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UNIVERSIDADE PARANAENSE EVELIN MONIER DE PAULA AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA: UTILIZAÇÃO DO TESTE DE KATZ CASCAVEL PARANÁ 2019

AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS DE UMA ... · Marizete Sueli ArndtDalmora Enfermeira Graduada pela Faculdade de Enfermagem São Vicente de Paula (FESVIP). Enfermeira

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UNIVERSIDADE PARANAENSE

EVELIN MONIER DE PAULA

AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS DE

UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA: UTILIZAÇÃO

DO TESTE DE KATZ

CASCAVEL – PARANÁ

2019

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EVELIN MONIER DE PAULA

AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS DE UMA

INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA: UTILIZAÇÃO DO TESTE

DE KATZ

Artigo apresentado à disciplina de Trabalho de

conclusão de curso, como parte dos requisitos

para avaliação parcial do curso de Enfermagem da

UNIPAR- Cascavel – Paraná.

Professor: Enf. Dr. Danilo Bertasso Ribeiro.

Cascavel, (PR)

2019

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EVELIN MONIER DE PAULA

AVALIAÇÃO DO GRAU DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE

LONGA PERMANÊNCIA: UTILIZAÇÃO DO TESTE DE KATZ

Artigo apresentado à disciplina de Trabalho de

conclusão de curso, como parte dos requisitos

para avaliação parcial do curso de Enfermagem da

UNIPAR- Cascavel – Paraná.

Professor: Enf. Dr. Danilo Bertasso Ribeiro.

BANCA EXAMINADORA:

________________________________________ Prof. Dr. Enf. Danilo Bertasso Ribeiro (orientador)

Enfermeiro. Especialista em Saúde Mental: gestão, atenção, controle social e processos

gerenciais - Grupo Hospitalar Conceição (GHC) Porto Alegre – RS

Mestre em Enfermagem - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutor em

Enfermagem Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Docente da Universidade Paranaense (UNIPAR).

___________________________________________

Profª. Enf. Esp. Carla Passolongo da Silva

Enfermeira. Especialista em Enfermagem do trabalho pelo Centro Universitário Internacional e

Especialista em Saúde da Família pela Universidade Paranaense (UNIPAR).

Enfermeira da Prefeitura Municipal de Cascavel/PR.

Docente do colegiado de Enfermagem da Universidade Paranaense (UNIPAR).

___________________________________________ Enf. Marizete Sueli ArndtDalmora

Enfermeira Graduada pela Faculdade de Enfermagem São Vicente de Paula (FESVIP).

Enfermeira Coordenadora de Centro Cirúrgico do Hospital CEONC Cascavel.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, pelo sopro de vida que me proporcionou chegar

até este momento, sendo o meu porto seguro nesta caminhada. Aos meus pais que sempre

estiveram ao meu lado, me apoiando e incentivando para continuar trilhando essa jornada, em

especial minha mãe pois sem o seu suporte e orações não poderia ter chegado neste último ano.

A Universidade Paranaense por fornecer a estrutura e os materiais necessários para

contribuir no ensino. Aos professores que se dedicaram a ensinar, transmitir conhecimentos e

práticas durantes as aulas. Ao meu orientador por ter me dado a oportunidade de me expressar

na construção deste trabalho, abrindo novos olhares e me incentivando a buscar mais

conhecimento.

Ao meu companheiro pela família que construímos neste período e por me manter neste

caminho de crescimento profissional. Agradeço também a todos que de algum modo me

auxiliaram durante a graduação, me fortalecendo e inspirando para uma pessoa melhor.

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RESUMO

AVALIAÇÃO O GRAU DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO

DE LONGA PERMANÊNCIA: UTILIZAÇÃO DO TESTE DE KATZ

Evelin Monier de Paula1

Danilo Bertasso Ribeiro2

Introdução: Para efeitos legais, são considerados idosos as pessoas com idade igual ou superior

a 60 (sessenta) anos. Com o envelhecimento da população, a demanda pelas instituições tende

a aumentar, com isso, regras e normas para fins de fiscalização e regulamentação são

necessárias, e através do Estatuto do Idoso que é destinado a regular os direitos assegurados às

pessoas idosos, impõe que as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), deverão

proporcionar cuidados à saúde, conforme a necessidade do idoso. Para isso, a realização do

Teste de Katz é utilizado. O Teste de Katz avalia a capacidade funcional do idoso através de

questões ligadas ao autocuidado, tais como banhar-se, vestir-se, alimentar-se, ser continente e

transferir-se. A capacidade funcional é uma das formas mais adequadas para avaliar as

condições dos idosos, pois traduz um conceito ampliado de saúde, entendido como a existência

de habilidades físicas e mentais para a manutenção da autonomia e da independência. Objetivo

geral: identificar o grau de dependência de idosos em uma ILPI da cidade de Cascavel.

Objetivos específicos: aplicar o teste de Katz para avaliar o grau de dependência do idoso;

traçar o perfil do idoso institucionalizado em uma ILPI; verificar se o quadro de colaboradores

da instituição está adequado de acordo com a legislação. Metodologia: Tratou-se de uma

pesquisa quantitativa, descritiva e documental realizada, por meio, de prontuários de idosos

institucionalizados em uma ILPI da cidade de Cascavel, Paraná (PR). Para a coleta de dados foi

utilizado um Instrumento de coleta de dados com questões semiestruturadas, tendo como base

a escala de Katz que avalia a independência do idoso no desempenho de seis funções,

classificando-os como independentes ou dependentes. Foi utilizada análise estatística descritiva

de dados e trabalhada com tabelas e medidas estatísticas. Resultados e conclusões: Durante

período de coleta de dados encontravam-se institucionalizados um total de 28 pacientes, maior

institucionalização da população feminina 68% e masculina 32%. A faixa etária com maior

prevalência foram os pacientes acima dos 80 anos 92%, seguido pela faixa etária de 60 a 79

anos 8%. Conforme o Teste de Katz propõe, obtivemos o grau de dependência de cada paciente,

sendo o grau VI 32% de maior valor e maior dependência dos idosos, seguido pelo grau IV e V

25% cada, grau I 7%, grau II e III 4% cada e grau 0 3% independente. Dentre as AVDs,

observou-se maior dependência para continência e uso do banheiro e menor na alimentação,

em geral demonstrou-se maior dependência dos idosos nas funções avaliadas.

Palavras chave: idosos, saúde da pessoa idosa, instituição de longa permanência para idosos,

institucionalização.

1Acadêmica de Enfermagem do 5º ano da UNIPAR – Cascavel. 2Professor Orientador do Curso de Enfermagem da UNIPAR – Cascavel.

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1 5th year Nursing Student at UNIPAR - Cascavel 2 Supervising Professor of the Nursing School at UNIPAR - Cascavel

ABSTRACT

EVALUATION OF THE LEVEL OF DEPENDENCE IN ELDERLY OF A LONG-

TERM FACILITY: USE OF THE KATZ TEST

Evelin Monier de Paula1

Danilo Bertasso Ribeiro2

Introduction: In legal terms, elderly can be classified as the people aged 60 or over. As the

population ages, the need for facilities tends to rise, which makes rules and norms for inspection

and regulation necessary. The Elderly Statute aims to regulate the assured rights to the elderly

and mandates that the Long-Term Facilities for the Elderly should ensure health care, according

to the elder’s needs, which is why the Katz Test is utilized. The Katz Test evaluates the

functional capacity of the elderly using questions related to self-care such as bathing, dressing,

feeding, continence and transferring. Functional capacity is one of the most adequate ways of

evaluating elderly people’s conditions because it utilizes a broad concept of health that can be

understood as the existence of physical and mental abilities in order to maintain autonomy and

independence. General Objective: To identify the level of dependence in elderly people of a

long-term facility in the city of Cascavel. Specific Objectives: To apply the Katz Test in order

to evaluate the level of dependence of the elderly; profile the elderly institutionalized in long-

term facilities; verify if the facility’s staff is appropriate in accordance with the legislation.

Methodology: This is a quantitative, descriptive, documentary research, carried out using

medical records of elderly people institutionalized in a long-term facility in the city of Cascavel,

Paraná (PR). The data was collected using a tool with semi-structured questions, based on the

Katz scale which evaluates the elderly’s independence in the performance of six functions,

classifying them as independent or dependent. Descriptive statistical data analysis was utilized

and handled with tables and statistical measures. Results and conclusions: During the data

collection period, there were 28 institutionalized elderly patients, a bigger female population

(68%) in comparison to the male population (32%). The most prevalent age group had the

patients over 80 years old (92%), followed by the age group between 60 and 79 years old (8%).

According to the Katz Test’s proposition, we reached the level of dependence of the elderly,

being level VI (32%) the highest value and the one with the highest dependence of the elderly,

followed by level IV and V (25% each), level I (7%), level II and III (4% each) and level 0

(3%), independent. Among the daily life activities, more dependence was observed in

continence and bathroom use, and less in feeding; in general, the results showed more

dependence of the elderly in the evaluated functions.

Key words: elderly, health of elderly people, long-term facilities for the elderly,

institutionalization.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 8

2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 9

2.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 10

2.2 Objetivos específicos ..................................................................................................... 10

3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 10

4. PROBLEMA ................................................................................................................... 10

5. HIPÓTESE ...................................................................................................................... 10

6. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 11

6.1 Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) ................................................. 11

6.2 Atividades Básicas Da Vida Diária (AVDs) .................................................................. 13

7. METODOLOGIA ........................................................................................................... 14

7.1 Tipo de estudo ................................................................................................................ 14

7.2 Campo de estudo, população e coleta de dados ............................................................. 14

7.3 Análise dos dados .......................................................................................................... 15

7.4 Aspectos éticos .............................................................................................................. 15

8. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 15

9. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 24

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 26

ANEXO I - DECLARAÇÃO DE PERMISSÃO PARA UTILIZAÇÃO DE DADOS .. 31

ANEXO II - CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM

PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS ......................................................... 33

APÊNDICE I - FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS - TESTE DE KATZ ...... 34

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1. INTRODUÇÃO

O Ministério da Saúde (2006), define envelhecimento como “um processo sequencial,

individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um

organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o

torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua

possibilidade de morte”.

De acordo com a Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, artigo 2º, considera-se idoso,

para os efeitos, a pessoa maior de sessenta anos de idade (BRASIL, 1994), cujos os direitos são

garantidos pelo Estatuto do Idoso (BRASIL, 2013).

Com o rápido e expressivo envelhecimento da população, a proporção de idosos vem

crescendo mais rapidamente que a proporção de crianças, em 2000, a população de 60 anos ou

mais de idade era de 14.536.029 de pessoas, contra 10.722.705 em 1991, segundo CENSO

IBGE (2002).

O prolongamento da vida, de fato, é uma aspiração de qualquer sociedade. No entanto,

só pode ser considerado como uma real conquista na medida em que se agregue qualidade aos

anos adicionais de vida. Assim, qualquer política destinada aos idosos deve considerar sua

capacidade funcional, necessidade de autonomia, participação, cuidado e autossatisfação

(BARRETO; CARREIRA; MARCON, 2015).

Em 2007 o Ministério da Saúde define que é função das políticas de saúde contribuir

para que mais pessoas alcancem as idades avançadas com o melhor estado de saúde possível.

O envelhecimento ativo e saudável é o grande objetivo nesse processo (BRASIL, 2010).

Muitos idosos que ainda conseguem realizar suas atividades de forma independente

vivem junto às famílias, entretanto, quando essa demanda por cuidados aumenta, ocorre a

sobrecarga dos familiares, que muitas vezes recorrem a institucionalização dos idosos

(MARTINS; GUIMARÃES; 2017). Paralelamente a isso, ainda existe a incapacidade da

família de encontrar alguém que se responsabilize pelo cuidado do idoso. Aumenta, então, a

procura de instituições de longa permanência para idosos (ILPI) que ofereçam cuidados

necessários para o idoso, suprindo a falta de suporte familiar e social (ALENCAR et al.,2012).

Segundo Camarano e Barbosa (2016), a demanda por essa modalidade de cuidados

tende a crescer devido ao envelhecimento da população idosa. Além disso, a oferta de

cuidadores familiares já apresenta evidências de redução, dadas as mudanças na família, a

redução do seu tamanho e a participação maior das mulheres no mercado de trabalho.

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É nesse contexto que a denominada “avaliação funcional” torna-se essencial para o

estabelecimento de um diagnóstico, um prognóstico e um julgamento clínico adequados, que

servirão de base para as decisões sobre os tratamentos e cuidados necessários. É um parâmetro

que, pode ser utilizado para determinar a efetividade e a eficiência das intervenções propostas

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

O estudo da capacidade funcional é útil para avaliar o estado de saúde dos idosos, tendo

em vista as repercussões do aumento de sua expectativa de vida e as novas repercussões sobre

o cotidiano desses indivíduos (DELDUCA; SILVA; HALLAL,2009).

A capacidade funcional é uma das formas mais adequadas para avaliar as condições dos

idosos, pois traduz um conceito ampliado de saúde, entendido como a existência de habilidades

físicas e mentais para a manutenção da autonomia e da independência (RIGO; PASKULIN;

MORAIS, 2010).A capacidade funcional pode ser avaliada sob às atividades básicas da vida

diária (ABVD), que são aquelas ligadas ao autocuidado, tais como banhar-se, vestir-se,

alimentar-se, ser continente e transferir-se (PINTO et al., 2016).

Um estudo, realizado no sul do Brasil, comparou o grau de dependência para as

atividades da vida diária (AVD) de idosos com 80 anos ou mais em três regiões distintas,

identificando a maior independência para as AVD entre os da região rural. Outro estudo,

também realizado no sul do Brasil, que verificou as condições de saúde de pessoas idosas

residentes em uma comunidade rural, observou que ocorreu dependência leve em uma parcela

significativa da população, ou seja, em 52,9%, sinalizando que os indivíduos pesquisados

encontravam-se em um estado inicial de declínio funcional. Os graus de dependência mais

severos foram encontrados apenas entre as mulheres, e elas apresentaram maior prejuízo na

realização das AVD quando comparadas aos homens (RIGO; PASKULIN; MORAIS, 2010).

Segundo Pinto et al., (2016), os fatores identificados como responsáveis, diretamente,

pela perda da capacidade funcional dos idosos são os fatores individuais, como os

demográficos, socioeconômicos e as condições de saúde.

Para isso, há muitas escalas que avaliam a capacidade funcional. O Índice de Katz, é

uma delas, que devido à praticidade de sua aplicação e sua confiabilidade, demonstradas em

estudos semelhantes (ARAÚJO; CEOLIM, 2007).

2. OBJETIVOS

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2.1 Objetivo geral

Identificar o grau de dependência de idosos em uma ILPI da cidade de Cascavel, Paraná,

Brasil.

2.2 Objetivos específicos

- Aplicar o teste de Katz para avaliar o grau de dependência do idoso;

- Traçar o perfil do idoso institucionalizado em uma ILPI.

- Verificar se o quadro de colaboradores da instituição está adequado de acordo com a

legislação.

3. JUSTIFICATIVA

A aproximação com a temática da saúde do idoso esteve presente durante todo o período

de estudo da Universidade, pois desde antes do início do curso, trabalho em uma Instituição de

Longa Permanência para Idosos (ILPI), o que despertou o maior interesse em optar pela

graduação em Enfermagem.

Tendo em vista a importância da atuação do enfermeiro na gestão do cuidado ao idoso

institucionalizado, acredito que através deste estudo, será possível identificar quais os graus de

dependência dos idosos, analisando como minimizar as dificuldades, visando o atendimento

humanizado, ético e adaptado ao idoso.

4. PROBLEMA

- Qual o perfil da necessidade da assistência dos idosos que são institucionalizados em uma

ILPI?

- Como se dá o dimensionamento da equipe de acordo com o número de idosos e grau de

necessidade?

5. HIPÓTESE

H1: O maior tempo de institucionalização é dos idosos com maior grau de dependência.

H2: O dimensionamento da equipe está de acordo com as legislações necessárias para uma

ILPI.

H3: O sexo feminino é mais predominante nas instituições.

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6. REVISÃO DE LITERATURA

6.1 Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI)

A origem das ILPI está ligada aos populares asilos, inicialmente dirigidos à população

carente que necessitava de abrigo, frutos da caridade cristã diante da ausência de Políticas

Públicas (CAMARANO; KANSO, 2010). No Brasil, embora elas façam parte da rede de

assistência social, em geral, surgem em razão das necessidades da comunidade e não da

implementação de uma política de cuidados de longa duração (CAMARANO; BARBOSA,

2016).

Segundo o Art. 37 do Estatuto do Idoso de 2013:

O idoso tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou

substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o

desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada. § 1.º A assistência

integral na modalidade de entidade de longa permanência será prestada

quando verificada inexistência de grupo familiar, casalar, abandono ou

carência de recursos financeiros próprios ou da família. § 2.º Toda

instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica obrigada a manter

identificação externa visível, sob pena de interdição, além de atender

toda a legislação pertinente. § 3.º As instituições que abrigarem idosos

são obrigadas a manter padrões de habitação compatíveis com as

necessidades deles, bem como provê-los com alimentação regular e

higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes,

sob as penas da lei (BRASIL, 2013).

A ILPI é definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária na Resolução da

Diretoria Colegiada (RDC) nº283 (Brasil, 2005) como - instituições governamentais ou não

governamentais, de caráter residencial, destinada a domicilio coletivo de pessoas com idade

igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade e dignidade

e cidadania.

Sabe-se que o idoso recebido pela ILP tem algumas características quanto a sua

necessidade de cuidados, exigindo das equipes de saúde dessas instituições atenção às

peculiaridades de cada membro de um grupo (COCCO et al., 2013).

As ILPIs têm como objetivo, segundo Portaria MPAS/SEAS nº 73, de 10 de maio de

2001, garantir aos idosos em estado de vulnerabilidade serviços de atenção biopsicossocial, em

regime integral, de acordo com as suas necessidades, priorizando sempre que possível, o

vínculo familiar e a integração comunitária.

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O Estatuto do Idoso (2013), recomenda princípios como a manutenção dos vínculos

familiares, atendimento personalizado e em pequenos grupos e participação do idoso nas

atividades comunitárias. Entre as obrigações das instituições estão o fornecimento de

instalações físicas e vestuário adequados, acomodações apropriadas para o recebimento de

visitas, cuidar da saúde, da educação e do lazer do idoso.

As ILPIs constituem alternativas de cuidados para as pessoas idosas mais frágeis e

dependentes na execução das tarefas básicas de vida diária e que, por várias razões de ordem

médico-sociais, não podem ser mantidas nas suas residências (FERREIRA; BANSI;

PASCHOAL, 2014). Dessa forma, as modalidades de atendimento a pessoa idosa são a

internação hospitalar, o atendimento ambulatorial especializado, o hospital-dia e a assistência

domiciliar (AQUINO; BENEDITO, 2016).

Quadro 1: Modalidades de Atendimento existe nas ILPIs.

Modalidade I - Destinada a idosos independentes para as atividades da vida

diária (AVDs), mesmo que necessitem utilizar algum

equipamento de autoajuda (andador, bengala, cadeira de rodas,

adaptações para vestimenta, entre outros);

Modalidade II - Destinada a idosos dependentes e independentes que necessitam

de ajuda e cuidados especializados, com acompanhamento e

controle adequado de profissionais da área de saúde;

Modalidade III - Destinada a idosos dependentes que necessitem de assistência

total em pelo menos uma atividade da vida diária. Requer uma

equipe interdisciplinar de saúde.

Fonte: Portaria MPAS/SEAS nº 73, de 10 de maio de 2001.

Conforme Camarano (2010), o grau de dependência dos residentes é uma variável

importante para se definir a adequação dos serviços de uma instituição. Há muitas escalas que

avaliam a capacidade funcional. O Índice de Katz, devido à praticidade de sua aplicação e sua

confiabilidade, beneficia a avaliação de indivíduos idosos, de doentes crônicos e daqueles em

longos períodos de recuperação hospitalar ou, ainda, ser utilizado para avaliar a capacidade

funcional do indivíduo na comunidade (ARAÚJO; CEOLIM, 2007).

A capacidade de realizar as tarefas do cotidiano sem o auxílio de outros é denominada

de capacidade funcional. Estas necessidades diárias são denominadas de atividades básicas da

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vida diária (AVDs) – levantar-se da cama ou de uma cadeira, andar, usar o banheiro, vestir-se,

alimentar-se – e atividades instrumentais da vida diária (FREITAS; SCHEICHER, 2010).

6.2 Atividades Básicas Da Vida Diária (AVDs)

As Atividades da Vida Diária (AVDs), costumam ser divididas em básicas (ABVDs),

instrumentais (AIVDs) e avançadas (AAVDs). As básicas são as necessárias para a

autopreservação, correspondentes a tarefas do cotidiano; as instrumentais são atividades mais

complexas e indicam a capacidade de o idoso poder viver sozinho, estando relacionadas ao

cuidado doméstico; já as avançadas são atividades relacionadas à integração social,

correspondendo a atividades produtivas, recreativas e sociais (COCCO et al., 2013).

O senso realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) (2010),

demonstrou que, em ILPIs públicas, a maior parte dos idosos era independente, conquanto que,

nas ILPIs privadas predominavam os idosos dependentes totais, dados que reforçam a teoria de

que as ILPIs são alternativas para a carência de moradia e renda e dificuldades de cuidados

(CAMARANO, 2010).

A detecção do grau de dependência do idoso nos diferentes componentes da aptidão

física possibilita selecionar intervenções adequadas, aplicadas tanto individualmente quanto em

grupo, com vistas à melhoria da capacidade funcional principalmente no desempenho das

AVDs (COCCO et al., 2013).

Uma das escalas mais utilizadas para avaliar o desempenho nas atividades da vida diária

é a Escala de Independência em Atividades da Vida Diária (EIAVD), ou Escala de Katz. Ela

foi desenvolvida para a avaliação dos resultados de tratamentos em idosos e predizer o

prognóstico nos doentes crônicos (LINO et al., 2008). O comprometimento das AVD pode ser

o reflexo de uma doença grave ou conjunto de doenças que comprometam direta ou

indiretamente funções de forma isolada ou associada (Secretaria de Estado da Saúde do Paraná,

2018).

A escala de independência em atividades da vida diária é baseada numa avaliação da

independência ou dependência funcional de pacientes ao tomar banho, vestir-se, ir ao vaso

sanitário, transferir-se, manter-se continente e alimentar-se (LINO et al., 2008).O Index de

Independência nas Atividades de Vida Diária (AVDs) – Index of ADL - desenvolvido por

Sidney Katz é um instrumento de avaliação funcional muito utilizado na literatura gerontológica

tanto em nível nacional quanto internacional (DUARTE; ANDRADE; LEBRÃO, 2007).

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Conforme o Caderno de Atenção Básica do Idoso (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006),

a primeira escala desenvolvida, e a que é até os dias de hoje mais citada e utilizada, é a Escala

de Katz, planejada para medir a habilidade da pessoa em desempenhar suas atividades

cotidianas de forma independente e assim determinar as necessárias intervenções de

reabilitação.

Sendo assim, a realização de uma história e um exame físico completo pelos

profissionais de saúde são providências importantes no processo de avaliação do idoso com a

finalidade de detectar fatores associados à incapacidade funcional e, dessa forma, preveni-los

(COCCO et al., 2013).

7. METODOLOGIA

7.1 Tipo de estudo

O presente estudo tratou-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e de caráter

documental. A pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa

traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de

recursos e técnicas estatísticas (percentagem, média, mediana, entre outros) (PALAGI, 2010).

Procurando traduzir em números os conhecimentos gerados pelo pesquisador (PRODANOV;

FREITAS, 2013).

A pesquisa documental (prontuários) representa uma forma que pode se revestir de um

caráter inovador, trazendo contribuições importantes. Os documentos normalmente são

considerados importantes fontes de dados para outros tipos de estudos quantitativos e/ou

qualitativos, merecendo, portanto, atenção especial (GODOY, 1995).

7.2 Campo de estudo, população e coleta de dados

O campo de estudo foi uma ILPI, localizada na cidade de Cascavel, na região Oeste do

estado do Paraná. A ILPI escolhida para essa pesquisa foi fundada em 2013, no momento da

coleta de dados a instituição contava com vinte e oito idosos institucionalizados que apresentam

distintos graus de dependência. O serviço propõe atividades de recreação, acompanhamento

médico, de enfermagem, de nutrição, de fisioterapia, de fonoaudiologia, de psicologia e de

cuidadores.

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A população do estudo foram prontuários dos idosos institucionalizados no período de

coleta de dados. Como critério de inclusão: foram prontuários de idosos institucionalizados no

período de coleta de dados.

A coleta de dados foi realizada em setembro de 2019 em uma sala reservada no serviço,

utilizando o prontuário eletrônico e impresso de cada idoso, foi utilizado, o como instrumento

de coleta de dados, a escala de Katz (APÊNDICE I).

O Index de Independência nas Atividades Básicas de Vida Diária de Sidney Katz é um

dos instrumentos mais utilizados para avaliar as AVD. Avalia a independência no desempenho

de seis funções (banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência, continência e alimentação)

classificando as pessoas idosas como independentes ou dependentes (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2006).

7.3 Análise dos dados

Foi utilizada análise estatística descritiva de dados e trabalhado com tabelas e medidas

estatísticas. Os dados foram agrupados e contabilizados por frequência e porcentagens,

utilizando como padrão dos resultados a média e mediana. Os cálculos e gráficos foram gerados

no programa Excel.

7.4 Aspectos éticos

Primeiramente foi encaminhado uma cópia do projeto de pesquisa a Instituição de

Longa Permanência para Idosos para autorização do responsável da ILPI, após ser autorizado,

o mesmo foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Paranaense –

Unidade Universitária de Cascavel – Paraná, e após aprovação foi realizado a coleta dos dados,

em setembro de 2019.

A pesquisa foi desenvolvida segundo as diretrizes e normas regulamentadoras de

pesquisa envolvendo seres humanos, a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 466/2012

e a Resolução 510/ 2016 que dispõe das Diretrizes e Normas regulamentadoras de Pesquisa

Envolvendo Seres Humanos (BRASIL, 2012; BRASIL, 2016).

8. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante período de coleta de dados encontravam-se institucionalizados um total de 28

pacientes, destes, como sabemos, pela hipótese já referida, obtivemos a confirmação de maior

institucionalização da população feminina (n= 19) 68%, seguido pelo sexo masculino (n=09)

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32%. Podemos conferir na tabela 1, na qual a faixa etária com maior prevalência foram os

pacientes acima dos 80 anos (n=23) 92%, seguido pela faixa etária de 60 a 79 anos (n=5) 8%.

Em relação a raça desses pacientes, apresentou-se apenas a raça branca (n=24) 86% e parda

(n=4) 14%.

Tabela 1: Distribuição dos residentes institucionalizados por identificação dos pacientes.

Variável N %

Sexo

Feminino 19 68%

Masculino 9 32%

Faixa Etária

60 a 79 anos 5 8%

Acima de 80 anos 23 92%

Raça

Branca 24 86%

Parda 4 14%

Total 28 100% Fonte: Autor (2019).

Em resumo, a maioria dos idoso institucionalizados na ILPI era do sexo feminino, de

raça branca e com idade predominante superior aos 80 anos. Dados semelhantes foram obtidos

em estudo realizado na cidade do interior de Minas Gerais, no estudo conduzido com 93 idosos

de quatro instituições de longa permanência. O autor constatou um predomínio de mulheres

(72,1%), que pode ser justificado pela maior expectativa de vida entre elas, apurou-se ainda

uma média de idade em torno de 75 anos representam (81,7%) das pessoas idosas

institucionalizadas (ALMEIDA, 2008).

Tabela 2: Distribuição dos residentes institucionalizados por grau de dependência para o banho e vestir.

Variável N %

Banho e Vestir

Sem Ajuda 1 3%

Com Ajuda Parcial 8 29%

Com Ajuda Total 19 68%

Tempo na atividade

5 a 7 min 7 25%

10 a 15 min 21 75%

Período

Manhã 25 90%

Tarde 3 10%

Noite 0 0 Fonte: Autor (2019).

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A Escala de Katz é um instrumento de medida das AVDs hierarquicamente relacionadas

e está organizado para mensurar a independência no desempenho de seis funções consideradas

básicas e biopsicossocialmente integradas: banhar-se, vestir-se, ir ao banheiro, transferir-se da

cama para a cadeira e vice-versa, ser continente e alimentar-se. Cada função possui três

alternativas categorizadas desde independente a dependente (LINO et al., 2008).

O banho e o vestir-se são considerados funções culturalmente aprendidas, ou seja, que

tem significados diferentes de acordo com a época e a sociedade estudada (SMANIOTO;

HADDAD, 2011). O banho promove a restauração da limpeza, remove o suor, oleosidade, a

poeira e os microrganismos da pele. A eliminação de odores desagradáveis do organismo,

diminuição do potencial de infecções, estimulação da circulação, sensação refrescante,

relaxamento e melhora da autoimagem são considerados benefícios proporcionados pela

higiene corporal (LENARDT et al., 2006).

Conforme tabela 2, relacionando o Índice de Katz da instituição de origem, verificamos

que em relação ao grau de dependência para o banho dos pacientes bem como o grau de

dependência para o vestir, apresentaram os mesmos valores. O banho é realizado 1x ao dia

seguido pelo vestir, se durante o dia não houver intercorrência com o idoso a roupa só será

trocada novamente a noite para dormir. A pesquisa apresenta que a maioria dos idosos

necessitam de ajuda total para o banho e vestir (n=19) 68%, já os que necessitam de ajuda

parcial (n=8) 29%, e sem ajuda (n=1) 3% dos pacientes.

Ainda conforme a tabela 2, apresenta a variável de tempo na atividade, que dispõe de

duas medidas para calcular o tempo gasto pela equipe de saúde na atividade, tendo como maior

gasto de tempo de 10 a 15 minutos para o banho 21 pacientes (75%) e de 5 a 7 minutos 7

pacientes (25%). Já no quesito período, seria a quantidade de pacientes que realizam essa

atividade no turno, ou seja, 25 pacientes tomam o banho pela manhã (90%) e apenas 3 destes

pacientes (10%) tomam banho a tarde.

A seguir na tabela 3, expõe os dados sobre o grau de dependência para usar o banheiro,

sendo que a maioria necessita de ajuda total (n=21) 75%, seguido por ajuda parcial (n=3) 11%

e sem ajuda (n=4) 14%. O grau de dependência dos pacientes para continência apontou a ajuda

total (n=21) 75% de maior valor, seguido pelo sem ajuda (n=4) 14% e com ajuda parcial (n=3)

11%.

Em comparação com um estudo realizado em uma ILPI de Ribeirão Preto, com relação

à atividade de ir ao banheiro, que 46 (63,8%) dos idosos eram independentes, 16 (22,2%) eram

dependentes para realizar higiene pessoal e usar o banheiro, observou-se que para essa

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atividade, 26 (36,1%) dos idosos eram dependentes em algum nível e/ou precisavam de ajuda

para realizar tal atividade. Constatou-se em relação à continência, que 44 (61,1%) dos idosos

eram independentes, ou seja, possuíam controle esfincteriano completo, 17 (23,6%)

necessitavam de ajuda, ou seja, faziam uso de fralda na hora de dormir e 11 (15,2%) eram

dependentes por fazerem uso de fralda constantemente ou fazerem uso de sondas (PELEGRIN

et al., 2008).

Cuidados com higiene e a pele dos pacientes incluem-se em regimes de atividades

realizadas várias vezes ao dia e interferem nas respostas desses sujeitos, especialmente os

acometimentos cutâneos. Fatores como número de trocas diárias, limpeza e uso de cremes de

barreira podem ser determinantes no aparecimento de efeitos decorrentes do uso da fralda

(ALVES; SANTANA, 2013). Ressalta-se que o uso de fraldas intensifica a irritação da pele

devido ao pH cutâneo ser potencializado pela conversão da ureia em amônia. Além disso, as

fraldas descartáveis também podem aumentar o risco de infecções secundárias, pois há

permeabilidade da barreira da epiderme associada à hidratação excessiva [...] portanto, o idoso

se encontra sob Risco de integridade da pele prejudicada e se torna necessário que os

enfermeiros façam esse diagnóstico de enfermagem de modo mais efetivo para implementação

de ações que contribuam para a melhoria do cuidado (ROSA et al., 2013).

Tabela 3: Distribuição dos residentes institucionalizados por grau de dependência para usar o banheiro.

Variável N %

Banheiro

Sem Ajuda 4 14%

Com Ajuda Parcial 3 11%

Com Ajuda Total 21 75%

Tempo na atividade

5 a 7 min 22 79%

10 a 15 min 6 21%

Período

Manhã 2

Tarde 3

Noite 3

Continência

Sem Ajuda 4 14%

Com Ajuda Parcial 3 11%

Com Ajuda Total 21 75%

Tempo na atividade

5 a 7 min 24 86%

10 a 15 min 4 14%

Período

Manhã 2

Tarde 3

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Noite 3 Fonte: Autor (2019).

Em relação ao tempo na atividade para usar o banheiro, observou-se que 22 (79%) dos

pacientes levam entre 5 a 7 minutos e que 6 (21%) necessitam de 10 a 15 minutos para realizar

está atividade. Já no quesito continência, que conforme o próprio teste impõe, o uso de cateteres

ou fraldas caracteriza a pessoa como dependente, foi observado o tempo gasto quanto essa troca

de fraldas, obtendo um gasto maior de 5 a 7 minutos 24 (86%) dos idosos e de 10 a 15 minutos

4 (14%) dos idosos. Em relação ao período descrito para as duas atividades é apontado quantas

vezes são realizadas em cada turno, no andamento de 24 horas, segundo tabela 3.

De acordo com a tabela 4, que apresenta os dados sobre o grau de dependência para

transferência temos o maior índice para a ajuda total (n=17) 61%, seguido por sem ajuda (n=

7) 25% e por fim com ajuda parcial (n=4) 14%.

Em relação a transferir-se, um estudo realizado com 109 idosos institucionalizados nos

asilos da cidade de Passo Fundo - RS, no item que se refere à transferência, designado por

movimento desempenhado pelo idoso para sair da cama e sentar-se em uma cadeira e vice-

versa. Quanto à passagem cadeira-cama, 65,14% dos idosos que não necessitam de ajuda,

utilizam cadeira de roda e fazem tudo sozinhos; 16,51% necessitam de pequena ajuda ou

supervisão; 9,17% são capazes de sentar-se, mas precisam de ajuda total para a mudança para

a cama e vice-versa; 9,17% são dependentes (GUEDES; SILVEIRA, 2006).

Tabela 4: Distribuição dos residentes institucionalizados por grau de dependência para transferência.

Variável N %

Transferência

Sem Ajuda 7 25%

Com Ajuda Parcial 4 14%

Com Ajuda Total 17 61%

Tempo na atividade

5 a 7 min 20 71%

10 a 15 min 8 29%

Período

Manhã 5

Tarde 7

Noite 2 Fonte: Autor (2019).

O tempo na atividade gasto pelos colaboradores foi maior em 5 a 7 minutos 20 (71%)

idosos, e 10 a 15 minutos 8 (29%) idosos. Em relação ao período apontou-se quantas vezes é

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realizada esta atividade em cada turno do dia. Sendo 5 vezes pela manhã, 7 vezes na tarde e 2

vezes à noite, conforme a tabela 4.

Os procedimentos que envolvem a movimentação e o transporte de pacientes são

considerados os mais penosos e perigosos para os trabalhadores da saúde [...] um cuidadoso

planejamento, antes de se iniciarem esses procedimentos, é essencial e imprescindível.

Inicialmente, deve-se fazer uma avaliação das condições físicas da pessoa que será

movimentada, de sua capacidade de colaborar, bem como a observação da presença de soros,

sondas e outros equipamentos instalados. Também é importante, para um planejamento

cuidadoso do procedimento, uma explicação, ao paciente, do modo como se pretende movê-lo,

como pode cooperar, para onde será encaminhado e qual o motivo da locomoção. Vale a pena

salientar que o cliente deve ser orientado a ajudar (ALEXANDRE; ROGANTE, 2000).

Observou-se que a alimentação foi à atividade que apresentou o mais elevado número

de idosos independentes, sendo, sem ajuda (n=12) 43%, seguido por ajuda total (n=9) 32% e

com ajuda parcial (n=7). Sendo que dos 28 idosos institucionalizados 3 deles fazem uso de

sonda de gastrostomia com infusão de dieta por bomba de infusão. Conforme tabela 5. Em

estudo semelhante, realizado com 72 idosos institucionalizados em uma ILPI da cidade de

Ribeirão Preto –SP, verificou-se que 61 (84,7%) dos idosos eram independentes, 1 (1,3%)

necessitava de ajuda para cortar carne/ passar manteiga no pão e 10 (13,8%) eram dependentes,

ou seja, necessitavam de assistência completa ou sondas (PELEGRIN et al., 2008). Em

comparação ao estudo pode-se observar que quanto a alimentação os idosos se mostraram mais

independentes do que nos demais quesitos avaliados.

Tabela 5: Distribuição dos residentes institucionalizados por grau de dependência para alimentação.

Variável N %

Alimentação

Sem Ajuda 12 43%

Com Ajuda Parcial 7 25%

Com Ajuda Total 9 32%

Tempo na atividade

5 a 7 min 15 53%

10 a 15 min 10 36%

Gastrostomia 3 11%

Período

Manhã 3

Tarde 3

Noite 2 Fonte: Autor (2019).

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Em relação ao tempo já atividade contabilizamos que a maioria dos idosos, 15 deles

(53%) levam entre 5 a 7 minutos para se alimentar, de 10 a 15 minutos 10 (36%) idosos e que

3 fazem uso de gastrostomia por bomba de infusão. Sendo realizado 3 refeições no período da

manhã e tarde e 2 a noite.

Os idosos apresentam condições peculiares que condicionam o seu estado nutricional.

Alguns desses condicionantes são devidos às alterações fisiológicas próprias do

envelhecimento, enquanto outros são influenciados pelas enfermidades presentes e por fatores

relacionados com a situação socioeconômica e familiar [...] O estado de ânimo do idoso para

ingerir o alimento é, muitas vezes, modificado por atitudes simples, como posicionar-se

confortavelmente à mesa em companhia de outras pessoas (CAMPOS; MONTEIRO;

ORNELAS, 2000).

A alimentação nas instituições deve ser planejada de forma a atender as necessidades

nutricionais de cada residente, a manutenção de um estado nutricional equilibrado e,

consequentemente, uma melhor qualidade de vida (MELO; KUBRUSLY; PEIXOTO JUNIOR,

2011).

A mastigação é importante para uma boa nutrição no idoso. Com o envelhecimento, os

hábitos de mastigação mudam, acentuadamente, tanto nos homens como nas mulheres. Essas

alterações na capacidade mastigatória do idoso são devidas ao aparecimento frequente de cáries

e doenças periodontais; às próteses totais ou parciais inadaptadas ou em péssimo estado de

conservação, e à ausência de dentes. Esses fatores interferem no comportamento inicial do

processo digestivo, favorecendo sua inadequação tanto no aspecto enzimático como no

mecânico (CAMPOS; MONTEIRO; ORNELAS, 2000). A alimentação é uma tarefa de cunho

de subsistência realizado quase automaticamente pelos pacientes, sendo preservada até a fase

final.

Com a união de todos os dados coletados, tem-se o grau de dependência de cada

paciente, conforme o Teste de Katz propõe, sendo o grau VI (n=9) 32% de maior valor e maior

dependência, seguido pelo grau IV e V (n=7) 25% cada, grau I (n=2), grau II e III (n=1) 4%

cada e grau 0 (n=1) 3% independente. Conforme tabela 6. Em estudo realizado com 204 idosos

institucionalizados 33,3% era considerado independente. Observou-se uma dependência maior

para continência e uso do banheiro, seguida pelo banho e vestir, transferência e alimentação,

apontando que as habilidades para funções mais complexas declinam primeiro sendo

preservado por mais tempo as funções que tem impacto na sobrevivência (SMANIOTO;

HADDAD, 2011).

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Tabela 6: Distribuição dos residentes institucionalizados por grau de dependência do paciente

conforme o Teste de Katz.

Variável N %

Grau 0 - Independente para todas as atividades. 1 3%

Grau I - Independente para todas as atividades menos uma. 2 7%

Grau II - Independente para todas as atividades menos banho e

mais uma adicional.

1 4%

Grau III - Independente para todas as atividades menos banho,

vestir-se e mais uma adicional.

1 4%

Grau IV - Independente para todas as atividades menos banho,

vestir-se, ir ao banheiro e mais uma adicional.

7 25%

Grau V - Independente para todas as atividades menos banho,

vestir-se, ir ao banheiro, transferência e mais uma adicional.

7 25%

Grau VI - Dependente para todas as atividades. 9 32% Fonte: Autor (2019).

Observou-se quanto ao quadro de pessoal, conforme tabela 7, além desses, 1 diretor, 1

enfermeira responsável técnico,1 fisioterapeuta, 1 nutricionista, 1 fonoaudióloga, 1 psicóloga,

2 enfermeiros (diurno), 2 enfermeiros (noturno), 1 enfermeira folguista, 1 enfermeira ferista, 1

técnico de enfermagem folguista, 2 cuidadoras folguistas, 1 recursos humanos, 1 secretária e

recepcionista, 4 apoios, 3 cozinheiras. No momento da coleta de dados, como já mencionado

acima haviam 28 idosos institucionalizados, destes, 20 eram moradores da Ala A e 08

moradores da Ala B.

Tabela 7: Distribuição do quadro de funcionários por período.

Profissional Manhã Tarde Noite 1 Noite 2

Ala A Ala B Ala A Ala B Ala A Ala B Ala A Ala B

Enfermeiro 1 1 1 1

Técnico de

Enfermagem 1 1 1 1 1 1

Cuidador de

idosos. 2 1 2 1 1 1

Fonte: Autor (2019).

Como podemos perceber na tabela 6, o grau VI representa um número maior de idosos

dependentes para as AVDs, dessa forma, a assistência multiprofissional e interdisciplinar do

idoso são imprescindíveis. Muitos deles se encontram acometidos por doenças, fragilizados,

deprimidos, e precisam de atendimento diferenciado com o propósito de restabelecer sua saúde.

Idosos classificados como totalmente dependentes constituem um grupo geralmente

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enquadrado como mais vulnerável. Os serviços de saúde deverão estar preparados para

identificá-los e promover-lhes assistência diferenciada e pautada na participação de diferentes

profissionais da área da saúde (STHAL; BERTI; PALHARES, 2011).

O atendimento aos idosos no Brasil de hoje exige que a ILPI preste serviços tanto na

área social quanto na área sanitária, sendo assim objeto de ação de ambas as esferas. Pode-se,

portanto, dizer que a ILPI é um tipo especial de instituição de natureza sócio sanitária. Essa

natureza híbrida demanda a criação de um modelo sócio sanitário de assistência, que conjugue

valores e práticas de ambas as esferas. A fiscalização das entidades de atendimento ao idoso, e

especificamente das ILPIs, passa a estar a cargo dos Conselhos do Idoso, do Ministério Público

e da Vigilância Sanitária (PINTO; SIMSON, 2012).

Para nortear sua missão de fiscalizar as ILPIs, a ANVISA criou a Resolução da Diretoria

Colegiada 283 (RDC 283). Pois, as instituições nem sempre apresentam profissionais,

tampouco recursos materiais e físicos suficientes para o atendimento dos idosos. Em algumas,

o trabalho é realizado por cuidadores, pessoas pouco capacitadas para trabalharem com essa

população. Para melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas é necessária uma equipe

multiprofissional, composta por enfermeiro e sua equipe, médico, nutricionista, assistente

social, psicólogo, terapeuta ocupacional, entre outros, visando assim, atender as necessidades

de saúde, alimentação, lazer, higiene e repouso, proporcionando uma melhora na qualidade de

vida (SANTOS et al., 2008).

A equipe da ILPI é composta de acordo com a RDC 283, que segundo a resolução

disponibiliza a seguinte orientação.

Tabela 8: Norma que regula os recursos humanos das ILPIs.

Grau de Dependência do Idoso Para os cuidados aos residentes Pacientes

Grau de Dependência I - idosos

independentes, mesmo que requeiram

uso de equipamentos de autoajuda;

Grau de Dependência I: um cuidador

para cada 20 idosos, ou fração, com

carga horária de 8 horas/dia;

1

Grau de Dependência II - idosos com

dependência em até três atividades de

autocuidado para a vida diária tais

como: alimentação, mobilidade,

higiene; sem comprometimento

Grau de Dependência II: um cuidador

para cada 10 idosos, ou fração, por

turno;

4

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24

cognitivo ou com alteração cognitiva

controlada;

Grau de Dependência III - idosos com

dependência que requeiram assistência

em todas as atividades de autocuidado

para a vida diária e ou com

comprometimento cognitivo.

Grau de Dependência III: um cuidador

para cada 6 idosos, ou fração, por

turno.

23

FONTE: Resolução - RDC Nº 283 (2005); Autor (2019).

A institucionalização acaba por propiciar a queda do estado geral das pessoas idosas, no

início. Situação que tenderá a mudar se a ILPI oferecer condições favoráveis para o idoso rever

a sua nova condição, não de hóspede, mas de residente daquela nova morada [...] Diante dessas

considerações, as ILPIs necessitam de uma equipe multiprofissional, que possa desenvolver um

trabalho direcionado ao cuidado adequado dos idosos residentes, proporcionando-lhes uma

qualidade de vida satisfatória (SANTOS et al., 2008).

O principal requisito para o enfermeiro que atua em uma ILPI é conhecer o processo de

envelhecimento para definir ações que possibilitem o cuidado integral às necessidades

expressas e não expressas do residente, tentando conservar ao máximo, os princípios de

autonomia e independência. Também, habilitar a equipe de enfermagem e cuidadores com a

finalidade de capacitá-los à realização de ações do cuidado ao idoso com maior sensibilidade,

segurança, maturidade e responsabilidade. Esse trabalhador deve possuir habilidades para

tornar o cuidado mais humanizado, acolhedor, avaliativo e, assim, contribuir para um progresso

na qualidade de vida do idoso institucionalizado (FELICIAN et al., 2011).

9. CONCLUSÃO

O presente estudo buscou identificar o grau de dependência dos idosos de uma

determinada ILPI, bem como o tempo demandado pelos colaboradores destinado para realizar

cada atividade e se o quadro de pessoal é compatível com a demanda dos idosos.

O idoso ao ser institucionalizado é levado a um novo ambiente, o qual deve proporcionar

uma adaptação humanizada, respeitar e compreender sua individualidade é fundamental,

tornando esse processo o mais natural possível. O perfil do grupo de idosos da instituição

revelou uma população predominante de idosos com mais de 80 anos e do sexo feminino.

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Dentre as AVDs, observou-se maior dependência para continência e uso do banheiro e menor

na alimentação, em geral demonstrou-se maior dependência dos idosos nas funções avaliadas.

A instituição fornece serviço de enfermagem 24 horas do dia, médico uma vez por

semana, fisioterapeuta, psicóloga, dentre outros. Pará poder elaborar um plano de cuidado

individualizado ao paciente é necessário que o enfermeiro tenha conhecimento tantos das

particularidades de cada idoso, como também, se a equipe está apta para realizar as intervenções

implementadas e se a estrutura física da instituição facilita o processo de cuidado. Podemos

então verificar que a ILPI da qual se obteve os dados preenche os requisitos de acessibilidade

e quadro de colaboradores adequado, favorecendo o incentivo ao autocuidado dos idosos.

Através deste estudo pretende-se contribuir para que novos estudos abordem sobre o

grau de dependência de idosos institucionalizados, bem como, a sustentação de uma equipe

multiprofissional adequada, capacitada e comprometida com a assistência prestada aos idosos.

Estimular o desenvolvimento de pesquisas voltadas para a avaliação das pessoas idosas para

poder determinar os cuidados de enfermagem que atendam às necessidades dessas pessoas.

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26

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DIRETORIA EXECUTIVA DE GESTÃO DA PESQUISA E DA PÓS-

GRADUAÇÃO

COORDENADORIA DE PESQUISA E INICIAÇÃO CIENTÍFICA

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS

ANEXO I - DECLARAÇÃO DE PERMISSÃO PARA UTILIZAÇÃO DE DADOS

Título do Projeto: Avaliação do grau de dependência de Idosos de uma Instituição de

Longa Permanência: utilização do teste de Katz.

Os pesquisadores do presente projeto de pesquisa se comprometem a preservar a

privacidade dos participantes, cujos dados serão coletados por meio dos prontuários da

instituição com o objetivo de Identificar o grau de dependência de idosos em uma ILPI da

cidade de Cascavel, Paraná, Brasil; Aplicar o teste de Katz para avaliar o grau de dependência

do idoso; Traçar o perfil do idoso institucionalizado em uma ILPI.

Este levantamento será feito a partir dos registros contidos nos prontuários dos idosos

institucionalizados na ILPI no período de no período de agosto de 2016 a agosto de 2019 sob

autorização da ILPI Espaço Integral Master, Cascavel – Paraná.

Concordam, igualmente, que estas informações, serão utilizadas única e exclusivamente

para execução do presente projeto. As informações somente poderão ser divulgadas de forma

anônima.

Diante disso, a direção da instituição autoriza a coleta de dados acima descrita.

____________________________ ___________________________________

Supervisão de Enfermagem Diretor ou representante legal da Instituição

Cascavel, ____ de _____________, de 20__ .

Nome dos Pesquisadores Assinatura

Evelin Monier de Paula

Danilo Bertasso Ribeiro

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ANEXO II - CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM

PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS

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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR –

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CASCAVEL/PR

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS,

MÉDICAS E DA SAÚDE.

COLEGIADO DO CURSO DE ENFERMAGEM

Nome da Pesquisa: Avaliação o Grau de Dependência de Idosos de uma Instituição de

Longa Permanência: Utilização do Teste de Katz.

Pesquisador(es): Danilo Bertasso Ribeiro, Evelin Monier de Paula.

APÊNDICE I - FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS - TESTE DE KATZ

INICIAIS: DN:

RAÇA/COR:

( ) Branca ( ) Preta ( ) Amarela ( ) Parda ( ) Indígena

SEXO:

( ) Feminino ( ) Masculino

1. BANHO: A avaliação da atividade "BANHAR-SE" é considerada em relação ao uso do

chuveiro, da banheira e ao ato de esfregar-se em qualquer uma dessas situações.

Tempo: ( ) 05 minutos ( ) 07 minutos ( ) 10 minutos ( ) 15 minutos

( ) SEM AJUDA

( ) COM AJUDA PARCIAL

( ) COM AJUDA TOTAL

2. VESTIR: Para avaliar a função "VESTIR-SE" considera-se o ato de pegar as roupas no

armário, bem como o ato de se vestir propriamente dito, incluindo-se botões, fechos e

cintos. Calçar sapatos está excluído da avaliação.

Tempo: ( ) 05 minutos ( ) 07 minutos ( ) 10 minutos ( ) 15 minutos

( ) SEM AJUDA

( ) COM AJUDA PARCIAL

( ) COM AJUDA TOTAL

3. BANHEIRO: A função “USAR O BANHEIRO” compreende o ato de ir ao banheiro

para excreções, higienizar-se e arrumar as próprias roupas. Dependentes são aqueles

que recebem qualquer auxílio direto ou que não desempenham a função, incluindo o

uso de "papagaios" ou "comadres" (neste caso considerar como ajuda total).

Tempo: ( ) 05 minutos ( ) 07 minutos ( ) 10 minutos ( ) 15 minutos

( ) SEM AJUDA

( ) COM AJUDA PARCIAL

( ) COM AJUDA TOTAL

4. TRANSFERÊNCIA: A função "TRANSFERÊNCIA" é avaliada pelo movimento

desempenhado pelo idoso para sair da cama e sentar-se em uma cadeira e vice-versa.

Dependentes são as pessoas que recebem qualquer auxílio (parcial ou total) em qualquer

das transferências.

Tempo: ( ) 05 minutos ( ) 07 minutos ( ) 10 minutos ( ) 15 minutos

( ) SEM AJUDA

( ) COM AJUDA PARCIAL

( ) COM AJUDA TOTAL

5. CONTINÊNCIA: O termo "CONTINÊNCIA" refere-se ao ato inteiramente

autocontrolado de eliminação de urina e fezes. A dependência está relacionada à

presença de incontinência total ou parcial em qualquer uma das funções. Qualquer tipo

de controle externo como enemas, cateterização ou uso regular de fraldas caracteriza a

pessoa como dependente (neste caso avaliar a necessidade de auxílio para a realização

de um desses procedimentos).

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Tempo: ( ) 05 minutos ( ) 07 minutos ( ) 10 minutos ( ) 15 minutos

( ) SEM AJUDA

( ) COM AJUDA PARCIAL

( ) COM AJUDA TOTAL

6. ALIMENTAÇÃO: a função "ALIMENTAR-SE" relaciona-se ao ato de dirigir a

comida do prato (ou similar) à boca. O ato de cortar alimentos ou prepará-los está

excluído da avaliação. Dependentes são as pessoas que recebem qualquer assistência

pessoal. Aqueles que não se alimentam sem ajuda ou que utilizam sondas para se

alimentarem são considerados dependentes.

Tempo: ( ) 05 minutos ( ) 07 minutos ( ) 10 minutos ( ) 15 minutos

( ) SEM AJUDA

( ) COM AJUDA PARCIAL

( ) COM AJUDA TOTAL

RESULTADO 0 – INDEPENDENTE para todas as atividades

1 – Independente para todas as

atividades menos uma.

2 – Independente para todas as

atividades menos banho e mais

uma adicional.

3 – Independente para todas as

atividades menos banho,

vestir-se e mais uma adicional.

4 – Independente para todas as

atividades menos banho, vestir-

se, ir ao banheiro e mais uma

adicional.

5 – Independente para todas as

atividades menos banho,

vestir-se, ir ao banheiro,

transferência e mais uma

adicional.

6 – Dependente para todas as

atividades.

OBSERVAÇÕES (durante aplicação do teste):