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DESIDRATAÇÃO Professora e enfermeira: Carla Gomes

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DESIDRATAÇÃO

Professora e enfermeira: Carla Gomes

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É a deficência de água e eletrólitos corpóreos por perdas superiores à ingesta devido a:

anorexia, restrição hídrica, por perdas aumentadas gastrintestinais (vômito

e diarréia), perda urinária (diurese osmótica, administração

de diuréticos, insuficiência renal crônica), e perdas cutâneas e respiratórias (queimaduras e

exposição ao calor).

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Causas:

A mais freqüente decorre de perdas gastrintestinais.

A diarréia é portanto a causa mais importante e responsável por óbitos em crianças menores que 5 anos, podendo evoluir de modo mais prolongado e desfavorável em crianças sem aleitamento materno, desnutridas, imunodeprimidas ou em doenças crônicas.

Além do que a incidência é maior nas populações de baixo nível socioeconômico.

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Diagnóstico:

Segundo a estratégia do AIDPI, as crianças precisam ser avaliadas até os 5 anos obedecendo o seguinte critério:

Avaliação da sua condição geral, pesadas sem roupas e verificar se há sinais de alerta.

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A perda de peso aguda é o melhor indicador de desidratação.

A classificação pode ser basear no quadro clínico dividido em três grupos:

Quadro I: Classificação da desidratação.

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TRATAMENTO: DEPENDE DO GRAU DA DESIDRATAÇÃO CRIANÇAS SEM DESIDRATAÇÃO: Se aleitamento materno exclusivo, aumentar

a frequencia e o tempo, e oferecer soro de reidratação oral (SRO) com colher ou copo.

Se o aleitamento não for exclusivo – mantê-lo e oferecer a dieta habitual e líquido a vontade (SRO, liquido caseiro do tipo: caldo, água de arroz, suco, chás).

Recomendar à mãe ou o cuidador das crianças a ofertar freqüentemente líquido com colher toda vez que evacuar na seguinte quantidade:

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Condutas: Até 01 ano: 50 – 100ml depois de cada

evacuação aquosa.

Um ano ou mais: 100 – 200ml após cada evacuação aquosa.

Caso ocorram vômitos, aguardar 10 minutos e depois continuar, porém mais lentamente.

Continuar dando líquidos à vontade até a diarréia parar e não suspender a dieta habitual.

Esclarecer quanto aos sinais de gravidade ou risco, procurar o serviço médico, quando a criança não conseguir beber ou mamar no peito, quando houver piora do estado geral, aparecimento ou piora da febre, aparecimento de sangue nas fezes.

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CRIANÇA COM DESIDRATAÇÃO: Considerar desidratada as crianças que

apresentarem dois sinais que seguem:

inquieta,

irritada;

olhos fundos;

bebe avidamente, com sede;

sinal de prega: a pele volta lentamente ao estado anterior.

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Condutas: Reiniciar a reidratação com SRO.

Pesar a criança sem roupa no início da reidratação e a cada hora.

Oferecer a criança o SRO toda vez que a criança deseja, no volume que aceitar de preferência com uma colher para manter volume constante e evitar vômito, toda vez que a criança evacuar.

Em caso de vômitos aguardar 10 minutos e reinicar o mesmo procedimento porém mais lentamente.

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Como orientação inicial, a criança poderá receber SRO no volume de 50 – 100 ml/.kg, pelo período máximo de 4 a 6 horas, após esse período, iniciar terapêutica endovenosa.

Se a retenção de líquido for maior do que 20%, mantém-se essa terapia.

Caso seja menor na primeira hora observa-se mais uma hora e caso mantenha baixa optar pela sonda nasogástrica, utilizando-se SRO, na quantidade e velocidade de 30 ml/kg/hora nos primeiros 10 a 15 minutos, podendo aumentar para 60 ml/kg/hora, quando bem tolerado.

A reidratação oral deve ser suspensa quando houver vômitos persistentes, convulsão, alteração do nível de consciência, íleo paralítico, ausência de ganho de peso

após 2 horas da instalação da terapêutica.

O ganho de peso é um excelente critério de sucesso da reidratação

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CRIANÇA COM DESIDRATAÇÃO GRAVE: Considera-se quando: comatosa, pulso fino impalpável, sinal da prega muito diminuído (mais de 2 seg) olhos muito fundos, fontanela funda ou deprimida, mucosa seca, não consegue beber ou bebe muito

mal.

Inicia-se terapia endovenosa em três fases:

Expansão Manutenção

Reposição.

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Fase de expansão:

Pesar a criança sem roupa Iniciar a infusão de: Soro a 5% e soro fisiológico a

0,9%, 1:1 com volume de 100ml/kg e velocidade de 50ml/kg/hora.

Obs. Caso a criança se mantenha desidratada deve-se prescrever outra fase igual, modificando apenas o volume: 50ml/kg, na velocidade de 25ml/kg/hora.

A fase da expansão termina quando a criança clinicamente estiver hidratada, com duas micções claras, densidade urinária menor que 1010, associada ao bom ganho de peso sem roupa.

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Fase de manutenção:

Visa repor perdas normais de água e eletrólitos que não proporcionais à atividade metabólica.

Inicia-se com Soro Glicosado 5% - 80% (80%) mais Soro Fisiológico 0,9% (20%)

Entre 10 a 20kg = 1.000ml+50ml/kg por cada quilo que passe, até (10 quilos).

Acima de 20kg = 1.500 = 20ml/kg que passe.

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Fase da reposição:

Visa repor as perdas anormais no caso de diarréia, a reposição deve cobrir perdas fecais de água e eletrólitos.

Repor: 50ml/kg em partes iguais de Soro Glicosado 5% e Soro Fisiológico a 0,9%.

Pode ser aumentado para 100, 150 ou até 200ml/kg.

Quando a criança necessitar de grandes volumes de líquidos.