Upload
vannhan
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR
Elza Podgursk∗
Miriam Pan∗
RESUM0
O DEEIN - Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná propõe uma política de “Avaliação no Contexto Escolar” a fim de orientar o processo educacional de inserção de alunos com deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais do Desenvolvimento em Salas de Recursos de 5ª a 8ª Séries. O presente artigo tem por objetivo analisar a dimensão pedagógica da implementação desta política nas escolas do Estado. Para a execução desta análise foi realizado um estudo teórico-documental dos fundamentos contidos na legislação vigente, e pesquisa de campo com a realização do GTR – Grupo de Trabalho em Rede, constituído por 37 (trinta e sete) professores da Rede Pública Estadual, atuantes na área de Educação Especial, por meio de encontros virtuais pela Plataforma MOODLE. Participaram também 5 (cinco) membros de um Colégio Estadual, do município de Curitiba, com a realização de um Grupo de Estudos presencial, com a duração de 64 horas. Os resultados obtidos indicaram que a maioria dos participantes pesquisados não tem clareza sobre o processo de avaliação no contexto escolar para encaminhamento dos alunos para o serviço de apoio citado, o que parece acarretar maiores dificuldades como interação, discussão e efetivo trabalho com a equipe pedagógica bem como com a família. Pode-se concluir que o processo da avaliação no contexto escolar requer investimentos da formação continuada dos profissionais da educação, de forma a proporcionar um atendimento eficaz quanto ao ingresso a esse serviço de apoio especializado da Educação Especial.
PALAVRAS-CHAVE: necessidades especiais, avaliação no contexto escolar, inclusão.
ABSTRACT
Professora Especialista da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná e pesquisadora do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional. Professora Doutora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Paraná, orientadora desta pesquisa.
The DEEIN - Department of Special Education and Educational Inclusion of the SEED - Secretary of Education of Paraná proposed a policy of "Assessing the School Context" to guide the educational process of integration of students with disabilities Mental / Intellectual and Functional Disorders of Development in Resource Room, 5 th to 8 th grade. This article aims to examine the extent of implementation of educational policy in schools in the state. To implement this analysis was a study of theoretical and documentary grounds contained in current legislation, and field research with the creation of the GTR - Network Working Group, consisting of 37 (thirty-seven) teachers from the public State, acting in the area of Special Education, through virtual meetings by Moodle Platform. They also five (5) members of the Team of Pedagogical State College, the city of Curitiba, in the conduct of a study group presence, with a duration of 64 hours. The results indicated that most participants surveyed do not have clarity on the process of evaluation in the school for referral of students to support the service said, which seems to cause more difficulties as interaction, discussion and work effectively with team teaching and as with the family. It can be concluded that the process of evaluation the school requires investment in training of professional continuing education in order to provide an effective service on the entrance to the service of specialist support of Special Education.
KEYWORDS: special needs assessment in the school, inclusion.
INTRODUÇÃO
Atualmente, ao se pensar em Educação somos levados a
questionamentos referentes à Inclusão e, consequentemente, à Diversidade.
Percebe-se que, apesar de toda a disseminação sobre esse assunto, o
entendimento de seu significado ainda é vago. Esse posicionamento pode ser
observado em discussões sobre o tema em todos os segmentos sociais, inclusive
na própria escola.
Entende-se que os alunos que apresentem alguma deficiência
devem ser atendidos pelas políticas públicas inclusivas, como se apenas estes
estivessem à margem do processo educacional em virtude de sua evidente
diversidade. Contudo, a realidade escolar demonstra que há necessidade de
reflexão sobre todas as diferenças existentes. A heterogeneidade é inerente ao
ser humano e a escola deveria, a princípio, reconhecer e atender a toda a
diversidade.
A tendência mundial acerca da inclusão tem raízes na busca pela
dignidade da pessoa humana e pode ser considerada como o princípio
fundamental do qual decorrem os demais princípios, tais como o da igualdade e o
da isonomia, conforme assevera Nunes (2002).
O Princípio da Isonomia, segundo o qual todas as pessoas são
iguais perante a lei, assegurado também pela Constituição Federal (1988), tem
por objetivo fundamental o atendimento ao princípio de igualdade de direitos e
oportunidades. Também são previstos em vários documentos de âmbito
internacional e nacional que contemplam os direitos humanos.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Especial
para a Construção de Currículos Inclusivos (2006), no Paraná, a inclusão
educacional apresenta-se como um processo gradativo, dinâmico e em
transformação, que exige o absoluto respeito e reconhecimento às diferenças
individuais dos alunos e à responsabilidade quanto à oferta e manutenção dos
serviços apropriados ao seu atendimento.
Com a evolução histórica dos movimentos sociais para universalizar
o acesso às escolas, desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948),
a Constituição Federal (1988), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
– Lei 9394/96, convergem para as necessidades de serem estabelecidas
condições à efetiva inclusão educacional e social. Assim, a Educação está voltada
para o reconhecimento do direito de aprender de todos, independentemente do
estilo de aprendizagem de cada um.
A dignidade nasce com o ser humano e, como este nasce, cresce e
vive inserido no meio social, natural que a dignidade deva estar presente nas
suas relações e liberdades, devendo sempre ser invocada quando houver
violação ou discriminação de algum de seus direitos e garantias, de modo que
não deixe de ser considerada em nenhum ato de interpretação, aplicação ou
criação de normas jurídicas, até mesmo por uma questão de dever social.
Frente a essa realidade, expressa e garantida legalmente, procura-
se buscar levantamentos sobre a garantia desse direito aos indivíduos que,
temporária ou permanentemente, encontram-se impossibilitados de exercê-lo.
A partir da Declaração de Salamanca (1994), documento que reflete
um consenso mundial sobre os rumos dos serviços educacionais especiais,
entende-se que “todas as escolas devem acolher todas as crianças,
independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais,
lingüísticas ou outras”. As escolas deverão, portanto, oferecer opções curriculares
que se adaptem aos alunos com capacidades e interesses diferentes. Os alunos
com necessidades educativas especiais devem receber apoio adicional em
programas de estudos adaptados às suas demandas.
Nessa linha, cabe um questionamento: quem seriam esses alunos?
Quais os mecanismos para identificá-los? Como reconhecê-los? Que
instrumentos avaliativos poderiam ser pensados e aplicados?
Pensar e escrever sobre avaliação tem sido ao longo do tempo, uma
preocupação constante entre educadores, bem como de todos aqueles que, de
uma forma ou de outra, acompanham a evolução de todo o sistema educacional.
Supõe-se, antes de tudo, a necessidade de reflexão sobre o objetivo
de avaliar, perguntar-se sobre as várias funções da avaliação, desde medir o nível
de aprendizagem obtido pelos alunos, bem como a busca do entendimento sobre
o processo ensino-aprendizagem.
Em todas as áreas da atividade humana, o tempo traz mudanças
que se fazem sentir por diversos níveis: mudam modelos teóricos, com eles os
conceitos, as práticas, as relações entre as pessoas, nossa forma de ver e de
pensar o mundo. E, enfim, nossa forma de interagir com o mundo.
Em educação as coisas não são diferentes. Neste setor, as dúvidas
são muitas e de natureza diversa. Em nossa vida profissional somos atingidos
diariamente por infindáveis perturbações de natureza didático-pedagógica
referentes à metodologia de ensino e conseqüentemente à prática avaliativa.
A educação é uma prática humana direcionada por uma
determinada concepção teórica de homem e sociedade, tratando-se de um
fenômeno cultural, de acordo com Luckesi (1986). A educação, nas suas diversas
possibilidades, serve à reprodução, mas também à renovação da sociedade.
Segundo Paulo Freire (1986), cada indivíduo é sujeito de sua
própria história, pode transformar sua realidade, participando eficazmente de toda
e qualquer manifestação de idéias e atos que promovam sua ascensão enquanto
cidadão.
A capacidade do homem de poder discernir o que é melhor para si
está condicionada à sua condição de perceber, de avaliar, de persuadir e tomar
decisão. Assim, Freitas (1995), o processo de avaliação está intrinsecamente
relacionado a esta atividade objetiva/subjetiva de apropriação e objetivação. O
homem está constantemente “avaliando” suas realizações por meio de um
permanente confronto entre o realizado e suas novas necessidades.
Este processo faz parte de nossa vida, já que é através da avaliação
que asseguramos o controle de qualidade de todo empreendimento; esse
entendimento estende-se também ao campo educacional. Abordar a questão da
avaliação implica necessariamente em reconhecer a questão do controle, ou seja,
a do poder. Esse também é um posicionamento abordado por Foucault (1987).
Para esse filósofo, a relação saber/poder é expressa através da concretização de
práticas disciplinares. Na escola, os mecanismos de controle podem ser
traduzidos por notas, menções, manuais, relatórios, avaliações, entre outros.
A escola pode ser um espaço possível de luta, de denúncia da
domesticação e reprodutividade e de procura de soluções. Com relação a esta
temática, Luckesi (1996) destaca a importância da conscientização de cada
indivíduo no ato de avaliar, quando afirma que planejamento, execução e
avaliação são componentes indissociáveis em qualquer projeto que se pretenda
realizar. Esses elementos devem fazer parte do Projeto Político-Pedagógico que
orienta uma escola.
Ainda para Freire (1986), o processo educativo é um ato político;
não há educação neutra. Tal processo caracteriza-se por ações que resultariam
em relação de domínio ou de liberdade entre os indivíduos. De um lado a
burguesia (opressores), de outro, os operários (oprimidos). Seria ideal uma
pedagogia libertadora passando por um efetivo, intenso diálogo (dialética),
contrária à educação bancária, tendo o professor como depositante e o aluno
como depositário, que redunda em cultura do silêncio do individualismo, da
competitividade, sendo estática, compartimentalizada, desconectada da realidade,
com alicerces na proposição de os alunos se ajustarem, se adequarem, se
adaptarem ao que lhes é imposto.
Todavia o que se constata é uma situação extremamente preocupante
de fracasso escolar, expressa por instrumentos de avaliação, amplamente
divulgados na mídia. De acordo com Patto (1999), para se entender o fracasso
escolar, deve-se procurar fazer a leitura de toda uma evolução da sociedade
capitalista, entendendo a história da educação vinculando-a com a história do
país e do mundo, suas inter-relações, os interesses das classes dominantes e de
tudo o que foi legislado pelos seus representantes.
A escola, que deve ser para todos, deve descobrir formas de tornar-
se um espaço para o exercício de liberdade e autonomia, para a expressão de
sentimentos e para o respeito pelo desenvolvimento daqueles que estão vivendo
o processo de escolarização. “Cada vez mais a história é entendida como obra de
muitas mãos” (Patto, 1999).
Torna-se imprescindível pontuar nesse momento que, na última
década do século XX, a inclusão torna-se objeto de discussão em todos os
espaços sociais de todo o mundo.
Embora esse movimento esteja predominantemente relacionado aos
indivíduos portadores de deficiências, é um equívoco supor que a proposta refere-
se apenas a esses sujeitos, posto que a inclusão educacional implica no
reconhecimento e atendimento às diferenças de qualquer aluno que, seja por
causas endógenas ou exógenas, temporárias ou permanentes, apresenta
dificuldades de aprendizagem.
A inclusão propõe-se como produto de uma educação plural e
democrática. Pode provoca uma crise escolar, repercutindo na identidade dos
professores e fazendo com que seja ressignificada a identidade do aluno.
“Extrapola o domínio técnico-teórico para se inscrever no campo ético e político,
colocando-nos em profunda indagação sobre nossas práticas, diante da fronteira
tênue a que nos remete entre o acolhimento e o abandono...” (Pan, 2005). Este
aluno torna-se outro sujeito, que deixa de ter uma identidade fixada em padrões,
modelos ideais, permanentes, essenciais, imutáveis...
Chega-se então à Educação Especial que se norteia por um critério
básico: a definição de um grupo de indivíduos que, por razões diversas, não
correspondem à expectativa de normalidade ditada pelos padrões sociais
vigentes. Ao longo da história, caracteriza-se como uma área da educação
incumbida de apresentar respostas educativas a alguns alunos que, a priori, não
apresentariam possibilidades de aprendizagem no coletivo das classes comuns.
Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a
construção de currículos inclusivos (2006), o Paraná vem priorizando a prática de
uma inclusão educacional responsável, por entender que este processo não
pode ser dissociado dos demais aspectos básicos de responsabilidade de todos
os outros segmentos sociais, que inter-relacionados fortalecem os sentimentos
éticos e de cidadania da população paranaense.
Vale lembrar Luckesi (1986), que acrescenta ser a escola e
processo de escolarização são elementos possibilitadores aos indivíduos, do
instrumental necessário para se chegar à compreensão, discernimento, ética,
criticidade e ação.
As diretrizes para a avaliação escolar têm respaldo na Lei de
Diretrizes e Bases Nº 9394/96, e na Deliberação Nº 07/99 – CEE, Conselho
Estadual de Educação do Paraná e Indicação Nº 001/99 das Câmaras de Ensino
Fundamental e Médio. São referenciadas a avaliação, de uma forma geral,
recuperação de estudos e promoção de alunos em todo Sistema Estadual de
Ensino do Paraná.
A avaliação escolar, mesmo sendo alvo de inúmeras reflexões, ao
contrário de ser uma aliada do processo ensino-aprendizagem, ainda hoje, vem
emperrando-lhe, uma vez que continua se constituindo, na maioria das vezes, em
classificação, rotulação e discriminação dos alunos. E o uso da avaliação apenas
como instrumento para classificar os alunos, aprová-los ou reprová-los, revela o
lado cruel da escola: a exclusão.
A Educação Especial recebeu da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDB 9394/96, a categoria de modalidade de ensino. Como
tal deve ser entendida como aquela que divide, partilha, os mesmos pressupostos
teóricos e metodológicos presentes nas diferentes disciplinas e demais níveis e
modalidades de ensino.
A avaliação escolar, mesmo sendo alvo de inúmeras reflexões, ao
contrário de ser uma aliada do processo ensino-aprendizagem, ainda hoje, vem
emperrando-lhe, uma vez que continua se constituindo, na maioria das vezes, em
classificação, rotulação e discriminação dos alunos. E o uso da avaliação apenas
como instrumento para classificar os alunos, aprová-los ou reprová-los, revela o
lado cruel da escola: a exclusão.
A avaliação dos alunos com necessidades especiais configura-se
como um assunto amplamente debatido entre todos os profissionais da
Educação, de foro pedagógico com vistas ao estabelecimento de políticas
públicas, objetivando o movimento inclusivo.
Diante destes aspectos elencados acerca do tema e que são a
expressão legal dos procedimentos adotados pelo DEEIN/SEED, são inúmeros os
questionamentos que surgem. Considera-se de fundamental importância a
presente temática, visando a uma maior contextualização no atual movimento
inclusivo.
A presente pesquisa teve por objetivo analisar o processo e as
principais dificuldades encontradas pelas equipes pedagógicas das escolas, sobre
o encaminhamento dos alunos para inserção nas Salas de Recursos 5ª. a 8ª.
Séries – Deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais do
Desenvolvimento, através da Avaliação no Contexto Escolar, proposta pelo
DEEIN - Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional, da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
MÉTODO
Participantes:
Participaram inicialmente da pesquisa 37 (trinta e sete) professores
da Rede Pública Estadual, atuantes nas diversas áreas, independentemente do
município e estabelecimento de ensino de lotação, através de encontros virtuais
pela Plataforma MOODLE.
Também fizeram parte desta pesquisa, 5 (cinco) membros da Equipe
Pedagógica de um Colégio Estadual , do município de Curitiba, em um Grupo de
Estudos presencial, com a duração de 64 horas.
Procedimentos e instrumentos:
Para a realização dessa pesquisa, elegeu-se o grupo de estudos
como principal instrumento de trabalho. Foram realizados dois grupos: um virtual
e outro presencial.
O GTR - Grupo de Trabalho em Rede, de forma virtual teve início em
setembro de 2007 com término em Junho de 2008. Este grupo de trabalho foi
concluído com 15 participantes. Os demais deixaram de participar, durante o
período de realização, por motivos de ordem particular.
O Grupo de Estudos presencial foi realizado durante o período de 14
de março de 2008 a 06 de junho de 2008, em um Colégio Estadual.
Os instrumentos utilizados foram as leituras indicadas, análise do
Plano de Trabalho da pesquisadora, elaborado para este fim, e ainda o
levantamento das dificuldades acerca da Avaliação no Contexto Escolar, através
de questionários.
Esta pesquisa inseriu-se em uma perspectiva metodológica de
valorização da relação pedagógica, buscando a colaboração entre os sujeitos
participantes, pois se entende que o ato de pesquisar refaz o relacionamento
adequado e ético entre os mesmos, tornando-os sujeitos que buscam a
emancipação. Para Demo (2000, p. 61), “a pesquisa é parte do processo de
formação da consciência crítica, que sempre começa pela capacidade de
questionar. Reaparece na formação da competência, como expediente central da
qualidade formal e política. Reluz sempre no processo de sua constante
reconstrução e incorpora o movimento de conquista permanente”.
Análise dos dados:
Os dados levantados nos GTR e Grupos de Estudos foram
comparados para o levantamento de categorias de análise. Estas categorias
foram apresentadas em respostas dos participantes e analisadas com o apoio do
referencial teórico elencado.
RESULTADOS
O levantamento dos dados mostrou as dificuldades encontradas
pelas equipes pedagógicas das escolas, quanto à Avaliação no Contexto Escolar,
para o encaminhamento de alunos nas Salas de Recursos 5ª. a 8ª. Séries –
Deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais do Desenvolvimento.
Entende-se que a avaliação é um processo contínuo e qualitativo,
evidenciando o seu aspecto significativo e funcional nos níveis e modalidades do
sistema educacional. Indica uma fonte inesgotável de questionamentos ao longo
do tempo e deve acompanhar a evolução de todo o sistema educacional. O
levantamento dos dados indicou vários aspectos relevantes e que demonstram a
necessidade da continuidade de pesquisas na área de Educação Especial,
especificamente no que tange à Avaliação Educacional no Contexto, para
inserção de alunos em Salas de Recursos 5ª. a 8ª. Séries – Deficiência
Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais do Desenvolvimento.
As categorias levantadas apresentam-se na tabele que se segue.
Tabela 1: Principais dificuldades encontradas pelas equipes pedagógicas das escolas, sobre o encaminhamento dos alunos para inserção nas Salas de Recursos 5ª. a 8ª. Séries – Deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais do Desenvolvimento, através da Avaliação no Contexto Escolar.
Categoria No. de participantesInclusão e Diversidade 42O educador diante de sua prática de
avaliação
42
Quem é o aluno 35Formas de ingresso 28Importância da participação da família 20
A primeira categoria refere-se à Inclusão e Diversidade. Todos os
professores demonstraram a dificuldade de entendimentos sobre Inclusão e
Diversidade. Através dos relatos postados e discutidos percebe-se que a grande
maioria dos professores sente-se frágil, insegura e que expressa dificuldades em
lidar com estas questões, demonstrando medo frente ao desconhecido e às vezes
apresentando profunda resistência à necessidade de mudanças. Ainda,
manifestam que, há mais de uma década, o Estado do Paraná encontra-se às
voltas com discussões relativas à Educação Inclusiva; muitas são as dúvidas,
questionamentos, incertezas, resistências, posicionamentos favoráveis e
desfavoráveis da população pesquisada. Citam: para quem se destina a inclusão,
como reconhecer os alunos que seriam de inclusão, como atender um aluno
deficiente junto aos demais na sala de aula, como o professor sem conhecimento
na área terá condições de atendê-los, entre outros.
A categoria o educador diante de sua prática de avaliação,
apresentou congruência entre todos os participantes, visto que foram unânimes
em afirmar que a avaliação é um tema abrangente, extremamente importante
para a continuidade da capacitação dos professores e demais profissionais
ligados a educação. Declaram ainda que, a avaliação permite ao educador
direcionar e/ou redirecionar seu trabalho, elaborar seu planejamento, fazer
intervenções, propor adaptações ou flexibilizações curriculares, considerando o
que o aluno é capaz de desenvolver. O processo de avaliação é uma prática
contínua e exige do professor um olhar mais amplo e criterioso sobre as
circunstâncias que pode estar interferindo no aprendizado do aluno. Aparece, no
rol das discussões, a questão do tratamento hegemônico como prática em sala de
aula: torna-se evidente, quando há afirmações de que alguns alunos chegam
avaliados para a Sala de Recursos “mas muitas vezes por falta de planejamentos
e intervenções adequadas no Ensino Comum, pois ainda na área educacional tem
se uma visão tradicional de que todos aprendem da mesma forma”. Ainda, 35
professores declararam que há necessidade da continuidade de discussões
acerca desse tema, visto que nem todos estão familiarizados com os significados
da avaliação, principalmente no que se refere à inclusão. Afirmam que se sentem
perdidos, não sabem como avaliar o aluno com necessidades educacionais
especiais. Consideram necessário um estudo aprofundando envolvendo autores,
teorias de avaliação, e ainda sobre as deficiências, visto que declaram só tendo
este conhecimento prévio, sentir-se-ão mais seguros e capacitados para uma
avaliação mais acertada.
Na terceira categoria, quem é o aluno, com uma participação
total de 35 professores, uma vez que 7 deixaram de responder, 11 profissionais
afirmaram ser aquele que apresenta necessidades próprias, diferente dos demais
alunos, no domínio das aprendizagens curriculares correspondentes à sua idade,
requerendo recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas. Para
essa categoria 14 professores expressaram que alunos de sala de recursos de 5°
a 8° série, são aqueles que não acompanham as matérias em sala, ou algumas
matérias em ritmo de aprendizagem lenta dos demais alunos, ou então aqueles
com comportamentos inadequados apresentando hiperatividade ou outro distúrbio
emocional, deficiência mental leve, distúrbio de aprendizagem ou com alguma
dificuldade bem acentuada que os impeçam de acompanhar o processo ensino-
aprendizagem com sucesso. Chegam neste serviço de apoio, já pelo
acompanhamento insatisfatório no decorrer do dia-a-dia em sala de aula. Ainda,
10 professores responderam que o aluno da sala de recurso é aquele que
apresenta baixa auto-estima, falta de concentração e memorização, possuindo
um histórico de repetência e que necessita de oportunidades por apresentar
formas diferentes de aprender.
A quarta categoria formas de ingresso associa-se ao
conhecimento que os professores têm quanto à inserção do aluno na Sala de
Recursos. Os 28 participantes, nessa etapa, foram unânimes em afirmar que o
aluno poderá vir egresso de um atendimento de Sala de Recursos – Séries
Iniciais, Classe Especial de Deficiência Mental acompanhado da cópia do relatório
Avaliação no Contexto Escolar ou Psicoeducacional, e do último relatório
semestral do serviço de apoio freqüentado. Neste caso, obviamente já foi
submetido à avaliação para ingresso em programas e/ou serviços da Educação
Especial, sendo que apenas está se dando continuidade ao processo. Para
alunos não-egressos, isto é, aqueles que freqüentam o ensino comum, mas que
suscitam atendimento especializado, os participantes declaram ser sabedores de
que há procedimentos específicos a serem cumpridos. É a Avaliação no Contexto
Escolar, que definirá o encaminhamento ou não do aluno para a Educação
Especial.
A quinta categoria importância da participação da família revela
através dos 20 participantes desta etapa, que há unanimidade em apontar que a
atuação e o envolvimento da família são de suma importância nesse processo,
porém é difícil, pois a escola atende uma comunidade bastante carente. Desde a
abertura desse serviço de apoio, os professores procuram envolver a escola e
família para juntos vencer os obstáculos apresentados. Os avanços vêm
acontecendo de forma lenta, contudo significativos. Há entendimento de que
deve haver interação e discussão com a equipe pedagógica e a família,
conhecendo com isso, as potencialidades do aluno, ritmo e estilo de
aprendizagem. Contudo, por inúmeros impedimentos, essa prática torna-se muito
rara.
Tendo em vista tais resultados, torna-se relevante uma revisão
do estudo teórico-documental dos fundamentos contidos na legislação vigente.
Com esta revisão, obtém-se um referencial da política pedagógica e
administrativa que vem sendo adotada no Estado do Paraná, por intermédio do
DEEIN/SEED. Esta demonstra respaldo nos fundamentos políticos-filosóficos,
expressos no documento Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a
Construção de Currículos Inclusivos (2006), bem como nos principais dispositivos
legais Nacionais e Internacionais, a fim de assegurar o atendimento educacional
especializado, com oferta preferencial na rede regular de ensino, de modo a
promover a igualdade de oportunidades e a valorização da diversidade no
processo educativo.
A Deliberação N.º 02/03 - CEE estabelece as normas para a
Educação Especial que é a modalidade da Educação Básica para alunos com
necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado do
Paraná. Observam-se no Capítulo V, disposições sobre a avaliação para a
identificação das necessidades educacionais especiais, esclarecendo que o
estabelecimento de ensino deve realizar avaliação no contexto escolar, para a
identificação das necessidades educacionais do aluno, do professor e da escola e
para a tomada de decisões quanto aos recursos e apoios necessários à
aprendizagem.
Frente às possibilidades apontadas principalmente nos textos da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e das Diretrizes Educacionais
para a Educação Especial na Educação Básica, ainda em vigor, o Departamento
de Educação Especial em 2004, em construção coletiva com os NREs – Núcleos
regionais de Educação, organizou a Instrução Nº 05/04 para orientar o serviço de
apoio especializado - Sala de Recursos - Deficiência Mental e Distúrbios de
Aprendizagem – 5ª a 8ª séries, definindo o alunado, os procedimentos referentes
à avaliação no contexto escolar para identificação das necessidades educacionais
especiais, a organização, recursos (humanos e materiais) e aspectos
pedagógicos para atendimento especializado ao aluno.
Essa Instrução 05/04 foi substituída pela Instrução 13/08, como
resposta às necessidades que se fizeram presentes, pela evolução intrínseca a
todos os atendimentos educacionais especializados. Contempla aspectos
relativos à: natureza, alunado, ingresso, avaliação organização, recursos
materiais, relatórios de acompanhamento, avaliação dos resultados,
desligamento, transferência, autorização, renovação e cessação desse serviço.
Importante lembrar que as “Diretrizes da Educação Especial para
a Construção de Currículos Inclusivos” (SEED/SUED/DEE 2006) recomendam
que é necessário prever: flexibilizações curriculares que visem o atendimento dos
objetivos propostos no Projeto Político Pedagógico; a necessária busca de
metodologias adequadas de ensino, além de recursos didáticos diferenciados,
bem como Avaliação no Contexto Escolar, durante o processo de ensino e
aprendizagem, para identificação das necessidades educacionais e a eventual
indicação dos apoios pedagógicos, especializado ou não, adequado a cada
situação.
Nesta perspectiva, o DEEIN orienta que, no decorrer do processo
educativo, a avaliação de qualquer aluno seja primeiramente realizada pelo(s)
seu(s) professor (es) de sala. Como auxílio, contará (ão) com a equipe
pedagógica da escola e/ou com o apoio do professor especializado da escola.
Eventualmente, poderá contar com os profissionais das equipes de ensino
(comum e/ou especial) das Secretarias Municipais de Educação, dos Centros
Regionais de Avaliação, dos Núcleos Regionais de Educação, assim como dos
Departamentos que compõem a SEED - Secretaria de Estado da Educação.
De acordo com a Instrução 013/08, na avaliação no contexto
escolar enfatizam-se as áreas do desenvolvimento (cognitivo, motor, psicomotor,
afetivo-emocional e social), habilidades adaptativas (comunicação, cuidados
pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade,
independência na locomoção, saúde e segurança, desempenho escolar, lazer e
trabalho) e áreas do conhecimento acadêmico que constituem subsídios para o
processo de ensino-aprendizagem. Quando necessário, deverá se
complementada por profissionais externos (área neurológica, psicológica,
fonoaudiológica, e outras que se fizerem necessárias).
Esta prática da Avaliação no Contexto Escolar, intrínseca à Política
de Educação Inclusiva, tem como principal objetivo identificar as barreiras que
estão impedindo ou dificultando o processo educativo em suas múltiplas
dimensões, sendo os resultados indicadores para determinar os tipos e
intensidade dos apoios às necessidades educacionais individuais que os alunos
requerem para aprender.
Assim, a avaliação educacional no contexto escolar é mais um dos
recursos utilizados para orientar o aluno, o professor especializado, os
professores do ensino regular, a equipe pedagógica e também as famílias, quanto
ao tipo e intensidade de apoio que o aluno necessita para aprender, para
perceber seus avanços e suas dificuldades; ao professor, para que reveja os
procedimentos utilizados em sala de aula, assim como o planejamento dos apoios
intervenientes para o sucesso do educando.
A partir desta compreensão, a política de “Avaliação no Contexto
Escolar” indica que essa avaliação é dinâmica, interativa, preventiva e
interventiva, tendo como função permanente a análise crítica e o
acompanhamento do processo ensino-aprendizagem. Ela não será mais
classificatória, unilateral, excludente, isto é, centrada exclusivamente no
desempenho acadêmico do aluno.
DISCUSSÃO
Inclusão e Diversidade é tema precursor ou antecessor de toda
prática educativa, da concepção de aprendizagem e, consequentemente, das
práticas avaliativas. Uma das formas para que o processo de inclusão seja
efetivado, é a necessidade de conhecimento que, principalmente os profissionais
da Educação podem obter a respeito desse tema, tão amplamente difundido, sob
todas as formas de comunicação. Porém, esse fato é preocupante, visto que não
há familiaridade com o tema Inclusão e Diversidade, retratado pelos participantes
desta pesquisa. Toda a disseminação sobre esse assunto revela não ser
suficiente para as necessárias reflexões no âmbito escolar.
Considera-se a necessidade de mudanças no pensar e no fazer
de todos os envolvidos no processo educativo, momentos esses de reflexão sobre
a própria prática e consequentemente, a avaliação de alunos para
encaminhamento às Salas de Recursos. De acordo com Luckesi (1996), a
avaliação consiste num processo contínuo, embasado em observações
cotidianas, e através dela, direciona-se o trabalho docente e respeita-se o aluno
como um todo, com suas necessidades e capacidades.
Torna-se relevante ressaltar, neste momento, um
posicionamento retratado por alguns Professores quanto ao tratamento
hegemônico em sala de aula onde se identificaram relatos sobre atuação
expressiva da equipe pedagógica da escola, disponibilizando ao professor
variações metodológicas. No entanto, muitos deles não as acatam, mantendo
seus métodos tradicionais, muitas vezes reforçando a desigualdade, a
competitividade.
Essa questão relaciona-se diretamente com a necessidade da
continuidade da capacitação de professores, a formação continuada. Através
desse programa, as Salas de Recursos 5ª. a 8ª. Séries – Deficiência
Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais do Desenvolvimento poder-se-á
integrar as várias contribuições das diversas áreas de conhecimento presentes
nas escolas por meio dos profissionais, bem como a possibilidade de interfaces
com os demais segmentos organizados da sociedade e possíveis parcerias.
A avaliação, inerente e indissociável da ação educativa é
considerada como mais uma oportunidade que favorece e amplia as
possibilidades de aprendizagens significativas do educando. Os resultados da
avaliação refletem-se no desenvolvimento e aprendizagem do aluno e no
redirecionamento da prática educativa, conforme afirma Patto (1999). Portanto, a
avaliação configura-se como elemento dinâmico e transformador no processo
ensino-aprendizagem.
De acordo com Luckesi (1996), deve-se avaliar não só o aluno
com suas características, mas procurar entender seu processo individual de
aprendizagem, o contexto em que este se desenvolve, para que se alcance maior
eficácia na ação educativa. No entanto, percebeu-se que entre os professores
pesquisados, há concordância em declarar ser necessário rever as concepções
sobre o tema, bem como as atribuições de todos os profissionais envolvidos no
processo.
Ainda, para Luckesi (1996), a avaliação escolar tem como
principal objetivo conhecer o ponto de partida e o ponto de chegada do aluno, no
processo do conhecimento. Não se concebe mais a avaliação como unilateral,
centrada exclusivamente no desempenho do aluno, aferindo, selecionando, etc.
Necessita de mudanças no pensar e no fazer dentro de uma concepção interativa
e contextualizada no processo de ensino, do desenvolvimento e aprendizagem do
educando. Esses pressupostos estão reportados na legislação vigente, contudo
não houve nenhuma referencia aos documentos legais, pelos professores
pesquisados.
Verificou-se com esse trabalho, que o professor concebe a
avaliação para encaminhamento de alunos para as Salas de Recursos, como uma
prática devidamente fundamentada e necessária para o desempenho do seu
trabalho a fim de garantir o desenvolvimento do aluno, constituindo, porém, tema
de muitas dúvidas e incertezas.
CONCLUSÂO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa indicou vários aspectos relevantes e que
demonstram a necessidade da continuidade de pesquisas na área de Educação
Especial, especificamente no que tange à Avaliação Educacional no Contexto,
para inserção de alunos em Salas de Recursos 5ª. a 8ª. Séries – Deficiência
Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais do Desenvolvimento.
As práticas avaliativas atuais, na área da Educação Especial,
especificamente para esse serviço de apoio, necessitam de muitos estudos e
discussões, diante das dificuldades abordadas nas categorias, na apresentação
dos resultados, bem como da complexidade da mesma. Há assim a possibilidade
de, gradativamente, com esse processo reflexivo, de se reconstruir as novas
ações e espaços de atuação. É um percurso desafiador e que precisa de ousadia
e determinação dos envolvidos, ou os discursos continuarão bem construídos e
idealizados, e as práticas contraditórias, gerando acomodação e/ou frustração.
Mostrou-se necessária a efetividade do processo de inclusão
educacional de forma a garantir os apoios e serviços especializados, bem como
sua funcionalidade, para que todos aprendam, resguardando-se suas
singularidades.
Esse é um grande desafio para a escola, pois ela necessita de
profunda revisão dos paradigmas, até então, voltados mais especificamente para
os alunos evidenciando suas dificuldades, e agora, volta-se para a educação,
buscando ações e recursos que deverão ser disponibilizados e efetivados pela
escola, atendendo as diferentes características e necessidades dos alunos,
respeitando a diversidade e buscando formas para promoção da inclusão social.
Oportuno destacar que a maioria dos participantes, comunga
com o posicionamento de Pan (2004, pág. 139) quando esta afirma que o
atendimento de pessoas com necessidades educacionais especiais na rede
regular de ensino, exige dos seus profissionais conhecimentos em diferentes
áreas, seja a psicologia, medicina, pedagogia, arquitetura, entre outros, para
gerar um saber interdisciplinar; e mais, exige a consciência da necessidade de
luta por uma sociedade mais sensível, que deseje conviver e aprender com a
diversidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituições. Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei N. 9394/96.
Brasília. 1996.
FÉLIX, Loiva Otero. História e Memória: a problemática da pesquisa. Passo
Fundo: EDIUPF, 1998.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir – nascimento da prisão. Petrópolis, Vozes, 25ª
edição, 1987.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Petrópolis: Vozes, 1986.
FREITAS, Luiz Carlos de. Crítica da organização do Trabalho Pedagógico e da
didática. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação educacional escolar: para além do
autoritarismo. São Paulo, 1986.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 5ªed. São Paulo:
Cortez, 1996.
NUNES, Luiz Antonio Rizzato. O princípio constitucional da dignidade da
pessoa humana: doutrina e jurisprudência. São Paulo: Saraiva, 2002.
PAN, Miriam Aparecida Graciano de Souza. A deficiência mental e a educação
contemporânea – Uma análise de sentidos da inclusão escolar. In J.R.Facion
(Org). Inclusão Escolar e suas implicações. Curitiba: IBPEX, 2005.
PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação N. 02/2003.
PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação N. 07/1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação
Especial. Instrução N. 05/04. Curitiba. SEED/DEE: 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação.
Instrução N. 013/08. Curitiba. SEED/ SUED: 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Textos da Semana Pedagógica Julho/2007 Estudos para a organização e
elaboração do plano de trabalho docente. Curitiba. SEED/SUED/. 2007.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de
Currículos Inclusivos. Curitiba. SEED/SUED/DEE. 2006.
PATTO, Maria Helena Souza. A produção do fracasso escolar: histórias de
submissão e rebeldia. São Paulo: Casa do psicólogo, 1999.
SAWAIA, B.(org) As artimanhas da Exclusão – Análise psicossocial e ética da
desigualdade social. Petrópolis, Vozes (2006).
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades
educativas especiais. Brasília, CORDE: 1994.