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Resumo: 20.001 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CITOCINAS EM EMBRIÕES PROVENIENTES DE RATAS TRATADAS COM O VENENO DO ESCORPIÃO Tityus bahiensis DURANTE A GESTAÇÃO Autores 1,2 DORCE, A. L. C. 1 , FRARE, E. O. 1 , PAULO, M. E. D. V. D. 1 , SANTOS, E. M. D. R. 1 , DORCE, V. A. C. 1 , NENCIONI, A. L. A. 1 Laboratório de Farmacologia - IBU, 2 Secretaria de Saúde - CCD Apoio Financeiro: CAPES e Fapesp (11/10222-5) Resumo Introdução A inoculação do veneno escorpiônico produz uma injúria no tecido que pode induzir uma resposta inflamatória sistêmica, com a consequente liberação de citocinas. As citocinas exercem um papel fundamental na gestação e no desenvolvimento embrionário participando de processos como a implantação do blastocisto, formação e desenvolvimento embrionário. Trabalhos realizados por nosso grupo com venenos de escorpiões nativos mostraram que o veneno causa reabsorções fetais e alterações no desenvolvimento dos órgãos quando as mães o recebem durante a gestação, além de provocar alterações no desenvolvimento físico e comportamental das proles. No caso de envenenamento existe a dúvida se as alterações nas citocinas maternas poderiam afetar os filhotes ou se o veneno seria capaz de agir diretamente na ninhada. Objetivos Verificar possíveis alterações nos níveis das citocinas IL-1alfa;, IL-1beta;, TNF-alfa;, IL-6, IL-10 e INF-gama; em embriões de ratos Wistar após o tratamento das fêmeas prenhes com o veneno do escorpião Tityus bahiensis . Código de Experimentação Animal 513/08 Código de Experimentação Humana Métodos Os procedimentos realizados foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais do Instituto Butantan (CEUAIB) sobre o número de protocolo 513/08. Para nossos estudos foram utilizados embriões e suas placentas obtidos do cruzamento de ratos Wistar machos e fêmeas, sexualmente maduros, com aproximadamente 90 dias de vida, pesando entre 260 - 300 g. Para avaliação dos níveis de citocinas, fêmeas prenhes receberam injeção de solução salina (grupo controle) na dose de 1ml/kg, lipopolisacarideos (LPS) na dose de 100μg/kg (grupo controle positivo) ou injeção de veneno bruto do escorpião Tityus bahiensis na dose de 2,5mg/kg (grupos experimentais) no 10º ou 16º dia gestacional. Os filhotes foram retirados por laparotomia 6, 12 ou 24 horas após os tratamentos. As amostras foram maceradas por homogeneizador de tecidos e centrifugadas a 10.000 r.p.m./10min a 4°C. Os tecidos foram colocados em coquetel inibidor de protease. Os níveis de citocinas foram determinados por ensaios imunoenzimáticos. Resultados Após 6 horas, em GD 10 não houve alterações nos níveis das citocinas. Em GD 16 houve aumento do nível de IL-1alfa; (C 56,95±13,70; LPS 64,51±9,86; E 209,6±27,01) em relação ao controle, as demais citocinas não foram alteradas. Após12 horas não houve alterações nos níveis de citocinas em nenhum dos grupos experimentais. Após 24 horas verificamos em GD10 diminuição do nível de INF-y (C 1045,0±153,3; LPS 258,4±57,4; E 273,2±34,97). Em GD 16 houve diminuição do nível de IL-10 (C 319,0±27,21; LPS 136,6±27,81; E 168,6±33,29), TNF-alfa; (C 1022,0±268,9; LPS 318,1±178,8; E 110,1±69,23) e INF-y (C 297,7±82,08; LPS 158,9±60,35; E 17,53±4,56) em relação ao grupo controle. Conclusão

AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CITOCINAS EM … · Conhecendo-se o atual interesse por fontes naturais de antioxidantes, o objetivo foi determinar os fenóis totais e avaliar o ... Farmacognosia

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Resumo: 20.001

AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CITOCINAS EM EMBRIÕES PROVENIENTES DE RATAS TRATADAS COM O VENENO DO ESCORPIÃO Tityus bahiensis DURANTE A GESTAÇÃO

Autores 1,2

DORCE, A. L. C. 1, FRARE, E. O.

1, PAULO, M. E. D. V. D.

1, SANTOS, E. M. D. R.

1, DORCE,

V. A. C. 1, NENCIONI, A. L. A.

1 Laboratório de Farmacologia - IBU,

2 Secretaria de Saúde - CCD

Apoio Financeiro: CAPES e Fapesp (11/10222-5)

Resumo Introdução A inoculação do veneno escorpiônico produz uma injúria no tecido que pode induzir uma resposta inflamatória sistêmica, com a consequente liberação de citocinas. As citocinas exercem um papel fundamental na gestação e no desenvolvimento embrionário participando de processos como a implantação do blastocisto, formação e desenvolvimento embrionário. Trabalhos realizados por nosso grupo com venenos de escorpiões nativos mostraram que o veneno causa reabsorções fetais e alterações no desenvolvimento dos órgãos quando as mães o recebem durante a gestação, além de provocar alterações no desenvolvimento físico e comportamental das proles. No caso de envenenamento existe a dúvida se as alterações nas citocinas maternas poderiam afetar os filhotes ou se o veneno seria capaz de agir diretamente na ninhada. Objetivos Verificar possíveis alterações nos níveis das citocinas IL-1alfa;, IL-1beta;, TNF-alfa;, IL-6, IL-10 e INF-gama; em embriões de ratos Wistar após o tratamento das fêmeas prenhes com o veneno do escorpião Tityus bahiensis . Código de Experimentação Animal 513/08 Código de Experimentação Humana Métodos Os procedimentos realizados foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais do Instituto Butantan (CEUAIB) sobre o número de protocolo 513/08. Para nossos estudos foram utilizados embriões e suas placentas obtidos do cruzamento de ratos Wistar machos e fêmeas, sexualmente maduros, com aproximadamente 90 dias de vida, pesando entre 260 - 300 g. Para avaliação dos níveis de citocinas, fêmeas prenhes receberam injeção de solução salina (grupo controle) na dose de 1ml/kg, lipopolisacarideos (LPS) na dose de 100µg/kg (grupo controle positivo) ou injeção de veneno bruto do escorpião Tityus bahiensis na dose de 2,5mg/kg (grupos experimentais) no 10º ou 16º dia gestacional. Os filhotes foram retirados por laparotomia 6, 12 ou 24 horas após os tratamentos. As amostras foram maceradas por homogeneizador de tecidos e centrifugadas a 10.000 r.p.m./10min a 4°C. Os tecidos foram colocados em coquetel inibidor de protease. Os níveis de citocinas foram determinados por ensaios imunoenzimáticos. Resultados Após 6 horas, em GD 10 não houve alterações nos níveis das citocinas. Em GD 16 houve aumento do nível de IL-1alfa; (C 56,95±13,70; LPS 64,51±9,86; E 209,6±27,01) em relação ao controle, as demais citocinas não foram alteradas. Após12 horas não houve alterações nos níveis de citocinas em nenhum dos grupos experimentais. Após 24 horas verificamos em GD10 diminuição do nível de INF-y (C 1045,0±153,3; LPS 258,4±57,4; E 273,2±34,97). Em GD 16 houve diminuição do nível de IL-10 (C 319,0±27,21; LPS 136,6±27,81; E 168,6±33,29), TNF-alfa; (C 1022,0±268,9; LPS 318,1±178,8; E 110,1±69,23) e INF-y (C 297,7±82,08; LPS 158,9±60,35; E 17,53±4,56) em relação ao grupo controle. Conclusão

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O envenenamento materno moderado com o veneno do escorpião Tityus bahiensis causa alterações nos níveis de citocinas dos embriões.

Palavras-chaves: veneno escorpiônico, gestação, citocinas

Resumo: 20.002

POTENCIAL ANTIOXIDANTE E FENÓIS TOTAIS DE Ouratea blanchetiana

Autores 1SOUZA, R. M.

1, JÚNIOR, C. A. S.

1, SILVA, P. M. S.

1, SILVA, M. V.

1, CORREIA, M. T. S.

1

Departamento de Bioquímica - UFPE

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq e FACEPE

Resumo Introdução Espécies reativas do oxigênio tem atraído a atenção de muitos estudiosos devido as suas características nocivas e relação com doenças crônico-degenerativas (Food.Chem. Toxicol., 48:1341, 2010). Os antioxidantes podem capturar essas moléculas, protegendo os sistemas vivos de seus danos. Os vegetais são uma grande fonte de antioxidantes naturais, entre eles os compostos fenólicos, conhecidos por suas propriedades antioxidantes, antimicrobianas e antiinflamatórias (Food. Chem., 119:684, 2010). Ouratea blanchetiana , espécie da Caatinga brasileira conhecida como Batiputá, possui indicações na medicina popular para uso tópico contra dores de ouvido (J. Ethnopharm.111:383,2007). Objetivos Conhecendo-se o atual interesse por fontes naturais de antioxidantes, o objetivo foi determinar os fenóis totais e avaliar o potencial antioxidante e sequestro do peróxido de hidrogênio em extrato metanólico da folha de Ouratea blanchetiana . Código de Experimentação Animal Código de Experimentação Humana Métodos As folhas foram coletadas no Parque Nacional do Catimbau, localizado no agreste pernambucano, e depois secadas, moídas e armazenadas a 4°C. O extrato metanólico (EMOb) foi preparado a 10% (p/v) sob agitação por 24 horas. Depois de filtrado e centrifugado, foi levada a um rotaevaporador sob pressão reduzida e o concentrado foi submetido a uma suspensão metanólica para concentração final de 100 mg/ml. Os compostos fenólicos totais do EMOb foram quantificados pelo método de Folin-Ciocalteu (J. Agric. Food. Chem.; 50 (6):1619, 2002), utilizando o ácido gálico como controle e EMOb a 100 mg/ml, em triplicata. A atividade antioxidante total do EMOb foi avaliada pelo método de Prieto e colaboradores (Biochem., 269: 337, 1999), o Ensaio do fosfomolibdênio, utilizando o ácido ascórbico como controle e EMOb a 100 μg/mL, em triplicata. Para a atividade antioxidante através do ensaio do sequestro do peróxido de hidrogênio pelo método de Ruch

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e colaboradores (Carcinog., 10: 1003, 1989), foi utilizado o ácido gálico como controle e EMOb nas concentrações de 1; 5; 10; 25; 50; 75 e 100 μg/ml em triplicata. Na análise estatística, foi calculada a média e desvio padrão dos valores. Resultados A dosagem de fenóis totais para EMOb foi de 14 ± 0,10 mg de EAG/g. Na atividade antioxidante total pelo teste fosfomolibdênio o EMOb apresentou 40 ± 0,09 % de atividade antioxidante relativa ao ácido ascórbico. No ensaio do seqüestro de peróxido de hidrogênio, o extrato apresentou atividade de inibição, em %, de 8 ± 0,10; 17 ± 0,17; 35 ± 0,23; 45 ± 0,12; 73 ± 0,19; 100 ± 0,00 e 100 ± 0,00 nas concentrações 1; 5; 10; 25; 50; 75 e 100 μg/ml, respectivamente, e o ácido gálico mostrou atividade (em %): 37 ± 0,12 em 1 µg/ml; 75 ± 0,10 em 5 µg/ml e 100 ± 0,00 apartir de 10 µg/ml. Conclusão O extrato metanólico de folhas de Ouratea blanchetiana possui potencial antioxidante capaz de sequestrar o peróxido de hidrogênio totalmente apartir da concentração de 75 µg/ml, sugerindo uma relação com os fenóis presentes.Porém, mais estudos são necessários para possível identificação de outros compostos responsáveis pela atividade. Estudos com Ouratea blanchetiana podem contribuir para o desenvolvimento de agentes terapêuticos voltados ao combate das espécies reativas do oxigênio.

Palavras-chaves: Antioxidantes naturais, Atividade antioxidante, Espécies reativas do oxigênio, Extrato metanólico, Peróxido de hidrogênio

Resumo: 20.003

EFEITO DO EXTRATO HIDROETANÓLICO DE ACHYROCLINE ALATA (KUNTH.) DC. SOBRE A ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS MURINOS

Autores

1TOFFOLI-KADRI, M. C.

1, LOURENÇO, L. D.

1, NASCIMENTO, T. V.

1, FRANCO, V. N. P.

1,

SILVA, V. J. 2, CAROLLO, C. A.

3, SIQUEIRA, J. M.

1, TOFFOLI-KADRI, M. C.

1 Laboratório de

Farmacologia e Inflamação - UFMS, 2 Laboratório de Farmacognosia - UFMS,

3 Laboratório de

Farmacognosia - UFSJ

Apoio Financeiro: CNPq e FUNDECT

Resumo Introdução Muitas espécies vegetais são comumente utilizadas na medicina popular do Mato Grosso do Sul (MS) e estas são totalmente inéditas ou parcialmente estudadas sob os pontos de vista fitoquímico, farmacêutico e farmacológico. Um levantamento realizado em Campo Grande/MS mostrou que a Achyrocline alata (Kunth.) DC. conhecida como jateí-ka-há é uma das cinco espécies mais utilizadas na medicina popular do município e indicada para situações que envolvem inflamação. As atividades anti-inflamatórias e analgésica obtidas com essa planta em nosso laboratório foram apresentadas na XXV Reunião Anual da FeSBE, 2010. No entanto, foi possível obter-se um avanço significativo nesse conhecimento, com metodologias de maior poder interpretativo para identificação dos mecanismos de ativação/inativação celular induzidos pela Achyrocline alata. Objetivos

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Avaliar o efeito do extrato hidroetanólico de Achyrocline alata sobre a ativação de macrófagos murinos, in vitro. Código de Experimentação Animal 202/2009 Código de Experimentação Humana Métodos Foram utilizados o extrato hidroetanólico de A. alata (EHEAa, 0,16; 0,8 e 4 mg/mL) e camundongos Swiss machos, adultos, 18-30g. Foram realizados os ensaio de citotoxicidade com o MTT (J.Immunol Methods 65:55,1983); espraiamento celular (Exp. Cell. Res.,77:323, 1973); produção de óxido nítrico (NO) (J.Immunol., 141:2407,1988) e produção de peróxido de hidrogênio (H2O2) por macrófagos murinos (Braz. J. Med. Biol. Res.,22:1271,1989). Os resultados foram expressos como média±EPM, (n=5, realizados em triplicata). ANOVA, teste de Bonferroni, P < 0,05. Resultados O EHEAa não foi tóxico para os macrófagos em nenhuma das concentrações utilizadas. Os valores de densidade óptica (540 nm) foram de 0,514±0,022 (100%) para os macrófagos sem estímulo; 0,020±0,006 na presença de DMSO (3,9%); 0,512±0,022 (99,61%); 0,515±0,017 (100%) e 0,513±0,055 (99,81%) para as concentrações de EHEAa 0,16; 0,8 e 4 mg/mL, respectivamente. O EHEAa não aumentou o espraiamento observado com os macrófagos (20,33±2,16 macrófagos espraiados/100 células), já o LPS (20 ng/mL) aumentou o espraiamento em 90% (37,89±3,28). O EHEAa não potencializou ou inibiu o espraiamento induzido pelo LPS. A incubação dos macrófagos com LPS aumentou significativamente a produção de NO (12,53±0,82 µM de NO2-) em comparação aos macrófagos (2,17±1,04 µM de NO2-). O EHEAa não aumentou a produção de NO pelos macrófagos. As três concentrações do EHEAa inibiram a produção de NO induzida pelo LPS [0,16 (48,3%); 0,8 (48,5%) e 4 mg/mL (73,5%)]. O PMA induziu significativamente a produção de H2O2 (10,36±2,64 nmoles de H2O2/ 100µL) em relação ao controle (2,52±0,68 nmoles de H2O2). O EHEAa não aumentou a produção de H2O2 pelos macrófagos mas, inibiu a produção de H2O2 induzida pelo PMA em [0,16 (44,3%); 0,8 (58,8%) e 4 mg/mL (63,3%)]. Conclusão Os resultados aqui obtidos associados aos efeitos anti-inflamatório e analgésico já observados in vivo justificam o uso popular de A. alata em situações inflamatórias.

Palavras-chaves: macela, jateí -ká-há, in vitro

Resumo: 20.004

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA DO EXTRATO DAS RAÍZES DA ESPÉCIE Opuntia fícus-indica (L.) Miller EM CAMUNDONGOS.

Autores

1OLIVEIRA, A. T. S.

1, ALMEIDA, D. M. M.

1, BARBOZA, A. C. M.

1, ANDRADE, C. T. S.

2,

LUCCHESE, A. M. 1, ROCHA, M. L.

1 Departamento de Ciências Biológicas - UEFS,

2 Departamento

de Ciências Exatas - UEFS

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia-FAPESB/UEFS.

Resumo Introdução O. fícus-indica (L.) Miller (palma-de-gado) é uma das varias espécies da família das cactáceas encontrada na região do semiárido nordestino. Na região do semiárido baiano é amplamente utilizada para fins terapêuticos. Objetivos Investigar a atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do extrato das raízes de O. fícus-indica . Código de Experimentação Animal CEUA/UEFS protocolo 05/2011 Código de Experimentação Humana Métodos Camundongos ( Mus musculus , Linnaeus, 1758) machos (25-35g), dois meses de idade foram divididos em grupos de 8 animais, tratados via oral com o veículo (NaCl 0,9%), doses de 50, 100, 200 ou 400 mg/kg de extrato de cactácea, sendo usada a indometacina (20mg/kg) como droga padrão. Os efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório foram avaliados utilizando-se: Teste da formalina, um modelo bifásico de dor, no qual é administrado 20μL de formalina 2,5% na pata posterior direita de cada animal, sendo então registrado o tempo de lambida da pata (segundos). A 1ª fase ocorre nos 5 primeiros minutos, enquanto a 2ª fase de 15-30 min após a administração da formalina; Teste do edema de pata induzida pela carragenina (2,5% em solução salina). Após administração dos extratos, veículo e indometacina, os animais receberam 50μL de carragenina na região subplantar da pata posterior esquerda e igual volume de solução salina na pata posterior direita. O volume das patas foi medido (em milímetros) imediatamente e após 30, 60, 120, 180 e 240 min após os tratamentos usando um paquímetro digital. O edema foi avaliado pela diferença do volume entre as patas. A comparação das médias foi feita pelo teste ANOVA one-way, seguido de Dunnett e o teste t-Student. Resultados No teste da formalina, o extrato da cactácea (50, 100, 200 e 400 mg/kg) reduziu o tempo de lambida da pata em ambas as fases quando comparado ao grupo controle. 1ª Fase: 50 (22,38±4,37), 100 (17,78±3,78), 200 (24,50±2,91), 400 mg/kg (14,20±1,38); controle (43,50±6,81); padrão (17,30±3,56). 2ª Fase: 50(50,25±12,33), 100 (62,89±6,68), 200 (38,90±8,23), 400 mg/kg (23,40±4,86); controle: (125,60±14,00); padrão (18,50±3,84). Os resultados obtidos no teste da carragenina mostram que o extrato das raízes de O. fícus-indica foi eficaz em reduzir significativamente o edema de pata a partir de 120min da administração em todas as doses utilizadas quando comparadas ao grupo controle: 50 (0,41±0,18), 100 (0,56±0,18), 200 (0,45±0,10), 400 mg/kg 0,53±0,13),controle (1,06±0,07); 180 min: 50 (0,34±0,14), 100 (0,48±0,16), 200 (0,57±0,14), 400 mg/kg (0,42±0,13); controle (1,18±0,06); 240 min: 50 (0,46±0,20), 100 (0,39±0,19), 200 (0,49±0,07), 400 mg/kg (0,47±0,15); controle (1,35±0,16). A indometacina foi a droga padrão utilizada e apresentou efeito significativo na redução do edema de pata, como esperado. Conclusão Os resultados obtidos nos estudos sugerem que o extrato de O. fícus-indica apresenta fortes indícios de potencial antinociceptivo e anti-inflamatório.

Palavras-chaves: Antinociceptiva, Anti-inflamtória, Extrato, Opuntia fícus-indica, Camundongos

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Resumo: 20.005

INVESTIGAÇÃO DA AÇÃO FARMACOLÓGICA DO EXTRATO DAS RAÍZES DA ESPÉCIE Cereus jamacaru DC EM CAMUNDONGOS.

Autores

1BARBOZA, A. C. M.

1, ALMEIDA, D. M. M.

1, ANDRADE, C. T. S.

1, OLIVEIRA, A. T. S.

2,

LUCCHESE, A. M. 1, ROCHA, M. L.

1 Departamento de Ciências Biológicas - UEFS,

2 Departamento

de Ciências Exatas - UEFS

Apoio Financeiro: PROBIC/UEFS

Resumo Introdução Os produtos naturais exercem importante papel na medicina popular. Na região do semiárido baiano, foram identificadas várias espécies da família das cactáceas com uso terapêutico, entre as quais encontra-se a espécie Cereus jamacaru DC. Objetivos Investigar o potencial antinociceptivo e anti-inflamatório do extrato das raízes da espécie C. jamacaru em camundongos. Código de Experimentação Animal CEUS/UEFS protocolo 05/2011 Código de Experimentação Humana Métodos Para o desenvolvimento das atividades foram utilizados camundongos suíços (Mus musculus, Linnaeus, 1758) machos, adultos, com dois meses (25-35g). O efeito antinociceptivo e anti-inflamatório foram avaliados utilizando o teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético 0,8%, cujo parâmetro mensurado foi o número de contorções abdominais apresentado por cada animal durante dez minutos, o teste da formalina, o qual apresenta duas fases: a 1ª ocorre nos 5 primeiros minutos, enquanto a 2ª de 15 a 30 minutos após a administração da formalina (20μL a 2,5%) e o teste do edema de pata induzida pela carragenina (50μL a 2,5% em solução salina). Após 1 hora da administração oral do extrato (doses de 50, 100, 200 ou 400 mg/kg), veículo (NaCl 0,9%), e no caso da indometacina (20mg/kg), após 30 minutos da administração intraperitoneal, os animais receberam os indutores químicos de nocicepção. Em seguida, foram feitas as observações para registro dos parâmetros específicos de cada metodologia. Os dados obtidos foram expressos em média e erro padrão da média sendo utilizado ANOVA – Dunnet e o teste t-Student. Resultados No teste do ácido acético, o extrato da cactácea (nas doses 50: 9,44±3,90, 100: 10,75±2,90; 200: 11,90±5,00 ou 400mg/kg: 18,33±3,02) reduziu o número de contorções abdominais quando comparada ao grupo controle (38,10±3,90. Grupo padrão apresentou 0,00±0,00 como esperados. No teste da formalina, o extrato em todas as doses reduziu o tempo da lambida nas duas fases quando comparado ao grupo controle (1ª fase: 50: 21,25±2,34; 100: 13,89±1,52; 200: 9,62±1,80 ou 400mg/kg: 10,30±1,81; controle: 45,20±6,25, apresentando efeito similar à indometacina: 9,55±1,27,(2a fase: 50: 65,25±6,55; 100: 10,67±3,74; 200: 13,22±3,12 ou 400mg/kg: 24,89±7,61 controle: 151,1±10,86; indometacina: 11,50±2,37). No teste da carragenina, o extrato(nas doses de 50, 100, 200 ou 400mg/kg) foi eficaz em reduzir significativamente o

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edema de pata a partir de 120min da administração, quando comparados ao grupo controle. Resultado semelhante foi apresentado após o uso da indometacina, droga padrão utilizada. Nos tempos: 30min (50: 0,17±0,05; 100: 0,65±0,41; 200: 0,36±0,07 ou 400: 0,42±0,08; controle: 0,54±0,08; indometacina: 0,24±0,13), 60min (50: 0,29±0,09; 100: 0,34±0,07; 200: 0,48±0,07 ou 400mg/kg: 0,59±0,11; controle: 0,83±0,12; indometacina: 0,16±0,07), 120min (50: 0,25±0,10; 100: 0,24±0,06; 200: 0,63±0,11 ou 400mg/kg: 0,52±0,06; controle: 1,1±0,08; indometacina: 0,18±0,07), 180min:(50: 0,35±0,13; 100: 0,37±0,08; 200: 0,19±0,04 ou 400: 0,36±0,04; controle: 1,2±0,06; indometacina: 0,27±0,03), 240min: (50: 0,39±0,15; 100: 0,57±0,09; 200: 0,19±0,04 ou 400mg/kg: 0,29±0,03; controle: 1,3±0,16; indometacina: 0,27±0,04. Conclusão Diante dos resultados obtidos pode-se sugerir que o extrato da cactácea apresenta efeitos analgésico e anti-inflamatório em camundongos.

Palavras-chaves: cactáceas, camundongos, Cereus jamacaru, extrato

Resumo: 20.006

EFEITO ANTIOXIDANTE DO EXTRATO DE FOLHA DE VIDEIRA ORGÂNICA, DA VARIEDADE BORDÔ, SOBRE O FÍGADO DE RATOS DIABÉTICOS

Autores

1LACERDA, D. S.

3, OLIVEIRA, A. S.

3, ZIMMERMANN, R.

2, SANTOS, C. F.

2, JR, R. S.

3,

AGOSTINI, F. 3, DANI, C.

3, FUNCHAL, C.

1,2, GOMEZ, R.

1 PPG Fisiologia - UFRGS,

2

Departamento de Farmacologia/ICBS - UFRGS, 3 PPG Biociencias - IPA

Apoio Financeiro: UFRGS, CNPq

Resumo Introdução Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia crônica. Sabe-se que a hiperglicemia produz desequilíbrio oxidativo celular, acarretando efeitos tóxicos sobre diferentes tecidos. Evidências mostram que substâncias bioativas presentes em produtos naturais podem apresentar propriedade antioxidante. Assim, fitoquímicos presentes na uva e seus subprodutos, especialmente os cultivados sem o uso de agrotóxicos, podem ser uma alternativa terapêutica contra o dano oxidativo provocado pelo diabetes. Objetivos Nosso objetivo foi avaliar o efeito do extrato aquoso elaborado a partir de folhas de videira, da variedade Bordô, produzidos por cultivo orgânico, sobre a oxidação de lipídeos e proteínas, bem como a atividade enzimática antioxidante da catalase no fígado de ratos diabéticos e não diabéticos. Código de Experimentação Animal CEUA-UFRGS # 22445 Código de Experimentação Humana

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Métodos (CEUA-UFRGS # 22445). Foram utilizados 80 ratos Wistar, machos, pesando entre 280 e 300 g. O diabete foi induzido na metade dos animais (grupos: CTR e STZ), pela administração intraperitoneal de estreptozotocina (60mg/kg). Após confirmação do diabete, os ratos foram divididos em grupos (n = 10/grupo) para receberem doses diárias de salina ou extrato aquoso da folha da videira orgânica, nas concentrações de 50, 100 ou 200 mg/kg administrados por gavagem por 30 dias. Ao final do período experimental, os animais foram decapitados, o fígado dissecado e posteriormente homogeneizado em tampão KCl a 1,15% (p/v) para a determinação de lipoperoxidação (TBARS), quantificação de sulfidrilas e carbonilas e atividade da catalase (CAT) por método colorimétrico. Os resultados foram reunidos em banco de dados e analisados por análise de variância (ANOVA) de duas vias, seguida do teste de Bonferroni para detecção de diferença entre os grupos, quando P < 0,05. Os resultados foram apresentados como média ± desvio padrão. Resultados O extrato aquoso de folha de videira orgânica reduziu a concentração de TBARS no fígado dos ratos diabéticos para as três diferentes doses [CTR0: 7,1 ± 0,9; CTR 50: 7,3 ± 1,7; CTR100: 4,9 ± 1,0; CTR200: 6,2 ± 1,8; STZ0: 11,8 ± 3,3; STZ50: 5,1 ± 2,2; STZ100: 4,5 ± 1,2; STZ200: 4,4± 1,0 mmol/mg; P < 0,001]. A concentração de carbonilas reduziu apenas no fígado dos ratos diabéticos que receberam o extrato nas doses de 100 e 200 mg/kg, quando comparado aos demais grupos [CTR0: 21,9 ± 3,0; CTR50: 28,7 ± 3,7; CTR100: 11,2 ± 3,3; CTR200: 19,9 ± 3,7; STZ0: 39,0 ± 3,3; STZ50: 26,9 ± 3,3; STZ100: 23,2 ± 3,0; STZ200: 21,6 ± 3,3; µM/mg; P = 0,012]. Já a o conteúdo total de sulfidrila aumentou para os ratos diabéticos tratados com qualquer dose do extrato [CTR0: 18,1 ± 5,6; CTR50: 17,9 ± 2,8; CTR100: 11,8 ± 4,9; CTR200: 13,7 ± 2,78; STZ0: 7,7 ± 3,0; STZ50: 14,8 ± 3,3; STZ100: 16,5 ± 6,8; STZ200: 20,9 ± 3,1; µM/mg; P < 0,001]. A atividade da CAT (U/mg) aumentou apenas nos ratos diabéticos não tratados com o extrato [CTR0: 5,9 ± 2,1; CTR50: 9,6 ± 4,3; CTR100: 9,0 ± 2,4; CTR200: 6,5 ± 1,3; STZ0: 11,5 ± 1,4; STZ50: 5,8 ± 1,8; STZ100: 8,9 ± 4,7; STZ200: 7,0 ± 2,2; P = 0,009]. Conclusão Nossos resultados mostram que o extrato aquoso de folha de videira orgânica da variedade bordô, possui propriedade antioxidante sobre o fígado de ratos diabéticos, protegendo contra o dano lipídico e proteico produzidos por essa doença. O aumento da atividade da CAT nos animais diabéticos não tratados com o extrato não foi suficiente para reverter o dano lipídico e proteico, possivelmente relacionado com o aumento de espécies reativas nesse tecido.

Palavras-chaves: extrato, folha de uva, antioxidante, diabetes

Resumo: 20.007

Ação antioxidante de Crotalaria pallida Aiton sobre a mucosa gástrica de ratos submetidos à lesões gástricas.

Autores

1GHILARDI, A. F.

1, KITANO, B. T.

2, MELLO, M. S. F.

2, VILEGAS, W.

1,3, SOUZA-BRITO, A. R.

M. 3, DE-FARIA, F. M.

1 BIOLOGIA ESTRUTURAL E FUCIONAL - UNICAMP,

2 CAMPUS

EXPERIMENTAL DO LITORAL PAULISTA - UNESP, 3 FARMACOLOGIA - UNICAMP,

4

BIOLOGIA ESTRUTURAL E FUNCIONAL - UNICAMP

Apoio Financeiro: FAPESP

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Resumo Introdução Estudos demonstraram a presença de flavonóides e ácidos fenólicos, considerados agentes antioxidantes, em Crotalaria pallida . Tendo em vista a complexidade da fisiopatologia da úlcera gástrica e o envolvimento de espécies reativas de oxigênio (ERO) neste processo, buscou-se avaliar a ação do extrato hidro-alcoólico (70%) das folhas de C. pallida (ECp) em modelos experimentais de úlcera gástrica. Objetivos Verificar a ação de ECp sobre agentes do sistema antioxidante em modelos experimentais de úlcera gástrica. Código de Experimentação Animal 2744-1 Código de Experimentação Humana Métodos Protocolos experimentais envolvendo animais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal/UNICAMP: 2744-1. Para avaliação da atividade, adotou-se o modelo de úlcera induzida por etanol absoluto - EtOH. Ratos (Unib-WH, 180-220g) distribuídos em grupos (n=7) foram pré-tratados por via oral (v.o.), após 24 horas de jejum, com lansoprazol (30 mg/Kg), salina 0,9% (10 ml/Kg) e ECp (10, 30, 100 e 300 mg/Kg) . Uma hora depois os animais receberam 1 mL de EtOH (v.o.) e após mais uma hora, os animais foram sacrificados e os estômagos removidos para contagem das lesões e quantificação dos níveis de glutationa – GSH e atividade da mieloperoxidase – MPO. Também verificamos a participação de compostos sulfidrílicos na gastroproteção por ECp, para tanto um bloqueador de grupamentos sulfidrila (10 mg/Kg, N-etilmaleimida - NEM) foi administrado intraperitonealmente (i.p.) aos animais (n=5 por grupo), decorridos trinta minutos, estes, receberam pré-tratamentos (v.o.), carbenoxolona (100 mg/Kg), salina (10 mL/Kg) e ECp (300 mg/Kg). Trinta minutos mais tarde foi administrado EtOH (v.o.) aos animais e após uma hora estes foram sacrificados e os estômagos removidos para avaliação. Dados foram expressos como média ± erro padrão e submetidos à ANOVA com teste a posteriori de Dunnett, com diferença estatística iniciada em *p Resultados No modelo de úlcera induzida por EtOH, ECp 300 mg/Kg (18,04±6,79 mm

2 , p

2 ). Os níveis de GSH foram aumentados

pela administração de ECp 300 mg/Kg (36,02±3,33 nmol/mg de proteína, p 2 ) quando NEM foi administrado (i.p.),

comparada ao grupo salina (131,9±48,11 mm2). Conclusão Os resultados mostraram que ECp possui atividade anti-úlcera na dose de 300 mg/Kg, e que esta é dependente de grupamentos sulfidrila. Além disso, verificamos que a administração de ECp 300 mg/Kg, eleva os níveis de GSH na mucosa gástrica, indicando um componente antioxidante em sua atividade, além de ter reduzido a atividade da MPO, sugerindo menor dano oxidativo e inflamatório ao tecido. ECp se mostrou eficaz nos modelos experimentais adotados neste trabalho, assim, seu uso pode vir a ser oportuno na terapêutica da úlcera gástrica, ademais novos estudos são necessários para validar sua utilização.

Palavras-chaves: Antioxidante, Crotalaria pallida, Úlcera gástrica

Resumo: 20.008

Mecanismos gastroprotetores de Crotalaria pallida Aiton em modelos experimentais de úlcera gástrica

Autores

1KITANO, B. T.

1, GHILARDI, A. F.

2, MELLO, M. D. S. F.

2, VILEGAS, W.

1,3, SOUZA-BRITO, A.

R. M. 3, DE-FARIA, F. M.

1 BIOLOGIA ESTRUTURAL E FUCIONAL - UNICAMP,

2 CAMPUS

EXPERIMENTAL DO LITORAL PAULISTA - UNESP, 3 FARMACOLOGIA - UNICAMP

Apoio Financeiro: FAPESP

Resumo Introdução O estômago está constantemente exposto a agentes agressores como secreção ácida, pepsina e xenobióticos, para tanto possui mecanismos protetores como camadas justapostas de células epiteliais, muco e bicarbonato. Um estudo de nosso grupo mostrou que o extrato hidro-alcoólico (70%) de das folhas de Crotalaria pallida (ECp) possui ação anti-úlcera em ratos, na dose de 300 mg/Kg. Visando elucidar o efeito da administração de ECp sobre a ulcerogêncese, buscamos avaliar seu efeito sobre agentes agressores e protetores da mucosa gástrica. Objetivos Investigar possíveis mecanismos de ação envolvidos na atividade anti-ulcerogênica de ECp. Código de Experimentação Animal 2744-1 Código de Experimentação Humana Métodos Protocolos experimentais com animais (ratos Unib-WH pesando 180-220g) foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UNICAMP (2744-1). Para avaliar o efeito sobre a secreção ácida, grupos (n=5) de ratos anestesiados com cetamina/xilazina foram submetidos à ligadura do piloro, seguida de administração intra-duodenal (i.d.) de salina 0,9% (10 mL/Kg), lansoprazol (60 mg/Kg), cimetidina e ECp (300 mg/Kg). Após 4 horas os ratos foram sacrificados e os estômagos removidos para análise do conteúdo gástrico. Para avaliação da produção de muco aderido à mucosa, grupos (n=5) de animais foram pré-tratados por via oral (v.o.) com salina 0,9% (10 mL/Kg), carbenoxolona (100 mg/Kg) e ECp (300 mg/Kg), após 1 hora anestesiados e submetidos à ligadura do piloro. Quatro horas depois, os ratos foram sacrificados e as porções glandulares dos estômagos coletadas para quantificação de muco. Por fim, foi avaliada a ação de ECp em modela de úlcera induzida por AINEs; grupos de ratos (n=5) receberam (v.o.) salina, carbenoxolona e ECp, posteriormente, administração subcutânea de indometacina (30 mg/Kg). Após 4 horas os animais foram sacrificados e os estômagos removidos e fotografados para contagem de lesão. Todos dados foram expressos como média ± erro padrão e submetidos à ANOVA com teste a posteriori de Dunnett, com diferença estatística mínima iniciada em p Resultados ECp provocou redução do volume de secreção gástrica (0,86±0,07 mL, p p

2 , p

Conclusão

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Dentre os mecanismos avaliados, ECp exerce gastroproteção aumentando a secreção de muco aderido à mucosa gástrica, o que pode explicar sua ação protetora contra úlcera induzida pela administração de AINEs, bem como a redução no volume de secreção ácida. É possível que estes efeitos estejam associados à síntese de prostaglandinas, assim, novos estudos visando a quantificação destas e também da atividade das ciclo-oxigenases (COX-1 e 2) podem confirmar a via pela qual ECp exerce efeito gastroprotetor.

Palavras-chaves: Crotalaria pallida, Úlcera gástrica, Citoproteção

Resumo: 20.009

EFEITO ANTI-HEMORRÁGICO DO EXTRATO HIDROETANÓLICO DE Tabebuia aurea E DO ESPECIOSÍDEO SOBRE LESÕES INDUZIDAS PELO VENENO DE Bothrops neuwiedi NA PELE DE CAMUNDONGOS.

Autores

1VASCONCELOS, S. B. D. S.

1, PORTUGAL, L. C.

2, KADRI, M. C.

2, CAVALCANTE, R. B.

2,

SILVA, V. J. D. 3, CAROLLO, C. A.

4, FILIÚ, W. F. O.

1, VASCONCELOS, S. B. D. S.

1 CCBS -

UFMS, 2 CCBS - UFMS,

3 CCBS - UFMS,

4 CCBS - UFMS

Apoio Financeiro: UFMS

Resumo Introdução As serpentes do gênero Bothrops são as principais responsáveis pelos acidentes ofídicos no Brasil. O envenenamento botrópico ocasiona um quadro caracterizado por efeitos sistêmicos e reações locais imediatas, podendo gerar sequelas graves como a amputação do membro afetado. A soroterapia é o tratamento disponível, porem não neutraliza eficazmente as reações locais. Como o soro antiofídico nem sempre está disponível ou o seu acesso é difícil, diversas plantas são usadas empiricamente pela população para combater lesões causadas pelo veneno, como por exemplo, a Tabebuia sp, com propriedades anti-inflamatória e cicatrizante. A partir do extrato da Tabebuia aurea foi isolado seu metabólito secundário majoritário, o especiosídeo, um iridóide que também foi avaliado neste trabalho. Objetivos Este trabalho objetivou avaliar o efeito do extrato hidroetanólico de Tabebuia aurea e do especiosídeo sobre as lesões hemorrágicas induzidas pelo veneno de Bothrops neuwiedi. Código de Experimentação Animal n.337/2011 Código de Experimentação Humana Métodos O protocolo de experimentação foi submetido ao Comitê de Ética da UFMS (nº 337/2011). Foram utilizados o extrato

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hidroetanólico de Tabebuia aurea (EHETa), especiosídeo (Esp), veneno de Bothrops neuwiedi (VBn, 5µg) e camundongos Swiss machos e adultos, pesando 18-30g (n=6/grupo). Foram realizadas injeções, via intradérmica (i.d.), no dorso dos animais, os quais foram distribuídos nos seguintes grupos: I) VBn, II) mistura pré-incubada de VBn:EHTa (1:50), III) VBn e imediatamente após foi injetado EHETa (250 µg). Os demais grupos foram IV, V e VI, mistura pré-incubada de VBn:Esp (1:50; 1:100 e 1:200), respectivamente. Os grupos VII, VIII e IX receberam VBn e imediatamente após, a injeção de Esp (1:50, 1:100 e 1:200), respectivamente. Após 3 horas foi realizada a avaliação da atividade hemorrágica na pele, sendo removida, fotografada e as imagens analisadas por meio do software ImageJ® para determinação da área hemorrágica. Foi realizada a dosagem de hemoglobina da área hemorrágica de acordo com Arch. Biochem. Biophys. 15;231(1):136. A concentração de hemoglobina (Hb) foi expressa em g/dL. A média e o erro padrão das médias dos diferentes grupos foram analisados estatisticamente por ANOVA e teste de Bonferroni, p < 0,05. Resultados Houve uma redução significativa na concentração de Hb nos grupos II (9,957±1,752), IV(5,067±0,857), V(0,0±0,0) e VI(0,0±0,0), em que os venenos foram pré-incubados com o EHTa e Esp e nos grupos VIII(8,086±0,720) e IX(8,350±0,884), onde o Esp foi inoculado imediatamente após o veneno, em relação ao grupo VBn (14,900±0,544). Já nos grupos III(14,080±1,056) e VII(12,240±1,326) não houve diferença significativa na concentração de Hb em relação ao grupo VBn. Houve diferença significativa na área hemorrágica somente os grupos V(0,0±0,0) e VI(0,0±0,0) que receberam mistura pré-incubada de VBn:Esp (1:100 e 1:200) em relação ao grupo VBn (1,86±0,277), não sendo observada nos demais grupos: II (1,616±0,255), III (2,124±0,1613), IV(0,958±0,159),VII(1,749±0,289), VIII(2,094±0,368) e IX(1,454±0,133). Conclusão A pré-incubação do veneno de Bothrops neuwiedi com especiosídeo inibe totalmente a lesão hemorrágica, há redução na hemorragia quando o veneno é pré-incubado com Tabebuia aurea ou quando o especiosídeo é inoculado após o veneno, demonstrando que a fração do especiosídeo apresenta uma ação anti-hemorrágica maior que o extrato bruto da planta.

Palavras-chaves: hemoglobina, via intradérmica, efeito antiofídico

Resumo: 20.010

ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO DAS RAÍZES DE Harrisia adscendens (Guerke) Britton & Rose PELO TESTE DA FORALINA OROFACIAL EM CAMUNDONGOS.

Autores

1ALMEIDA, D. M. M.

1, OLIVEIRA, A. T. S.

1, BARBOZA, A. C. M.

1, ANDRADE, C. T. S.

2,

LUCCHESE, A. M. 1, ROCHA, M. L.

1 Departamento de Ciências Biológicas - UEFS,

2 Departamento

de Ciências Exatas - UEFS

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB/UEFS

Resumo Introdução As cactáeas são plantas com ampla utilização medicinal no semiárido nordestino. Na região do semiárido baiano, em particular, Harrisia adscendens (Guerke) Britton & Rose, popularmente conhecida como rabo-de-raposa, é tradicionalmente empregada pelo sertanejo para o tratamento da dor de dente através da ingestão do chá de suas raízes. Objetivos

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O trabalho visou investigar a toxicidade e a ação antinociceptiva do extrato de H. adscendens em camundongos pelo modelo de nocicepção orofacial induzida pela formalina, a fim de fornecer subsídio para o uso medicinal seguro dessa planta, além de dados para investigação de novos fitoterápicos. Código de Experimentação Animal CEUA/UEFS - Protocolo 05/2011 Código de Experimentação Humana Métodos Para a obtenção do extrato bruto (EB), as raízes de H. adscendens foram secadas à temperatura ambiente, e posteriormente pulverizadas em moinhos de facas e submetidas à extração, três vezes consecutivas, por maceração com metanol e concentrados em rotaevaporador. Para a observação de possíveis alterações no Sistema Nervoso Central (SNC), camundongos suíços Mus musculus (Linnaeus, 1758) machos, adultos (2-3 meses), pesando entre 25-35g, provenientes da colônia do Biotério Central da UEFS, foram divididos em grupos de 8 animais, tratados com o EB de H. adscendens (doses 50, 100, 200 ou 400mg/kg) e grupo controle negativo, com veiculo (NaCl 0,9%) por via oral, após o que, foram observados aos 30, 60, 120 e 240 min e posteriormente por 72h para registro de ocorrência de mortes. Para o registro do efeito analgésico pelo teste da formalina orofacial, camundongos (n=8, por grupo) foram tratados com o EB H. adscendens (doses de 200 ou 400mg/kg) e controle negativo (veículo) via oral, 60min antes da administração de 20μL de formalina a 2,5% (subcutânea) no lábio superior, região perinasal e morfina (10mg/kg, intraperitoneal), droga padrão, foi administrada 30min antes da injeção de formalina. Após as administrações, os animais foram individualmente colocados na caixa de observação para registro do tempo (segundos) que passam a esfregar a área injetada ou a face com a pata traseira ou dianteira, por 5min (1ª fase) e após um intervalo de 10min, o mesmo parâmetro foi registrado por 25min (2ª fase), totalizando 40min de observação. O registro desse tempo foi considerado indicativo de nocicepção. Os dados obtidos foram expressos em média e erro padrão da média e o teste estatístico usado foi ANOVA, seguido do pós-teste de Dunnet. Resultados O extrato de H. adscendens não causou alterações no SNC, nem registro morte até 72h após a administração da droga em estudo. No teste da formalina orofacial, o EB reduziu significativamente (p < 0,001) o tempo de esfregaço na face em ambas as fases, comparando-se com o controle negativo (1ª fase: 200mg/kg: 22,13 ± 1,80s; 400mg/kg: 22,88 ± 2,38s; controle negativo: 59,38 ± 2,93s; morfina: 0,12 ± 0,12s; 2ª fase: 200mg/kg: 54,75 ± 4,48s; 400mg/kg: 51,88 ± 5,55s; controle negativo: 181,3 ± 5,76s; morfina: 6,62 ± 2,59s). Conclusão Os resultados obtidos com o extrato das raízes de Harrisia adscendens no teste da formalina orofacial sugerem uma ação antinociceptiva central desta planta, com ausência de toxicidade.

Palavras-chaves: Antinociceptivo, Extrato, Harrisia adscendens, Orofacial, Camundongos

Resumo: 20.011

The Acute Effect of Ampelozizyphus amazonicus Ducke in Resting Oxygen Consumption and

Energy Expendure in Male Wistar Rats

Autores

1CAHUÊ, F.

1, SILVA, S.

2, SIMEN, T. J.

2, FINOTELLI, P.

1, CASTRO, J. P. S. W. D.

2, LEITÃO, S.

G. 1, CHAVES, E. A.

1, BARCELLOS, L.

1 Departamento de Biociências - UFRJ,

2 Departamento de

Produtos Naturais e Alimentos - UFRJ

Apoio Financeiro: FAPERJ

Resumo Introdução Amprelozizyphus amazonicus Ducke (Aa), tipically called “saracura-mirá”, is a vegetable found on Amazonic bioma and famous in indian culture because of its antimalarian and termogenic effect, independently of xanthines in its composition. Despite of this, there is a major concentration of ursolic acid, betulinic acid and saponins, with known adaptogenic activity. There is no evidences about the acute and chronic effect of treatment with Aa in resting oxygen consumption (VO2) and energy expendure (EE) so far. Objetivos This study aims to confirm a termogenic activity of an acute treatment with Aa in male Wistar rats. Código de Experimentação Animal EEFD04 Código de Experimentação Humana Métodos All animals were maintened and handled in accordance with CCS/UFRJ Animal Care and Use Committee, represented by protocol code EEFD04. Male wistar rats, 2 months age, weight 250 ± 50 g (n=9) were treated with 10 mg/kg of Aa (n=4) or water (n=5) via gavage. Thirty minutes later, VO2, EE, spontaneous activity (SA), food (FI) and Water (WI) intake were mensured with NEAT (Physiocage 00, Panlab, Spain). There were considerated for analysis only the first and the last four hours of each cycle (light/dark). For temporal effect curve were considered VO2 and EE in 30, 45, 60, 90, 120 and 240 minutes after treatment. All datas were analysed with Graph Prism 5.0 for Mac Os X, unpaired t test were used to compare cycles and two-way ANOVA with Bonferroni post-hoc were used to analyse the temporal effect curve. Statistic significance were < = 0,05. Resultados No statistical diferences were obtained in SA, FI and WI. The VO2 (ml/kg/min^0,75) in Aa group were higher than control group in both dark cycles (DC) period (DC1: 13.15 ± 0.6690 vs 10.20 ± 0.3487, p=0,0042; DC2: 11.52 ± 0.5504 vs 9.495 ± 0.4588, p=0,0247) and in first light cycle (LC) period (LC1: 11.83 ± 0.4800 vs 8.435 ± 0.4225, p=0,0011). The same were found in EE (kcal/day/kg^0,75) (DC1: 97.78 ± 4.819 vs 76.58 ± 2.427, p=0,004; DC2: 86.01 ± 3.872 vs 71.18 ± 3.514, p=0,0254; LC1: 88.60 ± 3.120 vs 63.72 ± 3.074, p=0,0008). In temporal effect curve, VO2 and EE were higher from 30 to 90 minutes after treatment with Aa (30’ and 60’ p < 0,01; 45’ p < 0,001; 90’ p < 0,05). Conclusão This study is the first to show an evidence of the termogenic activity of a acute treatment of Aa using NEAT analysis. More studies are needed to explain the biologic mechanisms of adaptogenic activity.

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Palavras-chaves: Ampelozizyphus amazonicus Ducke, Energy Expendure, Oxygen Consuption, Resting

Resumo: 20.012

Ratos obesos tratados cronicamente com o extrato de chá-verde apresentam alteração em parâmetros oxidativos no córtex cerebral.

Autores 1Macedo, R.C.S.

1, OTTON, R.

1 CBS - UNICSUL

Apoio Financeiro: FAPESP: 2012/19681-5 e 2011/19216-8

Resumo Introdução A obesidade é definida como uma doença de armazenamento de energia cuja etiologia está baseada no consumo de energia maior do que o necessário para a manutenção diária. Sabe-se que o cérebro é um órgão que possui um maior grau de estresse oxidativo em relação aos demais tecidos, pois apresenta elevado consumo de oxigênio e alto teor de ferro, favorecendo a lipoperoxidação, além de sua capacidade de defesa antioxidante ser muito reduzida. O chá-verde possui múltiplos efeitos benéficos para a saúde, incluindo capacidade antioxidante e anti-inflamatória. Estudos demonstraram a atividade de diversos antioxidantes naturais na obesidade e no sistema nervoso, porém, nada é descrito sobre a ação antioxidante do chá-verde nesse sistema. Objetivos O objetivo desse trabalho foi avaliar alguns parâmetros oxidativos no córtex de ratos obesos suplementados cronicamente com extrato de chá-verde. Código de Experimentação Animal CE/UCS-153/2011 Código de Experimentação Humana Métodos O projeto foi aprovado pela comissão de ética para experimentação em animais da Universidade Cruzeiro do Sul (CE/UCS-153/2011). Utilizamos ratos Wistar machos (150±40g), tratados por gavagem, cinco dias por semana, durante 12 semanas com extrato de chá verde (500 mg/Kg de peso corporal). A obesidade foi induzida nos ratos por dieta de cafeteria durante 8 semanas. Os animais foram divididos em quatro grupos (n = 5): (I) controle, alimentados com dieta normal; (II) Chá verde, suplementados com extrato de chá verde; (III) Obesos, alimentados com dieta de cafeteria e (IV) Ob + Chá Verde, alimentados com a dieta de cafeteria e suplementados com o extrato de chá verde. Após 90 dias de tratamento os animais foram decapitados para a realização dos seguintes experimentos: leptina plasmática, capacidade antioxidante total (FRAP), tióis, carbonilas protéicas, SOD total e SOD Mn, glutationa peroxidase, glutationa redutase e a razão entre glutationa reduzida/oxidada. Os resultados foram expressos como média ± erro padrão da média e analisados estatisticamente pelo teste de ANOVA com Tukey como pós-teste adotando-se como limite mínimo de significância p <0.05.

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Resultados Os níveis de leptina plasmática aumentaram 30% no grupo obeso (5299±106 vs 6911±357)e não foi restaurada pelo chá verde. Na avaliação de FRAP, observou-se redução de 20 e 33% no córtex de ratos obesos e obesos tratados com chá-verde (21,6±7 vs 17,2±2,5 e 17,2±2,5 vs 11,4±3,2), respectivamente. A avaliação de tióis mostrou um aumento de 164% nos ratos obesos (34±11,2 vs 90,6±7)e redução de 14% nos ratos obesos tratados com chá-verde(90,6±7 vs 77,7±17). O conteúdo de carbonilas proteicas aumentou 18% nos ratos obesos (2,26±0,43 vs 2,63±0,57) e reduziu 42% nos ratos obesos tratados com chá-verde (2,63±0,57 vs 1,55±0,17). Nos parâmetros enzimáticos, a SOD total diminuiu 13 e 23% nos ratos obesos e obesos tratados com chá-verde (9,1±0,87 vs 7,78±0,73 e 7,78±0,73 vs 6,25±0,71), respectivamente; a SOD Mn reduziu 14% apenas nos ratos obesos (8,22±0,97 vs 7±0,92). A glutationa peroxidase foi aumentada em 75% nos ratos obesos tratados com chá-verde (0,38±0,12 vs 0,79±0,32) e a glutationa redutase aumentou 33 e 12% nos ratos obesos e obesos tratados com chá-verde (0,062±0,016 vs 0,080±0,019 e 0,080±0,019 vs 0,091±0,018), respectivamente. A razão entre as glutationas apresentou aumento de 33 e 19% nos ratos obesos e obesos tratados com chá-verde (12±0,82 vs 17,5±0,78 e 17,5±0,78 vs 19±1,44), respectivamente. Conclusão Até o momento nosso estudo demonstra que a dieta de cafeteria induziu a obesidade nos animais e foi capaz de modular alguns parâmetros oxidativos no córtex cerebral como a capacidade antioxidante total, os danos proteicos e as enzimas antioxidantes. Entretanto, o chá verde não foi capaz de restaurar os efeitos causados pela obesidade.

Palavras-chaves: chá-verde, estresse oxidativo, sistema nervoso central, obesidade

Resumo: 20.013

Atividade antidiabética do Sedum dendroideum: fosfofrutocinase-1 como um possível alvo da kaempferitrina

Autores 1DA SILVA, D.

2, CASANOVA, L. M.

1, SOLA-PENNA, M.

2, COSTA, S. S.

1 Fármacos - UFRJ,

2

NPPN - UFRJ

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPERJ

Resumo Introdução O diabetes mellitus (DM) é uma patologia caracterizada principalmente pela hiperglicemia crônica causada pela deficiência de produção e/ou ação da insulina. As limitações dos tratamentos para DM, atualmente disponíveis, incentivam a busca por novos fármacos através do estudo de plantas medicinais. O Sedum dendroideum (SD), conhecido popularmente como bálsamo, é uma espécie rica em kaem¬pferitrina, um flavonóide glicosídico cuja aglicona é o kaempferol, com comprovada atividade hipoglicemiante in vivo (J. Ethnopharmacol, v. 124, p. 228-232, 2009; J. Nat. Prod., v. 67, p. 829-832, 2004). Objetivos Avaliar a atividade hipoglicemiante < i > in vivo < /i > de SD e de seus flavonoides isolados. Código de Experimentação Animal

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DAHEICB038 Código de Experimentação Humana Métodos O sumo, a fração butanólica e a kaempferitrina foram avaliados quanto à atividade hipoglicemiante em camundongos (suíços, machos, 10 semanas, 25 ± 1 g) controles e diabéticos, induzidos com estreptozotocina. Duas horas após a administração desses compostos a glicemia foi medida através de um glicosímetro (Accu-Check, Merk). No caso da kaempferitrina, a eutanásia foi realizada após este período e o músculo esquelético das patas traseiras, fígado e tecido adiposo epididimal removidos para se analisar a atividade da fosfofrutocinase-1 através do método radiométrico (Mol Genet Metab; 2005; 86: 392–400). O total de experimentos para cada condição foi igual a três (n=3) e os dados foram analisados através de teste t pareado e não pareado, sendo as diferenças consideradas significativas se p Resultados Nos ensaios biológicos, o sumo (400 mg/kg), a fração butanólica (40 mg/kg) e o flavonoide kaempferitrina (4 mg/kg), administrados por via intraperitonial, reduziram a glicemia (mg/dL) dos animais diabéticos, em um período de duas horas, de 462 ± 9 para 221,67 ± 19,97, 454 ± 11,06 para 213,33 ± 42,56 e 475,67 ± 14,84 para 185,67 ± 19,74, respectivamente. Por outro lado, a glicemia dos animais diabéticos controles não variou ao longo desse período (444,89 ± 14,83 para 425 ± 18,03). Neste sentido, ainda demonstramos que a menor atividade da PFK do fígado dos camundongos diabéticos (controles, 12,82 ± 1,63; diabéticos, 5,33 ± 0,20; mU/mg) é completamente revertida por este único tratamento com kaempferitrina no período de duas horas (controles tratados, 15,16 ± 1,68; diabéticos tratados, 11,76 ± 1,38; mU/mg). Assim, os resultados sugerem que a kaempferitrina é a substância responsável pela atividade hipoglicemiante da espécie. Atualmente estamos investigando qual a ramnose presente na estrutura química da kaempferitrina que pode estar envolvida com a sua atividade. Outros compostos purificados de SD também estão em análise. Conclusão Os resultados demonstram que a kaempferitrina presente no SD tem um potencial antidiabético e que o seu possível mecanismo de ação pode envolver a ativação da PFK, uma importante enzima para o metabolismo de carboidratos.

Palavras-chaves: Diabetes, Fosfofrutocinase-1, kaempferitrina, Sedum Dendroideum

Resumo: 20.014

“AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS OXIDATIVOS E INFLAMATÓRIOS EM LINFÓCITOS DE RATOS OBESOS SUPLEMENTADOS CRONICAMENTE COM EXTRATO DE CHÁ VERDE (CAMELLIA SINENSIS)”

Autores 1,2

MOLINA, N. 1,2

, FELIX, K. F. S. A. 1,2

, BOLIN, A. P. 1,2

, OTTON, R. 1 Farmacologia - ICB- USP,

2

Centro de Ciências Biológicas - Unicsul

Apoio Financeiro: FAPESP (2011/192168), CNPq, CAPES, Universidade Cruzeiro do Sul.

Resumo

Introdução A obesidade é um dos mais graves problemas de saúde pública hoje no Brasil e no mundo, pois está associada com o aparecimento de diversas doenças graves como as doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão. Entretanto, pouca informação se tem sobre o impacto da obesidade na competência imunológica de ratos suplementados cronicamente com o extrato de chá verde (Camellia sinenses). Vários efeitos farmacológicos têm sido atribuídos ao chá verde, mais especificamente aos flavonóides presentes no chá que sabidamente apresentam efeitos antioxidante e anti-inflamatório. Objetivos O objetivo desse trabalho é investigar se o extrato de chá verde seria capaz de modular parâmetros oxidativos, bioquímicos e funcionais de linfócitos de ratos induzidos à obesidade por uma dieta cafeteria (hipercalórica). Código de Experimentação Animal CE/UCS 153/2011 Código de Experimentação Humana Métodos Ratos Wistar machos (Rattus norvegicus) com peso inicial de 150 ± 40 g, foram divididos em 4 grupos: controle, chá verde (Chá), Obeso (Ob) e Obeso (Ob)+Chá. Os grupos Chá e Ob+Chá receberam 500 mg/kg de extrato de chá verde durante 30 dias e então se deu início à dieta hipercalórica (Ob e Ob+Chá) por mais 60 dias acompanhada também do tratamento com o extrato do chá verde. Após o sacrifício dos animais os linfócitos foram obtidos a partir dos linfonodos mesentéricos para a realização de ensaios como: avaliação da capacidade proliferativa dos linfócitos estimulados com ConA (5 µg/ml) e LPS (1 mg/ml) (Método BrdU), avaliação da atividade da enzima G6PDH e hexoquinase como parâmetros de funcionalidade metabólica, produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) com o uso da sonda DCFH-DA, avaliação da atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx) e glutationa redutase (GR) como parâmetros oxidativos. A liberação de citocinas pró- e anti-inflamatórias também foi avaliada (IL-2, IL-6, IL-1β , TNF-α , IFN-γ e IL-10). A analise estatística foi realizada por ANOVA e pós-teste Tukey (p < 0.05). Os resultados expressos como média ± EPM de 5 animais. Resultados A atividade da GPx foi aumentada no grupo Ob+Chá (15,70 ± 2,89) em relação aos grupos controle (6,15 ± 0,57), Chá (6,59 ± 0,48) e Ob (7,01 ± 0,41). A GR teve sua atividade aumentada no grupo Ob+Chá (1373 ± 267,6) em relação aos grupos controle (219,2 ± 27,50), Chá (491,9 ± 50,93) e Ob (521,5 ± 124,0). A atividade da SOD total aumentou nos grupos Chá (14,70 ± 1,31), Ob (14,66 ± 1,27) e Ob+Chá (12,77 ± 0,89) em relação ao controle (6,87 ± 0,35). A SOD Mn teve sua atividade aumentada nos grupos Chá (9,68 ± 1,79) e Ob+Chá (9,13 ±1,08) em relação ao controle (4,96 ± 0,43). A atividade da G6PDH foi diminuída nos grupos Chá (3,00 ± 0,21) e Ob+Chá (2,25 ± 0,17) em relação ao controle (4,32 ± 0,08). A atividade da Hexoquinase aumentou no grupo Ob em relação ao controle (4,13 ± 0,26 vs 2,74± 0,17), Chá (3,05 ± 0,12) e Ob+Chá (3,25 ± 0,31). A liberação de IL-2 reduziu nos grupos Ob (254,4 ± 13,9) e Ob+Chá (145,0 ± 14,25) em relação ao controle (277,2 ± 19,5), enquanto a IL-6 reduziu nos grupos Chá (2310,0 ± 47,8) e Ob+chá (2240 ± 21,4) em relação ao controle (2500 ± 30). Os grupos Chá e Ob+Chá diminuíram a liberação de IL-1β em relação ao controle e os grupos Chá e Ob+Chá diminuíram a liberação de TNF-α em relação ao controle. Já o grupo Ob mostrou uma diminuição na liberação de IL-10 em relação aos grupos controle e Ob+Chá. Conclusão Os dados preliminares deste estudo demonstram que o modelo de indução à obesidade por dieta hipercalórica foi bem sucedido, e em resposta à obesidade pudemos observar uma redução na liberação de IL-10. O tratamento crônico com chá verde frente a esta condição foi capaz de aumentar a atividade de enzimas antioxidantes como GPx e GR e diminuir a liberação de TNF-α, IL-1β e IL-6 (pró-inflamatórias) fatores que proporcionam um ambiente mais adequado pra o bom funcionamento celular com diminuição do quadro inflamatório presente na obesidade. Este estudo mostra um importante efeito imunomodulador do chá verde na obesidade, além do efeito antiobesidade já bem descrito na literatura.

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Palavras-chaves: catequinas, chá verde, linfócitos, obesidade

Resumo: 20.015

Ação vasorelaxante do terpinen-4-ol em aorta torácica de ratos

Autores

1MAIA-JOCA, R. P. M.

2, JOCA, H. C.

1, PENHA-RIBEIRO, F. J.

1, NASCIMENTO, R. V.

1,

SILVA-ALVES, K. S. 3, LAHLOU, S.

2, CRUZ, J. S.

1, COELHO-DE-SOUZA, A. N.

1, LEAL-

CARDOSO, J. H. 1 CCS - UECE,

2 Bioquímica e Imunologia - UFMG,

3 Farmacologia - UFC

Apoio Financeiro: FUNCAP

Resumo Introdução Terpinen-4-ol é um monoterpeno encontrado em óleos essenciais que é conhecido por esboçar atividade anti-hipertensiva e hipotensão. Estudos anteriores sugeriram que terpinen-4-ol pode ser um agente vasorelaxante direto. Objetivos Portanto objetivou-se esclarecer a ação hipotensora do terpinen-4-ol, descritas em estudos anteriores, em contratilidade sobre o músculo liso vascular. Código de Experimentação Animal 10724456-0/07 Código de Experimentação Humana Métodos Este estudo investigou os efeitos de terpinen-4-ol na contratilidade (medida de força isométrica), no potencial de repouso e resistência de entrada (microeletrodo intracelular) em células musculares de aorta torácica de ratos. Resultados Terpinen-4-ol relaxou preparações pré-contraídos com K+ 80 mM com endotélio intacto e endotélio desnudados com IC50 de 421,43 ± 23,48 e 586,96 ± 7,50 μM, respectivamente; e para contração induzida por fenilefrina (1 μM) as IC50 foram de 802,50 ± 13,76 e 1332,66 ± 51,92 μM, respectivamente. Terpinen-4-ol também inibiu contrações induzidas por Ba2+ e relaxou preparações pré-contraídos com BAY-K 8644 (3 μM) com potência semelhante. Terpinen-4-ol (3000-6000 μM) inibiu contrações induzidas pela fenilefrina e forbol 12,13-dibutirato em soluções livres de cálcio. Em tônus basal, potencial de repouso e resistência de entrada das células musculares lisas, terpinen-4-ol não causou alterações significativas. Conclusão Em conclusão, terpinen-4-ol tem efeito relaxante em ambos acoplamentos eletromecânico e farmacomecânico com maior

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potência em eletromecânico provavelmente relacionado com uma inibição dos canais de cálcio operados por voltagem. Esses achados confirmam que terpinen-4-ol tem uma ação direta sobre o músculo liso vascular e ajuda a compreender os seus mecanismos de ação de hipotensão.

Palavras-chaves: Terpinen-4-ol, músculo liso vascular, canais para cálcio operados por voltagem, anti-hipertensivo, monoterpeno

Resumo: 20.016

Astaxanthin and Vitamin C modulate cytokine release of human lymphocyte

Autores 1BOLIN, A. P.

1, GUERRA, B. A.

1, MOLINA, N.

1, OTTON, R.

1 Laboratório de Fisiologia e

Biologia Molecular - UNICSUL

Apoio Financeiro: FAPESP 2009/14382-7; 2010/03304-2

Resumo Introdução Studies have reported important functions played by natural compounds as antioxidants in regulating immunity and disease etiology. Astaxanthin (ASTA) has shown important immuno-modulatory effects demonstrated by enhancing humoral and cell-mediated immune responses. This carotenoid was responsible for modify antibody production by T helper cells, immunoglobulin levels, proliferation capacity and natural killer-cytotoxic activity. Because of its unique chemical structure, ASTA is capable to protect both the inner and outer membrane surfaces. Vitamin C (Vit.C) participates in the modulation of complex biochemical pathways that are an essential part of the normal metabolism of immune cell. Objetivos The present study was designed to investigate the effect of co-treatment with astaxanthin and vitamin C on functional properties of human lymphocytes in vitro. Código de Experimentação Animal Código de Experimentação Humana Universidade Cruzeiro do Sul - 128/2009 Métodos Lymphocytes from healthy subjects were obtained through the collection of human peripheral blood (adult women and men; mean age 21.0 ± 4.0 - Ethical Committee of the Universidade Cruzeiro do Sul - 128/2009). After isolation, the cells (1x106/mL) were cultured and treated with ASTA (2 µM) and/or Vit. C (100 µM). The following assays were performed: apoptotic features analyzed by DNA fragmentation, mitochondrial transmembrane potential and phosphatidylserine externalization (annexin V), proliferative capacity of lymphocytes stimulated by concanavalin A (Con A-20 µg/mL) and LPS (100 µg LPS/mL) using the colorimetric BrdU cell proliferation assay, total intracellular calcium [Ca2+]i (nM) mobilization, release of pro- and anti-inflammatory cytokines (IL-1beta, TNF-alpha, IL-10, IFN-gamma and IL-2) and hexokinase activity.

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All data points are the mean values with standard errors of at least three independent experiments. Resultados Astaxanthin and vitamin C did not cause death, nor were able to prevent the death of lymphocytes since they did not change apoptotic features evaluated. Lymphocytes treated with ASTA+Vit.C did not present any significant alteration on the proliferation of T- and B- lymphocytes both at rest and stimulated conditions. The assay performed to evaluate the intracellular calcium mobilization showed a significant increment (95%) when cells were treated with ASTA+Vit.C (5611 ± 423,2) compared to control group (2870 ± 382,2), although, individually these antioxidants did not alter this parameter. We also evaluated cytokines involved in Th1 and Th2 profile. Association of ASTA+Vit.C was responsible to decreased only IL-2 in 70% (199,5 ± 65,09 vs 672,5 ± 181,4). When antioxidants were used alone they demonstrated different pattern: ASTA decreased TNF-alpha;, IL-10 and IL-2 release in 45, 45 and 70%, respectively (210,7 ± 34,4 vs 387,1 ± 62,2; 822,4 ± 98,6 vs 1504,0 ± 60,7; 198,3 ± 27,90 vs 672,5 ± 181,4) while increase in 103% IFN-gamma release (4874,0 ± 936,2 vs 2394,0 ± 193,2). Vitamin C alone only decreased TNF-alpha (204,9 ± 26,9 vs 387,1 ± 62,2) release (47%). Hexokinase activity was evaluated after 24h of culture and association of ASTA+Vit.C increased in 106% hexokinase activity (13.49 ± 0.71 vs 6.54 ± 0.06) compared to the control group. Conclusão In summary we can conclude that association of astaxanthin with vitamin C did not modulate proliferative capacity of lymphocytes but modulated calcium release and hexokinase activity. When the antioxidants were used alone they were able to alter the release of TNF-alpha, IL-10, IL-2 and IFN-gamma. It seems that the combination of antioxidants cancels the effects caused by each of the antioxidants alone. The mechanism underlying this response remains to be clarified.

Palavras-chaves: antioxidant, carotenoid, immune function, leukocyte

Resumo: 20.017

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS FUNCIONAIS DE NEUTRÓFILOS DE RATOS OBESOS SUPLEMENTADOS CRONICAMENTE COM EXTRATO DE Camellia sinensis

Autores 1,2

FELIX, K. F. S. A. 1,2

, OTTON, R. 1 Farmacologia - ICB - USP,

2 Lab. Fisiologia Celular e Biologia

Molecular - UNICSUL

Apoio Financeiro: FAPESP (2011/192168), CNPq, CAPES, Universidade Cruzeiro do Sul.

Resumo Introdução A obesidade é atualmente um dos mais graves problemas de saúde pública em todo o mundo, sendo considerada uma doença inflamatória crônica, pela sua alta capacidade de ativar células do sistema imune. Vários efeitos farmacológicos têm sido atribuídos as catequinas do chá verde (Camellia sinensis), dentre estes efeitos antioxidante e anti-inflamatório. Objetivos O objetivo deste estudo é avaliar parâmetros oxidativos e inflamatórios de neutrófilos de ratos obesos induzidos por dieta hipercalórica, e verificar as ações do extrato de chá verde nesta condição.

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Código de Experimentação Animal CE/UCS-153/2011 Código de Experimentação Humana Métodos Ratos machos Wistar (Rattus norvegicus) com peso inicial de 150 ± 40 foram tratados com 500 mg/kg de extrato de chá verde via intragástrica (gavagem), 5 dias/semana por 12 semanas. A obesidade foi induzida por dieta hipercalórica (cafeteria) por 8 semanas. Após as 12 semanas, realizamos a indução da migração de neutrófilos para a cavidade peritonial pela injeção de glicogênio de ostra (1% em PBS) 4 hs antes do procedimento de eutanásia por decapitação. As seguintes análises foram realizadas: capacidade fagocítica, quimiotaxia, atividade da mieloperoxidase (MPO), produção de ácido hipocloroso (HOCl), ânion superóxido (O2•-) usando a sonda fluorescente dihidroetidina (DHE), peróxido de hidrogênio (H2O2) pela sonda 2', 7'-dichlorfluorescein-diacetate (DCFH-DA) e citocinas IL-1β, IL-6 e TNFα por ELISA. A analise estatística foi realizada por ANOVA e pós-teste Tukey (p Resultados Ratos obesos apresentaram uma diminuição significativa na capacidade de migração, produção de H2O2 (34%), HOCl (45%) atividade da MPO (62%). Por outro lado aumentou significativamente a produção de O2•- e a fagocitose de partículas de zimosan opsonizadas em 42% e 52%, respectivamente. O tratamento com o extrato de chá verde em obesos foi capaz de aumentar significativamente a quimiotaxia de neutrófilos (52%), a atividade da MPO (20%), a produção de H2O2 (68%), HOCl (35%) e O2•- (27%) em relação ao grupo obeso. O tratamento com o chá, comparado ao controle apresentou uma diminuição significativa na fagocitose (43%) e alguns efeitos opostos aos observados no tratamento em uma condição obesa, como a diminuição significativa de 50% na atividade da MPO. Conclusão Os dados preliminares do estudo demonstram que o modelo de indução da obesidade em ratos com dieta hipercalórica foi bem sucedido, e em resposta a obesidade, foi observado um quadro de imunossupressão em neutrófilos, com a diminuição de produtos microbicidas como H2O2 e HOCl, deficiência da enzima MPO e migração das células. Embora tenha um aumento de O2•- e fagocitose, podemos concluir que o modelo foi capaz de levar a ativação das células, porém suas funções efetoras são prejudicadas, podendo assim, levar a uma maior susceptibilidade a infecções. O tratamento crônico com chá verde frente a esta condição foi capaz de melhorar funções efetoras dos neutrófilos, como capacidade de migração, produção O2•-, H2O2, HOCl e atividade da MPO. Este estudo mostra um importante efeito imunomodulador destes bioativos na obesidade, podendo ser utilizado como um adjuvante no tratamento desta doença, prevenindo aparecimento de doenças imunes e inflamatórias associadas à obesidade.

Palavras-chaves: Chá-Verde , Inflamação, Neutrófilos, Obesidade

Resumo: 20.018

LABDANO ÁCIDO ENT-3-ACETÓXI-LABDA-8(17),13-DIENO-15-ÓICO INDUZ RELAXAMENTO VASCULAR E QUEDA DA PRESSÃO ARTERIAL EM RATOS HIPERTENSOS.

Autores 1SIMPLICIO, J. A.

4, AMBRÓSIO, S. R.

2, BATALHÃO, M. E.

2, CARNIO, E. C.

3, TIRAPELLI, C.

R. 1 Farmacologia - FMRP/USP,

2 Enfermagem Geral e Especializada - EERP/USP,

3 Enfermagem

Psiquiátrica e Ciências Humanas - EERP/USP, 4 Núcleo de pesquisa em Ciências e Tecnologia -

UNIFRAN

Apoio Financeiro: CAPES e FAPESP

Resumo Introdução Os diterpenos, constituintes de extratos de plantas, são usados na medicina popular no tratamento da hipertensão. Os labdanos, uma importante classe de diterpenos, apresentam diferentes mecanismos de ação vascular que variam conforme sua estrutura química. A forscolina, principal representante desta classe, induz relaxamento vascular via ativação da enzima adenilil ciclase. Dados da literatura mostram que compostos diterpênicos da classe dos labdanos promovem efeito anti-hipertensivo em ratos. Objetivos Avaliar o efeito cardiovascular do labdano ácido ent-3-acetóxi-labda-8(17),13-dieno-15-óico (labda-15-óico) em ratos hipertensos 2R1C. Código de Experimentação Animal 09.1.1007.53.0 Código de Experimentação Humana Métodos Isolamento da aorta torácica de ratos Wistar para o estudo da reatividade vascular ao labdano e avaliação da pressão arterial média após administração intravenosa do labdano em animais normotensos (SHAM) e hipertensos (2R1C). Para comparação, os mesmos procedimentos foram feitos com a forscolina. O uso dos animais foi aprovado pela comissão de ética no uso de animais do Campus da USP- Ribeirão Preto (Protocolo n°: 09.1.1007.53.0). Resultados O labda-15-óico induziu relaxamento em artérias com e sem endotélio de animais SHAM (93,7 ± 6,81%, n=7 e 79,2 ± 1,80%, n=6, respectivamente) e 2R1C (99,0 ± 7,36 %, n=7 e 88,8 ± 6,62 %, n=6,respectivamente) quando pré-contraídas com fenilefrina. Em artérias com e sem endotélio pré-contraídas com KCl, o labda-15-óico também foi capaz de induzir relaxamento em animais SHAM (96,4 ± 4,44%, n=7 e 83,6 ± 6,65%, n=6,respectivamente) e 2R1C (103,9 ± 3,85%, n=7 e 87,3 ± 7,4%, n=8,respectivamente). A forscolina induziu o relaxamento em artérias com e sem endotélio de animais SHAM e 2R1C quando pré-contraídas com fenilefrina (SHAM: 110,7 ±5,31, n= 7 e 104,0 ± 5,62, n=6; 2R1C: 118,8±5,21, n=6 e 107,7±8,04, n=6, respectivamente) ou quando pré-contraídas com KCl (SHAM: 92,6 ± 3,9, n=6 e 87,78 ± 3,9, n=5; 2R1C: 105,9 ± 3,3, n=6 e 93,16±7,05, n=6, respectivamente). Nos experimentos in vivo, o labda-15-óico reduziu os valores de PAM em animais SHAM (ΔPAM = -29,18 ± 12,7) na dose de 1 mg/kg. Na concentração de 3 mg/kg, o labda-15-óico reduziu os valores de PAM em animais 2R1C (ΔPAM = -50,5 ± 9,9) e SHAM (ΔPAM = -49,8 ± 8,5) levando a uma variação significativa em seus valores de ΔPAM máxima quando comparado aos valores basais, antes da administração do composto. A forscolina, nas concentrações de 0,3 e 1 mg/kg reduziu os valores de PAM em animais hipertensos (ΔPAM = -36,6 ± 5,7 e -68,9 ± 8,5,respectivamente) e SHAM (ΔPAM = -32,33 ± 10,0 e -30,40 ± 5,2, respectivamente) levando a uma variação significativa em seus valores de ΔPAM máxima. Conclusão O labda-15-óico induz efeito vasorelaxante in vitro e efeito anti-hipertensivo em animais com hipertensão renovascular. As diferenças entre os efeitos do labda-15-óico e a forscolina se devem a pequenas modificações em sua estrutura química.

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Palavras-chaves: Diterpenos, Hipertensão, Labdanos, Reatividade Vascular

Resumo: 20.019

ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA HEPÁTICA DA AÇÃO DO EXTRATO SECO DE GARCINIA CAMBOGIA EM CAMUNDONGOS

Autores 1CIRILO, A. P.

1, ROCHA, N. A. F.

1, SANTOS, M. P. D.

1, OLIVEIRA, E. R.

1 Departamento de

Patologia e Parasitologia - UNIFAL-MG

Apoio Financeiro: Não houve.

Resumo Introdução A obesidade é um problema de saúde pública, de alta prevalência e associação com comorbidades. Fitoterápicos têm sido usados como auxiliares na perda de peso, sendo a Garcinia cambogia , um deles. Relatos na literatura apontam para sua toxicidade. São escassos os estudos de comprovação da sua eficácia e de seus efeitos adversos. Objetivos Estudar o efeito do extrato seco comercial da Garcínia cambogia em camundongos, sobre a morfologia hepática. Analisar o efeito hepatotóxico do CCl 4 e hepatoprotetor da silimarina, ambos em dose única; investigar a ação da G. cambogia sob interferência tóxica do CCl 4 ; correlacionar hepatoproteção ou hepatotoxicidade com o uso do extrato de G. cambogia . Código de Experimentação Animal Registro nº407/2012 Código de Experimentação Humana Métodos Foram utilizados 48 camundongos Swiss, fêmeas, adultas, peso médio de 40g, divididos em 9 grupos: controle (n=3); tratados com veículo do extrato (água) e do CCl 4 (óleo) (n=3); CCl 4 (n=6); silimarina 1h antes do CCl 4 (n=6); 1 dose de G. cambogia (C1) 1h antes do CCl 4 (n=6); 1 dose de G. cambogia (C2) 1h antes do CCl 4 (n=6); 1 dose de G. cambogia (C3) 1h antes do CCl 4 (n=6); CCl 4 + 1 dose de G. cambogia (C1) 4h após (n=6); CCl 4 + 1 dose de G. cambogia cambogia (C3) 4h após (n=6). A concentração C1 (1000mg/70K) foi a dose terapêutica, e as demais, C2 (10x C1) e C3 (1000mg/K), as supra terapêuticas. O CCl 4 foi dado via i.p., e os demais, via oral. Os animais foram eutanasiados 24 horas após o proposto para cada grupo, para coleta do fígado e processamento de rotina, com coloração pelo HE para a análise histopatológica. O projeto foi submetido ao CEUA/UNIFAL e aprovado (registro nº407/2012). Resultados Animais tratados com os veículos não diferiram macro ou microscopicamente daqueles sem tratamento, exceto por discreta e esparsa degeneração gordurosa. Animais tratados com CCl 4 apresentaram fígado mais pálido que o habitual,

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associado a lesões degenerativas (hidrópica, localizada e discreta; e gordurosa, micro e macrovesicular, de moderada a intensa, focal) e necróticas (discretas, focais). Hepatócitos com eosinofilia, retração citoplasmática e picnose foram sugestivos de apoptose. Notou-se hiperemia sinusoidal de média intensidade. O grupo tratado com silimarina antes do CCl

4 apresentou lesões degenerativas e necróticas em menor intensidade. Animais tratados com a dose terapêutica de G. cambogia antes do CCl 4 apresentaram o mesmo perfil de lesão, porém agravadas pelo aumento dos focos necróticos. O mesmo foi notado com as doses crescentes do extrato, com áreas de necrose maiores, hemorrágicas, e agravamento geral das lesões. Nos grupos tratados com G. cambogia 4 horas após o CCl 4 , notou-se o mesmo padrão de lesão dos animais que receberam o extrato antes do CCl 4 , com tendência a diminuição das mesmas, exceto por alguns animais que apresentaram espessamento da capsula hepática e necrose subcapsular hepatocitária, associada a infiltrado inflamatório misto (mono e polimorfonucleares neutrófilos), de média intensidade, na maior dose. Conclusão A G. cambogia , dentro do proposto neste estudo preliminar, atuou como provável hepatotóxico, agravando as lesões induzidas pelo CCl 4 , sendo dose dependente. O uso do extrato antes da administração do CCl 4 foi relacionado, no geral, ao aumento das lesões hepáticas.

Palavras-chaves: Fitoterápico, obesidade, toxicidade

Resumo: 20.020

PERFIL FITOQUÍMICO E ATIVIDADE ANTITUMORAL DO EXTRATO DA COSTUS SPICATUS.

Autores 1SILVA, N. M.B.

1, GOUVEIA, A. L.A.

1, COSTA, R. C.

1, SILVA, T. R.P.M

1, MAGNATA, S. S.L.P

1, CATANHO, M. T. J.A

1 DEPARTAMENTO DE BIOFISICA E RADIOBIOLOGIA - UFPE

Apoio Financeiro: CNPq

Resumo Introdução As plantas medicinais têm um importante papel na saúde mundial e pesquisas aprofundadas podem trazer benefícios (Külkamp et al., 2007).A cana-do-brejo (Costus spicatus), é uma planta fitoterápica, nativa em quase todo o Brasil, sobretudo na Mata Atlântica (Silva Junior, 1998).Segundo medicina popular é utilizada no tratamento de infecção renal, leucorréia e aterosclerose(Madaleno, 2011; Peres, Costa & Nunes, 2010; Pereira, Fernandes & Leite, 2012). Objetivos O objetivo desse trabalho foi realizar o perfil fitoquímico e avaliar o extrato de Cana-do-brejo, com relação a atividade antitumoral. Código de Experimentação Animal 23076.020842/2011-61 CEUA-UFPE, ofício nº 375/11 Código de Experimentação Humana

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Métodos Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo comitê de ética e experimentação animal da UFPE (CEUA-UFPE, ofício nº 375/11, processo nº 23076.020842/2011-61). Camundongos albinos Swiss ( Mus musculus ) foram utilizados, com 60 dias, com 35 a 40g, procedentes do biotério do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami.Os animais foram mantidos com LABINA® e água ad libitum e em ciclo 12 h claro/escuro a 25 ± 2ºC.Exemplares adultos e sadios de Costus spicatus foram identificados no Herbário do Instituto Agronômico de Pernambuco(IPA), sob No. 84592. O extrato aquoso (EBACS) foi feito por infusão, e submetido à liofilização em colaboração com o Centro Regional de Ciências Nucleares. O perfil fitoquímico do EBACS foi obtido por cromatografia em camada delgada analítica (CCDA), a partir de alíquotas de 15µL do extrato, e reveladores e eluentes descrito em Wagner e Bladt(1996). Para o teste antitumoral, foi retirado o tumor ascítico de um animal doador e obtido uma suspensão de 5x106 células/mL, que foi injetada na região axilar dos animais. Três grupos testes foram formados: a) animais controles tratados com solução salina 0,9%(n=3);b) animais tratados com o EABCS -100mg/Kg (n=3);c)animais tratados com o EBACS - 250mg/Kg (n=3), doses estabelecidas segundo Barreto(2011). Após 48h de implantação do tumor, os animais receberam EBACS por sete dias. Ao final, os animais foram pesados, sacrificados, e os tumores retirados, dissecados e pesados. Os experimentos foram realizados em triplicata e a inibição tumoral avaliada segundo Nachon et al.(1981). Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão, a partir do Teste t de Student e p <0,05. Resultados A análise fitoquímica do EBACS mostrou a presença de polifenóis (flavonóides: quercetina e kaempferol). O ensaio antitumoral revelou que o EBACS não apresentou potencial antitumoral frente à implantação do tumor de Ehrlich.Isso porque as massas tumorais dos grupos foram: controle (1,771 ± 0,37), EBACS - 100mg/Kg (2,129 ± 0,77) e EBACS - 250mg/Kg (2,061 ± 0,642), demonstrando um crescimento dos tumores nos grupos tratados. Conclusão O estudo fitoquímico demonstrou a presença de compostos do grupo dos polifenios, que são potencialmente antioxidantes e antitumorais, contudo o EBACS nas duas concentrações estudadas não se mostrou potencialmente antitumoral. Nesse contexto, sugere-se a ocorrência de sinergismo entre compostos químicos ou a existências de substâncias indutoras de mitoses no extrato estudado, corroborando com Bastos,(Dissertação de Mestrado em Ciências Farmacêuticas – UFPE, 2011) e Ming, (Acta Horticulturae v. 500, p. 126-128, 1999).

Palavras-chaves: ANTITUMORAL, FITOQUIMICA, ANTIOXIDANTE, COSTUS SPICATUS, FITOTERAPICOS

Resumo: 20.021

Effect of Chronic treatment with a Plant Protein (CrataBL) in a Mice Model of Diabetes Induced by Alloxan

Autores

1SALU, B. R.

1, BRITO, M. V.

1, CRUZ, J. W. M. C.

1, FERREIRA, R. S.

3, PAIVA, P. M. G.

1,

SAMPAIO, M. U. 2, MAFFEI, F. H. D. A.

1, OLIVA, M. L. V.

1 Departamento de Bioquímica e

Biologia Molecular - UNIFESP, 2 Departamento de Cirurgia e Ortopedia - UNESP,

3 Departamento de

Bioquímica - UFPE

Apoio Financeiro: CAPES, FAPESP, CNPq

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Resumo Introdução Chronic hyperglycemia is a major initiator of diabetic microvascular complications, that are targeted for research for therapeutic options. Plant species of the genus < i > Crataeva < /i > , < i > Capparidaceae < /i > family, common in northeastern Brazil, have been used as folk medicine against diabetes. Objetivos The aim of this study was to evaluate the effect of a lectin isolated from tree bark, named CrataBL (Crataeva tapia bark lectin), in an experimental model of diabetes. Código de Experimentação Animal CEP 1793/11 (UNIFESP) Código de Experimentação Humana Métodos Diabetes was induced by intraperitoneal injection of Alloxan (200 mg/kg) in mice (C57 Black 6 male mice age, 7 - 8 weeks). After three days, those animals with glucose levels 11.2 - 19.6 mmol/L were considered diabetic and treated with a intraperitonial injection of CrataBL, or NaCl 0,15 M (control group). Resultados A single injection of CrataBL (5 mg/kg) decreased the glucose blood level by 12% in average, 6 hours after administration, whereas the decrease of 36% was observed after daily treatment(with same dose of CrataBL 5 mg/Kg) for 28 days being, both treatments compared to the glucose level at zero time of each experiment. In no diabetics groups treated with CrataBL (5 mg/kg), glycemia did not change. 28-day treatment led to increased insulin, glucagon, leptin and pancreatic polypeptide, decreased TNFα and inaltered IL-6, cholesterol and triglycerides as well inaltered lung, heart, kidney and liver tissues. Conclusão CrataBL did not show an insulin mimetic effect, but after 28 days animals treated with the lectin demonstrated a clinical improvement, probably due to the stimulation of the production of insulin by pancreatic β-cells, and also to the stimulating angiogenesis of microcirculation, improving the glucose absorption. Further studies are required to clarify the mechanisms of these effects.

Palavras-chaves: Lectin, hyperglycemia, insulin, hipoglycemic, Diabetic

Resumo: 20.022

TREATMENT WITH Artemisia absinthium AND Mentha villosa HYDROALCOHOLIC EXTRACT IN EARLY MICE PREGNANCY

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Autores 1FLORIANO, N. C. A.

1, PASSOS, J. L.

1, PAFFARO-JR, V. A.

1, BRIGAGÃO, M. R. P. L.

1,

PAFFARO, A. M. D. A. 1 Institute of Biomedical Sciences - UNIFAL-MG

Apoio Financeiro: UNIFAL-MG, FAPEMIG.

Resumo Introdução Ethnobotanical survey conducted in Alfenas, MG, showed that the species Artemisia absinthium and Mentha villosa are known not only for its pharmacological effects, but also for its abortifacient effect. Objetivos The aim of this study was to observe the effect of Losna and Mint hidroalcoholic extract in mice pregnant observing morphological and oxidative changes. Código de Experimentação Animal 465/2012 Código de Experimentação Humana - Métodos Aerial parts of the plant were ground, percolated with 70% ethanol, route evaporated and lyophilized. Virgin females were mated with adult males and the presence of vaginal plug characterized the first gestational day (gd). The animals received the extract (250mg/mL) by gavage at dose of 1000 mg/Kg between the 1st and 4th gd. The control group was treated with distilled water. At 15th gd after cervical dislocation, the animals were laparotomised and their uterine horns and ovaries were collected. Was computed the number of corpora Lutea, bleeding, sites and embryonic resorptions. All collected material was fixed by 4% paraformaldehyde and embedded in paraffin (Paraplast-Sigma). 6μm thick cuts were obtained by microtome, collected on slides coated with poly-L-lysine 1% and stained with H & E. The slides were analyzed by light microscopy (Nikkon Eclipse 80i) coupled with image analysis software (NIS-Elements). The oxidative stress was measuring by TBARS in embryo, placenta and mother liver and Bradford methodology was used for measuring protein mass. The differences between experimental groups and control were analyzed by ANOVA followed by post-test Mann-Whitney-Wilcoxon with p values Resultados The macroscopic morphological analysis after A. absinthium treatment demonstrated that the extract can cause size reduction of embryonic sites, bleeding, implantation sites resorption and antioxidative effects in mice placenta while with M. villosa treatment did not show morphological alterations but showed significant effect for oxidative stress in the placenta, liver and fetus. Conclusão Losna and Mint extract should not be used for pregnant women in the initial period of pregnancy.

Palavras-chaves: Estresse Oxidativo, Gestação de camundongos, Hortelã, Losna, Morfologia

Resumo: 20.023

Reduction of LPS-induced inflammatory response in the Mesenteric Microcirculation of the Wistar Rats by the Plant Proteinase Inhibitor EcTI

Autores

1CRUZ, J. W. M. C.

1, BRITO, M. V.

1, SALU, B. R.

1, LOBO, Y. A.

1, SAMPAIO, M. U.

2, MAFFEI,

F. H. D. A. 1, OLIVA, M. L. V.

1 Bioquimica e Biologia Molecular - UNIFESP,

2 Cirurgia e Ortopedia

- UNESP

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPESP

Resumo Introdução The use of plants in folk medicine is widely used in attempts to control or cure diseases. Many protease inhibitors in plants seeds interact with different classes of enzymes, and contributed to the elucidation of biochemical pathways involved in inflammation, diabetes, tumor repression among other conditions. Objetivos In the present study, we evaluated the behavior of inflammatory cells leukocytes in the mesentery of Wistar rats challenged with LPS and treated with compound of vegetable origin, Enterolobium contortisiliquum trypsin inhibitor (EcTI). Código de Experimentação Animal 1793/11 Código de Experimentação Humana Métodos Protocol approval number 1793/11. EcTI (2.5 mg/kg) was administered (im) to male Wistar rats (250-280 g) 30 min before LPS (ip) injection (20 µg/animal) anesthetized with Xilazine (100 mg/kg) and Ketamine (20 mg/kg) being, the mesentery exposed and continually perfused with Krebs-Henseleit solution (pH 7.4 / 37oC). The mesenteric microcirculation was analyzed by intravital microscopy in situ , and the number of leukocytes rolling along the venular endothelium and sticking to the vascular wall, as well as the number of migrated cells, was determined. Statistical comparisons among groups were performed using ANOVA and p less than 0.05 was considered significant. Resultados The inflammatory response (to LPS) increased significantly (p Conclusão EcTI reduces cell behavior exacerbated in LPS-induced inflammatory response, what may indicate an involvement of this compound in the inhibition of the expression of adhesion molecules, in the inflammatory process.

Palavras-chaves: EcTI, Inflammation, LPS, Microscopy Intravital

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Resumo: 20.024

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS COMPORTAMENTAIS E ELETROGRÁFICOS DA INJEÇÃO INTRAHIPOCAMPAL DE UMA TOXINA ISOLADA DO VENENO DO ESCORPIÃO Tityus bahiensis

Autores

1FREITAS, L. A. D.

2, KUNIYOSHI, A. K.

2, CARVALHO, D. C.

1, SOBRAL, A. C. M.

2,

PORTARO, F. C. V. 1, DORCE, V. A. C.

1, NENCIONI, A. L. A.

1 Farmacologia - IBu,

2

Imunoquímica - IBu

Apoio Financeiro: CAPES

Resumo Introdução No Brasil, os escorpiões do gênero Tityus pertencentes à família Buthidae são os principais causadores de acidentes graves. Entre eles destacam-se o Tityus serrulatus e o Tityus bahiensis devido ao alto número de acidentes que causam tornando-os os de maior importância médica. Contudo, poucos são os estudos sobre a ação do veneno do T. bahiensis principalmente no sistema nervoso central. As neurotoxinas são consideradas os principais elementos tóxicos do veneno. Objetivos Avaliar os possíveis efeitos eletroencefalográficos e comportamentais em ratos machos Wistar após a injeção intrahipocampal da toxina isolada a partir do veneno do escorpião < i > Tityus bahiensis < /i > . Código de Experimentação Animal Protocolo número 870/11 Código de Experimentação Humana Métodos Os procedimentos realizados foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais do Instituto Butantan (CEUAIB) sob o número de protocolo 870/11. Para nossos estudos foram utilizados ratos Wistar machos com aproximadamente 60 dias de vida, pesando entre 240 - 260 g. Para obtenção da toxina utilizada o veneno bruto liofilizado do escorpião < i > T. bahiensis < /i > foi fracionado por meio de cromatografia por exclusão de tamanho (Gel Filtração- Sephadex G25 fine) formando 5 frações as quais foram dialisadas. A fração selecionada foi cromatografada em HPLC equipado com coluna analítica C18 obtendo-se 3 picos. O pico 2, de maior rendimento, foi utilizado nos experimentos. Foram realizadas cirurgias estereotáxicas para implantação de cânulas e eletrodos no hipocampo dos animais. Os animais foram divididos em 2 grupos (n=5) que receberam a injeção intrahipocampal de solução Ringer (1μL) (grupo controle) ou de solução de toxina (2μg/μl) (grupo experimental), respectivamente. Em seguida foram submetidos a analise comportamental e eletroencefalográfica. Resultados Os animais do grupo experimental apresentaram alterações comportamentais, sendo que 80%* apresentaram Dispneia e 100%* dos animais tratados apresentaram prostração e “wet dog shakes” (WDS). Não foram observadas alterações significantes para os parâmetros movimentos mastigatórios e dificuldade de locomoção. Em relação aos parâmetros eletrográficos analisados foram observados o surgimento de espículas agrupadas e descargas intensas em 80%* dos

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animais tratados. Os animais do grupo controle não apresentaram alterações eletrográficas ou comportamentais. Para a análise estatística dos resultados foi empregado o Teste Exato de Fisher. Conclusão A injeção intrahipocampal da toxina isolada do veneno do escorpião Tityus bahiensis , na concentraçã utilizada, é capaz de causar alterações tanto em parâmetros comportamentais quanto na atividade elétrica cerebral dos animais analisados.

Palavras-chaves: escorpião, Tityus bahiensis, neurotoxinas, eletroencefalográfia EEG, comportamento

Resumo: 20.025

VIABILITY OF HUMAN CERVICAL CANCER CELLS AFTER TREATMENT WITH DIFFERENT FRACTIONS OF B. ARTICULATA EXTRACTS

Autores 1SILVEIRA, G. F.

1, PAZZA, K.

1, DIAS, B. B.

2, OLIVEIRA, C. B.

2, GOSMANN, G.

2, BUFFON,

A. 1, BRUNO, A. N.

1 Biotecnologia - IFRS - Poa,

2 Faculdade de Farmácia - UFRGS

Apoio Financeiro: CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico),

FAPERGS (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul).

Resumo Introdução Cervical cancer is the second most common cancer worldwide. However, the currently available treatments have a serie of side effects being important to consider studies resulting in new therapies for this kind of tumor. Baccharis articulata is a native plant of southern and southeastern Brazil currently used in popular medicine and with some biologicals effects described in literature such as antioxidant and anti-inflamatory. Objetivos Considering the high occurrence of cervical cancer, the propose of this study is to investigate the effects of different fractions of extracts of B. Articulata on the viability of human cervical cancer cells, as well as on non-cancer cell line. Código de Experimentação Animal Código de Experimentação Humana Métodos Human tumor cell lines of cervical cancer (SiHa) and a non-cancer cell line of immortalized human keratinocyte (HaCaT) were grown in Dulbecco’s modified Eagle’s medium (DMEM) supplemented with 10% fetal bovine serum and maintained in 5% CO2 atmosphere at 37°C. Cell lines were seeded in 24 and 96-well plates at densities of 25.000 and 2.500 cells/well. Wells containing the fractions of extracts (dichloromethane, ethyl acetate, n-butanol, aqueous and crude) at 200-1500

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ug/mL and controls (DMEM and DMSO) were subjected to MTT (5 mg/mL) and cell count using trypan blue for 24 and 48 hours after B. articulata treatment. Controls were made using DMSO for all the fractions and DMEM for aqueous fractions. Resultados We observed that different concentrations of the fractions from tested extracts significantly inhibited the viability of tumor cells after 24 hours (24-80% for SiHa) and 48 hours of incubation (20-90% for SiHa), but not in the non-cancer line. Moreover, the cell count result with trypan blue was consisted with the MTT assay. Conclusão Inhibition of viability of tumor cells by fractions of B. articulata can contribute to the generation of new prospects for the use of brazilian native plant species as alternative therapies for human cervical cancer. Furthermore, other experiments are being carried in other to clarify the mechanisms involved in these results.

Palavras-chaves: Baccharis articulata, cell viability, cervical cancer cells, SiHa line

Resumo: 20.026

AVALIAÇÃO DO EFEITO HEPATOTÓXICO DO USO CRÔNICO DO EXTRATO AQUOSO DA PLANTA Ilex paraguariensis EM RATOS WISTAR: UM ESTUDO HISTOQUÍMICO

Autores

1,5,6AQUINO, J. P.

1,5, ROMANO, P. P. F. G.

1,5, AZATO, R.

1,6, DOURADO, D. M.

5, MATIAS, R.

1,5, BENTO, L. M. A.

1 Medicina - UNIDERP,

5 Laboratório de Fisiologia Experimental - UNIDERP,

6

Laboratório de Toxicologia e Plantas Medicinais - UNIDERP

Apoio Financeiro: Universidade Anhanguera-Uniderp

Resumo Introdução A Ilex paraguariensis (erva-mate), possui cerca de 80% de sua área de cultivo no Brasil, distribuindo-se nos estados de MS, SP, PR, SC e RS, considerada importante fonte de renda para estas regiões. Os principais produtos da erva-mate consumidos geralmente são pouco processados e utilizam extratos, como mate solúvel e refrigerantes. É encontrada também no preparo de bebidas alimentícias e estimulantes como chá, chimarrão e tereré, e consumo atinge cerca de 30% da população na América do Sul. É utilizada pela medicina popular devido efeitos estimulantes do sistema nervoso central, perda de peso, diurético, antirreumático, cefaléia, constipação, hemorróidas, fadiga, retenção de líquido, hipertensão, digestão lenta e desordens hepáticas. Considerada como fonte de antioxidantes, a “erva-mate” pode proteger o organismo da ação de radicais livres produzidos in vivo, relacionados a diversas doenças degenerativas, como câncer, aterosclerose, artrite reumática, desordens cardiovasculares entre outros. Objetivos Identificar possíveis alterações hepáticas através de análise histoquímica, relacionadas ao uso prolongado do extrato aquoso da planta Ilex paraguariensis como fitoterápico em ratos machos da linhagem wistar. Código de Experimentação Animal

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CEUA/AESA: parecer 2421 Código de Experimentação Humana Métodos Esta pesquisa foi autorizada pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Anhanguera Educacional Ltda. – CEUA/AESA – parecer: 2421. Utilizaram-se ratos adultos machos da linhagem wistar, mantidos em gaiolas metabólicas individualizadas, divididos em 2 grupos: controle extrato (CE) n=7 e controle hídrico (CH) n=7. A água e o extrato aquoso foram administrados diariamente, ad libitum, em temperatura ambiente. Após 60 dias de tratamento, o fígado foi retirado e submetido a um estudo histoquímico através da coloração Tricrômico de Gomori e Hematoxilina Eosina. Resultados Foram realizadas análise e quantificação de fibras colágenas ao redor dos vasos sanguíneos localizados no espaço porta-hepático após coloração com Tricrômico de Gomori, e calculados a média e desvio padrão dos grupos estudados, sendo, respectivamente: CE (38.41±1.02) e CH (30.89±4.13) p=0.02. Na análise da coloração Hematoxilina Eosina, observou-se no grupo CH hepatócitos com morfologia normal e alguns vasos com deposição proteinácea. No grupo CE, houve aumento da deposição proteinácea, aumento das células de Kupffer, processo inflamatório local, núcleos em necrose e presença de pontos de gordura. Conclusão Foi possível verificar aumento significativo das fibras colágenas no espaço porta-hepático que, junto ao processo inflamatório local, necrose de núcleos e pontos de deposição de gordura nos hepatócitos do grupo CE, sugere início de processo degenerativo fagocítico com etiologia provável de doença hepática gerada pelo consumo crônico do extrato aquoso da I. paraguariensis, em comparação ao grupo CH cujos resultados não tiveram alterações significativas.

Palavras-chaves: hepatotoxicidade, Hematoxilina Eosina, histoquímica, Ilex paraguariensis, Tricrômico de Gomori

Resumo: 20.027

Interaction of Quercitrin to Human Serum Albumin(HSA) under pH effect

Autores 1,2

LOPEZ, A. 1,2

, CARUSO, I. P. 1,2

, SOUZA, F. P. D. 1,2

, FOSSEY, M. A. 3, VILEGAS, W.

1,2,

CORNELIO, M. 1 Física - IBILCE-UNESP,

2 Física - CMIB-UNESP,

3 Química - IQ-UNESP

Apoio Financeiro: FAPESP e CAPES

Resumo Introdução Human Serum Albumin (HSA) is a protein which is found in the blood plasma and its main function is to carry nutrients and drugs to different parts of the body. It binds several different ligands through a non-covalent interaction. Flavonoid naturally occurs in plants and also has antioxidant properties.

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Objetivos To investigate the interaction between HSA and Quercitrin (Que), fluorescence quenching experiments were performed. Código de Experimentação Animal Código de Experimentação Humana Métodos The fluorescence quenching of Trp214-HSA was induced by Quercitrin. HSA concentration was 4&muM, while quercitrin concentration varies from 0 to 10&muM. Two different pH conditions (7.0 and 3.0, both at 25°C) were applied to investigate the role of HSA conformational changes on the complex formation. Resultados The Stern-Volmer constants were K < sub > SV < /sub > =7.849x10 < sup > 4 < /sup > M < sup > -1 < /sup > (at pH 7) and K < sub > SV < /sub > =9.644x10 < sup > 4 < /sup > M < sup > -1 < /sup > (at pH 3). The constants values reveal that the complex HSA-Que under acid pH is more favorable. Such increment is somehow related to HSA two-state conformational changes. At pH 7 HSA preserves the access to the Trp-214 residue, while at pH 3 the conformational change enlarges the access of the quencher to the tryptophan. To reinforce these results we followed the Trp214 fluorescence depending on pH and also for the complex. The variance of fluorescence intensity was higher for Trp214 alone than for the complex. The energetic of the binding equilibrium constant of HSA-Que complex was calculated at pH 7.0 (-2.87kcal.mol < sup > -1 < /sup > ) and at pH 3.0 (-4,06kcal.mol < sup > -1 < /sup > ). According to these results we may infer that a conjugation of conformational changes and ligand solubility are the main factors that enhance the interaction between HSA and quercitrin. Conclusão Changes at the environment of Trp214-HSA induced by pH affected the quenching by quercitrin. At acidic pH the HSA exposed more Trp-214 which became more accessible thus causing more affinity for the quercitrin.

Palavras-chaves: quercitrin, fluorescence, pH, Human Serum Albumin

Resumo: 20.028

Atividade antiulcerogênica do óleo essencial de Hyptis crenata (Pohl) ex Benth

Autores

1VIEIRA, C. F. X.

4, DINIZ, L. R. L.

1, ARAGÃO, K. K. V.

1, ARAÚJO, P. C. C.

1, VASCONCELOS,

Y. A. G. 1, OLIVEIRA, A. C. D.

1, PORTELLA, V. G.

1, COELHO-DE-SOUZA, A. N.

1, COELHO-

DE-SOUZA, A. N. 1 Centro de Ciências da Saúde - UECE,

3 Departamento de Bioquímica - UFC,

4

Fisiologia - Unichristus

Apoio Financeiro: Capes

Resumo

Introdução Hyptis crenata (Pohl) ex Benth (OEHc) é uma planta herbácea, medicinal, aromática, pertencente à família Lamiaceae, conhecida popularmente como salva-do-marajó, malva-do-marajó e hortelã-bravo, cresce espontaneamente na região norte e nordeste do Brasil, sendo suas folhas utilizadas pela população como anti-inflamatório e para tratamento de distúrbios gastrintestinais. Estudos experimentais para determinar propriedades antiulcerogênica do OEHc são limitados nessa área. Objetivos Avaliar o efeito antiulcerogênico do óleo essencial da Hyptis crenata (Pohl) ex Benth. Estudar a atividade gastroprotetora do óleo essencial da Hyptis crenata em modelo agudo de lesão gástrica induzida por etanol e indometacina. Código de Experimentação Animal 12781769-7 Código de Experimentação Humana Métodos Camundongos em jejum de sólidos de 12 h, foram divididos em 5 grupos de 7 animais, descritos a seguir: grupo controle tratado com o veículo (água, 0,5 mL v.o.), grupo controle positivo tratado com omeprazol (40 mL/kg, v.o.), grupos experimentais tratados com OEHc nas doses de 30, 100 e 300 mg/kg, (v.o.). Após 1h do tratamento, os animais receberam etanol (0,2 mL, v.o.) para indução da úlcera aguda. Decorridos 45 minutos da administração de etanol, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical; os estômagos retirados, abertos pela grande curvatura, lavados com solução salina (NaCl 0,9 %) e comprimidos entre dois vidros de relógio para uma melhor visualização. A área de lesão gástrica glandular foi determinada com o auxílio de um programa de planimetria computadorizada (Scion Image distribuição Beta 4.0.2). Os dados foram expressos em termos de porcentagem de área lesada em relação à área total do corpo gástrico. Camundongos, em jejum de sólidos de 12h, foram divididos em 5 grupos de 7 animais cada, descritos a seguir: grupo controle tratado apenas com o veículo (água, 0,5 mL, v.o.), grupo controle positivo tratado com omeprazol (40 mg/kg, v.o.), grupos experimentais tratados com OEHc nas doses de 30, 100 e 300 mg/kg, (v.o.). Após 1 hora do tratamento, os animais receberam indometacina (30 mg/kg v.s.). Após cinco horas de exposição ao agente lesivo, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical, para que se realize a retirada do estômago. O tecido foi lavado externamente e aberto ao longo da grande curvatura, desprezando o conteúdo gástrico, e a mucosa lavada com solução salina. Os estômagos foram comprimidos entre dois vidros de relógio para uma melhor visualização. A determinação do índice de lesão e o número de úlceras foram determinadas com o auxílio de um programa de planimetria computadorizada (Scion Image distribuição Beta 4.0.2). Os dados foram expressos em termos de porcentagem de área lesada em relação à área total do corpo gástrico. Resultados A área lesionada (mm2) expressa como percentual em relação à área total do corpo gástrico dos animais que receberam oralmente veículo (controle) e omeprazol foi de 118,03 ± 35,4 e 2,1 ± 0,95 mm2 respectivamente. Os animais que foram pré-tratados com OEHc nas doses de 30, 100 e 300 mg/kg apresentaram área de 5,56 ± 1,51, 2,88 ± 0,82 e 1,71 ± 0,54 mm2, respectivamente. A dose mais alta de OEHc (300 mg/kg) mostrou uma diminuição semelhante a inibição da úlcera com o uso do omeprazol. Omeprazol, fármaco de referência também inibiu significativamente as lesões gástricas (2,1 ± 0,95) quando comparado ao controle em 98,22%. A área lesionada (mm2) expressa como percentual em relação à área total do corpo gástrico dos animais que receberam oralmente veículo (controle) e omeprazol foi de 38,64 ± 6,1 e 22 ± 3,84 mm2 respectivamente. Os animais que foram pré-tratados com OEHc na dose de 30, 100 e 300 mg/kg apresentaram área de lesão de 25,2 ± 4; 27,6 ± 4,08 e 16,07 ± 4,68 mm2. Não houve diferença na área ulcerada entre a dose mais alta de OEHc (300 mg/kg) em relação ao omeprazol, mas houve diferença significativa dos grupos pré tratados com OEHc nas doses de 30 e 100 mg/kg em relação ao grupo controle. Omeprazol, também inibiu significativamente as lesões gástricas (22 ± 3,84) quando comparado ao controle (38,64 ± 6,1). Existe um significante efeito gastroprotetor na administração oral do óleo essencial de Hyptis crenata (Pohl) ex Benth em modelo de úlcera induzida por indometacina na dose de 300 mg/kg, comparado com o grupo controle.

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Conclusão O óleo essencial de Hyptis crenata apresentou atividade gastroprotetora em modelo experimental de lesão gástrica induzida por etanol e indometacina de forma dose dependente, demonstrando eficácia por via oral.

Palavras-chaves: Hyptis crenata (Pohl) ex Benth, óleo essencial, úlcera péptica

Resumo: 20.029

EFEITO DO EXTRATO HIDROALCOOLICO DAS FOLHAS DO NIM INDIANO (Azadirachta indica A. Juss) SOBRE AS ENZIMAS COLINESTERÁSICAS

Autores

1SILVA, K. P. D.

1, BARROSO, W. A.

1, SILVA, M. J. F. D.

1, SANTOS, T. C. D.

1, RIBEIRO, N. L.

X. 3, SILVA, F. M. R. D.

2, COSTA, M. C. P.

1, BORGES, A. C. R.

1, PAES, A. M. D. A.

3, CASTRO,

N. G. D. 1, CAMARA, A. L.

1 Departamento de Fisiologia - UFMA,

2 Departamento de Química e

Biologia - UEMA, 3 Instituto de Ciências Biomédicas - UFRJ

Apoio Financeiro: PIBITI/UFMA; BITI/FAPEMA; PICV/UFMA

Resumo Introdução Espécies vegetais são excelentes fontes de substâncias naturais com potencial anticolinesterásico e os alcalóides como a galantamina e huperzina A, se destacam como as principais classes de inibidores presentes em plantas (Pharmacol Biochem Behav. 75(3): 513-27, 2003). O Nim ( Azadirachta indica A. Juss), da família Meliaceae é uma árvore originária da Índia, trazida para o Brasil, especialmente, para o Maranhão, onde é usada como inseticida natural. Extrato hidroalcoólico da folhas do Nim Indiano (EHFN) mostrou efeito inseticida sobre o mosquito Aedes Aegypti (Patente BR PI 1003892-2 A2 de 2010, pertencente a Universidade Estadual do Maranhão). Objetivos O objetivo deste trabalho é demonstrar a atividade anticolinesterásica do extrato hidroalcoólico das folhas do Nim Indiano ( Azadiractha indica A. Juss), usado como inseticida natural. Código de Experimentação Animal 014/2011 Código de Experimentação Humana Métodos O trabalho teve aprovação do Comitê de Ética da Universidade Estadual do Maranhão, segundo o protocolo: 014/2011. A toxicidade aguda do EHFN foi avaliada em ratos ( Rattus novergicus , var. Wistar) adultos, machos com 60 dias e peso 200-300g. O EHFN (4g/kg) foi administrado por via oral em dois grupos de 6 animais cada. A cada grupo foi utilizado um

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animal controle, sendo este tratado com água por via oral. Todos os animais foram examinados até 72 horas. Para a avaliação da atividade anticolinesterásica do EHFN, foi utilizado o método de Ellman (Biochem. Pharmacol. 7: 88, 1961), modificado para o leitor em microplacas de 96 poços, sob temperatura ambiente (22-25ºC) a um comprimento de onda de 412 nm. A densidade óptica foi medida pelo espectrofotômetro (SpectraMAX 250, Molecular Devices, USA) e os dados foram apresentados e armazenados no software SOFTmax PRO 4.0. O extrato foi testado em 4 doses: 0,3 mg/ml; 1 mg/ml; 3 mg/ml; 10 mg/ml. A concentração inibitória média (IC50) foi baseada no modelo de sítio único e determinada, em curvas concentração-resposta, por regressão não linear. As análises gráficas foram feitas nos softwares Microsoft Excel (Microsoft Corporation), GraphPad Prism 4 (GraphPad Software), e os resultados expressos como média ± erro padrão da média. Os parâmetros das curvas de inibição e de análise cinética foram estimados por regressão não linear no GraphPad Prism 4 e no Excel. Resultados Nos testes de toxicidades aguda os animais não apresentaram alterações clínicas e nenhuma morte foi observada. O EHFN apresentou atividade anticolinesterásica, apresentando maior inibição enzimática sobre a acetilcolinesterase (AChE) com uma IC50 de 5,58mg/mL± 0,007 em relação a butirilcolinesterase (BuChE) com IC50 de 22,17± 6,53. Conclusão Nossos resultados mostram pela primeira vez a atividade anticolinesterásica do EHFN em todas as doses utilizadas, o que confirma a sua atividade inseticida. Como não apresentou efeito tóxico em ratos, e foi capaz de inibir mais a AChE do que a BuChE, o EHFN surge como um excelente produto para isolamento do anticolinesterásico presente no extrato o que pode possibilitar seu uso no tratamento da doença de Alzheimer.

Palavras-chaves: Produtos Naturais, anticolinesterásico, alzheimer

Resumo: 20.030

COMPARATIVE ANALYSIS OF SCIATIC NERVE EXCITABILITY IN THE SEPTIC AND SEPSIS-SURVIVING RATS

Autores

1LIMA, G. C.

1, ARAÚJO, P. C. C.

2, SILVA-ALVES, K. S.

1, VASCONCELOS, Y. A. G.

2, LEAL-

CARDOSO, J. H. 3, DINIZ, L. R. L.

1, COELHO-DE-SOUZA, A. N.

1, PORTELLA, V. G.

1

Experimental Physiology Laboratory - UECE, 2 Laboratory of Electrophysiology - UECE,

3 Physiology

Laboratory, Faculty of Medicine - UniChristus

Apoio Financeiro: CNPq, FUNCAP, CAPES and Unichristus

Resumo Introdução Polyneuropathy is a clinical disorder, characterized by primary axonal degeneration of motor and sensitive fibers, frequently seen in hospitalized patients with severe sepsis and as squeals in sepsis survivors. However, little is still known about electrophysiological alterations that occur in the pathogenesis and development of the septic neuropathy. Objetivos

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To compare the sciatic nerve excitability and mechanical sensibility of septic and sepsis-surviving rats by measuring compound action potential (CAP) parameters and Von Frey test, respectively, at 24h and 10d later sepsis onset. Código de Experimentação Animal 11584828-2/07 Código de Experimentação Humana Métodos The experiments were performed in Male Wistar rats (weighing 230-300 g) and all of the procedures described had prior approval from the local animal ethics committee (nº 11584828-2/07). All animals were divided into one of two groups: a cecal ligation and puncture (CLP)-operated rats (CLP group) and sham-operated rats (sham group). Briefly, in the CLP procedure used in present study rats were anesthetized (Ketamine and Xylazine, 90 and 15 mg/kg respectively) and a 3-cm midline laparotomy was performed to allow exposure of the cecum. The cecum was tightly ligated with a 3.0-silk suture at ileocecal valve; perforated 10 times with a 21-gauge needle, and a small account of cecal content was squeezed though punctures. The cecum was placed back and peritoneal wall muscle and skin incision were closed. Sham group underwent similar procedure, but the cecum was neither ligated nor punctured. 24 h and 10 days after Sham and CLP surgery, all animals were sacrificed by cervical dislocation and their sciatic nerves were dissected, removed and placed in a moist chamber and stimulated at a frequency of 0.2 Hz, with electric pulses of 100-200 µs duration at 20-40V, delivered by a stimulus isolation unit (Model SIU4678; Grass instrument, Quincy, MA, USA) and connected to a stimulator (Model S48, Grass strument) to measurement of CAP parameters (rheobase, chronaxie, amplitude and velocity). Sensitivity to non-noxious mechanical stimuli was measured using the von Frey test, in which calibrated Von Frey filaments (1.2 – 65.0 g) were applied 5 times to the plantar surface of the hind paw and pressed until bending. All results are expressed as the mean ± SEM and statistical signifance (p Resultados 24h after sepsis onset, CLP group showed higher values of rheobase (3.67 ± 0.067 V, n=5) and paw withdrawal threshold (20 ± 2.8 g, n=7) than sham group (3.2 ± 0.085 V and 15.1 ± 1.8 g, respectively, n=5) (p <0.05). Conclusão Our findings suggest that the excitability of septic rat sciatic nerve depends on the time of sepsis onset, varying from depressed excitability and sensibility, in the first 24h of sepsis, to an increased velocity of conduction in sepsis-surviving rats (10 d after CLP sepsis).

Palavras-chaves: severe sepsis, Polyneuropathy, Hyptis crenata, sciatic nerve excitability, mechanical sensibility

Resumo: 20.031

Avaliação da atividade do extrato de Bauhinia forficata no metabolismo de glicose e seus possíveis mecanismos.

Autores

1PROENÇA, N. L.

1, GAROFOLO, I. C.

1, DOMICIANO, M.

1, SAKAMOTO, L.

2, CARVALHO, C.

R. D. O. 2, CURI, R.

2, BORDIN, S.

1, SARTORELLI, P.

2, SANTOS, L. R. B. D.

2, LELLIS-

SANTOS, C. D. 1, CAPERUTO, L. C.

1 Ciências Biológicas - UNIFESP,

2 Instituto de Ciências

Biomédicas - ICB - USP

Apoio Financeiro: FAPESP / CNPq

Resumo Introdução O diabetes é reconhecido como um grupo de distúrbios heterogêneos com os elementos comuns de hiperglicemia e intolerância à glicose, devido à deficiência de insulina, a efetividade prejudicada da ação da insulina ou ambas, sendo a doença não transmissível mais comum globalmente, com previsão de aumento de 54% na sua incidência em 2030, em relação a 2010. No Brasil a previsão de aumento é de aproximadamente 65% (Diabetes Atlas 4th edition, International Diabetes Federation, 2009). O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é caracterizado por resistência à insulina e deficiência de insulina relativa, sendo que as razões específicas para o desenvolvimento destas anormalidades ainda não são conhecidas. A insulina é um hormônio pleiotrópico produzido pelas células beta pancreáticas, com efeitos metabólicos e também na proliferação e diferenciação celular. A via de ação intracelular deste hormônio é bastante complexa e envolve um grande número de proteínas. A oferta de drogas sintéticas para o tratamento do DM2 é bastante ampla atualmente. Apesar desse fato, a possibilidade de utilização de um composto natural seria de grande utilidade e talvez pudesse aumentar a aderência ao tratamento da doença. A Bauhinia forficata é a espécie que apresenta maior número de estudos quanto à atividade hipoglicemiante, sendo muito usada na forma de chás e outras preparações fitoterápicas. No entanto, o exato mecanismo de ação celular de muitos extratos e compostos naturais ainda é obscuro. Objetivos Os objetivos deste estudo são investigar a atividade antioxidante do composto epiafzelequina (EEE), isolado a partir das folhas da B. forficata, e os seus possíveis mecanismos. Código de Experimentação Animal Código de Experimentação Humana Métodos A toxicidade da EEE foi avaliada por citometria de fluxo com 150 nM, 15 uM e 150 uM, após 1 ou 24 h de tratamento. Western Blotting foi utilizado para avaliar o nível de fosforilação da AKT e o nível de fosforilação de JNK. Células INS-1E foram utilizadas para todas os experimentos. Os resultados foram expressos como média±erro padrão da média (EPM) e foram analisados estatisticamente pelo teste t de Student não pareado ou ANOVA (one-way), quando necessário. Em todos os resultados apresentados, foi adotado 5% como limite de significância estatística (p Resultados Usando peróxido de hidrogênio (5 uM), ou D-ribose (15 mM) para causar o estresse oxidativo, observou-se que o tratamento da EEE (150 nM) diminuiu a porcentagem de fragmentação do DNA causada pela D-ribose. No entanto, EEE não foi capaz de reduzir a fragmentação do DNA causada pelo peróxido de hidrogênio. Embora ainda não seja estatisticamente significativa, existe uma tendência em aumentar o nível de fosforilação da AKT e reduzir o nível de fosforilação da JNK, após a incubação com o D-ribose (15 mM) e EEE (150 nM). Conclusão Nossos resultados preliminares obtidos até o momento permitem-nos concluir que: 1) A EEE não afeta a viabilidade celular em nenhuma das concentrações avaliadas e apresenta efeito prejudicial em relação à fragmentação de DNA na concentração de 150 uM, após 1 ou 24 horas de incubação; 2) A epiafzelequina, em resultados preliminares, é capaz de reverter a morte celular causada pela incubação com a D-ribose, aumentar o grau de fosforilação da proteína AKT e

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diminuir o grau de fosforilação da proteína JNK, apresentando, portanto, atividade antioxidante.

Palavras-chaves: Antioxidante, Bauhinia forficata, Diabetes Mellitus tipo 2, Epiafzelequina, Estresse oxidativo

Resumo: 20.032

EFFECT OF ESSENTIAL OIL OF HYPTIS CRENATA ON SEPSIS-INDUCED AORTIC HYPORESPONSIVENESS TO VASOCONSTRICTOR IN RAT MODEL OF MULTIBACTERIAL SEPSIS.

Autores

1VASCONCELOS, Y. A. G.

1, COELHO-DE-SOUZA, A. N

1, PORTELLA, V. G.

1, LIMA, G. C.

1,

ALBUQUERQUE, A. A. C. 1, VIEIRA, C. F. X.

1, SANTOS, E. C.

2, DINIZ, L. R. L.

1 Experimental

Physiology Laboratory - UECE, 2 Physiology Laboratory - UniChristus

Apoio Financeiro: Capes CNPq UniChristus

Resumo Introdução The fall in the vasoconstrictive response of the exogenous catecholamine administration is one of the most important factors involved in the hypoperfusion and failure of multiple organs seen in patients with septic shock. Objetivos To evaluate the effect of essential oil of Hyptis crenata (OEHc) on sepsis – induced decrease of vasoconstrictive response to phenylephrine (PHE). Código de Experimentação Animal 11586298-6/15 Código de Experimentação Humana Métodos Female Wistar rats (200–250g) were used in all experiments. All procedures were performed in accordance with the local Animal Ethics Committee under registration no. 11586298-6/15. Sepsis was induced by cecal ligation and puncture (CLP) model. A 3-cm midline laparotomy was performed in anesthetized rats (Ketamine and Xylazine, 90 and 15 mg/kg respectively) to allow exposure of the cecum, which was tightly ligated at ileocecal valve; perforated 10 times with a 21-gauge needle and placed back and abdomen was closed. Sham group underwent similar procedure, but the cecum was neither ligated nor punctured. Two different protocols were performed. In the first protocol, 6 and 18 h later CLP and Sham surgery, rats were orally treated with 2 ml of 0.9% NaCl in absence or presence of 300 mg/kg EOHc. After 24 h of sepsis induction, the animals were sacrificed by CO2 asphyxiation and thoracic aortic dissected, removed and cut into two ring (2-3 mm). The endothelium was removed and the presence or absence of endothelium was established using relaxation of acetylcholine (Ach) (10-5M) following precontraction with PHE (10-7M). Two rods were passed through the lumen of each

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ring and connected to an isometric force transducer (Force Transducer, Grass, Modelo FT03) to measure tension in the vessels. The rings were placed in a 5-mL organ chamber containing Krebs solution, gassed with 95% O2 and 5% CO2, at 37 °C and pH 7.4. Rings were mounted under 0.5 g passive tension and allowed to equilibrate for 60 min. After, non-cumulative concentration-response curves were produced using PHE (10-10 - 10-5 uM) and the contracting (g) was measured as the difference between baseline tension (0.5 g) and the plateau. In the second experimental protocol, a cumulative concentration-response curves was performed with thoracic aortic rings of EOHc non-treated septic and control rats. The contraction studies were produced using OEHc (1-100ug/mL) followed by administration of PHE (10-7M), 5 min after each addition of EOHc to the bathing fluid. All results are expressed as the mean ± SEM and statistical signifance (p Resultados Maximum contractile response to PHE of endothelium-denuded thoracic aortic obtained from CLP-operated rats (76.47 ± 9.87 g, n=4) was significantly (p Conclusão The oral treatment of CLP-operated rats with 30 mg/kg OEHc restored vascular response to PHE, 24h after sepsis induction. The vascular effect was not observed in the in vitro contraction studies.

Palavras-chaves: Aortic, Essential oil, Hyporesponsiveness, Hyptis crenata, Sepsis- induced

Resumo: 20.033

AÇÃO CARDIOVASCULAR DO EXTRATO AQUOSO DA Pimpinella anisum L. ("erva-doce") EM RATOS SUBMETIDOS À SOBRECARGA DE VOLUME INDUZIDA POR DIETA HIPERSSÓDICA.

Autores 1RODRIGUES, D. P.

1, PONTES, V. C. B.

2, GAMBERINI, M. T.

2 Departamento de Ciências

Fisiológicas - FCMSCSP

Apoio Financeiro: CNPq e Fundo de Amparo à Pesquisa (FAP) da Fundação Arnaldo Vieira de

Carvalho

Resumo Introdução Estudos anteriores realizados em ratos normotensos Wistar e Wistar Kyoto e, em ratos espontaneamente hipertensos (SHR), revelaram que a administração oral do extrato aquoso (EA) da < i > Pimpinella anisum < /i > L. (“erva-doce”) reduzia de forma dose-dependente a pressão arterial sistólica (PAS), registrada pelo método indireto da cauda. Objetivos O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito cardiovascular do EA em animais cuja elevação dos valores pressóricos foi desencadeada pela sobrecarga de volume induzida pelo aumento da ingestão de sódio na dieta alimentar (dieta hiperssódica). Código de Experimentação Animal Protocolo nº 003/12

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Código de Experimentação Humana Métodos O EA 10% foi obtido através de infusão dos frutos secos da planta, concentração e liofilização. Para a elevação da PAS de ratos Wistar normotensos, à ração animal foi acrescentado NaCl obtendo-se a concentração final de 8%. Após o desmame, os animais passaram a receber uma dieta hiperssódica que foi ofertada durante todo o procedimento experimental. Passado um mês, PAS foi aferida em dias alternados pelo método indireto da cauda e, o consumo de água e ração registrados. Como controle, um grupo de animais (n=5) foi mantido com um dieta normal (NaCl 0,2%) desde o desmame e o mesmo protocolo experimental foi realizado. Após a estabilização da PAS nos animais submetidos à dieta hiperssódica, os mesmos passaram a receber diariamente, por via oral, 5 ml/kg de água (grupo 1, n=5), EA 0,25 g/kg (grupo 2, n=5) e EA 1,0 g/kg (grupo 3, n=5). Nos grupos 2 e 3, após a estabilização da PAS com a administração das doses referidas acima, passou-se a administrar o EA nas doses de 0,5 g/kg e 2,0 g/kg, respectivamente. (Protocolo nº 003/12). Os resultados foram analisados por ANOVA e a comparação entre os grupos foi feita pelo teste “t” de Student (significância p <0,05). Resultados Cerca de 2 meses após o início do consumo da dieta hiperssódica observou-se a estabilização dos níveis pressóricos em valores de 119 ± 2,0 mmHg, caracterizando uma elevação da PAS nestes animais em aproximadamente 10 mmHg em relação aos animais submetidos à dieta normal (109 ± 5,3 mmHg). A avaliação das ações do EA nos animais com valores elevados de PAS, mostrou que a administração do EA 0,25 g/kg nos animais do grupo 2 e de EA 1,0 g/kg no animais do grupo 3, reduziu a PAS a valores de 110 ± 1,4 mmHg e 108 ± 0,9 mmHg, respectivamente, em relação aos animais do grupo 1 tratados com água (120 ± 6,1 mmHg), após cerca de uma semana do início do tratamento. Com o aumento das doses do EA nos animais dos grupos 2 e 3 para 0,5 g/kg (grupo 2) e EA 2,0 g/kg (grupo 3), observou-se a manutenção da redução da PAS (110 ± 1,4 mmHg e 110 ± 1,4 mmHg, respectivamente), em relação aos animais do grupo 1 (120,4 ± 3,3 mmHg). Conclusão Os resultados mostraram que a administração do EA da Pimpinella anisum L. em animais cujos valores de pressão arterial foram elevados devido à sobrecarga de volume induzido por ingestão crônica de dieta hiperssódica causou a redução da PAS obtendo-se valores semelhantes aos animais normotensos submetidos a uma dieta normal corroborando, assim, a atividade cardiovascular obtida em outros modelos experimentais empregados anteriormente.

Palavras-chaves: Cardiovascular, Dieta hiperssódica, Erva-doce, Extrato aquoso, Pimpinella anisum

Resumo: 20.034

Efeito anti-implantacional e alterações na prole de camundongos devido ao tratamento com o extrato de Syzygium cumini (Jambolão).

Autores 1FONSECA, W. F.

1, AMARANTE-PAFFARO, A.M.

1, PAFFARO-JR,V.A.

1 Dep. de Biologia

Celular, Tecidual e do Desen. - UNIFAL-MG

Apoio Financeiro: PROBIC - UNIFAL-MG

Resumo Introdução O jambolão (Syzygium cumini) é considerada uma planta com propriedades medicinais, sendo amplamente utilizado no sul do país como antiglicemiante, principalmente pela população idosa. Objetivos Uma vez que alterações no nível de glicose são muito comuns durante a gravidez, este estudo teve como objetivo analisar as possíveis influências causadas pela ingestão do extrato hidroalcoólico de Jambolão durante a gravidez em fêmeas de camundongos, observando possíveis alterações gestacionais. Código de Experimentação Animal 416/2012 Código de Experimentação Humana Métodos As folhas de Syzygium cumini foram coletadas em Alfenas (Minas Gerais, Brasil), secas em estufa, trituradas, percoladas com etanol a 70% na proporção de 100 mg/L. A obtida solução foi rota-evaporada, liofilizadas e armazenadas a -80 ° C. Fêmeas de camundongos (Swiss) com 30g e 60 dias de idade foram acasaladas com machos da mesma linhagem na proporção de 3:1. A manhã em que foi constatada a presença do tampão vaginal determinou o primeiro dia de gestação (ddg). Fêmeas grávidas foram tratadas ao fim da tarde com extrato de Jambolão na concentração de 1000 mg/kg por gavage esofágica, durante quatro dias consecutivos em quatro diferentes períodos gestacionais: grupo I - pré-implantação (1º-4ºddg), grupo II - implantação (4º-7ºddg), grupo III – pós-implantação (7º-10ºddg) e grupo IV - placentação (11º-14ºddg). Os grupos controle receberam água destilada nas mesmas condições experimentais que os grupos tratados. Para cada grupo experimental 10 fêmeas foram laparatomizados no 15º ddg, sendo contabilizado o número de corpos lúteos, de sítios de implantação embrionária normais e alterados, de sítios em reabsorção e de áreas hemorrágicas. Foram calculadas a taxa de implantação (TI) e o índice de viabilidade embrionária (IV). Os ovários, sítios de implantação, embriões e placentas foram incluídos rotineiramente em parafina para avaliação histológica. A prole de 5 fêmeas de cada grupo foi avaliada morfologicamente em busca de alterações teratogênicas, sendo também contabilizado o número e o peso dos filhotes por ninhada. As diferenças entre os grupos experimentais e controle foram analisados por ANOVA seguido pelo pós-teste de Mann-Whitney-Wilcoxon, onde os valores de p menores ou iguais a 0,05 foram considerados significativos. Os procedimentos deste estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética Animal da UNIFAL-MG com o número de protocolo 416/2012. Resultados Nossos resultados demonstraram um importante efeito anti-implantational nas fêmeas tratadas durante o período de 1º a 4º ddg que reduziu para 10% o número de fêmeas que apresentam sítios de implantação. No entanto, a TI destas fêmeas e o IV não foi alterado. Nos demais grupos de tratamento, não houveram alterações significativas na TI. O extrato de jambolão não acarretou alterações teratogênicas na prole. No entanto, os animais que receberam Jambolão durante o período de placentação apresentaram uma diminuição de 38,4% no número de filhotes nascidos vivos apresentando um peso médio superior aos neonatos do grupo controle. Conclusão De acordo com nossos resultados, o extrato hidroalcoólico de Syzygium cumini tem um efeito anti-implantacional se utilizado nas fases iniciais da gestação, não acarreta alterações teratogênicas e parece interferir no número de filhotes nascidos e no ganho de peso médio da prole. Desta maneira, o extrato de jambolão não deve ser usado para o controle glicêmico em mulheres que pretendem engravidar ou por gestantes.

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Palavras-chaves: Jambolão, Syzygium cumini , Anti-implantacional, Gravidez, Anti-estrogênico

Resumo: 20.035

Ação do óleo essencial de Lippia Alba sobre o relaxamento da musculatura lisa da traqueia de ratos Wistar.

Autores

1MATOS, D. F.

1, SOUSA, S. D. G. D.

1, MORAIS, L. P. D.

2, CARVALHO, P. M. D. M.

2,

MENESES, I. R. A. D. 2, SOUSA, D. D. G. D.

2, KERNTOPF, M. R.

2, BARBOSA, R.

1

Departamento de ciências físicas e biológicas - URCA, 2 Mestrado em Bioprospecção Molecular -

URCA

Apoio Financeiro: CNPQ, FUNCAP, URCA.

Resumo Introdução O interesse pela natureza como fonte de agentes com um potencial quimioterapêutico ainda é muito grande. Os produtos naturais e seus derivados representam mais de 50% de todas as drogas em uso clínico no mundo. Entre os produtos naturais estudados temos, o gênero Lippia sp. A Lippia tem suas folhas utilizadas na preparação de chás sendo o sabor definido de acordo com o processamento utilizado, enquanto as flores são tradicionalmente utilizadas como loção tópica para tratamentos de pele. Estudos demostraram que a Lippia possui ação sedativa, antidepressiva, analgésica, gastrointestinais e antiespasmódica. A espécie Lippia Alba também é conhecida como melissa brasileira ou erva-cidreira de arbusto tem o seus efeitos comprovados como excelente expectorante nas tosses causadas por gripes e resfriados. Os constituintes do óleo essencial da Lippia Alba são caracterizados pelos teores elevados de citral e mirceno. Estes apresentam ação calmante e espasmolítica atribuída à presença do citral, e atividade analgésica devida ao mirceno. Devido a sua ação espasmolíticas a Lippia Alba se torna grande alvo de estudo para as doenças respiratórias, como exemplo as doença pulmonar obstrutiva (DPOC). Objetivos O objetivo desse estudo é elucidar o efeito do óleo essencial Lippia Alba (OELa), sobre a contração eletromecânica da musculatura lisa da traqueia de ratos. Código de Experimentação Animal 24/2012.2/2012 Código de Experimentação Humana Métodos O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Experimentação e Uso de Animais - CEUA/URCA sob o nº 24/2012, no dia 24 de dezembro de 2012. Para a realização dos experimentos utilizou-se 30 ratos machos da linhagem Wistar, pesando entre 180-300 gramas, mantidos com acesso à água e ração, “Ad libitum”, provenientes do Biotério Central da Universidade Regional do Cariri- URCA. Os animais foram anestesiados em atmosfera de CO2 seguida de pneumotórax

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para que ocorresse a dissecação da traqueia. Após a dissecação os anéis da traqueia foram colocados nas cubetas do banho de órgão onde continha 10 ml Tyrode modificado, com PH ajustado para 7.4 e temperatura de 37°C, onde permaneceram por 1 hora para a estabilização. Em seguida foi feita a administração do agente despolarizante KCl na concentração de 60 mM para que houvesse a contração, que fora de 3,0g, e após foram administrada concentrações crescentes e cumulativas do óleo essencial de Lippia Alba (1–10.000 μg/ml), as respostas induzidas por essas concentrações de OELa foram expressas como percentagem de relaxamento da resposta contrátil induzida por KCl. Para a avaliação do óleo sobre o tônus basal não foi utilizado o KCl, sendo induzido o relaxamento da traqueia a partir da tensão de 1g. O óleo essencial da Lippia Alba foi cedido pela empresa do Dr. Sergio Horta e analisado pelo parque de desenvolvimento tecnológico (PADETEC) da Universidade Estadual do Ceará-UFC cujos constituintes majoritários são o geranial 41% e o neral 34%. Utilizou-se o teste ANOVA (análise de variância) seguido de um teste de múltipla comparação ou do teste t de Student, conforme apropriado, ou/e técnicas não paramétricas se os pré-requisitos para ANOVA (normalidade e homocedasticidade dos dados) não tivessem ocorrido. Resultados Para avaliar o efeito do óleo sobre a contração eletromecânica foi utilizadas as concentrações crescentes de óleo essencial da Lippia Alba 1,3,10,30,100,1000,3000 e 10000 1µg/ml com os valores 103.5±0.7, 101.4±0.4, 96.54± 1.24, 91.31±2.26, 75.47±3.7, 66.22± 3.63, 31.70± 5.48, 17.41± 2.68 e 8.18±0.75 respectivamente para as concentrações citadas acima, os valores foram transformados em porcentagem do controle 104,3 ±0,462. Os resultados foram estatisticamente significante a partir da concentração 30 µg/ml, p Conclusão OELa apresenta um efeito miorelaxante da musculatura lisa da traqueia de ratos e esse efeito se dá pelo acoplamento eletromecânico.

Palavras-chaves: Lippia Alba, Traqueia, Musculatura lisa, Contratilidade, Citral

Resumo: 20.036

Avaliação da atividade antinociceptiva do extrato hidroalcóolico e aquoso da Plantago australis e Mikania glomerata em camundongos

Autores 1BECK, V. R.

3, MELLO, M. V.

3, BASTOS, C. F.

3, BRUSCO, I.

3, BARCAROL, L. N.

3, KLAFKE,

J. Z. 1, SAUZEM, P. D.

1, HOFFMEISTER, C.

1 Farmacologia - UFSM,

3 Farmácia - UNICRUZ

Apoio Financeiro: PIBIC UNICRUZ

Resumo Introdução As plantas medicinais têm seu uso descrito por praticamente todos os povos. Pelos conhecimentos tradicionais do uso dessas plantas surgiu os interesses comercial e científico de transformá-las em medicamento. Os gêneros Plantago (Plantaginaceae) e Mikania (Asteraceae) são conhecidos etnobotanicamente pela sua atividade anti-inflamatória e analgésica. Objetivos

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O estudo teve como objetivo avaliar o possível efeito antinociceptivo dos extratos aquosos (EAQ) e hidroalcoólico (EHA) de Mikania glomerata (guaco) e Plantago australis (tansagem) em camundongos. Código de Experimentação Animal 004/11 Código de Experimentação Humana Métodos Foram utilizados camundongos albinos Swiss machos com 50 dias de vida, pesando ± 25 gramas. No teste da formalina utilizou-se 50 animais (n=6-7) tratados com os extratos (1000mg/kg), veículo ou dipirona 1h antes da injeção intraplantar de formalina. Neste teste foi avaliado o tempo de lambida da pata (fase 1e fase 2). No teste das contorções abdominais os 70 animais (n=8-9) foram tratados com os extratos (1000mg/kg), veículo ou dipirona e 1h após receberam injeção i.p. de ácido acético 0,8%, após 5 min foi avaliado o n° de contorções durante 20 min. Foi realizado, também, o teste de campo aberto para avaliar um possível efeito inespecífico nos camundongos que prejudicasse a avaliação da resposta nociceptiva, como sedação e prejuízo da coordenação motora. Nesse teste foram utilizados 50 (n=6-7) animais nos quais avaliou-se, durante 5 minutos, o número de cruzamentos e o número de respostas de levantar realizados pelos animais. Em todos os testes os animais foram tratados por via oral com auxílio de uma sonda de gavagem. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Uso de Animal da UNICRUZ (registro 004/11). Os resultados foram analisados por ANOVA de uma via, seguida do teste post hoc de Duncan e considerados estatisticamente significativos quando p <0,05. Resultados No teste da formalina o EAQ de Mikania glomerata (Fase1: 63.67 ±14,06; Fase 2: 91.17 ±29,99) e Plantago australis (Fase 1: 52.33 ±8,80; Fase 2: 154.67±26,65) não apresentaram efeito significativo em nenhuma das fases, sendo que a média do veículo foi de 70.17± 14,4 na fase 1 e de 63.83 ±24,96 na segunda fase, sendo que o controle teve média de 43.67±12,13 na primeira fase e 7.17±6,77 na fase 2. O EHA também não apresentou efeito significativo nesse teste: Veículo (Fase 1: 87.00 ±7,87; Fase 2: 156.50±42,11), Controle (Fase 1: 46.00 ±11,24; Fase 2: 85.00±29,19), Mikania glomerata (Fase1: 76.57 ±14,88; Fase 2: 183.57 ±24,38) e Plantago australis (Fase 1: 90.00 ±10,84; Fase 2: 297.42±44,61). No teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético não houve diferença significativa quando os animais foram tratados com os EAQ: Veículo (26.86±5,28), Controle (4.14±2,77), Mikania glomerata (21.71±3,12) e Plantago australis (22.00±6,26). No entanto, o tratamento com os EHA foi capaz de diminuir do número de contorções, sugerindo um possível efeito antinociceptivo: Veículo (52.88±3,44), Controle (24.88±5,54), Mikania glomerata (34.90±5,21) e Plantago australis (36.00±6,30). No teste de campo aberto somente a dipirona apresentou efeito significativo diminuindo a resposta de levantar. Conclusão Com o presente estudo pode-se perceber que somente o EHA apresentou um efeito antinociceptivo no teste de contorções, não sendo encontrado efeito nos outros testes. Os dados encontrados neste estudo vem ao encontro do uso popular como analgésico, sendo importante aprofundar os estudos com essa planta.

Palavras-chaves: Anti-inflamatório, Antinocicepção, Guaco, Planta Medicinal, Tansagem

Resumo: 20.037

Efeito de uma lectina de Colocasia esculenta (inhame) sobre progenitores hematopoiéticos da

medula óssea de camundongos

Autores 1CORRÊA, A. C. N. T. F.

2, RIBEIRO, P. P.

1, BELTRÃO, F. M.

1, MARIANI, J. C.

1, PINHO, M. D.

F. B. 2, SILVA, J. T.

1, VERICIMO, M.

1 Imunobiologia - UFF,

2 Bioquímica - UFRJ

Apoio Financeiro: FOPESQ/PROPI/UFF

Resumo Introdução A diversidade de substâncias que ocorrem na natureza em termos de propriedades químicas, pode servir para o desenvolvimento de novos fármacos. Desta forma, a procura por produtos de origem vegetal como fonte de fitoterápicos tem se intensificado nos últimos anos. Recentemente isolamos do inhame( Colocasia esculenta )uma globulina com atividade de lectina, denominada tarina. Objetivos No presente trabalho estudamos o efeito da tarina, na recuperação da medula óssea de animais submetidos ao tratamento de mielossupressão com ciclofosfamida (CY) e verificamos sua aplicabilidade como imunoestimulador da medula óssea. Código de Experimentação Animal CEPA 00019/08 Código de Experimentação Humana Métodos Foram utilizados camundongos da linhagem BALB/c, machos, de 8-10 semanas de idade, com peso de +/-20g, fornecidos pelo Núcleo de Animais de Laboratório da Universidade Federal Fluminense. Os animais foram divididos em quatro grupos (G) constituídos de 6 camundongos que receberam um dos seguintes tratamentos: salina fisiológica (GI); 300 mg/Kg de CY (GII); 200 mg/Kg da tarina (GIII) e 300 mg/Kg de CY e 200 mg/Kg da tarina (GIV). Nos dias 0, 2, 5, 7, 12 e 19 foram obtidas amostras de sangue para determinação do número de leucócitos e hemácias circulantes e para determinação da taxa de hematócrito. Foram também extraídas células da medula óssea de animais normais as quais foram cultivadas na presença da tarina somente ou associada a IL-3 + Eritropoetina para avaliação do crescimento das colônias de unidade formadora de blastos para eritróide (BFU-E) e de unidade formadoras de blastos de colônias mista (CFU mix). Os resultados foram analisados pela análise de variância (ANOVA), seguida da análise paramétrica de comparações múltiplas pelo método de Tukey. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa em Animais (CEUA) número 019/08. Resultados Nos ensaios in vivo , verificamos que após a administração da tarina (GIII), os animais reagiram com um aumento transitório do número de leucócitos circulantes por mm ³ (9,81±0,6/10 6 ; 19,12±1,5/10 6 ; 12,66±2,0/10 6 ; 11,08±1,38/10 6 ; e 9,51± 0,9/10 6 , nos dia 0, 2, 5, 7 e 12 respectivamente). De forma contrária o tratamento dos animais com CY (GII) resultou em uma profunda redução (12,5±1,1; 1,16±0,4; 0,35±0,2; 4,87±0,8 e 4,37±0,8). Já administração da tarina em animais tratados com CY (GIV), restaura parcialmente o número de leucócitos (10,5±0,7/10 6 ; 4,51±0.9/10 6 ; 5,25±0,7/10 6 ; 6,08±1,8/10 6 e 4,13± 0,9/10 6 ).No grupo controle, que recebeu apenas salina, nenhuma alteração significativa dos níveis de leucócitos foi observada durante o período experimental (10,12±0,9/10 6 ; 11,6±0,8/10 6 ; 10,2± 2,3/10 6 ; 9,08± 1,4/10 6 ; 10,75±1,2/10 6 ). Com relação a taxa de hematócrito nenhuma alteração foi observada entre os grupos experimentais. Analisando as culturas de células da medula óssea, verificamos que a porcentagem de células polimorfonucleadas (PMN) reduziu profundamente do 3 0 ao 9 0 dia de cultura tanto para as preparações cultivadas na presença de tarina (de 82±7% para 8±3%) quanto para as cultivadas em meio de cultura somente (86±10% para 0±0%). No entanto, ao 19 0 dia de incubação foi observado um aumento expressivo de células PMN apenas nas culturas tratadas com tarina (53±9%). Ensaios in vitro em metilcelulose revelaram que a tarina estimula a proliferação e mantém a

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viabilidade de progenitores mielóides da linhagem granulocítica além de contribuir para diferenciação de progenitores em BFU-E. Conclusão Estes resultados, sugerem que a tarina atua como potente estimulador de células indiferenciadas da medula óssea da linhagem granulocítica, uma vez que aumentou parcialmente o número de leucócitos circulantes e estimulou a diferenciação de progenitores medulares da linhagem granulocítica.

Palavras-chaves: Colocasia esculenta, tarina, medula ossea, progenitores hematopoiéticos, ciclofosfamida

Resumo: 20.038

TRATAMENTO COM ÓLEOS ESSENCIAIS DE DUAS ESPÉCIES DA FAMÍLIA MYRTACEAE DIMINUEM A PRESSÃO ARTERIAL DE RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS.

Autores

1MOREIRA, C. M.

1, SANTOS, K. T.

1, SANT`ANNA, L. S.

1, PEREIRA, P. A. B.

2, VASSALLO, D.

V. 3, TIETBOHL, L. A. C.

3, LIMA, B. G.

3, FERNANDES, C. P.

3, ROCHA, L. M.

1, MOREIRA, C.

M. 1 Campus Uruguaiana - UNIPAMPA,

2 PPG Ciências Fisiológicas - UFES,

3 PPG Ciências

Aplicadas a Produtos para Saúde - UFF

Apoio Financeiro: PBDA-Unipampa, CAPES-REUNI.

Resumo Introdução As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no Brasil. As plantas medicinais são a primeira opção popular para tratamento. Plantas da família Myrtaceae como Eugenia sulcata (murtinha, pitanguinha) e Myrciaria floribunda (camboim amarelo, jabuticabinha) são ricas em óleos essenciais. São utilizadas na medicina popular como cicatrizante, diurético, hipoglicemiante e anti-reumática, diurética. O óleo essencial 1,8-cineol extraído de Alpinia zerumbet da familia Zingiberacea possui ação anti-hipertensiva e vasorelaxante, por isso propomos investigar a atividade anti-hipertensiva dos óleos extraídos destas plantas. Objetivos Avaliar o efeito do óleo essencial extraído da Eugenia sulcata e Myrciaria floribunda sobre a pressão arterial sistólica, diastólica e frequência cardíaca de ratos espontaneamente hipertensos. Código de Experimentação Animal Protocolo nº 031/2012 CEUA UNIPAMPA Código de Experimentação Humana Métodos

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Aprovado pelo CEUA da UNIPAMPA, sob nº 031/2012. A extração dos óleos foi realizada no Laboratório de Tecnologia de Produtos Naturais da UFF. As folhas das plantas foram coletadas, turbolizadas e colocadas em balão sob manta térmica, foram submetidas a hidrodestilação durante 4h, em aparato tipo Clevenger. Também foi feito a fitoquímica dos óleos essenciais. Foram utilizados ratos espontaneamente hipertensos (SHR) e Wistar Kyoto (WK), machos, com 2 meses pesando em média 200g, água e ração ad libitum. Os animais foram tratados por 30 dias, divididos em 8 grupos experimentais: controle C-WK e C-SHR (água e comida à vontade), veículo V-WK e V-SHR (veículo, óleo de girassol, i.p. 200µL, diariamente), E. sulcata, Es-WK, Es-SHR e M. floribunda, Mf-WK, Mf-SHR (receberam óleo essencial, 10 mg/kg i.p. 200µL, diariamente). Para avaliar os parâmetros hemodinâmicos os animais foram anestesiados com uretana 30% (1,2 mg/kg i.p.) e submetidos à cirurgia de cateterização da artéria carótida utilizando cateteres de polietileno (PE 50 - Clay-Adams), preenchidos com salina heparinizada (50 U/mL), logo após foi feita a conexão do cateter arterial ao transdutor de pressão acoplado a um conversor analógico digital (MP150 Biopac Systems, Inc.; CA), cujos registros foram feitos após 30min de estabilização. Foram determinados pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e frequência cardíaca (FC). Os dados foram expressos como média ± erro padrão da média e analisados pela ANOVA, sendo p Resultados Os principais componentes encontrados no óleo essencial da E.sulcata foi α-pineno (17,2%) e β-cariofileno (24,6%) e da M.floribunda foi o 1,8-cineol (38,4%). Os resultados hemodinâmicos foram: PAS (mmHg): C-WK:111±2; V-WK:107±3; Es-

WK:108±6; Mf-WK:107±2; C-SHR:158±7; V-SHR:152±6; Es-SHR: 128±7∗∗; Mf-SHR:139±5∗ (n=5;∗p≤0,05 e ∗∗p≤0,01 vs C-SHR e V-SHR). PAD (mmHg): C-WK:66±4; V-WK:69±3; Es-WK:72±4; Mf-WK:62±4; C-SHR:109±5;V-SHR:105±3;

Es:86±5∗∗; Mf-SHR:95±2∗(n=5; ∗p≤0,05 e ∗∗p≤0,01 vs C-SHR e V-SHR). FC (bpm): C-WK:273±14; V-WK:296±12; Es-WK:302±21; Mf-WK:275±9; C-SHR:341±17; V-SHR:322±10;Es-SHR:325±16; Mf-SHR:339±17; (n=5). Conclusão Os óleos essenciais foram capazes de reverter a hipertensão sistólica e diastólica dos SHR, não tendo efeito nos normotensos e na FC dos animais. Este estudo mostra pela primeira vez a atividade anti-hipertensiva dos óleos essenciais das folhas de E. sulcata e M. floribunda. Sugere-se que o 1,8-cineol da M. floribunda bem como o α-pineno e o β-cariofileno da E.sulcata possam ser os componentes responsáveis pelo efeito anti-hipertensivo.

Palavras-chaves: Hipertensão, Óleos essenciais, Myrtaceae

Resumo: 20.039

AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DO ÓLEO ARTESANAL DO BABAÇU (Orbignya phalerata Martius) ORIUNDO DA REGIÃO DOS COCAIS, ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL

Autores 1VIEIRA, Í. R. S.

1, SALES, J. S.

1, COSTA, C. L.

1, SANTOS, D. S.

1, COSTA, M. C. P.

1

Departamento de Química e Biologia - UEMA, São Luís/MA

Apoio Financeiro: REDEBIO/FAPEMA

Resumo Introdução A palmeira de babaçu é nativa do Brasil e é mais densamente distribuída na região de Cocais do Estado do Maranhão (

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Lipids in Health and Disease , v.11, p.158, 2012). O interesse pela exploração do babaçu concentra-se nas amêndoas de onde é extraído o óleo, produto mais importante dentre os derivados da palmeira. As quebradeiras de coco babaçu utilizam-se do processo artesanal que consiste na fervura das amêndoas para extração do óleo (Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - CDT/UnB, 2007). O óleo do coco babaçu possui ampla diversidade de ácidos graxos, e em altas concentrações estão os ácidos láurico (45%) e mirístico (18%). Este óleo, no Brasil, tem sido usado quase que, exclusivamente, na fabricação de produtos de higiene e limpeza (Revista Ceres, v.53, n.308, p.463, 2006). Na pesquisa, contribuirá para sua aplicabilidade em emulsões cosméticas, sinalizando o aproveitamento de recursos naturais e consequentemente melhorar a qualidade de vida da população, por meio da geração de oportunidades de trabalho. Objetivos Avaliar e comparar os parâmetros físico-químicos do óleo de babaçu extraído de forma artesanal da Região dos Cocais do estado do Maranhão. Código de Experimentação Animal Código de Experimentação Humana Métodos Foi analisado em triplicata, o óleo de babaçu extraído de forma artesanal; o qual foi transportado ao Laboratório de Macromoléculas e Produtos Naturais – UEMA e armazenado à temperatura ambiente, foram realizadas as análises físico-químicas: índice de saponificação, índice de acidez, índice de refração, umidade e densidade, seguindo as Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (Métodos físicos e químicos de análises de alimentos, 4ª ed., São Paulo: IMESP, 2008.) para óleos e gorduras. Resultados Índice de saponificação: 234,0698 ± 0,1782 mg KOH/g de óleo, está de acordo com Oliveira et al ., 2007 ( II Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica. João Pessoa, PB, 2007) que encontrou de 164 a 252 mg KOH/g de óleo de O. phalerata ; e abaixo do padrão do Codex Alimentarius (CODEX STAN 210, p. 11 Roma, 2003) para o óleo de Orbignya ssp , que é de 245 a 256 mg KOH/g de óleo. Índice de acidez: 0,6482 ± 0,0443 % ácido láurico, acima do estabelecido pelo Codex Alimentarius (2003), no máximo 0,3 % ácido láurico. Índice de refração: 1,4558 ± 0,0002 nD40, está no limite encontrado por Oliveira et al .,(2007) de 1,4553 a 1,4558 nD40 e acima do obtido por Machado et al ., 2006 (Revista Ceres, v.53, n.308, p.463, 2006) de 1,4485 a 1,4505 nD40. Densidade: 0,9168 ± 0,0016 g/mL, dentro do estabelecido pelo Codex Alimentarius (2003), que é de 0,9140 a 0,9170 g/mL e abaixo do encontrado por Oliveira et al ., (2007) que foi de 0,9180 a 0,9230 g/mL. Umidade: 2,8354 ± 0,3148 %, de acordo com o encontrado por Lima et al ., 2011 (51º Congresso Brasileiro de Química - CBQ, São Luís, 2011) que foi de 1,995 a 4,169 %. Conclusão O índice de saponificação foi inferir ao valor preconizado pelo Codex Alimentarius, em razão da ocorrência de uma variação na natureza de seus ácidos graxos constituintes. O elevado valor obtido no índice de acidez é um indicativo da decomposição do óleo, ou seja, do aumento na produção dos ácidos graxos livres, seja por hidrólise ou oxidação. A variação encontrada para o índice de refração está relacionada com o grau de saturação das ligações e é afetada por fatores como oxidação e tratamento térmico.

Palavras-chaves: Orbignya phalerata Mart., Extração artesanal, Óleo de babaçu

Resumo: 20.040

Estudo do efeito de flavonoides na atividade elétrica de corações hipertrofiados de ratos.

Autores

2,1JESUS, I. C. G. D.

2,1, SANTOS, J. F. D.

2,1, SANTOS, M. S.

2,1, SANTOS, R. R. C.

2,1, SILVA, M.

T. D. 1, MESQUITA, T. R. R.

1, FILHO, J. E. R. D. M.

1, VASCONCELOS, C. M. L.

1, SANTOS, S.

L. 1, GARCIA, E. A. C.

1, OLIVEIRA, E. D. D.

1 Departamento de Fisiologia - UFS,

2 Núcleo de

Fisioterapia - UFS

Apoio Financeiro: UFS/CNPq

Resumo Introdução Flavonoides são compostos naturais que tem sido descrito como modificadores de várias atividades biológicas, como, atividade antioxidante, anti-inflamatrória, antimicrobiana, entre outras. Objetivos Avaliar o efeito de três flavonoides que vêm ganhando destaque terapêutico, quercetina (QUE), rutina (RUT) e diosmina (DIO) na atividade elétrica de corações hipertrofiados de ratos. Código de Experimentação Animal 70/2012 Código de Experimentação Humana Métodos Foram utilizados ratos Wistar machos (90 dias), pesando entre 250-300 gramas, provenientes do biotério da Universidade Federal de Sergipe. Foram obedecidas as normas vigentes aprovadas pelo Comitê de Ética e Bioética da UFS (CEPA: 70/2012). Estes animais foram distribuídos em quatro grupos experimentais: 1) controle (CTR) - foi administrados 0,5 mL de salina 0,9% por via intraperitoneal e por gavagem no mesmo animal, durante 8 dias; 2) isoproterenol (ISO) – foi administrado 4,5 mg/kg desta droga diluída em salina 0,9%, via intraperitoneal durante 8 dias; 3) flavonoide (QUE, RUT ou DIO), na dose de 10 mg/kg, diluído em salina 0,9%, por gavagem, durante 8 dias e 4) isoproterenol com um flavonoide (ISO + QUE, ISO + RUT ou ISO + DIO), nas mesmas doses, tempo e via de administração citadas anteriormente. Após 24h do último dia de tratamento, os animais foram anestesiados com quetamina (90 mL/kg) e xilasina (25 mL/kg), e neles foram dispostos eletrodos que captaram os sinais elétricos produzidos pelo coração. Foram analisados os intervalos RR, QRS, QTc e os batimentos por minuto (BPM). Após o período de registro, os animais foram sacrificados por decapitação, os corações foram retirados rapidamente e pesados, e as tíbias esquerda foram medidas para posterior análises. Estatística: os resultados obtidos foram analisados estatisticamente empregando-se o teste “t” de Student, na sua forma não-pareada e quando necessário foi utilizado o teste de variância univariada (ANOVA) seguida de teste de comparação múltipla de Bonferroni quando indicado. Resultados Comparado os grupos CTR e ISO, os animais do grupo ISO tiveram aumento do peso do coração, observado na relação peso do coração/peso do animal (CTR = 0,3579 g ± 0,01676 vs ISO = 0,4699 g ± 0,02421. p = 0,0013) e peso do coração/tamanho da tíbia esquerda (CTR = 0,2639 ± 0,0057 vs ISO = 0,3316 ± 0,01320. p = 0,0002). Apenas a quercetina preveniu este aumento do peso do coração: peso do coração/peso do animal: (ISO = 0,4699 g ± 0,02421 vs QUE + ISO = 0,3763 g ± 0,01301. p = 0,0031) e peso do coração/tíbia esquerda (ISO = 0,3316 ± 0,01320vs QUE + ISO = 0,2755 ± 0,01427. p = 0,0100). Nos traçados eletrocardiográficos, foi constatado que os animais tratados com isoproterenol

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apresentaram aumento do QRS (CTR = 21,58 ± 0,7962 vs ISO = 26,51 ± 1,775. p = 0.0208), aumento do QTc (CTR = 113,9 ± 7,776 vs ISO = 147,8 ± 12,11. p = 0,0446), aumento do intervalo RR (CTR = 217,1 ± 5,858 vs ISO = 240,6 ± 6,330. p = 0,0138) e diminuição do BPM (CTR = 275,2 ± 7,365 vs ISO = 246,6 ± 5,358. p = 0,0061). A quercetina reduziu de forma significativa o QRS (ISO = 26,51 ± 1,775 vs QUE + ISO = 21,80. p = 0,0418) e o QTc (ISO = 147,8 ± 12,11 vs QUE + ISO = 115,4 ± 6,266. p = 0,0454). Os dados eletrocardiográficos do grupo RUT + ISO e DIO + ISO não apresentam nenhuma diferença dos dados observados no grupo ISO. Conclusão A quercetina preveniu algumas alterações elétricas induzidas pelo isoproterenol em ratos Wistar. A rutina e a diosmina não causam alterações elétricas nos corações destes animais, e não previnem as alterações elétricas induzidas pelo isoproterenol.

Palavras-chaves: flavonoides, isoproterenol, hipertrofia cardíaca, eletrocardiograma

Resumo: 20.041

EFICÁCIA DO LIMONENO (1-metil-4-isopropenilciclohex-1-eno) E ULTRASSOM PULSADO NO ESTRESSE OXIDATIVO DE MÚSCULO ESQUELÉTICO DE RATO

Autores

1,2SANTOS, J. F.

1,2, SOUZA, J. B. D.

1, MESQUITA, T. R. R.

1,2, SANTOS, M. S.

1, LAUTON -

SANTOS, S. 1,2

, OLIVEIRA, E. D. 1 Departamento de fisiologia - UFS,

2 Núcleo de Fisioterapia -

HU/UFS

Apoio Financeiro: UFS/CNPq

Resumo Introdução As lesões musculares são capazes de estimular o aumento de produção de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs), o que pode causar danos às células. O presente estudo avaliou o efeito do ultrassom pulsado (UP) aplicado em associação com o limoneno, um terpeno que possui características anti-inflamatória e antioxidante. Objetivos O propósito deste estudo é o de avaliar a efetividade do tratamento com fonoforese associado à aplicação tópica do limoneno nos parâmetros das lesões oxidativas musculares. Código de Experimentação Animal 48/2011 Código de Experimentação Humana Métodos

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Este estudo foi realizado mediante a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Animais da Universidade Federal de Sergipe (protocolo CEPA 48/2011). Foram utilizados ratos Wistar machos (90 dias), pesando entre 250 e 280g. Os animais foram divididos em 4 grupos (n=6): (1) lesão muscular (LM); (2) tratamento com UP (UP); (3) tratamento com UP e gel de limoneno (5%) (UP+LIM); (4) tratamento com gel de limoneno (LIM). A lesão muscular,provocada em todos os grupos, foi realizada com os animais anestesiados com de cloridrato de quetamina 10% (90mg/Kg; Syntec/SP, Brasil) e cloridrato de xilazina 2% (5mg/kg; Syntec/SP, Brasil) intraperitoneal. O músculo traumatizado foi o gastrocnêmio e a lesão foi feita com um único e brusco impacto através de uma prensa desenvolvida pelo Centro Industrial de Equipamentos de Ensino e Pesquisa (CIDEP/RS, Brasil). O impacto foi gerado por uma barra de metal com massa de 0.459 kg que é atravessada por um fio guia numa altura de 18 cm e gera uma energia cinética de 0.811 Joules. Após a lesão o ultrassom foi usado por 6 min (0,8 W/cm2, 1MHz) sobre a área lesionada. Os animais foram submetidos ao tratamento 2, 12, 24, 48,72 e 96h após a lesão. Foram analisados os níveis de creatina quinase (CK), lactato desidrogenase (LDH), ácido úrico (AU) e formação de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Resultados Houve diminuição significativa dos níveis de CK nos grupos UP (248,5 ± 65,76U/L; p Conclusão Esses resultados sugerem que o grupo UP associado ao limoneno foi capaz de diminuir a peroxidação lipídica e estimular o sistema antioxidativo pelo aumento de AU, além disso, diminuiu o dano muscular.

Palavras-chaves: Limoneno, Ultrassom, Estresse Oxidativo, Lesão muscular

Resumo: 20.042

EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE FOLHAS DE INDIGOFERA SUFFRUTICOSA SOBRE OS CORPÚSCULOS RENAIS DE CAMUNDONGOS PORTADORES DE SARCOMA 180

Autores 1SANTANA, M. A. N.

1, SILVA, I. B.

1, LIMA, I. R.

1, BARBOSA, J. A. P.

1, LEITE, R. P.

1, LEITE,

S. P. 1 Histologia e Embriologia - UFPE

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES

Resumo Introdução Indigofera suffruticosa é uma planta da família Fabaceae , popularmente empregada para o tratamento de processos infecciosos e inflamatórios. Estudos farmacológicos utilizando o extrato aquoso de folhas de I. suffruticosa mostraram que esse composto possui atividade antitumoral sobre Sarcoma 180. Observações histológicas são importantes ferramentas para detectar alterações histofisiológicas nas funções renais. Os rins exercem varias funções importantes no corpo,tais como: filtram impurezas, equilibra pressão e ainda produzem hormônios e vitaminas. Enquanto o sarcoma 180 muito agressivo pode alterar a histofisiologia dos órgãos. Objetivos Investigar o efeito do extrato aquoso de folhas de I. suffruticosa sobre a histomorfometria dos corpúsculos renais de camundongos portadores de sarcoma 180.

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Código de Experimentação Animal Ofício de n°500/12, Processo:23076.025195/2012-64 Código de Experimentação Humana Métodos Folhas de I. suffruticosa (300 g) foram reduzidas a pequenos fragmentos e submetidas à infusão por 15 min em água para uma concentração final de 10%. Camundongos albinos suíços ( Mus musculus ), machos, adulto-jovens, 60 dias de idade, pesando em média 30 a 40g, foram divididos em 3 grupos de 6 animais: G1 - animais portadores de Sarcoma 180 tratados com extrato aquoso (50 mg/kg, via intraperitoneal (ip.)), G2 - animais portadores do sarcoma 180 tratados com salina (15 ml/kg, via ip.) e G3 - animais sem sarcoma 180 tratados com salina (15 ml/kg, via ip.). Para induzir a forma ascítica do sarcoma 180, nos grupos experimentais (G1 e G2) foi injetada na área axilar direita dos animais, 0,3 ml (aproximadamente 3x106 de células cancerígenas). Após 48 horas de implantação tumoral, o tratamento foi iniciado durante 7 dias consecutivos, com extrato aquoso obtido por infusão de folhas de Indigofera suffruticosa (50 mg/kg; i.p.) no grupo G1, enquanto os grupos G2 e G3 receberam salina (15 ml/kg). Após o tratamento, os animais foram pesados, eutanasiados por deslocamento cervical e fragmentos dos tecidos renais dos grupos analisados foram fixados em álcool 70% e corados através da técnica de Hematoxilina e Eosina (H.E.). A observação histológica das preparações e a obtenção das fotomicrografias foram realizadas através do microscópio óptico com câmera acoplada. As imagens foram projetadas e ampliadas apresentando um aumento final de 790µm. A análise histomorfométrica dos diâmetros dos corpúsculos renais foi realizada usando o software SCION. Para as análises estatísticas foi aplicado o teste Kruskal-Wallis (p Resultados Não houve alterações histomorfométricas nos corpúsculos renais dos grupos G1, G2 e G3. Quando comparados os diâmetros dos corpúsculos renais dos grupos G1(62,1±10,8), G2(58,3±10,5) e G3 (60,7±8,5) não foi observado diferença estatística. Conclusão O tratamento sub-crônico com o extrato aquoso de folhas de I. suffruticosa na dose de 50 mg / kg (ip) não mostrou alterações histomorfométricas nos corpúsculos renais dos camundongo portadores de sarcoma 180. Nessas condições experimentais, não houve o surgimento de alterações renais para que os efeitos do extrato pudessem ser observados. Estudos adicionais esta sendo investigado o tratamento crônico com o extrato e frações da I suffruticosa .

Palavras-chaves: EXTRATO AQUOSO , INDIGOFERA SUFFRUTICOSA, CORPÚSCULOS RENAIS, SARCOMA 180, HISTOMORFOMETRIA

Resumo: 20.043

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LOCOMOTORA E COORDENAÇÃO MOTORA EM CAMUNDONGOS Swiss TRATADOS COM ACETATO DE CARVACROLILA

Autores

1OLIVEIRA, F. R. D. A. M. D.

1, OLIVEIRA, J. D. S.

1, OLIVEIRA, G. L. D. S.

1, JUNIOR, A. L. G.

1, MACHADO, K. D. C.

1, MACHADO, K. D. C.

1, ALENCAR, M. V. O. B. D.

1, OLIVEIRA, G. A.

L. D. 2, SOUSA, D. P. D.

1, FREITAS, R. M. D.

1 Departamento de Bioquímica e Fisiologia - UFPI,

2

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Departamento de Farmácia - UFS

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FAPEPI

Resumo Introdução O acetato de carvacrolila (AC) é um éster monoterpênico sintético, derivado do carvacrol, que possui atividade antioxidante in vitro . Dessa forma, a avaliação das propriedades redox desse composto corrobora tanto para compreensão dos mecanismos potenciais de suas ações biológicas bem como determinar possíveis efeitos tóxicos que podem se traduzir no comportamento animal. Em adição, a observação do screening hipocrático permitiu avaliar parâmetros toxicológicos, incluindo estado de consciência e disposição, coordenação motora, tônus muscular, reflexos, atividade do sistema nervoso central e autônomo. Objetivos Investigar a atividade locomotora e coordenação motora em animais após administração de acetato de carvacrolila, por meio do dispositivo Rota-rod e do aparato Campo Aberto ( open field ). Código de Experimentação Animal 013/11 Código de Experimentação Humana Métodos Foram utilizados camundongos Swiss adultos, machos e fêmeas, 2 meses de idade, com peso médio de 25 ± 5 g. Os protocolos experimentais e procedimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade Federal do Piauí sob o nº 013/11. Os animais (n=5/grupo), para cada via utilizada, foram tratados por via oral (v.o) e via intraperitoneal (i.p) com AC na dose de 2 g/kg de peso corpóreo e ao grupo controle foi administrado solução salina, no decorrer de 24 horas. No estudo estatístico os valores foram expressos como média ± erro padrão da média (E.P.M.). O nível de significância para rejeição da hipótese de nulidade foi sempre < 5%. Resultados Após a administração por v.o e i.p de AC, não foi vista nenhuma mudança na atividade locomotora dos animais no aparato campo aberto, assim como durante a avaliação da coordenação motora dos animais não foi detectada mudanças no tempo de permanência dos animais sobre o aparelho Rota-rod comparado ao grupo controle. Conclusão Os resultados apresentados nos remete que a dose testada não altera a mobilidade dos animais. No entanto, novos estudos avaliando outros aspectos, são necessários, para justificar ainda mais o uso seguro de acetato de carvacrolila.

Palavras-chaves: Acetato de carvacrolila, Atividade locomotora, Coordenação motora, Rota-rod, Campo aberto

Resumo: 20.044

ALTERAÇÕES ELETROFISIOLÓGICAS NO NERVO CIÁTICO DE RATOS, PRODUZIDAS PELO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia alba E CITRAL

Autores

1,1,1,1SOUSA, S. D. G. D.

2,2,2,2, SOUSA, D. G. D.

3,3,3,3, ALVES, K. S. D. S.

3,3,3,3, SILVA, F. W. F. D.

2,2,2,2, CARVALHO, P. M. D. M.

1,1,1,1, MATOS, D. F. D.

1,1,1,1, MORAIS, L. P. D.

3,3,3,3, CARDOSO,

J. H. L. 1,1,1,1

, BARBOSA, R. 1 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS -

URCA, 2 MESTRADO EM BIOPROSPECÇÃO MOLECULAR - URCA,

3 INSTITUTO SUPERIOR

DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS - UECE

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq e FUNCAP

Resumo Introdução Lippia alba é um vegetal aromático, suas folhas são utilizadas pela população em infusões, macerados, compressas, banhos e extratos hidroalcoólicos por apresentarem atividade calmante, analgésica, sedativa, ansiolítica entre outras. Citral, presente no óleo essencial de Lippia alba, é uma mistura do trans-isômero geranial e o cis-isômero neral. Entre as ações farmacológicas estão: analgésicas, ansiolíticas, anticonvulsivante e sedativa. Contudo, pouco se sabe sobre a ação deste constituinte no sistema nervoso periférico. Objetivos Avaliar a ação do óleo essencial extraído das folhas de Lippia alba (OELa) e do seu constituinte majoritário o Citral sobre a amplitude positiva dos componentes do Potencial de Ação Composto (PAC) do nervo ciático de ratos. Código de Experimentação Animal 01/2013.1 Código de Experimentação Humana Métodos O projeto foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Regional do Cariri sob o número 01/2013.1. Foram utilizados ratos Wistar de ambos os sexos, com idade média entre 40 e 50 dias (200-250 g). Para a obtenção dos nervos ciáticos os animais foram sacrificados em câmara de CO2 e submetidos à dissecação. Os nervos foram nutridos por solução de Locke modificada com pH 7.4, e temperatura entre 18ºC e 24ºC. Para o registro do PAC a câmara de Harvard foi preenchida com 8 mL de solução de Locke modificada, e o nervo posicionado horizontalmente sobre os eletrodos de platina desta câmara, uma alça de cerca 20 mm do nervo ficou submersa na preparação. O tecido foi submetido a um pulso de onda quadrada, com amplitude de 40 volts, duração de 100 microssegundos a 0,2 Hz no extracelular. A leitura foi realizada pelos eletrodos de registro, o sinal foi repassado ao amplificador e por sua vez para o osciloscópio e para uma placa de interface Análogo-Digital, que transformou e armazenou do sinal no computador através de um software. O protocolo experimental transcorreu por 8 horas (estabilização de 2 horas, 3 horas de exposição ao OELA ou ao Citral (ambos na concentração de 300 µg/mL) e 3 horas de recuperação em Locke). Os picos positivos de ondas foram chamados de 1º e 2º componentes. Para a análise dos resultados foi utilizado o software SigmaPlot®. Os dados foram expressos em média ± erro padrão da média. Para a análise estatística usou-se a ANOVA, seguindo de teste para contraste ou do teste t de Student, conforme o apropriado. Considerando-se diferenças significativas valores de P <0,05. Resultados Notou-se que o OELa reduziu a amplitude positiva do 1° componente para 0,00 ± 0,00 N=5 (controle 5,87 ± 1,33 N=5) e do 2° componentes para 0,00 ± 0,00 N=8 (controle 2,29 ± 0,70 N=8). O Citral reduziu as amplitudes positivas do 1º componente para 0,00 ± 0,00 N=4 (controle 6,06 ± 0,63 N=4) e do 2° componente para 0,00 ± 0,00 N=4 (controle 2,34 ±

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0,64 N=4). Conclusão Os dados mostram que tanto o OELA quanto o Citral na concentração avaliada bloqueiam totalmente os picos das amplitudes positivas do PAC, com ação sobre as fibras sensitivas e motoras que compõe o nervo ciático. Permitiram inferir que o Citral por ser o constituinte majoritário do OELa é o responsável pela ação inibidora da excitabilidade neuronal.

Palavras-chaves: CIÁTICO, CITRAL, ELETROFISIOLOGIA, ISQUIÁTICO, Lippia

Resumo: 20.045

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DA LECTINA DA TESTA DE Punica granatum L. CONTRA BACTÉRIAS PATOGÊNICAS

Autores 1SILVA, P. M. D.

1, SOARES, F. G.

1, ARAÚJO, J. M.

1, COELHO, L. C. B. B.

1, PAIVA, P. M. G.

1

Bioquímica - UFPE, 2 Bioquímica - UFPE

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq e FACEPE

Resumo Introdução Lectinas são proteínas ou glicoproteínas que ligam carboidratos, sendo capazes de induzir a aglutinação de diferentes tipos de células ao interagirem com glicoconjugados presentes na superfície celular. Lectinas têm apresentado diversas atividades biológicas, incluindo atividade antibacteriana, que envolve a interação entre essas proteínas e os constituintes da parede celular das bactérias, podendo inibir (efeito bacteriostático) ou matar (efeito bactericida) as bactérias. A romãzeira ( Punica granatum L.) é uma espécie frutífera pertencente à família Lythraceae que é bastante utilizada pela medicina popular contra diversos tipos de infecções. A busca por novos agentes com atividade sobre bactérias de interesse médico tem crescido devido ao desenvolvimento de resistência aos antibióticos atualmente utilizados. Objetivos Avaliar o efeito antibacteriano da lectina da testa de P. granatum (PgTeL) contra as bactérias Aeromonas sp ., Enterococcus faecalis , Escherichia coli , Salmonella enteritidis e Staphylococcus saprophyticus . Código de Experimentação Animal Código de Experimentação Humana Métodos Sementes de romã foram passadas em peneira de plástico e a testa (90 mL) foi misturada a NaCl 0,15 M (10 mL). O extrato salino da testa foi tratado com sulfato de amônio (30% de saturação) e a fração sobrenadante 30% (FS30%) foi

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cromatografada em coluna de quitina equilibrada com NaCl 0,15 M. PgTeL foi eluída com ácido acético 1,0 M e dialisada contra água destilada e NaCl 0,15 M. PgteL foi avaliada quanto a dosagem protéica, atividade hemaglutinante (AH) e atividade antibacteriana contra as bactérias patogênicas, através da determinação da concentrações mínima inibitória (CMI) e bactericida (CMB). Resultados PgTeL(atividade hemaglutinante específica: 19.430; 3,5 mg de proteína; fator de purificação: 24,9) foi ativa contra as espécies de bactérias testadas, apresentando maior atividade bactericida contra E. coli , com valores de CMI e CMB de 0,27 µg/mL. Em relação as demais bactérias, PgTeL revelou valor de CMI de 0,27 µg/mL contra Aeromonas sp ., S. enteritidis e S. saprophyticus ; e 4,28 µg/mL contra E. faecalis . PgTeL foi bactericida contra as espécies testadas, revelando valores de CMB de 17,1 µg/mL contra Aeromonas sp . e 68,4 µg/mL contra E. faecalis , S. enteritidis e S. saprophyticus . Os valores de CMI de PgteL determinados para Aeromonas sp ., E. coli , E. faecalis , S. enteritidis e S. saprophyticus indicam potencial para uso como antibiótico, uma vez que são menores que aos valores considerados de relevância clinica (entre 64 e 100 µg/mL). Conclusão A lectina da testa de P. granatum (PgTeL) foi isolada por coluna de quitina em quantidades miligramas. A lectina em baixas concentrações foi agente bactericida, apresentando potencial uso como antimicrobiano contra espécies causadoras de infecções.

Palavras-chaves: antibióticos, Bactérias, infecção, Lectina, Punica granatum

Resumo: 20.046

ATIVIDADE DEPRESSORA DA EXCITABILIDADE NEURONAL PERIFÉRICA DO TERPINEN-4-OL É RELACIONADA COM SEU EFEITO INIBITÓRIO TANTO SOBRE CANAIS PARA SÓDIO COMO CANAIS PARA POTÁSSIO DEPENDENTES DE VOLTAGEM.

Autores 1VERAS, K. M.

1, SANTOS-NASCIMENTO, T.

1, MOREIRA-JÚNIOR, L.

1, LEAL-CARDOSO, J.

H. 1 Instituto Superior de Ciências Biomédicas - UECE

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FUNCAP

Resumo Introdução Terpinen-4-ol (4TERP) é um monoterpenóide com utilização comercial extensiva, com diversas atividades farmacológicas, incluindo efeito hipotensor e depressor neuronal que o possibilita como grande potencial terapêutico no tratamento da hipertensão e dor, respectivamente. Inibidores de canais para Na+ e K+ dependentes de voltagem são essenciais para modular a excitabilidade celular. Objetivos O presente estudo investigou o efeito do 4TERP sobre a excitabilidade neuronal por efeito inibitório das correntes de Na+ (INa) e K+ (IK) dependentes da voltagem no sistema nervoso sensorial somático.

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Código de Experimentação Animal CEUA/UECE nº 10339956-9/56 Código de Experimentação Humana Métodos Nós usamos preparação de neurônios intactos e dissociado dos gânglios da raiz dorsal (GRD) de ratos para registros “sharp-electrode” e “patch-clamp”, respectivamente. 4TERP e os demais reagentes foram obtidos da Sigma Chemical (St Louis, MO, EUA). Para a comparação de duas variáveis, foi utilizado o Teste T de Student seguido pelo Teste de Mann-Whitney Rank Sum. Foram considerados estatisticamente significantes os resultados quando p Resultados Na concentração de 6 mM o 4TERP bloqueou a geração do potencial de ação (PA) e despolarizou 10,13% (n=7) o potencial de repouso (controle foi -59,09 ± 2,27 mV; 4TERP foi -53,19 ± 2,28 mV) dos neurônios intactos do GRD. Na concentração de 1 mM houve uma diminuição na inclinação máxima ascendente e um aumento na duração do PA. Nos neurônios dissociados, 4TERP inibiu ~50% da INa total com a concentração da metade do efeito inibitório máximo (CI50) foi igual a 0,8 ± 0,3 mM and ~20% da corrente INa resistente a tetrodotoxina (CI50 foi 300 ± 300 μM). 4TERP inibiu também ~60% da corrente transiente de potássio sensível a 4-aminopiridina (Ia, CI50 foi 3,2 ± 0,0 mM), a corrente de potássio estacionária resistente ao tetraetilamônio (Id, CI50 foi 700 ± 100 μM) e ~85% da corrente estacionária sensível ao tetraetilamônio (Ik, CI50 foi 1,6 ± 0,7 mM). 4TERP provocou um deslocamento para a direita da curva ativação e não alterou a curva de inativação em todas as correntes testadas. Conclusão Em conclusão, demonstrou-se que 4TERP bloqueou a excitabilidade neuronal e seu efeito é devido à supressão das correntes de Na+ e K+ no qual é coerente com a sua atividade sobre a excitabilidade nervosa. A ação do 4TERP sobre as correntes iônicas do GRD torna-se bastante relevante para explicações dos efeitos depressores do 4TERP sobre a atividade muscular e nervosa relatados na literatura.

Palavras-chaves: TERPINEN-4-OL, CANAL PARA SÓDIO, CANAL PARA POTÁSSIO, EXCITABILIDADE

Resumo: 20.047

ÓLEO ESSENCIAL DA Alpinia zerumbet E SEUS CONSTITUÍNTES (TERPIENEN-4-OL E ALFA-TERPINENENO) INIBEM CORRENTES DE POTÁSSIO DEPENDENTES DE VOLTAGEM EM NEUROSSOMAS SOMATOSSENSORIAIS

Autores 1SANTOS-NASCIMENTO, T.

1, VERAS, K. M.

1, ALBUQUERQUE-NETO, P. M. D.

1, LEAL-

CARDOSO, J. H. 1 Instituto Superior de Ciências Biomédicas - UECE

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FUNCAP

Resumo

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Introdução O óleo essencial da Alpinia zerumbet (OEAz) e terpinen-4-ol (4TERP) possuem extensa utilização comercial, com diversas atividades farmacológicas, incluindo efeitos inibidores sobre os canais para cálcio dependente de voltagem e destacam-se como potencial uso terapêutico no tratamento da hipertensão e ansiedade. Os canais para K+ dependentes de voltagem são essenciais para manutenção do estado de repouso das células excitáveis. Em neurônios, a corrente transiente (decai com relação ao tempo) modula a resposta fásica/tônica e a corrente estacionária (invariável no decurso temporal) é responsável pela manutenção do potencial de repouso de membrana. Portanto, moduladores desses canais podem ser usados como estimulantes ou anestésicos. Objetivos O presente trabalho investigou se existe alguma relação entre o efeito sobre canais para potássio dependentes de voltagem do OEAz e seus contituíntes terpinen-4-ol (4TERP), alfa-terpineno (ATER) e alfa-pineno (APIN). Código de Experimentação Animal CEUA/UECE nº 10339956-9/56 Código de Experimentação Humana Métodos Nós usamos preparações de neurônios do gânglio da raiz dorsal (GRD) de ratos dissociados utilizando “patch-clamp” no modo “whole cell”. Os contituintes foram obtidos da Sigma Chemical (St Louis, MO, EUA) e o OEAz foi obtido por arraste a vapor. Para a comparação de duas variáveis, foi utilizado o Teste T de Student seguido pelo Teste de Mann-Whitney Rank Sum. Foram considerados estatisticamente significantes os resultados quando p Resultados A ação do OEAz inibiu de maneira dose-dependente a corrente total de K+ dependente de voltagem (IKtotal). Nas doses testadas (0,01 – 1 mg/ml) o OEAz não bloqueou completamente a IKtotal, o bloqueio máximo da corrente foi igual a 48%, com a concentração que tem metade do efeito inibitório máximo (CI50) igual a 0,4 mg/ml (n=6). 4TERP reduziu ~60% da IKtotal. Com medições feitas no pico (inicio do registro; transiente) e no estado estacionária (fim do registro) da corrente, as CI50 para a redução da IKtotal foram 5,8 ± 0,27 mM (n=8) e 0,7 ± 0,22 mM (n=8), respectivamente. Entretanto, 6mM de ATER diminuiu apenas a corrente no estado estacionário de K+ para 77,61 + 5,65 (n=6), enquanto a mesma concentração de APIN não possui efeito sobre IKtotal. Conclusão Os resultados sugerem que o efeito inibitório do OEAz sobre IKtotal está relacionado a presença do 4TERP na sua composição. Além disso, comparando o efeito inibitório da corrente transiente e estacionária com a estrutura dos terpenos testados parece estar associado ao grupo isopropil e hidroxila pertencentes na molécula do 4TERP e ATER, mas ausente no APIN. Além disso, o efeito depressor do 4TERP sobre a atividade muscular e nervosa relatado na literatura pode ser explicado pela inibição da corrente de potássio encontrado por esse trabalho.

Palavras-chaves: Alpinia zerumbet, TERPIENEN-4-OL, ALFA-TERPINENENO, Canal para Potássio, Excitabilidade

Resumo: 20.048

AVALIAÇÃO DE Clostridium EM MEL DE Apis mellifera PRODUZIDO NO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL

Autores 1SOUSA, B. F. S.

1, ALVES, L. M. C.

1, AGUIAR, N. N.

1, COSTA, M. C. P.

1 Departamento de

Química e Biologia - UEMA

Apoio Financeiro: CNPq/SEBRAE

Resumo Introdução Um indicador das condições higiênico sanitárias do mel é o Clostridium perfringens ou C. sulfito redutor, daí a importância das análises microbiológicas deste produto para detectar a possível presença desta bactéria tão amplamente distribuída no meio ambiente, podendo contaminar o mel por meio do néctar, pólen, cera, da própria abelha e das práticas do apicultor. A região da Pré-amazônia é a maior produtora de mel no Maranhão, responde por 600 toneladas de mel/ano. Objetivos Verificar a presença de Clostridium sulfito redutor em méis de Apis mellifera produzidos na região da Pré-Amazônia do Maranhão, visando oferecer qualidade e segurança aos consumidores de mel. Código de Experimentação Animal Código de Experimentação Humana Métodos Das 12 (doze) amostras avaliadas, 6 (seis) foram coletadas pelos pesquisadores entre 2011 e 2012, em apiários e 6 (seis) obtidas diretamente de apicultores da região. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Microbiologia de Alimentos e Água - UEMA e analisadas em triplicata. Para a contagem de C. sulfito redutor foram inoculadas 1 mL, de cada diluição decimal preparada, em placas de Petri contendo ágar Perfringens Selective (SPS). Após homogeneização e solidificação do meio, as placas foram incubadas em jarra de anaerobiose, em estufa bacteriológica a 37º C durante 24-48 horas. Posteriormente as colônias enegrecidas foram selecionadas e quantificadas (BRASIL, Ministério de Agricultura e do Abastecimento. Instrução Normativa SDA Nº 62, 26 ago. 2003). Resultados Foi identificada uma unidade formadora de colônia (UFC/g) em uma das amostras coletadas exclusivamente pelos apicultores. Observou-se no microscópio, mediante a técnica de coloração Gram, a presença de bastonetes Gram positivos, indicativo de C. sulfito redutor. A contagem não foi significativa, mas já demonstra contaminação deste produto por este indicador. Durante a extração, processamento e beneficiamento do mel, a falta de higiene dos manipuladores, dos equipamentos, e a contaminação cruzada podem tornar este alimento sem segurança alimentar (EUROPEAN COMMISSION. Health & Consumer Protection Directorate-General, Bruxelas, 2002. 40 p.). Conclusão A amostra de mel coletada pelos apicultores apresentou contaminação por C. sulfito redutor, o que reforça a importância das Boas Práticas de Fabricação (BPF) durante todas as etapas de produção, evitando assim a contaminação do produto e garantindo qualidade higiênico sanitária para a comercialização e consumo pela população.

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Palavras-chaves: Clostridium Sulfito Redutor, Mel, Apis mellifera, Maranhão

Resumo: 20.049

ANTIFUNGAL EFFECTS OF THE ESSENTIAL OIL FROM Coriandrum sativum L (CORIANDER) AND ITS MODE OF ACTION ON Candida krusei

Autores

1FREIRES, I. A.

2, FURLETTI, V. F.

2, FIGUEIRA, G. M.

2, DUARTE, M. C. T.

1, ROSALEN, P. L.

1

Ciências Fisiológicas, Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica - FOP/UNICAMP, 2

CPQBA - CPQBA/UNICAMP

Apoio Financeiro: FAPESP (Foundation for Research Support of the State of São Paulo) grants

(2011/15984-0, 2011/14757-0).

Resumo Introdução Introduction: Oral candidiasis is a common opportunistic fungal infection on the mucous membranes of the oral cavity. Even though Candida albicans is considered its main etiological agent, non- albicans species such as Candida krusei have also been found to play a critical role in the beginning and severity of the disease. Given the harmful side effects of synthetic antifungal drugs and increased resistance of pathogens, naturally-occurring products – particularly essential oils – are considered a feasible alternative to prevent or treat candidiasis in susceptible patients. Objetivos Objective: This study aimed to investigate the antifungal effects of the essential oil (EO) from Coriandrum sativum L (coriander) and its mode of action on Candida krusei (CBS 573). Código de Experimentação Animal Código de Experimentação Humana Métodos Material and Methods: The OE was obtained from the Germoplasm Bank of the Research Center for Chemistry, Biology and Agriculture, UNICAMP (voucher n. 644) and had its phytochemical profile determined by Gas Chromatography coupled to Mass Spectrometry (Shimadzu Co.). Then, the following tests were carried out: Minimum Inhibitory and Fungicidal Concentration (MIC/MFC) – CLSI/M27A protocol (2002); mode of antifungal action [sorbitol (cell wall biosynthesis) and ergosterol (cell membrane permeability) assays]; and Scanning Electron Microscopy (SEM) analysis of C. krusei biofilm treated with the EO at MIC, MFC, MICx10 and MICx20. Nystatin and amphotericin B were used as standard antifungals (positive control). Also, tests were controlled regarding EO vehicle [propylene glycol 25% (v/v)], yeast viability and sterility of the culture media. Tests were performed in triplicate of three independent experiments and data were subjected to descriptive statistics.

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Resultados Results: The OE phytochemical profile showed monoterpenes (37.9%) and sesquiterpenes (62.1%), whose major compounds were hydrocarbons: decanal (19.09%), trans-2-decenal (17.54%), 2-decen-1-ol (12.33%) and cyclodecane (12.15%). The MIC and MFC values for the EO, nystatin and amphotericin B (standard drugs) were, respectively, 15.6 and 31.25 µg/ml, 3.9 and 15.6 µg/ml, and 0.07 and 0.15 µg/ml. The EO vehicle did not affect yeasts viability. With regard to the mode of action, C. sativum EO may bind to membrane ergosterol, increasing ionic permeability and causing membrane damage to cell death, nevertheless it does not act on the cell wall biosynthesis. This mode of action confirms the changes in the integrity of the biofilm morphology as verified in the analysis by SEM from the concentration MICx10 (156 µg/ml). Conclusão Conclusions: It is concluded that the EO from C. sativum has strong antifungal activity against C. krusei , and its mode of action is related to increased cell membrane ionic permeability. Further trials are encouraged to detail the exact antifungal mechanisms by which the EO acts on this clinically relevant species in view of its use in the biomedical and dental fields.

Palavras-chaves: Candida krusei, Coriandrum sativum, Essential oils, Antifungal drugs

Resumo: 20.050

Efeitos eletrocardiográficos e antiarrítmicos do geraniol em coração de cobaia

Autores 1MENEZES FILHO, J. E. R.

1, SOUZA, A. A.

1, SANTOS, J. N. A.

1, CONDE-GARCIA, E. A.

1,

SOUSA, D. P. 1, VASCONCELOS, C. M. L. D.

1 Fisiologia - UFS

Apoio Financeiro: FAPITEC/SE, CAPES

Resumo Introdução O geraniol é um monoterpeno acíclico alcoólico usado em perfumes, cosméticos e cigarro encontrado em vários óleos essenciais bioativos tais como o óleo de Cymbopogon martinii (‘palmarosa’) que contém cerca de 70 a 90% de geraniol. Objetivos Neste estudo investigamos os efeitos eletrocardiográficos e antiarrítmicos do geraniol em coração isolado de cobaia. Código de Experimentação Animal CEPA 49/12 Código de Experimentação Humana Métodos Em coração montado em sistema de perfusão aórtica do tipo Langendorff (8 mL/min, 34oC) foram avaliados o intervalo PR

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(PRi), intervalo QT (QTi), duração do complexo QRS, frequência cardíaca (FC) e pressão ventricular esquerda (PVE). Em átrio esquerdo montado em cuba (8 mL, Tyrode, 95% O2 e 5% CO2, 29oC), estimulado eletricamente (1 Hz, 70 V, 1,5 ms),

foi estudado a ação antiarrítmica do geraniol em modelo de arritmia induzida pela ouabaína (1 M). O presente projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal (CEPA No 49/12) da Universidade Federal de Sergipe. Resultados Os resultados mostraram que geraniol (0,3 mM, n = 6) induziu bloqueio atrioventricular (BAV) de 1º caracterizado pelo aumento do PRi (84,4 ± 0,94 ms para 127,9 ± 0,43 ms, p Conclusão Esses achados mostram que as alterações eletrocardiográficas e antiarrítmicas promovidas pelo geraniol, em coração de cobaia, se devem provavelmente a inibição de canais iônicos sarcolemais tanto para cálcio quanto para potássio.

Palavras-chaves: Geraniol, Coração, Eletrocardiograma, Arritmia

Resumo: 20.051

Efeitos da administração de extrato hidroetanólico da própolis vermelha sobre a recuperação funcional de ratos submetidos à lesão do nervo ciático.

Autores 1BARBOSA, R. A.

1, NUNES, T. L. G. M.

1, CARDOSO, J. C.

1, NUNES, T. L. G. M.

1, GOMES, M.

Z. 1 Instituto de Tecnologia e Pesquisa - UNIT

Apoio Financeiro: FAPITEC-SERGIPE

Resumo Introdução As lesões nervosas periféricas se configuram hoje no Brasil como um problema de saúde pública em razão do alto índice de acidentes de trabalho e automobilísticos, que podem levar a incapacidades funcionais do indivíduo acometido. A própolis vermelha é um produto natural de origem apícola que apresenta atividade antioxidante e anti-inflamatória. Objetivos Avaliar a recuperação funcional após lesão do nervo ciático de ratos, testando diferentes doses do extrato hidroetanólico de própolis vermelha após lesão por esmagamento, com avaliação comportamental através da Escala de Basso, Beattie e Bresnaham (BBB). Código de Experimentação Animal 120612 Código de Experimentação Humana

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Métodos O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Tiradentes, sob parecer consubstanciado n°120612. Foram utilizados 12 ratos Wistar machos, de 3 meses de idade, com peso corporal de 250-400g e divididos em grupos de 3 animais cada: Controle veículo, lesão veículo, lesão EHPV 5mg/kg e lesão EHPV 10mg/kg. Foi realizada uma cirurgia para lesão do nervo ciático por esmagamento, após a qual foi administrado via gavagem os extratos e o veículo para os respectivos grupos durante 28 dias. Todos os animais foram submetidos à avaliação da Escala BBB nos dias 1, 7, 14, 21 e 28. Os dados foram analisados através do teste análise de variância de duas vias (ANOVA) com medidas repetitivas, seguidos do pós-teste de Tukey, sendo consideradas variáveis os fatores tratamento e tempo. Resultados As análises comportamentais realizadas 24 horas e sete dias após a cirurgia evidenciaram diminuição nos escores em todos os grupos submetidos à lesão em relação ao grupo controle (24 horas: controle = 7, lesão = 1 – 1,3; 7 dias: controle = 20; lesão = 2 – 2,3; P˂0,0001). Já aos 14 e 21 dias, os grupos lesionados tratados com EHPV (05 e 10mg/kg) apresentaram uma pontuação significativamente maior (14 dias: 3,6 e 9; 21 dias:13 e 17, respectivamente) que o grupo lesão veículo (14 dias: 2; 21 dias: 3,3) (P˂0,0001), sendo este efeito dose-dependente. Aos vinte e oito dias, ambos os grupos lesão EHPV mostraram resultados semelhantes ao grupo controle (controle: 21, lesão EHPV: 19 – 21, lesão veículo: 6, P˂0,0001). A recuperação funcional maior e em menor tempo nos animais tratados com EHPV (P˂0,0001), sendo o grupo EHPV 10mg/kg o que apresentou recuperação em menor tempo. Conclusão A recuperação funcional após lesão do nervo ciático por esmagamento se mostra mais eficaz com a administração do EHPV.

Palavras-chaves: Produtos Naturais, Própolis Vermelha, Sistema Nervoso Periférico

Resumo: 20.052

NEOVESTITOL ISOLADO DA PRÓPOLIS VERMELHA INIBE A ADESÃO DE LEUCÓCITOS NO ENDOTÉLIO VÊNULAR ATRAVÉS DA SUPRESSÃO DE ICAM-1

Autores

1FRANCHIN, M.

1, BUENO-SILVA, B.

1, DENNY, C.

2, NAPIMOGA, M. H.

3, CUNHA, T. M.

4,

ALENCAR, S. M. D. 5, IKEGAKI, M.

1, ROSALEN, P. L.

1 Ciências Fisiológicas - FOP/UNICAMP,

2

Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular - SLMANDIC, 3 Farmacologia - FMRP-USP,

4

Agroindústria, Alimentos e Nutrição - ESALQ-USP, 5 Alimentos e Medicamentos - UNIFAL-MG

Apoio Financeiro: FAPESP 2012/01365-0

Resumo Introdução Estudos iniciais com o composto neovestitol isolado da própolis vermelha (tipo 13), têm demonstrado uma potente atividade sobre a modulação da migração celular durante o processo inflamatório. No entanto, o seu mecanismo de ação não está elucidado.

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Objetivos O objetivo deste estudo foi o de avaliar a atividade do neovestitol sobre a modulação da migração de neutrófilos na resposta imune inata e adaptativa. Além disso, avaliar sua atividade no rolamento e adesão celular durante o processo inflamatório. Código de Experimentação Animal 2793-1 Código de Experimentação Humana Métodos As amostras de própolis vermelha foram obtidas na cidade de Marechal Deodoro, no estado de Alagoas, Brasil. O isolamento do neovestitol foi realizado através de um fracionamento bioguiado, composto pelas seguintes etapas: (1) obtenção do extrato etanólico da própolis vermelha (EEP); (2) fracionamento líquido-líquido; (3) subfracionamento em coluna seca; (4) subfracionamento em coluna Sephadex LH-20; (5) isolamento do neovestitol por cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa (CLAE-FR) semi-preparativa. Para os ensaios biológicos, foram utilizados camundongos C57BL/6/JUnib, machos, pesando 20-22 g, divididos em grupos de 5 animais (CEUA/UNICAMP/Processo nº 2793-1). A atividade do neovestitol (1, 3 ou 10 mg/kg, via subcutânea) foi avaliada através dos ensaios de migração de neutrófilos induzida por Lipopolissacarídeo de E. coli (LPS – resposta inata) ou albumina bovina sérica metilada (mBSA – resposta adaptativa), microscopia intravital, quantificação das quimiocinas CXCL1/KC e CXCL2/MIP-2 e avaliação da expressão de P-selectina e ICAM-1 por imunofluorescência. O veículo de dissolução do neovestitol foi utilizado como controle negativo. A análise estatística foi realizada utilizando ANOVA seguido do teste de Tukey (p < 0,05). Resultados Conforme os resultados, foi verificado que o neovestitol reduziu o influxo de neutrófilos na cavidade peritoneal induzido por LPS (61 e 77 % de redução para as doses de 3 e 10 mg/kg, respectivamente), ou mBSA (48 % para a dose de 10 mg/kg), comparado ao grupo controle negativo (p < 0,05). No ensaio de microscopia intravital, o neovestitol (10 mg/kg) não alterou o rolamento dos leucócitos nas células endoteliais (p > 0,05), entretanto, reduziu a adesão em 77 % (p < 0,05). Em relação à quantificação das quimiocinas CXCL1/KC e CXCL2/MIP-2, não houve alteração dos níveis (p > 0,05), após o tratamento com neovestitol (10 mg/kg). A administração de neovestitol (10 mg/kg) reduziu a expressão de ICAM-1 (p < 0,05), mas não alterou a expressão de P-selectina no endotélio vênular de camundongos (p > 0.05). Conclusão Portanto, com base nos resultados conclui-se que o neovestitol diminuiu a migração de neutrófilos na resposta imune inata e adaptativa. Foi verificado também que sua atividade está relacionada com a diminuição da adesão celular através da supressão das moléculas de adesão ICAM-1. Estes resultados sugerem que o neovestitol apresenta-se como um promissor agente anti-inflamatório de origem natural.

Palavras-chaves: própolis vermelha, Neovestitol, Inflamação, Neutrófilos, ICAM-1

Resumo: 20.053

ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DE FASES ORGÂNICAS DE Costus spicatus

Autores

3SANTOS, I.

3, LIMA, T.

3, SANTANA, M.

2, SANTOS, M.

2, QUINTANS, J.

1, SOUSA, D.

2,

QUINTANS, L. 1 Departamento de Ciências Farmacêuticas - UFPB,

2 Departamento de Fisiologia -

UFS, 3 Departamento de Farmácia - UFS

Apoio Financeiro: CNPq e CAPES

Resumo Introdução A espécie Costus spicatus Swartz, conhecida popularmente como “cana-de-macaco”, é utilizada pela população em quase todo o Brasil, principalmente na mata Atlântica e região Amazônica por suas propriedades diaforética, nefrítica e para picadas de insetos. Objetivos O objetivo deste trabalho foi investigar a atividade antinociceptiva das fases orgânicas de Costus spicatus. Código de Experimentação Animal CEPA 20/2010 - UFS Código de Experimentação Humana Métodos As folhas foram coletadas no município de São Cristovão, Estado de Sergipe, Brasil. O extrato metanólico bruto foi obtido por maceração. O particionamento deste extrato foi realizado com hexano, clorofórmio, acetato de etila e n-butanol. Foram utilizados camundongos Swiss (machos e adultos), com 2-3 meses, pesando em média 25-30 g, provenientes do Biotério da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O presente protocolo (Nº 20/2010) de uso de animais está de acordo com os princípios éticos na experimentação animal do Comitê de Ética em Pesquisa com Animais da UFS. Teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético a 0,85%: Camundongos (n=6) foram pré-tratados com veículo e com as doses de 50, 100 e 200 mg/kg das fases hexânica, clorofórmica, acetato de etila e n-butanólica por via oral ou morfina 3 mg/kg por via intraperitonial (i.p.). Após uma hora, os mesmos animais receberam o tratamento com uma solução de ácido acético a 0,85%, na proporção de 0,1 mL para cada 10 g de peso corporal (i.p.). Após 5 minutos da injeção do ácido, o número de contorções abdominais foi registrado durante o período de 15 minutos, para cada animal [1]. Teste da formalina na pata: Os animais receberam uma injeção de 20 μL de formalina a 1% na superfície plantar da pata posterior direita. O tempo que os animais despenderam lambendo ou mordendo a pata injetada durante os primeiros 5 min (primeira fase) e nos 15 min finais (segunda fase) foi registrado com o auxílio de um cronômetro e considerado como indicativo de nocicepção. Os grupos de animais receberam diferentes doses (50, 100 e 200 mg/kg), AAS 200 mg/kg ou veículo por via oral 60 min antes da indução da nocicepção [2]. Resultados Todas as frações orgânicas apresentaram atividade antinociceptiva frente ao teste das contorções abdominais. Na primeira fase do teste da formalina, a fração clorofórmica reduziu o tempo de resposta. Na segunda fase, as frações acetato de etila, clorofórmica e hexânica apresentaram efeito antinociceptivo. Conclusão Todas as fases orgânicas apresentam atividade antinociceptiva. A fase clorofórmica apresenta efeito antinociceptivo por vias centrais. As fases hexânica, clorofórmica e acetato de etila exercem efeito antinociceptivo, possivelmente mediado

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pela inibição de mediadores endógenos envolvidos na resposta nociceptiva.

Palavras-chaves: Costus, Atividade antinociceptiva, Analgesia