, sem uso de suplementos, não praticantes de
exercício físico regular e fumantes apresentam um aumento no mesmo, pois a
falta ou o excesso de exercício físico pode gerar desequilibrio entre as ERO e
os antioxidantes culminando no estresse oxidativo. 42
6
Durante o exercício físico, o processo inflamatório é uma importante fonte de
ERO uma vez que as contrações intensas provocam lesões nas fibras
musculares, requerendo remoção das proteínas danificadas, seguida por
ressíntese de novas proteínas. 36
O exercício físico pode aumentar a atividade de enzimas catalisadoras de
reações que neutralizam radicais livres sendo uma forma de evitar possíveis
lesões oxidativas nas estruturas celulares. E a melhor estratégia para aumentar
a concentração de antioxidantes endógenos pode ser o próprio estresse
oxidativo. As ERO produzidas durante o exercício físico podem ativar vias de
sinalização que aumentam a expressão de enzimas antioxidantes. 36
O exercício físico crônico parece potencialmente importante para atenuar o
aumento do estresse oxidativo decorrente de uma sessão de exercício agudo,
sem, contudo, eliminá-lo, desde que o protocolo de exercício físico apresente
intensidade suficiente para aumentar a produção de ERO. Apesar de ainda não
terem sido evidenciadas adaptações no sistema antioxidante enzimático com o
treinamento predominantemente anaeróbio, provavelmente modificações neste
sistema estejam envolvidas na atenuação do estresse oxidativo. 36
A redução do risco de câncer de mama advinda da atividade física independe
do peso, raça ou história familiar. Andar por uma hora por dia e fazer exercícios
semanais adicionais parecem proteger contra câncer de mama,
independentemente do status da menopausa ou índice de massa corporal. 34 O
exercício físico com maior duração parece oferecer maior benefício para a
redução do risco de câncer de mama em mulheres na pós-menopausa do que
as atividades extenuantes. 27
7
É preciso identificar, ao longo da vida, qual a idade ou em que período o
exercício físico pode ser mais etiologicamente relevantes para uma redução no
risco de câncer de mama. 15 Não há um consenso sobre o período de
exposição crítica, intensidade, freqüência ou a consistência do exercício físico
que pode ser necessária para proteger contra o câncer de mama. 25
O estudo da atividade física (principalmente o exercício físico) e câncer de
mama reflete a variada evolução dos métodos utilizados na mensuração da
mesma, porém esta medição ainda é inconsistente. O esclarecimento e
refinamento da mensuração do exercício físico são importantes focos
necessários para o estudo desta patologia. 13
Investigações são necessárias para confirmar que a intensidade e frequência
do exercício físico é uma variável importante na redução do risco e esclarecer
os mecanismos biológicos envolvidos. 39
8
3– ANEXAÇÃO DOS ARTIGOS
3.1. ARTIGO I
Título do artigo: Envelhecimento: uma reflexão sobre actividade física e
estresse oxidativo em mulheres.
Revista: Acta Médica Portugesa (Aceito para publicação)
9
Diretor do Departamento Editorial – Miguel Reis ([email protected])
Envelhecimento: uma reflexão sobre actividade física e estresse oxidativo em mulheres.
Aging: a reflection about physical activity and oxidative stress in woman.
Autores:
Gilzandra Lira Dantas Florencio – Mestrando – Autor1
Ana Katherine da Silveira Gonçalves –Doutora – Colaborador1
Ana Carla Gomes Canário –Mestranda – Colaborador1
Maria José Penna Maisonnette de Attayde Silva –Mestre – Colaborador1
1 - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Correspondência:
Gilzandra Lira Dantas Florencio
Rua: Virginópolis, 80 – Ap. 603 – Cond. Uruaçu IV – Nova Parnamirim
Parnamirim/RN – CEP: 59150-080
Telefone: (84) 9401-0404
E-mail: [email protected]
10
Envelhecimento: uma reflexão sobre actividade física e estresse oxidativo em mulheres.
RESUMO:
O processo do envelhecer é um evento inevitável, de caráter universal e multifatorial. A
actividade física é um importante aliado na prevenção das doenças advindas do
envelhecer. Os autores propõem revisar o tema, avaliar os efeitos benéficos da
actividade física e o risco de estresse oxidativo (EO) em mulheres menopausadas. É
conhecido que a prática regular de actividade física é uma das estratégias mais eficazes
na prevenção de enfermidades cardiovasculares, neoplasias e doenças crônicas próprias
do idoso e a suplementação de antioxidantes também parece contribuir para este
processo. Os autores concluem que para obter os benefícios da actividade física, é
necessário realizá-la em intensidade moderada, pois o seu excesso pode levar ao
estresse oxidativo e doenças relacionadas ao mesmo, incluindo à morte.
Palavras chaves: mulheres, envelhecimento, atividade motora e estresse oxidativo.
11
Aging: a reflection about physical activity and oxidative stress in woman.
ABSTRACT
The aging process is a universal, multi-factorial and unavoidable process. Physical
activity is considered an important factor in the prevention of diseases caused by aging.
The authors propose a review on the theme, evaluating the beneficial effects of physical
activity and the risks of oxidative stress in menopausal women. Nowadays, is known
that regular physical activity associated to antioxidant supplement is one of the most
effective strategies to prevent cardiovascular disease, neoplasia, and chronic illnesses
specific to old age. The authors concluded: the greatest benefits associated with physical
activity are attained through moderation, since excessive exercise can bring about
oxidative stress and diseases related to the latter, including death.
Key words: Women, aging, motor activity and oxidative stress.
12
INTRODUÇÃO:
O processo do envelhecer tem um caráter universal, multifatorial e se constitui em um
evento inevitável que está a despertar interesse em diversas áreas de estudo em todo o
mundo 1,2. Faz-se necessário então, buscar a melhoria ou a manutenção da
independência e capacidade de realização das atividades da vida diária e da saúde. A
realização de actividade física tem sido utilizada com a finalidade de obter estes
benefícios3.
Na mulher ocorrem várias alterações no quadro de saúde em função da menopausa que
somadas às outras decorrentes do envelhecer, podem acelerar a ocorrência de doenças
como osteoporose4, aterosclerose, e contribuir ainda para o progresso da hiperlipidemia5
e doenças cardiovasculares6.
As alterações hormonais ocorridas na menopausa também modificam a composição
corporal, ao aumentar a massa adiposa7, e alterar o biótipo feminino, predispondo ao
acúmulo de gordura nos depósitos centrais e provocar alterações no metabolismo de
carboidratos, das lipoproteínas e nos níveis pressóricos6.
O efeito protetor da actividade física sobre as doenças já está bem estabelecido, no
entanto, sua prática exagerada acarreta na síndrome do supertreinamento ou
overtraining, que provoca uma excessiva produção de radicais livres (RLs) e se tornam
nocivos ao organismo, que combina com estresse oxidativo (EO) 8.
O EO moderado está associado ao aumento das defesas antioxidantes, mas a produção
excessiva de RLs pode causar danos e morte celular9.
Diversos fatores estão diretamente relacionados com o EO, entre eles, destacam-se:
hábitos de vida inadequados, tabagismo, etilismo, dieta hipercalórica, condições
ambientais impróprias, exposição à radiação, altas temperaturas e umidade relativa
13
elevada, estados psicológicos de estresse emocional8, o envelhecimento e a actividade
física realizada de forma extrema10.
Considerar a importância da actividade física para saúde e bem estar das mulheres na
pós-menopausa, o estudo propõe avaliar os seus benefícios e determinar a intensidade
desta atividade para que ela seja realizada de forma saudável, ou seja, vir a minimizar
os efeitos deletérios do estresse oxidativo.
O ENVELHECIMENTO:
Segundo dados do IBGE (2001)2, o Brasil possui aproximadamente 14 milhões de
idosos e em 2020, estima-se que esse número atinja 31 milhões.
O fenômeno de envelhecer faz parte da vida de todos os seres vivos, e dos humanos.
Tem um caráter universal, multifatorial e se constitui em um evento inevitável 1,2. Estes
fatores são de origem genética (manutenção e reparação celular) e ambiental11. Apesar
das muitas tentativas de caracterização, conceituação e delimitação para envelhecer, não
há um padrão universalmente aceito12.
Oficialmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS)13 considera idoso o indivíduo
com idade igual ou superior a 65 anos residentes em países desenvolvidos e com 60
anos ou mais para países em desenvolvimento 13,14. A medida mais comum usada para
caracterizar o envelhecimento é a idade cronológica, ou seja, a quantidade de tempo
vivido a partir de quando se nasce12. Como se pode reconhecer, a idade cronológica é de
muita utilidade para as classificações, como: estudos epidemiológicos, dados
estatísticos, organização para prestação de serviços, como também os fatores
econômicos, políticos, culturais, sociais e ambientais dos países são levados em
consideração para diferenciação deste conceito 14.
14
O envelhecimento ou senescência é freqüentemente explicado a ser um processo que se
direciona para a perda progressiva da adaptabilidade fisiológica, que leva o organismo a
uma capacidade cada vez menor de manter sua homeostase, a tornar-se mais vulnerável,
porém, a idade cronológica não é capaz, por si só, de dar suporte suficiente para retratar
o quadro real das capacidades físicas ou de saúde de um indivíduo15, 16.
A manutenção da independência e a capacidade de realização das atividades da vida
diária, talvez fossem marcadores mais fidedignos do processo de envelhecer do que a
idade cronológica por si3.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NO ENVELHECER DA MULHER:
O fenômeno de envelhecer está associado a mudanças na atividade das células, tecidos e
órgãos, assim como ocorre redução de eficácia em um conjunto de processos
fisiológicos17. Neste processo ocorre uma diminuição da função imunológica em
decorrência de anormalidades no meio celular e de alterações em proteínas intrínsecas
às células. Estas alterações se dividem em três tipos: a) diminuição do número absoluto
de células; b) diminuição relativa do número de células, decorrentes do aumento na
regulamentação celular pela atividade supressora do sistema imunológico; c)
diminuição na eficiência funcional das células11.
Na mulher, além das alterações fisiológicas decorrentes da idade e da inatividade física,
ocorrem outras em função da menopausa. Estas modificações, somadas às outras
decorrentes do envelhecer, podem acelerar a ocorrência de doenças como osteoporose e
aterosclerose4, contribuir para o desencadear da hiperlipidemia5 e doença
cardiovascular6.
O estrógeno e a progesterona são hormônios que controlam os ciclos reprodutivos da
mulher. No período da menopausa, no climatério, aparecem os sintomas da deficiência
15
do estrogênio, tais como: freqüentes ondas de calor, crises de sudorese noturna,
palpitações, cefaléias e vertigens. Por outro lado, os níveis de estrógeno também variam
de acordo com a dieta e a prática de exercícios físicos18.
As alterações hormonais advindas da menopausa também colaboraram com as
modificações na composição corporal feminina; que aumentam a massa adiposa7 e que
se predispõe ao acúmulo de gordura nos depósitos centrais, provocando alterações no
metabolismo de carboidratos, das lipoproteínas e nos níveis pressóricos6.
No climatério, o tecido adiposo recém-formado apresenta atividade lipolítica alta, que
oferece grande quantidade de ácidos graxos livres ao fígado, que resulta em aumento
das lipoproteínas de baixa densidade (LDL), muito baixa densidade (VLDL), menor
síntese de proteínas carreadoras de hormônios sexuais (SHBG) e redução da depuração
(clearance) de insulina, levando à hiperlipidemia e resistência à insulina7,18.
Por outro lado, como o estrógeno tem uma ação anabólica sobre o músculo esquelético,
devido ao decréscimo deste hormônio nesta faixa etária, ocorre perda de massa
muscular18. A colaborar com essas peculiaridades e características constitucionais, a
mulher na menopausa apresenta metabolismo mais lento, menor gasto calórico e maior
predisposição ao acúmulo de gorduras4. Este aspecto tem motivado as mulheres a
procurarem a actividade física, com o intuito principal de perder medidas, o que tem
favorecido ao processo de manutenção ou aumento da aptidão física e saúde feminina
3,19.
ACTIVIDADE FÍSICA
Actividade física é todo movimento corporal produzido pela musculatura esquelética
que resulta em gasto energético além dos níveis de repouso. A depender do nível de
16
aptidão física do indivíduo qualquer movimento pode ser considerado um estímulo para
quebra da homeostase e gasto calórico20.
Em relação ao tipo de actividade física, estudos mostram que em mulheres na pós-
menopausa, o exercício aeróbio, o qual envolve grande grupo muscular com
movimentos repetitivos, sem exigir o esforço máximo do corpo18, pode alterar de forma
positiva a capacidade cardiorrespiratória21, o percentual de gordura corporal e o perfil
lipídico3, quando associado ao exercício anaeróbio ou de resistência muscular também
aumentam a massa muscular e a força física18, que diminui ainda o grau de adiposidade
e melhora as concentrações séricas de glicose, insulina e triglicérides das mulheres21.
Exercícios que trabalham o aquecimento (aumentar gradativamente a freqüência
cardíaca e a freqüência respiratória através de atividade moderadas de aproximadamente
cinco minutos), a flexibilidade (aumentar a mobilidade das articulações), o equilíbrio
(indicados para melhorar os desequilíbrio e evitar quedas) e o alongamento (visa manter
a flexibilidade) também são fundamentais nessa fase da vida18.
A actividade física realizada no mínimo três vezes por semana pode aumentar o
consumo máximo de oxigênio (VO2máx.)22, melhorar a função endotelial e reatividade
muscular23, ajudar na prevenção da perda muscular24 e no aumento da densidade
mineral óssea25.
O efeito protetor da actividade física contra doenças, já está bem estabelecido, embora
haja conhecimento de que sua prática exagerada (zona de treinamento maior que 80 –
90% da frequencia cardíaca máxima) ou quando realizada por pessoas destreinadas
acarrete a síndrome do supertreinamento ou overtraining, onde ocorre a produção
excessiva de radicais livres que se tornam nocivos ao organismo que induz ao estresse
oxidativo e à peroxidação lipídica, o que pode aumentar a oxidação do colesterol LDL,
que é um dos processos chave no aparecer de placas ateroscleróticas 8,17. É fundamental
17
enfatizar que muitas pessoas exercitam-se sem orientação profissional e que comentem
muitos exageros por desconhecer os seus malefícios.
Em uma actividade física estressante, quando o esforço supera a capacidade funcional
(capacidade de desempenhar certos gestos e certas atividades da vida cotidiana da
pessoa que o realiza) ocorre aumento significativo do consumo e da utilização muscular
de oxigênio, que reforça a produção mitocondrial de espécies reativas de oxigênio
(ERO) ou radicais livres, o grau de EO e o dano oxidativo às macromoléculas. Tais
aspectos são determinados pelo maior consumo de oxigênio, pela menor eficácia da
respiração mitocondrial e diminuição das defesas antioxidantes. Dessa forma, o balanço
entre os efeitos benéficos e os potencialmente danosos do exercício podem ser
particularmente importantes no caso dos idosos. Tal aspecto justifica verificar a
eficiência das defesas antioxidantes para neutralizar a formação de ERO associada ao
envelhecer e à actividade física ou se existe a necessidade de aporte regular de
antioxidantes na dieta para prevenir ou reduzir a oxidação de macromoléculas e o risco
de enfermidades cardiovasculares (ECV)19.
O ESTRESSE OXIDATIVO (EO):
A ocorrência de um EO moderado, com frequencia, está associada ao aumento das
defesas antioxidantes, mas a produção excessiva de radicais livres (RLs) pode causar
danos e morte celular9. O processo de oxidação é parte fundamental da vida aeróbia e do
metabolismo. Os radicais livres (RLs) são produzidos naturalmente durante estes
processos 26. No organismo, os RLs encontram-se envolvidos na produção de energia,
fagocitose, regulagem do crescimento celular, sinalização intercelular e síntese de
substâncias biológicas importantes. No entanto, a produção excessiva de RLs provoca
18
efeitos prejudiciais, tais como: a peroxidação dos lipídios e a agressão às proteínas, às
enzimas, aos carboidratos e ao DNA27.
Os danos oxidativos causados às células e tecidos têm sido relacionados com a etiologia
de várias doenças, incluindo doenças degenerativas tais como as cardiopatias,
aterosclerose e problemas pulmonares28. Os danos no DNA causados pelos radicais
livres também desempenham um papel importante nos processos de mutagênese e
carcinogênese29. Dessa forma, encontram-se relacionados com várias patologias, tais
como: artrite, choque hemorrágico, doenças do coração, catarata, disfunções cognitivas,
cancro e SIDA, o qual pode ser a causa ou o fator agravante do quadro geral30.
Nessa situação de EO, uma parte dos RLs escapa às defesas antioxidantes e reagem com
macromoléculas como lipídeos celulares, proteínas e DNA mitocondrial e nuclear. Em
conseqüência desse ataque oxidativo as reservas endógenas de antioxidantes não
enzimáticos diminuem, que altera a estrutura de lipídios e proteínas celulares e provoca
alterações na função de enzimas, no transporte e na sinalização celular, assim como
alterações e mutações no material genético. Esse processo ocorre nos sistemas
antioxidantes da célula e o excesso de RLs é gerado tanto pelo envelhecer das células
como também estão presentes entre os mecanismos etiopatogênicos de mais de cem
patologias crônicas frequentes nas pessoas idosas, tais como enfermidades
cardiovasculares, mal de Parkinson, de Alzheimer, esclerose amiotrófica e o cancro17.
O processo oxidativo é resultante do acúmulo de radicais livres e da ineficiência dos
sistemas de defesa antioxidante. Os efeitos deletérios dos radicais livres e de outras
espécies reativas de oxigênio (ERO), induzem o acúmulo paulatino de alterações
estruturais e funcionais nas macromoléculas e membranas celulares, causando o estresse
oxidativo celular, que culmina com o processo de envelhecimento. Este pode ser
19
explicado como uma conseqüência das alterações intracelulares e mitocondriais,
decorrente do metabolismo oxidativo17.
Diversos fatores estão diretamente relacionados com o estresse oxidativo. Destacam-se:
hábitos de vida inadequados, tabagismo, etilismo, dieta hipercalórica; condições
ambientais impróprias, exposição à radiação, altas temperaturas e umidade relativa
elevada; estados psicológicos de estresse emocional, o envelhecer e a actividade física
realizada de forma extrema 8,10.
Em estudo realizado na Universidade da Califórnia, pesquisadores mediram o dano
oxidativo em adultos saudáveis, dos 19 aos 78 anos. A pesquisa incluiu a participação
de fumadores, não-fumadores e fumadores passivos. Com base nos indicadores, os
pesquisadores constataram que o dano foi significativamente maior entre as mulheres do
que entre os homens, ou seja, pertencer ao sexo feminino foi o indicador mais
importante deste estudo, sendo superior ao tabagismo30.
Outra forma de diminuir a produção de RLs e consequentemente, retardar o efeito dos
danos provocados por agentes pró-oxidantes tem sido demonstrado em laboratórios. Os
indivíduos submetidos a uma dieta reduzida vivem mais que aqueles que têm acesso
livre à alimentação. E algumas investigações levantam hipóteses sobre o funcionalidade
da restrição calórica no retardar da velhice, relacionando à diminuição do
processamento da glicose para a produção de ATP. E fazer com que também fosse
diminuída a produção de radicais livres. Além disso, a utilização de uma dieta rica em
antioxidantes ou alimentos funcionais antioxidantes pode ser um agente que previne o
estresse oxidativo e à suplementação com vitaminas C e E, assim como o betacaroteno,
pode promover a prevenção de doenças relacionadas ao envelhecer17.
Por outro lado, o efeito crônico do exercício moderado altera positivamente a
homeostase oxidativa de células e tecidos, por diminuir os níveis basais de danos
20
oxidativos e aumentar a resistência ao EO, o que contribui com grandes benefícios a
saúde. De fato a actividade física regular resulta em adaptações na capacidade
antioxidante, as quais protegem as células contra os efeitos deletérios do EO, e prevenir
danos celulares subsequentes30.
Mulheres idosas que realizam exercícios físicos regularmente melhoram suas condições
físicas, cardiovasculares e com suplemento dietético continuado de alimentos funcionais
antioxidantes podem minimizar os efeitos danosos das espécies reativas de oxigênio17.
Apesar do grande número de pesquisas que relacionam os benefícios da actividade
física e da crescente divulgação desses, ainda é alta a prevalência da inatividade física
na população. Observa-se que, em pessoas com mais idade as dificuldades para a prática
de actividades físicas, aumentam, enquanto as atividades habituais tendem a diminuir e,
agravam as alterações fisiológicas relacionadas ao processo de envelhecimento e
menopausa11. A população brasileira está a envelhecer, no entanto, não existe uma
preparação para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas com políticas públicas
eficientes para a inclusão delas em programas de actividade física e outras áreas, que
poderiam trabalhar a prevenção de patologias.
Para retardar o início das disfunções relacionadas com a idade, uma vez que certas
pessoas apresentam maior longevidade independente de seus comportamentos,
sugerindo que haja uma determinação genética para a longevidade, é necessário
considerar a importância de um estilo de vida saudável11.
CONCLUSÕES:
O sedentarismo e a inatividade física podem conduzir a situações de enfermidade,
entretanto a prática regular e moderada de exercícios aeróbios e exercícios de força são
estratégias eficazes na prevenção de enfermidades cardiovasculares e patologias
21
crônicas próprias do idoso. No entanto é de fundamental importância que esta prática
seja bem orientada por profissionais que possam desenvolver programas com exercícios
de aquecimento, flexibilidade, alongamento e equilíbrio, aliados aos exercícios aeróbios
e de resistência. Mesmo que sua prática se inicie em idade avançada, ela atua na
manutenção de um bom estado geral de saúde, podendo reduzir o risco de diabetes, de
algumas formas de cancro e de outras patologias crônicas. Realizada de forma regular,
em relação às enfermidades cardiovasculares (ECV), além de aumentar a capacidade
cardiorrespiratória reduz alguns indicadores de risco tais como a pressão arterial, o
colesterol total (CT) e LDL (LDL-C), aumenta os níveis de colesterol HDL e melhora a
função endotelial17. Deve-se conferir, portanto à actividade física, um papel importante
para uma vida saudável.
Pode-se concluir que, para obter esses resultados positivos com a prática regular de
actividade física, é necessário realizá-la em intensidade moderada (50 – 60% da
frequência cardíaca máxima), pois o seu excesso pode levar ao estresse oxidativo,
patologias e até mesmo a morte.
Diante disso apontam-se como importantes os estudos que apresentem informações
mais específicas referentes à actividade física e aptidão física em mulheres na
senilidade. Estas informações permitirão identificar as mulheres sedentárias, avaliar os
efeitos da prática regular de actividade física na manutenção da independência e a
capacidade de realização das atividades da vida diária, controle dos níveis pressóricos,
das concentrações séricas de glicose, insulina, triglicérides, além de avaliar o efeito da
sua prática regular e monitorada no decréscimo do estresse oxidativo11.
Além disso, dieta rica em antioxidantes ou alimentos funcionais antioxidantes e a
suplementação com vitaminas C e E, assim como o betacaroteno, pode promover a
22
prevenção de doenças relacionadas ao envelhecer e minimizar os efeitos danosos das
espécies reativas de oxigênio 17.
REFERÊNCIAS:
1) American College of Sports Medicine. ACMS’s. Guidelines for Exercise Testing
and Prescription. 6th ed. Philadelphia: Williams & Wilkins, 2000; 368p.
2) Brasil. IBGE. Censo demográfico de 2001.
3) Nahas EP, Pontes A, Burini RC et al. Influência do exercício físico aeróbio e da
tibolona sobre a antropometria e o perfil lipídico na menopausa. Reprodução e
Climatério, 1999; 14:132-140.
4) Halbe HW, Fonseca, M.A. Síndrome do climatério. In: Halbe H.W. Tratado de
Ginecologia. 4aed. São Paulo: Roca; 2000; 1519-57.
5) Davidson MH, Maki KC, Karp SK. et al. Management of Hypercholesterolaemia in
Postmenopausal Women. Drugs Aging 2002; 19:169-78.
6) Jousilahti P, Vartiainen E, Tuomilehto J, Puska P. Sex, age, cardiovascular risk
factors, and coronary heart disease: a prospective follow-up study of 14.786 middle-
aged men and women in Finland. Circulation 1999; 99:1165-72.
7) Lins APM, Sichieri R. Influência da Menopausa no Índice de Massa Corporal. Arq
Bras Endocrinol Metab 2001; 45:1-9.
8) Elsayed NM. Antioxidants in Mediterranean diets. World Rev Nutr Diet. 2000; 87:43-55.
9) Anderson KM, Odell PM, Wilson PWF, Kannel WB. Cardiovascular disease risk
profiles. Am. Heart J. 1990; 121:293-298.
10) Dröge W. Aging-related changes in the thiol/disulfide redox state: implications for
the use of thiol antioxidants. Exp Gerontol. 2002; 37:1333-45.
23
11) Silva MM, Silva VH. Envelhecimento: importante fator de risco para o câncer. Arq.
Med. ABC 2005; 30: 12-17.
12) Spirduso WW, Cronin DL. Exercise dose-response effects on quality of life and
independent living in older adults. Med Sci Sports Exerc. 2001; 33:598-610.
13) World Health Organization. Obesity: Preventing and managing the global epidemia.
Report of a WHO Consultation of obesity. Geneva, June 1996.
14) Mazo GZ, Lopes MA, Benedetti TB. Atividade física e o idoso: concepção
gerontológica. 1aed. Porto Alegre: Sulina, 2001; 236p.
15) Chacon-Mikahil MPT. Estudo da variabilidade da freqüência cardíaca nos domínios
do tempo e da freqüência antes e após o treinamento físico aeróbio em homens de meia-
idade. 1998; Tese (Doutorado) – Instituto de Biologia, Universidade Estadual de
Campinas, São Paulo.
16) Pu CT, Nelson ME. Envelhecimento, Função e Exercício. In: Frontera WR, Dawson
DM, Slovik DM. Exercício físico e reabilitação. 1aed. Porto Alegre: Artmed, 2001; 347-
372.
17) Rebelatto JR, Jiménez R, Delgado MA et al. Antioxidantes, Atividade Física e
Estresse Oxidativo em Mulheres Idosas Rev Bras Med Esporte 2008; 14:8-10.
18) Cesário GCA, Navarro AC. O exercício físico em mulheres meenopausadas promove a
redução do volume da gordura visceral. Rev Bras Obesidade, Nutrição e Emagrecimento
2008; 7:20-33.
19) Field AE, Coakley EH, Must A. et al. Impact of overweight on the risk of developing
common chronic diseases during a 10 years period. Arch Intern 2001; 161:1581-6.
20) Caspersen CJ, Powell KE, Christensen GM. Physical activity, exercise and physical
fitness: definitions and distinctions for health-related research. Pub Health Rep 1985;
100:126-31.
24
21) Riether PTA. Efeito do exercício físico aeróbio e/ou resistido associado á
intervenção nutricional sobre o desempenho físico, adiposidade, glicemia e lipidemia de
mulheres obesas em menopausa. (Tese). São Paulo (SP): Universidade Estadual de São
Paulo: 2002.
22) Smolander J, Blair S, Kohl HW. Work Ability, Physical Activity, and
Cardiorrespiratory Fitness: 2-years Results from Project Active. J Environ Méd 2000;
42:906-10.
23) Mckechnie R, Rubenfire M, Mosca L. Association between selfreported physical
activity and vascular reactivity in postmenopausal women. Atherosclerosis 2001;
159:483-90.
24) Hansen R, Allen BJ. Habitual physical activity, anabolic hormones, and potassium
content of fat-free mass in postmenopausal women. Am J Clin Nutr 2002; 75:314-20.
25) Coupland CAC, Cliffe SJ, Bassey EJ, Grainge MJ. Habitual physical activity and
bone mineral density in postmenopausal women in England. International Journal of
Epidemiology 1999; 28:241-246.
26) Visioli F. Flavonoides as antioxidants. J Nat Prod. 2000; 63:1035-42.
27) Stahl W, Junghans A, de Boer B et al. Carotenoid mixtures protect multilamellar
liposomes against oxidative damage: synergistic effects of lycopene and lutein. FEBS
Lett 1998; 8:305-8.
28) Poulsen HE, Loft S, Prieme H. et al. Oxidative DNA damage in vivo: relationship to
age, plasma antioxidants, drug metabolism, glutathione-S-transferase activity and
urinary creatinine excretion. Free Radic Res. 1998; 29:565-71.
29) Halliwell B, Hu ML, Louie S. et al. Interaction of nitrogen dioxide with human
plasma. Antioxidant depletion and oxidative damage. FEBS Lett. 1992; 16:62-6.
25
30) Matsudo SSM.; Araújo, T.; Matsudo, V.K.R et al. Questionário Internacional de
Atividade Física (IPAQ), estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev. Ativ.
Fís. Saúde. 2001; 6:5-18.
26
3.2. ARTIGO II
Título do artigo: Effects of Physical Activity on Breast Cancer Prevention.
Revista: Journal of Physical Activity & Health
27
EFFECTS OF PHYSICAL ACTIVITY ON BREAST CANCER PREVENTION
PHYSICAL ACTIVITY AND BREAST CANCER PREVENTION:
A SYSTEMATIC REVIEW
Running head: Physical Activity on Breast Cancer Prevention
Manuscript type: Systematic review article
Key words: neoplasia, women, exercise, risk
Abstract word count: 193
Manuscript word count: 2 698
Date of manuscript submission: 09/23/2011
28
Abstract
Background: Observational studies have reported an association between
physical activity and breast cancer risk reduction. To evaluate the effect of
physical activity on breast cancer prevention. Methods: Articles were identified
through literature available on Electronic databases (Pubmed, Embase, Scielo,
Cochrane, Cancerlit e Google Scholar) and Manual searches. Case control and
cohort studies were assessed for methodological quality, using the NewCastle
scale. Results: Size, population, components and characteristics of physical
activity, and menopausal status were documented. Review Manager 5.1
performed analysis using the statistical method of Mantel-Haenszel. Fixed-
effect analysis with dichotomous data, testing subgroups and calculating odds
ratio with a confidence interval of 95% were used. Main results: seven cohort
studies and fourteen case control studies were evaluated. Statistical evidence
found that physical activity reduces the risk of breast cancer in case-control
studies [OR = 0.84 (0.81 to 0.88)] (heterogeneity 72%) and cohort studies [OR
= 0.61 (0.59 to 0.63)] (heterogeneity 100%) Conclusions: The best instrument
to assess PA needs to be defined, subsequently producing more homogeneous
studies for meta-analysis. More studies involving latency periods with different
types of PA and considering menopausal status of the subjects would shed
some light on interesting results.
29
INTRODUCTION
The effectiveness of physical activity (PA) in the prevention of cancer has been
investigated in several studies(1). It is generally agreed that PA is strongly
associated with reduced risk of breast cancer (BC) and may also be associated
with a decreased risk of colon, endometrial, prostate, and lung cancer(1).
PA is among the modifiable risk factors for cancer. Low levels of PA, together
with obesity, are associated with breast, colon, kidney, and digestive cancer(2).
Many plausible biological mechanisms have been hypothesized to underlie this
association(2). Multiple inter-related mechanisms are likely operative(3),
including changes in metabolic and sexual hormones(4), growth factors(5)
adiposity(6) and possibly immune function(7).
Sexual hormone levels are one of the most likely mechanisms. Estrogen and
androgen levels are fairly consistently associated with increased BC risk(8).
Several epidemiological observational studies have reported that PA is
associated with reduced BC risk (9-11). However, most studies show an
association between PA and decreased risk; some found the contrary, whereas
others reported no relationship. The lack of consistency may be attributable to
differences in methods for assessing PA such as inconsistent PA categorization
(eg, occupational, recreational, household, frequency and intensity).
Studies also vary greatly as to the ages at which the PA level was evaluated.
Critical time periods in life with respect to PA and breast carcinogenesis are
unknown as are the optimal frequency, duration, and intensity of PA needed to
reduce risk of BC. Inconsistent results have been reported regarding these
aspects of activity.
30
The purpose of this systematic review is to evaluate the effect of PA on BC
prevention and to summarize the available evidence.
METHODS
This study adhered to MOOSE and PRISMA guidelines.
Inclusion Criteria
A study was considered if it was a case control or cohort study which
investigated the effect of PA on BC prevention.
Studies meeting the following criteria were included: (a) adult subjects (>18
years of age; (b) Women with histological diagnosis of BC; (c) Case control or
cohort study; (d) assessment of participation in leisure time PA and (e) no
language restrictions were used. No exclusion criteria were established.
PA is defined as bodily movement produced by skeletal muscles that result in
energy expenditure, including conditioning exercises, sports, occupational
activities, and household activities (2). Moderate and vigorous PA are
considered beneficial to health (12).
The levels of PA were defined in metabolic equivalents (MET), a commonly
used and recognized measure of PA. MET is defined as the ratio of a working
metabolic rate to a standard resting metabolic rate and assigns a value to a
particular activity (1 MET = 1 kcal kg-1 hr1) (12). During the evaluation of
studies, PA intensity was measured through MET, classified as low (1.1 a 2.9
METs), moderate (3 a 5.9 METs) or vigorous (> 6 METs) (12, 13). The intensity
of PA was also evaluated by duration and frequency (days / week). The
frequency of PA recommended for health benefits is at least three times a week
and at least 30 minutes of duration(13).
31
In the present review, the outcome (BC) was evaluated considering studies
which included women with a histological diagnosis of BC.
Search and Selection of Literature
Eligible studies were identified by searching the following databases: Pubmed,
Embase, Scielo, Cancerlit Cochrane and Google scholar as well as university
libraries. Manual searches were also conducted through cancer, gynecology
and PA journals and also included the bibliographies of the reviewed articles.
The search terms used are shown in (Table 1).
After a search of the databases, 8747 articles were collected. Of these, 8541
articles were excluded when the titles and abstracts were not found to meet
eligibility criteria e 152 articles were excluded by duplicity. Two independent
researchers (GLDF and MJMAS) analyzed the quality of the 54 articles using
the Newcastle Scales - Ottawa Assessment. (Figure 1).
Data Extraction
The methodological quality of the studies was assessed independently by two
blind reviewers (GLDF and MJMAS). Any disagreement was solved through
consensus or by consultation with a third reviewer (AKSG).
Standardized data extraction forms were specifically created for this review and
the results were subsequently entered into a database. All data entry was
double-checked. Study size, characteristics of the study population,
components of PA, and methodological characteristics were documented.
Components of PA included the type of activity (leisure time activity), the dose
of the activity (frequency, intensity, duration). The results (fully adjusted risk
32
estimates and 95% confidence intervals for the highest vs lowest level of
activity) for total and leisure time activity on BC risk were documented
separately.
The studies reported different types of PA measurements: the following
hierarchical documentation order was used: MET (duration and intensity),
frequency and duration of PA in hours or weeks and simple ordinal ranking of
PA (low, moderate or vigorous). MET was chosen as our primary PA
measurement since it was the easiest to define, and was found in the majority
of studies. (Tables 2 and 3)
Quality Assessment
The New Castle-Ottawa scale (14) was used to assess the methodological
quality of studies. This scale varies between zero and nine points: studies with a
score equal to or higher than six were considered methodologically good and
accepted. All differences were discussed between the reviewers and in case of
disagreement a third assessor was asked to opine. The collection, evaluation
and statistical analysis of data from primary articles were performed using the
statistical program Review Manager 5.1. This statistical program was used to
assess the risk and heterogeneity of studies.
Analysis
Cohort studies and case-control studies were categorized separately for risk
assessment of leisure PA.
The Review Manager 5.1 performed the analysis of the model through the
statistical method of Mantel-Haenszel. A fixed-effect analysis with dichotomous
33
data was used combining the selected studies, testing subgroups and
calculating the odds ratio with a confidence interval of 95%. All factors were
included in a multivariate model (full model).
Statistical evidence showing that PA reduces the risk of BC was found in case-
control studies [OR = 0.84 (0.81 to 0.88)] (Figure 2) and cohort studies [OR =
0.61 (0.59 to 0.63)] (Figure 3). However there was significant heterogeneity
both in the analysis of cohort studies and case-control studies.
The heterogeneity of the studies was evident in the funnel plot. The funnel
charts show the variability of the studies according to size and design. When
the chart is asymmetric, the studies used cannot be compared, thus eliminating
the possibility of meta-analysis.
Due to the lack of PA standardization, the qualitative summary was established
following the best scientific evidence found in the existing literature. (Tables 2
and 3)
RESULTS
After the methodological study evaluation and agreement of researchers, 9
authors were electronically contacted. Only one author sent results, resulting in
a loss of 8 articles. In the end, 14 case-control studies (6, 14-26) and 7 cohort
studies (27-33) were selected, all of which had a score equal or greater than 6
according to the New-Castle-Ottawa Scale.
Case-Control Studies
Figure 2 shows the stratified results of the case-control studies. Thirteen (6, 14,
15, 17-26) out of the fourteen case control studies demonstrated results
34
supporting the positive effects of PA on BC risk reduction. Chen et al (1997)
was the only study to find results not supporting the protective effect of PA (16).
Despite together resulting in an increased defense against BC risk [OR = 0.84
(0.81 to 0.88)] study heterogeneity was found to be 72%.
Cohort Studies
The Figure 3 shows the stratified results of cohort studies. Together they
demonstrate a protective effect [OR = 0.61 (0.59 to 0.63)], however
heterogeneity was found to be 100%. Of the seven studies only two did not
show that PA enhanced the protective effect of BC (28,30).
The articles included in this Systematic Review reported a protective effect
against BC when PA of moderate to vigorous intensity was performed. The
odds ratios were 0.84 and 0.61 for case-control and cohort studies,
respectively. (Figures 2 and 3)
DISCUSSION
BC can occur at any time in a woman's lifetime, thus conducting clinical trials to
prove the direct effect of PA on BC risk reduction can prove to be difficult.
Consequently, cohort and case-control studies make this assessment possible.
No statistical pooling was carried out.
Most of both the cohort and case control studies included in this review
suggested that the promotion of behavior patterns that optimize energy balance
(increased PA, weight control, decreased BMI) may be a viable option for BC
prevention. Most demonstrated an association of substantially increased BC
risk in postmenopausal and non-exercising women with higher BMIs. These
35
studies considered several different variables which significantly decreased BC
risk such as pre or postmenopausal status, type of PA, short or long latency of
PA, as well as type of tumor. Of the 14 case control studies and 7 cohort
studies considered in this review, only Chen(1997), Colditz (2003) and Margolis
(2005) did not find supporting evidence of the latter.
Colditz (2003) studied PA intensity using the MET and found results which
showed no overall association between PA and risk of BC among
premenopausal women, while Chen (1997) found similar results studying
premenopausal women and the effect of leisure time PA in frequency and
duration using MET. Likewise, Margolis (2005) compared active and inactive
premenopausal women looking for the effect of PA on BC risk. Women with
higher levels of PA at enrollment had a similar risk of incident BC. PA done at a
very early age, or with a long latency period, did not show any significant
protection from BC. However, the Nurses' Health Study II (34), which also
enrolled much younger women with primarily premenopausal cancer found no
protective effect of PA during either 6 or 10 years of follow-up. It can be said
that there is a possible effect modification by menopausal status at enrollment
in all these studies.
Interestingly, eight of the eleven (table 3) studies in this review which selected
a wider age sample, including both pre and postmenopausal women, found a
positive association between PA protective effect and postmenopausal status.
The other studies included did not discuss the menopausal status at enrollment.
Latency time also seems to be an important variable when discussing BC risk
in postmenopausal women. Several studies demonstrated results supporting
the positive effects of PA on BC risk. These studies agree that only the most
36
recent leisure-time PA was associated with a significant risk reduction, even
though the studies have different designs (6, 22, 26).
Additionally, type of PA is a recurrent variable which is discussed in several
studies. Both types of studies (cohort and case control) frequently categorized
PA as occupational and extracurricular activities or by intensity, duration and
frequency (Table 3). Thus any kind of exercise is PA, but not all PA can be
considered exercise. For these reasons, PA is not consistently evaluated or
standardized to measure how an individual performs in relation to health(13).
This caused a large heterogeneity among the chosen studies, making meta-
analysis impossible.
More studies need to be conducted in order to define the best instrument to
assess PA, subsequently producing more homogeneous studies and allowing
for the construction of a meta-analysis to improve the quality of medical
evidence .The results of this review point to the fact that more studies involving
latency periods with different types of PA, household, occupational, and
recreational activity considering menopausal status of the subjects would shed
some light on interesting results.
37
REFERENCES
1.Courneya KS, Friedenreich CM. Physical activity and cancer control. Semin
Oncol Nurs 2007;23(4):242-52.
2.Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases. World Health Organ
Tech Rep Ser 2003;916:i-viii, 1-149, backcover.
3.Neilson HK, Friedenreich CM, Brockton NT et al. Physical activity and
postmenopausal breast cancer: proposed biologic mechanisms and areas for
future research. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2009;18(1):11-27.
4.Toniolo PG. Endogenous estrogens and breast cancer risk: the case for
prospective cohort studies. Environ Health Perspect 1997;105 Suppl 3:587-92.
5.Hankinson SE, Willett WC, Colditz GA et al. Circulating concentrations of
insulin-like growth factor-I and risk of breast cancer. Lancet
1998;351(9113):1393-6.
6.Friedenreich CM, Courneya KS, Bryant HE. Influence of physical activity in
different age and life periods on the risk of breast cancer. Epidemiology
2001;12(6):604-12.
7.Shephard RJ, Rhind S, Shek PN. The impact of exercise on the immune
system: NK cells, interleukins 1 and 2, and related responses. Exerc Sport Sci
Rev 1995;23:215-41.
8.McTiernan A. Mechanisms linking physical activity with cancer. Nat Rev
Cancer 2008;8(3):205-11.
9.Friedenreich CM, Woolcott CG, McTiernan A et al. Alberta physical activity
and breast cancer prevention trial: sex hormone changes in a year-long
38
exercise intervention among postmenopausal women. J Clin Oncol
2010;28(9):1458-66.
10.Monninkhof EM, Elias SG, Vlems FA et al. Physical activity and breast
cancer: a systematic review. Epidemiology 2007;18(1):137-57.
11.Friedenreich CM, Cust AE. Physical activity and breast cancer risk: impact of
timing, type and dose of activity and population subgroup effects. Br J Sports
Med 2008;42(8):636-47.
12.Haskell WL, Lee IM, Pate RR et al. Physical activity and public health:
updated recommendation for adults from the American College of Sports
Medicine and the American Heart Association. Med Sci Sports Exerc
2007;39(8):1423-34.
13.Physical activity guidelines for Americans. Okla Nurse 2008;53(4):25.
14.McTiernan A SJ, Weiss NS, Daling JR et al. Occurrence of breast cancer in
relation to recreational exercise in women age 50-64 years. Epidemiology
1996;7(6):598-604.
15.Bernstein L, Patel AV, Ursin G et al. Lifetime recreational exercise activity
and breast cancer risk among black women and white women. J Natl Cancer
Inst 2005;97(22):1671-9.
16.Chen CL WE, Malone KE, Daling JR. Leisure-time physical activity in
relation to breast cancer among young women. Cancer Causes Control
1997;8(1):77-84.
17.Gao CM, Tajima K, Ding JH et al. Body size, physical activity and risk of
breast cancer - a case control study in Jangsu Province of China. Asian Pac J
Cancer Prev 2009;10(5):877-81.
39
18.Hirose K, Hamajima N, Takezaki T et al. Physical exercise reduces risk of
breast cancer in Japanese women. Cancer Sci 2003;94(2):193-9.
19.Kruk J, Aboul-Enein HY. Physical activity in the prevention of cancer. Asian
Pac J Cancer Prev 2006;7(1):11-21.
20.Levi F PC, Lucchini F, La Vecchia C. Occupational and leisure time physical
activity and the risk of breast cancer. Eur J Cancer 1999;35(5):775-8.
21.Malin A, Matthews CE, Shu XO et al. Energy balance and breast cancer risk.
Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2005;14(6):1496-501.
22.Moradi T, Nyren O, Zack M et al. Breast cancer risk and lifetime leisure-time
and occupational physical activity (Sweden). Cancer Causes Control
2000;11(6):523-31.
23.Ratnasinghe LD, Modali RV, Seddon MB et al. Physical activity and reduced
breast cancer risk: a multinational study. Nutr Cancer 2010;62(4):425-35.
24.Schmidt ME, Steindorf K, Mutschelknauss E et al. Physical activity and
postmenopausal breast cancer: effect modification by breast cancer subtypes
and effective periods in life. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev
2008;17(12):3402-10.
25.Steindorf K, Schmidt M, Kropp S et al. Case-control study of physical activity
and breast cancer risk among premenopausal women in Germany. Am J
Epidemiol 2003;157(2):121-30.
26.Suzuki R, Iwasaki M, Kasuga Y et al. Leisure-time physical activity and
breast cancer risk by hormone receptor status: effective life periods and
exercise intensity. Cancer Causes Control 2010;21(11):1787-98.
40
27.Bardia A, Hartmann LC, Vachon CM et al. Recreational physical activity and
risk of postmenopausal breast cancer based on hormone receptor status. Arch
Intern Med 2006;166(22):2478-83.
28.Colditz GA, Feskanich D, Chen WY et al. Physical activity and risk of breast
cancer in premenopausal women. Br J Cancer 2003;89(5):847-51.
29.Lahmann PH, Friedenreich C, Schuit AJ et al. Physical activity and breast
cancer risk: the European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition.
Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2007;16(1):36-42.
30.Margolis KL, Mucci L, Braaten T et al. Physical activity in different periods of
life and the risk of breast cancer: the Norwegian-Swedish Women's Lifestyle
and Health cohort study. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2005;14(1):27-32.
31.Patel AV, Callel EE, Bernstein L et al. Recreational physical activity and risk
of postmenopausal breast cancer in a large cohort of US women. Cancer
Causes Control 2003;14(6):519-29.
32.Peters TM, Schatzkin A, Gierach GL et al. Physical activity and
postmenopausal breast cancer risk in the NIH-AARP diet and health study.
Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2009;18(1):289-96.
33.Thune I BT, Lund E, Gaard M. Physical activity and the risk of breast cancer.
New Engl J Med 1997;336(18):1269-75.
34.Rockhill BWW HD, Manson JE, Hankinson SE et al. Physical Activity and
Breast Cancer Risk in a Cohort of Young Women. J Natl Cancer Inst
1998;90:1155-60.
41
Table 1 – Description of the terms used in the search
Eletronic base Descriptors Articles (n)
Pubmed (activities, motor OR activity, motor OR motor activities OR physical activity OR
activities, physical OR activity, physical OR physical activities OR locomotor activity
OR activities, locomotor OR activity, locomotor OR locomotor activities OR exercises
OR exercise, physical OR exercises, physical OR physical exercise OR physical
exercises OR exercise, isometric OR exercises, isometric OR isometric exercises
OR isometric exercise OR warm-up exercise OR exercise, warm-up OR exercises,
warm-up OR warm up exercise OR warm-up exercises OR exercise, aerobic OR
aerobic exercises OR exercises, aerobic OR aerobic exercise) AND (breast
neoplasm OR neoplasm, breast OR neoplasms, breast OR tumors, breast OR breast
tumors OR breast tumor OR tumor, breast OR mammary carcinoma, human OR
carcinoma, human mammary OR carcinomas, human mammary OR human
mammary carcinomas OR mammary carcinomas, human OR human mammary
carcinoma OR mammary neoplasms, human OR human mammary neoplasms OR
human mammary neoplasms OR neoplasm, human mammary OR neoplasms,
human mammary OR mammary neoplasm, human OR breast cancer OR cancer,
breast OR cancer of the breast OR cancer of breast) AND (risk*[Title/Abstract] OR
risk*[MeSH] OR risk *[MeSH] OR cohort studies[MeSH Terms] OR group*[Text
Word])
1567
Embase
Scielo
Cancerlit
Cochrane
Banco Teses
(physical activity) and (breast cancer) and (risk)
1909
03
436
92
0
Google Scolar (physical activity) AND (breast cancer) AND (cohort OR control-case) AND
(women) AND (2000 to 2010) 4740
Total 8747
42
Table 2- Design characteristics of the selected case control studies
OR= odds ratio PA= Physical Activity MET= metabolic equivalent BC= Breast Cancer BMI = body mass index
Author (year), Location Score Follow-up Assessment
PA Inclusion criteria Sample Menopausal Status
Comments and Conclusion OR (95%CI)
Bernstein (2005), USA 6 1994-1998
PA: h/wk
orMET-h/wk
35 – 64 years. White or black women No previous diagnosis of in situ or invasive BC
9187 Pre menopausal
PA vs inactivity = 20% lower risk of BC. 6.7 – 15.1 MET h/w/ y – OR = 0.82 (0.71-0.93)≥ 15.2 MET-h/w/y – [OR = 0.80 (0.70-0.92)]
Chen (1997), Washington 6 1983-1990
PA: Frequency
d/wk
21- 45 years. White race, born in 1945 or after, and being able to communicate in English. Residents of King, Pierce, and Snohomish counties
1708 Pre menopausal
Frequency of activity (>4 episodes per week cf none) [OR = 0.93 (0.71-1.22)] Total hours spent in physical activity (> 4hours per week cf none) [OR = 0.92 (0.71-1.22)] MET (18 or more METs per week cf none) [OR = 0.95 (0.73-1.23)], Our findings do not support a protective effect of leisure-time physical activity either in the adolescent years or in adulthood on breast cancer in young women.
Friedenreich (2001), Alberta
7 1995-1997 PA:
MET-h/wk/year
80 years of age or younger, able to complete an in-person interview.
2470 Pre and Post menopausal
BC risk vs PA done later in life [OR= 0.70 (0.52-0.95)] PA throughout life vs never active [OR= 0.58 (0.41-0.83)]
Gao (2009), China 7 2004-2007
PA:
Min/every time
Primary BC in data of the Cancer Registries of China and visit at Hospital.
1351 Pre and Post menopausal
PA and BC risk [OR=0.68 (0.53-0.88)]
Hirose (2003), Japão 7 1989-2000 PA:
Frequency >18 years 21353 Pre and Post menopausal
>3/wk PA vs BC risk [OR=0.81(0.69–0.94)]. PA in Premenopausal women and BC risk [OR=0.57 (0.28–1.15)] PA in postmenopausal women ( BMI: 22–25) vs BC risk [ OR=0.71 (0.50–1.01)]
Kruk (2006), Polish 6 2003-2004
PA:
h/wk/year
35 - 75years (age at the time of diagnosis) 551 Pre and Post
menopausal
MET-h/w/y: (<110) - 1.00 [referent] (110–150)[OR=0.54 ( 0.31–0.94)] (>150) [OR= 0.40 (0.22–0.70)] (P trend < 0.001)
Levi (1999), Switzerland 6 1993-1998
PA Intensity
High and low level
246 women with, histologically confirmed breast cancer cases and 374 controls below the age of 75 years
620 Pre and Post menopausal
An inverse trend in risk was significant in all groups for both leisure time physical activity and occupational physical activity
Malin (2005), Shangai 6 1996-1998 PA:
MET-h/d/y
25 to 64 who were newly diagnosed with BC and a random sample of health controls. Permanent residents (urban Shanghai)
2744 Pre and Post menopausal
PA (BMI ) vs women inactive and lean vs exercise/sport activity [OR= 2.16 (1.25-3.74) Inactivity postmenopausal women with higher BMI and BC risk [OR=4.74 (2.05-12.20)]
Mctiernan (1996), Washington
6 1988-1990 PA:
Frequency h/wk
50-64 years, residents of King County, WA, at the time of diagnosis and who had telephones.
1027 Pre and Post menopausal
Women who reported no exercise vs women who exercised more than 1.5 hours per week in the 2 years before diagnosis (cases) or referent date (controls) [odds ratio [OR = 0.7 ( 0.4-1.1)] Engaged in at least some high-intensity exercise [OR = 0.7 ( 0.4-1.1)], but These results indicate a weak negative association between PA and risk of breast cancer in middle-aged women.
Moradi (2000), Suécia 6 1993-1995
PA: Frequency
h/wk
50 to 74 years of age living in Sweden. 5164 Post
menopausal
Never PA vs adulthood PA (18-30 years and recently) [OR=1,2 (1,0-1,5)] Both childhood and adulthood [OR=1,3 (1,0-1,6)]
Ratnasinghe (2010), USA 6 2000 PA:
Time/wk Availability of PA data and race 6278 Pre and Post menopausal
PA (1time/ week or more) vs PA less than1time/week [OR = 0,50 (0.4–0.6)]
Schimidt (2008), Germany
6 2002-2005 PA: MET-h/wk
50 – 75years (BC carried) out First primary invasive or in situ BC of Hospital admissions, surgery schedules and pathology records of the 51 clinics serving our study regions.
9758 Post menopausal
PA for ER+/PR+ carcinomas [OR = 0.71 (0.60- 0.85)] P = 0.0001)
Steindorf (2003), Germany
7 1999-2000 PA: MET-h/wk
< age 51 yrs situ or invasive BC diagnose and residing in the two areas and having in
1246 Pre menopausal
PA in two age periods [OR=0.83 (0.60, 1.14)] Higher quartiles PA compared with the lowest quartile [OR=0.97 (0.68-0.94.]
Suzuki (2010), Japão 6 2001-2005
PA: Frequency
d/wk
20-74 years, who received treatment or examination hospital-based. Newly diagnosed and histologically confirmed primary invasive BC who was under cancer treatment in the study base.
809 Pre and Post menopausal
Strenuous PA at age 12 (pre- and postmenopausal BC risk) ER/PR [OR = 0.24 (0.14–0.43)] Moderate PA later 5 years vs risk postmenopausal ER+PR+ tumors [OR =0.35 (0.18–0.67)]
43
Table 3 - Design characteristics of the selected cohort studies.
RR= Relative Risk HR= Hazard Ratio BC= Breast Cancer PA= Physical Activity BMI = body mass index
Author (year),
Location Score Follow-up
Assessment Physical Activity
Inclusion criteria Sample Menopausal Status
Comments and Conclusion
RR and HR(95%CI)
Bardia (2006), Iowa
7 1986-2003
PA: Frequency: times/wk
55 – 69 years. Postmenopausal women 36363 Post
menopausal
High PA levels and risk of BC [RR=0.86 (0.78-
0.96)] Colditz (2003),
Usa
7 1989-1999
PA: Intensity: MET-h/wk
25-42 years (Premenopausal women).
Living in 14 US states. 110468 Pre
menopausal
>27 MET-h/week_1 vs< 3 MET-h/wk
[RR=1.04 (0.82–1.33)]
Lahmann (2006), Europa
8 2000-2005
PA: Intensity: MET-h/wk
25-70 years general population 218169 Pre and Post
Menopausal
PA related to BC risk in pre and
postmenopausal [HR= 1,05 (0,94-1,17)]
Margolis (2005), Sweden
8 1992-2003
PA: Intensity:
None, Low, Moderate, High and Vigorous
34-49 years (Norwegian women), 30-49 years
(Swedish women), Status vital, incident cancer and
emigration from 1991-1992
99504 Pre Menopausal
Vigorous activity vs no activity of risk incident BC [RR=1.24 (0.85-
1.82)]
Patel (2003), USA
61992-1997
PA: Intensity: MET-h/wk
50-74 years, completed a 10-page self-administered
questionnaire 72608 Pos
Menopausal
(>42.0 MET-h/week) vs (>0–7.0 MET-
h/week) and BC risk [HR=0,29 (0.49–1.02)]
Peters (2009), USA
8 1996-2003
PA: Frequency: Times/wk
50-71 years, Postmenopausal women 182862 Post
Menopausal
The most active women vs inactive
women [RR=0.87 (0.81-0.95)]
Thune (1997), Norway
7 1974-1983
P A: Level:
Sedentary, Moderate or
Regular exercise
20 to 54 years, enrolled in health surveys and
answered questionnaires about leisure-time and
work activity.
25610 Pre and Post menopausal
Greater leisure-time activity and risk of
breast cancer [RR= 0.63 (0.42-0.95)] Regularly exercising women in younger
women vs older women
[RR= 0.38 (0.19-0.79)].
44
Figure 1 - Process used in the selection of articles from the search to the quality assessment
Physical activity decreases the breast cancer risk?
Search Strategy: Pubmed, Embase, Scielo, Cochrane, Cancerlit e Google Scholar
Articles identified in electronic databases and manual search (8747)
(8541) excluded afterassessment of titles, abstracts and inclusion criteria
(54) articles with full text to assessment of quality
(152) excluded articles for duplicity
(29) Articles with full text assessment
(21) Articles with full text
(08) Lost articles after contact with author
(25) Low quality
45
Figure 2 – Characteristics and results of the case control studies
46
Figure 3 – Characteristics and results of the cohort studies
47
4. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES
Nos dias atuais, a medicina baseada em evidências (MBE) têm se constituído
de um importante instrumento de tomada de decisões clinicas, através de um
processo sistemático de busca, avaliação da qualidade e aplicação dos
resultados de pesquisas recentes. As revisões sistemáticas buscam apresentar
os resultados dos estudos existentes de forma critica e integrada, através de
um processo claro e objetivo de busca e avaliação de pesquisas existentes
sobre um dado tema. Trata-se atualmente da melhor evidência existente para
tomada de decisões clínicas. Em virtude disso, o número de revisões
sistemáticas e de metanálises vem crescendo de modo importante desde 1990.
A mudança de filosofia trazida pela medicina baseada em evidências, aliada ao
crescimento da produção na área biomédica, têm contribuindo de forma
decisiva para este acréscimo. 30
Este estudo utilizou-se do mecanismo de revisão de forma extensiva,
através da “revisão da arte” realizada no primeiro artigo que abordou os efeitos
da atividade física na prevenção do estresse oxidativo. A MBE foi aplicada em
um segundo momento, através de revisão sistemática onde foi analisado o
efeito da atividade física sobre câncer de mama.
Observamos mediante a realização deste estudo que a MBE é um
método factível, com resultados satisfatórios e que pode ser aplicado em
diversas áreas. A análise do presente estudo constatou que para obter-se
resultados benéficos é necessária a prática regular de exercício físico e em
intensidade moderada (50 – 60% da freqüência cardíaca máxima), pois o seu
excesso pode levar ao estresse oxidativo, patologias e até mesmo a morte.
48
Em relação ao câncer de mama, a maioria dos estudos de coorte e
estudos caso-controle incluídos nesta revisão sugerem uma associação de
mulheres na pós-menopausa que não realizam exercício físico regular e com
maior índice de IMC e um maior risco de câncer de mama. Dos 21 artigos
(1996-2010), 14 estudos caso-controle (64.265 mulheres) e 7 estudos de
coorte (743.201 mulheres) considerados nesta revisão, apenas Chen (1997),
Colditz (2003) e Margolis (2005) não encontraram diminuição do risco.(artigo II)
A atividade física realizada no período da juventude, ou com um longo
período de latência, não mostrou significativa proteção contra o câncer de
mama. No entanto, o Nurses 'Health Study II’, 35 que também envolveu
mulheres muito mais jovens com câncer principalmente na pré-menopausa não
encontrou efeito protetor da atividade física durante 6 ou 10 anos de
seguimento. Pode-se dizer que há uma modificação possível do efeito pelo
estado menopausal no início de todos estes estudos.
Curiosamente, oito dos onze estudos nesta revisão que selecionaram
uma amostra mais senil, incluindo mulheres pré e pós-menopausa,
encontraram uma associação positiva entre efeito protetor da atividade física e
status pós-menopausa. Os outros estudos incluídos não discutiram o status
menopausal no início do estudo.
Tempo de latência também parece ser uma variável importante quando
se discute risco de câncer de mama em mulheres pós-menopáusicas. Vários
estudos demonstraram resultados que apoiam os efeitos positivos da atividade
física sobre o risco de Câncer de mama. A maioria dos estudos concordaram
que só a atividade física de lazer recente foi associado com uma redução
significativa do risco, embora os estudos têm projetos diferentes. 15,28,38
49
Além disso, o tipo de atividade física é uma variável recorrente que é
discutido em várias estudos. Ambos os tipos de estudos (de coorte e caso
controle) freqüentemente categorizaram a atividade física por intensidade,
atividades ocupacionais e extra-curriculares ou por duração e freqüência.
Assim, qualquer tipo de exercício físico é atividade física, mas nem toda
atividade física pode ser considerado como um exercício físico. Por estas
razões, atividade física não é sistematicamente avaliado ou padronizado para
medir como o indivíduo o realiza em relação à saúde. 32 Isso causou uma
grande heterogeneidade entre os estudos selecionados, tornando impossível
uma metanálise.
Mais estudos precisam ser conduzidos a fim de definir o melhor
instrumento para avaliar o exercício físico 13 e para que seja possível a
elaboração de estudos mais homogêneos, permitindo a construção de uma
metanálise para melhorar evidências sobre o tema. Os resultados desta revisão
pontua para o fato de que mais estudos envolvendo períodos de latência com
diferentes tipos de atividade física (domésticas, ocupacionais, atividade
recreativa e exercícios físicos), considerando o status menopausal dos sujeitos
resultaria em resultados mais precisos.
Estes estudos foram motivados pela necessidade de me aprofundar nos
temas e esclarecer dúvidas sobre os efeitos da atividade física na saúde da
mulher visto que na literatura há controvérsias sobre seus efeitos na prevenção
do câncer de mama e as atividades biológicas envolvidas.
As outras informações relevantes, que discorre sobre a atividade física e
seu efeito sobre o câncer de mama, foram reunidas em um artigo que foi
enviado para publicação de cunho internacional na revista “Journal of Physical
50
Activity & Health”, o qual leva como título: “Effects of Physical Activity on Breast
Cancer Prevention: a systematic review.”
Por abordar como tema o Estresse Oxidativo e o Câncer de Mama que
são relevantes para a saúde pública e em especial a saúde da mulher,
acreditamos que oferecemos, com os nossos resultados, uma colaboração
enriquecedora à ciência e aos pesquisadores que estudam temas semelhantes
ou relacionados.
Perspectivas inovadoras de ampliar as investigações sobre o Câncer de
mama e o Exercício Físico, podem ser consideradas, por se tratar de um
assunto atual e que ainda tem várias lacunas a serem preenchidas até que se
esgote o tema.
Além de autora da presente dissertação, fui bolsista de mestrado pelo
CNPQ do período de 01/09/2009 a 28/02/2011. A minha atuação enquanto
aluna de mestrado, também abrangeu a participação como integrante de outros
trabalhos “A eficácia da vacina profilática contra o HPV nas lesões HPV
induzidas”, “Rastreamento universal para cervicite clamidiana: uma revisão
sistemática” e “O valor do rastreamento para clamidia na redução da
morbidade do trato genital feminino”, publicados pelo grupo de pesquisa
coordenado pela minha orientadora.
51
5. APÊNDICES
5.1 Revisão Sistemática
A revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que sintetiza as
evidências de estudos primários considerados de boa qualidade metodológica,
sendo considerada atualmente uma fonte importante para decisão de conduta
dos profissionais da saúde. A revisão sistemática difere da revisão narrativa
pelo seu aspecto mais específico e metodológico a ser seguido e pela
possibilidade de alcançar resultados quantitativos através da metanálise. 4,18,24
A primeira revisão sistemática data de 1904 e foi realizada por Pearson com a
síntese de dois estudos, porém foi só a partir da década de 80 que as revisões
sistemáticas se consolidaram na área da saúde. 4 O Centro Cochrane é uma
referência na sistematização e divulgação desta metodologia.
Atualmente observa-se um crescimento no número de publicações associados
ao método e a sua grande utilização na elaboração de guias de conduta dos
profissionais da saúde, conforme se comprova com acesso aos grandes
bancos de dados. 4
Os métodos científicos para realização de uma revisão sistemática devem
garantir sua reprodutibilidade e de acordo com a colaboração Cochrane (2011)
sua execução deve seguir os sete passos descritos abaixo: 11,40
a) Elaboração da pergunta da pesquisa
b) Localização e seleção dos estudos
c) Avaliação crítica dos estudos
d) Coleta de dados
52
e) Analise e apresentação dos dados
f) Interpretação dos resultados
g) Aperfeiçoamento e atualização
O primeiro passo para realizar uma revisão sistemática é fazer a pergunta da
pesquisa categorizando-a em quatro grupos (etiologia, diagnóstico, tratamento
ou risco) na dependência da questão clínica. 4,18,24,40
A pergunta da pesquisa deve ser estruturada através da sigla PICO, a saber, P
(população ou o paciente alvo da pesquisa), I (o indicador de risco ou de
intervenção), C (a comparação ou o controle) e O (outcome ou desfecho do
estudo). Seguindo esta estruturação, a pergunta retrata os principais critérios
de seleção da pesquisa, refletindo a combinação de aspectos associadas às
questões clinicas com o desenho de estudo. 4,18,24,40
Os critérios de seleção determinam os estudos que serão incluídos e excluídos
da avaliação qualitativa, definindo os tipos de participantes da pesquisa, o tipo
de intervenção ou comparação e os desfechos de interesse. 40
Definida a pergunta da pesquisa, os sujeitos da pesquisa em uma revisão
sistemática são os estudos primários que serão selecionados através de
método sistematizado e pré-estabelecido. Poderá ser incluído na revisão
sistemática qualquer desenho de estudo, no entanto, sua seleção dependerá
da categorização quanto às questões da pergunta em risco, etiologia,
diagnóstico ou tratamento. 6
Os desenhos de estudos devem ser apropriados para responder as questões
da pesquisa, conforme abaixo:
a) Estudo de risco ou prognóstico: Estudos de coorte ou caso-controle;
b) Estudo de etiologia: Estudos de coorte histórica ou caso-controle;
53
c) Estudo de diagnóstico: Estudos transversais ou de coorte;
d) Estudo de tratamento: Ensaios clínicos randomizados.
O desenho de estudo apropriado para a questão da pesquisa é fundamental na
definição da estratégia de busca, na seleção dos estudos e nos escores de
avaliação de qualidade dos mesmos. 4
5.1.1 Revisão sistemática em estudos longitudinais
Apesar da valorização dos estudos de intervenção ou ensaios clínicos
randomizados e sua enorme importância quando si busca a melhor opção
terapêutica, estudos longitudinais também têm mostrado grande utilidade
quando se quer responder questões etiológicas, de risco ou ainda diagnósticas
consagrando-se importante na prática clínica. 11,18,40
Considerando os aspectos mencionados, pode-se afirmar seguramente que
tanto os estudos observacionais (longitudinais) quanto os experimentais
(ensaios clínicos) forneceram informações importantes, que permitiram ao
profissional de saúde oferecer aos pacientes a melhor evidência científica
disponível. 4,12,18,24,44
5.1.2 Estratégias de busca
As estratégias de busca das revisões sistemáticas devem responder a questão
da pesquisa de forma apropriada e abrangente. Os artigos incluídos devem ser
publicados e não publicados, de literatura científica e leiga, em qualquer língua
e período. Uma estratégia é definida após a avaliação de várias buscas
visando à resposta da questão específica. 18
54
Os estudos primários podem estar em bases de dados virtuais ou não, desta
forma é necessário fazer a complementação manual da busca em revistas, em
banco de teses, em anais de congressos entre outros. Por outro lado, a busca
virtual nas principais bases de dados é capaz de fornecer mais de 80% da
literatura disponível. 18
No campo da saúde as principais bases de dados disponíveis são: Medline-
Pubmed, Embase, Scielo-Lilacs, entre outras bases que devem ser inseridas
em função do assunto pesquisado.
Cada base de dados tem indexadores próprios, por exemplo, no Medline
utilizamos o MESH (local de consulta para palavras chaves indexadas).
A estratégia de busca deve ser o mais sensível (para não perder artigos) e o
mais específica possível (para não perdermos tempo). 18
A combinação entre os termos de busca é feita pelos operadores booleanos
(AND, OR e NOT), onde o AND é usado para combinar os termos do PICO, o
OR é utilizado entre as palavras indexadas ou não que sejam sinônimas. E o
NOT é utilizado com muita cautela para evitar perdas. 11,18,40
5.1.3 Seleção de estudos
Após a busca dos artigos, os mesmo passam por um processo de seleção
pautado nos critérios de inclusão e exclusão definidos previamente no projeto.
Estes critérios definem as características dos estudos que entrarão na revisão
sistemática quanto ao desenho de estudo, as características da população, as
variáveis de exposição de desfecho e de confundimento, assim como o tempo
de seguimento. 4,12,17,24
55
Inicialmente realiza-se a leitura de títulos e resumos, excluindo os artigos que
claramente não respondem aos critérios de seleção. Os artigos selecionados
nesta fase são lidos integralmente para aplicação dos mesmos critérios. Após
esta etapa os artigos restantes serão avaliados quanto à qualidade
metodológica. 40
5.1.4 Avaliação de qualidade
A avaliação da qualidade dos estudos é fundamental neste processo. O uso de
instrumentos de medida corrobora para sistematização e reprodutibilidade da
revisão sistemática.
Várias escalas avaliam a qualidade dos estudos longitudinais através da
análise da seleção dos participantes do estudo, dos métodos de avaliação de
exposição e desfecho e da avaliação de fatores de confundimento, 4,24,40,44
além de minimizar possíveis vieses intrínsecos em cada estudo.
A escala de New-Castle (Apêndice 5.3) é utilizada para avaliação qualitativa
dos estudos de coorte ou caso controle. Através de uma pontuação confere
maior facilidade e reprodutibilidade na sua utilização. Artigos que recebem
pontuação igual ou superior a seis são considerados de boa qualidade
metodológica. 4,40,44
5.1.5 Metanálise
A metanálise sintetiza quantitativamente a revisão sistemática, combinando os
efeitos dos estudos individuais incluídos para o cálculo, levando em
consideração o peso de cada estudo, dado pelo tamanho da amostra e do
efeito. 4,18
56
Para extrair os dados de cada artigo, tornando-os menos vulnerável a erros, é
necessário que isto seja realizado por dois pesquisadores de forma
independente 10 e devem ser lançados em uma tabela 2x2, com o tratamento
estatístico apropriado para o tipo de variável (Figura 1).
Figura 1 - Quadro demonstrativo da tabela 2x2.
Evento Não evento Total
Experimental a b a + b
Controle c d c + d
Nos estudos longitudinais etiológicos é possível o cálculo do risco absoluto
(RA), risco relativo (RR) e número necessário ao dano (NND). 4,40
Em um primeiro momento a metanálise descreve a estimativa dos efeitos de
cada estudo individual e na segunda fase se realiza o cálculo da estimativa
sumário para sintetizar os estudos individuais com seus respectivos pesos
específicos. 4,40
Para calcular o peso das médias dos estudos, os métodos baseiam em dois
princípios: efeito fixo e efeito randômico. Apenas os estudos homogêneos
podem ser combinados. Caso haja heterogeneidade, ou seja, qualquer espécie
de variabilidade entre os estudo, não é possível realizar uma metanálise. Neste
estudo encontramos heterogeneidade estatística que é a variabilidade da
intervenção que se manifesta em vários estudos. 4,18,40
A heterogeneidade pode ser calculada determinando um p valor, quando o p
valor é significativo, ou seja p<0,05, os estudos são heterogêneos e não devem
ser combinados. Outra forma de mensurar é pela avaliação do intervalo de
57
confiança do teste I2, quando o valor for menor ou igual a 40% não deve ter
importância, entre 30 – 60% moderada heterogeneidade, entre 50 – 90%
substancial heterogeneidade e entre 75 e 100% são considerado
heterogêneos. 4,18,40
Os resultados da metanálise podem ser apresentados através dos gráficos de
Forest plot e do Funnel plot. O Forest plot registra o efeito estimado e intervalo
de confiança para cada estudo individual e a estimativa sumario por desfecho.
Onde cada estudo é representado por um bloco, e o tamanho do bloco
representa o seu peso frente aos demais estudos. A linha horizontal que toca o
bloco representa o valor do intervalo de confiança, geralmente registrado em
95%. Quanto mais largos forem os blocos mais estreito é o intervalo de
confiança refletindo maior peso do estudo individual na estimativa sumário. O
número 1 da linha horizontal da estimativa sumário representa o efeito nulo,
onde o risco dos expostos é igual aos riscos dos não expostos. Em
conseqüência, os valores menores que a unidade representa proteção e
valores acima da unidade representam aumento do risco. 18,40
O Funnel plot não foi apresentado neste estudo por isso não será abordado
aqui.
58
5.2 Trabalhos Publicados
Participação em publicações da base de pesquisa:
• A eficácia da vacina profilática contra o HPV nas lesões HPV induzidas /
Efficacy of the prophylactic vaccination against HPV induced lesions.
Femina. 2009 Out;37(10).
• Rastreamento universal para cervicite clamidiana: uma revisão
sistemática / Universal screening for chlamydial cervicitis: a systematic
review. Femina. 2009 Out; 37(10)
Bolsa de Estudo (CNPq) - Processo: 136294/2009-0.
• O valor do rastreamento para clamidia na redução da morbidade do trato
genital feminino. RBG. 2009;3(3/4):97-100.
59
5.3 Tabelas de New-Castle-Ottawa
NEWCASTLE - OTTAWA QUALITY ASSESSMENT SCALE CASE CONTROL STUDIES 29
Note: A study can be awarded a maximum of one star for each numbered item within the Selection and Exposure categories. A maximum of two stars can be given for Comparability. Selection
1) Is the case definition adequate?a) yes, with independent validation *b) yes, eg record linkage or based on self reports c) no description
2) Representativeness of the casesa) consecutive or obviously representative series of cases *b) potential for selection biases or not stated
3) Selection of Controlsa) community controls *b) hospital controls c) no description
4) Definition of Controlsa) no history of disease (endpoint) *b) no description of source
Comparability
1) Comparability of cases and controls on the basis of the design or analysisa) study controls for ______________ (Select the most important factor.) *b) study controls for any additional factor * (This criteria could be modified to
indicate specific control for a second important factor.)
Exposure 1) Ascertainment of exposure
a) secure record (eg surgical records) *b) structured interview where blind to case/control status *c) interview not blinded to case/control status d) written self report or medical record only e) no description
2) Same method of ascertainment for cases and controlsa) yes *b) no
3) Non-Response ratea) same rate for both groups *b) non respondents described c) rate different and no designation
60
NEWCASTLE - OTTAWA QUALITY ASSESSMENT SCALE COHORT STUDIES 29
Note: A study can be awarded a maximum of one star for each numbered item within the Selection and Outcome categories. A maximum of two stars can be given for Comparability Selection 1) Representativeness of the exposed cohort
a) truly representative of the average ________ (describe) in the community * b) somewhat representative of the average ___________ in the community *c) selected group of users eg nurses, volunteers d) no description of the derivation of the cohort
2) Selection of the non exposed cohorta) drawn from the same community as the exposed cohort *b) drawn from a different source c) no description of the derivation of the non exposed cohort
3) Ascertainment of exposurea) secure record (eg surgical records) *b) structured interview *c) written self report d) no description
4) Demonstration that outcome of interest was not present at start of studya) yes *b) no
Comparability
1) Comparability of cohorts on the basis of the design or analysisa) study controls for _____________ (select the most important factor) *b) study controls for any additional factor * (This criteria could be modified to
indicate specific control for a second important factor.) Outcome
1) Assessment of outcomea) independent blind assessment *b) record linkage *c) self report d) no description
2) Was follow-up long enough for outcomes to occura) yes (select an adequate follow up period for outcome of interest) *b) no
3) Adequacy of follow up of cohortsa) complete follow up - all subjects accounted for *b) subjects lost to follow up unlikely to introduce bias-small number lost >_ % (select an adequate %) follow up, or description provided of those lost) *c) follow up rate <_% (select an adequate %) and no description of those lost d) no statement
61
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Alves, AA. Marcadores de estresse oxidativo induzido pelo exercício e
tecnologia para sua quantificação. Dissertação de Doutorado. Universidade
Estadual de Campinas. Campinas, 2002.
2. Anderson KM, Odell PM, Wilson PWF et al. Cardiovascular disease risk
profiles. Am Heart J. 1990 Jan;121:293-8.
3. Barreiros ALBS, David JM, David, JP. Estresse oxidativo: relação entre
geração de espécies reativas e defesa do organismo. Quím Nova. 2006
Feb;29(1):113-23.
4. Bernardo WM. Revisão sistemática na prática clinica baseada em evidencia.
Femina. 2008 Jun;36(6):335-43.
5. Bouchardy C, Fioretta G, Verkooijen HM et al. Recent increase of breast
cancer incidence among women under the age of forty. Br J Cancer. 2007
Jun;96(11):1743-6.
6. Bracken MB. Steroids for acute spinal cord injury (Cochrane Review). In:
The Cochrane Library, Issue 4, 2007. Oxford: Update Software.
7. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto
Nacional de Câncer (INCA), Coordenação de Prevenção e Vigilância de
Câncer. Estimativas 2010: incidência de câncer no Brasil. [serial online].
Avaliable from: http://www.inca.gov.br/estimativa/2010.
8. Carpenter CL, Ross RK, Paganini-HILL. A. Effect of family history, obesity
and exercise on breast cancer risk among postmenopausal women. Int J
Cancer. 2003 Aug;106(1):96-102.
62
9. Caspersen CJ, Powell KE, Christenson GM. Physical activity, exercise, and
physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public
Health Rep. 1985 Mar-Apr;100(2):126-31.
10. Centers for Disease Control and Prevention. Sexually Transmitted Disease
Surveillance. 2005.
11. Clarke M. What is so important about systematic review. Acta Psichiatric
Scand. 2000 Oct;102(4):239-40.
12. DiPietro NA. Methods in epidemiology: observational study designs.
Pharmacotherapy. 2010 Oct;30(10):973-84.
13. Drake DA. A Longitudinal Study of Physical Activity and Breast Cancer
Prediction. Cancer Nurs. 2001 Oct;24(5):371-7.
14. Evans P, Halliwell B. Micronutrients: oxidant/antioxidant status. Br J Nutr.
2001 May;85(2):67-74.
15. Friedenreich CM, Courneya KS, Bryant HE. Influence of Physical Activity in
Different Age and Life Periods on the Risk of Breast Cancer. Epidemiology.
2001 Nov;12(6):604-12.
16. Guerra MR, Gallo CVM, Azevedo G. Risco de câncer no Brasil: tendências
e estudos epidemiológicos mais recentes. Revista Brasileira de Cancerologia.
2005;51(3):227-34.
17. Gunasekara FI, Carter K, Blakely T. Change in income and change in self-
rated health: Systematic review of studies using repeated measures to control
for confounding bias. Soc Sci Med. 2011 Jan;72(2):193-201.
18. Halidich AB. Meta-analysis in medical research. Hippokratia. 2010
Dec;14(1):29-37.
63
19. Halliwell, B. Reactive species and antioxidants. Redox biology is a
fundamental theme of aerobic life. Plant Physiol. 2006 Jun;141(2):312-22.
20. Hirose K, Hamajima N, Takezaki T. Physical exercise reduces risk of breast
cancer in Japanese women. Cancer Sci. 2003 Feb;94(2):193-9.
21. Ji LL. Antioxidants and oxidative stress in exercise. Exp Biol Med. 1999
Dec;222(3):283-92.
22. Kruk J, Aboul-Enein HY. Physical Activity in the Prevention of Cancer. Asian
Pac J Cancer Prev. 2006 Jan-Mar;7(1):11-21.
23. Malin A, Matthews CE, Shu, XO. Energy Balance and Breast Cancer Risk.
Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2005 Jun;14(6):1496-501.
24. Manchikanti L, Singh V, Smith HS et al. Evidence-based medicine,
systematic reviews, and guidelines in interventional pain management: part 4:
observational studies. Pain Physician. 2009 Jan-Feb;12(1):73-108.
25. Margolis KL, Mucci L, Braaten T. Physical Activity in Different Periods of Life
and the Risk of Breast Cancer: The Norwegian-Swedish Women’s Lifestyle and
Health Cohort Study. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2005 Jan;14(1):27-
32.
26. Matsudo SSM, Araújo T, Matsudo VKR et al. Questionário Internacional de
Atividade Física (IPAQ), estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Ver
Bras Ativ Fís Saúde. 2001;6(2):5-18.
27. McTiernan A, Kooperberg C, White E. et al. Recreational Physical Activity
and the Risk of Breast Cancer in Postmenopausal Women: the Women’s Health
Initiative Cohort Study. JAMA. 2003 Sep;290(10):1331-6.
64
28. Moradi T, Nyren O, Zack M et al. Breast cancer risk and lifetime leisure-time
and occupational physical activity (Sweden). Cancer Causes Control. 2000
Jul;11(6):523-31.
29. Newcastle: Ottawa Quality Assessment Scale. Available from:
http://www.ohri.ca/programs/clinical_epidemiology/nosgen.pdf.
30. Parente RCM, Coutinho ESF, Oliveira MAP et al. Revisão sistemática e
metanálise de intervenções terapêuticas: como melhor entendê-las? Femina.
2008 Mai;36(5):265-71.)
31. Patel AV, Calle EE, Bernstein L. Recreational physical activity and risk of
postmenopausal breast cancer in a large cohort of US women. Cancer Causes
and Control. 2003 Aug;14(6):519-29.
32. Physical activity guidelines for Americans. Okla Nurse. 2008;53(4):25.
33. Poulsen HE, Loft S, Prieme H et al. Oxidative DNA damage in vivo:
relationship to age, plasma antioxidants, drug metabolism, glutathione-S-
transferase activity and urinary creatinine excretion. Free Radic Res. 1998
Dec;29(6):565-71.
34. Ratnasinghe LD, Modali RV, Seddon MB et al. Physical Activity and
Reduced Breast Cancer Risk: A Multinational Study. Nutr Cancer.
2010;62(4):425-35.
35. Rockhill BWW HD, Manson JE, Hankinson SE et al. Physical Activity and
Breast Cancer Risk in a Cohort of Young Women. J Natl Cancer Inst. 1998
Aug;90(15):1155-60.
36. Souza CF, Fernandes LC, Cyrino ES. Produção de espécies reativas de
oxigênio durante o exercício aeróbio e anaeróbio. Rev Bras Cineantropom.
Desempenho Hum. 2006 Jun;8(2):102-9.
65
37. Stahl W, Junghans A, de Boer B et al. Carotenoid mixtures protect
multilamellar liposomes against oxidative damage: synergistic effects of
lycopene and lutein. FEBS Lett. 1998 May; 427(2):305-8.
38. Suzuki R, Iwasaki M, Kasuga Y et al. Leisure-time physical activity and
breast cancer risk by hormone receptor status: effective life periods and
exercise intensity. Cancer Causes Control. 2010 Nov;21(11):1787-98.
39. Tehard B, Friedenreich CM, Oppert JM et al. Effect of Physical Activity on
Women at Increased Risk of Breast Cancer: Results from the E3N Cohort
Study. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2006 Jan;15(1):57-64.
40. The Cochrane Colaboration[homepage on internet]. Inc.:[update 2011
march]. Avaiable from:http://www.mrcbsu.cam.ac.uk/cochrane/handbook.
41. VanderWalde A, Hurria A. Aging and Osteoporosis in Breast and Prostate
Cancer. CA Cancer J Clin. 2011 May-Jun;61(3):139-56.
42. Vieira FGK, Di Pietro PF, Boaventura BCB et al. Factors associated with
oxidative stress in women with breast cancer. Nutr Hosp. 2011 Jun;26(3):528-
36.
43. Visioli F. Flavonoids as antioxidants. J Nat Prod. 2000;63:1035-42.
44. Wong WCW, Cheung CSK, Hart G. Development of a quality assessment
tool for systematic reviews of observational studies (QATSO) of HIV prevalence
in men having sex with men and associated risk behaviours. Emerg Thems
Epidemiol. 2008 Nov;5:23.
45. World Health Organization – WHO [boletim na internet]. Mortality –Baseline
Scenario 2008. Disponível em:
http://www.who.int/helthinfo/global_burden_disiese/Dth7_2008.xls
66
7. ABSTRACT
Aging process is a universal and multifactorial process. Physical activity (PA) is
important on prevention of aging diseases. The purpose of this study was to
investigate the effects of PA on oxidative stress and breast cancer prevention.
Initially, a review to evaluate the effect of PA on oxidative stress prevention was
realized, following a systematic review to observe the effect of PA on breast
cancer prevention was performed. During the systematic review, Articles were
identified through literature available on Electronic databases (Pubmed,
Embase, Scielo, Cochrane, Cancerlit e Google Scholar) and Manual searches.
Case control and cohort studies were assessed for methodological quality,
using the NewCastle scale. Size, population, components and characteristics of
physical activity, and menopausal status were documented. Review Manager
5.1 performed analysis using the statistical method of Mantel-Haenszel. Fixed-
effect analysis with dichotomous data, testing subgroups and calculating odds
ratio with a confidence interval of 95% were used. 8747 specific articles were
found on Electronic databases and Manual searches, 152 were excluded by
duplicity and 8541 were out of the inclusion criteria. After qualitative analysis
using NewCastle scale, 25 were excluded. Eight articles did not present full
data and the contact with the authors was not realized. In the end, 21 studies
were selected, seven cohort studies [OR = 0.61 (0.59 – 0.63)] and fourteen
case control studies [OR = 0.84 (0.81-0.88)] (heterogeneity 72%). Despite of
the clear heterogeneity of the studies, PA decreased the risk of breast cancer in
women. However, is necessary to set up a standard instrument to measure PA,
enabling more comparable studies, allowing meta-analisys and reinforcing the
67
evidence of the data. On the other hand, more studies involving latency periods
with different types of PA and considering menopausal status of the subjects
would shed some light on interesting results.
Key words: Physical activity, oxidative stress, breast cancer, systematic review,
women.