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    28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde

    ERMESINDEN. 902 ANO LIII/LV 28 de fevereiro de 2013 DIRETORA: Fernanda Lage PREO: 1,00 Euros (IVA includo) Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 Fax: 229759006 Redao: Largo Antnio da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde E-mail: [email protected]

    A VOZ DEA VOZ DE

    ERMESINDEMAIS DE 50ANOS E MAIS DE 900NMEROS! M E N S R I O

    TAXA PAGAPORTUGAL

    4440 VALONGO

    DESTAQUE

    BASQUETEBOLCPN campeodistritalfemininoem juniores,cadetese iniciadas

    DESPORTO

    A V o z d e E r m e s i n d e - p g i n a w e b : h t t p : / / w w w . a v o z d e e rm e s i n d e . c o m /

    CMARA MUNICIPALDE VALONGOMostra de TeatroAmador vem a

    Enviada aoMinistrio Pblic

    inviabilizaode processodisciplinar porFernando Melo

    Pg

    Enterro do Joosofreu agrurasdo mau tempo

    Pg.s 6 e

    Auditoria InternGlobaldo Centro Sociade Ermesinde

    Pg

    A VOZ DAS PALAVRASDois autores,um ttulo

    Pg.

    HISTRIAO general semmdo foiassassinadoh 48 anos

    Pg.

    Acompanhe tambm A Voz de Ermesinde online no facebook

    EDIO NET * EDIO NET * EDIO NET

    Lder do movimento Coragem de Mudar,mas divorciada hoje da Associao queainda leva aquele nome, Maria Jos Aze-vedo no se sente ainda, devido doena,com condies para travar outra batalhapela Cmara Municipal de Valongo. Masentende necessria uma renovao pol-tica e aponta mesmo nomes que estari-

    am altura de a protagonizar .DESTAQUE

    MARIAJOSAZEVEDO

    necessria umarenovao poltica!

    MARIAJOSAZEVEDO

    necessria umarenovao poltica!

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    2 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Destaque

    FERNANDA LAGE

    DIRETORA

    Dia da Mulher

    EDIT

    ORIAL

    um dos mais conhecidos: Quanto mais me bates, mais gos-to de ti.

    Embora tenha sido com o 25 de Abril e as conquistas deuma sociedade democrtica e mais justa que no nosso pasas questes da paridade e o apoio s mulheres vtimas deviolncia se veio a acentuar, em muitos pases civilizados o

    papel da mulher na sociedade tinha j sofrido profundas alte-raes nos valores morais e culturaissegundo os quais hoje vivemos.

    Muitos questionam se faz sentido umDia da Mulher, convencidos que as con-quistas alcanadas j atingiram a pari-dade desejada. Como se enganam!,o mundo continua a ser governado porhomens, homens esses que em mui-tos casos maltratam as mulheres.

    Tambm vulgar pensar-se que oscasos de violncia sobre as mulheresso exercidos apenas por homenssem instruo, o que no verdade,a violncia e os maus tratos atingemtodos os estratos sociais.

    Vivemos momentos difceis que emmuito podero contribuir para o au-mento da violncia e dos maus tratos,o desemprego, a falta de dinheiro paraos bens essenciais, a fome, a falta deesperana para viver...

    So mais uma vez as mulheres quecontinuam a fazer milagres de diviso

    e partilha com os seus, que acolhem os fi lhos sem emprego,e quantos desses casos no sero tambm eles motivos dediscrdia!...

    Comemoremos o dia 8 de maro, se possvel com ale-gria, porque nos ltimos 100 anos a mulher mudou o mundoem muitos setores, no para ser melhor que os homens, maspara ser ela prpria.

    No desejo que as mulheres tenham poder sobre os ho-mens, mas sobre si mesmas. (3)

    (1) http://www.glfp.pt/glfp/sinteses_pdf/a_insercao_da_mulher_na_sociedade_do_se-culo_XXI.pdf(2) Histria da Vida Privada em Portugal. Os Nossos Dias. Cludia Casimiro. Tenses,tiranias e violncia familiar. As mulheres: quem calaconsente?(3) Simone de Beauvoir

    estejar as conquistas alcanadas, lem-brar a luta das mulheres, no passado eno presente, denunciar e lutar pelos di-reitos das mulheres que continuam adiferentes velocidades: entre duasEuropas que se confrontam, entre aF

    sia e a frica, entre o norte e o sul da Amrica, hmulheres a quem so vedadosos mais elementares direitoshumanos e cometidas as maisprofundas atrocidades. (1)

    Durante sculos a mulher foivista como um ser frgil que ohomem aparentemente prote-gia, negando-lhe toda a capa-cidade de interveno ativa nasociedade.

    () Impediram-na de fazerouvir a sua voz no questiona-mento fundamental e colectivo existncia que permite per-tencer a uma sociedade cultu-ral, caracterizada por indivdu-os providos de sensibilidade,inteligncia e vontade. (1)

    Algum dizia que uma meque dedica a sua vida, de cor-po e alma, ao marido e fam-lia amada e estimada edesprezada.

    No perodo em que vigorou em Portugal o EstadoNovo era dominante a ideia de que mulher cabiasacrificar-se em proveito da famlia (), esta deveria

    aceitar o destino de Deus, resignar-se perante a dor eas penas que lhe coubessem suportar. (2)

    At 1967 a legislao admitia, de facto, como funda-mento para o divrcio a ocorrncia de sevcias e injriasgravas, no entanto se os maus-tratos forem infligidospelo marido mulher, sem exceder os limites de umamoderada correco domstica eles no constituirosevcias capazes de justificar o pedido de divrcio.(2)

    Os maus tratos eram portanto aceites e desculp-veis e muitas vezes referidos nos ditos populares, como

    PINTURA JEAN-FRANOIS MILLET

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    28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Destaque

    CMARA MUNICIPAL DE VALONGO

    LC

    A sesso teve incio

    com o ponto de interven-es antes da Ordem do Dia,

    tendo usado da palavra o

    vereador independente

    Afonso Lobo, que apon-

    tou as grandes questes

    econmicas que tolhem o

    concelho. Apontou a situ-

    ao de desemprego cres-

    cente, o investimento

    inexistente, o desapareci-

    mento de muitas pequenas

    e mdias empresas e a gra-

    ve crise do comrcio tradi-

    cional. Relembrou, por isso,

    as suas propostas anterio-

    res de apoio a este comr-

    cio, s empresas e s ativi-dades econmicas tradici-

    onais po, brinquedo,

    lousa como suscetveis de

    dinamizar o concelho. De-

    fendeu ainda a dinamizao

    das zonas industriais, o de-

    senvolvimento do associa-

    tivismo (reconhecendo em-

    bora a pouca expresso do

    associativismo empresarial),

    a promoo de projetos cri-

    ativos de jovens, um ninho

    de empresas em Alfena, a cri-

    ao de cooperativas (bene-

    ficiando dos novos apoios

    dados a conhecer pelo Ins-

    tituto Antnio Srgio).Joo Paulo Baltazar ma-

    nifestou a sua concordn-

    cia no essencial com a in-

    terveno de Afonso Lo-

    bo, e recordou as iniciati-

    vas da autarquia do con-

    curso de montras (um exem-

    plo de promoo do comr-

    cio tradicional), a colabora-

    o com a ADRITEM, reco-

    nheceu a fraqueza do mo-

    vimento associativo empre-

    sarial, anunciando contudo

    uma iniciativa que pode vir

    a dar frutos, numa fase ini-

    cial, recorrendo ao apoio de

    uma associao empresarial

    do vizinho concelho de Pa-

    redes. Referiu a existncia,em Sobrado, de alguns pro-

    dutores agrcolas de alguma

    importncia que, de algum

    modo, pensa poder vir a as-

    sociar ao trabalho de promo-

    o das Bugiadas e, final-

    mente referiu a cres-

    cente procura de espa-

    os na zona industrial

    de Campo, como con-

    sequncia da abertura

    da Via Distribuidora.

    Joo Paulo Baltazar

    comentou ainda, a fina-

    lizar a sua interveno,

    que o empobrecimento

    imposto ao Pas tam-bm o torna mais atra-

    tivo ao investimento.

    Pedro Panzina foi o

    ltimo vereador a inter-

    vir neste perodo de

    antes da Ordem do Dia,

    e respondendo ao pre-

    sidente da autarquia

    valonguense, apontou

    que, no discutindo as

    questes de f ou es-

    perana, na verdade as

    empresas vo fechando a

    um ritmo mais acelerado do

    que as que vo chegando.

    Apontou depois que era

    bom que se soubesse o quecada um queria para o con-

    celho, pois as candidaturas

    iam aparecendo e no se co-

    nhecia nenhuma ideia: No

    se conhece o pensamento

    dos candidatos ou potenci-

    ais candidatos disse .

    Falo em nome dos cidados

    que represento.

    Perododa Ordem do Dia

    Com assuntos pouco

    escaldantes, destaque para

    um reparo de Pedro Panzina

    apontando que o edifcio

    que atualmente acolhe a

    Polcia de Segurana Pbli-ca no oferece, ele mesmo,

    condies de segurana,

    de certo modo criticando o

    projeto camarrio de entre-

    gar uma parte maior do edi-

    fcio (antigo Tribunal do

    Trabalho de Valongo) a esta

    corporao. Joo Paulo

    Baltazar, reconhecendo em

    parte a situao, esclareceu

    que tal tinha sido alvo deconsulta aos prprios inte-

    ressados.

    Mais frente foi Maria

    Trindade Vale quem escla-

    receu que a anulao do

    concurso para aquisio de

    combustveis rodovirios a

    granel se devia a que ne-

    nhum dos concorrentes ti-

    nha cumprido os requisitos

    do concurso, sendo neces-

    srio abrir um novo.

    Sobre um processo de

    loteamento no qual a CMV

    apresentava uma proposta

    de obras de urbanizao

    da Cmara Municipal,

    Srgio Sousa esclareceu

    tratar-se de inconformi-dades com a lei que, apon-

    tadas pela autarquia, no

    foram sanadas, assumindo

    esta as competentes deci-

    ses pelo incumprimento.

    Joo Paulo Baltazar,

    mais frente, anun-

    ciou a participao de

    11 associaes do

    concelho na Mostra

    de Teatro Amador,

    para o qual chamou a

    ateno e apelou

    presena do pblico.

    Perodo de

    intervenesdo pblico

    Neste perodo in-

    terveio o muncipe

    Celestino Neves, que

    pediu esclarecimen-

    tos sobre duas ques-

    tes, uma referente

    ao assunto Marcelo,

    Peixoto & Irmo, que

    seria respondida por

    Srgio Sousa, outra sobre

    uma interveno solicitada

    pela Junta de Freguesia de

    Alfena junto do viaduto da

    A41, interveno esta que

    seria faseada e que, na pri-meira fase deveria avanar

    at ao 5 pilar, com uso de

    betuminoso. O muncipe

    queria saber se era poss-

    vel tal interveno, em lei-

    to de cheia. Joo Paulo

    Baltazar garantiu que a in-

    terveno solicitada no

    era em leito de cheia e ain-

    da que nunca seria ali cria-

    da uma feira, como anteri-

    ormente se tinha chegado

    a aventar. Apenas ser fei-

    ta uma requalificao que

    permita a utilizao do es-

    pao pelas pessoas.

    Relativamente ao outro

    assunto, Srgio Sousa

    garantiu que decorre nor-malmente, mas com todo o

    cuidado. Uma parte do pro-

    Reuniu no passado dia 21 de fevereiro, a Cmara Muni-cipal de Valongo (CMV), em sesso morna na qual seaprovaram, entre outras decises, o Regulamento daFeira do Parque Aventura da Lipor, a anulao do concur-so anterior para aquisio de combustveis rodovirios agranel, o concurso pblico para servios de varredura erecolha de resduos slidos urbanos, uma candidatura aoprograma Comenius Regio (no mbito do Programa deAprendizagem ao Longo da Vida), e o apoio s associa-es participantes na Mostra de Teatro Amador 2013.

    Vem a a Mostrade Teatro Amador

    FOTOS URSULA ZANG

    blema pode ser resolvido

    quadro da reviso do PD

    havendo contudo outras

    tuaes em que a CMV tde atuar de acordo com

    previsto na lei.

    Cmara envia aoMinistrio Pblicono viabilizaode processodisciplinar porFernando Melo

    Na reunio camarria de 7 de fevereiro, a Cmara Muni-cipal de Valongo decidiu enviar ao Ministrio Pblico o pe-dido de apreciao para eventual instaurao de processocriminal a Fernando Melo, pelo facto de este no terviabilizado o devido processo disciplinar a uma funcionria.

    A questo em torno do processo disciplinar a IsabelOliveira tinha sido levantada pelos vereadores da Oposi-o, e foi suscitada pelo facto de a referida tcnica no terfixado os objetivos para avaliao de desempenho dos tra-balhadores, tal como exigido por lei, constituindo umafalta grave e sancionvel. Conforme aponta documento daCmara, instrudo o processo disciplinar, o instrutor no-meado props o arquivamento, tendo entendido que ocor-reu a prescrio, uma vez que o procedimento no foi ins-taurado pelo presidente da Cmara no prazo de 30 diascontados da data do conhecimento dos factos praticados

    Ora foi precisamente sobre esta omisso que incidiu ainterveno de Pedro Panzina, da Coragem de Mudar. Estevereador aceitava o facto de ter prescrito o perodo deinstaurao do processo disciplinar e a consequncia daabertura do inqurito, pondo termo comisso de servioda referida tcnica frente do Departamento. No era poissobre isso que queria intervir, mas sim sobre o facto de,tendo declarado em reunio de Cmara no se opor ins-taurao de um processo, e que tudo iria ser averiguado, ter

    j antes e noutra instncia Fernando Melo afianado quetudo estava bem. O presidente da Cmara, apontou aindaPedro Panzina, no tinha competncias legais para noabrir o processo disciplinar suscitado.

    Concretizada a proposta do vereador da Coragem deMudar de envio dos factos ao Ministrio Pblico, JosLus Catarino, do PS, pediu uma interrupo de dois minu-tos, saindo ento da sala para conferenciar, os dois verea-dores socialistas Jos Lus Catarino e Lusa Oliveira eo vereador independente Afonso Lobo.

    Reatada a sesso foi a proposta votada e aprovadacom trs votos a favor Pedro Panzina e Maria Jos Aze-vedo, da Coragem de Mudar, e o vereador independenteAfonso Lobo e com seis abstenes, do PS e PSD.

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    4 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Destaque

    GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA FOTOS URSULA ZANG

    Maria Jos Azevedo Pela necessidadeda renovao poltica

    LC

    Chega a Portugal em 1975,refugiada de Angola, mas este nofoi o seu primeiro contacto com oContinente. Tinha j aqui estadoa estudar durante dois anos, ten-do chegado ento com 17 anos de

    idade, para encontrar, mesmo emLisboa, onde se radicou duranteesse tempo, uma sociedade muitoconservadora e preconceituosa,que obrigava os estudantes vin-dos das colnias a juntarem-seentre si para continuarem a vivernuma maior sociabilidade, a queestavam habituados.

    Oriunda de Silva Porto(Bi), no se adaptou muito beme regressou a Angola. O pai fora,entretanto, transferido paraMalanje e o prosseguimento dosseus estudos universitrios, emHistria, feito em S da Ban-deira (Lubango).

    A segunda vinda aindamais traumtica, feita em pleno

    PREC, e defrontando a animo-sidade da poca contra as pes-soas vindas das colnias. Nose sentiu bem vinda.

    A sociedade portuguesa, ti-rando a agitao social e polti-ca efervescente no era entomuito diferente da que encon-trara alguns anos antes.

    Um acolhimento diferenteveio a encontr-lo nos Aores,em Ponta Delgada (S. Miguel),pois embora sociedade maisconservadora que a metrpole,no se sentia ali aquela animo-sidade contra as pessoas quechegavam de frica, refugiadas.

    A Voz de Erm esinde

    (AVE) Como aconteceu a

    sua primeira atividade pol-

    tico-partidria? J tinha tido

    experincias de envolvimento

    poltico?

    Maria Jos Azevedo No,no tive qualquer experincia an-

    terior. Cheguei poltica pelamo de Fernando Gomes, pre-sidente da Cmara do Porto, umhomem que sabia liderar e moti-

    var fortemente as pessoas. Istoaconteceu no seu segundo man-

    dato, era eu jornalista da RTP, eo seu convite honrou-me mui-to. Fiz ali, na Cmara do Porto,a minha aprendizagem poltica,atravs de um trabalho muitointenso, durante oito anos, poistinha as competncias pesadasrelativas Habitao e Ao

    Social. Foi um trabalho, nos doismandatos, no qual me revejo in-

    MJA A minha passagemde independente a militante doPS resultou de um convite deFernando Gomes, no final doseu segundo mandato (na lide-rana socialista de AntnioGuterres), convite que foi apa-drinhado por Mrio Soares pessoa por quem tenho um es-pecial carinho que julgo cor-respondido , e que aceitei logo.Os dois assinaram a minha pro-posta de adeso.

    AVE No foi, por isso,

    uma adeso motivada por um

    impulso de arrebatamento

    partidrio?

    MJA No, fez-se maispor insistncia em relao amim. Tenho da vida partidriauma perceo de que limita-da, os partidos funcionam mui-tas vezes com prticas em queno me revejo. Mas nunca dei-xei de dizer aquilo em que pen-sava.

    Nos partidos, de negativo,h uma lgica de compadrio, dedisputa de lugares s por si e desindicatos de voto. Em que se su-cedem sempre as mesmas caras.

    Hoje h um grande desgasteda poltica partidria, e tempodos partidos mudarem as suasprticas, por dentro, antes queos obriguem a mudar, por fora.

    AVE Equaciona um e-

    ventual regresso poltica

    partidria?

    MJA De forma alguma!J no estou disponvel paraisso.

    AVE Como ocorreu a sua

    primeira candidatura Cma-

    ra Municipal de Valongo?

    MJA Fui contactada porum dirigente nacional que meabordou no sentido de saber seeu estaria disponvel para umacandidatura autrquica na reaMetropolitana do Porto. Res-pondi que, como militante, aju-daria o partido, se tal fosse pre-

    ciso. Mas que no seria candidatas para cumprir o mandato.

    AVE Como foi recebida

    pelo aparelho socialista local?

    MJA Fui muito bem rece-bida pela Comisso PolticaConcelhia, ento liderada por Jor-ge Videira, de quem recebi todo oapoio. E realizmos ento umacampanha extraordinria.

    AVE Que se passou en-

    tretanto, com o aparelho so-

    cialista a no lhe renovar a

    sua confiana?

    MJA No partido haviavrias sensibilidades e muitas

    Candidata a presidente da Cmara de Valongo pelo

    Partido Socialista em 2005 e lder do movimento inde-

    pendente Coragem de Mudar aps a sua sada do PS

    quatro anos depois, Maria Jos Azevedo uma figura

    incontornvel de mulher marcante no concelho v

    hoje, com indignao, valores defendidos na sua can-

    didatura independente a serem esquecidos por alguns

    dos que foram seus apoiantes. No se rev nos pro-

    cessos de negociao de lugares nas listas de candi-

    datos, mas no se sente ainda com condies fsicas e

    outras, devida longa batalha que vem travando con-

    tra um cancro, para liderar uma nova candidatura inde-

    pendente. Defende uma renovao geracional e apontamesmo o nome a jovens quadros nos quais reconhece

    uma grande capacidade e preparao poltica.

    Foi ela a figura que simbolicamente escolhemos

    nesta aproximao ao Dia Mundial da Mulher.

    tenses. E nestas situaes pr-eleitorais as sensibilidadesemergem rapidamente e criam-

    se situaes de algum melindre.Por vezes preciso escolherquem, numa dada circunstn-cia, a melhor pessoa para de-sempenhar um certo papel, oque no quer dizer que o sejasempre, ou que seja melhor queoutros.

    Se nas eleies autrquicasanteriores se conseguiu o me-lhor resultado de sempre do PSna oposio talvez at comsurpresa de alguns , se conti-nuava a ser gratificante conhe-cer cada vez melhor o concelho,fazia todo o sentido que a mes-ma equipa continuasse a desen-volver aquele projeto. Mas

    no..., porque era necessrio qo aparelho aplacasse as amas de dissenso internas.

    Eu j no era precisa. Mo meu trabalho ia aproveitaoutros.

    Enfim, do que conheoPS local, ele dificilmente senovar. Pode haver caras nvas, mas mantm-se as velhprticas e as velhas polticAqui e noutros lados.

    Hoje o JN d a notcia sada de mais de 100 militanem Valongo. Em vez de se apziguarem h uma cada vez mor exacerbamento das tens

    AVE H hoje um esp

    o maior para os movime

    Ali viveu durante nove anos.

    Nos partidos, de negativo,h uma lgica de disputade lugares s por si, de

    sindicatos de voto, em quese sucedem sempreas mesmas caras.

    teiramente.

    AVE O que a fez aderirao PS?

    tos cvicos de cidados?

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    28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Destaque

    GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA

    MJA Certamente! Sobre-tudo no Poder Local. Quanto Assembleia da Repblica achoisso mais difcil, pela necessida-

    de de uma gesto poltica de gru-po. Mas no tenho dvidas deque, a nvel local, vo surgir mui-tas candidaturas de cidados.

    AVE O facto de ser mu-lher pode ter sido um entrave?

    MJA Nunca me senti pre-judicada por isso, nem na mi-nha vida profissional, nem na

    minha vida poltica.

    AVE A sada do PS foidifcil?

    MJA Confesso que nocustou nada. Apresentar umacandidatura foi uma escolha na-tural e um desafio interessante doponto de vista cvico. E emborativesse a expetativa de vitria,tive um muito bom resultado,embora no pudesse aplicar o meuprojeto. Penso que houve mes-mo quem votasse na lista do PS apensar que estava a votar em mim.

    AVE E que balano fazdo desempenho dos eleitos,

    quer na vereao, quer nogrupo municipal?

    MJA Na vereao estu-damos sempre muito bem os

    assuntos e tentamos apresen-tar alternativas, no numa oposi-o sistemtica, mas sempre queo entendemos necessrio. No te-nho acompanhado a AssembleiaMunicipal, que tem gente muitaqualificada. Mas reconheo queno foi bem conseguida a articu-lao entre a vereao e o grupomunicipal, at porque as pesso-

    as aqui tero menos tempo e tam-bm menos experincia poltica.Mas talvez isto no fosse umainevitabilidade.

    O facto de haver dois rgosprejudica a coeso, havendo umdivrcio entre Cmara e Assem-bleia Municipal, que no ser tonotrio nos partidos. Tudo seriadiferente se houvesse, como de-fendo, um Executivo homogneo,em que o presidente da Cmaraconvidasse todo o Executivo e Assembleia Municipal coubesse

    MJA No sei bem. ex-ceo do Ncleo de Ermesinde,que manteve a sua atividade, eque fez um trabalho consider-

    vel, realizou feiras, distribuiulivros escolares, etc., a ativida-de no concelho quase no exis-tiu. A Coragem de Mudar im-ps-se como marca e teve umavoz na Cmara. Na AssembleiaMunicipal, nalgumas freguesi-as. Teria sido desejvel haveruma maior sintonia.

    AVE E a Associao Co-ragem de Mudar?

    MJA J no me revejo nemestou nela. No concebo outrotrabalho seno o de uma associ-ao cvica interveniente mas, aocontrrio, parece que se aceita pblico , dar apoio a um par-tido em troca de lugares, sem sediscutir sequer uma ideia. A Di-

    reo do Jos Bandeira, que tem14 membros, foi eleita com 14votos! Isto j diz tudo!

    No posso estar de acordocom prticas de negociao po-ltica de lugares como comumnos partidos, o que h de piorna poltica. Nenhum dos setefundadores da Associao se revneste percurso que agora feitopela Associao Coragem deMudar. Se, da parte do PS, sepretendeu algum acordo pensan-do que iria includa no pacote foipuro engano. No estou dispo-nvel para essas negociatas.

    Alis no consigo ver expres-sas ideias polticas claras da par-te do Dr. Jos Manuel Ribeiro. E

    digo mais: o que fizeram comigono PS parece-me que o que es-to a fazer agora ao Dr. AfonsoLobo. O partido assim nuncamais se endireita.

    AVE E h espao parauma nova candidatura inde-

    pendente liderada por si?

    MJA H espao para umacandidatura independente, masde momento no h disponibili-dade fsica da minha parte, de-vido doena, e as eleies soj muito prximo. E vejo combons olhos uma renovaogeracional. Dou-lhe um exem-plo, a Eugnia Ado, eleita pela

    Coragem de Mudar para aAssembleia de Freguesia deValongo. Seria um excelentequadro e uma excelente can-

    didata, muito bem preparada.Eu no reno ainda as condi-es fsicas e outras. E t-las indispensvel. um trabalhomuito exigente e ainda no es-tou a 100%. Lembro-me como,h quatro anos, em Sobrado,bati porta a porta e acabei porbater o Dr. Fernando Melo naeleio para a Cmara, quandotodos diziam que esse era umassunto resolvido de antemo afavor dele.

    AVE Faria sentidoapresentar hoje o mesmo

    programa que a Coragem de

    Mudar apresentou h qua-

    tro anos?

    MJA Ns apresentmos

    ento uma candidatura detalha-da, com registo notarial dasnossas propostas e grande par-te delas ainda se mantm, masnaturalmente o programa teriade ser reajustado, at porque aliderana da Cmara e as atuaiscircunstncias j so outras...

    Mas fazem todo o sentidoas candidaturas de cidados.Estou em crer que as prximasautrquicas, a no apareceremcandidaturas independentes, se

    saldaro por nveis de absten-o muito muito elevados.

    AVE Teria o apoio do Dr.

    Pedro Panzina, creio, casohouvesse condies para se

    candidatar?

    MJA Certamente, e ele jme deixou isso claro.

    AVE A doena apanhou--a completamente de surpre-sa? Foi uma situao difcil?

    MJA Sim, quando apa-rentemente no contribumosem nada para isso, a doena sempre uma muito desagrad-vel surpresa. Este segundocancro trouxe-me um proces-so de luta muito pesado, degrande violncia fsica e psico-lgica e o meu processo de curaainda no est terminado. Tive

    uma operao muito demorfoi uma batalha muito intemas procurei nunca faltar s nies da Cmara, s me

    quelas a que era obrigada atar por causa dos tratamen

    AVE Qual ento adisponibilidade para a

    poltica hoje em dia?

    MJA Eu liguei-me muValongo, embora no seja d

    nem viva c. Mas aprendi amuito e fiquei a conhecer mumelhor e a gostar do concelPor isso eu estarei sempre dponvel para ajudar. O conlho de Valongo tem muitas tencialidades e merece ter papel difertente e muito mano seio da rea Metropolitdo Porto.

    O concelho de Valongomerece ter um papel

    diferente e muito maiorno seio da rea

    Metropolitana do Porto

    fiscalizar os atos da Cmara.

    AVE O que hoje o mo-vimento Coragem de Mudar?

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    6 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Destaque

    ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO

    Enterro do Joo sofreuas agruras do mau tempo

    LC

    A tradio carnavalesca do

    Enterro do Joo voltou, este

    ano, a animar esta quadra festi-

    va, na qual alis, se esperava

    que pudesse dar um grande

    salto em frente resultante do

    empenho da autarquia erme-

    sindense em apadrinhar o even-

    to. Todavia, o tempo frio e de

    chuva tramou as festividades,

    que ficaram muito aqum do

    programa anunciado, s se sal-

    vando o julgamento, cortejo

    fnebre e a queima do boneco,

    na noite de tera-feira. Mesmo

    o programa de tera-feira teve

    de sofrer alteraes, realizando-

    se o julgamento uma das maisimportantes fases desta farsa

    carnavalesca, na qual so li-

    das as picarescas deixas no

    abrigado pavilho da Unio

    Desportiva Cultural e Recrea-

    tiva da Bela, e s depois da

    saindo o cortejo fnebre para

    as margens do Lea, onde se

    procedeu ao habitual ltimo

    ato da celebrao, a crema-

    o do Joo, ainda assim pre-

    senciada por numeroso p-

    blico (embora, ao contrrio do

    desejado, em menor nmero

    que no ano anterior). Foram

    anuladas as fases da chega-

    da do Joo estao de Er-

    mesinde e o desejado e novo

    cortejo, com carros alegri-cos, da at ao largo da feira

    velha, na tarde de domingo,

    e ainda o velrio nesta, na

    noite de segunda-feira.

    A farsa carnavalesca

    acolheu uma ou outra novi-

    dade, como a introduo de

    A Voz autoridade supe-

    rior no programa da TVI

    Casa dos Segredos, e pro-

    porcionou momentos de par-

    ticular comicidade nalgumas

    deixas, quer as tradicionais

    referncias muito brejeiras do

    testamento s moas de

    Ermesinde, quer a algumas

    charges polticas de flagran-

    te atualidade, envolvendo,

    por exemplo, a Troika e oGoverno, muito bem recebi-

    das pelo pblico presente.

    No piso do pavilho,

    uma troupe de fantasmas

    chamava a ateno, incor-

    porando-se, no fim, no cor-

    tejo fnebre. O corpo do

    Joo esteve tambm aqui a

    ser velado, antes de sair para

    a cremao.

    Como aspetos negativos,

    a qualidade do som produzi-

    do dentro do pavilho, que

    no era a melhor, impediu os

    espetadores de ouvir nas

    melhores condies a atua-

    o do Grupo de Msica

    Tradicional Portuguesa da

    Associao Acadmica eCultural de Ermesinde, cujo

    concerto precedeu o ansia-

    do julgamento e a maior par-

    te do texto deste (exceo fei-

    ta magnfica voz do leitor

    das deixas) e, de novo, muito

    negativo, as referncias pu-

    blicitrias enfiadas dentro da

    prpria rcita. Pior que isto

    s a reincidncia, de muito

    mau gosto, dos autarcas de

    Ermesinde e de Valongo em

    participarem enquanto figu-

    ras da farsa, na sua qualida-

    de de autarcas um artifcio

    detestvel de campanha elei-

    toral antecipada, que fez lem-

    brar o de Fernando Seabra,

    que tambm apareceu quanto personagem pol

    e autarca em telenovela ta

    bm da TVI, embora este p

    tenda agora concorrer

    mara de Lisboa e no

    Sintra (se o deixarem).

    Mas a vida continua,

    dias seguintes era a vez

    trabalhadores da Junta d

    montarem todo o aparato

    cessrio montagem do f

    da farsa junto ao rio. E co

    prova disso mesmo de qu

    vida continua ali ao lado

    local onde o Joo foi crema

    uma famlia de patos, sulc

    com encantadora agilidad

    guas agora lmpidas do Le

    FOTOS URSULA ZANGGER

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    28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Destaque

    ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO

    A pardia das deixas do JooAs deixas deste ano eram constitudas por 109

    quadras. Como habitualmente o texto comea por sereferir vida do Joo, com algumas insinuaesfesceninas...

    Foi ajudante de cozinhaE chegou a cozinheiroPor sorte no fez panelasSeno era pa... alis funileiro

    e desde logo asurgindo algumas interessantescoisas a anotar, como a referncia a Badajoz...

    Capito em BadajozEm Macedo ajudanteEm Lamego foi tenenteE em Braga comandante

    ... uma indicao de que era vulgar a ida aEspanha ou a ida at ao sul, para trabalhar ou fazercontrabando.

    E a crtica viperina aos partidos e corrupomuito bem metidas nas seguintes quadras, algumasdelas subtilmente introduzidas, talvez para esquivaruma eventual censura moderna (o que veio pior do

    (...)Deixo s moas sozinhasPor serem das ltimas a falar200 salpices bem grossosPara se poderem consolar

    Deixo moas da ErmidaPorque vem mesmo a calharDeixo os meus quartos livresPara vontade a malhar

    (...)Deixo s moas da CostaPorque isso bom saberDeixo-lhes a minha potente mangueiraPorque esto sempre a arder

    (...)E para as moas da FormigaQue so quem mais comeDeixo chourios compridosPara lhes matar a fome

    (...)Para s moas dos Montes da Costa

    Isto agora que vai serDeixo-lhes um salpicoPara tirar e meter

    (..)Deixo para as moas loirasA quem ningum mal fazMil caixas de calmantePara porem a pomba em paz

    (...)Ruivas h poucasMas so das mais quentesPorque sabem dar usos traseiras e s frentes

    Vm depois os bens que o Joo deixaaos bombeiros, ao lar de idosos, e onde sefazem mais algumas referncias vida dasinstituies de Ermesinde, como oErmesinde Sport Club, a quem no esque-cem os maus resultados desportivos, pelomenos os de princpio da presente pocadesportiva.

    Mais referncias polticas sobre a inutili-dade dos candidatos

    Deixo neste ano de eleiesMesmo sabendo que o povo est fartoUma promessa bem slidaMesmo morto vou ser candidato

    ou sobre a rivalidade entre Ermesinde eValongo

    Deixo 2 milhes de euros JuntaPor ser gente de valiaPara iluminar a cidadeQue Cmara competia

    Deixo a deciso ao povoQue Valongo no leve a malMas s com Cmara em ErmesindeHaver iluminao no Natal

    H tambm uma referncia para osatuais proprietrios do cinema deErmesinde (Centro Social de Ermesinde,

    que o que saiu):

    Em Vila Real foi moo de trolhaE ajudante de pedreiroInscreveu-se num partidoE chegou a empreiteiro

    Meteu-se em confusesMas saiu sempre serenoFez tantas habilidadesE chegou ao Governo

    Foi gestor pblicoE dinheiro esbanjavaMas no fazia malEra o povo que pagava

    Enriqueceu e quis sairArranjaram-lhe um substitutoTiveram azar, era pior do que ele

    E era um grande prostituto

    Seguiam-se as deixas propriamente ditas,onde se homenageava Ablio Ramboia e apermanncia da tradio carnavalesca:

    Se h funeral c em ErmesindeDo nosso amigo JooAgradecemos ao Sr. AblioQue os fez sem um tosto

    A causa de tudo istoE no para andar boiaE para no apagar da memriaEra o senhor Ablio Ramboia(pedir aplauso de homenagem)

    Uma ou outra referncia atualidade polticados utentes e consumidoores:

    Se ele ficou assim a deverFoi por causa duma doutoraFicou a dever sadeA taxa moderadora

    E porque precisei para champanheQue bebi em flutesDeixei tambm por pagarAs portagens das scuts

    Vm depois as referncias brejeiras, dirigidas smeninas de vrios lugares de Ermesinde, que sogozadas pela sua gulodice, umas mais que outras:

    Deixo s moas das MalvinasQue gostam muito de dana1000 camisas sem mangasPara no inchar a pana

    mas de momento que meios tem, estepara intervir?):

    E para o cinema de ErmesindeOnde no passa filme nem mosca poisaDeixo vontade a quem podeDe l fazer qualquer coisa

    Mostra-se tambm a revolta pelaarbitrariedade do Estado (como o ex-

    Tambm para as FinanasDeixo 200 fardos de palhaQue comam tudo aquiloE no incomodem quem trabalha

    Um pouco de bajulao:

    E no me podia esquecerPois fico muito mais vontadeDeixo cumprimentos de mo e abraoAo Sr. Presidente da Junta desta cida

    Um aviso de amigo:

    Ao Governo deixo um avisoA vida est mal e trabalho nem v-loOu resolvem a situaoOu nas eleies levam no pelo

    Mais alguma insinuao fescenina:

    E para quem ficar chateadoUse para proteo muito alhoCom as verdades que digo

    Vos estou a mandar para outro lado

    Uma reao a crticas do ano anterio

    E para quem nos chama xenfobosTalvez por se acharem melhoresDediquem-se mas lavouraPara no vos dizer coisas piores

    Mais uma constatao popula:

    Fujam que vou dizer a verdadeNo Brasil s tive saudadeQuando soube que em PortugalSe roubava vontade

    Um reparo para A Voz de Ermesindeventualmente outros:

    E para os jornalistasGente que espero aqui presenteNo escrevam s o que pensamMas tambm o que o povo sente

    Mais queixas cidads:

    Para o Ministrio da SadePois pessoal sem lutaQuando os doentes j morreram que os chamam para a consulta

    Melhor rima com piorE comear com acabarPensei ter melhoradoMas fiquei todo entroikado

    Uma referncia a um furto concreto:

    E para a grande cavalgaduraQue veio roubar o JooDeixo-lhe uma sorte maldita

    Hs de l querer ir e s se for com a m

    As mos te ho de tremerE no rabo ters comichoHs de ser lambedor de cricasE s no rabo ters teso

    E de novo a poltica, agora numa cucidade local:

    Bem sei que a minha caraVale menos que um chavelhoMas a culpa no nossaNo havia mscara do Coelho

    E nem do Portas ou do GasparEnto talvez no fosse piorComo a do Baltazar bem larocasFazer mscaras do Belchiorministro da Cultura):

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    8 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Local

    CMARA MUNICIPAL DE VALONGO Maro ms da Mostra de Teatro AmadorDe 01 a 27 de maro, a Sala das Artes (Valongo) e o

    Frum Cultural de Ermesinde vo acolher mais uma edioda Mostra de Teatro Amador do Concelho de Valongo.Pelo palco dos espaos culturais vo passar 11 grupos deteatro amador e muitas dezenas de atores que tm em co-mum o amor pela arte de representar. Como habitualmente,o encerramento da Mostra acontecer no dia 27 de maro,Dia Mundial do Teatro, com a apresentao de um espet-culo a cargo da companhia profissional sedeada emValongo, o ENTREtanto Teatro.

    Ao longo dos ltimos 10 anos, a Mostra de Teatro Ama-dor, que j vai na sua 19 edio, serviu de palco apresen-tao de 136 espetculos, de mais de 20 associaes dife-rentes, com mais de mil pessoas envolvidas diretamente,num total de cerca de 200 horas de teatro e com uma assis-tncia superior a sete mil pessoas.

    Programada Mostra

    01 DE MARO (sex.) - Associao Acadmica e Cultu-

    08 DE MARO (sex.) - Teatro Amador SusanenseSala das Artes do Frum Vallis Longus, 21h45O Duelo;09 DE MARO (sab.) - Centro Recreativo Estrelas da BalsaCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45A Improvisao;15 DE MARO (sex.) - Associao Desportiva e Cultu-

    ral Canrios de BalselhasCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45Sai de baixo pintou sujeira16 DE MARO (sab.) - Agorarte - Associao Cultural

    e Artstica (Sabor a Teatro)Sala das Artes do Frum Vallis Longus, 21h45Despertar da Primavera / Tragdia da Adolescncia17 DE MARO (dom.) - Grupo Dramtico e Musical de CampoCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45A Calcinha do Z;22 DE MARO (sex.) - Grupo Dramtico da Universida-

    de Snior do Rotary de ValongoCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45A Sopa Juliana;23 DE MARO (sab.) - Associao Cultural e Recreati-

    va Fora d'HorasSala das Artes do Frum Vallis Longus, 21h45Reis... ou Rainhas?24 DE MARO (dom.) - Grupo Dramtico e Recreativo da

    RetortaCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45A Histria uma Histria27 DE MARO (qua.) - ENTREtanto TeatroCasa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45Espetculo de Encerramento da Mostra de Teatro Amador

    ral de Ermesinde (Casca de Ns)Sala das Artes do Frum Vallis Longus, 21h45Aniversrio do Banco;02 DE MARO (sab.) - Cabeas no Ar e Ps na Terra -

    Associao Cultural (Batatas com Salsichas)Casa de Espetculos do Frum Cultural de Ermesinde, 21h45

    Sementinha;03 DE MARO (dom.) - Associao Cultural e Recreati-va Vallis Longus

    Sala das Artes do Frum Vallis Longus, 17h00A Titi Boazona;

    Maleitas...e coisas positivas

    JOO DIAS CARRILHO

    Aqui no nosso Parque Ur-bano de Ermesinde acontecemcoisas lindas, como a como-vente histria da patinha. Co-

    mo tambm coisas infelizes,como um certo carrinho comestacionamento permanenteno interior do parque, junto entrada norte. Talvez no vi-esse mal ao mundo, se ao me-nos estivesse encostado aomuro, no deixando mesmoassim de ser uma aberrao.Mas instalado ali no meio dequatro bancos, aonde as pes-soas se sentem bem e gostamde conviver, elas so obriga-das a levar com a lataria portabela. A lata ali naquele lugar,no falta de bom senso, masabuso de confiana. Ser queos responsveis do Parque Ur-

    bano tero necessidade de irao oftalmologista? Devo infor-mar que no conheo nem seia quem pertence a relquia. Mastenho a certeza de que um jar-dim utilizado para parque deestacionamento s lembra aodiabo, com a agravante de pre-judicar os utentes do Parque,j de si to reduzido para asnecessidades da enorme co-munidade populacional da Ci-dade. De notar tambm que odito no se encontra ali naquelestio uma vez por outra, j levameses de permanncia, desde

    Agora por razes maispositivas, os nossos leitoresj viram insu rgir -me aquinestas pginas contra ospenduricalhos publicitrios,pendurados por tudo o que

    stio e incomodando todaa gente e, normalmente, scaem quando caem de ma-duros. Pois desta vez tam-bm vi a Cidade inundada debandeirolas (os meus pen-duricalhos) por toda a cida-de e disse para os meus bo-tes; l vem a chatice. Puroengano, o evento publici-tado era da Feira de Oportu-nidades, que funcionou en-tre 15 e 17 de fevereiro nopavilho aqui do CPN. Ago-ra vem a magia: dois diasaps o evento todas as ban-deirolas espalhadas pela ci-dade tinham sido recolhidas.

    No sei se pela Junta de Fguesia. Se o foi parabnsfoi pela organizao pabns a dobrar. A Cidadecou mais linda e todoscmos a ganhar. Gostaria

    da de, pelo menos, dar almas ideias: quando colodo este estilo de publicide no seja colocada

    junto de cruzamene entroncamentos, cortaa visibilidade;

    altura da cara pessoas;

    em passeios estreidificultando a mobiliddos transeuntes.

    Creio que cabe JuntaFreguesia zelar pelo cummento destas regras, se aurizada esta forma de publicde. bom termos coisas be positivas para comunica

    que adotou aquele lugar.

    ANA MARTA FERREIRA

    Carnaval na Secundriade ErmesindeANA MARTA FERREIRA

    Tem lugar anualmen-te na Escola Secundriade Ermesinde o Concur-so de Carnaval, que serealiza na sexta-feira an-terior interrupo letivado Carnaval.

    Este ano, mais umavez, a turma de 12AS(Animao Sociocultural)foi a organizadora do que, todos os anos, o even-to que mais alunos atraiao Polivalente e que maisinscries recebe.

    Apresentada pelasalunas Marta Ferraz eMarta Correia, o concur-so teve incio s 15h00 epassava j das 18h30quando foram anuncia-

    Ao todo as cortinas abri-ram-se catorze vezes inici-almente estavam previstasquinze atuaes, porm aturma do 11F ausentou-se

    subindo ao palco turmasde todos os nveis de ensi-no: bsico, secundrio, cur-sos profissionais e at fun-cionrios.

    O jri, constitudo pelopresidente da Junta de Fre-guesia de Ermesinde, LusRamalho, pela professoraAna Maria Corts, comomembro representante da Di-reo da ESE, pelo represen-tante dos funcionrios, Mar-co Morgado, pela professoraAna Marinho, representandoos professores de Artes Visu-ais, e pelo representante dosalunos e presidente da Asso-

    ciao de Estudantes, Tiago

    Bragana, elegeram, de-pois de pontuarem todasas atuaes e deliberarem,o 11DG como vencedordo Concurso de Carnavaldo Ensino Secundrio. Em2 e 3 lugares ficaramposicionadas as turmas do12H e do 11I, respetiva-mente. Do ensino bsico,as turmas eleitas vencedo-ras foram o 9G, o 8B e F(em conjunto) e o 9E, em1, 2 e 3 lugares, res-petivamente. Destaqueainda para a nica atuaodo escalo dos docentese funcionrios e, obvia-mente premiada, da D.Ftima, funcionria da es-cola, que atuou com doisalunos a Famlia Sexy.

    A animao manteve-

    se sempre ao mais altonvel, fomentada pelaboa disposio das apre-sentadoras e pelo traba-lho dos participantes que receberam todos umdiploma de participao.

    Todos os prmios fo-ram patrocnio da MarcoMorgado Decorao.

    O Carnaval da EscolaSecundria de Ermesinde,finalizado por mais umano, foi uma tima formade toda a comunidadeescolar entrar em frias.

    JOO DIAS CARR

    dos os vencedores.

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    28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Local

    Auditoria Interna Globaldo Centro Social de Ermesinde

    SRGIO GARCIA

    Nos dias 31 de janeiro e

    01 de fevereiro de 2013 o Cen-

    tro Social de Ermesinde(CSE), no decorrer da im-

    plementao do seu Sistema

    de Gesto da Qualidade

    (SGQ), foi alvo de uma Audi-

    toria Interna Global (AIG), re-

    alizada por um auditor da

    empresa que presta consul-

    toria ao CSE nesta rea.

    A AIG, de dois dias, teve

    como principal objetivo afe-

    rir o estado de maturao do

    SGQ implementado, de acor-

    do com o referencial NP EN

    ISO 9001: 2008 e os Modelos

    de Avaliao da Qualidade

    das Respostas Sociais daSegurana Social (MAQ). As

    constataes finais apresen-

    tadas pelo auditor e os resul-

    tados evidenciados no rela-

    trio so animadores, indi-

    cando que o SGQ e imple-

    mentao do MAQ se encon-

    tram, na generalidade, ade-

    quadamente documentados

    apesar da juventude de al-

    guns dos seus registos e

    NOTCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

    Carnaval 2013No mbito do projeto de

    Carnaval, e sempre no intuitode manter a proximidade comfamlias dos utentes, o CATLdo CSE desafiou os Educado-res, a juntamente com os seuseducandos, criarem umamascarilhas utilizando apenasmateriais reutilizveis ou de

    cipao dos pais, os utentes,

    sem ajuda mas motivadospela equipa pedaggica, cri-aram mscaras fantsticas,que primam pela originalida-de dos materiais (cascas deovos, pedrinhas, restos decorda, chips, redes, algodo,papel higinico, etc.).

    Para compor a mesa dojri do concurso, foram con-

    vidados alguns idosos doLar (os mais autnomos),que seguiram atentamente o

    desfile das mscaras e esco-lheram criteriosamente asmais originais e trabalhosas,no se cansando no entan-to, de tecer rasgados elogi-os a todos os participantes.

    Como agradecimentopor to simptica colabora-o, os utentes ofereceramaos idosos uns bombons e a

    sobremesa para o dia seguin-te: gelatina de anans (confe-cionada pelos prprios).

    Foram momentos bempassados, onde marcou pre-sena a alegria, a criativi-dade e principalmente a tro-ca de afetos que aqueceu oambiente do salo.

    A equipa do CATL agra-dece a participao das ani-madoras do Lar, Cristina eCarla Ferreira. CATL

    CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.

    que, com a implementao das

    melhorias j identificadas,

    possu os meios e recursos

    adequados para ser eficaz.

    Na reunio final da AIG o

    auditor mostrou-se surpreen-

    dido com o envolvimento dos

    trabalhadores do CSE em tor-

    no da implementao do seu

    SGQ, expressando-o atravs

    das frases gostei muito da

    vossa participao e to-

    dos os trabalhadores se em-

    penharam e demonstraram

    estar comprometidos com o

    sistema.

    desperdcio.Apesar da pouca parti-

    FOTO C

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    10 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Literatura

    Dois autores,um ttulo

    RICARDO

    SOARES (*)

    onde Portugal acaba e esquecido, onde todo

    um modo de vida est em vias de desaparecer Uma ilha, mas em vez de mar, terra. (4)

    A escrita pausada, lenta, de quem sabeouvir em silncio, com olhos cmplices e semas cedncias do tempo. Joo, Maria, Paula,Sara e Elisa so seres humanos reais, comsofrimentos reais. Nada do que vivem e con-tam fico, mas a autora soube aproximar-se

    delas com a profundidade, a linguagem e oolhar de um romancista. So histrias de pa-cientes e o impacto avassalador das doenasterminais no espao da intimidade familiar. Aviolncia da morte prxima, pairando emcrculo como as guias sobre as escarpas

    do rio. (5) Por isso, as vozes, os lugares e osobjetos fazem eco dentro de ns. E luto.

    Relata as vidas de quem teve a generosi-dade de abrir a porta na hora mais ntima etraz, de uma maneira pungente, a voz de quemraramente pode falar. Entra no dia a dia fami-

    liar, ganha confiana, habitua-se e quelaspessoas, participa em almoos de domingo,regressa mais tarde para as vindimas, encon-tra pessoas com pouco tempo de vida, fami-liares que dormem cabeceira de camas eouve com a ateno minuciosa de quem sabeque o desaparecimento futuro j se instaloudentro da casa. Sempre com uma rstia deesperana Querem apenas um pouco maisde vida, querem um pouco mais de tempo para

    acreditar que o corpo vence; todos querem,

    com uma fora desproporcionada, talvez de-

    lirante, continuar de olhos abertos. (6)

    um livro que perturba, interpela, quemagoa porque a realidade mesmo assim.So histrias exemplares entre as muitas que

    o inverno / dizes de

    muito longe que no

    a autora encontrou e quis representar, porqueuma das grandes questes a de como repre-sentar a realidade que ningum quer ver. a,num tempo de fim, num tempo de urgncia,que perante a solido da velhice, o sofrimen-to da doena e a nossa mortalidade comea-mos a perceber o que importante. O retrato -

    nos dado pela viva voz das figuras retratadas,e num discurso direto (em itlico) to em brutoque nos esmaga com a sua verdade. No preciso ir a Trs-os-Montes, porta da nossacasa, temos a vida tal como ela . Portugal est

    O escritor Francisco JosViegas, que foi secretrio de Estadoda Cultura at outubro ltimo, assu-

    me a direo da revista Ler a par-tir de maro.

    Hlia Correia foi a vencedorado 14 Correntes dEscritas da P-

    voa de Varzim, com a obra A Tercei-ra Misria. O Jri, constitudo porAlmeida Faria, Carlos Vaz MarquesHelena Vasconcelos, Jos MrioSilva e Patrcia Reis decidiu pormaioria. O regresso de Hlia Cor-reia poesia um regresso me-mria e aos clssicos. isso queexplica o ttulo deste longo poemadividido em 32 seces: A terceiramisria esta, a de hoje. / A de quem

    j no ouve nem pergunta. / A dequem no recorda.

    Prmios LER/Booktailors: Osvencedores dos galardes relati-vos a 2012 e institudos por iniciati-va da revista Ler e dos consultoreseditoriais Booktailors foram anun-ciados no mbito do encontro liter-rio 14. edio Correntes d'Escritas.A editora Tinta-da-China foi eleitapara o Prmio Especial de Editorado Ano; O Prmio Especial da Crti-ca 2012 foi para a obra "Todas asPalavras: Poesia Reunida", de Ma-nuel Antnio Pina, publicada pelaAssrio & Alvim; O Prmio EspeciaCarreira (Editor) foi atribudo a VtorSilva Tavares, fundador da &etc.

    Curso de Escrita Criativa car-ga horria de 14 horas, na AcademiaAPAMM de Ermesinde. Contactos: tlf-220924475, tlm-918963100; moradaRua Jos Joaquim Ribeiro Teles, n545, 4445-485 Ermesinde; email:[email protected]

    A VOZ DAS PALAVRAS A VOZ DAS PALAVRAS A VOZ DAS PALAVRAS

    Breves

    que Jos Agostinho Baptista escreveu em

    Inverno, poema que integra a obra Ago-ra e na Hora da Nossa Morte. O autor rabis-cou este livro de poesia secretamente e re-vestido de silncio enquanto assistia mortedo pai. Esta obra, do foro ntimo e corajoso,chega a ser um combate que o poeta estabele-ce com Deus e uma tentativa v de recordar ainfncia. Fala-nos do mais ntimo dos momen-tos a morte e com uma enorme aptido deacordar a emoo em quem l. No fcil en-trar neste tema sem estremecer porque ver amorte do outro meditar a prpria:aquilo que nos convoca para o silncio e

    para / a mo que escreve, sonmbula e feroz,

    estremecendo. (2)

    E precisamente sobre este eterno as-sunto, melindroso e assombroso, que o au-tor nos comunica com uma rara sensibilida-de potica. No se pode esconder nada, nema dor, nem a perda. E com as palavras maissimples, que brotam abundantemente:

    Em crculo,/ Esto os crios e as candeias,Nas aldeias de novembro elas tambm esto

    Em crculo,/As mes que fecham a escurido.

    (3)

    Agora e na Hora da Nossa Morte igualmente o livro de estreia de SusanaMoreira Marques, ttulo pedido de emprsti-mo do livro de poemas de Jos AgostinhoBaptista. o desfecho da viagem que SusanaMoreira Marques, acompanhada pelo fot-

    grafo Andr Cepeda, fez a Trs-os-Montespara seguir um projeto de prestao de cui-dados paliativos domicilirios, apoiado pelaFundao Calouste Gulbenkian.

    Na cabea levava a ideia de uma reporta-gem e uma pergunta: O que que as pesso-as pensam no fim da vida, que sabedoriatm? Andou por aldeias longnquas e es-quecidas, visitou casas, falou com as gen-tes e escreveu sobre a morte como nunca seescreveu, tentando apanhar-lhe o tom e ade-quar-lhe a linguagem, libertando-se de luga-res comuns, sem nunca ceder emoo fcil.Num registo que mistura reportagem, ensaio,entrevista e dirio de viagem, "Agora e naHora da Nossa Morte" leva-nos para o lugar

    voltars aqui. (1)

    So talvez os ver-sos mais explcitos

    FOTO ARQUIVO

    aqui, nestas pginas.Brilhante livro de estreia que desafia os

    limites no apenas da reportagem mas dos

    gneros literrios. Esse livro um soco. um soco de vida.

    Trecho: Quando soube que no sobrevi-veria doena e que no poderia continuar a

    caminhar no vasto campo em frente de sua

    casa, o caador que gostava de flores pediu

    misericrdia, que o matassem depressa, por

    favor. Morreu numa cama sem dizer ltimas

    palavras de significado e nesse dia nasceu no

    quintal um cachorro que nunca viria a ser

    co de caa; foi ento levado para um caixo

    e velado no centro da sua sala, os pssaros

    empalhados com as asas abertas olhando-ode cima do armrio. Na varanda, com vista

    para a terra que tinha sido a sua maior ale-

    gria e que supunha ir gozar em pleno na ve-

    lhice, tinha o vaso preferido que deu ainda

    flor na Primavera aps a sua morte. (7)

    (1) Jos Agostinho Baptista, in Agora e na hora danossa morte. Lisboa: Assrio & Alvim, 1998.(2) Ibidem.(3) Ibidem.(4) Susana Moreira Marques, in Agora e na Hora daNossa Morte, Tinta da China, 2012.(5) Ibidem.(6) Ibidem.(7) Ibidem.

    (*) [email protected]

    Jos Agostinho Baptista

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    28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde 1Histria

    finais da dcada de 1950, osmovimentos de maior ativida-de e visibilidade eram as con-junturas eleitorais para a Presi-dncia da Repblica, com des-taque para as candidaturas deNorton de Matos (1949) e, so-bretudo, do prprio Humberto

    Delgado (1958). Norton deMatos reuniu sua volta todaa oposio, prometendo a liber-dade e o reconhecimento dosdireitos dos cidados, casofosse eleito. No o foi, porquedesistiu do ato eleitoral ao ve-rificar que o resultado oficialseria fraudulento.

    Humberto Delgado, o ge-neral sem medo, em 1958,tambm congregou na suacandidatura todos os movi-mentos oposicionistas ao re-gime. Militar de carreira, Hum-berto Delgado frequentara oColgio Militar e a Escola Pr-tica de Artilharia, subindo mui-

    to rapidamente a longa carreirahierrquica, que fez dele, aos47 anos, o mais jovem generalda Fora Area Portuguesa.Claro que o regime tinha nele

    EFEMRIDES DE ERMESINDE - FEVEREIRO

    uma pessoa de confianaseno nunca alcanaria ogeneralato. To comprometidoestava com a situao polticaportuguesa, que, entre 1951 e1952, foi Procurador da Cma-ra Corporativa e, ainda na d-cada de 1950, representou Por-

    tugal nas negociaes secre-tas para ceder a Base das La-jes, na Ilha Terceira (Aores)aos aliados americanos.

    Os seus horizontes ideo-lgicos e polticos ter-se-o al-terado profundamente, quan-do, entre 1952 e 1957, se tor-nou chefe da Misso MilitarPortuguesa em Washington,contactando de perto, com re-gimes claramente democrti-cos. A pouco e pouco foi-seafastando do regime que o for-mara e que servira at ento.

    Surgindo, entretanto, nocalendrio eleitoral portugu-s as eleies presidenciais,

    o mais novo general da For-a Area (que fundara a TAPem 1945, e no ano seguinteinaugurara as carreiras are-as Lisboa Madrid e as liga-

    ara se percebermelhor o querepresentou,na Histria dePortugal, a per-

    sonalidade do gene-ral sem medo torna-se neces-srio fazer a contextualizaohistrica daquele perodo quedista de ns mais de meio s-culo.

    A reviravolta na 2 Guerra

    Mundial a favor dos Aliadosexerceu uma grande influn-cia poltica, econmica e so-cial na sociedade portugue-sa. A nvel poltico, ainda em1943, surgiu o MUNAF (Mo-vimento Nacional de Unida-de Antifascista) e, em 1945, oMUD (Movimento de Unida-de Democrtica) que preten-diam uma democratizao dasociedade portuguesa. Contu-do, a esperana gorou-se com-pletamente, houve apenas uma(re)composio ministerial, jque a conjuntura de GuerraFria que passou a viver-se aca-bou por ser favorvel ao regi-

    me portugus que continuoua perseguir todos os oposito-res, rotulados de comunistas.

    Mas a oposio ao EstadoNovo esteve sempre ativa. At

    es regulares entre Portugale Angola e Moambique) mos-trou-se determinado em levara sua candidatura at ao fim.A sua clebre resposta: Ob-viamente demito-o, referin-do-se ao que faria com Sala-zar, no caso de vencer as elei-

    es, catapultou-o para o in-condicional apoio das mas-sas, fazendo-o acreditar na vi-tria. Muitos o tentaramdemover, apontando-lhe osperigos que corria.

    Mas, contra tudo e con-tra todos, apresentou-se aoato eleitoral depois de umacampanha promissora, cheiade banhos de multido.Mas a verdade que os re-sultados oficiais determina-ram a sua derrota e o EstadoNovo manteve-se, como sa-bemos hoje, mais 16 anos.

    Finda a m experinciaeleitoral, seguiram-se sete

    anos de exlio poltico. Este-ve primeiro no Rio de Janei-ro (Brasil), depois envolveu-se em peripcias polticas deque nada resultou, designa-

    Foi no dia 13 de fevereiro de 1965 que o General

    Humberto Delgado foi assassinado, juntamente com a

    sua secretria brasileira, por elementos da PIDE que lheprepararam uma cilada perto de Badajoz, em territrio

    espanhol. Contava apenas 59 anos de idade. A candida-

    tura Presidncia da Repblica e a convico de que o

    Estado Novo s poderia ser deposto na sequncia de

    uma Revoluo ditariam o seu trgico fim.

    Em22 de fevereiro de 1959, a Junta da Freguesia decidiu dar onome do famoso Almirante Carlos deViegas Gago Coutinho a uma rua deErmesinde.

    Em meados de 1961 constituiu-se em Ermesinde uma Comisso deToponmia com o objetivo de dar nome

    s ruas que ainda no o tinham. DessaComisso fizeram parte o Tenente-Coronel Aires Martins, ManuelFerreira Ribeiro Vereador, Dr. LusRamos Sub-Delegado de Sade, Pro-fessor Carlos Fernando Correia de S(mais tarde declina o convite justifi-cando a recusa por afazeres profissio-nais), Domingos Ferreira dos Santos representante da Imprensa e Delega-do da Junta da Freguesia, e BelmiroFerreira Mendes Vogal. Em feverei-ro de 1962, era aprovado o trabalho desta Comisso de Toponmia,sendo dados os seguintes nomes a ruas de vrias zonas da cidade: nazona de Porto-Carreiro (Gandra) Ruas de Angola, Cabo Verde, ndiaPortuguesa, Moambique, Guin, Eng. Armando Magalhes e D. Afon-so Henriques; na zona da Cancela D. Afonso de Albuquerque eAlexandre Herculano; na zona da Cancela-Resineira Jlio Dinis, Eade Queirs, Ponte dos Moinhos e Lus de Cames; na zona da Igreja-

    Gago Coutinho na toponmia ermesindense

    MANUEL

    AUGUSTO DIAS

    damente a tomada do pa-quete Santa Maria (1961) e oataque ao Regimento de In-fantaria n. 3 de Beja (na pas-sagem de ano de 1961 para1962). Em 1963 est na Arg-lia onde funda a Frente Patri-

    tica de Libertao Nacional.Mas as malhas da polciapoltica portuguesa infiltram-se nas suas relaes, combi-nando uma suposta reunio

    O general sem medofoi assassinado h 48 anos

    Ermida Rua de S. Silvestre, Nossa Senhora de Ftima, Infante D.Henrique, Dr. Lus Ramos e Rua da Igreja; na zona da Bela lvares

    Cabral, Bartolomeu Dias, SantoAntnio, Macau, Timor, Senhor dosAflitos, Calvrio; na zona da Formi-ga Outeiro de S.

    Na mesma data, foram ainda

    aprovadas algumas alteraes: aoLargo das Escolas (no Carvalhal) foiatribudo o nome de Alberto DiasTaborda (dois anos depois, AlbertoTaborda em carta enviada Juntade Freguesia pede que seja retiradaa lpide que d o seu nome ao antigoLargo das Escolas cf. ata da reu-nio da Junta de 16 de Fevereiro de1964, fl.58v.); Rua da Liberdade nazona da Cancela foi dado o nome deProfessor Sebastio Pereira; ao Lar-go da Feira o nome de Antnio da

    Silva Moreira Canrio; parte da Rua Miguel Bombarda, entre aFbrica de Cermica e a Capela de S. Silvestre foi dado o nome de Vascoda Gama; continuao da Rua da Fbrica foi dado o nome de AlmeidaGarrett; e, uma vez que a Rua Jos Joaquim Ribeiro Teles vai da 5 deOutubro ao Colgio de Ermesinde, deu-se Avenida entre a Igreja deSanta Rita e a Ponte da Palmilheira o nome de Eng. Duarte Pacheco.

    FOTO ARQUIVO M

    Humberto Delgado (1906-1965)

    poltica com a oposiSalazar, para 13 de feverde 1965, em Badajoz, que abaria com o seu assassto. S depois do 25 de Ao seu nome ganhou a auola de coragem e de he

    cidade que hoje lhe reconcem e que est na origemtrasladao dos seus remortais para o Panteo cional.

    Pedido de desculpas

    aos nossos leitoresPor motivo de

    erro tipogrfico aque a Redao do

    jorn al A Voz d eErmesinde to-talmente alheia, afotografia de Afon-so Costa (ao lado)

    que haveria de a-companhar o textodo nosso colabora-dor Manuel Augus-to Dias, no foi im-pressa na versodo jornal publicadaem papel no ltimonmero de A Vozde Ermesinde,deixando em seu lugar um retngulo em branco, emborativesse sido publicada corretamente na verso em .pdf c-pia daquela, publicada na nossa edio online.

    Do facto pedimos desculpa aos nossos leitores e, natu-ralmente ao nosso estimado colaborador Manuel AugustoDias, que assim viu em parte desnaturada a sua colaboraonesse nmero referente rubrica de que, em boa hora, oautor encetou com a publicao no nosso jornal.

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    12 A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Patrimnio

    A delimitao de Alfena com Folgosae So Pedro Fins 1689 (2)

    TEMAS ALFENENSES

    ARNALDO

    MAMEDE (*)

    metros, encontra-se um outro marco, um perfeito pris-ma regular de base quadrada, tambm em granito, ten-do inscritos nas faces laterais voltada para cada fregue-sia, o nome desta bem como o do Concelho a quepertence. Ter sido colocado em finais do Sc. XIX,ou j no Sc. XX, como muitos outros; depois queAlfena deixou de pertencer ao Concelho da Maia epassou a integrar o novo Concelho de Valongo, oslimites de Alfena com Folgosa e S. Pedro Fins passa-ram a ser tambm os limites dos referidos Concelhos.

    Muitos outros marcos desapareceram ao longodos tempos, por ignorncia, ou por incria, vtimas dabrutalidade dos buldzeres e das escavadoras, no alar-gamento e melhoria de velhos caminhos, mais recente-mente, na plantao de eucaliptos, ou, simplesmente,aproveitados como ombreiras de cancelas de camposou bouas, para defesa dos gados alheios, nos temposda pastorcia dos gados que todos tinham, midos ougrados. Outros, porventura, servindo de lintel sobremodestas entradas de velhos pardieiros onde se guar-dava o po ou se recolhiam os animais.

    Um pequeno parntesis para daqui lanarmos umapelo s entidades responsveis, Cmara Municipal e

    Junta de Freguesia, por este Patrimnio, desconheci-do e ao abandono, que urgente proteger e divulgar.

    Voltemos diviso de Alfena com Folgosa.O segundo marco foi colocado a 573 varas, apro-

    ximadamente 630 metros (1 vara = 1,10 metros), doprimeiro, junto estrada de Vila do Conde, na margemdireita do ribeiro da Junqueira, o terceiro a 237 varas(260 metros) mais para o poente, o quarto no sop daserra, 201 varas (221 metros) sempre para poente,deste pelo Regueiro da Serra dos Vales, sempre parapoente at ao cimo, onde foi colocado o quinto marco,a 303 varas (334 metros) do anterior. Uma pequenanota para explicar de que Regueiro se trata.

    Muitos leitores conhecero, decerto, uma antigafonte, atualmente desativada enquanto tal, mas aindahoje existente, situada margem da Estrada Nacional105-2, do lado direito de quem sobe do cruzamentoda Camposa para S. Miguel-o-Anjo, sensivelmente ameio caminho, onde antigamente os viajantes para-

    m complemento da crnica publi-cada no nmero anterior (da auto-ria de Ricardo Ribeiro, presidenteda Direo da AL HENNA - As-sociao para a Defesa do Patri-mnio de Alfena, sobre o mesmo

    tema), vamos agora tentar, em linguagem mais sim-ples e acessvel assim o esperamos , fazer comoque a "traduo" abreviada do Portugus arcaico

    do sc. XVII, tal como se encontra no Tombo daIgreja de S. Vicente de Alfena, do Colgio do Carmoda Universidade de Coimbra.

    Em 25 de junho de 1689, no lugar de Sanhas,no exato local onde se encontram trs freguesias,Alfena (Lugar da Ferraria), Folgosa (Lugar de Vilarde Luz) e gua Longa (Lugar da Pvoa) e, simulta-neamente, na atualidade, trs concelhos, Valongo,Maia e Santo Tirso, compareceram as entidadesdesignadas para executar a delimitao da freguesiade Alfena com a de Folgosa, dando, assim, incio aocumprimento da Proviso Real do Prncipe Regen-te D. Pedro, futuro Rei D. Pedro II, a solicitao doReitor do referido Colgio do Carmo, detentor dodireito de Padroado sobre a Igreja de Alfena.

    A presidir ao ato, o Juiz Desembargador DoutorCristvo Alo de Morais; como representante de

    Folgosa, o seu Reverendo Abade Pedro da AfonsecaCoutinho; o Procurador do Colgio, Manuel de PaivaBarro; os Louvados Francisco da Costa e Joo Afon-so; e ainda, o Escrivo, Manuel de Sousa Barbosa,mais o respetivo Porteiro (Pregoeiro).

    E, a, por mandado do Juiz, com a concordnciados demais, representantes e louvados, foi levantadoo primeiro marco, um esteio de granito o coal marcotem humas letras que dizem Carmo, ao mesmo tem-po que ordenava ao "Porteiro" que lanasse o pregoque nenhuma pessoa, sob pena da Lei, quatro anosde degredo para as partes de frica e cem mil Reispara as despesas da Repartio, arrancasse o ditomarco.,Este marco continua no mesmo local onde hmais de trs sculos foi implantado, embora desgastadopelas intempries, pelos agentes naturais e, talvez,vtima de algumas agresses de humanos, visto que se

    encontra no bordo de um velho caminho, outrora muitofrequentado por veculos de trao animal, mas a ver-dade que, ainda hoje, so bem visveis algumas das

    vam para beber e descansar, o que ainda hoje suce-de, j que entre a estrada e a fonte h espao sufici-ente para parquear vrias viaturas.

    O Regueiro mais no que a linha de guaque desce a encosta, no sentido de poente paranascente, que a atravessa a estrada em aquedutosubterrneo, at se juntar ao ribeiro da Junqueiraalgumas centenas de metros para nascente.

    Assim, embora de um modo aproximado e me-nos rigoroso, tomando como referncia uma linha de-finida pelo marco implantado na Estrada de Vila doConde (atual EN 318), sobre a margem direita doribeiro da Junqueira e a fonte situada na EN 105-2, ameio caminho entre o cruzamento da Camposa e ocimo, junto a S. Miguel-o-Anjo, podemos dizer que,para norte desta linha territrio de Folgosa, e parasul da mesma territrio alfenense.

    Do quinto marco, situado no cimo da serra, agoraem direo ao sul, sempre pela cumeada at ondetermina a diviso com Folgosa e comea a divisocom S. Pedro de Fins. Aqui chegados, mandou o Juizapregoar a Abadessa do Convento de S. Bento daAv-Maria, a quem pertenciam os respetivos dzimos,

    que no compareceu nem enviou Procurador. Assim,aps o segundo prego, ordenou o Juiz que a divisoe medio se fizessem sua revelia, no sendo neces-srio o levantamento de marcos dada a recente de-marcao desta Freguesia (So Pedro Fins). A distn-cia do anterior ao marco existente de 236 varas (260metros). A diviso com a mesma de S. Pedro Finsprosseguiu, sempre para Sul, at ao meio da capela deS. Miguel-o-Anjo, cuja distncia ao Marco anterior de 92 varas ( 101 metros ).

    A diviso continuou, sempre em direo ao sul,at onde comea a freguesia de Santa Cristina deFolgosa, do marco que a se encontra, tambm darecente demarcao de S. Pedro de Fins, ao anterior,

    junto Capela, vo 342,5 varas (377 metros).Assim, a fronteira de Alfena com S. Pedro deFins tem uma extenso de 478 metros, nmero que

    Cristina de Folgosa", agora com apoio nos maranteriores presente delimitao, da Comendguas Santas, com a Cruz de Malta esculpidabaixo relevo a Comenda de guas Santas perte Ordem do Hospital - (ver foto em anexo), senhdas terras dos lugares alfenenses confinantes Santa Cristina (o Lugar de Baguim), terminandmarco da mesma Comenda, situado na AgrMonforte, limite de Santa Cristina de Folgosa coLoureno de Asmes (Ermesinde), como tambatestam as Inquiries do Bolonhs de 1258.

    De tudo que atrs se descreve, resulta, sem ququer dvidas, que a atual Freguesia de Folgosa, ctituda pelas freguesias medievais de S. SalvadoFelgosa e Santa Cristina de Vale Coronado, esta eta no sc. XVI e integrada na primeira, no tem ctinuidade territorial, entre ambas situa-se o lugaArcos, pertencente tambm medieval SanfinCoronado, atual freguesia de S. Pedro de Fins.

    Porm, como no h limites para a imaginasobretudo em pessoas historicamente menos inmadas, h quem defenda que a continuidade territda Freguesia de Folgosa existe atravs de uma estfaixa de terreno, ligando o Lugar da Camposa a SCristina, havendo, inclusivamente, um mapa baste divulgado em certos meios maiatos de suportefico a tal pretenso.

    Ora, como atrs recordamos, Alfena confrcom S. Pedro de Fins numa extenso de 478 meou seja, entre Folgosa (Lugar da Camposa) e Fol(Santa Cristina) no h s o lugar de Arcos, dPedro de Fins, h tambm quase 0,5 Km de territalfenense que os separa.

    De resto, h longos anos que assim .Vejamos, ainda, um diploma da Chancelari

    D. Dinis, do ano de 1312, que outorga uma cartForo a um casal na Ferraria, da Freguesia de S. Vicde Queimadela (atual Alfena), termo da Maia:

    D. Dinis pela graa de Deus Rei de Pogal e do Algarve. A quantos esta carta vi

    fao saber que eu dou e outorgo e a foro, p

    todo o sempre, a Domingos Peres, morado

    Alfena, e a sua mulher e a todos seus suce

    res, um meu casal regalengo que em seu te

    e que parte da Ferida do Malho directament

    Penedo, e, desde a, como vai directament

    rio da Ganza, e, desde a, pedra sobrepo

    do vale de Martim, e, desde a, PELA ESP

    DO MONTE DE S: MIGU EL; e, des de

    directamente ao rio Lea, pela veia da gu

    O casal regalengo sito no Lugar da Fertinha como limite a poente a "espiga", ou sejlinha de cumeada do monte de S. Miguel, disD. Dinis, vai para 700 anos.

    Palavra de Rei.

    (*) Membro da AL HENNA Associapara a Defesa do Patrimnio de Alfena.

    CONS. REG. COM. VALONGO N. 56190 SOCIEDADE POR QUOTAS - CAPITAL SOCIAL: 20000 CONTRIBUINTE : 507 219 708

    Site: www/afunerariamarujo.com / Email: [email protected]

    ERMESINDESede:R. Manuel Ferreira Ribeiro, 304445-501 ErmesindeTEL: 22 971 4442FAX: 22 975 8926TLM: 91 755 4658/ 91 269 6074/ 91 689 7854

    ALFENAArmazm:R. das Passarias, 4644445-171 AlfenaZONA INDUSTRIALDE ALFENATEL: 22 967 0005

    letras que compem a palavra CARMO.A seu lado, a uma distncia de dois a trs

    convm reter, como adiante se ver.Continuou a diviso com a "Freguesia de Santa

    (Errado) (Correto)

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    28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Desporto

    Anuncie

    Aqui

    Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N. 902 28 de fevereiro de 2013 Coordenao: Miguel Barros

    Rescaldo das finais Bilharsinde

    FOTOS VOXX CLUB BILHAR

    Durante uma semana e meia o centro comercialParque Nascente (em Rio Tinto) foi palco de uma dezenade finais de competies alusivas ao universo Bilharsinde.Organizadas pelo Voxx Club de Bilhar (de Ermesinde)as provas contaram com a presena de mais de uma centenade bilharistas, alguns deles de alto gabarito internacional!

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    A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2DesportoII

    BILHAR

    FOTO VOXX CLUB BILHAR

    FOTO CLUBE ZUPPER

    As tacadas finais de uma dezenade competies do universoBilharsinde

    MIGUEL BARROS

    Conforme anuncimos na ltima edio (em papel), fevereiro foi o ms onde o bilhar

    foi rei e senhor do panorama desportivo local, graas realizao de vrias finais de

    competies alusivas ao universo bilharsinde. E pelo segundo ano consecutivo o

    centro comercial Parque Nascente, em Rio Tinto, acolheu as provas organizadas pelo

    Voxx Club de Bilhar (de Ermesinde), entre os dias 13 e 24, constituindo desta forma uma

    autntica maratona de partidas de bilhar na variante de pool portugus que foram

    presenciadas por alguns milhares de pessoas, que ao longo dos citados dias passaram

    pelo citado recinto comercial. No total foram 10 as competies disputadas por alguns

    dos melhores jogadores nacionais e internacionais. Comeando pelos mais novos, a

    Taa Bilharsinde Jnior, prova na qual participaram cinco equipas, foi conquistada pelo

    C.S. Trofa, que na final levou a melhor sobre o combinado do clube organizador, o Voxx

    Club de Bilhar. No plano individual, a Bilharsinde Jnior foi arrecadada por Orlando Jos

    Conde, bilharista do Caf S. Brs, tendo o pdio final ficado completo com Marcos

    Ramada (2, atleta do Gondivai), e Ricardo Castro (3, pertencente aos quadros do Clube

    Bilhar Netinhos). Participaram nesta Taa Individual Bilharsinde Jnior um total de 32

    atletas, oriundos de 6 equipas.

    Novidade foi tambm a primeira edio da Bilharsinde Cup, certame destinado ssenhoras! E no plano coletivo as primeiras a inscrever o seu nome numa competio na

    qual estiveram em ao cinco equipas foram as Amigas do Bilhar, que na grande final

    derrotaram as meninas do Voxx Club de Bilhar. No plano individual as Amigas do Bilhar

    tambm fizeram a festa, j que Srgia Queirs venceu a Bilharsinde Cup Individual.

    Logo no segundo dia de competio (dia 14) teve incio a prova de 64 Duplo KO Individual,

    onde esteve em ao o tricampeo da Europa de bilhar 9 Ps, Manuel Pereira, aqui a

    representar as cores do Clube de Bilhar Pedro Grilo. Este atleta confirmaria no Parque Nascente

    todo o seu favoritismo nesta prova, j que na final (ocorrida no dia 24) bateu outro peso

    pesado do bilhar portugus, Fernando Oliveira, atleta do Paparugui. A prova de 32 KO

    Duplo Tacada Escocesa (em pares) foi vencida pela dupla representante do Clube de Bilhar

    Pedro Grilo composta por Manuel Pereira (mais um ttulo!) e Joo Sousa.

    J a Taa Liga Bilharsinde contou com a participao de 24 equipas, tendo como

    vencedores os bilharistas do Clube de Bilhar Pedro Grilo. A Taa Liga Bilharsinde Indivi-

    dual tambm ficou na posso do poderoso Clube de Bilhar Pedro Grilo, mais concretamente

    atravs do seu jogador Joo Sousa, que na final bateu Hugo Saraiva, do 8 Pool Team.

    Por fim a Taa Superliga Bilharsinde e a Taa Superliga Bilharsinde Individual, as

    duas provas de maior cartaz deste evento, coroaram a equipa que dominou a edio de2013 do mega evento chancelado pelo Voxx Club de Bilhar, o mesmo dizer o Clube de

    Bilhar Pedro Grilo. No plano individual Joo Sousa levou para casa mais um ttulo, desta

    feita aps ter batido a jovem promessa do pool portugus, Rben Guedes, enquanto

    que no plano coletivo os bilharistas de Pedro Grilo venceram a Taa Superliga Bilharsindedepois de um triunfo na final da competio sobre o New Academy.

    No dia 24 caiu ento o pano sobre o evento, tendo decorrido a habitual cerimnia da

    entrega de prmios aos novos(as) campees(s). A abrilhantar a cerimnia esteve o presidente

    da Junta de Freguesia de Ermesinde Lus Ramalho, assim como o representante da Junta de

    Freguesia de Rio Tinto, Artur S Reis, e o presidente do Voxx Clube de Bilhar, Fernando Duro

    Satisfeito, e orgulhoso, estava naturalmente Adolfo Pinto, o grande mentor e di-

    namizador das provas Bilharsinde, o qual nossa reportagem comeou por traar um

    balano muito positivo do evento erguido pelo seu clube. Correu tudo muito bem,

    estamos muito contentes, e com uma enorme vontade de continuar a trabalhar para que

    no prximo ano seja ainda melhor. Quero destacar alguns aspetos que ajudaram ao

    sucesso do evento, e em primeiro lugar sublinho a presena de pblico, a zona onde

    estavam as mesas de bilhar tinham sempre muitos adeptos sua volta. Em segundo

    lugar de destacar a qualidade dos atletas presentes, alguns de nvel internacional que

    trouxeram um nvel de competio altssimo, e a prova disso que tivemos jogos que

    demoraram trs horas a serem decididos (!), o que demonstra uma qualidade bilharstica

    enorme. Em terceiro lugar, quero agradecer e destacar o apoio dado pelo pessoal da

    segurana e manuteno do Parque Nascente, e estender esses agradecimentos prpriadireo do centro comercial pela cedncia do espao. Por ltimo, enaltecer o convvio e

    amizade verificadas entre todos os participantes das competies, no fundo a essncia

    das competies Bilharsinde, rematou Adolfo Pinto.

    HQUEI SUBAQUTICO

    Zuppersentraram em ao na temporadade 2013 de hquei subaqutico

    Arrancou neste ms de

    fevereiro a temporada de

    2013 de hquei subaqu-

    tico, com a realizao da

    primeira etapa do Campeo-

    nato Nacional, decorrida no fim

    de semana de 16 e 17 de feve-

    reiro no Complexo Olmpico de

    Piscinas de Coimbra. Entre os

    conjuntos presentes desta-

    cam-se os ermesindenses do

    Clube Zupper (na imagem), os

    quais entraram numa compe-tio que esta poca sofreu al-

    gumas alteraes impostas

    pelo Instituto de Desporto de

    Portugal. De acordo com este

    organismo cada clube apenas

    pode participar no campeona-

    to nacional com uma equipa,

    contrariamente ao que vinha

    sucedendo at aqui, facto que

    obrigou a Federao Portu-

    guesa de Atividades Subqu-

    ticas a criar uma espcie de

    competio paralela, denomi-

    nada de Open, onde os clu-

    bes podem inscrever o nme-

    ro de conjuntos que quiserem.

    Open este que em Coimbra es-teve aberto a combinados in-

    ternacionais, neste caso oriun-

    dos da vizinha Espanha.

    No campeonato nacional

    o Clube Zupper foi olhado

    com respeito pelos restantes

    adversrios, at porque no

    era toa que ostentavam o t-

    tulo de campees regionais da

    modalidade. Contudo, e ape-

    sar das boas exibies, os

    zuppers no foram alm do

    penltimo lugar da competi-

    o, sendo que em cinco en-

    contros disputados conse-

    guiram apenas um empate

    ante o NS Coimbra , termi-nando os restantes com der-

    rotas. O vencedor desta pri-

    meira etapa foi o CN Amadora,

    que venceu todos os jogos

    em que participou, seguido

    dos Aquacarca, do Eixo, e

    dos Sharks.

    J no Open o Clube Zup-

    per que competiu com duas

    equipas fez um pouco

    melhor. Em nove partidas os

    zuppers A somaram du-

    as vitrias, um empate, e seis

    derrotas, performance que

    lhes valeu a 7 posio, com

    sete pontos, ficando

    frente de um dos dois con-juntos internacionais pre-

    sentes, neste caso o Se-

    vilha, ltimo combinado es-

    te que no encontro de a-

    bertura foi esmagado pelos

    ermesindenses por 7-0!

    Quanto aos zuppers B

    quedaram-se pelo 9 e pe-

    nltimo lugar, com trs

    pontos somados, fruto de

    uma vitria e oito derrotas

    O vencedor deste Open foi

    a equipa de Madrid, que

    no perdeu um nico jogo!

  • 7/29/2019 AVE_902.pdf

    15/28

    28 de fevereiro de 2013 A Voz de Ermesinde Desporto

    Ermesinde acolheimportante certame

    damstico nacional

    BASQUETEBOL

    DAMAS

    Suplemento de A Voz de Ermesinde (este suplemento no pode ser comercializado separadamente).

    Coordenao: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez.Colaboradores: Agostinho Pinto e Lus Dias.

    SETAS

    FOTO CPN/BASQUETEBOL

    CPN alcana terceiro ttulo distritalno espao de ms e meio!

    AVE/CPN

    O basket cepeenista levou letra o velho ditado

    que no h uma sem duas, nem duas sem trs, ao

    conquistar neste incio de fevereiro o seu terceiro ttulo

    distrital no curto espao de ms e meio! Depois das

    iniciadas terem inaugurado as festividades em finais de

    dezembro passado, e das juniores terem dado conti-

    nuidade onda festiva no derradeiro fim de semana de

    janeiro foi agora a vez das cadetes (na imagem) trazerem

    para Ermesinde mais um caneco, o de campeo distrital

    feminino do citado escalo. Facto consumado no pri-

    meiro fim de semana de fevereiro, altura em que Matosinhos

    recebeu a fase final do campeonato distrital. Prova onde

    imagem do que tinha feito at ento na fase regular o

    CPN teve um percurso 100 por cento vitorioso, ou seja, trs

    vitrias noutros tantos encontros disputados. No primeiro

    dia da competio (dia 1) a turma da nossa freguesia bateu

    o Juvemaia por concludentes 82-35. Uma partida onde aps

    um incio onde permitiram dois triplos ao adversrio as

    cepeenistas para um resto de primeiro quarto sufocador e

    intenso, acabando os primeiros dez minutos da partida com

    uma vantagem de 43-10, sendo essa vantagem aumentada

    progressivamente at ao resultado final de 82-35. No outro

    encontro da ronda inaugural o Ncleo Cultural e Recreativo de

    Valongo vencia o Desportivo da Pvoa por 19 pontos de di-

    ferena.

    No dia seguinte foi a vez das poveiras sucumbirem aos ps

    das ermesindenses, num jogo onde estas ltimas no permitiram

    ao adversrio passar a barreira dos 8 pontos por perodo. No

    final o marcador indicava uns expressivos 101-26 a favor do

    CPN! O ttulo estava cada vez mais perto, sendo que na outra

    partida o Valongo derrotava o Juvemaia por 58-43, e assim sendo

    o CPN-Ncleo Cultural e Recreativo de Valongo do dia seguinte

    assumia contornos de verdadeira final.

    E no domingo, aps o Juvemaia ter garantido o 3 lugar

    aps bater o Desportivo da Pvoa, o CPN entrou em campo

    para defrontar as vizinhas do Ncleo Cultural e Recreativo de

    Valongo. Com uma entrada desconcentrada e perdulria

    as ermesindenses permitiram ao adversrio colocar o jogo

    a 01-10 nos primeiros trs minutos da partida, sabendo no

    entanto reagir logo de seguida e acabando o perodo com

    uma igualdade a 14 pontos. No segundo quarto, o CPN

    manteve o ascendente demonstrado nos minutos finais

    do primeiro quarto, colocando a partida a 11 pontos, mas

    distraes defensivas e precipitaes ofensivas no ltimo

    minuto permitiu que o adversrio reduzisse a diferena

    para 4 pontos. 28-24 ao intervalo.

    No terceiro quarto, o CPN entrou forte e decidido

    realizando um parcial de 9-0 em menos de dois minutos

    aumentando a vantagem para 15 pontos at ao final do

    perodo (48-33), sendo que no ltimo quarto, apesar do

    tudo por tudo dado pelo adversrio, as cepeenistas

    no deixaram baixar da barreira dos 8 pontos de diferena

    acabando por vencer a partida 60-51, sagrando-se assim

    bicampes distritais de cadetes.

    Para a histria ficam os nomes dos campees: Beatriz

    Mesquita, Catarina Bonito, Catarina Miranda, Celeste

    Almeida, Joana Gadelho, Joana Nora, Mafalda Sousa

    Mariana Guerra, Rita Madureira, Rita Pereira, Rita Teixeira

    Sara Miranda, Sara Moreira, Sofia Almeida (todas ela

    atletas), Agostinho Pinto (treinador), Francisco Costa

    (treinador-adjunto), Renato Horta (diretor) e de Julio

    Costa (responsvel pela estatstica).

    j no prximo dia 16 de maro que a nossa fregue-sia vai receber alguns dos melhores jogadores de damasnacionais, que aqui viro para disputar o I Open de Damas Clssicas de Ermesinde. Certame que ir decorrerno polivalente da Escola Secundria de Ermesinde, comincio agendado para as 14h00, estando sob a responsabilidade do Ncleo de Damas de Ermesinde, que contarcom o apoio da Federao Portuguesa de Damas, da Associao de Damas do Porto, e da Junta de Freguesia deErmesinde. Ao todo so esperados 80 damistas, em representao de equipas vindas de Mangualde, ViseuVizela, Gondomar, Valadares, Vila do Conde, LoboCoimbra, Aveiro, Santo Tirso, S. Pedro da Cova, So Jooda Madeira, e claro est, Ermesinde. Entre os nomessonantes j confirmados destaca-se o do maior jogadorportugus de todos os tempos, Vaz Vieira, que alis seralvo de uma homenagem durante o evento.

    Paralelamente ser disputado pela primeira vez anvel nacional um torneio destinado ao escalo sub-15sendo que os interessados em participar no torneiodestinado s jovens promessas das damas deverocontactar os elementos da organizao Jorge TeixeiraRocha (91 63 53 499) e Srgio Bonifcio (91 57 83 707)

    Conjuntos do Pedros Bar trazem umpouco de alegria ao triste cenrio

    das equipas ermesindensesAVE

    Est longe de poder ser considerada positiva a pocaque a maioria das equipas ermesindenses a competirnos trs escales da Associao de Setas do Porto est por estas alturas a protagonizar. Os maus re-sultados sucedem-se jornada aps jornada e comoconsequncia vamos vendo os clubes da nossa fregue-sia mergulhados no fundo das respetivas tabelasclassificativas. Uma das excees, ou as excees, soduas das quatro equipas que o Pedros Bar tem a compe-tir nas provas da Associao de Setas do Porto.

    Equipas essas que se encontram na 2 Diviso, co-ladas ao lder deste escalo, o Inter Claudis Darts. Ena ltima ronda da prova, mais precisamente a 14, ocor-rida no passado dia 22 de fevereiro, houve um encontroentre os dois conjuntos do Pedros Bar, nomeadamenteo Pedros Bar X e o Pedros Bar. O triunfo sorriu a estesltimos, por 5-4, resultado que fez com que na tabelaclassificativa as duas equipas estejam agora de braodado na vice-liderana com 36 pontos, a quatro do InterCaludis Darts. Quem tambm d indcios de quererabandonar a parte inferior do quadro classificativo o

    terceiro conjunto do Pedros Bar, os AusteridardosPedros, que ao vencer em casa dos Wizard Darts por6-3 elevaram para dois o nmero de vitrias consecuti-vas, subindo assim ao 12 lugar da classificao, agoracom 20 pontos. Quanto outra equipa de Ermesinde acompetir nesta 2 Diviso, os Cruzas, foram a Valongoperder com os Flexas por 0-9!

    E na 1 Diviso da Associao de Setas do Porto odestaque vai mais uma vez para a Eleet Team/CafConquistador, equipa que vai de mal a pior! Na 14 jornadasofreu mais uma derrota, desta feita em casa do AddictedQuinta da Caverneira, por 4-5, o que lhe valeu mais umaqueda, desta feita at ao 6 lugar, onde se encontra com26 pontos, a 12 do lder provisrio, o Latitude. Menosmal esto os Arrebola Setas, que em casa venceram oderby ermesindense ante o Estdio Darts/40s Bar por6-3, subindo assim ao 5 lugar da tabela, contabilizando28 pontos.

    Na 3 Diviso, a nica equipa da nossa cidade pre-sente, o Pedros Bar III, foi derrotada em casa, na 4

    jornada, ante o Bar Sede Regufe, por 4-5, e ocupa assima penltima posio da classificao, com cinco pontos,os mesmos que leva de distncia Claudis II.

  • 7/29/2019 AVE_902.pdf

    16/28

    A Voz de Ermesinde 28 de fevereiro de 2Desporto

    FUTEBOL

    Ermesinde vive a melhor fase da temporada!J diz o ditado que no h mal que sempre dure, e depois de uma primeira volta do campeonato distrital da Diviso de Honra

    verdadeiramente catastrfica, a equipa principal do Ermesinde Sport Clube parece agora ter encontrado os caminhos dos resultadospositivos, e sobretudo mantm e cada vez mais viva a esperana num final feliz, o mesmo ser dizer, permanecer no escalomaior da Associao de Futebol do Porto (AFP).

    Neste ms de fevereiro a turma de Sonhos no perdeu um nico encontro (!), facto que se traduziu a melhor srie de resultadosaverbados em 23 jogos disputados. Em termos concretos os pupilos de Jorge Abreu somaram dois empates e festejaram duasvitrias seguidas (!) -, a ltima delas no passado domingo (24 de fevereiro) no reduto do Canidelo, por 1-0.

    Esta sequncia de bons resultados fez com que o Ermesinde tivesse deixado o ltimo lugar da prova, indesejado testemunhopassado ao Perosinho, sendo que os rapazes da nossa freguesia ocupam agora a 17 posio, com 20 pontos, a somente oito dalinha de gua, isto quando faltam 11 jornadas para o final do campeonato. Seguidamente apresentamos os resumos das quatropartidas do Ermesinde no ms que agora finda, comeando pela j citada vitria em Canidelo, em partida alusiva 23 jornada. MB

    O Ermesinde deslo-

    cou-se na tarde do pas-

    sado dia 24 ao terreno

    do Canidelo (encontro

    da imagem) para a lu-

    tar pelos trs pontos em

    disputa na 23 jornada

    do campeonato da Divi-

    so de Honra . O jogo na

    primeira parte foi bas-

    tante aptico, muita luta

    a meio campo mas pou-

    cas ocasies de perigo.

    O Canidelo disps de a-

    penas uma boa ocasio

    para marcar, e o Erme-

    sinde de poucas mais.

    No entanto, na segunda

    parte, com a atitude que

    se viu logo no incio, ce-

    do deu para perceber

    que eram os forasteiros

    que mostravam a inten-

    o de amealhar os trs

    pontos. O Ermesinde

    tentou sempre ser dono

    e senhor do jogo, com

    muito mais iniciativas

    de ataque que o seu ad-

    versrio. Contudo os

    gaienses dispuseram de

    vrios livres em zona

    frontal da baliza guar-

    da de Rui Manuel, mas

    s por uma vez criaram

    um calafrio quando a

    bola bateu com estron-

    do no poste direito. No

    mais se viu do Canidelo

    nos restantes minutos!

    At que ao minuto 88

    Lea parte em velocidade

    e carregado em falta

    na grande rea, sendo

    que o juiz da partida noteve dvidas e de ime-

    diato apontou para a

    marca de castigo mxi-

    mo. Guedes, encarre-

    gado da marcao, com

    calma, faz o golo solitrio

    da turma da nossa cidade.

    Neste jogo os er-

    mesindistas alinharam

    com: Rui Manuel, Tiago

    Silva, Hlder Borges,

    Rui Stam, Delfim, Gue-

    des, Ricardo Lea, Gato

    (Davide, aos 65m), Diogo

    Sousa, Paulo (Huguinho,

    aos 55m) e Flvio Rocha

    (Rivaldo, aos 55m).

    MRCIO CASTRO