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AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO 2.3, 8.2.3 E 9.2.3 - FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS DO POPH NO ÂMBITO DA OPERACIONALIZAÇÃO DO QREN RELATÓRIO FINAL DEZEMBRO DE 2010

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AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO

TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO 2.3, 8.2.3 E 9.2.3 - FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS DO POPH NO ÂMBITO DA OPERACIONALIZAÇÃO DO QREN

RELATÓRIO FINAL

DEZEMBRO DE 2010

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AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO

TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO 2.3, 8.2.3 E 9.2.3 - FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS DO POPH NO ÂMBITO DA OPERACIONALIZAÇÃO DO QREN

RELATÓRIO FINAL

Equipa Técnica A. Oliveira das Neves, Ana Cláudia Valente,

Ana Simões, Gisela Ferreira e Tiago Pereira

Catarina Pereira, Conceição Pereira, Paulo Santos e Rui Godinho (Estudos de caso)

DEZEMBRO DE 2010

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Índice

ÍNDICE

ÍÍNNDDIICCEE   

SSUUMMÁÁRRIIOO EEXXEECCUUTTIIVVOO .................................................................................................................................................................................................................................... 11//1199

EEXXEECCUUTTIIVVEE SSUUMMMMAARRYY .................................................................................................................................................................................................................................... 11//1199 

IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO .................................................................................................................................................................................................................................................................... 11 

II.. BBRREEVVEE DDEESSCCRRIIÇÇÃÃOO DDOO OOBBJJEECCTTOO DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO ........................................................................................................................................................ 33 

IIII.. OOBBJJEECCTTIIVVOOSS EE QQUUEESSTTÕÕEESS--CCHHAAVVEE DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO .................................................................................................................................................... 77 II.1. ELEMENTOS DE CONTEXTUALIZAÇÃO ...................................................................................................... 7 II.2. DIMENSÕES AVALIATIVAS E QUESTÕES DE AVALIAÇÃO ............................................................................ 9 

IIIIII.. MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO .................................................................................................................................................................................................. 1133 III.1. ANÁLISE DOCUMENTAL ...................................................................................................................... 13 III.2. ENTREVISTAS SEMI-DIRECTIVAS ............................................................................................................. 14 III.3. ANÁLISE DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO/BASES DE DADOS .................................................................... 15 III.4. INQUÉRITO A ENTIDADES BENEFICIÁRIAS ............................................................................................... 17 III.5. ESTUDOS DE CASO ............................................................................................................................ 18 III.6. SESSÃO DE FOCUS-GROUP ................................................................................................................. 20 

IIVV.. RREESSUULLTTAADDOOSS DDAA AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO ........................................................................................................................................................................................................ 2211 

VV.. CCOONNCCLLUUSSÕÕEESS .................................................................................................................................................................................................................................................. 110055 V.1 CONTRIBUTO DAS FMC PARA O FUTURO DAS QUALIFICAÇÕES EM PORTUGAL: QUESTÕES CRÍTICAS ......... 105 V.2 ELEMENTOS DE BALANÇO – VISÃO COMPREENSIVA ............................................................................. 107 V.3 ELEMENTOS DE BALANÇO – DISPOSITIVOS DE SUPORTE À GESTÃO E DESENVOLVIMENTO REGULAMENTAR DAS

FMC .............................................................................................................................................. 121 

VVII.. RREECCOOMMEENNDDAAÇÇÕÕEESS .................................................................................................................................................................................................................................. 112255 

AANNEEXXOO 11.. EENNQQUUAADDRRAAMMEENNTTOO DDAA AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO ................................................................................................................................................................ AA..11 

AANNEEXXOO 22.. LLEEGGIISSLLAAÇÇÃÃOO EE IINNSSTTRRUUMMEENNTTOOSS RREEGGUULLAAMMEENNTTAARREESS RREELLEEVVAANNTTEESS .................................................................................... AA..2233 2A. REGULAMENTO ESPECÍFICO ............................................................................................................. A.23 2B. GRELHA DE ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE SELECÇÃO ............................................................................ A.29 2C. ÁREAS DE FORMAÇÃO ................................................................................................................... A.31 

AANNEEXXOO 33.. MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA –– FFIICCHHAASS--SSÍÍNNTTEESSEE,, PPOORR QQUUEESSTTÃÃOO DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO ...................................................................... AA..3377 

AANNEEXXOO 44.. EENNTTRREEVVIISSTTAASS NNOO ÂÂMMBBIITTOO DDAA AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO ............................................................................................................................................ AA..4433 4A. GUIÃO DE ENTREVISTA .................................................................................................................... A.43 4B. SINOPSE DAS ENTREVISTAS ................................................................................................................ A.45 

AANNEEXXOO 55 –– AANNÁÁLLIISSEE DDAASS DDIINNÂÂMMIICCAASS DDEE DDEESSEEMMPPEENNHHOO .................................................................................................................................... AA..6611 5A. GRELHA ANALÍTICA DOS DOSSIERS DE CANDIDATURA E QUADROS-SÍNTESE DE APURAMENTO ................ A.61 5B. ANÁLISE DE DADOS DO SIIFSE ........................................................................................................ A.65 

AANNEEXXOO 66.. IINNQQUUÉÉRRIITTOO ÀÀSS EENNTTIIDDAADDEESS BBEENNEEFFIICCIIÁÁRRIIAASS DDAASS FFMMCC ................................................................................................................ AA..9955 6A. INQUÉRITO ..................................................................................................................................... A.95 6B. QUADROS-SÍNTESE DE APURAMENTO DOS RESULTADOS DO INQUÉRITO ÀS ENTIDADES BENEFICIÁRIAS .... A.101 

AANNEEXXOO 77.. EESSTTUUDDOOSS DDEE CCAASSOO .......................................................................................................................................................................................................... AA..113333 7A. GRELHA DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO COMUM .............................................................................. A.133 7B. SÍNTESE DOS ESTUDOS DE CASO ..................................................................................................... A.135 

AANNEEXXOO 88 –– SSEESSSSÃÃOO DDEE FFOOCCUUSS--GGRROOUUPP .............................................................................................................................................................................. AA..117755 

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Índice

ÍNDICE

Índice de Quadros Quadro III.1. Plano de Amostragem .............................................................................................................................. 17 Quadro III.2. Resultados do processo de inquirição ................................................................................................... 18 Quadro III.3. Estudos de caso efectuados, segundo a tipologia das Entidades .................................................. 19 Quadro IV. 1. Tipologia de Entidades Beneficiárias com projectos aprovados/indeferidos .............................. 24 Quadro IV. 2. Entidades registadas no site do CNQ .................................................................................................. 24 Quadro IV. 3. Relação da Entidade com os CNO ..................................................................................................... 26 Quadro IV. 4. Distribuição dos formandos, segundo as Habilitações escolares, por Região (em %) ............... 30 Quadro IV. 5. Distribuição dos formandos, segundo a Situação face ao emprego, por Região (em %) ...... 31 Quadro IV. 6. Tipologia de Entidades Beneficiárias .................................................................................................... 34 Quadro IV. 7. Formandos abrangidos, por Tipologia de Intervenção (Metas e Execução) .............................. 35 Quadro IV. 8. Origem dos Formandos das FMC .......................................................................................................... 36 Quadro IV. 9. Contributos-tipo das candidaturas aprovadas, segundo dimensões de resultados das

Tipologias FMC ........................................................................................................................................ 38 Quadro IV. 10. Objectivos que as Entidades beneficiárias procuraram alcançar com a promoção de

acções no âmbito das FMC ................................................................................................................. 39 Quadro IV. 11. Objectivos que as Entidades beneficiárias procuraram alcançar com a promoção de

acções FMC, segundo a natureza da Entidade (em %) ................................................................ 40 Quadro IV. 12. Distribuição dos objectivos dos Formandos das FMC ..................................................................... 42 Quadro IV. 13. Mecanismos utilizados pela entidade para fundamentar a oferta de FMC, em % ................. 51 Quadro IV. 14. Pontuação atribuída às candidaturas aprovadas, segundo o tipo de Entidade .................... 52 Quadro IV. 15. Clareza e adequabilidade e dos instrumentos de apoio à elaboração das candidaturas .. 53 Quadro IV. 16. Factores processuais vs. eventuais desvios face aos resultados esperados .............................. 53 Quadro IV. 17. Principais áreas de formação das FMC (em % do volume de formandos) ............................... 56 Quadro IV. 18. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por Tipologia e Região ....... 58 Quadro IV. 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ......... 60 Quadro IV. 20. Factores relacionados com a implementação do Projecto vs desvios face aos resultados

esperados ................................................................................................................................................ 61 Quadro IV. 21. Apreciação da transparência e adequabilidade dos instrumentos e procedimentos

associados à divulgação e lançamento da Tipologia ................................................................... 65 Quadro IV. 22. Critérios de Selecção das Candidaturas .......................................................................................... 72 Quadro IV. 23. Apreciação da transparência e adequabilidade dos instrumentos e procedimentos

associados à decisão sobre as candidaturas .................................................................................. 73 Quadro IV. 24. Principais ofertas formativas inseridas em CNO (em % do volume de ofertas) ......................... 85 Quadro IV. 25. Origem dos Formandos abrangidos, por Região (em %) ............................................................... 86

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Índice

ÍNDICE

Índice de Figuras Figura II. 1. Matriz de relação Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida x Tipologia de

Intervenção Formações Modulares Certificadas .................................................................................... 7 Figura II. 2. Árvore de Objectivos do Estudo de Avaliação ........................................................................................ 8 Figura II. 3. Condições de suporte do Estudo de Avaliação ...................................................................................... 9 Figura II. 4. Matriz de relação Objectivos Específicos x Dimensões de Análise x Questões de Avaliação ...... 12 Figura IV. 1 Modalidades predominantes de utilização das FMC por parte das Entidades beneficiárias ...... 25 Figura IV. 2 Estrutura do Catálogo Nacional de Qualificações ............................................................................... 99 Figura IV. 3 Acções de Acompanhamento dos Projectos ...................................................................................... 103

Índice de Gráficos Gráfico IV. 1 Volume de formandos, segundo o Escalão etário ............................................................................................. 29 Gráfico IV. 2 Distribuição dos formandos abrangidos pelas Tipologias do Eixo 2 do POPH, segundo a

Situação face ao emprego............................................................................................................................................. 32 Gráfico IV. 3 Distribuição dos projectos da Tipologia 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 por Região (NUT II) ...................................... 35 Gráfico IV. 4 Evolução anual dos encaminhamentos dos CNO, segundo as ................................................................. 86 

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Índice

ÍNDICE

SIGLAS ADL Associação de Desenvolvimento Local AG Autoridade de Gestão ALV Aprendizagem ao Longo da Vida ANQ Agência Nacional para a Qualificação CA Comissão de Acompanhamento CEFA Cursos de Educação e Formação de Adultos CNO Centro Novas Oportunidades CNQ Catálogo Nacional de Qualificações CRPG Centro de Reabilitação Profissional de Gaia CSQ Conselhos Sectoriais para a Qualificação D.L. Decreto-Lei DA Dimensões de Análise DGEEP Direcção Geral de Estudos, Estatística e Planeamento DGERT Direcção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho DLD Desempregado de Longa Duração ECVET Sistema Europeu de Créditos para a Educação e Formação Profissional EFA Educação e Formação de Adultos EFJM Escola de Formação Jerónimo Martins FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional FMC Formações Modulares Certificadas FSE Fundo Social Europeu GON Gabinete Oliveira das Neves – Consultoria, Estudos e Projectos IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional IEFP/DFP Instituto de Emprego e Formação Profissional/Departamento de Formação Profissional IESE Instituto de Estudos Sociais e Económicos IPSS Instituições Particulares de Solidariedade Social MTSS Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social NERCAB Associação Empresarial da Região de Castelo Branco NUT Nomenclatura de Unidade Territorial ONG Organização não Governamental PA Pedido de Alteração PO Programa Operacional POEFDS Programa Operacional para o Emprego Formação e Desenvolvimento Social POPH Programa Operacional do Potencial Humano QA Questão de Avaliação QCA Quadro Comunitário de Apoio QEQ Quadro Estratégico das Qualificações QREN Quadro de Referencia Estratégica Nacional RE Regulamento Específico RVCC Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências RVCC PRO Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Profissional SIGO Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa SIIFSE Sistema Integrado de Informação do Fundo Social Europeu SNCP Sistema Nacional de Certificação Professional SNQ Sistema Nacional de Qualificações ST Secretariado Técnico TIC Tecnologia de Informação e Comunicação UA Universidade de Aveiro UATR Unidade de Análise Técnica Regional UC Unidades de Competência UCP Universidade Católica Portuguesa UFCD Unidades de Formação de Curta Duração UNAVE Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro

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Sumário Executivo

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Sumário Executivo

1. Objecto de Avaliação

As Formação Modulares Certificadas (FMC) constituem uma das novas modalidades de

formação definidas pelo regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações (D.L.

396/2007, de 31 de Dezembro), um instrumento concebido para funcionar como pedra

angular para a gradual concretização do primado da procura de formação.

A necessidade de assegurar o desenvolvimento, a diversificação e a diferenciação de

modalidades de educação/formação alternativas ao ensino regular, facilitadoras do

acesso dos activos a níveis crescentes de escolaridade e de qualificação profissional,

aconselhava a privilegiar ofertas formativas de curta duração, flexíveis e capitalizáveis

permitindo percursos muito diversificados, combinando formação escolar com formação

qualificante de nível II e III.

Esta regulamentação do direito à formação, na sequência do Acordo para a Reforma

da Formação Profissional, reforçou a pressão e a exigência para que fossem adoptadas

medidas de operacionalização mais adequadas, facilitadoras do acesso da população

empregada a oportunidades de educação e formação, por via do desenvolvimento de

uma oferta formativa ajustada às necessidades e perfis de qualificação de partida dos

adultos activos.

As FMC surgem, assim, como uma resposta dinâmica às necessidades de competências

profissionais dos activos empregados e das respectivas empresas que se debatem com a

dificuldade em libertar os seus recursos humanos por períodos de formação de maior

duração, como um instrumento da flexibilização e diversificação da oferta de formação

contínua destinada a esses activos empregados, mas também aos desempregados.

As FMC configuram uma modalidade que confere dupla certificação e se inscreve na

segunda linha estratégica de qualificação de recursos humanos do Programa

Operacional do Potencial Humano (POPH), a Recuperação dos níveis de qualificação

dos adultos, a qual constitui a vertente de intervenção com maior dotação financeira do

Programa. Esta linha estratégica tem por objectivo promover a adaptabilidade e a

aprendizagem ao longo da vida, objectivo que pode receber um importante impulso da

abordagem das FMC pelo contributo potencial desta tipologia de intervenção para a

“elevação dos níveis de qualificação dos activos através do acesso a módulos de curta

duração, capitalizáveis, realizados no quadro de um determinado percurso formativo,

com vista à obtenção de uma qualificação correspondente a uma determinada saída

profissional”.

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A Ficha-síntese seguinte sistematiza o perfil de acções, os destinatários-alvo e as

Entidades beneficiárias das FMC.

Formações Modulares Certificadas (2.3; 8.2.3; e 9.2.3)

Acções elegíveis • Formações modulares certificadas inseridas em percursos de nível básico e secundário,

estruturadas sob a forma de Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD), realizadas de acordo com os referenciais de formação previstos no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), podendo corresponder a unidades da componente de formação de base, da componente de formação tecnológica, ou de ambas.

Destinatários • Pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação que sejam

detentores de baixas qualificações escolares e/ou profissionais, ou quando estas últimas se revelem desajustadas às necessidades do mercado de trabalho.

• Excepcionalmente, podem ser abrangidas pessoas com idade inferior a 18 anos ( a partir dos 16) desde que comprovadamente inseridas no mercado de trabalho.

Entidades beneficiárias dos apoios • Entidades formadoras certificadas, entidades empregadoras e outros operadores,

quando pretendam desenvolver formação no âmbito das suas atribuições ou da sua vocação.

• As entidades formadoras certificadas que pretendam ministrar uma formação modular, ou que prestem serviços neste domínio para as entidades empregadoras ou outros operadores, têm que registar-se junto da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ).

Certificação • A entidade formadora tem que emitir um certificado a todos os formandos que

obtenham uma avaliação com aproveitamento. Fonte: Adaptado do Regulamento Específico (RE) da Tipologia FMC.

Na óptica do financiamento, o POPH vem assegurar recursos para a organização de

formação no enquadramento das tipologias do Eixo 2 e dos Eixos 8 (Algarve) e 9 (Lisboa),

reforçando o seu papel de instrumento-chave de suporte ao sucesso da “Iniciativa Novas

Oportunidades”, no âmbito da qual as FMC desempenham um relevante papel tanto em

termos de metas a atingir, como de inovação da formação de adultos activos.

As elegibilidades contemplam as FMC de nível 2 e 3, estruturadas sob a forma de UFCD,

realizadas de acordo com os referenciais previstos no CNQ, tendo por destinatários os

activos com idade superior a 16 anos, detentores de baixas qualificações escolares e/ou

profissionais ou que possuam qualificações desajustadas às necessidades do mercado de

trabalho.

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Sumário Executivo

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2. Âmbito da Avaliação

A relação entre os objectivos estabelecidos para a Avaliação e as exigências constantes

nas Cláusulas Técnicas do Caderno de Encargos, permitem situar o Estudo no terreno da

articulação entre: (i) as condições de operacionalização das Tipologias de intervenção

2.3, 8.2.3 e 9.2.3 – FMC do Eixo 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida do

POPH (regulamentação específica; apreciação e selecção de candidaturas; e gestão e

acompanhamento da execução); e (ii) a concretização de contributos esperados para o

“core” de objectivos das FMC e do Eixo 2 - “elevação dos níveis de qualificação dos

activos” e “obtenção de uma qualificação correspondente a uma determinada saída

profissional” (dinamização dos apoios das Tipologias e padrão da procura das Entidades

beneficiárias).

O Organigrama seguinte sintetiza a Árvore de Objectivos do Estudo:

Árvore de Objectivos do Estudo de Avaliação

Os Resultados da Avaliação de Operacionalização, fruto da triangulação das diversas

componentes de análise empírica e de reflexão, constituíram a base de suporte para

formular Recomendações na óptica do desenvolvimento estratégico e operacional

futuro das FMC, incluindo implicações relevantes para dimensões-chave de

concretização da Agenda Operacional do Potencial Humano, na qual o Eixo Prioritário

da Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida preenche um relevante papel,

conforme destacado pela Avaliação “ex-ante” do POPH.

Avaliar os dispositivos montados para

operacionalizar o arranque do Programa.

Avaliar se a procura corresponde/é adequada aos

objectivos definidos para as tipologias.

Aferir da adequação entre os mecanismos de operacionalização e a estratégia definida no Programa para as tipologias, produzindo sugestões

e recomendações com vista à introdução de melhorias ao nível da regulamentação específica, da divulgação, da elegibilidade/

/admissibilidade, dos critérios de selecção das candidaturas, da gestão interna e do acompanhamento da execução das tipologias.

Produzir Recomendações com relevância para as seguintes entidades: (i) Comissão Ministerial de Coordenação do POPH; (ii)

Autoridade de Gestão do POPH; (iii) Comissão de Acompanhamento do POPH; (iv) IGFSE; e (v) Observatório do QREN.

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Sumário Executivo

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A focagem da Avaliação foi estabelecida em torno de quatro grandes Dimensões de

Análise que, remetem para as necessidades de intervenção que nortearam a criação

das FMC, no enquadramento da Reforma da Formação Profissional e da criação do

CNQ: (i) Acessibilidade e estímulo aos investimentos em formação ao longo da vida tanto

da parte dos indivíduos (adultos activos), como da parte dos empregadores; (ii)

Qualidade e relevância das FMC; (iii) Contributos das FMC para o objectivo da dupla

certificação na educação e formação de adultos em Portugal; e (iv) Rede da oferta,

organização dos recursos e modelo de funcionamento, em suporte de implementação

das FMC.

A identificação destas dimensões analíticas, estruturantes do exercício de Avaliação,

permitiu estabelecer um Quadro de Referência, simultaneamente, integrador da Árvore

de objectivos do Estudo e do conjunto de Questões de Avaliação fixadas pelas

Especificações Técnicas. Com efeito, as quatro Dimensões de Análise enunciadas

reflectem uma matriz de interpretação dos referenciais de enquadramento do Estudo:

Objectivos específicos associados às Tipologias FMC, no contexto da arquitectura

de instrumentos do Eixo 2 do POPH (nível de compreensão determinante para

formular sugestões e Recomendações com relevância para as diferentes entidades

identificadas como beneficiárias institucionais dos resultados da Avaliação);

Questões de Avaliação que estruturam a Avaliação de Operacionalização e que

traduzem uma combinação entre a análise da procura revelada face aos

objectivos formulados na fase de programação e a análise dos dispositivos de

implementação/condições de suporte para operacionalizar as Tipologias FMC.

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Sumário Executivo

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3. Questões de Avaliação e síntese metodológica

A Tabela seguinte sistematiza as componentes de análise sob a forma de sub-

-questões de avaliação, que guiaram o desenvolvimento do trabalho avaliativo.

Dimensões de análise Questões de Avaliação Componentes de Análise

Ace

sso

e es

tímul

o à

ALV

As dinâmicas de procura geradas pelas FMC no arranque do P0PH vão no sentido das dimensões-chave identificadas?

O perfil das entidades beneficiárias tem expressão nas candidaturas aprovadas e é adequado aos objectivos prosseguidos nas FMC? Quais os atributos (níveis de habilitação literária e situação face ao emprego) dos destinatários-alvo abrangidos por esta Tipologia? Os projectos aprovados permitem a concretização das metas definidas no Programa para esta Tipologia?

Qua

lidad

e e

rele

vânc

ia d

as

FMC

As metodologias e instrumentos utilizados no processo análise de candidaturas permitem dar resposta às necessidades do Programa?

As candidaturas aprovadas apresentam qualidade (fundamentação técnica, articulação com a procura sectorial/regional de competências, combinação de componentes/produtos de formação, …) de modo a garantir o cumprimento dos objectivos? Qual a componente de formação mais procurada nos projectos aprovados (formação de base ou formação tecnológica)? Que novos dispositivos podem ser criados no sentido de promover uma oferta formativa de maior qualidade e proximidade, que possa dar resposta às novas dinâmicas de procura? E que mecanismos podem ser criados para orientar essa procura?

Obj

ectiv

o da

dup

la

certi

ficaç

ão

Em que medida a expansão da rede de ofertas de percursos de qualificação flexíveis pode contribuir para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas?

Em que medida os projectos aprovados dão resposta à nova dinâmica de procura gerada pela expansão da rede de CNO? E existem mecanismos de articulação entre a oferta disponível e a procura gerada pelos CNO?

Em que medida é fomentado o envolvimento e a articulação com o tecido económico na qualificação dos adultos activos, no âmbito dos CNO?

Impl

emen

taçã

o da

s FM

C: M

odel

o de

func

iona

men

to

O Modelo de UFCD implementado está de acordo com a estrutura e modo de funcionamento inicialmente previstos?

Qual o grau de adequação das UFCD (níveis de qualificação, áreas de formação, …) ao perfil de necessidades dos vários segmentos da procura e da oferta?

As metodologias e instrumentos utilizados no processo análise de candidaturas permitem dar resposta às necessidades do Programa?

O modelo de divulgação e lançamento da Tipologia e respectiva abertura de candidaturas, revelou-se adequado para suscitar a apresentação de candidaturas por parte das Entidades beneficiárias? O Regulamento Específico corresponde às necessidades identificadas no Eixo 2 do POPH? Os critérios de elegibilidade e respectivos ponderadores são adequados à realidade apreciada e estão centrados nos objectivos definidos para a Tipologia? Qual a relação entre os critérios de selecção e a respectiva operacionalização na grelha de análise das candidaturas? Que itens devem ser acrescentados à grelha de critérios de análise, a aprovar pela Comissão de Acompanhamento, de modo a permitir uma análise mais pertinente e relevante face aos objectivos específicos das FMC? Os critérios de selecção definidos pela Comissão de Acompanhamento são aplicados de modo uniforme pelas diferentes Unidades de Análise Técnica e Núcleos Regionais do POPH? Senão, que meios/instrumentos devem ser definidos para restabelecer a unidade e coerência necessárias?

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Sumário Executivo

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Os principais instrumentos metodológicos utilizados nas diferentes fases do trabalho de

Avaliação, enquanto expressão da perspectiva multi-método, encontram-se detalhados

nos itens seguintes, que referenciam a sua utilização ao longo do Estudo.

Entrevistas. Esta componente foi trabalhada em registo semi-directivo tendo por

base um guião ajustado aos domínios de atribuições e competências dos

interlocutores os quais se pronunciaram sobre as dimensões analíticas relevantes

que dão substância às Questões de Avaliação. A informação qualitativa recolhida

por esta via foi processada em duas perspectivas: (i) fundamentação técnica e

incorporação de elementos nos Inquéritos e nos Estudos de caso; e (ii)

racionalização de sugestões e Recomendações, segundo grelha de leitura e

interpretação comum.

Análise do Sistema de Informação/Bases de Dados. Este trabalho comportou duas

vertentes complementares: (i) uma, de natureza qualitativa, referente ao

conteúdo/qualidade de uma amostra de Dossiers de Candidatura dos projectos

aprovados; e (ii) outra, de natureza quantitativa, assente na apreciação da

trajectória de aprovação/execução das Tipologias, ao longo do período abrangido

pelo Estudo (01/01/2007 a 31/12/2008). O Universo de análise foi constituído com

base na informação sobre os períodos de candidatura e centrado nas aprovações.

O âmbito territorial, compreendeu o Continente, abrangendo o Eixo 2 para as

regiões Norte, Centro e Alentejo (Objectivo Convergência), o Eixo 8 para a Região

do Algarve (em regime de transição “phasing-out” do Objectivo Convergência); e

o Eixo 9 para a Região de Lisboa.

Inquérito às Entidades beneficiárias. A aplicação de um Questionário às Entidades

com projectos aprovados contribuiu para dispor de elementos de informação de

carácter qualitativo e quantitativo que processaram a visão destas Entidades

relativamente às FMC, numa aproximação à eficácia e eficiência das diversas

componentes que estruturam a operacionalização desta Tipologia de Intervenção.

O Questionário incorporou matérias que diversificaram os elementos de

constatação/visão sobre as matérias presentes nas Questões de Avaliação,

sobretudo, naquelas em que a perspectiva das Entidades Beneficiárias acerca dos

apoios se afigura mais útil para: (i) testar a eficácia, nomeadamente das

disposições regulamentares consagradas; dos critérios de selecção utilizados; e dos

dispositivos de gestão e acompanhamento existentes; e (ii) identificar eventuais

ajustamentos a introduzir na regulamentação específica (condições de

elegibilidade, selectividade, metodologias de suporte aos períodos de abertura de

candidaturas, …).

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A inquirição de uma amostra representativa, composta segundo a diversidade de

entidades-tipo beneficiárias (Entidades formadoras certificadas, Entidades

empregadoras e Outros operadores), teve por base uma plataforma web, com

aplicação on-line do Questionário enviado ao universo das Entidades beneficiárias

com projectos aprovados. A taxa global de resposta correspondeu a cerca de 50%

do universo das entidades com projectos aprovados, tendo coberto 98% do volume

de inquéritos a obter para assegurar os níveis de confiança indispensáveis.

Estudos de caso. O recurso a este método procurou, sobretudo, aprofundar

questões relacionadas com os dispositivos de concepção, gestão e

acompanhamento e com os resultados à luz dos objectivos destas Tipologias e da

Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida. Os cinco Estudos de caso

foram seleccionados a partir do um conjunto heterogéneo de entidades e

reflectem tipologias de entidades mais representadas no padrão de candidaturas

aprovadas em 2008: (i) Centro de Formação Profissional; (ii) Associação

Empresarial/sectorial/regional; (iii) Empresa privada; (iv) Estabelecimento de ensino

público; e (v) Entidade sem fins lucrativos.

Sessão Focus-group. A sessão foi realizada na última fase do Estudo e serviu para

recolher informação qualitativa contrastada, resultante da comparação de

experiências e perspectivas dos participantes relativamente a este instrumento de

política de formação, centrada na identificação e sistematização de elementos de

balanço da primeira fase de lançamento e estruturação desta nova modalidade

de formação. Os participantes representavam a estrutura de actores das FMC

(Secretariado Técnico do POPH;ANQ; CNO; Estruturas Técnicas Regionais do POPH

(UATR); Entidades Beneficiárias mais representativas da Tipologia; e Profissionais de

formação.

A estratégia metodológica revelou-se bastante ajustada à construção de elementos de

resposta às Questões de Avaliação, com destaque para a expressiva representatividade

do Inquérito às Entidades Beneficiárias (cujos conteúdos foram objecto de validação

pelo Grupo de Acompanhamento do Estudo de Avaliação), a diversidade dos Estudos

de Caso, a riqueza das entrevistas realizadas e os contributos da sessão de Focus-group.

A informação de aprovação e execução dos projectos (SIIFSE) revelou-se bastante útil e

relevante, permitindo o aprofundamento das variáveis de análise na resposta às

Questões de Avaliação.

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4. Principais Resultados

Um perfil de entidades beneficiárias e de destinatários-alvo adequado à

concretização dos objectivos e metas das FMC

A adaptação a esta nova modalidade de formação de activos adultos (empregados e

desempregados) revelou-se bastante satisfatória com registo de elevados níveis de

procura por parte da generalidade das Entidades beneficiárias, cuja tipologia (Entidades

formadoras, Entidades empregadoras e Outros operadores) se encontra

significativamente repercutida tanto no padrão de candidaturas apresentadas, como no

padrão dos projectos aprovados.

O perfil de Entidades beneficiárias efectivamente alcançado (projectos aprovados)

traduz o reconhecimento por parte de actores-chave do sistema de emprego/formação

da relevância das FMC, enquanto portadoras de mais valias decorrentes das acções de

formação de curta duração certificadas que contribuem para: (óptica dos formandos) a

aprendizagem ao longo da vida e a aquisição de certificações profissionais (que,

conjugadas, equivalem a percursos profissionais); mas também (óptica das Entidades

empregadoras) para melhorar o nível de competências profissionais dos activos adultos

nas empresas.

Nos projectos aprovados, predominam as Entidades formadoras (aproximadamente

60%), sobretudo as empresas privadas de formação, expressando a vitalidade do

mercado privado de operadores de formação. Outros dois tipos de operadores,

especialmente posicionados no esforço de qualificação de activos adultos, marcam

também presença assinalável: a rede pública e participada de Centros de Formação

Profissional; e as Associações Empresariais e grandes empresas, com capacidade de

formação instalada.

A prioridade atribuída aos CNO e a entidades com protocolos com estes Centros

(respondendo ao objectivo das FMC de completar percursos de formação dos indivíduos

em processos de RVCC), tem vindo a adquirir maior expressão como indica o reforço

entre o 1º e o 2º período de candidatura, traduzido na evolução do número de Entidades

formadoras que concorrem tendo como suporte protocolos (celebrados ou a celebrar)

com CNO.

O perfil dos formandos, identificado através da análise dos indicadores de execução, vai

ao encontro do perfil definido para as FMC que pretendia envolver “pessoas com idade

igual ou superior a 18 anos à data do início da formação, detentores de baixas

qualificações escolares e/ou profissionais, ou quando estas últimas se revelem

desajustadas às necessidades do mercado de trabalho”. Os formandos das FMC são

maioritariamente indivíduos com idades compreendidas entre os 19 e os 44 anos, com

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habilitações iguais ou inferiores ao 3º ciclo do ensino básico e activos empregados. A

conjugação deste perfil com os dados relativos ao encaminhamento via CNO e Centros

de Emprego, significa que, na 1ª fase, as FMC chegaram menos aos adultos

desempregados e aos adultos inscritos nos CNO.

Estas características indicam que as FMC são encaradas predominantemente como uma

modalidade de formação ajustada a um segmento de adultos activos jovens e de meia

idade que, numa lógica de aprendizagem ao longo da vida, necessitam de ir

frequentando pequenos módulos de aperfeiçoamento, reciclagem ou actualização de

competências, nomeadamente como forma de melhor se apetrecharem para a

manutenção ou uma rápida recuperação do emprego.

De acordo com estes resultados, a afirmação das FMC está a fazer-se via resposta às

necessidades de formação específica dos activos empregados e pela acrescida

flexibilidade dos percursos de formação sem, todavia, evoluir para uma frequência

combinada de módulos que estruture esses percursos (actualmente a frequência média

de UFCD é inferior a dois módulos). Esta constatação significa que existe uma margem de

progressão das FMC em duas direcções: (i) responder a necessidades de formação dos

desempregados (actualmente com expressão diminuta nos formandos abrangidos) e

conclusão de processos de RVCC dos indivíduos inscritos em CNO; e (ii) contribuir para

estruturar percursos de formação com certificação total.

Na óptica das Entidades beneficiárias que promovem acções no âmbito das FMC, as

dimensões-objectivo da Tipologia que recolhem os contributos mais significativos das

candidaturas aprovadas, são os seguintes: (i) elevação de níveis de qualificação

profissional dos activos adultos, com aquisição/actualização/aprofundamento de

conhecimentos específicos associados ao desenvolvimento de competências pessoais,

sociais e relacionais; (ii) estímulo à frequência de outras acções de formação profissional,

representando um ganho potencial dos activos adultos para uma trajectória de

formação ao longo da vida; e (iii) melhoria de desempenhos profissionais e da

produtividade das Entidades empregadoras.

A fundamentação técnica das candidaturas e das ofertas de acções FMC propostas

pelos projectos aprovados tem como suporte instrumentos que relevam conhecimento

das necessidades de formação dos destinatários-alvo, com preocupações de natureza

sectorial/ territorial e na relação com o mercado de trabalho, a par de uma observância

satisfatória do Catálogo, como referência para as escolhas, sobretudo, das Entidades

empregadoras.

O volume de formandos previstos nos projectos aprovados no âmbito do 1º Período de

candidatura das FMC (2008) ultrapassou os 900 mil beneficiários a abranger (período de

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execução até 2 anos), um volume de procura elevado tendo presente que este foi o ano

de instalação desta nova modalidade e que grande parte da execução esteve

concentrada no último trimestre. O Relatório de Execução de 2009 do POPH, tomando

por referência o período de 2008/2009 aponta para um volume global de 693,9 mil

formandos abrangidos, “performance” que ultrapassa a meta anual média para o

conjunto dos dois anos. Em termos de execução efectiva, tinham sido abrangidos até

final de 2008 mais de 187 mil formandos (informação relativa a projectos concluídos, com

dados inseridos no Sistema), “performance” que corresponde a 60% da meta anual

estabelecida.

No âmbito da Avaliação, as Entidades beneficiárias de FMC inquiridas apontaram como

principais factores que poderão condicionar os resultados esperados, os seguintes: (i)

disponibilidade dos trabalhadores para a formação profissional, com perfil adequado aos

objectivos iniciais da Tipologia; (ii) articulação entre as UFCD (níveis de qualificação,

conteúdos de formação, …) e as necessidades do público-alvo; (iii) divulgação e

sensibilização junto dos públicos-alvo; (iv) articulação entre as necessidades e o

funcionamento do mercado de trabalho e os objectivos da Tipologia; e (v) crise

económica e aumento do volume de desemprego dos inscritos.

Uma estrutura de dispositivos de suporte globalmente adequada à gestão e

desenvolvimento das FMC

O Regulamento Específico das FMC define o regime de apoios concedido pelo POPH, no

enquadramento da legislação nacional aplicável às FMC, referenciando explicitamente

no articulado elementos-chave da concretização dos objectivos estratégicos da

qualificação dos activos adultos e estabelece, através dos critérios de selecção que

constituem orientações para análise das candidaturas e ventilam de forma mais

orientada o padrão de respostas formativas a enquadrar pelas FMC. Estas normas, bem

como os circuitos de tramitação administrativa e financeira, encontram-

-se globalmente assimiladas pelas Entidades beneficiárias e não mereceram críticas de

fundo, existindo um balanço positivo de aplicação também por parte das estruturas de

gestão, nomeadamente AG e ST do POPH.

O modelo de lançamento e divulgação da Tipologia e de abertura de candidaturas

revelou-se adequado à suscitação da procura, sendo de salientar: (i) por um lado, as

expectativas geradas à volta desta nova modalidade de formação, as sessões

organizadas a nível regional pela AG do POPH e as transformações que marcaram a

reestruturação do mercado de formação, sobretudo, a nível regional, enquanto

facilitadores da divulgação da oferta e de estímulo ao interesse efectivo da procura; e (ii)

por outro lado, o trabalho dos CNO e dos seus técnicos que desempenham um papel-

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chave no encaminhamento potencial (e qualificado) de destinatários-alvo enquadráveis

com vantagem nas FMC.

As Associações Empresariais, desempenhando um duplo papel de Entidades formadoras

e de instrumentos de dinamização da adesão empresarial, realizaram um trabalho

meritório na divulgação das FMC junto do tecido empresarial. O segmento empresarial

constitui, todavia, um público-alvo que justifica acções de divulgação/sensibilização mais

centrada em objectivos específicos das FMC que enfatizem o seu papel na elevação dos

níveis de qualificação escolar e profissional dos activos, mediante a

construção/realização de percursos formativos, atenuando a sobredeterminação das

acções de formação de carácter avulso.

Os critérios de selecção encontram-se estruturalmente focados nas vertentes da

formação dos seguintes vectores-chave: relevância do projecto/propostas de formação

à luz das necessidades de intervenção contextuais (sectoriais, territoriais, empresariais e

de qualificação e empregabilidade de adultos); prioridade de dimensões-chave

associadas à lógica da procura e estruturação de respostas formativas da rede da

oferta; e qualidade/capacidade das Entidades beneficiárias.

Este elenco de critérios reflecte a natureza abrangente dos projectos na fase de

candidatura não contemplando dimensões-chave associadas a vertentes específicas da

modalidade de formação e não ventilando qualquer critério mais próximo dos

contributos dos projectos para a manutenção/criação de emprego. Na óptica da

Avaliação, aspectos como a fundamentação técnica de candidatura, a respectiva

articulação com componentes ou produtos/resultados da formação, a articulação com

as estruturas dos CNO e uma dimensão relativa ao contributo esperado dos projectos

para a empregabilidade dos formandos que reflectisse o investimento na formação por

parte das empresas, constituem matérias que poderiam contribuir para robustecer a

seriação de candidaturas, num contexto de adesão às FMC mais fiel aos respectivos

objectivos estratégicos.

O trabalho de apreciação técnica das Unidades de Análise Técnica Regional (UATR)

constitui uma mais valia em termos de gestão pela aproximação tendencial que

assegura as realidades sectoriais/regionais, em termos de conhecimento das

necessidades de qualificação e de potencialidades da rede de ofertas. A existência de

situações que reflectem alguma heterogeneidade na aplicação dos critérios (não

fundamentada, junto das Entidades beneficiárias), tem motivado iniciativas da gestão

com vista a melhorar/homogeneizar as condições de análise e decisão das

candidaturas.

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Uma articulação entre a procura e a oferta, em ajustamento gradual

Os dados do SIIFSE apontam para uma formação essencialmente tecnológica, com uma

forte expressão das Ciências Informáticas, no contexto de uma diversidade muito

significativa de áreas de formação. As áreas de formação frequentadas pelos formandos

das FMC percorre a generalidade das áreas de formação tecnológica, com destaque

para a área das Ciências Informáticas que abrangeu na execução cerca de um quinto

do total dos formandos, seguida a uma distância significativa, pelas áreas da Hotelaria e

Restauração (8,5%), do Comércio (7,1%), do Trabalho Social e Orientação (6,0%), do

Secretariado e Trabalho Administrativo (5,6%), Produção Agrícola e Animal (4,8%) e da

Electricidade e Energia (4,0%).

O predomínio das Ciências Informáticas encontra enquadramento nos critérios de

selecção (o único critério que refere implicitamente conteúdos remete para o

desenvolvimento de “competências profissionais nos domínios da inovação e da

sociedade de informação”) e decorre da importância atribuída à literacia tecnológica,

associada ao uso das tecnologias da informação e da comunicação um domínio de

reduzidas barreiras à entrada na estruturação da oferta formativa.

A análise da distribuição das áreas de formação, sem uma aproximação mais fina aos

conteúdos de formação ministrada, questiona, contudo, o posicionamento de Tipologia

das FMC em termos de efectivo contributo para perspectivas mais exigentes de

qualificação dos activos adultos, designadamente no domínio de reconversão

profissional das respectivas competências (formais, informais e não formais).

O padrão expresso pelas dinâmicas da procura dirigida às FMC, percorre as seguintes

prioridades da abordagem: (i) as Entidades empregadoras pretendem encontrar

resposta às necessidades de formação dos activos empregados e às exigências de

ajustamento entre competências e organização do trabalho (dimensões competitivas) e

residualmente ao preenchimento de requisitos regulamentares – Código de Trabalho

(dimensão formal)]; (ii) as Entidades formadoras pretendem enquadrar respostas a

necessidades da procura, p.e., em matéria de reforço de competências dos adultos

activos que preencham necessidades dos respectivos processos de empregabilidade e

de trajectória de certificação]; (iii) os Formandos das FMC (segundo as Entidades

beneficiárias), encontraram nesta modalidade, sobretudo, a possibilidade de acesso a

formação específica, o que significa que a frequência das FMC não tem, ainda, a sua

utilidade ligada ao completamento de percursos de formação com certificação total.

A promoção de uma oferta formativa de maior qualidade e proximidade deverá

orientar-se pelos instrumentos disponíveis (e em fase de consolidação e/ou “up-grade”),

designadamente na esfera da evolução do Catálogo Nacional de Qualificações, da

afirmação dos Conselhos Sectoriais de Qualificação e da dinamização dos mecanismos

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de prospectiva das qualificações, a par da estruturação de instrumentos de informação

e orientação escolar e profissional e de dispositivos de acompanhamento dos projectos,

como parte da estruturação de qualidade do ciclo de vida dos investimentos na

formação (cf. 5. Recomendações).

Um modelo de UFCD em construção

As FMC constituem um novo modelo de organização da formação e introduzem uma

inovação, especialmente valorizada pelas Entidades empregadoras no ajustamento

dinâmico às suas necessidades de formação, que reside no formato de candidatura

adoptado. Este formato, diferente dos modelos anteriores e dos utilizados nas outras

Tipologias, ao invés de exigir que as entidades candidatas indiquem os cursos de

formação a realizar (na óptica de um “menu” de formação), exige apenas a indicação

do volume de formação que pretendem executar, por área de formação.

Esta abordagem de flexibilidade, simultaneamente mais simples e agregadora, constitui

um dos pontos fortes das FMC, na medida em que vem introduzir flexibilidade no modelo

de funcionamento, indispensável para implementar uma modalidade com

características sobreorientadas de resposta à procura de formação, que se propõe

descontinuar as lógicas de sobredeterminação da oferta de formação por parte das

Entidades formadoras.

Do ponto de vista das Entidades beneficiárias, as mais-valias das FMC centram-se nos

vectores seguintes: (i) atenuar as dificuldades de previsão (a dois anos, período de

elegibilidade da candidatura) das necessidades de formação e, consequentemente, de

identificação dos cursos de formação a desenvolver, na medida em que durante a

execução dos projectos surgem factores externos que podem condicionar o

desenvolvimento dos mesmos; e (ii) estimular o desenvolvimento de formação à medida

das necessidades concretas em emergência, atenuando a dependência das ofertas

“standard” de formação menos adequadas às necessidades dos activos adultos. No

entanto, ao basear o novo modelo de candidatura no volume de formação previsto (por

área de formação) e sem uma ventilação nos critérios de selecção de variáveis que

exprimam fundamentos técnicos e articulação entre componentes e resultados da

formação, não são assegurados elementos que permitam identificar, em tempo, a

relevância da formação aprovada.

A garantia de adequação da oferta às necessidades da procura é assegurada

normativamente através da actualização permanente do Catálogo, nomeadamente

através da prospectiva das necessidades de formação face às tendências de evolução

do mercado de trabalho a nível sectorial e/ou territorial. Esta atitude de actualização

permanente (captando e integrando as dinâmicas de evolução das qualificações)

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deverá, no entanto, responder à necessidade de dispor de um CNQ que constitua um

verdadeiro instrumento de gestão estratégica da oferta e da procura de qualificações,

evitando que o mesmo se transforme num mero “repositório da oferta” ao serviço da

“pressão do acesso ao financiamento”.

Com estes instrumentos (e adoptando essa perspectiva de renovação eficiente), criam-

se condições para estimular o ajustamento das UFCD (níveis de qualificação, áreas de

formação, conteúdos formativos, …) à evolução dinâmica dos segmentos da procura

individual e das Entidades empregadoras. Actualmente, a oferta de UFCD abrange um

leque diversificado de áreas de formação e o CNQ integra 251 qualificações (para 39

áreas de educação e formação) que compreendem 5.600 UFCD, cujo acesso pode ter

uma aproximação avulsa ou combinada, em percursos integrados de formação.

Dentro das áreas de formação aprovadas, as Entidades podem, em cada momento,

seleccionar as UFCD que melhor respondem às necessidades existentes, flexibilidade que

é garantida pelo facto de, em sede de candidatura, apenas ser necessário identificar a

área de formação. No patamar da execução dos projectos, e embora os conteúdos das

UFCD se encontrem previamente definidos no Catálogo e tenham sido elaborados de

forma mais generalista, é possível a cada entidade adaptá-los às necessidades e

características do seu público-alvo, tal como combinar UFCD, de áreas diferentes e de

uma forma flexível, solução geradora de percursos de formação tendencialmente mais

ajustados.

A Avaliação constatou a existência de uma fragmentação excessiva da formação, a par

de combinações demasiado aleatórias de UFCD, com implicações numa menor

orientação para construir processos de qualificação final completa. Esta constatação

traduz um risco que pode comprometer a eficácia pretendida com o esforço orientado

para a necessária (e urgente) elevação das qualificações profissionais e escolares da

população activa portuguesa.

As dimensões-problema assinaladas sugerem necessidade de construir mecanismos de

acompanhamento do ciclo de vida dos projectos formativos durante a fase de

execução, de modo a apurar, entre outras matérias os níveis de cumprimento dos

objectivos da Tipologia e a intensidade e qualidade do ajustamento efectivo da

formação às necessidades dos destinatários intermédios (organizações, actividades e

territórios) e finais (activos empregados e desempregados).

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5. Recomendações

As dinâmicas de procura revelada dirigida às FMC, nos dois principais períodos de

candidatura, motivaram níveis de compromisso bastante acentuados no desempenho

global do Eixo Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida do POPH, mesmo num

contexto de elevada selectividade das aprovações. Entretanto, ao longo dos últimos dois

anos (desde final de 2008) e por iniciativa da AG do POPH, ocorreram ajustamentos, com

ganhos de eficácia, nos circuitos e dispositivos de funcionamento adoptados nos planos

regulamentar e operativo para assegurar as necessidades de gestão e desenvolvimento

das Tipologias FMC.

Sob este pano de fundo, os domínios de potencial suscitação e estímulo da procura, com

destaque para a divulgação e os requisitos de elegibilidade, devem motivar sugestões

mais centradas na óptica do “upgrade” dos segmentos de procura em novos períodos

de candidatura, de modo a garantir uma adequada focalização nos segmentos

considerados prioritários para esta modalidade de formação, na perspectiva da

concretização dos objectivos do Eixo Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da

Vida. Dentro dessa focalização, importa perspectivar o contributo das FMC para o

reforço da empregabilidade/retorno ao mercado de trabalho dos desempregados, um

dos objectivos específicos constantes da Iniciativa Competitividade e Emprego, com

destaque para as vertentes relativas ao encaminhamento para CNO e para medidas de

formação profissional e à reconversão profissional orientada para profissões estratégicas

incluídas no CNQ.

Em termos de orientações e conteúdos, as Recomendações situam-se

predominantemente no interface entre o instrumento de financiamento e os mecanismos

de regulamentação desta modalidade de formação e estão organizadas de acordo

com o elenco de domínios de melhoria identificados no objectivo geral da Avaliação: (a)

Regulamentação específica (Tipologia e elegibilidade/admissibilidade); (b) Divulgação

das Tipologias; (c) Critérios de selecção das candidaturas; e (d) Gestão interna e

acompanhamento da execução.

5.1. Recomendações de natureza operacional

(a) Regulamentação (Tipologia e Elegibilidade/admissibilidade)

• Melhorar a articulação entre os processos RVCC Escolar e Profissional com ofertas

formativas de UFCD, visando a validação de percursos parcelares e a construção

de percursos completos (Processo RVCC e FMC). [Esta recomendação tem por

objectivo contribuir para o reforço da utilização das FMC para completar

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percursos de formação com certificação total (actualmente pouco expressiva) ou

para obter certificações intermédias reconhecidas].

• Valorizar a possibilidade de obtenção de certificação parcial através de processo

de RVCC pelos CNO e pelos candidatos, como forma de integração em

percursos formativos. [Esta questão prende-se, nomeadamente, com a abertura a

certificações parciais quer profissionais, quer escolares e não apenas com a

concentração excessiva nos ciclos completos, seja de estudos, seja de

aprendizagens profissionais].

• Clarificar que todos os indivíduos, independentemente do nível de qualificação

escolar, são elegíveis em UFCD de percursos formativos de nível 2 viabilizando o

acesso e participação dos activos menos escolarizados nas FMC e valorizando a

respectiva qualificação e experiência profissionais.

• Definir um perfil de beneficiários que melhore a focalização de grupos prioritários,

nomeadamente em situação dotação de excesso de procura face à

disponibilidade financeira e numa base territorial.

• Revisão do requisito de frequência relativo ao número mínimo de formandos por

grupo equacionando a fixação do mesmo no intervalo 12 a 15 formandos.

(b) Divulgação das Tipologias

• Melhorar as condições de articulação técnica entre os processos RVCC e as FMC

com vista a aumentar o volume de encaminhamentos por parte dos CNO.

• Mobilizar formandos na óptica do reforço da procura dirigida ao cumprimento

das 35 horas de formação previstas no Código de Trabalho.

• Aumentar o número de projectos aprovados que contemplem a realização de

percursos formativos integrados.

• Iniciar acções selectivas de divulgação junto de Entidades formadoras menos

envolvidas na Tipologia e com potencial para contribuírem para a compensação

de desequilíbrios na oferta, como sejam os CGD do IEFP, CGP e Escolas e Centros

de Formação, em geral, bem como entidades orientadas para sectores

económicos em crescimento e para a reconversão de sectores tradicionais.

• Reforçar o papel dos CNO no encaminhamento individual dos beneficiários

directos inscritos para as FMC.

• Reforçar o papel dos Centros de Emprego no encaminhamento individual dos

beneficiários directos inscritos para as FMC.

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(c) Critérios de Selecção das Candidaturas

• Estabelecer normas para organização dos Anexos aos Formulários de Candidatura

assegurando que os mesmos contêm informação de fundamentação técnica dos

projectos formativos ventilada aos objectivos estratégicos das FMC.

• Incluir nos Critérios de selecção, ponderações que confiram prioridade a

desempregados em acções de reconversão profissional.

• Incluir nos Critérios de selecção critérios referentes à dimensão empregabilidade

dos adultos quer em termos de contributo para a manutenção de emprego, quer

em termos de inserção dos desempregados certificados no mercado de trabalho.

• Reestruturar o conjunto de critérios referentes à capacitação das Entidades

formadoras, reequilibrando o seu peso numa Tipologia de intervenção que

pretende estimular o primado da procura de formação e, nomeadamente, o

envolvimento e participação de Entidades empregadoras.

• Reestruturar a grelha de análise de candidaturas por forma a que a mesma

associe à replicação dos critérios de selecção constantes do RE, componentes de

análise que os explicitem.

• Homogeneizar a aplicação das grelhas de análise e selecção de candidaturas,

de modo a acautelar eventuais discrepâncias de apreciação em diferentes

regiões e sucessivos períodos de candidatura.

• Apoiar a melhoria do trabalho técnico das Entidades candidatas com vista a

promover a qualidade tanto dos resultados a alcançar pelos projectos aprovados,

como das novas candidaturas, em próximos períodos de abertura.

• Incluir nos Critérios de selecção critérios referentes à área de formação oferecida,

por modo a orientar melhor a formação para profissões com potencial de

captação de desempregados ou de absorção de trabalhadores mais

qualificados e como forma de compensar o risco de procura individual de

formação em áreas saturadas regional, conjuntural ou estruturalmente.

• Atribuir prioridade aos projectos formativos que visem a operacionalização de

UFCD de nível 2, i.e. que abranjam indivíduos com qualificações inferiores ao 3º

ciclo do ensino básico

• Incluir nos critérios de selecção critérios de preferência para as candidaturas que

apresentem planos centrados na progressão na formação dos formandos

acolhidos (p. e., favorecendo as que se comprometam a que 50% dos formandos

cumpram 3 ou mais módulos).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Sumário Executivo

18/19

• Atribuir prioridade aos projectos formativos que visem o desenvolvimento de

percursos formativos integrados.

(d) Gestão Interna e Acompanhamento da Execução

• Criar a possibilidade de Entidades Beneficiárias compostas por várias unidades

orgânicas e/ ou unidades formativas apresentarem candidatura única de âmbito

nacional, com identificação de componentes regionais especificas.

• Elaborar um Documento único destinado às Entidades Beneficiárias com a

explicitação de todas as regras e orientações específicas, entretanto, introduzidas

de interpretação e/ ou alteração do RE.

• Simplificar/ Agilizar os procedimentos de análise da elegibilidade dos documentos

de despesa que se têm revelado excessivamente morosos.

• Gerar informação relativa à fase do encaminhamento dos formandos para as

FMC (após a realização do diagnóstico ou após o processo de RVCC).

• Melhorar os elementos de programação das acções de formação pós-

encaminhamento para a frequência de UFCD (formação tecnológica e

formação de base).

• Gerar informação relativa aos atributos dos formandos abrangidos e às UFCD

integradas nas acções de formação em curso de execução [atenuando as

desvantagens do modelo de candidatura (volume de formação, por área), para

efeitos de controlo de gestão].

• Assegurar as condições para um adequado acompanhamento técnico e

pedagógico da realização das acções de formação.

5.2. Recomendações de natureza regulatória e estratégica

Na óptica da melhoria da qualidade das FMC no contexto da relevância das

Qualificações Profissionais e não obstante os mecanismos utilizados pelas Entidades

beneficiárias para fundamentar a oferta de FMC revelarem maturidade crescente, os

resultados da Avaliação apontam para a necessidade de reforçar:

• a articulação com os CNO, beneficiando de processos de diagnóstico e de

encaminhamento integrados, mas também da consolidação dos instrumentos de

suporte aos processos RVCC Profissional;

• a articulação com os Centros de Emprego, no sentido de reforçar a orientação

da população adulta desempregada com carências de formação profissional

para soluções formativas proporcionadas pelas FMC, num contexto de

reconversão profissional ancorado em percursos formativos integrados.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Sumário Executivo

19/19

• a disponibilização de estudos de perfis profissionais e/ou de levantamento de

necessidades de formação ao nível das regiões e dos sectores que, de uma forma

ágil e simplificada, identifiquem défices de qualificações que possam ser

colmatados por FMC, no curto e médio prazo, e proporcionem orientações claras

acerca das prioridades estratégicas de investimento em qualificações;

• a intervenção estratégica e prospectiva das entidades e dos mecanismos de

regulação e financiamento, com vista a evitar sobreposição e estimular a

complementaridade de ofertas na mesma região.

A qualidade da formação na modalidade FMC, constitui uma questão central e decisiva

para o futuro desta, em particular, para a afirmação da FMC como formação profissional

de excelência de activos menos qualificados em Portugal.

Trata-se de evoluir no sentido de melhorar e reforçar múltiplas dimensões da formação

proporcionada por esta modalidade, com destaque para:

(i) a avaliação da qualidade (e relevância) dos referenciais de qualificações e das

UFCD disponíveis no CNQ (em sede de intervenção da ANQ e dos CSQ);

(ii) a articulação com o sistema de regulamentação das profissões, com o

envolvimento directo das entidades sectoriais responsáveis;

(iii) a intervenção da entidade reguladora do CNQ (ANQ) na garantia de qualidade

da FMC, nomeadamente através da Rede de Escolas, Centros de Formação,

Empregadores e Outros operadores, com CNO ou com protocolos com CNO, que

estejam ou venham a desenvolver FMC;

(iv) a utilização futura do SIGO e da Caderneta Individual de Competências para

avaliação das dinâmicas de acesso a FMC e de certificação (parcial e total)

relativamente às qualificações profissionais disponíveis no CNQ; e

(v) o recurso a avaliações externas da execução das Tipologias de FMC previstas no

Plano Global de Avaliação do POPH, assegurando que as mesmas incorporem uma

forte componente de avaliação da qualidade das orientações e conteúdos da

modularização e da formação.

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Evaluation of the Operationalisation of Typologies 2.3, 8.2.3 and 9.2.3 – POPH Certified Modular Training within the scope of the Operationalisation of NSRF

Executive Summary

1/19

Executive Summary

1. Object of Evaluation

Certified Modular Training (FMC) is part of one of the new training modalities defined by

the legal regime governing the National Qualifications System (D.L. 396/2007, of 31

December), an instrument designed to work as the touchstone for the gradual

implementation of the priority of meeting demands for suitable training.

The need to secure the development, diversification and differentiation of alternative

modalities of education/training to mainstream education, by facilitating access of the

active population to various levels of schooling and professional qualifications, implies that

short term, flexible and credit-based training be favoured, thus allowing for diversified

pathways through the combination of school training and vocational training of levels II

and III.

These regulations concerning the right to training, following the Agreement for the Reform

of Vocational Training, reinforced the pressure and the demand for the adoption of more

suitable operationalisation measures. These measures would facilitate the access of the

working population to education and training opportunities by developing training which

is adjusted to the basic qualification requirements and profiles of active adults.

FMC therefore emerges as a dynamic response to the needs for professional skills of

employed workers and their corresponding companies, which are faced with the difficulty

of releasing their human resources for longer periods of training, and as a flexible and

diversified instrument of continuous training aimed at those employed workers and also

the unemployed.

FMC emerges as a modality which awards dual certification and is part of the second

strategic line of the human resources qualification of the Human Potential Operational

Programme (POPH), the Recovery of qualification levels of adults, which is the intervention

strand with the biggest financial allocation of the Programme. The aim of this strategic line

is to promote adaptability and lifelong learning, an objective which may receive an

important impulse from FMC given the potential contribution of this Typology of

intervention to “raise the levels of qualification of the active population by accessing short

term, credit-based training modules undertaken within the framework of a given training

pathway, with a view to obtaining a qualification corresponding to a given career outlet”.

The following summary sheet systematises the profile of actions, the target groups and the

FMC Beneficiary Entities.

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Evaluation of the Operationalisation of Typologies 2.3, 8.2.3 and 9.2.3 – POPH Certified Modular Training within the scope of the Operationalisation of NSRF

Executive Summary

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Certified Modular Training (2.3; 8.2.3; and 9.2.3)

Eligible actions • Certified modular training included in basic and secondary level training, structured under

the form of Short Term Training Units (UFCD), undertaken in accordance with the training references established in the National Qualifications Catalogue (CNQ), and which may correspond to basic training units, technological training or both.

Addressees • People aged 18 or over at the date of the onset of the training who have poor academic

and/or professional qualifications, or when such qualifications are not adjusted to the needs of the labour market.

• Exceptionally, people under the age of 18 (from the age of 16) may be covered as long as they are already part of the labour market.

Beneficiaries of the support • Certified training entities, employers and other operators, when they intend to develop

training within the scope of their area of competence and vocation. • The certified training entities wishing to give modular training, or who provide services in this

area for employing entities or other operators, must register with the National Qualification Agency (ANQ).

Certification • The training entity shall issue all trainees who have obtained a satisfactory evaluation with

a certificate. Source: Adapted from the Specific Regulation (SR) of Typology FMC.

In terms of financing, POPH secures resources for the organisation of training within the

framework of the Typologies of Axis 2 and Axis 8 (Algarve) and 9 (Lisbon), and reinforces its

role as key-support instrument for the success of the “New Opportunities Initiatives”, within

the scope of which FMC plays a relevant role both in terms of targets to be attained and

innovation in training of active adults.

The eligibilities contemplate FMC at levels 2 and 3, structured under the form of UFCD,

carried out in accordance with the references established in the CNQ, the addressees

being active workers over the age of 16, holders of poor academic and/or professional

qualifications or those whose qualifications are not adjusted to the labour market.

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Evaluation of the Operationalisation of Typologies 2.3, 8.2.3 and 9.2.3 – POPH Certified Modular Training within the scope of the Operationalisation of NSRF

Executive Summary

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2. Scope of Evaluation

The relationship between the objectives established for the Evaluation and the

requirements included in the Technical Clauses of the Specifications place the Study in an

area of articulation between: (i) the operationalisation conditions of Intervention

Typologies 2.3, 8.2.3 and 9.2.3 – FMC of Axis 2 – Adaptability and POPH Lifelong Learning

(specific regulations; appraisal and selection of candidates; and implementation

management and monitoring); and (ii) the accomplishment of expected contributions for

the core objectives of FMC and of Axis 2 - “raising the qualification levels of the active

population” and “obtaining a qualification corresponding to a given career outlet”

(vitalisation of support to Typologies and standard demand of beneficiaries).

The following Flowchart sums up the Objectives Tree of the study:

Objectives Tree of the Evaluation Study

The Results of the Operationalisation Evaluation, fruit of the triangle consisting of the

different components of empirical analysis and reflection, constituted the basis for the

reformulation of the Recommendations from the viewpoint of the future strategic and

operational development of FMC, including implications relevant for the key-dimensions of

accomplishment of the Human Potential Operational Agenda in which the Priority Axis of

Adaptability and Longlife Learning play a relevant role, as is pointed out in the ex-ante

POPH Evaluation.

To evaluate the mechanisms set up to

operationalise the start-up of the Programme.

To assess whether demand corresponds to/is suitable for the

objectves defined for the Typologies.

To analyse the appropriateness between the operationalisation mechanisms and the strategy defined in the Programme for the

Typologies, producing suggestions and recommendations with a view to introducing improvements to specific regulations, dissemination,

eligibility/admissability, selection criteria of the applications, internal management and monitoring of the implementation of the Typologies.

To produce relevant recommendations for the following entities: (i) POPH Ministerial Coordination Committee; (ii) POPH Managing

Authority; (iii) POPH Monitoring Committee; (iv) ESFMI; and (v) NSRF Observatory.

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Evaluation of the Operationalisation of Typologies 2.3, 8.2.3 and 9.2.3 – POPH Certified Modular Training within the scope of the Operationalisation of NSRF

Executive Summary

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The focus of the Evaluation was established around four main Analytical Dimensions which

are associated with the intervention requirements which were at the basis of the creation

of FMC, within the framework of the Vocational Training Reform and the creation of the

CNQ: (i) Accessibility and stimulus to investments in lifelong training both for individuals

(active adults) and employing entities; (ii) Quality and relevance of FMC; (iii) Contributions

to FMC for the dual certification objective in education and training of adults in Portugal;

and (iv) Supply network, organisation of resources and functioning model to support the

implementation of FMC.

The identification of these analytical dimensions, structuring the Evaluation exercise,

helped establish a Reference Framework which was, on the one hand, part of the

Objectives Tree of the Study and on the other part of the set of Evaluation Questions set up

by the Technical Specifications. In effect, the four Analytical Dimensions announced

reflect the matrix by which the references of the framework of the Study are interpreted:

Specific objectives associated with FMC Typologies within the context of the

architecture of Axis 2 instruments of POPH (level of understanding important for the

formulation of suggestions and relevant Recommendations for the different entities

identified as institutional beneficiaries of the results of the Evaluation);

Evaluation Questions which structure the Operationalisation Evaluation and which

translate a combination between the analysis of the demand revealed in relation to

the objectives established in the programming phase and the analysis of

implementation mechanisms/conditions to support the operationalisation of the

FMC Typologies.

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Evaluation of the Operationalisation of Typologies 2.3, 8.2.3 and 9.2.3 – POPH Certified Modular Training within the scope of the Operationalisation of NSRF

Executive Summary

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3. Evaluation Questions and methodological synthesis

The following table sums up the components of the analysis under the form of evaluation

sub-questions, which oriented the development of the evaluation work itself.

Analytical dimensions Evaluation Questions Components of the Analysis

Acc

ess

and

stim

ulus

to L

LL

Is the demand generated by FMC at the onset of the POPH in line with the key dimensions identified?

Is the profile of the beneficiaries expressed in approved applications and is it adequate in terms of the objectives pursued in FMC? What are the attributes (levels of academic qualifications and situation in relation to employment) of the target-groups covered by this Typology? Do approved projects result in the accomplishment of the targets defined in the Programme for this Typology?

Qua

lity

and

rele

vanc

e of

FM

C

Do the methodologies and instruments used when analysing the applications help meet the requirements of the Programme?

Do the approved applications have sufficient quality (technical grounds, articulation with the sectoral/regional demand for skills, combination of training components/products,) to guarantee the fulfilment of the objectives? What is the training component most sought after in the approved projects (basic training or technological training)? What new provisions may be created to promote training of greater quality and proximity and which may meet new demands? And which mechanisms may be created to guide such demand?

Obj

ectiv

e of

du

al

certi

ficat

ion

To what extent can the expansion of the network of flexible qualification pathways contribute to the recognition, validation and acquisition of certified skills?

Up to what extent do the approved projects meet the new demands generated by the expansion of the network of New Opportunity Centres (CNO)? And are there mechanisms to articulate between the supply available and the demand generated by the CNO? Up to what extent is the involvement and articulation with the economic fabric promoted in the qualification of active adults, within the scope of the CNO?

Impl

emen

tatio

n of

FM

C: O

pera

tiona

l Mod

el

Is the UFCD Model implemented in accordance with the initially established structure and mode of operation?

What is the level of appropriateness of the UFCD (level of qualification, training areas,) in relation to the requirements of the various segments of demand and supply?

Do the methodologies and instruments used when analysing the applications help meet the requirements of the Programme?

Did the model used in the dissemination and launch of the Typology and the corresponding opening of applications prove to be appropriate for applications to come forward by the Beneficiaries? Does the Specific Regulation correspond to the needs identified in Axis 2 of the POPH? Are the eligibility criteria and corresponding weighting information in line with the reality under appraisal and are they focused on the objectives defined for the Typology? What is the relationship between the selection criteria and their corresponding operationalisation on the analytical grid of the applications? Which items should be added to the analytical criteria grid, to be approved by the Monitoring Committee, and would result in a more pertinent and relevant analysis vis-à-vis the specific objectives of FMC? Are the selection criteria defined by the Monitoring Committee applied in a uniform fashion by the different POPH Technical Analysis Units and Regional Nuclei? If not, what means / instruments should be defined in order to re-establish the necessary unity and coherence?

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Evaluation of the Operationalisation of Typologies 2.3, 8.2.3 and 9.2.3 – POPH Certified Modular Training within the scope of the Operationalisation of NSRF

Executive Summary

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The main methodological instruments used in the different working phases of the

Evaluation, as an expression of the multi-method perspective, are listed in the following

items, which refer to their use throughout the Study.

Interviews. These were semi-guided interviews based on a script adjusted to the

areas of competence and powers of the interlocutors who spoke about those

relevant analytical dimensions which give substance to the Evaluation Questions.

The qualitative information gathered in this way was processed from two

perspectives: (i) technical grounds and incorporation of elements in enquiries and

Case Studies; and (ii) rationalisation of suggestions and Recommendations,

according to the common interpretation grid.

Analysis of the Information System/Data Bases. This work consisted of two

complementary strands: (i) one, of a qualitative nature, concerned the

content/quality of a sample of the Application Dossiers of approved projects; and (ii)

the other, of a quantitative nature, based on the appraisal of the course of

approval/implementation of the Typologies, over the period covered by the Study

(01/01/2007 to 31/12/2008). The Universe chosen for analysis was based on the

information gathered during the periods of application and focused on approvals.

The territorial scope included Mainland Portugal, covering Axis 2 for the North,

Centre and Alentejo Regions (Convergence Objective), Axis 8 for the Algarve

Region (in a phasing-out regime of the Convergence Objective); and Axis 9 for the

Region of Lisbon.

Survey of the Beneficiaries. The application of a Questionnaire to be completed by

the Entities with approved projects provided information of a qualitative and

quantitative nature, which processed the vision of these Entities as far as FMC is

concerned, bringing efficiency and effectiveness to the different components which

structure the operationalisation of this intervention Typology. The Questionnaire

included topics which diversified the statements/views on the topics included in the

Evaluation Questions, especially those in which the perspective of the Beneficiaries

concerning support is considered useful to: (i) test the efficiency, notably the

established regulatory provisions; selection criteria used; and the existing

management and monitoring resources; and (ii) to identify possible adjustments to

be introduced in the specific regulations (conditions of eligibility, selectivity,

methodologies used to support the time of the opening of applications, …).

The survey on a representative sample, established in accordance with the diversity

of standard-type Beneficiary Entities (Certified training entities, Employing entities

and other Operators), was based on a web platform, with the online application of

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Evaluation of the Operationalisation of Typologies 2.3, 8.2.3 and 9.2.3 – POPH Certified Modular Training within the scope of the Operationalisation of NSRF

Executive Summary

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the Questionnaire sent to the Beneficiary Entities with approved projects. The overall

response rate corresponded to close to 50% of the number of entities with approved

projects, 98% of the surveys to be obtained to secure indispensable levels of trust

having been covered.

Case Studies. This method was mainly used to deepen issues related to design,

management and monitoring mechanisms and to results in the light of these

Typologies and of Adaptability and Lifelong Learning. The five case studies were

selected from a heterogeneous number of entities and reflect typologies of entities

with the highest representation in the applications approved in 2008: (i) Vocational

Training Centre; (ii) Corporate/sectoral/regional association; (iii) Private company;

(iv) Public education establishment; and (v) Non-profit organisation.

Focus-group session. The session was conducted during the last phase of the Study

and was used to gather contrasting information, resulting from the comparison of

experiences and perspectives of participants in relation to this training policy

instrument, focused on the identification and systematisation of elements of the first

launch and structuring phase of this new training modality. The participants

represented the structure of FMC actors (POPH Technical Secretariat; ANQ; CNO;

POPH Regional Technical Structures (Regional Technical Support Units – UATR); most

representative Beneficiary Entities of the Typology; and Training Professionals.

The methodological strategy proved to be well adjusted to the construction of responses

to the Evaluation Questions, especially the expressive representivity of the Beneficiaries’

Survey (the contents of which were the object of validation by the Evaluation Study

Monitoring Group), the diversity of the Case studies, the wealth of interviews conducted

and the contributions of the Focus-Group session.

The information on the approval and implementation of the projects (SIIFSE) proved to be

useful and relevant, allowing for the deepening of the analysis variables in the responses to

the Evaluation Questions.

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Executive Summary

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4. Main Results

An appropriate profile of beneficiaries and target group for the fulfilment of FMC

goals and targets

The adaptation to this new training modality of (employed and unemployed) active adults

proved to be satisfactory with high levels of demand by most of the Beneficiary Entities,

the Typology of which (training entities, Employing entities and other Operators) had

significant repercussions on the standard of applications submitted and the standard of

approved projects.

The profile of Beneficiary Entities attained (approved projects) translates the recognition

by key actors of the relevant employment/training system of FMC, as bearers of

advantages resulting from the certified short term training actions which contribute

towards: (trainees’ viewpoint) lifelong learning and the acquisition of professional

certifications (which together, are equivalent to a professional career) to improve the level

of professional skills of active adults in companies.

In the approved projects, there are more Training Entities (approximately 60%), especially

private training companies, expressing the vitality of the private market of training

operators. Another two Typologies of operators, especially well positioned to improve the

qualifications of active adults, also mark a strong presence: the public and shared network

of Vocational Training Centres; and Corporate Associations and large companies, with an

installed training capacity.

The priority attributed to CNO and entities with protocols with these Centres (responding to

the FMC objective to complete training for individuals in RVCC (Recognition, Validation

and Certification of Skills) processes) has been improving as can be seen from the increase

between the 1st and 2nd application periods, translated in the progress by the number of

training entities which compete based on protocols (entered into or to be entered into)

with CNO.

The profile of the trainees, identified through the analysis of the implementation indicators,

is in line with the profile defined for FMC which intended to involve “people aged 18 or

over on the date of the onset of the training, holders of poor academic and/or

professional qualifications, or when such qualifications are not adjusted to the

requirements of the labour market”. FMC trainees are mostly individuals between the age

of 19 and 44, with qualifications equal to or lower than the 3rd cycle basic education

grade and who are active workers. The combination of this profile with data regarding the

progress via CNO and Employment Centres means that in the 1st phase, FMC has reached

fewer unemployed adults and adults registered at CNO.

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Executive Summary

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These characteristics indicate that FMC is mostly seen as a training modality adjusted to a

segment of young and middle aged active adults, who, in a logic of lifelong learning,

need to attend short term modules to improve, recycle or upgrade their skills, notably as a

way to better equip themselves to keep or rapidly recover their jobs.

According to these results, FMC is becoming established as it is a response to the specific

training requirements of active workers and provides added flexibility to training without

however evolving towards a combined attendance of modules which structures those

training pathways (currently the average attendance of UFCD is less than two modules).

This means that there is room for FMC to advance in two directions: (i) to meet the training

needs of the unemployed (currently a very low percentage of the trainees covered) and

conclusion of the RVCC processes of individuals registered in CNO; and (ii) to contribute

towards the structuring of training with total certification.

From the viewpoint of the Beneficiary Entities that promote actions within the scope of

FMC, the objective-dimensions of the Typology which gather the most significant

contributions from the approved applications, are the following: (i) increase in professional

qualification levels of active adults, with acquisition/recycling/upgrading of specific

knowledge associated with the development of personal, social and relational skills; (ii)

stimulus to attend other vocational training actions, representing a potential gain for

active adults for a lifelong learning pathway; and (iii) improvement of professional

performances and productivity of Employing entities.

The technical grounds of the applications and supply of FMC actions proposed by the

approved projects has the support of instruments which are aware of the training needs of

the target-groups, with concerns of a sectoral/territorial nature and in the relationship with

the labour market, in addition to a satisfactory observance of the Catalogue as a

reference for choices, especially by Employing entities.

The number of trainees foreseen for the approved trainees within the course of the 1st

period of FMC applications (2008) exceeded 900 thousand beneficiaries to be covered

(implementation period up to 2 years), a high demand taking into account that this was

the year this new modality was installed and that most of the implementation focused on

the last quarter. The POPH Implementation Report for 2009, using the period 2008/2009 as

its reference, points to a total volume of 693.9 thousand trainees covered, a performance

which exceeds the average yearly target for both years. In terms of effective

implementation, over 187 thousand trainees had been covered by late 2008 (information

concerning concluded projects, with data introduced into the System), a performance

corresponding to 60% of the established yearly target.

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Executive Summary

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Within the scope of the Evaluation, the FMC Beneficiary questioned pointed out the

following as the main factors which could condition the expected results: (i) availability of

workers for vocational training, with a profile suitable to the initial objectives of the

Typology; (ii) articulation between the UFCD (levels of qualification, training contents,…)

and the needs of the target group; (iii) dissemination and raising awareness of the target

groups; (iv)articulation between the needs and the functioning of the labour market and

the objectives of the Typology; e (v) economic crisis and increase in the number of

registered unemployed.

A structure of support mechanisms appropriate for the management and

development of FMC

The Specific Regulation of FMC defines and establishes the regime of support granted by

POPH, within the framework of the national legislation applicable to FMC, with specific

reference in the corresponding articles to the key elements leading to the fulfilment of the

strategic objectives of the qualification of active adults, through the selection criteria

which constitute guidelines for the analysis of the applications and which help orient the

standard of training responses to be included in FMC. These standards, as well as the

administrative and financial circuit, are assimilated by the beneficiary entities and were

not the object of deep criticism, there being a positive balance in terms of application

between the management structures, notably MA and TS of the POPH.

The launch and dissemination model of the Typology and the opening of applications

proved to be adequate to raise demand and the following should be pointed out: (i) on

the one hand, the expectations raised by this new training modality, sessions organised at

the regional level by the POPH MA and the changes which marked the restructuring of the

training market, especially at regional level, as a means to facilitate the dissemination of

the training and to boost interest in the demand; and (ii) on the other hand, the work of

CNO and their technicians who play a key role in the potential referral (and qualification)

of appropriate target groups for FMC.

Corporate Associations, playing the dual role of training Entities and instruments to attract

the corporate sector did an excellent job in disclosing FMC to the business sector. The

business sector is a target group which justifies dissemination/sensitisation actions more

focused on FMC and which stress its role in raising the levels of school and professional

qualification of the active population through the construction/creation of training

pathways, thus attenuating the over-determination of loose training actions.

The selection criteria are structurally focused on the following training strands of the

following key-vectors: relevance of the project/training proposals in the light of the needs

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Executive Summary

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of contextual interventions (sectoral, territorial, corporate and those related to the

qualification and employability of adults); priority of key dimensions associated with the

demand and structuring of training responses from the network; and quality/capacity of

the Beneficiary Entities.

This list of criteria reflects the over-reaching nature of the projects in the application phase

but does not contemplate key-dimensions associated with the specific strands of the

training modality and does not divulge any criterion closer to the contributions of the

projects for job maintenance/creation. From the viewpoint of the Evaluation, aspects such

as the technical grounds of the application, the corresponding articulation with training

components or products/results, the articulation with CNO structures and a dimension

related to the contribution expected from the projects for the employability of trainees

which would reflect the investment in training by the companies, are topics which could

help strengthen the classification of the candidates in a context of adhesion to FMC which

is more loyal to the corresponding strategic objectives.

The technical appraisal work undertaken by the Regional Technical Analysis Units (RTAU)

constitutes an advantage in terms of management by way of a tendential approach

which secures sectoral/regional realities, in terms of knowledge of qualification

requirements and potential of the network. The existence of situations which reflect a

certain heterogeneity in the application of criteria (not well-founded by the Beneficiary

Entities) has resulted in management initiatives with a view to improving/homogenising the

conditions under which the candidates are analysed and a decision is taken.

Articulation between demand and supply, with gradual adjustments

The ESF IIS points to essentially technological training, with a strong expression in Computer

Sciences, in the context of a very significant diversity of areas of training. The areas of

training frequented by the FMC trainees cover most of the technological areas of training,

especially the area of Computer Sciences which in terms of implementation covered

close to a fifth of the total number of trainees, followed at a significant distance by the

areas of the Hospitality Industry (8.5%), Trade (7.1%), Social Work and Guidance (6.0%),

Secretariat and Administrative Work (5.6%), Agricultural and Animal Produce (4,8%) and

Electricity and Energy (4,0%).

The predominance of Computer Sciences is a result of the selection criteria (the only

criterion which implicitly refers to contents is concerned with the development of

“professional skills in areas of innovation and the information society”) and results from the

importance attributed to technological literacy, associated with the use of information

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Executive Summary

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and communication technologies, an area of few barriers to entrance to the training

structure.

The analysis of the distribution of areas of training, without a finer approach to the training

contents administered, nevertheless raises questions to the positioning of the FMC

Typology in terms of effective contribution to more demanding perspectives in terms of

qualification of active adults, notably in the area of professional reconversion of their

respective (formal, informal and non-formal) skills.

The standard expressed by the demand geared to FMC considers the following priorities in

terms of approach: (i) Employing Entities wish to find answers to the training needs of the

active workers and adjustment requirements between skills and work organisation

(competitive dimensions) and residually to the fulfilment of regulatory requirements –

Labour Code (formal dimension)]; (ii) the Training Entities wish to find answers to demand

requirements, e.g., in terms of reinforcing the skills of active adults who fulfil the

requirements of the corresponding processes of employability and certification pathways];

(iii) FMC Trainees (according to the Beneficiary Entities) found in this modality the possibility

of accessing specific training, which means that the attendance of FMC has not yet got its

usefulness linked to the training pathways with total certification.

The promotion of higher quality training and proximity should be oriented by the

instruments available (and in a consolidation and/or up-grade phase), namely in the

sphere of the evolution of the National Qualifications Catalogue, the assertion of the

Sectoral Qualification Councils and the vitalisation of prospective qualification

mechanisms, in addition to the structuring of information instruments and academic and

professional guidance, as well as project monitoring mechanisms as part of the structuring

of the quality of the life cycle of the investments in training (cf. 5. Recommendations).

An UFCD under construction

FMC is a new organisational training model and introduces innovation, especially valued

by Employing Entities in the dynamic adjustment to their training needs, which lies in the

application format adopted. This format, different from former models and from those

used in other Typologies, instead of demanding that the candidates indicate the training

courses to be undertaken (like a training “menu”); it only requires an indication of the

amount of training they wish to have per area of training.

This flexible approach, simultaneously simpler and collective, is one of the strong points of

FMC, as it introduces flexibility in the modus operandi, indispensable for the

implementation of a modality with rigid characteristics in terms of response to training

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Executive Summary

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demand, which expects to discontinue the logic of over determination of training by the

Training Entities.

From the viewpoint of the Beneficiary Entities, the advantages of FMC are focused on the

following vectors: (i) to attenuate the difficulties to predict (two years, period of eligibility of

the application) training needs and as a result to identify the training courses to be

developed, as during the implementation of the projects external factors emerge which

can condition the development of such projects; and (ii) to encourage the development

of training to meet specific emerging requirements, thus attenuating the dependence on

standard training less appropriate to the needs of active adults. However, by basing the

application model on the amount of training expected (per area of training) and without

stating the selection criteria of the variables which express technical grounds and

articulation between training components and results, elements which allow for the timely

identification of approved training cannot be guaranteed.

Appropriate training vis-à-vis the demand is guaranteed through the permanent updating

of the Catalogue, notably through the prospects of training requirements vis-à-vis the

progress of the sectoral and/or territorial labour market. This permanent updating

(capturing and integrating the dynamics of the evolution of qualifications) must however

be in line with an CNQ which is a true strategic management instrument of the demand

and supply of qualifications, being sure to avoid it becoming a mere “training repository”

at the service of “the pressure to access funding”.

With these instruments (and by adopting the perspective of efficient renovation) the

conditions will be created to stimulate the adjustment of UFCD (levels of qualification,

areas of training, training contents,) to the dynamic evolution of the individual demand

segments and the Employing Entities. Currently, UFCD cover a diversified range of areas of

training and the CNQ include 251 qualifications (for 39 areas of education and training)

which cover 5,600 UFCD, the access to which can have a loose or combined approach to

integrated training pathways.

Within approved areas of training, the Entities at any time may select the UFCD which

better corresponds to existing requirements, a flexibility which is guaranteed due to the

fact that when applying it is only necessary to identify the area of training. On the

threshold of the implementation of the projects, and although the contents of the UFCD

have been previously defined in the Catalogue and have been drafted in a more general

fashion, it is possible for each entity to adapt them to the needs and characteristics of its

target group, like combining UFCD, from different areas and in a flexible manner, a

solution generating tendentially better adjusted training pathways.

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Executive Summary

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The Evaluation ascertained the existence of excessively fragmented training, besides an

excess of random combinations of UFCD, resulting in poorer guidance for the construction

of final and complete qualification processes. This is translated into a risk which may

compromise the efficiency intended with the work oriented towards the necessary (and

urgent) increase in professional and academic qualifications of the Portuguese active

population.

The problem-dimensions pointed out suggest there is a need to build mechanisms to

monitor the life cycle of the training projects during the implementation phase in order to

calculate, among other things, the levels of fulfilment of the objectives of the Typology

and the intensity and quality of the effective adjustment of training to the needs of the

intermediate (organisations, activities and territories) and final (employed and

unemployed active population) addressees.

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5. Recommendations

The dynamics of the revealed demand geared to FMC during the two main application

periods resulted in an increased commitment in the overall performance of the POPH

Adaptability and Lifelong Learning Axis, even in a context of high selectivity of the

approvals. However, over the last two years (since late 2008) and at the initiative of the

POPH MA there have been adjustments with gains in efficiency in the circuits and

operational mechanisms adopted in the regulatory and operational plans to guarantee

the management and development needs of the FMC Typologies.

With this context as a backdrop, the areas of potential increase in and stimulus to

demand, especially for the dissemination and eligibility requirements, should motivate

suggestions which are more focused on the upgrade of the demand segments in new

application periods in order to guarantee an appropriate focus on those segments which

are considered priorities for this training modality, from the perspective of the

accomplishment of the objectives of the Adaptability and POPH Lifelong Learning Axis.

From this viewpoint, the contribution of FMC should be put into perspective in terms of the

enhancement of employability/return to the labour market of the unemployed, one of the

specific objectives included in the Competitiveness and Employment Initiative, especially

for the strands associated with referrals to CNO and for vocational training measures and

professional reconversion geared to strategic professions included in the CNQ.

In terms of guidelines and contents, the Recommendations are mainly situated in the

interface between the financing instrument and the regulatory mechanisms of this training

modality and are organised according to the list of areas of improvement identified in the

general objective of the Evaluation: (a) Specific Regulations (Typology and

eligibility/admissibility); (b) Dissemination of the Typologies; (c) Selection criteria of the

applications; and (d) Internal management and implementation monitoring.

5.1. Recommendations of an operational nature

(a) Regulations (Typology and Eligibility/Admissibility)

• Improve the articulation between the Academic and Professional RVCC processes

with training delivered through UFCD, aimed at validating partial pathways and

the construction of complete pathways (RVCC Process and FMC). [The purpose of

this recommendation is to contribute towards the increased use of FMC to

complete training pathways with total certification (currently not many cases) or to

obtain recognised intermediate certifications].

• Value the possibility of obtaining partial certification through RVCC processes by

CNO and the candidates, as a way to becoming part of training pathways. [This

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Executive Summary

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question is related to the opening of partial, professional and academic

certifications and not only to excessive concentration on the complete cycles of

studies or professional learning].

• Weigh the eligibility of individuals with academic qualifications lower than the level

of qualifications required by valuing their professional qualifications and

experience, thus making it possible for those active adults with lower academic

qualifications to be eligible.

• Clarify that all individuals, independently of their level of qualification, are eligible in

UFCD of level 2 formative pathways, enabling the access and participation of less

scholarly actives in FMC and enabling their qualification and professional

experiences.

• Define a profile of beneficiaries which would improve the focus of priority groups,

notably in an allocation situation of excess demand vis-à-vis the financial resources

available and on a territorial basis.

• Review of the requirement of frequency regarding the minimum number of trainees

per group setting out the number in the interval from12 to 15 trainees.

(b) Dissemination of Typologies

• Improve technical articulation between RVCC processes and FMC with a view to

increasing the number of referrals by CNO.

• Mobilise trainees to enhance demand aimed at fulfilling the 35 hours of training set

out in the Labour Code.

• Increase the number of approved projects which contemplate the

accomplishment of integrated training pathways.

• Initiate selective dissemination actions with Training Entities that are not so involved

in the Typology and that have a potential to contribute towards the compensation

of imbalances in the supply, such as the CGD of the Employment and Vocational

Training Institute (IEFP), CGP and Schools and Training Centres, in general, as well as

entities oriented towards growing economic sectors and to the reconversion of

traditional sectors.

• Enhance the role of CNO in the individual referral of direct beneficiaries registered

for FMC.

• Enhance the role of Employment Centres in the individual referral of direct

beneficiaries registered for FMC.

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(c) Selection Criteria of the Applications

• Establish rules to organise the Annexes to the Application Forms, thus guaranteeing

they contain technical information related to the training projects aimed at the

strategic objectives of FMC.

• Include in the selection Criteria, items of priority to the unemployed in professional

reconversion actions.

• Include in the selection Criteria considerations on the employability dimension of

adults both in terms of contribution to job maintenance and in terms of inclusion of

certified unemployed in the labour market.

• Restructure the criteria regarding the empowerment of training entities, by

rebalancing their weight in an intervention Typology aimed at stimulating the

primacy of the demand for training and notably the involvement and participation

of Employing Entities.

• Restructure the analysis grid of applications to ensure it is associated with the

replication of the selection criteria included in the SR, analysis components which

explain them.

• Homogenise the application of the analysis and selection grids of applications in

order to avoid discrepancies in appraisals from different regions and successive

periods of applications.

• Support the improvement of the technical work of the Entities applying with a view

to promoting the quality of the results to be achieved by the approved projects

and by new candidates in future periods of applications.

• Include in the selection Criteria criteria regarding the area of training provided in

order to better orient training for professions with the potential to attract the

unemployed and to absorb more qualified workers, and as a way to compensate

for the risk of individual demand for training in areas regionally, economically or

structurally saturated.

• Give priority to those training projects aimed at the operationalisation of UFCD

which cover individuals of level 2, i.e., that cover individuals with qualifications

below those of the 3rd cycle of basic education.

• Include in the selection criteria preference criteria for those candidates who submit

plans focused on the progress of the training of trainees accepted (e. g., by

favouring those that commit themselves to ensuring that 50% of the trainees will

fulfil 3 or more modules).

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Executive Summary

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• Give priority to training projects which aim at the development of integrated

training pathways.

(d) Internal Management and Implementation Monitoring

• Create the possibility for Beneficiary Entities composed of several organic units

and/or training units to submit a single application of a national scope, with the

identification of specific regional components.

• Draft a single Document aimed at Beneficiary Entities with the explanation of all

the specific rules and guidelines meanwhile introduced regarding the

interpretation of and/or amendments to the SR.

• Simplify/Render supple the analytical procedures regarding the eligibility of the

expense documents which have proven to be too burdensome.

• Ensuring the conditions for an appropriate technical and pedagogic monitoring of

the training actions carried out.

• Generate information related to the routing phase of trainees for the FMC (after

the diagnosis or after the RVCC process).

• Improve the programming of training after routing to the frequency of UFCD

(technological training and basic training units).

• Generate information related to the attributes of the trainees covered and the

UFCD integrated in the ongoing training actions [thus attenuating the

disadvantages of the application model (training volume per area) for the purpose

of management control].

• Ensuring the conditions for checking the routing phase of trainees for the FMC

(after the diagnosis or after the RVCC process).

5.2. Recommendations of a regulatory and strategic nature

From the point of view of improving the quality of FMC within the context of the relevance

of Professional Qualifications and notwithstanding the fact that the mechanisms used by

the Beneficiary Entities tfor the basis of FMC reveal to be of growing maturity, the results of

the Evaluation point to the need to enhance:

• Articulation with CNO, thus benefitting from diagnostic processes and integrated

referrals but also the consolidation of instruments supporting the Professional RVCC

processes;

• Articulation with Employment Centres in order to enhance the orientation of the

unemployed adult population with needs in terms of vocational training for training

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Executive Summary

19/19

solutions provided by FMC, in a context of professional reconversion anchored in

integrated training pathways.

• Availability of studies of professional studies and/or polls on training needs at the

regional and sectoral level which in an agile and simplified manner identify deficits

in qualifications which may be bridged by FMC in the short and medium term and

provide clear guidelines regarding the strategic priorities of investment in

qualifications;

• Strategic and prospective intervention of entities and regulation and financing

mechanisms, with a view to avoiding overlapping and to stimulating the

complementarity of different Typologies of training in the same region.

The quality of training in the FMC modality is an essential and decisive issue for the future of

this modality, in particular, for the assertion of FMC as professional training of excellence of

the active population in Portugal with lower qualifications.

The multiple dimensions of the training provided by this modality must be improved and

enhanced, especially in terms of:

(vi) The evaluation of the quality (and relevance) of the qualification references and

UFCD available in the CNQ (within the scope of the intervention by the ANQ and the

SQC);

(vii) Articulation with the system regulating professions, with the direct involvement of

the sectoral authorities responsible;

(viii) Intervention of the regulating authority of the CNQ – National Qualification

Councils (ANQ) to guarantee the quality of FMC, notably through the Network of

Schools, Training Centres, Employers and other Operators, with CNO or with

protocols with CNO, who are or will be developing FMC;

(ix) The future use of SIGO (Budgetary Management Information System) and the

Individual Skills Notebook to assess access to FMC and (partial and total)

certification in relation to the professional qualifications available in the CNQ; and

(x) The use of external evaluations of the implementation of the FMC Typologies set out

in the POPH Global Evaluation Plan, thus guaranteeing that they incorporate a

strong evaluation component of evaluation of the quality of the guidelines and

contents of the modules and training.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

1

INTRODUÇÃO

IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

A estrutura de objectivos da Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e

9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do

QREN, situou o Estudo num plano de articulação entre dimensões analíticas relativamente

complementares que combinam a apreciação dos primeiros

desenvolvimentos/resultados de uma modalidade inovadora de formação contínua e a

análise das condições de operacionalização dessa modalidade no quadro do

instrumento de financiamento (Eixo 2. Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da

Vida do Programa Operacional Potencial Humano (POPH).

Essa combinação encontra-se explicitada na formulação dos Objectivos específicos: (i)

Avaliar se a procura corresponde/é adequada aos objectivos definidos para as

Tipologias; e (ii) Avaliar os dispositivos montados para operacionalizar o arranque das

Tipologias, no âmbito do POPH.

Os objectivos do Relatório Final seguem de perto, pela estrutura e conteúdos, os

objectivos do Estudo, procurando valorizar o material empírico produzido ao longo das

várias etapas da Avaliação, com destaque para o tratamento das Bases de Dados do

Sistema Integrado de Informação do Fundo Social Europeu (SIIFSE), os apuramentos dos

Inquéritos às Entidades Beneficiárias (com índices de resposta bastante elevados), as

Sínteses dos Estudos de Caso e as Sinopses das Entrevistas.

As actividades do Estudo, correspondendo às perspectivas enunciadas na Proposta

Técnica e aprofundadas no Relatório Inicial (Metodológico), vieram revelar uma

propensão dos interlocutores para reflectir predominantemente sobre as virtualidades e

limitações da modalidade formativa, tanto em termos de balanço como de formulação

de sugestões que, em aspectos mais específicos, possam contribuir para melhorar o

desempenho e a utilidade das Formações Modulares Certificadas (FMC) para as

organizações empregadoras e os destinatários-alvo.

Assim, e sem prejuízo da resposta aprofundada ao conjunto de Questões de Avaliação

(Capítulo IV. Resultados da Avaliação), importa salientar o relevo atribuído ao

processamento de informação empírica em dimensões analíticas que remetem para a

relevância das FMC na concretização da Agenda das Novas Oportunidades e,

sobretudo, na estruturação gradual do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) e do

Sistema Nacional de Qualificações (SNQ).

A organização do Relatório Final adopta a estrutura recomendada pelas Cláusulas

Técnicas do Estudo, sendo composto pelas secções que sucintamente se apresentam:

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

2

INTRODUÇÃO

Sumário Executivo, que compreende a síntese do objecto e âmbito das Questões de

Avaliação, dos principais Resultados e das Recomendações da Avaliação. O Sumário

Executivo tem a sua primeira versão neste Relatório Final e será, posteriormente,

apresentado em Inglês.

I. Breve Descrição do Objecto de Avaliação, que compreende uma sistematização de

elementos-chave da evolução da formação de adultos no contexto da Estratégia de

Aprendizagem ao Longo da Vida e, sobretudo, do enquadramento das FMC no contexto

da Reforma da Formação Profissional em Portugal e dos seus instrumentos (Agenda

Novas Oportunidades e CNQ).

II. Objectivos e Questões Chave da Avaliação, que compreende uma exposição

detalhada dos objectivos do Estudo, bem como das Questões de Avaliação a que o

Relatório dá resposta, procurando evidenciar que a estruturação empírica do trabalho

contribuiu para equacionar variáveis determinantes do contributo desta modalidade de

formação para a Estratégia de Aprendizagem ao Longo da Vida em Portugal.

III. Metodologia, que compreende a explicitação do fio condutor da abordagem

metodológica, a identificação detalhada dos instrumentos de recolha e o perfil de

tratamento adoptado para a análise da informação empírica, a par de uma breve

referência às principais limitações do modelo de Avaliação.

IV. Resultados da Avaliação, que compreende a apresentação de resultados referentes

a cada Questão de Avaliação (com preenchimento de indicadores), processando a

informação empírica recolhida a partir dos diversos métodos contemplados no âmbito

do Estudo, com destaque para as vertentes de inquirição às Entidades Beneficiárias,

Estudos de caso, Entrevistas e documentação considerada relevante para os objectivos

do Estudo.

V. Conclusões, que compreende a organização de elementos de balanço a partir dos

Resultados da Avaliação, na óptica dos objectivos do Estudo e a identificação de um

conjunto de factores críticos que enunciam necessidades de intervenção.

VI. Recomendações, que compreende uma sistematização de actuações

recomendáveis, fundamentadas de acordo com os Resultados/respostas às Questões de

Avaliação e com a visão construída sobre as FMC, e incorporando propostas relativas à

sua operacionalização e sobre os mecanismos para o seu acompanhamento.

VII. Anexos, que compreendem a sistematização de elementos de Enquadramento da

Avaliação, dados detalhados de aprovação e execução, principal regulamentação de

suporte, fichas-síntese de avaliação, instrumentos de recolha de informação,

apuramentos do Inquérito às Entidades Beneficiárias, sinopses das Entrevistas, síntese dos

Estudos de Caso e nota relativa à Sessão de Focus-group.

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Relatório Final

3

II. OBJECTIVOS E QUESTÕES-CHAVE DE AVALIAÇÃO

II.. BBRREEVVEE DDEESSCCRRIIÇÇÃÃOO DDOO OOBBJJEECCTTOO DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO

Em meados da primeira década do século XXI, no quadro do segundo fôlego da

Estratégia Europeia para o Emprego e da Estratégia de Lisboa renovada, assistiu-se em

Portugal a um movimento de reforço das orientações das políticas públicas de

educação e formação (e dos correspondentes instrumentos de financiamento) em

direcção aos princípios de adaptabilidade e da aprendizagem ao longo da vida. O

Anexo 1 desenvolve esta perspectiva de contextualização do Estudo de Avaliação.

Dentro da prioridade estratégica de elevação das qualificações dos portugueses e

especialmente dos adultos, foi, então, criado um conjunto de instrumentos e opções de

formação profissional, em conjunto, geradores de um maior leque de oportunidades de

aprendizagem ao longo da vida.

Entre esses instrumentos cumpre destacar como marcos-chave a Iniciativa Novas

Oportunidades (INO), a Reforma da Formação Profissional, a estruturação conceptual

orgânica e instrumental do SNQ e o Sistema de Reconhecimento, Validação e

Certificação de Competências (RVCC), mediante a construção de outros instrumentos

de operacionalização do Quadro Estratégico das Qualificações (QEQ), instrumentos que

são contemporâneos de um novo ciclo de programação dos princípios e prioridades do

Fundo Social Europeu (FSE).

Neste contexto, o Diploma que estabelece o regime jurídico do SNQ (D.L. nº 396/2007, de

31 de Dezembro), constitui uma pedra angular de transformações acentuadas das

condições de concretização do primado da procura de formação, enquanto expressão

de direito e de necessidades das pessoas e das organizações, numa dupla óptica de

coesão social e de competitividade económica.

As FMC constituem, nesta linha, uma das novas modalidades de formação definidas

naquele Diploma e vêm preencher a necessidade de assegurar condições de

efectivação do direito individual a um número de horas anuais de formação certificada,

previstas no Acordo para a Reforma da Formação Profissional1 e procurando minimizar o

impacto das dispensas para formação sobre o funcionamento normal das empresas.

A necessidade de assegurar o desenvolvimento, a diversificação e a diferenciação de

modalidades de educação/formação alternativas ao ensino regular, facilitadoras do

1 O Acordo para a Reforma da Formação Profissional (2007), estabeleceu como meta abranger 2.175.000

adultos em Formações Modulares Certificadas entre 2007 e 2013.

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Relatório Final

4

II. OBJECTIVOS E QUESTÕES-CHAVE DE AVALIAÇÃO

acesso dos activos a níveis crescentes de escolaridade e de qualificação profissional,

aconselhava a privilegiar ofertas formativas de curta duração, flexíveis e capitalizáveis

permitindo percursos muito diversificados, combinando formação escolar com formação

qualificante de nível II e III, como a fórmula de operacionalização mais adequada.

Esta regulamentação do direito à formação reforçou a pressão e a exigência para que

fossem adoptadas medidas facilitadoras do acesso da população empregada a

oportunidades de educação e formação, por via do desenvolvimento de uma oferta

formativa ajustada às suas necessidades e perfis de partida.

As FMC facilitam a adesão dos activos empregados e das respectivas empresas, que se

debatem com dificuldades em libertar os seus recursos humanos por períodos de tempo

de maior duração, a uma oferta de formação contínua destinada a activos empregados

ou desempregados que pretendam colmatar gradualmente lacunas de conhecimentos

com que se defrontam no decurso da respectiva actividade profissional.

Em termos operativos, ao estarem organizadas em Unidades de Formação de Curta

Duração (UFCD), com duração variável (25 ou 50 horas) e capitalizáveis, as FMC

permitem escolher os conteúdos e ritmos compatíveis com os interesses e disponibilidades

de cada indivíduo e/ou empresa. Paralelamente, existe a garantia de que a formação

realizada é contabilizada para objectivos de progressão escolar e profissional e, desta

forma capitalizável, para o aumento da qualificação da população adulta.

Ao serem capitalizáveis para a obtenção de uma ou mais qualificações inseridas no

CNQ, as FMC possibilitam a criação de percursos flexíveis de duração variada,

caracterizados pela adopção de diferentes modalidades de formação, públicos-alvo,

metodologias, contextos formativos e formas de avaliação, configurando uma oferta

formativa individualizada, que pressupõe a frequência parcial de UFCD, em função das

necessidades de cada candidato e não a totalidade de um percurso formativo.

As FMC assumem-se como uma modalidade que confere dupla certificação,

assegurando a formação contínua dos activos, e inscreve-se na segunda linha

estratégica de qualificação de recursos humanos (Recuperação dos níveis de

qualificação dos adultos) do POPH, ainda que na primeira linha em termos de recursos

financeiros. Esta linha estratégica tem por objectivo promover a adaptabilidade e a

aprendizagem ao longo da vida, objectivo que pode receber um importante impulso da

abordagem das FMC pelo contributo potencial desta tipologia de intervenção para a

“elevação dos níveis de qualificação dos activos através do acesso a módulos de curta

duração, capitalizáveis, realizados no quadro de um determinado percurso formativo,

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Relatório Final

5

II. OBJECTIVOS E QUESTÕES-CHAVE DE AVALIAÇÃO

com vista à obtenção de uma qualificação correspondente a uma determinada saída

profissional”.

Trata-se de uma aposta concentrada e selectiva em instrumentos e campos de

intervenção determinados, em torno de duas apostas – a qualificação e a inovação – e

tornando os Centros Novas Oportunidades (CNO) e o CNQ em instrumentos e

referenciais-chave da estratégia de operacionalização do Programa.

A preocupação de garantir expressão à formação para a adaptabilidade encontra-se

bem presente no POPH, enquanto via de reforço da qualificação de base construtora de

patamares mínimos de competências que permitam a aquisição de competências

críticas para a cidadania, desempenho profissional na actividade económica,

adaptação à mudança e apetência para a participação na aprendizagem ao longo da

vida. Paralelamente, merece destaque o facto de o desafio da qualificação ser

entendido como passível de resposta, num contexto de aprendizagem ao longo da vida,

não limitada ao reforço da auto-estima e à promoção da empregabilidade dos

indivíduos menos qualificados, mas que se estende ao reingresso em processos de

aprendizagem de natureza formal.

A aposta do POPH na melhoria da adaptabilidade dos trabalhadores e no aumento do

investimento em capital humano, pretende proporcionar um contributo decisivo para o

aumento da produtividade e da coesão social através da promoção da

empregabilidade, atraindo mais pessoas para o mercado de trabalho e para a

actividade empresarial, incrementando os níveis de inclusão e desenvolvimento social,

reforçando os alicerces que sustentam o aprofundamento da sociedade da informação

e o acesso às TIC, gerando bases mais sustentadas para a inovação empresarial e para o

desenvolvimento do espírito empreendedor.

Na óptica do financiamento, o POPH vem assegurar recursos para a organização de

acções de formação no enquadramento das tipologias do Eixo 2 e dos Eixos 8 (Algarve)

e 9 (Lisboa), cobrindo todo o território do Continente, reforçando o papel do Programa

que se apresenta como um instrumento-chave de suporte ao sucesso da INO, no âmbito

do qual as FMC desempenham um relevante papel tanto em termos de metas a atingir,

como de inovação da formação de activos adultos.

A Ficha-síntese seguinte sistematiza o perfil de acções, destinatários-alvo e entidades

beneficiárias das FMC.

As elegibilidades contemplam as FMC de nível II e III, estruturadas sob a forma de UFCD,

realizadas de acordo com os referenciais previstos no CNQ, tendo por destinatários os

activos com idade superior a 16 anos (limiar que reflecte a preocupação de contemplar

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Relatório Final

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II. OBJECTIVOS E QUESTÕES-CHAVE DE AVALIAÇÃO

as situações de inserção precoce no mercado de trabalho) e que sejam detentores de

baixas qualificações escolares e/ou profissionais, ou que possuam qualificações

desajustadas às necessidades do mercado de trabalho.

Formações Modulares Certificadas (2.3.; 8.2.3.; e 9.2.3)

Acções elegíveis • Formações modulares certificadas inseridas em percursos de nível básico e secundário,

estruturadas sob a forma de UFCD, realizadas de acordo com os referenciais de formação previstos no CNQ, podendo corresponder a unidades da componente de formação de base, da componente de formação tecnológica, ou de ambas.

Destinatários • Pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação que sejam

detentores de baixas qualificações escolares e/ou profissionais, ou quando estas últimas se revelem desajustadas às necessidades do mercado de trabalho.

• Excepcionalmente, podem ser abrangidas pessoas com idade inferior a 18 anos (a partir dos 16) desde que comprovadamente inseridas no mercado de trabalho.

Entidades beneficiárias dos apoios • Entidades formadoras certificadas, entidades empregadoras e outros operadores,

quando pretendam desenvolver formação no âmbito das suas atribuições ou da sua vocação.

• As entidades formadoras certificadas que pretendam ministrar uma formação modular, ou que prestem serviços neste domínio para as entidades empregadoras ou outros operadores, têm que registar-se junto da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ).

Certificação • A entidade formadora tem que emitir um certificado a todos os formandos que

obtenham uma avaliação com aproveitamento. Fonte: Adaptado do Regulamento Específico (RE) da Tipologia de Intervenção Formações Modulares Certificadas (cf. Anexo 2A).

O acesso ocorre através de candidatura das entidades formadoras certificadas,

entidades empregadoras e outros operadores, que pretendam desenvolver formação no

âmbito das suas atribuições ou da sua vocação, com a duração máxima de 24 meses,

na sequência de abertura de procedimento devidamente publicitado no site do POPH.

As candidaturas são submetidas exclusivamente através do SIIFSE e são formalizadas para

a “realização de um determinado volume de formação, identificando as entidades

beneficiárias apenas as áreas de formação a contemplar, privilegiando a lógica da

procura e a constituição de respostas formativas desenhadas à medida das

necessidades específicas dos formandos, nomeadamente no âmbito de

encaminhamentos de públicos-alvo realizados pelos CNO”, de acordo com o

Regulamento Específico da Tipologia (Despacho nº 1822/2008, de 8 de Julho).

Em síntese, trata-se de um objecto complexo em que se combinam dimensões próprias

de desafios que inspiram as políticas públicas (cumprimento de metas da Agenda das

Novas Oportunidades), com dimensões associadas aos elementos de inovação

decorrentes de uma nova tipologia/modalidade de formação - as FMC.

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Relatório Final

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II. OBJECTIVOS E QUESTÕES-CHAVE DE AVALIAÇÃO

IIII.. OOBBJJEECCTTIIVVOOSS EE QQUUEESSTTÕÕEESS--CCHHAAVVEE DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO

II.1. ELEMENTOS DE CONTEXTUALIZAÇÃO

Na arquitectura de Eixos Prioritários do POPH, o Eixo 2 preenche a dimensão de

financiamento relativa ao reforço da qualificação da população adulta activa

(empregada e desempregada), contribuindo para o desenvolvimento de competências

críticas à modernização económica e empresarial e para a adaptabilidade dos

trabalhadores, uma vertente-objectivo que desenvolve complementaridades potenciais

com a Agenda Operacional dos Factores de Competitividade, designadamente com as

tipologias de intervenção que apoiam o investimento na qualificação empresarial.

Figura II. 1. Matriz de relação Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida x Tipologia de Intervenção Formações Modulares Certificadas

Fonte: Programa Operacional Temático Potencial Humano 2007 – 2013 e Regulamento Especifico da Tipologia de Intervenção Formações Modulares Certificadas.

O Eixo 2 é um dos Eixos de intervenção do Programa mais dinamicamente, inserido na

estratégia delineada no quadro da INO, que expressa a ambição de possibilitar aos

adultos, que já estão no mercado de trabalho sem terem completado o 9º ano ou o 12º

EIXO

2 ‐A

daptab

ilida

de e Apren

dizagem ao Longo 

da Vida 

Elevar os níveis de qualificação dos activos – empregados e desempregado assumindo o nível secundário como referencial de qualificação;

Alargar as possibilidades de acesso à formação por parte dos activos empregados, através da modulação e do ajustamento das ofertas;

Garantir a capitalização das formações de curta duração, realizadas no quadro de um determinado percurso formativo, com vista à obtenção de uma qualificação correspondente a uma determinada saída profissional;

Expandir e consolidar o sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências;

Diversificar as oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento de novas metodologias para a aprendizagem ao longo da vida;

Incrementar a Igualdade de Oportunidades entre ambos os sexos. -

Tipo

logia de

 Interven

ção: Formaçõe

s Mod

ulares Certificad

as

Elevar os níveis de qualificação dos activos através do acesso a módulos 

de formação de curta duração, capitalizáveis, realizados no quadro 

de um determinado percurso formativo, com vista à obtenção de uma qualificação correspondente a uma determinada saída profissional.

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Relatório Final

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II. OBJECTIVOS E QUESTÕES-CHAVE DE AVALIAÇÃO

ano de escolaridade, uma nova oportunidade. Esta nova oportunidade surge viabilizada,

sobretudo, pelas seguintes Tipologias de intervenção:

Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências –

apoio ao funcionamento dos CNO, para desenvolvimento do processo RVCC e

da formação complementar associada.

Formações Modulares Certificadas – ofertas formativas de curta duração

estruturadas em módulos que correspondem a percursos de educação e

formação que integram ou integrarão o Catálogo Nacional de Qualificações

abrangendo os níveis II e III de qualificação, de acordo com a actual

classificação de níveis de qualificações.

O Organigrama seguinte sintetiza a Árvore de Objectivos do Estudo, deduzida da

Proposta Técnica de Avaliação.

Figura II. 2. Árvore de Objectivos do Estudo de Avaliação

A relação entre os objectivos estabelecidos para a Avaliação e as exigências constantes

nas Cláusulas Técnicas do Caderno de Encargos, permitem situar o Estudo no terreno da

articulação entre as condições de operacionalização das Tipologias de intervenção 2.3,

8.2.3 e 9.2.3 – FMC do Eixo 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida, do

POPH e a concretização dos contributos esperados para o “core” de objectivos das FMC

Avaliar os dispositivos montados para

operacionalizar o arranque do Programa.

Avaliar se a procura corresponde/é adequada aos

objectivos definidos para as tipologias.

Aferir da adequação entre os mecanismos de operacionalização e a estratégia definida no Programa para as tipologias, produzindo sugestões

e recomendações com vista à introdução de melhorias ao nível da regulamentação específica, da divulgação, da elegibilidade/

/admissibilidade, dos critérios de selecção das candidaturas, da gestão interna e do acompanhamento da execução das tipologias.

Produzir Recomendações com relevância para as seguintes entidades: (i) Comissão Ministerial de Coordenação do POPH; (ii)

Autoridade de Gestão do POPH; (iii) Comissão de Acompanhamento do POPH; (iv) IGFSE; e (v) Observatório do QREN.

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Relatório Final

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II. OBJECTIVOS E QUESTÕES-CHAVE DE AVALIAÇÃO

e do Eixo 2, “elevação dos níveis de qualificação dos activos” e “obtenção de uma

qualificação correspondente a uma determinada saída profissional”.

Figura II. 3. Condições de suporte do Estudo de Avaliação

Os Resultados da Avaliação de Operacionalização, fruto da triangulação das diversas

componentes de análise empírica e de reflexão, são expostos no Capítulo IV e

constituem a base de suporte para formular Recomendações na óptica do

desenvolvimento futuro destas Tipologias de intervenção, incluindo implicações

relevantes para dimensões-chave de concretização da Agenda Operacional do

Potencial Humano, na qual o Eixo Prioritário da Adaptabilidade e Aprendizagem ao

Longo da Vida preenche um relevante papel, conforme destacado pela Avaliação ex-

-ante do POPH.

II.2. DIMENSÕES AVALIATIVAS E QUESTÕES DE AVALIAÇÃO

A focagem da Avaliação é estabelecida em torno de quatro grandes Dimensões de

Análise que, remetem para as necessidades de intervenção que nortearam a criação

desta modalidade de formação, no enquadramento da Reforma da Formação

Profissional e da criação do CNQ.

Esta abordagem enquadra as preocupações subjacentes à formulação dos objectivos

do Estudo e das Questões de Avaliação e encontra-se repercutida nas Fichas-síntese por

Questão de Avaliação, enquanto fundamentação técnica dos conteúdos dos diversos

instrumentos de inquirição utilizados durante o Estudo.

Acessibilidade e estímulo aos investimentos em formação ao longo da vida: da parte

dos indivíduos (adultos, activos) e da parte dos empregadores

O perfil das entidades beneficiárias tem expressão nas candidaturas aprovadas e

é adequado aos objectivos prosseguidos nas FMC?

PROCURA - OFERTA OPERACIONALIZAÇÃO

• Oferta de apoios da Tipologia

• Regulamentação específica

• Apreciação e selecção de candidaturas

• Gestão e acompanhamento da execução

• Padrão da procura das Entidades beneficiárias

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Relatório Final

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II. OBJECTIVOS E QUESTÕES-CHAVE DE AVALIAÇÃO

Quais os atributos (níveis de habilitação literária e situação face ao emprego) dos

destinatários-alvo abrangidos por esta Tipologia?

Os projectos aprovados permitem a concretização das metas definidas no

Programa para esta Tipologia?

Qualidade e relevância das FMC

As candidaturas aprovadas apresentam qualidade (fundamentação técnica,

articulação com a procura sectorial/regional de competências, combinação de

componentes/produtos de formação, …) de modo a garantir o cumprimento dos

objectivos?

Qual a componente de formação mais procurada nos projectos aprovados

(formação de base ou formação tecnológica)?

Que novos dispositivos podem ser criados no sentido de promover uma oferta

formativa de maior qualidade e proximidade, que possa dar resposta às novas

dinâmicas de procura? E que mecanismos podem ser criados para orientar essa

procura?

Contributos das FMC para o objectivo da dupla certificação na educação e formação

de adultos

Em que medida os projectos aprovados dão resposta à nova dinâmica de

procura gerada pela expansão da rede de CNO? E existem mecanismos de

articulação entre a oferta disponível e a procura gerada pelos CNO?

Em que medida é fomentado o envolvimento e a articulação com o tecido

económico na qualificação dos adultos activos, no âmbito dos CNO?

Implementação das FMC: rede da oferta, organização dos recursos e modelo de

funcionamento

Qual o grau de adequação das UFCD (níveis de qualificação, áreas de formação,

…) ao perfil de necessidades dos vários segmentos da procura e da oferta?

O modelo de divulgação e lançamento da Tipologia e respectiva abertura de

candidaturas, revelou-se adequado para suscitar a apresentação de

candidaturas por parte das Entidades beneficiárias?

O Regulamento Específico corresponde às necessidades identificadas no Eixo 2

do POPH?

Os critérios de elegibilidade e respectivos ponderadores são adequados à

realidade apreciada e estão centrados nos objectivos definidos para a Tipologia?

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Relatório Final

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II. OBJECTIVOS E QUESTÕES-CHAVE DE AVALIAÇÃO

Qual a relação entre os critérios de selecção e a respectiva operacionalização na

grelha de análise das candidaturas?

Que itens devem ser acrescentados à grelha de critérios de análise, a aprovar

pela Comissão de Acompanhamento, de modo a permitir uma análise mais

pertinente e relevante face aos objectivos específicos das FMC?

Os critérios de selecção definidos pela Comissão de Acompanhamento são

aplicados de modo uniforme pelas diferentes Unidades de Análise Técnica e

Núcleos Regionais do POPH? Senão, que meios/instrumentos devem ser definidos

para restabelecer a unidade e coerência necessárias?

A identificação destas dimensões analíticas, estruturantes do exercício de Avaliação,

estabelece um Quadro de Referência, simultaneamente, integrador da Árvore de

objectivos do Estudo e do conjunto de Questões de Avaliação fixado pelas

Especificações Técnicas.

Com efeito, as quatro Dimensões de Análise reflectem uma matriz de interpretação do

que está verdadeiramente em causa nos referenciais de enquadramento do Estudo:

Objectivos específicos associados às Tipologias FMC, no contexto da

arquitectura de instrumentos do Eixo 2 do POPH (nível de compreensão

determinante para a possibilidade de formular sugestões e Recomendações

com relevância para as diferentes entidades identificadas como beneficiárias

institucionais dos resultados da Avaliação);

Questões de Avaliação que estruturam a Avaliação de Operacionalização e

que traduzem uma combinação entre a análise da procura revelada face

aos objectivos formulados para as Tipologias na fase de programação e a

análise dos dispositivos de implementação/condições de suporte para

operacionalizar as Tipologias FMC.

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Relatório Final

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II. OBJECTIVOS E QUESTÕES-CHAVE DE AVALIAÇÃO

Figura II. 4. Matriz de relação Objectivos Específicos x Dimensões de Análise x Questões de Avaliação

Avaliar se a procura corresponde/é adequada aos objectivos definidos para as Tipologias.

Acessibilidade e estímulo aos investimentos em formação ao longo da vida: da parte dos indivíduos (activos adultos) e da parte dos empregadores.

As dinâmicas de procura geradas pelas FMC no arranque do P0PH vão no sentido das dimensões-chave identificadas?

Objectivos Específicos Questões de Avaliação Dimensões de Análise

Qualidade e relevância das FMC.

As metodologias e instrumentos utilizados no processo análise de candidaturas permitem dar resposta às necessidades do Programa?

Objectivo da dupla certificação na educação e formação de adultos em Portugal: que contributos das FMC?

Em que medida a expansão da rede de ofertas de percursos de qualificação flexíveis pode contribuir para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas?

Implementação das FMC: rede da oferta, organização dos recursos e modelo de funcionamento.

O Modelo de UFCD implementado está de acordo com a estrutura e modo de funcionamento inicialmente previstos?

Avaliar os dispositivos montados para operacionalizar o arranque do Programa.

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Relatório Final

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III. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

IIIIII.. MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO

A base de suporte ao desenvolvimento da metodologia de trabalho encontra-se

explicitado no conjunto de quatro Fichas-síntese de tarefas/”outputs” por Questão de

Avaliação que foram construídas com o objectivo de evidenciar a relação entre as

Questões de Avaliação e o conjunto de métodos a adoptar e fontes de informação a

mobilizar para produzir a informação empírica necessária à construção das respostas a

essas Questões. Na referência aos métodos a mobilizar para o processo de Avaliação,

procurou-se introduzir um elemento de intensidade de utilização (principal e

complementar) na medida em que, no contexto da perspectiva multi-método, não

existem contributos unívocos ou com o mesmo peso para a diversidade de dimensões de

análise presentes em cada Questão de Avaliação.

As Fichas de Avaliação, reflectindo as componentes de análise, a perspectiva multi-

método e os indicadores operacionais e out-puts da Avaliação, são apresentadas no

Anexo 3 – Fichas-síntese por Questão de Avaliação.

Os principais instrumentos metodológicos utilizados nas diferentes fases do trabalho de

Avaliação, enquanto expressão da perspectiva multi-método referenciada, encontram-

se detalhados nos pontos seguintes, de acordo com a respectiva utilização ao longo do

Estudo.

III.1. ANÁLISE DOCUMENTAL

Esta componente metodológica teve por objectivo operacional proceder à análise e

reconsideração crítica, na óptica dos objectivos do Estudo, de um vasto conjunto de

documentos de referência e de suporte técnico da Tipologia. Entre a informação de

carácter documental processada, destaca-se a seguinte:

• Relatório de Avaliação ex-ante do PO Temático do Potencial Humano;

• Documentos de programação, regulamentação (Regime jurídico, …) e divulgação

das FMC;

• Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 do Eixo nº 2 –

Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida;

• Acções de Divulgação (instrumentos e meios utilizados) e Avisos de abertura de

candidaturas;

• Relatórios Anuais de Execução do POPH (2007 e 2008);

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Relatório Final

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III. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

• Iniciativa Novas Oportunidades (www.novasoportunidades.gov.pt/);

• Estudos de Avaliação externa da Iniciativa Novas Oportunidades (1ª e 2ª fase);

• Plano Nacional de Emprego, 2005-2008 (www.dgeep.mtss.gov.pt/estudos/pne.php);

• Plano Tecnológico (www.pIanotecnoIogico.pt/);

• Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego (PNACE), 2005-

-2008 (www.estrategiadelisboa.pt/document/PNACE 2005-2008.pdf).

Os Capítulos IV, V, VI e VII - Anexos 1, 2 e 4, processam parte relevante dos níveis de

utilização deste acervo documental.

III.2. ENTREVISTAS SEMI-DIRECTIVAS

As entrevistas constituíram um elemento fundamental de recolha de informação de

carácter qualitativo, de sinalização de dimensões-problema, de identificação de

elementos de análise para detalhe e aprofundamento das Questões de Avaliação, bem

como de conteúdos a incorporar nos instrumentos de inquirição a utilizar no Estudo.

As entrevistas foram conduzidas em registo semi-directivo, tendo por base um guião

ajustado aos domínios de atribuições e competências dos interlocutores os quais se

pronunciaram sobre as dimensões analíticas relevantes que dão substância às Questões

de Avaliação. A informação qualitativa recolhida por esta via foi processada em duas

perspectivas:

(i) fundamentação técnica e incorporação de elementos nos Inquéritos, nos

Estudos de caso, …; e

(ii) racionalização de sugestões e Recomendações, segundo grelha de leitura e

interpretação comum.

A Equipa de Avaliação realizou um conjunto de entrevistas (grande parte das quais,

realizadas na 1ª fase do Estudo) aos seguintes interlocutores:

• Comissão Directiva do POPH, enquanto Autoridade de Gestão (AG) do Programa;

• Secretariado Técnico (ST) do POPH, enquanto estrutura de suporte da Autoridade

de Gestão;

• Instituto do Emprego e Formação Profissional/Departamento de Formação

Profissional (IEFP/DFP), enquanto grande operador de formação, estrutura de

gestão de outras modalidades de formação destinadas aos mesmos públicos (p.e.,

Cursos EFA) e um dos principais operadores a aplicar os dispositivos do RVCC

Profissional;

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Relatório Final

15

III. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

• ANQ, enquanto estrutura que, a partir de 2010, assumiu o desempenho das tarefas

de análise das candidaturas, decidindo sobre as mesmas e substituindo o ST do

POPH nessa função; e

• Perito em Políticas Públicas, nomeadamente nas áreas da educação, da formação

e do emprego.

A este conjunto de Interlocutores foi aplicado o Guião de Entrevista apresentado no

Anexo 4A.

A informação recolhida através deste instrumento foi submetida a uma grelha de leitura

e interpretação comum a todas as entrevistas, permitindo, desta forma, sistematizar os

vários pontos de vista dos diferentes entrevistados. Para a análise das grelhas de leitura foi

utilizado o método da análise de conteúdo, tendo em vista tratar de forma metódica as

informações e os testemunhos que apresentam graus heterogéneos de profundidade e

de complexidade, face aos objectivos operacionais da Avaliação.

O Anexo 4B apresenta uma sinopse destas cinco entrevistas realizadas na 1ª fase do

Estudo e que preencheram as prioridades identificadas na Reunião de lançamento do

Estudo pelo Grupo de Acompanhamento do Estudo, com base no perfil anteriormente

identificado pela Equipa de Avaliação. 

III.3. ANÁLISE DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO/BASES DE DADOS

O SIIFSE agrega toda a informação física e financeira das candidaturas e projectos

aprovados no âmbito do POPH, incluindo os relativos às Tipologias FMC. O SIIFSE reúne um

conjunto muito amplo de informação, nomeadamente dados de caracterização de

promotores, elementos técnicos e financeiros dos pedidos de apoio, pedidos de

alteração, reembolsos, execução física e financeira.

A análise das Bases de Dados do SIIFSE comportou duas vertentes que se afiguram

significativamente complementares: (i) uma, de natureza qualitativa, referente ao

conteúdo/qualidade de uma amostra de Dossiers de Candidatura dos projectos

aprovados; e (ii) outra, de natureza quantitativa, assente na apreciação da trajectória de

aprovação/execução das Tipologias, ao longo do período abrangido pelo Estudo que se

situa entre 01/01/2007 e 31/12/2008. O Universo de análise foi constituído com base na

informação sobre períodos de candidatura abertos nesse período, informação centrada

nas candidaturas objecto de decisão (aprovação, arquivamento ou indeferimento).

O âmbito territorial, compreendeu o Continente, abrangendo o Eixo 2 para as regiões

Norte, Centro e Alentejo (Objectivo Convergência), o Eixo 8 para a Região do Algarve

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Relatório Final

16

III. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

(em regime de transição phasing-out do Objectivo Convergência); e o Eixo 9 para a

Região de Lisboa.

As componentes de análise contempladas foram, sobretudo, as seguintes:

Análise de uma amostra de Dossiers de Candidatura de projectos aprovados que

permitiu, por um lado, apreciar o modo como as entidades beneficiárias

fundamentaram e organizaram as suas propostas e, por outro lado, construir uma

visão aproximativa da adesão e dos desvios face aos critérios de selecção.

A análise teve por base a aplicação de uma grelha analítica dos Dossiers relativos a

5 por cento dos projectos aprovados, segundo uma estratificação que contemplou

a tipologia das entidades beneficiárias e o volume de formação aprovada. Essa

grelha analítica foi construída a partir das dimensões de análise comportadas nas

Questões de Avaliação, com destaque para as QA 2 e 3, nas quais perpassa mais

extensivamente, a apreciação da qualidade das relações oferta/procura, medidas

pelos instrumentos de análise.

O Anexo 5A apresenta a grelha analítica dos Dossiers de Candidatura, a qual foi

utilizada como um dos suportes empíricos de resposta às Questões de Avaliação 2

(Cf. Capítulo IV. Resultados da Avaliação).

A análise de dados quantitativos recolhidos na grelha analítica foi efectuado com

recurso à ferramenta PASW Statistics V.17., através de procedimentos de análise

univariada, bivariada e multivariada.

Análise de Dados apurados a partir do Sistema de Informação SIIFSE,

nomeadamente:

Dados sobre candidaturas apresentadas/admitidas/aprovadas/não

aprovadas das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3;

Dados das execuções financeiras e física das Tipologias;

Outros elementos relativos aos níveis de execução, nomeadamente

referentes a metas físicas e financeiras previstas.

A análise dos fluxos de informação respondeu aos seguintes objectivos

operacionais:

(i) caracterizar a evolução da trajectória de compromisso e de execução dos

projectos contratualizados em relação aos objectivos das Tipologias FMC;

(ii) perspectivar as áreas de formação/UFCD aprovadas e os atributos dos

formandos abrangidos em relação ao esperado; 

(iii) caracterizar os volumes de formação e formandos, por área de formação das

candidaturas apresentadas e aprovadas; e

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

17

III. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

(iv) verificar a pertinência e adequação, nomeadamente à luz das

estratégias/objectivos das Entidades que promovem formação nas FMC.

O Anexo 5B sintetiza os apuramentos resultantes deste trabalho, os quais foram objecto

de análise descritiva, sintetizada em suporte de resposta a algumas Questões de

Avaliação (Cf. Capítulo IV. Resultados da Avaliação).

III.4. INQUÉRITO A ENTIDADES BENEFICIÁRIAS

A aplicação, no âmbito do presente Estudo de Avaliação, de um Questionário às

Entidades Beneficiárias com projectos aprovados contribuiu para dispor de um conjunto

ampliado de elementos de informação de carácter qualitativo e quantitativo que

permitiu conhecer e processar a visão destas Entidades relativamente às FMC, numa

aproximação à eficácia e eficiência das diversas componentes que estruturam a

operacionalização desta Tipologia de Intervenção.

O Questionário incorporou questões que diversificaram os elementos de

constatação/visão sobre as matérias presentes nas Questões de Avaliação, sobretudo,

naquelas em que a perspectiva das Entidades Beneficiárias acerca dos apoios se afigura

mais útil para: (i) testar a eficácia, nomeadamente das disposições regulamentares

consagradas; dos critérios de selecção utilizados; e dos dispositivos de gestão e

acompanhamento existentes; e (ii) identificar eventuais ajustamentos a introduzir na

regulamentação específica (condições de elegibilidade, selectividade, metodologias de

suporte aos períodos de abertura de candidaturas, …).

Em face dos objectivos que se pretendia atingir com esta componente metodológica na

economia do Estudo, procedeu-se à inquirição de uma Amostra de Entidades cuja

composição reflectiu a diversidade comportada pelo Artº 7º do Regulamento (entidades

formadoras certificadas, entidades empregadoras e outros operadores).

Tendo por base o volume de entidades candidatas ao 1º Período de candidatura de

2008 com projectos aprovados (1.126) foi elaborado um processo de amostragem multi-

etapa, conforme distribuição tipológica constante do Quadro seguinte.

Quadro III.1. Plano de Amostragem

Perfil da entidade Universo Inquéritos a obter

Entidades Empregadoras 280 165 Entidades Formadoras 586 238 Outros operadores 260 158

Total 1.126 561 Fonte: Mapa de candidaturas POPH (2008), 2010/02/01 (extracção da informação, Fevereiro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

18

III. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

O Plano de Amostragem definido resultou na construção de uma amostra

probabilística/aleatória simples que repercutiu a representatividade com 95,5 % de nível

de confiança e com uma estimativa de erro máximo permitido de 5%, por perfil de

entidade. Em consequência, o processo de avaliação procurou garantir o

preenchimento/recolha de 561 inquéritos, com a distribuição indicativa do Quadro III.1.

A inquirição teve por base uma plataforma web, com aplicação on-line do Questionário

ao universo das Entidades beneficiárias com projectos aprovados.

O Quadro seguinte sintetiza os resultados do processo de inquirição tendo sido obtida

uma taxa global de resposta correspondente a cerca de 50% do universo das entidades

com projectos aprovados e cobrindo 98% do volume de inquéritos a obter para assegurar

os níveis de confiança indispensáveis.

Quadro III.2. Resultados do processo de inquirição

Perfil da entidade Universo de entidades

Amostra a obter

Inquéritos validos

Taxa de resposta

(Amostra)

Taxa de resposta

(Universo)

Erro Amostral

Entidades empregadoras 280 165 106 64,4 37,9 9,5Entidades formadoras 586 238 331 139,2 56,5 5,4Outros operadores 260 158 114 72,3 43,8 9,2

Universo 1.126 561 551 98,2 48,9 4,2

A amostra obtida apresenta um erro amostral inferior a 5%. O erro amostral é superior nos

segmentos das Entidades empregadoras e dos Outros operadores, motivado pela menor

adesão destas entidades na resposta ao Questionário, apesar das várias insistências

realizadas via correio electrónico e através de contactos telefónicos.

O Questionário aplicado constitui o Anexo 6A deste Relatório Final.

A análise de dados qualitativos e quantitativos foi efectuada com recurso à ferramenta

PASW Statistics V.17., através de procedimentos de análise univariada, bivariada e

multivariada. Os quadros de apuramento dos resultados da inquirição às Entidades

Beneficiárias encontram-se organizados no Anexo 6B.

III.5. ESTUDOS DE CASO

O recurso à realização de Estudos de caso procurou aprofundar questões relacionadas

com os dispositivos de concepção, gestão e acompanhamento e com os resultados à luz

dos objectivos destas Tipologias e da Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida.

Os cinco Estudos de caso, que foram seleccionados a partir do um conjunto heterogéneo

de entidades com projectos aprovados, pertencem às tipologias de entidades mais

representadas no padrão de candidaturas aprovadas em 2007/2008: (i) Associação

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Relatório Final

19

III. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

Empresarial/sectorial/regional; (ii) Centro de Formação Profissional; (iii) Empresa privada;

(iv) Estabelecimento de ensino público; e (v) Entidade sem fins lucrativos.

Na escolha das Entidades, e para além da preocupação de representatividade

tipológica, teve-se em vista reunir um leque de Beneficiários com experiência acumulada

de promoção da formação, nomeadamente com presença em diversas tipologias de

intervenção, enquadradas por vários Eixos do POPH e trabalhando com a

heterogeneidade dos destinatários-alvo das políticas activas de emprego.

Quadro III.3. Estudos de caso efectuados, segundo a tipologia das Entidades

Tipologia de entidades Entidades beneficiárias seleccionadas Associação Empresarial/sectorial/ /regional

NERCAB – Associação Empresarial da Região de Castelo Branco

Centro Tecnológico ou Centro de Formação

Centro de Formação Profissional de Gestão Directa de Évora

Empresa ou cooperativa Escola de Formação Jerónimo Martins Estabelecimento de ensino privado ou de ensino público

UNAVE – Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro

Entidade sem fins lucrativos (formato IPSS, fundação ou outra ONGD)

CRPG – Centro de Reabilitação Profissional de Gaia

Através da análise detalhada de aspectos cruciais do desenvolvimento de cada

candidatura, procurou-se sinalizar os principais aspectos das várias fases da mesma e a

sua relação com os objectivos do Estudo.

Os principais elementos recolhidos contribuíram para fundamentar 3 das 4 Questões de

Avaliação, nomeadamente: (i) a QA2, relativa ao processo de análise das candidaturas

e à adequação do mesmo às expectativas das entidades candidatas; (ii) a QA3,

associada aos contributos da expansão da oferta de FMC enquanto modalidade mais

flexível e ajustada, para o incremento dos níveis de implementação dos processos RVCC;

e (iii) a QA4, que remete para a eficácia do modelo de funcionamento das UFCD na

relação com as finalidades que estiveram na base da sua concepção.

A perspectiva de estudo adoptada em cada caso procurou recolher informação

documental e inquirir os interlocutores considerados adequados, de molde a cruzar a

visão da rede de actores que intervém nas várias fases do ciclo de vida do projecto,

nomeadamente na programação, na gestão, na execução e no acompanhamento das

acções, nomeadamente:

Entidades beneficiárias – concepção, organização e gestão;

CNO – orientação e encaminhamento de beneficiários directos/formandos para

as acções;

Empresas/entidades empregadoras – suscitação da procura de competências e

estímulo à frequência de formação pelos seus activos;

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Relatório Final

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III. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

Formadores – aproximação aos conteúdos da formação, características e

resultados-tipo junto dos beneficiários finais.

Na análise da informação recolhida nos Estudos de caso foi utilizada uma grelha de

leitura e interpretação comum (Cf. Anexo 7A) de modo a sistematizar a informação

recolhida junto dos diversos actores, na óptica de maximizar os elementos de resposta às

Questões de Avaliação. O Anexo 7B organiza a síntese por dimensões avaliativas dos

cindo Estudos de caso realizados.

III.6. SESSÃO DE FOCUS-GROUP

A sessão foi realizada na última fase do Estudo e serviu para recolher informação

qualitativa contrastada, resultante da comparação de experiências e perspectivas dos

participantes relativamente a este instrumento de política de formação. A sessão

centrou-se na identificação e sistematização de elementos de balanço da 1ª fase de

lançamento e estruturação desta nova modalidade de formação, designadamente:

(i) Posicionamento das FMC no conjunto de respostas destinadas à formação de

activos (empregados e desempregados);

(ii) Factores bloqueadores/inibidores à apresentação de candidaturas de acções a

co-financiamento pelas Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3;

(iii) Balanço do Modelo de funcionamento das UFCD, na relação com a construção

de percursos formativos - identificação de elementos de melhoria da eficácia;

(iv) Soluções de melhoria ao nível da aplicação do Regulamento, nomeadamente

na divulgação, na suscitação da procura, na análise/selecção, no

enquadramento de candidaturas e nos circuitos administrativos e financeiros

enquanto elementos facilitadores da concretização dos objectivos das tipologias.

Os participantes representavam a estrutura de actores das FMC: Secretariado Técnico do

POPH; ANQ; CNO; Estruturas Técnicas Regionais do POPH (UATR’s); Entidades Beneficiárias

mais representativas da Tipologia; e Profissionais de formação (cf. Anexo 8).

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

IIVV.. RREESSUULLTTAADDOOSS DDAA AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO

As orientações para a organização do Relatório de Avaliação recomendam que os

resultados sejam apresentados em referência às Questões de Avaliação e às respectivas

Componentes de Análise que guiaram o desenvolvimento do Estudo. Sem prejuízo da

observância dessa orientação, procura-se processar informação adicional e sistematizar

resultados que remetem para a resposta às questões formuladas no âmbito das

Dimensões de Análise enunciadas no Relatório Inicial.

A grelha de abordagem segue o seguinte encadeamento lógico: (i) resposta à Questão

de Avaliação (em itálico); (ii) exposição das Componentes de Análise que integram

cada Questão, segundo o fio condutor que identifica a Componente/Sub-

-questão, a resposta, os elementos-síntese de fundamentação, após o que se segue o

detalhe analítico, construído em torno da informação empírica processada, decorrente

da abordagem multi-método.

No final de cada Questão de Avaliação, são sistematizados os elementos de evidência

relativos aos Indicadores Operacionais por Componente de Análise, constantes das

Fichas-síntese metodológicas (cf. Anexo 3). O preenchimento destes Indicadores reflecte

a robustez dos resultados do trabalho realizado, nomeadamente ao traduzir uma

expressão das possibilidades de cruzamento/complementaridade entre os métodos de

natureza quantitativa e qualitativa utilizados no âmbito da Avaliação, com destaque

para as Bases de Dados do SIIFSE e para a informação recolhida nos processos de

inquirição, com níveis robustos de resposta.

No âmbito da resposta a esta Questão de Avaliação será processada informação com

origem na generalidade das componentes metodológicas do Estudo, com destaque

para a análise documental, a análise do Sistema de Informação e os apuramentos do

Inquérito às Entidades Beneficiárias, vertentes de trabalho enriquecidas por informação

complementar recolhida no âmbito das Entrevistas, dos Estudos de caso e da Sessão de

Focus-Group.

Em termos de roteiro de construção da resposta à Questão, evidencia-se as seguintes

Dimensões de Análise: perfil das entidades beneficiárias; perfil dos formandos envolvidos

nas FMC; e concretização das metas definidas para a Tipologia.

QA 1. AS DINÂMICAS DE PROCURA GERADAS PELAS FMC NO ARRANQUE DOPROGRAMA, VÃO NO SENTIDO DAS DIMENSÕES-CHAVE IDENTIFICADAS?

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Relatório Final

22

IV. Resultados da Avaliação

As dimensões de procura gerada pelas FMC no arranque do Programa vão no sentido das dimensões-chave identificadas. Para estas conclusões decorrem os seguintes elementos/evidências do trabalho de Avaliação:

• O perfil de Entidades beneficiárias presente nos projectos aprovados evidencia que as FMC foram percepcionadas pelos vários operadores do sistema de emprego e formação como uma modalidade capaz de contribuir para os objectivos da aprendizagem ao longo da vida, e para a melhoria dos níveis de qualificação escolar e profissional dos activos em Portugal. Nos projectos aprovados predominam as Entidades formadoras, estando presentes algumas entidades de grande dimensão (p.e., Rede pública de Centros de Gestão Directa e Centros de Gestão Participada) que, em conjunto, possuem uma capacidade de formação instalada que permite responder aos objectivos das FMC. A capacidade das Entidades empregadoras, é na maioria dos casos, menos abrangente, na medida em que, de uma forma geral, os projectos aprovados procuram responder às necessidades de qualificação profissional dos seus colaboradores, sendo o volume de projectos que pretende aumentar as qualificações escolares é, ainda, residual.

• O perfil de formandos abrangidos vai ao encontro do perfil definido para as FMC, envolvendo maioritariamente indivíduos activos empregados com idades compreendidas entre os 19 e os 44 anos e com habilitações iguais ao 9º ano de escolaridade; todavia, a estrutura de habilitações dos activos empregados e desempregados sugere que os indivíduos menos escolarizados (com habilitações inferiores ao 2º ciclo do ensino básico) devem ser considerados prioritários em próximos períodos de abertura de candidaturas.

• Os principais objectivos das candidaturas aprovadas reflectem, de um modo geral, os principais objectivos da Tipologia de intervenção: elevação de níveis de qualificação profissional dos activos adultos, com aquisição/actualização/ /aprofundamento de conhecimentos associados ao desenvolvimento de competências pessoais, sociais e relacionais; estímulo à frequência de outras acções de formação profissional, representando um ganho potencial dos activos adultos para uma trajectória de formação ao longo da vida; e melhoria de desempenhos profissionais e da produtividade das Entidades empregadoras. No entanto, a “realização de percursos formativos integrados” não tem merecido prioridade na abordagem das candidaturas aprovadas, afigurando-se indispensável reforçar o peso dos mesmos nas estratégias das Entidades beneficiárias, como condição de eficácia e eficiência na concretização do objectivo estratégico de elevação das qualificações escolares e profissionais dos adultos activos.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

23

IV. Resultados da Avaliação

Um dos factores determinantes para o sucesso desta nova modalidade de formação e

um dos principais veículos para a concretização dos objectivos, reside no perfil das

Entidades Beneficiárias na medida em que o mesmo determina o padrão de resposta da

procura dirigida às FMC. O Regulamento Específico das FMC, no seu Artº 7º, define os

seguintes tipos de Entidades Beneficiárias: Entidades formadoras certificadas, Entidades

empregadoras e Outros operadores.

A análise dos dados do SIIFSE permite constatar que as Entidades formadoras

representam mais de metade (59,6%) das entidades promotoras de FMC, distribuindo-se o

restante volume de candidaturas aprovadas, de forma equitativa, entre Entidades

empregadoras e Outros operadores.

O perfil de Entidades beneficiárias encontra-se largamente representado nas

candidaturas e nos projectos aprovados, uma vez que todos os tipos de entidades

tiveram acesso às FMC; todas as tipologias de Entidades beneficiárias com candidaturas

Componente de Análise

•O Perfil das Entidades beneficiárias tem expressão nas candidaturasaprovadas e é adequado aos objectivos prosseguidos pela Tipologia?

Resposta

•O perfil de Entidades beneficiárias encontra-se amplamente representado nascandidaturas e nos projectos aprovados.

•A capacidade de resposta das Entidades beneficiárias para o cumprimento dosobjectivos da Tipologia varia em função do seu perfil, sendo que as EntidadesFormadoras de maior dimensão com CNO integrado possuem uma capacidadede resposta mais abrangente, enquanto as Entidades empregadoras revelam umacapacidade mais limitada.

Elementos-síntese de

fundamentação

•A tipologia de Entidades beneficiárias das FMC, definida no Artº 7º doRegulamento Específico das FMC, é bastante abrangente (Entidades formadorascertificadas, Entidades empregadoras e Outros operadores). A categoria Outrosoperadores abrange uma elevada diversidade de entidades e não foramestabelecidos critérios de selecção que limitem o acesso de qualquer entidade àsFMC (p.e., dimensão das entidades, CAE a privilegiar ou natureza jurídica).

•Todos os tipos de entidades tiveram acesso às FMC e todas as tipologias deEntidades beneficiárias com candidaturas indeferidas se encontramrepresentadas nos projectos aprovados no 1º e 2 º períodos de candidatura;

•As Entidades formadoras de maior dimensão possuem uma capacidade deformação instalada que lhes assegura uma forte capacidade de intervenção naqualificação escolar e profissional dos activos adultos.

•As Entidades empregadoras (na generalidade dos casos) asseguram ocumprimento parcial dos objectivos da Tipologia, na medida em que apostam napromoção das qualificações profissionais através da realização de acções deaquisição, aperfeiçoamento, reciclagem ou reconversão de competências.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

indeferidas encontram-se representadas nos projectos aprovados no 1º e 2º período de

candidatura.

A maior percentagem de indeferimentos ocorreu nas candidaturas apresentadas por

IPSS, ONG e Associações de Desenvolvimento Local, Social e Cultural; no entanto, este

grupo corresponde à segunda tipologia de entidades com maior volume de projectos

aprovados (19,7%).

Quadro IV. 1. Tipologia de Entidades Beneficiárias com projectos aprovados/indeferidos

Entidades Beneficiárias Projectos

aprovados (%) Projectos

indeferidos (%) Associação empresarial e sectorial 12,4 10,8 IEFP 9,5 - Escola, Escola Profissional e Centro de Formação 12,6 4,4 Instituição de Ensino Superior e Centro de Investigação 1,0 0,3 Cooperativa agrícola 1,5 1,0 Empresa 12,6 16,8 Empresa de formação 25,3 27,0 IPSS, ONG, Associação de Desenvolvimento Local, social e cultural 19,7 30,8 Organização sindical e profissional 5,0 8,0 Autarquia Local 0,3 0,7 Hospital - 0,2

Total 100,0 100,0 Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010. Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01.

O leque de entidades interessadas em ministrar acções de formação na modalidade de

FMC é bastante superior ao número de entidades com candidaturas apresentadas nos

dois primeiros períodos de abertura de candidaturas, na medida em mais de metade

(55,8%) das entidades registadas no site do CNQ não apresentaram candidaturas às FMC

nos períodos em análise.

Quadro IV. 2. Entidades registadas no site do CNQ

Nº Entidades com candidaturas apresentadas às Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 769 Entidades sem candidaturas apresentadas às Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 973

Total 1.742 Fonte: Base de dados das entidades formadoras inscritas no site do CNQ, ANQ, 2010 e Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01.

A utilização das FMC por parte das Entidades apresenta uma relativa heterogeneidade,

de acordo com o respectivo perfil.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Figura IV. 1 Modalidades predominantes de utilização das FMC por parte das Entidades

beneficiárias

A resposta mais abrangente é a proporcionada pelas Entidades Formadoras de maior

dimensão que possuem CNO integrado (Centros de Formação do IEFP, Escolas,

Associações Empresariais, sectoriais e regionais, …). Com efeito, estas Entidades, para

além de cumprirem o objectivo de contribuir para a aprendizagem ao longo da vida dos

activos, através de oferta de formação contínua em áreas específicas (à semelhança

das Entidades empregadoras e Outras entidades), também possuem capacidade de

resposta às necessidades específicas dos candidatos e dos processos de RVCC Escolar e

Profissional (cf., igualmente, Questão de Avaliação 3 – Rede de ofertas e recursos-

contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências

certificadas). Ou seja, capacidades e respostas que contribuem para elevar os níveis de

qualificação escolar e profissional dos activos, um objectivo primordial das FMC.

Os dados de candidatura corroboram esta apreciação, demonstrando que as Entidades

empregadoras e os Outros operadores disponibilizam uma menor diversidade de áreas

de formação (35) quando comparadas com a oferta das Entidades formadoras (43 áreas

de formação). Paralelamente, verifica-se que a oferta da formação de base apenas

assume alguma expressão na oferta das Entidades formadoras (11,9%), atingindo nos

Outros operadores menos de metade (4,7%) e nas Entidades empregadoras apenas 2%

do total de formandos a abranger pelas mesmas (cf. Anexo 5B. Tabela 5.30).

No segmento das Entidades formadoras, as de maior dimensão possuem um espectro de

abrangência tanto em termos de áreas de formação, como em termos de diversidade

de instrumentos de financiamento, quando comparadas com as de menor dimensão

que trabalham para o mercado de forma isolada.

As equipas de trabalho (gestores de formação, formadores, técnicos de diagnóstico, …)

destas Entidades beneficiárias são constituídas por indivíduos que possuem competências

Entidades empregadoras

•Reorganização das procuras de formação contínua (qualificação, reciclagem, aperfeiçoamento e reconversão).

•Forma de as empresas cumprirem o Código de Trabalho , em relação às exigências de formação, e de suprirem as suas necessidades de competências pontuais com base nos recursos internos.

Entidades com CNO (Escolas, IEFP,…)

•Resposta directa às necessidades dos individuos, nomedamente dos oriundos de processos de RVCC ou de outras Tipologias de Intervenção (p.e., Formação-acção);

•Formação contínua como resposta às solicitações dos individuos, organizações , bem como necessidades sectoriais e regionais.

Outras entidades (formadoras, sindicatos, associações

empresariais,…)

•Formação contínua para o mercado, como resposta às solicitações dos individuos, organizações e necessidades sectoriais e regionais.

•Maior dificuldade de articulação com os CNO’s (à excepção de entidades que revestem também o estatuto de CNO).

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

na área da gestão e desenvolvimento de formações modulares, as quais configuram

desafios diferentes das outras modalidades de formação, nomeadamente ao nível do

planeamento e gestão dos módulos e das aprendizagens.

Para além das relações com os CNO, as relações com os mercados de trabalho (sectores

e territórios) constituem uma mais valia para as entidades que operam nesta modalidade

de formação, já que conseguem mais facilmente identificar as necessidades de

competências e organizar acções de formação ou percursos formativos adequados à

procura, enquanto que as demais Entidades formadoras não conseguem tão facilmente

adoptar esse papel pró-activo.

Neste sentido, é notória a pertinência do trabalho em rede, não só entre Entidades

Beneficiárias, mas também com o mercado de trabalho para o cumprimento dos

objectivos desta modalidade de formação orientada pela procura.

Os dados de execução, a informação recolhida junto do POPH, bem como os resultados

dos Estudos de caso e das Entrevistas, deixam claro que, apesar das diferenças

substanciais desta Tipologia de Intervenção em relação ao antigo modelo de formação

contínua co-financiado pelo POEFDS, a adesão às FMC foi muito satisfatória registando-se

níveis elevados de procura por parte das Entidades empregadoras, dos CNO e das

Entidades formadoras que trabalham para o mercado correspondendo ao perfil

esperado de Entidades beneficiárias.

Na 1ª fase de candidaturas registou-se um número mais elevado de Entidades

formadoras candidatas às FMC; no entanto, foi dada prioridade aos CNO e a entidades

com protocolos com CNO (de acordo com o art. 9 do Regulamento) na medida em que

um dos objectivos das FMC consiste em complementar percursos de formação e desta

forma contribuir para o aumento das qualificações dos activos. Na 2ª fase de

candidaturas, o número de Entidades formadoras que concorreu isoladamente diminuiu

aumentando o número das entidades com protocolos com CNO (cf. Anexo 5B, Tabelas

5.18 e 5.25).

Quadro IV. 3. Relação da Entidade com os CNO Nº % Entidade possui protocolo(s) com CNO 311 57,3 Entidade possui um CNO associado 124 22,8 Não possui qualquer tipo de relação com CNO 95 17,5 Outro(s) 13 2,4

Total 543 100,0 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

Face à ausência de informação relativa aos protocolos, afigura-se necessário clarificar

que tipo de relação as entidades estabelecem efectivamente com o CNO: se este visa

exclusivamente o encaminhamento de formandos do CNO para a Entidade Formadora,

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

27

IV. Resultados da Avaliação

ou se existe uma estratégia concertada de diagnóstico de necessidades de formação

que permita às entidades responder de forma mais eficaz às necessidades dos CNO e

dos seus formandos, p.e., através da criação de um regime de gestão articulada entre o

Processo de RVCC e a oferta formativa, devendo ser dada prioridade às entidades que

possuem protocolos que visam esta última opção.

No segmento das Entidades empregadoras, o elevado número de candidatas às FMC

tem constituído uma surpresa positiva (para os interlocutores entrevistados e para a AG

do POPH) demonstrando que esta Tipologia conseguiu obter o reconhecimento de parte

significativa destes actores-chave do sistema de emprego/formação. Este

reconhecimento deve-se, em grande medida, ao trabalho desenvolvido pelas

Associações Empresariais que funcionaram como um excelente motor de divulgação da

Tipologia junto dos seus associados, demonstrando as mais-valias das acções de

formação de curta duração certificadas que contribuem para a aprendizagem ao longo

da vida, para a aquisição de certificações profissionais (que, quando conjugadas,

equivalem a percursos profissionais), mas também para melhorar o nível de

competências profissionais dos activos nas empresas. Esta situação é corroborada pelos

resultados do Inquérito às Entidades beneficiárias (cf., adiante, Quadro IV.9 e elementos

de análise do mesmo).

A maioria destas Entidades empregadoras são privadas (98,0%) e dois terços são

empresas, mais de metade pertencentes ao escalão das médias empresas. Em

abstracto, este perfil predominante de Entidades empregadoras contribui para o

cumprimento dos objectivos das FMC. Sucede, porém, que uma em cada quatro

Entidades empregadoras possui menos de 10 trabalhadores o que, face às novas regras

relativas ao número mínimo de participantes (20 formandos), pode revelar-se um

problema, na medida em que dificilmente vão conseguir, de forma isolada, constituir

grupos de formação - cf. Anexo 5B, Tabelas 5.23 e 5.24.

O estabelecimento de protocolos com CNO, apresenta-se como uma possibilidade para

ultrapassar esta lacuna, já que por essa via será possível integrar estes trabalhadores em

grupos de formação.

Na maioria dos casos, estas Entidades empregadoras têm um contributo mais limitado

para a prossecução dos objectivos da Tipologia, uma vez que as modalidades

predominantes de utilização das FMC por estas Entidades consistem na realização de

acções de formação contínua para a aquisição, aperfeiçoamento, reconversão ou

reciclagem de competências, para cumprimento do Código do Trabalho em relação às

exigências de frequência de formação ou para satisfação de necessidades de

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

28

IV. Resultados da Avaliação

competências pontuais com base nos recursos internos, proporcionando oportunidades

de aprendizagem ao longo da vida aos seus activos.

Os dados recolhidos no Inquérito às Entidades beneficiárias evidenciam que apenas uma

em cada seis Entidades empregadoras promove acções no âmbito das FMC para

responder às necessidades de qualificação escolar e profissional através da aquisição de

uma certificação profissional (Certificação total) e os dados de candidatura evidenciam

que apenas 2,6% dos projectos de Entidades empregadoras oferecem UFCD de

Formação de base (cf. Anexo 5B. Tabela 5.29).

Os principais elementos de caracterização dos formandos são os seguintes:

Género - os formandos das FMC são maioritariamente mulheres (58,2%), um

predomínio presente em todas as regiões (cf. Anexo 5B, Tabela 5.43);

Componente de Análise

•Quais os atributos (níveis de habilitação literária e situação face aoemprego) dos destinatários-alvo abrangidos por esta Tipologia?

Resposta

•Os destinatários-alvo abrangidos pelas FMC possuem maioritariamente o 9º anode escolaridade (44,5%), cerca de um quarto possui apenas o segundo ciclo doensino básico e 11% o 4º ano de escolaridade; mais de um quarto dos abrangidospossui habilitações iguais ou superiores ao ensino secundário.

•Os activos empregados representam a grande maioria (79,6%) dos formandosabrangidos pelas FMC, com uma escolaridade igual ou inferior ao 9º ano deescolaridade.

Elementos-síntese de

fundamentação

•O perfil de beneficiários definido para esta Tipologia coloca a tónica nos adultoscom baixas qualificações; todavia, verifica-se a existência de um númerosignificativo (22,4%) de adultos com qualificações iguais ou superiores ao ensinosecundário.

•O número de formandos detentores de habilitações superiores é residual (3,8%)porque o POPH estabeleceu, através de uma Nota informativa, limites de acesso(apenas 10% dos formandos pode ter habilitação superior ao Bacharelato)recentrando a intervenção nos objectivos de qualificação, em consequênciado elevado crescimento que este segmento vinha a registar.

•O perfil de formandos abrangidos é, de um modo geral, coincidente com o perildefinido para as FMC e envolve maioritariamente individuos entre os 19 e os 44anos com habilitações inferiores ou iguais ao 9º ano de escolaridade.

•A discrepância entre a percentagem de formandos empregados edesempregados revela que as entidades estão a utilizar as FMC essencialmentepara a qualificação de activos empregados; outras modalidades,nomeadamente os CEFA, revelam-se mais adequadas ao perfil dos activosdesempregados por configurarem acções de maior duração.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

29

IV. Resultados da Avaliação

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

7000015 ‐ 19

20 ‐ 24

25 ‐ 34

35 ‐ 44

45 ‐ 49

50 ‐ 54

55 ‐ 64

> 64

Escalão etário - três em cada cinco formandos possui Idades compreendidas

entre os 25 e os 44 anos2, verificando-se um comportamento semelhante deste

indicador em todas as regiões com excepção de Lisboa onde a maioria dos

formandos é mais jovem (61,3% possui idade inferior aos 34 anos).

De acordo com o Relatório de Execução do POPH, estes resultados indicam que

as FMC são encaradas como uma modalidade de formação ajustada a um

segmento de adultos activos jovens que, numa lógica de aprendizagem ao longo

da vida, necessitam de ir frequentando pequenos módulos no sentido do

aperfeiçoamento, reciclagem ou actualização de competências, como forma de

colmatar as suas necessidades e melhor se apetrecharem para a manutenção ou

rápida recuperação dos seus postos de trabalho (cf. Anexo 5B, Tabela 5.45).

Gráfico IV. 1 Volume de formandos, segundo o Escalão etário

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

Habilitações escolares - 44,5% do total de formandos detêm o 3.º ciclo de

escolaridade, menos de um quarto da totalidade dos abrangidos têm o ensino

secundário, e 21,7% apenas o 6.º ano. A análise por Tipologia de intervenção

demonstra um comportamento semelhante nas Regiões de Convergência não se

registando variações significativas (cf. Anexo 5B, Tabela 5.46). Nas regiões do

Algarve e de Lisboa é notório o maior peso das habilitações iguais ou superiores

ao 9º ano de escolaridade (respectivamente, 73,8% e 75,1%), diminuindo o

número de formandos com baixas qualificações (cerca de um quarto dos

formandos abrangidos).

2 A título excepcional foram abrangidas pessoas a partir dos 16 anos por se encontrarem comprovadamente inseridas no mercado de trabalho; no entanto, o número de formandos pertencente ao escalão etário dos 15 aos 19 anos é residual - 2,3%).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

30

IV. Resultados da Avaliação

Quadro IV. 4. Distribuição dos formandos, segundo as Habilitações escolares, por Região (em %)

Habilitações 2.3 8.2.3 9.2.3 Total Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa 4 anos escolaridade 0,3 0,3 0,3 0,3 0,9 0,3 4ª ano 11,4 11,3 10,1 10,1 9,7 11,1 6ª ano 23,6 20,2 23,2 15,8 14,3 21,7 3º ciclo (9º ano) 43,5 46,9 41,0 42,9 48,7 44,5 Ensino Secundário 17,5 17,8 21,6 24,6 22,3 18,6 Bacharelato e Licenciatura 3,8 3,5 3,8 6,2 4,1 3,8 Mestrado 0,0 - - - - 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

O baixo número de formandos com qualificações iguais ou inferiores ao 4º ano de

escolaridade pode decorrer da interpretação que os vários operadores das FMC

fizeram da Nota Informativa emitida pela Comissão Directiva do POPH em 16 de

Outubro de 2008. A interpretação foi no sentido de os indivíduos com um grau de

escolaridade abaixo do nível mínimo de acesso não pode integrar a formação;

como os referenciais de formação são todos de nível 2 e 3, estes indivíduos ficam

excluídos desta tipologia de formação.

Todavia, segundo a AG do POPH, esta Nota Informativa não visava limitar o

acesso dos indivíduos com baixos níveis de qualificação às FMC, pelo que todos

os que possuem capacidades, qualificações e experiência profissional relevante

que os coloque num nível profissional superior ao nível de escolaridade, podem

frequentar UFCD de um percurso formativo superior ao seu nível de escolaridade.

O perfil de beneficiários definido pela Tipologia coloca a tónica nos adultos com

baixas qualificações; todavia, verifica-se a existência entre os formandos de um

número significativo (22,4%) de adultos com qualificações iguais ou superiores ao

ensino secundário, enquanto 44,5% detêm o 3º Ciclo do básico. Neste sentido,

justifica-se também a aposta na realização de projectos formativos de nível 2 que

abranjam os formandos que possuem o 2º ciclo do ensino básico, os quais

representam cerca de um quinto dos activos envolvidos.

O peso dos detentores de habilitações superiores é residual (3,8%), em

consequência de o POPH ter reduzido o crescimento que este segmento vinha

registando ao recentrar a intervenção nos seus objectivos de qualificação,

através do estabelecimento de limites com a publicação de uma Nota

informativa de clarificação, no final de 2008, segundo a qual apenas 10% dos

participantes poderia ter habilitação superior ao Bacharelato.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Situação face ao emprego - os activos empregados representam cerca de quatro

em cada cinco formandos das FMC (79,6%); destes, cerca de três quartos são

empregados por conta de outrem, dos quais apenas 7,4% são activos internos às

Entidades beneficiárias (cf. Anexo 5B, Tabela 5.47).

Entre os desempregados, predominam os que procuram novo emprego – não DLD

(73,2%), seguidos dos DLD (26,8%); as pessoas inactivas constituem uma

percentagem residual (0,4%).

Quadro IV. 5. Distribuição dos formandos, segundo a Situação face ao emprego, por Região (em %)

Situação face ao emprego 2.3 8.2.3 9.2.3 Total Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa Empregados por conta de outrém - Externos 60,4 70,7 77,0 77,2 68,2 66,9 Empregados por conta de outrém - Internos 7,5 8,5 3,5 5,3 11,5 7,4 Empregados por conta própria 6,3 5,3 3,5 3,8 2,4 5,4 Desempregados à procura de novo emprego - DLD 6,6 4,9 2,8 1,4 6,3 5,3 Desempregados à procura de novo emprego - Não DLD 17,5 8,9 12,2 11,5 10,3 13,5 Desempregados à procura do 1º emprego 1,3 1,1 0,8 0,7 1,0 1,1 Inactivos - em acções de educação ou formação 0,1 0,3 0,1 0,0 0,2 0,2 Inactivos - Outros 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

A comparação entre os dados apresentados na Plataforma SIGO e os dados de

execução do SIIFSE relativos às FMC, permite verificar que o perfil-chave dos utentes

adultos activos dos CNO em 2008 e o perfil-chave dos beneficiários da FMC é bastante

semelhante: os formandos são maioritariamente mulheres, têm idades compreendidas

entre 25 e 44 anos, são activos empregados e o nível de habilitação dos inscritos era

maioritariamente (51,2%) de candidatos ao 12º ano de escolaridade (Cf. ANQ, 3º

Encontro Nacional de Centros de Novas Oportunidades).

De acordo com o Relatório de Execução do POPH de 2008, nas tipologias de intervenção

do Eixo 2, as FMC eram a modalidade que apresentava maior volume de adultos

envolvidos. Os processos de RVCC abrangiam o maior número de pessoas enquanto os

Cursos EFA detinham o menor peso, embora sejam, em termos financeiros, aqueles que

mais recursos absorvem no Eixo 2 (processo de qualificação escolar e profissional

completo, implicando um período mais longo de formação).

O predomínio dos desempregados nos Cursos EFA parece justificado, na medida em que,

por norma, são detentores de mais baixas qualificações profissionais, têm maior

disponibilidade para a frequência de processos mais longos e de qualificação completa

(dupla certificação), enquanto os empregados tendem a optar por processos mais curtos

e de certificação parcial, até perfazerem o percurso de formação completo, mas mais

flexível (através das FMC ou do RVCC). Da mesma forma, os Cursos EFA têm pouca

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Relatório Final

32

IV. Resultados da Avaliação

expressão entre os empregados abrangidos pelas tipologias de intervenção do Eixo 2, tal

como ilustra o Gráfico seguinte.

Gráfico IV. 2 Distribuição dos formandos abrangidos pelas Tipologias do Eixo 2 do POPH, segundo a Situação face ao emprego

Fonte: Relatório de Execução de 2008 do POPH.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

33

IV. Resultados da Avaliação

A resposta a esta componente de análise remete para três dimensões distintas:

(i) dinâmicas da procura, medeadas pelos projectos aprovados;

(ii) cumprimento das metas físicas e financeiras definidas no PO para a Tipologia,

medeadas pelas dinâmicas de execução dos projectos aprovados; e

(iii) adequação da procura aos objectivos definidos para a Tipologia, medeada

pela apreciação cruzada de informação empírica.

Componentes de análise

•Os Projectos aprovados permitem a concretização das metas definidas pelo Programa para esta Tipologia?

Resposta

•A meta anual média fixada para as FMC situa-se em 315,2 mil formandos e os volumes previstos nos projectos aprovados no âmbito do 1º Concurso das FMC (2008) foram superiores a 900 mil beneficiários (um volume de procura surpreendentemente elevado tendo presente que este foi o ano de instalação) garantindo tendencialmente a concretização da meta prevista.

•Em termos de execução efectiva, foram abrangidos até final de 2008 mais de 187 mil formandos (informação relativa a dados inseridos no Sistema), que corresponderiam a cerca de 60% da meta anual estabelecida. A Região do Algarve apresenta um comportamento mais dinâmico com a meta a ser atingida e ultrapassada em cerca de 50%.

•As candidaturas aprovadas estão a contribuir para o prosseguimento dos objectivos quantificados desta Tipologia.

Elementos‐síntese de fundamentação

•As dinâmicas de desempenho nesta 1ª fase estão influenciadas pela circunstância de 2008 constituir o ano de arranque de uma Tipologia de intervenção, que reveste traços inovadores na metodologia de formação quer em termos técnicos e curriculares, quer em termos de financiamento; a Tipologia pressupõe uma capacidade de apropriação do CNQ, articulação eficaz e eficiente entre as Entidades formadoras e a rede de CNO e Centros de Emprego do IEFP, a par de uma capacidade dinâmica de recrutamento e selecção de formandos por parte das Entidades formadoras. O ajustamento experimental a estes requisitos de eficácia e de eficiência, reflectiu-se num menor ritmo das taxas de execução na 1ª fase.

•As candidaturas aprovadas estão a contribuir para o prosseguimento dos objectivos desta Tipologia, na medida em que contribuem para: (i) a elevação dos níveis de qualificação profissional dos activos, com aquisição/actualização/ aprofundamento de conhecimentos específicos de base profissional, associados ao desenvolvimento de competências pessoais, sociais e relacionais; (ii) o estímulo à frequência de outras acções de formação profissional, representando um ganho potencial dos activos adultos para uma trajectória de formação ao longo da vida; e (iii) a melhoria de desempenhos profissionais e da produtividade das Entidades empregadoras.

•O contributo das FMC para a realização de percursos formativos integrados é ainda pouco expressiva, pelo que é necessário apostar nesta componente, uma vez que esta constitui uma das formas de aumentar os níveis de qualificação dos activos.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

34

IV. Resultados da Avaliação

(i) Dinâmicas da procura

As alíneas seguintes sistematizam as principais dinâmicas da procura, processando

informação relativa à fase de Candidaturas (projectos aprovados).

Uma procura surpreendentemente elevada e com significativa expansão, entre o 1º período

de candidatura às FMC de 2008 (2.416 candidaturas, abrangendo quase 1,6 milhões

de formandos, das quais foram aprovadas 1.529, com um volume previsto superior a

900 mil formandos) e o 2º período de candidatura que decorreu no último trimestre

de 2009 (3.718 candidaturas abrangendo uma previsão de mais de 3,3 milhões de

formandos) - cf Anexo 5B, Tabelas 5.17 e 5.25.

Uma significativa adesão das Entidades beneficiárias previstas, destacando-se em particular o

mercado privado dos operadores de formação e as Entidades empregadoras: cerca de 59%

das Entidades promotoras de FMC com candidaturas aprovadas no 1º Período de

candidatura são Entidades formadoras, sendo o restante volume de projectos

aprovados distribuído igualmente entre Entidades empregadoras e “Outros

operadores”; 91,3% destas Entidades são privadas ou pessoas colectivas sem fins

lucrativos; as Entidades de natureza pública têm uma expressão marginal (cf. Anexo

5B, Tabelas 5.21, 5.22, 5.23 e 5.24).

Quadro IV. 6. Tipologia de Entidades Beneficiárias

Entidades Beneficiárias Nº % Associação Empresarial e Sectorial 190 12,4 IEFP 146 9,5 Escola, Escola Profissional, Centros de Formação 192 12,6 Instituição de Ensino Superior e centro de investigação 16 1,0 Cooperativa agrícola 23 1,5 Empresa 192 12,6 Empresa de formação 387 25,3 IPSS, ONG, Associação de Desenvolvimento Local, social e cultural 301 19,7 Organização Sindical e Profissional 77 5,0 Autarquias Locais 5 0,3

Total 1.529 100,0 Fonte: Mapa de candidaturas POPH (2008), 2010/02/01 (extracção da informação, Fevereiro de 2010).

Uma clara aposta nas áreas de formação tecnológica. 95% dos projectos aprovados

disponibilizam formação na área tecnológica (44 áreas), destacando-se as Ciências

informáticas, no caso das Entidades Formadoras (11,4%) e Outros Operadores (11%),

e o Comércio nas Entidades empregadoras (13,6%) - cf. Anexo 5B. Tabela 5.29.

A procura de formação por parte de empresas/ agentes da sociedade civil (IPSS, ADL) / outras

entidades locais (autarquias, …) tem apenas expressão para cerca de 1/5 das

Entidades formadoras e dos Outros operadores beneficiários da FMC (cf. Anexo 5B,

Tabela 5.27).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

35

IV. Resultados da Avaliação

(ii) Dinâmicas de execução

De acordo os resultados de execução SIIFSE até 31 de Dezembro de 2008, foram

abrangidos cerca de 187 mil adultos em FMC o que representa 59,3% da meta

estabelecida (315.200 formandos, por ano). Na distribuição regional, o Alentejo, o Norte e

o Centro, com maior volume de formandos, registaram, em 2008, níveis de execução

ligeiramente inferiores.

O desempenho da meta anual definida para a Região de Lisboa foi bastante mais

favorável (91,2%), abrangendo cerca de 8.663 adultos em 2008, para uma meta média

anual definida de 9.500 adultos; a Região do Algarve ultrapassou os 8.500 adultos, para

uma média anual estipulada em torno dos 5.700 adultos.

Quadro IV. 7. Formandos abrangidos, por Tipologia de Intervenção (Metas e Execução)

Tipologia de Intervenção Meta Execução 2008

Taxa de execução (%)

2.3. Formações Modulares Certificadas (Norte, Centro e Alentejo) 300.000 169.814 56,6

8.2.3. Formações Modulares Certificadas (Algarve) 5.700 8.563 150,2

9.2.3. Formações Modulares Certificadas (Lisboa) 9.500 8.663 91,2

Total 315.200 187.040 59,3

Fonte: Programa Operacional Temático Potencial Humano, 2007 – 2013 e Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

Em 2008 esteve em execução um conjunto de 1.529 projectos, dos quais 88,9% integram

a Tipologia 2.3; 5,2 %, a Tipologia 8.2.3 e 6,0%, a Tipologia 9.2.3, evidenciando o peso das

Regiões do Objectivo Convergência na adesão às FMC.

Gráfico IV. 3 Distribuição dos projectos da Tipologia 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 por Região (NUT II)

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

Em termos de execução efectiva, o total de 187.040 formandos abrangidos frequentaram

mais de 6,2 milhões de horas de formação. Em termos reais, e uma vez que o mesmo

formando pode frequentar mais do que uma UFCD, foram abrangidos 106.842 adultos

(apontando para uma frequência média inferior a dois módulos).

43%

36%

3%

13%5%

Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

36

IV. Resultados da Avaliação

A distribuição regional do total de formandos demonstra que a Tipologia 2.3. concentra a

maioria dos formandos (90,8%) e, consequentemente, o maior volume de formação,

sendo a Região Norte a que mais se destaca com a formação de mais de 86 mil

formandos (46,2%) num volume de formação que ultrapassa os 2,8 milhões de horas (cf.

Quadro 5.40 e 5.44, no Anexo 5B).

A participação efectiva por parte dos adultos, activos empregados, menos escolarizados: 3

em cada 5 formandos tem idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos; 77,6%

dos formandos tem o 9º ano ou menos de escolaridade, 18,6% o secundário;

79,6% são activos empregados (e grande maioria trabalhadores por conta de

outrem); e 58,2% são mulheres (cf. Anexo 5B, Tabelas 5.43 a 5.47).

Um padrão heterogéneo de origem dos formandos das FMC. Na estrutura das entidades

inquiridas (60% Entidades formadoras, 21% Outros operadores e 19% Entidades

empregadoras), constata-se que: para as Entidades empregadoras, em 89% dos

casos mais de 75% dos formandos abrangidos são trabalhadores internos à

Entidade beneficiária; para as Entidades formadoras, a origem dos formandos

reparte-se entre os encaminhamentos dos CNO e a procura individual (em 65,5%

dos casos, menos de 50% dos formandos são encaminhados dos CNO; em 60%

dos casos, mais de 50% dos formandos são indivíduos que procuram formação); e

para os Outros operadores, a distribuição é muito semelhante à das Entidades

formadoras (cf. Anexo 6B, Tabela 6.1 e 6.32).

Quadro IV. 8. Origem dos Formandos das FMC <25% 25-49% 50-74% >75% Total

Nº % Indivíduos que procuram formação 21,9 20,5 28,6 29 434 100,0 Encaminhamento dos CNO 41,2 27,8 16,3 14,6 417 100,0 Empresas que procuram formação 46,9 32,5 9,6 10,9 375 100,0 Trabalhadores internos à Entidade Beneficiária 61,1 7 2,7 29,2 329 100,0 Encaminhamento de Centros de Emprego 86,6 9,9 2,4 1 292 100,0 Outra situação 64,9 12,2 9,5 13,5 74 100,0 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, Gabinete Oliveira das Neves – Consultoria, Estudos e Projectos (GON), 2010.

As FMC estão a chegar menos aos adultos desempregados e aos adultos inscritos nos

Centros Novas Oportunidades: o encaminhamento dos Centros de Emprego tem

uma expressão limitada, representando menos de 25% dos formandos nas

Entidades formadoras e nos Outros operadores; apenas 17,5% destes formandos

vieram encaminhados para as FMC através dos CNO. A preferência por Cursos

EFA, nestas situações, parece ser a justificação predominante, embora o atraso na

disponibilização de referenciais de avaliação para RVCC Profissional no CNQ e o

consequente atraso no desenvolvimento destes processos nos Centros Novas

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

37

IV. Resultados da Avaliação

Oportunidades surja, igualmente, como factor explicativo desta preferência no

encaminhamento para os Cursos EFA (cf. Anexo 6B, Tabela 6.32).

(iii) Adequação da procura aos objectivos da Tipologia

O contributo dos resultados das candidaturas aprovadas para a concretização dos objectivos da

Tipologia constitui matéria de resposta aprofundada no âmbito do Inquérito às Entidades

Beneficiárias das FMC. O Quadro IV.9 permite uma primeira sinalização global de

contributos na óptica destas Entidades (cf. níveis detalhados de contributo no Anexo 6B,

Tabela 6.25).

Na óptica das Entidades beneficiárias

• Contributo médio elevado e forte [Média > 3,25]: Elevação dos níveis de

qualificação profissional dos beneficiários; Aquisição, actualização ou

aprofundamento de conhecimentos específicos para o exercício de uma

profissão; Estímulo à frequência de outras acções de formação profissional;

Aquisição de conhecimentos transversais que podem ser aplicados a várias

profissões; Desenvolvimento de competências pessoais e sociais (autonomia,

responsabilidade, espírito de iniciativa, aprendizagem continuada, …);

Desenvolvimento de competências relacionais (trabalhar em equipa,

coordenar pessoas, desenvolver comportamentos positivos, …); e Melhoria do

desempenho profissional e da produtividade das Entidades empregadoras.

• Contributo médio [Média no intervalo > 3,00 - < 3,25]: Promoção da igualdade de

oportunidades no acesso à qualificação profissional pelos adultos menos

escolarizados e qualificados; Estímulo ao prosseguimento de estudos dos

beneficiários; Estímulo à procura de novas oportunidades de formação junto

dos CNO; Favorecimento das condições de empregabilidade dos beneficiários

(aquisição de qualificações e competências valorizadas pelo mercado);

Elevação dos níveis de qualificações escolares dos beneficiários; e Aumento

das oportunidades de (re)inserção profissional dos beneficiários.

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Relatório Final

38

IV. Resultados da Avaliação

Quadro IV. 9. Contributos-tipo das candidaturas aprovadas, segundo dimensões de resultados das Tipologias FMC

Contributos-tipo Média

Elevação dos níveis de qualificação profissionais dos beneficiários 3,54 Aquisição, actualização ou aprofundamento de conhecimentos específicos para o exercício de uma profissão

3,50

Estímulo à frequência de outras acções de formação profissional 3,49 Aquisição de conhecimentos transversais, que podem ser aplicados em várias profissões

3,42

Desenvolvimento de competências pessoais e sociais (autonomia, responsabilidade, espírito de iniciativa, aprendizagem continuada, …)

3,36

Desenvolvimento de competências relacionais (trabalhar em equipa, coordenar pessoas, desenvolver comportamentos positivos, ...)

3,30

Melhoria do desempenho profissional e da produtividade das Entidades empregadoras

3,25

Contributos-tipo Média

Estímulo ao prosseguimento de estudos dos beneficiários 3,16 Estímulo à procura de novas oportunidades de formação junto dos CNO 3,16 Favorecimento das condições de empregabilidade dos beneficiários (aquisição de qualificações e competências valorizadas pelo mercado)

3,14

Elevação dos níveis de qualificação escolares dos beneficiários 3,10 Melhoria da situação profissional dos beneficiários empregados 3,01 Aumento das oportunidades de (re) inserção profissional dos beneficiários 3,00 Realização de percursos formativos integrados 2,99 Equilíbrio territorial da oferta de qualificação de adultos 2,89 Relevância e confiança do tecido empresarial na FMC 2,88 Envolvimento do tecido económico na qualificação da população adulta 2,87

Legenda: Média varia de 1 (Sem contributo) a 4 (Forte contributo). Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

Estes resultados são importantes enquanto resposta à Questão de Avaliação, p.e., à luz

das dimensões-chave analisadas, na medida em que foram sinalizados contributos entre

médio elevado e forte, para três dimensões especialmente relevantes:

• elevação de níveis de qualificação profissional dos activos adultos, com

aquisição/actualização/aprofundamento de conhecimentos de base profissional,

associados ao desenvolvimento de competências pessoais, sociais e relacionais;

• estímulo à frequência de outras acções de formação profissional, representando

um ganho potencial dos activos adultos para uma trajectória de formação ao

longo da vida; e

• melhoria de desempenhos profissionais e da produtividade das Entidades

empregadoras.

Uma última dimensão, a monitorizar com atenção, refere-se às menores “performances”

dos contributos referentes a “realização de percursos formativos integrados” (média

inferior a 3) e à “confiança/envolvimento do tecido empresarial nas FMC e na

qualificação da população adulta”. Todavia, não é de menosprezar o facto de estes

resultados recolherem referências entre contributo médio e forte, superiores a 70% das

respostas das Entidades beneficiárias.

A afirmação das FMC está claramente a fazer-se pela resposta à necessidade de

formação específica dos activos empregados e pela acrescida flexibilidade dos

percursos de formação. Tal significa que a margem de progressão das FMC na resposta

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Relatório Final

39

IV. Resultados da Avaliação

às necessidades de formação dos desempregados e na conclusão de processos de

RVCC dos indivíduos inscritos em CNO é ainda significativa, conclusão reforçada pelo

perfil de objectivos das Entidades beneficiárias que promovem acções no âmbito das FMC

(Cf. Quadro IV.10).

Assim, e por ordem decrescente de importância, são os seguintes esses objectivos:

• Contribuir para colmatar necessidades de formação específicas dos activos

empregados (certificações parciais) e para responder à necessidade de criar

percursos de formação flexíveis e ajustados às necessidades dos públicos-alvo

(contributos-objectivos que concentram mais de 75% das respostas);

• Contribuir para responder aos desajustamentos entre a qualificação dos

trabalhadores e as mudanças na organização do trabalho das empresas (novos

processos de trabalho, …) e para promover processos de aprendizagem ao longo

da vida que conduzam à obtenção de habilitações formais (60% a 65% das

respostas);

• Contribuir para a conclusão de processos de RVCC e contribuir para responder

aos desajustamentos entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças no

mercado de trabalho (problemas económicos locais e regionais motivados por

encerramento de empresas, …) – contributos-objectivos que concentram entre

50% a 55% das respostas.

Quadro IV. 10. Objectivos que as Entidades beneficiárias procuraram alcançar com a promoção de acções no âmbito das FMC

Objectivos Nº % Contribuir para colmatar necessidades de formação específicas dos activos empregados (certificações parciais) 422 76,6 Contribuir para responder à necessidade de criar percursos de formação flexíveis e ajustados às necessidades dos públicos-alvo 413 75,0 Contribuir para responder aos desajustamento entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças na organização do trabalho das empresas (novos processos de trabalho,…) 345 62,6 Promover processos de aprendizagem ao longo da vida que conduzem à obtenção de habilitações formais 341 61,9 Contribuir para a conclusão de processos de RVCC 306 55,5 Contribuir para responder aos desajustamento entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças do mercado, (problemas económicos locais/regionais motivados por encerramento de empresas, …) 281 51,0 Contribuir para preencher requisitos do Código do Trabalho em matéria de formação (número mínimo de trinta e cinco horas de formação contínua) 243 44,1 Responder a solicitações de empresas/ agentes da sociedade civil (IPSS, Associações de Desenvolvimento Local…) / outras entidades locais 226 41,0 Melhorar a capacidade empresarial em domínios competitivos (novos produtos/ /serviços, novos processos, novos métodos de produção, ….) 220 39,9 Responder às necessidades de qualificação escolar e profissional através da aquisição de uma certificação profissional (Certificação total) 163 29,6 Utilizar as UFCD por não exigirem o afastamento por longos períodos de tempo do posto de trabalho 147 26,7 Melhorar a adaptabilidade da empresa à reestruturação económica em curso 129 23,4 Outras. 12 2,2

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

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Relatório Final

40

IV. Resultados da Avaliação

A aplicação de uma grelha analítica a uma amostra de candidaturas permitiu constatar

que aproximadamente 2/3 das Entidades beneficiárias explicitaram em candidatura a

sua orientação para lacunas identificadas como graves, colmatando necessidades de

formação especificas, e que cerca de 45% aposta na inovação e estímulo ao

desenvolvimento de novas profissões e competências necessárias ao desenvolvimento

regional e sectorial, respondendo a desajustamentos entre a oferta e a procura de

formação (cf. Anexo 5A, Tabela 5.10 e 5.12).

A análise dos contributos/objectivos associados à promoção de acções FMC, evidencia

as diferentes abordagens por parte das Entidades beneficiárias, reflectindo a natureza e

estratégia dos três grandes tipos de Entidades. O Quadro IV.10 e a análise sequente,

foram construídos de modo a apresentar esses diferentes posicionamentos.

• Principais objectivos das Entidades empregadoras que recorreram a FMC: contribuir para

colmatar necessidades de formação específicas dos activos empregados

(certificações parciais); contribuir para preencher requisitos do Código de Trabalho

em matéria de formação profissional (número mínimo de 35 horas de formação

contínua); contribuir para responder aos desajustamentos entre a qualificação dos

trabalhadores e as mudanças na organização do trabalho das empresas (novos

processos de trabalho, …); melhorar a capacidade empresarial em domínios

competitivos (novos produtos/ serviços, novos processos, novos métodos de

produção, …).

[Tal significa que nos quatro principais contributos referenciados, três reportam a

necessidades de formação dos activos empregados e à melhoria do ajustamento

entre competências e organização do trabalho (dimensões competitivas) e apenas

um remete para o preenchimento de requisitos regulamentares – Código de

Trabalho (dimensão formal)].

Quadro IV. 11. Objectivos que as Entidades beneficiárias procuraram alcançar com a promoção de acções FMC, segundo a natureza da Entidade (em %)

Tipo de Entidade Objectivos Total Emprega-

dora Forma-

dora Outro

Operador Contribuir para colmatar necessidades de formação específicas dos activos empregados (certificações parciais) 76,6 69,8 78,2 78,1

Contribuir para responder à necessidade de criar percursos de formação flexíveis e ajustados às necessidades dos públicos-alvo 75,0 43,4 84,0 78,1

Contribuir para responder aos desajustamento entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças na organização do trabalho das empresas (novos processos de trabalho,…)

62,6 51,9 67,4 58,8

Promover processos de aprendizagem ao longo da vida que conduzem à obtenção de habilitações formais 61,9 49,1 69,2 52,6

Contribuir para a conclusão de processos de RVCC 55,5 24,5 69,8 43,0 Contribuir para responder aos desajustamento entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças do mercado, (problemas económicos locais/regionais motivados por encerramento de empresas, …)

51,0 22,6 60,4 50,0

Contribuir para preencher requisitos do Código do Trabalho em matéria de formação (número mínimo de trinta e cinco horas de formação contínua) 44,1 54,7 40,2 45,6

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Quadro IV.11 Objectivos que as Entidades beneficiárias procuraram alcançar com a promoção de acções FMC, segundo a natureza da Entidade (em %) – cont.

Tipo de Entidade Objectivos Total Emprega-

dora Forma-

dora Outro

Operador Responder a solicitações de empresas/ agentes da sociedade civil (IPSS, Associações de Desenvolvimento Local…) / outras entidades locais

41,0 8,5 51,1 42,1

Melhorar a capacidade empresarial em domínios competitivos (novos produtos/serviços, novos processos, novos métodos de produção, ….) 39,9 51,9 36,9 37,7

Responder às necessidades de qualificação escolar e profissional através da aquisição de uma certificação profissional (Certificação total) 29,6 17,0 35,3 24,6

Utilizar as UFCD por não exigirem o afastamento por longos períodos de tempo do posto de trabalho 26,7 30,2 24,2 30,7

Melhorar a adaptabilidade da empresa à reestruturação económica em curso 23,4 17,0 23,6 28,9

Outras. 2,2 0,0 1,8 5,3 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

• Principais objectivos das Entidades formadoras que recorrem a FMC: contribuir para

responder à necessidade de criar percursos de formação flexíveis e ajustados às

necessidades dos públicos-alvo; contribuir para colmatar necessidades de formação

específicas dos activos empregados (certificações parciais); contribuir para a

conclusão de processos de RVCC; e promover processos de aprendizagem ao longo

da vida que conduzam à obtenção de habilitações formais.

[Tal significa um posicionamento das Entidades formadoras em resposta a

necessidades da procura, nomeadamente em matéria de reforço de competências

que respondem a necessidades dos respectivos processos de empregabilidade e de

trajectória de certificação].

• Principais objectivos dos Outros operadores que recorrem a FMC: contribuir para

responder à necessidade de criar percursos de formação flexíveis e ajustados às

necessidades dos públicos-alvo; contribuir para colmatar necessidades de formação

específicas dos activos empregados (certificações parciais); contribuir para

responder a desajustamentos entre a qualificação dos trabalhadores e a mudanças

na organização do trabalho das empresas (novos processos de trabalho, …).

[Tal significa que este grupo de Entidades beneficiárias tende a estabelecer uma

ponte entre necessidades de qualificar desempenhos na relação de trabalho e

alimentar trajectórias de formação mais regular).

Na óptica dos Formandos (segundo as Entidades beneficiárias)

Para os formandos das FMC, a afirmação desta modalidade está, sobretudo, a fazer-se

pela possibilidade de acesso a formação específica. Com efeito, no padrão de

objectivos associado à frequência das FMC, constata-se que a sua utilidade para

completar percursos de formação com certificação total é ainda pouco expressiva.

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Relatório Final

42

IV. Resultados da Avaliação

Quadro IV. 12. Distribuição dos objectivos dos Formandos das FMC <25% 25-49% 50-74% >75% Total

Nº % Actualizar ou aprofundar competências específicas na sua área de trabalho 15,4 24 27,5 33,1 499 100

Adquirir competências em áreas específicas ao longo da vida 15,6 27,8 29,5 27,1 468 100 Concluir processos de RVCC 49,2 25,1 15,8 9,8 398 100 Adquirir certificações parciais 35,9 26,9 20,2 17,1 387 100 Completar percursos formativos (Certificação total) 60,5 22,1 10,2 7,2 362 100 Orientação da entidade patronal 52,6 21,6 12,6 13,2 348 100 Outras. 52,0 20,0 4,0 24,0 25,0 100

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

• Objectivos mais expressivos (como principal interesse para mais de 50% dos

formandos abrangidos): actualizar ou aprofundar competências específicas na

sua área de trabalho (60,6% das respostas); e adquirir competências em áreas

específicas ao longo da vida (56,6%);

• Objectivos expressivos: (para menos de 50% dos formandos): adquirir certificações

parciais - 63% das respostas; (para mais de 50% dos formandos): adquirir

certificações parciais - 37% das respostas;

• Objectivos menos expressivos (para menos de 25% dos formandos): completar

percursos formativos (certificação total) - 60,5%; Orientação da entidade

patronal (52,6%); e Concluir processos de RVCC (49,2%).

Estes resultados constituem uma aproximação à relevância das FMC para os adultos

activos abrangidos que é mediada pela opinião das Entidades beneficiárias dos

projectos aprovados (respondentes ao Inquérito).

Por sua vez, os Estudos de caso oferecem-nos elementos de evidência que reforçam esta

leitura dos resultados que surgem, pontualmente, mais enriquecidos dada a pluralidade

de actores participantes. A Caixa seguinte sistematiza a informação relevante em

matéria de resultados atingidos pelos formandos, na óptica das entidades que

abordaram essa dimensão no âmbito dos Estudos de caso realizados (cf. Síntese dos

Estudos de Caso – Anexo 7B).

Os indicadores globais de realização física dos projectos apontam para que os mesmos

tenham atingido o volume de formação previsto, tendo mesmo o volume de formandos

ficado ligeiramente acima do esperado; estes indicadores revelam um comportamento

positivo da procura e sugerem níveis globais elevados de satisfação dos beneficiários em

relação a este tipo de formação, ainda que relativamente heterogéneos, segundo a

respectiva situação face ao emprego e a natureza das áreas de formação (predomínio

da área tecnológica nos projectos aprovados).

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Relatório Final

43

IV. Resultados da Avaliação

Resultados da execução da candidatura ao nível dos Beneficiários directos (óptica das Entidades beneficiárias)

As Entidades abordadas nos Estudos de caso não dispõem, de um modo geral, de dados concretos que o comprovem, mas consideram que, os resultados das FMC contribuem para melhorar desempenhos profissionais com impacto na progressão na carreira e para a melhoria das condições salariais (ao nível dos activos empregados) e para proporcionar oportunidades de (re)integração no mercado de trabalho (ao nível dos desempregados).

Resultados da formação para os beneficiários empregados • Profissional - Aquisição de novas competências e melhoria dos desempenhos

profissionais, sendo esta melhoria encarada como uma consequência directa da aquisição daquelas competências, num contexto em que as acções de formação frequentadas procuraram dar resposta a necessidades concretas; (apesar de não ser realizado qualquer controlo relativamente aos impactos que as FMC promovem nos formandos, existe a percepção de que elas têm efeito, sobretudo, ao nível do incremento de competências específicas para aplicar no âmbito das respectivas actividades profissionais).

• Pessoal - Valorização pessoal e curricular, por via da certificação e da equivalência escolar. Este reconhecimento formal de um conjunto de conhecimentos e competências será um dos principais factores de motivação da procura individual de formação. Na óptica dos indivíduos, a frequência de formação certificada tem vantagem se induzir efeitos ao nível da mudança de funções profissionais e contribuir para a progressão na carreira. As FMC têm contribuído para a manutenção do emprego dos activos empregados e para elevar os seus níveis de qualificação escolar e profissional, já que têm permitido completar processos de RVCC Escolar e Profissional, conduzindo à certificação total. As pessoas envolvidas disponibilizaram bastante investimento na frequência da formação, nomeadamente no horário pós-laboral; no acompanhamento desse investimento, denotam-se evidentes elementos de reconhecimento do valor da formação. Este aspecto remete para a componente pessoal de aprendizagem que induz satisfação, face às poucas expectativas de partida que a maioria sente serem altamente excedidas na frequência. Trata-se de um importante resultado ao nível da importância percebida pelo próprio receptor da formação.

Resultados da formação para os beneficiários desempregados • Menor conhecimento do impacto real da frequência das acções no seu percurso

profissional, na medida em que não foi efectuado qualquer acompanhamento pós-formação, mas de um modo geral considera-se que os conhecimentos e competências adquiridos poderão ser úteis na promoção da empregabilidade dos formandos. Este público-alvo, em geral, encontra-se motivado na procura activa de emprego, por oposição ao perfil dos desempregados que procuram e frequentam os Cursos EFA, os quais tendem a encarar a frequência de acções de formação, de maior duração e que garantem o pagamento de bolsa de formação, como um substituto do emprego. As FMC têm contribuído para melhorar as condições de empregabilidade; no entanto, os resultados não têm sido tão expressivos devido à crise económica e à rarefacção das oportunidades de emprego.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Resultados dos Indicadores Operacionais associados às Componentes de análise da Questão de Avaliação 1

Indicadores Evidências

Tipologia das Entidades beneficiárias e das Entidades formadoras: natureza, região, dimensão, actividade económica

• Projectos aprovados: 59,7% de Entidades formadoras; 20,9% de Outros operadores; e 19,4% de Entidades empregadoras.

• Volume de formação aprovado: 74,2% de Entidades formadoras; 21% de Outros operadores; e 4,8% de Entidades empregadoras.

• Formandos aprovados: 70,6% de Entidades formadoras; 24,7% de Outros operadores; e 4,7% de Entidades empregadoras.

• Distribuição regional dos projectos aprovados: Norte (44,5%); Centro (31,4%); Alentejo (13%); Algarve (5,2%); e Lisboa (6,0%).

• Predomínio de entidades privadas, sobretudo empresas de formação (cerca de 1/4), Entidades sem fins lucrativos (1/5), Associações empresariais e sectoriais (12,4%), Escolas, Escolas profissionais e Centros de formação (12,6%).

• Actividades económicas com maior expressão na CAE das Entidades beneficiárias são: Educação (33,0%), Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais (28,6%) e Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas (14,7%).

[Fonte: SIIFSE, Mapa de candidaturas]

Grau de adequação do perfil de Entidades beneficiárias induzido pelo Programa aos objectivos pretendidos

• Adesão muito satisfatória registando-se níveis elevados de procura por parte das Entidades empregadoras (empresas), dos CNO e das Entidades formadoras que trabalham para o mercado, correspondendo ao perfil esperado de Entidades Beneficiárias.

• O perfil de Entidades beneficiárias encontra-se largamente representado nas candidaturas e nos projectos aprovados, uma vez que todos os tipos de entidades tiveram acesso às FMC e, desta forma, todas as tipologias de Entidades beneficiárias com candidaturas indeferidas encontram-se representadas nos projectos aprovados no 1º e 2º período de candidatura.

• A maior percentagem de indeferimentos ocorreu nas candidaturas apresentadas por IPSS, ONG e Associações de Desenvolvimento Local, Social e Cultural; no entanto, este grupo corresponde à segunda tipologia de entidades com maior volume de projectos aprovados (19,7%).

[Fonte: Entrevistas e SIIFSE, Mapa de candidaturas]

Grau de diferença e desvio entre o perfil das Entidades beneficiárias com projectos aprovados e não aprovados

• Entidades formadoras com um peso mais elevado no total de entidades aprovadas do que no perfil de entidades candidatas (respectivamente, 59,7% e 53,5%).

• A tipologia Outros operadores foi a mais penalizada em termos de não aprovações.

[Fonte: SIIFSE, Mapa de candidaturas]

Situação dos destinatários face ao emprego;

• Os activos empregados representam cerca de quatro em cada cinco formandos das FMC (79,6%); cerca de três quartos são empregados por conta de outrem, dos quais apenas 7,4% são activos internos às Entidades beneficiárias.

• Um em cada cinco formandos encontra-se desempregado. [Fonte: SIIFSE, Dados de execução]

Nível de habilitações literárias do público-alvo;

• Cerca de um em cada três formandos possui habilitações iguais ou inferiores ao 2º ciclo do ensino básico (6º ano de escolaridade) e 44,5% possui o 9ª ano de escolaridade.

• O peso dos detentores de habilitações superiores é residual (3,8%), decorrendo das limitações regulamentares de acesso, frequentemente alvo de críticas das Entidades beneficiárias, sobretudo, na conjuntura de crise quer de manutenção problemática do nível de emprego, quer da estrutura de habilitações dos adultos activos desempregados.

[Fonte: SIIFSE, Dados de execução] Relação entre o perfil dos destinatários face ao emprego e a idade, a componente de FMC mais frequentada e a opção por outras modalidades de ALV (Cursos EFA).

• Os formandos das FMC são maioritariamente indivíduos com idades entre os 19 e os 44 anos, activos empregados e com habilitações iguais ou inferiores ao 3º ciclo do ensino básico que optam por este tipo de formação principalmente porque pretendem actualizar ou aprofundar competências específicas na sua área de trabalho.

[Fontes: SIIFSE, Dados de execução; e Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

(continua)

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

45

IV. Resultados da Avaliação

Resultados dos Indicadores Operacionais Associados às Componentes de análise da Questão de Avaliação 1 (cont.)

Indicadores Evidências

Evolução da procura, por tipologia das Entidades e beneficiários efectivos

• Uma significativa adesão das Entidades beneficiárias previstas, destacando-se em particular o mercado privado dos operadores de formação e as Entidades empregadoras.

• Entre o 1º e o 2º períodos de candidatura observa-se um crescimento de 53% nas entidades candidatas, de 79% no volume de formação solicitado e no volume de formandos a abranger que mais que duplica.

• As Entidades formadoras continuam representar a maioria dos pedidos de apoio; no entanto, o seu peso diminui passando de 53% para 43%; em contrapartida os Outros operadores reforçam a sua proporção passando de 25% para 35%. As Entidades empregadoras reforçam ligeiramente o seu peso.

[Fonte: SIIFSE, Mapa de candidaturas]

Evolução da procura, por parte dos adultos activos

• 2008 marcou o ano de início desta nova tipologia de intervenção, estando grande parte da execução concentrada no último trimestre de 2008. Ainda assim, neste ano foram abrangidos mais de 187 mil formandos, o que representa quase 60% da meta anual estabelecida.

[Fonte: SIIFSE, Dados de execução]. • Em 2009, segundo os dados do Relatório de Execução do POPH, foram

abrangidos mais de 600 mil formandos, o que representa quase o dobro da meta estabelecida de 315 mil formandos por ano.

[Fonte: Relatório de Execução do POPH, 2009]

Grau de atractividade das FMC face às outras opções à disposição dos adultos activos

• Orientação das FMC para a qualificação dos activos empregados (representam cerca de 80% dos formandos) já que corresponde a uma formação mais adequada às suas características e necessidades, enquanto os Cursos EFA ou os RVCC se adaptam mais facilmente aos desempregados.

[Fontes: SIIFSE, Dados de execução; POPH, Regulamentos Específicos; Entrevistas e Estudos de Caso].

Representação social e expectativas face às FMC junto das Entidades beneficiárias, face a outras opções de formação profissional

• A diversidade de Entidades beneficiárias (empresas de formação, centros de formação, escolas, associações empresariais, IPSSs, associações de desenvolvimento local, empresas, entidades públicas de formação, etc.) evidencia o reconhecimento desta Tipologia de intervenção por parte de actores-chave do sistema de emprego/formação.

[Fonte: SIIFSE, Mapa de candidaturas]

Relação entre Entidades formadoras e beneficiárias

• Cerca de 60% das Entidades beneficiárias são Entidades formadoras acreditadas.

[Fonte: SIIFSE, Mapa de candidaturas].

Impedimentos e obstáculos identificados pelas Entidades

• Não clarificação regulamentar de algumas condições de operacionalização (p.e., perfil dos destinatários da formação, condições de organização das acções e cálculo de custos elegíveis).

• [Fontes: POPH, Regulamento Específico; Estudos de Caso e Entrevistas] Adequação do modelo de financiamento ao estímulo da procura de beneficiários e promotores

• 17,3% dos inquiridos consideram as regras de financiamento muito adequadas, 70% consideram-nas suficientemente adequadas e 14,6% pouco ou nada adequadas.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC] Realização física: volume de candidaturas aprovadas e formandos abrangidos, face à meta anual média

• Até final de 2008, a execução efectiva abrangeu mais de 187 mil formandos (informação relativa a dados inseridos no Sistema), correspondendo a cerca de 60% da meta anual estabelecida.

• Os dados do Relatório de Execução do POPH referentes a Dezembro de 2009 apontavam para um volume global de 603,9 mil formandos abrangidos, “performance” que ultrapassa a meta estabelecida (meta anual média de 300 mil) no horizonte do período de candidatura de dois anos dos projectos das FMC.

• [Fonte: SIIFSE, Dados de execução; e Relatório de Execução de 2009 do POPH]

Grau de cobertura das prioridades e objectivos estratégicos da Tipologia em termos de indicadores de acompanhamento e de objectivos

Mecanismos de informação e orientação utilizados pelo Serviço Público de Emprego e CNO

• Mecanismos utilizados na generalidade das tipologias de formação: os Centros de Emprego encaminham os indivíduos para os Centros de Formação, nos quais são acolhidos nos CNO que realizam o acolhimento, diagnóstico e encaminhamento para a modalidade mais adequada face às características dos candidatos.

[Fontes: Entrevistas e Estudos de Caso] Nº de formandos encaminhados através de CNO

• 31.048 formandos encaminhados através de CNO (16.6% do total). [Fonte: SIIFSE, Dados de execução]

(continua)

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Relatório Final

46

IV. Resultados da Avaliação

Resultados dos Indicadores Operacionais Associados às Componentes de análise da Questão de Avaliação 1 (cont.)

Indicadores Evidências Nº de formandos que completa percursos formativos (certificação total vs. certificação parcial)

• Em 7,2% das entidades inquiridas, 75% dos formandos pretende completar percursos formativos.

• Em 17,1% das entidades inquiridas, 75% dos formandos pretende adquirir certificação parcial.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

Taxas de compromisso e execução financeira para o período 2007-2009

• Nível de compromisso (1º Período de candidatura): 329,9 M €. [Fonte: SIIFSE, Mapa de candidaturas] • Despesa aprovada (2009): 131,7 M€ [Fonte: Relatório de Execução POPH, 2009].

No âmbito da resposta a estão Questão-chave da Avaliação foi processada informação

com origem na generalidade das componentes metodológicas do Estudo, com

destaque para a análise documental, do Sistema de Informação do FSE (SIIFSE), da

informação recolhida no âmbito das Entrevistas e Estudos de Caso, mas também para os

apuramentos do Inquérito às Entidades Beneficiárias.

Não obstante o centramento da Questão no processo de análise de candidaturas, fruto

da relação que esta vertente técnica estabelece com as necessidades de

desenvolvimento da Tipologia das FMC, entendeu-se processar aqui informação

relevante acerca da dinamização e acompanhamento das FMC, compreendendo a

divulgação e os procedimentos de gestão e controlo, na fase de execução dos projectos

aprovados. Trata-se, aliás, de matérias não reflectidas na formulação das Questões de

Avaliação, ainda que parcialmente enunciadas nos “Aspectos a considerar” (cf.

Cláusulas Técnicas) e que são contempladas como vectores de sugestões e

Recomendações (cf. formulação do Objectivo geral da Avaliação).

QA 2. AS METODOLOGIAS E INSTRUMENTOS NO PROCESSO DE ANÁLISE DECANDIDATUAS PERMITEM DAR RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DO PROGRAMA?

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Relatório Final

47

IV. Resultados da Avaliação

As metodologias e os instrumentos utilizados no processo de análise de candidaturas revelaram-se globalmente adequadas, permitindo dar respostas às necessidades do Programa, ainda que tenham sido sinalizadas possibilidades de introduzir melhorias. Para estas conclusões decorrem os seguintes elementos/evidências do trabalho de Avaliação:

• As candidaturas aprovadas apresentam qualidade para garantir o cumprimento dos objectivos e são, na generalidade dos casos, fundamentadas através de diagnósticos/levantamentos de necessidades de formação. Contudo, de acordo com a informação recolhida junto dos principais actores das FMC nos Estudos de Caso e na sessão de Focus-Group, é necessário aprofundar os mecanismos de articulação entre as Entidades formadoras de uma determinada região ou sector de actividade por forma a contribuir para a complementaridade da oferta formativa. Esta deve ser também uma das preocupações das UATR que, aquando da aprovação das candidaturas, deverão fazer uma análise global verificando se os projectos aprovados permitem assegurar a complementaridade das ofertas e responder às necessidades Regionais.

• O Regulamento Específico encontra-se plenamente assimilado pelas Entidades beneficiárias, não se registando críticas expressivas, ainda que sejam sugeridas melhorias a alguns níveis (p.e., dimensão das turmas; horário das acções; obrigatoriedade de não interromper a formação por um período superior a 90 dias).

• O modelo de divulgação foi avaliado de forma muito positiva pelos diversos intervenientes tendo contribuído para a apresentação de um volume de candidaturas muito elevado. Em fases sequentes afigura-se necessário apostar em formas de divulgação da Tipologia mais direccionadas que permitam incentivar a apresentação de projectos que contemplem a realização de percursos formativos integrados.

• O perfil dos critérios de selecção encontra-se muito centrado em vertentes genéricas da formação e não ventila dimensões-chave associadas a vertentes específicas da modalidade de formação e ao contributo do projecto para a empregabilidade dos formandos. A fundamentação técnica da candidatura, com componentes relacionadas com os resultados da formação e a articulação com os CNO, poderia reequilibrar as ponderações atribuídas pela grelha de análise e auxiliar a ordenação das candidaturas.

• A informação inserida no formulário de Candidatura, não facilita a aplicação objectiva dos critérios de selecção remetendo a análise técnica para a informação contemplada no Anexo, a qual carece de uma adequada normalização de conteúdos a inserir de modo a permitir a realização de uma apreciação mais objectiva e criteriosa.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

O formato adoptado para a submissão de candidaturas às Tipologias FMC decorre das

opções de flexibilidade que caracterizam a abordagem desta modalidade de

organização da formação e que se traduzem em compromissos de carácter mais

genérico na fase de proposta/ candidatura.

Em sede de candidatura, as Entidades promotoras mencionam quais as áreas de

formação abrangidas e o volume de formação. Este facto permite dotar esta tipologia

de maior capacidade de adaptação da oferta de UFCD às dinâmicas da procura, uma

vez que dentro das áreas de formação aprovadas, as entidades podem seleccionar as

UFCD que a cada momento melhor respondem às procuras existentes.

No entanto, esta simplicidade do Formulário de Candidatura e a não existência de um

Anexo-tipo não permite que o ST da AG do POPH disponha, de uma forma sistematizada

e “padronizada”, de elementos de fundamentação essenciais para a análise das

candidaturas, de acordo com os critérios de selecção definidos e a respectiva grelha de

análise.

Componente de Análise

•As candidaturas aprovadas apresentam qualidade (fundamentação técnica,articulação com a procura sectorial/regional de competências, combinação decomponentes produtos de formação,…) de modo a garantir o cumprimento dosobjectivos?

Resposta

•As candidaturas aprovadas apresentam qualidade potencial para garantir ocumprimento dos objectivos ao evidenciarem a utilização generalizada (por todos ossegmentos das Entidades beneficiárias) de mecanismos de fundamentação técnica;

•A articulação com a procura sectorial/regional de competências nem sempre seencontra assegurada devido ao trabalho de ajustamento, ainda insatisfatório, entreas entidades que operam nos vários sectores/regiões.

Elementos-síntese de

fundamentação

•As Entidades beneficiárias fundamentam as suas candidaturas através de diferentesmecanismos dos quais se destacam os diagnósticos de necessidades de formaçãodo público-alvo/sector de actividade/região, seguidos dos contactos directos com omercado de trabalho e o encaminhamento de formandos pelos CNO. Estesmecanismos tendem a evidenciar , p.e., nas memórias descritivas em anexo aosFormulários de Candidatura, o conhecimento que as Entidades beneficiáriaspossuem sobre as necessidades de formação do seu público-alvo/sector/região.

•A qualidade das candidaturas varia em função do perfil de entidades, sendo que amaioria das candidaturas das Entidades empregadoras e dos Outros operadoresauferem pontuações médias (entre 50 e 69 pontos) ao passo que mais de metadedas candidaturas das Entidades formadoras alcança valores acima dos 70 pontos.

•A análise das candidaturas é realizada na base do projecto, não existindo umaanálise de conjunto que poderia permitir construir, p.e., a nível das Regiões/Sectoresuma visão compreensiva das áreas de formação contempladas pelos projectosaprovados.

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Relatório Final

49

IV. Resultados da Avaliação

A concepção do Formulário e os elementos retidos para caracterização do Projecto

reflectem em boa medida aquela perspectiva de flexibilidade, sem prejuízo de no

mesmo ser solicitado à Entidade beneficiária:

• a indicação de elementos relativos, p.e., aos factores de inovação do projecto

(em referência às “áreas de intervenção descritas no POPH”),

• a indicação de dados globais referentes às áreas de formação (volume e nº de

formandos a abranger);

• a indicação de procedimentos de selecção de formandos com sinalização das

origens (CNO, Centro de Emprego e divulgação por iniciativa da Entidade); e

• a indicação dos mecanismos de acompanhamento do Projecto, nomeadamente

pós-formação e com aproximação à avaliação dos resultados da formação,

segundo uma grelha de mecanismos que a ser preenchida poderá conter

material interessante na óptica de monitorização dos projectos aprovados

[qualidade do processo formativo (durante a formação); aprendizagens

realizadas pelos formandos (durante a formação) transferência das

aprendizagens realizadas pelos formandos (activos) para o contexto de trabalho

(após a formação); das melhorias de qualidade do emprego (após a formação)].

No plano técnico-formal, o Formulário de Candidatura deveria permitir recolher a

informação necessária e suficiente para uma análise o mais objectiva possível das

candidaturas. No caso do POPH (e não só nesta Tipologia), a opção pela flexibilidade

conduz a que os Formulários tenham limitações que reflectem algum “afunilamento”

quanto à profundidade da informação essencial que contêm. No entanto, é

proporcionada às Entidades candidatas a possibilidade de anexarem um ficheiro com os

elementos de informação que considerem relevantes; com base nesses Anexos, os

técnicos dispõem de informação adicional para preencherem as grelhas de selecção,

ainda que a mesma se revele bastante heterogénea.

Nas análises efectuadas constatou-se um acentuado investimento das Entidades

beneficiárias na fase de candidatura na elaboração de Documentos Técnicos

submetidos nos Anexos ao Formulário que constituem elementos, naturalmente

indicativos, de aferição da qualidade das Entidades que se candidatam, do respectivo

investimento na formação de adultos e na relevância que atribuem às propostas de

desenvolvimento de operações FMC (cf. Anexo 5A).

A análise dos dados recolhidos pela aplicação da Grelha analítica a uma amostra de

Dossiers de Candidatura permitiu constatar que, em mais de metade das candidaturas

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Relatório Final

50

IV. Resultados da Avaliação

analisadas são elevadas, a pertinência da informação enviada e a qualidade da

fundamentação técnica da candidatura (Cf. Anexo 5A, Tabelas, 5.5. e 5.6).

Todavia, o facto de estes Anexos não serem normalizados faz com que as entidades

candidatas nem sempre tenham uma percepção da informação a colocar nos mesmos

e, por vezes, enviem documentos que não são relevantes implicando perda de tempo

para os técnicos com o processamento de elementos acessórios de menor utilidade. Pelo

conhecimento da estrutura do SIIFSE, a alteração do Formulário não constitui um

processo linear pelo que a normalização do Anexo a enviar pelas Entidades se afigura

mais simples e facilitadora do trabalho técnico de todos os intervenientes.

A análise das candidaturas é realizada na base do projecto, não existindo uma análise

de conjunto que poderia permitir construir, p.e., a nível das Regiões uma visão

compreensiva acerca das áreas de formação abrangidas pelos projectos aprovados.

Essa visão mais global permitiria à AG ter, em cada período de candidatura, uma noção

de quais as áreas de formação que as candidaturas aprovadas se propõem abranger,

antecipando eventuais desequilíbrios (excessos em algumas áreas e lacunas em outras).

A fundamentação da candidatura (e por extensão da oferta de FMC subjacente à

mesma) foi objecto de apreciação qualitativa no âmbito do Inquérito às Entidades

Beneficiárias com projectos aprovados, designadamente quanto aos mecanismos

utilizados para fundamentar a referida oferta.

Os dados do Quadro IV.13 evidenciam lógicas de fundamentação que se distinguem

consoante o tipo de Entidade (cf. Anexo 6B, Tabelas 6.18 e 6.39).

• As Entidades empregadoras recorrem, sobretudo, à satisfação de necessidades dos

próprios funcionários, ao diagnóstico de necessidades de formação do público-

-alvo/sector ou região sobre áreas/cursos de interesse e ao CNQ (45% dos casos).

• As Entidades formadoras recorrem, sobretudo, ao diagnóstico de necessidades de

formação do público-alvo/sector ou região sobre áreas e cursos de interesse, ao

contacto directo com o mercado de trabalho ou com outras empresas e entidades

e ao encaminhamento de formandos via processos de RVCC/CNO; apenas 17%

destas recorrem ao CNQ.

• Os Outros operadores recorrem, sobretudo, ao diagnóstico de necessidades de

formação ao público-alvo/sector ou região sobre áreas/cursos de interesse, ao

contacto directo da entidade com o mercado de trabalho ou com outras

empresas/ entidades e aos estudos de perfis profissionais e/ou de levantamento de

necessidades de formação regionais ou sectoriais; apenas 21% recorre ao CNQ.

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Relatório Final

51

IV. Resultados da Avaliação

Quadro IV. 13. Mecanismos utilizados pela entidade para fundamentar a oferta de FMC, em %

Empregadora Formadora Outro

Operador Orientações estratégicas dos organismos de tutela para a Tipologia (Estruturas do POPH, ANQ, …) 22,6 28,7 16,7 Estudos de Perfis Profissionais e/ou de levantamento de Necessidades de Formação Regionais ou Sectoriais 16,0 34,1 48,2 Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) 45,3 17,2 21,1 Contacto directo da entidade com o mercado de trabalho ou com outras empresas/entidades 17,9 55,6 62,3 Satisfação de necessidades dos próprios funcionários da entidade beneficiária 73,6 2,7 8,8 Perfil da oferta existente noutras entidades formadoras 1,9 3,6 3,5 Diagnóstico de necessidade de formação ao público-alvo/sector ou região sobre áreas/cursos de interesse 46,2 58,3 64,0 Adequação à estrutura de Recursos Humanos e Físicos existente na Entidade formadora 13,2 7,6 2,6 Encaminhamento de formandos por via de processos RVCC/CNO 6,6 53,8 22,8 Encaminhamento de formandos de Centros de Emprego 0,9 3,6 0,9 Solicitações de empresas/agentes da sociedade civil (IPSS, ADL)/outras entidades locais (autarquias, …) 3,8 22,4 21,1 Outras. 1,9 0,9 2,6

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

Estes resultados permitem constatar um peso importante dos instrumentos que relevam do

conhecimento/ ventilação de necessidades de formação dos destinatários-alvo, com

preocupações de natureza sectorial/ territorial e na relação com o mercado de trabalho,

a par de uma observância satisfatória do CNQ como mecanismo de referência para as

Entidades empregadoras. Este mecanismo regista valores pouco expressivos nas

Entidades formadoras e nos Outros operadores o que não significa necessariamente

menor observância do mesmo na fase de organização efectiva das acções. Na fase de

candidatura, a preocupação de atender ao encaminhamento de formandos por via de

processos RVCC/ CNO, é um mecanismo utilizado de forma muito residual por parte das

Entidades empregadoras (6,6%).

A Caixa seguinte, excerto extraído de um Estudo de caso, sistematiza procedimentos de

qualidade na concepção e organização de candidaturas por parte de uma Entidade

formadora (cf. Anexo 7B).

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Centro de Formação Profissional da Rede de Gestão Directa (IEFP) de Évora

Concepção e organização da candidatura A candidatura às FMC teve como ponto de partida o Plano Anual de Formação do Centro de Formação Profissional de Évora para o ano de 2008. A elaboração do Plano de Formação anual é realizada com base na recolha de informação através de várias fontes: • Centros de Emprego – sinalização das necessidades de formação dos desempregados

inscritos no Centro; • Conselho Consultivo (constituído por vários parceiros sociais: autarquias, associações

empresariais,…) – identificação de necessidades regionais de formação, dos sectores de actividade ou de entidades presentes na Região;

• CNO – identificação das necessidades dos formandos inscritos em processos de RVCC; • Inscrições no Centro de Formação Profissional – análise das fichas de inscrição que

contemplam as áreas de formação que os indivíduos pretendem frequentar; • Solicitações das empresas – análise dos pedidos de formação das empresas que, ao

longo do ano, contactam o Centro a solicitar formação para os seus colaboradores; • Histórico dos anos anteriores – identificação das áreas de formação mais procuradas

em anos anteriores. Com base na informação recolhida são identificadas as necessidades de formação e as áreas que deverão ser contempladas no Plano de Formação, bem como as modalidades em que a formação será ministrada. Nesta fase são, ainda, identificadas as fontes de financiamento disponíveis para implementar as acções contempladas no Plano de Formação que, depois de organizado e aprovado, dá lugar à elaboração das candidaturas a cada um dos instrumentos/tipologias de intervenção.

A análise da pontuação final atribuída às candidaturas aprovadas pelos técnicos do

POPH evidencia que cerca de metade das candidaturas regista uma pontuação média,

existindo apenas cerca de 13,5% de candidaturas consideradas Muito boas. Todavia, a

análise deste indicador da qualidade prevista, por perfil de entidade, revela algumas

diferenças significativas, i.e., mais de um terço das candidaturas apresentadas por

Entidades formadoras são consideradas Boas e uma em cada quatro Muito boas, ao

passo que a maioria das candidaturas aprovadas apresentadas pelas Entidades

empregadoras e pelos Outros operadores possuem qualidade média registando-se um

número residual de candidaturas com pontuação de Muito Bom.

Quadro IV. 14. Pontuação atribuída às candidaturas aprovadas, segundo o tipo de Entidade Pontuação

Empregadora Formadora Outro Operador Total

Nº % Média Nº % Média Nº % Média Nº % Média

Média (50-66) 175 58,3 64,6

405 44,2 70,8

210 65,4 65,6

790 51,4 68,5 Boa (67-83) 119 39,7 325 35,4 96 29,9 540 35,1

Muito Boa (84-100) 6 2,0 187 20,4 15 4,7 208 13,5 Total 300 100,0 - 917 100,0 - 321 100,0 - 1.538 100,0 -

Fonte: Mapa de Candidaturas POPH, 2010/02/01. Na óptica das Entidades beneficiárias, os instrumentos de apoio à elaboração das

candidaturas caracterizam-se pela clareza e pela adequabilidade (especialmente os

Avisos de abertura de candidaturas, os Formulários de candidatura online e o RE das

FMC) - cf. Quadro 16 (cf. Anexo 6B, Tabelas 6.13 e 6.15).

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Na análise pela natureza das entidades, as médias mais elevadas em matéria de clareza,

são as referentes aos Avisos de período de candidatura (para as Entidades formadoras e

os Outros operadores) e os Formulários online de candidatura (para as Entidades

empregadoras e os Outros operadores) -cf. Anexo 6B, Tabela 6.14.

Quadro IV. 15. Clareza e adequabilidade e dos instrumentos de apoio à elaboração das candidaturas

Instrumentos de apoio Clareza Adequabilidade

Aviso de período de candidatura 3,31 3,25 Formulários de candidatura on-line 3,23 3,18 Regulamento Específico 3,17 3,16 Legislação relevante para a Tipologia 3,05 3,10 Manuais e documentos de apoio técnico ao utilizador 2,98 3,00 Legenda: Média varia de 1 (Nada) a 4 (Muito). Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

A apreciação mais detalhada dos factores de natureza processual que enquadram o

desenvolvimento do ciclo de candidaturas das FMC de montante a jusante, ou seja,

desde o momento da concepção até aos mecanismos de encerramento (certificação e

validação de resultados, acompanhamento e avaliação), não permite identificar

factores especialmente críticos. O Quadro IV.16 retém médias de resposta que apenas

penalizam com alguma expressão os “prazos de análise e decisão sobre as

candidaturas” e o “processo financeiro/prazos de reembolso”.

Quadro IV. 16. Factores processuais vs. eventuais desvios face aos resultados esperados

Média Prazos de análise e decisão sobre as candidaturas 3,27 Processo financeiro e prazos dos reembolsos 3,00 Calendários de apresentação das candidaturas 2,86 Processo administrativo da candidatura e de execução das acções 2,78 Quadro normativo da tipologia (elegibilidade, critérios de selecção…) 2,69 Sistema de certificação e validação dos resultados 2,53 Instrumentos de apoio à concepção das candidaturas 2,51 Sistema de acompanhamento e controlo de execução 2,50 Exigência da metodologia de avaliação 2,37

Legenda: A média varia de 1 (Nada) a 4 (Muito). Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

A partir de uma apreciação de natureza qualitativa, bem como de referências presentes

nos Estudos de caso, é possível sistematizar um conjunto de elementos de carácter

processual, com incidência heterogénea sobre a efectivação de resultados das FMC

mas que se admite poderem justificar ajustamentos pontuais visando melhorar os índices

de eficácia e eficiência (cf. Anexo 6B, Tabela 6.22):

• Procedimentos administrativos – referências a excesso de zelo com os pedidos de

esclarecimento e de documentos que, em parte, explicaria o não cumprimento

da legislação, no que se refere, p.e., aos prazos de análise, à comunicação

atempada da decisão (com implicações no lançamento da execução), à

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Relatório Final

54

IV. Resultados da Avaliação

complexidade dos processos de alteração da Decisão3, aos atrasos no

pagamento do pedido de reembolso, aspectos que penalizam as Entidades.

• Entidade formadora (Escola pública) - desfasamento entre a apresentação de

candidatura e o correspondente período de execução face ao calendário

escolar, o qual provoca constrangimentos ao nível de afectação de recursos

humanos e na desistência de formandos.

Sugestão - Assegurar que a oferta de FMC por parte das escolas públicas seja

consentânea com o ano lectivo permitindo, deste modo, melhorar o

funcionamento e abranger um maior número de formandos, minorando os desvios

face aos resultados esperados.

• Necessidade de aprovação atempada das UFCD da componente formação de

base, por forma a colmatar as necessidades dos adultos que frequentam

processos RVCC em CNO, os quais procuram na Entidade formação

complementar via FMC.

3 As Entidades referem a necessidade de assegurar maior flexibilidade em relação ao nível de habilitações vs. níveis de formação e número de formandos, para que as empresas possam mais facilmente ajustar a previsão, em candidatura, dos seus Planos que pode não se verificar aquando da execução do projecto aprovado. A aplicação da Grelha analítica a uma amostra de projectos concluídos constatou a existência de Pedidos de Alteração (PA) em cerca de 80% dos casos, sendo a alteração de datas de realização e o volume de formação por área de formação as principais alterações registadas (cf. Anexo 5A, Tabela 5.13).

Componente de Análise

•Qual a componente de formação mais procurada nos projectos aprovados?

Resposta

•Formação essencialmente tecnológica, com uma expressão mais significativa daInformática e do Comércio, embora com uma diversidade muito significativa deoutras áreas de formação.

•A formação de base corresponde a cerca de um décimo do total de formandosabrangidos.

Elementos-síntese de

fundamentação

•Os dados de candidatura apontam para a realização de UFCD pertencentes a 44áreas de formação tecnológica.

•As áreas de formação frequentadas pelos formandos das FMC, percorre ageneralidade das áreas de formação tecnológica ainda que em algumas delas ovolume de formandos abrangido seja muito reduzido (nas 36 áreas tecnológicasidentificadas, o número de formandos abrangido não ultrapassou a centena, em 4áreas).

• Foram desenvolvidas acções de formação correspondentes a 1.662 UFCD das quais67 correspondem a UFCD de Formação de Base.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Que tipo de FMC está a ser proporcionada aos destinatários? Os dados do SIIFSE

relativamente aos projectos em candidatura apontam para: uma formação

essencialmente tecnológica (94,9 % do número de projectos aprovados), da qual se

destaca as Ciências informáticas (10,8%), seguida do Comércio (8,7%,), embora com

uma diversidade muito significativa de outras áreas de formação, que revela alguma

capacidade de resposta a necessidades específicas dos sectores das Regiões e com um

significativo potencial de mobilidade. A formação de base corresponde a 5,1% do total

de projectos aprovados (cf. Anexo 5B, Tabela 5.29).

Do ponto de vista da oferta de formação, esta abrange uma elevada diversidade de

áreas de formação tecnológica (44 áreas4), ainda que em algumas delas (Línguas e

Literaturas estrangeiras, Serviços domésticos, Desenvolvimento pessoal, Design, Direito,

Língua e Literatura materna e Serviços de transporte) o número de projectos aprovados e

de formandos a abranger seja pouco relevante (não perfaz 0,1% do total de projectos

aprovados e de formandos a abranger).

A análise por volume de formandos a abranger nos projectos aprovados apresenta

algumas diferenças, revelando o forte predomínio da área das Ciências informáticas

(17,5%), seguida da Formação de base (9,7%), Comércio (8,7%), Hotelaria e restauração

(6,4%), Secretariado e trabalho administrativo (6,3%), Trabalho social e orientação (5,2%),

Produção agrícola e animal (5,1%), Serviços de apoio a crianças e jovens (3,9%),

Segurança e higiene do trabalho (3,8%) e Enquadramento na organização/empresa

(3,1%) - cf. Anexo 5B, Tabela 5.30.

O facto de existir um critério de selecção (Critério nº10 – Contributo para o

desenvolvimento das competências profissionais nos domínios da inovação e da

sociedade de informação) que valoriza os projectos na área das Ciências Informáticas

pode, de alguma forma, estar a contribuir para a expressão desta área reflectindo

também a representatividade da mesma no conjunto da oferta formativa, em geral.

A ventilação das áreas de formação frequentadas pelos formandos das FMC até ao final

de 2008, percorre a maioria das áreas de formação tecnológica contempladas nos

projectos aprovadas (36 áreas de formação tecnológica). A área das Ciências

Informáticas abrangeu cerca de um quinto do total dos formandos, seguida a uma

distância significativa, das áreas de Hotelaria e Restauração (8,5%), Comércio (7,1%),

4 No Catálogo Nacional de Qualificação existem apenas 39 áreas, a base do POPH identificada 44 áreas de formação tecnológica. A nota técnica nº 9 da ANQ (2008) refere que as entidades formadoras que tenham merecido decisão favorável na candidatura de acreditação para no conjunto das áreas de educação e formação (não contempladas no CNQ)poderão desenvolver formação modular a partir dos referenciais de formação do CNQ integrados noutras áreas de educação e formação. Essas áreas são as seguintes: 340 – Ciências empresariais; 480 – Informática; 520 – Engenharia e técnicas afins ; 540 – Indústrias transformadoras; 620 – Agricultura, silvicultura e pescas; 760 – Serviços Sociais; 810 – Serviços Pessoais; 860 – Serviços de Segurança.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Trabalho Social e Orientação (6,0%), Secretariado e Trabalho administrativo (5,6%)

Produção Agrícola e Animal (4,8%), e Electricidade e Energia (4,0%).

Quadro IV. 17. Principais áreas de formação das FMC (em % do volume de formandos)

Candidatura Executadas Ciências informáticas 17,5 Ciências informáticas 19,6 Comércio 8,7 Hotelaria e restauração 8,5 Hotelaria e restauração 6,4 Comércio 7,1 Secretariado e trabalho administrativo 6,3 Trabalho social e orientação 6,0 Trabalho social e orientação 5,2 Secretariado e trabalho administrativo 5,6 Produção agrícola e animal 5,1 Produção agrícola e animal 4,8 Serviços de apoio a crianças e jovens 3,9 Electricidade e energia 4,0 Segurança e higiene do trabalho 3,8 Serviços de apoio a crianças e jovens 3,7 Enquadramento na organização/empresa 3,1 Enquadramento na organização/empresa 3,4 Gestão e administração 2,6 Metalurgia e metalomecânica 3,0

Fonte: Dados de candidatura e Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

Em contraponto, não se regista qualquer execução nas áreas de Desenvolvimento

pessoal, Design, Direito, História e arqueologia, Língua e Literatura materna, Línguas e

Literaturas estrangeiras, Serviços de transporte e Serviços domésticos; noutras áreas, o

número de formandos abrangido foi bastante reduzido (o número de formandos

abrangido não ultrapassou a centena, em 4 áreas). As áreas sem execução ou com uma

execução muito diminuta, correspondem às áreas que em candidatura abrangiam um

menor número de projectos e um menor número de formandos e nalguns casos (Design,

Direito, Língua e Literatura materna e Línguas e Literaturas estrangeiras) correspondem a

áreas que actualmente já não constam do CNQ.

Os dados relativos à execução por área de formação, nem sempre são coincidentes

com os dados das candidaturas, verificando-se a sobrevalorização de algumas áreas em

detrimento de outras, como é o caso das Ciências informáticas que apresentam um

volume de formandos abrangidos (19,6%) superior à percentagem de formandos a

abranger em candidatura (17,5%). Esta constatação pode ser explicada pelo facto de os

projectos corresponderem a um período de execução de dois anos (2008 e 2009) e os

dados em análise se referirem apenas ao ano de 2008. Por se tratar da fase de arranque,

as Entidades beneficiárias poderão ter decidido apostar na realização de acções de

formação em áreas em que possuíam experiência acumulada e capacidade instalada;

a estratégia de alastramento da presença de Entidades sedeadas em Lisboa nas Regiões

de Convergência aponta, igualmente, neste sentido.

As Ciências informáticas como primeira escolha nas áreas de formação desenvolvidas

deverá ser alvo de uma avaliação mais detalhada. Contudo, os elementos disponíveis

apontam para que possa estar associada aos seguintes motivos: por um lado, muitos

indivíduos frequentam as UFCD que lhes permitem completar o ensino secundário, sendo

as de informática as mais acessíveis, após os encaminhamentos dos RVCC; e, por outro

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

57

IV. Resultados da Avaliação

lado, a literacia tecnológica, nomeadamente o uso das tecnologias de informação e

comunicação, tem hoje importância relevante quer nos níveis de eficiência e

produtividade do trabalho (no contexto das organizações), quer na participação cívica

dos adultos, nos mais variados contextos de vida.

Em termos de mobilidade, cerca de 43% dos 187 mil formandos abrangidos, ou seja,

80.198 formandos frequentaram mais do que uma UFCD num determinado percurso

formativo. Globalmente aqueles 187 mil formandos frequentaram, em 2008 mais de seis

milhões de horas de formação correspondendo a 14,3% do total do volume de formação

aprovado (cf. Anexo 5B, Tabela 5.31).

Relativamente à formação de base, os dados de execução permitem verificar que foram

desenvolvidas FMC correspondentes às 67 UFCD de base previstas em candidatura que

envolveram 10,7% do total de formandos, correspondendo a uma taxa de execução da

formação aprovada de cerca de 23%. A análise da Tabela seguinte permite verificar a

existência de algumas diferenças a nível regional.

Na Região Norte, destacam-se as Ciências Informáticas com 23,8% dos formandos,

seguidas da formação de base que concentra 9,6% dos formandos, de acordo com o

previsto em candidatura, ainda que, e tal como referido anteriormente, a percentagem

de formandos das Ciências Informáticas esteja sobrevalorizada.

A Região Centro apresenta igualmente uma elevada diversidade de áreas de formação,

apenas não existindo execução da formação na área das Indústrias Extractivas, embora

a mesma seja contemplada nas candidaturas aprovadas. As Ciências Informáticas são a

área de formação que concentra um maior número de formandos embora com uma

diferença menos acentuada para as UFCD pertencentes a formação de base

(respectivamente, com 16,7% e 12,1% dos formandos); nesta Região, é a formação de

base que apresenta, em termos de número de formandos, um peso superior ao da

candidatura (8,7%).

Na Região Alentejo, as Ciências Informáticas representam um quinto dos formandos

abrangidos (em candidatura, 17,9%), seguidas da formação de base com 10,9% (em

candidatura, 9,7%), e da Hotelaria e Restauração 10,0% (9,4% em candidatura). Nas

áreas de Tecnologias de Diagnóstico e Terapêutica ainda não foi desenvolvida qualquer

UFCD.

Na Região de Lisboa foram desenvolvidas acções que cobriram 27 das 35 áreas de

formação tecnológica presentes em candidatura, não se registando qualquer tipo de

formação nas seguintes áreas: Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro, Cuidados

de beleza, Materiais, Tecnologia dos processos químicos, Saúde, Floricultura e

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

58

IV. Resultados da Avaliação

jardinagem, Protecção do ambiente, Tecnologias de diagnóstico e terapêutica e

Indústrias extractivas.

Quadro IV. 18. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por Tipologia e Região

Área de formação 2.3 8.2.3 9.2.3 Total Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa Nº %

Ciências informáticas 23,8 16,7 20,2 11,2 5,0 36.630 19,6 Formação base 9,6 12,1 10,9 13,7 10,0 20.096 10,7 Hotelaria e restauração 5,5 6,3 10,0 20,8 38,2 15.919 8,5 Comércio 7,1 6,9 7,3 7,4 7,3 13.258 7,1 Trabalho social e orientação 5,0 7,5 6,9 1,2 7,3 11.176 6,0 Secretariado e trabalho administrativo 6,0 5,9 4,8 3,3 4,9 10.540 5,6 Produção agrícola e animal 7,2 3,5 2,2 - 1,9 9.009 4,8 Electricidade e energia 2,8 6,2 4,6 2,6 1,1 7.543 4,0 Serviços de apoio a crianças e jovens 3,7 4,1 3,8 0,8 2,9 6.896 3,7 Enquadramento na organização/empresa 3,9 3,7 2,1 0,8 1,6 6.270 3,4 Metalurgia e metalomecânica 3,0 4,1 2,2 0,1 0,4 5.618 3,0 Segurança e higiene do trabalho 2,4 2,8 3,5 4,8 2,2 5.169 2,8 Construção civil e engenharia civil 3,0 2,1 2,1 2,0 1,2 4.620 2,5 Indústrias alimentares 1,7 2,4 1,8 3,4 5,3 4.096 2,2 Gestão e administração 2,1 2,0 0,9 0,7 0,8 3.396 1,8 Protecção de pessoas e bens 1,0 1,3 3,6 3,4 0,9 2.839 1,5 Contabilidade e fiscalidade 1,4 1,2 2,2 1,8 0,4 2.585 1,4 Pescas 0,7 1,6 0,0 9,7 - 2.435 1,3 Turismo e lazer 0,9 1,0 1,9 2,7 3,3 2.328 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 1,5 1,2 0,3 0,2 - 2.101 1,1

Cuidados de beleza 1,0 1,5 0,2 0,0 - 1.814 1,0 Marketing e publicidade 0,7 1,1 1,4 0,8 1,9 1.798 1,0 Audio-visuais e produção dos media 0,9 1,3 0,1 1,8 0,5 1.741 0,9 Construção e reparação de veículos a motor 0,9 1,0 0,5 0,9 1,0 1.687 0,9

Silvicultura e caça 1,4 0,3 0,0 - - 1.416 0,8 Artesanato 0,8 0,6 1,4 - 0,1 1.341 0,7 Materiais 0,8 0,5 0,6 2,9 - 1.322 0,7 Electrónica e automação 0,7 0,4 0,7 0,2 1,2 1.073 0,6 Tecnologia dos processos químicos 0,0 0,2 2,4 - - 650 0,3 Saúde 0,0 0,6 0,1 1,3 - 524 0,3 Floricultura e jardinagem 0,3 0,0 0,4 1,4 - 485 0,3 Protecção do ambiente 0,1 0,1 0,8 0,1 - 309 0,2 Finanças, banca e seguros 0,1 0,0 0,1 - 0,3 128 0,1 Desporto 0,1 0,0 0,0 - 0,0 94 0,1 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) 0,0 0,0 0,0 0,1 0,2 92 0,0

Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 0,0 - - - - 32 0,0 Indústrias extractivas 0,0 - - - - 10 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 187.040 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro, 2010).

Em Lisboa, as Ciências Informáticas representam apenas 5% dos formandos abrangidos,

embora em candidatura esta área de formação constitua efectivamente a área

principal; a área da Hotelaria e restauração absorve um maior volume de formandos

efectivos (cerca de dois quintos do total), ainda que tenham sido aprovados apenas

11,7% do total de formandos a abranger.

Na Região do Algarve está coberto um menor número de áreas formativas não se tendo

realizado acções nas seguintes áreas: Tecnologia dos Processos Químicos; Finanças,

Banca e Seguros; Desporto; Tecnologias de diagnóstico e terapêutica; Indústrias

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Relatório Final

59

IV. Resultados da Avaliação

Extractivas. Do mesmo modo, também nesta Região as Ciências Informáticas não surgem

em primeiro lugar, nem nos dados de candidatura (14,9%, cf. Anexo 5B, Quadro 5.33),

nem nos de execução (11,2%), sendo esse lugar ocupado pela área de Hotelaria e

restauração em ambos os casos (21,2% e 20,8% respectivamente).

Este facto pode demonstrar a existência de uma maior articulação entre a procura e a

oferta de formação, na medida em que os projectos aprovados procuram de alguma

forma dar resposta a necessidades sentidas na Região do Algarve em que o Turismo

representa uma das principais actividades.

A análise da distribuição das áreas de formação por perfil de entidade apresenta

diferenças significativas, como ilustra a tabela seguinte.

A área das Ciências Informáticas assume um papel de destaque apenas nas Entidades

formadoras (21,1%), não representando mais de 5,7% dos formandos das Entidades

empregadoras. No caso dos Outros operadores, embora o número de formandos

aprovados em candidatura revele que as Ciências informáticas são a área que

abrangerá um maior número de formandos, os dados de execução demonstram que a

Produção agrícola e animal foi a área mais frequentada (19,5%).

Os dados relativos à formação de base são bastante semelhantes verificando-se que a

mesma é disponibilizada essencialmente pelas Entidades formadoras, evidenciando a

fraca aposta nesta componente por parte das Entidades empregadoras e dos Outros

operadores, tanto em termos de oferta como de procura, uma vez que os objectivos

destas Entidades foram pela realização de acções de formação de carácter tecnológico

que permitam colmatar as necessidades de actualização, especialização e

aperfeiçoamento dos seus colaboradores.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

60

IV. Resultados da Avaliação

Quadro IV. 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade

Área de Formação Empregadora Formadora Outros operadores Total

% % % N % Ciências informáticas 5,7 21,1 16,2 36.630 19,6 Formação base 1,7 12,6 4,0 20.096 10,7 Hotelaria e restauração 9,2 9,0 6,0 15.919 8,5 Comércio 11,2 6,3 9,8 13.258 7,1 Trabalho social e orientação 21,9 4,5 9,0 11.176 6,0 Secretariado e trabalho administrativo 6,3 5,5 5,9 10.540 5,6 Produção agrícola e animal 0,3 2,0 19,5 9.009 4,8 Electricidade e energia 0,6 4,7 1,6 7.543 4,0 Serviços de apoio a crianças e jovens 8,2 3,3 4,4 6.896 3,7 Enquadramento na organização/empresa 8,3 3,5 1,4 6.270 3,4 Metalurgia e metalomecânica 6,0 3,4 0,4 5.618 3,0 Segurança e higiene do trabalho 1,8 2,9 2,5 5.169 2,8 Construção civil e engenharia civil 4,6 2,2 3,4 4.620 2,5 Indústrias alimentares 2,4 2,2 1,9 4.096 2,2 Gestão e administração 2,2 2,0 1,1 3.396 1,8 Protecção de pessoas e bens 1,2 1,6 1,0 2.839 1,5 Contabilidade e fiscalidade 0,1 1,6 0,9 2.585 1,4 Pescas - 1,6 - 2.435 1,3 Turismo e lazer 0,1 1,5 0,5 2.328 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 1,4 1,3 0,3 2.101 1,1 Cuidados de beleza - 1,1 0,8 1.814 1,0 Marketing e publicidade 1,1 1,0 0,7 1.798 1,0 Audio-visuais e produção dos media - 1,1 0,4 1.741 0,9 Construção e reparação de veículos a motor 2,5 0,8 0,9 1.687 0,9 Silvicultura e caça - 0,2 3,7 1.416 0,8 Artesanato 0,2 0,8 0,5 1.341 0,7 Materiais 2,3 0,7 0,2 1.322 0,7 Electrónica e automação - 0,5 1,3 1.073 0,6 Tecnologia dos processos químicos - 0,4 0,4 650 0,3 Saúde 0,4 0,3 0,3 524 0,3 Floricultura e jardinagem 0,2 0,2 0,4 485 0,3 Protecção do ambiente - 0,2 0,1 309 0,2 Finanças, banca e seguros - 0,1 0,2 128 0,1 Desporto - 0,1 0,1 94 0,1 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) - 0,1 0,0 92 0,0 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - 0,0 0,1 32 0,0 Indústrias extractivas - 0,0 - 10 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 187.040 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro, 2010).

No caso das Entidades empregadoras destacam-se as áreas do Trabalho social e

orientação, Comércio e de Hotelaria e Restauração. Nos Outros operadores a Produção

agrícola e animal, as Ciências informáticas e o Comercio são as três áreas que

abrangeram um maior número de formandos até ao final de 2008.

No âmbito do Inquérito às Entidades beneficiárias procurou-se identificar factores

associados, directa ou indirectamente, à implementação dos projectos que tenham

contribuído para eventuais desvios face aos resultados esperados das FMC (cf. Anexo 6B,

Tabela 6.23).

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Relatório Final

61

IV. Resultados da Avaliação

As médias registadas no Quadro IV.20 sugerem a inexistência de problemas relevantes de

implementação e têm apenas alguma expressão no tocante aos seguintes factores:

• mobilização de formandos (“disponibilidade de trabalhadores para a formação”)

correspondendo a problemas de harmonização de horários e de organização de

grupos também sinalizados em Estudos de Caso e, pontualmente, a questões de

divulgação/sensibilização dos públicos-alvo; e

• articulação entre UFCD e necessidades dos públicos-alvo que abordam as FMC,

sobretudo no que remete para os níveis de habilitação e conteúdos de UFCD que

são consideradas como correspondendo a um referencial específico mas que na

verdade correspondem a UFCD transversais.

Quadro IV. 20. Factores relacionados com a implementação do Projecto vs desvios face aos resultados esperados

Factores presentes na realização Média

Disponibilidade dos trabalhadores à formação profissional contínua 3,18 Articulação entre as UFCD (níveis de qualificação, conteúdos de formação, …) e as necessidades do público-alvo 3,01

Divulgação e sensibilização dos públicos-alvo 2,91 Articulação entre as necessidades e o funcionamento do Mercado de Trabalho e os objectivos da tipologia 2,90

Crise económica e aumento do desemprego 2,89 Oferta formativa disponível no CNQ (Catálogo Nacional de Qualificações) 2,76 Articulação do perfil dos beneficiários face aos objectivos iniciais 2,75 Articulação com as estruturas dos CNO 2,64 Imagem da Tipologia no mercado de trabalho 2,59 Concretização e mobilização das parcerias com outras entidades 2,56 Imagem da Tipologia junto dos beneficiários 2,55 Concorrência de outras tipologias semelhantes (Cursos EFA, …) 2,47 Condições de recrutamento de formadores/consultores/técnicos 2,43

Legenda: Média varia de 1 (Nada) a 4 (Muito) Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Relatório Final

62

IV. Resultados da Avaliação

A promoção de uma oferta formativa de maior qualidade e proximidade que permita

responder às necessidades e novas dinâmicas da procura exige: (i) na óptica da gestão

da Tipologia, consolidar e melhorar os instrumentos de análise e selecção das

candidaturas, bem como os dispositivos de acompanhamento dos projectos, de forma a

garantir que os projectos formativos aprovados estão de acordo com as necessidades de

formação sectoriais, regionais ou individuais; e (ii) na óptica da regulação da

modalidade de formação, estabelecer mecanismos de articulação institucional e

apostar na qualidade do sistema de formação profissional (o interface com os

CNO/Centros de Emprego e a ANQ e instrumentos que coordena/supervisiona, é

determinante).

Na primeira vertente, é necessário que, para além da análise e selecção individual das

candidaturas, seja realizada uma análise global por região ou sector de actividade que

permita ponderar com eficácia as áreas de formação que estão a ser aprovadas por

região ou sector e desta forma identificar eventuais sobreposições ou lacunas tendo em

conta as respectivas necessidades.

Componente de Análise

•Que novos dispositivos podem ser criados no sentido de promover uma ofertaformativa de maior qualidade e proximidade, que possa dar resposta às novasdinâmicas da procura? E que mecanismos podem ser criados para orientar essaprocura?

Resposta

•Consolidação e melhoria dos instrumentos de análise e selecção dascandidaturas, bem como dos dispositivos de acompanhamento dos projectosaprovados.

•Desenvolvimento de mecanismos de articulação institucional (p.e., articulaçãocom os CNO, Centros de Emprego, Associações empresariais, Sindicatos,Entidades formadoras do 3º sector,...).

• Aposta na qualidade do sistema de formação profissional .

Elementos-síntese de

fundamentação

•A articulação institucional orientada para o "matching" das qualificaçõespermitirá dispor de respostas mais adequadas às necessidades dos activosempregados e desempregados, porque partem de diagnósticos denecessidades de formação e qualificação.

•A aposta na qualidade do sistema de formação profissional deve passar pelasseguintes actuações:

•desenvolvimento de mecanismos de antecipação de necessidades dequalificações;

•intervenção estratégica e prospectiva das entidades reguladora efinanciadora;

•avaliação periódica da qualidade dos referenciais do CNQ;•articulação com o sistema de regulamentação das profissões;•exploração do novo regime de certificação de entidades formadoras; pelaintervenção da entidade reguladora do CNQ (ANQ);

•utilização do SIGO e da Caderneta Individual de Competências; e•realização de avalições externas periódicas da execução física e financeiradas FMC, previstas no POPH.

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Relatório Final

63

IV. Resultados da Avaliação

A realização deste trabalho exige o conhecimento prévio das necessidades de formação

regionais, sectoriais e de suporte à empregabilidade que deve beneficiar do referido

estabelecimento de mecanismos de articulação institucional e aposte na qualidade das

diversas expressões do ciclo formativo e do sistema como um todo.

O estabelecimento de mecanismos de articulação institucional, nomeadamente com os

CNO, Centros de Emprego e com o tecido empresarial (p.e., Associações empresariais e

profissionais, Sindicatos ou Entidades formadoras do 3º sector) permitirá um ajustamento

mais dinâmico da oferta em função da procura, na medida em que:

• fornece elementos relativos às necessidades de formação individuais originadas

pelos processos de RVCC com forte vocação para a qualificação mais completa

dos beneficiários das FMC;

• proporciona soluções formativas aos activos empregados com carências de

formação profissional; e

• permite adequar as propostas formativas às necessidade identificadas pelo

tecido sócio-empresarial.

O Modelo de divulgação e lançamento da Tipologia de intervenção consistiu, no início

do PO, na realização de sessões de esclarecimento organizadas a nível regional pela AG

Componente de Análise

•O modelo de divulgação e lançamento da Tipologia e respectiva aberturade candidatura revelou-se adequado para suscitar a apresentação decandidaturas por parte de entidades beneficiárias?

Resposta

•Os resultados dos períodos de abertura de candidaturas espelham o nível deeficácia do modelo de lançamento de divulgação: entre o 1º Período decandidatura, lançado em 2008 e o 3º lançado, no final de 2009, foramcandidatados mais de 3.500 projectos e o volume de formandos previstos nessascandidaturas ultrapassou os 3 milhões de activos adultos.

Elementos-síntese de

fundamentação

•O modelo de divulgação e lançamento da Tipologia e respectiva abertura decandidatura revelou-se adequado à suscitação da procura, sendo de salientar:

•as expectativas geradas à volta desta nova modalidade de formação, assessões organizadas a nível regional pela AG do POPH e astransformações que marcaram a reestruturação do mercado deformação, sobretudo, a nível regional, enquanto facilitadores dadivulgação da oferta e de suscitação de interesse efectivo da procura;

•o trabalho dos CNO e dos seus técnicos que desempenham um papel-chave no encaminhamento potencial (e qualificado) de destinatários-alvo enquadráveis com vantagem nas FMC.

•O trabalho desenvolvido pelas Associações Empresariais (frequentemente noduplo papel de Entidades formadoras e de instrumentos de dinamizaçãoempresarial), funcionou também como um excelente motor de divulgação dasFMC junto dos seus associados.

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Relatório Final

64

IV. Resultados da Avaliação

do POPH com o objectivo de divulgar as regras do Programa Operacional Potencial

Humano (POPH) e as novas normas de acesso ao Fundo Social Europeu.

Neste âmbito, foram realizadas sete sessões de esclarecimento: três na Região Norte

(Porto, Guimarães e Vila Real), duas na Região Centro (Coimbra e Castelo Branco) e em

Lisboa (Lisboa), no Alentejo (Évora) e no Algarve (Faro).

Estas sessões consistiram na apresentação do POPH e de cada Tipologia e Eixo de

Intervenção, seguida da apresentação das novas regras de acesso ao FSE. Para além

disso foi apresentado o Sistema de Informação (SIIFSE) e a referida forma como as

candidaturas deveriam ser registadas no mesmo.

A elevada procura registada no 1º período de abertura de candidaturas (foram

aprovados projectos correspondentes apenas a 10% do volume do financiamento

solicitado) foi interpretada pela AG do POPH como um sinal de que esta Tipologia não

necessitava de outras acções de divulgação, em parte devido à elevada expectativa à

volta desta nova modalidade de formação, acentuada pelas transformações que

marcaram a reestruturação do mercado de formação, sobretudo, a nível regional.

Paralelamente, as Associações Empresariais funcionaram como um excelente veículo na

divulgação das FMC junto das empresas suas associadas, destacando as vantagens da

realização da formação através das FMC, não só para a empresa, porque permite

realizar pequenas acções de formação não exigindo o afastamento dos seus

colaboradores do posto de trabalho por longos períodos de tempo, mas também para os

seus colaboradores que, através da frequência de UFCD, adquirem certificações parciais

(escolares e/ou profissionais) que podem acumular de forma a adquirir uma certificação

total.

Embora o modelo de divulgação e apresentação das candidaturas tenha sido avaliado

de forma positiva quer em termos de transparência, quer em termos de clareza, por parte

das Entidades beneficiárias, durante o 1º período de abertura de candidaturas foram

muitas as dúvidas que surgiram junto do ST da AG/POPH, porque as FMC eram, não

apenas uma nova modalidade de formação, como também estavam associadas a um

novo modelo de financiamento e a um novo Sistema de Informação.

As principais dúvidas colocadas estavam relacionadas com o CNQ e a ausência de

algumas áreas de formação (nesta fase, o CNQ ainda não estava completo), com

problemas de carácter informático relacionados com o desconhecimento do SIIFSE e a

forma como as candidaturas deveriam ser submetidas, mas também surgiram dúvidas

motivadas pelo desconhecimento do Regulamento das FMC (p.e., requisitos de

elegibilidade das entidades).

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Relatório Final

65

IV. Resultados da Avaliação

Quadro IV. 21. Apreciação da transparência e adequabilidade dos instrumentos e procedimentos associados à divulgação e lançamento da Tipologia

Instrumentos/Procedimentos Transparência Adequabilidade

Modelo de divulgação da apresentação de candidaturas 3,17 3,13 Procedimentos e prazos para apresentação de candidaturas 3,14 3,05 Meios e suportes de divulgação, informação e publicidade da tipologia junto dos públicos-alvo 3,07 3,01

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

Relativamente à adequação do Regulamento Específico da Tipologia FMC, e sendo a

mesma reconhecida pela generalidade dos interlocutores, o grupo das entidades que

foram objecto de caso de estudo e as que participaram na Sessão de Focus-group (as

quais possuem uma forte experiência de promoção de projectos de formação co-

financiados), apontam algumas limitações e/ou condicionantes, sobretudo em matéria

de requisitos/ elegibilidades pontuais que davam por enquadráveis mas que os processos

de decisão de aprovação não viabilizaram. Os itens seguintes procuram sistematizar esses

elementos que se situam, sobretudo, no terreno das condições de operacionalização

(elegibilidades e execução dos projectos e da formação, …) e podem constituir matéria

de sugestões de ajustamento futuro.

Componente de Análise

•O Regulamento Específico corresponde às necessidades identificadas no Eixo 2 do POPH?

Resposta

•O RE encontra-se globalmente adequado face às necessidades identificadas noEixo 2 do POPH, referenciando explicitamente no articulado elementos-chaveda concretização dos objectivos finais da elevação dos níveis de qualificaçãodos activos (p.e., atributos dos detinatários, orientação da formação,certificação, registo das competências na Caderneta Individual deQualificação,...).

• Foram identificados constrangimentos na fase de execução dos projectos queremetem para as especificidades dos RE e para a Portaria que regulamentaesta tipologia de intervenção.

Elementos-síntese de

fundamentação

•As dificuldades e disfunções mais sentidas pelas Entidades beneficiárias naaplicação do Regulamento Específico, referem-se: à dimensão nas turmas[número mínimo (20) e máximo (25) de participantes]; horário das acções(número máximo de horas, no horário laboral e pós-laboral, muito limitativo);obrigatoriedade de não interromper a formação por um período superior a 90dias (com implicações no recrutamento de formadores, p.e., no período doVerão).

•Outros constrangimentos foram evidenciados e advêm da Portaria queestabelece o Regime Jurídico das FMC (Portaria 230/2008, de 7 de Março)relativos ao perfil dos destinatários (desadequação do limite mínimo e máximode habilitações dos formandos) e á duração (nº de horas) da componente deformação de base.

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Relatório Final

66

IV. Resultados da Avaliação

Organização e apresentação de candidaturas

• Entidades organicamente articuladas que possuem lógicas de funcionamento

semelhantes (caso dos Centros de Formação Profissional do IEFP e de Escolas

Profissionais, com unidades formativas localizadas em várias regiões), deveriam

poder apresentar uma única candidatura às FMC, de âmbito nacional, com

identificação das especificidades inerentes a cada uma das regiões de influência

das diferentes unidades orgânicas.

• Diferenças de linguagem entre a ANQ, a AG do POPH e o IEFP/Departamento de

Formação têm acarretado alguns problemas de comunicação entre as várias

entidades, pelo que seria benéfico que todos utilizassem a mesma terminologia.

Perfil dos destinatários da formação

Nível mínimo de habilitação dos formandos para frequentar as FMC – não definido

de início. Após um período de indefinição, a Nota Informativa da Comissão

Directiva do POPH, já referida, viria a estabelecer que “Se o indivíduo em causa tem

capacidades que lhe permitam acompanhar e apreender conteúdos formativos de

percursos de nível superior às condições mínimas de acesso a que correspondem as suas

habilitações deve dirigir-se a um CNO para que, através de um processo de

reconhecimento, validação e certificação de competências, sejam reavaliadas as suas

qualificações e habilitações escolares. Só na sequência de um processo de RVCC, com a

identificação das suas necessidades formativas é que um indivíduo poderá frequentar

UFCD relativas a um percurso superior às suas habilitações.”

Embora as Entidades beneficiárias tenham entendido que esta Nota impedia que

os formandos com habilitações iguais ou inferiores à 4ª classe não poderiam

aceder às FMC, na realidade não se pretendia limitar o acesso aos indivíduos com

baixos níveis de qualificação.

Sugestão: Revisão da Nota Informativa clarificando que as habilitações escolares

não limitam o acesso dos formandos às FMC da componente tecnológica desde

que os mesmos demonstrem possuir habilitações e experiência profissional

relevante que lhes permita adquirir os conteúdos das respectivas UFCD de um

percurso formativo superior ao seu nível de escolaridade.

• Limite máximo de habilitação - não estipulado de início. A definição do perfil dos

destinatários sugeria a exclusão do público com habilitação superior, o que se

revelou desajustado em relação às características de segmentos da procura com

escolaridade acima do 12º ano. Esta lacuna veio a ser parcialmente colmatada

quando foi considerada a elegibilidade de indivíduos activos com habilitações

superiores ao 12º ano, ainda que limitando a presença destes destinatários a 10%

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Relatório Final

67

IV. Resultados da Avaliação

dos formandos. No entanto, este critério também se revelou desadequado, já que

existem indivíduos licenciados que possuem necessidades de formação em

algumas áreas tecnológicas (p.e., licenciado em gestão com necessidades de

competências técnicas na área de Higiene e Segurança no Trabalho, para o

desenvolvimento das suas funções na empresa)5, no que constitui um

constrangimento ao acesso à formação por parte dos quadros técnicos médios e

superiores das PME´s.

Acresce que, face ao aumento do número de licenciados desempregados em

Portugal, são cada vez mais os indivíduos que desempenham funções de nível

inferior e em áreas de formação diferentes da sua formação de base, revelando

desta forma, necessidades objectivas de formação.

• Elegibilidades dos reformados no âmbito desta Tipologia - face às dúvidas quanto

a determinadas situações específicas, foi contemplada a elegibilidade no

segmento dos reformados à procura de emprego (inscritos em Centros de

Emprego).

A procura por parte destes destinatários é cada vez maior, existindo um número

crescente de indivíduos que embora reformados pretendem desenvolver

actividades num outro sector de actividade para o qual não possuem

competências, pelo que necessitam de adquirir formação.

De acordo com a prática adoptada pela AG POPH, estes indivíduos são elegíveis

a partir do momento em que retomam uma actividade profissional e abandonam

a condição de inactivos.

O facto de no artigo 5º do RE se determinar que são os activos os destinatários das

FMC, impede que os reformados que se encontram envolvidos em processos de

RVCC e apenas obtêm certificação parcial em resultado de frequentarem as

UFCD identificadas no seu Projecto Pessoal de Qualificação (PPQ) e desta forma

obter a certificação total.

Sugestão: Revisão das condições de acesso (designadamente, habilitações

escolares, situação face ao emprego e categorias profissionais exercidas) para

que a formação possa ir mais ao encontro das necessidades reais e das

condições efectivas de realização.

5 Nas Observações de uma Entidade empregadora “os candidatos licenciados deveriam ter pelo menos parte da formação financiada na medida em que existe cada vez mais procura de formação por este público, nas especialidades o que por si só é mobilizador para aqueles que são menos qualificados”.

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Relatório Final

68

IV. Resultados da Avaliação

Organização das acções

• Horário das acções – sugere-se que em horário pós-laboral possam ser

ministradas 6 horas e não 4 horas como prevê o Regulamento, e no horário

laboral 8 horas diárias em vez de 6 horas, permitindo que as acções de

formação possam decorrer num período com duração temporal menor.

• Nº de formandos – O limite mínimo de formandos a envolver em cada acção de

formação é muito elevado (20) e tem condicionado a implementação de

projectos no âmbito desta Tipologia, na medida em que é muito difícil constituir

e manter um grupo de formandos com este número, tendo em conta a

necessidade de cumprir todos os critérios de elegibilidade.

Esta medida apresenta vantagens do ponto de vista da gestão mas não é

compatível com a Tipologia, não só para as Entidades empregadoras (que nem

sempre possuem um número tão elevado de trabalhadores e/ou não os podem

disponibilizar, em simultâneo, para a formação), como também para as

Entidades formadoras, porque se tiverem que reunir um grupo de 20 formandos

com as mesmas necessidades-tipo para iniciar a acção de formação correm o

risco de reter os primeiros inscritos à espera durante um longo período de tempo

(até completar aquela composição mínima de formandos).

Sugestão: Revisão das condições de frequência relativas ao número mínimo de

formandos por grupo.

• Constituição de grupos exclusivos de empregados ou de desempregados. Esta

situação que ocorreu até 2008 foi, entretanto, alterada e actualmente é possível

formar grupos mistos de desempregados e empregados.

• Obrigatoriedade de não interromper a formação por um período superior a 90

dias – difícil de conciliar com exigências de gestão do pessoal, p.e., nos períodos

de Verão, as quais dificultam a mobilização das pessoas para a formação

(sobretudo, os formadores).

Elegibilidades de custos e operações de encerramento

• A definição dos custos elegíveis com as FMC (Regulamento Específico, Artigo 13º)

remete para o Despacho Normativo n.º 4-A/2008, de 24 de Janeiro, que define os

custos elegíveis, no âmbito do co-financiamento pelo Fundo Social Europeu (FSE),

referindo ainda que no âmbito desta Tipologia não são apoiadas bolsas para

material de estudo e bolsas para profissionalização.

Nos termos genéricos daquele Despacho Normativo, os formandos das FMC não

têm direito a auferir uma bolsa de formação porque:

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Relatório Final

69

IV. Resultados da Avaliação

− A maioria (80%) são activos empregados e as bolsas apenas são atribuídas a

desempregados, pessoas em risco de exclusão social, pessoas em risco de

desemprego, pessoas em risco de inserção precoce no mercado de trabalho

ou pessoas com deficiências e incapacidades, não podendo o valor máximo

mensal elegível ultrapassar o valor do IAS (cf. nº1 do Artigo nº 9 do Despacho

Normativo n.º 4-A/2008).

− As bolsas são atribuídas quando as acções de formação têm uma duração

mínima total de duzentas horas e são realizadas a tempo completo,

entendendo-se como tal uma duração mínima de trinta horas semanais (cf.

nº2 do Artigo nº 9 do Despacho Normativo n.º 4-A/2008) o que não acontece

no caso das FMC cuja duração varia entre as 25 e as 50h de formação.

Desta forma, os formandos que frequentam formação no âmbito das FMC

recebem apenas o subsídio de refeição e/ou de transporte.

Esta situação não constitui um problema para as Entidades beneficiárias ou para

os formandos que frequentam esta modalidade formativa porque: como as FMC,

respondem a necessidades específicas de formação, são um tipo de formação

procurada, sobretudo, por activos empregados (cerca de 80% do indivíduos que

frequentaram formação); quanto aos desempregados, são em geral, indivíduos

que procuram activamente emprego e que encaram a aquisição de novas

competências como um recurso adicional para atingir esse objectivo, revelando

um perfil bastante diferente dos desempregados que procuram e frequentam os

Cursos EFA que procuram frequentar acções de formação de maior duração e

que garantem o pagamento de bolsa de formação (cf. Anexo 7B).

• Cálculo do financiamento – tem por base o volume de formação (nº de

formandos x nº de horas de formação) e não permite ter em conta o número de

faltas dos formandos ou o número de desistências, o que faz com que o volume

candidatado seja sempre superior ao que realmente será executado. Neste

sentido, seria importante que na fase de candidatura fosse possível inserir um

factor de correcção ao orçamento programado que pudesse contemplar as

perdas que vão ocorrendo ao longo do desenvolvimento do Projecto, permitindo

que as taxas de execução se aproximassem mais dos valores esperados.

• Procedimentos inerentes à análise das despesas elegíveis demasiado exaustivos e

morosos (“perde-se mais tempo a analisar a elegibilidade dos documentos de

despesa do que a verificar se estão reunidas as condições técnicas e

pedagógicas de realização das acções de formação”). Contudo, este é um

problema mais geral do FSE, não sendo exclusivo das FMC.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Sugestão – Estes procedimentos poderiam ser simplificados através do recurso a

pagamentos de montantes fixos ou taxas forfetárias, em vez de se proceder ao

reembolso das despesas efectivamente realizadas no âmbito do projecto de

formação.

• O facto de existirem dois sistemas de Informação6, designadamente o SIIFSE

(Sistema Integrado de Informação do Fundo Social Europeu) e o SIGO, é

considerado um aspecto burocratizante no carregamento da informação

associado ao Dossier de Saldo dos projectos, na medida em que a informação

não é transferível de um sistema para outro, o que exige um duplo carregamento.

No sentido de promover a comunicação entre os dois Sistemas, nomeadamente

em sede de candidatura, têm vindo a ser empreendidos esforços para encontrar

soluções que contribuam para atenuar o esforço associado às tarefas de

carregamento da informação.

• A falta de uma adequada articulação entre a ANQ (responsável pedagógico) e

a AG/POPH (responsável financeiro) não terá ajudado a uma rápida clarificação

das dúvidas referentes a matérias mais intrínsecas à natureza da mobilidade de

formação, o que atrasou a divulgação e o arranque de diversas acções de

formação. O envio de Orientações técnicas avulsas permitiu, entretanto, que

dúvidas/indefinições apontadas fossem gradualmente esclarecidas, mas a

existência de um documento único para todas as Entidades beneficiárias, com a

explicitação das novas regras que foram sendo definidas, ajudaria a clarificar as

dimensões caracteristicamente generalistas do Regulamento Específico.

6 Os Programas da Agenda do Potencial Humano, estão integrados no Sistema de Informação comum a toda a intervenção do FSE (SIIFSE). Este Sistema regista a informação a partir das entidades beneficiárias, aplicando critérios e procedimentos definidos de forma transversal, com os ajustamentos necessários ao nível de cada Programa. O SIGO, por sua vez, destina-se à gestão das medidas de política de emprego.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

O conjunto de dez critérios de selecção constantes do RE das Tipologias (Despacho n.º

18.223/2008, de 8 de Julho) encontra-se organizado em torno dos quatro grandes

vectores seguintes:

Relevância do projecto/propostas de formação à luz das necessidades de

intervenção contextuais (sectoriais, territoriais, empresariais e de qualificação e

empregabilidade de adultos).

Prioridade a dimensões-chave associadas à lógica da procura e estruturação de

respostas formativas da rede da oferta.

Qualidade/capacidade das Entidades beneficiárias (ligadas a variáveis de

qualidade da formação).

Contributo para a concretização de prioridades horizontais (sociedade da

informação e igualdade de oportunidades, sobretudo).

Componentes de Análise

•Os critérios de elegibilidade e os respectivos ponderadores são adequados à realidade apreciada e estão centrados nos objectivos definidos para a Tipologia?

•Qual a relação entre os critérios de selecção e a respectiva operacionalização na grelha de análise de candidaturas?

Resposta

•Os ponderadores da grelha de análise relativos à fundamentação contextual e técnica do projecto de formação adquirem um peso importante face à relação que estabelecem com os objectivos da Tipologia, expresso no respectivo peso da grelha. Contudo, atribuem uma elevada relevância a aspectos validados previamente por entidades externas ao POPH.

•Os Critérios de Selecção encontram-se organizados em torno dos seguintes vectores:•relevância do projecto/propostas de formação à luz das necessidades de intervenção

contextuais (sectoriais, territoriais, empresariais e de qualificação e empregabilidade de adultos);

•prioridade de dimensões-chave associadas à lógica da procura e estruturação de respostas formativas da rede da oferta;

•qualidade/capacidade das Entidades beneficiárias; e•contributo para a concretização de prioridades horizontais (sociedade da informação e

igualdade de oportunidades, sobretudo).

Elementos-síntese de

fundamentação

•O peso atribuído às vertentes associáveis à fundamentação contextual e técnica do projecto de formação têm lugar de destaque, nomeadamente pela relação que estabelece com as necessidades em matéria de:•qualificação e empregabilidade de adultos;•contributo potencial para actividades económicas e áreas de qualificação estratégicas;

e•ajustamento dinâmico, entre as acções de formação e as necessidades do tecido

empregador.•Os ponderadores da grelha de análise atribuem 40% da pontuação a critérios

relacionados com a capacidade das Entidades formadoras. Estes critérios remetem em grande parte para a dimensão formal dos domínios de acreditação das entidades formadoras validada previamente por instâncias externas ao POPH.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Quadro IV. 22. Critérios de Selecção das Candidaturas

Dimensões-chave dos Critérios Critérios de selecção

Relevância do projecto/propostas de formação à luz das necessidades de intervenção contextuais (sectoriais, territoriais, empresariais e de qualificação e empregabilidade de adultos)

Relevância do projecto proposto face às necessidades locais, regionais e nacionais, designadamente a curto e a médio prazo, em matéria de qualificação e empregabilidade de adultos; Contributo para o desenvolvimento de sectores de actividade ou áreas de qualificação considerados estratégicos no plano socioeconómico; Envolvimento institucional da entidade beneficiária no tecido económico, social e cultural, nomeadamente com as entidades empregadoras da região, de forma a melhor articular as acções de formação com as necessidades do tecido empresarial;

Prioridade a dimensões-chave associadas à lógica da procura e estruturação de respostas formativas da rede da oferta

Equilíbrio territorial da oferta de formação, visando a adequada resposta às necessidades de qualificação; Prioridade atribuída a públicos encaminhados por CNO;

Qualidade/capacidade das Entidades beneficiárias (ligadas a variáveis de qualidade da formação).

Grau de eficiência pedagógica e de gestão administrativo-financeira da entidade candidata, designadamente aferida pela relação entre recursos utilizados e o volume de formação; Qualificação dos recursos humanos que dirigem e ministram a formação; Capacidade, qualidade e adequação das infra- -estruturas educativas afectas à oferta formativa proposta/instalada; Desempenho demonstrado pela entidade em candidaturas anteriores, nomeadamente na qualidade da sua intervenção e nos níveis de execução realizados;

Contributo para a concretização de prioridades horizontais (sociedade da informação e igualdade de oportunidades, sobretudo).

Contributo para o desenvolvimento de competências profissionais no domínio da inovação e sociedade de informação; Garantia de instrumentos adequados a assegurar a igualdade de oportunidades de acesso, em particular de públicos mais desfavorecidos e ou com maiores dificuldades de inserção no mercado de trabalho; Explicitação de mecanismos que possibilitem a prossecução dos objectivos da política para a igualdade de oportunidades e igualdade de género.

Fonte: RE das Tipologias de Intervenção 2.3, 8.2.3 e 9.2.3.

Este elenco de critérios não ventila dimensões-chave associadas a vertentes específicas

da modalidade de formação, o que se compreende apenas pela natureza abrangente

dos projectos na fase de candidatura. No entanto, a aplicação de uma grelha de

análise no âmbito do Estudo a uma amostra de candidaturas aprovadas (5% do total)

evidenciou a existência de um peso assinalável da componente tecnológica (mais de

noventa por cento), “performance” que aponta no sentido de os projectos incorporarem

escolhas/prioridades afiliadas a uma perspectiva profissional (cf. Anexo 5ª – Grelha

Analítica dos Dossiers de Candidatura/Projecto).

As valorações constantes da grelha de análise atribuem 40% da pontuação a critérios

relacionados com a capacidade das entidades, designadamente experiência de

formação, recursos formativos físicos e humanos e qualidade de desempenho anterior,

ou seja, um conjunto de critérios concentrado em requisitos predominantemente

característicos de Entidades formadoras.

Este grupo de critérios reveste uma dimensão de grande relevância na medida em que:

(i) por um lado, permitem estabelecer uma aproximação, em sede de candidatura, aos

contributos-tipo da formação frequentada para a melhoria das qualificações dos activos

e para o reforço das competências profissionais, em áreas tendencialmente ajustadas às

necessidades sectoriais e empresariais; e (ii) por outro lado, têm efeito de discriminação

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

positiva na medida em que (de acordo com os resultados das Entrevistas na AG/ST POPH)

os critérios deste “grupo” Capacidade/Qualificação das Entidades remetem, em grande

parte, para a dimensão formal dos domínios de acreditação das Entidades formadoras

podendo significar isso uma facilitação dos procedimentos na sua aplicação (menor

exigência de verificação).

Os ponderadores da grelha de análise das candidaturas associados às vertentes da

fundamentação contextual e técnica do projecto de formação, adquirem um peso

importante face à relação que estabelecem com os objectivos da Tipologia, expresso no

respectivo peso da grelha: necessidades em matéria de qualificação e empregabilidade

de adultos (10%); contributo potencial para actividades económicas e áreas de

qualificação estratégicas (10%); e ajustamento dinâmico entre as acções de formação e

as necessidades do tecido empregador (10%).

Os critérios para a apreciação e selecção das candidaturas das FMC recuperam os

critérios estabelecidos para a Tipologia EFA (quadro de objectivos e destinatários-alvo

próximos), aos quais acrescem mais dois: “Contributo para o desenvolvimento de

sectores de actividade ou áreas de qualificação considerados estratégicos no plano

sócio-económico” e “Equilíbrio territorial da oferta de formação, visando adequada

resposta às necessidades de qualificação”, reflectindo uma preocupação de maior

ajustamento potencial das competências a formar via UFCD.

A perspectiva das Entidades beneficiárias na apreciação dos critérios de selecção

estabelecidos (e, sobretudo, das grelhas de análise), apresenta-se relativamente crítica

constituindo, no conjunto de instrumentos e procedimentos associados à decisão de

candidaturas, os parâmetros que registam médias inferiores (cf. Quadro IV.23) em matéria

de transparência e de adequabilidade, sobretudo quanto aos elementos de

fundamentação da candidatura valorizados e desvalorizados no processo de análise (cf.

Anexo 6B, Tabelas 6.16 e 6.17).

Quadro IV. 23. Apreciação da transparência e adequabilidade dos instrumentos e procedimentos associados à decisão sobre as candidaturas

Instrumentos/Procedimentos Transparência Adequabilidade

Processo de submissão da candidatura no SIIFSE 3,33 3,29 Objectivos definidos para a Tipologia 3,16 3,11 Regras de financiamento 3,12 3,04 Dispositivos de acompanhamento e controlo das acções 3,05 2,98 Critérios de elegibilidade 3,03 2,98 Critérios de selecção definidos 2,90 2,90 Grelhas de critérios de análise 2,87 2,85

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

Na óptica da Avaliação, aspectos como a fundamentação técnica de candidatura, a

respectiva articulação com componentes ou produtos/resultados da formação, a

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

articulação com as estruturas dos CNO, constituem matérias que poderiam contribuir

para robustecer a seriação de candidaturas, reequilibrando as ponderações atribuídas

pela grelha de análise.

A normalização dos Anexos quanto à informação a inserir na óptica de fundamentar

tecnicamente a relação necessidades/prioridades de intervenção nos campos de

aproximação aos critérios que ventilam mais explicitamente os objectivos da Tipologia (os

4 primeiros critérios), poderá contribuir para ultrapassar a limitação apontada.

Não obstante os critérios de selecção das candidaturas, constantes no RE das FMC,

terem sido considerados claros e coerentes com os objectivos da Tipologia de

Intervenção e a grelha de análise que ponderou esses critérios ter sido considerada

globalmente adequada, registam-se algumas observações críticas, reiteradas em alguns

Estudos de caso (cf. Anexo 7B) e na sessão de Focus-group, em matéria de aplicação e

fundamentação de decisões, adiante sistematizadas nos aspectos que recolheram mais

referências:

Componentes de Análise

•Que itens devem ser acrescentados à grelha de critérios de análise, a aprovarpela Comissão de Acompanhamento, de modo a permitir uma análise maispertinente e relevante face aos objectivos específicos das FMC?

Resposta

•Introdução de um critério que permita analisar o contributo esperado do projectopara a empregabilidade dos formandos.

•Reequilíbrio das ponderações atribuídas pela grelha de análise destacandoaspectos como a fundamentação técnica da candidatura, a articulação comcomponentes ou produtos/resultados da formação e a articulação com asestruturas dos CNO.

Elementos-síntese de fundamentação

•O perfil de critérios encontra-se muito centrado nas dimensões formativas nãoexistindo critérios que permitam identificar os contributos dos projectos para amanutenção/criação de emprego.

•Os critérios de análise não evidenciam as dimensões-chave associadas àsvertentes especificas da Tipologia de intervenção. A normalização dos anexos,quanto à informação a inserir na óptica da fundamentação técnica da relaçãoentre as necessidades/prioridade de intervenção, permitiria ultrapassar a limitaçãodescrita.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

• Subjectividade da grelha de análise das candidaturas – alguns critérios não são

objectivos em termos de fundamentação dos parâmetros referentes às

componentes a integrar e que serão alvo de avaliação7;

Sugestão: Necessidade de salvaguardar a correcta interpretação e avaliação

dos critérios de análise evidenciados nas matrizes associadas a cada período de

candidatura, situação crítica que se revelou nas candidaturas de 2009.

• Focagem da grelha de análise nas dimensões formativas e menos na dimensão

relativa ao contributo do projecto para a empregabilidade dos formandos após a

formação, elemento fundamental para as Entidades empregadoras mais

posicionadas sobre o investimento/retorno da formação;

Sugestão: Introdução de critérios que permitam identificar os contributos dos

projectos para a manutenção/criação de emprego.

• Os critérios de análise não evidenciam as dimensões-chave associadas às

vertentes específicas da Tipologia de intervenção.

Sugestão: Introdução de critérios que permitam valorizar os projectos

direccionados para indivíduos com baixas qualificações (inferiores ao 9º ano de

escolaridade).

• Não aproveitamento da adopção de métodos de avaliação com carácter mais

qualitativo e contínuo, explicitada na própria mudança dos conceitos que lhe

estão associados (“ficha de trabalho” e “validação/não validação” de

formandos). Esta transformação não foi acompanhada pela introdução de

critérios na grelha de análise que valorizassem o sentido da mudança.

• Ausência de “feedback” estruturado que facilite a aprendizagem de melhorias a

introduzir no futuro (comprovada no confronto entre a Notificação da proposta e

a Decisão de aprovação emitida pelo POPH). Esta situação pode indiciar que a

avaliação não é utilizada como instrumento para melhorias nas organizações,

quando as recomendações avaliativas podem revelar-se fundamentais para

operar melhorias quer na qualidade dos resultados a alcançar pelos projectos

aprovados, quer em novos períodos de candidatura.

7 “Não é clara a natureza de alguns dos seus parâmetros, sobretudo atendendo à sua operacionalização em termos de elementos constituintes da avaliação das candidaturas, p.e., campos obrigatórios, como os referentes a Igualdade de Género e Igualdade de Oportunidades”.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

76

IV. Resultados da Avaliação

As candidaturas às FMC submetidas ao POPH são alvo de avaliação técnica e financeira

pelas Unidades de Análise Técnica Regional do POPH, sendo que as candidaturas são

avaliadas pelos técnicos da UATR da região a que a candidatura corresponde. Daqui

decorre que as candidaturas de uma mesma entidade, submetidas em regiões

diferentes, são analisadas por técnicos de UATR diferentes.

Como o número de técnicos que avaliam as candidaturas é elevado e se encontra

disperso pelas várias regiões do país, o POPH realizou acções de sensibilização nas várias

regiões (Norte, Centro, Alentejo e Algarve) com o intuito de clarificar a aplicação da

grelha de análise das FMC e, de alguma forma, criar uma visão consensual sobre a

natureza dos critérios de selecção e uniformizar a apreciação das candidaturas tornando

a selecção das mesmas o mais equilibrada e adequada possível. Posteriormente, em

todos os novos períodos de abertura de candidaturas, o ST/AG do POPH realizou

encontros/reuniões com os técnicos e responsáveis das várias UATR, durante as quais

foram veiculadas orientações quanto à aplicação dos critérios de selecção.

Em 2009 foi emitida a Orientação Técnica nº 3/UA II – POPH/2009 com o objectivo de

fornecer critérios e formas de valoração dos itens da grelha de análise das FMC. Este

documento, descreve para cada critério de selecção qual a forma de apreciação das

candidaturas e a valoração que deverá ser atribuída em função da existência (ou não)

de elementos de fundamentação e suporte da análise.

Componentes de Análise

•Os critérios de selecção definidos pela Comissão de Acompanhamento são aplicados de modo uniforme pelas diferentes Unidades de Análise Técnica Regional do POPH? Se não, que meios/instrumentos devem ser definidos para restabelecer a unidade de coerência necessários?

Resposta

•As candidaturas são avaliadas por um conjunto de técnicos muito diversificado eque se encontram distribuídos pelas várias regiões do país, o que origina algumaheterogeneidade dificuldades na criação de uma visão no estabelecimento doscritérios de análise. No entanto, importa salvaguardar as situações que essaheterogeneidade se deve à existência de necessidades de formaçãoterritorialmente diferenciadas e com graus de fundamentação distintos, comimplicações na ponderação dos critérios.

•O POPH realizou acções de sensibilização e criou, entretanto, uma OrientaçãoTécnica (Orientação Técnica nº 3/UA II - POPH/2009 com o objectivo de uniformizara apreciação das candidaturas).

Elementos-síntese de

fundamentação

•Ao nível da apreciação técnica das Unidades de Análise Técnica Regional, ésinalizada uma insuficiente homogeneidade dos perfis de aprovações que não sãouniformes, mesmo sendo idênticas as candidaturas submetidas e aprovadas emoutras regiões, sem que exista informação objectiva dos critérios justificativos dessadecisão.

•A realização de acções de formação para os vários técnicos das UATR e anormalização dos Anexos de Candidatura ou a divulgação das OrientaçõesTécnicas junto das Entidades beneficiárias contribuirão para atenuar.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

77

IV. Resultados da Avaliação

No entanto, e de acordo com a informação recolhida junto das Entidades beneficiárias

(Estudos de caso e Focus-group), os esforços desenvolvidos pelo POPH para tornar a

apreciação das candidaturas o mais uniforme não estão, ainda, a produzir os efeitos

desejados, sendo sinalizada uma heterogeneidade dos perfis de aprovações, mesmo nos

casos de candidaturas semelhantes submetidas e aprovadas em outras regiões, sem que

seja disponibilizada informação objectiva dos critérios justificativos dessa decisão.

As Entidades referem, ainda, a existência de discrepância de avaliações sobre

candidaturas idênticas de ano para ano, não existindo informação clara de como são

operacionalizadas as respectivas grelhas; neste particular, registam-se mudanças

significativas das pontuações atribuídas à mesma candidatura nos anos de 2008 e 2009,

com atribuição de pontuações diferentes (sem fundamentação formalizada), o que

pode ser explicado pelas diferentes equipas técnicas que apreciam a Candidatura.

A dificuldade na criação de uma visão consensual e uniforme na aplicação dos critérios

de selecção está certamente relacionada com o facto de os critérios de análise e

selecção das candidaturas apresentarem um relativo grau de subjectividade (p.e.,

aprofundamento e qualidade dos diagnósticos de necessidades de formação), o que

torna o processo de selecção das candidaturas menos objectivo.

De acordo com a opinião recolhida junto das UATR, os critérios de selecção possuem

uma carga de subjectividade que explica que mesmo dentro da mesma UATR possam

existir pareceres diferentes para candidaturas similares, porque os critérios de selecção

são pontuáveis de forma diferente em função de dados específicos (p.e., uma Entidade

formadora que concorra com projectos idênticos em duas regiões e só possua estrutura

numa delas, vai ter uma pontuação superior nessa região).

Actualmente, as UATR, numa tentativa de atenuar as discrepâncias entre as análises e

ultrapassar os problemas/divergências de modo a garantir maior homogeneidade

regional, realiza, no final do período de apreciação de candidaturas, uma reunião para

validação das pontuações com os técnicos (mais do que um técnico por candidatura)

que analisaram as candidaturas e, em caso de impasse, o responsável da Unidade

decide.

Paralelamente, a informação do Formulário de Candidatura, não permite, por si só,

aplicar a grelha de análise e desta forma verificar o cumprimento dos critérios de

selecção pelo que a sua aplicação só é possível através da consulta do Anexo, o qual,

como referido, não se encontra normalizado o que leva a que as Entidades beneficiárias

não saibam claramente que tipo de informação deverá ser colocada no mesmo, pelo

menos que não raras vezes enviam informação pertinente.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

78

IV. Resultados da Avaliação

Ultrapassar este problema e assegurar a unidade de coerência necessária, exige uma

forte aposta na preparação dos técnicos responsáveis pela apreciação das

candidaturas que poderá passar pela realização de sessões de formação conjuntas

entre os técnicos das diferentes UATR, a par da normalização dos Anexos de

candidatura, bem como da divulgação das Orientações Técnicas junto das Entidades

beneficiárias.

Resultados dos Indicadores Operacionais associados às componentes de análise da Questão de Avaliação 2

Indicadores Evidências

Evolução da procura pelas Entidades beneficiárias, por áreas de formação e geográficas

• Oferta de 1.662 UFCD, maioritariamente da área tecnológica. • Desenvolvidas FMC em todas as áreas de formação, com destaque

para as áreas das Ciências Informáticas (19,6%), Formação de base (10,7%), Hotelaria e Restauração (8,5%), Comércio (7,1%), Trabalho Social e Orientação (6,0%), abrangendo em conjunto cerca de 52% do total dos formandos em 5 das 36 áreas de formação).

[Fonte: SIIFSE, Dados de execução]. • As entidades empregadoras oferecem maioritariamente formação na

área do Comércio (14,9%), Hotelaria e Restauração (10,6%) e Trabalho Social e Orientação (10,5%), ao passo que as Entidades formadoras e Outros operadores privilegiam as Ciências informáticas (19,4% e 14,7% respectivamente).

• A formação de base possui um peso pouco significativo no caso das Entidades empregadoras (2,1%) e dos Outros operadores (4,7%).

• A área das ciências informáticas predomina nas regiões do Norte (18,4%), Centro (16,6%), Alentejo (17,9%) e Lisboa (14,9%), destacando-se a Hotelaria e Restauração na Região do Algarve (21,2%).

[Fonte: SIIFSE, Dados de candidatura].

Evolução da procura dos activos, por áreas de formação e geográficas

Grau de realização das candidaturas (acções realizadas/candidatadas; volume de formandos/volume potenciado nas candidaturas)

• Em mais de ¾ das entidades inquiridas, os níveis de execução quer em termos de volume de formação, quer de formandos abrangidos situaram-se acima dos 75%.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC] • Dos 1.529 projectos aprovados, 1.399 apresentam execução até final

de Dezembro 2008 (91,5%). • Até final de Dezembro 2008 foram abrangidos cerca de um quinto do

volume de formandos potenciado nas candidaturas. [Fonte: SIIFSE, Dados de candidatura e Dados de Execução].

Grau de coerência entre as necessidades de formação identificadas pelo planeamento regional e a oferta de formação aprovada em candidaturas

• 58% das entidades inquiridas fundamentam a sua oferta em Diagnósticos de necessidades de formação ao público-alvo/sector ou região, sobre áreas/cursos de interesse.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

Grau de articulação entre as candidaturas e as estruturas CNO

• A maioria das Entidades beneficiárias têm CNO associado ou protocolo com CNO (respectivamente, 22,8% e 57,3% das inquiridas).

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]. • No entanto, apenas 16,6% dos formandos abrangidos, em 2008, foram

encaminhados por CNO. [Fonte: SIIFSE, Dados de execução]

Representação social e expectativas da Tipologia junto das entidades beneficiárias e dos formandos, face a outras opções de formação profissional, à luz das necessidades de cada um dos públicos-alvo

• Orientação das FMC para a qualificação dos activos empregados (representam cerca de 80% dos formandos) já que corresponde a uma formação mais adequada às suas características e necessidades, enquanto os CEFA ou os RVCC se adequam mais facilmente aos desempregados.

[Fontes: SIIFSE, Dados de execução; POPH, Regulamentos Específicos; Entrevistas e Estudos de Caso]

Pontuações das candidaturas face ao máximo possível

• Pontuação média das candidaturas aprovadas: 68,5 pontos; • 65% das candidaturas foram aprovadas com uma pontuação acima

dos 90 pontos; • Quase 25% das candidaturas tiveram uma pontuação entre 50 e 60

pontos [Fonte: SIIFSE, Mapa de candidaturas]

Diferença entre candidaturas admitidas e aprovadas

• Taxa de aprovação de 63,7%. [Fonte: SIIFSE, Mapa de candidaturas]

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

79

IV. Resultados da Avaliação

Resultados dos Indicadores Operacionais associados às componentes de análise da Questão de Avaliação 2 (Cont.)

Indicadores Evidências

Percepção dos promotores sobre dificuldades e obstáculos à admissibilidade das candidaturas

• As principais dificuldades estão relacionadas com a apropriação do CNQ e as áreas formativas disponíveis no mesmo;

• O número mínimo de participantes constitui um dos critérios alvo de reacções negativas por parte de algumas Entidades beneficiárias.

[Fontes: Estudos de Caso e Entrevistas]

Mecanismos de acompanhamento e controle da FMC que garantam a qualidade exigida em candidatura e credibilidade da avaliação

• Mecanismos previstos para acompanhamento dos projectos: controlo administrativo e financeiro, visitas regulares por amostra aleatória e visitas resultantes de participação ao Ministério Público;

• Necessidade de melhorar e reforçar múltiplas dimensões do sistema de qualidade da formação profissional, nomeadamente: mecanismos de antecipação de necessidades de qualificações; avaliação da qualidade (e relevância) dos referenciais de qualificações e respectivas UFCD disponíveis no CNQ; e utilização futura do SIGO e da Caderneta Individual de Competências.

[Fonte: Entrevistas e Estudos de Caso] Grau de articulação entre o Sistema Nacional de Certificação e o Sistema Nacional de Qualificações;

• As Entidades certificadoras (Centros de Formação de Gestão Participada e Departamentos das tutelas sectoriais, sobretudo) integram os Conselhos Sectoriais da ANQ;

• Os referenciais do CNQ deverão constituir uma resposta formativa para profissões regulamentadas. Todavia, é necessário articular com as entidades reguladoras os referenciais do CNQ para que estes estejam em conformidade. Na Reforma da Formação Profissional (2007) está previsto a publicação de um Diploma que revoga todas as profissões regulamentadas.

[Fontes: Entrevistas; e Diploma da Reforma da Formação profissional]

Nível de regulação do sistema de certificação profissional nas profissões de acesso regulamentado (p. e., área dos Serviços Pessoais em que a FMC não tem exame no final);

Grau de reconhecimento e confiança dos empregadores nos certificados emitidos, no final da FMC;

• O número de Entidades empregadoras candidata às FMC foi superior ao esperado (um quinto das Entidades beneficiárias).

• As Entidades empregadoras inquiridas consideram que as FMC contribuem para: colmatar necessidades de formação específicas dos activos empregados (certificações parciais) – 69,8%; preencher requisitos do Código de Trabalho em matéria de formação profissional (número mínimo de 35 horas de formação contínua) – 54,7%; responder aos desajustamentos entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças na organização do trabalho das empresas (novos processos de trabalho, …) – 51,9%; e melhorar a capacidade empresarial em domínios competitivos (novos produtos/ serviços, novos processos, novos métodos de produção, …) – 51,9%.

[Fontes: SIIFSE, Mapa de Candidaturas; e Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

Nível de resposta da oferta de certificação da componente profissional face à procura existente;

• O CNQ integra, actualmente, um número de qualificações bastante significativo (251) que cobre 39 áreas de educação e formação e cerca de 5.600 UFCD, das quais a grande maioria tem natureza tecnológica, e que conferem uma certificação parcial.

• O RVCC Profissional encontra-se numa fase de arranque, pelo que a articulação entre os processos de RVCC profissional e as FMC não se encontra tão consolidado como com o RVCC escolar. Todavia, esta situação inverter-se-á com a expansão do RVCC Profissional.

[Fontes: Entrevistas; Estudos de caso; e Site CNQ] Mecanismos e instrumentos desenvolvidos e operacionais para a formação e certificação de carácter profissional;

• O CNQ é composto por perfis profissionais aos quais se encontram associados referenciais de formação organizados em UFCD, e referenciais de RVCC Escolar e Profissional.

[Fontes: Entrevistas; e Site CNQ]

Mecanismos para acompanhamento e controlo das acções pelas estruturas regionais do POPH, regularidade e frequência;

• Acompanhamento administrativo e financeiro dos projectos; • Esclarecimento de dúvidas; • Visitas a entidades (5% da despesa financiada) – verificações de natureza

pedagógica no local durante o período da formação (p.e., realização de inquéritos aos formandos, formadores e verificação das condições da sala);

• Visitas motivadas por denúncias. [Fonte: Entrevistas]

Nº de formandos que frequentaram formação de base vs. Formação tecnológica.

• A maioria dos formandos frequentou formação tecnológica (89,3%), enquanto apenas cerca de um em cada dez formandos frequentou formação de base.

[Fontes: SIIFSE, Dados de execução] • O número de formandos a abranger pelas FMC em Formação de base

ascende aos 88 mil formandos, representando 9,7% do volume de formandos aprovado.

[Fontes: SIIFSE, Dados de candidatura]

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

80

IV. Resultados da Avaliação

Resultados dos Indicadores Operacionais associados às componentes de análise da Questão de Avaliação 2 (Cont.)

Indicadores Evidências

Estímulos e motivações, entraves e obstáculos à candidatura, frequência de formação tecnológica e respectiva certificação

• 33,1% das entidades inquiridas consideram que 75% dos formandos procura as FMC para actualizar ou aprofundar competências específicas na sua área de trabalho.

• O facto de o RVCC Profissional se encontrar numa fase de arranque pode constituir um entrave à candidatura/frequência de formação tecnológica, porque os encaminhamentos dos processos de RVCC para as FMC são, ainda, diminutos.

[Fontes: Entrevistas; e Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

Grau de regulação e organização normativa do sistema para avaliar a capacidade formativa (tecnológica) das Entidades candidatas;

• A capacidade das entidades é avaliada pelo grau de eficiência pedagógica e de gestão administrativo-financeira da entidade candidata, designadamente aferida pela relação entre recursos utilizados, o volume de formação, qualificação dos recursos humanos que dirigem e ministram a formação e capacidade, qualidade e adequação das infra-estruturas educativas afectas à oferta formativa proposta/instalada.

[Fonte: RE das FMC]

Abrangência e maturidade do sistema na capacidade de resposta à procura de formação tecnológica pelos beneficiários;

• O CNQ integra, actualmente, um número de qualificações bastante significativo (251) que cobre 39 das áreas de formação ainda que existam áreas onde foram identificadas lacunas sendo necessário incluir no CNQ os respectivos perfis profissionais e referenciais de formação associados, bem como actualizar outros, trabalho em curso dinamizado pela ANQ em articulação com os CSQ.

[Fontes: Entrevistas; Estudos de Caso; e Site CNQ] Orientação da oferta e da procura de FMC para a satisfação de necessidades próprias das Entidades ou para a reconversão profissional de desempregados;

• As FMC correspondem à realização de UFCD retiradas do referencial de formação de uma determinada saída profissional inserida no CNQ, cujos conteúdos são, na maioria dos casos, generalistas, pelo que nem sempre correspondem às necessidades específicas das empresas.

[Fontes: Entrevistas; Estudos de Caso; e Site CNQ]

Grau de articulação entre os processos de RVCC escolar e/ou profissional e as FMC;

• Relação directa com os processos de RVCC Escolar e Profissional, na medida em que as FMC constituem a forma mais expedita de os candidatos ao RVCC adquirirem as competências em falta, através da frequência de uma ou mais UFCD.

• A articulação entre os processos de RVCC e as FMC tem ocorrido essencialmente nos processos de RVCC Escolar, porque os RVCC Profissional ainda se encontram pouco consolidados.

[Fontes: Entrevistas; e Estudos de Caso]

Grau de articulação entre as FMC e as outras modalidades de formação;

• Articulação com a Tipologia 3.1.1. Formação-acção na medida em que os diagnósticos de necessidades de formação desenvolvidos nas empresas alvo de intervenção podem apontar para a realização de uma ou mais UFCD que podem ser desenvolvidas através das FMC. Esta articulação é, todavia, facilitada quando a entidade possui um CNO ou dispõe de mecanismos de articulação com o CNO, permitindo uma gestão articulada do CNO e da oferta formativa da entidade. [Fontes: Entrevistas; e Estudos de Caso]

Nível de pressão das metas (competição pelos mesmos utentes em territórios menos populosos) sobre os CNO para justificação da sua existência e auto-satisfação de necessidades.

• As entidades deverão funcionar numa lógica de rede assegurando a complementaridade territorial, de forma a garantir uma maior diversidade de ofertas ao seu público-alvo.

[Fontes: Entrevistas; e Estudos de Caso]

Adequação dos meios e suportes de divulgação, informação e publicidade mobilizados para atingir públicos relevantes

• Os meios de divulgação são considerados muito adequados por 19,5% dos inquiridos e adequados por 66,5%; apenas 14% dos inquiridos consideram pouco ou nada adequados os meios e suportes de divulgação.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]. Grau de esclarecimento dos promotores e dos activos a partir das acções de comunicação e da informação fornecida

• 22,7% dos inquiridos consideram os meios e suportes de divulgação muito transparentes, 63,2% suficientemente transparentes e apenas 14,1% pouco ou nada transparentes.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

Grau de adequação dos períodos de apresentação de candidaturas

• 19% dos inquiridos considera os prazos para apresentação de candidaturas muito adequados, 63% suficientemente adequados e 19% pouco ou nada adequados,

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC] (continua)

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

81

IV. Resultados da Avaliação

Resultados dos Indicadores Operacionais associados às componentes de análise da Questão de Avaliação 2 (Cont.)

Indicadores Evidências Grau de adequação dos procedimentos de abertura de candidaturas e faseamento face às modalidades alternativas (aberto, fechado, convite)

• Adequado para as Entidades (garante a programação atempada das acções, com previsão de necessidades) e para o POPH porque permite uma gestão eficaz e eficiente da execução das acções.

[Fonte: Entrevistas e Estudos de Caso]

Diferenças entre o perfil esperado para as entidades beneficiárias e o efectivo

• Adesão de Entidades empregadoras superior ao esperado (cerca de 20%).

• 91,3% das Entidades beneficiárias são privadas ou pessoas colectivas sem fins lucrativos;

• Entidades de natureza pública com uma expressão marginal no total de Entidades beneficiárias (8,7%).

• Cerca de 25% das Entidades beneficiárias são Entidades formadoras privadas com fins lucrativos.

[Fontes: SIIFSE, Mapa de candidaturas e Entrevistas] Acções dinamizadas pela entidade gestora junto dos potenciais beneficiários para estimular a apresentação de projectos contributivos para os objectivos e metas da Tipologia

• Foram realizadas várias acções de divulgação em todas as Regiões na fase de lançamento do POPH.

• A elevada procura registada desde então não exigiu a realização de acções deste tipo.

[Fonte: Entrevistas]

Disposições estabelecidas para a participação dos vários actores do Sistema;

• O envolvimento e articulação com o tecido económico tende a operar sob diversas formas tanto no plano da regulação (via participação na configuração dos instrumentos – CNO, Referenciais, … - dinamizada pela ANQ pelos conselhos Sectoriais), como no plano da operacionalização (via articulação, gradualmente mais intensa, com a rede dos CNO e programação territorializada das ofertas).

[Fontes: Estudos de caso; e Entrevistas]. Nível de flexibilidade do Regulamento Específico para resposta actualizada à alteração das necessidades dos actores do Sistema;

• Menor flexibilidade do RE das FMC ao nível do perfil dos destinatários, dimensão nas turmas; restrição do número de horas da componente de formação de base.

[Fontes: Estudos de caso; Entrevistas; e RE das FMC].

Dificuldades e disfunções mais sentidas pelos beneficiários na aplicação do Regulamento Específico.

• Perfil dos destinatários (limite mínimo e máximo de habilitações dos formandos desadequado];

• Dimensão nas turmas (número mínimo (20) e máximo (25) de participantes);

• Horário das acções (número máximo de horas no horário laboral e pós-laboral muito limitativo);

• Elegibilidade geográfica (a abrangência não coincide com a organização territorial das estruturas empresariais gerando dificuldades para reunir os formandos indispensáveis ao funcionamento das acções).

• Obrigatoriedade de não interromper a formação por um período superior a 90 dias.

[Fontes: Estudos de caso; Entrevistas; e Regulamento Específico].

Grau de clareza do Regulamento Específico quanto aos critérios de elegibilidade

• O RE menciona os critérios de elegibilidade (critérios de selecção e outros elementos de elegibilidade);

• 18,9% dos inquiridos considera os critérios muito claros, 66,6% suficientemente claros e 14,5% pouco ou nada claros.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC] Grau de coerência entre os critérios de elegibilidade e os objectivos da Tipologia

• 15,8% dos inquiridos considera que os critérios são muito adequados, 67,2% suficientemente adequados e 17% pouco ou nada adequados.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC] Grau de incorporação dos objectivos da Tipologia pelo Regulamento Específico

• 21,8% dos inquiridos considera o RE muito adequado, 71,9% suficientemente adequado e 6,2% pouco adequado.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC] Proporção de candidaturas não aprovadas por falhas no cumprimento do disposto no Regulamento Específico

• 16,6% das candidaturas não foram aprovadas por falhas no cumprimento do disposto no RE, por parte das Entidades beneficiárias.

[Fonte: SIIFSE, Mapa de candidaturas]

Dúvidas-tipo apresentadas pelos beneficiários

• As dúvidas mais recorrentes estão relacionadas com o CNQ e as áreas, ainda, não previstas no mesmo.

[Fonte: Entrevistas] (continua)

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

82

IV. Resultados da Avaliação

Resultados dos Indicadores Operacionais associados às componentes de análise da Questão de Avaliação 2 (Cont.)

Indicadores Evidências Grau de coerência entre os critérios de selecção e os objectivos da Tipologia

• 13,1% dos inquiridos considera os critérios muito adequados, 65,5% suficientemente adequados e 21,4% pouco ou nada adequados.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

Grau de clareza dos critérios de selecção

• 18,9% dos inquiridos considera os critérios muito claros, 66,6% suficientemente claros e 14,5% pouco ou nada claros.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

Grau de pertinência da informação solicitada aos promotores, para a análise das candidaturas

• Não é solicitada, regra geral, informação adicional aos promotores. Algumas Entidades beneficiárias inserem em Anexo, informação heterogénea que consideram pertinente para a apreciação da candidatura.

[Fontes: Regulamento Específico; Entrevistas e Estudos de Caso] Grau de clareza do regulamento específico percebida pelas entidades candidatas

• 24% dos inquiridos considera o Regulamento Específico muito claro, 69,7% suficientemente claro e 6,4% pouco claro.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC] Grau de utilidade dos manuais de utilizador e outros considerada pelas entidades beneficiárias para a elaboração das candidaturas

• 15,9% dos inquiridos considera os manuais muito adequados, 69,5% suficientemente adequados e 14,6% pouco ou nada adequados.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

Grau de adequação das grelhas de análise às necessidades e especificidades das entidades candidatas

• 14,5% dos inquiridos considera as grelhas de análise muito adequadas, 60,76% suficientemente adequadas e 24,7% pouco ou nada adequadas.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC] Grau de rigor ou de discricionariedade percebido pelos beneficiários na análise de candidaturas

• Heterogeneidade (subjectividade, na óptica de algumas Entidades) nos critérios de apreciação das candidaturas pelas várias UAT Regionais e entre períodos de candidatura.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

Níveis de participação das UAT Regionais do POPH na análise das candidaturas e no acompanhamento da formação

• Cada UAT Regional do POPH é responsável pela análise das candidaturas da sua região e pelo acompanhamento dos projectos;

• Esta análise regional pode criar alguns obstáculos na formação de uma visão e entendimento consensual sobre os critérios de selecção e aplicação da grelha de análise. Para ultrapassar este obstáculo, o POPH tem levado a cabo acções de sensibilização de forma a assegurar que os técnicos tenham o mesmo entendimento sobre os critérios, eliminando aquela potencial subjectividade.

[Fontes: Entrevistas e Estudos de Caso] Diferenças admitidas entre operadores de formação (p.e., IEFP e empresas) na apresentação de candidaturas (POPH central ou estruturas regionais) e na organização das mesmas (candidaturas para um bloco de formação ou por cada acção a realizar)

• A apresentação de candidaturas é igual para todos os operadores. • No início do ano de 2009, e em virtude de os Centros de Formação

Profissional da rede pública se terem candidatado na modalidade de candidaturas por ano civil, foi aberto um Período de candidatura restrito a este tipo de entidades.

• Em alguns casos, onde a lógica de funcionamento é semelhante, foi sugerido que pudessem ser apresentadas candidaturas únicas, e não por região,

[Fontes: RE, Avisos de Abertura de Candidaturas] SIIFSE: nível de contributo para a gestão, acompanhamento e controlo; grau de implementação e de utilização; grau de adequação à submissão das candidaturas; e grau de adequação à análise das candidaturas

• A informação relativa a candidaturas, projectos aprovados, pedidos de alteração, execução física e financeira, encontra-se inserida no Sistema de Informação.

[Fontes: SIIFSE]

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

83

IV. Resultados da Avaliação

No âmbito da resposta a esta Questão-chave da Avaliação foi processada informação

com origem na análise documental e na análise do Sistema de Informação (execução

dos projectos aprovados), enriquecida com os apuramentos do Inquérito às Entidades

Beneficiárias e informação recolhida no âmbito das Entrevistas, dos Estudos de caso e da

sessão de Focus-Group.

As Componentes de Análise que convergem para a resposta a esta Questão abrangem

uma perspectiva das dinâmicas de procura concretizadas, segundo a origem dos

formandos, e abordam as dinâmicas induzidas pelas FMC na relação com os CNO e

exploram os mecanismos que estão a ser utilizados pelos agentes das FMC na articulação

com o tecido económico na promoção da qualificação dos adultos, verificando se os

mesmos asseguram a articulação entre a oferta formativa disponibilizada e as

necessidades das Regiões/sectores de actividade e dos indivíduos.

QA 3. EM QUE MEDIDA A EXPANSÃO DA REDE DE OFERTAS DE PERCURSOS DEQUALIFICAÇÃO FLEXÍVEIS PODE CONTRIBUIR PARA O RECONHECIMENTO, VALIDAÇÃO EAQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIAS CERTIFICADAS

A expansão da rede de ofertas de percursos de qualificação flexíveis pode contribuir, em determinada medida, para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas. Para estas conclusões decorrem os seguintes elementos/evidências do trabalho de Avaliação:

• As FMC constituem um novo modelo de organização da formação que permite disponibilizar UFCD, isoladas ou integradas em percursos formativos, que os activos adultos podem frequentar de acordo com as suas necessidades de qualificação escolar e profissional.

• Por serem uma modalidade flexível constituem-se, igualmente, como a forma mais adequada de resposta às necessidades originadas pelos processos de RVCC escolar e profissional, na medida em que permitem aos candidatos que apenas adquiriram certificação parcial possam adquirir a certificação total através da frequência das UFCD em falta identificadas nos seus PPQ. Nos processos de encaminhamento por parte dos CNO, verifica-se que a utilização das FMC é, ainda, reduzida não obstante o crescimento observado entre 2008 e 2009.

• A procura induzida pelos CNO é, essencialmente, de natureza escolar (componente de formação de base) para completar processos de reconhecimento e validação de competências escolares, porque os processos de RVCC profissional ainda se encontram numa fase de lançamento, não se encontrando disseminados em todos os CNO.

• Para assegurar a articulação entre as FMC e os processos de RVCC é necessário continuar a aprofundar a articulação entre os CNO e as Entidades formadoras, garantindo que a mesma contribui para que as ofertas disponibilizadas pelas Entidades formadoras sejam construídas com base nas necessidades de formação previamente identificadas pelos técnicos dos CNO.

• A articulação entre a procura e oferta pode ser assegurada através da criação de redes de cooperação (regionais ou sectoriais) entre os principais actores, com responsabilidade e interesse na qualificação dos adultos que permitam identificar as necessidades de formação e organizar e divulgar a oferta formativa disponibilizada pelas várias entidades de forma diversificada e complemente.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

A Rede de Centros Novas Oportunidades, onde se desenvolvem os processos de

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) e da formação

complementar associada, regista um bom ritmo de implantação (352 CNO, no final de

2008) embora menos forte nas Regiões de Convergência, onde o desvio em relação à

meta anual média a atingir se situa em torno dos 10%.

O Quadro seguinte sistematiza as ofertas formativas integradas na Rede dos CNO,

evidenciando o peso de áreas técnico-profissionais pertencentes a actividades da fileira

da construção e às indústrias transformadoras, para além das ciências informáticas,

Secretariado e Trabalho administrativo, Hotelaria e restauração, no terciário de natureza

económica. O terciário de natureza social e os serviços de proximidade (serviços de

apoio a crianças e jovens e cuidados de beleza), têm expressão igualmente assinalável.

Todavia, importa ter presente que o número de Centros vocacionados para a vertente

profissional do RVCC é diminuto, em razão de a própria oferta de RVCC Profissional ter,

ainda, uma expressão muito reduzida.

Componente de Análise

•Em que medida os projectos dão resposta à nova dinâmica da procuragerada pela expansão da rede de CNO? Existem mecanismos de articulaçãoentre as ofertas disponíveis e a procura gerada pelos CNO?

Resposta

•A procura gerada pelos CNO é essencialmente de FMC da componente deformação de base para completar percursos de formação escolar, oriundos deprocessos de RVCC, que representa cerca de 11% da formação ministrada noâmbito das FMC.

•A articulação entre a procura gerada pelos CNO e a oferta disponível é realizadaem sede de diagnóstico de necessidades de formação quando as entidadesverificam as necessidades dos formandos inscritos em processos de RVCC.

Elementos-síntese de

fundamentação

•Apenas 16,6% do total dos formandos é encaminhado para as FMC através dosCNO.

•A maioria dos formandos encaminhados actualmente pelos CNO para as FMCtêm origem em processos de RVCC Escolar, uma das modalidade que se encontramelhor implementada na maioria dos CNO.

•A articulação entre a oferta e a procura é facilitada quando a entidade possui umCNO ou dispõe de mecanismos de articulação com o CNO, permitindo umagestão integrada e articulada do CNO e da oferta formativa da entidade.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Quadro IV. 24. Principais ofertas formativas inseridas em CNO (em % do volume de ofertas) Áreas de Formação Áreas de Formação

Construção Civil e Engenharia Civil 14,86 Metalurgia e Metalomecânica 7,71 Ciências Informáticas 12,29 Secretariado e Trabalho Administrativo 7,71 Electricidade e Energia 9,43 Trabalho Social e Orientação 3,43 Cuidados de Beleza 8,86 Comércio 3,43 Hotelaria e Restauração 8,86 Construção e Reparação de Veículos a Motor 3,14 Serviços de Apoio a Crianças e Jovens 8,29 Indústrias do Têxtil, Vestuário, Calçado e Couro 2,00

Fonte: Listagem de RVCC Profissional por CNO e Região, ANQ, Junho de 2008.

Os CNO deveriam, de acordo com os critérios de selecção do Regulamento Especifico

das FMC, constituir um dos veículos de identificação de formandos para esta Tipologia.

De facto, após a prioridade atribuída aos CNO e a Entidades com protocolos com estes

Centros (entre o 1º e o 2º períodos de candidatura), ocorreu uma evolução significativa

do número de entidades formadoras candidatas tendo como suporte protocolos

(celebrados ou a celebrar) com CNO. A maioria das Entidades beneficiárias tem CNO

associado ou protocolo com CNO (respectivamente, 22,8% e 57,3% das inquiridas). Os

dados de execução revelam que apenas 16,6% do total dos formandos é encaminhado

para as FMC através dos CNO e que apenas 38% das entidades inquiridas recorre ao

encaminhamento de formandos por via de processos de RVCC/CNO. Paralelamente, a

informação empírica recolhida ao longo da Avaliação, aponta para que os mesmos

encaminhem preferencialmente os indivíduos para percursos de longa duração, p.e.,

para os Cursos EFA, os quais representam uma menor carga de trabalho quando

comparada com a que envolve a realização de várias UFCD nas FMC (cf. Anexo 5B,

Tabela 5.48; e Anexo7B).

Acresce que as metas definidas para os CNO e as orientações emanadas superiormente

pela ANQ levam a que estes estejam concentrados em canalizar os públicos-alvo para

processos RVCC ou EFA, de modo a contribuir para o seu funcionamento, conforme

salientado por vários actores que operam no âmbito das FMC (informação recolhida,

nomeadamente, nos Estudos de caso e na sessão de Focus-group).

O público-alvo que procura os CNO tem preferência ou por processos de RVCC ou por

percursos formativos de longa duração (EFA), que asseguram apoios financeiros. Todavia,

importa destacar que aquela percentagem de encaminhamentos dos formandos pelos

CNO (16,6%) é superior à percentagem de indivíduos que frequentou UFCD da Formação

de base (10,7%) o que revela que os encaminhamentos realizados não resultam

unicamente dos processos de RVCC escolar.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Quadro IV. 25. Origem dos Formandos abrangidos, por Região (em %)

2.3 8.2.3 9.2.3 Total Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa Nº %

CNO 19,3 17,1 11,2 10,2 6,1 31.048 16,6 Outras 80,7 82,9 88,8 89,8 93,9 155.992 83,4 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 187.040 100,0

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

O Gráfico seguinte sintetiza a informação relativa à evolução dos encaminhamentos dos

CNO para as diferentes modalidades de formação. Não obstante, os dados entretanto

inseridos na nova Plataforma SIGO representarem ainda uma parte limitada do esforço

de formação da Rede CNO, é possível observar um crescimento acentuado das FMC,

desde a sua entrada na paleta de modalidades de formação de activos adultos.

Gráfico IV. 4 Evolução anual dos encaminhamentos dos CNO, segundo as modalidades formativas

Fonte: Plataforma SIGO, dados provisórios de 30 de Novembro de 2009.

A missão dos Técnicos de Diagnóstico e Encaminhamento dos CNO é fundamental para

a mobilização dos adultos para as qualificações escolares e profissionais e orientada para

percursos completos, seja por Processo RVCC ou por FMC. Neste sentido, seria necessário

reforçar a vantagem da passagem dos Adultos pelos CNO, pela fase de Diagnóstico,

como estruturante para a mobilização e motivação para as qualificações; este reforço

da importância estratégica dos CNO só será possível com descriminação positiva

(assegurando que os activos adultos encaminhados por um CNO têm vantagens de

formação, p.e., na redução de custos).

0

10 000

20 000

30 000

40 000

50 000

60 000

70 000

2007 2008 2009

Outra oferta formativa

Formação Modular Certificada

Curso de Especialização Tec.

Sistema de Aprendizagem

Vias de Conclusão do Secundário

Curso EFA

Curso de Educação e Formação

Educação Extra-Escolar

Ensino Recorrente

Curso Profissional

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Relatório Final

87

IV. Resultados da Avaliação

Esta não é, todavia, uma opinião consensual, já que, na maioria dos casos as Entidades

formadoras consideram que os formandos das FMC devem ser encaminhados pelos

CNO, ao passo que as Entidades empregadoras e/ou de carácter empresarial

consideram que as empresas devem poder inscrever os seus trabalhadores directamente

nas acções de formação, porque internamente já detectaram as lacunas ao nível das

qualificações.

De acordo com as preocupações manifestadas na sessão de Focus-group pelas

Entidades que possuem CNO, para potenciar os encaminhamentos dos CNO para as

FMC é necessário repensar as suas estruturas, nomeadamente assegurando a

possibilidade de contratar mais técnicos de diagnóstico, porque o rácio destes técnicos

por CNO (na generalidade dos casos, apenas um técnico) é manifestamente insuficiente

para dar resposta à diversidade de solicitações da procura que diariamente chegam aos

Centros.

De acordo com os entrevistados e os participantes na sessão de Focus-group desta

Avaliação o reforço da intervenção dos CNO só será possível, com o reforço das suas

equipas técnicas, e dos meios que têm à disposição para o diagnóstico e

encaminhamento da procura; em estreita articulação com a rede de operadores de

formação e de empregadores da região; ou, ainda, com uma possível descriminação

positiva dos activos adultos encaminhados pelos CNO para FMC, nomeadamente

através de vantagens de formação (p.e., na redução de custos).

De acordo com a ANQ a baixa expressão dos encaminhamentos de formandos para

esta Tipologia está relacionada, sobretudo, com o facto de, em 2008, o processo de

RVCC Profissional (principal fonte potencial de formandos para as FMC) possuir um

número ainda limitado de referenciais. A maioria dos formandos encaminhados

actualmente pelos CNO para as FMC tem origem em processos de RVCC Escolar, uma

das modalidade que se encontra melhor implementada na maioria dos CNO, a par dos

percursos de Educação e Formação de Adultos.

O crescimento gradual dos processos de RVCC Profissional dentro dos CNO tenderá a

inverter esta tendência, podendo passar estes Centros a ser a principal origem efectiva

de formandos para as FMC. Esta reorientação de posicionamento dos CNO deve ser

equacionada no contexto do acesso a determinados percursos formativos e respectivas

saídas profissionais, o qual se encontra condicionado pelos níveis de escolaridade de

base de grande parte dos activos adultos. A limitação, derivada da sua baixa

escolaridade aconselha, aliás, a equacionar o papel das FMC no quadro da estratégia,

mais ampla e ambiciosa, de dupla certificação dos adultos pouco qualificados em

Portugal.

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Relatório Final

88

IV. Resultados da Avaliação

Com efeito, não é possível isolar o contributo das FMC do de outras duas ofertas da

educação e formação de adultos que, nos últimos anos, sobretudo no âmbito da

Iniciativa Novas Oportunidades, têm vindo a ganhar uma dimensão e importância

incontornáveis: os processos de RVCC Escolares e os Cursos de Educação e Formação de

Adultos (EFA).

Com recurso aos materiais disponíveis da Avaliação da Iniciativa Novas Oportunidades

(UCP, 2009; 2010), extraiu-se um conjunto de conclusões que evidenciam a necessidade

de complementar as ofertas de educação e formação de adultos hoje disponíveis e que

conferem aos CNO um importante papel nesta estratégia de reforço da dupla

certificação entre os adultos pouco qualificados. Nesse conjunto, destacam-se as

seguintes conclusões:

• As crescentes necessidades de formação daqueles que chegam aos CNO,

tornam expectável, a confirmar-se esta tendência, que o recurso em exclusivo à

via de RVCC Escolar venha a decrescer e que a necessidade de reforçar o

recurso a formações complementares, a certificações parciais combinadas com

FMC e a Cursos EFA venha a aumentar.

• A duração e a carga horária dos Cursos EFA de dupla certificação são vistas

como um constrangimento sério à participação por determinados segmentos da

procura, nomeadamente os activos empregados. Na realidade, apesar do

crescimento previsível de candidatos às Novas Oportunidades em situação de

desemprego, a maioria dos candidatos em 30 de Novembro de 2009 estava

empregada – 56% dos que inscreveram no básico e 70% dos que se inscreveram

no secundário8.

• Embora se reconheça que o carácter flexível e de curta duração das unidades

de formação disponíveis no CNQ é totalmente adequado à população adulta de

baixa qualificação, em particular àquela que se encontra empregada, conforme

salienta a maioria dos técnicos e coordenadores de CNO entrevistados, também

se reconhece a sua escassa utilização por estas equipas. Com efeito, as

certificações parciais em 2009 representavam apenas 3% do total de

certificações; o encaminhamento para Cursos EFA representava mais de 65% das

opções de encaminhamento dos adultos para ofertas de educação e formação.

• O encaminhamento para FMC aumentou consideravelmente de 2008 para 2009,

enquanto o encaminhamento para Cursos EFA, que havia crescido

exponencialmente entre 2007 e 2008, também por razões de expansão e

8Gomes, 2009: ANQ, Plataforma SIGO, dados provisórios de 30 de Novembro de 2009, incluindo candidatos inscritos nos CNO desde 2007.

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Relatório Final

89

IV. Resultados da Avaliação

consolidação da oferta, veio a diminuir em 2009. Tal poderá reflectir um conjunto

de primeiros sinais de um recurso gradual a FMC por parte dos CNO.

• O alargamento em curso dos referenciais de avaliação para RVCC Profissional a

disponibilizar no CNQ, ainda que lento, tem condicionado consideravelmente a

expansão desta oferta no terreno e a própria estruturação das procuras

individuais. Estão actualmente disponíveis no CNQ 71 referenciais para RVCC

Profissional, mas a inclusão, prevista para 2010, de novos referenciais poderá ser

um elemento importante na dinamização desta oferta, a curto/médio prazo.

• A possibilidade de realizar percursos formativos parciais que conduzam

progressivamente a uma qualificação profissional ou escolar completa, ainda não

está muito consolidada e deve ser mais explorada no futuro. Actualmente, é difícil

encontrar uma oferta formativa suficientemente abrangente, adequada e

diversificada que permita aos adultos ir completando progressivamente o seu

percurso formativo de forma intermitente.

• A Iniciativa Novas Oportunidades afirmou-se claramente pela necessidade de

elevação dos níveis de escolaridade e a margem de progressão para a dupla

certificação, embora cada vez mais visível, é ainda pouco conhecida e, na

realidade, pouco explorada. São poucos os que chegam à Iniciativa procurando

formação profissional ou a melhoria das suas qualificações profissionais. No

entanto, a evolução no médio prazo (“uma segunda geração da Iniciativa Novas

Oportunidades”) terá necessariamente que fazer evoluir a procura e a oferta, em

escala, para a dupla certificação.

Nesta estratégia, caberá certamente às FMC e ao CNQ uma importância crucial

e caberá aos CNO um novo protagonismo que não tiveram até agora quer no

diagnóstico e encaminhamento desta procura, quer na promoção da

complementaridade das ofertas locais e regionais dos operadores de formação.

Na articulação das FMC com outras Tipologias de intervenção, destaca-se a relação

directa com os processos de RVCC Escolar e Profissional, na medida em que as FMC

constituem a forma mais adequada para os candidatos ao RVCC adquirirem as

competências em falta através da frequência de uma ou mais UFCD, de forma a adquirir

todas as competências que lhe assegurem o reconhecimento numa determinada

qualificação escolar ou profissional.

Para além da relação das FMC com os processos de RVCC, existe a possibilidade de

articulação com todas as outras tipologias de intervenção, porque os referenciais de

formação são comuns a várias modalidades formativas, permitindo que um formando

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Relatório Final

90

IV. Resultados da Avaliação

que iniciou um CEFA, mas que não tenha terminado, o possa fazer através das FMC

frequentando as UFCD em falta.

Paralelamente, foi possível identificar a existência de articulação entre as FMC e a

Tipologia de 3.1.1. Formação-acção. Esta articulação surge através dos diagnósticos de

necessidades de formação desenvolvidos nas empresas alvo de intervenção que

identificam determinadas necessidades de formação que apontam para a realização de

uma ou mais UFCD que podem ser desenvolvidas através das FMC, permitindo desta

forma aos trabalhadores das entidades colmatar as necessidades de formação e,

simultaneamente, adquirir uma certificação escolar e/ou profissional.

A articulação entre a oferta disponível e a procura gerada pelos CNO não funciona,

ainda, de forma eficaz, necessitando de ser melhorada e aperfeiçoada. As principais

dificuldades sentidas estão relacionadas com vários factores entre os quais se destaca:

• longos períodos de espera entre o encaminhamento dos formandos pelo CNO e a

realização das acções – as entidades beneficiárias divulgam prematuramente a

oferta formativa e depois não conseguem operacionalizar as acções num espaço

de tempo razoável;

• ano lectivo escolar vs. Ano civil – os CNO desenvolvem as suas actividades de

acordo com o ano civil (Janeiro a Dezembro) ao passo que as Escolas funcionam

segundo os anos lectivos (Setembro a Julho), criando algumas dificuldades nos

encaminhamentos dos processos de RVCC escolar para UFCD de formação de

base, geralmente ministradas nestes estabelecimentos de ensino;

• inversão da lógica do encaminhamento – as Entidades formadoras primeiro

aceitam as inscrições dos formandos nos cursos e só depois é que pedem a um

CNO que faça um trabalho de diagnóstico e encaminhamento do candidato

para a acção de formação, processo temporalmente desfasado do objectivo

dessa intervenção.

A articulação é, todavia, facilitada quando a entidade possui um CNO ou dispõe de

mecanismos de articulação com um Centro, permitindo uma gestão integrada e

articulada do CNO e da oferta formativa da entidade. (cf. Caixa seguinte). Recorde-se

(cf. Questão de Avaliação 2) que essa articulação, nomeadamente através do

encaminhamento de formandos por via de processos RVCC/CNO, corresponde ao

terceiro mecanismo utilizado pelas Entidades beneficiárias para fundamentar a oferta de

FMC candidata.

Para melhorar a articulação entre os processos RVCC Escolar e Profissional com ofertas

formativas de UFCD e contribuir para o reforço de utilização das mesmas para completar

percursos de formação com certificação total ou para obter certificações intermédias é

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

necessário entender a FMC como um dos percursos de aprendizagem a ser prescrito,

quando adequado, no âmbito do RVCC, encorajando esta opção nos percursos em que

tal seja recomendável em vez de manter a restrição actual relativa à realização

simultânea de Formação Modular e RVCC. Esta restrição cria uma separação artificial

entre processos de prescrição de formações complementares e de desenvolvimento

pessoal e profissional que deveriam ser complementares e desejavelmente articulados.

Escola de Formação Jerónimo Martins

O Grupo Jerónimo Martins tem vindo a promover a realização de acções de formação, internas ou externas, que visam o desenvolvimento das boas práticas tanto em termos operacionais, como ao nível de competências de gestão, com o intuito de garantir a adequação dos recursos humanos às exigências dos segmentos de negócio. No que se refere à promoção das competências de gestão, o Grupo tem vindo a estabelecer relações institucionais com diferentes Instituições de Ensino, entre as quais a Universidade Nova, o INSEAD e o IMD. A Escola de Formação Jerónimo Martins aposta em duas áreas principais de formação:

a) Formação na área dos perecíveis (onde se enquadra a oferta de formação por via da Tipologia 2.3.); e

b) Formação contínua, sobretudo na área comportamental, sendo esta componente assegurada por financiamento próprio.

Da parte da Escola, existe uma tradição de investimento na formação de competências (internas e a recrutar, em resposta aos elevados níveis de rotação nos empregos característicos da Distribuição Alimentar) que a criação da Escola veio ajudar a organizar de forma programada; a oportunidade de acesso a recursos de financiamento tem permitido conferir uma estruturação mais formal, p.e., com componentes caracterizadas por percursos de formação mais longos e com vertentes regionalizadas. A celebração do Protocolo com a ANQ (2007) contribuiu para essa formalização através de uma maior adesão institucional e de uma relação operativa eficaz com a Rede de CNO existente no território.

Os responsáveis da Escola consideram que a participação em formação, sobretudo certificada, tem estimulado a vontade de aprender dos indivíduos e impulsiona trajectórias qualificantes. O facto de proporcionar o acesso às UFCD tende a contribuir para gerar nos indivíduos a consciência de um novo passo que é “parte de um caminho no processo permanente de qualificação”. As evidências resultam das interrogações frequentes do tipo “como é?; “o que é preciso fazer?”, “quando posso começar?”, … Como Grupo, pretendem apurar regularmente a expressão fundamentada desta percepção de investimento qualificante, elemento que será determinante para equacionar a continuidade, ou não, da aposta no financiamento deste tipo de formação orientada para melhorar as condições de empregabilidade. Nesta perspectiva, a Escola está a preparar os mecanismos de suporte a uma avaliação interna sistemática da formação realizada e a evolução de resultados que vier a ser detectada contribuirá para a tomada de decisão em termos de um maior ou menor fortalecimento interno da organização da formação, em última análise da manutenção dos “standards” de investimento na formação após o actual período de programação.

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Relatório Final

92

IV. Resultados da Avaliação

O Regulamento Específico das FMC não inclui nos critérios de selecção das Entidades

beneficiárias a necessidade de articulação com os CNO ou outras entidades do tecido

empresarial da região ou sector de actividade. Posteriormente, a AG do POPH introduziu

uma medida de prioridade de modo a valorizar as entidades que possuem relações com

os CNO para potenciar a articulação entre os vários actores das redes empresariais e

locais, com o objectivo de estimular a articulação da oferta formativa.

Contudo, esta medida não produziu os resultados expectáveis; ainda que parte das

Entidades beneficiárias refira a existência de protocolos com CNO, o número de

indivíduos encaminhados pelos CNO é relativamente baixo e a articulação entre a oferta

e a procura gerada pelos CNO nem sempre se encontra assegurada. A dificuldade de

articulação entre os CNO e entre estes e as Entidades beneficiárias, passa, em parte,

pela persistência de uma abordagem demasiado individualista em que cada Entidade

tende a trabalhar no seu quadro de interesses.

De acordo com a opinião das Entidades beneficiárias presentes na Sessão de Focus-

-group, esta realidade contribui para a existência de uma dispersão da informação

relativa às necessidades de formação para os adultos (CNO, IEFP, Entidades

empregadoras locais e regionais); e à oferta formativa disponível regionalmente (IEFP,

Entidades formadoras públicas e privadas), com implicações na reprodução de

desajustamentos da oferta face às necessidades efectivas do público-alvo existindo, não

raras vezes, sobreposições pouco compreensíveis de oferta formativa e,

simultaneamente, respostas insatisfatórias em determinadas áreas.

Componente de Análise

•Em que medida é fomentado o envolvimento e a articulação com o tecidoeconómico na qualificação dos adultos activos no âmbito dos CNO?

Resposta

•Fraca articulação entre o tecido economico e os CNO. Ainda que osnúmeros revelem a existência de alguma articulação ela não cumpre osobjectivos proposto que seria o de assegurar a coerência da ofertaformativa numa determinada região ou sector de actividade.

•O trabalho em rede entre as várias entidades sectoriais/regionais permiteassegurar a complementaridade sectorial/territorial de forma a garantir umamaior diverdidade de ofertas ao seu público-alvo.

Elementos-síntese de

fundamentação

•As redes de cooperação para a promocação da formação e qualificaçãodos activos adultos ainda se encontram pouco disseminadas.

•É necessário criar novos incentivos ou regras que promovam a associaçãoentre os vários agentes de forma a asseguar o aumento do trabalho emrede.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

A aposta na qualificação dos adultos pressupõe a articulação dos diferentes agentes

numa lógica de complementaridade que garanta que as actividades de formação e

qualificação respondem às necessidades e potencialidades dos contextos

regionais/sectoriais em que decorrem.

Para dar resposta a esta problemática é necessário apostar na criação de Redes de

cooperação entre as principais actores regionais e/ou sectoriais: CNO, Entidades

formadoras, Entidades empregadoras, Autarquias, Associações empresariais, Escolas

públicas e privadas, Centros de Formação de Gestão Directa e participada do IEFP e

associações e colectividades locais que:

• promovam a realização de diagnósticos de necessidades de formação que

permitam produzir documentos de referência comuns enquadradores,

integradores e orientadores da actividade formativa num determinado espaço

territorial geográfico ou sócio-económico;

• promovam a articulação entre a oferta de educação e formação e as

necessidades sócio-económicas do contexto de intervenção;

• organizem e divulguem a oferta formativa para a região/sector disponibilizada

pelas várias entidades de forma concertada, diversificada, complementar e

pertinente face às necessidades sectoriais e regionais.

Como não existem regras nem orientações para a constituição destas Redes de

cooperação, a capacidade de intervenção e dinamização é muito variável existindo

situações em que a articulação entre os vários actores e, consequentemente, a

articulação entre a oferta e a procura de formação se encontra mais ajustada; noutras

situações estes resultados não têm sido alcançados e na opinião das entidades que

compõem estas redes, o problema centra-se na capacidade de liderar as mesmas, muito

associada à capacidade de intervenção dessa liderança na região ou sector.

Para assegurara o sucesso destas Redes de cooperação estas deverão ser:

• lideradas por entidades com uma forte capacidade de intervenção no contexto

territorial ou sócio-económico (p.e., Autarquias, Associações empresariais ou

Centros de formação do IEFP); e

• partilhar a mesma cultura e estratégia de intervenção (p.e., possuir regras de

trabalho convergentes/complementares e os mesmos critérios de qualidade e

exigência).

Actualmente existem algumas Redes de cooperação que constituem exemplos de boas

práticas desenvolvendo, nomeadamente:

• reuniões de articulação da oferta formativa de adultos aquando da abertura de

candidaturas;

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

94

IV. Resultados da Avaliação

• reuniões/encontros de trabalho entre as equipas técnicas para articular regras de

trabalho e estratégias de intervenção;

• reuniões/encontros de trabalho para definir quais as estratégias de intervenção

junto do tecido empresarial; e

• plataformas colaborativas para divulgação da oferta formativa das entidades

que compõem a Rede.

Em algumas regiões as UATR assumiram este papel de dinamização entre os vários

actores das FMC, realizando reuniões com a DRE, os CNO e o IEFP numa tentativa de

assegurar que existe resposta formativa para as necessidades de formação presentes na

região. Neste sentido, procuram que os CNO realizem um levantamento das suas

necessidades de formação e posteriormente verificam junto dos Centros de Formação

da Rede de Gestão Directa do IEFP se o respectivo Plano de Formação contempla

acções que permitam responder a estas necessidades.

Resultados dos Indicadores Operacionais associados às componentes de análise da Questão de Avaliação 3

Indicadores Evidências Grau de coincidência entre o crescimento da rede CNO e a procura de formação contínua por eles induzida: crescimento dos utentes adultos activos dos CNO e dos beneficiários das FMC

• O volume de inscritos nos CNO quase que duplicou entre 2007 e 2008 mantendo-se sensivelmente igual em 2009, enquanto o volume de formandos abrangidos pelas FMC triplicou: em 2008 foi de cerca de 187 mil, remetendo para um volume acumulado, em final de 2009, que ronda os 700 mil formandos abrangidos, segundo o Relatório de Execução do POPH.

[Fontes: Relatório de Execução de 2009 do POPH; SIIFSE, Dados de execução; e ANQ, 3º Encontro Nacional de CNO]

Nível de disparidade entre o perfil-chave dos utentes adultos activos dos CNO e o perfil-chave dos beneficiários da FMC

• O perfil-chave dos utentes adultos activos dos CNO e o perfil- -chave dos beneficiários da FMC características bastante semelhantes, na medida em que os formandos são maioritariamente mulheres, a maioria tem idades compreendidas entre 25 e 44 anos e são empregados cujo nível de habilitação é igual ou inferior ao 9º ano de escolaridade.

[Fontes: SIIFSE, Dados de execução; e ANQ, 3º Encontro Nacional de Centros de Novas Oportunidades]

Grau de ajustamento entre as necessidades de formação diagnosticadas em processos CNO e as necessidades das Entidades empregadoras, as áreas profissionais de ofertas de emprego menos satisfeitas pelos Centros de Emprego, etc.

• Dentro das áreas de formação aprovadas, as entidades podem, em cada momento, seleccionar as UFCD que melhor respondem às necessidades existentes, flexibilidade que é garantida pelo facto de em sede de candidatura apenas ser necessário identificar a área de formação.

[Fontes: Entrevistas e Estudos de caso]

Nível de incidência da procura e da oferta de FMC sobre profissões novas ou associadas a necessidades de desenvolvimento de sectores ou regiões

• A garantia de adequação da oferta às necessidades da procura é passível de ser assegurada através da actualização permanente do Catálogo, nomeadamente pela via da realização de trabalhos de prospectiva que permitam avaliar as necessidades de formação e as tendências do mercado de trabalho a nível sectorial e/ou territorial e, por essa via, estimular o ajustamento das UFCD (níveis de qualificação, áreas de formação, conteúdos formativos, …) à evolução dinâmica dos segmentos da procura individual e das Entidades Empregadoras.

[Fontes: Entrevistas e Estudos de Caso]

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

95

IV. Resultados da Avaliação

Resultados dos Indicadores Operacionais associados às componentes de análise da Questão de Avaliação 3 (Cont.)

Indicadores Evidências

Mecanismos utilizados pelos CNO para estimularem de forma direccionada a oferta de FMC

• A celebração de protocolos entre a ANQ e Entidades beneficiárias de referência (p.e., empresas de grande dimensão), com forte poder de dinamização do mercado de emprego pode contribuir para estimular a relação das Entidades potencialmente beneficiárias com a Rede de CNO, tornando mais robustos os mecanismos de relação entre a procura e a oferta, nomeadamente em matéria de mediação para a qualidade dos processos de empregabilidade dos activos adultos.

• Criação de Redes de cooperação entre as principais actores regionais e/ou sectoriais: CNO, Entidades formadoras, Entidades empregadoras, Autarquias, Associações empresariais, Escolas públicas e privadas, Centros de Formação Profissional da Rede de Gestão Directa e Participada do IEFP e associações e colectividades locais.

[Fontes: Estudos de caso, Entrevistas e Focus-group]

Atractividade das acções de formação para os beneficiários directos

• A possibilidade de os indivíduos entrarem a meio do percurso formativo, não exigindo que frequentem o percurso completo;

• A frequência das acções não exige ausências prolongadas do local de trabalho; • A possibilidade de adquirir formação apenas numa área específica; • A obtenção de certificação profissional (total ou parcial); • A possibilidade de realizar percursos formativos completos de forma intermitente,

i.e., de acordo com as suas necessidades e disponibilidades quer pessoais, quer profissionais, não exigindo o afastamento do seu local de trabalho por elevados períodos de tempo, dado que podem frequentar, ao longo do tempo, as UFCD pretendidas.

[Fontes: Estudos de caso; Entrevistas; e RE das FMC]

Vantagens e desvantagens do modelo formativo face às soluções tradicionais de formação

• Modelo orientado pela procura do mercado podendo contribuir para responder às respectivas necessidades específicas dos indivíduos e das Entidades Empregadoras;

• Este modelo não exige ausências prolongadas do local de trabalho e permitem adquirir formação apenas numa área específica, para a qual o indivíduo não detém competências, com a vantagem de conferir uma certificação, prerrogativa que o antigo modelo de formação contínua não contemplava;

• Possibilidade de entrada a meio do percurso formativo, não exigindo que os indivíduos frequentem o percurso completo, solução que permite diminuir significativamente os custos associados à formação profissional e adquirir qualificações/certificações em períodos de tempo mais reduzidos;

• Possibilidade de adquirir certificações parciais em áreas de competências que não detêm, identificadas através de processos de RVCC (Escolar ou Profissional) que podem resultar em percursos formativos completos que garantem a certificação numa determinada profissão;

• Possibilidade de realizar percursos formativos completos de forma intermitente, i.e., de acordo com as suas necessidades e disponibilidades quer pessoais, quer profissionais, não exigindo o afastamento do seu local de trabalho por elevados períodos de tempo, dado que podem frequentar, ao longo do tempo, as UFCD (que compõem o percurso) que pretendem.

[Fontes: Estudos de caso; Entrevistas; e Regulamento Específico].

Confiança do tecido empresarial no resultado dos processos e relevância dos mesmos para as empresas

• Contributo para colmatar necessidades de formação específicas dos activos empregados (certificações parciais);

• Contributo para preencher requisitos do Código de Trabalho em matéria de formação profissional (número mínimo de 35 horas de formação contínua);

• Contribuir para responder aos desajustamentos entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças na organização do trabalho das empresas (novos processos de trabalho, …);

• Melhoria da capacidade empresarial em domínios competitivos (novos produtos/ serviços, novos processos, novos métodos de produção, …).

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]. Níveis de procura e limitações sentidas à formação, reconhecimento e certificação nas vertentes escolar e profissional;

• A maioria dos formandos encaminhados actualmente pelos CNO para as FMC têm origem em processos de RVCC Escolar, porque os RVCC Profissional ainda se encontram pouco consolidados.

[Fonte: Estudos de caso; e Entrevistas].

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Resultados dos Indicadores Operacionais associados às componentes de análise da Questão de Avaliação 3 (Cont.)

Indicadores Evidências

Grau de envolvimento do tecido empresarial e entidades formadoras a partir dos processos RVCC, na monitorização do sistema e contributos fornecidos para a melhoria do seu funcionamento;

• A celebração de protocolos entre a ANQ e Entidades beneficiárias de referência, com forte poder de dinamização do mercado de emprego pode contribuir para estimular a relação das várias Entidades com a Rede de CNO, tornando mais robustos os mecanismos de relação entre a procura e a oferta, nomeadamente em matéria de mediação para a qualidade dos processos de empregabilidade dos activos adultos;

• As Entidades formadoras têm vindo a estabelecer protocolos com CNO para se candidatarem às FMC.

[Fonte: Estudos de caso; e Entrevistas]. Acções dinamizadas pelos CNO junto dos potenciais beneficiários (adultos e empregadores) para estimular a apresentação de projectos fortemente contributivos para os objectivos e metas estabelecidos para tais estruturas.

• 16,6% dos formandos são encaminhados para as FMC via CNO; • Os CNO encaminhem preferencialmente os indivíduos para percursos de longa

duração, p.e., para os Cursos EFA, os quais representam uma menor carga de trabalho quando comparada com a que envolve a realização de várias UFCD nas FMC;

• A maioria dos formandos encaminhados actualmente pelos CNO para as FMC têm origem em processos de RVCC Escolar, porque os RVCC Profissional ainda se encontram pouco consolidados.

[Fontes: Estudos de caso; Entrevistas; e SIIFSE, Dados de Execução].

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

97

IV. Resultados da Avaliação

No âmbito da resposta a esta Questão-chave da Avaliação será processada informação

com origem na generalidade das componentes metodológicas do Estudo, com

destaque para a análise documental, enriquecida por informação recolhida no âmbito

das Entrevistas, Estudos de caso e Focus-Group.

QA 4. O MODELO DE UFCD IMPLEMENTADO ESTÁ DE ACORDO COM A ESTRUTURA E MODO DE FUNCIONAMENTO INICIALMENTE PREVISTOS?

O modelo de UFCD que está a ser implementado é concordante com a estrutura e modo de funcionamento inicialmente previsto. Para estas conclusões decorrem os seguintes elementos/evidências do trabalho de Avaliação:

• A criação do Catálogo Nacional de Qualificações que contempla Perfis Profissionais associados a Referenciais de Formação, elaborados com base na identificação de necessidade reais e organizados em UFCD que permitem certificações parciais e totais dentro de um percurso formativo.

• A existência do CNQ permite que para um determinado percurso formativo exista apenas um Referencial de formação para todas as tipologias e modalidades, potenciando desta forma, a sua articulação e a possibilidade de os indivíduos mudarem entre modalidades tendo em conta as suas necessidades (p.e., um activo que se encontre desempregado pode iniciar um curso EFA e posteriormente se encontrar emprego pode concluir o curso através da frequência das UFCD em falta na modalidade de FMC).

• A oferta de UFCD encontra-se adequada às necessidades da oferta e da procura, pois abrange um número muito significativo de áreas de formação (o CNQ integra 251qualificações para 39 áreas de educação e formação, o que equivale a mais de 5.600 UFCD às quais é possível aceder quer de uma forma avulsa, quer de forma combinada em percursos de qualificação).

• Embora o CNQ seja avaliado de forma positiva pela generalidade dos actores do sistema foram identificadas algumas limitações que condicionam a sua operacionalização e a adequação às necessidades do público-alvo, nomeadamente a necessidade de actualização e revisão permanente dos conteúdos de formação; a necessidade de adaptação da duração das UFCD em função dos conteúdos; e a necessidade de adaptação das UFCD transversais às várias saídas profissionais, desvinculando-as de referenciais de formação concretos.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

98

IV. Resultados da Avaliação

O Catálogo Nacional de Qualificações constitui-se como um instrumento fundamental

para a operacionalização da Formação em Portugal, nomeadamente das Formações

Modulares Certificadas na medida em que permitiu a uniformização de toda a Formação

através da identificação e a definição de Perfis Profissionais associados a Referenciais de

Formação. Estes referenciais foram construídos com base na identificação de

necessidades reais, garantindo que o mesmo curso de formação ministrado em várias

entidades e através de várias modalidades (EFA, Cursos profissionais, FMC, RVCC,…)

versa sobre as mesmas temáticas, ao mesmo tempo que permite que os conteúdos de

formação possam ser adequados às necessidades específicas do grupo-alvo.

Para que fosse possível a operacionalização das FMC, era necessário que os Referenciais

de Formação estivessem organizados em Unidades de Formação de Curta Duração e

que as mesmas conferissem certificações parciais dentro de um percurso formativo.

Componente de Análise

•Qual o grau de adequação das UFCD (níveis de qualificação, áreas deformação,…) ao perfil de necessidades dos vários segmentos da procura eda oferta?

Resposta

•O modelo das UFCD permite uma gestão flexível dos percursos formativos e éadequada às necessidades dos activos porque:

•não exige ausências prolongadas do local de trabalho (UFCD de 25 e 50horas);

•permite adquirir formação numa área específica para a qual osindivíduos não têm competências e, simultaneamente, adquirircertificação;

•permite entrar a meio do percurso formativo, diminuindo os custosassociados à formação profissional e adquirir qualificações em períodosde tempo mais curtos;

•permite completar processos de RVCC; e•permite realizar percursos formativos completos de acordo com asnecessidades e disoponibilidades pessoais e profissionais do formando.

•As UFCD encontram-se razoavelmente adequadas às necessidades da ofertae da procura.•A análise efectuada sinalizou constrangimentos relacionados com adesadequação de alguns conteúdos formativos face à duração das UFCD e arelação, ainda insatisfatória, das mesmas com os referenciais de formação.

Elementos-síntese de

fundamentação

•Alguns referenciais de formação encontram-se desactualizados face àsnecessidades da oferta e da procura.

•As áreas de formação transversais estão associadas a referenciais de formaçãoconcretos, condicionando a sua flexibilidade e capacidade de adaptação aoutras saídas profissionais.

•A duração standard das UFCD tem sido alvo de algumas críticas por parte dosOperadores das FMC.

•A Caderneta Individual de Competências compila todas as certificaçõesadquiridas pelo formando.

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Relatório Final

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IV. Resultados da Avaliação

Figura IV. 2 Estrutura do Catálogo Nacional de Qualificações

CNQ

Parte das entidades que operam no mercado de formação de activos, não

compreendeu inicialmente, a mais-valia deste instrumento considerando que o mesmo

era muito limitado e pré-formatado e não respondia às necessidades das organizações e

dos indivíduos. De acordo com a informação recolhida junto dos interlocutores

entrevistados, esta foi uma das principais críticas formuladas pelas Entidades beneficiárias

na fase do arranque das FMC, num período em que o Catálogo contemplava um menor

número de referenciais de formação (cf. Anexo 4B).

Esta circunstância explicará o facto de algumas entidades não terem apresentado

candidaturas ao 1º Período de candidatura e que outras que se candidataram tenham

protelado o arranque das acções de formação.

Na 2ª fase de candidatura, em 2009, que coincide já com uma maior estabilização do

CNQ (revisão de algumas áreas de formação, experiência acumulada de trabalho das

entidades com o Catálogo, …), as opiniões evoluíram para um reconhecimento de

adequação e eficácia deste modelo.

Este reconhecimento traduz-se, por um lado, na sugestão de o Catálogo poder também

abranger formações de nível 5 para assegurar a aprendizagem ao longo da vida dos

adultos activos com formação superior (existe apenas uma quota mínima de licenciados

que podem frequentar as FMC e apenas nalgumas áreas) e, por outro lado, no

abandono gradual da promoção de formação não abrangida pelo CNQ, porque nesse

formato não é possível adquirir certificação.

Referencialde RVCC

Referencial de

FormaçãoPerfil

Profissional

FORMAÇÕESMODULARES

CERTIFICADAS

Formação contínua para reforço de Competências

Profissionais

Reconhecimento e Validação de Competências

Formação Tecnológica: UFCD Formação de Base: UFCD

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Relatório Final

100

IV. Resultados da Avaliação

Os interlocutores entrevistados foram unânimes em considerar que o CNQ é actualmente

percepcionado pelos vários actores da formação (Entidades formadoras, empregadoras,

beneficiários finais,…) como um instrumento de referência, racional e estratégico, para

toda a formação de nível não superior.

O CNQ integra actualmente 251 qualificações para 39 áreas de educação e formação:

117 conferem o 9º ano de escolaridade e o nível 2 de qualificação; 119 conferem o 12º

ano de escolaridade e o nível 3 de qualificação; e 17 conferem o 12º ano de

escolaridade e o nível 4 de qualificação.

Como o CNQ só possui referenciais de qualificação de nível 2, 3, e 4, e está

regulamentado que os candidatos com um nível de qualificação inferior ao nível de

escolaridade exigido em cada nível de qualificação (os candidatos que possuem

qualificações escolares abaixo do 6º ano) encontram-se, à partida, excluídos das FMC, o

que condiciona o acesso dos adultos activos mais desqualificados.

A oferta de UFCD é considerada bastante robusta e diversificada, por abranger um

número muito significativo de áreas de formação. Todavia, as Entidades beneficiárias

alvo de Estudo de caso e as participantes na Sessão de Focus-group identificam algumas

limitações do CNQ e das UFCD que condicionam a sua operacionalização e a

adequação às necessidades do público-alvo. Os pontos seguintes identificam esses

elementos mais críticos e que podem ser alvo de sugestões de ajustamento futuro.

• Actualização e revisão dos conteúdos de formação – existem conteúdos que se

encontram desactualizados face às necessidades da oferta e da procura.

Embora reconheçam o esforço da ANQ na actualização dos referenciais de

formação, as Entidades consideram que é necessário tornar o processo mais ágil.

• Duração das UFCD – organização das UFCD em períodos de duração menos

rígidos porque a duração de 25 e 50 horas dificulta a distribuição temporal dos

módulos e o número de horas nem sempre se encontra adequado aos

conteúdos, revelando-se excessivo, nalguns casos e limitado, noutros.

• UFCD transversais – criação de um pacote de UFCD transversais que não se

encontre associado a uma área de formação específica, evitando que existam

UFCD que versam sobre as mesmas temáticas em vários percursos ou a existência

de algumas que, embora sejam transversais, se encontram associadas apenas a

uma área de formação.

O envolvimento e articulação com o tecido económico tende a operar sob diversas

formas tanto no plano da regulação (via participação na configuração dos instrumentos

– CNO, Referenciais, … - dinamizada pela ANQ), como no plano da operacionalização

(via articulação, gradualmente mais intensa, com a rede dos CNO e via programação

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Relatório Final

101

IV. Resultados da Avaliação

territorializada das ofertas). Neste enquadramento, e tendo em vista garantir uma

crescente credibilidade do Catálogo, deve salientar-se também o contributo dos

seguintes factores:

• Criação de Conselhos Sectoriais – constituídos por Parceiros sociais; Entidades

empregadoras (de várias dimensões, seleccionadas em função da atitude

interveniente na esfera da formação); Entidades formadoras (Escolas Profissionais,

Centros de Formação e Departamento de Formação do IEFP e Escolas

Tecnológicas); Entidades/autoridades reguladoras9; especialistas académicos; e

outras entidades particulares de sectores específicos. Estes Conselhos são

responsáveis por verificar se os referenciais que estão no CNQ correspondem às

necessidades do sector, se existem saídas profissionais em declínio e que novas

saídas ou competências emergentes poderão ser introduzidas em função das

novas tendências do mercado.

• Articulação com os Sistema Nacional de Certificação – construção e/ou revisão dos

referenciais em articulação com as várias Entidades Certificadoras das profissões

regulamentadas, i.e., aquelas cujo exercício se encontra regulado por títulos

profissionais obrigatórios (Licença, Carteira Profissional, Cédula Profissional ou

outro) que asseguram a posse das competências necessárias.

A garantia de adequação da oferta às necessidades da procura só é, todavia, passível

de ser assegurada através da actualização permanente do Catálogo, nomeadamente

pela via de da realização de trabalhos de prospectiva que permitam avaliar as

necessidades de formação e as tendências do mercado de trabalho a nível sectorial

e/ou territorial e, por essa via, estimular o ajustamento das UFCD (níveis de qualificação,

áreas de formação, conteúdos formativos, …) à evolução dinâmica dos segmentos da

procura individual e das Entidades empregadoras.

Para que o instrumento sirva este propósito das FMC, afigura-se necessária uma

adequada utilização que constitua menos uma fonte para definição dos cursos de

formação e mais uma ferramenta a utilizar na lógica da procura, contribuindo para

contrariar as lógicas da oferta de formação avulsa e fragmentária que caracterizaram,

p.e., o desenvolvimento de grande parte da formação contínua de activos no passado.

9 Administração Central do Sistema de Saúde; Autoridade para as Condições de Trabalho; Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural; Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte; Centro de Formação Profissional da Indústria Electrónica; Centro de Formação Profissional das Indústrias da Madeira e Mobiliário; Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica; Centro de Formação Profissional dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Serviços e Novas Tecnologias; Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul; Direcção Geral de Energia e Geologia; Direcção Geral das Actividades Económicas; Instituto do Emprego e Formação Profissional; Instituto Nacional de Aviação Civil; Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres.

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Relatório Final

102

IV. Resultados da Avaliação

Esta nova tipologia de formação, que não encontra paralelo nas modalidades de

formação co-financiadas pelo FSE em anteriores Quadros Comunitários, contribui para

romper com o tradicional sistema de formação contínua baseado na oferta de

formação, frequentemente desligada das necessidades de formação dos indivíduos e

das empresas, em favor de um modelo orientado pela procura de mercado que permita

responder às necessidades específicas dos indivíduos e das Entidades empregadoras.

No plano operacional, a adequação às necessidades dos activos empregados passa por

soluções que não exigem ausências prolongadas do local de trabalho e permitem

adquirir formação apenas numa área específica, para a qual o indivíduo não detém

competências, com a vantagem de conferir uma certificação, prerrogativa que o antigo

modelo de formação contínua não contemplava. Paralelamente, a possibilidade de os

indivíduos entrarem a meio do percurso formativo, não exigindo que frequentem o

percurso completo, permite diminuir significativamente os custos associados à formação

profissional e adquirir qualificações/certificações em períodos de tempo mais reduzidos.

Através deste novo modelo de organização, assente em formações mais curtas, passíveis

de serem combinadas em pacotes de formação específica, os indivíduos adquirem

certificações parciais em áreas de competências que não detêm, identificadas através

de processos de RVCC (Escolar ou Profissional) que podem resultar em percursos

formativos completos que garantem a certificação profissional.

Com esta solução, garante-se, aos indivíduos, a possibilidade de realizarem percursos

formativos completos de forma intermitente, i.e., de acordo com as suas necessidades e

disponibilidades quer pessoais, quer profissionais, não exigindo o afastamento do seu

local de trabalho por elevados períodos de tempo, na medida em que podem

frequentar, ao longo do tempo, as UFCD (que compõem o percurso) que desejarem.

Para além do constituir uma nova modalidade de formação que corresponde a um novo

modelo de organização, a Tipologia FMC apresenta ainda outra inovação,

especialmente valorizada pelas Entidades empregadoras no ajustamento às suas

necessidades de formação que não são estáticas. Essa inovação reside no formato de

candidatura adaptado o qual se revela mais simples e agregador, diferente dos modelos

anteriores e dos utilizados nas outras Tipologias em que, ao invés de exigir que as

entidades candidatas indiquem quais os cursos de formação que irão realizar (na óptica

de um “menu” de formação), exige apenas que as mesmas indiquem o volume de

formação que pretendem executar, por área de formação.

Esta inovação constitui um dos pontos fortes das FMC, na medida em que se introduz

flexibilidade no modelo de financiamento, indispensável para implementar uma

modalidade com características sobreorientadas de resposta à procura de formação,

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

103

IV. Resultados da Avaliação

assegurando a descontinuidade das lógicas de oferta de formação por parte das

Entidades formadoras.

Do ponto de vista das Entidades beneficiárias, as mais-valias centram-se nos vectores

seguintes: (i) por um lado, permite ultrapassar as dificuldades de previsão (a dois anos,

período de elegibilidade da candidatura) das necessidades de formação e,

consequentemente, de identificação dos cursos de formação a desenvolver, na medida

em que durante a execução dos projectos surgem factores externos que podem

condicionar o desenvolvimento dos mesmos; e (ii) por outro lado, é uma forma segura de

estimular o desenvolvimento de formação à medida das necessidades concretas que

vão surgindo, caso contrário as Entidades empregadoras continuariam dependentes das

ofertas “standard” de formação que poderiam não responder, de forma dinâmica às

necessidades dos activos adultos (cf. Anexo 7B).

Na perspectiva da gestão do POPH e no plano organizativo, este novo modelo minimiza

os pedidos frequentes de alteração e a carga de trabalho extra que os mesmos induzem

sobre o Secretariado Técnico. No entanto, este modelo tem também algumas

desvantagens, nomeadamente a insuficiente informação relativa a cada acção (p.e.,

de caracterização da acção e respectivos formandos), só existindo acesso à respectiva

execução física quando as entidades procedem ao respectivo registo no Sistema, o que

obrigatoriamente apenas ocorre em sede de Reembolso Intermédio e Pedido de

Pagamento de Saldo Final (cf. Anexo 4B).

O POPH tem prevista a realização de acções de acompanhamento de natureza formal

centradas na solicitação de documentos associados à realização de despesa e na

verificação de aspectos pedagógicos, estas efectuadas durante o período de formação.

Figura IV. 3 Acções de Acompanhamento dos Projectos

Em caso de detecção de irregularidades, a AG/POPH pode adoptar um ou vários dos

seguintes procedimentos: (i) Revogação dos projectos; (ii) Comunicação à DGERT (caso

os problemas detectados esteja relacionados com a capacidade formativa das

ADM

INIS

TRA

TIVO

EFI

NA

NC

EIRO Pedidos de elementos

de despesa;Pedidos de esclarecimento de dúvidas .

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a) Verificações de natureza

pedagógica no local durante o período da formação (p.e., realização de inquéritos aos formandos e a formadores, verificação da qualidade e adequação das infra-estruturas educativas, análise dos DTP…). Os projectos a visitar são definidos de forma aleatória e as entidades são avisadas antes das visitas

VISI

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IA Verificação in loco das condições que originaram a denúncia.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

104

IV. Resultados da Avaliação

entidades); e (iii) Participação ao Ministério Público no caso de problemas relacionados

com incumprimentos legais.

Este tipo de procedimentos não dispensa um modelo de actuação centrado no

acompanhamento de aspectos relevantes do ciclo do projecto: se a formação que as

entidades estão a realizar está efectivamente de acordo com as necessidades dos

indivíduos, das empresas ou dos territórios; se a formação está a contribuir para o

cumprimento dos objectivos da Tipologia, ou se, está a ser utilizada como formação de

sistema, (p.e., oferta de pacotes integrados de formação retirados do CNQ sem qualquer

ligação às necessidades dos indivíduos e das organizações, das actividades e dos

territórios).

Resultados dos Indicadores Operacionais associados às componentes de análise da Questão de Avaliação 4

Indicadores Evidências

Acesso dos vários tipos de entidades à Tipologia, em função das suas dimensões;

• Cerca de 60% das entidades promotoras de FMC com candidaturas aprovadas no 1º Período de candidatura são Entidades formadoras;

• Os restantes 40% são distribuídos igualmente entre Entidades empregadoras e “Outros operadores” (90% destes são privadas ou pessoas colectivas sem fins lucrativos);

• As Entidades de natureza pública têm uma expressão marginal. [Fonte: SIIFSE, Mapa de Candidaturas].

Acesso dos activos adultos mais desqualificados à Tipologia;

• Cerca de um em cada três formandos possui habilitações iguais ou inferiores ao 2º ciclo do ensino básico (6º ano de escolaridade) e 44,5% possui o 9ª ano de escolaridade;

• O peso dos detentores de habilitações superiores é residual (3,8%), em consequência de o POPH ter reduzido o crescimento deste segmento, ao recentrar a intervenção nos seus objectivos (apenas 10% dos participantes poderia ter habilitação superior ao Bacharelato).

• O acesso a determinados percursos formativos e respectivas saídas profissionais, está condicionado pelos reduzidos níveis de escolaridade de base de grande parte dos activos adultos.

[Fontes: Estudos de Caso; Entrevistas; e SIIFSE, Dados de execução] Contributos da Tipologia para a melhoria da situação dos beneficiários finais: qualificação escolar e profissional, progressão profissional, vantagens salariais, etc.

• Contributo médio elevado e forte para os seguintes objectivos da Tipologia: Elevação dos níveis de qualificação profissionais dos beneficiários; aquisição/actualização/e aprofundamento de conhecimentos específicos de base profissional; desenvolvimento de competências pessoais, sociais e relacionais; melhoria do desempenho profissional e da produtividade das Entidades empregadoras.

[Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC]

Vantagens de desvantagens da FMC face a outras Tipologias (p.e., Cursos EFA).

• A duração das FMC face à carga horária dos Cursos EFA de dupla certificação é mais atractiva para determinados segmentos da procura, nomeadamente os activos empregados;

• Possibilidade de adquirir certificações parciais. [Fontes: Entrevistas; Estudos de Caso; Regulamentos Específicos das Tipologias POPH]

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

105

V. Conclusões

VV.. CCOONNCCLLUUSSÕÕEESS

V.1 CONTRIBUTO DAS FMC PARA O FUTURO DAS QUALIFICAÇÕES EM PORTUGAL: QUESTÕES

CRÍTICAS

A Reforma da Formação Profissional em Portugal, lançada em 2007, visou três objectivos

fundamentais: (i) elevar as qualificações escolares e profissionais da população activa; (ii)

aumentar o acesso à formação, nomeadamente por parte dos activos empregados; e

(iii) melhorar a relevância da formação para alcançar níveis acrescidos de coesão social,

emprego e modernização.

Após duas décadas de pesados investimentos públicos nas várias vertentes da formação

profissional (logística, recursos formativos, bolsas, …), e contando com os fluxos de

financiamento de três gerações de programação do FEDER e do FSE, reconhecia-se,

então, que:

• Portugal ainda não tinha conseguido melhorar significativamente as suas

qualificações, sobretudo porque grande parte destes investimentos em formação

não tinham permitido uma progressão satisfatória nas qualificações formais dos

beneficiários directos;

• O acesso a educação e formação formal não era fácil para empresas e

trabalhadores, em particular para os menos qualificados; na maioria das vezes,

significava longas durações e pesadas cargas horárias e interferia com os

compromissos laborais (no caso dos activos empregados);

• O novo e reforçado investimento público em formação profissional, programado e

negociado para o período de vigência do QREN (2007-2013), carecia de

significativos ganhos de eficácia.

As Tipologias das FMC e o seu financiamento específico, via Eixo 2 do POPH, viriam assim

a configurar a expressão de resposta renovada a esse desafio de retorno do investimento

das políticas públicas e do empenhamento das organizações empregadoras, entidades

formadoras e activos adultos (empregados e desempregados) na qualificação escolar e

profissional. Em síntese, era, então, imprescindível que: (a) grande parte da formação

dirigida aos adultos, com acesso a financiamento público, pudesse contar para uma

qualificação final, escolar e/ou profissional; (b) a oferta fosse mais atractiva e acessível a

todos, sobretudo para os activos empregados, com a possibilidade de se realizarem

Unidades de Formação de Curta Duração e de se verem reconhecidas as competências

adquiridas, capitalizando-as para efeitos de certificação; e (c) que essa oferta fosse

relevante, ou seja, capaz de produzir as qualificações e as competências necessárias.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

106

V. Conclusões

A concepção do CNQ em 2007, no âmbito da Reforma da Formação Profissional, teve

em conta estes pressupostos. O seu lançamento motivou, entre os especialistas e os

operadores de formação, fortes críticas e receios dirigidos ao excesso de rigidez na oferta

e ao risco de escolarização da formação profissional.

Estas críticas e receios foram claramente sinalizadas no trabalho empírico da Avaliação

de Operacionalização das Tipologias FMC, mas, na realidade, o que resulta deste Estudo,

sobretudo à medida que se caminhou para o 2ª período de candidaturas e com o

próprio desenvolvimento da execução da 1ª geração de projectos aprovados (2008), é

que boa parte dessas críticas relevavam, sobretudo, de uma menor compreensão do

que poderia ser um CNQ e do que seriam as suas opções de base, tomadas logo na

concepção e implementação inicial deste novo instrumento, com o objectivo de orientar

estrategicamente a qualificação profissional (não superior) da população activa em

Portugal. A flexibilidade permitida aos percursos formativos dos adultos activos e a

formação de competências específicas, são precisamente as duas principais vantagens

encontradas e, entretanto, compreendidas pelas Entidades beneficiárias.

Após dois anos de execução física e financeira das FMC e de um significativo

alargamento e revisão (no final de 2010, contava com cerca de 250 qualificações

disponíveis e com a possibilidade de se aceder a mais de 5.600 UFCD), o CNQ está

melhor compreendido e aparentemente apropriado. Para esta conclusão, converge,

entre outros indicadores, a avaliação que as Entidades beneficiárias de FMC inquiridas no

âmbito do Estudo fazem do CNQ: 61% considera que a oferta do CNQ está adequada às

necessidades identificadas pela entidade e 27% considera-a mesmo muito adequada.

A Avaliação da Operacionalização das Formações Modulares Certificadas (Tipologias

2.3., 8.2.3 e 9.2.3 do POPH), sobretudo centrada na adequação e na operacionalização

dos instrumentos de funcionamento não pode deixar de ter em conta outras questões

críticas, de natureza mais sistémica, pertencentes à esfera da regulação da formação

certificada de adultos activos e que remetem para o espaço de intervenção (atribuições

e competências) da ANQ, dos CSQ e do CNO e para a articulação estratégica destas

instâncias com a gestão do financiamento das referidas Tipologias, em sede Eixo 2 do

POPH.

Como enunciado na matriz de suporte a esta Avaliação (cf. pg. 5 do Sumário Executivo),

são quatro as grandes Dimensões de Análise (dinamicamente declinadas das Questões

de Avaliação) que se prendem com o contributo das FMC para a evolução das

qualificações em Portugal:

(i) Acessibilidade e estímulo aos investimentos em formação ao longo da vida quer

da parte dos indivíduos (activos adultos de baixa qualificação), quer da parte dos

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

107

V. Conclusões

empregadores. Ou seja, estarão as dinâmicas de procura geradas pelas FMC no

arranque do POPH a ir neste sentido (quantitativa e qualitativamente)?

(ii) Qualidade e relevância das FMC. Em que medida as metodologias e os

instrumentos utilizados na análise das candidaturas permitem dar resposta às

necessidades do Programa, nomeadamente dando garantias da qualidade e da

relevância da oferta de FMC?

(iii) Dupla certificação na educação e formação de adultos. Estarão as FMC a

contribuir para o objectivo de elevar as qualificações escolares e profissionais dos

adultos de baixa qualificação em Portugal, nomeadamente através da sua

utilização combinada com processos de RVCC? Qual o papel dos CNO?

(iv) Implementação das FMC. Ou seja, o modelo das FMC, mais flexível e centrado na

procura, a partir de UFCD, está de facto a ser incorporado e implementado pela

oferta no terreno e encontra suporte no modelo de funcionamento previsto? As

metodologias e instrumentos utilizados no processo análise de candidaturas

permitem dar resposta às necessidades do Programa?

Estas quatro Dimensões de Análise/ Questões de Avaliação foram posteriormente objecto

de maior detalhe, sob a forma de Componentes de Análise que vieram orientar a

estruturação e a apresentação dos Resultados, no Capítulo IV, a partir do processamento

de diversos fluxos de informação empírica gerados pelas componentes técnicas da

Avaliação (nomeadamente, a partir de Entrevistas, Análise do sistema de informação/

Base de dados, Inquérito às Entidades beneficiárias, Estudos de caso e sessão de Focus

group), mas também por elementos documentais resultantes, p.e., do trabalho de

Avaliação Externa da Iniciativa Novas Oportunidades – vertente Adultos (CEPCEP, UCP,

2008-2010).

V.2 ELEMENTOS DE BALANÇO – VISÃO COMPREENSIVA

Esta secção procura fazer um balanço compreensivo das questões críticas relativas aos

contributos das FMC. Os elementos de balanço estão organizados segundo as Dimensões

de análise vs. Questões de Avaliação e as Componentes de Análise que guiaram a

exploração dos diversos fluxos de informação empírica processada durante a Avaliação.

Os elementos de balanço relativos ao modelo de funcionamento, ainda no âmbito da

especificação da Questão de Avaliação 4, são apresentados, no Ponto V.3,

especificamente dedicado aos dispositivos de suporte à gestão e desenvolvimento

regulamentar das FMC.

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Relatório Final

108

V. Conclusões

Questão de Avaliação 1. As dinâmicas de procura geradas pelas FMC no arranque do P0PH vão no sentido das dimensões-chave identificadas?

(a) Adequação do perfil das Entidades beneficiárias aos objectivos prosseguidos pelas FMC

A adesão às FMC foi muito satisfatória registando-se níveis elevados de procura por parte

das Entidades empregadoras, das Entidades formadoras e dos Outros Operadores, com o

perfil esperado de Entidades beneficiárias largamente repercutido nas candidaturas e

nos projectos aprovados.

Quase 60% das entidades promotoras de FMC com candidaturas aprovadas no 1º

período de candidatura, são Entidades formadoras, sendo os restantes projectos

aprovados distribuídos equitativamente entre Entidades empregadoras e Outros

operadores, com uma forte presença de dois tipos de operadores, especialmente

posicionados no esforço de qualificação de activos adultos: (i) por um lado, a rede

pública e de gestão participada de Centros de Formação Profissional; e (ii) por outro

lado, as Associações Empresariais e as grandes empresas, com capacidade de

formação instalada. O significativo número de Entidades empregadoras que

candidataram projectos às FMC, logo no 1º período de candidatura constitui um

indicador do reconhecimento da relevância das FMC para a formação certificada dos

seus activos, por parte de actores-chave do sistema de emprego/formação.

A maioria das Entidades empregadoras que recorre a FMC encontra nesta modalidade a

possibilidade de realizar formação específica e modular, inserida no CNQ e, portanto,

portadora de importantes mais-valias, amplamente reconhecidas por estas entidades:

tem sempre uma certificação associada, é de curta duração e é passível de

combinação flexível. O acesso a FMC contribui, na óptica das Entidades empregadoras,

para melhorar o nível de competências profissionais dos activos adultos nas empresas,

mas também, na óptica dos formandos, para a aprendizagem ao longo da vida e a

aquisição de certificações profissionais (que, conjugadas, equivalem a percursos

profissionais).

A importância das Entidades empregadoras para o esforço de prossecução dos

objectivos da ALV referentes à melhoria dos níveis de qualificação escolar e profissional

dos adultos activos de baixa qualificação em Portugal – pode efectivamente ser

condicionado pelo padrão do tecido empresarial (nomeadamente, com dimensão do

pessoal ao serviço inibidora do preenchimento de requisitos relativos ao número mínimo

de participantes; e com um rácio limitado de promoção de acções no âmbito das FMC

Dimensão de Análise 1. Acesso e estímulo à Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV)

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Relatório Final

109

V. Conclusões

que enquadrem as necessidades de qualificação escolar e profissional dos seus

trabalhadores numa óptica de certificação total).

(b) Perfil dos destinatários-alvo abrangidos pelas FMC: níveis de habilitação escolar e situação face ao emprego

O perfil dos formandos, identificado através da análise dos indicadores de execução, vai,

de alguma forma, ao encontro daquele que as FMC efectivamente pretendiam:

envolver “pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação,

detentores de baixas qualificações escolares e/ou profissionais, ou quando estas últimas

se revelem desajustadas às necessidades do mercado de trabalho”.

Habilitações escolares. Os formandos das FMC são maioritariamente indivíduos

com habilitações iguais ou inferiores ao 3º ciclo do ensino básico (44,5% do total

de formandos, tem o 3.º ciclo de escolaridade; 21,7%, tem o 6.º ano; e 11,1%,

apenas o 4º ano de escolaridade); os detentores de habilitações superiores têm

um peso residual (3,8%), fruto dos limites introduzidos pela gestão do POPH

recentrando a Tipologia nos objectivos de qualificação.

A análise cruzada do entendimento expresso pelos vários operadores das FMC, vai

no sentido de as habilitações escolares não limitarem o acesso a esta modalidade,

desde que combinadas com o nível de qualificação profissional dos candidatos

(qualificações e experiência profissional).

Situação face ao emprego. Os activos empregados representam cerca de quatro

em cada cinco formandos das FMC; destes, mais de três quartos são empregados

por conta de outrem, dos quais apenas 7,4% são activos internos às Entidades

beneficiárias. A percentagem menos relevante de desempregados (cerca de

20%) que frequentou acções das FMC é reveladora de que esta modalidade está

a ser encarada, pelas Entidades beneficiárias, como uma forma de garantir a

qualificação de activos empregados pois corresponde a uma formação mais

adequada às suas características e necessidades, sobretudo as que se

relacionam com as dificuldades de frequência de acções de formação de longa

duração e pouco flexíveis.

As limitações regulamentares de acesso à FMC são, frequentemente, alvo de críticas

pelas Entidades beneficiárias, sobretudo na actual conjuntura económica e social, com

elevado nível de desemprego e uma estrutura etária e de habilitações dos

desempregados preocupante (peso esmagador de idades elevadas/baixas

qualificações e crescente presença de jovens licenciados).

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Relatório Final

110

V. Conclusões

(c) Contributo dos projectos aprovados para a concretização das metas definidas no Programa para as FMC

Até final de 2008, mais de 187 mil formandos foram abrangidos (execução efectiva

relativa a projectos concluídos, com dados inseridos no Sistema), correspondendo a

cerca de 60% da meta anual estabelecida. Mais concretamente, estes 187.040

formandos frequentaram cerca de 6,2 milhões de horas de formação e 1600 UFCD, sendo

de sublinhar, no entanto, que este volume de formandos representava, à data, apenas

20,5% do total de formandos aprovados. Em mais de ¾ das entidades inquiridas, os níveis

de execução, quer em termos de volume de formação, quer de formandos abrangidos,

situaram-se acima dos 75%.

Este volume de procura afigura-se surpreendentemente elevado tendo presente que

2008 foi o ano de instalação desta nova modalidade e que grande parte da execução

esteve concentrada no último trimestre. Entretanto, os dados do Relatório de Execução

do POPH, referentes a Dezembro de 2009, apontavam para um volume global de 603,9

mil formandos abrangidos, performance que ultrapassa a meta estabelecida (meta

anual média de 300 mil).

Os principais factores que, do ponto de vista da implementação dos projectos, podem vir

a justificar eventuais desvios face aos resultados esperados, segundo as Entidades

beneficiárias de FMC inquiridas no âmbito desta avaliação (por ordem decrescente de

importância), são os seguintes:

• Disponibilidade dos trabalhadores para a formação profissional contínua.

• Articulação entre as UFCD (níveis de qualificação, conteúdos de formação, …) e

as necessidades do público-alvo.

• Divulgação e sensibilização junto dos públicos-alvo.

• Articulação entre as necessidades e o funcionamento do mercado de trabalho e

os objectivos da Tipologia.

• Crise económica e aumento do volume de desemprego dos inscritos.

• Articulação do perfil dos beneficiários face aos objectivos iniciais.

• Oferta formativa disponível no CNQ.

Os contributos das candidaturas aprovadas são globalmente bastante significativos e

relevantes na opinião das Entidades beneficiárias, destacando-se os contributos para: (i)

Elevação de níveis de qualificação profissional dos activos adultos, com

aquisição/actualização/aprofundamento de conhecimentos específicos de base

profissional, associados ao desenvolvimento de competências pessoais, sociais e

relacionais (Média 3,54, em 4); (ii) Estímulo à frequência de outras acções de formação

profissional, representando um ganho potencial dos activos adultos para uma trajectória

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Relatório Final

111

V. Conclusões

de formação ao longo da vida (Média 3,50, em 4); e (iii) Melhoria de desempenhos

profissionais e da produtividade das entidades empregadoras (Média 3,49, em 4).

Questão de Avaliação 2. As metodologias e os instrumentos utilizados na análise das candidaturas permitem dar resposta às necessidades do Programa, nomeadamente, dão garantias da qualidade e da relevância da oferta de FMC?

(a) Qualidade dos projectos aprovados – contributos para o cumprimento dos objectivos

A análise dos mecanismos de fundamentação técnica das candidaturas, bem como da

qualidade da oferta de acções de FMC proposta pelos projectos aprovados, evidencia

uma utilização de diagnósticos de necessidades de formação pela generalidade dos

segmentos de Entidades beneficiárias. Esta utilização é, contudo, predominante nas

Entidades empregadoras e nas Entidades formadoras (operadores de formação).

Os mecanismos utilizados pelas Entidades beneficiárias para fundamentar a oferta de

FMC revelam alguma maturidade. Com efeito, mais de metade das entidades inquiridas

recorrem a diagnósticos de necessidades de formação sobre áreas e cursos de interesse

para o público-alvo, sector ou região, ao qual se destina a formação. Cerca de metade

dessas Entidades estabelecem formas de contacto directo com o mercado de trabalho

ou com Entidades empregadoras; a observância do CNQ como mecanismo de

referência para as escolhas das Entidades empregadoras é muito significativa. A menor

observância do CNQ por parte das Entidades formadoras e Outros operadores, na fase

de candidatura, é recuperada, posteriormente, na fase de organização efectiva das

acções.

Contudo, numa análise mais detalhada deste indicador, constata-se que a qualidade

média das candidaturas varia em função do perfil de entidades, sendo que a maioria

das candidaturas das Entidades empregadoras e dos Outros operadores aufere

pontuações médias entre os 50 e os 69 pontos, ao passo que mais de metade das

candidaturas das Entidades formadoras alcança valores acima dos 70 pontos.

Apesar do novo modelo de candidatura – baseado no volume de formação previsto por

área de formação – ser amplamente reconhecido pela entidade financiadora como

uma das vantagens da FMC quer do ponto de vista processual, quer do ponto de vista

de uma ruptura com as lógicas demasiado centradas na oferta de formação (e menos

na procura), a percepção da qualidade (e da própria relevância) da formação que

efectivamente está a ser ministrada não se encontra facilitada.

Dimensão de Análise 2. Qualidade e relevância das FMC

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Relatório Final

112

V. Conclusões

A existência de mecanismos de acompanhamento dos projectos (na óptica da

verificação formal), não salvaguarda a necessidade de melhorar e reforçar as múltiplas

dimensões de um sistema de qualidade da formação profissional [cf. alínea c) seguinte,

especificamente dedicada a esta questão].

(b) Articulação entre a procura e a oferta: componentes e áreas de formação das FMC

As 1.662 UFCD frequentadas pelos formandos das FMC, até ao final de 2008, percorrem a

generalidade das áreas de formação tecnológica (89,3% dos formandos abrangidos);

por sua vez a formação de base correspondeu a 67 UFCD que envolveram 10,7% do total

de formandos abrangidos.

A formação essencialmente tecnológica conhece forte expressão das Ciências

Informáticas, para cuja relevância e contributo concorrem a efectiva importância da

literacia tecnológica, nomeadamente o uso das tecnologias de informação e

comunicação, para os níveis de eficiência e produtividade do trabalho, no contexto das

organizações e em termos de participação cívica dos adultos, nos mais variados

contextos de vida. Importa ter presente o facto de nos critérios de selecção se valorizar os

projectos que remetem para a área das Ciências Informáticas (Critério nº10 – Contributo

para o desenvolvimento das competências profissionais nos domínios da inovação e da

sociedade de informação).

A informação relativa à formação de base revela que esta é uma área pouco presente

nos projectos das Entidades empregadoras, representando 2,1% do total dos formandos a

abranger, demonstrando que as Entidades empregadoras estão a utilizar as FMC como

forma de colmatar as necessidades de formação específicas dos seus activos, relegando

para segundo plano os investimentos no aumento dos respectivos níveis de qualificação

escolar.

No entanto, importará referir, que este padrão de oferta tem sido relativamente

persistente e comum a outras modalidades de educação e formação, o que pode

relevar mais de fenómenos de extensão da capacidade instalada da oferta do que um

ajustamento às necessidades reais da população adulta activa. Qualquer inferência

desta natureza, ou avaliação da adequação e relevância estratégica das FMC (ou de

qualquer outra oferta de educação e formação) para as necessidades e prioridades de

qualificação do país, necessitaria de evidências de avaliação que efectivamente não

estão disponíveis. Ainda assim, sublinha-se a importância de outros indicadores de

execução das FMC:

• considerável dispersão das áreas de formação cobertas (36 áreas

tecnológicas, para além da área de Formação de base);

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Relatório Final

113

V. Conclusões

• variação do padrão de áreas de formação por região, o que revela alguma

capacidade de resposta às necessidades específicas das regiões;

• potencial de mobilidade que as FMC podem promover na medida em que

cerca de 43% dos 187 mil formandos abrangidos, frequentaram mais do que

uma UFCD num determinado percurso formativo.

(c) Qualidade e proximidade da oferta formativa – respostas e orientação das novas dinâmicas de procura

O padrão de contributos referenciado pelas entidades inquiridas é claro quanto às

prioridades que estabelecem na abordagem desta tipologia:

• as Entidades empregadoras pretendem encontrar resposta às necessidades

de formação dos activos empregados e à melhoria do ajustamento entre

competências e organização do trabalho (dimensões competitivas) e

residualmente ao preenchimento de requisitos regulamentares – Código de

Trabalho (dimensão formal);

• as Entidades formadoras pretendem enquadrar respostas a necessidades da

procura, p.e., em matéria de reforço de competências dos adultos activos

que preencham as necessidades dos respectivos processos de certificação e

de empregabilidade; e

• os formandos das FMC, segundo as Entidades beneficiárias, encontraram

nesta modalidade, sobretudo, a possibilidade de acesso a formação

específica, o que significa que a frequência das FMC tem a sua utilidade

menos ligada ao completamento de percursos de formação com

certificação total.

Neste enquadramento, a promoção de uma oferta de FMC de maior qualidade e

proximidade, ou mesmo a capacidade de reorientar ou reforçar as actuais dinâmicas de

oferta e procura de FMC, pelas entidades reguladora e financiadora, deverão passar

necessariamente pela consolidação e melhoria dos instrumentos de análise e selecção

de candidaturas e dos dispositivos de acompanhamento dos projectos aprovados (cf.

em particular Ponto V.3), como parte da estruturação de qualidade do ciclo de vida dos

investimentos na formação. Contudo, vai requerer ainda estímulo e incentivo ao

fortalecimento dos mecanismos de articulação institucional no terreno, destacando-se

em particular:

• a articulação com os Centros Novas Oportunidades, beneficiando de

processos de diagnóstico e de encaminhamento integrados com forte

vocação para a qualificação total dos indivíduos beneficiários das FMC

(apenas 16,6% do total dos formandos é encaminhado para as FMC através

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Relatório Final

114

V. Conclusões

dos CNO e 38% das entidades inquiridas recorrem ao encaminhamento de

formandos por via de processos de RVCC/CNO);

• a articulação com os Centros de Emprego (que tem, ainda, uma expressão

residual), no sentido de proporcionar soluções formativas deste tipo à

população adulta desempregada com carências de formação; e

• a articulação com outros intermediários entre o sector empregador e a

população activa (Associações empresariais, Sindicatos, Entidades formadoras,

3º sector, …) pode ter uma importância crucial neste “fine tuning” da procura.

A questão da qualidade e da proximidade da FMC (ou de qualquer outra modalidade

de educação e formação) às necessidades da procura, bem como a questão da sua

relevância estratégica, deve ser deslocada, todavia, para o patamar do sistema de

qualidade da formação profissional e das suas múltiplas dimensões:

• Mecanismos de antecipação de necessidades de qualificações, por sector e

região, mecanismos que, de uma forma ágil e simplificada, identifiquem

défices de qualificações que possam ser colmatados por FMC, no curto e

médio prazo, e orientem os investimentos públicos em formação.

• Intervenção estratégica e prospectiva das entidades reguladora e

financiadora e dos seus mecanismos de intervenção. Apenas uma em cada

quatro entidades beneficiárias utiliza as “orientações estratégicas dos

organismos da tutela para a tipologia (estruturas do POPH, ANQ10, …)” e o

próprio “Catálogo Nacional de Qualificações”. O reforço desta intervenção

traria igualmente uma acrescida informação sobre o “perfil da oferta existente

noutras entidades formadoras”, informação a que as entidades inquiridas

admitem recorrer muito pouco (mesmo as entidades formadoras e os outros

operadores) quando definem e fundamentam a sua oferta de FMC. Estes

elementos contribuiriam, ainda, para evitar sobreposição ou concorrência

excessiva de ofertas na mesma região.

• Avaliação da qualidade (e relevância) dos referenciais de qualificações e

respectivas UFCD disponíveis no CNQ, em sede de intervenção da ANQ e dos

CSQ.

• Articulação com o sistema de regulamentação das profissões, com

envolvimento directo das entidades sectoriais e profissionais responsáveis,

10 Cf. A este propósito o balanço de dois anos de trabalho da ANQ e as preocupações apresentadas como desafios para o ano de 2010: (i) dinamizar, no quadro dos Conselhos Sectoriais para a Qualificação, uma agenda de análises e debates de natureza prospectiva sobre a evolução das qualificações; (ii) incentivar uma maior participação e crescente autonomização por parte dos parceiros sectoriais na dinamização dos Conselhos Sectoriais para a Qualificação; e (iii) tornar o Modelo Aberto de Consulta um recurso relevante para a recolha de propostas de iniciativa das empresas e outros actores económicos (Feliciano, 2010).

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Relatório Final

115

V. Conclusões

sobretudo no que respeita à questão do acesso a profissões regulamentadas

via reconhecimento da experiência e ao princípio da flexibilidade das

formações modulares no percurso de formação.

• Exploração do novo regime de certificação de entidades formadoras,

recentemente publicado (Portaria n.º 851/2010), que já prevê a certificação

por áreas de educação e formação e a divulgação, num único sistema de

informação, de todas as entidades formadoras certificadas por área de

educação e formação.

• Intervenção da entidade reguladora do CNQ (ANQ) na garantia de qualidade

da FMC, nomeadamente através da Rede de Escolas, Centros de formação,

Entidades empregadoras e Outros operadores, com CNO ou com protocolos,

que estejam ou venham a desenvolver FMC.

• Utilização do SIGO e da Caderneta Individual de Competências11 para

avaliação das dinâmicas de acesso a FMC e de certificação (parcial e total)

às qualificações profissionais disponíveis no CNQ, bem como da utilização

integrada e eficiente dos sistemas de informação existentes com objectivos de

gestão e monitorização dos projectos aprovados.

• Recurso a avaliações externas periódicas da execução física e financeira das

tipologias de FMC previstas no POPH, com uma forte componente de

avaliação da qualidade e relevância da formação, tendo em conta o

confronto com os diagnósticos específicos de necessidades de formação

efectuados e a fundamentação de prioridades de formação associadas aos

projectos aprovados.

11 A Caderneta Individual de Competências foi criada a 2 de Julho de 2010 pela Portaria nº475/2010, de 8 de Julho. A Caderneta permite registar todas as certificações parciais adquiridas pelos indivíduos e comparar as formações e competências adquiridas, permitindo aos empregadores verificar, de forma expedita, a adequação das competências dos candidatos ao posto de trabalho; do ponto de vista do titular, facilita a actualização e organização (em suporte electrónico) do percurso formativo. A Caderneta Individual de Competências é um documento electrónico que deve ser preenchido através do SIGO (Sistema de Informação e Gestão da Oferta formativa) pelas entidades formadoras com a indicação da conclusão das acções de formação ou de processos de RVCC.

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Relatório Final

116

V. Conclusões

Questão de Avaliação 3. Em que medida a expansão da rede de ofertas de percursos de qualificação flexíveis pode contribuir para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas? (a) Resposta da oferta de FMC à dinâmica de procura gerada pela expansão da rede

de CNO As FMC constituem uma modalidade de formação profissional que visa especificamente a

elevação das qualificações profissionais e a melhoria das competências específicas da

população adulta pouco qualificada (qualificações não superiores).

Todavia, parece claro que esta modalidade não deve, nem pode, visar unicamente a

progressão de níveis de qualificação profissional, devendo ser também uma oferta

adequada à progressão de níveis de escolaridade, com reconhecidas vantagens pela

generalidade das entidades beneficiárias. Por um lado, pela flexibilidade que a FMC possui,

pode efectivamente estar mais próxima das necessidades e dos constrangimentos da

população adulta empregada e dos empregadores; por outro lado, porque o acesso a

determinados percursos formativos e respectivas saídas profissionais está cada vez mais

condicionado a determinados níveis de escolaridade, escolaridade essa que grande parte

dos activos adultos ainda não possui.

Deste ponto de vista, afigura-se aconselhável equacionar o papel das FMC no quadro de

uma estratégia, mais ampla e ambiciosa, de dupla certificação dos adultos pouco

qualificados em Portugal, pelo que não é possível isolar o seu contributo (e a sua necessária

complementaridade) do de outras duas ofertas da educação e formação de adultos que,

nos últimos anos, sobretudo no âmbito da Iniciativa Novas Oportunidades e da intervenção

dos CNO, têm vindo a ganhar uma dimensão e importância incontornáveis: os processos de

RVCC Escolares e os Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA).

De acordo com o Regulamento Especifico, cabe aos CNO um papel relevante na

identificação de formandos para as FMC potenciando vantagens associadas ao

trabalho de diagnóstico na orientação para percursos de qualificação completos,

escolares e/ou profissionais. No entanto, o recurso a FMC pelos CNO é, ainda, escasso,

embora se registe algum crescimento entre 2008 e 2009. A informação empírica recolhida

ao longo da Avaliação, aponta para o facto de os CNO encaminharem

preferencialmente os indivíduos para percursos de longa duração, p.e., para Cursos EFA,

sobretudo quando as condições para processos de RVCC não estão cumpridas e

quando os indivíduos se encontram desempregados.

Dimensão de Análise3. Objectivo da Dupla Certificação

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Relatório Final

117

V. Conclusões

Esta preferência de encaminhamento é justificada por várias razões que, na maior parte

das vezes, se prendem quer com a lógica de funcionamento e de financiamento dos

próprios CNO, quer com as preferências da procura, sobretudo quando está em causa o

acesso ou a manutenção do apoio financeiro em situação de desemprego. De acordo

com a ANQ, a baixa expressão dos encaminhamentos de formandos para esta Tipologia

está também relacionada com o facto de, em 2008, o processo de RVCC Profissional

(principal fonte potencial de formandos para as FMC) se encontrar em fase de arranque

existindo, ainda, um número limitado de referenciais. O crescimento gradual dos

processos de RVCC Profissional dentro dos CNO poderá vir a inverter esta tendência.

Apesar do RVCC Escolar, seguido do Curso EFA, serem as duas ofertas de educação e

formação a que mais se recorre no âmbito dos CNO, reconhece-se já o enorme

potencial que têm a FMC e o RVCC Profissional para a educação e formação de

adultos, sobretudo numa lógica de dupla certificação, bem como o importante papel

que estes Centros podem ter na sua exploração, nas fases de diagnóstico e

encaminhamento.

A maioria dos formandos encaminhados pelos CNO para as FMC tem, actualmente,

origem em processos de RVCC escolar, uma das modalidades que se encontra melhor

implementada. Assim, a procura gerada pelos CNO é essencialmente de FMC da

componente de formação de base, com o objectivo de completar percursos de

formação escolar enquadrados em processos de RVCC escolar, formação que

representa cerca de 11% da formação ministrada no âmbito das FMC.

Na óptica da articulação entre a procura gerada e a oferta disponível, afigura-se

conveniente dinamizar a celebração de protocolos entre a ANQ e Entidades

beneficiárias de referência, com forte poder de dominação do mercado de emprego, os

quais poderão contribuir para estimular a relação entre as várias entidades incluindo a

rede de CNO e tornando mais robustos os mecanismos de relação entre a procura e a

oferta, nomeadamente em matéria de mediação para a qualidade dos processos de

empregabilidade dos activos adultos.

Paralelamente, afigura-se igualmente possível aprofundar o ajustamento entre a oferta e

a procura de FMC no âmbito da Tipologia de 3.1.1. Formação-acção. Com efeito, a

partir dos diagnósticos de necessidades de formação desenvolvidos em empresas, alvo

de intervenção, é possível recorrer a uma ou mais UFCD disponíveis no CNQ, realizadas

através da Tipologia de FMC, e permitir, desta forma, aos trabalhadores dessas empresas

colmatar necessidades de formação e, simultaneamente, adquirir uma certificação

escolar e/ou profissional, parcial e acumulável para um percurso de qualificação total.

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Relatório Final

118

V. Conclusões

(b) Envolvimento e articulação com o tecido económico na qualificação dos adultos activos no âmbito dos CNO

O envolvimento e articulação com o tecido económico, no que respeita à oferta de

FMC, tende a operar sob diversas formas tanto no plano da regulação [via participação

no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) e nos Conselhos Sectoriais para a

Qualificação (CSQ), ambos dinamizados pela ANQ], como no plano da

operacionalização (via articulação, gradualmente mais intensa, com a rede CNO).

As Entidades beneficiárias referem frequentemente a existência de protocolos com CNO,

bem como de algumas experiências de cooperação, ao nível de determinadas regiões e

sectores, com o objectivo de articular a oferta formativa aquando da abertura de

candidaturas, de definir estratégias de intervenção junto do tecido empresarial, ou de

divulgar a oferta existente em plataformas colaborativas. No entanto, não é possível

concluir que esta medida tenha efectivamente produzido os resultados expectáveis, a

este nível, ou sequer que seja suficiente para que tal aconteça.

No sentido de dar relevância estratégica aos investimentos em formação e de evitar a

frequente sobreposição de oferta nalgumas áreas (não raras vezes em simultâneo com a

escassez de oferta noutras), continua a ser prioritário assegurar um elevado padrão de

adequação da oferta formativa disponível às necessidades actuais e futuras das regiões

e/ou dos sectores.

A resposta a esta problemática sugere uma maior aposta na criação de redes de

cooperação entre os principais actores, com responsabilidades e interesse na

qualificação de adultos ao nível de cada região e sector, tendo em vista:

• a realização de diagnósticos de necessidades de formação que permitam

produzir documentos de referência comuns para a actividade formativa;

• a articulação entre a oferta de educação e formação e as necessidades

socioeconómicas do contexto de intervenção; e

• a organização e divulgação das ofertas formativas, numa óptica complementar.

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Relatório Final

119

V. Conclusões

Questão de Avaliação 4. O Modelo de UFCD implementado está de acordo com a

estrutura e modo de funcionamento inicialmente previstos?

(a) Implementação do Modelo de UFCD

As FMC constituem um novo modelo de organização da formação e introduzem uma

inovação, especialmente valorizada pelas entidades empregadoras no ajustamento às

suas necessidades de formação, que reside no formato de candidatura adoptado. Este

formato, diferente dos modelos anteriores e dos utilizados nas outras tipologias, ao invés

de exigir que as entidades candidatas indiquem os cursos de formação a realizar (na

óptica de um “menu” de formação), exige apenas a indicação do volume de formação

que pretendem executar, por área de formação.

Dentro das áreas de formação aprovadas, as entidades podem, em cada momento,

seleccionar as UFCD que melhor respondam às necessidades existentes, flexibilidade que

é garantida pelo facto de, em sede de candidatura, apenas ser necessário identificar a

área de formação.

No patamar da execução dos projectos, e embora os conteúdos das UFCD se

encontrem previamente definidos no CNQ, o seu formato relativamente generalista

permite que cada entidade possa adaptá-los às necessidades e características do seu

público-alvo, tal como combinar UFCD, de áreas diferentes e de uma forma flexível,

solução geradora de percursos de formação tendencialmente mais ajustados às

necessidades.

Esta inovação, simples e agregadora, constitui um dos pontos fortes das FMC,

completamente compreendida e amplamente valorizada pela generalidade das

Entidades beneficiárias quer no tocante à flexibilidade introduzida no modelo de

financiamento, quer na necessidade de descontinuar as lógicas de sobredeterminação

da oferta, relativamente comuns na formação contínua, por parte das Entidades

formadoras. Importa ainda sublinhar outras inúmeras vantagens que a FMC trouxe às

Entidades beneficiárias, em geral:

• ultrapassar as dificuldades de previsão (a dois anos, período de elegibilidade da

candidatura) das necessidades de formação;

• estimular o desenvolvimento de formação à medida das necessidades

concretas de indivíduos e de empresas, atenuando a dependência das ofertas

standard de formação;

Dimensão de Análise 4. Implementação das FMC

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Relatório Final

120

V. Conclusões

• dispensar ausências prolongadas do local de trabalho para a frequência de

formação;

• possibilitar a aquisição de formação apenas numa área específica;

• realizar percursos formativos completos de forma intermitente, i.e., de acordo

com necessidades e disponibilidades quer pessoais, quer profissionais;

• possibilitar a entrada dos formandos a meio do percurso formativo, não exigindo

que se frequente o percurso completo, solução que permite diminuir

significativamente os custos associados à formação profissional e adquirir

qualificações/certificações em períodos de tempo mais reduzidos;

• conferir uma certificação escolar e/ou profissional, total ou parcial, mas sempre

acumulável para uma certificação total.

(b) Adequação das UFCD ao perfil de necessidades dos vários segmentos da procura e

da oferta

De acordo com o modelo de regulação das FMC, a garantia de adequação desta

oferta às necessidades da procura depende da actualização permanente do CNQ,

enquanto elemento de referenciação de toda a FMC com financiamento público.

Para que o CNQ sirva este propósito, afigura-se necessário que, pela via da realização de

trabalhos de prospectiva, que permitam avaliar as necessidades de formação e as

tendências do mercado de trabalho a nível sectorial e/ou territorial, se estimule o

ajustamento rápido e adequado das UFCD disponíveis (níveis de qualificação, áreas de

formação, conteúdos formativos, …) à evolução dinâmica dos segmentos da procura

individual e das entidades empregadores.

A oferta de UFCD apresenta-se bastante diversificada, abrangendo 39 áreas de

educação e formação e o CNQ integra actualmente 251 qualificações: 46,6%, conferem

o 9º ano de escolaridade e o nível 2 de qualificação; 47,4%, conferem o 12º ano de

escolaridade e o nível 3 de qualificação; e 6,8%, conferem o 12º ano de escolaridade e o

nível 4 de qualificação. Estas 251 qualificações compreendem mais de 5.600 UFCD às

quais é possível aceder quer de uma forma avulsa, quer de forma combinada em

percursos de qualificação.

Entre as limitações do CNQ e das UFCD que condicionam a sua operacionalização e

adequação às necessidades do público-alvo, apontadas pelos actores que operam no

âmbito das FMC, destacam-se as seguintes: necessidade de actualização e revisão dos

conteúdos de formação; necessidade de flexibilizar a duração das UFCD; e necessidade

de criar um pacote de UFCD transversais que não se encontrem associadas a uma área

de formação específica.

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Relatório Final

121

V. Conclusões

V.3 ELEMENTOS DE BALANÇO – DISPOSITIVOS DE SUPORTE À GESTÃO E DESENVOLVIMENTO

REGULAMENTAR DAS FMC

[Questão 2.] As metodologias e instrumentos utilizados no processo análise de candidaturas permitem dar resposta às necessidades do Programa? (a) Adequação do modelo de divulgação, lançamento da Tipologia e abertura de

candidaturas à suscitação da procura

O indicador-chave do nível de eficácia da divulgação pode ser encontrado nos

resultados dos períodos de abertura de candidaturas: entre o 1º Período de candidatura,

lançado em 2008, e o 3º, lançado no final de 2009, foi candidatado um volume superior a

3.500 projectos e o volume de formandos previstos nessas candidaturas ultrapassou os 3

milhões de activos adultos. Este volume de procura, surpreendentemente elevado

mesmo para a entidade financiadora, constitui uma primeira expressão da procura

revelada face à meta estabelecida no Acordo para a Reforma da Formação Profissional

que prevê abranger 2.175.000 de adultos activos em FMC.

As expectativas geradas à volta desta nova modalidade de formação, as sessões

organizadas a nível regional pela AG do POPH e as transformações que marcaram a

reestruturação do mercado de formação, sobretudo, a nível regional, facilitaram a

divulgação da oferta e a suscitação de interesse efectivo da procura. Os operadores

privados de formação estão amplamente representados na procura de FMC, um

indicador que constitui para grande parte uma transformação acentuada da sua

presença no mercado de formação.

Paralelamente, importa destacar a divulgação mais dirigida, da responsabilidade dos

CNO e dos respectivos técnicos de diagnóstico e encaminhamento. Os CNO constituem

a base da operacionalização da Iniciativa Novas Oportunidades, na vertente adultos, e

são uma plataforma crucial no diagnóstico e encaminhamento de adultos para

processos de RVCC e outras ofertas de formação, complementares ou não com o

próprio processo de reconhecimento de competências adquiridas, os seus técnicos

podem representar um papel-chave num encaminhamento qualificado (de diagnóstico

de necessidades e de prescrição de componentes de formação de base e tecnológica),

enquadrável com vantagem nas FMC, já que estas funcionam como a resposta mais

adequada aos candidatos que apenas adquirem certificação parcial por via dos

processos de RVCC, contribuindo, deste modo, para a conclusão de percursos de

qualificação completos.

Dimensão de Análise 4. Implementação das FMC

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Relatório Final

122

V. Conclusões

O trabalho desenvolvido pelas Associações Empresariais (frequentemente no duplo

papel de Entidades formadoras e de instrumentos de dinamização empresarial)

funcionou também como um excelente motor de divulgação das FMC junto das

empresas suas associadas.

Embora, o modelo de divulgação tenha suscitado a apresentação de um elevado

volume de candidaturas, é escasso o número que se orientam para a aquisição de um

percurso qualificante. Assim, afigura-se necessário reforçar junto dos principais actores

das FMC que um dos objectivos específicos desta modalidade consiste em elevar os

níveis de qualificação escolar e profissional dos activos e não apenas para colmatar

necessidades isoladas de formação dos indivíduos ou das empresas, incentivando desta

forma, as Entidades beneficiárias à apresentação de projectos formativos que

contemplam a realização de percursos formativos e não apenas de acções de

formação avulsas.

(b) Adequação do Regulamento Específico às necessidades identificadas

O RE define o regime de apoios concedido pelo POPH, no enquadramento da legislação

nacional aplicável às FMC, referenciando explicitamente no articulado elementos-chave

da concretização dos objectivos finalistas da qualificação dos activos adultos (p.e.,

atributos dos destinatários-alvo, orientação da formação, certificação, registo de

competências em Caderneta Individual, …). Paralelamente, estabelece, através dos

critérios de selecção (adiante referenciados autonomamente), orientações para análise

das candidaturas que ventilam de forma mais orientada o padrão de respostas

formativas a enquadrar pelas FMC, e caracteriza os circuitos de decisão de candidaturas

e de execução administrativa e financeira dos projectos, até ao seu encerramento.

Trata-se de normativas e circuitos que estão globalmente assimiladas pelas Entidades

beneficiárias e que não mereceram críticas de fundo, por parte destas, existindo também

um balanço de aplicação positivo da parte das estruturas de gestão, nomeadamente

da AG e do ST do POPH.

No entanto, a Avaliação sinalizou um conjunto de observações críticas (sobretudo, a

partir dos Estudos de caso e observações registadas pelas Entidades beneficiárias na

resposta ao Inquérito) que correspondem a constrangimentos na fase de execução dos

projectos, os quais remetem para especificidades do RE: dimensão nas turmas [número

mínimo (20) e máximo (25) de participantes]; horário das acções (número máximo de

horas, no horário laboral e pós-laboral, muito limitativo); e obrigatoriedade de não

interromper a formação por um período superior a 90 dias (implicações no recrutamento

de formadores, p.e., no período do Verão).

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Relatório Final

123

V. Conclusões

(c) Adequação dos critérios de elegibilidade e grelha de análise aos objectivos definidos para a tipologia: concepção e operacionalização

Os critérios de selecção encontram-se organizados em torno da relevância do

projecto/propostas de formação à luz das necessidades de intervenção contextuais

(sectoriais, territoriais, empresariais e de qualificação e empregabilidade de adultos); da

prioridade de dimensões-chave associadas à lógica da procura e estruturação de

respostas formativas da rede da oferta; da qualidade/capacidade das Entidades

beneficiárias; e do contributo para a concretização de prioridades horizontais (sociedade

da informação e igualdade de oportunidades, sobretudo).

Os critérios relacionados com a capacidade das Entidades (experiência de formação,

recursos formativos físicos e humanos e qualidade de desempenho anterior, …) remetem,

em grande parte, para a dimensão formal dos domínios de acreditação das Entidades

formadoras validada por instâncias externas ao POPH, podendo significar isso um menor

rigor na sua aplicação explicado pelo facto de as entidades se encontrarem acreditadas

pela DGERT, o que pressupõe o cumprimento de requisitos normalizados.

Em paralelo, constata-se que o perfil dos critérios se encontra estruturalmente focado nas

vertentes da formação não ventilando qualquer critério mais próximo dos contributos dos

projectos para a manutenção/criação de emprego. A adesão à Tipologia por parte das

Entidades empregadoras, que se pretende estimular, deveria ter correspondência nos

critérios de selecção através de uma dimensão relativa ao contributo esperado do

projecto para a empregabilidade dos formandos que poderia reflectir o investimento na

formação por parte das empresas.

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Relatório Final

125

VI. Recomendações

VVII.. RREECCOOMMEENNDDAAÇÇÕÕEESS

A formulação de Actuações recomendáveis decorrentes da Avaliação de

Operacionalização das Tipologias FMC deve ser contextualizada à luz do período

considerado para efeito da Avaliação (2007 e 2008) e das dinâmicas de procura geradas

pelas FMC; e à luz do leque de Questões de Avaliação em presença.

As dinâmicas de procura revelada dirigida às FMC, nos dois principais períodos de

candidatura, motivaram níveis de compromisso bastante acentuados no desempenho

global do Eixo Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida do POPH, mesmo num

contexto de elevada selectividade das aprovações. Entretanto, ao longo dos últimos dois

anos (desde final de 2008) e por iniciativa da AG do POPH, ocorreram ajustamentos, com

ganhos de eficácia, nos circuitos e dispositivos de funcionamento adoptados nos planos

regulamentar e operativo para assegurar as necessidades de gestão e desenvolvimento

das Tipologias FMC.

Sob este pano de fundo, os domínios de potencial suscitação e estímulo da procura, com

destaque para a divulgação e os requisitos de elegibilidade, devem motivar sugestões

mais centradas na óptica do “upgrade” dos segmentos de procura em novos períodos

de candidatura, de modo a garantir uma adequada focalização nos segmentos

considerados prioritários para esta modalidade de formação, na perspectiva da

concretização dos objectivos da Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida.

Na perspectiva da focalização, os resultados da Avaliação apontam para a existência

de uma significativa margem de progressão em matéria de aprofundamento de

contributos das FMC no que respeita às seguintes vertentes:

• Reforço do envolvimento do tecido económico-empresarial na qualificação da

população adulta, mercê da relevância e confiança das FMC, como proxy do

retorno do investimento público (e privado) em formação profissional.

• Melhoria da situação profissional dos beneficiários empregados através do

favorecimento das condições de empregabilidade (aquisição de qualificações e

competências valorizadas pelo mercado) e do aumento das oportunidades de

(re) inserção profissional dos beneficiários.

• Realização de percursos formativos integrados, com elevação dos níveis de

qualificação escolar dos beneficiários e estímulo ao prosseguimento dos estudos.

• Estímulo à procura de novas oportunidades de formação junto dos CNO.

• Reforço do equilíbrio territorial da oferta de qualificação de adultos.

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Relatório Final

126

VI. Recomendações

• Promoção da igualdade de oportunidades no acesso à qualificação profissional

pelos adultos menos escolarizados e qualificados.

Sem prejuízo de visar o “up grade” das condições de eficácia e eficiência das Tipologias

FMC, as Recomendações procuram contribuir para essa focalização das FMC nos

segmentos-alvo das políticas activas de emprego. Neste particular, importa perspectivar

o contributo das FMC para o reforço da empregabilidade/ retorno ao mercado de

trabalho dos desempregados, um dos objectivos específicos constantes da Iniciativa

Competitividade e Emprego, nomeadamente nas vertentes relativas ao

encaminhamento para CNO e para medidas de formação profissional e à reconversão

profissional orientada para profissões estratégicas incluídas no CNQ.

Em termos de orientações e conteúdos, trata-se de Recomendações

predominantemente situadas no interface entre o instrumento de financiamento e os

mecanismos de regulamentação desta modalidade de formação, procurando

equacionar as sugestões ao nível operacional e identificar os papéis a adoptar pelas

instâncias com responsabilidades na regulação e na gestão e acompanhamento da

concretização das mesmas.

A organização das Recomendações segue de perto o elenco de domínios de melhoria

identificados no objectivo geral da Avaliação: (a) Regulamentação específica (Tipologia

e elegibilidade/admissibilidade); (b) Divulgação das Tipologias; (c) Critérios de selecção

das candidaturas; e (d) Gestão interna e acompanhamento da execução.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

127

VI. Recomendações

A. REGULAMENTAÇÃO (Tipologia e Elegibilidade/admissibilidade) Recomendação Operacionalização e Acompanhamento

• Melhorar a articulação entre os processos RVCC Escolar e Profissional com ofertas formativas de UFCD, visando a validação de percursos parcelares e a construção de percursos completos (Processo RVCC e FMC). Esta recomendação tem por objectivo contribuir para o reforço da utilização das FMC para completar percursos de formação com certificação total (actualmente pouco expressiva) ou para obter certificações intermédias reconhecidas.

Operacionalização. Orientações Técnicas para as Entidades beneficiárias e os CNO. Acompanhamento. AG do POPH; ANQ (em sede de alteração da Portaria regulamentar aplicável às FMC e de Orientações Técnicas sobre RVCC e FMC); e Rede de CNO.

• Valorizar a possibilidade de obtenção de certificação parcial através de processo de RVCC pelos CNO e pelos candidatos, como forma de integração em percursos formativos. Esta questão prende-se, nomeadamente, com a abertura a certificações parciais quer profissionais, quer escolares e não apenas com a concentração excessiva nos ciclos completos, seja de estudos, seja de aprendizagens profissionais.

Operacionalização. Encarar o Processo de RVCC e as FMC como partes de percursos que, integrando-se em possíveis percursos completos, têm em si um valor próprio que deve ser reconhecido e valorizado.

Acompanhamento. ANQ (em sede de alteração da legislação nacional aplicável às FMC e de Orientações Técnicas sobre RVCC e FMC).

• Clarificar que todos os indivíduos, independentemente do nível de qualificação escolar são elegíveis em UFCD de percursos formativos de nível 2 viabilizando o acesso e participação dos activos menos escolarizados nas FMC e valorizando a respectiva qualificação e experiência profissionais.

Operacionalização. Elaborar uma Nota informativa que esclareça a elegibilidade dos indivíduos relativa ao limite mínimo de habilitação escolar.

Acompanhamento. AG do POPH e ANQ (em sede de alteração da Portaria regulamentar aplicável às FMC).

• Definir um perfil de beneficiários que melhore a focalização de grupos prioritários, nomeadamente em situação dotação de excesso de procura face à disponibilidade financeira e numa base territorial.

Operacionalização. Orientações técnicas de interpretação de disposições regulamentares relativas às condições de acesso, introduzindo um elemento de discriminação positiva de segmentos de procura que se pretende servir preferencialmente. Acompanhamento. AG do POPH e CTC QREN.

• Revisão do requisito de frequência relativo ao número mínimo de formandos por grupo (12 a 15 formandos).

Operacionalização. Alterar a redacção do art.º 19º da Portaria 711/2010, de 17 de Agosto.

Acompanhamento. AG do POPH, CA do POPH e e ANQ (em sede de alteração da Portaria regulamentar aplicável às FMC) e IGFSE.

B. DIVULGAÇÃO Recomendação Operacionalização e Acompanhamento

• Melhorar as condições de articulação técnica entre os processos RVCC e as FMC com vista a aumentar o volume de encaminhamentos por parte dos CNO.

Operacionalização. Consolidar os instrumentos técnicos (referenciais de RVCC e respectivos Kit de Avaliação) de suporte à expansão do RVCC Profissional; Reforçar as metodologias de prescrição de formação, assentes na diversidade de ofertas, no âmbito dos CNO.

Acompanhamento. Departamento de Formação Profissional do IEFP e ANQ.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

128

VI. Recomendações

B. DIVULGAÇÃO Recomendação Operacionalização e Acompanhamento

• Mobilizar formandos na óptica do reforço da procura dirigida ao cumprimento das 35 horas de formação previstas no Código de Trabalho

Operacionalização. Realizar iniciativas de divulgação orientadas para o objectivo recomendado, em parceria com as Organizações Sindicais e as Associações Empresariais. Estimular a procura individual de formação, nomeadamente em muito pequenas, pequenas e médias empresas.

Acompanhamento. AG do POPH e Parceiros Sociais representados na Comissão de Acompanhamento do POPH.

• Aumentar o número de projectos aprovados que contemplem a realização de percursos formativos integrados

Operacionalização. Realizar iniciativas orientadas para a divulgação de objectivos específicos da Tipologia evidenciando que a mesma pretende contribuir para a elevação dos níveis de qualificação escolar e profissional dos activos, num contexto de aprendizagem ao longo da vida; Discriminar positivamente os projectos que contemplem a realização de percursos formativos integrados, via ponderação adequada dos critérios de selecção.

Acompanhamento. AG do POPH e Associações empresariais e profissionais.

• Iniciar acções selectivas de divulgação junto de Entidades formadoras menos envolvidas na Tipologia e com potencial para contribuírem para a compensação de desequilíbrios na oferta, como sejam os CGD do IEFP, CGP e Escolas e Centros de Formação, em geral, bem como entidades orientadas para sectores económicos em crescimento e para a reconversão de sectores tradicionais

Operacionalização. Envolver de modo pró-activo actores importantes do sistema de formação que mostram adesão inferior à desejável (p.e., CGD e CFE) e atrair para as FMC com entidades que apostam na reconversão económica ou em sectores em crescimento.

Acompanhamento. DE e DFP/IEFP. ANQ.

• Reforçar o papel dos CNO (e dos Centros de Emprego) no encaminhamento individual dos beneficiários directos inscritos para as FMC.

Operacionalização. Melhorar os níveis de conhecimento dos Técnicos de Diagnóstico e Acompanhamento dos CNO, através da realização de acções de formação/sensibilização, com vista a qualificar a mobilização/ orientação dos activos adultos para percursos completos, via FMC. Dotar os CNO de instrumentos metodológicos de suporte à prescrição de FMC e melhorar os mecanismos de articulação entre o CNO como certificador e prescritor de formação e a diversidade de operadores de formação. Acompanhamento. ANQ/Rede de CNO.

• Reforçar o papel dos Centros de Emprego no encaminhamento individual dos beneficiários directos inscritos para as FMC.

Operacionalização. Melhorar os níveis de conhecimento dos Conselheiros de Orientação Profissional dos Centros de Emprego, através da realização de acções de formação/sensibilização, com vista a qualificar a mobilização/ orientação dos activos adultos para percursos completos, via FMC. Melhorar a articulação entre os Centros de Emprego e a diversidade de operadores de formação, nomeadamente incluindo na sua orientação operadores externos ao IEFP e não apenas a rede de oferta na sua dependência. Acompanhamento. DE e DFP/IEFP. ANQ.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

129

VI. Recomendações

C. CRITÉRIOS DE SELECÇÃO DAS CANDIDATURAS Recomendação Operacionalização e Acompanhamento

Estabelecer normas para organização dos Anexos aos Formulários de Candidatura assegurando que os mesmos contêm informação de fundamentação técnica dos projectos formativos ventilada aos objectivos estratégicos das FMC.

Operacionalização. Elaborar Orientações técnicas (dirigidas às Entidades beneficiárias) de apoio à organização dos Dossiers de Candidatura ligados aos próximos Avisos de abertura de candidatura.

Acompanhamento. AG e ST do POPH; e UATR.

• Incluir nos Critérios de selecção ponderações que confiram prioridade a desempregados em acções de reconversão profissional.

Operacionalização. Alterar a redacção do art.º 9º do RE.

Acompanhamento. AG do POPH; CA do POPH; e IGFSE.

• Incluir nos Critérios de selecção critérios referentes à dimensão empregabilidade dos adultos quer em termos de contributo para a manutenção de emprego, quer em termos de inserção dos desempregados certificados no mercado de trabalho.

Operacionalização. Alterar a redacção do art.º 9º do RE.

Acompanhamento. AG do POPH; CA do POPH; e IGFSE.

• Reestruturar o conjunto de critérios referentes à capacitação das Entidades formadoras, reequilibrando o seu peso numa Tipologia de intervenção que pretende estimular o primado da procura de formação e, nomeadamente, o envolvimento e participação de Entidades empregadoras.

Operacionalização. Alterar da redacção do art.º 9º do RE.

Acompanhamento. AG do POPH; CA do POPH; e IGFSE.

• Reestruturar a grelha de análise de candidaturas por forma a que a mesma associe à replicação dos Critérios de selecção constantes do RE, componentes de análise que os explicitem.

Operacionalização. Elaborar Orientações técnicas de carácter interpretativo, com instrumentos de aferição para aplicação homogénea dos critérios.

Acompanhamento. AG e ST do POPH; UATR.

• Homogeneizar a aplicação das grelhas de análise e selecção de candidaturas, de modo a acautelar eventuais discrepâncias de apreciação em diferentes regiões e sucessivos períodos de candidatura.

Operacionalização. Dinamização de acções de formação com os técnicos das UATR e Entidades beneficiárias; Organizar formação dos técnicos das UATR sobre a focalização e operacionalização das FMC.

Acompanhamento. ST do POPH. • Apoiar a melhoria do trabalho técnico das

Entidades candidatas com vista a promover a qualidade tanto dos resultados a alcançar pelos projectos aprovados, como das novas candidaturas, em próximos períodos de abertura.

Operacionalização. Elaborar notas técnicas de suporte às Notificações de Decisão. Acompanhamento. ST do POPH.

• Incluir nos Critérios de selecção critérios referentes à área de formação oferecida, por modo a orientar melhor a formação para profissões com potencial de captação de desempregados ou de absorção de trabalhadores mais qualificados e como forma de compensar o risco de procura individual de formação em áreas saturadas regional, conjuntural ou estruturalmente.

Operacionalização. Alterar a redacção do art.º 9º do RE. Acompanhamento. AG do POPH; CA do POPH; e IGFSE.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

130

VI. Recomendações

C. CRITÉRIOS DE SELECÇÃO DAS CANDIDATURAS Recomendação Operacionalização e Acompanhamento

• Atribuir prioridade aos projectos formativos que visem a operacionalização de UFCD de nível 2, i.e. que abranjam indivíduos com qualificações inferiores ao 3º ciclo do ensino básico

Operacionalização. Elaborar Orientações técnicas (dirigidas às Entidades beneficiárias) de apoio à organização dos Dossiers de Candidatura ligados aos próximos Avisos de abertura de candidatura.

Acompanhamento. AG e ST do POPH; e CA do POPH.

• Incluir nos critérios de selecção critérios de preferência para as candidaturas que apresentem planos centrados na progressão na formação dos formandos acolhidos (p. e., favorecendo as que se comprometam a que 50% dos formandos cumpram 3 ou mais módulos).

Operacionalização. Alterar a redacção do art.º 9º do RE.

Acompanhamento. AG do POPH; CA do POPH; e IGFSE.

• Atribuir prioridade aos projectos formativos que visem o desenvolvimento de percursos formativos integrados.

Operacionalização. Elaborar Orientações técnicas (dirigidas às Entidades beneficiárias) de apoio à organização dos Dossiers de Candidatura ligados aos próximos Avisos de abertura de candidatura.

Acompanhamento. AG do POPH; CA do POPH. D. GESTÃO INTERNA E ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO

Recomendação Operacionalização e Acompanhamento Criar a possibilidade de as Entidades

Beneficiárias compostas por várias unidades orgânicas e/ ou unidades formativas apresentarem candidatura única abrangendo duas ou mais regiões de âmbito nacional, com identificação de componentes regionais especificas.

Operacionalização. Elaborar Orientações técnicas de suporte a Avisos de abertura de próximos períodos de candidatura.

Acompanhamento. AG do POPH e CA do POPH.

Elaborar um Documento único destinado às Entidades Beneficiárias com a explicitação de todas as regras e orientações específicas, entretanto, introduzidas de interpretação e/ ou alteração do RE.

Operacionalização. Elaborar Orientações técnicas de suporte a Avisos de abertura de períodos de candidatura.

Acompanhamento. AG e ST do POPH, em articulação com ANQ; e IGFSE.

Simplificar/ Agilizar os procedimentos de análise da elegibilidade dos documentos de despesa que se têm revelado excessivamente morosos.

Operacionalização. Recurso ao pagamento de montantes fixos ou taxas forfetárias (em vez de reembolsar as despesas efectivamente realizadas), adequado a Tipologia das FMC às novas formas de financiamento previstas pela regulamentação.

Acompanhamento. AG e ST do POPH; CA do POPH; e IGFSE.

Gerar informação relativa aos atributos dos formandos abrangidos e às UFCD integradas nas acções de formação em curso de execução [atenuando as desvantagens do modelo de candidatura (volume de formação por área) para efeitos de controlo de gestão]

Operacionalização. Conceber instrumento de notação simples a preencher pelas Entidades beneficiárias no inicio das acções.

Acompanhamento. AG e ST do POPH.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

131

VI. Recomendações

D. GESTÃO INTERNA E ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO

Recomendação Operacionalização e Acompanhamento

Assegurar condições para acompanhamento técnico e pedagógico da realização das acções de formação.

Operacionalização. Estabelecer uma amostra de projectos em execução; Conceber uma grelha de acompanhamento/ visita dos projectos com componentes de conhecimento/ validação de fundamentos, conteúdos das UFCD e práticas/ metodológicas de formação formativas; Organizar recursos para realizar as visitas de acompanhamento técnico e preencher a grelha; e processar informação agregada de monitorização dos projectos em execução.

Acompanhamento. ST do POPH, em articulação com as UATR, a ANQ e Técnicos dos CNO.

Melhorar os elementos de programação das acções de formação pós-encaminhamento dos CNO para a frequência de UFCD (formação tecnológica e formação de base).

Operacionalização. Melhorar a articulação entre os CNO como prescritor de formação e a diversidade de operadores de formação, assegurando a realização atempada das UFCD prescritas. Acompanhamento. ANQ/Rede de CNO

Assegurar as condições para verificar se as Entidades beneficiárias estão a oferecer percursos formativos integrados

Operacionalização. Introduzir no template de execução do SIIFSE um campo que permita às Entidades indicar se as UFCD realizadas fazem parte de um percurso formativo.

Acompanhamento. AG do POPH e IGFSE.

Gerar informação relativa à fase do encaminhamento dos formandos para as FMC (após a realização do diagnóstico ou após o processo de RVCC).

Operacionalização. Introduzir, no template de execução do SIIFSE, um campo que permita às Entidades indicar a fase de encaminhamento dos formandos.

Acompanhamento. AG do POPH; e IGFSE.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

ANEXOS

ANEXOS

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.1

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

AANNEEXXOO 11.. EENNQQUUAADDRRAAMMEENNTTOO DDAA AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO

Esta Secção tem por objectivo dotar o Estudo de Avaliação da Operacionalização das

Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da

Operacionalização do QREN, de elementos relevantes de contextualização da

Avaliação designadamente:

a articulação desta modalidade de formação com as prioridades de

qualificação dos activos empregados e desempregados no contexto

multifacetado da Aprendizagem ao Longo da vida, da Reforma de Formação

Profissional e da aposta estratégica e operacional na Iniciativa Novas

Oportunidades; e

o enquadramento das Formações Modulares Certificadas no Eixo Prioritário do

POPH dirigido à formação contínua de adultos, salientando as

complementaridades (existentes e necessárias) com modalidades de formação

dirigidas aos mesmos destinatários-alvo.

1. APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA – quadro de evolução recente em Portugal

1.1. Portugal no Espaço Europeu

O Plano Nacional de Acção para o Crescimento (PNACE) para 2005-2008, versão

portuguesa dos Programas Nacionais da Reforma, enfatiza a necessidade de

qualificação da população activa portuguesa, em resposta a vulnerabilidades

acumuladas do passado que se traduzem no facto de apenas 20% da população adulta

portuguesa ter completado o ensino secundário, enquanto nos países da OCDE esta

percentagem ronda os 70%.

Na linha do esforço prosseguido para a recuperação do atraso face a grande parte dos

países de União Europeia e da OCDE, este documento estratégico identifica como um

dos principais desafios “Apostar na qualificação dos portugueses, com avaliação e

certificação, promovendo uma cultura de aprendizagem ao longo da vida que reduza o

défice de qualificações existentes, que reforce a equidade, estimule e responda à

necessidade de reforçar a inovação e o empreendedorismo e reduza as disparidades de

competências no mercado de trabalho”.

Entre as prioridades deste Plano destaca-se o “reforço da educação e da qualificação

dos portugueses” e a “adaptação dos sistemas de educação e formação às

necessidades de criação de novas competências”, prolongando a expressão de

prioridade atribuída às preocupações debatidas nos Conselhos Europeus de Lisboa

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.2

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

(Março de 2000), Vila da Feira (Junho de 2000) e Estocolmo (Março de 2001), todos eles

instando os Estados-Membros, o Conselho e a Comissão ao desenho de estratégias

coerentes e medidas práticas destinadas a fomentar a aprendizagem ao longo da vida

para todos.

Das Comunicações e Orientações desses Conselhos, resulta notória a consciência de que

a Europa para se tornar na economia do conhecimento mais competitiva e dinâmica do

mundo, entre várias acções da Estratégia, tem de adaptar os sistemas de educação e

formação, de forma a que os mesmos possam oferecer oportunidades de aprendizagem

à medida das necessidades individuais dos cidadãos em todos os estádios de vida,

promover a empregabilidade e a inclusão social investindo no desenvolvimento dos

conhecimentos e das competências dos cidadãos, criar uma sociedade da informação

para todos e encorajar a mobilidade.

A Aprendizagem ao Longo da Vida, desempenha aqui um papel relevante e por isso tem

vindo a ser objecto de aprofundadas discussões e estímulos de política ao nível dos vários

Estados-Membros, crescendo a tomada de consciência para a necessidade urgente de

aquisição de competências e conhecimentos que permitam aos cidadãos tirar partido

das vantagens e argumentos da sociedade do conhecimento e fazer face aos desafios

que esta coloca, num contexto de globalização crescente dos riscos e das

oportunidades

O Conselho Europeu de Lisboa reiterou a orientação de afirmar a aprendizagem ao

longo da vida enquanto componente básica do modelo social europeu, na sequência

do disposto no Livro Branco sobre a Educação e a Formação: “Ensinar e Aprender - rumo

à sociedade cognitiva”, apresentado em 1996, ano designado pelo Conselho dos

Ministros e pelo Parlamento Europeu como “Ano Europeu da Educação e da Formação

ao Longo da Vida”. O Livro Branco chamava a atenção para a importância da

educação permanente e da formação contínua no apoio aos percursos profissionais que

se constroem de forma crescentemente mais complexa, com o desenvolvimento da

mobilidade e as mudanças nos locais de trabalho, inerentes à inovação tecnológica e às

alterações na organização do trabalho.

No entanto, é o Memorandum da Comissão Europeia sobre a Aprendizagem ao Longo

da Vida (2000) - em conformidade com as conclusões do Conselho Europeu de Lisboa -

que reforça definitivamente a necessidade de ser adoptada uma acção concertada

face às mudanças económicas e sociais, através de uma nova abordagem da

educação e da formação.

Este é o contexto desenhado por aqueles Conselhos Europeus do início do milénio em

cujo âmbito e filosofia de orientação se afirma a convicção segundo a qual as políticas

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Relatório Final

A.3

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

em matéria de educação e formação deveriam ser equacionadas numa óptica

radicalmente nova, no quadro da aprendizagem ao longo da vida, substituindo as

abordagens tradicionais demasiado insistentes nas disposições institucionais, por uma

focalização nas pessoas e nas aspirações colectivas de uma sociedade,

simultaneamente, mais competitiva e mais inclusiva.

Trata-se do reconhecimento de que a aprendizagem ao longo da vida desempenha um

papel crucial, para suprir a penúria de mão-de-obra e o défice de qualificações, factores

de risco que poderiam comprometer as possibilidades de crescimento da União

Europeia, ao remover as barreiras que impedem o acesso ao mercado de trabalho e

limitam a progressão, contribuindo para combater a desigualdade e a exclusão social.

Parecendo demonstrado que a melhoria dos níveis de educação e formação contínua,

quando acessíveis a todos, concorre para reduzir significativamente as desigualdades

económicas e sociais e prevenir a marginalização, a atenção centra-se, desde logo, na

capacidade dos sistemas de educação e formação tradicionais para acompanharem

esta evolução, com relevo no imediato para enfrentar os fracos níveis de participação

dos indivíduos na educação e formação, em patamares bastante abaixo do desejável

para a Aprendizagem ao Longo da Vida.

A definição de Aprendizagem ao Longo da Vida no enquadramento europeu, situa-se

em torno de toda e qualquer actividade de aprendizagem em qualquer momento da

vida, com o objectivo de melhorar os conhecimentos, as aptidões e competências, no

quadro de uma perspectiva pessoal, cívica, social e/ou relacionada com o emprego12,

promovendo quatro Eixos-objectivo que se reforçam mutuamente: a realização pessoal;

a cidadania activa; a inclusão social; e a empregabilidade/adaptabilidade.

O princípio da aprendizagem ao longo da vida valoriza, assim, os conhecimentos e as

competências adquiridas em todas as esferas da vida, úteis para fazer face à sociedade

moderna, numa visão ampla que cobre integralmente o espectro da aprendizagem

formal, não formal e informal, justificando que os módulos constitutivos das estratégias

desenhadas ao nível da política europeia tenham por subjacente o princípio da

integração gradual em contextos de aprendizagem formal, por forma a facultar a todos

o acesso às oportunidades de uma aprendizagem de qualidade.

Aos sistemas tradicionais de educação-formação exigia-se em resposta a adaptação a

uma maior abertura e flexibilidade, evitando que as desigualdades existentes continuem

a perpetuar-se, ao facultar aos aprendentes o acesso a percursos individuais de

aprendizagem à medida das suas necessidades e interesses, em qualquer estádio da sua

12 Oliveira das Neves, A.,(Coord.) - Estudo de Avaliação das Políticas de Aprendizagem ao Longo da Vida, IESE - DGEEP/MTSS, Lisboa, 2005.

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Relatório Final

A.4

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

existência e não apenas no quadro da escolaridade obrigatória. Esta é uma dimensão

crucial para concretizar as Orientações dos Conselhos de Lisboa e Estocolmo sobre as

'novas' competências de base, com vista a garantir a todos os cidadãos o acesso aos

fundamentos da aprendizagem ao longo da vida.

Para além deste alargamento das oportunidades de acesso à aprendizagem e

respectivo ajustamento às necessidades e interesses dos aprendentes, promovendo a

componente da oferta para que todos possam aprender, em qualquer local, em

qualquer momento, acresce ainda a necessidade de o sector formal reconhecer e

valorizar a aprendizagem não formal e informal, para que uma cultura de aprendizagem

se desenvolva e consolide em níveis mais elevados de participação e procura da

aprendizagem.

A identificação, a avaliação e o reconhecimento da aprendizagem não formal e

informal, bem como a transferência e o reconhecimento mútuo dos certificados e

diplomas formais, constituem instrumentos indispensáveis à estratégia global europeia

desenhada no início do século, assente no princípio da livre circulação no seio da União

Europeia, pré-requisito subjacente a um espaço de aprendizagem ao longo da vida.

Os mecanismos de reconhecimento de competências adquiridas assumem-se como

determinantes para o fomento de uma cultura de aprendizagem, ao valorizarem a

aprendizagem formal, não formal e informal. Tal permite aos cidadãos desenvolver e

combinar a aprendizagem adquirida em vários contextos (formais e não formais), o que

só acontecerá se todo os adquiridos das várias formas de aprendizagens forem passíveis

de identificação, avaliação e reconhecimento.

Neste enquadramento, impunha-se uma nova abordagem global a fim de inter-

relacionar vários contextos e formas de aprendizagem e de facilitar o acesso aos vários

percursos de aprendizagem, conduzindo ao desenho de estratégias de aprendizagem

ao longo da vida que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver e adoptar

a nível nacional, de forma coerente e global, organizadas em função dos Eixos-objectivo

referidos, acordados no quadro da Estratégia Europeia para o Emprego.

As estratégias nacionais, ao procurarem garantir uma abordagem eficaz, centrada no

aprendente, bem como a igualdade de oportunidades, esforçaram-se por fomentar uma

cultura da aprendizagem para todos, motivando os aprendentes (potenciais) a elevar os

seus níveis de participação. Para tal, procuraram tornar a aprendizagem mais aliciante

em termos de cidadania activa, realização pessoal e/ou empregabilidade, por via da

valorização e compensação da aprendizagem, especialmente da aprendizagem não

formal e informal em todos os sectores, reconhecendo o seu valor intrínseco, no

pressuposto de a perspectiva dessa recompensa constituir um estímulo para o reingresso

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.5

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

dos que se encontram afastados do processo de aprendizagem ao longo da vida.

O reconhecimento formal das competências adquiridas configura essa ideia de

recompensa, consistindo basicamente num processo:

(i) global, conferindo um estatuto oficial às competências obtidas (através do

reconhecimento formal);

(ii) formal (através da emissão de certificados); e

(iii) integrador dum contexto não formal ou informal (através da atribuição de

unidades de crédito ou validando as competências adquiridas).

1.2. Estratégia Portuguesa para a Educação e Formação Contínua de Adultos

A Reforma da Formação Profissional consagrada na Resolução do Conselho de Ministros

nº 173/2007, resultando de um acordo entre Governo e Parceiros sociais, definiu como

linhas estratégicas de qualificação dos recursos humanos: a elevação das taxas de

conclusão do nível secundário de escolaridade dos jovens e a recuperação dos níveis de

qualificação dos adultos, na medida em que a aposta apenas nos jovens seria bastante

redutora no que se refere à eficácia no processo de convergência do nível de

qualificações com os países mais avançados da União Europeia.

Para fazer face a estes desafios, considerou-se imprescindível actuar em duas direcções:

Estruturar a oferta formativa, uma vez que no sistema de formação anterior

existiam múltiplos processos formativos que não correspondiam às necessidades

de desenvolvimento dos indivíduos e das organizações e que não se traduziam

em valor acrescentado, nomeadamente para a competitividade das empresas;

Reestruturar o sistema de certificação, cujas competências se encontravam

dispersas por várias instituições.

No âmbito desta Reforma, a Iniciativa Novas Oportunidades assume um papel de pilar

instrumental da estratégia de qualificação da população portuguesa, consagrando a

generalização do nível secundário enquanto objectivo de referência para a qualificação

de jovens e adultos e o reforço do papel da formação profissional como via de

qualificação, promovendo uma abordagem desta assente em competências transversais

e especializadas (adquiridas no sistema educativo, de formação e na vida profissional e

pessoal), na linha do Quadro Europeu de Qualificações para a Aprendizagem ao Longo

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Relatório Final

A.6

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

da Vida (QEQ)13 e no Sistema Europeu de Créditos para a Educação e Formação

Profissional (ECVET).

O suporte referencial é assegurado em Portugal pelo Catálogo Nacional das

Qualificações (CNQ), que adoptou as orientações e recomendações do QEQ, surgindo

como resposta à necessidade de estruturar de forma regulada, a oferta educativa-

formativa e organizando na lógica da dupla certificação (escolar e profissional) quer em

contexto de formação inicial, quer no âmbito da aprendizagem ao longo da vida,

integrando os referenciais de base para a construção e operacionalização dos

programas de formação. O CNQ assume-se como um instrumento dinâmico para a

gestão estratégica das qualificações nacionais de nível não superior, contemplando um

conjunto de referenciais que asseguram a competitividade e a modernização das

empresas, bem como o desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos.

Os referenciais que integram o Catálogo estão associados a perfis profissionais

elaborados com base em diagnósticos de necessidades de formação, encontrando-se

agregados em Unidades de Competências (UC) e modularizados em Unidades de

Formação de Curta Duração (UFCD), as quais são capitalizáveis para uma ou mais

qualificações, permitindo o acesso ao reconhecimento, validação e certificação de

competências profissionais e possibilitando uma maior flexibilidade na construção de

percursos de qualificação.

Assim, para cada uma das 250 qualificações (conferentes do 9º ano e do nível 2 de

qualificação e conferentes do 12.º ano e do nível 3 de qualificação profissional),

repartidas por mais de 40 áreas de educação e formação, o Catálogo identifica o

respectivo perfil profissional traduzido num conjunto de actividades, saberes e saber-fazer

considerados necessários para o exercício das actividades, a par do referencial para as

componentes de formação de base e de formação tecnológica (no caso dos adultos,

ambas organizadas em Unidades de Formação de Curta Duração, capitalizáveis e

certificáveis autonomamente), bem como do referencial para o reconhecimento,

validação e certificação de competências. Esta lógica de organização permite ao CNQ

afirmar-se enquanto forma mais atractiva e acessível de apresentação da oferta de

qualificações a todos, especialmente aos activos empregados que podem realizar

Unidades de Formação de Curta Duração e verem reconhecidas as competências

adquiridas ao longo do seu percurso profissional. Em ambas as situações, as

13 O Quadro Europeu de Qualificações (European Qualifications Framework), consiste num referencial comum que tem em vista fazer corresponder os sistemas de qualificações de vários países, funcionando como um dispositivo de conversão para tornar as qualificações mais claras e compreensíveis entre diferentes países e sistemas, favorecendo a mobilidade entre os Estados-membros da União Europeia.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.7

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

competências são certificáveis (escolar e profissionalmente) e capitalizáveis para efeito

de formação14, sendo ainda transferíveis entre qualificações.

O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) adoptou um novo modelo institucional em

que a Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) assume um papel preponderante15,

nomeadamente na elaboração e actualização do CNQ e no ordenamento e

racionalização da oferta formativa inserida no mesmo. O Acordo para a Reforma da

Formação Profissional, a par do SNQ, estabelece ainda que seja criado um Sistema de

Regulação de Acesso a Profissões, com o objectivo de produzir normas de acesso e

exercício das profissões de acesso regulamentado, obrigando à posse de demonstrativo

de capacidade profissional.

No âmbito do Sistema Nacional de Qualificações, criado no final de 2007, define-se que

as qualificações (escolares e profissionais) de nível não superior, podem ser obtidas quer

por via da frequência de formação, quer por via do desenvolvimento de um processo de

reconhecimento, validação e certificação de competências, definindo mesmo que, em

relação à população adulta, a qualificação pode resultar de um processo combinado

de RVCC (que permite a certificação de algumas competências), seguido de formação

(definida à medida das necessidades do candidato, identificadas através do processo

de RVCC).

A Iniciativa Novas Oportunidades pretende facultar aos adultos que entraram na vida

activa com baixos níveis de qualificação escolar e profissional uma Nova Oportunidade

de recuperação e actualização dos seus níveis de qualificação, tendo nas formações

modulares um dos principais instrumentos a mobilizar para a formação de activos que se

encontrem a trabalhar, pela flexibilidade que garantem, contribuindo para a

diversificação das oportunidades de aprendizagem ao longo da vida e para um melhor

ajustamento dos percursos formativos às necessidades e aos pontos de partida de cada

adulto, culminando a panóplia de competências adquiridas ao longo da vida com

reconhecimento e certificação.

Os Centros de Novas Oportunidades (CNO), constituem o instrumento armado de

operacionalização da Iniciativa, agregando numa mesma dependência técnica a

operacionalização das diferentes modalidades para a educação-formação de adultos

(Sistema de RVCC, Cursos EFA e Formações Modulares Certificadas), procurando

estruturar o papel de porta de entrada dos adultos portugueses para a Aprendizagem ao

Longo da Vida. No entanto, tanto no caso dos Cursos EFA, como nas Formações

14 Ana Cláudia Valente (2007) “O Futuro das qualificações em Portugal e a Importância do Catalogo Nacional de Qualificações” in Revista FORMAR, nº 58, Janeiro de 2007. 15 Estruturas do SNQ: Centros Novas Oportunidades, Entidades Formadoras, Conselhos Sectoriais para a Qualificação. Instrumentos específicos do SNQ: Catálogo Nacional de Qualificações, Dispositivo de RVCC e a Caderneta Individual de Competências.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.8

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

Modulares, a entrada dos candidatos no sistema de formação pode processar-se

directamente, por iniciativa de inscrição destes, sem que tenham passado pela instrução

de processo em sede CNO.

Em termos de operacionalização, os adultos com um mínimo estipulado de anos de

experiência profissional e que não tenham concluído determinado grau de ensino

(básico ou secundário), entram no sistema iniciando um processo de Reconhecimento,

Validação e Certificação de Competências (RVCC), tendo em vista a obtenção de

certificação equivalente ao ensino básico ou secundário. De acordo com o Referencial

de Competências-chave disponibilizado no CNQ, os candidatos começam por

demonstrar as competências adquiridas ao longo da vida tanto em contexto escolar,

como através da experiência pessoal e profissional, nas competências-chave definidas,

para o nível básico (4.º, 6.º ou 9.º ano de escolaridade), nas seguintes áreas:

• Linguagem e Comunicação (LC);

• Matemática para a Vida (MV);

• Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC);

• Cidadania e Empregabilidade (CE).

Ao nível secundário (12º ano de escolaridade), o Referencial de Competências-Chave

de Educação e Formação de Adultos abrange as áreas:

• Sociedade, Tecnologia e Ciência (STC);

• Cultura, Língua e Comunicação (CLC);

• Cidadania e Profissionalidade (CP).

A demonstração em causa tem por base a construção de um portfólio, onde os adultos

explicitam as experiências que consideram significativas para obterem a certificação a

que se candidatam, desenvolvendo-se então um processo de avaliação feita pelos

técnicos dos CNO, que desemboca na identificação das lacunas evidenciadas pelos

candidatos, os quais podem ser encaminhados para as modalidades de conclusão do

ensino secundário previstas no DL 357/2007, para a realização de acções de formação

complementar de curta duração (UFCD), a decorrer no próprio Centro ou nalguma

entidade associada, ou podem ser encaminhados para um Curso de Educação e

Formação (EFA), com a indicação do percurso que devem desenvolver16.

O processo de certificação do candidato ficará concluído com a apresentação e

discussão do portfólio, devendo aquele demonstrar as competências adquiridas, perante

um júri, o qual, reconhecendo essas competências, valida-as e emite um certificado

equivalente ao grau de ensino básico ou secundário.

16 Os Cursos EFA, organizados por módulos, possibilitam uma resposta flexível, ajustada a cada adulto,

permitindo que cada candidato frequente apenas a formação de que necessita.

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Relatório Final

A.9

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

Para acompanhar a maior flexibilidade da oferta, tornou-se necessário a revisão do

ensino recorrente, antes organizado de uma forma demasiado rígida e próxima do

modelo escolar tradicional, marcado por taxas de abandono e insucesso indiciadoras de

desajustamento daquela modalidade formativa, reconvertendo o mesmo em Cursos de

Educação e Formação de Adultos (EFA).

Os Cursos EFA, aproveitando a disponibilidade das condições existentes nos

estabelecimentos de ensino da rede pública, propõem percursos formativos construídos

em função do reconhecimento e validação das competências de cada adulto,

conferindo certificação escolar equivalente ao ensino básico e secundário, bem como

qualificação profissional de nível I, II e III. Estes Cursos têm por objectivo proporcionar uma

formação de dupla certificação a adultos não qualificados ou sem qualificação, que

não tenham concluído a escolaridade básica de 4, 6 ou 9 anos ou o ensino secundário

(12.º ano), conforme a situação aplicável.

Com estes Cursos, o processo educativo e formativo dos adultos passa a poder ser

realizado nas escolas com ensino básico e secundário públicas, particulares e

cooperativas com autonomia pedagógica ou nas entidades formadoras de Cursos EFA,

conforme a via seguida para a conclusão e a certificação dos vários níveis de

escolaridade, cabendo às Escolas e aos Centros Novas Oportunidades (CNO) o

encaminhamento dos candidatos para a modalidade de conclusão e de certificação

mais adequada às suas expectativas e necessidades.

A rendibilização do contributo para o aumento da qualificação de adultos pelas ofertas

formativas, geradoras de um maior leque de oportunidades de aprendizagem ao longo

da vida, exigiu, entretanto, um esforço de convergência e articulação entre essas

respostas e o Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências

(RVCC), mediante a construção de outros instrumentos de operacionalização do Quadro

Estratégico das Qualificações (QEQ).

Nesta linha a Formação Modular Certificada (FMC) constitui uma das novas modalidades

de formação definidas no D.L. 396/2007 de 31 de Dezembro. Este Diploma estabelece o

regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações, preenche a necessidade de

desenvolvimento das condições de efectivação do direito individual a um número de

horas anuais de formação certificada, previstas no Acordo para a Reforma da Formação

Profissional, e procura minimizar o impacto das dispensas para formação sobre o

funcionamento normal das empresas17.

Em 2001, o Acordo sobre Política de Emprego, Mercado de Trabalho, Educação e

Formação, no âmbito da promoção da formação contínua de activos, instituíra um 17 O Acordo para a Reforma da Formação Profissional (2007), prevê abranger 2.175.000 adultos em formações

modulares certificadas entre 2007 e 2013;

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Relatório Final

A.10

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

objectivo de frequência de formação profissional de todos os trabalhadores, pela

definição do acesso, em cada ano, a um número mínimo de horas de formação

certificada, acompanhado de acesso a crédito de tempo e/ou a licença para

formação, permitindo aos trabalhadores beneficiarem dos incentivos à formação por sua

iniciativa.

A preocupação subjacente, formulada em torno de um dos objectivos estratégicos do

Acordo, consistia em generalizar o acesso dos activos à educação e à formação

profissional, designadamente à formação contínua, para que esta não se desenvolvesse

apenas em segmentos específicos e para trabalhadores que se encontram predispostos

para a formação, antes direccionando a mesma para aqueles que apresentam um

défice efectivo de escolarização e de qualificação profissional, nem fosse obstaculizada

pelos constrangimentos que, nas próprias empresas, tendem a limitar o “acesso” dos

trabalhadores às oportunidades de formação.

A necessidade de assegurar o desenvolvimento, a diversificação e a diferenciação de

modalidades de educação/formação alternativas ao ensino regular, facilitadoras do

acesso dos activos a níveis crescentes de escolaridade e de qualificação profissional,

aconselhava a privilegiar ofertas formativas de curta duração, flexíveis e capitalizáveis

permitindo percursos muito diversificados, combinando formação escolar com formação

qualificante de nível I, II, e III, como a fórmula de operacionalização mais adequada.

O Código do Trabalho incorporou a efectivação do direito à formação, num primeiro

momento em através da Lei nº 99/2003, de 27 de Agosto regulamentada pela Lei

nº35/2004, de 29 de Julho que previa a obrigatoriedade de “o empregador proporcionar

ao trabalhador acções de formação profissional adequadas à sua qualificação”, através

da organização e estruturação de planos de formação na empresa, anuais e plurianuais.

A entidade patronal deveria assegurar um número mínimo de 30 horas anuais de

formação certificada ao trabalhador. Na revisão do Código do Trabalho (Lei nº 7/2009,

de 12 de Fevereiro) foi contemplada a obrigatoriedade de o empregador “Assegurar a

cada trabalhador o direito individual à formação, através de um número mínimo anual

de horas de formação, mediante acções desenvolvidas na empresa ou a concessão de

tempo para frequência de formação por iniciativa do trabalhador”, assim “O trabalhador

tem direito, em cada ano, a um número mínimo de trinta e cinco horas de formação

contínua ou, sendo contratado a termo por período igual ou superior a três meses, um

número mínimo de horas proporcional à duração do contrato nesse ano.”

Esta regulamentação do direito à formação reforçou a pressão e a exigência para que

fossem adoptadas medidas facilitadoras do acesso da população empregada a

oportunidades de educação e formação, por via do desenvolvimento duma oferta

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Relatório Final

A.11

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

formativa ajustada às suas necessidades e perfis, no quadro da reforma da formação

profissional que o Acordo contemplar.

A Formação Modular Certificada surge, assim, enquanto resposta às necessidades dos

activos empregados e das respectivas empresas que se debatem com dificuldade em

libertar os seus recursos humanos por períodos de tempo elevados, como um instrumento

da flexibilização e diversificação da oferta de formação contínua destinada a activos

empregados ou desempregados que pretendam colmatar algumas lacunas de

conhecimentos com que se defrontam no decurso da respectiva actividade profissional.

Em termos operativos18, ao estar organizada em Unidades de Formação de Curta

Duração (25 ou 50 horas) capitalizáveis (UFCD), a Formação Modular permite escolher os

conteúdos e ritmos compatíveis com os interesses e disponibilidades de cada indivíduo

e/ou empresa. Paralelamente, existe a garantia de que a formação realizada é

contabilizada para objectivos de progressão escolar e profissional e, desta forma

capitalizável, para o aumento da qualificação da população adulta.

As Formações Modulares ao serem capitalizáveis para a obtenção de uma ou mais

qualificações inseridas no CNQ, possibilitam a criação de percursos flexíveis de duração

variada, caracterizados pela adopção de diferentes modalidades de formação,

públicos-alvo, metodologias, contextos formativos e formas de avaliação, configurando

uma oferta formativa individualizada, que pressupõe a frequência parcial (UFCD) em

função das necessidades de cada candidato e não a totalidade de um determinado

percurso formativo.

1.3. Tipologias de Intervenção - A Educação e Formação de Adultos no POPH

1.3.1. Elementos de enquadramento no POPH

O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para o período 2007-2013 assume

como primeira prioridade estratégica a qualificação dos portugueses, através do

Programa Operacional Temático Potencial Humano (POPH), constituindo-se este como

instrumento nuclear de financiamento público das políticas e modalidades de formação

que importa aplicar com elevados e acrescidos níveis de eficácia.

O Programa Operacional Potencial Humano (POPH), enquanto instrumento-chave da

Agenda Operacional do Potencial Humano, destaca entre quatro objectivos principais, a

superação do défice estrutural de qualificação da população portuguesa, considerada

a grande debilidade do nosso capital humano, relevando para o efeito, no caso dos

adultos, o alargamento e flexibilização da oferta de percursos de formação que

18 Portaria 230/2008, de 7 de Março.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.12

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

permitam a aquisição de competências certificadas, numa lógica de adaptabilidade e

aprendizagem ao longo da vida.

O desafio de incrementar o investimento no capital humano implica a necessária

adaptação dos sistemas de educação e formação, nomeadamente ao nível da

formação contínua, num esforço de atrair adultos já inseridos no mercado de trabalho

para que invistam na sua qualificação, enquanto veículo de base à melhoria das

condições de desenvolvimento de novas oportunidades profissionais, apetrechando-se

com as competências necessárias a contextos profissionais e de trabalho mais exigentes

e complexos.

Entre os 10 Eixos Prioritários que estruturam o POPH, o Eixo 2 promove a Adaptabilidade e

a Aprendizagem ao Longo da Vida, centrando-se em três objectivos: (i) Qualificar os

activos, tendo o nível secundário como referencial; (ii) Assegurar a capitalização das

formações de curta duração; e (iii) Expandir a Rede de Centros Novas Oportunidades.

Eixos Prioritários do POPH

1 – Qualificação Inicial de Jovens 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida 3 – Gestão e Aperfeiçoamento Profissional 4 – Formação Avançada 5 – Apoio ao empreendedorismo e à Transição para a Vida Activa 6 – Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social 7 – Promoção da Igualdade de Género 8 – Algarve 9 - Lisboa 10 – Assistência Técnica

As Tipologias ou Domínios de intervenção no âmbito do Eixo 2, são os seguintes:

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (meta de 330

Centros Novas Oportunidades apoiados por ano que abrangerão 1 milhão e 500

mil adultos em RVCC, até 2013);

Cursos de Educação e Formação de Adultos – EFA – (meta de 135.000

Adultos/ano em acções de dupla certificação);

Formações Modulares Certificadas (meta de 315.000 adultos em Formações

Modulares Certificadas e 32 mil em Cursos de Educação e Formação, por ano.

A FMC assume-se como uma modalidade que confere dupla certificação, assegurando

a formação contínua dos activos e inscreve-se na segunda linha estratégica de

qualificação de recursos humanos (Recuperação dos níveis de qualificação dos adultos)

do POPH cujo objectivo é promover a adaptabilidade e a aprendizagem ao longo da

vida, na medida em que visa contribuir para “a elevação dos níveis de qualificação dos

activos através do acesso a módulos de curta duração, capitalizáveis, realizados no

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.13

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

quadro de um determinado percurso formativo, com vista à obtenção de uma

qualificação correspondente a uma determinada saída profissional”.

A Ficha-síntese seguinte sistematiza o perfil de acções, destinatários-alvo e entidades

beneficiárias desta tipologia de intervenção.

2.3. FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS

Acções elegíveis • Formações modulares certificadas inseridas em percursos de nível básico e secundário,

estruturadas sob a forma de Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD), realizadas de acordo com os referenciais de formação previstos no Catálogo Nacional de Qualificações, podendo corresponder a unidades da componente de formação de base, da componente de formação tecnológica, ou de ambas.

Destinatários • Pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação que sejam

detentores de baixas qualificações escolares e/ou profissionais, ou quando estas últimas se revelem desajustadas às necessidades do mercado de trabalho.

• Excepcionalmente, podem ser abrangidas pessoas com idade inferior a 18 anos (a partir dos 16) desde que comprovadamente inseridas no mercado de trabalho.

Entidades beneficiárias dos apoios • Entidades formadoras certificadas, entidades empregadoras e outros operadores,

quando pretendam desenvolver formação no âmbito das suas atribuições ou da sua vocação.

• As entidades formadoras certificadas que pretendam ministrar uma formação modular, ou que prestem serviços neste domínio para as entidades empregadoras ou outros operadores, têm que registar-se junto da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ).

Certificação • A entidade formadora tem que emitir um certificado a todos os formandos que

obtenham uma avaliação com aproveitamento.

Na óptica do financiamento, o POPH vem assegurar recursos para a organização de

acções de formação no enquadramento das tipologias do Eixo 2 e dos Eixos 8 (Algarve)

e 9 (Lisboa), reforçando o papel do Programa que se apresenta como um instrumento-

chave de suporte ao sucesso da “Iniciativa Novas Oportunidades”. Como destaca a

Avaliação ex-ante do POPH, a estrutura de Eixos Prioritários evidencia que este Programa

é profundamente subsidiário e, por isso, pode ser visto como instrumental, do apoio à

estratégia definida pelo Governo de qualificação dos portugueses através da

concretização da “Iniciativa Novas Oportunidades”. Com efeito, os Eixos 1 e 2, reúnem os

meios financeiros mais volumosos, visando cumprir dois objectivos centrais

complementares dessa estratégia: qualificar a população com o nível secundário de

ensino e de formação, no quadro da dupla certificação, escolar e profissional.

Trata-se de uma aposta concentrada e selectiva em instrumentos e campos de

intervenção determinados, em torno de duas apostas – a qualificação e a inovação – e

tornando os Centros Novas Oportunidades e o Catálogo Nacional de Qualificações em

instrumentos referenciais-chave da estratégia de operacionalização do Programa.

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Relatório Final

A.14

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

Com esta aposta, pretende-se trazer para o terreno da relação “concepção/

/programação/financiamento/organização”, a concretização de opções que

corporizam o Acordo para a Reforma da Formação Profissional de 2007, o qual

estabelecia que se deveria destacar e reforçar, nas prioridades e no modelo de

financiamento da formação profissional: (i) por um lado, o apoio aos dispositivos e

modalidades de formação promotoras da aquisição de competências escolares e

profissionais certificadas, inscritos no Catálogo Nacional de Qualificações; e (ii) por outro

lado, os apoios à formação de adultos nas ofertas inscritas em processos de RVCC,

contribuindo para uma maior aproximação do esforço de formação às necessidades e

expectativas das empresas e dos indivíduos.

No referido Acordo, acrescia, ainda, o esforço tendente a expandir a oferta de formação

contínua de adultos, inserida em percursos de Educação e Formação que, nas

componentes escolar e profissional, tenham organização modular e possibilitem a

creditação dessa formação para efeitos de progressão escolar e/ou profissional.

A preocupação da garantir expressão à formação para a adaptabilidade encontra-se,

assim, bem presente no POPH, enquanto via de reforço da qualificação de base

construtora de patamares mínimos de competências que permitam a aquisição de

competências críticas para a cidadania, desempenho profissional na actividade

económica, adaptação à mudança e apetência para a participação na aprendizagem

ao longo da vida. Paralelamente, merece destaque o facto de o desafio da qualificação

ser entendido como passível de resposta, num contexto de aprendizagem ao longo da

vida, não limitada ao reforço da auto-estima e à promoção da empregabilidade dos

indivíduos menos qualificados, mas que se estende ao reingresso em processos de

aprendizagem de natureza formal.

As Formações Modulares Certificadas e os Cursos de Educação e Formação de Adultos

são instrumentos fundamentais para a prossecução destes objectivos e afirmação das

estratégias desenhadas, porque visam o reforço ou a aquisição de competências

escolares e profissionais dos adultos e poderão preencher percursos individuais de

desenvolvimento de competências na sequência de processos de RVCC.

A expectativa sobre o impacto destes processos de RVCC, enquanto promotores de

práticas de aprendizagem ao longo da vida, de responsabilidade e de valorização social

do conhecimento técnico e científico e da cultura profissional, é elevada, no pressuposto

de que tais instrumentos ao serviço da qualificação de activos com competências

adquiridas em contextos não formais e informais sejam ser encarados como uma via que

proporciona qualificações de educação-formação sem qualquer distinção valorativa

das obtidas nos sistemas formais de educação-formação. Essa será a pedra de toque

para a garantia de que este processo conduza a certificações valorizadas socialmente

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.15

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

quer para os cidadãos, quer para os sistemas de educação-formação, quer, ainda, para

o mercado de trabalho.

A estratégia de atribuir prioridade à vertente de qualificação de adultos activos (a par

dos jovens) procura contrariar custos sociais e económicos acrescidos que resultariam de

aguardar a simples substituição geracional para ver aumentada a base de

competências disponíveis para a modernização do tecido produtivo e da

competitividade da economia, na medida em que incrementar o acesso à formação,

significa aumentar a sua relevância e impacto, em simultâneo, nos indivíduos e nas

organizações.

A aposta na qualificação da população assenta numa estratégia integrada que

abrange todo o ciclo de vida, incluindo a formação contínua e a recuperação dos que

até agora têm estado mais afastados da escola, sendo encarada com diferentes

perspectivas e complementaridades, nos vários Eixos do POPH, onde se assume o

investimento na qualificação das pessoas e a criação de emprego, numa perspectiva

estrutural e estratégica quer enquanto factor de competitividade, quer enquanto

instrumento de prevenção da pobreza e da exclusão social, de promoção do emprego e

de combate ao desemprego, reforçando a coesão social19.

A aposta do POPH na melhoria da adaptabilidade dos trabalhadores e no aumento do

investimento em capital humano, pretende contribuir, decisivamente, para o aumento

da produtividade e da coesão social através da promoção da empregabilidade,

atraindo mais pessoas para o mercado de trabalho ou para a actividade empresarial,

incrementando os níveis de inclusão e desenvolvimento social, reforçando os alicerces

que sustentam o aprofundamento da sociedade da informação e o acesso às TIC,

gerando bases mais sustentadas para a inovação empresarial e para o desenvolvimento

do espírito empreendedor.

O investimento em capital humano constitui também uma condição de atractividade e

valorização territorial, combatendo as assimetrias territoriais pelo reforço da qualificação

territorial, de sustentação dos processos de modernização organizacional, de aumento

da capacidade de inovação, gestão e modernização produtiva das empresas, devendo

contribuir para a prioridade do QREN que consiste em aumentar a competitividade das

empresas e dos territórios.

A Avaliação ex-ante do POPH destaca, entre algumas das principais características do

Programa, a descoberta do valor económico do conhecimento enquanto tema forte

19 Esta perspectiva enquadra-se na linha dos desafios europeus identificados no Livro Branco sobre a Educação

e a Formação: “Ensinar e Aprender - rumo à sociedade cognitiva”, o qual destacava a importância que a educação e formação detêm no plano económico, no acesso ao emprego e na manutenção da empregabilidade, no combate ao desemprego e à exclusão social e na promoção da igualdade de oportunidades.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.16

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

que atravessa o POPH, destinando ao aumento da educação e da formação a maior

parcela dos Fundos Estruturais, embora marcado pelo fraco nível de territorialização,

decorrente de uma lógica muito centralizada, que não potencia a participação

diferenciadora e específica dos beneficiários locais desperdiçando, assim, a possibilidade

de um potencial maior ajustamento e coerência entre a oferta e a procura.

Paralelamente, aponta-se como debilidade para a concretização daquela descoberta,

o excesso de optimismo relativamente ao comportamento da economia, motor da

procura de conhecimento, não equacionando cenários menos favoráveis para a

competitividade das empresas, de onde pudessem surgir desequilíbrios sociais por via da

alimentação do desemprego, com a eventual diminuição da atracção pelo

conhecimento.

A Avaliação ex-ante do Programa chama igualmente a atenção para factores críticos

de sucesso, nomeadamente no que se refere à melhoria das qualificações dos

portugueses através da dupla certificação de adultos, que conta com a expansão da

rede de Centros Novas Oportunidades. Esta terá de assentar numa adequada procura

social por parte dos cidadãos, especialmente os menos escolarizados, a qual exige

incentivos: apostas formativas muito acessíveis; respeito pela situação de partida de

cada adulto; elevada flexibilidade e personalização para a obtenção de novas

qualificações; respostas territorializadas adequadas (forte envolvimento das

comunidades locais e dos agentes sociais); colocação da ênfase da qualificação na

melhoria da produtividade, mas também no desenvolvimento pessoal.

1.3.2. Tipologias de Intervenção

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC)

A Tipologia de intervenção RVCC tem por objectivos:

• Reduzir o défice de qualificação e elevar os níveis de certificação dos activos;

• Consolidar mecanismos de encaminhamento dos activos para soluções de

qualificação mais adequadas às suas necessidades e perfis profissionais;

• Criar e implementar um dispositivo integrado de reconhecimento, validação e

certificação de competências adquiridas em diferentes contextos de vida,

nomeadamente em contexto profissional.

A Tabela seguinte explicita as dimensões escolar e profissional da Tipologia de

intervenção.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.17

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

Tabela 1.1. Dimensões escolares e profissionais do RVCC RVCC ESCOLAR RVCC PROFISSIONAL

Permite reconhecer, validar e certificar as competências adquiridas pelos adultos ao longo da vida, com vista à obtenção de uma certificação escolar de nível básico (4.º, 6.º ou 9.º ano de escolaridade) ou de nível secundário (12.º ano de escolaridade).

Permite reconhecer, validar e certificar as competências que os adultos adquirem pela experiência de trabalho e de vida, através da atribuição de um Certificado de Formação Profissional.

Destina-se a todos os adultos com mais de 18 anos que não frequentaram ou concluíram um nível de ensino básico ou secundário e que tenham adquirido conhecimentos e competências através da experiência em diferentes contextos, que possam ser formalizadas numa certificação escolar.

Destina-se a activos empregados e desempregados, com mais de 18 anos, que adquiriram saberes e competências através da experiência de trabalho ou noutros contextos e que pretendam vê-las reconhecidas através de uma certificação formal.

Confere uma certificação equivalente ao 1.º, 2.º ou 3.º ciclo do ensino básico (4.º, 6.º ou 9.º ano de escolaridade), bem como uma certificação equivalente ao ensino secundário (12.º ano de escolaridade), válidas para todos os efeitos legais.

O processo consiste na avaliação das competências detidas pelos candidatos face a um Referencial de Formação Profissional correspondente a um curso de formação desenvolvido e contemplado no Catálogo Nacional das Qualificações. Para obter a certificação final, os candidatos devem demonstrar possuir todas as competências correspondentes ao curso de formação profissional.

O processo é desenvolvido ao longo de um conjunto de sessões durante as quais os candidatos são apoiados, por técnicos e formadores, na identificação e reconhecimento das respectivas competências escolares, na recolha de evidências que as comprovem ou na respectiva demonstração. Estas competências são avaliadas face ao Referencial de Competências Chave de Educação e Formação de Adultos pretendido pelos candidatos. Caso se verifique que os candidatos têm competências em falta serão desenvolvidas formações de curta duração ajustadas às necessidades dos adultos, ou então encaminhados para a frequência de cursos EFA ou UFCD. O processo culmina com a apresentação do candidato perante um Júri que valida as competências detidas e formaliza a certificação escolar.

O processo é desenvolvido ao longo de um conjunto de sessões durante as quais os candidatos são apoiados, por técnicos e formadores da área profissional em causa, na identificação e reconhecimento das respectivas competências e na recolha de evidências que as comprovem, bem como na respectiva demonstração. Os candidatos são, posteriormente, avaliados por uma comissão que valida as competências detidas e identifica as competências em falta, indicando a formação adicional que deve ser frequentada para obter a certificação final.

As acções programadas para a concretização do processo RVCC, resumem-se em:

• Operacionalizar os Centros de Novas Oportunidades (CNO) para o

desenvolvimento dos processos de acolhimento, diagnóstico e triagem dos

activos, que permitam o seu encaminhamento para ofertas de educação e

formação ou processos de RVCC;

• Consolidar o reconhecimento e validação das competências adquiridas, por via

da sua certificação escolar e profissional, que promova a melhoria dos

desempenhos profissionais e a progressão na carreira;

• Integrar as 2 dimensões do RVCC (escolar e profissional) no mesmo processo de

actuação sobre os activos, a nível nacional;

• Promover o desenvolvimento a oferta formativa complementar de entidades

formadoras devidamente certificadas, enquanto acesso a uma qualificação, nos

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Relatório Final

A.18

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

termos definidos pelo Sistema Nacional de Qualificações e no respeito pelo

Sistema de Regulamentação do Acesso a Profissões20, sempre que aplicável.

As entidades com CNO legalmente constituídos, operacionalizam o funcionamento dos

mesmos através de um vasto leque de actividades, agrupadas em:

• Actividades de acolhimento, diagnóstico de necessidades, definição de perfil e

encaminhamento para as respostas de qualificação mais adequadas aos adultos;

• Processos de RVCC para reconhecer e validar competências para efeitos de

certificação escolar e profissional;

• Funcionamento de equipas de projecto;

• Autoavaliação planeada dos objectivos, processos e resultados obtidos pelos

CNO.

Os critérios de selecção destas estruturas de operacionalização da Iniciativa Novas

Oportunidades passam pela apresentação de candidaturas pelas entidades promotoras,

sustentadas num PEI (Plano Estratégico de Intervenção) enquanto peça-chave, a cuja

avaliação a ANQ procede para decisão final da Comissão Directiva do POPH, com vista

a determinar: (i) a relevância do projecto face às necessidades locais, regionais e

nacionais em matéria de qualificação de adultos; (ii) a estrutura e capacidade efectiva

instalada para assegurar as funções previstas para os CNO (p.e., dimensões pedagógica

e de gestão administrativo-financeira); (iii) a articulação da entidade com a rede de

instituições de ensino e formação; e (iv) a relevância dos resultados esperados para a

especificidade do território.

O equilíbrio territorial da oferta de serviços dos CNO, nomeadamente os serviços de

RVCC, visando uma adequada resposta às necessidades de qualificação em todo o

território nacional, deverá constituir uma preocupação na avaliação das candidaturas,

assim como a garantia de igualdade de oportunidades no acesso, em particular de

públicos mais desfavorecidos e/ou com maiores dificuldades de inserção no mercado de

trabalho.

Para efeitos de financiamento, é fixada uma dotação máxima elegível para o pessoal

que constitui a equipa de cada CNO, em função de níveis de resultados anuais, de

acordo com a seguinte Tabela21:

20 Nesta matéria, em particular, é possível identificar alguns reparos dos operadores sobre uma eventual desregulação do Sistema, consubstanciada na proliferação de oferta formativa não controlada (no âmbito da Formação Modular Certificada), nomeadamente por parte de entidades privadas sem suficiente vocação e orientação específica, em áreas profissionais sujeitas a elevada exigência de regulamentação no acesso à profissão, sendo os Serviços Pessoais o exemplo mais flagrante. 21 A tipologia de classificação estabelecida, fazendo depender o financiamento da dimensão dos CNO em matéria de inscritos, cria alguma competição e disputa das estruturas sobre os mesmos utentes, bem notória em determinados territórios em que os recursos humanos, com o perfil adequado à alimentação do sistema, começam a escassear.

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Relatório Final

A.19

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

Tabela 1.2. Equipa do CNO

Nível A – 600 Inscritos

Nível B – 1.000 Inscritos

Nível C – 1.500 Inscritos

Nível D – 2.000 Inscritos

1 Coordenador 1 Administrativo 1 Técnico Superior 3 Profissionais RVC 5 Formadores (tempo inteiro)

1 Coordenador 2 Administrativos 1 Técnico Superior 4 Profissionais RVC 5 Formadores (tempo inteiro)

1 Coordenador 2 Administrativos 2 Técnicos Superiores 4 Profissionais RVC 7 Formadores (tempo inteiro)

1 Coordenador 2 Administrativos 2 Técnicos Superiores 5 Profissionais RVC 8 Formadores (tempo inteiro)

Nos processos de RVC profissional acrescem, para um objectivo anual de 200 inscritos,

por saída profissional: um tutor RVC, a tempo inteiro; e um avaliador RVC, a 25% do

tempo.

A operacionalização do RVCC profissional, para a entrada de um candidato no sistema,

ocorre da forma que se descreve esquematicamente abaixo, no âmbito das três etapas

do processo (reconhecimento, validação e certificação das competências):

Figura 1.1. Percurso RVCC Profissional

O RVCC Profissional abrange, na fase actual, várias profissões, em alguns dos Centros de

Formação Profissional de Gestão Directa e de Gestão Participada do IEFP, cuja oferta

está disponível em: http://www.iefp.pt/formacao/RVCC/Paginas/RVCCProfissional.aspx,

pretendendo-se o alargamento progressivo do processo a todas as saídas profissionais e o

seu desenvolvimento em toda a rede de Centros de Formação Profissional do IEFP, bem

como em entidades externas que demonstrem capacidade técnica para prestar esse

serviço.

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Relatório Final

A.20

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

No entanto, algumas das saídas profissionais que esta oferta apresenta repetidamente

em várias regiões do país, não encontra paralelo na oferta de certificação profissional

disponibilizada pelo Sistema Nacional de Certificação Profissional (não substituído

integralmente pelo Sistema Nacional de Qualificações) (http://www.iefp.pt/formacao/

/certificacao/OfertaCertificacao/Paginas/OfertaCertificacao.aspx), limitando a intervenção à

aquisição das competências descritas no referencial de formação dos perfis profissionais.

Esta é a situação existente com um vasto leque de saídas/perfis profissionais

apresentadas na oferta de RVCC profissional, sem paralelo no SNCP, o que limita a

atribuição de uma certificação formal pelo próprio Sistema. Este ainda não completou o

leque da oferta de certificação que consolide o processo, revelando uma dissonância

entre o que dispõe e elenca o Catálogo Nacional das Qualificações e a capacidade do

Sistema Nacional de Certificação Profissional (SNCP)22 para conferir reconhecimento

formal ao seu conteúdo.

A operacionalização dos processos de RVCC profissional nos CNO, com base nos

instrumentos de avaliação – “kit de avaliação” – construídos a partir das Unidades de

Competência (UC) em que se decompõe o referencial de RVCC profissional (específico

de cada qualificação/saída profissional), ainda se afigura algo incipiente em Portugal,

limitando-se a alguns avanços por parte da rede do IEFP, com base no leque de “kits de

certificação” construídos antes da passagem de tal atribuição para a Agência Nacional

de Qualificação (ANQ), organismo que não tem feito avançar o processo em direcção

às entidades privadas e restantes operadores.

Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA)

A Tipologia de intervenção EFA tem por objectivo o desenvolvimento da oferta de

formação de dupla certificação a adultos não qualificados ou sem qualificação

adequada para efeitos de inserção no mercado de trabalho e que não tenham

concluído a escolaridade básica de quatro, seis ou nove anos ou o ensino secundário

(12.º ano), conforme a situação aplicável.

O acesso é concretizado através de candidatura por parte das entidades promotoras

(na sequência de abertura de procedimento devidamente publicitado no site do POPH),

com a duração máxima de 36 meses, fundamentada no Plano de Formação submetido

no Sistema Integrado de Gestão de Ofertas (SIGO), na plataforma Novas Oportunidades,

através do site www.novasoportunidades.gov.pt, com vista à obtenção de parecer

22 A terminologia SNQ (Sistema Nacional de Qualificações) e CNQ (Catálogo Nacional de Qualificações) usada pela ANQ não se cruza com o dispositivo SNCP (Sistema Nacional de Certificação Profissional), Este último, no âmbito do IEFP, refere que a certificação profissional permite assegurar que um profissional detém as competências necessárias ao exercício de uma profissão, por referência a um descritivo de actividades de referência fixadas no âmbito do SNCP (Sistema Nacional de Certificação Profissional), sem relação visível com o SNQ.

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Relatório Final

A.21

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

pedagógico e aprovação pelas competentes Direcções Regionais de Educação ou

Delegações Regionais do IEFP.

A apreciação e a selecção das candidaturas têm em conta critérios como a relevância

do projecto proposto face às necessidades locais, regionais e nacionais,

designadamente a curto e a médio prazo, em matéria de qualificação e

empregabilidade de adultos, a prioridade atribuída a públicos encaminhados por

Centros Novas Oportunidades (CNO), o envolvimento institucional da entidade

promotora no tecido económico, social e cultural, nomeadamente com as entidades

empregadoras da região e a articulação das acções de formação com as necessidades

do tecido empresarial, o desempenho da entidade em candidaturas anteriores

(qualidade da intervenção e níveis de execução), assim como o contributo para a

aquisição de competências de inovação e aprofundamento da sociedade de

informação.

A qualificação dos recursos humanos que dirigem e ministram a formação, capacidade,

qualidade e adequação das infra-estruturas educativas afectas à oferta formativa

proposta/instalada, a garantia de assegurar a igualdade de oportunidades de acesso,

por públicos mais desfavorecidos e/ou com maiores dificuldades de inserção no

mercado de trabalho, bem como de igualdade de género, completam o leque dos

critérios de selecção das candidaturas.

Formações Modulares Certificadas (FMC)

As FMC integram o Eixo 2 do POPH, dedicado à Adaptabilidade e Aprendizagem ao

Longo da Vida, enquanto Tipologia de intervenção que visa a elevação dos níveis de

qualificação dos activos, garantindo-lhes o acesso a módulos de formação de curta

duração, capitalizáveis, realizados no quadro de um determinado percurso formativo,

com vista à obtenção de uma qualificação correspondente a uma determinada saída

profissional.

As elegibilidades contemplam as Formações Modulares Certificadas de nível II e III,

estruturadas sob a forma de Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD), realizadas

de acordo com os referenciais previstos no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ),

tendo por destinatários os activos com idade superior a 16 anos e que sejam detentores

de baixas qualificações escolares e/ou profissionais, ou que possuam qualificações

desajustadas às necessidades do mercado de trabalho.

O acesso ocorre através de candidatura das entidades formadoras certificadas,

entidades empregadoras e outros operadores, que pretendam desenvolver formação no

âmbito das suas atribuições ou da sua vocação, com a duração máxima de 24 meses,

na sequência de abertura de procedimento devidamente publicitado no site do POPH,

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Relatório Final

A.22

ANEXO 1. Enquadramento da Avaliação

submetidas exclusivamente através do Sistema Integrado de Informação do Fundo Social

Europeu (SIIFSE) disponível no endereço http://siifse.igfse.pt.

As candidaturas são formalizadas para a realização de um determinado volume de

formação, identificando as entidades beneficiárias apenas as áreas de formação a

contemplar, privilegiando a lógica da procura e a constituição de respostas formativas

desenhadas à medida das necessidades específicas dos formandos, nomeadamente no

âmbito de encaminhamentos de públicos-alvo realizados pelos Centros Novas

Oportunidades (CNO), conforme determina o Regulamento Específico da Tipologia.

Os critérios para a apreciação e selecção das candidaturas são em tudo iguais aos

estabelecidos para a Tipologia EFA, aos quais acrescem mais dois Critérios (Contributo

para o desenvolvimento de sectores de actividade ou áreas de qualificação

considerados estratégicos no plano socio-económico e Equilíbrio territorial da oferta de

formação, visando a adequada resposta às necessidades de qualificação),

nomeadamente o volume elegível em formação de base, de cada candidatura, não

poder ultrapassar um terço do volume total da formação modular realizada pelas

entidades formadoras certificadas, com excepção dos estabelecimentos de ensino

públicos ou privados ou cooperativos com paralelismo pedagógico, escolas profissionais

e centros de formação profissional de gestão directa ou participada, coordenados pelo

Instituto do Emprego e Formação Profissional.

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Relatório Final

A.23

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

AANNEEXXOO 22.. LLEEGGIISSLLAAÇÇÃÃOO EE IINNSSTTRRUUMMEENNTTOOSS RREEGGUULLAAMMEENNTTAARREESS RREELLEEVVAANNTTEESS

2A. REGULAMENTO ESPECÍFICO

Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção n.º 2.3, «Formações Modulares Certificadas»,

do eixo n.º 2 «Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida», do Programa Operacional Potencial Humano (POPH)

Âmbito de aplicação Artigo 1.º Objecto

O presente Regulam ento define o regime de acesso aos apoios concedidos pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), no âmbito da intervenção relativa a formações modulares certificadas.

Artigo 2.º Aplicação territorial

1 — O presente Regulamento é aplicável às acções de formação modulares certificadas, realizadas no território de Portugal continental, nos seguintes termos:

a) Eixo n.º 2, para as regiões do Norte, Centro e Alentejo, as quais integram o objectivo da convergência;

b) Eixo n.º 8, para a região do Algarve; c) Eixo n.º 9, para a região de Lisboa.

2 — A elegibilidade geográfica é determinada pelo local de realização da formação.

Artigo 3.º Objectivos

A presente tipologia de intervenção visa a elevação dos níveis de qualificação dos activos, garantindo -lhes o acesso a módulos de formação de curta duração, capitalizáveis, realizados no quadro de um determinado percurso formativo, com vista à obtenção de uma qualificação correspondente a uma determinada saída profissional.

Artigo 4.º Acções elegíveis

1 — No âmbito da presente tipologia de intervenção são elegíveis as formações modulares certificadas de nível II e III, estruturadas sob a forma de unidades de formação de curta duração, realizadas de acordo com os referenciais previstos no Catálogo Nacional de Qualificações, disponível em www.catalogo.anq.gov.pt, em observância da legislação nacional aplicável às formações modulares certificadas. 2 — Na conclusão das acções formativas devem as entidades formadoras emitir o diploma de qualificação ou os certificados previstos no artigo 7.º do Decreto -Lei n.º 396/2007, de 31 de Dezembro, bem como

assegurar o respectivo registo na caderneta individual de competências prevista no artigo 8.º do mesmo diploma quando disponível.

Artigo 5.º Destinatários

São destinatários da formação desenvolvida no âmbito desta tipologia de intervenção os activos com idade superior a 16 anos e que sejam detentores de baixas qualificações escolares e ou profissionais ou que possuam qualificações desajustadas às necessidades do mercado de trabalho, nos termos da legislação nacional aplicável às formações modulares certificadas.

Acesso ao financiamento Artigo 6.º

Modalidades de acesso Nesta tipologia de intervenção o acesso ao financiamento é concretizado através de candidatura, com a duração máxima de 24 meses, nos termos previstos na alínea a) do artigo 21.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro, podendo no entanto ser fixada uma duração inferior em sede de abertura de candidaturas.

Artigo 7.º Entidades beneficiárias dos apoios

1 — Podem ter acesso aos apoios concedidos no âmbito da presente tipologia de intervenção as entidades formadoras certificadas, as entidades empregadoras e outros operadores, quando pretendam desenvolver formação no âmbito das suas atribuições ou da sua vocação. 2 — As entidades candidatas ao financiamento devem reunir, desde a data de apresentação da candidatura, os requisitos constantes no artigo 17.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro.

Artigo 8.º Formalização da candidatura

1 — As candidaturas são apresentadas na sequência de abertura de procedimento devidamente publicitado no site do POPH. 2 — As candidaturas devem ser apresentadas exclusivamente através do sistema integrado de informação do Fundo Social Europeu (SIIFSE) disponível no endereço http://siifse.igfse.pt.

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Relatório Final

A.24

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

3 — A candidatura é formalizada para a realização de um determinado volume de formação, identificando as entidades beneficiárias apenas as áreas de formação a contemplar, privilegiando a lógica da procura e a constituição de respostas formativas desenhadas à medida das necessidades específicas dos formandos, nomeadamente no âmbito de encaminhamentos de públicos -alvo realizados pelos Centros Novas Oportunidades (CNO). 4 — Após a submissão da candidatura, a entidade beneficiária deve enviar ao POPH, no prazo máximo de 10 dias, o termo de responsabilidade produzido pelo SIIFSE.

Análise e selecção Artigo 9.º

Critérios de selecção 1 - A apreciação e selecção das candidaturas têm em conta os seguintes critérios: a) Relevância do projecto proposto face às necessidades locais, regionais e nacionais, designadamente a curto e a médio prazo, em matéria de qualificação e empregabilidade de adultos; b) Contributo para o desenvolvimento de sectores de actividade ou áreas de qualificação considerados estratégicos no plano socioeconómico; c) Envolvimento institucional da entidade beneficiária no tecido económico, social e cultural, nomeadamente com as entidades empregadoras da região, de forma a melhor articular as acções de formação com as necessidades do tecido empresarial; d) Equilíbrio territorial da oferta de formação, visando a adequada resposta às necessidades de qualificação; e) Prioridade atribuída a públicos encaminhados por CNO; f) Grau de eficiência pedagógica e de gestão administrativo–financeira da entidade candidata, designadamente aferida pela relação entre recursos utilizados e o volume de formação; g) Qualificação dos recursos humanos que dirigem e ministram a formação; h) Capacidade, qualidade e adequação das infra -estruturas educativas afectas à oferta formativa proposta/instalada;

i) Desempenho demonstrado pela entidade em candidaturas anteriores, nomeadamente na qualidade da sua intervenção e nos níveis de execução realizados; j) Contributo para o desenvolvimento de competências profissionais no domínio da inovação e sociedade de informação; l) Garantia de instrumentos adequados a assegurar a igualdade de oportunidades de acesso, em particular de públicos mais desfavorecidos e ou com maiores dificuldades de inserção no mercado de trabalho; m) Explicitação de mecanismos que possibilitem a prossecução dos objectivos da política para a igualdade de oportunidades e igualdade de género. 2 — A grelha de análise que pondera os critérios de selecção referidos no número anterior é divulgada em sede de abertura do procedimento de candidatura.

Artigo 10.º Processo de decisão

1 — Após a verificação do cumprimento dos requisitos formais, as candidaturas são objecto de apreciação técnica e financeira, com base nos critérios enunciados no artigo anterior. 2 — A instrução do processo de análise da candidatura compete ao secretariado técnico do POPH, tendo em conta o seguinte circuito: a) Análise técnico -financeira pelo secretariado técnico, tendo em conta as disposições previstas no despacho normativo n.º 4 -A/2008, de 24 de Janeiro; b) Proposta de decisão a apresentar, pelo secretariado técnico, à comissão directiva do POPH, após a realização da audiência dos interessados. 3 — A decisão relativa às candidaturas é proferida pela comissão directiva do POPH no prazo máximo de 60 dias, a contar da data limite de apresentação das candidaturas. 4 — Em caso de aprovação, a entidade beneficiária deve devolver o termo de aceitação à comissão directiva do POPH, devidamente assinado por quem tenha poderes para o efeito, no prazo de 15 dias contados desde a data da recepção da notificação da decisão de aprovação.

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Relatório Final

A.25

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

Artigo 11.º Alterações à decisão de aprovação

1 — Os pedidos de alteração à decisão de aprovação formalizam-se mediante a apresentação de formulário próprio, disponibilizado através do SIIFSE. 2 — Se o beneficiário não for notificado da decisão, no prazo de 30 dias, pode considerar -se o pedido de alteração tacitamente deferido, exceptuando-se as situações que determinem qualquer alteração no plano financeiro aprovado, na programação financeira anual, na estrutura de custos ou que envolvam a realização de novos módulos

não previstos na candidatura inicial, as quais exigem decisão expressa a ser proferida no prazo de 60 dias.

Financiamento Artigo 12.º

Taxas e regime de financiamento O financiamento público dos projectos realizados no âmbito da presente tipologia de intervenção, que corresponde à soma da contribuição comunitária com a contribuição pública nacional, na acepção do artigo 37.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro, é assegurado através da repartição constante do quadro seguinte:

Regiões Convergência (eixo nº 2) Região Algarve (Eixo nº 8) Região Lisboa (Eixo nº 9)

Contribuição comunitária ………….. 70% 72,61 50,6 Contribuição pública nacional …….. 30% 27,30 49,4

Artigo 13.º Custos elegíveis

1 — A natureza e os limites máximos dos custos elegíveis são os constantes do despacho normativo n.º 4 -A/2008, de 24 de Janeiro. 2 — No âmbito da presente tipologia de intervenção não são apoiadas as bolsas para material de estudo e as bolsas para profissionalização previstas na alínea c) do artigo 6.º do despacho normativo n.º 4 -A/2008, de 24 de Janeiro. 3 — Na presente tipologia de intervenção pode ser exercida a opção pelo regime forfetário, em termos a definir por despacho. 4 — Para cada candidatura, o volume elegível em formação de base não pode ultrapassar um terço do volume total da formação modular realizada pelas entidades formadoras certificadas, com excepção dos estabelecimentos de ensino públicos ou privados ou cooperativos com paralelismo pedagógico, escolas profissionais e centros de formação profissional de gestão directa ou participada coordenados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, I. P. (IEFP, I. P.). 5 — A aferição do disposto no número anterior será efectuada no pedido de reembolso intermédio reportado a 31 de Dezembro de cada ano civil, desde que o volume de formação realizado até àquela data represente no mínimo 30 % do volume de formação aprovado para a candidatura, e no pedido de pagamento de saldo final, devendo o financiamento ser ajustado em conformidade. 6 — Nas formações modulares da componente de base promovidas por escolas públicas do ensino básico ou secundário apenas são elegíveis os encargos com formandos bem com o custo de um técnico externo responsável pela organização da

oferta de formação modular e ou cursos EFA no caso de escolas com Centro Novas Oportunidades ou, excepcionalmente, em escolas sem CNO mas integradas na rede de entidades de resposta a Centros Novas Oportunidades.

Artigo 14.º Adiantamentos e pedidos de reembolso

1 — A aceitação da decisão de aprovação da candidatura pelo beneficiário confere -lhe o direito à percepção de financiamento para realização dos respectivos projectos, nos termos do artigo 40.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro. 2 — O adiantamento, no valor correspondente a 15 % do montante de financiamento aprovado para cada ano civil, é processado nas seguintes condições: a) Devolução do termo de aceitação da decisão de aprovação; b) Verificação de situação contributiva regularizada perante a Fazenda Pública e a Segurança Social; c) Verificação de situação regularizada em matéria de restituições no âmbito dos financiamentos do Fundo Social Europeu (FSE); d) Informação de que foi dado início ou reinício às acções. 3 — O pedido de reembolso das despesas incorridas e pagas é efectuado com periodicidade bimestral, devendo a entidade beneficiária submeter no SIIFSE, até ao dia 10 do mês seguinte a que se refere o reembolso, um mapa de execução financeira e física. 4 — O somatório do adiantamento com os pagamentos intermédios de reembolso não pode exceder 85 % do montante total aprovado para a candidatura. 5 — Os pedidos de reembolso devem ser elaborados nos termos previstos no n.º 4 do

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Relatório Final

A.26

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

artigo 40.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro. 6 — A decisão sobre o processamento dos pagamentos do adiantamento e dos reembolsos compete à comissão directiva do POPH, após parecer do secretariado técnico. 7 — Os pagamentos ficam condicionados aos fluxos financeiros da Comissão Europeia, conforme estipulado no n.º 15 do artigo 40.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro, bem como às condições previstas nas alíneas b) e c) do n.º 2. 8 — A mudança de domicílio ou conta bancária da entidade beneficiária, sem comunicação à comissão directiva do POPH, no prazo de 30 dias, determina a suspensão de pagamentos.

Artigo 15.º Informação anual sobre a execução

e pedido de pagamento de saldo 1 — A entidade beneficiária fica obrigada a apresentar, até 15 de Fevereiro de cada ano, informação anual de execução, reportada a 31 de Dezembro do ano anterior, sobre a execução física e financeira da candidatura, de acordo com o estipulado no n.º 6 do artigo 40.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro. 2 — A formalização da informação anual de execução prevista nos termos do número anterior deve ser efectuada através da sua submissão ao SIIFSE.

3 — Deve ser apresentado um pedido de pagamento de saldo de cada candidatura até 45 dias após a data da sua conclusão. 4 — A formalização do pedido de pagamento de saldo deve ser efectuada através de submissão ao SIIFSE e envio ao secretariado técnico do respectivo termo de responsabilidade. 5 — O pedido de pagamento de saldo deve ser elaborado nos termos previstos no artigo 40.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro. 6 — O circuito de análise e decisão sobre o pedido de pagamento de saldo é idêntico ao circuito de análise e decisão da candidatura, devendo a decisão ser proferida pela comissão directiva do POPH nos 60 dias subsequentes à recepção do mesmo. 7 — O pagamento do saldo fica condicionado à verificação das condições previstas no n.º 7 do artigo 15.º

Disposições finais e transitórias Artigo 16.º

Regras subsidiárias Em tudo o que não se encontrar expressamente regulado no presente Regulamento Específico aplica -se o disposto no Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro, bem como as demais regras nacionais e comunitárias aplicáveis à presente tipologia de intervenção e aos financiamentos do FSE.

Despacho n.º 15053/2009

O Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro, aprovou o enquadramento legal de aplicação do Fundo Social Europeu (FSE) para o período de programação 2007 -2013, determinando a necessidade de regulamentação complementar específica para disciplinar as várias tipologias de intervenção no âmbito dos respectivos programas operacionais. Atendendo à necessidade de assegurar, com celeridade, a concessão dos apoios previstos pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), permitindo abrir, no imediato, as respectivas candidaturas, foram publicados os diversos regulamentos específicos, pelo que, concluída aquela primeira etapa, impõe -se agora proceder a alguns ajustamentos entretanto identificados, no sentido de promover adequada compreensão e coerência desta disciplina jurídica. A Comissão Ministerial de Coordenação do POPH, nos termos do n.º 5 do artigo 30.º do Decreto -Lei n.º 312/2007, de 17 de Setembro, aprovou as presentes alterações, tendo sido

colhido o parecer prévio favorável do Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu, I. P., nos termos do n.º 2 do artigo 5.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro, pelo que, em conjugação com o seu n.º 3, determina -se o seguinte:

Artigo 1.º Alteração ao despacho n.º 18 229/2008, de

20 de Junho O artigo 17.º do Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 2.1, «Reconhecimento, validação e certificação de competências», do POPH, aprovado pelo despacho n.º 18 229/2008, de 20 de Junho, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 17.º [...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — No caso de escolas públicas do ensino básico ou secundário e instituições públicas de ensino superior, as despesas com as remunerações do coordenador e formadores que integram a equipa do CNO apenas são elegíveis a título de contrapartida pública nacional. 3 — No caso do Instituto do Emprego e Formação Profissional, as despesas com as

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.27

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

remunerações dos formadores que integram a equipa do CNO apenas são elegíveis a título de contrapartida pública nacional. 4 — Para efeitos de financiamento não é permitida a acumulação das funções definidas nos números anteriores no âmbito do mesmo projecto, salvo quando autorizadas pelo gestor. 5 — O disposto no número anterior não é aplicável aos profissionais de RVC e aos formadores que integram a equipa do CNO quando no exercício das funções previstas para a sua categoria, de acordo com a regulamentação nacional relativa ao funcionamento dos CNO e do sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências. 6 — São ainda elegíveis as despesas com o alojamento, a alimentação e o transporte do pessoal que integra as equipas dos CNO, de acordo com o disposto no artigo 22.º do despacho normativo n.º 4 -A/2008, de 24 de Janeiro. 7 — Quando o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências escolar e ou profissional for desenvolvido em regime de itinerância, as despesas referidas no número anterior só são elegíveis para um máximo de 5000 km de deslocação e um máximo de cinco dias de estada, por ano e por cada membro da equipa afecto. 8 — Em casos excepcionais e devidamente fundamentados, com base no PEI aprovado, pode a autoridade de gestão autorizar, caso a caso, limites superiores aos definidos no número anterior para o funcionamento em regime de itinerância. 9 — Nas candidaturas plurianuais, nos casos em que, no primeiro ano da candidatura, o CNO desenvolveu actividade correspondente a um patamar de meta anual de inscritos diferente daquele que lhe foi aprovado, pode a autoridade de gestão reduzir o financiamento aprovado no segundo ano da candidatura.»

Artigo 2.º Alteração ao despacho n.º 18 227/2008, de

20 de Junho O artigo 4.º do Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 2.2, «Cursos de educação formação de adultos», do POPH, aprovado pelo despacho n.º 18 227/2008, de 20 de Junho, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 4.º [...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — As unidades de formação que integram as formações referidas no número anterior só são elegíveis quando, no início das acções,

se registe a participação efectiva de um número mínimo de 10 formandos. 3 — (Actual n.º 2.)»

Artigo 3.º Alteração ao despacho n.º 18 223/2008, de

20 de Junho O artigo 4.º do Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 2.3, «Formações modulares certificadas», do POPH, aprovado pelo despacho n.º 18 223/2008, de 20 de Junho, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 4.º [...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — As unidades de formação que integram as formações referidas no número anterior só são elegíveis quando, no início das acções, se registe a participação efectiva de um número mínimo de 10 formandos. 3 — (Actual n.º 2.)»

Artigo 4.º Alteração ao despacho n.º 18 363/2008, de

20 de Junho Os artigos 10.º e 18.º do Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 3.1.1, «Programa de formação -acção para PME», do POPH, aprovado pelo despacho n.º 18 363/2008, de 20 de Junho, passam a ter a seguinte redacção:

«Artigo 10.º [...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 — As entidades beneficiárias não podem candidatar -se a mais de um organismo intermédio no âmbito da presente tipologia de intervenção, salvo situações excepcionais devidamente fundamentadas e autorizadas pela comissão directiva do POPH.

Artigo 18.º [...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 — Relativamente aos custos máximos da componente formativa dos projectos de formação -acção, aplica -se o indicador de custo por hora e por formando previsto para a modalidade de Formação para a Inovação e Gestão, nos termos constantes da tabela II do anexo I ao despacho normativo referido no número anterior.»

Artigo 5.º Alteração ao despacho n.º 18 362/2008, de

20 de Junho

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.28

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

Os artigos 3.º, 4.º, 7.º e 13.º do Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 3.2, «Formação para a inovação e gestão», do POPH, aprovado pelo despacho n.º 18 362/2008, de 20 de Junho, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 3.º [...]

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . d) A promoção da internacionalização das PME, através de intervenções que valorizem as dimensões da gestão e da inovação. Artigo 4.º 1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 — São ainda elegíveis, no âmbito da presente tipologia as acções enquadradas no programa INOV Vasco da Gama, regulado pela Portaria 1103/2008, de 2 Outubro, às quais não são aplicáveis as disposições constantes dos n.os 2, 3 e 4.

Artigo 7.º 1 — Podem ter acesso aos apoios concedidos no âmbito da presente tipologia de intervenção as entidades empregadoras, na qualidade de entidades beneficiárias, na acepção dos artigos 12.º e 14.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro, sem prejuízo do número seguinte 2 — Tem ainda acesso aos presentes apoios, no âmbito das acções previstas no n.º 5 do artigo 4.º, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) enquanto organismo responsável pela concretização dos instrumentos de política pública nacional, nos termos do artigo 65.º do Decreto -Lei n.º 312/2007, de 17 de Setembro. 3 — As entidades beneficiárias devem reunir, desde a data de apresentação da candidatura, os requisitos exigidos no artigo 17.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro.

Artigo 13.º 1 — A natureza e os limites máximos dos custos elegíveis são os constantes do despacho normativo n.º 4 -A/2008, de 24 de Janeiro, sem prejuízo do número seguinte. 2 — No caso das acções previstas no n.º 5 do artigo 4.º, são elegíveis, ao abrigo da alínea a) do artigo 27.º do despacho normativo n.º 4 -A/2008, de 24 de Janeiro, quer quanto à sua

natureza, quer quanto aos seus limites máximos, os custos constantes da respectiva legislação de enquadramento, atendendo à prioridade atribuída à área da internacionalização. 3 — Na presente tipologia de intervenção pode ser exercida a opção pelo regime forfetário, em termos a definir por despacho».

Artigo 6.º Alteração ao despacho n.º 18 474/2008, de

20 de Junho O artigo 7.º do Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 3.3, «Qualificação dos profissionais da administração pública central e local e dos profissionais da saúde», do POPH, aprovado pelo despacho n.º 18 474/2008, de 20 de Junho, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 7.º [...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) Organismos e serviços da administração directa do Estado, bem como os institutos públicos, em qualquer das suas modalidades, incluindo as instituições de ensino superior públicas, podendo estas revestir a forma de fundações públicas; b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .»

Artigo 7.º Alteração ao despacho n.º 18 359/2008, de

20 de Junho O artigo 8.º do Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 5.2, «Estágios profissionais», do POPH, aprovado pelo despacho n.º 18 359/2008, de 20 de Junho, passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 8.º No âmbito dos estágios profissionais na administração pública local, a Direcção -Geral das Autarquias Locais (DGAL) assume a qualidade de organismo intermédio, sem subvenção, apoiando a autoridade de gestão do POPH no processo de selecção e acompanhamento das candidaturas, nos termos a definir por contrato, cujo período de vigência é o estabelecido no n.º 5 do artigo 8.º do Decreto Regulamentar n.º 84 -A/2007, de 10 de Dezembro.»

Artigo 8.º Produção de efeitos

O presente despacho produz efeitos desde 1 de Agosto de 2008. 26 de Junho de 2009.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.29

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

2B. GRELHA DE ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE SELECÇÃO

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.31

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

2C. ÁREAS DE FORMAÇÃO

Distribuição das áreas de Formação pelos Centros de Novas Oportunidades com RVCC PRO

Áreas de Formação Centro Novas Oportunidades

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ACIB - Associação Comercial e Industrial de Barcelos ADEMINHO - Associação para o Desenvolvimento do Ensino Profissional do Alto Minho Interior - EPRAMI - Escola Profissional do Alto Minho Interior

ADIP - Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares ADRIMAG - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira

Agrupamento de Escolas da Sertã Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira Agrupamento de Escolas João Franco Agrupamento de Escolas Lima de Freitas - CFAE Arrábida ANCORENSIS - Cooperativa de Ensino C.R.L. ANOP - Associação Nacional de Oficinas de Projectos para o Desenvolvimento e a Educação

Associação Comercia de Braga Associação Empresarial de Amarante Associação Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto

Associação Empresarial de Paredes Associação Industrial do Minho Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo

ATAHCA - Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cavado e Ave

(continua)

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.32

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

Distribuição das áreas de Formação pelos Centros de Novas Oportunidades com RVCC PRO (cont.) Áreas de Formação

Centro Novas Oportunidades A

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Barafunda - Associação Juvenil da Cultura e Solidariedade Social

CEARTE - Centro de Formação Profissional do Artesanato CECOA - Centro de Formação Profissional para o Comércio e Afins

CEFOSAP - Centro de Formação Sindical e Aperfeiçoamento Profissional

CEFPI - Centro de Educação e Formação Profissional Integrada

CENATEX II - Formação e Serviços, Lda. CENCAL - Centro de Formação Profissional da Indústria da Cerâmica

CENFIC - Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul

CENFIM - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

Centro de Emprego e Formação Profissional da Guarda Centro de Emprego e Formação Profissional de Arganil Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia Centro de Formação Profissional da Amadora Centro de Formação Profissional de Águeda Centro de Formação Profissional de Aljustrel Centro de Formação Profissional de Alverca Centro de Formação Profissional de Aveiro Centro de Formação Profissional de Beja Centro de Formação Profissional de Braga Centro de Formação Profissional de Bragança Centro de Formação Profissional de Castelo Branco Centro de Formação Profissional de Chaves Centro de Formação Profissional de Coimbra Centro de Formação Profissional de Évora Centro de Formação Profissional de Faro

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.33

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

Distribuição das áreas de Formação pelos Centros de Novas Oportunidades com RVCC PRO (cont.)

Áreas de Formação Centro Novas Oportunidades

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Centro de Formação Profissional de Leiria Centro de Formação Profissional de Lisboa - Sector Terciário Centro de Formação Profissional de Portalegre Centro de Formação Profissional de Rio Meão Centro de Formação Profissional de Santarém Centro de Formação Profissional de Santiago do Cacém Centro de Formação Profissional de Setúbal Centro de Formação Profissional de Sintra Centro de Formação Profissional de Tomar Centro de Formação Profissional de Viana do Castelo Centro de Formação Profissional de Vila Real Centro de Formação Profissional de Viseu Centro de Formação Profissional do Porto Centro de Formação Profissional do Porto - Sector Terciário Centro de Formação Profissional do Seixal Centro de Reabilitação Profissional de Alcoitão CEPRA - Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel

CESAE - Centro de Serviços e Apoio às Empresas CFPIC - Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado

CFPIMM - Centro de Formação Profissional das Indústrias da Madeira e Mobiliário

CFPSA - Centro de Formação Profissional para o Sector Alimentar

CICCOPN - Centro de Formação Profissional para a Indústria de Construção Civil e Obras Públicas do Norte

CILAN - Centro de Formação Profissional para a Indústria de Lanifícios

(continua)

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.34

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

Distribuição das áreas de Formação pelos Centros de Novas Oportunidades com RVCC PRO (cont.)

Áreas de Formação Centro Novas Oportunidades

Arte

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CINCORK - Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça

CINDOR - Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria

CINEL - Centro de Formação Profissional da Indústria Electrónica

CINEL - Centro de Formação Profissional da Indústria Electrónica II - Amadora

CINFU - Centro de Formação Profissional da Indústria de Fundição

CITEFORMA - Centro de Formação Profissional dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Serviços e Novas Tecnologias

CITEX - Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil CIVEC - Centro de Formação Profissional da Indústria de Vestuário e Confecção

CNED - Centro Naval de Ensino à Distância Cooperativa de Ensino de Vila Nova de Famalicão, C.R.L. COOPETAPE - Cooperativa de Ensino, C.R.L. Cooptécnica Gustave Eiffel - Cooperativa de Ensino e Formação Técnico-Profissional, CRL

CRISFORM - Centro de Formação Profissional para o Sector da Cristalaria

CRPG - Centro de Reabilitação Profissional de Gaia Cruz Vermelha Portuguesa (Delegação do Porto) DOUROCABE - Formação Profissional, Lda. EDP VALOR - Gestão Integrada de Serviços, S.A. Ensigaia - Educação e Formação, Sociedade Unipessoal, Lda. EPRALIMA - Escola Profissional do Alto Lima – Cooperativa de Interesse Público e Responsabilidade Lda.

Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.35

ANEXO 2. Legislação e Instrumentos Regulamentares relevantes

Distribuição das áreas de Formação pelos Centros de Novas Oportunidades com RVCC PRO (cont.) Áreas de Formação

Centro Novas Oportunidades

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Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve Escola Intercultural das Profissões e do Desporto da Amadora, E.M. Escola Profissional Amar Terra Verde, Lda. Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico da Batalha Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Amarante Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Sever do Vouga

Escola Secundária de Avelar Brotero Escola Secundária de Júlio Dantas Escola Secundária de Nuno Álvares Escola Secundária Fontes Pereira de Melo FDTI - Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação

FORPESCAS - Centro de Formação Profissional do Sector das Pescas

Fundação Alentejo (sede) Fundação Odemira GONDHUMANIS - Escola Profissional de Gondomar INOVINTER - Centro de Formação e de Inovação Tecnológica Insignare - Associação de Ensino e Formação Instituto de Soldadura e Qualidade (Delegação Norte) Instituto Militar dos Pupilos do Exército KERIGMA - Instituto de Inovação e Desenvolvimento Social de Barcelos

NERCAB - Associação Empresarial da Região de Castelo Branco NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria Pombalprof - Sociedade de Educação e Ensino Profissional, Lda. Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior SICÓ Formação - Sociedade de Ensino Profissional, S.A. Zendensino - Cooperativa de Ensino, IPRL

Fonte: Listagem de RVCC profissional por CNO e região, ANQ, Junho de 2008.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.37

ANEXO 3. Metodologia – Fichas-síntese, por Questão de Avaliação

AANNEEXXOO 33.. MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA –– FFIICCHHAASS--SSÍÍNNTTEESSEE,, PPOORR QQUUEESSTTÃÃOO DDEE AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO

Questão de Avaliação 1. As dinâmicas de procura geradas pelas Formações Modulares Certificadas no arranque do P0, vão no sentido das dimensões-chave identificadas? MÉTODOS DE AVALIAÇÃO/FONTES DE INFORMAÇÃO

Componentes de análise

Métodos de Avaliação/Fontes de informação Análise Docu-mental

Entre-vistas

Sistema Infor-

mação

Inqué-ritos

on line

Estudos de caso

Focus Group

O perfil das entidades beneficiárias tem expressão nas candidaturas aprovadas e é adequado aos objectivos prosseguidos na Tipologia?

INDICADORES OPERACIONAIS: Tipologia das entidades beneficiárias e das entidades formadoras: natureza, região, dimensão, actividade económica; Grau de adequação do perfil de entidades beneficiárias induzido pelo Programa aos objectivos pretendidos; Grau de diferença e desvio entre o perfil das entidades beneficiárias aprovadas e não aprovados; Evolução da procura, por tipologia das entidades e beneficiários efectivos; Evolução da procura, por parte dos adultos activos; Grau de atractividade das FMC face às outras opções à disposição dos adultos activos; Representação social e expectativas face às FMC junto das entidades beneficiárias, face a outras opções de formação profissional; Relação entre entidades formadoras e beneficiárias; Impedimentos e obstáculos sentidos pelas entidades; Adequação do modelo de financiamento ao estímulo da procura de beneficiários e promotores. Quais os atributos (níveis de habilitação literária e

situação face ao emprego) dos destinatários-alvo abrangidos por esta Tipologia?

INDICADORES OPERACIONAIS: Situação-chave dos destinatários face ao emprego; Nível de habilitação literária do público-alvo; Relação entre o perfil dos destinatários face ao emprego e a idade, a componente de FMC mais frequentada, a opção por outras modalidades de ALV (Cursos EFA). Os projectos aprovados permitem a

concretização das metas definidas no Programa para esta Tipologia?

INDICADORES OPERACIONAIS: Realização física: volume de candidaturas aprovadas e formandos abrangidos, face à meta anual média; Grau de cobertura das prioridades e objectivos estratégicos da Tipologia em termos de indicadores de acompanhamento e de objectivos; Mecanismos de informação e orientação utilizados pelos Serviços Públicos de Emprego e CNO; Nº de formandos encaminhados através de CNO;. Nº de formandos que completa percursos formativos (certificação total) vs. certificação parcial. Taxas de compromisso e execução financeira para o período 2007-2009.

Legenda: Utilização principal : Utilização complementar: ELEMENTOS DE RESPOSTA/ OUTPUT (CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES)

Quadro de condições-tipo favorecedoras da melhoria do envolvimento das empresas nas dinâmicas de promoção das FMC junto do tecido empresarial e dos beneficiários efectivos (activos, adultos).

Critérios de selecção dos formandos (p.e., redefinição de critérios com vista a estabelecer critérios mais assertivos face aos objectivos e metas).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.38

ANEXO 3. Metodologia – Fichas-síntese, por Questão de Avaliação

Questão de Avaliação 2. As metodologias e instrumentos utilizados no processo de análise de candidaturas permitem dar resposta às necessidades do Programa?

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO/FONTES DE INFORMAÇÃO

Componentes de análise

Métodos de Avaliação/Fontes de informação Análise Docu-mental

Entre-vistas

Sistema Infor-

mação

Inqué-ritos

on line

Estudos de caso

Focus Group

As candidaturas aprovadas apresentam qualidade (fundamentação técnica, articulação com a procura sectorial/regional de competências, combinação de componentes/ /produtos de formação, …) de modo a garantir o cumprimento dos objectivos?

INDICADORES OPERACIONAIS: Grau de clareza do Regulamento Específico quanto aos critérios de elegibilidade; Grau de coerência entre os critérios de elegibilidade e os objectivos da Tipologia; Grau de incorporação dos objectivos da Tipologia pelo Regulamento Específico; Proporção de candidaturas não aprovadas por falhas no cumprimento do disposto no Regulamento Específico; Dúvidas-tipo apresentadas pelos beneficiários. Qual a componente de formação mais

procurada nos projectos aprovados (formação de base ou formação tecnológica)?

INDICADORES OPERACIONAIS: Grau de clareza do regulamento específico percebida pelas entidades candidatas; Grau de utilidade dos manuais de utilizador e outros considerada pelas entidades beneficiárias para a elaboração das candidaturas; Grau de adequação das grelhas de análise às necessidades e especificidades das entidades candidatas; Grau de rigor ou de discricionariedade percebido pelos beneficiários na análise de candidaturas. Que novos dispositivos podem ser criados no

sentido de promover uma oferta formativa de maior qualidade e proximidade, que possa dar resposta às novas dinâmicas de procura? E que mecanismos podem ser criados para orientar essa procura?

INDICADORES OPERACIONAIS: Fluxogramas comparativos do processo de candidatura das várias regiões; Níveis de participação das UAT regionais do POPH na análise das candidaturas e no acompanhamento da formação; Diferenças admitidas entre operadores de formação (p.e., IEFP e empresas) na apresentação de candidaturas (POPH central ou estruturas regionais) e na organização das mesmas (candidaturas para um bloco de formação ou por cada acção a realizar); SIIFSE: nível de contributo para a gestão, acompanhamento e controlo; grau de implementação e de utilização; grau de adequação à submissão das candidaturas; e grau de adequação à análise das candidaturas.

O modelo de divulgação e lançamento da Tipologia e respectiva abertura de candidaturas revelou-se adequado para suscitar a apresentação de candidaturas por parte das entidades beneficiárias?

(cont.)

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.39

ANEXO 3. Metodologia – Fichas-síntese, por Questão de Avaliação

Questão de Avaliação 2. As metodologias e instrumentos utilizados no processo de análise de candidaturas permitem dar resposta às necessidades do Programa? MÉTODOS DE AVALIAÇÃO/FONTES DE INFORMAÇÃO INDICADORES OPERACIONAIS:

Adequação dos meios e suportes de divulgação, informação e publicidade mobilizados para atingir públicos relevantes; Grau de esclarecimento dos promotores e dos activos a partir das acções de comunicação e da informação fornecida; Grau de adequação dos períodos de apresentação de candidaturas; Grau de adequação dos procedimentos de abertura de candidaturas e faseamento face às modalidades alternativas (aberto, fechado, convite); Diferenças entre o perfil esperado para as entidades beneficiárias e o efectivo;

Acções dinamizadas pela entidade gestora junto dos potenciais beneficiários para estimular a apresentação de projectos contributivos para os objectivos e metas da Tipologia.

Métodos de Avaliação/Fontes de informação

Componentes de análise Análise Docu-mental

Entre-vistas

Sistema Infor-

mação

Inqué-ritos

on line

Estudos de caso

Focus Grou

p

O Regulamento Específico corresponde às necessidades identificadas no POPH?

INDICADORES OPERACIONAIS: Disposições estabelecidas para a participação dos vários actores do sistema; Nível de flexibilidade do Regulamento Específico para resposta actualizada à alteração das necessidades dos actores do sistema; Dificuldades e disfunções mais sentidas pelos beneficiários na aplicação do Regulamento Específico.

Métodos de Avaliação/Fontes de informação

Componentes de análise Análise Docu-mental

Entre-vistas

Sistema Infor-

mação

Inqué-ritos

on line

Estudos de caso

Focus Grou

p

Os critérios de elegibilidade e respectivos ponderadores são adequados à realidade apreciada e estão centrados nos objectivos definidos para a Tipologia?

INDICADORES OPERACIONAIS: Grau de clareza do Regulamento Específico quanto aos critérios de elegibilidade; Grau de coerência entre os critérios de elegibilidade e os objectivos da Tipologia; Grau de incorporação dos objectivos da Tipologia pelo Regulamento Específico; Proporção de candidaturas não aprovadas por falhas no cumprimento do disposto no Regulamento Específico; Dúvidas-tipo apresentadas pelos beneficiários. Qual a relação entre os critérios de selecção e a

respectiva operacionalização na grelha de análise das candidaturas?

INDICADORES OPERACIONAIS: Grau de coerência entre os critérios de selecção e os objectivos da Tipologia; Grau de clareza dos critérios de selecção; Grau de pertinência da informação solicitada aos promotores, para a análise das candidaturas.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.40

ANEXO 3. Metodologia – Fichas-síntese, por Questão de Avaliação

Questão de Avaliação 2. As metodologias e instrumentos utilizados no processo de análise de candidaturas permitem dar resposta às necessidades do Programa?

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO/FONTES DE INFORMAÇÃO

Componentes de análise

Métodos de Avaliação/Fontes de informação Análise Docu-mental

Entre-vistas

Sistema Infor-

mação

Inqué-ritos

on line

Estudos de caso

Focus Group

Que itens devem ser acrescentados à grelha de critérios de análise, a aprovar pela comissão de Acompanhamento, de modo a permitir uma análise mais pertinente e relevante face aos objectivos específicos da Tipologia?

INDICADORES OPERACIONAIS: Grau de clareza do regulamento específico percebida pelas entidades candidatas; Grau de utilidade dos manuais de utilizador e outros considerada pelas entidades beneficiárias para a elaboração das candidaturas; Grau de adequação das grelhas de análise às necessidades e especificidades das entidades candidatas; Grau de rigor ou de discricionariedade percebido pelos beneficiários na análise de candidaturas. Os critérios de selecção definidos pela Comissão

de Acompanhamento são aplicados de modo uniforme pelas diferentes Unidades de Análise Técnica e Núcleos Regionais do POPH? Senão, que meios/instrumentos devem ser definidos para restabelecer a unidade e coerência necessárias?

INDICADORES OPERACIONAIS: Fluxogramas comparativos do processo de candidatura das várias regiões; Níveis de participação das UAT regionais do POPH na análise das candidaturas e no acompanhamento da formação; Diferenças admitidas entre operadores de formação (p.e., IEFP e empresas) na apresentação de candidaturas (POPH central ou estruturas regionais) e na organização das mesmas (candidaturas para um bloco de formação ou por cada acção a realizar); SIIFSE: nível de contributo para a gestão, acompanhamento e controlo; grau de implementação e de utilização; grau de adequação à submissão das candidaturas; e grau de adequação à análise das candidaturas.

Legenda: Utilização principal : Utilização complementar: ELEMENTOS DE RESPOSTA/ OUTPUT (CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES)

Quadro de condições-tipo favorecedoras da melhoria do envolvimento das empresas nas dinâmicas de promoção das FMC junto do tecido empresarial e dos beneficiários efectivos (activos, adultos).

Acções de divulgação e promoção da Tipologia com vista à suscitação de procuras qualificadas. Critérios de selecção (p.e., redefinição de critérios com vista a estabelecer critérios mais assertivos face aos objectivos e metas).

Orientações estratégicas e operacionais dirigidas às entidades beneficiárias e às entidades formadoras, em matéria de desenvolvimento de ofertas/componentes formativas dinamicamente ajustadas a melhorar os efeitos sobre as competências e sobre o SNQ.

Orientações técnicas a incluir nos instrumentos de suporte aos Avisos de novos períodos de candidatura. Elementos de regulamentação específica da Tipologia. Metodologia de lançamento dos períodos de abertura de candidaturas (redefinição das condições de elegibilidade e selectividade).

Instrumentos de análise e selecção (p.e., redefinição da grelha de análise com vista a objectivar variáveis mais adequadas na valorização dos projectos a apoiar).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.41

ANEXO 3. Metodologia – Fichas-síntese, por Questão de Avaliação

Questão de Avaliação 3. Em que medida a expansão da rede de ofertas de percursos de qualificação flexíveis pode contribuir para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas? MÉTODOS DE AVALIAÇÃO/FONTES DE INFORMAÇÃO

Componentes de análise

Métodos de recolha e análise de informação Análise Docu-mental

Entre-vistas

Sistema Infor-

mação

Inqué-ritos

on line

Estudos de caso

Focus Group

Em que medida os projectos aprovados dão resposta à nova dinâmica de procura gerada pela expansão da rede de CNOs?

INDICADORES OPERACIONAIS: Grau de coincidência entre o crescimento da rede CNO e a procura de formação contínua por eles induzida: crescimento dos utentes adultos activos dos CNO e dos beneficiários das FMC; Nível de disparidade entre o perfil-chave dos utentes adultos activos dos CNO e o perfil-chave dos beneficiários da FMC; Grau de ajustamento entre as necessidades de formação diagnosticadas em processos dos CNO e as necessidades das entidades empregadoras, as áreas profissionais de ofertas de emprego menos satisfeitas pelos Centros de Emprego, etc.; Nível de incidência da procura e da oferta de FMC sobre profissões novas ou associadas a necessidades de desenvolvimento de sectores ou regiões; Mecanismos utilizados pelos CNO para estimularem de forma direccionada a oferta de FMC. Em que medida é fomentado o envolvimento

e a articulação com o tecido económico na qualificação da população adulta no âmbito dos CNOs?

INDICADORES OPERACIONAIS: Atractividade das acções de formação para os beneficiários directos; Vantagens e desvantagens do modelo formativo face às soluções tradicionais de formação; Confiança do tecido empresarial no resultado dos processos e relevância dos mesmos para as empresas; Níveis de procura e limitações sentidas à formação, reconhecimento e certificação nas vertentes escolar e profissional; Grau de envolvimento do tecido empresarial e entidades formadoras a partir dos processos RVCC, na monitorização do sistema e contributos fornecidos para a melhoria do seu funcionamento; Acções dinamizadas pelos CNO junto dos potenciais beneficiários (adultos e empregadores) para estimular a apresentação de projectos fortemente contributivos para os objectivos e metas estabelecidos para tais estruturas.

Legenda: Utilização principal : Utilização complementar:

ELEMENTOS DE RESPOSTA/ OUTPUT (CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES) Elementos de reposicionamento das FMC face às características dos Cursos EFA. Elementos de suporte à articulação FMC/processos de RVCC escolar e ou de RVCC profissional. Orientações técnicas e operacionais para melhorar a eficácia da informação e encaminhamento dos

CNO.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.42

ANEXO 3. Metodologia – Fichas-síntese, por Questão de Avaliação

Questão de Avaliação 4. O Modelo de UFCD implementado está de acordo com a estrutura e modo de funcionamento inicialmente previstos?

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO/FONTES DE INFORMAÇÃO

Componentes de análise

Métodos de recolha e análise de informação Análise Docu-mental

Entre-vistas

Sistema Infor-

mação

Inqué-ritos

on line

Estudos de caso

Focus Group

Qual o grau de adequação das UFCD (níveis de qualificação, áreas de formação, …) ao perfil de necessidades dos vários segmentos da procura e da oferta?

INDICADORES OPERACIONAIS: Acesso dos vários tipos de entidades à Tipologia, em função das suas dimensões; Acesso dos activos adultos mais desqualificados à Tipologia; Contributos da Tipologia para a melhoria da situação dos beneficiários finais: qualificação escolar e profissional, progressão profissional, vantagens salariais, etc.; Vantagens de desvantagens da FMC face a outras Tipologias (p.e., Cursos EFA).

Legenda: Utilização principal : Utilização complementar: ELEMENTOS DE RESPOSTA/ OUTPUT (CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES)

Elementos de capacitação das entidades formadoras para a melhoria da qualidade da articulação entre componentes formativas e UFCD.

Orientações técnicas operacionais favorecedoras da adequação das UFCD aos segmentos específicos da procura de competências.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.43 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

AANNEEXXOO 44.. EENNTTRREEVVIISSTTAASS NNOO ÂÂMMBBIITTOO DDAA AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO

4A. GUIÃO DE ENTREVISTA

GUIÃO DE ENTREVISTA

Dimensões analíticas Elementos de análise a aprofundar

Adequação do modelo de

lançamento e divulgação da

Tipologia à apresentação de

candidaturas

• Vantagens e desvantagens dos formatos de apresentação de apresentação de candidaturas;

• Frequência da abertura e duração dos períodos de apresentação de candidaturas face ao perfil da procura;

• Acções de prospecção da entidade gestora junto dos potenciais beneficiários para estimular a apresentação de projectos contributivos para os objectivos e metas da Tipologia;

• Desvios mais significativos entre o perfil esperado para a entidades candidatas e o perfil efectivo das entidades beneficiárias;

• Desvios significativos entre o perfil esperado para os formandos e o perfil efectivo dos mesmos;

• Meios e suportes de divulgação, informação e publicidade mobilizados para atrair públicos relevantes;

• Esclarecimento dos potenciais beneficiários com as acções de comunicação e as especificações das mesmas: dúvidas e esclarecimentos mais solicitados.

Resposta do Regulamento Específico da Tipologia às

necessidades constantes no POPH

• Adequação à necessidade de flexibilidade da FMC enquanto resposta às especificidades dos beneficiários (entidades de pequena dimensão com dificuldade de dispensa de trabalhadores e adultos activos com dificuldades (continua) de horários);

• Intervenções previstas para os diversos actores (centrais e regionais) do sistema: adequações e lacunas;

• Dificuldades e disfunções mais sentidas pelas entidades potencialmente beneficiárias na aplicação do Regulamento Específico;

• Vantagens e desvantagens que o Regulamento Específico confere à Tipologia, face a outras (p.e., Cursos EFA).

Adequação da qualidade e

proximidade da oferta formativa às

dinâmicas da procura

• Ligação e articulação entre Sistema Nacional de Qualificações e Sistema Nacional de Certificação;

• Confiança dos empregadores na qualidade da formação e reconhecimento dos certificados pelo mercado de trabalho;

• Adequação da oferta de FMC às necessidades das procuras potenciais;

• Consequências do atraso na resposta à procura existente para as FMC (níveis de procura e reconhecimento);

• Contributo do CNQ para consumar a orientação estratégica da oferta/ procura reflectida nos critérios de selecção das tipologias;

• Mecanismos de acompanhamento e controlo das acções pelas estruturas regionais do POPH: regularidade, frequência, contributos para a melhoria da qualidade;

• Regulação do sistema de certificação profissional nas profissões de acesso regulamentado (p.e., área dos Serviços Pessoais em que a FMC não tem exame no final): dispositivos a criar ou melhorar.

(continua)

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.44 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

(cont.) GUIÃO DE ENTREVISTA

Dimensões analíticas Elementos de análise a aprofundar

Adequação do modelo das UFCD

aos objectivos estabelecidos para

a Tipologia

• Qualidade das FMC (modelo de organização profundamente diferente dos existentes até agora – formações mais curtas, passíveis de serem combinadas em pacotes de formação específica para o indivíduo ou a organização, que conferem certificações parciais,..) face às necessidades da procura;

• Contributo das FMC para uma melhoria dos níveis de escolaridade estimulando outros investimentos em formação por parte dos indivíduos e dos empregadores;

• Contributo dos CNO para o encaminhamento de indivíduos (e os empregadores) para as FMC;

• Articulação das FMC com processos de RVCC escolar e/ou de RVCC profissional e outras tipologias de intervenção.

Pertinência e relevância da grelha

de critérios de análise face aos

objectivos específicos da

Tipologia

• Clareza e utilidade percebida pelas entidades beneficiárias para a elaboração de candidaturas: grelha de critérios de análise, manuais de apoio ao utilizador;

• Adequação da grelha de critérios de análise às especificidades e necessidades dos beneficiários: sugestões;

• Adequação da grelha à avaliação rigorosa das capacidades das entidades formadoras do ao nível da formação técnica específica, face aos perfis programados pela Tipologia.

• Rigor ou discricionariedade percebido no processo de análise das candidaturas.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.45 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

4B. SINOPSE DAS ENTREVISTAS

Esta sinopse pretende sistematizar, de forma tão coerente quanto possível, os elementos

qualitativos/de conteúdo recolhidos a partir da realização de entrevistas a responsáveis e

intervenientes privilegiados de diversas frentes de trabalho e articulação da formação de

adultos em Portugal, em geral, e das Formações Modulares Certificadas, em particular.

Os elementos recolhidos foram processados, segundo uma estrutura expositiva simples

que remete para as Dimensões de análise (DA) contempladas no encadeamento lógico

da Avaliação: Objectivos específicos/dimensões de análise/Questões de Avaliação (Cf.

Capítulo III. Metodologia de Avaliação).

DA1. ACESSIBILIDADE E ESTÍMULO AOS INVESTIMENTOS EM FORMAÇÃO AO LONGO DA VIDA: DA PARTE DOS

INDIVÍDUOS (ADULTOS, ACTIVOS) E DA PARTE DOS EMPREGADORES

1. Até que ponto as FMC, que foram concebidas para facilitar o acesso dos adultos à

formação profissional certificada ao longo da vida, em particular, os de baixa

qualificação escolar e/ou os desprovidos de formação profissional específica para o

trabalho (por serem mais curtas, mais flexíveis e em princípio mais atractivas), estarão

de facto a chegar aos indivíduos?

• As FMC foram concebidas essencialmente para dar resposta à necessidade de

reconhecimento da qualificação dos activos, não constituindo uma resposta

específica para a certificação escolar, que é o objectivo central dos Cursos EFA,

ainda que seja possível aceder à certificação escolar através das FMC.

Actualmente as FMC funcionam como um novo modelo de formação contínua

mas com a vantagem de que esta deixou de ser avulsa e confere uma certificação

profissional. Desta forma, os formandos adquirem uma certificação profissional (ou

escolar) numa determinada área.

• Esta é a tipologia que responde de forma mais adequada às necessidades dos

activos empregados que pretendem aumentar as suas qualificações profissionais.

Para além da questão da certificação, responde à necessidade de realizar

pequenas acções de formação.

• A tipologia permite completar percursos decorrentes de certificações parciais, i.e.,

caso a pessoa não tenha completado um determinado percurso escolar ou

profissional pode fazê-lo através da realização das UFCD que correspondem às

competências em falta.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.46 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

• As Formações Modulares foram criadas e começaram o seu percurso há cerca de

10 anos. Contudo, sempre houve muita resistência a esta modalidade,

principalmente na esfera do ensino profissional.

A cultura pedagógica dos formadores constitui um dos entraves à implementação

desta modalidade, ao passo que a dos professores apresenta maior capacidade

de adaptação.

Os formadores devem frequentar acções de formação de gestão modular que lhes

permita adquirir conhecimentos nesta área e capacidade para ministrar acções de

formação desta tipologia.

2. O perfil das entidades beneficiárias tem expressão nas candidaturas aprovadas e é

adequado aos objectivos prosseguidos na tipologia? Quais as diferenças substanciais

entre o perfil esperado para as entidades candidatas e o perfil efectivo das entidades

beneficiárias: desvios mais significativos?

• Do ponto de vista da procura esta tipologia está a ser um sucesso registando níveis

elevados por parte das entidades empregadoras (empresas), dos CNO e das

entidades empregadoras que trabalham para o mercado correspondendo ao

perfil esperado de entidades beneficiárias.

Na primeira fase de candidaturas registou-se um número muito elevado de

entidades formadoras/empresas candidatas às FMC; no entanto, foi dada

prioridade aos CNO ou a entidades com protocolos com CNO. Na segunda fase de

candidaturas, o número de entidades formadoras/empresas que concorreram

sozinhas diminuiu, aumentando o número destas entidades com protocolos com

CNO.

Embora as FMC tenham registado uma elevada procura desde o primeiro período

de candidatura, verificou-se nessa fase algumas reacções adversas por parte das

entidades beneficiárias em relação a este novo modelo, nomeadamente por se

tratar de uma nova tipologia que funcionava segundo um novo modelo apoiado

no novo CNQ e porque nesta fase este Catálogo ainda não contemplava todas as

UFCD pelo que havia alguma desconfiança de que este poderia não responder a

todas as necessidades das empresas e dos indivíduos.

Na segunda fase de candidatura, as opiniões foram substancialmente diferentes,

existe reconhecimento de que o modelo é bom e funciona e começam inclusive a

questionar se o Catálogo não poderia também abranger formações de nível IV e V

para assegurar a aprendizagem ao longo da vida dos activos com formação

superior (existe apenas uma quota mínima de licenciados que podem frequentar as

FMC e apenas nalgumas áreas).

• O perfil das entidades beneficiárias corresponde ao perfil esperado pelo POPH:

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.47 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

Entidades empregadoras - substitui a formação contínua e consiste numa

forma de as empresas cumprirem o Código de Trabalho em relação às

exigências de formação. Estas entidades têm tido uma boa execução;

Entidades com CNO (escolas, IEFP,…) – resposta mais directa mas não tão boa

como desejável; têm tendência para encaminhar as pessoas para percursos

formativos porque é a solução mais fácil e a que dá menos trabalho.

Outras entidades (formadoras, sindicatos, associações empresariais,…) –

desenvolvem formação para o mercado e têm pouca articulação com os

CNO.

DA2. QUALIDADE E RELEVÂNCIA DAS FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS

ADEQUAÇÃO DO MODELO DAS UFCD AOS OBJECTIVOS ESTABELECIDOS PARA A TIPOLOGIA

1. Como garantir a qualidade das FMC num modelo de organização profundamente

diferente dos existentes até agora – formações mais curtas, passíveis de serem

combinadas em pacotes de formação específica para o indivíduo ou a organização,

que conferem certificações parciais, …?

• As FMC constituem um salto qualitativo no esforço de formação contínua, já que

correspondem a uma aprendizagem certificada.

Pelo facto de a formação estar organizada no CNQ em Referenciais de Formação

associados a perfis profissionais e referenciais de RVCC, permite que os conteúdos

relevantes possam ser utilizados quer na formação inicial, quer na formação

contínua.

• As mais valias desta modalidade prendem-se com o facto de as acções de

formação estarem formatadas e definidas através de um referencial muito bem

construído. Desta forma é possível garantir que o mesmo curso de formação dado

por várias entidades versa sobre as mesmas temáticas.

O risco associado está relacionado com o facto de não se definir exactamente o

conteúdo das UFCD, o que, por outro lado, constitui um vantagem já que permite

que os conteúdos possam ser ajustados às necessidades do público–alvo.

• Para potenciar os aspectos positivos era necessário criar a Caderneta de

Qualificações (prevista inicialmente) que: permite efectuar o registo das formações

frequentadas, evitando que, com o passar do tempo, esta informação se perca; e

assegura a possibilidade de realizar de percursos formativos integrados.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.48 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

A existência desta Caderneta poderia também funcionar como uma forma de

incentivo à população activa desempregada que não recorre muito a esta

tipologia.

• A Plataforma do SIGO poderia funcionar como uma caderneta virtual que

permitisse registar para cada formando, quais as UFCD realizadas. No entanto, seria

necessário que a mesma fosse complementada com a formação não certificada

realizada pelos formandos.

• Para assegurar o sucesso desta tipologia de intervenção seria conveniente

identificar quantos indivíduos estão a utilizar esta tipologia para realizar um percurso

completo ou quantos são colocados a meio de percurso.

As FMC apresentam muitas vantagens pedagógicas e permitem reduzir custos com

a formação, já que os indivíduos têm a possibilidade de realizar pequenos módulos

de formação.

ADEQUAÇÃO DA QUALIDADE E PROXIMIDADE DA OFERTA FORMATIVA ÀS DINÂMICAS DA PROCURA

2. Ligação e articulação do Sistema Nacional de Qualificações e o Sistema Nacional de

Certificação Profissional

• O que está no CNQ deve ser reconhecido como válido para a certificação.

Todavia, é necessário negociar com as Entidades certificadoras os referenciais do

CNQ para que estes estejam em conformidade e sejam reconhecidos pelo SNCP.

Entretanto, será publicado um Diploma que revoga todas as profissões

regulamentadas.

3. Como avalia a confiança dos empregadores na qualidade da formação e o

reconhecimento dos certificados pelo mercado de trabalho.

• O elevado número de entidades empregadoras candidatas às FMC tem

constituído uma agradável surpresa para o POPH demonstrando que esta tipologia

conseguiu o reconhecimento por parte destes actores.

A confiança dos empregadores nesta tipologia traduz-se no número elevado de

candidaturas de entidades empregadoras e no facto de as entidades não

quererem concorrer à tipologia 3.2. porque esta não permite a certificação dos

trabalhadores, preferindo optar pelas FMC, pelo que fazem alguma pressão para

que sejam criadas novas UFCD que correspondam às suas necessidades

específicas.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.49 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

• Inicialmente as entidades empregadoras preferiam candidatar-se à Tipologia 3.2 –

Formação para a Inovação e Gestão, porque consideravam que as UFCD eram

muito rígidas e pouco ajustadas às suas necessidades.

• Este reconhecimento deve-se, em grande parte, ao trabalho desenvolvido pelas

Associações Empresariais que funcionaram como um excelente motor de

divulgação da mesma junto das empresas associadas, demonstrando as mais valias

das FMC que contribui não só para a aprendizagem ao longo da vida como

também para a aquisição de certificações profissionais que depois de conjugadas

equivalem a percursos profissionais.

• As Associações Empresariais registam uma grande procura por parte das empresas

suas associadas para esta tipologia porque corresponde a acções de formação de

curta duração certificadas, o que não é possível noutra tipologia.

• As entidades empregadoras aderem a esta tipologia porque a mesma permite

realizar a formação contínua dos trabalhadores obrigatória no Código de Trabalho.

4. Até que ponto a oferta de FMC responde às necessidades das procuras potenciais?

Quais as consequências do atraso na resposta à procura existente para as FMC (níveis

de procura e reconhecimento).

• No primeiro período de candidatura em que o CNQ ainda não se encontrava

completo algumas entidades não puderam realizar acções de formação porque as

mesmas não estavam contempladas pelo Catálogo.

Na maioria dos casos esta situação criou apenas um compasso de espera até que

a área ou UFCD fosse criada.

• A ANQ tem sido bastante pressionada para contemplar mais UFCD, todavia,

continuam a existir áreas a descoberto (p.e., transportes de passageiros e

transporte de mercadorias), algumas das quais ainda não tem resposta no CNQ por

falta de entendimento dentro do próprio sector.

• Os Referenciais contemplados no CNQ estão à partida adequados às

necessidades da procura e contribuem para orientar a formação para as

dimensões críticas identificadas.

5. Será que essa oferta é suficientemente rica e diversificada do ponto de vista do

padrão de qualificações/ saídas profissionais?

• Actualmente o CNQ já possui uma oferta bastante diversificada, ainda que

continuem a chegar à ANQ solicitações para novas formações. Por outro lado,

existem algumas empresas com necessidades muito especificas que não

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Relatório Final

A.50 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

encontram resposta no Catálogo, mas correspondem cada vez mais a casos

pontuais.

• É necessária uma actualização permanente do CNQ para que as respostas sejam

adequadas às necessidades.

6. Até que ponto a oferta de FMC antecipa áreas e profissões novas, prepara para as

competências mais requeridas, ou projecta as necessidades do desenvolvimento de

sectores e regiões?

• As FMC correspondem a acções de formação muito formatadas, pelo que as

entidades têm que partir do que existe, ainda que caso possuam uma necessidade

não coberta no CNQ possam sugeri-la à ANQ.

7. Estará o CNQ a contribuir para consumar esta orientação estratégica da oferta/

procura reflectida nos critérios de selecção das tipologias?

• O CNQ é um instrumento que se encontra em permanente actualização, pelo que

já foram realizadas alterações nalgumas áreas profissionais: Electricidade;

Electrónica; Metalurgia e Metalomecânica – Aeroespacial; Turismo e Energias

Renováveis.

As alterações ou a introdução de novas áreas exige a aprovação por parte do

respectivo Conselho Sectorial (CS), compostos por: Empresas; Escolas Profissionais e

Centros de Formação, que valida: o nível; a pertinência; a introdução de novas

áreas; a manutenção de algumas das áreas ou cursos.

• Para que o CNQ possa dar resposta às necessidades da procura é necessário que

sejam realizados trabalhos/estudos prospectivos e de identificação necessidades

de formação a nível sectorial e territorial que permita reflectir sobre as áreas com

maiores necessidades de formação e sobre as tendências de evolução do

mercado de trabalho.

Existe uma margem de flexibilidade nos referenciais de formação com algumas

horas que podem ser definidas em função das necessidades mais específicas das

empresas.

• O CNQ é reconhecido como um instrumento estratégico nacional de referência

para toda a formação profissional, sendo também um instrumento inclusivo pois

contempla nove referenciais específicos para pessoas com incapacidades.

O CNQ será revisto de 3 em 3 anos, assegurando desta forma a articulação entre a

oferta e a procura. No decurso dos 3 anos, os Conselhos Sectoriais podem

identificar novas necessidades que poderão ser inseridas no CNQ.

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Relatório Final

A.51 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

Numa fase inicial (1º Período de candidatura) verificou-se alguma incapacidade de

gestão por parte das entidades candidatas que não sabiam como utilizar o CNQ e

o modelo das FMC.

• O CNQ é um importante instrumento de regulação e orientação da formação

profissional; contudo, foi transformado numa “Bíblia” ou “Master curricular” da

formação que pretende contemplar todos os módulos de formação, o que é pedir

de mais a este instrumento que deverá ter estruturalmente as seguintes funções: (i)

Organizar a oferta formativa; e (ii) Definir a progressão dos níveis de qualificação,

sendo que os níveis escolares e profissionais deverão ser independentes.

O CNQ deveria apenas definir quais as competências a adquirir no final de uma

determinada acção de formação, ficando a definição dos módulos sob a

responsabilidade de outra entidade, evitando a pré-formatação dos módulos que,

na maioria das vezes, não correspondem às necessidades dos indivíduos e/ou das

organizações.

Para salvaguardar a inovação deveria ser criada uma forma de certificar módulos,

p.e., criando um sistema de certificação de módulos de formação semelhante ao

que existe para a acreditação das entidades. Desta forma, sempre que alguma

entidade quisesse definir um novo módulo ainda não desenvolvido e certificado,

submetia a proposta a essa entidade reguladora que o aprovaria ou não.

8. Quais os mecanismos de acompanhamento e controlo das acções utilizados pelas

estruturas regionais do POPH: regularidade, frequência, contributos para a melhoria da

qualidade?

• O acompanhamento realizado pelo POPH é o seguinte:

Acompanhamento administrativo e financeiro (regular);

Verificações no terreno: existe um plano anual de visitas, sendo as entidades

beneficiárias avisadas antecipadamente das visitas dos técnicos.

Visitas surpresa aos locais de formação por parte das EIR (Equipas de

Intervenção Rápida) quando ocorrem denuncias de situações irregulares.

Paralelamente, a ANQ e as Direcções Regionais de Educação também realizam visitas

de acompanhamento garantindo a qualidade das intervenções.

• O POPH procede ao acompanhamento dos projectos das seguintes formas:

acompanhamento administrativo e financeiro dos projectos (pedidos de

elementos de despesa,…);

esclarecimento de dúvidas;

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Relatório Final

A.52 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

visitas a 5% da despesa financiada – verificações de natureza pedagógica no

local durante o período da formação (p.e., realização de inquéritos aos

formandos, formadores e verificação das condições da sala); os projectos a

visitar são definidos de forma aleatória e as entidades são avisadas antes das

visitas.

visitas motivadas por denúncias.

Nas situações de irregularidade o POPH adopta os seguintes procedimentos:

Revogação dos projectos;

Comunicação ao IGFSE;

Comunicação à DGERT; e

Participação ao Ministério Público.

DA3. OBJECTIVO DA DUPLA CERTIFICAÇÃO NA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS EM PORTUGAL –

CONTRIBUTO DAS FMC

9. Será possível às FMC afirmarem-se como formações técnicas de excelência na

qualificação profissional dos adultos ao longo da vida (segmento das formações não

superiores)?

• AS FMC são a tipologia que responde de melhor forma às necessidades de

qualificação profissional dos adultos (activos empregados) ao longo da vida; por isso,

o POPH tem dado prioridade aos activos empregados.

Para além das FMC existem poucas respostas para activos empregados com baixas

qualificações ao passo que para os desempregados há mais respostas.

• Sim, na medida em que constituem uma boa ferramenta para assegurar a formação

contínua. Os Cursos EFA são muito longos e rígidos, pelo que as FMC tornam-se mais

eficientes.

• Esta é a tipologia que melhor se adapta à disponibilidade dos activos empregados e

das empresas, permitindo os indivíduos que possam ir frequentando as UFCD de

acordo com as suas disponibilidades pessoais e profissionais.

10. Estarão as FMC a contribuir para uma melhoria dos níveis de escolaridade estimulando

outros investimentos em formação por parte dos indivíduos e dos empregadores? Ou

funcionam apenas como formação continua?

• As FMC foram concebidas essencialmente para dar resposta à necessidade de

reconhecimento da qualificação dos activos não constituindo uma resposta

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Relatório Final

A.53 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

específica para a certificação escolar, que é o objectivo central dos Cursos EFA,

ainda que seja possível aceder à certificação escolar através das FMC.

• Actualmente as FMC funcionam como um novo modelo de formação contínua

mas com a vantagem de que esta deixou de ser avulsa e confere uma certificação

profissional.

Esta é a tipologia que responde de forma mais adequada às necessidades dos

activos empregados que pretendem aumentar as suas qualificações profissionais.

• As duas prioridades são paralelas, aumentar os níveis de qualificação e contribuir

para a formação contínua ao longo da vida e ambas estão a ser cumpridas; por

um lado, existe a procura pela certificação e, por outro, a necessidade de

assegurar a formação contínua dos activos empregados.

• As FMC permitem a obtenção de uma qualificação escolar e/ou profissional em

tempos mais curtos, constituindo uma vantagem do ponto de vista da eficiência,

na medida em que permite colocar as pessoas a meio de um percurso formativo

não exigindo que o mesmo seja frequentado integralmente quando a pessoa tem

apenas necessidade de adquirir algumas competências.

11. Como se posicionam as FMC face às características da oferta/ modelo dos Cursos

EFA?

• Os critérios de selecção dos EFA e das FMC são muito semelhantes pelo que

procuram aprovar as mesmas áreas de formação nas mesmas entidades

promotoras.

• Não existe uma relação directa entre as FMC e os EFA, ainda que os referenciais de

formação utilizados sejam os mesmos.

12. Como se combinam as FMC com processos de RVCC Escolar e/ou de RVCC

Profissional?

• Os encaminhamentos de processo de RVCC são considerados prioritários (ainda

que esta prioridade não seja assumida).

• Para que este modelo funcione como inicialmente previsto é necessário que haja

complementaridade com os RVCC porque, de um modo geral, os indivíduos não

vão fazer formações avulsas para realizar todo o percurso formativo.

A ideia original é que os processos de RVCC Escolar e/ou Profissional possam ser

completados com a formação modular, nos casos em que os candidatos não

obtiveram a certificação total.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.54 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

Actualmente, a articulação ocorre mais por via do RVCC Escolar porque a oferta

de RVCC Profissional é diminuta, pelo que a articulação com as FMC ainda não é

notória. Com a expansão do RVCC profissional é expectável o aumento do número

de encaminhamentos para as FMC por parte dos CNO.

Esta articulação permitirá que a oferta seja realmente ajustada à procura.

• No caso do IEFP os processos de RVCC são uma das principais fontes de

encaminhamento de indivíduos para as FMC.

13. Regulação do sistema de certificação profissional nas profissões de acesso

regulamentado, p.e., área dos Serviços Pessoais em que a FMC não tem exame no

final: dispositivos a criar ou melhorar.

• Actualmente existem algumas lacunas a este nível:

não existe a Caderneta das Qualificações na qual as certificações adquiridas

ficam registadas constituindo um histórico do processo formativo. Esta questão

pode ser ultrapassada através do registo no SIGO que funcionará como uma

caderneta electrónica;

no CNQ não está prevista a realização de um exame, contudo, poder-se-á

criar um sistema parecido com o do RVCC Profissional.

DA4. IMPLEMENTAÇÃO DAS FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADAS (FMC): REDE DA OFERTA, ORGANIZAÇÃO

DOS RECURSOS E MODELO DE FUNCIONAMENTO

ADEQUAÇÃO DO MODELO DE ORGANIZAÇÃO (RECURSOS E PARCERIAS)

14. Como estarão as entidades a organizar os recursos para um novo modelo de oferta,

desta natureza?

• Foi necessário um esforço por parte das entidades para passarem de um modelo

de formação orientado numa lógica de oferta para um modelo que funciona na

lógica da procura. Este novo modelo exige que as entidades tenham capacidade

de antevisão das necessidades de formação do seu público-alvo, bem como uma

elevada capacidade de planeamento, gestão e organização de toda a

actividade formativa.

A organização e avaliação da formação pode ser mais complexa quando

comparada com as outras tipologias e exige ao formador uma maior capacidade

de gestão e avaliação das aprendizagens, já que os formandos constituem-se

como os actores-chave do processo de avaliação.

Neste sentido, é necessário garantir a qualidade e a capacidade dos formadores

para implementar esta tipologia de formação.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.55 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

15. Estará a grande porta de entrada das Novas Oportunidades (CNO espalhados pelo

país) a estimular e a conduzir os indivíduos (e os empregadores) para as FMC?

• Embora no Regulamento Específico não a indique como prioridade no acto de

selecção, o POPH está dar prioridade aos encaminhamentos de RVCC, CNO e

Centros de Emprego.

• Sim, ainda que considere que muitos CNO prefiram encaminhar as pessoas para

EFA’s e não para FMC.

• Nesta primeira fase, os CNO estão essencialmente a contribuir para a certificação

escolar através dos encaminhamentos dos candidatos para as UFCD escolares.

Para potenciar os resultados desta tipologia e assegurar a articulação entre as FMC

e as outras tipologias, nomeadamente com os RVCC é necessário que os CNO

funcionem em rede de forma a permitir que, mesmo não existindo a oferta

formativa num determinado Centro, o candidato possa ser encaminhado para o

CNO que possua essa oferta.

Para facilitar esta articulação foi criado o SIGO - Sistema de Informação e Gestão

da Oferta Educativa e Formativa, que permite gerir os percursos de qualificação de

dupla certificação de adultos e as redes nacionais de ofertas de educação-

formação.

• Os Centros de Formação do IEFP estão a operacionalizar as FMC de uma forma

muito positiva através da organização de percursos que incluem um determinado

conjunto de UFCD. A definição destes percursos resulta das vertentes seguintes:

− Análise do Plano Pessoal de Qualificação (PPQ) dos candidatos de RVCC que

obtiveram apenas certificação parcial;

− Solicitações das empresas; e

− Necessidades do sector.

• A fase de diagnóstico das necessidades de competências/formação desenvolvidos

nos CNO é essencial para identificar em que fase do percurso formativo devem ser

colocado o indivíduos e qual a resposta mais adequada face às suas necessidades.

16. Que parcerias e ligações ao mundo do trabalho/aos empregadores estão a ser

mobilizadas?

• As entidades formadoras estão a estabelecer protocolos com CNO para se

candidatarem às FMC.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.56 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

• É necessário que as entidades funcionem numa lógica de rede e que assegurem a

complementaridade territorial, de forma a garantir uma maior diversidade de

ofertas ao seu público-alvo.

17. Será o modelo de financiamento um estímulo ou um estrangulamento à evolução

desta tipologia de intervenção formativa e à expansão/ qualidade da própria oferta e

à manifestação da procura?

• O modelo é um estímulo à evolução desta tipologia.

• A simplificação do financiamento promove a dinamização da tipologia.

ADEQUAÇÃO DO MODELO DE LANÇAMENTO E DIVULGAÇÃO DA TIPOLOGIA À APRESENTAÇÃO DE

CANDIDATURAS

18. Quais os formatos de apresentação de candidaturas? Quais as vantagens e

desvantagens?

• A forma de apresentação da candidatura às FMC é bastante simples e flexível, já

que as entidades candidatas apenas têm de indicar o volume de formação por

área de formação. Esta modalidade constitui quer na óptica das entidades

beneficiárias quer na óptica do POPH, um dos pontos fortes das FMC, porque as

entidades beneficiárias têm sempre muita dificuldade em prever, com 2 anos de

antecedência, quais os cursos de formação a desenvolver porque existem muitos

factores externos que podem condicionar o seu desenvolvimento, e para o POPH

porque evita os constantes pedidos de alteração.

Para o POPH este modelo também têm algumas desvantagens, nomeadamente

falta de informação, já que no limite só sabem que formação é que as entidades

estão realizar quando estas fazem pedidos de saldo, o que pode ser apenas depois

de as entidades realizarem os cursos de formação, caso estas só façam o pedido

de saldo final.

Desta forma, não existe muito controlo sobre se a formação que as entidades estão

a realizar está de acordo com as necessidades dos indivíduos, das empresas ou da

região.

Apesar desta desvantagem, esta forma de candidatura continua a ser a mais

indicada e ajustada a esta tipologia, na medida em que se for necessário indicar os

cursos e número de formandos a abranger na tipologia esta tornar-se-á mais difícil

de operacionalizar.

• A apresentação das candidaturas possui um novo modelo mais simples e

agregador que exige que as entidades beneficiárias indiquem apenas o volume de

formação por área de formação.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.57 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

Para as entidades com níveis de desenvolvimento mais elevados, este modelo

flexível revelou-se uma vantagem. A grande desvantagem é que se perde

informação, já que dentro de uma área de formação cabem muitas UFCD.

• Este novo modelo de candidatura revela-se mais ajustado às necessidades da

procura, já que quando as entidades se candidatam apenas têm a noção das

áreas de formação que revelam necessidades. Desta forma, é possível definir as

UFCD a realizar apenas quando se conhece as necessidades de formação mais

específicas.

• Para assegurar o sucesso desta nova tipologia de formação, ágil e flexível, era

necessário que o modelo de candidatura apresentasse as mesmas características.

Desta forma, o instrumento de financeiro estaria ao serviço da formação, ao invés

de condicionar a sua operacionalização, como frequentemente acontece.

19. A frequência da abertura e duração dos períodos de apresentação de candidaturas é

a adequada face ao perfil da procura?

• Sim. Não faz sentido que seja nem mais nem menos tempo.

• Os períodos de abertura de candidaturas (de 2 em 2 anos: Março de 2008 e final de

2009) é o mais adequado para as entidades e para o POPH pois permite garantir a

execução das acções.

20. Quais as acções de prospecção da entidade gestora junto dos potenciais

beneficiários para estimular a apresentação de projectos contributivos para os

objectivos e metas da Tipologia?

• Não são realizadas acções a este nível.

• Contudo, fazia sentido realizar estudos nas várias áreas e regiões que permitissem

identificar quais as áreas prioritárias e as formações mais adequadas,

nomeadamente identificar quais as áreas prioritárias por região. Desta forma, o

trabalho de selecção de candidaturas seria bastante mais fácil.

Todavia, seria necessário realizar muitos estudos o que traria grandes implicações

na gestão do tempo para a abertura das candidaturas.

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Relatório Final

A.58 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

21. Quais os meios e suportes de divulgação, informação e publicidade mobilizados para

atrair públicos relevantes?

• No início do PO foram realizadas acções de divulgação por todo o país. Contudo,

a procura inicial foi tão elevada que não foi necessário realizar acções de

comunicação posteriores.

A mensagem das FMC foi apropriada pelas associações empresariais que têm

funcionado como excelentes veículos de divulgação junto das entidades

empregadoras.

• Na fase de lançamento do POPH foram realizadas várias acções de divulgação

pelo país que contribuíram para aumentar a procura que registou níveis muito

superiores à capacidade de resposta (apenas foram aprovados10% do volume de

financiamento solicitado).

No entanto, este PO não necessitava de acções de marketing porque as entidades

já estavam à espera do mesmo para poderem dar sequência ao esforço de

formação contínua.

22. Esclarecimento dos potenciais beneficiários com as acções de comunicação e as

especificações das mesmas: dúvidas e esclarecimentos mais solicitados.

• As dúvidas mais recorrentes na primeira fase de candidatura estavam relacionadas

com o CNQ e as áreas não previstas no mesmo (na primeira fase, o CNQ ainda não

se encontrava completo).

Para ultrapassar este problema algumas candidaturas ficaram suspensas até as

áreas serem incluídas no Catálogo.

Na segunda fase, as dúvidas ainda existem mas numa escala muito menor e

referem-se a casos pontuais que ainda não estão contemplados no CNQ, relativos

a áreas muito específicas. Nestes casos procuram encaminhar as entidades para a

Tipologia 3.2 (Formação para a Inovação e Gestão).

• No início surgiram muitas dúvidas porque esta era uma modalidade nova com um

modelo de candidatura novo e um sistema de informação novo.

As principais dúvidas estavam relacionadas com o Catálogo e a ausência de

algumas áreas no mesmo.

Para responder de forma coerente em todo o país a resposta às principais dúvidas

e dificuldades foram tomadas a nível Central e depois difundidas para as

Delegações Regionais.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.59 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

23. Adequação regulamentar à necessidade de flexibilidade da FMC enquanto resposta

às especificidades dos beneficiários (entidades de pequena dimensão com

dificuldade de dispensa de trabalhadores e adultos activos com dificuldades de

horários).

• O Regulamento mostra-se adequado às necessidades desta tipologia, com

excepção do número mínimo de participantes, o qual não deveria existir.

• É necessário reflectir sobre a forma como o Regulamento foi aplicado e reforçar a

sua agilidade e flexibilidade.

24. Quais as principais dificuldades e disfunções mais sentidas pelas entidades

potencialmente beneficiárias na aplicação do Regulamento Específico.

• O número mínimo de participantes tem sido alvo de algumas reacções negativas.

PERTINÊNCIA E RELEVÂNCIA DA GRELHA DE CRITÉRIOS DE ANÁLISE FACE AOS OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

DA TIPOLOGIA

25. Clareza e utilidade percebida pelas entidades beneficiárias para a elaboração de

candidaturas: grelha de critérios de análise e manuais de apoio ao utilizador.

• A grelha dos critérios de análise é bastante clara.

Na primeira fase de candidatura, as entidades foram mais sinceras. Na segunda

fase, como a grelha já tinha sido estudada as entidades já sabiam como deveriam

responder pelo que foram menos verdadeiras. Contudo, é difícil para o POPH

distinguir essas situações.

26. A grelha de critérios de análise é adequada às especificidades e necessidades das

entidades beneficiários? Quais as sugestões de melhoria?

• A selecção das candidaturas tem uma relevância acrescida quando a taxa de

procura é muito mais elevada que a oferta (só conseguem dar resposta a 10% do

volume de financiamento solicitado em fase de candidatura).

Os critérios de análise das FMC são muito bons do ponto de vista teórico mas de

difícil operacionalização. Neste sentido, é necessário reflectir sobre os critérios de

selecção actuais, alterá-los e torná-los mais operacionais de forma a diminuir o

carácter subjectivo da análise.

Não é fácil alterar estes critérios porque é necessário que estes sejam aprovados

pela Comissão de Acompanhamento.

• Os critérios são adequados, práticos e flexíveis.

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Relatório Final

A.60 ANEXO 4. Entrevistas no âmbito da Avaliação

27. A grelha permite uma avaliação rigorosa das capacidades das entidades formadoras

relativa ao nível da formação técnica específica, face aos perfis programados pela

Tipologia?

• Não é objectivo da grelha, nem do POPH, avaliar de forma rigorosa as

capacidades das entidades formadoras, porque existe um sistema de acreditação

das entidades formadoras, tutelado pela DGERT, que atesta que as entidades têm

capacidade técnica específica para desenvolver formação.

Actualmente este sistema não garante as capacidades técnicas face aos perfis

mas as alterações a este sistema vão garantir esta avaliação; este tem que ser um

trabalho feito a montante e não pelo POPH.

• A grelha não permite avaliar as capacidades técnicas das entidades formadoras,

nem esse é o seu objectivo, na medida em que o facto de as entidades estarem

acreditadas pela DGERT deverá assegurar o cumprimento desses requisitos.

28. Como avalia o grau de rigor ou discricionariedade percebido no processo de análise

das candidaturas.

• As candidaturas são analisadas por um conjunto muito diversificado de técnicos que

se encontram espalhados pelo país nas várias regiões o que por vezes pode criar

alguns obstáculos na formação de uma visão e entendimento consensual sobre os

critérios de análise.

Para ultrapassar estes obstáculos, o POPH tem levado a cabo acções de sensibilização

de forma a assegurar que os técnicos tenham o mesmo entendimento sobre os

critérios diminuindo a subjectividade associada a cada um.

• Não é perfeito mas tendo em conta as condições actuais é o melhor sistema. As

grelhas possuem um carácter de subjectividade mas procuram reduzi-la ao mínimo.

Entrevistas realizadas no âmbito da Avaliação

Interlocutor Entidade Dr. Domingos Lopes POPH Dra. Margarida Filipe POPH Dr. Paulo Feliciano ANQ Dr. José Alberto Leitão IEFP/DFP Dr. Paulo Pedroso Perito

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.61 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

AANNEEXXOO 55 –– AANNÁÁLLIISSEE DDAASS DDIINNÂÂMMIICCAASS DDEE DDEESSEEMMPPEENNHHOO

5A. GRELHA ANALÍTICA DOS DOSSIERS DE CANDIDATURA E QUADROS-SÍNTESE DE APURAMENTO

GRELHA ANALÍTICA DOS DOSSIER DE CANDIDATURA

Dimensões/factores de análise Registo da ocorrência • Maior incidência de componentes da formação na candidatura Base Tecnológica Igual • Nível de qualificação dos destinatários <Básico Básico Secund. • Perfil da Entidade Promotora Formadora Empregadora Outra • Perfil-chave dos destinatários, face ao emprego Internos Externos. Ambos • Solicitação de informação adicional e complementar à entidade,

correcções da informação disponível na candidatura Sim Não

• Aceitação de justificações excepcionais Sim Não • Contestações da análise ou discordância com a decisão Sim Não • Pertinência da informação do dossier para a análise da candidatura Elevada Normal Baixa • Qualidade da fundamentação técnica justificadora da candidatura Elevada Aceitável Fraca • Capacidade técnica e know-how demonstrados pela entidade para

desenvolver a componente tecnológica de formação Promotora/Formadora Promotora

Dimensões/factores de análise Registo da ocorrência • Grau de articulação da candidatura com outras componentes ou

produtos de formação Elevado Aceitável Fraco

• Grau de articulação da candidatura com as estruturas dos CNO Elevada Aceitável Fraca • Candidatura orientada para as lacunas identificadas como mais

graves: baixa escolaridade, sectores tradicionais, zonas em desertificação, áreas de elevado desemprego, área profissional deficitária em competências, etc.

Sim Não

• Contributo para satisfação das necessidades próprias da entidade beneficiárias Elevada Aceitável Fraca

• Pontuação atribuída à candidatura 100-90 89-70 69-50 • Inovação e estímulo ao desenvolvimento de novas profissões,

competências necessárias ao futuro desenvolvimento regional ou sectorial, etc.

Sim Não

GRELHA ANALÍTICA DOS DOSSIER DE PROJECTO (execução)

Dimensões/factores de análise Registo da ocorrência

• Tipo de alterações efectuadas ao Projecto Datas de realização Entidade Formadora Volume de formação por área de formação

• Grau de execução física Elevado Médio Baixo • Grau de execução financeira Elevado Médio Baixo

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.62 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.1. Maior incidência de componentes da formação na candidatura

Nº % Base 4 7,1 Tecnológica 51 91,1 Igual 1 1,8

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.2 Nível de qualificação dos destinatários

Nº % <Básico 12 21,4 Básico 36 64,3 Secundário 8 14,3

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.3. Perfil da Entidade Promotora

Nº % Formadora 24 50,0 Empregadora 14 25,0 Outro operador 14 25,0

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.4. Perfil-chave dos destinatários, face ao emprego

Nº % Internos 11 19,6 Externos 28 50,0 Ambos 17 30,4

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.5. Pertinência da informação do dossier para a análise da candidatura

Nº % Baixa 10 17,9 Normal 15 26,8 Elevada 31 55,4

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.6. Qualidade da fundamentação técnica justificadora da candidatura

Nº % Fraca 12 21,4

Aceitável 12 21,4 Elevada 32 57,1

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

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Relatório Final

A.63 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.7. Capacidade técnica e know-how demonstrados pela entidade para desenvolver a componente tecnológica de formação

Nº % Promotora/Formadora 28 50,0 Promotora 28 50,0

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.8. Grau de articulação da candidatura com outras componentes

ou produtos de formação Nº % Sim 47 83,9 Não 9 16,1

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.9. Grau de articulação da candidatura com as estruturas dos CNO

Nº % Não mencionam 17 30,4 Encaminhamento 14 25,0

Protocolo 11 19,6 CNO próprio 14 25,0 Total Geral 56 100,0

Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.10. Candidatura orientada para as lacunas identificadas como

mais graves: baixa escolaridade, sectores tradicionais, zonas em desertificação, áreas de elevado desemprego, área profissional

deficitária em competências, etc. Nº % Sim 35 62,5 Não 21 37,5

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.11. Pontuação atribuída à candidatura

Nº % 69-50 31 55,4 85-70 16 28,6 100-86 9 16,1

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.12. Inovação e estímulo ao desenvolvimento de novas profissões, competências necessárias ao futuro desenvolvimento regional ou sectorial, etc.

Nº % Fraco 19 33,9 Aceitável 12 21,4 Elevado 25 44,5

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

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Relatório Final

A.64 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.13. Tipo de alterações efectuadas ao Projecto Nº % Sem alterações 12 21,4 Datas de realização 24 42,9 Volume de formação por área de formação

20 35,7

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário (Saldo Final), SIIFSE.

Tabela 5.14. Grau de execução física Nº % Baixo 5 8,9 Médio 9 16,1 Elevado 42 75,0

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário, (Saldo Final) SIIFSE

Tabela 5.15. Grau de execução financeira Nº % Baixo 10 17,9 Médio 29 51,8 Elevado 17 30,4

Total Geral 56 100,0 Fonte: Ficha de Projecto e Consulta de formulário, (Saldo Final) SIIFSE.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.65 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

5B. ANÁLISE DE DADOS DO SIIFSE

Dinâmica de apresentação e aprovação de candidaturas

Tabela 5.16. Plano de financiamento do POPH (2007-2013), por Eixo Prioritário

Un.: Euros

Eixo Prioritário Financiamento Público Total

Contrapartida Pública Nac. Fundo

1 - Qualificação Inicial 2.637.142.857 791.142.857 1.846.000.000 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida 3.214.285.714 964.285.714 2.250.000.000

3 – Gestão e Aperfeiçoamento Profissional 484.071.429 101.271.429 382.800.000 4 – Formação Avançada 645.714.286 193.714.286 452.000.000 5 – Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a

Vida Activa 523.714.286 157.114.286 366.600.000

6 – Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social 572.105.834 162.198.437 409.907.397 7 – Igualdade de Género 68.302.621 20.490.786 47.811.835 10 – Assistência Técnica 93.411.765 14.011.765 79.400.000

Sub-total Objectivo Convergência 8.238.748.762 2.404220.560 5.834.519.232 8 - Algarve 141.503.774 38.754.177 102.749.597

Total 8.380.252.566 2.442.983.737 5.937.268.829 Fonte: POPH - Relatório de Execução de 2007.

Tabela 5.17. Candidaturas submetidas ao 1º Período de candidatura das FMC (2008)

Tipologia de Intervenção Nº Volume Formação solicitado (H)

Formandos solicitados (Nº)

Montante Solicitado (€)

2.3. Formações Modulares Certificadas 1.919 74.525.663,80 1.293.887,00 894.000.610,87

8.2.3. Formações Modulares Certificadas (Algarve) 165 5.704.288,00 101.072,00 54.572.409,16

9.2.3. Formações Modulares Certificadas (Lisboa) 332 14.010.197,00 221.329,00 221.204.543,53

Total 2.416 94.240.148,80 1.616.288,00 1.169.777.563,56

Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010. Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01.

Tabela 5.18. Candidaturas submetidas ao 1º Período de candidatura das FMC (2008),

segundo o respectivo estado

Tipologia de Intervenção Aprovada Indeferida Arquivada Análise de Admissibilidade Revogada Submetida Total

2.3. Formações Modulares Certificadas 1.359 330 222 - 8 - 1.919

8.2.3. Formações Modulares Certificadas 79 67 19 - - - 165

9.2.3. Formações Modulares Certificadas 91 191 42 3 3 2 332

Total 1.529 588 283 3 11 2 2.416

Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010. Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01.

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Relatório Final

A.66 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.19. Candidaturas aprovadas no 1º Período de candidatura das FMC (2008)

Tipologia de Intervenção N.º projectos

Montante Aprovado Total (€)

Montante Aprovado FSE (€)

2.3. Formações Modulares Certificadas 1.359 303.649.414,53 211.968.563,62

8.2.3. Formações Modulares Certificadas 79 7.716.739,62 5.600.988,66

9.2.3. Formações Modulares Certificadas 91 18.629.844,83 9.426.606,25

Total 1.529 329.995.998,98 226.996.158,53

Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01. Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010.

Tabela 5.20. Candidaturas aprovadas no 1º Período de candidatura das FMC (2008)

Tipologia de Intervenção N.º projectos

N.º Formandos Aprovados

Volume de Formação

Aprovado (H) 2.3. Formações Modulares Certificadas 1.359 842.109 40.665.120,8

8.2.3. Formações Modulares Certificadas 79 23.075 991.056

9.2.3. Formações Modulares Certificadas 91 47.234 2.271.225

Total 1.529 912.418 43.927.401,8

Fonte: Dados de candidatura do SIIFSE, Dezembro de 2010.

Tabela 5.20. Síntese das candidaturas aprovadas ao 1º Período de candidatura das FMC (2008), por Região

Região N.º projectos %

2.3. Formações Modulares Certificadas 1359 88,9 Alentejo 199 13,0 Centro 480 31,4 Norte 680 44,5

8.2.3. Formações Modulares Certificadas 79 5,2 Algarve 79 5,2

9.2.3. Formações Modulares Certificadas 91 6,0 Lisboa 91 6,0

Total Geral 1.529 100,0 Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008,

Fevereiro de 2010. Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01.

Tabela 5.21. Candidaturas aprovadas no 1º Período de candidatura das FMC (2008), segundo o perfil da entidade

2.3 8.2.3 9.2.3 Total

N.º % N.º % N.º % N.º %

Entidade Empregadora 267 19,6 18 22,8 12 13,2 297 19,4

Entidade Formadora 799 58,8 49 62,0 65 71,4 913 59,7

Outro Operador 293 21,6 12 15,2 14 15,4 319 20,9 Total 1.359 100,0 79 100,0 91 100,0 1.529 100,0

Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010. Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.67 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.22. Candidaturas aprovadas no 1º Período de candidatura das FMC (2008), segundo o tipo de entidade, e o perfil da entidade beneficiárias

Entidade Empregadora

Entidade Formadora

Outro Operador

Total

Nº % Nº % Nº % Nº % Administração Local 3 1,0 1 0,1 - - 4 0,3 Administração Central (Serviços centrais ou periféricos directamente dependentes do membro do Governo) - - 71 7,8 - - 71 4,6

Associações públicas exclusivamente constituídas por pessoas colectivas de direito público - - 10 1,1 1 0,3 11 0,7

Institutos públicos integrados na administração indirecta do Estado ou das Regiões Autónomas (Serviços personalizados, fundos públicos/fundações públicas ou estabelecimentos públicos)

3 1,0 55 6,0 - - 58 3,8

Outra - Pessoas colectivas com fins lucrativos (empresas privadas) 191 64,3 417 45,7 7 2,2 615 40,2

Outra - Pessoas colectivas sem fins lucrativos 98 33,0 358 39,2 311 97,5 767 50,2 Sector Público Empresarial (Sectores empresariais do Estado, regionais ou municipais) 2 0,7 1 0,1 - - 3 0,2

Total  297 100,0 913 100,0 319 100,0 1.529 100,0 Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01. Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010.

Tabela 5.23. Candidaturas aprovadas no 1º Período de candidatura das FMC (2008), segundo a natureza jurídica, e o perfil da entidade beneficiárias

Entidade Empregadora

Entidade Formadora

Outro Operador Total

Nº % Nº % Nº % Nº % Não empresa 105 35,4 495 54,2 312 97,8 912 59,6 Grande empresa 46 15,5 8 0,9 54 3,5 Média Empresa 97 32,7 41 4,5 3 0,9 141 9,2 Pequena Empresa 5 1,7 209 22,9 214 14,0 Micro Empresa 44 14,8 160 17,5 4 1,3 208 13,6

Total 297 100,0 913 100,0 319 100,0 1.529 100,0 Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01. Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010.

Tabela 5.24. Candidaturas aprovadas no 1º Período de candidatura das FMC (2008), segundo a natureza do capital, e o perfil da entidade beneficiárias

Entidade Empregadora

Entidade Formadora

Outro Operador

Total

Nº % Nº % Nº % Nº % Privada 291 98,0 786 86,1 319 100,0 1396 91,3 Pública 6 2,0 127 13,9 - - 133 8,7

Total 297 100,0 913 100,0 319 100,0 1.529 100,0 Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01. Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010.

Tabela 5.25. Candidaturas de entidades públicas aprovadas no 1º Período de candidatura das FMC (2008), por tipo de entidade

Projectos Volume formação

N.º % N.º % Autarquias Locais 4 3,0 49.775 0,4 IEFP 54 40,0 6.531.183 52,1 Instituição do Ensino Superior Politécnico 3 2,2 337.340 2,7 Outras Entidades não especificadas 1 0,7 6.300 0,1 Serviços da Administração Central (excepto IEFP, serviços do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde) 1 0,7 200.000 1,6 Tipo Escola 70 51,9 5.409.571 43,2

Total 133 98,5 12.534.169 100,0 Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010. Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.68 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.26. Candidaturas aprovadas no 1º Período de candidatura das FMC (2008), segundo o sector de actividade e o perfil da entidade beneficiárias

Entidade Empregadora

Entidade Formadora

Outro Operador Total

Nº % Nº % Nº % Nº % A - Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 3 1,0 - - 3 0,9 6 0,4

D - Indústrias transformadoras 80 26,9 2 0,2 3 0,9 85 5,6 F - Construção 16 5,4 - - - - 16 1,0 G - Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico

30 10,1 5 0,5 12 3,8 47 3,1

H - Alojamento e restauração 29 9,8 2 0,2 - - 31 2,0 I - Transportes, armazenagem e comunicações 4 1,3 - - - - 4 0,3

K - Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas 19 6,4 203 22,2 2 0,6 224 14,7

L - Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 4 1,3 12 1,3 3 0,9 19 1,2

M - Educação 6 2,0 481 52,7 17 5,3 504 33,0 N - Saúde e acção social 80 26,9 35 3,8 41 12,9 156 10,2 O - Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais 26 8,8 173 18,9 238 74,6 437 28,6

Total 297 100,0 913 100,0 319 100,0 1529 100,0 Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010. Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01.

Tabela 5.27. Tipologia de Entidades Beneficiárias com projectos aprovados/indeferidos

Entidades Beneficiárias Projectos

aprovados (%) Projectos

indeferidos (%) Associação empresarial e sectorial 12,4 10,8 IEFP 9,5 - Escola, Escola Profissional e Centro de Formação 12,6 4,4 Instituição de Ensino Superior e Centro de Investigação 1,0 0,3 Cooperativa agrícola 1,5 1,0 Empresa 12,6 16,8 Empresa de formação 25,3 27,0 IPSS, ONG, Associação de Desenvolvimento Local, social e cultural 19,7 30,8 Organização sindical e profissional 5,0 8,0 Autarquia Local 0,3 0,7 Hospital - 0,2

Total 100,0 100,0 Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010. Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01.

Tabela 5.28. Síntese das Candidaturas do 2º Período de candidatura das FMC (2009)

Tipologia de Intervenção Nº Volume

Formação solicitado (H)

Formandos solicitados

(Nº)

Montante Solicitado (€)

2.3. Formações Modulares Certificadas 3.096 139.498.026,00 2.686.385 1.271.447.362,87

8.2.3. Formações Modulares Certificadas 249 10.004.587,00 226.991 87.906.014,21

9.2.3. Formações Modulares Certificadas 373 19.864.084,00 430.859 275.448.233,89

Total 3.718 169.366.697,00 3.344.235 1.634.801.610,97

Nota: Data de extracção da informação relativa a dados de 2008, Fevereiro de 2010. Fonte: Mapa de candidaturas POPH, 2010/02/01.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.69 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.29. Número de projectos aprovados, por tipo de entidade e área de formação

Área de Formação Empregadora Formadora Outros Operadores Total

N % N % N % N % Ciências informáticas 48 6,6 529 11,4 190 11,0 767 10,8 Comércio 99 13,6 363 7,8 153 8,9 615 8,7 Secretariado e trabalho administrativo 54 7,4 363 7,8 150 8,7 567 8,0 Hotelaria e restauração 58 8,0 242 5,2 114 6,6 414 5,8 Trabalho social e orientação 69 9,5 218 4,7 124 7,2 411 5,8 Segurança e higiene do trabalho 42 5,8 231 5,0 101 5,9 374 5,3 Formação base 19 2,6 281 6,1 58 3,4 358 5,1 Serviços de apoio a crianças e jovens 44 6,0 204 4,4 109 6,3 357 5,0 Enquadramento na organização/empresa 46 6,3 209 4,5 65 3,8 320 4,5 Gestão e administração 12 1,6 246 5,3 58 3,4 316 4,5 Contabilidade e fiscalidade 4 0,5 200 4,3 52 3,0 256 3,6 Construção civil e engenharia civil 23 3,2 135 2,9 52 3,0 210 3,0 Indústrias alimentares 23 3,2 123 2,7 57 3,3 203 2,9 Turismo e lazer 7 1,0 135 2,9 54 3,1 196 2,8 Electricidade e energia 20 2,7 124 2,7 38 2,2 182 2,6 Marketing e publicidade 10 1,4 131 2,8 37 2,1 178 2,5 Metalurgia e metalomecânica 41 5,6 97 2,1 13 0,8 151 2,1 Protecção de pessoas e bens 14 1,9 73 1,6 36 2,1 123 1,7 Produção agrícola e animal 3 0,4 53 1,1 51 3,0 107 1,5 Construção e reparação de veículos a motor 19 2,6 66 1,4 18 1,0 103 1,5 Electrónica e automação 8 1,1 65 1,4 21 1,2 94 1,3 Audio-visuais e produção dos media 2 0,3 73 1,6 10 0,6 85 1,2 Artesanato 5 0,7 53 1,1 26 1,5 84 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 13 1,8 57 1,2 12 0,7 82 1,2 Protecção do ambiente 6 0,8 59 1,3 16 0,9 81 1,1 Materiais 17 2,3 47 1,0 9 0,5 73 1,0 Cuidados de beleza 2 0,3 55 1,2 11 0,6 68 1,0 Silvicultura e caça 3 0,4 37 0,8 18 1,0 58 0,8 Floricultura e jardinagem 5 0,7 32 0,7 12 0,7 49 0,7 Saúde 4 0,5 28 0,6 12 0,7 44 0,6 Finanças, banca e seguros 1 0,1 27 0,6 14 0,8 42 0,6 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) 1 0,1 28 0,6 5 0,3 34 0,5 Tecnologia dos processos químicos - - 12 0,3 16 0,9 28 0,4 Desporto 2 0,3 14 0,3 6 0,3 22 0,3 História e arqueologia 1 0,1 8 0,2 - - 9 0,1 Indústrias extractivas 1 0,1 5 0,1 - - 6 0,1

Pescas 2 0,3 4 0,1 - - 6 0,1

Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - 3 0,1 2 0,1 5 0,1

Línguas e literaturas estrangeiras - - 3 0,1 0 0,0 3 0,04

Serviços domésticos - - - - 2 0,1 2 0,0

Desenvolvimento pessoal - - 1 0,0 - - 1 0,0

Design - - 1 0,0 - - 1 0,0

Direito - - 1 0,0 - - 1 0,0

Língua e literatura materna - - 1 0,0 - - 1 0,0

Serviços de transporte - - 1 0,0 - - 1 0,0

Total 728 100,0 4638 100,0 1722 100,0 7088 100,0

Fonte: Dados de candidatura do SIIFSE (actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.30. Número de formandos aprovados, por tipo de entidade e área de formação

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.70 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Área de Formação Empregadora Formadora Outros Operadores Total

N % N % N % N % Ciências informáticas 2.167 5,0 124.682 19,4 33.062 14,7 159.911 17,5 Formação base 894 2,1 76.677 11,9 10.606 4,7 88.177 9,7 Comércio 6.426 14,9 49.093 7,6 24.097 10,7 79.616 8,7 Hotelaria e restauração 4.597 10,6 35.157 5,5 18.893 8,4 58.647 6,4 Secretariado e trabalho administrativo 2.369 5,5 38.774 6,0 15.943 7,1 57.086 6,3 Trabalho social e orientação 4.540 10,5 27.031 4,2 15.564 6,9 47.135 5,2 Produção agrícola e animal 444 1,0 20.539 3,2 25.414 11,3 46.397 5,1 Serviços de apoio a crianças e jovens 1.935 4,5 24.109 3,7 9.222 4,1 35.266 3,9 Segurança e higiene do trabalho 1.714 4,0 22.531 3,5 9.976 4,4 34.221 3,8 Enquadramento na organização/empresa 1.942 4,5 20.977 3,3 5.257 2,3 28.176 3,1 Gestão e administração 529 1,2 18.603 2,9 4.670 2,1 23.802 2,6 Electricidade e energia 976 2,3 19.844 3,1 2.902 1,3 23.722 2,6 Construção civil e engenharia civil 1.759 4,1 14.510 2,3 6.809 3,0 23.078 2,5 Metalurgia e metalomecânica 3.436 8,0 18.087 2,8 1.233 0,5 22.756 2,5 Contabilidade e fiscalidade 216 0,5 15.250 2,4 6.136 2,7 21.602 2,4 Indústrias alimentares 2.752 6,4 12.565 2,0 5.248 2,3 20.565 2,3 Protecção de pessoas e bens 957 2,2 15.921 2,5 2.047 0,9 18.925 2,1 Turismo e lazer 421 1,0 10.302 1,6 4.803 2,1 15.526 1,7 Marketing e publicidade 470 1,1 8.925 1,4 2.557 1,1 11.952 1,3 Audio-visuais e produção dos media 32 0,1 10.734 1,7 438 0,2 11.204 1,2 Cuidados de beleza 45 0,1 7.984 1,2 2.790 1,2 10.819 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 610 1,4 7.200 1,1 1.819 0,8 9.629 1,1 Electrónica e automação 324 0,7 6.778 1,1 1.611 0,7 8.713 1,0 Construção e reparação de veículos a motor 1.486 3,4 4.903 0,8 1.846 0,8 8.235 0,9 Silvicultura e caça 79 0,2 4.140 0,6 3.693 1,6 7.912 0,9 Artesanato 167 0,4 5.601 0,9 1.971 0,9 7.739 0,8 Pescas 64 0,1 5.708 0,9 - - 5.772 0,6 Materiais 1.043 2,4 4.052 0,6 609 0,3 5.704 0,6 Floricultura e jardinagem 202 0,5 2.141 0,3 1.700 0,8 4.043 0,4 Protecção do ambiente 325 0,8 2.790 0,4 841 0,4 3.956 0,4 Finanças, banca e seguros 28 0,1 2.235 0,3 687 0,3 2.950 0,3 Saúde 167 0,4 2.180 0,3 546 0,2 2.893 0,3 Tecnologia dos processos químicos - - 1.224 0,2 1.077 0,5 2.301 0,3 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) 48 0,1 1.015 0,2 189 0,1 1.252 0,1

Desporto 32 0,1 338 0,1 616 0,3 986 0,1 História e arqueologia 8 0,02 373 0,1 - - 381 0,0

Serviços domésticos - - - - 379 0,2 379 0,0

Línguas e literaturas estrangeiras - - 335 0,1 - - 335 0,0

Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - 132 0,0 68 0,03 200 0,0

Indústrias extractivas 10 0,0 137 0,0 - - 147 0,0

Desenvolvimento pessoal - - 105 0,0 - - 105 0,0

Língua e literatura materna - - 100 0,0 - - 100 0,0

Design - - 60 0,0 - - 60 0,0

Direito - - 28 0,0 - - 28 0,0

Serviços de transporte - - 15 0,0 - - 15 0,0

Total 43.214 100,0 643.885 100,0 225.319 100,0 912.418 100,0

Fonte: Dados de candidatura do SIIFSE (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.71 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.31. Volume de Formação, por tipo de entidade e área de formação

Área de Formação Empregadora Formadora Outros Operadores Total

N % N % N % N % Ciências informáticas 124.521 5,9 6.505.423 20,0 1.390.592 15,1 8.020.536 18,3 Formação base 46.375 2,2 5.384.689 16,5 628.870 6,8 6.059.934 13,8 Comércio 275.124 13,0 2.426.188 7,4 1.016.238 11,0 3.717.550 8,5 Trabalho social e orientação 344.845 16,3 1.361.427 4,2 684.451 7,4 2.390.723 5,4 Secretariado e trabalho administrativo 88.498 4,2 1.662.581 5,1 545.797 5,9 2.296.876 5,2 Hotelaria e restauração 239.398 11,3 1.372.037 4,2 628.869 6,8 2.240.304 5,1 Produção agrícola e animal 11.450 0,5 955.331 2,9 1.197.025 13,0 2.163.806 4,9 Serviços de apoio a crianças e jovens 126.163 5,9 1.337.853 4,1 390.179 4,2 1.854.195 4,2 Segurança e higiene do trabalho 73.528 3,5 916.934 2,8 346.819 3,8 1.337.281 3,0 Construção civil e engenharia civil 65.488 3,1 781.039 2,4 281.589 3,0 1.128.116 2,6 Enquadramento na organização/empresa 96.267 4,5 825.008 2,5 189.540 2,1 1.110.815 2,5

Gestão e administração 33.732 1,6 880.187 2,7 168.552 1,8 1.082.471 2,5 Metalurgia e metalomecânica 171.337 8,1 845.790 2,6 38.598 0,4 1.055.725 2,4 Electricidade e energia 29.976 1,4 910.264 2,8 113.356 1,2 1.053.596 2,4 Contabilidade e fiscalidade 8.008 0,4 746.827 2,3 233.713 2,5 988.548 2,3 Turismo e lazer 28.383 1,3 655.171 2,0 207.000 2,2 890.554 2,0 Protecção de pessoas e bens 49.556 2,3 698.215 2,1 75.536 0,8 823.307 1,9 Indústrias alimentares 85.318 4,0 430.367 1,3 162.593 1,8 678.278 1,5 Audio-visuais e produção dos media 800 0,0 538.508 1,7 16.435 0,2 555.743 1,3 Electrónica e automação 11.509 0,5 475.183 1,5 61.676 0,7 548.368 1,2 Cuidados de beleza 1.125 0,1 413.264 1,3 95.194 1,0 509.583 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 25.595 1,2 384.660 1,2 84.154 0,9 494.409 1,1

Marketing e publicidade 31.800 1,5 337.738 1,0 87.430 0,9 456.968 1,0 Construção e reparação de veículos a motor 50.955 2,4 250.788 0,8 77.000 0,8 378.743 0,9

Silvicultura e caça 1.975 0,1 212.163 0,7 151.920 1,6 366.058 0,8 Artesanato 7.850 0,4 250.622 0,8 79.935 0,9 338.407 0,8 Materiais 45.455 2,1 181.219 0,6 21.850 0,2 248.524 0,6 Pescas 1.875 0,1 231.160 0,7 0 0,0 233.035 0,5 Floricultura e jardinagem 9.600 0,5 117.214 0,4 65.955 0,7 192.769 0,4 Protecção do ambiente 17.200 0,8 136.599 0,4 29.235 0,3 183.034 0,4 Saúde 8.025 0,4 96.414 0,3 23.285 0,3 127.724 0,3 Finanças, banca e seguros 1.400 0,1 71.228 0,2 35.457 0,4 108.085 0,2 Tecnologia dos processos químicos - - 75.450 0,2 30.067 0,3 105.517 0,2 Desporto 4.750 0,2 14.045 0,0 50.700 0,5 69.495 0,2 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) 2.400 0,1 41.662 0,1 7.100 0,1 51.162 0,1

Línguas e literaturas estrangeiras - - 18.250 0,1 - - 18.250 0,0

Serviços domésticos - - - - 14.288 0,2 14.288 0,0

História e arqueologia 250 0,01 9.000 0,0 - - 9.250 0,0 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - 6.650 0,0 2.000 0,02 8.650 0,0

Língua e literatura materna - - 5.000 0,0 - - 5.000 0,0

Indústrias extractivas 250 0,01 4.025 0,0 - - 4.275 0,0

Desenvolvimento pessoal - - 4.125 0,0 - - 4.125 0,0

Design - - 2.250 0,0 - - 2.250 0,0

Direito - - 700 0,0 - - 700 0,0

Serviços de transporte - - 375 0,0 - - 375 0,0

Total 2.120.781 100,0 32.573.623 100,0 9.232.998 100,0 43.927.402 100,0

Fonte: Dados de candidatura do SIIFSE (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.72 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.32. Número de Projectos, por Região e área de Formação

Área de Formação Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa Total N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 348 10,6 244 10,7 104 11,5 30 12,7 41 10,7 767 10,8 Comércio 293 8,9 182 8,0 75 8,3 24 10,1 41 10,7 615 8,7 Secretariado e trabalho administrativo 257 7,8 173 7,6 80 8,8 20 8,4 37 9,7 567 8,0

Hotelaria e restauração 169 5,1 131 5,7 66 7,3 27 11,4 21 5,5 414 5,8 Trabalho social e orientação 197 6,0 140 6,1 48 5,3 6 2,5 20 5,2 411 5,8 Segurança e higiene do trabalho 178 5,4 116 5,1 47 5,2 19 8,0 14 3,7 374 5,3 Formação base 181 5,5 108 4,7 43 4,7 11 4,6 15 3,9 358 5,1 Serviços de apoio a crianças e jovens 187 5,7 112 4,9 38 4,2 4 1,7 16 4,2 357 5,0

Enquadramento na organização/empresa 142 4,3 109 4,8 37 4,1 13 5,5 19 5,0 320 4,5

Gestão e administração 141 4,3 109 4,8 35 3,9 6 2,5 25 6,5 316 4,5 Contabilidade e fiscalidade 122 3,7 79 3,5 27 3,0 10 4,2 18 4,7 256 3,6 Construção civil e engenharia civil 92 2,8 69 3,0 32 3,5 8 3,4 9 2,4 210 3,0 Indústrias alimentares 88 2,7 67 2,9 29 3,2 10 4,2 9 2,4 203 2,9 Turismo e lazer 77 2,3 61 2,7 37 4,1 9 3,8 12 3,1 196 2,8 Electricidade e energia 86 2,6 65 2,9 23 2,5 2 0,8 6 1,6 182 2,6 Marketing e publicidade 77 2,3 54 2,4 23 2,5 6 2,5 18 4,7 178 2,5 Metalurgia e metalomecânica 72 2,2 60 2,6 14 1,5 1 0,4 4 1,0 151 2,1 Protecção de pessoas e bens 56 1,7 38 1,7 19 2,1 6 2,5 4 1,0 123 1,7 Produção agrícola e animal 55 1,7 33 1,4 15 1,7 1 0,4 3 0,8 107 1,5 Construção e reparação de veículos a motor 50 1,5 36 1,6 11 1,2 2 0,8 4 1,0 103 1,5

Electrónica e automação 57 1,7 20 0,9 7 0,8 2 0,8 8 2,1 94 1,3 Audio-visuais e produção dos media 33 1,0 36 1,6 7 0,8 2 0,8 7 1,8 85 1,2

Artesanato 50 1,5 22 1,0 10 1,1 1 0,4 1 0,3 84 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 48 1,5 23 1,0 9 1,0 1 0,4 1 0,3 82 1,2

Protecção do ambiente 36 1,1 29 1,3 9 1,0 1 0,4 6 1,6 81 1,1 Materiais 26 0,8 33 1,4 13 1,4 1 0,4 - - 73 1,0 Cuidados de beleza 34 1,0 24 1,1 6 0,7 0 0,0 4 1,0 68 1,0 Silvicultura e caça 22 0,7 21 0,9 13 1,4 1 0,4 1 0,3 58 0,8 Floricultura e jardinagem 16 0,5 22 1,0 6 0,7 5 2,1 - - 49 0,7 Saúde 16 0,5 20 0,9 4 0,4 2 0,8 2 0,5 44 0,6 Finanças, banca e seguros 21 0,6 13 0,6 4 0,4 1 0,4 3 0,8 42 0,6 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) 17 0,5 11 0,5 3 0,3 1 0,4 2 0,5 34 0,5

Tecnologia dos processos químicos 9 0,3 7 0,3 6 0,7 - - 6 1,6 28 0,4 Desporto 12 0,4 4 0,2 4 0,4 - - 2 0,5 22 0,3 História e arqueologia 6 0,2 1 0,0 - - 1 0,4 1 0,3 9 0,1 Indústrias extractivas 3 0,1 1 0,0 - - 2 0,8 - - 6 0,1 Pescas 3 0,1 2 0,1 - - 1 0,4 - - 6 0,1 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 2 0,1 1 0,0 2 0,2 - - - - 5 0,1

Línguas e literaturas estrangeiras 3 0,1 - - - - - - - - 3 0,0 Serviços domésticos - - 1 0,0 - - - - 1 0,3 2 0,0 Desenvolvimento pessoal - - 1 0,0 - - - - - - 1 0,0 Design - - 1 0,0 - - - - - - 1 0,0 Direito 1 0,0 - - - - - - - - 1 0,0 Língua e literatura materna 1 0,0 - - - - - - - - 1 0,0 Serviços de transporte - - - - - - - - 1 0,3 1 0,0

Total 3.284 100,0 2.279 100,0 906 100,0 237 100,0 382 100,0 7.088 100,0 Fonte: Dados de candidatura do SIIFSE (actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.33. Número de Formandos, por Região e área de formação

Page 255: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.73 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Área de Formação Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa Total N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 81.722 18,4 47.707 16,6 19.995 17,9 3.438 14,9 7.049 14,9 159.911 17,5

Formação base 46.676 10,5 24.925 8,7 10.918 9,7 2.895 12,5 2.763 5,8 88.177 9,7

Comércio 38.120 8,6 24.955 8,7 9.042 8,1 2.124 9,2 5.375 11,4 79.616 8,7

Hotelaria e restauração 21.004 4,7 16.700 5,8 10.516 9,4 4.893 21,2 5.534 11,7 58.647 6,4 Secretariado e trabalho administrativo 27.889 6,3 16.489 5,7 7.612 6,8 1.371 5,9 3.725 7,9 57.086 6,3

Trabalho social e orientação 21.011 4,7 16.700 5,8 5.991 5,3 511 2,2 2.922 6,2 47.135 5,2

Produção agrícola e animal 24.665 5,6 13.936 4,9 6.174 5,5 30 0,1 1.592 3,4 46.397 5,1 Serviços de apoio a crianças e jovens 19.856 4,5 10.486 3,7 3.289 2,9 255 1,1 1.380 2,9 35.266 3,9

Segurança e higiene do trabalho 15.330 3,5 12.533 4,4 4.668 4,2 982 4,3 708 1,5 34.221 3,8

Enquadramento na organização/empresa 12.080 2,7 10.303 3,6 3.091 2,8 564 2,4 2.138 4,5 28.176 3,1

Gestão e administração 11.578 2,6 7.552 2,6 2.573 2,3 441 1,9 1.658 3,5 23.802 2,6

Electricidade e energia 10.128 2,3 10.041 3,5 2.955 2,6 112 0,5 486 1,0 23.722 2,6 Construção civil e engenharia civil 13.447 3,0 6.213 2,2 2.189 2,0 507 2,2 722 1,5 23.078 2,5

Metalurgia e metalomecânica 10.597 2,4 9.126 3,2 2.387 2,1 14 0,1 632 1,3 22.756 2,5

Contabilidade e fiscalidade 12.013 2,7 5.365 1,9 2.360 2,1 498 2,2 1.366 2,9 21.602 2,4

Indústrias alimentares 9.218 2,1 7.411 2,6 2.252 2,0 701 3,0 983 2,1 20.565 2,3

Protecção de pessoas e bens 8.452 1,9 5.369 1,9 3.281 2,9 509 2,2 1.314 2,8 18.925 2,1

Turismo e lazer 5.757 1,3 4.635 1,6 3.141 2,8 792 3,4 1.201 2,5 15.526 1,7

Marketing e publicidade 5.415 1,2 3.775 1,3 1.441 1,3 191 0,8 1.130 2,4 11.952 1,3 Audio-visuais e produção dos media 4.496 1,0 4.861 1,7 460 0,4 188 0,8 1.199 2,5 11.204 1,2

Cuidados de beleza 4.313 1,0 5.451 1,9 751 0,7 0 0,0 304 0,6 10.819 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 6.843 1,5 2.173 0,8 433 0,4 30 0,1 150 0,3 9.629 1,1

Electrónica e automação 5.302 1,2 2.155 0,8 359 0,3 266 1,2 631 1,3 8.713 1,0 Construção e reparação de veículos a motor 4.161 0,9 2.743 1,0 854 0,8 238 1,0 239 0,5 8.235 0,9

Silvicultura e caça 4.630 1,0 2.635 0,9 604 0,5 15 0,1 28 0,1 7.912 0,9

Artesanato 4.710 1,1 2.166 0,8 740 0,7 23 0,1 100 0,2 7.739 0,8

Pescas 3.924 0,9 1.014 0,4 - - 834 3,6 - - 5.772 0,6

Materiais 2.418 0,5 2.605 0,9 591 0,5 90 0,4 - - 5.704 0,6

Floricultura e jardinagem 1.237 0,3 1.553 0,5 1.053 0,9 200 0,9 - - 4.043 0,4

Protecção do ambiente 1.819 0,4 1.303 0,5 260 0,2 72 0,3 502 1,1 3.956 0,4

Finanças, banca e seguros 1.357 0,3 774 0,3 232 0,2 28 0,1 559 1,2 2.950 0,3

Saúde 797 0,2 1.628 0,6 195 0,2 199 0,9 74 0,2 2.893 0,3 Tecnologia dos processos químicos 414 0,1 503 0,2 1.174 1,0 - - 210 0,4 2.301 0,3

Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) 564 0,1 453 0,2 55 0,05 10 0,0 170 0,4 1.252 0,1

Desporto 213 0,05 364 0,1 287 0,3 - - 122 0,3 986 0,1

História e arqueologia 221 0,05 20 0,0 - - 15 0,1 125 0,3 381 0,0

Serviços domésticos 0 0,0 251 0,1 - - - - 128 0,3 379 0,0

Línguas e literaturas estrangeiras 335 0,1 - - - - - - - - 335 0,0 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 76 0,0 33 0,0 91 0,1 - - - - 200 0,0

Indústrias extractivas 84 0,0 24 0,0 - - 39 0,2 - - 147 0,0

Desenvolvimento pessoal - - 105 0,0 - - - - - - 105 0,0

Língua e literatura materna 100 0,0 - - - - - - - - 100 0,0

Design - - 60 0,0 - - - - - - 60 0,0

Direito 28 0,0 - - - - - - - - 28 0,0

Serviços de transporte - - - - - - - - 15 0,0 15 0,0

Total 443.000 100,0 287.095 100,0 112.014 100,0 23.075 100,0 47.234 100,0 912.418 100,0 Fonte: Dados de candidatura do SIIFSE (actualizada em Dezembro de 2010).

Page 256: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.74 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.34. Volume de Formação, por Região e área de formação

Área de Formação Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa Total N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 3.876.149 18,7 2.623.165 18,2 1.005.214 18,2 150.844 15,2 365.164 16,1 8.020.536 18,3

Formação base 2.945.895 14,2 2.070.796 14,4 767.249 13,9 146.362 14,8 129.632 5,7 6.059.934 13,8

Comércio 1.907.062 9,2 1.091.364 7,6 407.191 7,4 94.474 9,5 217.459 9,6 3.717.550 8,5

Trabalho social e orientação 1.031.076 5,0 837.208 5,8 340.359 6,2 20.125 2,0 161.955 7,1 2.390.723 5,4 Secretariado e trabalho administrativo 1.097.061 5,3 680.631 4,7 279.254 5,1 48.424 4,9 191.506 8,4 2.296.876 5,2

Hotelaria e restauração 773.841 3,7 602.544 4,2 403.337 7,3 185.381 18,7 275.201 12,1 2.240.304 5,1

Produção agrícola e animal 1.182.155 5,7 658.862 4,6 257.964 4,7 2.625 0,3 62.200 2,7 2.163.806 4,9 Serviços de apoio a crianças e jovens 1.007.413 4,9 513.151 3,6 213.397 3,9 12.500 1,3 107.734 4,7 1.854.195 4,2

Segurança e higiene do trabalho 537.611 2,6 500.629 3,5 225.433 4,1 40.845 4,1 32.763 1,4 1.337.281 3,0 Construção civil e engenharia civil 574.450 2,8 381.948 2,6 116.648 2,1 26.815 2,7 28.255 1,2 1.128.116 2,6

Enquadramento na organização/empresa 460.230 2,2 426.429 3,0 126.454 2,3 25.397 2,6 72.305 3,2 1.110.815 2,5

Gestão e administração 574.800 2,8 309.087 2,1 110.732 2,0 14.159 1,4 73.693 3,2 1.082.471 2,5

Metalurgia e metalomecânica 481.473 2,3 379.760 2,6 165.566 3,0 126 0,0 28.800 1,3 1.055.725 2,4

Electricidade e energia 455.309 2,2 435.324 3,0 135.003 2,4 5.600 0,6 22.360 1,0 1.053.596 2,4

Contabilidade e fiscalidade 518.493 2,5 231.682 1,6 111.331 2,0 22.850 2,3 104.192 4,6 988.548 2,3

Turismo e lazer 278.632 1,3 351.887 2,4 151.135 2,7 42.875 4,3 66.025 2,9 890.554 2,0

Protecção de pessoas e bens 318.365 1,5 258.047 1,8 156.875 2,8 25.150 2,5 64.870 2,9 823.307 1,9

Indústrias alimentares 299.625 1,4 244.414 1,7 75.955 1,4 23.218 2,3 35.066 1,5 678.278 1,5 Audio-visuais e produção dos media 189.544 0,9 292.403 2,0 19.600 0,4 7.661 0,8 46.535 2,0 555.743 1,3

Electrónica e automação 383.675 1,9 100.433 0,7 17.250 0,3 13.900 1,4 33.110 1,5 548.368 1,2

Cuidados de beleza 175.347 0,8 290.013 2,0 30.175 0,5 - - 14.048 0,6 509.583 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 355.999 1,7 112.335 0,8 19.325 0,3 1.500 0,2 5.250 0,2 494.409 1,1

Marketing e publicidade 193.793 0,9 151.220 1,0 63.700 1,2 7.775 0,8 40.480 1,8 456.968 1,0 Construção e reparação de veículos a motor 200.222 1,0 118.291 0,8 38.765 0,7 10.550 1,1 10.915 0,5 378.743 0,9

Silvicultura e caça 207.595 1,0 117.760 0,8 38.178 0,7 1.125 0,1 1.400 0,1 366.058 0,8

Artesanato 198.839 1,0 97.711 0,7 37.800 0,7 557 0,1 3.500 0,2 338.407 0,8

Materiais 88.086 0,4 127.063 0,9 31.125 0,6 2.250 0,2 - - 248.524 0,6

Pescas 115.880 0,6 90.905 0,6 - - 26.250 2,6 - - 233.035 0,5

Floricultura e jardinagem 61.788 0,3 70.649 0,5 46.134 0,8 14.198 1,4 - - 192.769 0,4

Protecção do ambiente 69.247 0,3 61.655 0,4 22.592 0,4 4.320 0,4 25.220 1,1 183.034 0,4

Saúde 28.900 0,1 77.974 0,5 9.050 0,2 9.950 1,0 1.850 0,1 127.724 0,3

Finanças, banca e seguros 44.869 0,2 32.341 0,2 15.100 0,3 1.400 0,1 14.375 0,6 108.085 0,2 Tecnologia dos processos químicos 13.145 0,1 14.172 0,1 59.900 1,1 - - 18.300 0,8 105.517 0,2

Desporto 10.300 0,0 31.795 0,2 23.450 0,4 - - 3.950 0,2 69.495 0,2 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) 21.432 0,1 21.668 0,2 2.750 0,0 500 0,1 4.812 0,2 51.162 0,1

Línguas e literaturas estrangeiras 18.250 0,1 - - - - - - - - 18.250 0,0

Serviços domésticos 0 0,0 9.488 0,1 - - - - 4.800 0,2 14.288 0,0

História e arqueologia 5.250 0,0 500 0,0 - - 375 0,0 3.125 0,1 9.250 0,0 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 4.550 0,0 775 0,0 3.325 0,1 - - - - 8.650 0,0

Língua e literatura materna 5.000 0,0 - - - - - - - - 5.000 0,0

Indústrias extractivas 2.100 0,0 1.200 0,0 - - 975 0,1 - - 4.275 0,0

Desenvolvimento pessoal - - 4.125 0,0 - - - - - - 4.125 0,0

Design - - 2.250 0,0 - - - - - - 2.250 0,0

Direito 700 0,0 - - - - - - - - 700 0,0

Serviços de transporte - - - - - - - - 375 0,0 375 0,0

Total Geral 20.714.151 100,0 14.423.654 100,0 5.527.316 100,0 991.056 100,0 2.271.225 100,0 43.927.402 100,0 Fonte: Dados de candidatura do SIIFSE (actualizada em Dezembro de 2010).

Page 257: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.75 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.35. Número de projectos por, CAE (ver. 2.1.) e área de formação

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 2 16,7 14 5,7 3 5,8 8 7,2 1 1,7 2 15,4 129 11,3 6 6,7 339 11,6 39 8,9 224 11,2 767 10,8 Comércio 2 16,7 42 17,1 7 13,5 23 20,7 2 3,3 4 30,8 100 8,7 4 4,5 214 7,3 20 4,6 197 9,9 615 8,7 Formação base - - 7 2,9 1 1,9 1 0,9 - - - - 29 2,5 3 3,4 213 7,3 22 5,0 82 4,1 358 5,1 Secretariado e trabalho administrativo - - 18 7,3 4 7,7 10 9,0 4 6,7 1 7,7 96 8,4 13 14,6 213 7,3 21 4,8 187 9,4 567 8,0 Hotelaria e restauração - - 5 2,0 2 3,8 3 2,7 30 50,0 - - 45 3,9 9 10,1 147 5,0 46 10,5 127 6,4 414 5,8 Serviços de apoio a crianças e jovens - - - - - - - - - - - - 39 3,4 4 4,5 143 4,9 83 18,9 88 4,4 357 5,0 Segurança e higiene do trabalho 1 8,3 13 5,3 4 7,7 7 6,3 9 15,0 2 15,4 64 5,6 3 3,4 142 4,9 21 4,8 108 5,4 374 5,3 Gestão e administração - - 5 2,0 1 1,9 2 1,8 - - - - 73 6,4 1 1,1 134 4,6 7 1,6 93 4,7 316 4,5 Trabalho social e orientação - - 2 0,8 - - 1 0,9 - - - - 42 3,7 10 11,2 129 4,4 125 28,5 102 5,1 411 5,8 Contabilidade e fiscalidade - - 2 0,8 - - 2 1,8 - - - - 53 4,6 2 2,2 119 4,1 1 0,2 77 3,9 256 3,6 Enquadramento na organização/empresa - - 20 8,2 3 5,8 7 6,3 3 5,0 1 7,7 82 7,2 3 3,4 107 3,7 7 1,6 87 4,4 320 4,5 Construção civil e engenharia civil - - 2 0,8 15 28,8 - - - - - - 39 3,4 2 2,2 95 3,2 2 0,5 55 2,8 210 3,0 Electricidade e energia - - 11 4,5 4 7,7 2 1,8 - - - - 28 2,4 3 3,4 93 3,2 0,0 41 2,1 182 2,6 Turismo e lazer - - - - - - 1 0,9 - - - - 33 2,9 8 9,0 80 2,7 3 0,7 71 3,6 196 2,8 Metalurgia e metalomecânica - - 37 15,1 1 1,9 - - - - - - 21 1,8 - - 79 2,7 1 0,2 12 0,6 151 2,1 Marketing e publicidade - - 1 0,4 - - 5 4,5 - - - - 49 4,3 2 2,2 71 2,4 2 0,5 48 2,4 178 2,5 Indústrias alimentares 1 8,3 13 5,3 - - 10 9,0 1 1,7 0,0 38 3,3 4 4,5 64 2,2 9 2,1 63 3,2 203 2,9 Audio-visuais e produção dos media - - 2 0,8 - - - - 0,0 0,0 18 1,6 1 1,1 51 1,7 2 0,5 11 0,6 85 1,2 Construção e reparação de veículos a motor - - 5 2,0 2 3,8 7 6,3 1 1,7 2 15,4 11 1,0 - - 50 1,7 2 0,5 23 1,2 103 1,5

Cuidados de beleza - - - - - - - - - - - - 7 0,6 - - 50 1,7 - - 11 0,6 68 1,0 Electrónica e automação - - 7 2,9 1 1,9 - - - - - - 14 1,2 - - 50 1,7 - - 22 1,1 94 1,3 Protecção de pessoas e bens 0,0 8 3,3 - - 2 1,8 2 3,3 1 7,7 18 1,6 2 2,2 48 1,6 8 1,8 34 1,7 123 1,7 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro - - 10 4,1 - - - - 1 1,7 - - 17 1,5 1 1,1 40 1,4 4 0,9 9 0,5 82 1,2

Artesanato - - 1 0,4 1 1,9 - - 1 1,7 - - 6 0,5 0,0 35 1,2 2 0,5 38 1,9 84 1,2 Materiais - - 14 5,7 2 3,8 - - 1 1,7 - - 9 0,8 1 1,1 35 1,2 2 0,5 9 0,5 73 1,0 Protecção do ambiente - - 3 1,2 0,0 1 0,9 0,0 - - 21 1,8 1 1,1 27 0,9 1 0,2 27 1,4 81 1,1 Produção agrícola e animal 4 33,3 3 1,2 0,0 13 11,7 0,0 - - 8 0,7 0,0 24 0,8 1 0,2 54 2,7 107 1,5 Silvicultura e caça 2 16,7 - - 1 1,9 0 0,0 0 0,0 - - 5 0,4 1 1,1 21 0,7 - - 28 1,4 58 0,8 Saúde - - - - - - 1 0,9 1 1,7 - - 6 0,5 0,0 20 0,7 5 1,1 11 0,6 44 0,6 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) - - - - - - 1 0,9 0,0 - - 9 0,8 0,0 19 0,6 - - 5 0,3 34 0,5

Floricultura e jardinagem - - - - - - 1 0,9 3 5,0 - - 8 0,7 2 2,2 16 0,5 1 0,2 18 0,9 49 0,7

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.76 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Tecnologia dos processos químicos - - - - - - - - - - - - 3 0,3 - - 15 0,5 1 0,2 9 0,5 28 0,4 Finanças, banca e seguros - - - - - - 1 0,9 - - - - 13 1,1 - - 13 0,4 - - 15 0,8 42 0,6 Desporto - - - - - - - - - - - - 7 0,6 1 1,1 7 0,2 - - 7 0,4 22 0,3 História e arqueologia - - - - - - - - - - - - 1 0,1 2 2,2 5 0,2 - - 1 0,1 9 0,1 Indústrias extractivas - - - - - - - - - - - - 2 0,2 - - 4 0,1 - - - - 6 0,1 Pescas - - - - - - 2 1,8 - - - - - - - - 4 0,1 - - - - 6 0,1 Línguas e literaturas estrangeiras - - - - - - - - - - - - - - - - 3 0,1 - - - - 3 0,0 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - - - - - - - - - - - - - - - 3 0,1 1 0,2 1 0,1 5 0,1 Desenvolvimento pessoal - - - - - - - - - - - - - - - - 1 - - - - - 1 0,0 Design - - - - - - - - - - - - - - - - 1 - - - - - 1 0,0 Língua e literatura materna - - - - - - - - - - - - - - - - 1 - - - - - 1 0,0 Direito - - - - - - - - - - - - 1 0,1 - - - - - - - - 1 0,0 Serviços de transporte - - - - - - - - - - - - 1 0,1 - - - - - - - - 1 0,0 Serviços domésticos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2 0,1 2 0,0

Total 12 100,0 245 100,0 52 100,0 111 100,0 60 100,0 13 100,0 1145 100,0 89 100,0 2925 100 439 100,0 1997 100,0 7088 100,0 Fonte: Dados de candidatura do SIIFSE (actualizada em Dezembro de 2010).

Page 259: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.77 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.36. Número de Formandos, por CAE (ver. 2.1.) e áreas de formação

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 100 5,0 468 3,4 42 1,7 828 12,6 24 0,6 86 14,2 22.177 20,5 749 4,5 89.863 21,2 3.281 10,7 42.293 14,0 159.911 17,5

Formação base - - 379 2,7 100 4,0 12 0,2 - - - - 2.907 2,7 390 2,4 65.926 15,5 2.395 7,8 16.068 5,3 88.177 9,7

Comércio 70 3,5 2.095 15,2 151 6,0 1.177 17,9 49 1,1 211 34,9 11.343 10,5 129 0,8 28.895 6,8 1.137 3,7 34.359 11,4 79.616 8,7

Hotelaria e restauração - - 383 2,8 51 2,0 381 5,8 3.565 82,4 0,0 4.119 3,8 10.192 61,6 15.227 3,6 2.241 7,3 22.488 7,4 58.647 6,4 Secretariado e trabalho administrativo - - 384 2,8 78 3,1 572 8,7 72 1,7 24 4,0 10.339 9,5 913 5,5 23.610 5,6 1.264 4,1 19.830 6,6 57.086 6,3

Trabalho social e orientação - - 35 0,3 - - 132 2,0 - - - - 4.013 3,7 1.092 6,6 17.130 4,0 11.815 38,6 12.918 4,3 47.135 5,2

Produção agrícola e animal 508 25,4 163 1,2 - - 1.269 19,3 - - - - 447 0,4 - - 3.641 0,9 15 0,0 40.354 13,3 46.397 5,1 Serviços de apoio a crianças e jovens - - - - - - - - - - - - 3.139 2,9 273 1,6 17.222 4,1 5.108 16,7 9.524 3,1 35.266 3,9

Segurança e higiene do trabalho 28 1,4 519 3,8 100 4,0 242 3,7 298 6,9 170 28,1 5.675 5,2 65 0,4 14.363 3,4 800 2,6 11.961 4,0 34.221 3,8

Enquadramento na organização/empresa - - 780 5,7 145 5,7 385 5,9 84 1,9 12 2,0 5.584 5,2 173 1,0 12.765 3,0 326 1,1 7.922 2,6 28.176 3,1

Gestão e administração - - 159 1,2 6 0,2 80 1,2 - - - - 6.107 5,6 10 0,1 9.667 2,3 180 0,6 7.593 2,5 23.802 2,6

Electricidade e energia - - 325 2,4 269 10,6 81 1,2 - - - - 3.644 3,4 34 0,2 15.123 3,6 0,0 4.246 1,4 23.722 2,6 Construção civil e engenharia civil - - 91 0,7 1.228 48,6 - - - - - - 3.298 3,0 67 0,4 10.809 2,5 155 0,5 7.430 2,5 23.078 2,5

Metalurgia e metalomecânica - - 2.981 21,6 32 1,3 - - - - - - 2.454 2,3 - - 16.501 3,9 11 0,0 777 0,3 22.756 2,5

Contabilidade e fiscalidade - - 38 0,3 - - 73 1,1 - - - - 3.306 3,0 210 1,3 9.154 2,2 25 0,1 8.796 2,9 21.602 2,4

Indústrias alimentares 1.204 60,1 1.288 9,3 - - 424 6,5 21 0,5 - - 2.121 2,0 675 4,1 7.067 1,7 257 0,8 7.508 2,5 20.565 2,3 Protecção de pessoas e bens - - 224 1,6 - - 84 1,3 24 0,6 48 7,9 1.930 1,8 244 1,5 3.693 0,9 374 1,2 12.304 4,1 18.925 2,1

Turismo e lazer - - - - - - 72 1,1 - - - - 1.622 1,5 1.099 6,6 6.375 1,5 170 0,6 6.188 2,0 15.526 1,7

Marketing e publicidade - - 7 0,1 - - 124 1,9 - - - - 2.756 2,5 25 0,2 5.376 1,3 30 0,1 3.634 1,2 11.952 1,3 Audio-visuais e produção dos media - - 804 5,8 - - - - - - - - 1.575 1,5 8 0,0 8.115 1,9 38 0,1 664 0,2 11.204 1,2

Cuidados de beleza - - - - - - - - - - - - 854 0,8 - - 7.774 1,8 - - 2.191 0,7 10.819 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro - - 667 4,8 - - - - 8 0,2 - - 1.531 1,4 30 0,2 6.109 1,4 218 0,7 1.066 0,4 9.629 1,1

Electrónica e automação - - 227 1,6 25 1,0 0,0 - - - - 2.159 2,0 - - 4.573 1,1 - - 1.729 0,6 8.713 1,0 Construção e reparação de veículos a motor - - 910 6,6 90 3,6 244 3,7 8 0,2 54 8,9 637 0,6 - - 3.876 0,9 70 0,2 2.346 0,8 8.235 0,9

Silvicultura e caça 92 4,6 - - 12 0,5 - - - - - - 124 0,1 7 0,0 1.403 0,3 - - 6.274 2,1 7.912 0,9

Artesanato - - 67 0,5 34 1,3 - - 30 0,7 - - 237 0,2 - - 3.476 0,8 26 0,1 3.869 1,3 7.739 0,8

Pescas - - - - - - 64 1,0 0,0 - - 0,0 - - 5.708 1,3 - - - - 5.772 0,6

Materiais - - 743 5,4 166 6,6 0,0 26 0,6 - - 597 0,6 90 0,5 3.503 0,8 42 0,1 537 0,2 5.704 0,6

Page 260: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.78 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total

N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % Floricultura e jardinagem - - - - - - 64 1,0 96 2,2 - - 377 0,3 31 0,2 930 0,2 30 0,1 2.515 0,8 4.043 0,4

Protecção do ambiente - - 62 0,4 - - 26 0,4 - - - - 1.531 1,4 10 0,1 1.149 0,3 48 0,2 1.130 0,4 3.956 0,4

Finanças, banca e seguros - - - - - - 60 0,9 - - - - 614 0,6 - - 635 0,1 - - 1.641 0,5 2.950 0,3

Saúde - - - - - - 130 2,0 20 0,5 - - 277 0,3 - - 1.716 0,4 374 1,2 376 0,1 2.893 0,3 Tecnologia dos processos químicos - - - - - - - - - - - 230 0,2 - - 1.339 0,3 134 0,4 598 0,2 2.301 0,3

Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) - - - - - - 48 0,0 - - - - 345 0,3 - - 684 0,2 - - 175 0,1 1.252 0,1

Desporto - - - - - - - - - - - 163 0,2 11 0,1 179 0,0 - - 633 0,2 986 0,1

História e arqueologia - - - - - - - - - - - 116 0,1 23 0,1 230 0,1 - - 12 0,0 381 0,0

Serviços domésticos - - - - - - - - - - - - - - - 0,0 - - 379 0,1 379 0,0 Línguas e literaturas estrangeiras - - - - - - - - - - - - - - - 335 0,1 - - - - 335 0,0

Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - - - - - - - - - - - - - - 132 0,0 33 0,1 35 0,0 200 0,0

Indústrias extractivas - - - - - - - - - - - 25 0,0 - - 122 0,0 - - - - 147 0,0

Desenvolvimento pessoal - - - - - - - - - - - - - - - 105 0,0 - - - - 105 0,0

Língua e literatura materna - - - - - - - - - - - - - - - 100 0,0 - - - - 100 0,0

Design - - - - - - - - - - - - - - - - 60 0,0 - - - - 60 0,0

Direito - - - - - - - - - - - - 28 0,0 - - - - - - - - 28 0,0

Serviços de transporte - - - - - - - - - - - - 15 0,0 - - - - - - - - 15 0,0

Total 2.002 100,0 13.799 100,0 2.529 100,0 6.572 100,0 4.325 100,0 605 100,0 108.416 100,0 16.550 100,0 424.660 100,0 30.597 100,0 302.363 100,0 912.418 100,0

Fonte: Dados de candidatura do SIIFSE (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.79 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.37. Volume de Formação, por CAE (ver. 2.1.) e área de formação

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 5.000 7,7 19.234 3,5 1.950 1,7 26.550 7,6 1.200 0,5 3.244 13,9 974.410 21,8 113.600 14,1 4.508.016 19,6 151.529 10,5 2.215.803 17,2 8.020.536 18,3

Formação base - - 16.025 2,9 8.000 6,8 600 0,2 - - - - 118.940 2,7 30.000 3,7 5.031.408 21,9 103.869 7,2 751.092 5,8 6.059.934 13,8

Comércio 4.200 6,5 91.425 16,5 12.465 10,6 49.164 14,0 2.450 1,1 9.315 40,0 449.296 10,0 4.289 0,5 1.444.169 6,3 43.322 3,0 1.607.455 12,5 3.717.550 8,5

Trabalho social e orientação - - 1.250 0,2 - - 3.300 0,9 - - - - 240.191 5,4 30.510 3,8 903.898 3,9 621.132 42,8 590.442 4,6 2.390.723 5,4

Secretariado e trabalho administrativo - - 14.575 2,6 4.299 3,6 19.974 5,7 2.700 1,2 600 2,6 339.339 7,6 77.575 9,6 1.116.631 4,9 43.582 3,0 677.601 5,3 2.296.876 5,2

Hotelaria e restauração - - 10.550 1,9 1.275 1,1 22.650 6,5 199.323 87,6 - - 170.726 3,8 329.225 40,9 661.970 2,9 96.081 6,6 748.504 5,8 2.240.304 5,1

Produção agrícola e animal 22.150 34,1 11.750 2,1 - - 121.625 34,8 - - - - 43.280 1,0 - - 160.482 0,7 750 0,1 1.803.769 14,0 2.163.806 4,9

Serviços de apoio a crianças e jovens - - - - - - - - - - - - 127.503 2,9 54.025 6,7 1.010.922 4,4 255.310 17,6 406.435 3,2 1.854.195 4,2

Segurança e higiene do trabalho 1.400 2,2 20.250 3,6 4.400 3,7 10.403 3,0 8.300 3,6 5.150 22,1 225.451 5,0 5.900 0,7 585.148 2,5 33.449 2,3 437.430 3,4 1.337.281 3,0

Construção civil e engenharia civil - - 3.225 0,6 58.564 49,6 - - - - - - 112.299 2,5 2.750 0,3 630.151 2,7 7.570 0,5 313.557 2,4 1.128.116 2,6 Enquadramento na organização/empresa - - 37.100 6,7 4.850 4,1 19.637 5,6 4.200 1,8 600 2,6 212.592 4,8 5.001 0,6 524.755 2,3 11.125 0,8 290.955 2,3 1.110.815 2,5

Gestão e administração - - 5.825 1,0 300 0,3 1.375 0,4 - - - - 222.750 5,0 250 0,0 563.852 2,5 5.775 0,4 282.344 2,2 1.082.471 2,5

Metalurgia e metalomecânica - - 125.982 22,7 800 0,7 - - - - - - 119.609 2,7 - - 778.288 3,4 487 0,0 30.559 0,2 1.055.725 2,4

Electricidade e energia - - 9.419 1,7 10.257 8,7 8.084 2,3 - - - - 128.822 2,9 2.200 0,3 740.293 3,2 - - 154.521 1,2 1.053.596 2,4

Contabilidade e fiscalidade - - 1.700 0,3 - - 3.001 0,9 - - - - 120.556 2,7 50.250 6,2 479.823 2,1 750 0,1 332.468 2,6 988.548 2,3

Turismo e lazer - - - - - - 3.600 1,0 - - - - 103.658 2,3 49.475 6,2 462.373 2,0 8.625 0,6 262.823 2,0 890.554 2,0

Protecção de pessoas e bens - - 10.631 1,9 - - 4.300 1,2 1.200 0,5 2.400 10,3 87.740 2,0 10.276 1,3 217.198 0,9 18.425 1,3 471.137 3,7 823.307 1,9

Indústrias alimentares 29.050 44,8 42.918 7,7 - - 19.375 5,5 525 0,2 - - 77.001 1,7 27.375 3,4 243.068 1,1 8.765 0,6 230.201 1,8 678.278 1,5

Audio-visuais e produção dos media - - 25.350 4,6 - - - - - - - - 66.221 1,5 200 0,0 437.259 1,9 1.303 0,1 25.410 0,2 555.743 1,3

Electrónica e automação - - 10.034 1,8 800 0,7 - - - - - - 79.800 1,8 - - 382.313 1,7 - - 75.421 0,6 548.368 1,2

Cuidados de beleza - - - - - - - - - - - - 22.738 0,5 - - 406.664 1,8 - - 80.181 0,6 509.583 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro - - 27.895 5,0 - - - - 400 0,2 - - 65.385 1,5 1.500 0,2 340.811 1,5 9.325 0,6 49.093 0,4 494.409 1,1

Marketing e publicidade - - 350 0,1 - - 3.700 1,1 - - - - 125.867 2,8 625 0,1 195.314 0,8 750 0,1 130.362 1,0 456.968 1,0 Construção e reparação de veículos a motor - - 27.500 5,0 3.750 3,2 19.051 5,4 200 0,1 1.950 8,4 22.312 0,5 - - 201.631 0,9 2.100 0,1 100.249 0,8 378.743 0,9

Silvicultura e caça 3.100 4,8 - - 300 0,3 - - - - - - 13.247 0,3 175 0,0 71.561 0,3 0,0 277.675 2,2 366.058 0,8

Artesanato - - 3.350 0,6 1.700 1,4 - - 1.500 0,7 - - 10.675 0,2 - - 152.201 0,7 1.050 0,1 167.931 1,3 338.407 0,8

Materiais - - 37.135 6,7 4.345 3,7 - - 650 0,3 - - 16.797 0,4 2.250 0,3 163.689 0,7 3.933 0,3 19.725 0,2 248.524 0,6

Pescas - - - - - - 1.875 0,5 - - - - - - - - 231.160 1,0 - - - - 233.035 0,5

Floricultura e jardinagem - - - - - - 2.800 0,8 4.300 1,9 - - 33.059 0,7 5.300 0,7 44.745 0,2 1.400 0,1 101.165 0,8 192.769 0,4

Protecção do ambiente - - 2.000 0,4 - - 1.500 0,4 - - - - 61.975 1,4 500 0,1 63.218 0,3 2.185 0,2 51.656 0,4 183.034 0,4

Saúde - - - - - - 3.500 1,0 500 0,2 - - 24.050 0,5 - - 67.639 0,3 13.235 0,9 18.800 0,1 127.724 0,3

Finanças, banca e seguros - - - - - - 1.500 0,4 - - - - 20.701 0,5 - - 24.350 0,1 - - 61.534 0,5 108.085 0,2

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.80 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total

N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % Tecnologia dos processos químicos - - - - - - - - - - - - 6.700 0,1 - - 79.025 0,3 3.200 0,2 16.592 0,1 105.517 0,2

Desporto - - - - - - - - - - - - 12.100 0,3 550 0,1 5.650 0,0 - - 51.195 0,4 69.495 0,2 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) - - - - - - 2.400 0,7 - - - - 12.472 0,3 - - 29.290 0,1 - - 7.000 0,1 51.162 0,1

Línguas e literaturas estrangeiras - - - - - - - - - - - - - - - - 18.250 0,1 - - - - 18.250 0,0

Serviços domésticos - - - - - - - - - - - - - - - - 0,0 - - 14.288 0,1 14.288 0,0

História e arqueologia - - - - - - - - - - - - 3.150 0,1 625 0,1 5.175 0,0 - - 300 0,0 9.250 0,0 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - - - - - - - - - - - - - - - 6.650 0,0 775 0,1 1.225 0,0 8.650 0,0

Língua e literatura materna - - - - - - - - - - - - - - - - 5.000 0,0 - - - - 5.000 0,0

Indústrias extractivas - - - - - - - - - - - - 625 0,0 - - 3.650 0,0 - - - - 4.275 0,0

Desenvolvimento pessoal - - - - - - - - - - - - - - - - 4.125 0,0 - - - - 4.125 0,0

Design - - - - - - - - - - - - - - - - 2.250 0,0 - - - 2.250 0,0

Direito - - - - - - - - - - - - 700 0,0 - - - - - - - - 700 0,0

Serviços de transporte - - - - - - - - - - - - 375 0,0 - - - - - - - - 375 0,0

Total 64.900 100,0 555.473 100,0 118.055 100,0 349.964 100,0 227.448 100,0 23.259 100,0 4.473.112 100,0 804.426 100,0 23.004.065 100,0 1.449.802 100,0 12.856.898 100,0 43.927.402 100,0

Fonte: Dados de candidatura do SIIFSE (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.81 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Dinâmica de execução (2008)

Tabela 5.38. Número de formandos abrangidos, por Tipologia de Intervenção (Metas e Execução)

Tipologia de Intervenção Meta Execução 2008

Taxa de execução (%)

2.3. Formações Modulares Certificadas 300.000 169.814 56,6

8.2.3. Formações Modulares Certificadas 5.700 8.563 150,2

9.2.3. Formações Modulares Certificadas 9.500 8.663 91,2

Total 315.200 187.040 59,3

Fonte: Programa Operacional Temático Potencial Humano, 2007 – 2013 e Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.39. Número de Projectos, por Tipologia de Intervenção das FMC

Tipologia de Intervenção Nº %

2.3. Formações Modulares Certificadas 1.243 88,8

8.2.3. Formações Modulares Certificadas 77 5,5

9.2.3. Formações Modulares Certificadas 79 5,6

Total 1.399 100,0

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.40. Número de projectos da Tipologia 2.3., por Região (NUT II) Região Nº %

Norte 629 50,6 Centro 433 34,8 Alentejo 181 14,6

Total 1.243 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008

(actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.41. Distribuição Regional (NUT II) dos Número de formandos, (contagem simples e por BI)

Região Contagem simples Contagem por BI

Total % Total %

Norte 86.428 46,2 47.120 44,1 Centro 60.696 32,5 37.255 34,9 Alentejo 22.690 12,1 12.959 12,2 Algarve 8.563 4,6 5.043 4,7 Lisboa 8.663 4,6 4.465 4,2

Total 187.040 100,0 106.842 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008

(actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.42. Volume de Formação, por Região Região Nº %

Norte 2.857.158 45,6 Centro 2.093.997 33,4 Alentejo 788.453 12,6 Algarve 286.125 4,6 Lisboa 243.611 3,9

Total 6.269.343 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008

(actualizada em Agosto de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.82 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.43. Distribuição Regional (NUT II) dos Número de formandos, segundo o Género (contagem simples)

Região Masculino Feminino Total

Norte 35.579 50.849 86.428 Centro 25.184 35.512 60.696 Alentejo 9.532 13.158 22.690 Algarve 4.101 4.462 8.563 Lisboa 3.805 4.858 8.663

Total 78.201 108.839 187.040 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008

(actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.44. Distribuição Regional (NUT II) dos Número de formandos, segundo o Género (contagem por BI)

Região Masculino Feminino Total Norte 19.558 27.562 47.120 Centro 15.224 22.031 37.255 Alentejo 5.287 7.672 12.959 Lisboa 1.902 2.563 4.465 Algarve 2.200 2.843 5.043

Total 44.171 62.671 106.842 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008

(actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.45. Número de formandos, segundo o Escalão etário23

Região Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa Total 15 - 19 2.285 1.057 559 250 187 4.338 20 - 24 9.812 5.629 2.845 990 984 20.260 25 - 34 26.940 18.588 7.349 2.964 2.827 58.668 35 - 44 24.840 18.596 6.122 2.355 2.483 54.396 45 - 49 10.184 7.938 2.618 876 976 22.592 50 - 54 6.694 5.188 1.804 596 701 14.983 55 - 64 5.349 3.461 1.299 511 462 11.082 > 64 310 235 86 21 43 695

Total 86.414 60.692 22.682 8.563 8.663 187.014 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008

(actualizada em Dezembro de 2010).

23 Face ao Regulamento Específico, é possível identificar 26 formandos com idade inferior a 15 anos na Tipologia 2.3. (Regiões Alentejo, Norte e Centro). Na Base de Dados, trata-se, eventualmente, de um erro de digitação da informação no SIIFSE.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.83 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.46. Número de formandos, por Região e Habilitações literárias

Habilitações 2.3 8.2.3 9.2.3 Total Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % < 4 anos escolaridade 224 0,3 193 0,3 69 0,3 28 0,3 78 0,9 592 0,3 4ª ano 9.866 11,4 6.887 11,3 2.299 10,1 864 10,1 843 9,7 20.759 11,1 6ª ano 20.381 23,6 12.277 20,2 5.265 23,2 1.351 15,8 1.236 14,3 40.510 21,7 3º ciclo (9º ano) 37.573 43,5 28.445 46,9 9.294 41,0 3.675 42,9 4.223 48,7 83.210 44,5 Ensino Secundário 15.089 17,5 10.775 17,8 4.906 21,6 2.110 24,6 1.928 22,3 34.808 18,6 Bacharelato e Licenciatura 3.292 3,8 2.119 3,5 857 3,8 535 6,2 355 4,1 7.158 3,8 Mestrado 3 0,0 - - - - - - - - 3 0,0

Total 86.428 100,0 60.696 100,0 22.690 100,0 8563 100,0 8.663 100,0 187.040 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.47. Número de formandos, por Região e Situação face ao emprego

Habilitações

2.3 8.2.3 9.2.3 Total Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Empregados por conta de outrem - Externos 52.176 60,4 42.903 70,7 17.468 77,0 6.608 77,2 5.909 68,2 125.064 66,9 Empregados por conta de outrem - Internos 6.462 7,5 5.158 8,5 783 3,5 456 5,3 997 11,5 13.856 7,4 Empregados por conta própria 5.488 6,3 3.239 5,3 800 3,5 323 3,8 206 2,4 10.056 5,4 Desempregados à procura de novo emprego - DLD 5.725 6,6 2.957 4,9 636 2,8 116 1,4 544 6,3 9.978 5,3 Desempregados à procura de novo emprego - Não DLD 15.148 17,5 5.425 8,9 2.759 12,2 984 11,5 889 10,3 25.205 13,5 Desempregados à procura do 1º emprego 1.095 1,3 696 1,1 177 0,8 59 0,7 85 1,0 2.112 1,1 Inactivos - em acções de educação ou formação 118 0,1 208 0,3 23 0,1 4 0,0 13 0,2 366 0,2 Inactivos - Outros 216 0,2 110 0,2 44 0,2 13 0,2 20 0,2 403 0,2

Total 86.428 100,0 60.696 100,0 22.690 100,0 8.563 100,0 8.663 100,0 187.040 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.48. Origem dos Formandos abrangidos, por Região

2.3 8.2.3 9.2.3 Total Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % CNO 16.715 19,3 10.392 17,1 2.546 11,2 870 10,2 525 6,1 31.048 16,6

Outras 69.713 80,7 50.304 82,9 20.144 88,8 7.693 89,8 8.138 93,9 155.992 83,4 Total 86.428 100,0 60.696 100,0 22.690 100,0 8.563 100,0 8.663 100,0 187.040 100,0

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.84 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.49. Número de formandos, por Região e Área de formação

Área de formação 2.3 8.2.3 9.2.3 Total Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Ciências informáticas 20.527 23,8 10.137 16,7 4.574 20,2 958 11,2 434 5,0 36.630 19,6 Formação base 8.266 9,6 7.317 12,1 2.475 10,9 1.171 13,7 867 10,0 20.096 10,7 Hotelaria e restauração 4.728 5,5 3.826 6,3 2.275 10,0 1.780 20,8 3.310 38,2 15.919 8,5 Comércio 6.178 7,1 4.164 6,9 1.655 7,3 632 7,4 629 7,3 13.258 7,1 Trabalho social e orientação 4.310 5,0 4.571 7,5 1.561 6,9 105 1,2 629 7,3 11.176 6,0 Secretariado e trabalho administrativo 5.147 6,0 3.606 5,9 1.083 4,8 280 3,3 424 4,9 10.540 5,6

Produção agrícola e animal 6.246 7,2 2.108 3,5 491 2,2 - - 164 1,9 9.009 4,8 Electricidade e energia 2.401 2,8 3.765 6,2 1.054 4,6 224 2,6 99 1,1 7.543 4,0 Serviços de apoio a crianças e jovens 3.223 3,7 2.490 4,1 870 3,8 65 0,8 248 2,9 6.896 3,7

Enquadramento na organização/empresa 3.354 3,9 2.229 3,7 478 2,1 70 0,8 139 1,6 6.270 3,4

Metalurgia e metalomecânica 2.606 3,0 2.464 4,1 501 2,2 9 0,1 38 0,4 5.618 3,0 Segurança e higiene do trabalho 2.082 2,4 1.687 2,8 802 3,5 407 4,8 191 2,2 5.169 2,8 Construção civil e engenharia civil 2.597 3,0 1.265 2,1 479 2,1 172 2,0 107 1,2 4.620 2,5 Indústrias alimentares 1.510 1,7 1.442 2,4 399 1,8 288 3,4 457 5,3 4.096 2,2 Gestão e administração 1.852 2,1 1.213 2,0 202 0,9 58 0,7 71 0,8 3.396 1,8 Protecção de pessoas e bens 874 1,0 787 1,3 814 3,6 290 3,4 74 0,9 2.839 1,5 Contabilidade e fiscalidade 1.170 1,4 722 1,2 500 2,2 155 1,8 38 0,4 2.585 1,4 Pescas 618 0,7 984 1,6 0,0 833 9,7 - - 2.435 1,3 Turismo e lazer 780 0,9 591 1,0 433 1,9 235 2,7 289 3,3 2.328 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 1.271 1,5 740 1,2 69 0,3 21 0,2 - - 2.101 1,1

Cuidados de beleza 866 1,0 909 1,5 39 0,2 0,0 - - 1.814 1,0 Marketing e publicidade 588 0,7 660 1,1 319 1,4 67 0,8 164 1,9 1.798 1,0 Audio-visuais e produção dos media 745 0,9 784 1,3 12 0,1 155 1,8 45 0,5 1.741 0,9

Construção e reparação de veículos a motor 816 0,9 596 1,0 114 0,5 76 0,9 85 1,0 1.687 0,9

Silvicultura e caça 1.218 1,4 187 0,3 11 0,0 - - - - 1.416 0,8 Artesanato 655 0,8 366 0,6 310 1,4 - - 10 0,1 1.341 0,7 Materiais 662 0,8 274 0,5 140 0,6 246 2,9 - - 1.322 0,7 Electrónica e automação 577 0,7 214 0,4 161 0,7 14 0,2 107 1,2 1.073 0,6 Tecnologia dos processos químicos 11 0,0 94 0,2 545 2,4 - - - - 650 0,3

Saúde 39 0,0 359 0,6 16 0,1 110 1,3 - - 524 0,3 Floricultura e jardinagem 257 0,3 26 0,0 80 0,4 122 1,4 - - 485 0,3 Protecção do ambiente 55 0,1 55 0,1 189 0,8 10 0,1 - - 309 0,2 Finanças, banca e seguros 64 0,1 20 0,0 20 0,1 - - 24 0,3 128 0,1 Desporto 75 0,1 10 0,0 9 0,0 - - 0,0 94 0,1 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) 36 0,0 16 0,0 10 0,0 10 0,1 20 0,2 92 0,0

Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 14 0,0 18 - - - - - - - 32 0,0

Indústrias extractivas 10 0,0 - - - - - - - - 10 0,0 Total 86.428 100,0 60.696 100,0 22.690 100,0 8.563 100,0 8.663 100,0 187.040 100,0

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.85 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.50. Número de projectos, por Região e área de formação

Área de Formação Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa Total N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 559 15,4 352 13,6 31 8,2 183 18,1 48 14,1 1.173 14,7 Comércio 295 8,1 223 8,6 46 12,1 75 7,4 31 9,1 670 8,4 Formação base 267 7,3 210 8,1 22 5,8 65 6,4 41 12,0 605 7,6 Trabalho social e orientação 235 6,5 230 8,9 27 7,1 86 8,5 5 1,5 583 7,3 Hotelaria e restauração 181 5,0 142 5,5 84 22,1 109 10,8 66 19,4 582 7,3 Secretariado e trabalho administrativo 251 6,9 187 7,2 26 6,8 66 6,5 11 3,2 541 6,8

Produção agrícola e animal 340 9,4 119 4,6 12 3,2 35 3,5 0 0,0 506 6,4 Serviços de apoio a crianças e jovens 188 5,2 129 5,0 17 4,5 43 4,3 4 1,2 381 4,8

Electricidade e energia 115 3,2 117 4,5 8 2,1 38 3,8 11 3,2 289 3,6 Metalurgia e metalomecânica 124 3,4 131 5,1 3 0,8 25 2,5 1 0,3 284 3,6

Segurança e higiene do trabalho 117 3,2 82 3,2 10 2,6 37 3,7 24 7,0 270 3,4

Construção civil e engenharia civil 121 3,3 66 2,6 5 1,3 18 1,8 8 2,3 218 2,7

Enquadramento na organização/empresa 94 2,6 69 2,7 12 3,2 24 2,4 4 1,2 203 2,6

Indústrias alimentares 60 1,7 67 2,6 18 4,7 21 2,1 15 4,4 181 2,3 Contabilidade e fiscalidade 83 2,3 43 1,7 4 1,1 37 3,7 11 3,2 178 2,2 Gestão e administração 77 2,1 76 2,9 6 1,6 14 1,4 4 1,2 177 2,2 Protecção de pessoas e bens 44 1,2 29 1,1 4 1,1 21 2,1 10 2,9 108 1,4

Marketing e publicidade 35 1,0 40 1,5 10 2,6 15 1,5 6 1,8 106 1,3 Silvicultura e caça 80 2,2 12 0,5 0 0,0 1 0,1 0 0,0 93 1,2 Cuidados de beleza 37 1,0 20 0,8 0 0,0 3 0,3 0 0,0 87 1,1 Turismo e lazer 35 1,0 28 1,1 13 3,4 14 1,4 5 1,5 86 1,1 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 54 1,5 36 1,4 0 0,0 3 0,3 1 0,3 85 1,1

Audio-visuais e produção dos media 39 1,1 45 1,7 3 0,8 1 0,1 6 1,8 85 1,1

Materiais (indústrias da madeira, cortiça, papel, plástico, vidro e outros)

44 1,2 23 0,9 0 0,0 13 1,3 2 0,6 83 1,0

Construção e reparação de veículos a motor 40 1,1 23 0,9 6 1,6 8 0,8 6 1,8 82 1,0

Electrónica e automação 39 1,1 9 0,3 10 2,6 10 1,0 1 0,3 69 0,9 Artesanato 33 0,9 21 0,8 1 0,3 12 1,2 0 0,0 67 0,8 Pescas 6 0,2 26 1,0 0 0,0 0 0,0 5 1,5 37 0,5 Floricultura e jardinagem 19 0,5 3 0,1 0 0,0 5 0,5 9 2,6 36 0,5 Saúde-programas não classificados noutra área de formação

3 0,1 14 0,5 0 0,0 1 0,1 4 1,2 22 0,3

Protecção do ambiente 4 0,1 5 0,2 0 0,0 11 1,1 1 0,3 21 0,3 Tecnologia dos processos químicos 1 0,03 5 0,2 0 0,0 14 1,4 0 0,0 20 0,3

Desporto 5 0,1 2 0,1 0 0,0 1 0,1 0 0,0 8 0,1 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) 3 0,1 1 0,0 1 0,3 1 0,1 1 0,3 7 0,1

Finanças, banca e seguros 4 0,1 1 0,0 1 0,3 1 0,1 0 0,0 7 0,1 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 1 0,03 1 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2 0,0

Indústrias extractivas 1 0,03 - - 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0,0 Total 3.634 100,0 2.587 100,0 380 100,0 1.011 100,0 341 100,0 7.953 100,0

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.86 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.51. Volume de Formação, por Região e área de formação

Área de Formação Norte Centro Alentejo Algarve Lisboa Total N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 755.877 26,5 383.302 18,3 15.238 6,3 171.023 21,7 31.942 11,2 1.357.381 21,7 Formação base 263.684 9,2 281.258 13,5 21.366 8,8 89.783 11,4 43.669 15,3 699.760 11,2 Comércio 217.602 7,6 138.788 6,6 15.752 6,5 56.026 7,1 23.312 8,1 451.479 7,2 Hotelaria e restauração 127.652 4,5 103.520 5,0 94.280 38,7 64.089 8,1 54.676 19,1 444.216 7,1 Trabalho social e orientação 134.448 4,7 165.184 7,9 19.050 7,8 53.205 6,7 3.479 1,2 375.366 6,0 Secretariado e trabalho administrativo 139.033 4,9 105.458 5,0 9.925 4,1 33.911 4,3 7.338 2,6 295.664 4,7

Produção agrícola e animal 187.127 6,5 61.637 2,9 3.420 1,4 13.742 1,7 0 0,0 265.926 4,2 Serviços de apoio a crianças e jovens 112.994 4,0 94.018 4,5 5.880 2,4 31.634 4,0 2.548 0,9 247.073 3,9

Enquadramento na organização/empresa 124.207 4,3 82.738 4,0 2.847 1,2 18.272 2,3 2.838 1,0 230.902 3,7

Electricidade e energia 67.649 2,4 106.045 5,1 1.524 0,6 32.501 4,1 6.296 2,2 214.014 3,4 Metalurgia e metalomecânica 85.001 3,0 87.227 4,2 1.286 0,5 16.886 2,1 27 0,01 190.427 3,0

Segurança e higiene do trabalho 60.264 2,1 51.599 2,5 5.545 2,3 29.252 3,7 14.565 5,1 161.224 2,6

Construção civil e engenharia civil 85.571 3,0 44.781 2,1 3.374 1,4 21.566 2,7 5.267 1,8 160.559 2,6

Protecção de pessoas e bens 34.588 1,2 34.113 1,6 3.071 1,3 39.112 5,0 14.223 5,0 125.106 2,0 Indústrias alimentares 45.218 1,6 35.065 1,7 16.659 6,8 11.387 1,4 8.810 3,1 117.139 1,9 Gestão e administração 61.237 2,1 37.965 1,8 1.200 0,5 5.495 0,7 1.658 0,6 107.555 1,7 Turismo e lazer 31.494 1,1 25.545 1,2 9.789 4,0 16.335 2,1 10.326 3,6 93.489 1,5 Contabilidade e fiscalidade 39.121 1,4 26.225 1,3 1.142 0,5 17.098 2,2 5.105 1,8 88.691 1,4 Pescas 21.993 0,8 34.734 1,7 0 0,0 0 0,0 27.116 9,5 83.843 1,3 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 43.764 1,5 28.697 1,4 0 0,0 2.928 0,4 1.011 0,4 76.399 1,2

Cuidados de beleza 25.750 0,9 35.883 1,7 0 0,0 1.338 0,2 0 0,0 62.971 1,0 Construção e reparação de veículos a motor 28.038 1,0 22.735 1,1 2.288 0,9 4.269 0,5 3.792 1,3 61.122 1,0

Artesanato 27.651 1,0 15.501 0,7 214 0,1 14.640 1,9 0 0,0 58.006 0,9 Audio-visuais e produção dos media 20.302 0,7 28.522 1,4 964 0,4 300 0,04 3.865 1,4 53.952 0,9

Marketing e publicidade 15.868 0,6 17.098 0,8 4.080 1,7 9.551 1,2 1.850 0,6 48.446 0,8 Silvicultura e caça 41.683 1,5 4.656 0,2 0 0,0 275 0,03 0 0,0 46.614 0,7 Electrónica e automação 22.880 0,8 7.905 0,4 3.744 1,5 7.060 0,9 144 0,1 41.733 0,7 Materiais (indústrias da madeira, cortiça, papel, plástico, vidro e outros)

19.771 0,7 9.776 0,5 0 0,0 3.573 0,5 5.841 2,0 38.961 0,6

Tecnologia dos processos químicos 266 0,01 3.507 0,2 0 0,0 14.122 1,8 0 0,0 17.895 0,3

Saúde-programas não classificados noutra área de formação

1.103 0,04 13.794 0,7 0 0,0 288 0,04 2.537 0,9 17.722 0,3

Floricultura e jardinagem 8.405 0,3 280 0,0 0 0,0 1.620 0,2 3.070 1,1 13.375 0,2 Protecção do ambiente 1.485 0,1 1.135 0,1 0 0,0 7.095 0,9 320 0,1 10.035 0,2 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) 1.227 0,0 723 0,0 500 0,2 30 0,004 500 0,2 2.980 0,0

Finanças, banca e seguros 1.346 0,05 540 0,0 476 0,2 40 0,01 0 0,0 2.402 0,0 Desporto 2.115 0,1 233 0,0 0 0,0 9 0,001 0 0,0 2.357 0,0 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 700 0,02 432 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1.132 0,0

Indústrias extractivas 50 0,002 - - 0 0,0 0 0,0 0 0,0 50 0,0 Total 2.857.158 100,0 2.090.613 100,0 243.611 100,0 788.453 100,0 286.125 100,0 6.265.959100,0

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.87 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.52. Número de Formandos, por tipo de entidade e Área de formação

Área de Formação Empregadora Formadora Outros Operadores Total

N % N % N % N % Ciências informáticas 470 5,7 31.155 21,1 5.005 16,2 36.630 19,6 Formação base 139 1,7 18.706 12,6 1.251 4,0 20.096 10,7 Hotelaria e restauração 755 9,2 13.304 9,0 1.860 6,0 15.919 8,5 Comércio 915 11,2 9.308 6,3 3.035 9,8 13.258 7,1 Trabalho social e orientação 1.791 21,9 6.591 4,5 2.794 9,0 11.176 6,0 Secretariado e trabalho administrativo 515 6,3 8.194 5,5 1.831 5,9 10.540 5,6 Produção agrícola e animal 25 0,3 2.951 2,0 6.033 19,5 9.009 4,8 Electricidade e energia 46 0,6 6.990 4,7 507 1,6 7.543 4,0 Serviços de apoio a crianças e jovens 675 8,2 4.855 3,3 1.366 4,4 6.896 3,7 Enquadramento na organização/empresa 681 8,3 5.169 3,5 420 1,4 6.270 3,4 Metalurgia e metalomecânica 493 6,0 4.997 3,4 128 0,4 5.618 3,0 Segurança e higiene do trabalho 147 1,8 4.252 2,9 770 2,5 5.169 2,8 Construção civil e engenharia civil 379 4,6 3.198 2,2 1.043 3,4 4.620 2,5 Indústrias alimentares 198 2,4 3.305 2,2 593 1,9 4.096 2,2 Gestão e administração 176 2,2 2.889 2,0 331 1,1 3.396 1,8 Protecção de pessoas e bens 101 1,2 2.430 1,6 308 1,0 2.839 1,5 Contabilidade e fiscalidade 6 0,1 2.302 1,6 277 0,9 2.585 1,4 Pescas - - 2.435 1,6 - - 2.435 1,3 Turismo e lazer 8 0,1 2.172 1,5 148 0,5 2.328 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 118 1,4 1.898 1,3 85 0,3 2.101 1,1 Cuidados de beleza - - 1.556 1,1 258 0,8 1.814 1,0 Marketing e publicidade 89 1,1 1.503 1,0 206 0,7 1.798 1,0 Audio-visuais e produção dos media - - 1.617 1,1 124 0,4 1.741 0,9 Construção e reparação de veículos a motor 204 2,5 1.198 0,8 285 0,9 1.687 0,9 Silvicultura e caça - - 263 0,2 1.153 3,7 1.416 0,8 Artesanato 20 0,2 1.171 0,8 150 0,5 1.341 0,7 Materiais (indústrias da madeira, cortiça, papel, plástico, vidro e outros) 185 2,3 1.074 0,7 63 0,2 1.322 0,7

Electrónica e automação - - 675 0,5 398 1,3 1.073 0,6 Tecnologia dos processos químicos - - 527 0,4 123 0,4 650 0,3 Saúde-programas não classificados noutra área de formação 32 0,4 402 0,3 90 0,3 524 0,3

Floricultura e jardinagem 14 0,2 333 0,2 138 0,4 485 0,3 Protecção do ambiente - - 293 0,2 16 0,1 309 0,2 Finanças, banca e seguros - - 75 0,1 53 0,2 128 0,1 Desporto - - 75 0,1 19 0,1 94 0,1 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) - - 82 0,1 10 0,0 92 0,0 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - 14 0,0 18 0,1 32 0,0 Indústrias extractivas - - 10 0,0 - - 10 0,0 Total 8.182 100,0 147.969 100,0 30.889 100,0 187.040 100,0

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.88 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.53. Volume de Formação, por tipo de entidade e Área de Formação

Área de Formação Empregadora Formadora Outros Operadores Total

N % N % N % N % Ciências informáticas 12.915 6,4 1.169.363 23,0 175.104 18,1 1.357.381 21,7 Formação base 2.841 1,4 664.051 13,0 32.868 3,4 699.760 11,2 Comércio 20.347 10,0 325.781 6,4 105.352 10,9 451.479 7,2 Hotelaria e restauração 16.265 8,0 384.612 7,5 43.339 4,5 444.216 7,1 Trabalho social e orientação 52.519 25,9 231.477 4,5 91.370 9,4 375.366 6,0 Secretariado e trabalho administrativo 12.849 6,3 233.568 4,6 49.247 5,1 295.664 4,7 Produção agrícola e animal 625 0,3 91.144 1,8 174.157 18,0 265.926 4,2 Serviços de apoio a crianças e jovens 19.767 9,7 183.171 3,6 44.136 4,6 247.073 3,9 Enquadramento na organização/empresa 14.325 7,1 200.262 3,9 16.315 1,7 230.902 3,7

Electricidade e energia 1.131 0,6 196.580 3,9 16.304 1,7 214.014 3,4 Metalurgia e metalomecânica 11.179 5,5 176.007 3,5 3.241 0,3 190.427 3,0 Segurança e higiene do trabalho 3.489 1,7 137.181 2,7 20.554 2,1 161.224 2,6 Construção civil e engenharia civil 10.114 5,0 109.488 2,1 40.957 4,2 160.559 2,6 Protecção de pessoas e bens 1.850 0,9 112.917 2,2 10.339 1,1 125.106 2,0 Indústrias alimentares 3.611 1,8 99.053 1,9 14.475 1,5 117.139 1,9 Gestão e administração 3.865 1,9 93.313 1,8 10.377 1,1 107.555 1,7 Turismo e lazer 400 0,2 87.824 1,7 5.265 0,5 93.489 1,5 Contabilidade e fiscalidade 132 0,1 80.315 1,6 8.244 0,9 88.691 1,4 Pescas - - 83.843 1,6 0,0 83.843 1,3 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro 2.494 1,2 72.715 1,4 1.190 0,1 76.399 1,2

Cuidados de beleza 0,0 56.101 1,1 6.870 0,7 62.971 1,0 Construção e reparação de veículos a motor 4.255 2,1 44.194 0,9 12.673 1,3 61.122 1,0

Artesanato 1.000 0,5 50.744 1,0 6.262 0,6 58.006 0,9 Audio-visuais e produção dos media - - 49.767 1,0 4.185 0,4 53.952 0,9 Marketing e publicidade 1.542 0,8 41.123 0,8 5.782 0,6 48.446 0,8 Silvicultura e caça - - 8.729 0,2 37.885 3,9 46.614 0,7 Electrónica e automação - - 24.683 0,5 17.050 1,8 41.733 0,7 Materiais (indústrias da madeira, cortiça, papel, plástico, vidro e outros) 3.629 1,8 34.326 0,7 1.006 0,1 38.961 0,6

Tecnologia dos processos químicos - - 13.085 0,3 4.810 0,5 17.895 0,3 Saúde-programas não classificados noutra área de formação 1.600 0,8 13.601 0,3 2.521 0,3 17.722 0,3

Floricultura e jardinagem 14 0,0 9.448 0,2 3.913 0,4 13.375 0,2 Protecção do ambiente - - 9.795 0,2 240 0,0 10.035 0,2 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) - - 2.672 0,1 308 0,0 2.980 0,0

Finanças, banca e seguros - - 1.406 0,0 996 0,1 2.402 0,0 Desporto - - 2.115 0,0 242 0,0 2.357 0,0 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - 700 0,0 432 0,0 1.132 0,0

Indústrias extractivas - - 50 0,0 - - 50 0,0 Total 202.756 100,0 5.095.198 100,0 968.005 100,0 6.265.959 100,0

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.89 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.54. Número de projectos, por tipo de entidade e área de formação

Área de Formação Empregadora Formadora Outros Operadores Total

N % N % N % N % Ciências informáticas 32 5,9 872 15,5 269 15,0 1.173 14,7 Comércio 61 11,3 440 7,8 169 9,5 670 8,4 Formação base 10 1,9 530 9,4 65 3,6 605 7,6 Trabalho social e orientação 120 22,3 291 5,2 172 9,6 583 7,3 Hotelaria e restauração 49 9,1 438 7,8 95 5,3 582 7,3 Secretariado e trabalho administrativo 27 5,0 411 7,3 103 5,8 541 6,8 Produção agrícola e animal 2 0,4 168 3,0 336 18,8 506 6,4 Serviços de apoio a crianças e jovens 63 11,7 225 4,0 93 5,2 381 4,8 Electricidade e energia 4 0,7 251 4,5 34 1,9 289 3,6 Metalurgia e metalomecânica 34 6,3 242 4,3 8 0,4 284 3,6 Segurança e higiene do trabalho 11 2,0 202 3,6 57 3,2 270 3,4 Construção civil e engenharia civil 15 2,8 147 2,6 56 3,1 218 2,7 Enquadramento na organização/empresa 30 5,6 144 2,6 29 1,6 203 2,6 Indústrias alimentares 13 2,4 131 2,3 37 2,1 181 2,3 Contabilidade e fiscalidade 1 0,2 155 2,8 22 1,2 178 2,2 Gestão e administração 10 1,9 147 2,6 20 1,1 177 2,2 Protecção de pessoas e bens 7 1,3 84 1,5 17 1,0 108 1,4 Marketing e publicidade 9 1,7 86 1,5 11 0,6 106 1,3 Silvicultura e caça - - 19 0,3 74 4,1 93 1,2 Cuidados de beleza 1 0,2 75 1,3 11 0,6 87 1,1 Turismo e lazer 10 1,9 71 1,3 5 0,3 86 1,1 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro - - 77 1,4 8 0,4 85 1,1 Audio-visuais e produção dos media - - 77 1,4 8 0,4 85 1,1 Materiais (indústrias da madeira, cortiça, papel, plástico, vidro e outros) 9 1,7 58 1,0 16 0,9 83 1,0

Construção e reparação de veículos a motor 17 3,2 60 1,1 5 0,3 82 1,0 Electrónica e automação 0,0 47 0,8 22 1,2 69 0,9 Artesanato 1 0,2 53 0,9 13 0,7 67 0,8 Pescas 0,0 37 0,7 - - 37 0,5 Floricultura e jardinagem 1 0,2 25 0,4 10 0,6 36 0,5 Saúde-programas não classificados noutra área de formação 2 0,4 14 0,2 6 0,3 22 0,3

Protecção do ambiente - - 20 0,4 1 0,1 21 0,3 Tecnologia dos processos químicos - - 12 0,2 8 0,4 20 0,3 Desporto - - 5 0,1 3 0,2 8 0,1 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) - - 6 0,1 1 0,1 7 0,1 Finanças, banca e seguros - - 4 0,1 3 0,2 7 0,1 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - 1 0,0 1 0,1 2 0,0 Indústrias extractivas - - 1 0,0 - - 1 0,0

Total 539 100,0 5.626 100,0 1.788 100,0 7.953 100,0

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.90 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.55. Número de Formandos, por CAE (ver. 2.1.) e Área de formação

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 15 4,7 64 2,9 0 0,0 196 10,1 0 0,0 10 24,4 2.769 18,4 216 2,0 25.181 23,1 739 11,1 7.440 18,7 36.630 19,6

Formação base - - 84 3,8 17 4,5 - - - - - - 663 4,4 244 2,2 16.344 15,0 1.018 15,2 1.726 4,3 20.096 10,7

Hotelaria e restauração - - 104 4,7 - - 12 0,6 510 87,6 - - 586 3,9 7.951 71,9 3.916 3,6 422 6,3 2.418 6,1 15.919 8,5

Comércio 14 4,4 350 15,7 7 1,9 233 12,1 24 4,1 10 24,4 1.707 11,3 20 0,2 5.922 5,4 67 1,0 4.904 12,4 13.258 7,1 Trabalho social e orientação - - - - - - 12 0,6 - - - - 633 4,2 666 6,0 4.499 4,1 2.648 39,6 2.718 6,8 11.176 6,0

Secretariado e trabalho administrativo - - 55 2,5 8 2,1 44 2,3 - - - - 1.480 9,8 278 2,5 5.751 5,3 242 3,6 2.682 6,8 10.540 5,6

Produção agrícola e animal 287 90,8 30 1,3 - - 1.200 62,1 - - - - 498 3,3 - - 1.345 1,2 - - 5.649 14,2 9.009 4,8

Electricidade e energia - - 8 0,4 38 10,2 37 1,9 - - - - 246 1,6 - - 6.606 6,1 - - 608 1,5 7.543 4,0 Serviços de apoio a crianças e jovens - - - - - - - - - - - - 416 2,8 - - 3.991 3,7 1.077 16,1 1.412 3,6 6.896 3,7

Enquadramento na organização/empresa - - 294 13,2 12 3,2 4 0,2 - - - - 681 4,5 65 0,6 4.589 4,2 49 0,7 576 1,5 6.270 3,4

Metalurgia e metalomecânica - - 468 21,0 0,0 0,0 - - - - 385 2,6 - - 4.628 4,2 - - 137 0,3 5.618 3,0

Segurança e higiene do trabalho - - 56 2,5 24 6,4 57 2,9 18 3,1 - - 1.177 7,8 12 0,1 2.794 2,6 77 1,2 954 2,4 5.169 2,8

Construção civil e engenharia civil - - 23 1,0 218 58,3 - - - - - - 511 3,4 - - 2.894 2,7 - - 974 2,5 4.620 2,5

Indústrias alimentares - - 166 7,5 - - 84 4,3 0,0 - - 433 2,9 701 6,3 1.822 1,7 25 0,4 865 2,2 4.096 2,2

Gestão e administração - - 45 2,0 - - - - - - - - 494 3,3 - - 1.805 1,7 - - 1.052 2,7 3.396 1,8 Protecção de pessoas e bens - - 74 3,3 - - - - - - 13 31,7 75 0,5 9 0,1 2.128 2,0 39 0,6 501 1,3 2.839 1,5

Contabilidade e fiscalidade - - - - - - - - - - - - 557 3,7 - - 1.390 1,3 - - 638 1,6 2.585 1,4

Pescas - - - - - - - - - - - - 0,0 - - 2.435 2,2 - - - - 2.435 1,3

Turismo e lazer - - - - - - - - - - - - 220 1,5 597 5,4 1.100 1,0 130 1,9 281 0,7 2.328 1,2 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro - - 56 2,5 0,0 0,0 8 1,4 0,0 206 1,4 21 0,2 1.639 1,5 88 1,3 83 0,2 2.101 1,1

Cuidados de beleza - - - - - - - - - - - - 219 1,5 0,0 1.556 1,4 - - 39 0,1 1.814 1,0

Marketing e publicidade - - 14 0,6 - - 7 0,4 - - - - 559 3,7 22 0,2 843 0,8 - - 353 0,9 1.798 1,0 Audio-visuais e produção dos media - - 36 1,6 - - - - - - - - 63 0,4 - - 1.546 1,4 - - 96 0,2 1.741 0,9

Construção e reparação de veículos a motor - - 109 4,9 20 5,3 47 2,4 8 1,4 8 19,5 86 0,6 - - 1.022 0,9 13 0,2 374 0,9 1.687 0,9

Silvicultura e caça - - - - - - - - - - - - 21 0,1 - - 44 0,0 - - 1.351 3,4 1.416 0,8

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.91 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Artesanato - - 20 0,9 - - - - - - - - - - - - 765 0,7 - - 556 1,4 1.341 0,7

Materiais - - 170 7,6 30 8,0 - - - - - - 22 0,1 246 2,2 790 0,7 - - 64 0,2 1.322 0,7

Electrónica e automação - - - - - - - - - - - - 30 0,2 - - 529 0,5 - - 514 1,3 1.073 0,6 Tecnologia dos processos químicos - - - - - - - - - - - - - - - - 535 0,5 - - 115 0,3 650 0,3

Saúde - - - - - - - - - - - - 100 0,7 - - 273 0,3 35 0,5 116 0,3 524 0,3

Floricultura e jardinagem - - - - - - - - 14 2,4 - - 94 0,6 7 0,1 64 0,1 - - 306 0,8 485 0,3

Protecção do ambiente - - - - - - - - - - - - 33 0,2 - - 210 0,2 - - 66 0,2 309 0,2

Finanças, banca e seguros - - - - - - - - - - - - 14 0,1 - - 32 0,0 - - 82 0,2 128 0,1

Desporto - - - - - - - - - - - - 75 0,5 - - - - - - 19 0,0 94 0,1 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) - - - - - - - - - - - - 36 0,2 - - 40 0,0 - - 16 0,0 92 0,0

Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - - - - - - - - - - - - - - - 14 0,0 18 0,3 - - 32 0,0

Indústrias extractivas - - - - - - - - - - - - - - - - 10 0,0 - - - - 10 0,0

Total 316 100,0 2.226 100,0 374 100,0 1.933 100,0 582 100,0 41 100,0 15.089 100,0 11.055 100,0 109.052 100,0 6.687 100,0 39.685 100,0 187.040 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

Tabela 5.56. Volume de formação, por CAE (ver. 2.1.) e Área de formação

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 750 7,5 1.699 3,8 - - 6.841 13,2 - - 20 3,9 96.377 21,3 4.206 1,3 960.105 24,8 21.740 11,4 265.644 20,6 1.357.381 21,7

Formação base - - 1.447 3,3 255 1,9 0,0 - - - - 18.884 4,2 5.728 1,8 592.679 15,3 25.985 13,6 54.782 4,3 699.760 11,2

Comércio 56 0,6 7.662 17,3 350 2,6 5.068 9,8 768 5,8 250 49,1 51.658 11,4 428 0,1 214.387 5,5 1.860 1,0 168.993 13,1 451.479 7,2

Hotelaria e restauração - - 1.028 2,3 - - 72 0,1 11.176 84,9 - - 15.166 3,4 232.532 71,1 113.643 2,9 11.127 5,8 59.474 4,6 444.216 7,1

Trabalho social e orientação - - - - - - 600 1,2 - - - - 23.321 5,2 15.753 4,8 170.735 4,4 75.614 39,5 89.344 6,9 375.366 6,0 Secretariado e trabalho administrativo - - 1.262 2,8 20 0,2 779 1,5 - - - - 41.046 9,1 7.480 2,3 163.867 4,2 5.946 3,1 75.265 5,8 295.664 4,7

Produção agrícola e animal 9.206 91,9 750 1,7 - - 34.154 65,9 - - - - 14.717 3,3 - - 42.369 1,1 0,0 164.730 12,8 265.926 4,2 Serviços de apoio a crianças e jovens - - - - - - - - - - - - 13.553 3,0 - - 152.849 3,9 32.611 17,0 48.062 3,7 247.073 3,9

Enquadramento na organização/empresa - - 4.680 10,5 600 4,5 130 0,3 - - - - 16.382 3,6 1.387 0,4 187.002 4,8 1.457 0,8 19.264 1,5 230.902 3,7

Electricidade e energia - - 200 0,5 931 7,0 831 1,6 - - - - 6.502 1,4 - - 186.624 4,8 - - 18.927 1,5 214.014 3,4 Metalurgia e metalomecânica - - 10.597 23,9 0,0 0,0 - - - - 9.571 2,1 - - 166.322 4,3 - - 3.937 0,3 190.427 3,0

Segurança e higiene do trabalho - - 953 2,1 1.200 9,0 1.085 2,1 753 5,7 - - 36.263 8,0 72 0,0 91.229 2,4 1.655 0,9 28.015 2,2 161.224 2,6

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.92 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Construção civil e engenharia civil - - 547 1,2 8.699 65,4 - - - - - - 12.616 2,8 - - 99.343 2,6 - - 39.354 3,1 160.559 2,6

Protecção de pessoas e bens - - 1.675 3,8 - - - - - - 39 7,7 2.240 0,5 302 0,1 99.611 2,6 909 0,5 20.330 1,6 125.106 2,0

Indústrias alimentares - - 3.021 6,8 - - 1.890 3,6 - - - - 9.807 2,2 27.562 8,4 52.751 1,4 790 0,4 21.318 1,7 117.139 1,9

Gestão e administração - - 744 1,7 - - - - - - - - 12.603 2,8 0,0 61.181 1,6 - - 33.027 2,6 107.555 1,7

Turismo e lazer - - - - - - - - - - - - 8.236 1,8 24.257 7,4 44.037 1,1 5.687 3,0 11.272 0,9 93.489 1,5

Contabilidade e fiscalidade - - - - - - - - - - - - 19.645 4,3 - - 46.961 1,2 - - 22.086 1,7 88.691 1,4

Pescas - - - - - - - - - - - - 0,0 - - 83.843 2,2 - - 0,0 83.843 1,3 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro - - 660 1,5 - - - - 256 1,9 - - 6.965 1,5 1.011 0,3 62.039 1,6 4.074 2,1 1.394 0,1 76.399 1,2

Cuidados de beleza - - 0,0 - - - - - - - - 5.413 1,2 - - 56.101 1,4 - - 1.457 0,1 62.971 1,0 Construção e reparação de veículos a motor - - 2.413 5,4 500 3,8 359 0,7 200 1,5 200 39,3 2.399 0,5 - - 39.431 1,0 325 0,2 15.295 1,2 61.122 1,0

Artesanato - - 1.000 2,3 - - - - - - - - - - - - 32.549 0,8 - - 24.457 1,9 58.006 0,9 Audio-visuais e produção dos media - - 420 0,9 - - - - - - - - 1.638 0,4 0,0 48.388 1,2 - - 3.507 0,3 53.952 0,9

Marketing e publicidade - - 350 0,8 - - 28 0,1 - - - - 15.743 3,5 483 0,1 21.798 0,6 - - 10.044 0,8 48.446 0,8

Silvicultura e caça - - - - - - - - - - - - 325 0,1 - - 1.654 0,0 - - 44.635 3,5 46.614 0,7

Electrónica e automação - - - - - - - - - - - - 541 0,1 - - 19.778 0,5 - - 21.414 1,7 41.733 0,7

Materiais - - 3.256 7,3 748 5,6 - - - - - - 556 0,1 5.841 1,8 27.689 0,7 - - 871 0,1 38.961 0,6 Tecnologia dos processos químicos - - - - - - - - - - - - - - - - 13.272 0,3 - - 4.623 0,4 17.895 0,3

Saúde - - - - - - - - - - - - 3.400 0,8 - - 8.751 0,2 1.130 0,6 4.441 0,3 17.722 0,3

Floricultura e jardinagem - - - - - - - - 14 - - - 1.971 0,4 178 0,1 2.032 0,1 - - 9.180 0,7 13.375 0,2

Protecção do ambiente - - - - - - - - - - - - 807 0,2 - - 8.016 0,2 - - 1.212 0,1 10.035 0,2 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) - - - - - - - - - - - - 949 0,2 - - 1.308 0,0 - - 723 0,1 2.980 0,0

Finanças, banca e seguros - - - - - - - - - - - - 344 0,1 - - 955 0,0 - - 1.103 0,1 2.402 0,0

Desporto - - - - - - - - - - - - 2.115 0,5 - - - - - - 242 0,0 2.357 0,0 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - - - - - - - - - - - - - - - 700 0,0 432 0,2 - - 1.132 0,0

Indústrias extractivas - - - - - - - - - - - - - - - - 50 0,0 0,0 - - 50 0,0

Total 10.012 100,0 44.364 100,0 13.303 100,0 51.837 100,0 13.166 100,0 509 100,0 451.750 100,0 327.218 100,0 3.874.043 100,0 191.340 100,0 1.288.418 100,0 6.265.959 100,0

Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.93 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Tabela 5.57. Número de Projectos, por CAE (ver. 2.1.) e Área de formação

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Ciências informáticas 1 3,7 4 3,0 0 0,0 15 10,5 - - 1 25,0 164 18,4 12 4,4 586 15,4 37 8,5 353 16,2 1.173 14,7 Comércio 1 3,7 18 13,5 1 3,8 20 14,0 1 2,3 1 25,0 104 11,7 2 0,7 240 6,3 5 1,1 277 12,7 670 8,4 Formação base - - 5 3,8 1 3,8 0,0 - - - - 37 4,2 7 2,5 425 11,2 37 8,5 93 4,3 605 7,6 Trabalho social e orientação - - - - - - 1 0,7 - - - - 37 4,2 6 2,2 182 4,8 199 45,6 158 7,2 583 7,3 Hotelaria e restauração - - 3 2,3 - - 1 0,7 38 88,4 - - 25 2,8 189 68,7 181 4,8 27 6,2 118 5,4 582 7,3 Secretariado e trabalho administrativo - - 5 3,8 1 3,8 3 2,1 - - - - 94 10,6 12 4,4 270 7,1 16 3,7 140 6,4 541 6,8 Produção agrícola e animal 25 92,6 2 1,5 0,0 83 58,0 - - - - 33 3,7 - - 71 1,9 - - 292 13,4 506 6,4 Serviços de apoio a crianças e jovens - - - - - - - - - - - - 26 2,9 - - 170 4,5 91 20,9 94 4,3 381 4,8 Electricidade e energia - - 1 0,8 3 11,5 4 2,8 - - - - 15 1,7 - - 223 5,9 - - 43 2,0 289 3,6 Metalurgia e metalomecânica - - 32 24,1 - - - - - - - - 11 1,2 - - 231 6,1 - - 10 0,5 284 3,6 Segurança e higiene do trabalho - - 5 3,8 1 3,8 4 2,8 1 2,3 - - 64 7,2 1 0,4 128 3,4 6 1,4 60 2,8 270 3,4 Construção civil e engenharia civil - - 1 0,8 16 61,5 0,0 - - - - 21 2,4 - - 130 3,4 - - 50 2,3 218 2,7 Enquadramento na organização/empresa - - 9 6,8 1 3,8 1 0,7 - - - - 47 5,3 5 1,8 94 2,5 4 0,9 42 1,9 203 2,6 Indústrias alimentares - - 9 6,8 0,0 7 4,9 - - - - 26 2,9 17 6,2 80 2,1 3 0,7 39 1,8 181 2,3 Contabilidade e fiscalidade - - - - - - - - - - - - 38 4,3 - - 94 2,5 - - 46 2,1 178 2,2 Gestão e administração - - 3 2,3 - - - - - - - - 35 3,9 - - 75 2,0 - - 64 2,9 177 2,2 Protecção de pessoas e bens - - 5 3,8 - - - - - - 1 25,0 5 0,6 1 0,4 68 1,8 3 0,7 25 1,1 108 1,4 Marketing e publicidade - - 2 1,5 0,0 1 0,7 - - - - 35 3,9 2 0,7 48 1,3 - - 18 0,8 106 1,3 Silvicultura e caça - - - - - - - - - - - - 2 0,2 0,0 4 0,1 - - 87 4,0 93 1,2 Turismo e lazer - - - - - - - - - - - - 15 1,7 17 6,2 34 0,9 3 0,7 18 0,8 87 1,1 Indústrias do têxtil, vestuário calçado e couro - - 6 4,5 0,0 0,0 1 2,3 - - 11 1,2 1 0,4 61 1,6 1 0,2 5 0,2 86 1,1 Audio-visuais e produção dos media - - 3 2,3 0,0 0,0 0,0 - - 5 0,6 - - 71 1,9 0,0 6 0,3 85 1,1 Cuidados de beleza - - 0,0 0,0 0,0 0,0 - - 5 0,6 - - 77 2,0 0,0 3 0,1 85 1,1 Construção e reparação de veículos a motor - - 2 1,5 1 3,8 3 2,1 1 2,3 1 25,0 5 0,6 - - 46 1,2 1 0,2 23 1,1 83 1,0 Materiais - - 17 12,8 1 3,8 - - - - - - 3 0,3 2 0,7 54 1,4 - - 5 0,2 82 1,0

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.94 ANEXO 5. Análise das Dinâmicas de Desempenho

Área de Formação A D F G H I K L M N O Total N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N % N %

Electrónica e automação - - - - - - - - - - - - 3 0,3 - - 33 0,9 - - 33 1,5 69 0,9 Artesanato - - 1 0,8 0,0 - - - - - - - - - - 38 1,0 - - 28 1,3 67 0,8 Pescas - - - - - - - - - - - - - - - - 37 1,0 - - - - 37 0,5 Floricultura e jardinagem - - - - - - - - - - - - 6 0,7 1 0,4 5 0,1 - - 23 1,1 36 0,5 Saúde - - - - - - - - - - - - 6 0,7 - - 7 0,2 2 0,5 7 0,3 22 0,3 Protecção do ambiente - - - - - - - - - - - - 2 0,2 - - 13 0,3 - - 6 0,3 21 0,3 Tecnologia dos processos químicos - - - - - - - - - - - - - - - - 13 0,3 - - 7 0,3 20 0,3 Desporto - - - - - - - - - - - - 5 0,6 - - 0,0 - - 3 0,1 8 0,1 Biblioteconomia, arquivo e documentação (BAD) - - - - - - - - - - - - 3 0,3 - - 3 0,1 - - 1 0,0 7 0,1 Finanças, banca e seguros - - - - - - - - - - - - 1 0,1 - - 2 0,1 - - 4 0,2 7 0,1 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica - - - - - - - - - - - - - - - - 1 0,0 1 0,2 0,0 2 0,0 Indústrias extractivas - - - - - - - - - - - - - - - - 1 0,0 0,0 0,0 1 0,0

Total 27 100,0 133 100,0 26 100,0 143 100,0 43 100,0 4 100,0 889 100,0 275 100,0 3.796 100,0 436 100,0 2.181 100,0 7.953 100,0 Fonte: Dados de execução do SIIFSE, 31 de Dezembro de 2008 (actualizada em Dezembro de 2010).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.95 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

das FMC

AANNEEXXOO 66.. IINNQQUUÉÉRRIITTOO ÀÀSS EENNTTIIDDAADDEESS BBEENNEEFFIICCIIÁÁRRIIAASS DDAASS FFMMCC

6A. INQUÉRITO

INQUÉRITO ELECTRÓNICO A ENTIDADES BENEFICIÁRIAS O presente Inquérito tem por destinatários os promotores de candidaturas aprovadas, entre Janeiro de 2007 e Dezembro de 2008, às Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da operacionalização do QREN, com vista à realização do Estudo de Avaliação da Operacionalização das Tipologias de Intervenção 2.3, 8.2.3 e 9.2.3.

O Gabinete Oliveira das Neves - Consultoria, Estudos e Projectos, foi incumbido de realizar esta Avaliação pelo Gabinete de Gestão do POPH

O Inquérito visa proporcionar à Equipa de Avaliação uma maior proximidade de conhecimento às candidaturas aprovadas, garantindo-se a confidencialidade no tratamento da informação recolhida, a qual será apresentada de forma agregada em consequência dos apuramentos estatísticos, sem qualquer identificação da entidade inquirida.

Para esclarecimentos e dúvidas relativas ao preenchimento, por favor contactar: A/C xxxxxxxxxx ([email protected]) Tel: +351 2xxxxxxxx Rua xxxxxxxxxxxxxx, xx xxxx-xxx LISBOA

Q1. - Qual a localização da sede e a abrangência territorial de intervenção da Entidade?

Q2. - Qual o papel da Entidade na execução da Candidatura à FMC? (pode responder a mais do que uma opção)

Entidade Promotora e executora da formação .............................................................................................. Entidade Promotora com recurso a entidade externa para a execução da formação ......................... Outro(s). Quais?_________________________________________________________________________________

Q3. - Qual a relação da Entidade com o (s) CNO?

Entidade possui um CNO associado ................................................................................................................... Entidade possui protocolo (s) com CNO ........................................................................................................... Não possui qualquer tipo de relação com CNO .............................................................................................. Outro(s) ....................................................................................................................................................................

Q4. – Quantifique, nos intervalos indicados, a origem dos Formandos das FMC?

<25% 25 a 49% 50-74% >75% Encaminhamento dos CNO Encaminhamento de Centros de Emprego Trabalhadores internos à Entidade Beneficiária Indivíduos que procuram formação Empresas que procuram formação Outra situação. Qual?

Região da sede

Candidaturas FMC

apresentadas

Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.96 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

das FMC

Q5. Indique quais os objectivos que a entidade procurou alcançar com a promoção de acções no âmbito das FMC? (pode responder a mais do que uma opção)

Contribuir para responder à necessidade de criar percursos de formação flexíveis e ajustados às necessidades dos públicos-alvo

Utilizar as UFCD por não exigirem o afastamento por longos períodos de tempo do posto de trabalho

Contribuir para responder aos desajustamento entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças na organização do trabalho das empresas (novos processos de trabalho,…)

Contribuir para responder aos desajustamento entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças do mercado, (problemas económicos locais/regionais motivados por encerramento de empresas,…)

Contribuir para a conclusão de processos de RVCC Promover processos de aprendizagem ao longo da vida que conduzem à obtenção de habilitações formais

Responder às necessidades de qualificação escolar e profissional através da aquisição de uma certificação profissional (Certificação total)

Contribuir para colmatar necessidades de formação específicas dos activos empregados (certificações parciais)

Melhorar a capacidade empresarial em domínios competitivos (novos produtos/serviços, novos processos, novos métodos de produção, ….)

Melhorar a adaptabilidade da empresa à reestruturação económica em curso Contribuir para preencher requisitos do Código do Trabalho em matéria de formação profissional (número mínimo de trinta e cinco horas de formação contínua)

Responder a solicitações de empresas/ agentes da sociedade civil (IPSS, Associações de Desenvolvimento Local…)/ outras entidades locais

Outras. Quais? _______________________________________________________________

Q6. – Quantifique, nos intervalos indicados, os objectivos dos Formandos das FMC?

<25% 25 a 49% 50-74% >75% Completar percursos formativos (Certificação total) Adquirir certificações parciais Concluir processos de RVCC Adquirir competências em áreas específicas ao longo da vida

Actualizar ou aprofundar competências específicas na sua área de trabalho

Orientação da entidade patronal Outras. Quais? ______________________________________

Q7. – Avalie na escala de 1 (=nada) a 4 (=muito), a clareza e a utilidade dos seguintes instrumentos de apoio à elaboração da(s) candidatura(s):

Clareza Adequabilidade

1 Nada

2 Pouco

3 Sufic

4 Muito

1 Nada

2 Pouco

3 Sufic.

4 Muito

Regulamento Específico Aviso de Concurso Manuais e documentos de apoio técnico ao

utilizador

Formulários de candidatura on-line Legislação relevante para a Tipologia

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.97 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

das FMC

Q8. – Avalie na escala de 1 (=nada) a 4 (=muito), a transparência e a adequabilidade (à entidade beneficiária) dos instrumentos e procedimentos associados à decisão sobre as candidaturas:

Clareza Adequabilidade

1 Nada

2 Pouco

3 Sufic

4 Muito

1 Nada

2 Pouco

3 Sufic

4 Muito

Objectivos definidos para a Tipologia Critérios de elegibilidade Critérios de selecção definidos Grelhas de critérios de análise Processo de submissão da candidatura no SIIFSE Meios e suportes de divulgação, informação e

publicidade da tipologia junto dos públicos-alvo

Modelo de divulgação da apresentação de candidaturas

Procedimentos e prazos para apresentação de candidaturas

Regras de financiamento Dispositivos de acompanhamento e controlo das

acções

Q9. – Aponte os mecanismos utilizados pela entidade para fundamentar a oferta de FMC candidatada? (indique os três principais mecanismos)

Orientações estratégicas dos organismos de tutela para a Tipologia (Estruturas do POPH, ANQ, …) Estudos de Perfis Profissionais e/ou de levantamento de Necessidades de Formação Regionais ou

Sectoriais

Catálogo Nacional de Qualificações

Contacto directo da entidade com o mercado de trabalho ou com outras empresas/entidades

Satisfação de necessidades dos próprios funcionários da entidade beneficiária

Perfil da oferta existente noutras entidades formadoras Diagnóstico de necessidade de formação ao público-alvo/sector ou região sobre áreas/cursos de

interesse

Adequação à estrutura de Recursos Humanos e Físicos existente na Entidade formadora

Encaminhamento de formandos por via de processos RVCC/CNO

Encaminhamento de formandos de Centros de Emprego

Solicitações de empresas/agentes da sociedade civil (IPSS, ADL)/outras entidades locais (autarquias…)

Outras. Quais? _______________________________________________________________

Q10. – Qual o grau de adequação da oferta do Catálogo Nacional de Qualificações às necessidades identificadas pela entidade?

Nada adequado Pouco adequado Adequado Muito adequado Não sabe/Não se aplica

Q11. – Quantifique, nos intervalos indicados, o grau de correspondência entre os resultados alcançados e os resultados esperados e previstos na candidatura:

<50% 50-74% 75-100%

Nº de formandos abrangidos Volume de Formação ministrada

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.98 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

das FMC

Q12. – Indique se e como podem os seguintes factores processuais justificar eventuais desvios face aos resultados esperados (responda a todas as alíneas)

Avalie na escala de 1 (=nada) a 4 (=muito) 1

2

3

4

Não sabe/ /Não se aplica

Calendários de apresentação das candidaturas Prazos de análise e decisão sobre as candidaturas Processo administrativo da candidatura e de execução das

acções

Instrumentos de apoio à concepção das candidaturas Quadro normativo da tipologia (elegibilidade, critérios de

selecção…)

Processo financeiro e prazos dos reembolsos Sistema de acompanhamento e controlo de execução Exigência da metodologia de avaliação Sistema de certificação e validação dos resultados Outro. Qual? _____________________________________________

Q13. – Indique se e como podem os seguintes factores relacionados com a implementação do Projecto justificar eventuais desvios face aos resultados esperados (responda a todas as alíneas)

Avalie na escala de 1 (=nada) a 4 (=muito) 1

2

3

4

Não sabe/ /Não se aplica

Divulgação e sensibilização dos públicos-alvo Disponibilidade dos trabalhadores à formação profissional

contínua

Imagem da Tipologia junto dos beneficiários Imagem da Tipologia no mercado de trabalho Articulação entre as necessidades e o funcionamento do

Mercado de Trabalho e os objectivos da tipologia

Articulação entre as UFCD (níveis de qualificação, conteúdos de formação,…) e as necessidades do público-alvo

Oferta formativa disponível no CNQ (Catálogo Nacional de Qualificações)

Concorrência de outras tipologias semelhantes (Cursos EFA, …) Articulação do perfil dos beneficiários face aos objectivos

iniciais

Condições de recrutamento de formadores/consultores/técnicos

Concretização e mobilização das parcerias com outras entidades

Articulação com as estruturas dos CNO Crise económica e aumento do desemprego

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.99 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

das FMC

Q14. – Na sua opinião, qual o grau de contributo dos resultados das candidaturas aprovadas para: (responda a todas as alíneas)

1

Sem Contributo

2 Fraco

Contributo

3 Médio

Contributo

4 Forte

Contributo Elevação dos níveis de qualificação escolares dos beneficiários Elevação dos níveis de qualificação profissionais dos beneficiários Realização de percursos formativos integrados Aquisição, actualização ou aprofundamento de conhecimentos

específicos para o exercício de uma profissão

Aquisição de conhecimentos transversais, que podem ser aplicados em várias profissões

Desenvolvimento de competências pessoais e sociais (autonomia, responsabilidade, espírito de iniciativa, aprendizagem continuada, …)

Desenvolvimento de competências relacionais (trabalhar em equipa, coordenar pessoas, desenvolver comportamentos positivos,...)

Favorecimento das condições de empregabilidade dos beneficiários (aquisição de qualificações e competências valorizadas pelo mercado)

Aumentar as oportunidades de (re)inserção profissional dos beneficiários

Melhoria da situação profissional dos beneficiários empregados Melhoria do desempenho profissional e da produtividade das

entidades empregadoras

Estímulo ao prosseguimento de estudos dos beneficiários Estímulo à frequência de outras acções de formação profissional Promoção da igualdade de oportunidades no acesso à

qualificação profissional pelos adultos menos escolarizados e qualificados

Estímulo à procura de novas oportunidades de formação junto dos CNO

Envolvimento do tecido económico na qualificação da população adulta

Equilíbrio territorial da oferta de qualificação de adultos Relevância e confiança do tecido empresarial na FMC Outro. Qual? ________________________________________________

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.101 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

6B. QUADROS-SÍNTESE DE APURAMENTO DOS RESULTADOS DO INQUÉRITO ÀS ENTIDADES

BENEFICIÁRIAS

Apuramento Geral

Tabela 6.1. Perfil entidade Nº % Entidade Empregadora 106 19,2 Entidade Formadora 331 60,1 Outro Operador 114 20,7

Total 551 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, Gabinete Oliveira das Neves – Consultoria, Estudos e Projectos (GON), 2010.

Tabela 6.2. Localização territorial de intervenção das Entidades

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

Tabela 6.3. Abrangência de intervenção das Entidades

Nº % Norte 259 47,0 Centro 201 36,5 Lisboa e Vale do Tejo 70 12,7 Alentejo 104 18,9 Algarve 57 10,3

Total 691 125,4 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

Tabela 6.4. Papel da Entidade na execução da Candidatura à FMC

Nº % Entidade Promotora e executora da formação 360 65,3 Entidade Promotora com recurso a entidade externa para a execução da formação 193 35,0

Outro(s). 10 1,8 Total 563 102,1

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

Nº % Norte 248 45,0 Centro 148 26,9 Lisboa e Vale do Tejo 95 17,2 Alentejo 47 8,5 Algarve 13 2,4

Total 551 100,0

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.102 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.5. Papel da Entidade na execução da Candidatura à FMC - Outros Outros: Formadora Entidade executora da Associação Empresarial de Viana do Castelo Entidade Beneficiária Noutro projecto a decorrer em simultâneo assumiu a responsabilidade de entidade formadora. Entidade formadora Entidade Formadora Beneficiária Beneficiária Formadora contratada por entidades promotoras Entidade formadora para outras entidades Entidade Formadora de "Outros Operadores" TOMARFORMA A FormAjuda, para além de Entidade Promotora foi Entidade Formadora de FMC's junto de Empresas suas Clientes e IPSS's.

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.6. Qual a relação da Entidade com o (s) CNO?

Nº % Entidade possui um CNO associado 124 22,8 Entidade possui protocolo (s) com CNO 311 57,3 Não possui qualquer tipo de relação com CNO 95 17,5 Outro(s) 13 2,4

Total 543 100,0 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.7. Origem dos Formandos das FMC

<25% 25-49% 50-74% >75% Total Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Encaminhamento dos CNO 172 41,2 116 27,8 68 16,3 61 14,6 417 100,0 Encaminhamento de Centros de Emprego 253 86,6 29 9,9 7 2,4 3 1,0 292 100,0

Trabalhadores internos à Entidade Beneficiária 201 61,1 23 7,0 9 2,7 96 29,2 329 100,0

Indivíduos que procuram formação 95 21,9 89 20,5 124 28,6 126 29,0 434 100,0 Empresas que procuram formação 176 46,9 122 32,5 36 9,6 41 10,9 375 100,0 Outra situação 48 64,9 9 12,2 7 9,5 10 13,5 74 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.8. Origem dos Formandos das FMC - Outros Outros: Centros de Emprego, Juntas de Freguesia Recorre quando necessário ao CNO associado da Entidade Formadora Regibio Possui CNO`S protocolados por intermédio da Entidade Formadora KnowHow Consultores, Lda. Não sabemos o significado da sigla acima referida Parceria Protocolos estabelecidos entre a entidade formadora e CNO locais Em fase de formulação de protocolo Relação informal Entidade Formadora tem protocolo com CNO Parceria sem Protocolo Colaboração próxima e activa Relação não protocolada Existe uma ligação entre os CNO do concelho, não formalizada por protocolo, mas no âmbito da rede concelhia de educação e formação. Acordo com o CNO do Ministério da Educação Para além de um CNO em Matosinhos a FormAjuda tem desenvolvido diversos Protocolos com outros CNO de outras Regiões

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.103 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.9. Objectivos que as Entidades procuraram alcançar com a promoção de acções no âmbito das FMC

Nº % Contribuir para responder à necessidade de criar percursos de formação flexíveis e ajustados às necessidades dos públicos-alvo 413 75,0

Utilizar as UFCD por não exigirem o afastamento por longos períodos de tempo do posto de trabalho 147 26,7

Contribuir para responder aos desajustamento entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças na organização do trabalho das empresas (novos processos de trabalho,…) 345 62,6

Contribuir para responder aos desajustamento entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças do mercado, (problemas económicos locais/regionais motivados por encerramento de empresas, …)

281 51,0

Contribuir para a conclusão de processos de RVCC 306 55,5 Promover processos de aprendizagem ao longo da vida que conduzem à obtenção de habilitações formais 341 61,9

Responder às necessidades de qualificação escolar e profissional através da aquisição de uma certificação profissional (Certificação total) 163 29,6

Contribuir para colmatar necessidades de formação específicas dos activos empregados (certificações parciais) 422 76,6

Melhorar a capacidade empresarial em domínios competitivos (novos produtos/serviços, novos processos, novos métodos de produção, ….) 220 39,9

Melhorar a adaptabilidade da empresa à reestruturação económica em curso 129 23,4 Contribuir para preencher requisitos do Código do Trabalho em matéria de formação profissional (número mínimo de trinta e cinco horas de formação contínua) 243 44,1

Responder a solicitações de empresas/ agentes da sociedade civil (IPSS, Associações de Desenvolvimento Local…) / outras entidades locais 226 41,0

Outras. 12 2,2 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010 Tabela 6.10. Outros objectivos que as Entidades procuraram alcançar com a promoção de acções

no âmbito das FMC Necessidades dos/as adultos/as encaminhados/as por CNO? Associados Facilitar o emprego por parte dos públicos com empregos precários Cumprir exigências comunitárias em medidas agro-ambientais Requisitos legislação da área alimentar Solicitações de empresas no sector da Refrigeração e Climatização A pedido de associados. Encaminhamento ao abrigo do Decreto-lei 357/2007 Associados Responder às necessidades formativas identificadas pelos Sindicatos afectos à UGT: O FSI-Fórum dos Sindicatos Independentes tem como missão o desenvolvimento de actividades de formação para os sócios e familiares dos Sindicatos associados Colmatar necessidades de formação de adultos desempregados Aumentar a qualificação escolar e profissional dos associados do SNTSF Associados

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.104 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.11. Objectivos dos Formandos das FMC

<25% 25-49% 50-74% >75% Total Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Completar percursos formativos (Certificação total) 219 60,5 80 22,1 37 10,2 26 7,2 362 100,0

Adquirir certificações parciais 139 35,9 104 26,9 78 20,2 66 17,1 387 100,0 Concluir processos de RVCC 196 49,2 100 25,1 63 15,8 39 9,8 398 100,0 Adquirir competências em áreas específicas ao longo da vida 73 15,6 130 27,8 138 29,5 127 27,1 468 100,0

Actualizar ou aprofundar competências específicas na sua área de trabalho

77 15,4 120 24,0 137 27,5 165 33,1 499 100,0

Orientação da entidade patronal 183 52,6 75 21,6 44 12,6 46 13,2 348 100,0 Outras 13 52,0 5 20,0 1 4,0 6 24,0 25 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.12. Outros objectivos dos Formandos das FMC Mudar de profissão Sócios Competências TIC Emprego na área de formação Vontade de aprender par melhorar desempenho profissional e pessoal Promoção na aquisição de novas competências profissionais (públicos desempregados) Enquadramento legal com actividade Aumentar a possibilidade de integração no mercado de trabalho, por via da formação qualificante Formação empresa Melhoria do curriculum e introdução a novas áreas do conhecimento Inclusão social e auto-estima, verificou-se muito nos públicos desempregados oriundos de envolventes problemáticas e acompanhados por serviços de acção social Associados Obtenção de Certificações Profissionais Requalificação Profissional Formação para administrativos hospitalares Reforço da empregabilidade Terminar Ens. Sec. ao abrigo do DL357

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.13. Clareza dos instrumentos de apoio à elaboração da (s) candidatura (s) Nada Pouco Suficiente Muito Total Média Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Aviso de Concurso 2 0,4 26 5 300 57,7 192 36,9 520 100 3,31 Formulários de candidatura on-line 2 0,4 38 7,4 318 61,5 159 30,8 517 100 3,23 Regulamento Específico 1 0,2 32 6,1 363 69,7 125 24 521 100 3,17 Legislação relevante para a Tipologia 3 0,6 61 11,7 365 70,2 91 17,5 520 100 3,05 Manuais e documentos de apoio técnico ao utilizador 6 1,2 76 14,7 355 68,7 80 15,5 517 100 2,98 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.14. Clareza dos instrumentos de apoio à elaboração das candidaturas (Média) Entidade

Empregadora Entidade

Formadora Outro

Operador Média Média Média

Regulamento Específico 3,18 3,16 3,20 Aviso de Concurso 3,21 3,32 3,38 Manuais e documentos de apoio técnico ao utilizador 3,02 2,96 3,03 Formulários de candidatura on-line 3,25 3,21 3,26 Legislação relevante para a Tipologia 3,04 3,04 3,07

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.105 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.15. Adequabilidade dos instrumentos de apoio à elaboração da (s) candidatura (s) Nada Pouco Suficiente Muito Total Média Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Aviso de Concurso 1 0,2 32 6,3 315 61,8 162 31,8 510 100 3,25 Formulários de candidatura on-line 2 0,4 46 9 323 63,1 141 27,5 512 100 3,18 Regulamento Específico 0 0 32 6,2 369 71,9 112 21,8 513 100 3,16 Legislação relevante para a Tipologia 1 0,2 51 9,9 359 70 102 19,9 513 100 3,10 Manuais e documentos de apoio técnico ao utilizador 5 1 69 13,6 354 69,5 81 15,9 509 100 3,00

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.16. Transparência dos instrumentos e procedimentos associados à decisão sobre as candidaturas

Nada Pouco Suficiente Muito Total Média Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Processo de submissão da candidatura no SIIFSE 1 0,2 23 4,4 295 57,1 198 38,3 517 100 3,33 Modelo de divulgação da apresentação de candidaturas 5 1 37 7,1 342 65,9 135 26 519 100 3,17 Objectivos definidos para a Tipologia 2 0,4 36 6,9 359 68,9 124 23,8 521 100 3,16 Procedimentos e prazos para apresentação de candidaturas 6 1,2 47 9,1 336 64,7 130 25 519 100 3,14 Regras de financiamento 6 1,2 51 9,8 337 65,1 124 23,9 518 100 3,12 Meios e suportes de divulgação, informação e publicidade da tipologia junto dos públicos-alvo 9 1,7 64 12,4 326 63,2 117 22,7 516 100 3,07 Dispositivos de acompanhamento e controlo das acções 6 1,2 61 11,8 352 68,2 97 18,8 516 100 3,05 Critérios de elegibilidade 6 1,1 70 13,4 349 66,6 99 18,9 524 100 3,03 Critérios de selecção definidos 7 1,3 110 21,1 332 63,6 73 14 522 100 2,90 Grelhas de critérios de análise 13 2,5 115 22,2 314 60,7 75 14,5 517 100 2,87

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.17. Adequabilidade dos instrumentos e procedimentos associados à decisão sobre as candidaturas

Nada Pouco Suficiente Muito Total Média Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Processo de submissão da candidatura no SIIFSE 3 0,6 25 5 300 59,6 175 34,8 503 100 3,29 Objectivos definidos para a Tipologia 1 0,2 39 7,6 366 71,6 105 20,5 511 100 3,13 Modelo de divulgação da apresentação de candidaturas 4 0,8 43 8,4 353 69,4 109 21,4 509 100 3,11 Dispositivos de acompanhamento e controlo das acções 8 1,6 56 11 348 68,6 95 18,7 507 100 3,05 Meios e suportes de divulgação, informação e publicidade da tipologia junto dos públicos-alvo 8 1,6 63 12,4 337 66,5 99 19,5 507 100 3,04 Regras de financiamento 9 1,8 65 12,8 347 68,2 88 17,3 509 100 3,01 Critérios de elegibilidade 5 1 82 16 344 67,2 81 15,8 512 100 2,98 Procedimentos e prazos para apresentação de candidaturas 13 2,5 80 15,6 322 62,9 97 18,9 512 100 2,98 Critérios de selecção definidos 8 1,6 101 19,8 334 65,5 67 13,1 510 100 2,90 Grelhas de critérios de análise 14 2,8 115 22,7 311 61,5 66 13 506 100 2,85

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Page 288: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.106 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.18. Mecanismos utilizados pelas Entidades para fundamentar a oferta de FMC candidata Nº % Orientações estratégicas dos organismos de tutela para a Tipologia (Estruturas do POPH, ANQ, …) 138 25,0

Estudos de Perfis Profissionais e/ou de levantamento de Necessidades de Formação Regionais ou Sectoriais 185 33,6

Catálogo Nacional de Qualificações 129 23,4 Contacto directo da entidade com o mercado de trabalho ou com outras empresas/entidades 274 49,7

Satisfação de necessidades dos próprios funcionários da entidade beneficiária 97 17,6 Perfil da oferta existente noutras entidades formadoras 18 3,3 Diagnóstico de necessidade de formação ao público-alvo/sector ou região sobre áreas/cursos de interesse 315 57,2

Adequação à estrutura de Recursos Humanos e Físicos existente na Entidade formadora 42 7,6 Encaminhamento de formandos por via de processos RVCC/CNO 211 38,3 Encaminhamento de formandos de Centros de Emprego 14 2,5 Solicitações de empresas/agentes da sociedade civil (IPSS, ADL) /outras entidades locais (autarquias…) 102 18,5

Outras. 8 1,5 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.19. Outros mecanismos utilizados pelas Entidades para fundamentar a oferta de FMC candidata

Resposta às necessidades de formação dos/as adultos/as dos CNO?s Satisfação de Necessidades dos associados Segurança Social Contacto com empresas de todo o país (privadas/públicas/IPSS...) Necessidades identificadas pelo CNO Solicitação por parte dos formandos A procura directa e individual dos candidatos na entidade formadora Solicitações de empresas clientes no mercado da Refrigeração e Climatização Encaminhamento de formandos por via de Serviços de Apoio Social OBRIGATORIEDADE DE CERTIFICAR CONDUTORES/MANOBRADORES A pedido de associados. Caracterização locais Missão do FSI-Forum dos Sindicatos Independentes e dos próprios Sindicatos associados Satisfação de necessidades dos associados da entidade beneficiária

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.20. Grau de adequação da oferta do CNQ às necessidades identificadas pela entidade

Nada adequado

Pouco adequado Adequado Muito

adequado Ns/Nr Total Média Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Grau de adequação da oferta do CNQ às necessidades identificadas pela entidade

1 0,2 58 10,9 323 60,7 143 26,9 7 1,3 532 100,0 3,1

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.21. Grau de correspondência entre os resultados alcançados e os resultados esperados e previstos na candidatura

<50% 50-74% 75-100% Total Nº % Nº % Nº % Nº %

Nº de formandos abrangidos 29 5,4 96 18,0 408 76,5 533 100,0 Volume de Formação ministrada 30 5,6 97 18,2 405 76,1 532 100,0 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.107 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.22. Como podem os seguintes factores processuais justificar eventuais desvios face aos resultados esperados

Nada Pouco Algo Muito Ns/Nr Total Média Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Outro 3 5,1 4 6,8 10 16,9 9 15,3 33 55,9 59 100 4,1 Prazos de análise e decisão sobre as candidaturas 35 6,6 79 14,9 159 30 221 41,7 36 6,8 530 100 3,27

Processo financeiro e prazos dos reembolsos 71 13,5 98 18,6 153 29,1 168 31,9 36 6,8 526 100 3,00

Calendários de apresentação das candidaturas 88 16,7 106 20,1 187 35,4 85 16,1 62 11,7 528 100 2,86

Processo administrativo da candidatura e de execução das acções

69 13,2 141 27 190 36,4 81 15,5 41 7,9 522 100 2,78

Quadro normativo da tipologia (elegibilidade, critérios de selecção…)

93 17,7 135 25,8 180 34,4 76 14,5 40 7,6 524 100 2,69

Sistema de certificação e validação dos resultados 125 23,9 146 28 159 30,5 31 5,9 61 11,7 522 100 2,53

Instrumentos de apoio à concepção das candidaturas 120 23 155 29,7 161 30,8 31 5,9 55 10,5 522 100 2,51

Sistema de acompanhamento e controlo de execução 116 22,1 156 29,7 173 33 34 6,5 46 8,8 525 100 2,50

Exigência da metodologia de avaliação 143 27,4 166 31,8 137 26,2 29 5,6 47 9 522 100 2,37

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.23. Como podem os seguintes factores relacionados com a implementação do Projecto justificar eventuais desvios face aos resultados esperados

1 - Nada 2 - Pouco 3 - Algo 4 - Muito Ns/Nr Total Média Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Disponibilidade dos trabalhadores à formação profissional contínua 33 6,3 69 13,3 201 38,7 203 39 14 2,7 520 100 3,18

Articulação entre as UFCD (níveis de qualificação, conteúdos de formação, …) e as necessidades do público-alvo

59 11,3 93 17,9 176 33,8 170 32,7 22 4,2 520 100 3,01

Divulgação e sensibilização dos públicos-alvo 74 14,3 88 17 185 35,8 152 29,4 18 3,5 517 100 2,91

Articulação entre as necessidades e o funcionamento do Mercado de Trabalho e os objectivos da tipologia

67 13 107 20,7 183 35,4 130 25,1 30 5,8 517 100 2,90

Crise económica e aumento do desemprego 83 16,3 99 19,5 155 30,5 134 26,4 37 7,3 508 100 2,89

Oferta formativa disponível no CNQ (Catálogo Nacional de Qualificações)

85 16,4 116 22,4 181 35 106 20,5 29 5,6 517 100 2,76

Articulação do perfil dos beneficiários face aos objectivos iniciais 71 13,7 121 23,4 223 43,1 71 13,7 31 6 517 100 2,75

Articulação com as estruturas dos CNO 120 23,3 134 26 122 23,6 94 18,2 46 8,9 516 100 2,64

Imagem da Tipologia no mercado de trabalho 125 24,1 128 24,7 144 27,7 78 15 44 8,5 519 100 2,59

Concretização e mobilização das parcerias com outras entidades 125 24,4 127 24,8 149 29,1 70 13,7 41 8 512 100 2,56

Imagem da Tipologia junto dos beneficiários 131 25,4 121 23,4 155 30 69 13,4 40 7,8 516 100 2,55

Concorrência de outras tipologias semelhantes (Cursos EFA, …) 137 26,6 153 29,7 118 22,9 61 11,8 46 8,9 515 100 2,47

Condições de recrutamento de formadores/consultores/técnicos 141 27,3 139 26,9 144 27,9 58 11,2 35 6,8 517 100 2,43

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.108 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.24. Como podem os seguintes factores relacionados com a implementação do Projecto justificar eventuais desvios face aos resultados esperados

Outro: Comunicação da decisão mais tarde, começando a execução mais tardia no ano civil. Planeamento da execução do volume de formação O Projecto decorreu dentro da normalidade sem desvios significativos. Qualidade e acompanhamento das acções Horários de trabalho intensivos Apoio da entidade formadora Condições de admissão: habilitações literárias e condição face ao emprego. Pouca disponibilidade financeira por ser Centro de Formação Protocolar Não se verificaram desvios significativos Restrição dos níveis de qualificação dos formandos a escolaridade inferior ao 12º ano Gestão da procura em função dos timmings e disponibilidade Gestão da Procura de Formação por parte do público-alvo nos timmngs e disponibilidade pretendida Prazo de execução dos projectos Interligação com SIGO Assiduidade obrigatória Plano cumprido na integra

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.109 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

TabelaI.6.25. Grau do contributo dos resultados das candidaturas aprovadas para:

Sem contributo

Fraco contributo

Médio contributo

Forte contributo Total Média

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Elevação dos níveis de qualificação profissionais dos beneficiários 5 0,9 25 4,7 180 34 319 60,3 529 100 3,54

Aquisição, actualização ou aprofundamento de conhecimentos específicos para o exercício de uma profissão

2 0,4 33 6,2 192 36,2 303 57,2 530 100 3,50

Estímulo à frequência de outras acções de formação profissional 7 1,3 21 4 203 38,7 293 55,9 524 100 3,49

Aquisição de conhecimentos transversais, que podem ser aplicados em várias profissões

2 0,4 39 7,4 224 42,3 265 50 530 100 3,42

Desenvolvimento de competências pessoais e sociais (autonomia, responsabilidade, espírito de iniciativa, aprendizagem continuada, …)

2 0,4 52 9,8 226 42,8 248 47 528 100 3,36

Desenvolvimento de competências relacionais (trabalhar em equipa, coordenar pessoas, desenvolver comportamentos positivos, ...)

3 0,6 56 10,6 247 46,9 221 41,9 527 100 3,30

Melhoria do desempenho profissional e da produtividade das entidades empregadoras 4 0,8 47 8,9 287 54,5 189 35,9 527 100 3,25

Promoção da igualdade de oportunidades no acesso à qualificação profissional pelos adultos menos escolarizados e qualificados

18 3,4 72 13,7 229 43,6 206 39,2 525 100 3,19

Estímulo ao prosseguimento de estudos dos beneficiários 12 2,3 75 14,2 257 48,8 183 34,7 527 100 3,16

Estímulo à procura de novas oportunidades de formação junto dos CNO 20 3,8 77 14,6 231 43,8 199 37,8 527 100 3,16

Favorecimento das condições de empregabilidade dos beneficiários (aquisição de qualificações e competências valorizadas pelo mercado)

17 3,2 76 14,5 247 47 185 35,2 525 100 3,14

Elevação dos níveis de qualificação escolares dos beneficiários 26 4,9 80 15,1 237 44,8 186 35,2 529 100 3,10

Melhoria da situação profissional dos beneficiários empregados 14 2,7 107 20,3 263 50 142 27 526 100 3,01

Aumentar as oportunidades de (re) inserção profissional dos beneficiários 34 6,5 97 18,5 230 43,9 163 31,1 524 100 3,00

Realização de percursos formativos integrados 24 4,6 112 21,4 235 44,8 153 29,2 524 100 2,99

Equilíbrio territorial da oferta de qualificação de adultos 31 6 99 19,1 283 54,5 106 20,4 519 100 2,89

Relevância e confiança do tecido empresarial na FMC 32 6,1 117 22,4 256 49 117 22,4 522 100 2,88

Envolvimento do tecido económico na qualificação da população adulta 33 6,3 116 22 263 49,8 116 22 528 100 2,87

Outro 12 38,7 0 0 10 32,3 9 29 31 100 2,52 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.26. Grau do contributo dos resultados das candidaturas aprovadas para: Outro: Auto-estima auto- conceito Sensibilização das empresas para a promoção/sensibilização dos seus trabalhadores no acesso à formação Requisitos legais dos trabalhadores e empresas da área alimentar

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Relatório Final

A.110 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.27. Observações

Tipologias de Observações

Observações

Análise candidaturas

Excesso de zelo nos procedimentos administrativos, com pedidos de explicação e documentos, o que parece ser uma medida dilatória para adiar o pagamento. - Não cumprimento da legislação, no que se refere aos prazos de análise e pagamento dos reembolsos Verifica-se um grande atraso na análise das candidaturas e nos pedidos de reembolso, aspecto de penaliza muito as entidades. A entidade formadora considera muito relevante a oferta de FMC para a prossecução dos objectivos identificados no ponto 5. Contudo, pelo facto de sermos uma escola pública, o desfasamento verificado entre a apresentação de candidatura a esta tipologia, bem como o correspondente período de execução, e o calendário escolar provoca constrangimentos ao nível de afectação de recursos humanos e desistência de formandos. Consideramos que o último aspecto atrás focado merece ser objecto de análise por parte do POPH de modo a que a oferta de FMC por parte das escolas públicas seja consentânea com o ano lectivo permitindo, deste modo, um melhor funcionamento e a abrangência de um maior número de formandos minorando os desvios face aos resultados esperados. A maior dificuldade sentida pela entidade, foi não possuir aprovação das UFCD da componente formação base, de forma a colmatar as necessidades dos adultos que frequentam processo RVCC em CNO, que procuram na entidade esta tipologia de formação. Verifica-se um grande atraso na análise das candidaturas e na análise dos pedidos de reembolso, aspectos que penalizam gravemente as entidades. Necessidade de salvaguardar a correcta interpretação e avaliação dos critérios de análise evidenciados nas matrizes associadas a cada concurso, situação crítica nas candidaturas de 2009. As acções de formação ministradas e geridas pelo POPH (ou outros) deveriam ser mais flexíveis de uma maneira geral e, particularmente em relação ao nível de habilitações Vs níveis de formação/tipologias e em número de formandos, pois as empresas não são estáticas e o que se coloca em plano e se apresenta em candidatura pode não se verificar na realidade quando se realizam as formações. Este modelo rígido de formação e a sua obrigatoriedade definida por lei não resulta. Está ultrapassado.

Execução das FMC

Produzimos desde 1996, todos os recursos didácticos utilizados em função do conhecimento do público-alvo e identificação das suas condições de trabalho reais. Os formadores têm o mesmo perfil e habilitações, garantindo que cumprem de forma homogénea os planos de sessão. Os resultados foram durante 14 anos excelentes. O esforço e custo despendido com a qualidade dos recursos didácticos e com a homogeneidade dos formadores sempre foram penalizantes para a entidade formadora: - Parte dos recursos didácticos não era considerado elegível nos pedidos de reembolsos já que as acções de formação onde seriam utilizados ainda não se tinham iniciado... - No passado, em sede de controlo chegou a ser levantada a questão de a despesa em recursos didácticos (manuais) poder ser considerada imobilizado e não custo do exercício onde iria decorrer a formação, o que em termos de elegibilidade modificaria drasticamente a situação, já que apenas consideraria a amortização durante o tempo em que decorreriam as acções. - A Qualidade dos recursos obrigava também a que a qualidade de tudo o que era entregue aos formandos fosse bem diferente de fotocópias, etc. A FMC veio pelo menos, colocar alguma ordem ao nível dos conteúdos programáticos, já que existiam no passado situações "tecnicamente aberrantes" nos conteúdos da formação ministrada na nossa área.

Necessidades de Formação

Pensamos que seria importante uma avaliação de impacto a nível nacional e/ou regional da FMC para melhorar e aprofundar o diagnóstico de necessidades de formação a um nível mais macro.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.111 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tipologias de Observações

Observações

Necessidades de Formação

É determinante que seja implementado o RVCC PRO na área da Electricidade e Energia e, concretamente, no perfil de Técnico de Refrigeração e Climatização, e, consequentemente, que os Centros de Novas Oportunidades realizem processos de RVCC Profissional. Trata-se de uma área com imposições legais crescentes em termos de qualificação e certificação e a Certificação Energética de Edifícios impõe que cada vez mais profissionais com experiência em Manutenção da Refrigeração e Climatização detenham esta qualificação de Técnico de Refrigeração e Climatização nível III. Este é o principal motivo de desvios face aos resultados esperados

Problemas/dificuldades execução

FMC

Os muito reduzidos volumes de formação aprovados em determinadas entidades formadoras impede o alcance de objectivos mais desafiadores aos formandos que procuram através de planos de formação flexíveis a certificação completa, o que causa nestes algum descontentamento e tende a implicar menor envolvimento e compromisso com a formação a longo prazo. O Volume de Formação aprovado em nada corresponde às necessidades do público-alvo, existindo uma disparidade enorme ente o VF da candidatura e o VF aprovado, o que condiciona e de algum modo subverte a resposta aos diferentes itens do questionário.

Tivemos assim grande dificuldade em dar resposta positiva a estas solicitações, uma vez que ultrapassaram largamente os 10% elegíveis para este tipo de formandos. Foi sem dúvida a situação mais crítica encontrada, e que em nosso entender deveria ser revista na óptica da tão falada "igualdade de oportunidades".

Necessidade de materiais específicos de divulgação das FMC, para os adultos e para as empresas. - Dificuldades na extracção de dados no SIIFSE, ex: não é possível visualizar nem exportar a totalidade dos formandos abrangidos pelo projecto.

Resultados A formação revelou-se importante, no entanto os beneficiários não reflectem na prática profissional os conteúdos aprendidos durante a formação.

Tipologias Beneficiários

As UFCD deveriam ter uma maior abrangência (são procuradas por detentores do 12.º ano e licenciados que pretendem aumentar as suas qualificações em áreas diferentes da sua formação específica). De igual modo, se falamos em educação e formação ao longo da vida é pena que não exista uma tipologia que contemple os já aposentados que serviram o país em diferentes áreas e que podem ainda contribuir através de investimento na sua qualificação e transferência de saberes em articulação com a realidade empresarial, familiar, escolar. A grande lacuna da FMC é condicionar, restringir a frequência e acesso dos activos com habilitações ao nível do 12º ano já completo. Com efeito, estes são a grande expressão de procura da FMC, e são também os que menos respostas (quase inexistente) e soluções formativas encontram para os seus níveis de escolaridade. Este facto desincentiva-os no investimento da própria formação profissional e social, limita-lhes o acesso à aprendizagem contínua e veta-lhes o direito a melhores argumentos de empregabilidade, concedido aos destinatários com outras habilitações. O propósito da Igualdade de Oportunidades bandeira das FMC - lesa enfim aqueles que persistiram no seu percurso escolar até completar o 12ºano. Face às condições de emprego, considera-se relevante a necessidade de ajustar o perfil dos destinatários, com maior abrangência na percentagem de formandos elegíveis, aos detentores de habilitações de nível superior uma vez que se verifica forte procura numa perspectiva de requalificação profissional para (re) ingresso no mercado de trabalho. Deixa-se a recomendação de revisão das condições de acesso (designadamente habilitações escolares e categorias profissionais exercidas) e de frequência (número mínimo de formandos por grupo) para que a formação possa ir mais ao encontro das necessidades reais e das condições efectivas de realização.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.112 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tipologias de Observações

Observações

Tipologias Beneficiários

A missão dos TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E ENCAMINHAMENTO dos CNO é fundamental para a mobilização dos Adultos para as qualificações escolares e profissionais e orientada para percursos completos, seja por Processo RVCC ou por FMC. Neste sentido seria necessário reforçar a vantagem da passagem dos Adultos pelos CNO, pela fase de DIAGNÓSTICO, como estruturante para a mobilização e motivação para as qualificações. Este reforço de importância estratégica dos CNO só será possível com descriminação positiva, em que seja encaminhado por um CNO tem vantagens de formação a custo zero, ao contrário de outros candidatos não encaminhados por CNO. Os processos RVCC escolar e RVCC Profissional ganham dimensão se estiverem melhor articulados com as ofertas formativas, por forma à obtenção de uma qualificação completa de forma integrada entre Processo RVCC e Formação Modular Certificada. Neste sentido a inibição às simultaneidades de realização de Formação modular e Processo RVCC teriam que terminar. Os candidatos licenciados deveriam ter pelo menos parte da formação financiada. Pois existe cada vez mais procura de formação por este público, nas especialidades o que por si só é mobilizador para aqueles que são os menos qualificados. A entidade sentiu bastante dificuldade em dar resposta a um grande número de solicitações, de potenciais formandos. A procura de FMC, de nível III, por parte de formandos com habilitação superior ao 12º ano de escolaridade, foi bastante elevada. Estes formandos apresentavam necessidades bastante bem definidas, ao nível da formação específica, de modo a ajustarem e colmatarem as suas competências/qualificações com vista a uma melhor integração no mercado de trabalho. O CNQ possui uma oferta bastante limitada no que se refere a UFCD de nível 2. Isto é, os conteúdos que mais se adequam às necessidades profissionais dos participantes e do mercado de trabalho são maioritariamente de nível 3, mas no entanto a frequência destas UFCD exige habilitações (9º ano) que este público-alvo muitas vezes não tem. Da mesma forma a limitação à frequência de pessoas com formação superior faz com que nas empresas, por vezes, a formação não se dirija mais aos colaboradores que realmente demonstram a necessidades formativas correspondentes.

Vantagens FMC

Penso que estas Formações de Curta duração são mais eficazes e eficientes para a qualificação dos adultos do que os cursos EFA, para isso era necessária uma maior articulação entre os CNO e as entidades formadoras para cada formando ter a formação a medida das suas necessidades, todos que entrassem para curso modulares teriam de fazer um RVCC e depois fazer o nº de horas necessário para complementar a escolaridade, com isto o estado ganhava mais financiamento para outras formações, visto que os encargos como os cursos EFA são pesados e muito rígidos. As FMC são extremamente importantes para os activos que as frequentas a vários níveis, nomeadamente no que diz respeito ao aumento das qualificações profissionais e escolares, bem como da auto estima e interesse por novos temas. Para as entidades promotoras são muito importantes, pois permitem proporcionar todas as vantagens acima descritas aos seus formandos. Finalmente e numa perspectiva mais global, as FMC contribuem para a dinamização de um concelho interiorizado e de certa forma adormecido como o de Idanha-a-Nova, qualificando as suas populações e dando-lhes a oportunidade de fazer formação sem terem de deslocar territorialmente. As formações modulares vieram colmatar uma lacuna no campo da formação escolar e profissional, num modelo mais flexivo. No entanto, algumas das condições de acesso, nomeadamente o número de horas e a obrigatoriedade das horas de formação de base, se por um lado não descora da formação escolar (numa visão de dupla certificação) por outro inibe muitos adultos fazer e concluir a área profissional apenas em UFCD, As Formações Modulares têm tido enorme procura na nossa região e consideram-se uma mais-valia para a população em geral.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.113 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tipologias de Observações

Observações

Vantagens FMC

Estes projectos têm-se revelado de elevada importância para o meio envolvente (quer empresarial, quer educativo). Observamos uma maior sensibilização para a necessidade em formação profissional. As formações modulares são uma forma adequada e flexível de disponibilizar formação certificada de forma ajustada, equilibrada e equivalente entre as diversas entidades formadoras seguindo as mesmas regras e referenciais de formação, garantindo aos adultos em formação uma excelente oportunidade de aprendizagem e qualificação independentemente da entidade formadora a que recorram, desde que esta organize e desenvolva formação com qualidade. As FMC são uma mais valia na elevação de escolaridade dos formandos e também ajudam a cumprir a obrigatoriedade de formação das empresas aos seus colaboradores.

Outras

As eventuais especificidades nas respostas a este questionário podem resultar das UFCD específicas candidatadas, é do facto de a entidade ser uma escola pública. A Associação Florestal de Ribeira de Pena, no período referido no inquérito não realizou formação modular certificada. Nas questões 4 e 6, em alguns dos itens (por se julgar de preenchimento obrigatório para todos), quando se quantifica <25%, pretende-se dizer 0% ou de importância residual. O objectivo: dupla qualificação. Até hoje o processo está muito pouco claro quanto à sua concretização. Este inquérito corresponde à Escola EB2,3 PASSOS JOSÉ - GUIFÕES

As respostas reflectem os resultados da execução do último Plano de Formação concluído. Gostaria que os resultados deste inquérito viessem a ser divulgados

A entidade Winnerges desenvolveu com grande sucesso a FMC, uma vez que o plano era ambicioso.

Dado que a submissão é feita por uma empresa externa, não podemos preencher este campo. 8. Dado que o projecto foi gerido por uma entidade externa, não devemos preencher este campo. Este questionário tem muitas perguntas similares, redundantes e pouco claras, o que confundem bastante. Colaboradores das empresas associadas; 11 e 12 - Respondido em função do aprovado; Na resposta à pergunta 11 - foi considerado face à candidatura aprovada...caso a pergunta tenha a ver efectivamente com a candidatura apresentada ambas as respostas são inferiores a 25%. As respostas 12 e 13 foram efectuadas com base na nossa realidade, que sabemos ser bem diferente das outras entidades, razão pela qual os nossos resultados se situam acima dos 90% de execução face às aprovações.

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Apuramento por Perfil de Entidade

Tabela 6.28. Localização territorial de intervenção das Entidades

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Norte 58 54,7 137 41,4 53 46,5 Centro 27 25,5 92 27,8 29 25,4 LVT 13 12,3 61 18,4 21 18,4 Alentejo 6 5,7 30 9,1 11 9,6 Algarve 2 1,9 11 3,3 0 0,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, Gabinete Oliveira das Neves – Consultoria, Estudos e Projectos (GON), 2010.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.114 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.29. Abrangência de intervenção das Entidades

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Norte 43 40,6 161 48,6 55 48,2 Centro 25 23,6 137 41,4 39 34,2

LVT 7 6,6 52 15,7 11 9,6 Alentejo 8 7,5 75 22,7 21 18,4 Algarve 7 6,6 42 12,7 8 7,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.30. Papel da entidade na execução da candidatura à FMC

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Entidade Promotora e executora da formação 16 15,1 330 99,7 14 12,3 Entidade Promotora com recurso a entidade externa para a execução da formação 88 83,0 6 1,8 99 86,8

Outro(s) 4 3,8 5 1,5 1 0,9 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.31. Relação da Entidade com o(s) CNO(s)

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Entidade possui um CNO associado 6 5,9 108 32,7 10 8,9 Entidade possui protocolo (s) com CNO 36 35,6 201 60,9 74 66,1 Não possui qualquer tipo de relação com CNO 55 54,5 17 5,2 23 20,5 Outro (s) 4 4,0 4 1,2 5 4,5

Total 101 100,0 330 100,0 112 100,0 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.32. Origem dos formandos das FMC

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Encaminhamento dos CNO

<25% 19 79,2 114 36,4 39 48,8 25-49% 2 8,3 91 29,1 23 28,8 50-74% 2 8,3 57 18,2 9 11,3 >75% 1 4,2 51 16,3 9 11,3 Total 24 100,0 313 100,0 80 100,0

Encaminhamento de Centros de Emprego

<25% 18 100,0 181 85,8 54 85,7 25-49% - - 24 11,4 5 7,9 50-74% - - 6 2,8 1 1,6 >75% - - - - 3 4,8 Total 18 100,0 211 100,0 63 100,0

Trabalhadores internos à Entidade Beneficiária

<25% 6 6,1 150 90,9 45 68,2 25-49% 4 4,1 10 6,1 9 13,6 50-74% 1 1,0 3 1,8 5 7,6 >75% 87 88,8 2 1,2 7 10,6 Total 98 100,0 165 100,0 66 100,0

Indivíduos que procuram formação

<25% 16 61,5 59 19,1 20 20,2 25-49% 4 15,4 70 22,7 15 15,2 50-74% 1 3,8 90 29,1 33 33,3 >75% 5 19,2 90 29,1 31 31,3 Total 26 100,0 309 100,0 99 100,0

Empresas que procuram formação

<25% 16 72,7 134 50,0 26 30,6 25-49% 1 4,5 86 32,1 35 41,2 50-74% 1 4,5 29 10,8 6 7,1 >75% 4 18,2 19 7,1 18 21,2 Total 22 100,0 268 100,0 85 100,0

Outra situação. Qual?

<25% 5 55,6 25 69,4 18 62,1 25-49% 2 22,2 5 13,9 2 6,9 50-74% - - 2 5,6 5 17,2 >75% 2 22,2 4 11,1 4 13,8 Total 9 100,0 36 100,0 29 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.115 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.33. Objectivos que a entidade procurou alcançar com a promoção de acções no âmbito das FMC

Empregadora Formadora Outro Operador

Nº % Nº % Nº % Contribuir para responder à necessidade de criar percursos de formação flexíveis e ajustados às necessidades dos públicos-alvo 46 43,4 278 84,0 89 78,1

Utilizar as UFCD por não exigirem o afastamento por longos períodos de tempo do posto de trabalho 32 30,2 80 24,2 35 30,7

Contribuir para responder aos desajustamento entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças na organização do trabalho das empresas (novos processos de trabalho,…)

55 51,9 223 67,4 67 58,8

Contribuir para responder aos desajustamento entre a qualificação dos trabalhadores e as mudanças do mercado, (problemas económicos locais/regionais motivados por encerramento de empresas, …)

24 22,6 200 60,4 57 50,0

Contribuir para a conclusão de processos de RVCC 26 24,5 231 69,8 49 43,0 Promover processos de aprendizagem ao longo da vida que conduzem à obtenção de habilitações formais 52 49,1 229 69,2 60 52,6

Responder às necessidades de qualificação escolar e profissional através da aquisição de uma certificação profissional (Certificação total) 18 17,0 117 35,3 28 24,6

Contribuir para colmatar necessidades de formação específicas dos activos empregados (certificações parciais) 74 69,8 259 78,2 89 78,1

Melhorar a capacidade empresarial em domínios competitivos (novos produtos/serviços, novos processos, novos métodos de produção, ….) 55 51,9 122 36,9 43 37,7

Melhorar a adaptabilidade da empresa à reestruturação económica em curso 18 17,0 78 23,6 33 28,9

Contribuir para preencher requisitos do Código do Trabalho em matéria de formação profissional (número mínimo de trinta e cinco horas de formação contínua)

58 54,7 133 40,2 52 45,6

Responder a solicitações de empresas/ agentes da sociedade civil (IPSS, Associações de Desenvolvimento Local…) / outras entidades locais 9 8,5 169 51,1 48 42,1

Outras. Quais? 0 0,0 6 1,8 6 5,3 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.34. Objectivos dos formandos das FMC

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Completar percursos formativos (Certificação total)

<25% 27 61,4 154 61,4 38 56,7 25-49% 10 22,7 50 19,9 20 29,9 50-74% 6 13,6 27 10,8 4 6,0 >75% 1 2,3 20 8,0 5 7,5 Total 44 100,0 251 100,0 67 100,0

Adquirir certificações parciais

<25% 12 21,4 101 39,8 26 33,8 25-49% 15 26,8 64 25,2 25 32,5 50-74% 11 19,6 55 21,7 12 15,6 >75% 18 32,1 34 13,4 14 18,2 Total 56 100,0 254 100,0 77 100,0

Concluir processos de RVCC

<25% 29 59,2 123 45,6 44 55,7 25-49% 8 16,3 72 26,7 20 25,3 50-74% 5 10,2 48 17,8 10 12,7 >75% 7 14,3 27 10,0 5 6,3 Total 49 100,0 270 100,0 79 100,0

Adquirir competências em áreas específicas ao longo da vida

<25% 6 8,2 53 17,8 14 14,4 25-49% 13 17,8 86 28,9 31 32,0 50-74% 14 19,2 95 31,9 29 29,9 >75% 40 54,8 64 21,5 23 23,7 Total 73 100,0 298 100,0 97 100,0

Actualizar ou aprofundar competências específicas na sua área de trabalho

<25% 5 5,1 61 20,5 11 10,7 25-49% 11 11,2 81 27,2 28 27,2 50-74% 10 10,2 92 30,9 35 34,0 >75% 72 73,5 64 21,5 29 28,2 Total 98 100,0 298 100,0 103 100,0

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.116 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

2,90 3,00 3,10 3,20 3,30

Regulamento Específico

Aviso de abertura  de candidatura

Manuais e documentos de apoio técnico ao utilizador

Formulários de candidatura on‐line

Legislação relevante para a Tipologia

Entidade Empregadora Entidade Formadora Outro Operador

Tabela 6.34. Objectivos dos formandos das FMC (cont.)

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Orientação da entidade patronal

<25% 11 18,0 134 63,2 38 50,7 25-49% 5 8,2 50 23,6 20 26,7 50-74% 9 14,8 23 10,8 12 16,0 >75% 36 59,0 5 2,4 5 6,7 Total 61 100,0 212 100,0 75 100,0

Outras. Quais?

<25% 1 50,0 7 50,0 5 55,6 25-49% 0 0,0 4 28,6 1 11,1 50-74% 0 0,0 1 7,1 0 0,0 >75% 1 50,0 2 14,3 3 33,3 Total 2 100,0 14 100,0 9 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010 Tabela 6.35. Clareza dos instrumentos de apoio à elaboração da(s) candidatura(s)

Empregadora Formadora Outro Operador

Nº % Média Nº % Média Nº % Média

Regulamento Específico

Nada 0 0,0

3,18

1 0,3

3,16

0 0,0

3,20 Pouco 8 8,4 22 6,8 2 1,9 Suficiente 62 65,3 222 68,9 79 76,0 Muito 25 26,3 77 23,9 23 22,1 Total 95 100,0 322 100,0 104 100,0

Aviso de abertura de candidatura

Nada 2 2,1

3,21

0 0,0

3,32

0 0,0

3,38 Pouco 6 6,3 18 5,6 2 1,9 Suficiente 57 60,0 183 57,0 60 57,7 Muito 30 31,6 120 37,4 42 40,4 Total 95 100,0 321 100,0 104 100,0

Manuais e documentos de apoio técnico ao utilizador

Nada 0 0,0

3,02

4 1,3

2,96

2 1,9

3,03 Pouco 11 11,7 53 16,7 12 11,4 Suficiente 70 74,5 213 67,0 72 68,6 Muito 13 13,8 48 15,1 19 18,1 Total 94 100,0 318 100,0 105 100,0

Formulários de candidatura on-line

Nada 0 0,0

3,25

2 0,6

3,21

0 0,0

3,26 Pouco 5 5,4 28 8,7 5 4,9 Suficiente 59 64,1 193 59,9 66 64,1 Muito 28 30,4 99 30,7 32 31,1 Total 92 100,0 322 100,0 103 100,0

Legislação relevante para a Tipologia

Nada 1 1,1

3,04

2 0,6

3,04

0 0,0

3,07 Pouco 11 11,7 40 12,5 10 9,5 Suficiente 65 69,1 222 69,2 78 74,3 Muito 17 18,1 57 17,8 17 16,2 Total 94 100,0 321 100,0 105 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010. Gráfico 6.1. Clareza dos instrumentos de apoio à elaboração da(s) candidatura(s)

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.117 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.36. Adequabilidade dos instrumentos de apoio à elaboração da(s) candidatura(s)

Empregadora Formadora Outro Operador

Nº % Média Nº % Média Nº % Média

Regulamento Específico

Nada 0 0,0

3,19

0 0,0

3,15

0 0,0

3,14 Pouco 4 4,4 21 6,6 7 6,9 Suficiente 66 72,5 229 71,6 74 72,5 Muito 21 23,1 70 21,9 21 20,6 Total 91 100,0 320 100,0 102 100,0

Período de Candidatura

Nada 0 0,0

3,21

1 0,3

3,26

0 0,0

3,26 Pouco 5 5,4 21 6,7 6 5,8 Suficiente 63 68,5 188 59,7 64 62,1 Muito 24 26,1 105 33,3 33 32,0 Total 92 100,0 315 100,0 103 100,0

Manuais e documentos de apoio técnico ao utilizador

Nada 0 0,0

3,05

3 1,0

2,98

2 2,0

3,02 Pouco 8 8,7 48 15,2 13 12,7 Suficiente 71 77,2 215 68,3 68 66,7 Muito 13 14,1 49 15,6 19 18,6 Total 92 100,0 315 100,0 102 100,0

Formulários de candidatura on-line

Nada 1 1,1

3,20

1 0,3

3,17

0 0,0

3,19 Pouco 6 6,5 31 9,8 9 8,7 Suficiente 59 64,1 199 62,8 65 63,1 Muito 26 28,3 86 27,1 29 28,2 Total 92 100,0 317 100,0 103 100,0

Legislação relevante para a Tipologia

Nada 0 0,0

3,09

1 0,3

3,09

0 0,0

3,13 Pouco 7 7,7 35 11,0 9 8,7 Suficiente 69 75,8 217 68,2 73 70,2 Muito 15 16,5 65 20,4 22 21,2 Total 91 100,0 318 100,0 104 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Gráfico 6.2. Adequabilidade dos instrumentos de apoio à elaboração da(s) candidatura(s)

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

2,90 3,00 3,10 3,20 3,30

Regulamento Específico

Período de candidatura

Manuais e documentos de apoio técnico ao utilizador

Formulários de candidatura on‐line

Legislação relevante para a Tipologia

Entidade Empregadora Entidade Formadora Outro Operador

Page 300: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.118 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.37. Clareza dos instrumentos e procedimentos associados à decisão sobre as candidaturas

Empregadora Formadora Outro Operador

Nº % Média Nº % Média Nº % Média

Objectivos definidos para a Tipologia

Nada 0 0,0

3,14

2 0,6

3,18

0 0,0

3,13 Pouco 6 6,3 22 6,9 8 7,6 Suficiente 71 74,0 213 66,6 75 71,4 Muito 19 19,8 83 25,9 22 21,0 Total 96 100,0 320 100,0 105 100,0

Critérios de elegibilidade

Nada 0 0,0

3,05

6 1,9

3,01

0 0,0

3,10 Pouco 12 12,2 44 13,7 14 13,3 Suficiente 69 70,4 213 66,4 67 63,8 Muito 17 17,3 58 18,1 24 22,9 Total 98 100,0 321 100,0 105 100,0

Critérios de selecção definidos

Nada 0 0,0

3,04

6 1,9

2,86

1 1,0

2,89 Pouco 11 11,3 76 23,7 23 22,1 Suficiente 71 73,2 195 60,7 66 63,5 Muito 15 15,5 44 13,7 14 13,5 Total 97 100,0 321 100,0 104 100,0

Grelhas de critérios de análise

Nada 1 1,1

2,97

11 3,4

2,83

1 1,0

2,92 Pouco 13 13,8 81 25,4 21 20,2 Suficiente 68 72,3 179 56,1 67 64,4 Muito 12 12,8 48 15,0 15 14,4 Total 94 100,0 319 100,0 104 100,0

Processo de submissão da candidatura no SIIFSE

Nada 0 0,0

3,28

1 0,3

3,35

0 0,0

3,35 Pouco 5 5,3 16 5,0 2 1,9 Suficiente 58 61,7 173 54,2 64 61,5 Muito 31 33,0 129 40,4 38 36,5 Total 94 100,0 319 100,0 104 100,0

Meios e suportes de divulgação, informação e publicidade da tipologia junto dos públicos-alvo

Nada 0 0,0

3,06

9 2,8

3,04

0 0,0

3,14 Pouco 7 7,3 46 14,6 11 10,6 Suficiente 76 79,2 183 57,9 67 64,4 Muito 13 13,5 78 24,7 26 25,0 Total 96 100,0 316 100,0 104 100,0

Modelo de divulgação da apresentação de candidaturas

Nada 0 0,0

3,10

5 1,6

3,18

0 0,0

3,21 Pouco 10 10,6 21 6,6 6 5,7 Suficiente 65 69,1 206 64,4 71 67,6 Muito 19 20,2 88 27,5 28 26,7 Total 94 100,0 320 100,0 105 100,0

Procedimentos e prazos para apresentação de candidaturas

Nada 1 1,1

3,05

5 1,6

3,14

0 0,0

3,19 Pouco 11 11,6 27 8,5 9 8,6 Suficiente 65 68,4 204 63,9 67 63,8 Muito 18 18,9 83 26,0 29 27,6 Total 95 100,0 319 100,0 105 100,0

Regras de financiamento

Nada 0 0,0

3,12

5 1,6

3,09

1 1,0

3,21 Pouco 5 5,3 39 12,2 7 6,7 Suficiente 74 77,9 198 62,1 65 62,5 Muito 16 16,8 77 24,1 31 29,8 Total 95 100,0 319 100,0 104 100,0

Dispositivos de acompanhamento e controlo das acções

Nada 0 0,0

3,13

5 1,6

3,00

1 1,0

3,11 Pouco 3 3,2 47 14,9 11 10,5 Suficiente 77 81,1 207 65,5 68 64,8 Muito 15 15,8 57 18,0 25 23,8 Total 95 100,0 316 100,0 105 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, (GON), 2010

Page 301: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.119 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Gráfico 6.3. Clareza dos instrumentos e procedimentos associados à decisão sobre as candidaturas

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.38. Adequabilidade dos instrumentos e procedimentos associados à decisão sobre as

candidaturas

Empregadora Formadora Outro Operador

Nº % Média Nº % Média Nº % Média

Objectivos definidos para a Tipologia

Nada 0 0,0

3,12

1 0,3

3,13

0 0,0

3,11 Pouco 3 3,3 27 8,5 9 8,7 Suficiente 74 81,3 218 68,8 74 71,8 Muito 14 15,4 71 22,4 20 19,4 Total 91 100,0 317 100,0 103 100,0

Critérios de elegibilidade

Nada 0 0,0

3,07

4 1,3

2,94

1 1,0

3,01 Pouco 10 10,9 54 17,0 18 17,5 Suficiente 66 71,7 215 67,8 63 61,2 Muito 16 17,4 44 13,9 21 20,4 Total 92 100,0 317 100,0 103 100,0

Critérios de selecção definidos

Nada 2 2,2

3,00

6 1,9

2,86

2 2,2

2,94 Pouco 10 10,9 70 22,2 11 12,2 Suficiente 66 71,7 201 63,8 65 72,2 Muito 14 15,2 38 12,1 12 13,3 Total 92 100,0 315 100,0 90 100,0

Grelhas de critérios de análise

Nada 0 0,0

2,97

11 3,5

2,80

1 1,0

2,90 Pouco 21 20,4 80 25,6 24 23,3 Suficiente 67 65,0 184 58,8 62 60,2 Muito 15 14,6 38 12,1 16 15,5 Total 103 100,0 313 100,0 103 100,0

Processo de submissão da candidatura no SIIFSE

Nada 1 1,1

3,22

2 0,6

3,30

0 0,0

3,30 Pouco 4 4,5 18 5,7 3 3,0 Suficiente 58 65,2 179 56,8 63 63,6 Muito 26 29,2 116 36,8 33 33,3 Total 89 100,0 315 100,0 99 100,0

Meios e suportes de divulgação, informação e publicidade da tipologia junto dos públicos-alvo

Nada 0 0,0

3,05

8 2,5

3,03

0 0,0

3,07 Pouco 6 6,6 44 14,0 13 12,7 Suficiente 74 81,3 194 61,8 69 67,6 Muito 11 12,1 68 21,7 20 19,6 Total 91 100,0 314 100,0 102 100,0

(Continua)

2,50 2,60 2,70 2,80 2,90 3,00 3,10 3,20 3,30 3,40

Objectivos definidos para a Tipologia

Critérios de elegibilidade

Critérios de selecção definidos

Grelhas de critérios de análise

Processo de submissão da candidatura no SIIFSE

Meios e suportes de divulgação, informação e publicidade da tipologia junto dos públicos‐alvo

Modelo de divulgação da apresentação de candidaturas

Procedimentos e prazos para apresentação de candidaturas

Regras de financiamento

Dispositivos de acompanhamento e controlo das acções

Entidade Empregadora Entidade Formadora Outro Operador

Page 302: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.120 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.38. Adequabilidade dos instrumentos e procedimentos associados à decisão sobre as candidaturas

Empregadora Formadora Outro Operador

Nº % Média Nº % Média Nº % Média

Modelo de divulgação da apresentação de candidaturas

Nada 0 0,0

3,08

4 1,3

3,12

0 0,0

3,14 Pouco 9 10,2 29 9,1 5 4,9 Suficiente 63 71,6 211 66,4 79 76,7 Muito 16 18,2 74 23,3 19 18,4 Total 88 100,0 318 100,0 103 100,0

Procedimentos e prazos para apresentação de candidaturas

Nada 1 1,1

2,96

10 3,1

2,95

2 1,9

3,10 Pouco 14 15,6 53 16,7 13 12,5 Suficiente 63 70,0 197 61,9 62 59,6 Muito 12 13,3 58 18,2 27 26,0 Total 90 100,0 318 100,0 104 100,0

Regras de financiamento

Nada 2 2,2

3,03

6 1,9

2,97

1 1,0

3,11 Pouco 3 3,3 49 15,5 13 12,6 Suficiente 75 83,3 209 66,1 63 61,2 Muito 10 11,1 52 16,5 26 25,2 Total 90 100,0 316 100,0 103 100,0

Dispositivos de acompanhamento e controlo das acções

Nada 1 1,1

3,10

6 1,9

3,00

1 1,0

3,13 Pouco 3 3,3 45 14,3 8 7,8 Suficiente 72 80,0 205 65,3 71 68,9 Muito 14 15,6 58 18,5 23 22,3 Total 90 100,0 314 100,0 103 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

Gráfico 6.4. Adequabilidade dos instrumentos e procedimentos associados à decisão sobre as candidaturas

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

2,50 2,60 2,70 2,80 2,90 3,00 3,10 3,20 3,30 3,40

Objectivos definidos para a Tipologia

Critérios de elegibilidade

Critérios de selecção definidos

Grelhas de critérios de análise

Processo de submissão da candidatura no SIIFSE

Meios e suportes de divulgação, informação e publicidade da tipologia junto dos públicos‐alvo

Modelo de divulgação da apresentação de candidaturas

Procedimentos e prazos para apresentação de candidaturas

Regras de financiamento

Dispositivos de acompanhamento e controlo das acções

Entidade Empregadora Entidade Formadora Outro Operador

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.121 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.39. Mecanismos utilizados pela entidade para fundamentar a oferta de FMC candidata

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Orientações estratégicas dos organismos de tutela para a Tipologia (Estruturas do POPH, ANQ, …) 24 22,6 95 28,7 19 16,7 Estudos de Perfis Profissionais e/ou de levantamento de Necessidades de Formação Regionais ou Sectoriais 17 16,0 113 34,1 55 48,2 Catálogo Nacional de Qualificações 48 45,3 57 17,2 24 21,1 Contacto directo da entidade com o mercado de trabalho ou com outras empresas/entidades 19 17,9 184 55,6 71 62,3 Satisfação de necessidades dos próprios funcionários da entidade beneficiária 78 73,6 9 2,7 10 8,8 Perfil da oferta existente noutras entidades formadoras 2 1,9 12 3,6 4 3,5 Diagnóstico de necessidade de formação ao público-alvo/sector ou região sobre áreas/cursos de interesse 49 46,2 193 58,3 73 64,0 Adequação à estrutura de Recursos Humanos e Físicos existente na Entidade formadora 14 13,2 25 7,6 3 2,6 Encaminhamento de formandos por via de processos RVCC/CNO 7 6,6 178 53,8 26 22,8 Encaminhamento de formandos de Centros de Emprego 1 0,9 12 3,6 1 0,9 Solicitações de empresas/agentes da sociedade civil (IPSS, ADL)/outras entidades locais (autarquias…) 4 3,8 74 22,4 24 21,1 Outras. Quais? 2 1,9 3 0,9 3 2,6

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.40. Grau de adequação da oferta do CNQ às necessidades identificadas

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Nada adequado 1 1,0 0 0,0 0 0,0 Pouco adequado 16 15,7 34 10,6 8 7,4 Adequado 65 63,7 191 59,3 67 62,0 Muito adequado 17 16,7 96 29,8 30 27,8 Ns/Nr 3 2,9 1 0,3 3 2,8

Total 102 100,0 322 100,0 108 100,0 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.41. Grau de correspondência entre os resultados alcançados e os resultados esperados e previstos em candidatura

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Nº de formandos abrangidos

<50% 12 11,7 9 2,8 8 7,4 50-74% 23 22,3 55 17,1 18 16,7 75-100% 68 66,0 258 80,1 82 75,9 Total 103 100,0 322 100,0 108 100,0

Volume de Formação ministrada

<50% 8 7,8 12 3,7 10 9,3 50-74% 27 26,5 55 17,1 15 13,9 75-100% 67 65,7 255 79,2 83 76,9 Total 102 100,0 322 100,0 108 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.42. Como podem os seguintes factores processuais justificar eventuais desvios face aos resultados esperados

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Calendários de apresentação das candidaturas

Nada 19 18,8 53 16,6 16 15,0 2 23 22,8 69 21,6 14 13,1 3 36 35,6 107 33,4 44 41,1 Muito 10 9,9 58 18,1 17 15,9 Ns/Nr 13 12,9 33 10,3 16 15,0 Total 101 100,0 320 100,0 107 100,0 Média 2,75 2,84 3,03

Page 304: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.122 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.42. Como podem os seguintes factores processuais justificar eventuais desvios face aos resultados esperados

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Prazos de análise e decisão sobre as candidaturas

Nada 7 6,9 23 7,1 5 4,7 2 24 23,8 43 13,4 12 11,2 3 42 41,6 79 24,5 38 35,5 Muito 20 19,8 154 47,8 47 43,9 Ns/Nr 8 7,9 23 7,1 5 4,7 Total 101 100,0 322 100,0 107 100,0 Média 2,98 3,34 3,33

Processo administrativo da candidatura e de execução das acções

Nada 8 8,0 45 14,2 16 15,1 2 31 31,0 81 25,6 29 27,4 3 40 40,0 112 35,4 38 35,8 Muito 12 12,0 53 16,8 16 15,1 Ns/Nr 9 9,0 25 7,9 7 6,6 Total 100 100,0 316 100,0 106 100,0 Média 2,83 2,78 2,71

Instrumentos de apoio à concepção das candidaturas

Nada 22 22,0 74 23,4 24 22,6 2 18 18,0 104 32,9 33 31,1 3 41 41,0 88 27,8 32 30,2 Muito 8 8,0 17 5,4 6 5,7 Ns/Nr 11 11,0 33 10,4 11 10,4 Total 100 100,0 316 100,0 106 100,0 Média 2,68 2,47 2,50

Quadro normativo da tipologia (elegibilidade, critérios de selecção…)

Nada 23 22,8 57 18,0 13 12,1 2 20 19,8 76 24,1 39 36,4 3 39 38,6 106 33,5 35 32,7 Muito 12 11,9 53 16,8 11 10,3 Ns/Nr 7 6,9 24 7,6 9 8,4 Total 101 100,0 316 100,0 107 100,0 Média 2,60 2,72 2,66

Processo financeiro e prazos dos reembolsos

Nada 17 16,8 42 13,2 12 11,2 2 17 16,8 62 19,5 19 17,8 3 33 32,7 90 28,3 30 28,0 Muito 24 23,8 104 32,7 40 37,4 Ns/Nr 10 9,9 20 6,3 6 5,6 Total 101 100,0 318 100,0 107 100,0 Média 2,93 2,99 3,08

Sistema de acompanhamento e controlo de execução

Nada 19 19,0 72 22,6 25 23,4 2 24 24,0 103 32,4 29 27,1 3 38 38,0 99 31,1 36 33,6 Muito 9 9,0 17 5,3 8 7,5 Ns/Nr 10 10,0 27 8,5 9 8,4 Total 100 100,0 318 100,0 107 100,0 Média 2,67 2,45 2,50

Exigência da metodologia de avaliação

Nada 27 27,6 82 25,9 34 31,8 2 23 23,5 118 37,2 25 23,4 3 31 31,6 78 24,6 28 26,2 Muito 8 8,2 11 3,5 10 9,3 Ns/Nr 9 9,2 28 8,8 10 9,3 Total 98 100,0 317 100,0 107 100,0 Média 2,48 2,32 2,41

Sistema de certificação e validação dos resultados

Nada 22 21,8 72 22,9 31 29,2 2 25 24,8 99 31,4 22 20,8 3 34 33,7 91 28,9 34 32,1 Muito 9 8,9 15 4,8 7 6,6 Ns/Nr 11 10,9 38 12,1 12 11,3 Total 101 100,0 315 100,0 106 100,0 Média 2,62 2,52 2,50

Outro. Qual?

Nada 0 0,0 1 2,9 2 14,3 2 0 0,0 2 5,7 2 14,3 3 3 30,0 3 8,6 4 28,6 Muito 1 10,0 7 20,0 1 7,1 Ns/Nr 6 60,0 22 62,9 5 35,7 Total 10 100,0 35 100,0 14 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Page 305: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.123 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Gráfico 6.5. Como podem os seguintes factores processuais justificar eventuais desvios face aos resultados esperados

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.43. Como podem os seguintes factores relacionados com a implementação do Projecto

justificar eventuais desvios face aos resultados esperados

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Divulgação e sensibilização dos públicos-alvo

Nada 18 18,6 39 12,4 17 16,2 2 20 20,6 49 15,6 19 18,1 3 33 34,0 115 36,5 37 35,2 Muito 19 19,6 104 33,0 29 27,6 Ns/Nr 7 7,2 8 2,5 3 2,9 Total 97 100,0 315 100,0 105 100,0 Média 2,76 2,98 2,83

Disponibilidade dos trabalhadores à formação profissional contínua

Nada 6 6,1 19 6,0 8 7,5 2 10 10,2 44 13,9 15 14,2 3 34 34,7 126 39,9 41 38,7 Muito 45 45,9 119 37,7 39 36,8 Ns/Nr 3 3,1 8 2,5 3 2,8 Total 98 100,0 316 100,0 106 100,0 Média 3,30 3,17 3,13

Imagem da Tipologia junto dos beneficiários

Nada 24 24,5 83 26,5 24 22,9 2 13 13,3 84 26,8 24 22,9 3 40 40,8 78 24,9 37 35,2 Muito 12 12,2 44 14,1 13 12,4 Ns/Nr 9 9,2 24 7,7 7 6,7 Total 98 100,0 313 100,0 105 100,0 Média 2,68 2,50 2,57

Imagem da Tipologia no mercado de trabalho

Nada 24 24,5 82 26,0 19 17,9 2 17 17,3 78 24,8 33 31,1 3 33 33,7 80 25,4 31 29,2 Muito 11 11,2 51 16,2 16 15,1 Ns/Nr 13 13,3 24 7,6 7 6,6 Total 98 100,0 315 100,0 106 100,0 Média 2,71 2,55 2,61

Articulação entre as necessidades e o funcionamento do Mercado de Trabalho e os objectivos da tipologia

Nada 14 14,6 36 11,4 17 16,0 2 13 13,5 74 23,5 20 18,9 3 35 36,5 109 34,6 39 36,8 Muito 21 21,9 85 27,0 24 22,6 Ns/Nr 13 13,5 11 3,5 6 5,7 Total 96 100,0 315 100,0 106 100,0 Média 3,06 2,88 2,83

2,00 2,50 3,00 3,50

Calendários de apresentação das candidaturas

Prazos de análise e decisão sobre as candidaturas

Processo administrativo da candidatura e de execução das acções

Instrumentos de apoio à concepção das candidaturas

Quadro normativo da tipologia (elegibilidade, critérios de selecção…)

Processo financeiro e prazos dos reembolsos

Sistema de acompanhamento e controlo de execução

Exigência da metodologia de avaliação

Sistema de certificação e validação dos resultados

Empregadora Formadora Outro Operador

Page 306: AVALIAÇÃO DA OPERACIONALIZAÇÃO TIPOLOGIAS DE INTERVENÇÃO E ...€¦ · 19. Área de formação das FMC (em % do volume de formandos), por perfil de entidade ..... 60 Quadro

Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.124 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Articulação entre as UFCD (níveis de qualificação, conteúdos de formação,…) e as necessidades do público-alvo

Nada 14 14,0 29 9,2 16 15,2 2 14 14,0 62 19,7 17 16,2 3 36 36,0 105 33,3 35 33,3 Muito 27 27,0 110 34,9 33 31,4 Ns/Nr 9 9,0 9 2,9 4 3,8 Total 100 100,0 315 100,0 105 100,0 Média 3,03 3,03 2,92

Oferta formativa disponível no CNQ (Catálogo Nacional de Qualificações)

Nada 17 17,5 45 14,3 23 21,7 2 13 13,4 74 23,6 29 27,4 3 37 38,1 115 36,6 29 27,4 Muito 24 24,7 67 21,3 15 14,2 Ns/Nr 6 6,2 13 4,1 10 9,4 Total 97 100,0 314 100,0 106 100,0 Média 2,89 2,77 2,62

Concorrência de outras tipologias semelhantes (Cursos EFA, …)

Nada 23 24,2 85 27,1 29 27,4 2 25 26,3 94 29,9 34 32,1 3 23 24,2 71 22,6 24 22,6 Muito 6 6,3 45 14,3 10 9,4 Ns/Nr 18 18,9 19 6,1 9 8,5 Total 95 100,0 314 100,0 106 100,0 Média 2,69 2,42 2,40

Articulação do perfil dos beneficiários face aos objectivos iniciais

Nada 14 14,4 39 12,4 18 17,0 2 18 18,6 76 24,2 27 25,5 3 43 44,3 137 43,6 43 40,6 Muito 13 13,4 46 14,6 12 11,3 Ns/Nr 9 9,3 16 5,1 6 5,7 Total 97 100,0 314 100,0 106 100,0 Média 2,85 2,76 2,63

Condições de recrutamento de formadores/consultores/técnicos

Nada 20 20,6 87 27,7 34 32,1 2 20 20,6 88 28,0 31 29,2 3 32 33,0 88 28,0 24 22,6 Muito 15 15,5 32 10,2 11 10,4 Ns/Nr 10 10,3 19 6,1 6 5,7 Total 97 100,0 314 100,0 106 100,0 Média 2,74 2,39 2,28

Concretização e mobilização das parcerias com outras entidades

Nada 23 24,2 79 25,4 23 21,7 2 16 16,8 87 28,0 24 22,6 3 30 31,6 83 26,7 36 34,0 Muito 5 5,3 46 14,8 19 17,9 Ns/Nr 21 22,1 16 5,1 4 3,8 Total 95 100,0 311 100,0 106 100,0 Média 2,84 2,46 2,59

Articulação com as estruturas dos CNO

Nada 23 24,2 72 22,9 25 23,6 2 17 17,9 91 28,9 26 24,5 3 23 24,2 67 21,3 32 30,2 Muito 6 6,3 70 22,2 18 17,0 Ns/Nr 26 27,4 15 4,8 5 4,7 Total 95 100,0 315 100,0 106 100,0 Média 2,95 2,57 2,55

Crise económica e aumento do desemprego

Nada 21 22,6 39 12,5 23 22,3 2 11 11,8 73 23,4 15 14,6 3 31 33,3 95 30,4 29 28,2 Muito 15 16,1 89 28,5 30 29,1 Ns/Nr 15 16,1 16 5,1 6 5,8 Total 93 100,0 312 100,0 103 100,0 Média 2,91 2,90 2,82

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.125 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Gráfico 6.6. Como podem os seguintes factores relacionados com a implementação do Projecto justificar eventuais desvios face aos resultados esperados

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

Tabela 6.44. Grau de contributo dos resultados das candidaturas aprovadas para:

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Elevação dos níveis de qualificação escolares dos beneficiários

Sem contributo 10 9,8 11 3,4 5 4,6 Fraco contributo 21 20,6 40 12,5 19 17,6 Médio contributo 51 50,0 143 44,8 43 39,8 Forte contributo 20 19,6 125 39,2 41 38,0 Total 102 100,0 319 100,0 108 100,0 Média 2,79 3,20 3,11

Elevação dos níveis de qualificação profissionais dos beneficiários

Sem contributo 0 0,0 4 1,3 1 0,9 Fraco contributo 1 1,0 17 5,3 7 6,6 Médio contributo 53 51,5 95 29,7 32 30,2 Forte contributo 49 47,6 204 63,8 66 62,3 Total 103 100,0 320 100,0 106 100,0 Média 3,47 3,56 3,54

Realização de percursos formativos integrados

Sem contributo 10 10,1 8 2,5 6 5,6 Fraco contributo 18 18,2 75 23,7 19 17,6 Médio contributo 50 50,5 139 43,8 46 42,6 Forte contributo 21 21,2 95 30,0 37 34,3 Total 99 100,0 317 100,0 108 100,0 Média 2,83 3,01 3,06

Aquisição, actualização ou aprofundamento de conhecimentos específicos para o exercício de uma profissão

Sem contributo 0 0,0 2 0,6 0 0,0 Fraco contributo 4 3,9 23 7,2 6 5,6 Médio contributo 38 37,3 120 37,5 34 31,5 Forte contributo 60 58,8 175 54,7 68 63,0 Total 102 100,0 320 100,0 108 100,0 Média 3,55 3,46 3,57

Aquisição de conhecimentos transversais, que podem ser aplicados em várias profissões

Sem contributo 2 2,0 0 0,0 0 0,0 Fraco contributo 16 15,7 17 5,3 6 5,6 Médio contributo 50 49,0 136 42,5 38 35,2 Forte contributo 34 33,3 167 52,2 64 59,3 Total 102 100,0 320 100,0 108 100,0 Média 3,14 3,47 3,54

2,00 2,20 2,40 2,60 2,80 3,00 3,20 3,40

Divulgação e sensibilização dos públicos‐alvo

Disponibilidade dos trabalhadores à formação profissional contínua

Imagem da Tipologia junto dos beneficiários

Imagem da Tipologia no mercado de trabalho

Articulação entre as necessidades e o funcionamento do Mercado de Trabalho e os objectivos da tipologia

Articulação entre as UFCD’s (níveis de qualificação, conteúdos de formação,…) e as necessidades do público‐alvo

Oferta formativa disponível no CNQ (Catálogo Nacional de Qualificações)

Concorrência de outras tipologias semelhantes (Cursos EFA, …)

Articulação do perfil dos beneficiários face aos objectivos iniciais

Condições de recrutamento de formadores/consultores/técnicos

Concretização e mobilização das parcerias com outras entidades

Articulação com as estruturas dos CNO

Crise económica e aumento do desemprego

Empregadora Formadora Outro Operador

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.126 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.44. Grau de contributo dos resultados das candidaturas aprovadas para: (Cont.)

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Desenvolvimento de competências pessoais e sociais (autonomia, responsabilidade, espírito de iniciativa, aprendizagem continuada, …)

Sem contributo 1 1,0 1 0,3 0 0,0 Fraco contributo 15 14,7 29 9,1 8 7,4 Médio contributo 49 48,0 131 41,2 46 42,6 Forte contributo 37 36,3 157 49,4 54 50,0 Total 102 100,0 318 100,0 108 100,0 Média 3,20 3,40 3,43

Desenvolvimento de competências relacionais (trabalhar em equipa, coordenar pessoas, desenvolver comportamentos positivos,...)

Sem contributo 1 1,0 2 0,6 0 0,0 Fraco contributo 16 15,7 32 10,1 8 7,5 Médio contributo 52 51,0 146 45,9 49 45,8 Forte contributo 33 32,4 138 43,4 50 46,7 Total 102 100,0 318 100,0 107 100,0 Média 3,15 3,32 3,39

Favorecimento das condições de empregabilidade dos beneficiários (aquisição de qualificações e competências valorizadas pelo mercado)

Sem contributo 14 14,1 2 0,6 1 0,9 Fraco contributo 18 18,2 42 13,2 16 14,8 Médio contributo 45 45,5 145 45,6 57 52,8 Forte contributo 22 22,2 129 40,6 34 31,5 Total 99 100,0 318 100,0 108 100,0 Média 2,76 3,26 3,15

Aumentar as oportunidades de (re)inserção profissional dos beneficiários

Sem contributo 25 25,5 2 0,6 7 6,5 Fraco contributo 17 17,3 60 18,8 20 18,7 Médio contributo 36 36,7 139 43,6 55 51,4 Forte contributo 20 20,4 118 37,0 25 23,4 Total 98 100,0 319 100,0 107 100,0 Média 2,52 3,17 2,92

Melhoria da situação profissional dos beneficiários empregados

Sem contributo 4 4,0 7 2,2 3 2,8 Fraco contributo 21 21,0 61 19,2 25 23,1 Médio contributo 50 50,0 163 51,3 50 46,3 Forte contributo 25 25,0 87 27,4 30 27,8 Total 100 100,0 318 100,0 108 100,0 Média 3,19 3,24 3,37

Melhoria do desempenho profissional e da produtividade das entidades empregadoras

Sem contributo 1 1,0 3 0,9 0 0,0 Fraco contributo 6 5,9 35 11,0 6 5,6 Médio contributo 67 66,3 164 51,6 56 51,9 Forte contributo 27 26,7 116 36,5 46 42,6 Total 101 100,0 318 100,0 108 100,0 Média 3,19 3,24 3,37

Estímulo ao prosseguimento de estudos dos beneficiários

Sem contributo 7 7,0 4 1,3 1 0,9 Fraco contributo 15 15,0 40 12,5 20 18,7 Médio contributo 53 53,0 147 45,9 57 53,3 Forte contributo 25 25,0 129 40,3 29 27,1 Total 100 100,0 320 100,0 107 100,0 Média 2,96 3,25 3,07

Estímulo à frequência de outras acções de formação profissional

Sem contributo 4 4,0 2 0,6 1 0,9 Fraco contributo 14 13,9 5 1,6 2 1,9 Médio contributo 47 46,5 112 35,6 44 40,7 Forte contributo 36 35,6 196 62,2 61 56,5 Total 101 100,0 315 100,0 108 100,0 Média 3,14 3,59 3,53

Promoção da igualdade de oportunidades no acesso à qualificação profissional pelos adultos menos escolarizados e qualificados

Sem contributo 11 11,1 6 1,9 1 0,9 Fraco contributo 15 15,2 42 13,2 15 13,9 Médio contributo 45 45,5 137 43,1 47 43,5 Forte contributo 28 28,3 133 41,8 45 41,7 Total 99 100,0 318 100,0 108 100,0 Média 2,91 3,25 3,26

Estímulo à procura de novas oportunidades de formação junto dos CNO

Sem contributo 11 11,1 6 1,9 3 2,8 Fraco contributo 23 23,2 35 10,9 19 17,6 Médio contributo 44 44,4 139 43,4 48 44,4 Forte contributo 21 21,2 140 43,8 38 35,2 Total 99 100,0 320 100,0 108 100,0 Média 2,76 3,29 3,12

(continua)

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.127 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.44. Grau de contributo dos resultados das candidaturas aprovadas para: (Cont.)

Empregadora Formadora Outro Operador Nº % Nº % Nº %

Envolvimento do tecido económico na qualificação da população adulta

Sem contributo 16 15,8 14 4,4 3 2,8 Fraco contributo 24 23,8 69 21,6 23 21,3 Médio contributo 44 43,6 163 51,1 56 51,9 Forte contributo 17 16,8 73 22,9 26 24,1 Total 101 100,0 319 100,0 108 100,0 Média 2,61 2,92 2,97

Equilíbrio territorial da oferta de qualificação de adultos

Sem contributo 13 13,4 14 4,4 4 3,7 Fraco contributo 22 22,7 64 20,3 13 12,1 Médio contributo 50 51,5 167 53,0 66 61,7 Forte contributo 12 12,4 70 22,2 24 22,4 Total 97 100,0 315 100,0 107 100,0 Média 2,63 2,93 3,03

Relevância e confiança do tecido empresarial na FMC

Sem contributo 13 13,3 14 4,4 5 4,7 Fraco contributo 19 19,4 75 23,7 23 21,5 Médio contributo 50 51,0 156 49,2 50 46,7 Forte contributo 16 16,3 72 22,7 29 27,1 Total 98 100,0 317 100,0 107 100,0 Média 2,70 2,90 2,96

Outro. Qual?

Sem contributo 3 33,3 5 38,5 4 44,4 Fraco contributo 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Médio contributo 4 44,4 2 15,4 4 44,4 Forte contributo 2 22,2 6 46,2 1 11,1 Total 9 100,0 13 100,0 9 100,0 Média 2,56 2,69 2,22

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.128 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Gráfico 6.7. Grau de contributo dos resultados das candidaturas aprovadas para:

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 201

2,00 2,50 3,00 3,50 4,00

Elevação dos níveis de qualificação escolares dos beneficiários

Elevação dos níveis de qualificação profissionais dos beneficiários

Realização de percursos formativos integrados

Aquisição, actualização ou aprofundamento de conhecimentos específicos para o exercício de uma profissão

Aquisição de conhecimentos transversais, que podem ser aplicados em várias profissões

Desenvolvimento de competências pessoais e sociais (autonomia, responsabilidade, espírito de iniciativa, aprendizagem continuada, …)

Desenvolvimento de competências relacionais (trabalhar em equipa, coordenar pessoas, desenvolver comportamentos positivos,...)

Favorecimento das condições de empregabilidade dos beneficiários (aquisição de qualificações e competências valorizadas pelo mercado)

Aumentar as oportunidades de (re)inserção profissional dos beneficiários

Melhoria da situação profissional dos beneficiários empregados

Melhoria do desempenho profissional e da produtividade das entidades empregadoras

Estímulo ao prosseguimento de estudos dos beneficiários

Estímulo à frequência de outras acções de formação profissional

Promoção da igualdade de oportunidades no acesso à qualificação profissional pelos adultos menos escolarizados e qualificados

Estímulo à procura de novas oportunidades de formação junto dos CNO

Envolvimento do tecido económico na qualificação da população adulta

Equilíbrio territorial da oferta de qualificação de adultos

Relevância e confiança do tecido empresarial na FMC

Outro. Qual?

Empregadora Formadora Outro Operador

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.129 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Cruzamentos segundo o papel da entidade

Tabela 6.45. Grau de correspondência entre os resultados alcançados e os resultados esperados e previstos na candidatura, segundo o papel da entidade

Entidade Promotora e executora da formação

Entidade Promotora com recurso a entidade externa para a execução da

formação

<50% 50-74% 75-100% Total <50% 50-74% 75-100% Total Nº de formandos abrangidos

Nº 10 63 278 351 19 36 130 185

% 2,8 17,9 79,2 100,0 10,3 19,5 70,3 100,0 Volume de Formação ministrada

Nº 16 63 272 351 14 37 133 184

% 4,6 17,9 77,5 100,0 7,6 20,1 72,3 100,0 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010 Tabela 6.46. Factores processuais que influenciam eventuais desvios face aos resultados esperados,

segundo o papel da entidade

Entidade Promotora e executora da formação Entidade Promotora com recurso a entidade externa para a execução da formação

Nada 2 3 Muito Ns/ Nr Total Média Nada 2 3 Muito Ns/

Nr Total Média

Calendários de apresentação das candidaturas

Nº 56 77 118 60 36 347 2,84 33 28 72 25 26 184

2,91 % 16,1 22,2 34,0 17,3 10,4 100,0 17,9 15,2 39,1 13,6 14,1 100,0

Prazos de análise e decisão sobre as candidaturas

Nº 23 51 86 165 24 349

3,33 12 28 73 59 12 184 3,17

% 6,6 14,6 24,6 47,3 6,9 100,0 6,5 15,2 39,7 32,1 6,5 100,0 Processo administrativo da candidatura e de execução das acções

Nº 49 91 119 57 26 342

2,77 20 48 75 25 15 183

2,82

% 14,3 26,6 34,8 16,7 7,6 100,0 10,9 26,2 41,0 13,7 8,2 100,0

Instrumentos de apoio à concepção das candidaturas

Nº 81 113 96 18 34 342

2,45 37 44 68 13 21 183 2,66

% 23,7 33,0 28,1 5,3 9,9 100,0 20,2 24,0 37,2 7,1 11,5 100,0 Quadro normativo da tipologia (elegibilidade, critérios de selecção…)

Nº 60 83 114 61 25 343

2,73 31 53 69 16 15 184

2,63

% 17,5 24,2 33,2 17,8 7,3 100,0 16,8 28,8 37,5 8,7 8,2 100,0

Processo financeiro e prazos dos reembolsos

Nº 45 66 99 113 22 345

3,00 23 32 55 60 14 184 3,05

% 13,0 19,1 28,7 32,8 6,4 100,0 12,5 17,4 29,9 32,6 7,6 100,0

Sistema de acompanhamento e controlo de execução

Nº 78 112 105 20 29 344

2,45 36 45 72 14 17 184

2,63

% 22,7 32,6 30,5 5,8 8,4 100,0 19,6 24,5 39,1 7,6 9,2 100,0

Exigência da metodologia de avaliação

Nº 90 128 81 14 30 343 2,32

53 39 58 15 17 182 2,47

% 26,2 37,3 23,6 4,1 8,7 100,0 29,1 21,4 31,9 8,2 9,3 100,0

Sistema de certificação e validação dos resultados

Nº 80 106 99 17 40 342

2,51 45 39 64 14 21 183

2,60

% 23,4 31,0 28,9 5,0 11,7 100,0 24,6 21,3 35,0 7,7 11,5 100,0

Outro. Nº 1 2 3 8 23 37 4,35

2 2 7 1 11 23 3,74

% 2,7 5,4 8,1 21,6 62,2 100,0 8,7 8,7 30,4 4,3 47,8 100,0 Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.130 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Gráfico 6.8. Factores processuais que influenciam eventuais desvios face aos resultados esperados, segundo o papel da entidade

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00

Outro. 

Sistema de certificação e validação dos resultados

Exigência da metodologia de avaliação

Sistema de acompanhamento e controlo de execução

Processo financeiro e prazos dos reembolsos

Quadro normativo da tipologia (elegibilidade, critérios de selecção…)

Instrumentos de apoio à concepção das candidaturas

Processo administrativo da candidatura e de execução das acções

Prazos de análise e decisão sobre as candidaturas

Calendários de apresentação das candidaturas

Entidade Promotora com recurso a entidade externa para a execução da formação

Entidade Promotora e executora da formação

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.131 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Tabela 6.47. Factores relacionados com a implementação do Projecto justificar eventuais desvios face aos resultados esperados, segundo o papel da entidade

Entidade Promotora e executora da formação Entidade Promotora com recurso a entidade externa para a execução da formação

Nada 2 3 Muito Ns/Nr Total Média Nada 2 3 Muito Ns/Nr Total Média Divulgação e sensibilização dos públicos-alvo Nº 44 57 124 107 9 341 2,94 29 33 61 47 9 179 2,85

% 12,9 16,7 36,4 31,4 2,6 100,0 16,2 18,4 34,1 26,3 5,0 100,0 Disponibilidade dos trabalhadores à formação profissional contínua Nº 23 50 138 123 9 343 3,13

10 19 64 82 5 180 3,29

% 6,7 14,6 40,2 35,9 2,6 100,0 5,6 10,6 35,6 45,6 2,8 100,0 Imagem da Tipologia junto dos beneficiários Nº 90 89 88 46 26 339 2,50 38 35 69 24 14 180 2,67

% 26,5 26,3 26,0 13,6 7,7 100,0 21,1 19,4 38,3 13,3 7,8 100,0 Imagem da Tipologia no mercado de trabalho Nº 89 85 86 55 26 341 2,54 33 46 59 25 18 181 2,72

% 26,1 24,9 25,2 16,1 7,6 100,0 18,2 25,4 32,6 13,8 9,9 100,0 Articulação entre as necessidades e o funcionamento do Mercado de Trabalho e os objectivos da tipologia

Nº 41 81 116 90 13 341 2,86 25 25 68 43 18 179 3,02 % 12,0 23,8 34,0 26,4 3,8 100,0 14,0 14,0 38,0 24,0 10,1 100,0

Articulação entre as UFCD (níveis de qualificação, conteúdos de formação,…) e as necessidades do público-alvo

Nº 33 70 116 114 10 343 2,99 26 23 59 59 13 180 3,06 % 9,6 20,4 33,8 33,2 2,9 100,0 14,4 12,8 32,8 32,8 7,2 100,0

Oferta formativa disponível no CNQ (Catálogo Nacional de Qualificações) Nº 50 80 126 70 14 340 2,76

35 36 57 37 15 180 2,78 % 14,7 23,5 37,1 20,6 4,1 100,0 19,4 20,0 31,7 20,6 8,3 100,0

Concorrência de outras tipologias semelhantes (Cursos EFA, …) Nº 94 101 77 47 21 340 2,41 43 53 42 17 23 178 2,57 % 27,6 29,7 22,6 13,8 6,2 100,0 24,2 29,8 23,6 9,6 12,9 100,0

Articulação do perfil dos beneficiários face aos objectivos iniciais Nº 42 85 146 48 19 340 2,76 28 34 80 26 12 180 2,78 % 12,4 25,0 42,9 14,1 5,6 100,0 15,6 18,9 44,4 14,4 6,7 100,0

Condições de recrutamento de formadores/consultores/técnicos Nº 99 96 92 32 21 340 2,35 40 43 54 28 15 180 2,64 % 29,1 28,2 27,1 9,4 6,2 100,0 22,2 23,9 30,0 15,6 8,3 100,0

Concretização e mobilização das parcerias com outras entidades Nº 91 92 90 46 18 337 2,43 34 33 62 25 24 178 2,84 % 27,0 27,3 26,7 13,6 5,3 100,0 19,1 18,5 34,8 14,0 13,5 100,0

Articulação com as estruturas dos CNO Nº 83 97 70 74 17 341 2,55 35 38 54 23 28 178 2,84 % 24,3 28,4 20,5 21,7 5,0 100,0 19,7 21,3 30,3 12,9 15,7 100,0

Crise económica e aumento do desemprego Nº 46 80 100 95 17 338 2,87 34 19 57 43 20 173 2,98 % 13,6 23,7 29,6 28,1 5,0 100,0 19,7 11,0 32,9 24,9 11,6 100,0

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010.

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Relatório Final

A.132 ANEXO 6. Inquérito às Entidades Beneficiárias

Gráfico 6.9. Factores relacionados com a implementação do Projecto justificar eventuais desvios

face aos resultados esperados, segundo o papel da entidade

Fonte: Inquérito às Entidades Beneficiárias das FMC, GON, 2010

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00

Crise económica e aumento do desemprego

Articulação com as estruturas dos CNO

Concretização e mobilização das parcerias com outras entidades

Condições de recrutamento de formadores/consultores/técnicos

Articulação do perfil dos beneficiários face aos objectivos iniciais

Concorrência de outras tipologias semelhantes (Cursos EFA, …)

Oferta formativa disponível no CNQ (Catálogo Nacional de Qualificações)

Articulação entre as UFCD’s (níveis de qualificação, conteúdos de formação,…) e as necessidades do público‐alvo

Articulação entre as necessidades e o funcionamento do Mercado de Trabalho e os objectivos da tipologia

Imagem da Tipologia no mercado de trabalho

Imagem da Tipologia junto dos beneficiários

Disponibilidade dos trabalhadores à formação profissional contínua

Divulgação e sensibilização dos públicos‐alvo

Entidade Promotora e executora da formação

Entidade Promotora com recurso a entidade externa para a execução da formação

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.133 ANEXO 7. Estudos de Caso

AANNEEXXOO 77.. EESSTTUUDDOOSS DDEE CCAASSOO

7A. GRELHA DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO COMUM

Dimensões avaliativas Elementos estruturantes da análise

Processo de análise das

candidaturas: adequação das metodologias e

instrumentos utilizados para o

cumprimento dos objectivos do

Programa

Nível de fundamentação e qualidade de justificação da candidatura (identificação das necessidades e das soluções de resposta);

Relevância e contributo do projecto para os objectivos mais globais da Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida;

Dificuldades na organização da candidatura; Dificuldades e obstáculos sentidos pela entidade na elaboração da

candidatura; Utilidade dos meios de apoio da Autoridade de Gestão do POPH à

elaboração da candidatura; Elementos de fundamentação da candidatura valorizados e

desvalorizados no processo de análise; Rigor ou discricionariedade na análise da candidatura; Sugestões de melhoria do Regulamento Específico, dos critérios de

elegibilidade, selecção e análise.

Oferta de FMC e contributos

para o reconhecimento,

validação e aquisição de

competências certificadas

Como pode a oferta formativa de FMC ter maior qualidade e proximidade enquanto resposta à procura suscitada pelos CNO;

Adequação da oferta de FMC às necessidades de procura; Articulação da candidatura com os CNO e processos RVCC; Reconhecimento e confiança dos empregadores no valor informativo

dos certificados emitidos no âmbito da Tipologia; Formas, regularidade e contributos dos mecanismos de

acompanhamento, avaliação e controlo da candidatura pelas estruturas do POPH;

Adequação do modelo das UFCD

aos objectivos estabelecidos

para a tipologia

Efeitos da execução da candidatura experimentados pelos beneficiários empregados (elevação dos níveis de qualificação escolar e profissional, progressão profissional, melhoria salarial, etc…);

Efeitos da execução da candidatura experimentados pelos beneficiários desempregados (melhoria das condições de empregabilidade e de inserção profissional);

Envolvimento e mobilização dos vários actores que podem contribuir para o cumprimento dos objectivos da Tipologia, na candidatura;

Adequação da flexibilidade da tipologia às necessidades dos adultos activos e das entidades.

Efeitos da execução da candidatura para a realização de novos investimentos em formação por parte dos indivíduos e dos empregadores.

Características da candidatura quanto à rede institucional de relações entre

entidades

Entidades beneficiárias envolvidas na concepção, organização e gestão da candidatura;

Relação da entidade com os CNO; Participação dos CNO na orientação e encaminhamento de

formandos para a realização das acções de formação; Entidades empregadoras/empresas envolvidas na candidatura e

contributos da mesma para a satisfação da procura de competências e outras necessidades suscitadas;

Recursos a outras entidades formadoras em algumas das acções/componentes/módulos da candidatura;

Tipologia dos formadores envolvidos, relação com a entidade formadora, experiência tecnológicas, …

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.135 ANEXO 7. Estudos de Caso

7B. SÍNTESE DOS ESTUDOS DE CASO

NERCAB – NÚCLEO EMPRESARIL DA REGIÃO DE CASTELO BRANCO

Caracterização da Entidade e perfil da respectiva oferta formativa

Caracterização da Entidade O NERCAB, encontra-se acreditado desde 2002 nos domínios do planeamento, organização e execução de actividades de formação e com intervenção a nível distrital, tendo começado a desenvolver formação ainda em 1999, como resposta às solicitações das empresas e outras entidades empregadoras do Distrito. Desde então, tem vindo a expandir esta actividade, o que é visível na evolução do número de formandos abrangidos, do volume de formação e do número de acções, bem como no reforço da estrutura de pessoal e dos recursos formativos – instalações, equipamentos e materiais de apoio -, para o que contou com meios próprios e financiamentos comunitários, designadamente do FEDER, no âmbito do Programa Pessoa/QCA II (Centro de Formação Empresarial de Castelo Branco), e do POEFDS/QCA III (Centro de Formação Empresarial da Cova da Beira). Para o desenvolvimento da sua actividade formativa, esta entidade tem vindo a recorrer exclusivamente ao recrutamento de formadores externos, com origens de recrutamento muito diversificadas (estabelecimentos de ensino, centros de formação profissional do IEFP, empresas e consultores, do Distrito ou exteriores), e a estabelecer protocolos com diversas entidades (Centro de Formação Profissional de Castelo Branco, operadores privados de formação e associações empresariais sectoriais). Em 2004 foi criado o Centro Novas Oportunidades (CNO) do NERCAB, com vista a garantir a operacionalização das diferentes modalidades de educação e formação de adultos – actualmente, o sistema de Reconhecimento Validação e Certificação de Competências (RVCC), os cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) e as Formações Modulares Certificadas (FMC). O CNO, que conta com sete formadores internos, é responsável pela realização de acções de formação que garantem a certificação escolar (acções de 20 horas nos domínios de Matemática para a Vida, Linguagem e Comunicação, Cidadania e TIC). Perfil global da oferta formativa (1999-2010) A formação realizada ao longo destes anos pelo NERCAB tem sido bastante diversificada, quer em áreas tradicionais como a Construção civil, Comércio e Trabalho administrativo, quer em áreas transversais como Informática e Novas Tecnologias, Gestão de recursos humanos, Línguas, Certificação de empresas e Qualidade e Serviço de apoio às empresas. Estamos perante uma oferta formativa inteiramente financiada por recursos públicos e onde a formação inicial dirigida a jovens tem sido preponderante, ainda que se tenha assistido progressivamente à redução do seu peso. Assim, de 80% em 1999, passa para 60% no período 2000-2004 (tomando como referência o volume de formação executado). Já no decorrer do actual período de programação, é de salientar que não foram realizadas quaisquer acções de formação dirigidas a estes destinatários: houve uma candidatura aprovada em 2009, mas a mesma não foi executada por falta de público, o que é atribuído ao facto de as escolas públicas terem também o mesmo tipo de oferta e de estarem mais próximas destes destinatários. A formação contínua dirigida a activos empregados tem vindo a registar uma dinâmica de crescimento positiva, em particular no, com o desenvolvimento do projecto Formações Modulares Certificadas (FMC), financiado pelo POPH, onde estes beneficiários atingem os 79% dos total dos activos abrangidos (1.559 activos, no total). Quanto aos cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA), os activos desempregados constituem o universo dos formandos abrangidos (199). Neste contexto, é de salientar que os Cursos EFA e as FMC são fundamentalmente dirigidos a activos que entraram no mercado com baixas qualificações (apenas 10% podem ter habilitações acima do 12º ano), enquanto no período 2000-2006 a formação do NERCAB abrangia sobretudo os níveis de topo da hierarquia de qualificações (70 a 75% de quadros médios e superiores e profissionais qualificados, 25 a 30% de profissionais não qualificados).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.136 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa

Concepção e organização da candidatura A candidatura de FMC - dirigida à qualificação de adultos empregados e desempregados que entraram na vida activa com baixas qualificações - foi organizada em seis grandes áreas temáticas (Ciências Informáticas, Enquadramento na Organização/Empresa, Contabilidade e Fiscalidade, Hotelaria e Restauração, Construção Civil e Engenharia Civil e Higiene e Segurança no Trabalho), cada uma delas com uma dotação financeira própria, em função do volume de formação e do número de beneficiários directos previstos. De acordo com a coordenadora pedagógica do projecto não foram sentidas dificuldades na elaboração da candidatura: em parte, porque os meios de apoio disponibilizados foram considerados adequados e, em parte, porque a sua organização em grandes áreas temáticas – resultante da necessidade de garantir, o mais possível, a flexibilização dos percursos de formação em função das necessidades de formação que viessem a ser detectadas –, terá acabado por simplificar o trabalho de fundamentação das necessidades de formação, para o qual contribuíram os estudos de avaliação e outros de carácter prospectivo realizados e a experiência anterior da Entidade. A identificação das necessidades específicas de formação no âmbito do projecto é definida como um trabalho permanente que vem sendo realizado pelo CNO junto das pessoas e entidades que procuram a formação, através da identificação das acções (UFCD previstas no Catálogo Nacional de Qualificações) que cada beneficiário deverá frequentar. Não obstante, a organização da candidatura por grandes áreas temáticas terá criado constrangimentos a dois níveis:

‐ Ao nível dos conteúdos de formação, porque limita a frequência de formação às UFCD associadas às áreas aprovadas, impedindo a frequência de outras UFCD por parte dos formandos, mesmo que seja identificada a sua necessidade;

‐ Ao nível financeiro, já que a rigidez que se observa na distribuição da dotação financeira por áreas de formação não acompanha o princípio da flexibilização dos percursos de formação (o número e o tipo de UFCD a desenvolver em cada área irá depender das necessidades que vão sendo identificadas).

Adequação dos instrumentos de regulamentação da tipologia face aos objectivos do programa e sugestões de melhoria Os critérios de selecção da candidatura, constantes no Regulamento Específico (RE), foram considerados claros e coerentes com os objectivos da Tipologia de Intervenção e a grelha de análise que ponderou esses critérios foi considerada globalmente adequada. No entanto, a responsável do projecto criticou o conteúdo do RE no que se refere à definição do perfil dos destinatários da formação (activos com idade superior a 16 anos, detentores de baixas qualificações escolares e/ou profissionais ou que possuam qualificações desajustadas às necessidades do mercado de trabalho) e dos procedimentos de avaliação dos formandos, considerados demasiados vagos, sobretudo tendo em conta que se tratava de um projecto novo, com características diferentes dos anteriores. Neste contexto foram criticados os seguintes aspectos:

O nível mínimo de formação que os formandos tinham que ter para poderem frequentar as FMC não estava definido, à partida. Depois de um período de indefinição, viria a ser determinado que os candidatos teriam que ter no mínimo o 6º ano (os que não possuíssem este grau de habilitação escolar teriam que obter previamente essa equivalência, passando pelo processo de RVCC do CNO).

O limite máximo de formação também não estava estipulado, mas a definição do perfil dos destinatários sugeria a exclusão do público com formação superior, o que se revelou desajustado em relação às características da procura inicial, composta maioritariamente por pessoas com escolaridade acima do 12º ano (40% de licenciados, 40% com o 12º ano e frequência de licenciatura e 20% abaixo do 12º ano). Esta lacuna veio a ser parcialmente colmatada quando foi considerada a elegibilidade de indivíduos activos com habilitações superiores ao 12º ano, ainda que limitando este público a 10% dos formandos.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.137 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa (cont.)

Também os reformados não seriam elegíveis no âmbito desta Tipologia, mas havia dúvidas quanto a determinadas situações específicas. Acabou por vir a ser definido que seriam elegíveis os reformados por invalidez à procura de emprego (inscritos no Centro de Emprego).

A avaliação assume um carácter mais qualitativo e contínuo, explicitado na própria mudança dos conceitos que lhe estão associados – já não se fala de “teste” e de “aprovação/reprovação” de formandos, mas de “ficha de trabalho” e de “validação/não validação” de formandos -, mudança que não terá sido acompanhada pela definição de critérios de avaliação claros e objectivos. Por outro lado, embora um formando possa ser considerado “não validado”, parte-se do princípio que se deve apostar o mais possível na sua recuperação, o que suscita a questão de saber até onde se deve levar essa estratégia de recuperação, ou seja, quando é que se deve desistir da recuperação de um formando (problema que se coloca sobretudo nos Cursos EFA).

As dúvidas/indefinições apontadas foram sendo resolvidas pontualmente e à medida que iam sendo colocadas, com o envio de orientações técnicas avulsas, não existindo, até ao momento, um documento único para todas as entidades promotoras de formação com a explicitação das novas regras que foram sendo definidas. A falta de uma adequada articulação entre a ANQ (responsável pedagógico) e o POPH (responsável financeiro) não terá ajudado a uma rápida clarificação das dúvidas, o que atrasou a divulgação e o arranque de diversas acções de formação (note-se que em 2008 foram realizadas apenas 4 acções). Os procedimentos inerentes à análise das despesas elegíveis são criticados devido à sua exaustividade e morosidade, sendo observado que se perde mais tempo a analisar a elegibilidade dos documentos de despesa do que a verificar se estão reunidas as condições técnicas e pedagógicas de realização das acções de formação. No entender destes responsáveis, estes procedimentos poderiam ser simplificados através do recurso a pagamentos de montantes fixos ou taxas forfetárias, em vez de se proceder ao reembolso das despesas efectivamente realizadas no âmbito do projecto de formação. Relevância e contributo do projecto para os objectivos mais globais da Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida Entre os entrevistados é consensual a ideia de as FMC podem contribuir para promover uma maior adaptabilidade e aprendizagem ao longo da vida, na medida em que permitem o desenvolvimento de percursos individuais de formação flexíveis e diversificados, ajustáveis em função dos interesses e disponibilidades de cada indivíduo/empresa. O facto de os perfis de formação estarem definidos no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) é encarado como uma vantagem, na medida em que garante a uniformização dos conteúdos da formação a nível nacional. A ideia de flexibilidade surge associada ao facto de se estar em presença de unidades de formação de muito pequena dimensão, cuja frequência depende das necessidades específicas de cada destinatário. Não obstante, os entrevistados manifestarem reservas quanto a alguns aspectos que podem comprometer os objectivos globais de adaptabilidade e aprendizagem ao longo da vida:

A excessiva morosidade do processo de avaliação das propostas de actualização do CNQ, tendo em vista a inclusão de novos perfis de competências cujas necessidades foram identificadas localmente (p.e., Carpinteiro de Cofragens e Armador de Ferro). Esta situação tem vindo a gerar alguns desajustamentos entre a oferta e a procura de formação.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.138 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa (cont.)

A limitação do acesso dos indivíduos com o ensino superior a 10% do conjunto dos beneficiários da Tipologia dificulta o acesso à formação financiada por parte de um público que, muito embora seja qualificado, continua a ter necessidades de formação em áreas transversais específicas – p.e., Informática ou Línguas -, quer porque são áreas negligenciadas em determinados cursos do ensino formal, quer porque é necessário garantir a actualização dos conhecimentos ao longo da vida. Assim, ao dar-se prioridade à melhoria dos níveis de qualificação dos activos com baixas qualificações, poderá estar a comprometer o processo de actualização das competências dos activos qualificados, na medida em tal actualização dificilmente será conseguida por outra via (o pressuposto de que, no caso dos empregados, a actualização de competências será assegurada pelas empresas respectivas poderá ser enganador, considerando o perfil predominante do tecido empresarial do Distrito - empresas familiares de pequena dimensão -, a conjuntura de crise instalada e o facto da formação paga ser relativamente cara).

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas

Adequação e qualidade das FMC De uma forma geral, os entrevistados consideraram que a oferta de FMC foi adequada às necessidades da procura, ainda que tenham sido identificadas necessidades de alguns perfis profissionais e respectivos referenciais de formação não incluídos no CNQ e a actualização deste se tenha revelado um processo pouco célere e sem resultados em tempo útil. A adequação entre a oferta e a procura - associada sobretudo ao facto dos programas de formação poderem ser ajustados/moldados em função das necessidades específicas dos seus destinatários - é considerada a chave do sucesso das FMC, sobretudo quando nos situamos no contexto das empresas que têm vindo a revelar uma crescente receptividade em relação a este tipo de formação. Porém, serão os destinatários individuais a revelar uma maior receptividade em relação à formação, na medida em que a certificação de competências, aliada à possibilidade de poderem vir a obter a dupla qualificação (escolar e profissional), constituirá um factor adicional de motivação. As FMC, na medida em que respondem a necessidades específicas de formação, são um tipo de formação procurada sobretudo por activos empregados (75,6% do indivíduos que frequentaram formação), ainda que estes o façam, em larga medida, por iniciativa própria. Quanto aos desempregados que procuram este tipo de formação, serão em geral pessoas que procuram activamente emprego e que encaram a aquisição de novas competências como um recurso adicional para atingir esse objectivo (neste contexto, é de notar que os formandos do NERCAB que frequentam formação no âmbito desta Tipologia não recebem bolsa de formação, apenas subsídio de refeição). Apesar da procura ser sobretudo individual, o número de empresas que procuram as FMC tem vindo a crescer, o que em parte é atribuído à influência dos respectivos trabalhadores que frequentaram formação por iniciativa própria. Por outro lado, o formador e responsável empresarial consideram que também a experiência de formação em contexto empresarial tenderá a motivar os trabalhadores a fazer formação individualmente. Este aspecto é muito valorizado por estes entrevistados, por considerarem que é fundamental criar nos trabalhadores a necessidade de frequentar formação. Uma parte significativa dos indivíduos e a maior parte das empresas que procuram as FMC dirigem-se directamente ao Centro de Formação da Associação Empresarial, cabendo a este fazer a necessária articulação com o CNO, no sentido de promover a certificação das competências adquiridas em formação ou o eventual encaminhamento dos candidatos para processos de RVCC, para que não possuam a qualificação escolar mínima exigida (6º ano) para frequentar as acções de formação profissional. Reconhecimento e confiança dos empregadores face à Tipologia

Na opinião dos entrevistados, as empresas têm vindo a reconhecer a utilidade das FMC, o que se deverá sobretudo ao facto dos programas de formação poderem ser ajustados “à medida” das necessidades identificadas em cada contexto empresarial. Esse reconhecimento tem-se reflectido positivamente na sua atitude face à formação e no progressivo aumento da respectiva procura.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.139 ANEXO 7. Estudos de Caso

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas (cont.)

Do ponto de vista das empresas, os condicionalismos em relação à frequência de formação por parte dos seus trabalhadores prendem-se sobretudo com a questão dos horários: por um lado, a formação em horário laboral tem custos de produtividade que muitas empresas de pequena dimensão terão dificuldade em suportar e, por outro lado, os trabalhadores tenderão a revelar alguma resistência para aderir à formação em horário pós-laboral. Formas, regularidade e contributos dos mecanismos de acompanhamento, avaliação e controlo da candidatura pelas estruturas do POPH O acompanhamento do projecto pelas estruturas do POPH tem sido efectuado por telefone e por escrito e terá assumido uma maior intensidade na fase inicial, para esclarecimento das dúvidas que foram surgindo em relação aos critérios de elegibilidade e de avaliação dos formandos, apresentados de forma demasiado vaga no Regulamento Específico. O POPH não realizou qualquer visita de acompanhamento, avaliação e controlo ao projecto FMC, apenas tendo realizado uma auditoria aos cursos EFA. Este tipo de auditorias foram criticadas pelos responsáveis da formação, por terem uma vertente sobretudo financeira (verificação dos comprovativos de despesa) e tenderem a descurar a verificação das condições materiais/físicas de realização da formação (como a existência de instalações, meios pedagógicos e equipamentos adequados à sua realização).

Adequação do modelo das UFCD aos objectivos estabelecidos para a tipologia

Resultados da execução da candidatura ao nível dos beneficiários Os indicadores globais de realização física, apontam para que tenha sido atingido o volume de formação previsto, enquanto o número de formandos ficou ligeiramente acima do esperado, indicadores que revelam um comportamento positivo da procura e sugere níveis globais de satisfação dos beneficiários em relação a este tipo de formação. Em relação aos beneficiários empregados, os entrevistados tendem a considerar os resultados da formação realizada a dois níveis:

Profissional - Aquisição de novas competências e melhoria dos desempenhos profissionais, sendo esta melhoria encarada como uma consequência directa da aquisição daquelas competências, num contexto em que as acções de formação frequentadas procuraram dar resposta a necessidades concretas;

Pessoal - Valorização pessoal e curricular, por via da certificação e da equivalência escolar. Este reconhecimento formal de um conjunto de conhecimentos e competências será, na opinião dos entrevistados, um dos principais factores de motivação da procura individual de formação.

Quanto aos desempregados que procuram esta formação - que representam cerca de um quarto (24,4%) do total da procura de FMC -, os entrevistados desconhecem o impacto real da frequência das acções no seu percurso profissional, na medida em que não foi efectuado qualquer acompanhamento pós-formação, mas consideram que os conhecimentos e competências adquiridos poderão ser úteis na promoção da sua empregabilidade. Tenha-se em conta que estaremos em presença de um público em geral motivado na procura activa de emprego (por oposição ao perfil dos desempregados que procuram e frequentam os Cursos EFA – apelidados negativamente de “desempregados por opção” -, os quais tenderão a encarar a frequência destas acções, de maior duração e que garantem o pagamento de bolsa de formação, como um substituto do emprego. Resultados da execução da candidatura para a Aprendizagem ao Longo da Vida O desenvolvimento do projecto terá tido um impacto positivo na motivação dos indivíduos e empregadores que beneficiaram da formação, visível quer pela manifestação de interesse em frequentar novas acções, quer pelo próprio retorno de formandos e empresas à formação. Também o progressivo aumento do número de indivíduos e empresas que têm procurado as FMC parece traduzir uma maior aposta neste tipo de formação e sugere uma tendência de crescimento da procura no futuro.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.140 ANEXO 7. Estudos de Caso

Características da candidatura quanto à rede institucional de relações entre entidades

Actores envolvidas na candidatura

O Centro de Formação do NERCAB é a única entidade envolvida na concepção, organização e gestão da candidatura. No desenvolvimento da sua actividade formativa (FMC e Cursos EFA) este Centro articula-se com o CNO do NERCAB, no sentido de garantir a certificação dos formandos que frequentaram a formação e o encaminhamento de candidatos (formandos/empresas) cujas necessidades de formação não possam ser parcial ou integralmente satisfeitas através de oferta formativa própria. O CNO poderá integrar estes candidatos num processo de RVCC ou, eventualmente, encaminhá-los para outros Centros de Formação ou outros Centros Novas Oportunidades cuja oferta responda de forma mais ajustada às suas necessidades. Os indivíduos submetidos a um processo de RVCC pelo CNO, podem, uma vez obtida a respectiva certificação escolar, ser também encaminhadas para as FMC ou para os Cursos EFA, em função das suas necessidades e interesses ao nível da formação profissional. O Centro de Formação está actualmente a promover algumas parcerias com empresas, a desenvolver no quadro da próxima candidatura de FMC. Está, ainda, prevista a realização de acções em parceria com o CENFIC. O CNO tem tido um papel pouco activo na sua articulação com o tecido empresarial local (atitude de “porta aberta”), mas o seu responsável reconheceu que uma maior proximidade entre este Centro e as empresas poderia ser proveitosa ao nível da identificação de necessidades em contexto empresarial e do encaminhamento dos trabalhadores para formação/processos de RVCC.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.141 ANEXO 7. Estudos de Caso

Anexo

Elementos de Caracterização (Entidade e Formação Realizada) Entidade Promotora: NERCAB Natureza jurídica da entidade: Pessoa colectiva sem fins lucrativos Sede Social: Castelo Branco Concelho: Castelo Branco Distrito: Castelo Branco Região: Centro Regiões de abrangência da candidatura: Região Centro

Candidatura FMC: Período de execução: 25 de Setembro de 2008 / 31 de Julho de 2010

Acções realizadas (UFCD) Anos Acções

2008 4

2009 62

2010 35

Total 101

Perfil de Formandos abrangidos face ao emprego (2008)

Situação face ao emprego 2008 2009 2010

Empregados 66 740 427 Desempregados 8 276 114 Total 74 1.016 541

Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Formandos abrangidos, segundo as habilitações à entrada (2008)

Níveis 2008 2009 2010 1º ciclo (4º ano) 11 7 1 2º ciclo (6º ano) 19 89 19 3º ciclo (9º ano) 40 507 207 Ensino Secundário 4 376 216 Bacharelato e Licenciatura - 37 98

Total 74 1.016 541 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Execução física das acções realizadas (2008)

Descrição Aprovado

em candidatura

Execução Taxa de execução

Volume de formação 55.800 55.566 99,5%

Formandos abrangidos 1.404 1.631 116%

Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Execução financeira das acções realizadas (2008)

2008 TOTAL Montante aprovado 98.955,45 467.901,36

Despesa apresentada 98.955,45 373.507,07

Despesa aprovada 98.955,45 316.719,37 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.143 ANEXO 7 – Estudos de Caso

CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA REDE DE GESTÃO DIRECTA (IEFP) DE ÉVORA

Caracterização da Entidade e perfil da respectiva oferta formativa

Caracterização da Entidade

O Centro de Formação Profissional de Évora entra em funcionamento em 1981, alargando a rede de polivalentes e modernos Centros de Formação Profissional, dependentes da Delegação Regional do Alentejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Este Centro possui instalações em Évora e Reguemos de Monsaraz, sendo que nas instalações de Reguengos se privilegia a formação na área de Produção Artística e Artesanato tradicionais do Alentejo.

O Centro de Formação Profissional de Évora, beneficiando de uma articulação flexível com os restantes Centros da Região do Alentejo, vem assegurando um importante papel na determinação das necessidades de formação e satisfação das solicitações do mercado de emprego, assim como na dinamização do desenvolvimento da região em que se insere.

A actividade formativa do Centro é desenvolvida com recurso ao recrutamento de formadores externos através da Bolsa Nacional de Formadores.

O CFP de Évora possui um CNO próprio que funciona nas instalações do Centro e é o principal responsável pelo encaminhamento dos indivíduos para as acções de formação.

Perfil global da oferta formativa

O Centro procura, constituir uma resposta dinâmica e oportuna nas diferentes modalidades de formação inicial e contínua, bem como na formação de formadores e de gestores e quadros, conferindo a respectiva certificação profissional.

Este Centro serve uma região com características e necessidades diversificadas, estando vocacionado para as áreas de Agricultura e Desenvolvimento Rural; Construção Civil e Obras Públicas; Madeiras; Electricidade e Electrónica; Serviços Administrativos e Financeiros; Produção Artística e Artesanato tradicionais do Alentejo.

A oferta formativa do CFP de Évora é bastante diversificada no que se refere às modalidades, tipos e aos níveis de formação atingindo públicos de todos os escalões etários e níveis de habilitação escolares e profissionais quer empregados, quer desempregados.

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa

Concepção e organização da candidatura

A candidatura às Formações Modulares Certificadas teve como ponto de partida o Plano Anual de Formação do Centro de Formação Profissional de Évora para o ano de 2008. A elaboração do Plano de Formação anual é realizada com base na recolha de informação através de várias fontes: • Centros de Emprego – sinalização das necessidades de formação dos desempregados

inscritos no centro; • Conselho Consultivo (constituído por vários parceiros sociais: autarquias, associações

empresariais,…) – identificação de necessidades regionais de formação, dos sectores de actividade ou de entidades presentes na Região;

• CNO – identificação das necessidades dos formandos inscritos em processos de RVCC; • Inscrições no Centro de Formação Profissional – análise das fichas de inscrição que

contemplam as áreas de formação que os indivíduos pretendem frequentar; • Solicitações das empresas – análise dos pedidos de formação das empresas, que ao

longo do ano, contactam o Centro a solicitar formação para os seus colaboradores; • Histórico dos anos anteriores – identificação das áreas de formação mais procuradas

em anos anteriores. Com base na informação recolhida são identificadas as necessidades de formação e as áreas que deverão ser contempladas no Plano de Formação, bem como as modalidades em que a formação será ministrada.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.144 ANEXO 7 – Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa (cont.)

Nesta fase são, ainda, identificadas as fontes de financiamento disponíveis para implementar as acções contempladas no Plano de Formação que, depois de organizado e aprovado, dá lugar à elaboração das candidaturas a cada um dos instrumentos/tipologias de financiamento. O formato de organização da candidatura às Formações Modulares Certificadas foi considerado pelos actores que participam no processo como uma das mais valias desta nova modalidade. Com efeito, este novo modelo de candidatura ao consentir que apenas se indique o volume de formação (horas), por área de formação, permite uma gestão mais flexível da execução das candidaturas, bem como ultrapassar alguns problemas de carácter administrativo e burocrático com que as entidades formadoras, no quadro de financiamento anterior (QCAIII), se deparavam durante a execução do projecto e na fase de pedido de pagamento de saldo, os procedimentos vigentes exigiam que fossem submetidos pedidos de alteração à candidatura sempre que por algum motivo não fosse possível realizar uma determinada acção de formação planeada. O único problema identificado diz respeito ao cálculo do financiamento que tem por base o volume de formação (nº de formandos x nº de horas de formação) o qual não permite ter em conta o número de faltas dos formandos ou o número de desistências, o que faz com que o volume candidatado seja sempre superior ao que realmente será executado. Neste sentido, seria importante que na fase de candidatura fosse possível inserir um factor de correcção ao orçamento programado que pudesse contemplar as perdas que vão ocorrendo ao longo do desenvolvimento do Projecto, permitindo que as taxas de execução se aproximassem mais dos valores esperados. Os instrumentos de apoio ao processo de concepção e organização da candidatura, são considerados úteis e adequados, nomeadamente o SIIFSE (Sistema Integrado de Informação do Fundo Social Europeu) que foi avaliado como sendo um sistema amigável e intuitivo. As diferenças, ao nível da linguagem entre a ANQ, a Autoridade de Gestão do POPH e o IEFP acarretam alguns problemas de comunicação entre as várias entidades, pelo que seria benéfico que todos utilizassem a mesma terminologia. Adequação dos instrumentos de regulamentação da tipologia face aos objectivos do programa e Sugestões de Melhoria

A grelha de análise das candidaturas apresenta alguns problemas, porque os critérios não são objectivos o que exige que a fundamentação das candidaturas seja quase filosófica e um pouco vaga, já que não é clara a natureza de alguns dos seus parâmetros, nomeadamente no que se refere às componentes a integrar e que serão alvo de avaliação. No caso dos Centros de Formação Profissional do IEFP que possuem lógicas de funcionamento semelhantes, a candidatura às FMC poderia ser apenas uma única, de âmbito nacional, com a apresentação das especificidades inerentes a cada uma das regiões. No caso do Regulamento Específico, ainda que, na generalidade, o mesmo se encontre adequado quanto aos critérios de elegibilidade, existem algumas excepções, relacionadas com os horários, o número de participantes e o nível de escolaridade: • Horário das acções - sugere-se que o horário pós-laboral possam ser ministradas 6 horas

e não 4 como prevê o Regulamento e no horário laboral 8 horas diárias em vez de 6 horas, permitindo que as acções de formação possam decorrer num menor período temporal.

• Nº. de formandos – não deveria existir um número máximo e mínimo de formandos, já que sempre que têm menos, ou mais formandos, o que acontece com alguma frequência, é necessário pedir autorização ao POPH.

• Nível de Escolaridade – este critério impede o acesso dos indivíduos que não possuem o nível de escolaridade mínimo a algumas UFCD, o que no caso das áreas tecnológicas não faz muito sentido, porque se no desenvolvimento do seu trabalho, o indivíduo necessita de mobilizar essas competências deveria poder frequentar a formação para as adquirir.

O critério dos 10% também se revela desadequado, já que muitos indivíduos, ainda que licenciados possuem necessidades de formação nalgumas áreas tecnológicas (p.e., licenciado em gestão com necessidades de competências técnicas na área de Higiene e Segurança no Trabalho, para o desenvolvimento das suas funções na empresa).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.145 ANEXO 7 – Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa (cont.)

Em 2008, existia ainda um outro problema: só podiam constituir grupos exclusivos de empregados ou de desempregados. Todavia, esta situação já foi alterada e actualmente é possível formar grupos mistos de desempregados e empregados. Relevância e contributo do projecto para os objectivos mais globais da Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida

As FMC correspondem à tipologia de formação que melhor responde aos objectivos globais da Adaptabilidade e Aprendizagem ao longo da Vida porque contribuem para:

− Elevar os níveis de qualificação dos activos - empregados e desempregados, na medida em que permite adquirir competências específicas para concluir ou completar percursos formativos de forma intermitente e de acordo com as disponibilidades dos indivíduos. Actualmente, a maioria dos indivíduos utiliza as FMC para concluir percursos formativos e adquirir certificação escolar e/ou profissional.

• Alargar as possibilidades de acesso à formação por parte dos activos empregados, através da modulação e do ajustamento das ofertas, porque corresponde a acções de curta duração que não exigem a ausência por períodos prolongados do posto de trabalho, podendo o indivíduo frequentar apenas uma UFCD e posteriormente realizar outras. Esta situação é essencialmente benéfica para os indivíduos que não têm de abdicar dos seus tempos pessoais durante períodos temporais elevados, já que a maioria das empresas ainda realiza formação em horário pós-laboral.

− Garantir a capitalização das formações de curta duração, realizadas no quadro de um determinado percurso formativo, com vista à obtenção de uma qualificação correspondente a uma determinada saída profissional. As acções de formação correspondem a certificações profissionais que podem ser realizadas ao longo do tempo, de forma continuada ou intermitente, podendo ser combinadas e resultar numa certificação total. Os indivíduos ainda não têm consciência desta possibilidade pelo que, na generalidade dos casos, as FMC ainda não são utilizadas com este objectivo.

− Expandir e consolidar o sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências, através das FMC os candidatos dos processos de RVCC que apenas obtenham certificações parciais podem completar o seu percurso através da frequência das UFCD em falta. Na medida em que o RVCC escolar se encontra numa fase de implementação mais consolidada, esta articulação ocorre essencialmente nestes casos. Com o aumento da oferta de RVCC Profissional é expectável que esta situação venha ser alterada.

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas

Adequação e qualidade das FMC

A oferta de FMC é considerada bastante diversificada, já que cobre a maioria das saídas profissionais. Todavia, o Catálogo Nacional de Qualificações limita algumas das opções que existiam anteriormente, ainda que os conteúdos de cada uma das UFCD sejam o mais generalistas possível permitindo adequá-los à realidade do público-alvo. O CNQ enquanto instrumento deverá ser revisto e ajustado, já que os conteúdos de algumas áreas de formação necessitam de ser actualizados e principalmente articulados com o Sistema Nacional de Certificação Profissional, o que não acontece actualmente. Para que a oferta formativa possa ter uma maior qualidade e proximidade com as necessidades da procura, é necessário:

assegurar a articulação entre os referenciais do CNQ e o Sistema Nacional de Certificação Profissional ou seja, é necessário que o SNCP reconheça e valide as UFCD para que os certificados emitidos no âmbito das FMC sejam reconhecidos e permitam a obtenção do Certificado de Aptidão Profissional;

auscultar os operadores que estão no terreno, assegurando que os conteúdos possam ser mais ajustados à realidade de cada saída profissional;

envolver as empresas identificando novas formas de fazer e as necessidades de desenvolvimento de competências;

desligar as áreas de formação transversais, como a informática, a Higiene e Segurança no Trabalho ou o Inglês da obrigatoriedade de estarem associadas a referenciais de formação concretos, devendo existir um referencial genérico que posteriormente poderia ser adaptado a cada saída profissional;

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.146 ANEXO 7 – Estudos de Caso

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas (cont.)

envolver os CFP do IEFP no trabalho de contribuir para o desenvolvimento dos referenciais das áreas de formação com que trabalham regularmente; monitorizar a implementação do respectivo referencial; e participar na actualização dos referenciais já desenvolvidos.

O CNQ tem a grande mais valia de funcionar como um sistema regulador da formação, assegurando que as competências adquiridas através de uma determinada UFCD, ministrada no CFP de Évora, são idênticas às da mesma UFCD ministrada numa qualquer entidade formadora privada. Contudo, este instrumento limita a antecipação de novas áreas ou novas profissões, novas necessidades de desenvolvimento de sectores ou regiões, já que as entidades formadoras que operam no sector podem apenas realizar acções de formação que correspondam a UFCD contempladas no CNQ. O CFP de Évora tem como prática o desenvolvimento anual de novas áreas de formação que resultem de necessidades identificadas junto das entidades que operam na região. No âmbito deste trabalho foram já criadas novas saídas profissionais reconhecidas a nível nacional, como é o caso do Referencial de Telecomunicações. Com este novo modelo de financiamento este trabalho encontra-se mais limitado, ainda que não tenha sido abandonado por completo na medida em que 10% do volume de formação desenvolvido no Centro pode ser realizado com recurso a financiamento extra. Com este sistema não é possível responder a solicitações de empresas que possuem necessidades de formação específicas não contempladas no CNQ. As FMC assumem-se como as formações técnicas de excelência na qualificação profissional de adultos ao longo da vida e mereceram já este reconhecimento por parte do seu público-alvo que cada vez mais as utiliza como forma de reciclagem, actualização ou aquisição de competências técnicas necessárias ao desenvolvimento das suas actividades profissionais. Neste contexto, em candidatura são contempladas essencialmente as áreas de formação tecnológica, correspondendo o volume da formação de base candidatada às necessidades identificadas pelo CNO, relativas a processos de RVCC. A procura das FMC cresceu exponencialmente em relação à formação contínua desenvolvida no âmbito do Quadro Comunitário anterior, registando-se um volume superior de envolvidos em formação contínua. Actualmente, os indivíduos investem mais neles próprios e na sua qualificação escolar e profissional, reconhecendo as vantagens de frequentar acções de formação. Os indivíduos que frequentam estas acções de formação são atraídos inicialmente pelo número reduzido de horas de formação, e muitas vezes estes acabam por realizar vários módulos de formação.

ARTICULAÇÃO DA CANDIDATURA COM OS CNO E PROCESSOS RVCC A articulação das FMC com o CNO e os processos de RVCC, em 2008, tinha uma lógica de funcionamento bastante diferente do modelo actual; o CNO ainda se encontrava numa fase bastante embrionária e o seu modelo de funcionamento em construção. Os candidatos dos processos de RVCC frequentavam as acções de formação (FMC) antes de iniciarem o processo de RVCC propriamente dito, enquanto, actualmente, primeiro fazem o reconhecimento, a validação e a certificação das competências e, caso apenas tenham adquirido a certificação parcial frequentam as acções de formação (FMC). Pelo facto de o processo de RVCC escolar se encontrar numa fase de desenvolvimento mais adiantada do que o RVCC profissional, a articulação entre estes processos e as FMC respeitam, essencialmente a formações de base. Todavia, prevê-se um crescimento na área das formações tecnológicas com o crescimento do RVCC profissional.

Na maioria das situações os técnicos de RVC conseguem antecipar, na fase de diagnóstico, quais as necessidades de formação que os indivíduos vão apresentar no desenvolvimento do processo. Desta forma, fazem o RVCC escolar, e em paralelo, frequentas as UFCD escolares e profissionais em falta para depois poderem iniciar o RVCC Profissional.

Para ultrapassar a questão do número mínimo de participantes de uma acção de formação, por vezes, os formandos frequentam algumas UFCD no contexto de acções de formação de Cursos EFA funcionando as mesmas como FMC.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.147 ANEXO 7 – Estudos de Caso

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas (cont.)

Reconhecimento e confiança dos empregadores face à Tipologia

As FMC correspondem à realização de UFCD retiradas do referencial de formação de uma determinada saída profissional inserida no CNQ, cujos conteúdos são, na maioria dos casos, generalistas, pelo que nem sempre correspondem às necessidades específicas das empresas. Por outro lado, quando o número de horas de formação é muito estanque (25 ou 50 horas de formação) quando, na maioria dos casos, as empresas pretendem realizar 35 horas de formação para cumprirem o número de horas de formação exigido pelo Código do Trabalho. De uma maneira geral, as entidades empregadoras da Região ainda não estão preocupadas com a questão do CNQ ou com a certificação escolar ou profissional, pelo que não lhe atribuem especial relevância. As entidades empregadoras consideram as FMC como a nova formação contínua que permite colmatar as necessidades específicas dos seus colaboradores, com a vantagem de que correspondem a acções de formação de menor duração que as anteriores, o que criará menor resistência por parte dos colaboradores que não terão de abdicar do um período temporal do seu tempo pessoal para frequentar formação (a maioria das empresas realiza formação em horário pós-laboral). Como forma de reconhecimento público pelo esforço das empresas na promoção da formação e qualificação dos seus colaboradores, deveria ser criado e atribuído um selo de qualidade a estas entidades. Formas, regularidade e contributos dos mecanismos de acompanhamento, avaliação e controlo da candidatura pelas estruturas do POPH

O POPH realiza com regularidade auditorias no CFP de Évora e sempre que necessário, são realizadas reuniões quer por solicitação do Centro, quer por solicitação das estruturas do POPH.

Adequação do modelo das UFCD aos objectivos estabelecidos para a tipologia

Resultados da execução da candidatura ao nível dos beneficiários

Em 2008, foram realizadas mais acções FMC para activos empregados do que para desempregados. Este cenário sofreu, entretanto, uma inversão, pelo que actualmente o número de formandos desempregados é maior do que o de empregados. Em 2008, tal como actualmente, o volume de formação e o número de formandos envolvido, é bastante superior nas áreas de formação tecnológica do que na área da formação de base. Os indicadores globais de realização física permitem constatar que o número de formandos abrangidos foi superior ao previsto em candidatura (117,56%) e que o volume de formação foi superior aos 85% do previsto, sugerindo um comportamento positivo por parte da procura de FMC. Embora não disponham de dados concretos que o comprovem, os entrevistados consideram que, ao nível dos activos empregados, os resultados das FMC contribuirão para a progressão na carreira e para a melhoria das condições salariais. Do ponto de vista dos desempregados (cerca de 20%), as FMC têm contribuído para melhorar as condições de empregabilidade. Os resultados não têm sido tão expressivos devido à crise económica que o país atravessa e à rarefacção das oportunidades de emprego. As FMC têm contribuído para a manutenção do emprego dos activos empregados e para elevar os seus níveis de qualificação escolar e profissional, já que têm permitido completar processos de RVCC escolar e profissional conduzindo à certificação total. Resultados da execução da candidatura para a Aprendizagem ao Longo da Vida

Os resultados da execução da candidatura para a Aprendizagem ao Longo da Vida são os seguintes: Alargar as possibilidades de acesso à formação por parte dos activos empregados, através da modulação e do ajustamento das ofertas As FMC têm-se revelado um bom veículo para a realização de novos investimentos em formação, por se tratar de acções de formação de curta duração.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.148 ANEXO 7 – Estudos de Caso

Adequação do modelo das UFCD aos objectivos estabelecidos para a tipologia (cont.)

Na opinião dos entrevistados, o mérito não está apenas na tipologia da acção de formação mas também na qualidade da própria acção de formação, i.e., dos seus conteúdos e do formador que a ministra.

Se no final da acção de formação o formando reconhecer o valor acrescentado da sua frequência, procura e frequenta novas acções de formação.

Os indivíduos começam a reflectir sobre o seu próprio processo de aprendizagem o que estimula a vontade de aprender e de frequentar mais acções de formação. Assim, com muita frequência assiste-se no CFP de Évora à realização de várias UFCD pela mesma pessoa ou grupos de pessoas.

Elevar os níveis de qualificação dos activos - empregados e desempregados

Os candidatos do RVCC escolar e profissional que não adquirem a certificação total têm completado o seu percurso formativo através da realização de acções de formação desenvolvidas no âmbito das FMC que lhes permitem adquirir a certificação total. Garantir a capitalização das formações de curta duração, realizadas no quadro de um determinado percurso formativo, com vista à obtenção de uma qualificação correspondente a uma determinada saída profissional Os indivíduos ainda não têm consciência desta possibilidade pelo que, na generalidade dos casos, as FMC ainda não são utilizadas com este objectivo. Expandir e consolidar o sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências

Na medida em que o RVCC escolar se encontra numa fase de implementação mais consolidada, esta articulação ocorre essencialmente nestes casos. Contudo, é expectável que com o aumento da oferta de RVCC Profissional esta situação venha a alterar-se.

Características da candidatura quanto à rede institucional de relações entre entidades

Actores envolvidas na candidatura

A concepção, organização e gestão da candidatura é da responsabilidade do Núcleo de Desenvolvimento das Qualificações em articulação com o departamento de contabilidade, responsável pelas questões financeiras. Na mediada em que a concepção das candidaturas é realizada com base na elaboração do Plano de Formação são envolvidos neste processo de forma indirecta:

− os Centros de Emprego da Região; − o Conselho Consultivo; − o CNO; e − as Empresas.

O CFP de Évora não possui formadores internos, recorrendo à Bolsa Nacional de Formadores para o recrutamento e selecção dos mesmos para ministrara as suas acções de formação. Estes actores são responsáveis pela adaptação dos conteúdos da UFCD às características do público-alvo e com vista a ministrar a acção de formação, não tendo qualquer papel activo na fase de candidatura. O CFP de Évora realiza FMC quer para indivíduos, quer para empresas, podendo os grupos ser constituídos apenas por indivíduos, por grupos de empresas ou serem mistos.

Articulação com CNO

O CFP de Évora possui um CNO próprio que funciona nas instalações do Centro e é o principal responsável pelo encaminhamento dos indivíduos para as acções de formação. Quando se inscrevem no Centro, os indivíduos passam todos pelo CNO a fim de identificar se querem e reúnem condições para integrar processos de RVCC escolar e/ou profissional ou se devem ser reencaminhadas para outras opções formativas, p.e., EFA, CEF, FMC, entre outras modalidades.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.149 ANEXO 7 – Estudos de Caso

Anexo

Elementos de Caracterização (Entidade e Formação Realizada)

Entidade Promotora: Centro de Formação Profissional de Évora

CAE: 80421 - Formação e Aperfeiçoamento Profissional

Natureza jurídica da entidade: Entidade Formadora

Sede Social: Concelho: Évora Distrito: Évora

Regiões de abrangência da candidatura: Alentejo

Período de Execução: 2008

Acções Realizadas

Ano 2008 Nº Acções 563 Nº de formandos 8.188 Fonte: Dados de execução Física SIIFSE.

Acções realizadas e formandos abrangidos,

segundo o género (2008)

Género Nº de formandos

Homens 4.572 Mulheres 3.616

Total 8.188 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Perfil de Formandos abrangidos face ao emprego (2008)

Nº Empregados 6.531 Desempregados 1.636 Inactivos 21

Total 8.188 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Formandos abrangidos, segundo o escalão

etário (2008) Escalão Nº

15 - 19 196 20 - 24 1015 25 - 34 2520 35 - 44 2206 45 - 49 975 50 - 54 763 55 - 64 481 > 64 32 Total 8.188

Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Formandos abrangidos, segundo as

habilitações à entrada (2008)

Níveis Nº < 4 anos escolaridade 6 1º ciclo (4º ano) 1.120 2º ciclo (6º ano) 1.782 3º ciclo (9º ano) 2.432 Ensino Secundário 2.476 Bacharelato e Licenciatura 372

Total 8.188 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Execução física das acções realizadas (2008)

Nº de Formandos

Volume de formação

Aprovado 6.965 339.772 Execução 8.188 291.882 Taxa de execução 117,56 85,91

Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Execução financeira das acções realizadas (2008)

Montante (€) Montante aprovado 796.596,61 Despesa apresentada 872.690,41 Despesa aprovada 861.119,21 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.151 ANEXO 7. Estudos de Caso

ESCOLA DE FORMAÇÃO JERÓNIMO MARTINS

Caracterização da Entidade e perfil da respectiva oferta formativa

Caracterização da Entidade O Grupo Jerónimo Martins atribui uma importância estratégica à formação dos recursos humanos, sendo a Escola de Formação a face mais visível desse posicionamento. A Escola surge da necessidade de concentrar a organização e consolidar as experiências de formação desenvolvidas no Grupo e, pela via da formação, disseminar as boas práticas ao nível operacional (higiene e segurança no trabalho, higiene e segurança alimentar, atendimento ao cliente, entre outros) e de gestão. A Escola de Formação Jerónimo Martins (EFJM) inaugurada a 17 de Janeiro de 2005, visa contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores das empresas do Grupo e uniformizar os seus programas de formação, bem como promover e valorizar a difusão do know how existente nas empresas de Distribuição em Portugal. Este projecto pretende, ainda, fomentar a partilha de experiências e consolidar uma cultura de Grupo, dotando os colaboradores dos conhecimentos e das competências necessárias para o desempenho das suas funções. A Escola de Formação conta com 6 salas de formação, com capacidade para 90 formandos, duas delas equipadas com 28 computadores. Perfil global da oferta formativa Para tornar a Escola de Formação uma realidade, o Grupo Jerónimo Martins começou por definir as acções de formação a desenvolver e criar planos de formação standard para determinadas funções. Neste processo foram identificados no seio do Grupo os potenciais formadores, constituindo equipas de trabalho que têm à sua responsabilidade o desenvolvimento dos programas de formação comuns às várias empresas da área de Distribuição do Grupo em Portugal. O Grupo Jerónimo Martins tem vindo a promover a realização de acções de formação, internas ou externas, que visam o desenvolvimento das boas práticas tanto em termos operacionais, como ao nível de competências de gestão, com o intuito de garantir a adequação dos recursos humanos às exigências dos segmentos de negócio. No que se refere à promoção das competências de gestão, o Grupo tem vindo a estabelecer relações institucionais com diferentes Instituições de Ensino, entre as quais a Universidade Nova, o INSEAD e o IMD. A Escola de Formação Jerónimo Martins aposta em duas áreas principais de formação:

c) Formação na área dos perecíveis (onde se enquadra a oferta de formação por via da Tipologia 2.3.); e

d) Formação contínua, sobretudo na área comportamental, sendo esta componente assegurada por financiamento próprio.

Em síntese, existe uma tradição de investimento na formação de competências (internas e a recrutar, em resposta aos elevados níveis de rotação nos empregos característicos da Distribuição Alimentar) e no que a Escola vem ajudar a organizar de forma programada e à qual a oportunidade de acesso a recursos de financiamento tem permitido conferir uma estruturação mais formal (p.e., com componentes caracterizadas por percursos de formação mais longos e com vertentes regionalizadas). A celebração do Protocolo com a ANQ (2007) contribuiu para essa formalização através de uma maior adesão institucional e de uma relação operativa eficaz com a Rede de CNO existente no território.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.152 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa

Concepção e organização da candidatura A Tipologia das Formações Modulares Certificadas (FMC) integra o Plano Anual de Formação da EFJM no qual é contemplada apenas a componente de formação tecnológica das FMC. Toda a formação é concebida e organizada internamente e apresentam candidaturas semelhantes em todas as Regiões; estas são fundamentadas a partir das necessidades identificadas pela Empresa, as quais se reflectem num Plano de Formação Anual. Após a elaboração do Plano são identificadas as áreas em que é possível beneficiar de financiamento. Parte do investimento em formação prende-se com a necessidade de constituir bolsas de recrutamento que permitam responder às necessidades de preenchimento de postos de trabalho nos vários segmentos da distribuição alimentar, sector marcado por uma forte rotatividade. Na óptica dos responsáveis, toda a formação programada seria realizada mesmo sem financiamento; inclusive, admitem que se os processos associados à operacionalização das candidaturas se tornarem demasiado burocráticos, o Grupo pode optar por deixar de recorrer a formação financiada. A formação é encarada como uma necessidade permanente, sobretudo em profissões que exigem conhecimentos muito específicos e práticos, como as profissões de talhante e padeiro. A aposta forte do Grupo na formação profissional levou a que a Escola procurasse, no Catálogo, resposta aos objectivos estabelecidos no respectivo Plano de Formação, nomeadamente procurando desenvolver uma abordagem de adequação do modelo de formação interno ao enquadramento daquele instrumento. A justificação da pertinência da candidatura é fortemente ancorada na ligação formação - emprego, já que subjacente à realização da formação está a intenção de recrutamento dos formandos (“o objectivo da empresa é recrutar 100% dos formandos”). Em média, 80% dos formandos das FMC são desempregados, seleccionados a partir do trabalho com os Centros de Emprego ou através da divulgação nas Lojas do Grupo. Desses, cerca de 70% ficam empregados após a formação. A Escola desenvolve percursos de cerca de 300h para activos empregados, mas no conjunto da oferta de FMC, este tipo de cursos tem um peso relativamente residual em função da tecnicidade das componentes funcionais dos postos de trabalho. Na fase de preparação da candidatura, a Escola realizou reuniões de trabalho técnico com a ANQ onde procuraram operacionalizar as margens de ajustamento dos conteúdos formativos e respectiva duração aos requisitos das UFCD. Com efeito, o modelo de formação que consideravam mais adequado carecia de validação por parte da Agência, pretendiam recorrer a módulos do Catálogo mas acrescentando novos conteúdos às UFCD e ajustar os módulos de molde a incorporar modalidades de formação em alternância (incluindo formação em sala, prática simulada e formação em contexto de trabalho). Este processo foi apreciado positivamente, tendo permitido a organização de projectos de formação que respeitam a estrutura e conteúdos das UFCD previstas no Catálogo, combinados com conteúdos adicionais, ajustados às necessidades específicas da Empresa (p.e., em matéria de Higiene e Segurança Alimentar e Manipulação de Carnes). As principais dificuldades assinaladas na fase de organização da Candidatura estiveram associadas a:

− falta de informação antecipada sobre a data de abertura de candidaturas, o que dificulta o processo de preparação da mesma; a programação anual, adoptada no passado pelo POEFDS, devia ser tomada como exemplo a seguir neste domínio;

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.153 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa (cont.)

− insuficiente esclarecimento prestado pela Estrutura de Apoio Técnico: remetem recorrentemente para a legislação, sem esclarecer o essencial das dúvidas colocadas (p.e., na fase de preparação da candidatura não sabiam se era possível apresentar uma candidatura como grupo empresarial; ou como poderiam proceder para agilizar processos burocráticos relacionados com o registo dos colaboradores que participam em várias acções/módulos); e

− critérios de elegibilidade das bolsas de formação (as situações de não elegibilidade de atribuição de bolsa via POPH têm sido suportadas pela empresa).

Adequação dos instrumentos de regulamentação da Tipologia face aos objectivos do programa e sugestões de melhoria De uma forma geral, a Candidatura responde a todos os critérios de selecção da grelha. Não obstante, os responsáveis da Escola têm uma visão crítica acerca dos aspectos que a grelha privilegia, na medida em que está focada, sobretudo, na dimensão da formação e menos na dimensão relativa ao contributo do projecto para a empregabilidade dos formandos após a formação, elemento que consideram fundamental e releva do posicionamento do Grupo na abordagem de investimento na formação. Para além da formação financiada, a Escola recorre às UFCD para a realização de formação auto-financiada. Este enfoque poderia remeter para a sustentabilidade da intervenção, mas decorre, sobretudo, da necessidade de ultrapassar constrangimentos relacionados com os limites territoriais e temporais impostos pelo instrumento de financiamento, designadamente:

− a elegibilidade geográfica é determinada pelo local de realização da formação e é norteada pelo enquadramento das Unidades de Análise (NUT’s II), uma abrangência que não coincide com a organização territorial das estruturas empresariais/rede de lojas do Grupo; em face disto, por vezes, registam-se dificuldades para reunir os formandos indispensáveis ao funcionamento das acções;

− a obrigatoriedade de não interromper a formação por um período superior a 90 dias é difícil de conciliar com exigências de gestão do pessoal no período de Junho a Setembro, as quais dificultam mobilizar as pessoas para a formação, sobretudo os formadores.

Ao nível da apreciação técnica das Unidades de Análise Regionais, é sinalizada uma insuficiente homogeneidade dos perfis de aprovações que não são uniformes, mesmo sendo idênticas as candidaturas submetidas e aprovadas em outras Regiões, sem que exista informação objectiva dos critérios justificativos dessa decisão. Relevância e contributo do projecto para os objectivos mais globais da Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida Os responsáveis da Escola consideram que a participação em formação, sobretudo certificada, tem estimulado a vontade de aprender dos indivíduos e impulsiona trajectórias qualificantes. Proporcionar o acesso às UFCD tende a contribuir para gerar nos indivíduos a consciência de um novo passo que é “parte de um caminho no processo permanente de qualificação”. As evidências resultam das interrogações frequentes “como é?; “o que é preciso fazer?”, “quando posso começar?”, … Como Grupo, pretendem apurar regularmente a expressão fundamentada desta percepção de investimento qualificante; este elemento será determinante para equacionar a continuidade, ou não, da aposta no financiamento deste tipo de formação orientada para melhorar as condições de empregabilidade. Nesta perspectiva, a Escola está a preparar os mecanismos de suporte a uma avaliação interna sistemática da formação realizada e a evolução de resultados que vier a ser detectada contribuirá para a tomada de decisão em termos de um maior ou menor fortalecimento interno da organização da formação, em última análise da manutenção dos “standards” de investimento na formação após o actual ciclo de programação.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.154 ANEXO 7. Estudos de Caso

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas

Adequação e qualidade das FMC O Catálogo é apreciado positivamente, respondendo globalmente às necessidades de formação da empresa. Sobre o processo de ajustamento do Catálogo reconhecem o esforço da ANQ em envolver o tecido empregador nesse processo. As dificuldades de envolvimento das empresas prendem-se com a falta de tradição de mobilização das empresas para a formação. No entanto, consideram indispensável esse envolvimento nas vertentes técnicas de concepção de novas UGCD’s de modo a garantir maiores níveis de ajustamento a necessidades funcionais de natureza sectorial mais específicos. O funcionamento regular do Conselho Sectorial do Comércio pode constituir uma solução operativa para estimular esse envolvimento; no entanto, as reuniões de trabalho têm sido esporádicas e de carácter generalista. A empresa já tinha tomado contacto com os referenciais existentes no Catálogo, nomeadamente a partir do acolhimento regular de estagiários do Centro de Formação Profissional para o Sector Alimentar (CEPSA). Na opinião dos técnicos que acompanham o trabalho desses estagiários, os referenciais permitem desenvolver as competências-base necessárias ao exercício da profissão, mas precisam de ser ancorados em elementos de experimentação, em contexto de trabalho, para corresponderem às exigências da profissão. A flexibilidade do instrumento existe, sobretudo, pela possibilidade de combinar vários módulos de formação de áreas diferentes e criar percursos de formação mais ajustados aos interesses da entidade e dos públicos a que se destina a formação (p.e., a formação em gestão de stocks, agregando UFCD da Área do Artesanato ou em arranjos florais para internos, agregando UFCD de Jardinagem). Os responsáveis identificam margens para reforçar essa flexibilidade, que devem ser objecto de ponderação, designadamente: − a organização das UFCD em períodos de duração menos rígidos (a duração de

25h ou 50h dificulta a distribuição temporal dos módulos e transmite a imagem de um modelo demasiado formalista);

− a proposta de novas UFCD ou alterações a ter origem na própria ANQ; actualmente, o processo é demasiado complexo e as empresas têm pouca disponibilidade para investir nesse tipo de procedimentos, nomeadamente na fundamentação da necessidade de ajustamentos aos perfis de formação e à respectiva estruturação em UFCD.

Articulação da candidatura com os CNO e os processos RVCC A Escola estabeleceu um Protocolo com a ANQ e o IEFP em 2007, o qual permite que cerca de 4.000 colaboradores do Grupo frequentem os CNO. Este Protocolo estabelece, do lado do Grupo JM, o compromisso de divulgação e mobilização dos seus colaboradores, para a frequência de um CNO com vista à conclusão do 9.º ou do 12.º ano, durante o período laboral; trata-se de um “compromisso para a qualificação”. Este Protocolo pressupõe, por parte do IEFP e da ANQ, a disponibilização dos seus técnicos para a condução do processo de formação e certificação dos colaboradores da empresa. O documento assinado permite à Escola de Formação Jerónimo Martins contar com uma rede nacional de Centros “Novas Oportunidades”, tornando possível realizar o processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), sempre muito próximo dos locais de trabalho de todos os colaboradores. O Grupo contribui, desta forma, para o desenvolvimento de competências e para a flexibilização das carreiras dos seus colaboradores, facilitando a progressão interna e a empregabilidade. Formas, regularidade e contributos dos mecanismos de acompanhamento, avaliação e controlo da candidatura pelas estruturas do POPH Os mecanismos de acompanhamento são regionalizados e, por vezes, obtêm diferentes resoluções para problemas semelhantes, apresentados às estruturas regionais do POPH. Em diversas situações, os esclarecimentos prestados pelos núcleos de acompanhamento revelaram-se demasiado demorados, p.e., em relação a dúvidas relacionadas com a imputação de despesas.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.155 ANEXO 7. Estudos de Caso

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas (cont.)

A entidade mostra reservas quanto aos efeitos da introdução do SIGO no processo de gestão das candidaturas, receando que esse elemento torne o processo demasiado burocrático e desmobilizador da participação da entidade na formação do POPH. “Tudo o que complexifica o processo, afasta as empresas, independentemente do financiamento”. A vantagem deste Sistema reside na possibilidade de aceder ao “histórico” da formação frequentada anteriormente pelos formandos mas, em contrapartida, sobrecarrega as entidades que passam a ter que inserir os elementos de caracterização dos formandos de forma individualizada. O registo de um número de horas global, susceptível de encaixar nas diversas componentes de formação, mas de acordo, p.e., com uma maior ou menor relação com objectivos das acções, contribuiria para conferir maior flexibilidade de gestão.

Adequação do modelo das UFCD aos objectivos estabelecidos para a tipologia

Resultados da execução da candidatura ao nível dos beneficiários Por parte dos empregadores, continua a haver a percepção, de que a qualificação escolar e profissional não reflecte a capacidade profissional dos indivíduos. No caso particular do sector da Distribuição alimentar, consideram que essa visão pode estar associada à dinâmica do sector, que exige a actualização permanente das competências profissionais. O Grupo encara a formação como um investimento do qual espera obter retorno por via do desempenho profissional dos beneficiários, uma vez que o objectivo principal da formação realizada é contribuir para a inserção profissional dos formandos. Na óptica dos indivíduos, a frequência de formação certificada tem vantagem se induzir efeitos ao nível da mudança de funções profissionais e contribuir para a progressão na carreira. Não foram recolhidas evidências de recurso às UFCD, tendo por objectivo preencher o requisito das 35 horas, estabelecido pelo Código do Trabalho. Resultados da execução da candidatura para a Aprendizagem ao Longo da Vida Não existem instrumentos capazes de medir o efeito da frequência das FMC na construção de trajectórias de qualificação dos indivíduos. É frequente os formandos fazerem comentários que dão conta de uma maior motivação para investir na sua formação, o que leva a responsável pela formação a afirmar que existe uma relação expectável entre a frequência de formação e a aposta na aprendizagem ao longo da vida. As evidências registadas remetem para processos de mudança de secção após a frequência das acções, sendo de registar, nos desempenhos, uma maior predisposição para a inovação nos postos de trabalho, nomeadamente como resultado da formação fora do contexto das lojas. No entanto, importa ter presente que na estrutura profissional da Distribuição alimentar predominam os postos de trabalho com componentes funcionais de baixa tecnicidade, a par de níveis de rotação no emprego bastante acentuados que não facilitam a estruturação de processos continuados de formação ao longo da vida, internos a estas actividades.

Características da candidatura quanto à rede institucional de relações entre entidades

Actores envolvidas na candidatura A formação está concentrada internamente, com as parcerias a serem constituídas em torno das empresas do Grupo (retalho, grosso, logística, …). Estas parcerias internas têm sido eficazes na organização das componentes de formação. A maior parte dos formadores são técnicos internos, com experiência profissional consolidada e experiência de formação; recrutam formadores externos apenas para áreas específicas. A equipa de formadores internos é estruturada em torno de formadores permanentes, a tempo inteiro, com percurso profissional desenvolvido nas lojas e que evoluíram para a formação, frequentemente com base em processos de formação pedagógica e específica de formadores, no quadro de obtenção de CAP e de iniciativas de requalificação regular. Articulação com CNO No futuro, esperam vir a estabelecer uma parceria com CNO para efeitos de reconhecimento de competências dos colaboradores (cf. ponto relativo à Articulação de Candidatura com os CNO e os processos RVCC).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.156 ANEXO 7. Estudos de Caso

ANEXO

Elementos de Caracterização (Entidade e Formação Realizada)

Entidade Promotora: Escola de Formação Jerónimo Martins

CAE: 80421 - Formação e Aperfeiçoamento Profissional

Natureza jurídica da entidade: Outra - Pessoas colectivas com fins lucrativos (empresas privadas)

Sede Social: Concelho: Lisboa Distrito: Lisboa Região: Lisboa

Regiões de abrangência da candidatura: Nacional

Período de Execução: Dezembro de 2008 a Dezembro de 2009

Acções realizadas e formandos abrangidos Perfil de Formandos abrangidos face segundo o género (2008) ao emprego

Nº de Acções 167 Total de formandos 2.234 Homens 1.346 Mulheres 888 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Nº Empregados 439 Desempregados 1.795

Total 2.234 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Execução financeira das acções realizadas (2008)

Níveis Nº < 4 anos escolaridade - 1º ciclo (4º ano) 33 2º ciclo (6º ano) 307 3º ciclo (9º ano) 1.130 Ensino Secundário 507 Bacharelato e Licenciatura 57

Total 2.234 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Formandos abrangidos, segundo as habilitações à entrada (2008)

Montante (€) Montante aprovado 854.477,90 Despesa apresentada 719.875,28 Despesa aprovada 600.888,73 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE

Execução física das acções realizadas (2008)

Execução Física Nº de Formandos

Volume de Formação

(h.) Aprovado 2.594 88.375 Execução 2.234 80.338 Taxa de execução 86,12 90,91 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Formandos abrangidos, segundo o escalão etário (2008)

Escalão Etário Nº

15 - 19 338 20 - 24 808 25 - 34 710 35 - 44 344 45 - 49 20 50 - 54 12

Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.157 ANEXO 7. Estudos de Caso

UNAVE – ASSOCIAÇÃO PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL E INVESTIGAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

Caracterização da Entidade e perfil da respectiva oferta formativa

Caracterização da Entidade A UNAVE, Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro, foi constituída em 10 de Junho de 1986, com o estatuto legal de "Entidade privada sem fins lucrativos".

A UNAVE é uma unidade de interface da Universidade de Aveiro (UA) com a sociedade em geral, nas áreas da Geomática e da formação permanente, pelo que concebe, organiza, realiza e gere acções de formação em parceria com os Departamentos e Secções Autónomas da Universidade de Aveiro e com um elevado número de organizações públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, tendo como objectivo fundamental a promoção da formação profissional de excelência.

A UNAVE é uma entidade formadora acreditada pelo DGERT (Direcção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho) e um Centro de Formação Autorizado da ESRI Portugal na área da geomática.

Perfil global da oferta formativa

A formação realizada pela UNAVE é bastante diversificada quer em termos de modalidades, níveis de formação, públicos-alvo ou áreas de formação.

Relativamente às linhas de orientação estratégica, existe uma clara orientação no sentido daquilo que é a missão, princípios e valores da Universidade de Aveiro. Especificamente, em termos de actividade formativa, a entidade funciona com a lógica de organismo de suporte de intervenção da Universidade de Aveiro. Isso mesmo é assumido no seu Regulamento Geral de Funcionamento da Formação. Nesse documento encontra-se enunciada essa lógica, ou seja, a missão da UNAVE é assumida tendo por referência e orientação, a Política e os Princípios definidos na missão da Universidade. O Plano de Formação é relativamente vasto e encontra-se totalmente ancorado naquilo que são as ofertas de ensino da Universidade de Aveiro. Importa também salientar que 90% dos formadores da UNAVE são docentes da Universidade. A oferta formativa, no âmbito das Formações Modulares Certificadas (FMC), encontra-se assim, também ela, ancorada naquilo que são as competências da Universidade de Aveiro. As áreas de Ensino que a Instituição de Ensino dispõe são aproveitadas para sustentar a oferta formativa em geral, e em particular aquela que diz respeito à candidatura da tipologia. O conhecimento das características do mercado envolvente e o histórico da organização no âmbito da formação profissional, constituíram os restantes elementos estruturantes da candidatura. Neste sentido, as FMC são “apenas” mais uma parcela do Plano de Formação da UNAVE, não aparentando estarem os responsáveis pela formação inteiramente interessados, e até devidamente documentados, relativamente à filosofia, objectivos e operacionalização dessa tipologia, sobretudo no que toca à sua articulação com os CNO e processos de RVCC. Sobre estes processos a falta de informação manifestada chega a parecer desconhecimento. É referido pelos interlocutores, de forma recorrente, que os públicos ainda não terão apreendido bem a componente de certificação escolar das FMC, fica contudo a ideia que isso acontece, também, precisamente porque da parte da UNAVE, não estão a ser realizados os necessários e devidos procedimentos nesse sentido.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.158 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa

Concepção e organização da candidatura A tipologia das Formações Modulares Certificadas (FMC) integra o Plano Anual de Formação da UNAVE e diz respeito apenas à componente de formação tecnológica. A concepção e organização da candidatura foram da responsabilidade exclusiva da UNAVE, designadamente da sua Comissão Executiva (Directora de Formação e Directora Financeira) e muitos dos seus técnicos. Com outras entidades como CNO locais, e empresas, é referido que foram mantidas apenas contactos informais relacionadas com necessidades de formação e/ou aspectos relacionados com as características do tecido empresarial da região. O perfil da entidade determina o sucesso da Tipologia em termos de concretização dos seus objectivos: a oferta de FMC no âmbito da UNAVE, concretiza-se fundamentalmente nas respostas às solicitações de indivíduos e outras organizações locais e também no quadro de competências da própria Universidade de Aveiro Na elaboração da candidatura foram referidas algumas dificuldades, designadamente, as dificuldades consideradas habituais pelo facto de decorrerem de uma nova tipologia. Os interlocutores não recordam nenhuma dessas dificuldades de forma objectiva, tendo em conta o tempo que já passou desde então. “A candidatura começou tarde, a resposta foi tardia e foi difícil chegar aos públicos” – foram algumas das afirmações proferidas. A segunda candidatura já correu melhor. Uma das dificuldades que, na perspectiva da UNAVE, é considerada como factor de constrangimento e que contribuiu para os atrasos atrás referidos, consiste na ausência de articulação entre a ANQ e a estrutura do POPH. As duas estruturas utilizam conceptualizações e interpretações distintas, sobretudo pelo facto de a lógica de operacionalização estar dividida – A ANQ – responsável pela componente pedagógica, e o POPH pela componente de financiamento. Nas dúvidas que surgiram, não foram devida e atempadamente esclarecidas por via desta desarticulação entre as duas estruturas responsáveis.

Adequação dos instrumentos de regulamentação da tipologia face aos objectivos do programa e sugestões de melhoria Os instrumentos de apoio ao processo de concepção e organização da candidatura, são considerados úteis, no entanto, o facto de existirem agora dois sistemas de Informação, nomeadamente o SIIFSE (Sistema Integrado de Informação do Fundo Social Europeu) e o SIGO, é considerado um aspecto burocratizante. Apesar da utilidade reconhecida aos meios de apoio, houve aspectos, designadamente ao nível das grelhas de avaliação e do Regulamento Específico, que não dispensaram esclarecimentos adicionais, via e-mail ou telefónicos com a ANQ e/ou com a estrutura do POPH. As grelhas de avaliação da candidatura são consideradas vagas e/ou pouco objectivas”. Não é clara a natureza de alguns dos seus parâmetros, sobretudo atendendo à sua operacionalização em termos de elementos constituintes da avaliação das candidaturas, p.e. campos obrigatórios, como os referentes a Igualdade de Género e Igualdade de Oportunidades. O Regulamento Específico, não é considerado totalmente claro, existindo sempre alguns aspectos (sobretudo os relacionados com destinatários e formalização da candidatura) que careceram de esclarecimento adicional em sede de candidatura, como já foi referido. Apesar disso, o Regulamento, tendo em conta os objectivos da tipologia, é considerado como adequado, sobretudo no que respeita aos critérios de elegibilidade. Quando comparada com a anterior tipologia (Formação Contínua do POEFDS), os responsáveis pelo Departamento de Formação da UNAVE consideram que são filosofias e objectivos diferentes, tanto na lógica como na operacionalização.

Relevância e contributo do projecto para os objectivos mais globais da Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida O projecto responde aos objectivos globais da Adaptabilidade e Aprendizagem ao longo da Vida na medida em que permite a elevação dos níveis de qualificação dos activos, garantindo-lhes o acesso a módulos de formação, realizados no quadro de um determinado percurso formativo.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.159 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa (cont.)

Face aos objectivos gerais do Eixo Prioritário 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida, reconhece-se que esta tipologia de intervenção é pertinente sobretudo para a elevação da qualificação dos activos, bem como para o alargamento das possibilidades de acesso á formação. Contudo, existe a percepção de que a procura das FMC, consubstancia-se de forma mais evidente na dimensão da qualificação profissional, e menos na dimensão da qualificação e certificação escolar. Esta situação é mais evidente ao nível dos formandos com qualificação abaixo do 9º ano. Acima desse nível, já é notada uma maior preocupação com o percurso escolar. No entanto, as pessoas continuam a procurar a “Formação Contínua”. Na opinião dos responsáveis da UNAVE, não faz sentido que a “Formação Contínua” tal como ela se encontrava estruturada no anterior quadro comunitário – POEFDS, não exista. É sugerido que as FMC poderiam ter um espectro mais alargado, designadamente por via da sua estruturação em dois eixos: um de carácter profissionalizante, e outro destinado ao que se poderia chamar de “melhoria contínua” dirigida a públicos já qualificados.

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas

Adequação e qualidade das FMC Tendo em conta os objectivos da tipologia, e apesar de algumas limitações no Catálogo Nacional de Qualificações, a oferta de FMC é razoavelmente diversificada e responde às necessidades da procura. No entanto, não se considera que essa oferta antecipe áreas e profissões novas, nem que alcance as necessidades mais macro de desenvolvimento local e/ou sectorial. A Tipologia é considerada profícua ao nível do desenvolvimento de competências específicas que os indivíduos necessitem ver colmatadas em vista de um maior desempenho das suas actividades profissionais. O Catálogo Nacional de Qualificações, apesar de ter um espectro alargado, carece de actualizações, bem patentes ao nível de determinados conteúdos. Na opinião dos formadores que colaboram com a UNAVE, muitos dos conteúdos encontram-se demasiado “profundos” para os públicos a que se destinam. Estes desajustamentos verificam-se sobretudo ao nível das áreas da Saúde e da Informática. Ao nível das ciências Informáticas, é referido que o facto de os conteúdos estarem associados a apenas uma plataforma de software (Microsoft Office), não é vantajoso, já que existem outras plataformas totalmente diferentes na óptica do utilizador. Também na área do Trabalho Social e Orientação, e concretamente no módulo Patologia e efeitos psicossociais decorrentes da hospitalização da pessoa idosa, é referido que existe défice de conteúdos programáticos dirigidos às situações crónicas. A este respeito ainda, na opinião dos formadores, a componente social também se encontra descurada, reconhecendo-se a necessidade de reforçar certos conteúdos, p.e., Animação sociocultural. Neste sentido é reconhecido que têm sido realizados os necessários ajustes a certos conteúdos, bem como a adaptação de outros aos respectivos públicos-alvo, sendo que a este nível, também se reconhece a flexibilidade patenteada pela ANQ como um factor positivo. Ainda assim, é referido que o Catálogo poderia conter um espaço “aberto” a sugestões das entidades beneficiárias. Outro aspecto que é referido pelos entrevistados, sobretudo os formadores, relaciona-se com os procedimentos de avaliação dos formandos considerados bastante confusos – já não se fala de “teste” e de “aprovação/reprovação” de formandos, mas de “ficha de trabalho” e de “validação/não validação” de formandos. Esse aspecto, associado à ausência objectiva de critérios de avaliação, na opinião dos responsáveis da UNAVE, promove a percepção de um certo facilitismo por parte dos formandos. Na perspectiva da UNAVE, as FMC acabam por se tornar uma tipologia onerosa. Isto é reconhecido pelo facto de terem que ser organizados um maior número de acções de formação para concretizar um determinado volume de formação. Os processos de arranque implicam custos com a divulgação, com o processo de selecção, de inscrição etc, sendo que nem sempre as UFCD têm a procura esperada, o que implica a reorganização de todo o processo (p.e., na área da Química a falta de público, sem razão aparente, levou a que a mesma não fosse contemplada na candidatura de 2009). Paralelamente, nas áreas industriais (Electrónica e Automação; Metalurgia e Metalomecânica; Construção Civil e Engenharia Civil) o público-alvo não era elegível (públicos com Nível 5).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.160 ANEXO 7. Estudos de Caso

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas (cont.)

O públicos-alvo da UNAVE é maioritariamente público qualificado que não se enquadram, naturalmente, no âmbito das FMC (excepção ao critério dos 10%). Este facto permite explicar a redução da oferta formativa contemplada na segunda candidatura e também o saudosismo relativamente à anterior tipologia de “Formação Contínua” do anterior quadro comunitário. Foi notório algum desânimo, por parte dos interlocutores, relativamente à operacionalização da tipologia, tendo deixado transparecer a ideia, de que provavelmente esta tipologia de intervenção não terá muito futuro na entidade. A frase “qualquer dia temos que pagar para dar formação” é disso sintomática. Também é reconhecida a necessidade de serem criadas condições de sustentabilidade dos resultados e possíveis efeitos das FMC, concretamente por via da criação de condições que permitam o prosseguimento de estudos para os indivíduos que concluam o 12º ano. Na perspectiva da UNAVE, os cursos EFA estão a ser mais eficientes no que diz respeito à resposta às componentes de certificação, quer escolar, quer profissional. Existe a noção de que quem procura um curso EFA, está mais capacitado para esta vertente do que os públicos que procuram as FMC. Nesse sentido, é admissível que as FMC não estejam, efectivamente, a afirmar-se como formações técnicas de excelência, no segmento das formações não superiores. É apontada também como aspecto que não potencia a eficiência e eficácia da tipologia, o facto de que para a realização de uma determinada sequência de UFCD, terem os formandos muitas vezes que circular de entidade em entidade com horários que nem sempre se conjugam. A flexibilidade inerente às FMC, é reconhecida como útil, no entanto, em algumas áreas, o facto de as UFCD serem operacionalizadas separadamente retira-lhes a lógica sequencial de que essas áreas necessitam, e que um Curso EFA proporciona. Em suma, existe a noção de que as FMC são reconhecidas de forma positiva pelos seus públicos-alvo, que as utiliza, essencialmente, como forma de actualização ou aquisição de competências específicas para o desempenho das suas actividades profissionais. No entanto, ainda não foi apreendida a importância desta tipologia para os percursos formativos integrados, sobretudo aqueles que conferem certificação escolar. Articulação da candidatura com os CNO e processos RVCC A UNAVE não possui um CNO, nem tem protocolos formais com nenhuma dessas estruturas, não obstante desenvolver relações privilegiadas com os CNO locais, sobretudo com o do IEFP de Aveiro. Essas relações tiveram início principalmente com o processo de RVCC dos funcionários da Universidade de Aveiro. No entanto, não existe registo de quais os funcionários que o concluíram ou se houve funcionários que frequentaram UFCDS por estarem envolvidos nestes processos. É referido existir a percepção de que está associada a estes processos uma imagem de pouco rigor. Esta relação com o CNO do IEFP, surge após a candidatura à tipologia em 2008, nessa altura é referido que existia algum “desconhecimento” relativo a esta temática. Ainda assim, para o período de 2008-2009, dos 531 formandos que frequentaram a tipologia, 100 (18,7%) indicaram nas respectivas fichas de inscrição, estarem inscritos em um CNO. A UNAVE assume-se nestes projectos meramente como entidade formadora, pelo que não faz acompanhamento, nem reencaminhamentos no âmbito dos processos de RVCC. A relação com o CNO de Aveiro consubstancia-se nas acções de divulgação da oferta formativa, que é feita junto de todos os CNO, acreditando-se que os CNO divulgam e/ou reencaminham formandos para a UNAVE. O envolvimento dessas estruturas em termos de contributo para a realização da candidatura, bem como para o cumprimento dos objectivos nela inscritos, é predominantemente informal. As FMC estão, assim, a ser utilizadas pelos públicos-alvo da UNAVE, fundamentalmente, com o propósito da actualização ou aquisição de competências técnicas necessárias ao desenvolvimento das suas actividades profissionais. A componente de articulação com os CNO e os processos de reconhecimento, validação e aquisição de competências tem sido, assim, relativamente descurada.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.161 ANEXO 7. Estudos de Caso

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas (cont.)

Relativamente às entidades empregadoras é assumido que estas enviam alguns trabalhadores para frequentar acções, no entanto, existe a noção de que tal é feito numa perspectiva muito utilitarista e circunstancial, ou seja, com o objectivo de que os seus colaboradores possam meramente adquirir ou actualizar competências específicas que sejam necessárias para o incremento da produtividade dessas empresas, ou na pior das hipóteses para dar resposta às exigências legislativas relacionadas com o dever de formação profissional por parte das entidades empregadoras. Formas, regularidade e contributos dos mecanismos de acompanhamento, avaliação e controlo da candidatura pelas estruturas do POPH Relativamente a acções de controlo da candidatura operacionalizadas pelas estruturas do POPH, refere-se que apenas foram, esporadicamente, solicitadas, sobretudo por via de correio electrónico, informações de cariz financeiro, como sejam informações relacionadas com os custos que são imputados aos projectos, designadamente, cópias de facturas referentes aos pedidos intermédios ou pagamentos de saldos.

Adequação do modelo das UFCD aos objectivos estabelecidos para a tipologia

Resultados da execução da candidatura ao nível dos beneficiários Áreas candidatadas, volume de formação e n.º de formandos candidatados e

executados pela UNAVE em 2008 Área de Formação Volume de Formação Número de Formandos

Aprovado Realizado Aprovado Realizado 213 – Audiovisuais e produção dos

media 800 1038 16 22

761 – Serviços de apoio a crianças e jovens

6400 6334 128 132

762 – Trabalho Social e Orientação 2400 1866 48 39 481 – Ciências Informáticas 4800 4813 96 100

341 - Comércio 1600 1864 32 39 582 – Construção Civil e Engenharia

Civil 1600 0 32 0

344 – Contabilidade e Fiscalidade 800 474 16 12 345 – Gestão e Administração 1600 1390 32 30

347 – Enquadramento na organização/empresa

3200 2828,5 64 78

521 – Metalurgia e Metalomecânica 1600 0 32 0 522 – Electricidade e Energia 1600 1444 32 34

523 – Electrónica e automação 2400 1902 48 45 Total 28800 23953,5 576 531

Fonte: UNAVE/SIIFSE O número de formandos activos empregados que frequentou acções no âmbito da tipologia, foi substancialmente superior ao número de activos desempregados. Apesar de não ser realizado qualquer controlo relativamente aos impactos que as FMC promovem nos formandos, existe a percepção de que elas têm, sobretudo, efeito ao nível do incremento de competências específicas para aplicar no âmbito das respectivas actividades profissionais. Resultados da execução da candidatura para a Aprendizagem ao Longo da Vida Não obstante existir um reconhecimento tácito quanto à adequação das FMC relativamente às necessidades dos adultos empregados, sobretudo no tocante à flexibilidade que esta tipologia permite, os seus efeitos para a melhoria dos níveis de escolaridade que possam contribuir para o estímulo de outros investimentos em formação, não está, na perspectiva da UNAVE, a ser conseguido. As FMC têm servido, essencialmente, como formação contínua para colmatar necessidades específicas, como já foi referido. Nesse sentido, existem áreas com mais procura, como sejam as áreas da Saúde e da Informática.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.162 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação do modelo das UFCD aos objectivos estabelecidos para a tipologia (cont.)

Houve algumas áreas da candidatura de 2008 que foram, entretanto, abandonadas, devido á falta de procura. Algumas dessas áreas eram áreas em que existem licenciaturas, daí a explicação encontrada pelos responsáveis pela UNAVE para a sua reduzida procura. De uma maneira geral, reconhece-se a importância das FMC, tendo em conta o facto de constituírem respostas formativas desenhadas à medida das necessidades específicas dos formandos. Entende-se, assim, que as FMC têm contribuído, de uma forma mais ampla, para a elevação dos níveis de qualificação dos activos, quer para colmatar necessidades específicas de formação, quer, em alguns casos, para a realização de percursos formativos integrados para a obtenção de certificação profissional. Quanto à certificação escolar, ainda não há essa consciência por parte dos indivíduos, pelo que a esse nível as FMC não são consideradas eficazes. Quanto a efeitos ao nível da progressão na carreira e melhorias salariais dos activos empregados, não existe por parte da UNAVE quaisquer dados que permitam tecer considerações conclusivas. Quanto a efeitos experimentados pelos beneficiários desempregados (melhoria das condições de empregabilidade e de inserção profissional), não obstante a situação conjuntural crítica do mercado de emprego, e apesar de a UNAVE não realizar quaisquer acções de controlo, existe a convicção de que, pelo menos em teoria, por via do desenvolvimento de novas competências ou melhoria das existentes, as FMC terão tido papel importante.

Características da candidatura quanto à rede institucional de relações entre entidades

Actores envolvidas na candidatura A concepção e organização da candidatura foram da responsabilidade exclusiva da UNAVE, designadamente da sua Comissão Executiva (Directora de Formação e Directora Financeira) e muitos dos seus técnicos. Com outras entidades como CNO locais, e empresas, é referido que foram mantidas apenas contactos informais. A bolsa de formadores da UNAVE é constituída fundamentalmente (90%) por professores da Universidade de Aveiro. Articulação com CNO A UNAVE não tem um CNO, nem tem qualquer protocolo com qualquer uma dessas estruturas, no entanto, é assumido que recentemente começaram a existir contactos privilegiados com os CNO locais. Todavia, esses contactos não são explicitados, referindo-se apenas a possibilidade de existirem fluxos de indivíduos entre a UNAVE e alguns CNO locais. Não existe, portanto, uma articulação devidamente concertada com essas estruturas. Os indivíduos que aparentam ter muitas dúvidas quanto ao que pretendem, são encaminhados para o CNO de Aveiro, depois de devidamente esclarecidos, alguns retornam à UNAVE para frequentar alguma acção de formação que lhes sirvam os interesses. No entanto, a UNAVE não faz qualquer controlo relativamente a estes processos. A articulação com os CNO circunscreve-se a estes procedimentos e às já referidas acções de divulgação do Plano de Formação da UNAVE que é feito junto dos CNO e outras entidades na região. A UNAVE, fruto da sua natural relação com a Universidade de Aveiro, mantém relações privilegiadas com muitas das empresas da região. É comum muitas dessas organizações enviarem os seus trabalhadores para a UNAVE com o propósito da frequência de acções de formação profissional. A nível informal, são sugeridas, por algumas dessas entidades, novas áreas de formação a operacionalizar pela UNAVE. No entanto, como já foi atrás referido, é identificado um efeito perverso no recurso às FMC por parte das empresas, isto é, existe a percepção de que algumas empresas recorrem a esta tipologia para desse modo dar resposta à obrigatoriedade, enunciada no código de trabalho, de concretização do dever de formação profissional.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.163 ANEXO 7. Estudos de Caso

Anexo Elementos de Caracterização (Entidade e Formação Realizada)

Entidade Promotora: UNAVE – Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro

CAE: 85591 - Formação profissional Natureza jurídica da entidade: Entidade Privada sem Fins Lucrativos

Sede Social: Concelho: Aveiro Distrito: Aveiro Região: Aveiro

Regiões de abrangência da candidatura: Centro

Período de Execução: Dezembro de 2008 a Dezembro de 2009

Acções Realizadas

Ano 2008/2009 Nº Acções 31 Nº de formandos 531 Fonte: Dados de execução Física SIIFSE.

Acções realizadas e formandos abrangidos,

segundo o género (2008)

Género Nº de formandos

Homens 300 Mulheres 231 Total de formandos 531

Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Perfil de Formandos abrangidos face ao emprego (2008)

Nº de formandos

Empregados 433 Desempregados 98

Total 531 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Formandos abrangidos, segundo o escalão

etário (2008) Escalão Etário Nº

15 - 19 10 20 - 24 53 25 - 34 220 35 - 44 146 45 - 49 55 50 - 54 31 55 - 64 16 > 64 1

Total 531 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Formandos abrangidos, segundo as

habilitações à entrada (2008)

Níveis Nº < 4 anos escolaridade - 1º ciclo (4º ano) - 2º ciclo (6º ano) 3 3º ciclo (9º ano) 271 Ensino Secundário 237 Bacharelato e Licenciatura 20

Total 531 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Execução física das acções realizadas (2008)

Nº de Formandos

Volume de formação

Aprovado 571 28.801 Execução 531 23.953 Taxa de execução 92,03 83,17

Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Execução financeira das acções realizadas (2008)

Montante (€) Montante aprovado 218.398,32 Despesa apresentada 162.447,05 Despesa aprovada 162.447,05 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.165 ANEXO 7. Estudos de Caso

CRPG (Centro de Reabilitação Profissional de Gaia)

Caracterização da Entidade e perfil da respectiva oferta formativa

Caracterização da Entidade

O CRPG - Centro de Reabilitação Profissional de Gaia é uma plataforma de recursos especializados, que visa apoiar as pessoas cuja carreira profissional foi afectada por doença ou acidente, reabilitando ou reconvertendo profissionalmente essas pessoas intervindo ao nível dos contextos de trabalho, promovendo a sua adaptação e ajustamento, viabilizando assim a manutenção ou retoma do emprego. Presta ainda apoio à qualificação e inclusão social e profissional de pessoas com deficiências e incapacidades que tenham dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, posicionando-se como parceiro estratégico para as entidades empregadoras, famílias e organismos públicos e outros actores sociais. Localizada no concelho de Vila Nova de Gaia, a entidade assume uma visão orientada para a prestação de serviços integrados e personalizados de reabilitação, com elevada qualidade e valor, que abrange uma intervenção nas regiões Centro e Norte. No quadro estratégico do CRPG, o CNO assume uma lógica de integração e interdependência com outros serviços prestados pelo CRPG, promovendo uma simbiose plena entre a estratégia de base dos processos do CNO e os princípios orientadores do cumprimento da missão do CRPG, nos domínios da aprendizagem ao longo da vida. A estratégia de operacionalização está assente num modelo de intervenção transversal, cujo alicerce reside no balanço de competências e na gestão de caso transversal, enquanto gestão do projecto de vida e de aprendizagem ao longo da vida. Durante o respectivo processo no CNO, a pessoa com deficiências e incapacidades, no quadro das suas necessidades, é acompanhada por uma equipa multidisciplinar, através de intervenções determinantes para a concretização do seu projecto de reabilitação, no qual se inclui a qualificação escolar/profissional. A intervenção do CNO assenta na construção do Plano Pessoal de Qualificação (PPQ), sendo determinante o encaminhamento (ajustado às necessidades, expectativas e características do utente), razão pela qual, no processo de trabalho se encontra estipulada a realização de sessões de dinamização e de motivação, entre os técnicos de RVC e os utentes, de forma a assegurar a qualidade e a continuidade desse encaminhamento. A população-alvo a ser abrangida pelo CNO do CRPG integra os seguintes grupos: • Activos empregados, com índices baixos de escolaridade e/ou em risco de

desemprego; • Camadas mais envelhecidas e grupos desfavorecidos, nomeadamente pessoas

com deficiências e incapacidades, com necessidades prementes de certificação escolar;

• Desempregados em geral, cujo perfil de empregabilidade se encontre desajustado face às ofertas e necessidades do mercado de trabalho quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista escolar.

Neste enquadramento, o CNO rege-se por um Sistema de Gestão por Objectivos - Equipa e Colaboradores - acordados para cada ano, segundo os resultados que se pretende alcançar e os indicadores de monitorização e avaliação dos mesmos (incluem os indicadores da Carta de Qualidade dos CNO). Ao nível da gestão operacional, existem os seguintes instrumentos/actividades de Gestão: Tableau de Bord mensal – metas operacionais; Tableau de Bord Quadrimestral - indicadores de qualidade (Carta da Qualidade dos CNO); Reuniões mensais da equipa CNO, com o objectivo de analisar os resultados alcançados face ao previsto e definidas acções preventivas e correctivas, e de realizar o planeamento das actividades dos períodos seguintes; Reuniões mensais de análise de resultados no âmbito da Unidade de Competências Técnicas onde se integra a dinâmica CNO; e Reuniões mensais com os órgãos de gestão da entidade incubadora – CRPG.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.166 ANEXO 7. Estudos de Caso

Caracterização da Entidade e perfil da respectiva oferta formativa (cont.)

O CRPG elaborou um Guia metodológico para o Acesso das Pessoas com Deficiências e Incapacidades ao Processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (Nível Básico), Certificação de Competências CIF, um projecto ambicioso em parceria com a Agência Nacional para a Qualificação.

Perfil global da oferta formativa

Para além da Formação Modular Certificada do CRPG, a oferta formativa apresenta respostas diferenciadas em função do cliente-alvo e da avaliação diagnóstica:

• Formação do Catálogo Nacional de Qualificações, predominantemente orientada para pessoas com limitações funcionais (ao nível da motricidade, mobilidade e acessibilidade) e que não conseguem aceder às estruturas regulares de formação;

• Formação de Inserção, predominantemente orientada para pessoas com dificuldades de aprendizagem decorrentes de limitações cognitivas, emocionais ou outras perturbações da personalidade e que não podem aceder a percursos de formação de qualificação.

Destinatários-alvo Tipos de resposta do CRPG Caracterização da resposta

Pessoas com limitações funcionais com implicações ao nível da motricidade, mobilidade e acessibilidade que não conseguem aceder às estruturas regulares de qualificação

Integração em percursos do Catálogo Nacional de Qualificações

Percursos de dupla certificação no âmbito do CNQ, aos quais se associa uma componente de reabilitação funcional Saídas Profissionais: • Assistente Administrativo – nível II • Operador de Armazenagem – nível II • Operador de CAD – nível II • Técnico Multimédia – nível III • Técnico de Desenho Gráfico – nível III

Pessoas com dificuldades de aprendizagem decorrentes de limitações cognitivas, emocionais ou outras perturbações da personalidade e que não podem aceder a percursos de formação de qualificação

Integração em percurso de formação de inserção na vida activa e profissional

Formação de Inserção modularizado e individualizado com componentes: – formação de base – formação técnica – formação prática em contexto de trabalho – reabilitação funcional Saída Profissional: Profissional de Apoio

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa

Concepção e organização da candidatura - Uma candidatura solidamente alicerçada, mas sinalizadora de cautelas A Candidatura do CRPG assume o estatuto especial da entidade (Centro Protocolar do IEFP, com autonomia administrativa para centrar a sua missão, mas com recurso ao refinanciamento da actividade do IEFP) e funciona como complemento face às necessidades dos utentes, através do desenvolvimento de uma estratégia integrada de apoio ao desenvolvimento, qualificação e certificação das respectivas competências. As Formações Modulares Certificadas não se enquadram directamente nas actividades de reabilitação profissional (actividade core da organização). De acordo com a coordenadora pedagógica do projecto, a candidatura surge como complemento face às necessidades identificadas dos utentes e do CNO. A integração numa estrutura de CNO permitiu, assim, um quadro de sinergia/partilha que facilitou a concretização e conhecimento das pessoas e respectivas necessidades. De facto, a Formação Modular Certificada ministrada em 2008 (Língua Estrangeira) visava apoiar os clientes em processo RVCC de nível secundário, na área de formação – 222– Línguas e Literaturas Estrangeiras (componente escolar). Não se registaram dificuldades significativas na organização da Candidatura. Porém, algumas limitações são sinalizadas como desvantagens do formato das candidaturas:

• Na candidatura via SIIFSE não há, explicitamente, um campo destinado à fundamentação de necessidades formativas. Esta é uma virtualidade criticada pela responsável pela concepção, organização e gestão da Candidatura.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.167 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa (cont.)

• Face a outras candidaturas (Cursos EFA, p.e.), onde os promotores necessitam de apresentar evidências do perfil de clientes, esta tipologia apresenta lacunas nos mecanismos de selectividade e evidência de qualidade das candidaturas (p.e., no que concerne ao diagnóstico de necessidades e dos elementos diferenciadores, as exigências ficam aquém do desejável).

• Os conteúdos submetidos para aprovação no campo da igualdade de género e oportunidades, sobretudo quando considerados desnecessários face ao perfil da entidade (não existem, sequer, critérios de avaliação que majorem a Candidatura nessa óptica).

Adequação dos instrumentos de regulamentação da Tipologia face aos objectivos do Programa e sugestões de melhoria - Um processo de análise interrogado, pouco reflexivo…

No domínio da adequabilidade dos instrumentos de regulamentação, colocam-se algumas dimensões-problema, como a coerência entre os critérios de elegibilidade e de selecção e os objectivos da Tipologia e , sobretudo, os elementos de fundamentação da candidatura valorizados e desvalorizados no processo de análise.

Para os intervenientes, uma situação curiosa reside na discrepância de avaliações sobre candidaturas homogéneas de ano para ano: “Como se aplicam os critérios e classificam as acções? Que mecanismos de objectividade estão assegurados?”. Em termos de explicitação dos critérios de avaliação, não existe informação clara de como são operacionalizadas as respectivas grelhas. Com efeito, não existe um feedback estruturado que facilite a aprendizagem de melhorias a introduzir no futuro (comprovada no confronto com a Notificação da proposta com a decisão de aprovação emitida pelo POPH).

Neste particular, registam-se mudanças significativas das pontuações atribuídas à mesma candidatura nos anos de 2008 e 2009. Segundo os interlocutores, são conferidas pontuações diferentes sem qualquer nota de fundamentação, o que pode ser explicado pelas diferentes equipas técnicas que apreciam a Candidatura naqueles dois anos a induzir; esta situação revela que a avaliação não é utilizada como instrumento para melhorias nas organizações.

Efectivamente, o “feedback” recebido revela-se pouco sistemático e compreensível, o que reforça a existência de elementos de subjectividade. A notificação do POPH referente à proposta de decisão de aprovação é pouco clara na consideração que faz sobre o valor da Candidatura (não obstante a sua aprovação). A própria Autoridade de Gestão, quando questionada sobre a discrepância dos elementos de valorização, reconheceu a existência de maior exigência na avaliação de mérito das Candidaturas de 2009. Esta situação tem implicações, embora o enquadramento específico do CRPG no IEFP não tenha permitido impactos negativos na execução dos projectos, presume-se que aguardam decisão de aprovação, as recomendações avaliativas podem ser fundamentais para melhorar a qualidade dos resultados obtidos. Nesta perspectiva, essas recomendações devem favorecer a melhoria no sentido de perceber quais os elementos negativos ou aspectos a melhorar em próximos períodos de candidatura. Relevância e contributo do projecto para os objectivos mais globais da Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida

…mas uma viragem histórica…

Neste domínio, a responsável pela programação e organização das acções e as responsáveis pelo CNO assumem uma visão reflexiva clara: os objectivos globais das ofertas que concorrem para a qualificação beneficiam de um nível de integração sem paralelo no passado. Neste particular, evoca-se o esforço da ANQ para a sistematização sinérgica dos elementos de estruturação da oferta (identificação de necessidades, partilha de ofertas, perfis de públicos, …). Considera-se que, até há bem pouco tempo, muitos dos processos encontravam-se separados e cada entidade fazia o seu próprio caminho. …“ para o cliente da formação, esta situação representava um calvário…”.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.168 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação das metodologias e instrumentos utilizados para o cumprimento dos objectivos do Programa (cont.)

Os interlocutores referem o ano de 2009 como marco basilar na melhoria do sistema, onde é transferida para a ANQ grande parte da responsabilidade de uma viragem histórica ao nível do estabelecimento de referenciais, regras e integração de sistemas de informação. Estes factores conduzem à prestação de um serviço de maior qualidade. Em termos efectivos, consideram que só agora se começam a registar melhorias no sistema que apoia a aprendizagem ao longo da vida. Com efeito, em 2010, a FMC foi verdadeiramente formalizada como componente do processo de RVCC e é também neste ano que a relação estratégica SIGO- CNO se efectiva como uma verdadeira rede de suporte e apoio ao sistema de educação-formação. Um outro elemento considerado “histórico” consiste na efectiva orientação para a pessoa. A existência de um sistema que parte da pessoa (client-oriented) constitui um mecanismo importante na gestão da informação de casos (competências, certificações, Planos individualizados, ….). De modo paralelo, a possibilidade de cruzamento de informação traduz um forte impacto na fiabilidade dos dados estatísticos, nomeadamente através da sinalização de situações de sobreposição e duplicação de informações sobre a mesma pessoa, o que, igualmente, induz acréscimos notáveis de transparência para o sistema.

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas

Adequação e qualidade das FMC

- Matching intermédio e organizacional bem conseguido…

O equilíbrio territorial da oferta de formação, visando a adequada resposta às necessidades de qualificação está garantido, dado que na comunidade local e de proximidade onde se encontra implantado o CRPG não existe oferta formativa certificada na área de línguas e literaturas estrangeiras; acresce o facto de existirem barreiras ambientais ao nível da acessibilidade que limitam o acesso das pessoas com deficiências e incapacidades.

Neste sentido, a oferta de FMC do CRPG responde às necessidades das procuras potenciais, funcionando, paralelamente, como mais uma forma de envolvimento com a comunidade: “há pessoas que vêm apenas usufruir desta oferta (integração do CNO na prestação de serviços à população) ”. Com efeito, a relevância do projecto face às necessidades locais, regionais e nacionais, designadamente a curto e médio prazo, em matéria de qualificação e empregabilidade de adultos está alicerçada no processo de diagnóstico de necessidades formativas dos utentes do CRPG:

‐ cerca de 90% dos utentes inscritos em processo de RVC secundário detêm apenas conhecimentos na sua língua materna;

‐ cerca de 95% dos utentes integrados em programas de habilitação/reabilitação no CRPG detêm apenas conhecimentos na sua língua materna.

De modo paralelo, a prática de trabalho integrado CNO-RVCC assume uma estratégia onde não se opera segmentações de grupos (pessoas com deficiência e incapacidade/pessoas sem deficiências e incapacidade) utilizando critérios transversais numa lógica de mainstreaming, o que suscita o elemento diversidade nos grupos de trabalho e salas de aula/formação (maior dinâmica de grupo apontada como aspecto fulcral do sucesso das FMC, pela formadora). Por seu turno, permite uma mobilização com impacto positivo no exterior na comunidade. A inexistência de segmentação na operacionalização das FMC permitiu, ainda, a criação de laços relacionais de cidadania e igualdade entre pessoas. As entidades que colaboram (nos cursos EFA e nas FMC) começam a encaminhar públicos (com deficiência e outros) para esta lógica formativa do CRPG. - O trunfo da flexibilidade…

A resposta FMC através do CNQ (Catálogo Nacional de Qualificação) permite uma potencial diversificação, através da combinação de UFCD de forma flexível, assim como a capacidade de originar novos perfis profissionais.

Também a diversificação da oferta, no contexto do CNQ, parece ser, na visão dos entrevistados, uma resposta interessante que ajuda a organizar, planear estruturar a

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.169 ANEXO 7. Estudos de Caso

diversidade de intervenções formativas (percursos formativos, RVCC Pro, RVCC Escolar, ….). …mas um longo caminho a percorrer (baseado na reflexividade e na melhoria contínua) Embora o projecto CRPG através da sua UFCD não antecipe áreas profissionais inovadoras (esta intervém mais na parte escolar), a visão das intervenientes apela para manifestações de outras entidades, nomeadamente as entidades sectoriais (Centros de Gestão Participada), que mencionam situações de desadequação entre o disposto no Catálogo Nacional de Qualificações e o respectivo reconhecimento em algumas áreas específicas profissionais. Com efeito, as FMC nem sempre se revelam suficientes, devendo ser alvo de um processo contínuo e mais adaptado a perfis profissionais específicos.

Esta organização dos cursos responde, assim, mais à componente tecnológica da formação, do que à vertente escolar. Segundo os entrevistados, a FMC acaba por, à semelhança daquilo que era a formação contínua, organizar estas formações não tanto por via das qualificações escolares, mas das necessidades da formação tecnológica. Nesse sentido, outras referências sinalizadas pelos intervenientes acerca das impressões expressas nos centros de formação sectoriais, apontam para significativas especificidades das necessidades de aprendizagem em determinadas profissões que não existem no Catálogo. Neste particular, e dada a abrangência do Catálogo, o nível de especialização não se encontra tão adequado à necessidade de obter conhecimentos numa forma não certificada e validada. A formadora envolvida no estudo de caso, sugere a necessidade de avaliar e incorporar elementos reflexivos de ajustamentos ao Catálogo, mediante a criação de uma estrutura de monitorização estratégica das dinâmicas constantes do Catálogo, envolvendo ANQ, IEFP, Representações sectoriais, …

As FMC deviam funcionar, por outro lado, como complemento para outros desenvolvimentos formativos (isto é extensível ao ensino secundário em geral), onde se deveria introduzir maior flexibilidade de frequência (p.e., sem inscrição formal), principalmente ao nível da formação tecnológica.

A formadora estabelece como ponto fulcral, a gestão de três elementos-chave: as indicações do Catálogo, as expectativas dos clientes e a limitação da duração dos módulos (reduzida), que levanta problemas de exequibilidade prática.

…com avisos importantes sobre a resposta do Catálogo Nacional de Qualificações

Embora algumas virtualidades evidenciadas pelo projecto CRPG possam ser transferíveis para um quadro de boas práticas do sistema, convém notar, do mesmo modo, algumas necessidades de ajustamento que a experiência do projecto transmite.

As FMC ainda não respondem a pessoas pouco escolarizadas, por via dos referenciais. Actualmente, trabalham com referenciais de nível básico e secundário, mas as FMC não respondem a cursos de alfabetização ou a formações de literacia. Face ao perfil de potenciais públicos da região de abrangência do CRPG, esta tipologia (mas também os cursos EFA) não colmatam esta debilidade, muito menos ao nível das pessoas com deficiência (com forte incidência de analfabetos).

Quando se questiona se será possível às FMC afirmarem-se como formações técnicas de excelência na qualificação profissional dos adultos ao longo da vida (segmento das formações não superiores), levanta-se a questão de a FMC - CRPG ser de nível secundário, circunstância que coloca problemas importantes, nomeadamente: a elegibilidade de públicos com formação superior estar limitada a 10%, um forte elemento de preocupação dos Centros de Gestão Participada que não podem organizar UFCD técnicas para públicos de formação superior (carenciados de componentes técnicas essenciais, limitação que constitui um desajustamento face a algumas necessidades), bem como a necessidade do CRPG desenvolver formação interna dos colaboradores de nível superior sobre a aplicação da Classificação Internacional da Funcionalidade (CIF), que releva da mesma limitação.

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas (cont.)

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.170 ANEXO 7. Estudos de Caso

Este importante aspecto cruza a dicotomia das formações necessárias que não estão consagradas no CNQ (à semelhança do que acontece por via das Formações para a Inovação e Gestão ou outras acções de desenvolvimento organizacional). Este quadro de preocupações remete para a seguinte questão: será que a formação não certificada pelo Catálogo, vale tanto como a certificada? A opinião dos intervenientes é peremptória: em termos de aprendizagem ao longo da vida, a formação não certificada vale tanto como a certificada. Com efeito, a necessidade de haver formação à medida é indiscutível e o Catálogo nunca conseguirá colmatar as necessidades apontadas.

Neste particular, a duração da formação nas FMC constitui outra limitação do Catálogo: o módulo de 50 horas é considerado insuficiente e a formadora apresenta este elemento como uma desvantagem da estruturação do próprio Catálogo. A sua experiência com este tipo de formação (extra-CRPG) permite notar que as empresas continuam a procurar a formação fora do Catálogo.

A questão está em saber como pode a oferta formativa de FMC ter maior qualidade e proximidade enquanto resposta à procura suscitada pelos CNO? A articulação com os CNO depende dos “timings” de execução e tem corrido bem. A posição é favorável, no que diz respeito aos processos CNO e RVCC, embora se considerem algumas posições da ANQ como discutíveis de que são exemplo as orientações para a operacionalização de um RVCC secundário que não tenha a Língua estrangeira (Inglês);, a respectiva competência deverá ser adquirida pela via FMC em “Saberes Fundamentais”. Para os públicos potenciais e para a comunidade em geral, este tipo de respostas formativas tem que fazer sentido nos públicos, elemento fundamental da qualidade desta tipologia formativa.

- 2008, um ano de atrasos consequentes… Quando o adulto se inscreve no CNO, é sujeito ao diagnóstico de necessidades que pesquisa e identifica uma melhor resposta, sendo negociado o seu plano individual de qualificação. A demora na efectivação desse plano, enviesa o processo de encaminhamentos, induzindo a espera pela aprovação das candidaturas, um tempo desperdiçado na vida do cliente da formação. O ano de 2008 foi crítico neste sentido: um ano de grande mobilização da população para os Centros Novas Oportunidades, numa fase em que as respostas não estavam ainda estabilizadas pelas entidades. A aprovação tardia das candidaturas induziu dificuldades nos CNO, que conduziram a pressões no planeamento e organização de actividades, com implicações na qualidade das Formações Modulares.

…integrado num quadro de articulação a rever Nesta dimensão de análise, foi ventilado o grau de articulação entre as FMC e outras modalidades de formação. Os interlocutores do CRPG apontam para uma demasiada rigidez nos critérios de elegibilidade dos beneficiários com deficiência. Nesta perspectiva, em termos de articulação deveriam ser elegíveis, p.e., pessoas com deficiência que necessitavam deste tipo de formação para preparação prévia para integrar cursos de formação profissional com uma saída profissional específica, o acesso a modalidades de formação tipo EFA (como a Formação para a Inclusão, Tipologia 6.2. do POPH). Porém, estes públicos são considerados inactivos pelo POPH e, portanto, não elegíveis. Em termos de articulação, esta sinergia deveria funcionar no sentido de aumentar o nível de competências por frequência de FMC. Em benefício das suas aprendizagens poderiam aproveitar as competências da FMC. Formas, regularidade e contributos dos mecanismos de acompanhamento, avaliação e controlo da candidatura pelas estruturas do POPH Até à data de realização do estudo de caso, não se registou qualquer tipo de acompanhamento por parte das estruturas do POPH no âmbito das FMC do CRPG.

Oferta de FMC e contributos para o reconhecimento, validação e aquisição de competências certificadas (cont.)

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.171 ANEXO 7. Estudos de Caso

Adequação do modelo das UFCD aos objectivos estabelecidos para a tipologia

Resultados da execução da Candidatura ao nível dos beneficiários

- Percursos intermédios como principais resultados

Dada a especificidade do projecto do CRPG, centrado em apenas uma UFCD (componente escolar), apenas se aplicam os efeitos da execução da Candidatura pelos beneficiários ao nível da elevação dos níveis de qualificação escolar e profissional, progressão profissional e da melhoria das condições de empregabilidade. Algumas leituras de resultados são geradas neste sentido:

• Quantos utentes fizeram a Formação Modular Certificada e a seguir foram certificados no CNO? (100%. Em alguns casos são certificados num dia e no dia seguinte são presentes a júri).

• Qual a proporção de utentes que frequentaram FMC e concluíram processos de RVCC de nível básico em 2008? (16%).

• Qual a proporção de utentes que frequentaram FMC em 2008 e concluíram processos de RVCC de nível secundário? (73%).

A formadora envolvida no estudo de caso, refere que as pessoas envolvidas disponibilizaram bastante investimento na frequência da formação, nomeadamente no horário pós-laboral, denotando-se, no acompanhamento desse investimento, evidentes elementos de reconhecimento do valor da formação. Este aspecto remete para a componente pessoal de necessidade de aprendizagem que induz satisfação pessoal, face às poucas expectativas de partida que a maioria sente serem altamente excedidas na frequência. Embora não sejam percepcionados impactos nas actuais actividades profissionais, muitos encaram o Inglês como uma mais-valia para uma “tábua de salvação”. Trata-se de um importante resultado ao nível da importância percebida pelo próprio receptor da formação. Resultados da execução da Candidatura para a Aprendizagem ao Longo da Vida O quadro de resultados no domínio da Aprendizagem ao Longo da Vida centra-se nas trajectórias que traduzem percursos individuais de qualificação de nível básico e que, por via da Formação Modular Certificada investem em percursos formativos de nível secundário. Grande parte dos formandos que realizaram a formação em 2008, está nesta situação. No entanto, são raros os formandos certificados de nível secundário que solicitam apoios para ensino superior.

Características da candidatura quanto à rede institucional de relações entre entidades

Actores envolvidas na Candidatura

- Dupla integração interna

O CRPG é a única entidade envolvida na concepção, organização e gestão da candidatura. Embora O CRPG se encontre perfeitamente inserido na comunidade onde se encontra implantado, tendo no âmbito do CNO-CRPG, celebrado protocolos com empresas para a realização dos processos de melhoria das qualificações dos seus colaboradores, não se aplica no caso das FMC a interligação directa com Entidades empregadoras/empresas.

Na componente interna, realça-se a sinergia integradora traduzida nos elementos seguintes:

• Na perspectiva das estruturas autónomas da entidade - o contributo do CNO (embora o projecto não seja exclusivo para clientes CNO).

• Na perspectiva dos actores que operacionalizam a FMC, o perfil dos formadores envolvidos. Neste sentido, a estratégia que tem sido adoptada desde 2008 consiste em fazer a ligação com formadores que também intervêm nos processos RVCC, no sentido de optimizar sinergias no domínio do conhecimento do perfil e necessidades dos clientes CNO. Mais uma vez a parceria interna é fundamental neste processo. A relação com os formadores não só pelos conhecimentos que têm dos referenciais e das competências- -chave em questão ao que acresce a identificação mais precisa das necessidades dos clientes (porque já fizeram a análise dos portfolios individuais e dos relatórios de gestão de casos).

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.172 ANEXO 7. Estudos de Caso

Características da candidatura quanto à rede institucional de relações entre entidades (cont.)

Centro Novas Oportunidades, uma peça-chave

Regista-se uma plena articulação da Candidatura com os CNO e os processos RVCC, através dos processos de diagnóstico e encaminhamento. Esta articulação traduz-se na majoração da prioridade atribuída a públicos encaminhados por Centros Nova Oportunidades, onde se registem inúmeros pedidos de outros CNO' para fazerem a FMC em questão, embora o CRPG privilegie as necessidades internas.

De acordo com as necessidades identificadas e a lógica complementar já evidenciada, os responsáveis envolvidos realçam que esta tem sido uma oferta mobilizada pelo CNO, funcionando como resposta formativa valorizada tanto internamente, como externamente, através de Protocolos institucionais com entidades formadoras, em vista do encaminhamento para cursos EFA e outras ofertas.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.173 ANEXO 7. Estudos de Caso

ANEXO

Elementos de Caracterização (Entidade e Formação Realizada) Entidade Promotora: CRPG (Centro de Reabilitação Profissional de Gaia) Sede Social: Vila Nova de Gaia, Arcozelo Concelho: Vila Nova de Gaia Distrito: Porto Região: Norte Regiões de abrangência da candidatura: Grande Porto Período de Execução: 2008 Acções realizadas e formandos abrangidos,

segundo o género (2008)

Nº Acções 11 Total de formandos 131 Homens 55 Mulheres 76

Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Perfil de Formandos abrangidos face ao emprego (2008)

Nº Empregados 85 Desempregados 46 Inactivos -

Total 131 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Formandos abrangidos, segundo o escalão

etário (2008) Escalão Nº

15 - 19 - 20 - 24 13 25 - 34 37 35 - 44 49 45 - 49 20 50 - 54 5 55 - 64 6 > 64 1

Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Formandos abrangidos, segundo as

habilitações à entrada (2008)

Níveis Nº < 4 anos escolaridade - 1º ciclo (4º ano) - 2º ciclo (6º ano) - 3º ciclo (9º ano) 91 Ensino Secundário 27 Bacharelato e Licenciatura 13

Total 131 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Execução física das acções realizadas (2008)

Nº de Formandos

Volume de formação

Aprovado 131 6.550 Execução 131 5.812 Taxa de execução 100,0 88,73

Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

Execução financeira das acções realizadas (2008)

Montante (€) Montante aprovado 29.133,08 Despesa apresentada 17.733,12 Despesa aprovada 17.733,12 Fonte: Dados de execução Física, SIIFSE.

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.175 ANEXOS

AANNEEXXOO 88 –– SSEESSSSÃÃOO DDEE FFOOCCUUSS--GGRROOUUPP

A organização de uma sessão de Focus-group no âmbito da Avaliação da

Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas

do POPH, assentou na constituição de um grupo relativamente homogéneo,

compostos por dezena e meia de interlocutores.

A interacção entre os elementos do Grupo, ao longo de uma reunião de trabalho que

teve a duração de cerca de quatro horas, foi dinamizada por uma

moderadora/facilitadora da Equipa de Avaliação que apresentou questões para

discussão, deduzidas da Matriz de Questões de Avaliação do Estudo.

Com a realização desta sessão teve-se em vista recolher informação qualitativa

contrastada, resultante da comparação de experiências e perspectivas dos

participantes, que representavam a estrutura de actores da tipologia das FMC

relativamente a este instrumento de política de formação.

A sessão foi orientada para a identificação e sistematização de elementos de balanço

da primeira fase de lançamento e estruturação desta nova modalidade de formação:

(v) Posicionamento das FMC no conjunto de respostas destinadas à formação de

activos (empregados e desempregados);

(vi) Factores bloqueadores/inibidores à apresentação de candidaturas de acções

a co-financiamento pelas Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3;

(vii) Balanço do Modelo de funcionamento das UFCD, na relação com a

construção de percursos formativos - identificação de elementos de melhoria

da eficácia;

(viii) Soluções de melhoria ao nível da aplicação do Regulamento,

nomeadamente na divulgação, na suscitação da procura, na

análise/selecção, no enquadramento de candidaturas e nos circuitos

administrativos e financeiros enquanto elementos facilitadores da

concretização dos objectivos das tipologias.

O detalhe destas matérias-chave colocadas em discussão, encontra-se sintetizado na

Tabela anexa.

A composição do Grupo integrou as seguintes entidades/interlocutores:

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.176 ANEXOS

Entidade Participantes

Secretariado Técnico do POPH

POPH – Programa Operacional do Potencial Humano

Dr. Domingos Lopes

Estruturas Técnicas Regionais do POPH (UATR’s)

Unidade técnica de Análise Regional (UATR) Centro

Dra. Glória Santos

ANQ ANQ – Agência Nacional para a Qualificação

Dra. Sandra Lameira

CNO de natureza empresarial

NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém

Dr. António Campos Dr. Luís Roque

CNO da rede do IEFP Centro de Formação Profissional de Santiago do Cacém

Dr. Rui Ernesto

Entidades empregadoras Vila Galé - Sociedade de Empreendimentos Turísticos S.A.

Dr. Fernando Magalhães

CEBI - Fundação para o Desenvolvimento Comunitário de Alverca

Dra. Joana Pinto

Entidades formadoras Agrupamento Vertical de Barroselas

Dra. Teresa Almeida

CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal CCRL

Eng. Aldina Fernandes e Dra. Cláudia Camacho

CAP – Confederação de Agricultores de Portugal

Dra. Florbela Leopoldo e Eng.ª Sílvia Veríssimo

Fundação Alentejo Dr. António Lula e Dra. Carla Ramos

Outros operadores Câmara de Comércio e Indústria Luso Sueca

Dra. Joana Silva e Dra. Cristina Frisk

Profissionais de formação Cencal – Centro de Formação Profissional para a Indústria da Cerâmica

Dr. Pedro Paramos Dr. José Luís Almeida e Silva

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Avaliação da Operacionalização das Tipologias 2.3, 8.2.3 e 9.2.3 - Formações Modulares Certificadas do POPH no âmbito da Operacionalização do QREN

Relatório Final

A.177 ANEXOS

GUIÃO DAS QUESTÕES-CHAVE PARA A DISCUSSÃO EM FOCUS-GROUP

Adequação dos objectivos da tipologia: formação contínua vs. formação para a promoção das qualificações;

Adequação do perfil das Entidades beneficiárias aos objectivos actuais e futuros das FMC: quais as entidades a privilegiar?

Adequação do Regulamento Específico: Perfil dos destinatários (níveis de habilitação escolares, situação face ao emprego,…); Limite máximo e mínimo de formandos nos grupos de formação; Horário das acções (número máximo de horas);

Adequação dos critérios de elegibilidade e grelha de análise aos objectivos da tipologia: Ponderadores da grelha de análise; Formulários de candidaturas;

Papel dos CNO no âmbito da tipologia Tendencialmente, devem ser os CNO a assumir o encaminhamento de grande parte

da FMC?

Capacidade de resposta da rede à procura induzida e contributo e estímulo da rede na condução dos beneficiários (activos e empregadores) para as FMC;

Adequação das UFCD ao perfil de necessidades dos vários segmentos da procura e da oferta:

Adequação e actualização do CNQ; Articulação com o SNCP;

Articulação FMC com outras tipologias de intervenção: RVCC escolar e profissional; Formação-acção,…;

Contributo inovador da FMC para antecipar áreas e profissões novas, projectando necessidades de desenvolvimento sectoriais e regionais;

Vantagens e desvantagens da FMC face às características da oferta/modelo dos Cursos EFA.

Face a um novo modelo de formação com maior flexibilidade organizativa, que melhorias há quanto a:

Rigor do processo de encaminhamento e selecção dos formandos; Qualidade da formação ministrada e capacidade técnica das entidades

beneficiárias; Utilidade da formação para os empregadores (benefícios para a produtividade

empresarial) e para os trabalhadores (valorização pessoal, profissional, salarial, …); Contributo para a melhoria das qualificações profissionais dos activos; Rigor e exigência do processo de avaliação e valor informativo dos certificados para

os empregadores; Contributo do modelo da FMC para a melhoria dos níveis de escolaridade por via de

estímulo a outros investimentos em formação dos indivíduos e dos empregadores; Medidas de ajustamento com implicações regulamentares:

Objectivos da tipologia; Perfil de destinatários; Perfil das entidades beneficiárias; Dimensão dos grupos de formação; Custos associados; Bolsas de formação;

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Oliveira das Neves – Consultoria, Estudos e Projectos, Lda. Estrada do Lumiar, Nº 13, Bloco 1, 1º Esq. 1600-493 Lisboa E-mail: [email protected]/[email protected] www.oneves.pt