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Um esquema sobre AVALIAÇÃO TRADICIONAL = EMPÍRICA CONSTRUTIVISTA = INFORMATIVA Correção de tarefas realizadas longe do professor Dentro da situação da aprendizagem Marcar o que o aluno errou para que o erro não fique expresso no produto final do trabalho Durante a própria situação de produção Levar os alunos a perceber incorreções Intervenção inadequada Intervenção adequada Correção imediata ao erro Ajudar a transformar idéias OBSERVAÇÕES: 1. O professor está corrigindo por que tem que corrigir, ou se corrigindo está ensinando? 2. É preciso que a correção seja informativa para o aluno e o instrumentalize para superar as dificuldades. 3. Os objetivos da intervenção sobre o processo de aprendizagem são:

AVALIAÇÃO ESCOLAR - ERRO E APRENDIZAGEM

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Um esquema sobre AVALIAÇÃO

TRADICIONAL = EMPÍRICA CONSTRUTIVISTA = INFORMATIVA

Correção de tarefas realizadas longe do professor

Dentro da situação da aprendizagem

Marcar o que o aluno errou para que o erro não fique expresso no produto final do trabalho

Durante a própria situação de produção

Levar os alunos a perceber incorreções

 Intervenção inadequada Intervenção adequada

Correção imediata ao erro Ajudar a transformar idéias

OBSERVAÇÕES:

1.    O professor está corrigindo por que tem que corrigir, ou se corrigindo está ensinando?2.    É preciso que a correção seja informativa para o aluno e o instrumentalize para superar as dificuldades.3.    Os objetivos da intervenção sobre o processo de aprendizagem são:

* Alertar o aluno para alguma inadequação da atividade que está sendo realizada;

* Reorientar a ação do aprendiz; * Levantar questões que o ajudem a pensar sobre aspectos de que

ele não tinha se dado conta.

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O que é de fato importante no ato avaliativo?

Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e, como todos os demais professores,

lhes disse que gostava de todos por igual.

No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas

vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.

Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.

Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações

feitas em cada ano.

A Sra. Teresa deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.

A professora do primeiro ano escolar de Ricardo havia anotado o seguinte: Ricardo é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão

em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.

A professora do segundo ano escreveu: Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe

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que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.

Da professora do terceiro ano constava a anotação seguinte: a morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas

seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.

A professora do quarto ano escreveu: Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes

dorme na sala de aula.

A Sra. Tereza se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada.

Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que

estava enrolado num papel marrom de supermercado.

Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume

pela metade.

Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou

um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se ainda, que Ricardo lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.

Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Tereza chorou por longo tempo...

Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo.

Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.

Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra. Tereza recebeu uma notícia em que Ricardo lhe dizia que ela

era a melhor professora que teve na vida.

Seis anos depois, recebeu outra carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta

assinada pelo dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo.

Mas a história não terminou aqui. A Sra. Tereza recebeu outra carta, em que Ricardo a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai.

Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume. Quando os dois se

encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido:

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- Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.

Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho: você está enganado ! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal

eu não sabia ensinar até que o conheci.

Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando.

Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor mostrando

que sempre é possível fazer a diferença...

O erro não é um pecado!A ação mediadora do professor, a sua intervenção pedagógica,

desafiadora, não pode, ao mesmo tempo, ser uniforme em todas as situações de tarefas dos alunos. Os erros que as crianças apresentam podem ser de natureza diversa.

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A observação é o que me possibilita o exercício do aprendizado do olhar. Olhar é como sair de dentro de mim Dara ver o outro. É partir da hipótese do momento de educação que o outro está para colher dados da realidade,para trazer de volta para dentro de mim e repensar as hipóteses. E uma leitura da realidade para que eu possa me ler (Freire, M. 1989, p.3).

Fundamentalmente é necessária a reflexão teórica sobre cada resposta específica do aluno. Não há possibilidade de desenvolvermos procedimentos de intervenção que sirvam de regras gerais, que se apliquem a todas as tarefas, seja qual for a sua natureza. Nenhum extremo é válido: considerarque sempre devemos dizer a resposta certa para o aluno ou, no outro extremo,considerar que todo e qualquer erro que ele cometa tenha o caráter construtivo e que ele poderá descobrir todas as respostas.

Considerando a aprendizagem no sentido amplo, podemos, entre outras coisas, corrigir o "errando se aprende" por "errando também se aprende": o erro, ou o fracasso não é condição necessária Para haver aprendizagem. Por outro lado, torna-se exagerada, neste contexto teórico,a preocupação"skinneriana" de evitar todo o fracasso Ievando o aluno a produzir somente respostas corretas, pois o fracasso torna-se eventualmente necessário para que o sujeito tome consciência da inadaptação dos seus esquemas e da consequente necessidade de construir novos esquemas, ou seja, reconstruir os já existentes (Becker, 1993, p.97-98).

A tentativa é no sentido de inverter a hierarquia tradicional onde o acerto é valorizado na escola e o erro punido em todas as circunstâncias e, ao mesmo tempo, de ultrapassar o significado da correção/retificação para o de interpretação da lógica possível do aluno diante da área de conhecimento em questão. E nunca é demais repetir que essa ultrapassagem é o ponto de partida para uma ação avaliativa mediadora.

Uma professora mineira disse que seus alunos, finalmente, haviam descoberto que"o erro não é um pecado" e que estavam muito mais corajosos em perguntar e comentar suas tarefas. Passou, então, a ser questionada e a questionar-se a toda a hora. Professor e aluno tornaram-se ambos sujeitos do processo.

A ação avaliativa mediadora está presente justamente entre uma tarefa do aluno e a tarefa Posterior. Consiste na ação educativa decorrente da análise do seus entendimentos, de modo a favorecer a essa criança o alcance de um saber competente, a aproximação com a verdade científica.

Cada tarefa significa um estágio de sua evolução, do seu desenvolvimento e portanto não há como somá-las para calcular médias. Elas complementam-se, interpenetram-se. Como material importante para as ações posteriores, exigem o registro sério e detalhado das questões que se observa. Tais dados não podem, nem devem permanecer como informações generalistas ou superficiais a respeito das manifestações dos alunos. O acompanhamento das tarefas exige um registro sério e significativo que não se reduza o número de acertos ou a conceitos amplos.

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Um jovem professor utilizou-se da seguinte frase para colorir a problemática do registro:

 – Nós, professores, sabemos que os alunos não sabem, mas não sabemos o que eles não sabem e muito menos por que eles não sabem!

O receio das famílias e de toda a sociedade às críticas que se fazem em relação a processos avaliativos inovadores carregam o temor da superficialidade de registro pelos professores. E esse, sem dúvida, é um aspecto que deve fazer parte desses estudos.

O tema "correção" envolve, pois, o aprofundamento em todos os aspectos anteriormente esboçados. Mas, dentre todos, exige o princípio essencial de respeitar a criança em suas etapas de desenvolvimento. Acredito que é urgente aos professores incluir a expressão "ainda" no seu vocabulário. Ou seja, ao invés de analisar os exercícios dos alunos para responder: acertou ou não acertou, analisá-los para observar quem aprendeu e quem "ainda" não aprendeu. O fato de incluir-se o "ainda" revela que existe a confiança na possibilidade de a criança estar aprendendo sempre, evoluindo permanentemente em suas hipóteses sobre os objetos e os fenômenos.Ao mesmo tempo, o professor passa a fazer parte do "ainda", comprometendo-se em tornar o.,vir a ser"' possível, em oportunizar-lhes muitos desafios que favoreçam sua descoberta do mundo.

avaliação diagnóstica, formativa e somativa

Postado por Pedagogia - Clarice e Lilian às 16:07

aula do dia 30-03-10FORMAS DE AVALIAÇÃO:

A principal função da forma de avaliação é verificar o que o aluno aprendeu e tomar uma base de decisão para aperfeiçoar subseqüentemente o processo ensino-aprendizagem na busca de melhores resultados.De acordo com os estudos de Bloom (1993) a avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta três tipos de funções: diagnóstica (analítica), formativa (controladora) e somativa (classificatória).

a) A avaliação diagnóstica é aquela que ao se iniciar um curso ou um período letivo, dado à diversidade de saberes, o professor deve verificar o conhecimento prévio dos alunos com a finalidade de constatar os pré-requisitos necessários de conhecimento ou habilidades imprescindíveis de que os educandos possuem para o preparo de novas aprendizagens.

b) A avaliação formativa é aquela com a função controladora sendo realizada durante todo o decorrer do período letivo, com o intuito de verificar se os alunos estão atingindo os objetivos previstos. Logo, a a avaliação formativa visa, basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de prosseguir para uma outra etapa subseqüente de ensino-aprendizagem, os objetivos em questão. É através da avaliação formativa que o aluno toma conhecimento dos seus erros e acertos e encontra estimulo para um estudo sistemático. Essa modalidade de avaliação é orientadora, porque orienta o estudo do aluno ao trabalho do professor . É motivadora porque evita as tensões

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causadas pelas avaliações.

c) A avaliação somativa tem por função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino, classificando os alunos de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos.

No momento atual a classificação do aluno se processa segundo o rendimento alcançado, tendo por parâmetro os objetivos previstos. Para Bloom (1983), a avaliação somativa “objetiva avaliar de maneira geral o grau em que os resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e final de um curso”. Essas três formas de avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para se garantir a eficiência do sistema de avaliação e a excelência do processo ensino-aprendizagem.