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INTRODUÇÃO: O presente P.P.R.A. de acordo com a realidade do estabelecimento e legislação vigente, visa abranger a estrutura e o desenvolvimento do P.P.R.A. unindo as informações colhidas, os levantamentos qualitativos e quantitativos, assim como as informações pertinentes para a correta implementação do P.C.M.S.O da NR-07. Na estrutura do P.P.R.A. sendo abrangido o planejamento anual com: Estabelecimento de metas, prioridades e cronogramas; Estratégias e metodologias de ação; Forma de registro, manutenção e divulgação de dados; Formas de avaliação do desenvolvimento. No desenvolvimento do P.P.R.A. serão abrangidos: A antecipação e recolhimento dos riscos; Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; Implantação de medidas de controle e avaliação da eficácia; Monitoramento da exposição aos riscos; Registro e divulgação de dados. Todos os trabalhadores interessados tiveram e terão o direito, a qualquer instante, de apresentar propostas e receber informações a fim de assegurar a proteção aos riscos identificados na execução do P.P.R.A. As quantificações de agentes contidas neste programa foram realizadas no mês de janeiro de 2013, devendo ser atualizado em janeiro de 2014.

Avaliação Dos Riscos Ambientais

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EXEMPLO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL

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Page 1: Avaliação Dos Riscos Ambientais

INTRODUÇÃO:O presente P.P.R.A. de acordo com a realidade do estabelecimento e legislação vigente, visa abranger a estrutura e o desenvolvimento do P.P.R.A. unindo as informações colhidas, os levantamentos qualitativos e quantitativos, assim como as informações pertinentes para a correta implementação do P.C.M.S.O da NR-07. Na estrutura do P.P.R.A. sendo abrangido o planejamento anual com: Estabelecimento de metas, prioridades e cronogramas; Estratégias e metodologias de ação; Forma de registro, manutenção e divulgação de dados; Formas de avaliação do desenvolvimento. No desenvolvimento do P.P.R.A. serão abrangidos: A antecipação e recolhimento dos riscos; Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; Implantação de medidas de controle e avaliação da eficácia; Monitoramento da exposição aos riscos; Registro e divulgação de dados. Todos os trabalhadores interessados tiveram e terão o direito, a qualquer instante, de apresentar propostas e receber informações a fim de assegurar a proteção aos riscos identificados na execução do P.P.R.A. As quantificações de agentes contidas neste programa foram realizadas no mês de janeiro de 2013, devendo ser atualizado em janeiro de 2014.

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3. DADOS DO EMPREENDEDORRazão Social Posto Placas LTDANome de Fantasia Posto PlacasLogradouro Avenida das AméricasNº. 1510Bairro Barro VermelhoMunicípio NatalUF RNCEP 7707-777Fone (84) 3232-9999N. CNPJ 20.375.708/0001-76N. Empregados 15Grau de risco Grau de Risco 03 (três).Código e descrição da atividade econômica principal

47.31-8-00 - Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores.

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4. OBJETIVOS E CAMPO DE APLICAÇÃO DA NR 09Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.

5. DAS RESPONSABILIDADES NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementaçãodo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (NR 9), por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação, e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo a sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. Essa NR se aplica a todas as empresas regidas pela CLT (micro, pequena, média e grande, seja dos setores industriais, comerciário ou de serviços, da área urbana ou rural), não importando o tipo de atividade, risco ou número de funcionários.

5.1. Do empregador (item 9.4.1)Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.

5.2. Dos trabalhadores (Item 9.4.2)Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, Possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.

OS BENEFÍCIOS NA INTEGRAÇÃO DO PPRA COM O PCMSO

Podem ser compreendidos ao se realizar uma análise global do ambiente de trabalho;

Abaixo segue a relação de alguns desses benefícios:

Garantia do bem-estar dos trabalhadores;

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Maior produtividade e qualidade em função da queda do número de acidentes;

Redução do número de processos trabalhistas de indenização;

Diminuição do absenteísmo e do afastamento por motivo de doença do trabalho;

Diminuição do custo de contratação e treinamento de novos funcionários;

Redução dos custos com monitoramento ambiental através da adoção de medidas de controle efetivo.

O fato de a empresa exibir um PPRA não significa que a mesma esteja cumprindo efetivamente com as suas responsabilidades no sentido de implantar um programa de higiene ocupacional. É necessário que se realize uma avaliação que envolva não apenas as atividades propostas no programa, como também a sua aplicação. Outros aspectos importantes são: nível de participação dos funcionários durante a sua elaboração e implementação, apoio da administração e a forma de divulgação dos resultados. A avaliação dos objetivos e cumprimento do PPRA não pode ser caracterizada apenas pela presença do documento ou verificação do cronograma, sob pena de se aprovar um programa sem informações que retratem a realidade do nível de exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais. Empresas que tem implementado sistema de gestão integrado de segurança, saúde e meio ambiente, devem incluir a auditoria do PPRA a fim de verificar a eficiência da implementação do programa de higiene ocupacional.

A utilização da auditoria irá beneficiar a empresa sob vários aspectos:

Na identificação de problemas internos e na sua correção, independente da fiscalização;

Na constatação do comprometimento da administração;

Em despertar os trabalhadores para a importância dos trabalhos de segurança, buscando uma maior participação;

Assegurando que a coordenação do PPRA encontra-se comprometida com a realização das atividades do programa;

Contribuir para a redução dos custos, uma vez que as atividades insalubres podem gerar desperdício, podendo ser eliminadas.

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6. DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS E ESPECIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES:FUNCIONÁRIOS CARGO

Adalberto Souza FrentistaFrancimario Correia Cruz FrentistaFrancisco Fonseca FrentistaGilberto Moreira FrentistaJoesley Cunha FrentistaJoão Batista Braga FrentistaJurandy Nascimento Lima FrentistaMarlon Silva Neto FrentistaNazareno Cordeiro FrentistaDaniel Fontelles de Castro FrentistaRogerio Melo da Conceição FrentistaStefany Magalhães de Oliveira FrentistaRosa Maria de Santana Servente de LimpezaRay Brito Vasconcelos, Gerente de PistaLucas Pereira de Araujo Gerente Administrativo

6.1. DEFINIÇÃO DA PROFISSIOGRAFIA RAZÃO SOCIALCARGOS FUNÇÕES

FrentistasTem como atividade efetuar o abastecimento de veículos leves e caminhões com álcool, gasolina e óleo diesel, e também checam os níveis de água e óleo dos veículos por ele estabelecidos.

Servente de Limpeza Realiza limpeza do local de trabalho utilizando produtos de limpeza caseiros.

Gerente AdministrativoCoordena as atividades do posto, nos setores administrativos e de abastecimento. Atua como líder dos trabalhadores, é também responsável por toda a rotina de atividades do empreendimento.

Gerente de PistaAtendimento de clientes em geral e serviços de abastecimento de veículos e supervisão dos frentistas.

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7. SUSTENTAÇÃO JURÍDICA DO PPRAA nona Norma Regulamentadora do Trabalho Urbano, (NR 09), possui a sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária, através dos artigos 176 a 178 da CLT, abaixo transcritos:Art. 176 – Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com o serviço realizado.

Parágrafo único – A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não preencha as condições de conforto térmico.Art. 177 – Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis em virtude instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de VESTIMENTA ADEQUADA para o trabalho em tais condições, ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e recursos similares, de forma que os empregados fiquem protegidos contra as radiações térmicas.

Art., 178 – As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.

COMENTÁRIOSO Art. 2º da CLT considera empregador as empresas, individuais ou coletivas, Que assumindo os riscos da atividade econômica, admitem, pagam salários e dirige a prestação de serviços. Equipara-se ao empregador para efeitos legais: profissionais liberais, instituições beneficentes, associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos que admitem trabalhadores como empregados. Esta NR se aplica a todas as empresas regidas pela CLT (micro, pequena, média e grande, seja de qualquer setor, da área urbana ou rural), não importando o tipo de atividade, riscos ou número de funcionários. O PPRA deve ser elaborado, tanto para um escritório de contabilidade com 40 funcionários, quanto para um posto de gasolina com 4 funcionários.

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8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUALEPI são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador que utiliza os Produtos Fitossanitários, reduzindo os riscos de intoxicações decorrentes da exposição.

As vias de exposição são:

A função básica dos EPIÉ proteger o organismo de exposições ao produto tóxico, minimizando o risco. Intoxicação durante o manuseio ou a aplicação de produtos fitossanitários é considerado acidente de trabalho. O uso do EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de suas Normas Regulamentadoras. O não cumprimento poderá acarretar ações de responsabilidade cível e penal, além de multas aos infratores.

8.1. RiscoO risco de intoxicação é definido como a probabilidade estatística de uma substância química causar efeito tóxico. O Risco é uma função da toxicidade do produto e da exposição. A toxicidade é a capacidade potencial de uma substância causar efeito adverso à saúde. Em tese, todas as substâncias são tóxicas e a toxicidade depende basicamente da dose e da sensibilidade do organismo exposto (quanto mais tóxico o produto, menor é a dose necessária para causar efeitos adversos). Sabendo-se que não é possível ao usuário alterar a toxicidade do produto, a única maneira concreta de reduzir o risco é através da diminuição da exposição. Para reduzir a exposição, o trabalhador deve manusear os produtos com cuidado, usar equipamentos de aplicação bem calibrados e em bom estado de conservação, vestir os EPI adequados entre outras medidas preventivas.

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8.2. Das obrigações8.2.1. Do empregador (Item 6.6)

Adquirir o EPI adequado ao risco e a atividade; Exigir o seu uso; (OBS. Nesse caso, o empregador deverá criar um documento – termo de

responsabilidade - para que o empregado assine no ato do recebimento do EPI, e durante as reposições necessárias no período em que permanecer na empresa. Esse documento, cujo modelo acompanha o presente trabalho, deverá conter, no mínimo: Nome do empregado, data de admissão, registro, discriminação do EPI entregue-modelo, marca, certificado de aprovação, entre outras informações).

Fornecer ao trabalhador somente o EPI que possua a aprovação do órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, no caso, CERTIFICADODE APROVAÇÃO;

Convém informar que a compra e o fornecimento de EPI sem CA ao trabalhador podem trazer sérias consequências jurídicas ao empregador.

No caso de qualquer empresa que tenha conhecimento de comercialização de EPI sem CA, esta deve comunicar o fato ao MTE, citando o comerciante.

Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado guarda e conservação; (OBS. Nesse caso o legislador se refere ao fato de que o treinamento do trabalhador quanto ao uso do EPI deve ser realizado no ato de entrega ou em situações a serem definidas pelo empregador, e neste caso, o treinamento deverá ser registrado em formulário específico).

Substituir imediatamente, quando extraviado ou danificado; No caso de EPI destinado à proteção respiratória (EPR), segundo o Artigo 3.º da Instrução

Normativa n.º 01/94, somente poderão ser comercializados EPI‟S que estejam acompanhados de instruções impressas, contendo, no mínimo, as seguintes informações: finalidade, proteção oferecida, restrições, vida útil, orientações adicionais (guarda conservação e higienização).

Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e (OBS.: Nesse caso o empregador deve garantir meios para que ocorra com frequência a

higienização dos EPI). Comunicar ao MTE, qualquer irregularidade observada. Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema

eletrônico.

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8.2.2. Dos trabalhadores (item 6.7) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

Responsabilizar-se pela guarda e conservação;

Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;

Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

EPI’S INDICAÇÕESCaracterísticas: altamente resistente a produtos químicos, principalmente ácidos, cáusticos e solventes. Alta resistência mecânica a rasgo, perfuração, corte e abrasão.

Indicações: Trabalhos com abastecimento, lubrificação, lavagem de veículos, outras atividades com manuseio de produtos químicos e serviços de limpeza do ambiente de trabalho.

Características: resistente a produtos químicos e protege os pés contra lesões oriundas de quedas de materiais pesados e tropeções.

Indicações: Trabalhos com abastecimento, motoristas e funcionários do setor administrativo.

Características: Bota de segurança, tipo impermeável, de uso profissional, utilizadas para proteção dos pés em locais úmidos, lamacentos, encharcados, concentragem, ambientes que proporcionem contato com sangue, com derivados de petróleo, óleos, produtos químicos, ácidos e solventes. Devem ser calçadas sobre meias de algodão de cano longo, para evitar atrito com os pés, tornozelos e canelas.

Indicações: Indicada para trabalhos com umidade ou que ocorra o uso de água, como lavagem de veículos, troca de óleo e serviços de limpeza do ambiente de trabalho.

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MÁSCARA COM FILTRO CONTRA VAPORES ORGÂNICOS

Características: usada para a absorção de vapores ácidos e orgânicos, provenientes de solventes de limpeza, produtos químicos e combustíveis, de tintas e adesivos que contaminam o ambiente de trabalho. Ergonômica, não incomoda nem prejudica a visão do usuário.

Indicações: indicada para frentistas e outros profissionais quando suas atividades forem realizadas próximas às bombas de abastecimento.

AVENTAL IMPERMEÁVEL

Características: ideal na proteção de usuários em trabalhos que envolvam líquido em geral, químico, detergente, sucos, água, sangue, orgânicos, etc.

Indicações: para profissionais que trabalham com troca de óleo, lubrificação, lavagem de veículos e limpeza do ambiente de trabalho.

ÓCULOS DE SEGURANÇA

Características: atende o usuário contra impactos de partículas volantes multidirecionais e gotículas de líquidos químicos, as lentes com o visor cinza e verde, são indicadas para proteção contra luminosidade intensa.

Indicações: frentistas, lubrificador, vigia diurno.Além dos EPI‟s acima descritos, temos vários outros, como:

Capacete de segurança: feito de material resistente para proteger a cabeça do trabalhador contra lesões causadas por queda de objetos, choque contra objetos suspensos e choques elétricos.

Protetor Auricular: (plug e concha): sua função é proteger o sistema auditivo do trabalhador contra níveis de pressão sonora superior aos níveis determinados nos anexos 1 e 2 da NR-15.

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FICHA DE ENTREGA DOS EPI’S

(MODELO - FRENTE)

TERMO DE RESPONSABILIDADE PELA GUARDA E USO DE EQUIPAMENTODE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - E.P.I. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREGADONome:_______________________________________Cargo:_______________________________________Data de Admissão: _____________________________

Recebi da empresa RAZÃO SOCIAL, a título de empréstimo, para meu uso exclusivo e obrigatório nas dependências da empresa, conforme determinado na NR-6 da Portaria 3.214/78, os equipamentos especificados neste termo de responsabilidade, comprometendo-me a mantê-los em perfeito estado de conservação, ficando ciente de que:1 - Recebi treinamento quanto à necessidade na utilização dos referidos EPI‟s, a maneira correta de usá-los, guardá-los e higienizá-los, bem como da minha responsabilidade quanto a seu uso conforme determinado na NR-1 da Portaria 3.214/78.2- Se o equipamento for danificado ou inutilizado por emprego inadequado, mau uso, negligência ou extravio, a empresa me fornecerá novo equipamento e cobrará o valor deum equipamento da mesma marca ou equivalente ao da praça (parágrafo único do artigo 462 da CLT).3- Fico proibido de dar ou emprestar o equipamento que estiver sob minha responsabilidade, só podendo fazê-lo se receber ordem por escrito da pessoa autorizada para tal fim.4- Em caso de dano, inutilização ou extravio do equipamento deverei comunicar imediatamente ao setor competente.5- Terminando os serviços ou no caso de rescisão do contrato de trabalho, devolverei o equipamento completo e em perfeito estado de conservação, considerando-se o tempo do uso do mesmo, ao setor competente.6- Estando os equipamentos em minha posse, estarei sujeito a inspeções sem prévio aviso.7- Fico ciente de que não utilizando o equipamento de proteção individual em serviço estarei sujeito às sanções disciplinares cabíveis que irão desde simples advertências até a dispensa por justa causa nos termos do Art. 482 da C.L.T. combinado com a NR-1 e NR-6 da Portaria 3.214/78.

Natal, ______ de ___________de 2013.

Ciente: _______________________________________ (COLOCAR AQUI O NOME DO FUNCIONÁRIO)8.3. Ficha de entrega dos epi’s

Segue modelo de Ficha para controle de Entrega de EPI‟s. A mesma deve ser preenchida corretamente com os dados dos empregados, os dados do EPI a ser entregue e assinada pelo mesmo sempre que houver a troca dos equipamentos.

Page 12: Avaliação Dos Riscos Ambientais

FICHA DE ENTREGA DOS EPI’STERMO DE RESPONSABILIDADE PELA GUARDA E USO DE

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - E.P.I.(MODELO - VERSO)

E.P.I. RECEBIDOMOVIMENTO DATA

ASSINATURA DO

FUNCIONÁRIO

ASSINATURA DO TECNICO EM SEGURANÇAMarca Modelo

Entrega

Entrega

Entrega

Entrega

Entrega

Entrega

Entrega

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9. OBJETIVOS E CAMPO DE APLICAÇÃO DO P.P.R.A NO POSTO PALCASObjetivos:

Estabelecer medidas de controle, atenuação ou eliminação dos agentes causadores de riscos ambientais, de forma a mantê-los abaixo dos limites de tolerância, objetivando a preservação da saúde e da integridade física e mental do coletivo dos trabalhadores, bem como a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Esse Programa, conforme anteriormente mencionado, se aplica a todas as empresas regidas pela CLT (micro, pequena, média e grande, seja dos setores industriais, comerciário ou de serviços, da área urbana ou rural), não importando o tipo de atividade, risco ou número de trabalhadores.

Reiterando, é preciso considerar que o PPRA deve possuir estreita relação com o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, previsto na NR 07, o que pressupõe um trabalho conjunto por parte do Engenheiro de Segurança e o Médico do Trabalho).

Estrutura:A seguir, tem-se a descrição da estrutura de funcionamento do PPRA para o estabelecimento em estudo, para os próximos doze meses, que consistirá na prática de um programa de higiene ocupacional, ou mais precisamente, da execução das etapas de reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais. Na fase caracterizada como ANTECIPAÇÃO, deverá ser estudada qualquer modificação que venha ocorrer nas instalações, ou nos processos de trabalho, a fim de determinar a existência de riscos potenciais, incluindo as medidas de controle para redução ou eliminação dos mesmos.

9.1. Desenvolvimento do PPRA9.1.1. Etapas do PPRA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:a) antecipação e reconhecimento dos riscos;b) estabelecimento de prioridade e metas de avaliação e controle;c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;e) monitoramento da exposição aos riscos;f) registro e divulgação dos dados.

A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.

9.2. Planejamento anual, metas, prioridades e cronogramas.Será fornecido à empresa, um cronograma de ações que deverão ser desenvolvidas durante o ano, a nível preventivo ou de controle de situações preexistentes. Este cronograma indicará o prazo para o desenvolvimento das etapas e o cumprimento das metas do PPRA.

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9.2.1. Cronograma de atividades referente ao período de vigência do PPRA.AÇÕES DO PROGRAMA

Nov/13 Dez/13 Jan/14 Fev/14 Mar/14 Abr/14 Jun/14 Jul/14 Ago/14

Set/14 Out/14

Deliberação do PPRA com a diretoria

X

Implantação de Medidas de Controle

X X X X X X X X X X X

Treinamento dos Frentistas–Perigos no abastecimento.

X

Treinamento dos funcionários em NR 17 – Ergonomia

X

Adequar ambiente de trabalho conforme a NR 17 Ergonomia

X X

Manutenção dos sistemas elétricos, bombas e tanques, com laudo e nota fiscal.

X

Treinamento dos funcionários em NR 06 – EPI’s

X X X X X X X X X X X

Fazer entrega/troca de EPI coletando a assinatura dos funcionários na ficha de EPI

X

Treinamento dos funcionários em NR 23 – Combate a incêndio

X X

Palestra sobre Acidente de TrabalhoImplantação do PCMSO, conforme disposto na NR 07.

X X X X X X X X X X X

Inspeção nas Unidades extintoras/Realização de recargas e testes.

X

Testes de estanqueidade p/ tanques com mais de cinco anos de uso (laudo do responsável)

X

Atualização do X

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PPRA em 10/2013.

9.5. ESTRATÉGIA E METODOLOGIA DE AÇÃOESTRATÉGIA

Eliminar, reduzir ou controlar os riscos ambientais, tendo em vista os dados e outras informações obtidas através de avaliação QUANTITATIVA do risco físico RUÍDO, e do risco químico VAPORES DE COMBUSTÍVEIS e discutir com a diretoria/gerência os resultados das medições.

METODOLOGIAS DE AÇÃO. ANTECIPAÇÃOSerão efetuadas inspeções rotineiras do ambiente de trabalho, e paralelamente serão avaliados métodos ou processos de trabalhos, com a possibilidade de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para a sua redução ou eliminação.

RECONHECIMENTO.Será executado um reconhecimento dos riscos ambientais, através de visita aos locais de trabalho, entrevistas com funcionários, e outros dados obtidos, quando das inspeções de rotina a serem realizadas nos setores de trabalho da empresa. Nessa etapa, será estabelecida a priorização dos agentes em função do potencial de risco de cada um, após a identificação dos mesmos, e localização das fontes geradoras.

PRIORIDADES E METAS DE AVALIAÇÃO E CONTROLE.Serão estabelecidas prioridades e metas de avaliação de controle baseadas nos fatores de risco observados na etapa anterior relativa à “Reconhecimento” pela gerência, que contará com o auxílio técnico do Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho, contratado para dar suporte às atividades de prevenção a serem implementadas nessa segunda fase, e que constarão, basicamente, das seguintes medidas:

Educação sanitária e de manutenção da saúde: Promover ações de conscientização sobre higiene pessoal, manutenção da saúde, especialmente quanto à prevenção de doenças contagiosas e epidêmicas, e sobre o mal que podem causar o álcool e o cigarro, principalmente no ambiente de trabalho;

Ampliar/modernizar medidas de proteção individual e coletivas. Implementar medidas preventivas com base no levantamento ambiental. Reduzir os riscos de erros e acidentes no trabalho. Implementar medidas ergonômicas em todo os postos de trabalho. Proceder à conscientização dos empregados quanto ao aspecto preventivo.

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9.3. AVALIAÇÃO DOS RISCOS E DA EXPOSIÇÃO DOS TRABALHADORESA avaliação consiste na quantificação da exposição dos riscos identificados na fase de antecipação e reconhecimento. Serão efetuadas avaliações dos riscos sempre que necessário, a fim de dimensionar a exposição dos trabalhadores, e ainda subsidiar o equacionamento das medidas de controle, ou comprovar o controle da exposição ou a inexistência de riscos ambientais.

EXISTEM DOIS TIPOS DE AVALIAÇÃO:

A Avaliação Quantitativa, que é aquela realizada a partir de um levantamento ambiental com registros de dados medidos com equipamentos específicos;

Avaliação Qualitativa, visto que nem todos os agentes ambientais podem ser avaliados quantitativamente, existe a avaliação qualitativa, onde a insalubridade é caracterizada a partir de ação pericial com a inspeção do ambiente de trabalho.

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9.4. MEDIDAS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE SUA EFICÁCIASerão implantadas medidas de controle e avaliação de sua eficácia, visando eliminar, minimizar ou controlar os riscos ambientais quando se verificar riscos evidentes ou potenciais à saúde do trabalhador, ou quando os resultados das avaliações quantitativas das exposições dos trabalhadores excederem os limites previstos na NR 15.

SERÃO INSTITUÍDAS MEDIDAS DE CONTROLE AMBIENTAL, VISANDO A ELIMINAÇÃO OU O CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS, SEMPRE QUE FOREM VERIFICADAS UMA OU MAIS DAS SEGUINTES SITUAÇÕES:

Identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;

Constatação, na fase de reconhecimento, de riscos evidentes à saúde;

Quando os resultados das avaliações QUANTITATIVAS, (quando couber), excederem os valores dos limites previstos na NR 15 ou, na ausência destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva do trabalho, desde que mais rigorosos que os critérios técnicos estabelecidos;

Quando através do controle médico de saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre os danos observados na saúde do trabalhador e a situação do trabalho a que este fica exposto;

O programa de fornecimento de equipamentos de proteção individual é de fundamental importância à execução das etapas de prevenção, além de se tratar de uma Norma Regulamentadora (NR 06).De acordo a legislação estabelecida para os equipamentos de proteção individual, deve-se sempre lembrar que a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco em perfeito estado, com certificado de aprovação do fabricante, C.A, nas seguintes circunstâncias:

Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis, ou não oferecem completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e/ou doenças profissionais;

Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;

Para atender as situações de emergência

Quando da adoção dos epi‟s, devem ser seguidas todas as recomendações mencionadas na NR-6, além de sua eficácia e conforto, quando utilizados para atenuação de riscos ambientais.

Algumas das recomendações devem ser destacadas, uma vez que tratam de direitos e obrigações por parte do empregador e dos empregados. A seguir, destacamos algumas:

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9.5. MONITORAMENTO DA EXPOSIÇÃO AOS RISCOSSerão monitoradas as exposições aos riscos, através de uma avaliação sistemática e repetitiva a um determinado risco, visando à introdução ou modificação de medidas de controle, sempre que necessário.

Na realidade, o monitoramento consiste numa avaliação quantitativa, sistemática e repetitiva de um determinado risco, incluindo muitas vezes um estudo estatístico dos dados, tendo como finalidade a implementação de medidas corretivas, quando necessário. Os dados quantitativos obtidos a partir do levantamento ambiental realizado servirão de informação, importante para que o médico coordenador do PCMSO especifique os exames a serem realizados nos trabalhadores.

Nesse aspecto, não se deve deixar de considerar que a implementação desse documento serve de base para a realização do PCMSO – Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional, previsto na NR 07. Cada vez mais vem se registrando um trabalho de integração entre os profissionais do SESMT, envolvendo a Segurança e a Medicina do Trabalho.

9.6. REGISTRO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS.O PPRA, suas alterações e complementações serão apresentados e discutidos no âmbito do empregador e dos funcionários, em caráter de reunião, sendo sua cópia anexada a livro de atas específico a deliberações de Segurança e Medicina do Trabalho.

O empregador se responsabilizará pela manutenção de um registro de dados estruturado, de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do PPRA, devendo esses registros ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos, com o documento-base e as referidas alterações e complementações, disponíveis de modo a proporcionar o imediato acesso às autoridades competentes. Trata-se de uma medida de caráter administrativo ou de organização. Entretanto, fundamenta-se em norma legal, já que este é o prazo para prescrições das ações pessoais conforme estabelece o Código Civil Brasileiro em seu Art. 177.

Os dados em questão referem-se a todas as iniciativas relativas ao histórico técnico e administrativo do PPRA, todos os documentos, em nível de laudos, monitoramento, registro de treinamento, entre outros, sem perder de vista a importância em se registrar os dados relativos ao histórico “Profissiográfico” de cada trabalhador, antes e depois da implementação das medidas preventivas estabelecidas no PPRA.

O Posto XX providenciará para seus funcionários, no início da implementação das medidas contidas nesse documento, uma exposição, a ser realizada pelo autor desse documento, a fim de exemplificar com casos reais, a importância em se cumprir com as metas de segurança e higiene ocupacional em um estabelecimento de trabalho.

A referida exposição contará com mostras de vídeos envolvendo acidentes de trabalho com combustíveis líquidos, devido a condições de imperícia no manuseio com essas substâncias, e outras situações de risco decorrentes de procedimentos (atos) inseguros, e seus reflexos, a nível de acidentes

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de trabalho de consequências no âmbito humano e patrimonial.

Na próxima tabela, encontram-se apresentados os riscos e sua correspondente padronização através de cores, em conformidade com a Lei n.º 6.514 de 22/12/1997, e Portaria 3.214 de 08/06/1978, que aprova as Normas Regulamentares de Segurança e Medicina do Trabalho.

OBS. Com esse quadro, a empresa pode elaborar o seu mapa de riscos sobre o layout da empresa, indicando através de cada círculo:

O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na tabela a seguir;O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo;

A especificação do agente (por exemplo: QUÍMICO – Sílica, benzeno, hexano, sílica cristalina, ou ERGONÔMICO – repetitividade, ritmo excessivo), que também se deve anotar dentro do círculo;

A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve se representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos.

OBS: É preciso esclarecer que a obrigatoriedade de elaborar e afixar o mapa de riscos ambientais diz respeito somente àquelas empresas obrigadas a manter a CIPA, mesmo que essa seja inoperante e não tenha condições técnicas de elaborar o mapa de riscos.

10. RISCOS AMBIENTAIS.São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes/mecânicos que possam trazer ou ocasionar danos à saúde do trabalhador nos ambientes de trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição ao agente.

Riscos físicosVibração: produzida por máquinas e equipamentos específicos, com o passar do tempo e sem a devida proteção, o trabalhador poderá sofrer danos nas articulações, dores na coluna, disfunção renal e circulatória.

Radiação: a ultravioleta, provocada por soldas elétricas, por exemplo, pode ocasionar lesões oculares e queimaduras. As ionizantes, advindas de materiais radioativos, podem provocar anemias, leucemia e até outros tipos de câncer.

Ruído: em níveis excessivos, os ruídos advindos no local de trabalho, ao longo do tempo podem provocar alterações auditivas, que vão desde a perda parcial até a surdez total.

Temperaturas Extremas:Calor: Os trabalhadores expostos a atividades de fundição, siderurgia, indústrias de vidro a céu aberto e outras, são os mais propensos a problemas como insolação, intermação, câimbras e, em alguns casos, problemas com o cristalino do globo ocular, mais conhecidos como catarata.

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Frio: Os casos mais comuns de doenças que se destacam pela ação do frio são as queimaduras pelo frio, gripes, inflamações das amígdalas e da laringe, resfriados, algumas alergias, congelamento nos pés e mãos e problemas circulatórios.

Umidade: As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, poderão ser capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, como frieiras e micoses, dentre outras.

Riscos biológicosSão microrganismos – fungos, vírus, bactérias, parasitas, bacilos, protozoários - Esses agentes biológicos são visíveis apenas ao microscópio, sendo capazes de produzir doenças, deterioração de alimentos, mau cheiro, etc.... Apresentam muita facilidade de reprodução, além de contarem com diversos processos de transmissão.

Os casos mais comuns de manifestação são:Nos ferimentos e machucaduras podem provocar infecção por tétano;

Hepatite, tuberculose, micoses da pele, etc. que pode ser levados por funcionários contaminados para o ambiente de trabalho;

Diarreias causadas pela falta de asseio e higiene em ambiente de alimentação;

Riscos ergonômicosA Organização Internacional do Trabalho define ergonomia como a “aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e seu trabalho e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho”.

São exemplos de agentes ergonômicos: sono, fadiga, posição do corpo na execução das tarefas, monotonia, ritmo e jornada de trabalho, tarefas repetitivas, móveis e ferramentas inadequados, entre outros.

Riscos Químicos:Os agentes químicos que podem causar doenças profissionais são encontrados nas formas gasosa, líquida e sólida e, quando absorvidos pelo nosso organismo, produzem, na grande maioria dos casos, reações chamadas de venenosas ou tóxicas.Há três vias básicas de penetração dos tóxicos no corpo humano:

Respiratória;

Cutânea;

Digestiva.

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Um agente químico ao ser absorvido, tanto pelas vias respiratórias, cutâneas ou digestivas, pode depositar-se em qualquer órgão do corpo humano. Alguns metais como o cobre e o mercúrio, podem fixar-se nos rins, criando uma insuficiência renal.

Outro caso é o monóxido de carbono, que afeta as células do coração. Nas intoxicações por chumbo, monóxido de carbono, arsênico e tálio, ocorrem problemas neurológicos.

Riscos de Acidentes:São ferramentas, máquinas, equipamentos e instalações defeituosas, capazes de causar lesões nos trabalhadores, como cortes, fraturas escoriações, queimaduras, etc.

É importante destacar que nem todos os produtos ou agentes aqui comentados e presentes no ambiente de trabalho irão causar, obrigatória e imediatamente prejuízos à saúde. Para que haja danos à saúde é necessário que se tenha a combinação de fatores como: tempo de exposição; predisposição individual e concentração do agente de risco.

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10.1. Classificação dos grupos de riscos ocupacionais principais por coresGrupo IVERDE

Grupo II VERMELHO

Grupo III MARROM

Grupo IVAMARELO

Grupo VAZUL

Físicos Químico Biológico Ergonômico Mecânicos

Ruído;

Vibração;

Radiação;

Frio;

Calor;

Pressões anormais;

Umidade

Pó;

Fumos;

Névoas;

Gases;

Vapores;

Produtos químicos em

geral.

Vírus;

Bactérias;

Protozoários;

Insetos;

Fungos;

Parasitas;

Bacilos.

Esforço físico;

Levantamento de peso;

Postura inadequada;

Ritmos intensos;

Jornadas de trabalho

excessivas;

Monotonia;

Repetitividade;

Situações estressantes.

Arranjo físico deficiente;

Máquinas e Equipamentos sem proteção;

Ferramentas inadequadas ou

defeituosas;

Eletricidade;

Perigo de incêndio ou explosão;

Armazenagem inadequada.

Page 23: Avaliação Dos Riscos Ambientais

10.2. Riscos e desconfortoPara efeito deste PPRA, há que se fazer distinção entre desconforto e risco ambiental. Imagine-se um escritório administrativo, onde o nível de pressão sonora é de 65 dB (A), de acordo com a norma NBR 10.152, este ambiente apresenta conforto acústico. Uma fonte sonora que eleve esse nível de pressão sonora a 78 dB (A), trará desconforto acústico a seus ocupantes, mas não causará danos a seus aparelhos auditivos. No entanto, se a mesma fonte elevar o nível de pressão sonora acima de 85 dB (A), seus ocupantes poderão sofrer danos auditivos, caso fiquem expostos a esse nível de ruído por mais de 8 horas consecutivas, segundo a legislação vigente.

De modo geral, as situações de desconforto são imediatamente percebidas através dos nossos sentidos (visão, audição, olfato, tato, paladar). Os eventuais danos à nossa saúde (resfriados, reações alérgicas, conjuntivites, náuseas, etc.), provocados pelas situações de desconforto são reversíveis.

Já as situações que nos oferecem risco, nem sempre são detectadas de imediato, pois, normalmente, só são danosas devido aos seus efeitos cumulativos em nossos organismos.

As manifestações desses efeitos cumulativos, muitas vezes, só são sensíveis quando já não é mais possível reverter os danos causados à nossa saúde.

Portanto, as situações que causam desconforto não são objetos do PPRA, uma vez que não expõem os trabalhadores a riscos ambientais passíveis de lhes causar danos permanentes à saúde, como se pode constatar no relatório de execução de dosimetria.

10.3. Limites de tolerância.Denominam-se Limites de Tolerância às concentrações máximas de agentes químicos sou intensidades de agentes físicos, porventura presentes no ambiente de trabalho, sob as quais o trabalhador pode ficar exposto durante a sua vida laboral, sem causar danos à sua saúde.

Pesquisadores e cientistas, em constante estudo do histórico e da evolução das diversas doenças profissionais, apoiados em pesquisas científicas e testes laboratoriais, elaboram tabelas onde são registrados os limites da tolerância para diversos agentes de riscos.

Essas tabelas são revisadas periodicamente. No Brasil, temos o tabelamento dos limites de tolerância nas:

Normas e Procedimentos de Avaliação de Riscos Ambientais - Fundacentro Portaria 3.214/78 - NR-15

Na hipótese de ser preciso algum índice que ali não se apresente, são utilizados os das tabelas do manual da ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Higyenists): "Threshold Limit Values for Chemical Substances and Phisical Agents and Biological Exposure Índices".

10.3.2. Nível de ação.Para que a saúde de todos os trabalhadores seja preservada, sempre que as concentrações ou as intensidades dos agentes de risco atingir valores iguais ou superiores a 50% daqueles estabelecidos como Limites de Tolerância é configurado o nível de ação, conforme o item 9.3.6 da NR-09. O limite de

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tolerância não é uma fronteira absoluta entre a saúde e a doença, uma vez que cada ser humano tem uma suscetibilidade individual para cada tipo de risco ambiental. Os limites de tolerância tabelados são obtidos através de inferências estatísticas, calculadas a partir de uma amostragem significativa de uma população normal.

10.3.3. Tempo real de exposição.O tempo real de exposição será determinado considerando-se a análise da tarefa desenvolvida pelo trabalhador. Essa análise deve incluir estudos, tais como:

* Tipos de serviço;

* Movimento do trabalhador ao efetuar o serviço;

* Períodos de trabalho e descanso, considerando todas as suas possíveis variações durante a jornada de trabalho.

Pelo fato da empresa não possuir um programa de prevenção de acidentes de trabalho, durante o reconhecimento foram incluídos os riscos ergonômicos.

Podemos concluir, então, que a higiene do trabalho é uma ciência multidisciplinar, que tem por objetivo fundamental a preservação da saúde do trabalhador, o patrimônio mais importante de toda nação.

11. FORMA DE REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS.Serão anexadas à pasta que contém os documentos do PPRA, todas as suas alterações e complementações que se fizerem necessárias, assim como as medições e avaliações suplementares.

12. RECONHECIMENTO DE RISCOS E MEDIDAS PREVENTIVAS.Foram feitas avaliações em toda a área de trabalho do estabelecimento, com a finalidade de identificar os agentes ambientais mais prováveis, e o seu potencial em causar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Admitindo-se a fase de Reconhecimento, como a mais importante, a gerência passará a levar em conta que todas as atividades necessitarão deter seus agentes definidos, e especialmente, estabelecer as diferentes formas em que possa ocorrer a exposição aos agentes mencionados, e respectivas formas de combate.

Portanto, na tabela seguinte encontram-se discriminados os cargos, as funções, Os riscos típicos e as correspondentes medidas de prevenção:

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAISSETOR: Operacional/Abastecimento FUNÇÃO: Frentista

N° de empregados expostos/sexos11 empregados -

Turno/Jornada de trabalho:Por turnos.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADEAtende ao cliente, executa o abastecimento do veículo, verifica níveis de óleo e sistema de arrefecimento.

AGENTES DE RISCOS AMBIENTAIS(1): RISCO ERGONÔMICO: Postura inadequada– Trabalho em pé(2): RISCO DE ACIDENTE: Manuseio de líquidos inflamáveis.(3): RISCO QUÍMICO: Manuseio e abastecimento de produtos combustíveis líquidos inflamáveis.(4): RISCO FÍSICO: Ruído contínuo, com LEQ igual a 75,46 dB(A) (vide laudo)(5): RISCO BIOLÓGICO: Nenhuma prescrição

RISCOS À SAÚDE OU SEGURANÇA(1): Lombalgias, Outros tipos de dores musculares, Agravos circulatórios;(2): Derramamento, vazamento, incêndio, explosões.(3): Inalação de vapores de combustíveis(Concentração de vapores de combustíveis em quantidades abaixo do LT, Conforme laudo).(4): Com o valor do LEQ de 75,46 dB (A), abaixo do LT – Limite de Tolerância estabelecido pelo Anexo I, NR 15,Não há pressuposto de nocividades à saúde do trabalhador;(5): Nenhuma prescrição

MEDIDAS DE CONTROLE SUGERIDAS(1): Implantar programa sobre a postura adequada de trabalho: Verificar possibilidadede alternância de funções entre os frentistas, ou revezamento entre os funcionárioscom base na demanda de atendimento ao cliente, treinar os trabalhadores sobre riscosergonômicos e medidas de controle destes.(2): Elaborar ordens de serviço proibindo uso de fósforos e demais utensílios deflagrantesde chama nas áreas de risco (pátio de abastecimento); Manter os funcionáriosatualizados em prevenção de incêndios. Priorizar o uso de bota de segurançacom solado antiderrapante, Treinar todos os funcionários sobre noçõesde prevenção e combate a incêndio.(3): Fornecer e tornar obrigatório o uso de EPIs adequados aos riscos. No caso em estudo,o EPI indicado é a máscara contra vapores orgânicos/gases ácidos, com filtros químicosà base de carvão ativado. No quesito de proteção da pele, é fundamental ouso de luvasde borracha ou nitrílicas, Durante o abastecimento, e creme de proteção grupo 3.(4): Nesse caso não se prescreve o uso de plug auriculares ou abafadores de ruído,Poiso LEQ (Nível Equivalente de Ruído) é igual a 75,46 dB(A), abaixo do LT –Limite de Tolerância que é de 85 dB(A), Conforme fixado no Anexo I da NR 15.Com o valor obtido pode-se prescindir, inclusive, do nível de ação.(5) Nenhuma prescrição.

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MEDIDAS DE ORDEM GERALAcompanhamento médico periódico e realização de exames médicos conforme a NR 07.

ENQUADRAMENTO DE INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADERUÍDO: Os níveis de ruído não excederam o limite de tolerância da NR-15, anexo n.º 1, Portaria3214/78, Para exposição diária de 08 (oito) horas sem proteção auditiva. Portanto, estáDescaracterizada a insalubridade pelo agente físico ruído para a atividade De frentistas.Os frentistas operam, permanentemente, com produtos inflamáveis, com risco acentuado, assim,Conforme artigo 193 da CLT é devido o adicional de 30% do salário base, com bem diz o enunciadoDo TST que os empregados que trabalharem na bomba de combustível Tem direito aoAdicional de periculosidade, e também a Súmula 212 do Supremo Tribunal Federal (STF).

O trabalho realizado perigosamente, em razão dos produtos inflamáveis ou explosivos terá oAdicional de 30% integralmente, mesmo que trabalhado intermitentemente, pois a LeiN. 7.369/85 não dispõe sobre a Proporcionalidade ao pagamento do adicional depericulosidade, além disso, é claro que neste tipo de atividade numa só fração desegundos pode, inesperadamente, existir o resultado lesivo, ou seja, Não é como os produtosinsalubres que a integridade física Vai debilitando-se na medida do tempo, e sim em um únicosegundo.

VAPORES DE COMBUSTÍVEL: Com os valores encontrados, descarta-se a possibilidadeDe contaminação ambiental pela presença de vapores orgânicos de hidrocarbonetos e álcoolCombustível, e anula a possibilidade de que se encontrem acima dos limites de tolerância,tais agentes. Conforme estabelecido na NR 15, página 11, na área de abastecimento os valorespara H2S, CO, E gases combustíveis estão abaixo dos limites de tolerância, onde se nota que o visor de LCD mostra continuamente as concentrações em **ppm de H2S, CO, O2, e mistura de gases Combustíveis *LEL, em 0,00 ppm. Portanto, está descaracterizada a insalubridade por agentes Químicos“Vapores de Combustíveis para a atividade de frentistas e ajudantes”.

*A sigla LEL significa Limite inferior de explosão (Lower Explosive Limit) também chamado de limiteInferior De ignição: Lower Flammable Limit-LFL) -- É a menor concentração de uma substânciaque pode produzirfogo ou relâmpago (flash) Quando está presente uma fonte de ignição (chama, faísca, etc.).

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAISSETOR: Administração FUNÇÃO: Gerente Administrativo

N° de empregados expostos/sexos: 01/masculino Turno/Jornada de trabalho:Diurno.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADEResponsável pela execução e providencias gerais dos trabalhos de escritório; recepção, atendimentos de clientes e telefones, emissão, conferencia, ordenação e arquivo de documentos.

AGENTES DE RISCOS AMBIENTAIS(1): RISCO ERGONÔMICO: Postura inadequada– Trabalho sentado, responsabilidade;(2): RISCO DE ACIDENTE: Riscos de acidentes com combustíveis líquidos em caráter intermitente devido a curta permanência na área de risco;(3): RISCO QUÍMICO: Vapores de combustíveis;(4): RISCO FÍSICO: Nenhuma prescrição;(5): RISCO BIOLÓGICO: Nenhuma prescrição

RISCOS À SAÚDE OU SEGURANÇA(1): Lombalgias, dores musculares, Agravos circulatórios, stress físico e mental;(2): Lesões decorrentes de possíveis incêndios, explosões, ainda que sua permanência em área derisco seja intermitente(3): Intoxicação por inalação de substâncias tóxicas (vapores de combustíveis líquidos), quando emárea de risco em caráter (não habitual) intermitente e;(4): Nenhuma prescrição;(5): Nenhuma prescrição;

MEDIDAS DE CONTROLE SUGERIDAS(1): Palestra sobre ergonomia do trabalho em escritório. Mudar o assento para umapoltrona ergonomicamente adequada ao trabalho escriturário. Alternar horas de trabalho sentadascom horas de atividade em outra função, se possível.(2): Procurar abreviar a permanência na área de risco, e durante longos abastecimentos.(3): Usar máscaras de proteção contra gases e vapores.(4): Nenhuma prescrição.(5) Nenhuma prescrição.

Page 28: Avaliação Dos Riscos Ambientais

MEDIDAS DE ORDEM GERALAcompanhamento médico periódico e realização de exames médicos conforme a NR 07.

ENQUADRAMENTO DE INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADESe o funcionário trabalha dentro do posto de gasolina, ainda que não diretamente com as bombas,Ele tem direito ao adicional de periculosidade. Pressupõe-se que o funcionário esteja,Por boa parte do tempo, dentro da área de risco, ou seja, no posto de gasolina,Caso em que se situam as atividades das auxiliares de escritório e do auxiliar administrativo.

Vide jurisprudência no site do TST, que estabelece como discriminado a seguir:

I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que,De forma intermitente, se sujeita as condições de risco. Indevido, apenas,Quando o contato dá - sede forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que,Sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (Súmula 364, I, do TST)

É importante salientar que até nas lojas de conveniências que ficam dentro do raio de risco de 1,5mA 52,5m, em proporção a listagem dos tanques de combustível, deverão perceber aoAdicional de periculosidade por ser área de risco, conforme NR20, tabela A.

Conclusão: Nesse caso os funcionários Gerentes administrativos, fazem jus à incorporação de30% De periculosidade sobre os seus vencimentos.

INSALUBRIDADE POR VAPORES DE COMBUSTÍVEL: Com os valores encontrados, descarta-se aPossibilidade de contaminação ambiental pela presença de vapores orgânicos de hidrocarbonetosE álcool combustível, e anula a possibilidade de que se encontrem acima dos limites de tolerância,Tais agentes. Conforme estabelecido no LTCAT, página 11, na área de abastecimento os valoresPara H2S, CO, e gases combustíveis estão abaixo dos limites de tolerância, onde se nota que o visorDe LCD Mostra continuamente as concentrações em**ppm de H2S, CO, O2, e mistura de gasesCombustíveis *LEL, em 0,00 ppm.* A sigla LEL significa Limite inferior de explosão(Lower Explosive Limit) Também Chamado de limite inferior de ignição:Lower Flammable Limit -LFL) - É a menor concentração De uma substância que pode produzirFogo ou relâmpago (flash) quando está presente uma fonte de ignição (chama faísca, etc.).**1 ppm = 1 cm³ de gás poluente / 1.000.000 cm³ de ar respirável (1% = 10.000 ppm)

Conclusão: De acordo com o exposto, está descaracterizada a insalubridade por agentesQuímicos “Vapores de Combustíveis” para as atividades de Auxiliar de escritório.

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAISSETOR: Geral FUNÇÃO: Servente de Limpeza

N° de empregados expostos/sexos: 01/masculino Turno/Jornada de trabalho:Diurnos.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADERealiza limpeza do local de trabalho utilizando produtos de limpeza caseiros.

AGENTES DE RISCOS AMBIENTAIS(1): RISCO ERGONÔMICO: Postura inadequada(2): RISCO DE ACIDENTE: Escorregão, tropeção, choque elétrico.(3): RISCO QUÍMICO: Manuseio de produtos tóxicos.(4): RISCO FÍSICO: Nenhuma prescrição(5): RISCO BIOLÓGICO: Bactérias, protozoários e bacilos.

RISCOS À SAÚDE OU SEGURANÇA(1): Lombalgias, Outros tipos de dores musculares, Agravos circulatórios;(2): Piso molhado ou escorregadio.(3): Produtos tóxicos de limpeza caseiros em contato com a pele;(4): Nenhuma prescrição;(5): Contaminação na limpeza de banheiros.

MEDIDAS DE CONTROLE SUGERIDAS

(1): Implantar programa sobre a postura adequada de trabalho, treinar os trabalhadores sobre riscosErgonômicos e medidas de controle destes.(2): Usar os equipamentos de Proteção Individual adequados à função.(3): Fornecer e tornar obrigatório o uso de epis adequados aos riscos. No caso em estudo, os epi‟sIndicados são botas de segurança de PVC, luvas nitrílicas ou de PVC cano longo, avental impermeável.(4): Nenhuma prescrição.(5): Usar os Equipamentos de Proteção indicados à função, realizar os exames médicos periódicosConforme PCMSO. (NR-07)

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MEDIDAS DE ORDEM GERALAcompanhamento médico periódico e realização de exames médicos conforme a NR 07.

ENQUADRAMENTO DE INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADERUÍDO: Os níveis de ruído não excederam o limite de tolerância da NR-15, anexo n.º 1, Portaria3214/78, Para exposição diária de 08 (oito) horas sem proteção auditiva. Portanto, estáDescaracterizada a insalubridade pelo agente físico ruído para a atividade de frentistas.Os frentistas operam, permanentemente, com produtos inflamáveis, com risco acentuado, assim,Conforme artigo 193 da CLT é devido o adicional de 30% do salário base, Com bem diz o enunciadoDo TST que os empregados que trabalharem na bomba de Combustível tem direito aoAdicional de periculosidade, e também a Súmula 212 do Supremo Tribunal Federal (STF).

O trabalho realizado perigosamente, em razão dos produtos inflamáveis ou explosivos terá oAdicional de 30% Integralmente, mesmo que trabalhado intermitentemente,Pois a Lei n. 7.369/85 não dispõe sobre a Proporcionalidade ao pagamento do adicional dePericulosidade, além disso, é claro que neste tipo de Atividade Numa só fração deSegundos pode, inesperadamente, existir o resultado lesivo, ou seja, Não é como os produtosInsalubres que a integridade física vai debilitando-se na medida do tempo,E sim em um único segundo.

VAPORES DE COMBUSTÍVEL: Com os valores encontrados, descarta-se a possibilidade deContaminação ambiental pela presença de vapores orgânicos de hidrocarbonetos e álcoolCombustível, E anula a possibilidade de que se encontrem acima dos limites de tolerância, taisAgentes. Conforme estabelecido no LTCAT, Página 11, na área de abastecimento os valores paraH2S, CO, E gases combustíveis estão abaixo dos limites De tolerância, Onde se nota que o visor deLCD mostra continuamente as concentrações em **ppm de H2S, CO, O2, e mistura de gasesCombustíveis *LEL, em 0,00 ppm. Portanto, está descaracterizada a insalubridade por agentesQuímicos “Vapores de Combustíveis para a atividade de frentistas e ajudantes”.

*A sigla LEL significa Limite inferior de explosão (Lower Explosive Limit) Também chamado deLimite inferior de ignição: (Lower Flammable Limit-LFL) -- É a menor concentração de umaSubstância que pode produzir fogo ou relâmpago (flash) Quando está presente uma fonte deIgnição (chama faísca, etc.).

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13. MEDIDAS COLETIVAS DE SEGURANÇA 1. Manter os locais de trabalho organizados e limpos (área de abastecimento e lojas);

2. As canaletas devem estar de acordo com a norma da ABNT NBR 13.786/19963.

3. Manter canaletas desobstruídas e limpas;

4. É necessário que a caixa separadora de água e óleo esteja sempre em perfeito funcionamento;

5. Manter em dia as análises dos poços de monitoramento;

6. Funcionários bem uniformizados e munidos com Equipamentos de Proteção Individual adequado;

7. Classificar os resíduos sólidos de acordo com a NBR 10.004 e CONAMA 275/2001; Padrão das Cores Azul Papel/papelão Vermelho Plástico Verde Vidro Amarelo Metal Preto Madeira Laranja Resíduos perigosos.

9. Observar posição, tipos e número de extintores distribuídos pelo Posto Revendedor, bem como a validade do mesmo;

10. Observar iluminação de emergência e sistema de combate a incêndio se estão de acordo com a Norma do Corpo de Bombeiros local, e da NR 23– Proteção Contra Incêndios;

11. Manter placas da origem do combustível, dos preços dos produtos, avisos de “Proibido Fumar” e “Desligar Celular” etc visíveis e atualizadas;

12. Devem ser mantidos atualizados o PPRA (Programa de Prevenção e Riscos Ambientais), PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Operacional) e o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário)

13. Manter produtos da loja de conveniência sempre bem organizados e conservados adequadamente, bem como o estoque dos mesmos;

14. Manter no posto um kit para primeiros socorros e material para contenção de derrames de combustível;

15. Elaborar Plano de Atendimento Emergencial (PAE) com treinamentos e simulado;

16. Realizar testes de estanqueidade com a periodicidade indicada pelo órgão ambiental;

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17. Não são permitidos aparelhos elétricos (freezer e outros) ao lado das bombas de abastecimento e muito menos tomados elétricas junto ao piso molhado. Todas as tomadas devem estar acima do piso, a pelo menos um metro e meio e em caixas blindadas;

18. É da maior importância que seja providenciada a Licença de Operação segundo a resolução CONAMA 273 cumprindo todas as condicionantes, se houver em, o mais rápido possível (LAO com condicionantes não tem validade legal);

19. As bombas de abastecimento deverão ser dotadas de:- Bicos de abastecimento com dispositivo de detecção de tanque cheio do veículo e corte automático do fluxo do combustível, para evitar forma segura o derramamento do líquido de abastecimento, Bicos de abastecimento com dispositivo de tamponagem do bocal do tanque do veículo, deforma a evitar a saída de respingos, gases e vapores no decorrer do abastecimento.

20. Instalar sinalizações especiais quanto aos cuidados e riscos inerentes ao combustível, ao manuseio do equipamento e especialmente sinalização de "Inflamável" e "Proibido Fumar";

21. Sinalizações especiais, de acordo com NR 26: “Nome Técnico do Produto”; “Palavra de Advertência”; “Indicações de Risco”; “Informações para médicos” em casos de acidentes; “Instruções especiais em caso de vazamento, derrame ou fogo”; “Primeiros Socorros”; Sinalizações especiais, com telefones e endereços de órgãos de emergência: Polícia Civil / Militar, Defesa Civil; Emergência Médica.

22. Manter sistema de iluminação de emergência.

23. Promover treinamento em prevenção e combate a incêndios e primeiros socorros para todos os empregados envolvidos na operação, supervisão e manutenção do sistema auto-serviço.

24. As bombas de abastecimento deverão ser dotadas de sistema de extinção de incêndios, abrangendo toda a área de abastecimento, calculada em função do ponto de abastecimento. As bombas de abastecimento devem possuir sistema de aterramento elétrico, conforme Norma Regulamentadora NR-10, com vistoria e avaliação anual da situação e eficácia do sistema.

25. Instalar sistemas de iluminação com proteção adequada, de forma a proteger contra incêndios e explosões.

26. Especificar e fornecer gratuitamente os EPI - Equipamentos de Proteção Individual adequados aos riscos das atividades. Tornar obrigatório o uso dos EPI necessários. Responsabilizar-se pela higienização e substituição dos EPI.

27. Elaborar e implementar o PCMSO - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional.

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28. Realizar: avaliação clínica e exames médicos complementares, admissionais, periódicos, de mudança de função, retorno ao trabalho e de missionais.

29. Elaborar e implementar o PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

30. Instalar sistema de aterramento elétrico em: equipamentos elétricos de lavagem, quadros e painéis elétricos, pontos de descarga do caminhão tanque;

31. Instalar sistema de proteção contra descargas atmosféricas, de forma a abranger todo o estabelecimento.

32. Proteger as transmissões de força do(s) compressores (s).

33. Instalar, nos tanques de armazenamento de inflamáveis, respiradouros de pressão a vácuo ou corta-chama.

34. Os respiradouros devem ser instalados externamente às edificações, em altura superior a 3,5 metros.

35. Os tanques de armazenamento de inflamáveis devem possuir sistema de aterramento elétrico, conforme Norma Regulamentadora NR-10, com vistoria e avaliação anual da situação e eficácia do sistema.

36. Dotar o estabelecimento de instalações sanitárias separadas por sexo, contendo:- Conjunto de peças dimensionadas adequadamente.

- Chuveiros com água quente. - Instalar vestiários, observada a separação por sexo, dotados de armários individuais de compartimentos duplos. Deverão ser fornecidos equipamentos de proteção individual (EPI), adequados à função, com C.

A - Certificado de Aprovação, e ministrar treinamento quanto ao uso e conservação dos mesmos.

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14. MEDIDAS GERAIS DE SEGURANÇA AMBIENTAL

O óleo lubrificante usado: Deverá ser armazenado adequadamente em tanques subterrâneos de parede dupla providos de sensores de monitoramento intersticial ou em tambores metálicos até sua destinação final; Deverá ser enviado à empresa recuperadora devidamente licenciada pelo órgão ambiental competente, e registrada na ANP. Resíduos gerados: Deverão ter armazenamento e destinação final adequados, atendendo ao Artigo 51 da Lei 997/76. Esgotos sanitários: Deverão ser segregados dos demais efluentes e lançados em rede pública coletora; ou receber tratamento no próprio local, de acordo com as Normas NBR 7229/93 e NBR 13969/97 da ABNT; ou ainda serem lançados em rios e córregos atendendo ao Artigo 18 (padrão de lançamento) e Artigos 11, 12 e 13(padrão de qualidade) da Lei 997/76.

15. PREVENÇÃO DE CONTRA INCÊNDIO

NR 23 Quanto à instalação das unidades extintoras, o empregador levará em consideração o disposto na NR 23, que determina nos subitens a seguir: 23.15.1.1: “Independente da área ocupada, deverá existir pelo menos dois extintores para cada pavimento”; 23.17.1, alíneas a, b e c, que estabelecem, respectivamente: “Os extintores deverão ser colocados em locais de fácil visualização, fácil acesso, e onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso”;23.17.3: “Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso sob o extintor, a qual não poderá ser obstruída de nenhuma forma. Essa área deverá possuir no mínimo 1m x 1m”; e23.17.4: “Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60 m acima do piso”.

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Noções de Combate a IncêndioOs materiais combustíveis têm características diferentes e, portanto, queimam de modos diferentes. Para melhor compreensão, são divididos em quatro classes de incêndio, conforme o tipo de material:

Classe A - incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel e tecido, etc.Esses materiais apresentam duas propriedades: deixam resíduos quando queimados(brasas, cinzas, carvão), e queimam em superfícies e em profundidade.

Classe B - incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina, querosene, etc.Esses materiais apresentam duas propriedades: não deixam resíduos quando queimados, e queimam somente em superfície.

Classe C - incêndio em equipamentos elétricos energizados, como máquinas elétricas, quadros de força, etc.Ao ser desligado o circuito elétrico, o incêndio passa a ser de classe A.Importante: não jogue água em fogo de classe C (material elétrico energizado), porque a água é boa condutora de eletricidade.

Classe D - incêndio em metais que inflamam facilmente, como alumínio em pó, magnésio, carbonato de potássio etc. Não jogue água neste incêndio, pois na presença da água esses metais reagem de forma violenta.

Classe K - Classificação do fogo em óleo e gordura em cozinhas.Os agentes extintores da classe K controlam rapidamente o fogo, formando uma camada protetora na superfície em chamas. Possuem efeito de resfriamento por vapor d'água e de inertização resultante da formação do vapor. Extinguem o fogo interrompendo a reação química de combustão.

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Métodos de Extinção do FogoA maioria dos incêndios começa com um pequeno foco, fácil de debelar.Conheça os métodos de extinção do fogo e evite que um incêndio se transforme numa catástrofe em sua atividade econômica. Em todo incêndio ocorre um reação de combustão, envolvendo quatro elementos: o combustível, o comburente, o calor e a reação em cadeia. Os métodos de extinção do fogo consistem em “atacar” cada um desses elementos.

Retirada do material: Trata-se de retirar do local o material (combustível) que está pegando fogo e também outros materiais que estejam próximos às chamas.

Abafamento: Trata-se de eliminar o oxigênio (comburente) da reação, por meio do abafamento do fogo.

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Resfriamento: Trata-se de diminuir a temperatura (calor) do material em chamas.

Reação em cadeia: A reação em cadeia torna a queima autossustentável.O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.

Emprego dos Extintores:Os extintores são agentes de extinção de incêndio exigidos em todas as edificações(pequenas ou grandes), portanto, escolhemos estes equipamentos para detalhar sua utilização. Foram criados para combate de pequenos focos de incêndio. Atenção: há vários tipos de extintores de incêndio, cada um contendo uma substância diferente e servindo para diferentes classes de incêndio. Vamos conhecê-los.

Extintor de pó para classe ABCÉ extintor mais moderno no mercado, que atende a todas as classes de incêndios. O pó especial é capaz de combater princípios de incêndios em matérias sólidos, líquidos inflamáveis e equipamentos energizados. É o extintor usado atualmente nos veículos automotivos.

Extintor com água pressurizadaÉ indicado para incêndios de classe A (madeira, papel, tecido, matérias sólidos em geral). A água age por resfriamento e abafamento dependendo da maneira como é aplicado.

Extintor com gás carbônicoIndicado para incêndios de classe C (equipamentos elétricos energizados), por não ser condutor de eletricidade. Pode ser usado também em incêndios de classe A e B.

Extintor com pó químico secoIndicado para incêndio de classe B (líquidos inflamáveis). Age por abafamento. Pode ser usado também em incêndios de classes A e C.

Extintor com pó químico especialIndicado para incêndios de classe D (metais inflamáveis). Age por abafamento.

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Orientações de Uso do Extintor

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Distribuição dos Extintores Os aparelhos extintores de Incêndio devem ser distribuídos na edificação de tal modo que:

Sejam instalados próximos às saídas dos ambientes (portas; acessos; escadas), na altura máxima de 1,60 metros (do piso à parte superior do equipamento) e mínima de 0,10 metros.

Estejam, tanto quanto possível, equidistantes e distribuídos de tal forma que o operador não percorra mais do 15, 20 ou 25 metros, dependendo do risco, para alcançar um aparelho:

Em cada pavimento deve haver no mínimo duas unidades extintoras, exceto se a área for inferior a 50m².

Os extintores devem ser distribuídos de modo a serem adequados à extinção dos tipos de incêndios, dentro de sua área de proteção, devendo ser intercalados na proporção de dois extintores para o risco predominante e um para a proteção do risco secundário.

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Recomendações Preventivas Contra Incêndio e Acidentes. Em locais com riscos específicos devem ser instalados extintores de incêndio,

independente da proteção geral da edificação ou área de risco, tais como: casa de caldeira, casa de bombas, casa de força elétrica, casa de máquinas; galeria de transmissão, incinerador, elevador (casa de máquinas), escada rolante (casa de máquinas), quadro de redução para baixa tensão, transformadores, contêineres de telefonia, gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis.

Não use cestos de lixo como cinzeiros.

Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixem sobre armários, mesas e prateleiras.

Não fume ao lidar com álcool, cera, parafina, solventes ou material de limpeza emgeral.

Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados.

Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados.

Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados.

Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização.

Desconecte-os da tomada.

Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem original.

Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e interruptores sem que esteja familiarizado com isso.

Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização de “plugues T” ou

Extensões. Procure um profissional com conhecimento técnico.

Verifique, antes de concluir seu trabalho, se os equipamentos elétricos estão desligados.

Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos.

Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de fogo.

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ERGONOMIAA ergonomia, ou human factors (fatores humanos) ou human factors & ergonomics (fatores humanos e ergonomia), expressões pelas quais é conhecida nos Estados Unidos da América, é a disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema, e também é a profissão que aplica teoria, princípios, dados e métodos para projetar a fim de aperfeiçoar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema. As questões de posturas no trabalho são tratadas por algumas empresas, gerentes, trabalhadores, profissionais da saúde e do esporte, principalmente como um problema de caráter individual, incorrendo no viés de que a correção destas por parte do indivíduo minimizaria/ eliminaria o risco. O mobiliário ajustável é utilizado indistintamente como medida de adequação de postura, ficando a critério do usuário o ônus do seu ajuste e a adequação da postura. As intervenções na maioria das vezes passam por medidas educativas e de orientações posturais que não são suficientes para o enfrentamento individual e coletivo desta problemática. Dados da bibliografia nacional e internacional apontam para a associação de vários agravos à saúde relacionados à manutenção de posturas fixas, tais como: Lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT), distúrbios vasculares periféricos, relacionados ao sistema digestório, alterações neuro-sensoriais, etc. Os dados sobre os atendimentos a trabalhadores de diversos ramos de atividades nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador no Município de São Paulo indicam que houve um aumento de casos de LER/DORT na década de noventa, constituindo uma das principais demandas. Nos últimos anos, com o risco de desemprego, a introdução de novas tecnologias e mudanças organizacionais, constata-se que esta demanda tem outra característica: trabalhadores com LER/DORT em estágios mais avançados. Sabe-se que estes distúrbios são decorrentes de diversos fatores, não sendo exclusivo o fator biomecânico, mais especificamente as questões de postura. Identifica-se a organização do trabalho como um dos principais fatores na determinação das posturas no trabalho, na escolha dos equipamentos/ ferramentas/ máquinas/ mobiliário, concepção do trabalho e tempo de exposição, que contribuem para o desenvolvimento das LER/DORT, (NATIONAL RESEARCH COUNCIL1998, NIOSH 2000, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001), bem como os distúrbios já citados. Também é importante ressaltar que a população acometida por estes agravos é jovem, nos estágios mais avançados, com sequelas físicas e psicológicas, limitações e impedimentos permanentes para a realização das atividades cotidianas e do trabalho. O alto índice de desemprego e as novas formas de reestruturação produtiva têm propiciado no Município de São Paulo a criação de atividades de comércio, cabeleireiros, manicures, clínicas de estética, serviços de assessoria e suporte de informática, bares, restaurantes, entre outros, o que vem contribuindo para o aumento do tempo de manutenção na postura em pé e sentada. A frequência do trabalho envolvendo o uso de microeletrônica tem contribuído para a manutenção da postura sentada mais fixa junto ao computador. A permanência das posturas fixas (sentado ou em pé) durante a jornada de trabalho também contribui para a diminuição do tempo de alternância postural.As posturas são impostas e a concepção e a organização do trabalho determinam a

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possibilidade ou não de variar as posturas e ter autonomia sobre elas. Parte-se do princípio que não existe uma postura única “adequada”, além disto, esta terminologia embute uma valoração negativa ou positiva sobre uma atitude/ comportamento individual e descarta os diversos aspectos que envolvem o trabalho. Frequentemente, a adoção destas medidas ocorre de maneira compulsória, sem discriminar os trabalhadores que já portam alguma patologia relacionada ou não ao trabalho. Na concepção e aplicação das intervenções comumente se desconsideram as alternâncias posturais e de movimentos nas tarefas. Esses aspectos podem contribuir para agravar e/ ou propiciar o aparecimento de agravos à saúde.

16.1. Postura adequada para quem trabalha com computador

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Na postura sentada, há alto grau de estabilidade do equilíbrio do corpo, indicada para longos períodos de trabalho, possibilidade de evitar posições forçadas do corpo, consumo de energia reduzido, alívio da circulação sanguínea, facilidade de precisão e uso de ambos os pés para controles, possibilita grande aplicação de força ou movimentação dos controles pedais. É indicada para o trabalho fino e com tarefas visuais de exatidão, para trabalho de precisão em indústria, para a escrita ou para trabalho industrial leve, trabalho manual pesado, ou medianamente pesado, como o embalar. Porém O campo de visão é limitado e pode haver dificuldade para alcançar dispositivos de controle manual. Portanto, nesta posição, é necessário que se sigam estas recomendações:

A) Deve-se evitar permanecer prolongadamente na posição sentada;

B) Deve garantir ângulo com tronco- coxa entre 100 a 110°;

C) Deve-se proporcionar ângulo em torno de 90 a 120° entre as coxas e pernas;

D) Os braços na posição vertical devem alinhar-se ao tronco, formando um ângulo de 90°a 110° com os antebraços;

E) Deve-se garantir espaço suficiente sob a mesa para as pernas;

F) Os pés devem estar apoiados no chão e/ou superfície de apoio, sem flexão forçada das pernas;

G) A cadeira, a mesa e acessórios devem ser ajustáveis às características antropométricas, anatômicas e às tarefas desenvolvidas.

16.2. Postura adequada para quem trabalha em pé

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A posição em pé, apresenta a vantagem de liberar os braços e pés para tarefas produtivas, permitindo grande mobilidade desses membros e, além disso, tem um ponto de referência relativamente fixo no assento. Na posição em pé, além da dificuldade de usar os próprios pés para o trabalho, frequentemente necessita-se também do apoio das mãos e braços para manter a postura e fica mais difícil manter um ponto de referência. A postura em pé é indicada para mobilidade de alcance e controles de displays e monitores; quando não são necessários controles manuais precisos; na impossibilidade de oferecer ao operador sentado um espaço para as pernas; para controlar um painel grande com grande acessos visuais a sua volta e quando controles pediosos não são necessários, além de vá/ na vá, ou liga / desliga. No entanto, a tensão muscular permanentemente desenvolvida para manter o equilíbrio em pé dificulta a execução de tarefas de precisão e será mais penosa quando o trabalhador tiver que associar posturas antinaturais, tais como: braços acima dos ombros, inclinação ou torção de tronco ou de outros segmentos corporais. A escolha da postura em pé só está justificada nas seguintes condições já definidas no Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora- NR-17:

A tarefa exige deslocamentos contínuos como no caso de carteiros e rondantes; A tarefa exige manipulação de cargas com peso igual ou superior a 4,5 kg; A tarefa exige alcances amplos frequentes para cima, para frente ou para baixo; no

entanto, deve-se tentar reduzir a amplitude desses alcances para que se possa trabalhar sentado;

A tarefa exige operações frequentes em vários locais de trabalho, fisicamente separados;

A tarefa exige a aplicação de forças para baixo, como em empacotamento.

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16.3. Alternância entre ficar em pé, sentar e andar.Normalmente quando ocorre desconforto pela compressão articular, tensão ligamentar, contração muscular contínua ou oclusão circulatória, uma nova postura é procurada. Se uma articulação esteve em uma posição durante um longo tempo, a pessoa se movimenta e estica a articulação e os músculos.Posturas habituais sem alterações posicionais podem levar à lesão tecidual, Limitação de movimento ou deformidade.

As tarefas que devam ser desenvolvidas durante longos períodos na posição de pé devem ser alternadas com outras que possam executar sentados;

Os operadores devem ter também a oportunidade de se sentarem durante as paradas no trabalho (por exemplo, operadores de máquinas ou vendedores de lojas). Um assento do tipo pedestal ou uma estação de trabalho sentada/ de pé deverá ser fornecido ao operador para que ele possa variar a postura durante a atividade. Um assento tipo pedestal pode ser utilizado para a postura de pé. Um assento pedestal consiste em num banco de altura ajustável (65 a 85 cm), e está inclinado entre 15 a30 graus. Isto permite a assunção de posturas semi-apoiadas, que alivia o estresse sobre as pernas. Mas não deve ser usado por longos períodos e só se adapta às atividades realizadas em pé, nas quais não se exige muita força nos movimentos. O chão deve oferecer atrito suficiente para evitar que o banco deslize.

17. POSIÇÃO DA GERÊNCIA QUANTO AO PRESENTE LEVANTAMENTO:Uma vez conscientes, a gerência, e demais funcionários, a respeito dos diversos tipos de agentes presentes nos setores de trabalho, de acordo com o que demonstrado no presente levantamento, o estabelecimento, como um todo, continuará somando esforços na prevenção contra acidentes de trabalho e/ou doenças profissionais.

18. CONCLUSÕES É fundamental divulgar e fazer cumprir o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

seja através da fiscalização do cumprimento do Programa, ou assessorando as demais gerências e supervisores em questões técnicas relativas às medidas administrativas a serem tomadas, dirigindo atenção especial aos setores de maior risco definidos a partir de levantamento de riscos ambientais.

As recomendações propostas visam amenizar riscos de acidentes, através de medidas de proteção, criando um ambiente adequado, contribuindo para melhoria da qualidade e produtividade no trabalho, despertando o comprometimento de todos com a organização, prevenção e segurança, bem como, o cumprimento da legislação vigente.

É de responsabilidade da direção da empresa de reduzir e / ou eliminar os agentes agressivos descritos e de aplicação das normas recomendadas pela ABNT, NFPA e Legislações municipais, estaduais e federais.