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AVALIANDO A GESTÃO PARA RESULTADOS NAS ÁREAS FISCAIS DOS ESTADOS

Pedro Luiz Bezerra

Ana Lúcia Dezolt1

Caio Marini

Marcelo Trevenzoli

1. INTRODUÇÃO

O presente capítulo apresenta a operacionalização e os prin-cipais resultados do projeto iniciado em dezembro de 2011, que visou “Aperfeiçoar e desenvolver metodologia para implementa-ção da Gestão para Resultados nas Secretarias da Área Fazendária dos Estados brasileiros”. O projeto teve como objetivo implantar a metodologia e os instrumentos de apoio à gestão para resultados, por meio da avaliação das práticas estaduais e da identificação de oportunidades de aperfeiçoamento e desenvolvimento da gestão para resultados, bem como capacitar gestores das respectivas Se-cretarias nessa metodologia. O projeto recebeu o apoio técnico e financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, no âmbito das ações de modernização da gestão fiscal, apoiadas pelo Programa de Implementação da Sustentabilidade Externa do Pla-no de Ação de Médio Prazo para a Eficácia no Desenvolvimento – PRODEV, e contou com o apoio técnico e metodológico do Instituto Publix, para a condução do trabalho junto à Comissão de Gestão Fazendária – COGEF, grupo técnico vinculado ao Conselho de Políti-ca Fazendária – CONFAZ, do Ministério da Fazenda.

A COGEF foi criada com a finalidade de: i) coordenar e harmo-nizar os aspectos técnicos dos programas de modernização da ges-tão fiscal dos estados e do Distrito Federal; e ii) promover e articular o desenvolvimento de ações de cooperação e integração entre os fiscos, bem como o compartilhamento de soluções e produtos, o intercâmbio de experiências e a gestão do conhecimento.

1 As ideias e opiniões expressas nesta publicação pertencem aos autores e não re-fletem necessariamente a posição oficial do Banco Interamericano de Desenvolvi-mento, de sua Diretoria Executiva nem dos países que represente.

Capítulo 1

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O ambiente criado pela Comissão tem se revelado extre-mamente favorável para a implantação de novas tecnologias de apoio ao ciclo da gestão, principalmente para ampliação das capacidades para monitoramento e avaliação de resultados, em decorrência da modernização das áreas de planejamento, orça-mento, administração financeira, auditoria interna e externa e gestão de programas e projetos.

No âmbito de suas atividades se realizou um diagnóstico (questionário de análise da gestão por resultados para os governos estaduais – SEP/PRODEV) que teve por objetivo elaborar um mapa da capacidade dos estados brasileiros para o monitoramento e a avaliação dos programas e projetos de investimento público, de-terminando seus principais desafios e propondo um plano de ação para a efetividade do desenvolvimento no âmbito estadual.

As avaliações do sistema de planejamento e orçamento bra-sileiro, realizadas no âmbito do PRODEV, e os diagnósticos na área institucional-fiscal das Secretarias de Fazenda, Tributação, Receita e/ou Finanças já realizados em 18 estados, evidenciam, entre ou-tros, como principais problemas: deficiências no ciclo de gestão por resultados; planejamento estratégico; orçamento por resultados; gestão financeira, auditoria e sistema de compras; gestão de pro-gramas e projetos e monitoramento e avaliação.

Nesse contexto estabelecem-se os objetivos do presente pro-jeto, buscando:

Desenvolver uma avaliação do grau de implantação do modelo de gestão para resultados nas Secretarias Esta-duais da Área Fazendária, permitindo a identificação de lacunas e oportunidades de melhoria;Construir planos de melhoria do modelo de gestão para resultados para cada estado;Elaborar a Agenda Estratégica da COGEF.

Participaram do projeto mais de 50 técnicos, que representa-ram vinte e uma áreas fiscais estaduais2. Foi composto um grupo de trabalho formado pela presidência da COGEF, BID e o Instituto para

2 AC, AL, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RO, RR, RS, SC e SP.Gov

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adequação do instrumento a ser aplicado e desenvolvimento do pla-no de trabalho com o objetivo de focalizar concretamente a utilidade da metodologia proposta para sua introdução na área fazendária.

Foram realizadas três rodadas de oficinas de trabalho presen-ciais para cumprimento dos resultados desejados. A primeira roda-da teve como objetivo promover o nivelamento conceitual sobre a gestão para resultados, destacando seus elementos e significados; e realizar a avaliação do grau de implantação e qualidade dos mode-los de gestão para resultados, à luz das práticas gerenciais correntes na área fiscal, permitindo a identificação de lacunas a fim de ofere-cer oportunidades para melhorias.

A segunda rodada teve como objetivo consolidar e finalizar o plano de implementação/melhoria do modelo de gestão para re-sultados das Secretarias Estaduais da Área Fazendária e elaborar os marcos conceituais para elaboração de termos de referências para a contratação de serviços que auxiliem a execução dos planos. Du-rante o período que antecedeu a segunda oficina, o Instituto Publix realizou apoio assistido, auxiliando as secretarias na construção dos planos de implementação/melhoria da gestão para resultados.

A terceira rodada teve como objetivo elaborar o planejamen-to estratégico da COGEF, a partir dos planos de implementação/me-lhoria da gestão para resultados das Secretarias Estaduais da Área Fazendária. Também foi construída a proposta do modelo de moni-toramento e avaliação dos planos de melhorias das secretarias.

O texto apresenta a lógica do instrumento de autoavaliação desenvolvido, uma visão sintética dos resultados obtidos, os mar-cos conceituais construídos para implementação da gestão para resultados e, por fim a proposta do modelo de monitoramento e avaliação para acompanhar a execução dos planos das Secretarias Estaduais da Área Fazendária.

2. INSTRUMENTO DE AUTOAVALIAÇÃO E ESTÁGIOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO PARA RESULTADOS

O instrumento de autoavaliação encontra-se descrito a seguir. Ele foi desenvolvido com o objetivo de identificar o grau de imple-

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mentação da gestão para resultados nas Secretarias Estaduais da Área Fazendária. Apresenta também os estágios de maturidade or-ganizacional em que os Estados podem se encontrar, de acordo com o grau de implementação da gestão para resultados, e as possíveis estratégias de implementação.

O instrumento de autoavaliação tem como objetivo identificar o grau de implementação da gestão para resultados na organização e, posteriormente, analisar pontos nos quais a organização se destaca e pontos em que requer melhoria.

A aplicação do instrumento no âmbito da COGEF teve como objetivo identificar o grau de implementação da gestão para re-sultados nas Secretarias Estaduais da Área Fazendária que com-põem a Comissão, propondo metodologia para sua aplicação nos diferentes estágios que se possam encontrar por meio de con-senso das ações prioritárias e abordagem a ser seguida para sua implementação. Torna-se importante frisar que o principal intuito foi gerar aprendizagem e identificar oportunidades de melhoria, e não fazer comparações, já que as realidades estaduais são bastan-te distintas.

O instrumento foi elaborado a partir de uma vasta pesquisa de conceitos e tipologias de gestão para resultados, as quais foram possíveis de serem observadas a partir de abordagens metodoló-gicas e casos referenciais. A análise dessas diferentes concepções e experiências permitiu a identificação dos atributos essenciais que um bom modelo de gestão para resultados deve possuir. Gerir para resultados significa defini-los (a partir de um planejamento abran-gente), buscar alcançá-los (mediante processos claros de imple-mentação), monitorá-los e avaliá-los (a partir de controles, acom-panhamento e ajustes decorrentes) de forma integrada. Utilizou-se como base a Gestão Matricial para Resultados®

, a abordagem de governança para resultados do Instituto Publix (figura 1.1) que se baseia na integração dos atributos essenciais:

A construção da agenda estratégica;O alinhamento das estruturas implementadoras; eOs arranjos de monitoramento e avaliação (m&a).

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A agenda estratégica é um conjunto de definições sobre o propósito, resultados e como alcançá-los. É essencial que a estra-tégia seja:

Clara, com indicadores objetivos e metas transparentes, realistas e desafiadoras, proporcionando uma adequada definição e diferenciação entre objetivos e indicadores de esforços e resultados;Coerente, cujos elementos programáticos (objetivos, pro-gramas, projetos etc.) convirjam para um ideal comum e se apoiem;Focada, seletiva e viável; eLegítima, que satisfaça as expectativas e as demandas das partes interessadas.

As Estruturas implementadoras são unidades operacionais e intermediárias, inclusive parceiros, que executam a estratégia. O ali-nhamento das estruturas implementadoras é crítico porque as es-tratégias não são autoexecutáveis, nem as estruturas implementa-doras são auto-orientadas pela estratégia – sujeitando-se a agendas paralelas. A estrutura deve se curvar à estratégia.

A lógica da gestão matricial para resultados é gerar uma ma-triz que cruza elementos da estratégia (sejam objetivos, progra-mas, projetos etc.) com elementos da estrutura (as unidades que executam a estratégia). Esta abordagem chama a atenção para a necessidade de se elucidar a matriz de contribuição das diversas unidades para execução da estratégia, derivando resultados em atividades e, ao mesmo tempo, integrando as unidades na sua execução.

O alinhamento da estrutura implementadora busca aumentar a prontidão da organização para executar sua estratégia, podendo incluir o alinhamento dos processos, dos perfis de competências, do desenho da estrutura, do dimensionamento da força de trabalho e da alocação de recursos.

Os arranjos de monitoramento e avaliação, terceiro atributo do modelo de gestão matricial para resultados, são desenhados para gerar informações tempestivas sobre o desempenho da or-

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ganização, integrando informações dos tradicionais escritórios de estratégia, projetos e processos. Esta integração promove melhor uso das informações pelos agentes envolvidos, gerando um maior e mais rápido aprendizado, além de transparência e responsabili-zação.

A aplicação do modelo foi baseada no instrumento de au-toavaliação3, o qual permitiu a geração de uma avaliação que indicou a extensão na qual as práticas das Secretarias Estaduais de Fazenda se qualificam com uma experiência de gestão para resultados se as práticas gerenciais para a construção da agenda estratégica, do alinhamento da estrutura implementadora e da sistemática de monitoramento e avaliação refletiam padrões ide-ais e se eram integradas entre si.

O instrumento é composto por três seções de análise, cada uma das seções é dividida em blocos e estes são subdivididos em quesitos. Cada quesito ensejou uma nota que variou de 0 a 5, con-forme os critérios para classificação das variáveis do instrumento4. A tabela 1.1 a seguir apresenta a quantidade de quesitos que com-põem cada seção do instrumento.

Após coleta de dados, as respostas foram convertidas para base 10. A consolidação das notas de cada seção foram estabeleci-das a partir da média das notas médias de cada bloco.

3 Uma versão sintética do instrumento pode ser preenchida pelas organizações no sítio eletrônico do Instituto Publix: http://www.institutopublix.com.br/instrumento-de-autoavaliacao4 A escala qualifica os sistemas de gestão para resultados conforme a etapa em que o processo se encontra. Sendo 0 para inexistência; 1 para proposta – se a variável houver sido proposta formalmente; 2 para iniciado – se a variável estiver em fase inicial de implementação; 3 para em desenvolvimento – se a variável estiver em fase de desenvolvimento, mas nem todos os elementos estão em operação; 4 para implementado – se a variável houver sido implementada, mas seu desempenho ainda pode melhorar; 5 para consolidado – se a variável estiver operando de forma ótima e com desempenho satisfatório.

Capítulo 1

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Seções Quesitos

1. Qualidade da Agenda Estratégica 16

1.1. Compreensão do Ambiente Institucional 4

1.2. Estabelecimento de Propósitos 4

1.3. Definição de Resultados 6

1.4. Estabelecimento de Esforços de Implementação 2

2. Qualidade do Alinhamento da Estrutura Implementadora 23

2.1. Alinhamento Vertical e Horizontal 5

2.2. Estabelecimento da Pactuação Interna 3

2.3. Estabelecimento da Pactuação Externa 5

2.4. Alinhamento e Otimização dos Processos de Trabalho 3

2.5. Modelagem da Estrutura Organizacional 2

2.6. Alinhamento de Pessoas 5

3. Qualidade do Sistema de Monitoramento e Avaliação 7

Total 46

Tabela 1.1: Estrutura do instrumento de autoavaliação

2.1. Estágios e estratégias de implementação da Gestão

para Resultados

De acordo com a experiência acumulada na aplicação do mo-delo de gestão para resultados em diversas organizações, tornou-se possível identificar 4 estágios de maturidade organizacional para a Gestão para Resultados, sendo eles:

Estágio I: primitivo estacionário;Estágio II: expansão fragmentária;Estágio III: gestão orientada para a eficiência operacional;Estágio IV: gestão orientada para a estratégia.

No Estágio I: primitivo estacionário, encontram-se as organi-zações que não possuem quase iniciativa alguma. E as que existem são muitas vezes inconclusas e desconexas, ou seja, são organiza-ções que possuem baixa eficiência operacional e ausência de pers-pectiva estratégica.

No Estágio II: expansão fragmentária, encontram-se as or-ganizações que vêm aumentando as iniciativas, porém sem estra-tégia alguma deliberada, ou seja, ausente de perspectiva integra-dora.Gov

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No Estágio III: gestão orientada para a eficiência operacio-nal, encontram-se as organizações que possuem estratégias lo-calizadas (unidades), mas ainda fragmentárias. Entretanto, é um estágio que possui muitas iniciativas orientadas para a eficiência operacional, elevando a mencionada eficiência da organização, mas ainda mantém a inexistência de uma perspectiva integradora, conservando ainda uma gestão estratégica frágil.

No Estágio IV: gestão orientada para a estratégia, encontram-se as organizações que aumentaram suas iniciativas, obedecendo a uma lógica integradora com orientação estratégica, o que também acarreta a elevação da eficiência operacional, mas também promove o alinhamen-to de todos os esforços em direção dos objetivos pretendidos.

A partir dos estágios de implementação da gestão para resul-tados nos quais encontram-se as organizações conforme abordado acima tornou-se possível elencar um conjunto de estratégias que podem ser implementadas para promover a melhoria da gestão. As possíveis estratégias podem ser:

Estratégia Emergencial;Estratégia de Aperfeiçoamento;Estratégia Transformadora.

A estratégia emergencial visa resolver problemas pontuais, devido à falta de iniciativas na organização que se encontra no es-tágio primitivo estacionário.

A estratégia de aperfeiçoamento visa melhorar a qualidade de gestão a partir do preenchimento de lacunas existentes no modelo, mui-tas vezes ocasionado pela falta de perspectiva integradora existente nas organizações que se encontram tanto no estágio de expansão fragmen-tária quanto de gestão orientada para a eficiência operacional.

A estratégia transformadora, conforme ilustra a figura 1.2, visa produzir uma mudança estrutural na gestão estratégica da organiza-ção (por exemplo, do plano estratégico organizacional da secretaria estadual para um plano de qualidade fiscal para o estado) por meio da integração das diversas iniciativas existentes. Essa estratégia deve ser utilizada pelas organizações que desejam transformar o modelo de gestão, implantando efetivamente a gestão para resultados.

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Figura 1.2: Estratégia Transformadora

3. OS RESULTADOS

Apresenta-se a seguir uma visão geral dos resultados obtidos a partir das autoavaliações realizadas pelas Secretarias Estaduais da Área Fazendária dos estados brasileiros. Após consolidação dos resultados, as Secretarias elaboraram planos de implementação da gestão por resultados e construíram um conjunto de marcos con-ceituais para facilitar a preparação dos Termos de Referência – TR, os quais são apresentados em torno de quatro estratégias de im-plementação.

3.1. Síntese das autoavaliações

A partir do instrumento de autoavaliação aplicado, foi pos-sível analisar o grau de implantação e a qualidade dos modelos de gestão para resultados. A figura 1.3 a seguir apresenta a média das pontuações das Secretarias Estaduais da Área Fazendária após a consolidação dos instrumentos de autoavaliação.

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Figura 1.3: Média da pontuação do instrumento de autoavaliação da GpR

A pontuação média da autoavaliação foi obtida a partir da nota média das três seções do instrumento. Após conso-lidação das pontuações e classificação, conforme o grau de implementação, foi possível qualificar as Secretarias Estaduais da Área Fazendária em três estágios: avançado, intermediário e inicial.

Para realizar a qualificação, realizou-se a divisão da pontu-ação possível em tercis. A tabela 1.2 a seguir apresenta a quanti-dade de Secretarias Estaduais da Área Fazendária classificadas em cada estágio de implementação.

Estágio Quantidade de secretarias

Avançado > 6,66 3

Intermediário > 3,33 < 6,66 6

Inicial < 3,33 13

Tabela 1.2: Qualificação dos estados de acordo com o estágio de implementação do modelo de GpR

Conforme já demonstrado na figura 1.3, verificou-se que a nota média do instrumento de autoavaliação da GpR é 3,8. No en-tanto, percebe-se que esse valor não é maior devido à baixa imple-

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mentação nas seções de alinhamento da estrutura implementado-ra e de monitoramento e avaliação, que possuem respectivamente 3,25 e 3,03 como nota média final.

A maioria das secretarias de certa forma possui uma agenda estratégica, nota final média de 5,13, demonstrando assim que a deficiência não se encontra na ausência de uma estratégia, mas sim na ausência do alinhamento das unidades que compõem a estrutura implementadora e sistemática de monitoramento e ava-liação.

Na seção da agenda estratégica, conforme ilustra a figura 1.4, verifica-se que as Secretarias Estaduais da Área Fazendária possuem seus propósitos bem definidos, mas precisam avançar mais na aná-lise do ambiente institucional, especificamente no que se refere à análise e gestão de stakeholders, bem como no quesito concernente à pesquisa de opinião aos usuários. No que concerne a resultados, a programação estratégica (objetivo, projetos e programas) é alinha-da com a visão da organização, mas de forma geral as metas preci-sam ser mais desafiadoras.

Figura 1.4: Média dos blocos que compõem a seção da agenda estratégica

Na seção do alinhamento da estrutura implementadora verifi-ca-se que, conforme figura 1.5, de forma intermediária as secretarias Gov

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possuem um cruzamento da estratégia com a estrutura implemen-tadora e estabelecem pactuação de resultados entre a liderança e as unidades executoras, mas não possuem de forma razoável incentivos meritórios e financeiros para o alcance das metas pactuadas.

Apesar das secretarias promoverem o alinhamento dos processos de trabalho, insumo básico para um bom dimensio-namento da força de trabalho, são poucas as secretarias que buscam dimensionar a força de trabalho em termos qualitativo e quantitativo. Também não é comum a realização de diagnósticos sobre a estrutura organizacional e a realização de iniciativas de alinhamento e otimização da estrutura para eliminar redundân-cia, paralelismos, sobreposições e excessos.

Figura 1.5: Média dos blocos que compõem a seção de alinhamento da estrutura implementadora

Na seção de monitoramento e avaliação verificou-se que de forma geral as Secretarias possuem uma unidade responsável por monitorar e avaliar o cumprimento dos resultados, mas carecem de um processo de comunicação com painéis de controle para dispo-nibilizar o conjunto de informações relevantes sobre o desempe-nho às partes interessadas. De forma primária, as informações de monitoramento e avaliação dos objetivos e metas estão à disposi-ção dos cidadãos na internet e em outros meios.

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Portanto, conclui-se que em relação à seção agenda es-tratégica, existem resultados e iniciativas definidos, mas estão assentados em bases menos sólidas em termos de definição de propósitos e análises de contexto. Em relação à seção ali-nhamento da estrutura implementadora - estrutura, pessoas e pactuação externa - revelaram ser os pontos críticos do ali-nhamento, por estarem mais desalinhados e contemplarem menos iniciativas de alinhamento/otimização. Por fim, em re-lação à seção monitoramento e avaliação detectou-se a pre-sença de sistemáticas, mas o proveito do monitoramento e avaliação para a melhoria da gestão (da estratégia e do apren-dizado organizacional em geral) e prestação de contas está em segundo plano.

3.2. Marcos conceituais para execução dos planos

de implementação da gestão para resultados

A partir dos planos de implementação da gestão para re-sultados elaborados por cada uma das Secretarias Estaduais da Área Fazendária, foi possível elaborar um conjunto de marcos conceituais que facilitarão a preparação dos Termos de Referên-cias – TR para as Secretarias que quiserem implementar a gestão para resultados, seja com recursos próprios, seja com auxílio ex-terno.

Portanto, estes termos de referência constituem-se, por si só, em um instrumento de gestão estratégica, podendo ser utilizado como ferramenta para ajudar no alcance dos objetivos da organi-zação, visto que as metas estratégicas do governo estão vinculadas à execução de inúmeros projetos específicos. Dessa forma, os TR disciplinam grande parte das relações intra e inter-organizacionais, principalmente no que se refere aos assuntos técnicos especializa-dos.

Os marcos conceituais elaborados pelos integrantes da CO-GEF possuem quatro estratégias de implementação, sendo ela:

As estratégias 1, 2 e 3 (respectivamente quadros 1.1, 1.2 e 1.3 apresentados a seguir) são emergenciais e pontuais, pois visam suprir lacunas existentes nas secretarias que

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se encontram em estágio inicial na adoção da gestão para resultados. Possuem poucas iniciativas e sem nenhuma perspectiva de integração.A estratégia 4, demonstrada no quadro 1.4 a seguir, é de aperfeiçoamento, pois visa promover uma integração nas Secretarias que possuem muitas iniciativas fragmen-tárias, mas sem uma perspectiva alinhada aos objetivos desejados.

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etár

io E

stad

ual d

a Fa

zend

a.

4.5

Apr

esen

tar p

ara

toda

sec

reta

ria o

Map

a Es

trat

égic

o co

m o

s in

dica

dore

s e

met

as d

efini

dos.

Qua

dro

1.1:

Est

raté

gia

1 de

impl

emen

taçã

o da

ges

tão

para

resu

ltado

s

Capítulo 1

33

Page 19: AVALIANDO A GESTÃO PARA RESULTADOS NAS ÁREAS FISCAIS€¦ · metodologia e os instrumentos de apoio à gestão para resultados, por meio da avaliação das práticas estaduais e

Inic

iati

va

sB

rev

e d

esc

riç

ão

da

in

icia

tiv

aA

çõe

s

Inic

iativ

a 1

Estr

utur

ar a

equ

ipe

resp

onsá

vel p

elo

proj

eto.

1.1

Des

igna

r a e

quip

e re

spon

sáve

l pel

o pr

ojet

o e

capa

cita

r o g

rupo

.

Inic

iativ

a 2

Real

izar

aná

lise

do a

mbi

ente

inst

ituci

onal

de

form

a a

subs

idia

r dire

cion

amen

tos

estr

atég

icos

: aná

lise

SWO

T, a

nális

e de

cen

ário

s, an

ális

e de

stak

ehol

ders

e

satis

façã

o do

s us

uário

s.

2.1

Elab

orar

aná

lise

do a

mbi

ente

org

aniz

acio

nal d

e fo

rma

a po

ssib

ilita

r a

iden

tifica

ção

do p

osic

iona

men

to d

a SE

FAZ

em s

eus

cont

exto

s in

tra

e ex

tra-

orga

niza

cion

ais

e o

leva

ntam

ento

das

prin

cipa

is fo

rças

, fr

aque

zas,

opor

tuni

dade

s e

amea

ças

que

cara

cter

izam

ess

e am

bien

te.

2.2

Iden

tifica

r os

prin

cipa

is st

akeh

olde

rs, a

s fo

rmas

de

rela

cion

amen

to

inst

ituci

onal

des

tes

com

a S

EFA

Z e

suas

exp

ecta

tivas

em

rela

ção

à se

cret

aria

par

a o

cum

prim

ento

das

sua

s fin

alid

ades

pre

vist

as.

Inic

iativ

a 3

Esta

bele

cer/

revi

sar o

pro

pósi

to d

a or

gani

zaçã

o (m

issã

o, v

isão

e v

alor

es).

3.1

Defi

nir/

revi

sar a

Mis

são,

Vis

ão e

Val

ores

da

SEFA

Z.

Inic

iativ

a 4

Des

envo

lver

um

pla

no d

e co

mun

icaç

ão.

4.1

Des

envo

lver

o m

odel

o de

com

unic

ação

.

Inic

iativ

a 5

Defi

nir/

revi

sar o

s re

sulta

dos

estr

atég

icos

des

ejad

os a

pa

rtir

da fo

rmul

ação

de

obje

tivos

, sob

a fo

rma

de u

m

map

a es

trat

égic

o, e

des

dobr

á-lo

s em

indi

cado

res

de

dese

mpe

nho

e m

etas

.

5.1

Cons

trui

r o M

apa

Estr

atég

ico

(util

izan

do o

Bal

ance

d Sc

orec

ard

- BSC

).

5.2

Des

dobr

ar o

s ob

jetiv

os e

stra

tégi

cos

em in

dica

dore

s e

met

as.

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

4

34

Page 20: AVALIANDO A GESTÃO PARA RESULTADOS NAS ÁREAS FISCAIS€¦ · metodologia e os instrumentos de apoio à gestão para resultados, por meio da avaliação das práticas estaduais e

Inic

iati

va

sB

rev

e d

esc

riç

ão

da

in

icia

tiv

aA

çõe

s

Inic

iativ

a 6

Esta

bele

cer o

s es

forç

os d

e im

plem

enta

ção

para

at

ende

r os

resu

ltado

s es

trat

égic

os, c

onst

ruir

e de

talh

ar a

s in

icia

tivas

est

raté

gica

s em

açõ

es c

om

praz

os, r

espo

nsáv

eis

e m

arco

s cr

ítico

s.

6.1

Iden

tifica

r os

proj

etos

qui

ck-w

ins.

6.2

Del

imita

r os

proj

etos

est

raté

gico

s (in

icia

tivas

nec

essá

rias

para

o

cum

prim

ento

das

met

as c

om a

con

stru

ção

do p

lane

jam

ento

de

long

o pr

azo

e se

u de

sdob

ram

ento

em

açõ

es d

e cu

rto

praz

o).

6.3

Det

alha

r as

inic

iativ

as e

m a

ções

com

resp

onsá

veis

, pra

zos,

orça

men

to

e re

curs

os.

Inic

iativ

a 7

Cons

trui

r o c

ruza

men

to d

os e

lem

ento

s da

est

raté

gia

(obj

etiv

os, i

ndic

ador

es e

inic

iativ

as) c

om o

s el

emen

tos

da e

stru

tura

(uni

dade

s or

gani

zaci

onai

s)

por m

eio

de u

ma

mat

riz d

e co

ntrib

uiçã

o e

esta

bele

cer a

pac

tuaç

ão d

e re

sulta

dos

med

iant

e a

cele

braç

ão d

e te

rmos

de

com

prom

isso

.

7.1

Cons

trui

r a m

atriz

de

cont

ribui

ção

cont

endo

as

unid

ades

or

gani

zaci

onai

s da

SEF

AZ

resp

onsá

veis

peç

a re

aliz

ação

da

Agen

da

Estr

atég

ica.

7.2

Apl

icar

dia

gnós

tico

inst

ituci

onal

par

a av

alia

r a e

fetiv

a pr

ontid

ão p

ara

a im

plem

enta

ção

do n

ovo

alin

ham

ento

est

raté

gico

.

7.3

Elab

orar

o m

odel

o de

pac

tuaç

ão d

e re

sulta

dos

e te

rmo

de p

actu

ação

.

Inic

iativ

a 8

Cria

r a S

iste

mát

ica

de M

onito

ram

ento

e A

valia

ção:

de

finir

uma

estr

utur

a in

tern

a (u

nida

de) r

espo

nsáv

el,

os o

bjet

os a

ser

mon

itora

dos

(obj

etiv

os, i

nici

ativ

as,

açõe

s et

c.) o

tim

ing

de o

bten

ção

dos

dado

s, a

form

a de

trat

amen

to e

tc.

8.1

Estr

utur

ar a

Cen

tral

de

Resu

ltado

s, ou

sej

a, d

a si

stem

átic

a de

m

onito

ram

ento

e a

valia

ção

de re

sulta

dos

estr

atég

icos

da

SEFA

Z (m

odel

o de

gov

erna

nça,

per

iodi

cida

de d

as a

valia

ções

, cic

los

de

dese

nvol

vim

ento

).

Qua

dro

1.2:

Est

raté

gia

2 de

impl

emen

taçã

o da

ges

tão

para

resu

ltado

s

Capítulo 1

35

Page 21: AVALIANDO A GESTÃO PARA RESULTADOS NAS ÁREAS FISCAIS€¦ · metodologia e os instrumentos de apoio à gestão para resultados, por meio da avaliação das práticas estaduais e

Inic

iati

va

sB

rev

e d

esc

riç

ão

da

in

icia

tiv

aA

çõe

s

Inic

iativ

a 1

Defi

nir/

revi

sar o

s re

sulta

dos

estr

atég

icos

des

ejad

os

a pa

rtir

da fo

rmul

ação

de

obje

tivos

, sob

a fo

rma

de u

m m

apa

estr

atég

ico

e de

sdob

rá-lo

s em

in

dica

dore

s de

des

empe

nho

e m

etas

.

1.1

Sens

ibili

zar o

s ge

stor

es e

equ

ipes

em

rela

ção

à im

port

ânci

a de

se

ter

uma

Agen

da E

stra

tégi

ca.

1.2

Capa

cita

r os

gest

ores

e e

quip

e in

tern

a em

Ges

tão

para

Res

ulta

dos.

1.3

Cons

trui

r o M

apa

Estr

atég

ico

da o

rgan

izaç

ão (u

tiliz

ando

a m

etod

olog

ia

do B

SC).

1.4

Des

dobr

ar o

s Obj

etiv

os E

stra

tégi

cos e

m in

dica

dore

s de

dese

mpe

nho

e m

etas

Inic

iativ

a 2

Esta

bele

cer o

s es

forç

os d

e im

plem

enta

ção

para

at

ende

r os

resu

ltado

s es

trat

égic

os, c

onst

ruir

e de

talh

ar a

s in

icia

tivas

est

raté

gica

s co

m p

razo

s, re

spon

sáve

is e

mar

cos

críti

cos.

2.1

Del

imita

r as

inic

iativ

as e

stra

tégi

cas

nece

ssár

ias

para

o a

tend

imen

to a

os

obje

tivos

pro

post

os p

ela

SEFA

Z.

2.2

Map

ear p

or á

rea/

unid

ade

de n

egóc

io a

s aç

ões

e or

çam

ento

s ne

cess

ário

s.

2.3

Det

alha

r tod

as a

s in

icia

tivas

em

açõ

es c

om re

spon

sáve

is, p

razo

s e

recu

rsos

.

Inic

iativ

a 3

Otim

izar

os

proc

esso

s in

tern

os: i

dent

ifica

r e

prio

rizar

5 p

roce

ssos

est

raté

gico

s, m

apea

r e

rede

senh

ar (d

efini

r par

âmet

ros

de a

utom

ação

) a

part

ir da

s m

elho

rias

iden

tifica

das.

3.1

Cons

trui

r a C

adei

a de

Val

or d

a SE

FAZ.

3.2

Iden

tifica

r e p

rioriz

ar 5

pro

cess

os e

stra

tégi

cos.

3.3

Ana

lisar

a s

ituaç

ão a

tual

, pro

blem

as, p

ropo

stas

de

rede

senh

o (m

elho

rias)

e p

lano

de

impl

emen

taçã

o.

3.4

Defi

nir o

s in

dica

dore

s e

met

as p

ara

acom

panh

amen

to d

o de

sem

penh

o do

s pr

oces

sos.

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

4

36

Page 22: AVALIANDO A GESTÃO PARA RESULTADOS NAS ÁREAS FISCAIS€¦ · metodologia e os instrumentos de apoio à gestão para resultados, por meio da avaliação das práticas estaduais e

Inic

iati

va

sB

rev

e d

esc

riç

ão

da

in

icia

tiv

aA

çõe

s

Inic

iativ

a 4

Prom

over

o a

linha

men

to d

a es

trut

ura

orga

niza

cion

al: d

esen

volv

er p

ropo

sta

de n

ova

arqu

itetu

ra o

rgan

izac

iona

l de

form

a al

inha

da c

om

a ag

enda

est

raté

gica

e c

ompe

tênc

ias

da S

EFA

Z.

4.1

Ana

lisar

a E

stru

tura

Org

aniz

acio

nal A

tual

.

4.2

Prop

or u

m n

ovo

dese

nho

orga

niza

cion

al e

revi

sar o

regi

men

to in

tern

o.

4.3

Neg

ocia

r pro

post

a co

m re

pres

enta

ntes

sin

dica

is.

4.4

Div

ulga

r (al

inha

r) a

s m

udan

ças

inte

rnam

ente

.

Inic

iativ

a 5

Cria

r a s

iste

mát

ica

de m

onito

ram

ento

e a

valia

ção:

de

finir

uma

estr

utur

a in

tern

a (u

nida

de),

os

resp

onsá

veis

, os

obje

tos

a se

rem

mon

itora

dos

e av

alia

dos

(obj

etiv

os, i

nici

ativ

as, a

ções

, etc

.),

trat

amen

to d

a in

form

ação

e o

utro

s el

emen

tos

impo

rtan

tes.

5.1

Des

envo

lver

sis

tem

átic

a de

mon

itora

men

to a

valia

ção

de re

sulta

dos

de

resu

ltado

s es

trat

égic

o da

SEF

AZ

5.2

Estr

utur

ar a

Cen

tral

de

Resu

ltado

s.

Inic

iativ

a 6

Esta

bele

cer o

pro

cess

o de

com

unic

ação

inte

rna

e ex

tern

a.6.

1D

esen

volv

er e

impl

anta

r mod

elo

de c

omun

icaç

ão d

as in

form

açõe

s: de

finir

os ti

pos d

e in

form

açõe

s que

serã

o di

spon

ibili

zada

s par

a ca

da a

tor.

Qua

dro

1.3:

Est

raté

gia

3 de

impl

emen

taçã

o da

ges

tão

para

resu

ltado

s

Capítulo 1

37

Page 23: AVALIANDO A GESTÃO PARA RESULTADOS NAS ÁREAS FISCAIS€¦ · metodologia e os instrumentos de apoio à gestão para resultados, por meio da avaliação das práticas estaduais e

Inic

iati

va

sB

rev

e d

esc

riç

ão

da

in

icia

tiv

aA

çõe

s

Inic

iativ

a 1

Sens

ibili

zar o

s ge

stor

es e

equ

ipes

em

rela

ção

à ne

cess

idad

e de

revi

são

da Id

entid

ade

Org

aniz

acio

nal.

1.1

Sens

ibili

zar o

s ge

stor

es e

equ

ipes

em

rela

ção

à ne

cess

idad

e de

re

visã

o da

Iden

tidad

e O

rgan

izac

iona

l.

Inic

iativ

a 2

Real

izar

aná

lise

do a

mbi

ente

inst

ituci

onal

de

form

a a

subs

idia

r dire

cion

amen

tos

estr

atég

icos

: aná

lise

SWO

T, a

nális

e de

cen

ário

s, an

ális

e de

sta

keho

lder

s e

satis

façã

o do

s us

uário

s.

2.1

Elab

orar

aná

lise

do a

mbi

ente

org

aniz

acio

nal d

e fo

rma

a po

ssib

ilita

r a

iden

tifica

ção

do p

osic

iona

men

to d

a SE

FAZ

em s

eus

cont

exto

s in

tra

e ex

tra-

orga

niza

cion

ais

e o

leva

ntam

ento

das

prin

cipa

is fo

rças

, fr

aque

zas,

opor

tuni

dade

s e

amea

ças

que

cara

cter

izam

ess

e am

bien

te.

2.2

Iden

tifica

r os

prin

cipa

is s

take

hold

ers,

as fo

rmas

de

rela

cion

amen

to

inst

ituci

onal

des

tes

com

a S

EFA

Z e

suas

exp

ecta

tivas

em

rela

ção

à se

cret

aria

par

a o

cum

prim

ento

das

sua

s fin

alid

ades

pre

vist

as.

Inic

iativ

a 3

Esta

bele

cer/

revi

sar o

pro

pósi

to d

a or

gani

zaçã

o (m

issã

o, v

isão

e v

alor

es).

3.1

Defi

nir/

revi

sar a

Mis

são,

Vis

ão e

Val

ores

da

SEFA

Z.

Inic

iativ

a 4

Defi

nir/

revi

sar o

s re

sulta

dos

estr

atég

icos

des

ejad

os

a pa

rtir

da fo

rmul

ação

de

obje

tivos

, sob

a fo

rma

de u

m m

apa

estr

atég

ico,

e d

esdo

brá-

los

em

indi

cado

res

de d

esem

penh

o e

met

as.

4.1

Cons

trui

r o M

apa

Estr

atég

ico

(util

izan

do o

Bal

ance

Sco

reca

rd -

BSC)

.

4.2

Des

dobr

ar o

s ob

jetiv

os e

stra

tégi

cos

em in

dica

dore

s e

met

as

Inic

iativ

a 5

Esta

bele

cer o

s es

forç

os d

e im

plem

enta

ção

para

at

ende

r os

resu

ltado

s es

trat

égic

os, c

onst

ruir

e de

talh

ar a

s in

icia

tivas

est

raté

gica

s em

açõ

es c

om

praz

os, r

espo

nsáv

eis

e m

arco

s cr

ítico

s.

5.1

Del

imita

r os

proj

etos

est

raté

gico

s (in

icia

tivas

nec

essá

rias

para

o

cum

prim

ento

das

met

as c

om a

con

stru

ção

do p

lane

jam

ento

de

long

o pr

azo

e se

u de

sdob

ram

ento

em

açõ

es d

e cu

rto

praz

o).

5.2

Det

alha

r as

inic

iativ

as e

m a

ções

com

resp

onsá

veis

, pra

zos,

orça

men

to

e re

curs

os.

Gov

erna

nça

em A

ção

- Vol

ume

4

38

Page 24: AVALIANDO A GESTÃO PARA RESULTADOS NAS ÁREAS FISCAIS€¦ · metodologia e os instrumentos de apoio à gestão para resultados, por meio da avaliação das práticas estaduais e

Inic

iati

va

sB

rev

e d

esc

riç

ão

da

in

icia

tiv

aA

çõe

s

Inic

iativ

a 6

Cria

r a S

iste

mát

ica

de M

onito

ram

ento

e A

valia

ção:

de

finir

uma

estr

utur

a in

tern

a (u

nida

de) r

espo

nsáv

el,

os o

bjet

os a

ser

mon

itora

dos

(obj

etiv

os, i

nici

ativ

as,

açõe

s et

c.) o

tim

ing

de o

bten

ção

dos

dado

s, a

form

a de

trat

amen

to e

tc.

6.1

Estr

utur

ar a

Cen

tral

de

Resu

ltado

s, ou

sej

a, d

a si

stem

átic

a de

m

onito

ram

ento

e a

valia

ção

de re

sulta

dos

estr

atég

icos

da

SEFA

Z (m

odel

o de

gov

erna

nça,

per

iodi

cida

de d

as a

valia

ções

, cic

los

de

dese

nvol

vim

ento

).

Inic

iativ

a 7

Esta

bele

cer o

pro

cess

o de

com

unic

ação

par

a di

spon

ibili

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Qua

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1.4:

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s

Capítulo 1

39

Page 25: AVALIANDO A GESTÃO PARA RESULTADOS NAS ÁREAS FISCAIS€¦ · metodologia e os instrumentos de apoio à gestão para resultados, por meio da avaliação das práticas estaduais e

Inic

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4. MODELO DE M&A DOS PLANOS DE MELHORIA NA COGEF

Foi elaborada uma proposta do modelo de monitoramento e avaliação a ser utilizado, de forma que a COGEF possa acompanhar e avaliar a execução dos planos de implementação/melhoria dos modelos de gestão para resultados das secretarias.

Um bom modelo de monitoramento e avaliação tem como função gerar informações sobre o desempenho de algo (organização, política, programa, projetos etc.) e utilizá-las no processo decisório. Porém, o modelo proposto para acom-panhar e avaliar os planos de implementação da gestão por resultados em uma secretaria da área fazendária tem caracte-rísticas distintas, ele é o resultado do consenso entre o grupo técnico reunido, representando diversas realidades e diferen-tes momentos na implantação deste modelo de gestão, res-salta-se que a COGEF não é uma instância deliberativa sobre a execução desses planos, possuindo cada estado autonomia para implementá-lo ou não.

A COGEF, dentre suas características e objetivos já descritos, constitui-se em uma instância de aprendizagem e intercâmbio de experiências e boas práticas, o modelo de monitoramento e avalia-ção construído não tem por função gerar insumos para deliberação, mas sim prover as secretarias de uma proposta de instrumento com esta finalidade, fomentando ainda espaço para troca de experiên-cias.

O foco do monitoramento e avaliação da COGEF deve ser as ações de modernização e as diversas iniciativas que compõem os planos de implementação da gestão para resultados, contribuindo para o uso compartilhado de conhecimentos e experiências e para fortalecer as capacidades institucionais das secretarias.

O processo de monitoramento e avaliação estabelece a forma e o tempo em que os dados são obtidos, tratados e, principalmente disponibilizados. Assim, foram propostas duas modalidades de mo-nitoramento e avaliação:

Monitoramento trimestral das iniciativas; eAvaliação anual dos esforços de implementação.

Capítulo 1

41

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Para que os processos dessas modalidades ocorram, torna-se necessário que se identifiquem a cada ciclo de monitoramento (a cada três meses) temas – planejamento, revisão de processos, ali-nhamento de pessoas etc. – para que as pessoas possam comparti-lhar e explanar o aprendizado a cerca das implementações.

Portanto, deve-se realizar a cada três meses a discussão sobre as temáticas e discutir determinados elementos aonde haja lições aprendidas e que sejam efetivas. O ideal seria realizar três ou quatro depoimentos sobre o que foi realizado e o que gerou de ganho, o que fortalece muito mais a capacidade de uma rede de colaboração.

No ciclo anual de avaliação, propõe-se que se avaliem os es-forços da execução das iniciativas, seus fatores facilitadores e difi-culdades, com indicação de eventuais ajustes a serem realizados.

Em termos de estrutura do modelo, é essencial que a COGEF selecione os temas a serem acompanhados e avaliados e nomeie um “capitão mobilizador” para cada tema, que será responsável pela solicitação das informações, pela preparação das oficinas e pela disseminação das informações. Ele será o facilitador deste in-tercâmbio.

Os responsáveis por cada tema deverão ter sensibilidade para selecionar as informações que são de interesse de serem comparti-lhadas e que tenham certo grau de aplicabilidade para outros esta-dos.

O principal produto de todo esse processo são as lições aprendidas e o compartilhamento de conhecimento.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Implementar políticas de gestão para resultados envolve a compreensão de suas distintas perspectivas de aplicação: a) macro-governamental, cuja unidade de aplicação é o governo como um todo; b) institucional, cuja unidade de aplicação são as organiza-ções governamentais; e c) individual, cuja unidade de aplicação é o servidor. Essas perspectivas se relacionam a distintas categorias de agregação de valor público: a) resultados dos planos governa-mentais, das políticas setoriais, das estratégias organizacionais; b) Gov

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