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1 ResumoO Long Term Evolution (LTE) é uma tecnologia que está a ser fortemente implementada, não só em Portugal mas no resto do mundo. A adoção do LTE deve-se em grande parte à maior capacidade e à baixa latência oferecidas, para além de ser expansível ao LTE Advanced. O artigo apresentado tem por objetivo a análise do desempenho de uma rede piloto LTE com consequente validação experimental dos resultados teóricos conhecidos. A partir destas medidas experimentais é também sugerido um novo modelo de propagação em larga-escala para LTE em 2,6 GHz. Para distâncias inferiores a 1 km sugere-se o modelo LTE-PL. Para distâncias superiores a 1 km foi feita uma adaptação ao modelo Okumura-Hata para que se aproximasse aos resultados obtidos. Das medições efetuadas observou-se que em boas condições rádio, os débitos binários são bastante próximos dos máximos teóricos. Além disso, foi caracterizado o ambiente de propagação, determinando-se a margem de desvanecimento log-normal e as perdas de penetração no interior dos veículos para um ambiente urbano denso. Foi realizada ainda uma análise de vários Key Performance Indicators (KPI) que permitem avaliar o desempenho do LTE, avaliando-se também o impacto da variação de velocidade e da distância à estação-base nas medidas realizadas. Index TermsLTE, Planning, Measurement, Performance, KPI I. INTRODUÇÃO O crescimento do mercado de dados em redes móveis e a exigência dos utilizadores por débitos binários cada vez mais elevados levou à necessidade do desenvolvimento de uma nova tecnologia que permitisse manter a competitividade das redes móveis no futuro. Desse modo surge como resposta o Long Term Evolution (LTE). O artigo desenvolvido tem como objetivo principal clarificar acerca do que é expectável em termos do desempenho efetivo de uma rede Long Term Evolution (LTE), de 4ª Geração (4G) e comparar com os valores teóricos com valores experimentais obtidos [1]. Para cumprir esse objetivo foram recolhidas medidas numa rede LTE piloto em duas áreas, tendo as simulações adicionais sido feitas sobre a ferramenta MATLAB [2]. O artigo encontra-se organizado da seguinte forma. A secção II aborda numa primeira fase o planeamento em LTE. São definidos os dois novos modelos de propagação propostos, a margem de desvanecimento e as perdas de penetração in-car. Além disso é feita uma comparação entre a metodologia utilizada no planeamento e as medidas obtidas. A secção III apresenta as medidas efectuadas na rede piloto LTE, tal como as estatísticas obtidas nos dois sentidos da ligação. Por último, a secção IV analisa o desempenho de certos indicadores, tais como a eficiência espectral e o o throughput, em função das condições de propagação. É ainda realizada uma análise tendo em conta a variação de velocidade do móvel e a distância à estação-base (eNB, evolved Node B), seguindo-se as conclusões. II. PLANEAMENTO EM LTE A. Modelo de Propagação LTE-PL De acordo com as medidas empíricas realizadas, chegou-se à conclusão que a determinação da atenuação de propagação pelos modelos Okumura-Hata ou COST231-Hata era bastante pessimista em relação aos valores obtidos, apresentando diferenças da ordem dos 15 dB. Sendo assim, foi desenvolvido um novo modelo baseado no modelo de propagação genérico, que se apresenta em (1). ()[] ( ) ( ) (1) O modelo de propagação tem como distância de referência (d 0 ) 30 metros. As correspondentes medidas para a determinação do coeficiente de desvanecimento encontram-se na TABELA I. Avaliação Experimental de Desempenho em Redes Móveis 4G (Long Term Evolution) em Ambiente Urbano J. Nascimento 1 , L. Varela 2 , P. Vieira 1,3 1 Área Departamental de Eletrónica Telecomunicações e Computadores, ISEL, Lisboa, Portugal 2 CELFINET - Consultoria em Telecomunicações, Lda, Lisboa, Portugal 3 Instituto de Telecomunicações (IT), Lisboa, Portugal [email protected], [email protected], [email protected]

Avaliação Experimental de Desempenho em Redes Móveis 4G

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1

Resumo—O Long Term Evolution (LTE) é uma tecnologia que

está a ser fortemente implementada, não só em Portugal mas no

resto do mundo. A adoção do LTE deve-se em grande parte à

maior capacidade e à baixa latência oferecidas, para além de ser

expansível ao LTE Advanced.

O artigo apresentado tem por objetivo a análise do

desempenho de uma rede piloto LTE com consequente validação

experimental dos resultados teóricos conhecidos.

A partir destas medidas experimentais é também sugerido um

novo modelo de propagação em larga-escala para LTE em

2,6 GHz. Para distâncias inferiores a 1 km sugere-se o modelo

LTE-PL. Para distâncias superiores a 1 km foi feita uma

adaptação ao modelo Okumura-Hata para que se aproximasse

aos resultados obtidos.

Das medições efetuadas observou-se que em boas condições

rádio, os débitos binários são bastante próximos dos máximos

teóricos. Além disso, foi caracterizado o ambiente de propagação,

determinando-se a margem de desvanecimento log-normal e as

perdas de penetração no interior dos veículos para um ambiente

urbano denso.

Foi realizada ainda uma análise de vários Key Performance

Indicators (KPI) que permitem avaliar o desempenho do LTE,

avaliando-se também o impacto da variação de velocidade e da

distância à estação-base nas medidas realizadas.

Index Terms—LTE, Planning, Measurement, Performance, KPI

I. INTRODUÇÃO

O crescimento do mercado de dados em redes móveis e a

exigência dos utilizadores por débitos binários cada vez mais

elevados levou à necessidade do desenvolvimento de uma

nova tecnologia que permitisse manter a competitividade das

redes móveis no futuro. Desse modo surge como resposta o

Long Term Evolution (LTE).

O artigo desenvolvido tem como objetivo principal

clarificar acerca do que é expectável em termos do

desempenho efetivo de uma rede Long Term Evolution (LTE),

de 4ª Geração (4G) e comparar com os valores teóricos com

valores experimentais obtidos [1].

Para cumprir esse objetivo foram recolhidas medidas numa

rede LTE piloto em duas áreas, tendo as simulações adicionais

sido feitas sobre a ferramenta MATLAB [2].

O artigo encontra-se organizado da seguinte forma. A

secção II aborda numa primeira fase o planeamento em LTE.

São definidos os dois novos modelos de propagação

propostos, a margem de desvanecimento e as perdas de

penetração in-car. Além disso é feita uma comparação entre a

metodologia utilizada no planeamento e as medidas obtidas.

A secção III apresenta as medidas efectuadas na rede piloto

LTE, tal como as estatísticas obtidas nos dois sentidos da

ligação.

Por último, a secção IV analisa o desempenho de certos

indicadores, tais como a eficiência espectral e o o throughput,

em função das condições de propagação. É ainda realizada

uma análise tendo em conta a variação de velocidade do

móvel e a distância à estação-base (eNB, evolved Node B),

seguindo-se as conclusões.

II. PLANEAMENTO EM LTE

A. Modelo de Propagação LTE-PL

De acordo com as medidas empíricas realizadas, chegou-se

à conclusão que a determinação da atenuação de propagação

pelos modelos Okumura-Hata ou COST231-Hata era bastante

pessimista em relação aos valores obtidos, apresentando

diferenças da ordem dos 15 dB. Sendo assim, foi desenvolvido

um novo modelo baseado no modelo de propagação genérico,

que se apresenta em (1).

( )[ ] ̅̅̅̅ ( ) (

) (1)

O modelo de propagação tem como distância de referência

(d0) 30 metros. As correspondentes medidas para a

determinação do coeficiente de desvanecimento encontram-se

na TABELA I.

Avaliação Experimental de Desempenho em Redes Móveis

4G (Long Term Evolution) em Ambiente Urbano

J. Nascimento 1, L. Varela 2, P. Vieira 1,3

1Área Departamental de Eletrónica Telecomunicações e Computadores, ISEL, Lisboa, Portugal

2CELFINET - Consultoria em Telecomunicações, Lda, Lisboa, Portugal

3Instituto de Telecomunicações (IT), Lisboa, Portugal

[email protected], [email protected], [email protected]

2

TABELA I

POTÊNCIA MEDIDA E ESTIMADA A 500, 750 E 1000 METROS.

Distância

eNB [m] 500 750 1000

Potência

medida

[dBm]

-92,38 -94,51 -96,98

Potência

estimada

[dBm]

-84,36-12,5n -84,36-13,9n -84,36-15,2n

A determinação do coeficiente de desvanecimento n é feita

pela estimação do erro quadrático médio (MSE, Mean Square

Error) através de (2). O coeficiente de desvanecimento do

LTE a 2,6 GHz para uma área com as características das áreas

em estudo, ou seja, Dense Urban é determinado por (3),

chegando-se ao valor de 7,46 dB por década.

( )

∑( ̂)

(2)

( )

(3)

O modelo de propagação LTE-PL considera-se válido para

raios de célula de 30 a 1000 m. A atenuação de propagação

mediana, PL, dada pelo modelo LTE-PL é determinado pela

equação (4), em função da distância ao eNB.

( )[ ] ( [ ]

) (4)

Em termos de altura da antena na estação-base, a região de

validade encontra-se no intervalo de 18 a 38 m, uma vez que a

análise notou uma boa adaptação do modelo a esses valores,

apresentando uma diferença máxima de 5 dB em relação à

regressão linear das medidas. Esse valor é ainda superior ao

determinado pelo modelo Okumura-Hata [3] e

COST231-Hata [4].

A Fig. 1 apresenta uma comparação entre o modelo

LTE-PL, o modelo Okumura-Hata e o COST231-Hata e a

regressão linear das medidas empíricas realizadas para uma

antena com 27 m de altura.

É possível notar a forte adaptação do modelo proposto até 1

km, contra a grande disparidade dos outros modelos referidos.

Pois como se pode ver a uma distância de 1 km o modelo de

Okumura-Hata dista cerca de 15 dB em relação à regressão

linear das medidas. Enquanto o modelo proposto apresenta

uma diferença máxima de aproximadamente 2 dB até à

distância referida.

Fig. 1. Comparação do modelo de propagação LTE-PL, Okumura-Hata e

COST231-Hata com a regressão linear das medidas empíricas

B. Melhoramento do Modelo de Propagação Okumura-Hata

para LTE

O modelo LTE-PL não se considera válido para distâncias

superiores a 1 km. No entanto, nenhum dos modelos de

propagação analisados (Okumura-Hata e COST231-Hata)

apresentam uma boa aproximação. O modelo Okumura-Hata é

determinado através de (5) e (6). Para que existisse uma

aproximação à regressão linear das medidas realizadas, foi

feita uma alteração na variável A, dependente da altura a que

se situa a antena do eNB.

[ ] ( [ ]) (5)

( [ ]) (6)

Na sequência, a variável A passou a ser definida por,

( [ ]) ( [ ])

( [ ]) (7)

( ) ( ( )) (8)

A Fig. 2 comprova a desigualdade do modelo LTE-PL em

relação às medidas realizadas para distâncias superiores a

1 km. Além disso, mostra-se ainda o resultado da alteração ao

modelo Okumura-Hata para diferentes valores de altura das

antenas do eNB.

Apesar da alteração não apresentar resultados tão favoráveis

relativamente ao outro modelo proposto (para distâncias

inferiores a 1 km), são resultados mais aproximados do que os

dos modelos Okumura-Hata e COST231-Hata, sendo portanto

uma melhor estimativa para determinar a atenuação de

propagação mediana para LTE na faixa dos 2,6 GHz.

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1-130

-120

-110

-100

-90

-80

-70

-60

-50

-40Altura da estação base: 27m

Distância [km]

Potê

nci

a R

eceb

ida [

dB

m]

Medidas (20317)

LTE-PL

Okumura-Hata

COST231-Hata

Regressão Linear

3

Fig. 2. Comparação entre o modelo de propagação Okumura-Hata alterado, o

modelo de propagação LTE-PL e a regressão linear das medidas para uma altura de antenas de 18, 27 e 38 metros.

C. Margem de Desvanecimento

De acordo com as medições realizadas, foi possível obter a

potência recebida do sinal Reference Signal Received Power

(RSRP). Uma vez que existiam antenas situadas a diversas

alturas, foi analisado o desvio padrão individualmente. Os

resultados obtidos apresentam-se na TABELA II.

TABELA II

CARACTERÍSTICAS DAS DUAS ÁREAS ESTUDADAS

Altura das

antenas dos

eNB [m]

RSRP Médio

[dBm]

Desvio

Padrão [dB]

Número de

amostras

27 -93 10,46 20317

30 -89 10,76 3327

35 -98 10,39 3814

38 -98 10,14 17387

Como se observa o desvio padrão do ambiente de

propagação para antenas situadas de 27 a 38 m, ronda os

11 dB. Este constitui o valor utilizado no cálculo da margem

de desvanecimento para LTE a 2,6 GHz, em função da

probabilidade de cobertura pretendida.

D. Perdas de penetração in-car

Foram realizados dois percursos idênticos para avaliar as

perdas de penetração de in-car, como se pode observar na Fig.

3. Para tal, o primeiro percurso foi realizado com o User

Equipment (UE) dentro do veículo e o segundo com o UE

situado no exterior do veículo. A comparação dos dois

percursos foi apenas calculada para pontos que apresentavam

as mesmas coordenadas Global Positioning System (GPS).

Refira-se ainda que as diferenças só foram analisadas até à

meia distância entre os eNB’s, ou seja, até aproximadamente

450 metros.

Na TABELA III é possível observar as diferenças entre o

nível de sinal RSRP, e extrair o valor médio das perdas de

penetração in-car em LTE, para uma frequência de 2,6 GHz.

Desse modo o valor obtido é de 2,7 dB.

Note-se ainda que a velocidade entre dois percursos não é

igual, no entanto não é considerada significativa para efeitos

deste cálculo.

TABELA III

COMPARAÇÃO DOS NÍVEIS E QUALIDADE DE SINAL ENTRE O

INTERIOR E O EXTERIOR DO VEÍCULO

Parâmetros Interior Exterior

RSRP Médio [dBm] -82,26 -79,56

RSRQ Média [dB] -8,28 -10,83

SINR Média [dB] 17,57 14,76

Velocidade Média [km/h] 27,93 35,14

E. Comparação entre indicadores planeados e efectivos

Foram analisadas duas áreas nas quais estava implementada

a rede LTE piloto. As características principais dessas áreas

estão presentes na TABELA IV.

Refira-se a semelhança das características das duas áreas (à

exceção da área e da densidade populacional) que possibilitou

uma análise análoga.

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5-120

-115

-110

-105

-100

-95

-90

-85

-80

Distância [km]

Po

tên

cia

Rec

ebid

a [

dB

m]

Medidas 18 m

Medidas 27 m

Medidas 38 m

Okumura-Hata alterado 18 m

Okumura-Hata alterado 27 m

Okumura-Hata alterado 38 m

LTE-PL

RSRP [dBm]

[-75,-60[

[-90,-75]

[-105,-90]

[-115,-105]

]-120,-115]

Fig. 3. Percurso com UE no interior do veículo (em cima) e no exterior (em

baixo) realizados na área 2 para avaliar as perdas de penetração in-car.

4

TABELA IV

CARACTERÍSTICAS DAS DUAS ÁREAS ESTUDADAS

Características Área 1 Área 2

Morfologia Dense Urban

Área [km2] ≈4,5 ≈13,96

Densidade Populacional

[hab/km2]

210,05 38,83

Número de eNB’s 4

Faixa de Frequências

[GHz] 2,6

Largura de Banda [MHz] 20

Padrão de distribuição de

frequências 1

Espaçamento entre PCI’s 4

Sectores Trisectorizados

Antenas

18,5 dBi de ganho

65º de abertura

duplamente polarizadas a 45º

Potência de Transmissão

Total [dBm] 43

Potência de Transmissão

dos sinais de referência

[dBm]

12

A atenuação máxima permitida foi calculada para um

utilizador veicular a 70 km/h no Transmission Mode 3 (TM3),

(MIMO 2x2 Open loop), sendo este o modo de transmissão

preferencial durante a obtenção de medidas.

A distância entre sites (Intra Site Distance, ISD) média para

a rede piloto da área 1 era de aproximadamente 540 m,

definindo-se o raio de célula com o valor de 360 m.

O planeamento foi efetuado tendo em conta este último

valor. Assumindo a validade do modelo LTE-PL, foi usado

para calcular a atenuação de propagação máxima.

O link budget seguiu a metodologia proposta pela Ericsson

[5], onde se assumiu uma percentagem da cobertura da área de

95% e um desvio padrão de 10 dB, assemelhando-se ao valor

obtido e estando assim tabelado. Os resultados experimentais e

do planeamento efetuado encontram-se na TABELA V.

TABELA V

COMPARAÇÃO ENTRE O PLANEAMENTO E OS INDICADORES

EFECTIVOS

Sentido Indicadores Obtido Simulado

Uplink Throughput 31 Mbit/s 31,8 Mbit/s

SINR 12,5 dB 14,64 dB

Downlink Débito binário 65 Mbit/s 66,9 Mbit/s

Throughput 18 dB 18,38 dB

É possível comprovar a validade da metodologia utilizada

em conjunção com o modelo LTE-PL proposto, tendo em

consideração a semelhança entre os valores simulados e

obtidos para o throughput e a Signal to Interference plus Noise

Ratio (SINR).

III. MEDIDAS EM LTE

A. Regime estacionário

As medidas realizadas para os pontos estáticos tiveram

como objectivo a análise do desempenho da rede piloto em

regime estacionário. Os locais de interesse influenciaram a

escolha destes pontos, mas eram também locais com boas

condições de nível de sinal.

Foram feitas 10 sessões com a duração de 60 segundos onde

se gerou tráfego UDP nos dois sentidos da ligação, com um

equipamento de categoria 3 [6]. As estatísticas obtidas para o

downlink podem ser observadas na TABELA VI.

TABELA VI

ESTATÍSTICAS OBTIDAS EM DOWNLINK EM REGIME

ESTACIONÁRIO

Downlink Área 1 Área 2

Ponto 1 2 3 1 2 3

Distância ao eNB [m]

118 181 557 1290 286 201

Sessões realizadas 10 10 10 10 7* 10

Quebras de serviço 0 0 0 0 0 0

Acessibilidade de serviço [%]

100 100 100 100 100 100

Setups não

realizados 0 0 0 0 0 0

RSRP Médio [dBm] -58,2 -82,5 -73,8 -83,1 -69,1 -83,3

RSRQ Média [dB] -9,1 -10,2 -9,5 -9,5 -7,9 -9,6

SINR Média [dB] 23,1 21,6 23,1 20,2 25,4 23,2

Débito Binário Médio [Mbit/s]

86,3 81,5 77,1 78,8 86,3 81,3

Débito Binário

Máximo [Mbit/s] 97,3 94,5 89,8 93,5 99,3 95,9

Latência [ms] 20 19 19 35 36 53

Amostras QPSK 7 5 25 10 4 23

Amostras 16QAM 4 41 17 28 4 10

Amostras 64QAM 620 592 583 614 461 623

PDSCH MCS0

Mediano 27 24 26 22 28 26

PDSCH MCS1

Mediano 27 24 26 22 28 26

Wideband CQI

Médio 11,9 13,4 11,5 11,5 14,2 12,4

* Apenas foram obtidas sete sessões pois o ficheiro de medidas encontrava-se corrompido.

Em primeiro lugar é possível observar que a acessibilidade

não registou nenhum problema, estando o serviço sempre

acessível para a realização de tráfego.

Para a área 1, o comando ping registou valores bastante

inferiores de latência relativamente aos máximos definidos

pelo 3GPP, podendo suportar qualquer dos serviços

propostos [7]. Embora para a área 2 tenham sido registados

valores mais elevados, ainda se mantêm dentro do limite. Essa

situação deve-se ao facto de existirem mais nós entre o User

Equipment (UE) e o Packet Data Network Gateway.

Relativamente ao throughput máximo obtido, é possível

observar que é bastante próximo ao máximo teórico do LTE

Release 8. O throughput médio é apenas inferior 10 a

5

15 Mbits/s relativamente ao máximo registado, para uma SINR

média acima de 20 dB.

Os testes em uplink foram registados nos mesmos pontos

de downlink, sendo o nível de sinal RSRP idêntico. As

estatísticas para o uplink apresentam-se na TABELA VII.

TABELA VII

ESTATÍSTICAS OBTIDAS EM UPLINK EM REGIME ESTACIONÁRIO

Estatísticas Uplink Área 1 Área 2

Ponto 1 2 3 1 2 3

Distância ao eNB [m] 118 181 557 1290 286 201

Sessões realizadas 10 10 10 10 10 10

Quebras de serviço 0 0 0 0 0 0

Acessibilidade de

5ervice [%] 100 100 100 100 100 100

RSRP Médio [dBm] -58,6 -85,4 -75,1 -83,3 -72,9 -83,1

RSRQ Média [dB] -5,8 -5,9 -5,9 -5,4 -3,8 -5,31

Débito Binário Médio

[Mbit/s] 43,6 35,5 44,2 38,9 44,3 38,62

Débito Binário Máximo [Mbit/s]

48,1 45,9 48,6 43,9 50,5 43,47

Note-se a diferença do sinal RSRQ em relação ao obtido em

downlink. Este é mais baixo, o que quer dizer que apresenta

menor interferência na largura de banda utilizada. Essa

situação deve-se ao facto de não existir transmissão de dados

no sentido descendente da ligação, no plano do utilizador.

Os débitos máximos são, tal como em downlink, bastante

próximos do máximo teórico para um equipamento de

categoria 3.

É possível comprovar que o desempenho do LTE nos dois

sentidos da ligação, em condições reais e em regime

estacionário, pode-se considerar igual ao esperado

teoricamente.

B. Regime de mobilidade

Em regime de mobilidade foram feitos 3 percursos idênticos

nas situações em que o UE se encontrava: em modo inactivo

(idle); a realizar tráfego em downlink e a realizar tráfego em

uplink.

Em modo inactivo é possível avaliar a distribuição dos

PCI’s na área de estudo, ou seja, permite saber qual o alcance

de cada célula e identificar algumas situações de conflito ou

mal dimensionadas. Esta análise ainda disponibiliza a

informação de re-seleção celular.

O percurso efetuado para o downlink é visível na Fig. 4, tal

como o throughput obtido para as duas áreas. Dos mapas é

possível identificar zonas com baixa qualidade de serviço,

vulgo, débito binário baixo (inferior a 20 Mbit/s).

A análise conjunta dos mapas de RSRP, RSRQ e da SINR,

permitem identificar as causas das zonas com baixo débito. Ou

seja, a análise do sinal RSRP permite definir os níveis de

cobertura de sinal na zona problemática e em conjunção com o

sinal RSRQ determinar se o débito é baixo devido à falta de

cobertura ou a interferência. Por último, é desejável que a

SINR seja o mais elevada possível de forma a alcançar o

throughput máximo.

Fig. 4. Débito binário obtido para o percurso em downlink para a área 1 (em

cima) e para a área 2 (em baixo)

Do percurso identificado, para além dos mapas referidos,

foi ainda possível obter as estatísticas presentes na TABELA

VIII.

Das estatísticas apresentadas destaca-se o débito médio que

se situa a metade do débito máximo teórico. O modo de

transmissão preferencial é o modo TM3 e a Block Error Ratio

(BLER) média situa-se entre os 10% e os 15%, como seria

desejável, de modo a evitar retransmissões elevadas [8].

TABELA VIII

ESTATÍSTICAS OBTIDAS EM DOWNLINK EM REGIME DE

MOBILIDADE

Estatísticas Downlink Área 1 Área 2

Pontos Obtidos 7494 12159

Sucesso Acessos aleatórios [%] 98,72 95,07

Sucesso RRC Connect [%] 100 100

Acessibilidade de serviço [%] 92,98 95,5

Número de setups não realizados 4 5

Tentativas de Handover 173 579

Sucesso dos Handovers [%] 99,42 99,83

RSRP Médio [dBm] -90,12 -95,53

RSRQ Média [dB] -9,86 -10,49

SINR Média [dB] 15,10 12,69

Débito Binário Médio [Mbit/s] 48,88 45,66

Débito Binário Máximo [Mbit/s] 100,25 99,97

Quantidade de amostras QPSK 698 1304

Quantidade de amostras 16QAM 3726 8685

Débito Binário

[Mbit/s]

[80,100]

[60,80[

[40,60[

[20,40[

[1,20[

[0,1[

6

Quantidade de amostras 64QAM 1124 1898

Número de amostras em TM3 6974 11910

Número de amostras em TM2 147 84

PDSCH MCS0 Mediano 17 16

PDSCH MCS1 Mediano 16 15

Número de amostras MCS0 5887 11887

Número de amostras MCS1 5318 11649

PDSCH BLER Média [%] 13,57 10,34

Wideband CQI Médio 9,99 10,08

O percurso de uplink, apresentou mapas de sinal RSRP

semelhantes aos de downlink. Os mapas RSRQ apresentaram

valores mais baixos pelas razões identificadas no regime

estacionário, desse modo apresentam-se apenas as estatísticas

principais obtidas para este percurso, na TABELA IX.

Deste percurso também é possível identificar que, à

semelhança do downlink, o débito binário médio se encontra a

cerca de metade do valor máximo.

Note-se ainda que a potência de transmissão apresenta um

valor próximo do máximo permitido, especialmente para a

área 2. Tendo em conta que essa área apresenta uma área

maior, essa é uma situação expectável. Isso reflectir-se-ia

numa perda na autonomia da bateria. No entanto, como os

testes foram realizados apenas para um utilizador, estes

envolveram o aproveitamento total da largura de banda e

exigiram sempre o máximo débito possível da rede.

TABELA IX

ESTATÍSTICAS OBTIDAS EM UPLINK EM REGIME DE

MOBILIDADE

Estatísticas Uplink Área 1 Área 2

Sucesso Acessos aleatórios [%] 96,89 100

Sucesso RRC Connect [%] 95,71 100

Acessibilidade de serviço [%] 94,29 100

Número de setups não realizados 4 0

Tentativas de Handover 141 743

Sucesso dos Handovers [%] 100 100

RSRP Médio [dBm] -88,48 -96,86

RSRQ Média [dB] -6,97 -4,69

SINR Média [dB] 15,74 13,57

Débito Binário Médio [Mbit/s] 24,32 18,41

Débito Binário Máximo [Mbit/s] 48,84 48,48

Potência Transmissão Média [dBm] 21,01 24,06

IV. DESEMPENHO

A. Eficiência Espectral

Uma das características definidas para o LTE é o de

apresentar uma eficiência espectral superior ao High Speed

Packet Access (HSPA), das anteriores redes de terceira

geração (3G). Nomeadamente, o LTE apresenta uma

eficiência espectral de três a quatro vezes superior ao High

Speed Downlink Packet Access (HSDPA) Release 6 e de duas

a três vezes superior ao High Speed Uplink Packet Access

(HSUPA) [9].

Da Fig. 5 é possível identificar que a rede piloto estudada

cumpre os requisitos do 3rd

Generation Partnership Project

(3GPP), com uma eficiência espectral, relativamente ao HSPA

Release 6, de 3,06 vezes superior em downlink e de 2,65

superior em uplink.

A rede piloto apresenta ainda um desempenho superior à

média no uplink [10].

Fig. 5. Comparação entre a eficiência espectral do HSPA R6, a rede LTE

piloto, a média de diversos fornecedores e o máximo teórico.

B. Throughput

O throughput é, a par da latência, um dos mais importantes

indicadores para análise do desempenho da rede LTE. Desse

modo, para oferecer um determinado débito ao utilizador é

necessário estabelecer uma SINR mínima que garanta o

serviço pretendido. A obtenção dessa SINR pode ser feita de

duas formas: simulações ou medidas empíricas.

Na Fig. 6 é possível observar as curvas da SINR usadas no

planeamento e as obtidas empiricamente.

Fig. 6. Throughput em função da SINR. Comparação entre o limite de Shannon, as regressões lineares dos valores obtidos para as duas áreas de

estudo e a fórmula utilizada no planeamento.

HSPA R6 Medidas Média Máximo0

0.5

1

1.5

2

2.5

Efi

ciên

cia

Esp

ectr

al

[bit

/Hz/

Cél

ula

]

Downlink

Uplink

-10 0 10 20 300

20

40

60

80

100

SINR [dB]

Th

rou

gh

pu

t [M

bit

/s]

Área 1 (Lowess 0.7)

Área 2 (Lowess 0.7)

Planeamento

Limite Shannon

7

Note-se que existe uma diferença entre a implementação na

rede piloto e o limite de Shannon de cerca 12 dB [11].

A Fig. 6 permite verificar mais uma vez que a determinação

da SINR no planeamento para as áreas de estudo se adequa à

SINR efectiva da rede piloto. É portanto possível extrair uma

relação entre a SINR necessária para oferecer um determinado

serviço.

C. CQI

O CQI (0-15) é um indicador reportado pelo UE das

condições do canal, sendo tanto mais baixo quanto a qualidade

de transmissão seja menor . Este é usado pelo scheduler

(escalonador) para aferir as condições do canal e determinar a

codificação e modulação a ser utilizada pelo UE em downlink.

A Fig. 7 pretende estabelecer uma relação entre o Wideband

CQI e a SINR obtida no sentido descendente da ligação, da

rede piloto.

Esta análise possibilita discernir entre possíveis problemas,

ou seja, a média de cada índice CQI tem que apresentar uma

relação aproximadamente linear com a SINR. Se isso não

acontecer, vão existir problemas ao nível do throughput

máximo oferecido, e do número de retransmissões efectuadas.

Caso o valor de CQI efetivo seja bastante inferior ao da média,

a qualidade do canal pode não suportar a modulação e

codificação atribuídas, aumentando o número de blocos com

erro e consequentemente as retransmissões. Caso seja superior

,irá existir um desaproveitamento dos recursos rádio pois

poder-se-ia oferecer um serviço com uma qualidade mais

elevada, nomeadamente um débito mais elevado.

Tendo em conta o desempenho analisado, a Fig. 7 aparenta

ter uma boa correspondência entre esses dois indicadores.

Fig. 7. Mapeamento do CQI em função da SINR da rede piloto.

D. BLER

A Fig. 8 representa os valores de throughput em função da

BLER. Tendo em conta que a BLER deve apresentar valores

abaixo dos 10%, nota-se que a maior parte dos pontos obtidos

estão situados em torno desse valor [8].

Para a BLER superior a esse valor, embora não seja possível

estabelecer uma relação com confiança devido ao menor

número de pontos, observa-se o impacto da BLER no débito

máximo, o qual tende a decrescer. Essa situação é facilmente

explicável pois o aumento de pacotes com erro, implica a

retransmissão da informação, levando a uma diminuição do

débito médio oferecido ao utilizador.

Fig. 8. Valores de throughput obtidos em função da BLER para as duas áreas

de estudo.

E. Distância ao eNB

A distância ao eNB desempenha um papel importante na

propagação do sinal, pois esta vai condicionar tipicamente um

aumento da atenuação do sinal, à medida que se aumenta a

distância entre os terminais.

Na Fig. 9 observa-se o comportamento da SINR e da BLER

médias. Tal como seria de esperar, à medida que a distância

aumenta a qualidade do sinal decresce, no entanto, a

adaptação da ligação permite à BLER manter-se estável em

torno dos 10%, como é desejável.

Acima dos 2 km a SINR torna de novo a aumentar,

devendo-se essa situação a um eNB que se encontrava a radiar

muito alto, sendo este também o responsável pelas amostras

recolhidas a essas distâncias. Como ainda existia linha de vista

com esse eNB, levou ao aumento da SINR identificadas.

Fig. 9. SINR e BLER em função da distância para a área 2.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

-5 0 5 10 15 20 25 30

CQ

I

SINR [dB]

Medidas

Lowess 0.7

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000

20

40

60

80

100

BLER [%]

Th

rou

gh

pu

t [M

bit

/s]

Área 1

Área 2

0 0.5 1 1.5 2 2.5 30

5

10

15

20

Distância [km]

SIN

R [

dB

]

0 0.5 1 1.5 2 2.5 30

5

10

15

20

BL

ER

[%

]

SINR

BLER

8

Por último, é de referir que pelo menos até 2,7 km em

condições de linha de vista e de pouca carga na rede, usando

uma frequência de 2,6 GHz, foi possível oferecer no limite da

célula uma SINR média de 7 dB. Conseguindo suportar um

throughput médio de aproximadamente 30 Mbit/s.

F. Velocidade do UE

Tendo em conta os objetivos da mobilidade propostos para

o LTE, este necessita manter um elevado desempenho até aos

120 km/h [9]. Foi também verificada a influência da

velocidade na transmissão, nomeadamente no débito binário

médio, na SINR média e se provocava alterações significativas

ao nível da BLER.

Uma vez que as áreas de teste da rede LTE piloto se

encontravam em malha urbana, existiam apenas alguns pontos

com vias rápidas, não tendo sido obtidas medidas acima de

90 km/h.

Em primeiro lugar, a Fig. 10 retracta o débito binário médio

obtido em função da velocidade. Como é observável, para a

área 1 existe um decréscimo do débito binário a velocidades

elevadas.

Fig. 10. Throughput médio em função da velocidade para as duas áreas de estudo.

Essa descida leva a crer que para um utilizador que se

desloque num veículo a uma velocidade superior a 70 km/h vai

ter perdas significativas em termos da qualidade de serviço,

nomeadamente ao nível do throughput.

No entanto na análise da Fig. 11 é possível ver que esse

decréscimo deve-se ao facto da SINR ser também menor,

provocada por uma diminuição dos níveis de sinal e não pelo

impacto da mobilidade. Aliás, visível para a área 2, nota-se

que o impacto da velocidade até pelo menos 90 km/h não

influencia significativamente o desempenho da ligação.

Fig. 11. SINR média em função da velocidade para as duas áreas de estudo.

Na Fig. 12 é visível que para a área 1 a BLER média

aumentou para velocidades maiores, no entanto, esta deve-se à

diminuição da qualidade do canal rádio como se viu na Fig. 11.

Seria de esperar que para velocidades maiores, aumentasse o

número de retransmissões, mas como se observa para a área 2,

a BLER média manteve-se por volta dos 10% e vem reforçar a

robustez do LTE em regime de mobilidade.

Fig. 12. BLER média em função da velocidade para as duas áreas de estudo.

Apesar da velocidade média analisada não ter sido

considerada até aos 120 km/h, esta não apresenta alterações

significativas no desempenho até 90 km/h, o que deixa

adivinhar que para a mobilidade considerada pelo 3GPP, a

rede vai conseguir manter níveis de desempenho bastante

semelhantes ao regime estático ou a baixas velocidades.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 900

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Velocidade [km/h]

Th

rou

gh

pu

t M

édio

[M

bit

/s]

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Área 1

Área 2

0 10 20 30 40 50 60 70 80 900

5

10

15

20

Velocidade [km/h]

SIN

R M

édia

[d

B]

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Área 1

Área 2

0 10 20 30 40 50 60 70 80 900

5

10

15

20

Velocidade [km/h]

BL

ER

Méd

ia[%

]

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Área 1

Área 2

9

V. CONCLUSÕES

Este artigo teve como objetivo analisar o desempenho

efetivo de uma rede LTE em comparação com os valores

teóricos e as simulações. Além disso, certas considerações

deste artigo podem ser aplicadas numa futura rede LTE, em

termos de planeamento e otimização.

Em primeiro lugar refira-se a confirmação da viabilidade

dos dois modelos propostos LTE-PL e o melhoramento do

modelo Okumura-Hata, através das medidas empíricas

realizadas numa área urbano denso.

Em relação à margem de desvanecimento para o mesmo

tipo de área (urbano denso) foi definido um valor de 11 dB.

Relativamente às perdas de penetração in-car foram definidos

2,7 dB.

A metodologia analisada em conjunção com o modelo de

propagação LTE-PL, também se revelou fidedigna para

executar um planeamento em LTE.

Relativamente às medidas realizadas, foi possível observar

que os valores máximos obtidos são idênticos aos máximos

teóricos, enquanto que os valores médios (em mobilidade) se

situam a cerca de metade desses valores.

A BLER média situava-se bastante próxima dos 10%, sendo

esse o valor desejável, de forma a evitar retransmissões

elevadas e as consequências que advêm dessa situação.

A eficiência espectral da rede analisada, esta cumpre os

requisitos do 3GPP. Tendo em conta as medições, não se pode

afirmar com certeza que cumpre os requisitos de mobilidade,

no entanto, deixa supor que tal facto seja possível.

AGRADECIMENTOS

Os autores desejam agradecer à CELFINET - Consultoria

em Telecomunicações, Lda. pelo suporte e financiamento

deste trabalho.

REFERÊNCIAS

[1]. Nascimento, João. Análise do Desempenho de uma Rede

Móveis Long Term Evolution. Lisboa : ISEL, 2012.

[2]. MathWorks. Matlab: The Language of Technical

Computing. MathWorks. [Online] [Citação: 5 de Setembro de

2012.] http://www.mathworks.com/products/matlab/.

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Mobile Radio Services. Vehicular Technology, IEEE

Transactions on. 1980, Vols. 29, Issue 3, pp. 317–325.

[4]. European Comission. Digital mobile radio towards future

generation systems; COST Action 231. Belgium : Office for

Official Publications of the European Communities, 1999.

ISBN 92-828-5416-7.

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Estocolmo : s.n., 2010. 1/100 56-HSC 105 50/1-T Uen J.

[6] 3GPP Technical Specification 36.101. Evolved Universal

Terrestrial Radio Access (E-UTRA);User Equipment (UE)

radio transmission and reception (Release 8). France : 3GPP,

2008.

[7] 3GPP Technical Specification 22.105. Service aspects;

Services and service capabilities (Release 8). France : 3GPP,

2009.

[8] Kreher, Ralf e Gaenger, Karsten . LTE Signaling,

Troubleshooting and Optimization. United Kingdom : John

Wiley & Sons, Ltd, 2011. 978-0-470-68900-4.

[9] 3GPP. UTRA-UTRAN Long Term Evolution (LTE) and

3GPP System Architecture Evolution (SAE). s.l. : 3GPP, 2006.

[10] 3GPP TSG RAN R1-072261. LTE Performance

Evaluation – Uplink Summary. s.l. : 3GPP, 2007.

[11] Shannon, C. E. Communication in the presence of noise.

Proc. Institute of Radio Engineers. 1949, Vol. 37.

[12] Nokia Siemens Networks. The impact of latency on

application performance. Nokia Siemens Networks. [Online]

[Citação: 7 de Agosto de 2012.]

http://www.nokiasiemensnetworks.com/system/files/document

/LatencyWhitepaper.pdf.