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Ano XXVIII - Nº327/328 Agosto/Setembro 2020 Preço avulso 0.70 Paróquia de N.ª S.ª de Fátima Viana do Castelo DIRECTOR: P. e ARTUR COUTINHO AVENÇA Bimestral "Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade (SI39). Com o coração transbordan- te de um misto de emoções, ecoam estas singelas, porém, profundas, palavras do salmis- ta. Assim me dirijo a cada um de vós, membros da comunida- de paroquial de Nossa Senhora de Fátima. Eis-me aqui, com a total disponibilidade para servir esta porção da vinha do Se- nhor. Desta forma, expresso a sin- cera gratidão pelo acolhimento que me tem sido prestado, pri- meiramente pelo pároco, Padre Artur Coutinho, e, de seguida, por todos os paroquianos, em especial pelos movimentos e instituições que compõem a co- munidade, constituindo peque- nos canteiros que lhe conferem cor e vida. Atravessamos um momento singular na História recente, no qual as nossas rotinas e certe- zas foram seriamente afetadas. Todavia, somos igualmente invitados a reler estes aconte- cimentos, proporcionando que eles constituam uma oportuni- dade de crescimento humano e cristão. Na verdade, os últimos meses trouxeram à luz do dia situações que há muito se iam abordando, de forma parcial e com alguma timidez, mas que agora se impõem com força à nossa reflexão. Entre elas, aque- la que se tem evidenciado – pela sua expressiva visibilidade – re- fere-se à significativa diminuição da frequência de cristãos à vida comunitária, em particular, à Eu- caristia dominical. Atrevo-me a afirmar que se vai assistindo a uma debandada sem preceden- tes, ressaltando uma grave cri- se de fé que é atravessada por muitos cristãos. Face a isto, não nos é possí- vel ignorar este fenómeno; ao invés, necessitamos de o en- frentar com coragem e ânimo, procurando desvendar os moti- vos e encetar itinerários de des- coberta da beleza e atualidade do Evangelho. Urge, no fundo, adotar uma tónica evangeliza- dora, com vista a empreender rotas espirituais que despertem a atenção, a curiosidade e a vontade de provocar o encontro dos nossos cristãos – outrora batizados, mas agora afastados – com a pessoa viva e transfor- mante de Jesus Cristo. É precisamente este o desa- fio a que seremos convidados a mobilizar os nossos esforços, contudo, sem olvidar que a re- lação com o Senhor – na qual reside o cerne da fé cristã – se traduz num tecido de laços para com os nossos contemporâ- neos, especialmente com aque- les que estão votados para as periferias existenciais. A esse propósito, a nossa comunidade constitui sério modelo de aten- ção e dedicação a tantos ho- mens e mulheres, das diversas idades, que têm sido, ao longo dos anos, auxiliados pelas di- versas respostas sociais. Perante os desafios, mas com atitude de esperança, apresen- to-me diante de vós, expectan- te por vos conhecer, disposto a servir sem limites e, sobretudo, ansioso por aprender, pois es- tou certo de que este canteiro da Igreja será crucial no meu itinerário de configuração a Cristo, o Bom Pastor. No fundo, estou convicto de que me aju- dareis a tornar padre, pronto a ser presença de Jesus no seio das exigências dos tempos ho- diernos! Neste sentido, grato pelo acolhimento, em total adesão ao desafio que me foi confiado e com a firme determinação de vos servir, em absoluta sintonia com o Padre Artur Coutinho, nosso pároco, repito, em forma de oração e de saudação, as palavras proferidas por Isaías, no momento em que o Senhor o interpelava: «Eis-me aqui» (Is 6, 8). Caríssimos amigos, eis-me aqui, para fazer a vontade do Senhor! Abraço em Cristo, Diácono Paulo Alves (Continua na página 3) Filantropia versus caridade A Caridade cristã não é sim- ples filantropia “porque o cris- tão é sacerdote, profeta e rei. Como tal, ele vê os outros com os próprios olhos de Jesus”. Por outro lado, procura ver Jesus no rosto dos pobres. Filantropia é uma palavra composta de origem grega. Significa amigo do Homem, da humanidade. A Caridade tem a ver com Amor, não um Amor qualquer, mas um Amor que vem de Deus. Tudo o que é feito de bem ao outro é motivado pela fé num Ser transcendente, ab- soluto a quem aderimos pes- soalmente. Por isso, os não crentes cha- mam à caridade filantropia, mas a caridade fica e a filan- tropia passa. Vemos isso em muitas coisas que nasceram ao longo dos séculos por motivos filantrópicos e já não existem. A Caridade jamais será Stop, mas um caminho que se vai fa- zendo. “A caridade começa por casa”. Se em casa não existir um amor oblativo, muito me- nos existirá fora de casa. Je- sus pediu que nos amássemos uns aos outros, como Ele nos amou. É este o mandato divino que não pode ficar pela filantro- pia. Foi um ato de Amor. O exemplo de Cristo não foi um outro filantrópico, foi mais longe. Há gente que faz muito bem Estou com o padre Emanuel, meu colega, nas causas pelas quais luta e a Romaria de S. João de Arga precisa de passar a número um. Conheço Romarias em Por- tugal e na Galiza que chegue para fazer esta afirmação. Es- tive nesta romaria desde o dia 28 de Agosto pela manhã até ao dia 29 às 14.00h sem encostar a cabeça para descansar. Isto aconteceu 6 anos seguidos. Fui para lá em 1972...aí por 1955 a Casa Ponte de Viana levou pela primeira vez músi- ca gravada para lá. Nos inter- valos de calmaria havia sempre música gravada transmitida por alto-falantes. De um lado da Capela até à meia noite havia cantares aos desafios, concerti- nas e castanholas que os gale- gos traziam, enquanto do outro lado duas bandas de música disputavam o maior número de palmas com tanta gente apin- hada sobre os coretos descob- ertos, nessa altura. Depois da meia noite ficava uma banda que ia descansar e a outra ia embora. Até ao apa- recer do sol era em toda a vol- ta da capela grupos e grupos a puxar pelas goelas a ver quem cantava mais e melhor, dando aos foles das concertinas e, com as mãos, outros a dar força às castanholas, à porfia... Procurava cada um quando queria ou sentia fome comer cabrito, molhar as goelas com aguardente com mel, um café de saco, uma ginja ou um ma- ta-bicho e voltar para a alegria. Era uma alegria sã, livre, ser- ena, cheia de paz e os devotos lá deitavam a esmolinha ao S. João e “não vá o Diabo tecê-las” davam também ao São Miguel, conhecida por imagem do Dia- bo. Um dia perguntei a uma senhora que imagem era aque- la e ela respondeu que era a do Diabo. Então retorqui, então a senhora dá uma esmola ao Diabo? Ela respondeu: Ó meu senhor “nem de mal com Deus, nem de mal com o Diabo. Foi um caso. Hoje já todos saberão que é a imagem de S. Miguel e darão para que tenham boa sorte nas colheitas, como aliás se aproximava a celebração litúrgica de S. Miguel. Romaria S. João Arga (Continua na página 3) "Luz terna, sauve, no meio da noite, leva-me mais longe... Não tenho aqui morada pernanente, leva-me mais longe..."

AVENÇA Preço avulso Paróquia de N.ª S.ª de Fátima

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Page 1: AVENÇA Preço avulso Paróquia de N.ª S.ª de Fátima

Ano XXVIII - Nº327/328Agosto/Setembro 2020

Preço avulso 0.70 €

Paróquia de N.ª S.ª de FátimaViana do CasteloDIRECTOR: P.e ARTUR COUTINHO

A V E N Ç A

Bimestral

"Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade (SI39).

Com o coração transbordan-te de um misto de emoções, ecoam estas singelas, porém, profundas, palavras do salmis-ta. Assim me dirijo a cada um de vós, membros da comunida-de paroquial de Nossa Senhora de Fátima. Eis-me aqui, com a total disponibilidade para servir esta porção da vinha do Se-nhor.

Desta forma, expresso a sin-cera gratidão pelo acolhimento que me tem sido prestado, pri-meiramente pelo pároco, Padre Artur Coutinho, e, de seguida, por todos os paroquianos, em especial pelos movimentos e instituições que compõem a co-munidade, constituindo peque-nos canteiros que lhe conferem cor e vida.

Atravessamos um momento singular na História recente, no qual as nossas rotinas e certe-zas foram seriamente afetadas. Todavia, somos igualmente invitados a reler estes aconte-cimentos, proporcionando que eles constituam uma oportuni-dade de crescimento humano e cristão. Na verdade, os últimos meses trouxeram à luz do dia situações que há muito se iam abordando, de forma parcial e com alguma timidez, mas que agora se impõem com força à nossa reflexão. Entre elas, aque-la que se tem evidenciado – pela sua expressiva visibilidade – re-fere-se à significativa diminuição da frequência de cristãos à vida comunitária, em particular, à Eu-caristia dominical. Atrevo-me a afirmar que se vai assistindo a uma debandada sem preceden-tes, ressaltando uma grave cri-se de fé que é atravessada por muitos cristãos.

Face a isto, não nos é possí-vel ignorar este fenómeno; ao invés, necessitamos de o en-

frentar com coragem e ânimo, procurando desvendar os moti-vos e encetar itinerários de des-coberta da beleza e atualidade do Evangelho. Urge, no fundo, adotar uma tónica evangeliza-dora, com vista a empreender rotas espirituais que despertem a atenção, a curiosidade e a vontade de provocar o encontro dos nossos cristãos – outrora batizados, mas agora afastados – com a pessoa viva e transfor-mante de Jesus Cristo.

É precisamente este o desa-fio a que seremos convidados a mobilizar os nossos esforços, contudo, sem olvidar que a re-lação com o Senhor – na qual reside o cerne da fé cristã – se traduz num tecido de laços para com os nossos contemporâ-neos, especialmente com aque-les que estão votados para as periferias existenciais. A esse propósito, a nossa comunidade constitui sério modelo de aten-ção e dedicação a tantos ho-mens e mulheres, das diversas idades, que têm sido, ao longo dos anos, auxiliados pelas di-versas respostas sociais.

Perante os desafios, mas com atitude de esperança, apresen-to-me diante de vós, expectan-te por vos conhecer, disposto a servir sem limites e, sobretudo, ansioso por aprender, pois es-tou certo de que este canteiro da Igreja será crucial no meu itinerário de configuração a Cristo, o Bom Pastor. No fundo, estou convicto de que me aju-dareis a tornar padre, pronto a ser presença de Jesus no seio das exigências dos tempos ho-diernos!

Neste sentido, grato pelo acolhimento, em total adesão ao desafio que me foi confiado e com a firme determinação de vos servir, em absoluta sintonia com o Padre Artur Coutinho, nosso pároco, repito, em forma de oração e de saudação, as palavras proferidas por Isaías, no momento em que o Senhor o interpelava: «Eis-me aqui» (Is 6, 8).

Caríssimos amigos, eis-me aqui, para fazer a vontade do Senhor!

Abraço em Cristo,Diácono Paulo Alves (Continua na página 3)

Filantropia versus caridadeA Caridade cristã não é sim-

ples filantropia “porque o cris-tão é sacerdote, profeta e rei. Como tal, ele vê os outros com os próprios olhos de Jesus”.

Por outro lado, procura ver Jesus no rosto dos pobres.

Filantropia é uma palavra composta de origem grega. Significa amigo do Homem, da humanidade.

A Caridade tem a ver com Amor, não um Amor qualquer, mas um Amor que vem de

Deus. Tudo o que é feito de bem ao outro é motivado pela fé num Ser transcendente, ab-soluto a quem aderimos pes-soalmente.

Por isso, os não crentes cha-mam à caridade filantropia, mas a caridade fica e a filan-tropia passa. Vemos isso em muitas coisas que nasceram ao longo dos séculos por motivos filantrópicos e já não existem. A Caridade jamais será Stop, mas um caminho que se vai fa-

zendo. “A caridade começa por casa”. Se em casa não existir um amor oblativo, muito me-nos existirá fora de casa. Je-sus pediu que nos amássemos uns aos outros, como Ele nos amou. É este o mandato divino que não pode ficar pela filantro-pia. Foi um ato de Amor.

O exemplo de Cristo não foi um outro filantrópico, foi mais longe.

Há gente que faz muito bem

Estou com o padre Emanuel, meu colega, nas causas pelas quais luta e a Romaria de S. João de Arga precisa de passar a número um.

Conheço Romarias em Por-tugal e na Galiza que chegue para fazer esta afirmação. Es-tive nesta romaria desde o dia 28 de Agosto pela manhã até ao dia 29 às 14.00h sem encostar a cabeça para descansar. Isto aconteceu 6 anos seguidos.

Fui para lá em 1972...aí por 1955 a Casa Ponte de Viana levou pela primeira vez músi-ca gravada para lá. Nos inter-valos de calmaria havia sempre música gravada transmitida por alto-falantes. De um lado da Capela até à meia noite havia cantares aos desafios, concerti-

nas e castanholas que os gale-gos traziam, enquanto do outro lado duas bandas de música disputavam o maior número de palmas com tanta gente apin-hada sobre os coretos descob-ertos, nessa altura.

Depois da meia noite ficava uma banda que ia descansar e a outra ia embora. Até ao apa-recer do sol era em toda a vol-ta da capela grupos e grupos a puxar pelas goelas a ver quem cantava mais e melhor, dando aos foles das concertinas e, com as mãos, outros a dar força às castanholas, à porfia...

Procurava cada um quando queria ou sentia fome comer cabrito, molhar as goelas com aguardente com mel, um café de saco, uma ginja ou um ma-

ta-bicho e voltar para a alegria.Era uma alegria sã, livre, ser-

ena, cheia de paz e os devotos lá deitavam a esmolinha ao S. João e “não vá o Diabo tecê-las” davam também ao São Miguel, conhecida por imagem do Dia-bo. Um dia perguntei a uma senhora que imagem era aque-la e ela respondeu que era a do Diabo. Então retorqui, então a senhora dá uma esmola ao Diabo? Ela respondeu: Ó meu senhor “nem de mal com Deus, nem de mal com o Diabo. Foi um caso. Hoje já todos saberão que é a imagem de S. Miguel e darão para que tenham boa sorte nas colheitas, como aliás se aproximava a celebração litúrgica de S. Miguel.

Romaria S. João Arga

(Continua na página 3)

"Luz terna, sauve, no meio

da noite, leva-me mais

longe... Não tenho aqui

morada pernanente,

leva-me mais longe..."

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Faça a sua oferta! … Seja solidário connosco!...

Trata-se de uma causa justa e nobre. Dirija-se ao Cartório.

Escreva-nos. Peça recibo para dedução no IRS.

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Igreja Paroquial de Nossa Senhora de Fátima com o

IBAN/NIB: CGD-PT50 003507510000630373043

PARÓQUIA NOVA Agosto/Setembro 2020 Página 2

Sabia que...? (88)1. Caio Apuleio Diocles, o famo-

so corredor de quadrigas do séc. II d.C., ao longo de 24 anos de actividade acumulou cerca de 36 milhões de sestércios, valor com o qual comparado o acumulado, como futebolista, por Cristiano Ronaldo não atingiria sequer um décimo daquela quantia?

2. quando antes de morrer, na-quela que seria a última execu-ção por condenação à morte do homicida Matos Lobo, em Lisboa, em 16 de Abril de 1842, o prior de Marvão caiu subitamente morto fulminado por uma apoplexia?

3. Portugal se comprometeu a atingir uma quota de 31% de ener-gia renovável no consumo final de energia em 2020?

4. segundo o Programa das Na-ções Unidas para o Ambiente, o

número de empregos verdes po-derá ser da ordem dos 750 mil por ano?

5. como a deusa Atena, padroei-ra da cidade de Atenas e deusa da inteligência prática e da sabe-doria, tinha como ave preferida a coruja, e que por esta razão esta ave se transformou no símbolo do conhecimento e da reflexão?

6. a canção Hino Hurrita datado de 1400 a.C., descoberta em 1950 na Síria, é a mais antiga composi-ção de que se conhece registo de palavras e notação musical?

7. a Inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, datando o seu pedi-do de instauração do ano de 1516, no tempo de D. Manuel, só foi con-cretizada por D. João III no dia 23 de Maio de 1536?

8. o famoso médico Garcia de

A Nau da Vida

Orta, já depois de morto e enter-rado na Capela de Santa Catarina da Sé de Goa, a Inquisição per-sistiu em julgá-lo por crença e prá-ticas de judaísmo, tendo-o conde-nado e, mesmo estando já morto há 12 anos, o mandou desenterrar e queimar os restos que dele ain-da ficavam?

9. em 1867, por 7,2 milhões de dólares , os Estados Unidos com-praram à Rússia o território do Alaska, com 1.530.683 km2?

10. em 1898 foi firmado um tratado em que, pelo preço de 20 milhões de dólares, a Espanha cede aos Estados Unidos as ilhas de Guam e Porto Rico, Filipinas e aceitam retirar-se de Cuba?

Se não sabia, já ficou a saber.Nunca é tarde para aprender.

Albino Ramalho

Questões de Vida

Alguém diz para alguém: sê o que deves. Mas quem é este “alguém”? Sou eu e tu, ou então, tu e eu, em diálo-go. Mas também pode ser: eu para mim e tu para ti, num diálogo interior. Então, fa-lando comigo mesmo: “Sê o que deves “. Mas que dívida é essa? Não é uma dívida do ter e do haver, é uma divida do ser: “Sê”. “Sê o quê?

Sê o que deves ser.Este pedido que te faço a ti

e, sobretudo, que faço a mim mesmo, não diz respeito ao ter e ao haver, ao comprar e vender, ao comer e beber, mas ao ser. Embora tudo isto concorra para o “ser”, o que importa é que eu seja o que devo, o que devo ser.

Eu e tu não somos o que temos e o que fazemos, nem o que compramos e vende-mos, o que comemos e bebe-mos. Somos o que somos e devemos ser.

Sê o que deves ser.Concentremos agora, a

nossa atenção na palavra “dever”. Tanto na nossa lín-gua, como em muitas outras, esta palavra pode ser um verbo ou um substantivo: o dever, nome, e o dever, ver-bo.

Todos nós temos deveres a

cumprir e todos nós devemos fazer tudo muito bem feito. É a nossa missão: o que deve-mos ser.

Esta sociedade, cada vez mais egoísta, e mais mate-rialista, tende a pôr o ser ao serviço do ter e não o ter ao serviço do ser. Daí a inver-são e perda de valores de que tanto se fala. O pior é que não só se fala. Mas, que é uma lamentável realidade.

Sê o que deves ser.Na nossa vida normal,

compramos e vendemos, tro-camos e oferecemos e tudo fazemos para não ficarmos em dívida e nos sentirmos bem com nós mesmos. E é assim que deve ser.

Mas uma dívida há com du-pla face que, por mais que a saldemos, nunca esta com-pletamente satisfeita: a do Amor a Deus e a do Amor ao próximo.

A satisfação desta dívida é tão importante que dela de-pende toda a nossa alegria e liberdade, toda a nossa paz e felicidade. Não só às ve-zes, mas sempre e em toda a parte e nas mais diversas circunstâncias.

Sê o que deves ser: Amor21 de setembro de 2020

Pe. António Belo

P a s s o a P a s s o . . . ( 79)2 0 s é c u l o s d e c r i s t i a n i s m o

* No turbilhão da revolução…

Navegamos em marés de tempestadelogo que nos vai faltando a energia;já não acostamos ao cais da mocidadeporque empurrados pelas vagas da idadevamos sentindo os salpicos da nostalgia.

Metem-nos em peculiar nau ao primeiro diadando-nos breves conselhos de orientação;não nos avisam que a vida é mera fantasiaque traz vagas de amargura ou alegria,momentos de convivência ou solidão.

e à deriva, um dia a nau encalha, vaiser gasta pelas marés até ao seu finale o que ela ainda contém cedo s’esvai,tudo acaba num profundo e triste ai,soltam-se as mãos do leme da nossa nau!

Eugénio Monteverde

De Luís XVI a Napoleão I : a Igreja den-tro durante revolução

Da abertura dos estados gerais à assi-natura da Concordata de 1801, as relações entre a Igreja e o Estado são marcadas por equívocos e ambiguidades que os atores da revolução mantiveram desde o início dos acontecimentos.

Estupefactos os sacerdotes, arcebispos e outros prelados milaneses! Surpreendi-dos? Inquietos? A ver… A 5 de Junho de 1800, o novo pretendente da Republica Francesa, primeiro Cônsul Bonaparte, vem num discurso notado, de fazer avan-ços públicos de reconciliação religiosa ao clérigo da santa Igreja católica, apostólica e romana! Entrada gloriosa na rica cidade-la do norte de Itália, ele fará cantar no dia seguinte um «Te Deum» na catedral para agradecer ao Céu a vitoria das forças ar-madas francesas a 14 de Junho, contra as forças austríacas, devastadas em Marengo. No dia seguinte, ele assinará a Concorda-ta restabelecendo a paz religiosa após oito anos de febre de sangue. No turbilhão, ele fará terminar a fachada da Catedral Duomo de Milão, para recompensar a cidade de ter sido o local de onde partiram os seus avan-ços sobre Roma. A Revolução Francesa e as suas tropas tinham antes nos habituado ao contrário, e mesmo em tempos da gui-lhotina e da repressão.

Os inícios promotores – Tudo tinha por-tanto bem começado entre os cristãos e os filhos de 1789. Até que eram por vezes os mesmos. Na primavera deste mesmo ano, não tínhamos inaugurado os Estados gerais com uma procissão do Santíssimo Sacramento? O Arcebispo de Paris, Dom Juigné, tinha presidido à procissão. E todos os deputados, e todos estes senhores de Mirabeau e de Robespierre – estes grandes inimigos de amanhã -, caminhavam docil-mente, com a sua vela na mão, junto dos grupos da Igreja católica.

Ser ou não ser católico? Pergunta ab-surda.

Desde a revogação do Edito de Nantes – e expulsão dos huguenotes -, ser fran-cês queria dizer precisamente ser católi-co. Não era necessário ser devoto, nem necessário apreender os transportes reli-giosos. Parece longe o século de Luís XIV, de Bossuet e de Pascal. Mas a realidade era tal: impensável de nascer, de crescer, de morrer fora da Igreja e dos seus sa-cramentos. Tanto que ela tem, desde há muitos séculos, os registos das paróquias,

antepassados do estado civil. Mesmo o grande Voltaire, com o espirito

esclarecido que foi, adversário da infâmia (Igreja), matador de intolerantes e supers-ticiosos (a religião revelada) …, fazia as suas Páscoas em Fernay quando eles se encontravam. Ele até construiu uma Capela privada e organizava campanhas de missas para repouso da sua alma. Piedade de fa-chada? Piedade publica…

Não, nem tudo ía assim tão mal. Assim testemunha essa característica de Senhor Antraigues, polémico monarquista desa-pontado: «foram estes sacerdotes que fizeram a revolução!» Provocação? Ob-servação! Isso é suficiente para lembrar estas duas imagens. Quando o 5 de Maio de 1789, os Estados Gerais se reuniram à volta do Rei na sala de Versailles, mais ou menos trezentos deputados de mil e duzen-tos, pertenciam ao clérigo. E se os quarenta e sete Bispos e os trinta e cinco sacerdotes são todos nobres, ou mais ao menos, os duzentos e oito outros são sacerdotes de paróquias, muitas delas rurais. Esta maio-ria de sacerdotes estará sempre do lado dos direitos do povo – contra os privilégios dos nobres (trezentos deputados). E é ao juntarem-se ao terceiro Estado (seiscentos deputados), a 19 de Junho, que o clérigo dá à Assembleia um carácter novo. Um dos grandes mestres deste golpe político foi um clérigo: Padre Emanuel Joseph Sieyès, vicário geral de Chartres. O homem vinha de publicar a brochura «O que é o terceiro Estado?». Com esta resposta que ficou cé-lebre: «Tous» = «Todos).

Segundo a imagem, um quadro desta vez; «O sermão dos jogos de palma», que está no museu Carnavalet, em Paris. A 20 de Junho, os deputados juram de não se separarem enquanto não derem uma cons-tituição ao país. O jovem pintor David, imor-taliza a cena e coloca o padre Sieyés e Dom Gerle em primeiro plano.

Assim, nesta primeira parte da revolu-ção, as principais reformas, religiosos e estado, são aprovadas pelos clérigos quan-do elas não são queridas por ele. Numa atmosfera inquieta dum grande medo e da tomada da Bastilha, os deputados votam a abolição dos privilégios. É a famosa noite do 4 de Agosto de 1789. Um regime feudal milenar que se afunda. Fim de direitos para estrelas, os dízimos; todos estes impostos do privilégio clerical. Fim das tarefas e ou-tros símbolos do privilégio senhorial. Dis-pensados de impostos até então, clérigos e

nobreza começaram a pagar impostos. Mas fim também a entrada de recursos que per-mitia à Igreja, entre outras, de ensinar e de tratar. A 26 de Agosto, o voto da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Cida-dão, se não entusiasma todos os clérigos, não mete ainda o folgo à pólvora.

Em Setembro, o clérigo vai mais longe e separa-se numa noite do tesouro das suas sacristias (cálices, vasos sagrados) por so-lidariedade com a divida publica. Só guar-dam o mínimo necessário para a prática do culto. Por fim, a 2 de Novembro, sob pro-posta do Monsenhor Bispo de Autum, Mon-senhor Talleyrand Périgord, todos os bens da Igreja são nacionalizados. A venda dos «bens nacionais», ou «bens negros» cor das sotanas, vai financiar o Estado revolu-cionário durante dez anos. Ora, esta secula-rização não chocará os franceses. De facto, a maioria dos bens apreendidos pertencem a abadias e aos mosteiros pouco povoados ou considerados «inúteis». E a tradição ga-licana da Igreja de França faz do Rei o mes-tre do bem das decisões religiosas. Luís XV tinha suprimido os Jesuítas. Luís XVI pode aprovar uma lei sobre os bens nacionais.

Mas, a primeira protuberância à harmo-nia clérigo-nação, o voto da lei não irá por si só. Fará falta duas semanas de debates – e não o entusiasmo de uma noite. Trezentos e oitenta e seis votos contra quinhentos e sessenta e oito exprimiram a sua recusa. Porquê? Em nome do espirito novo. Não se declarou a propriedade privada inviola-da? Se retiram estes meios à Igreja, como acompanhará ela a sua missão? A pensão concedida aos clérigos não é suficiente para pagar as despesas das igrejas e dos hospitais.

De toda a maneira, com Gerle, Sieyès, o abade Gregório ou Talleyrand, sonharam sempre com uma revolução esclarecida e serena. A 14 de Julho de 1790 e a festa da federação, junto à volta do Rei em breve constitucional todos os povos de França, deixam tudo na expectativa. O padre Baruel inventa a palavra «nacionalismo» pela oca-sião. Abraçam-se aos gritos de «Liberdade! Igualdade! Fraternidade!». Lafaiette faz aclamar Luís XVI. O Rei presta juramento à Constituição (ainda em gestação). E, à vol-ta da Assembleia e do Monarca, trezentos padres cingidos de tricolores acompanham Talleyrand que celebra oficialmente a euca-ristia. A religião é nacional. Não haverá cida-dãos ímpios, mais que da lei patife!

Continua… Hélder Gonçalves

Sê o que deves

Page 3: AVENÇA Preço avulso Paróquia de N.ª S.ª de Fátima

Página 3 PARÓQUIA NOVA Agosto/Setembro 2020

Pela Comunidade BOAS-VINDAS

Actividade Vicentina

(Continuação da 1ª página)

O Conselho Central dos Con-selhos Particulares de Viana, em número de três no cumprimento do espírito de S. Vicente de Paulo e do beato Frederico Ozanan tem cum-prido os seus deveres de amor ao próximo com o suor dos rostos dos seus membros, em tudo quanto podem. Metendo braços ao traba-lho, acompanhando com a oração segue as máximas de Jesus Cris-to de simplicidade, generosidade, afecto, proximidade, paciência e resiliência, entregam-se a ensinar a pescar, depois de assistir.

Só assim entendem que no po-bre descobrem o rosto de Deus e, por isso, dizia S. Vicente de Paulo: “ Não sei quem é mais carente: se o pobre que pede pão ou o rico que pede amor” e “Os pobres abrem-nos a porta para a eternidade”.

O vicentino que não se consome pelo pobre, os preferidos de Deus, está longe de seguir os inspirado-res, os exemplos de S. Vicente de Paulo, Beato Contado Bernini e o Beato Frederico Ozanan, esque-

cendo a pregação e de nobreza de gestos do Papa Francisco, do S. João Paulo II, outros santos e santas e as vozes, gestos e inter-venções dos nossos Bispos, leigos e padres dispersos por todo o mun-do. Deste modo, unidos no mesmo amor e fraternidade e apenas se exige que seja pessoa profunda-mente católica, sem deixar de ser laico, mas unido no mesmo amor, segundo Ozanan.

Já te lembraste que aquilo te so-bra, não é teu, mas do pobre?

Ora os Vicentinos do Conselho Central, segundo algumas que ti-veram a gentileza de responder ao C. C. serviram nestes tempos 877 famílias e 2051 utentes. Se todos mandassem, talvez os resultados seriam multiplicados. Os vicentinos em cada comunidade estão mais próximos daqueles que passam mal, passam fome e até conhecem com mais acuidade a razão da mi-séria. Procuram exaltá-los e a ter estímulo de vida para serem iguais aos outros.

Filantropia versus caridadeaos outros e não é cristã. É muito bom, mas é apenas um acto humanitário.

Nós temos de deixar a nossa marca própria. Quem faz hoje e sempre sem se cansar, e cami-nha no sentido do Bem, seguin-do uma Luz, uma Estrela que ilumina, tudo realiza em nome de Deus Pai.

Isso pode partir de um cora-

ção cheio de misericórdia, de bondade, amando a todos de-pois de Amar a Deus sobre to-das as coisas.

A Caridade é uma virtude teo-logal e Jesus Cristo fez dela o vínculo e fundamento dos que amam a Deus.

S. Paulo disse que a maior das virtudes é o Amor, (a Cari-dade).

Diz o Papa Francisco: “a Ca-ridade é sempre a via mestra do caminho da fé, da perfeição da fé. No entanto, é necessário que as obras de solidariedade que fazemos não nos distraiam do contacto com o Senhor”, na oração pessoal e comunitária. Um Amor assim, só um crente o pode entender…

Romaria S. João ArgaEsta era e foi, por aquilo que

conheço a romaria mais genuí-na de Portugal e a mais antiga do país. Pois já antes, gente do Neiva à Galiza iam lá em cumprimento pagão do rito da iniciação. Foi cristianizado pelo século VI quando os frades ben-editinos fundaram um cenóbio.

A lenda do aparecimento do S. João Baptista ficava numa enseada juntinha ao Ribeiro de S. João, onde as telhas eram deixadas no tempo dos nossos avoengos. Levou-me lá um vel-hinho dos muitos que me fala-vam disso.

Era a romaria da Montanha Santa, assim se ouvia chamar aos da esquerda do rio Lima e tinha-se de atravessar 7 serras para lá chegar.

Muitos que iam daqui, ao che-

(Continuação da 1ª página)gar à Chão do Guindeiro, ao ver o telhado da capela prometiam chegar lá de joelhos e era aí nesse sítio onde se ajoelhavam e de pedra em pedra lá se iam arrastando até chegar lá e dar três voltas à capela e rezar ao Santo.

Na década de 60 a Casa João Ponte, pelo filho de João Pon-te, ainda hoje vivo e chamado também João levou o primeiro gerador para lá, para iluminar o adro e o caminho na direcção do tanque da água vinda da Fonte dos Frades, abobada-da. Depois dele passou à casa Passos que já lá encontrei e deixei.

Hoje já tem iluminação da EDP muito mais eficaz e mais abrangente.

Segundo me dizem, pois por

motivos de saúde já lá não vou há mais de 20 anos, continua a ser uma romaria genuína, cheia de liberdade, paz, oração, rec-onciliação e a alegria como sempre é contagiante. Ninguém fica indiferente e se vai depres-sivo vem de lá aliviado. Um bom remédio para depressões: Se deixar contagiar pelo ambi-ente, tudo esquece e lá ficam todos os males de que S. João é defensor!...

Esta romaria devia ficar em primeiro lugar entre as 7 Mar-avilhas. No próximo Domingo, esteja atento e vote ligando para o 760207761.

Acabou por ir à final e ficar em quarto lugar em 7.

Em representação desta comu-nidade e como membro da Comis-são Fabriqueira da Paróquia de Nª. Srª. de Fátima, apresento uma saudação especial e fraterna de “Boas-Vindas” ao Diácono Paulo José Norberto Alves, que nos pró-ximos tempos, irá colaborar com o nosso Pároco – Padre Artur Cou-tinho.

Nascido em 1995 na freguesia da Correlhã, concelho de Ponte de Lima, aí fez o seu percurso es-colar e de catequese, revelando desde cedo notáveis capacidades pessoais, humanas e intelectuais. Mais tarde ingressou no Seminá-rio Diocesano terminando os seus estudos superiores no Seminário

Conciliar de Braga. Ordenado Diá-cono em 2019, fez o seu estágio nas Paróquias de Outeiro e Perre. Tem prevista a sua ordenação sa-cerdotal para o dia 8 de Novembro do presente ano, e a promessa do nosso Bispo, de ser nomeado Vi-gário Paroquial nesta paróquia.

Diácono Paulo Alves, temos por tradição receber com hospitalida-de todos quantos nos visitam, pelo que, neste caso, a essa hospita-lidade, vem juntar-se a profunda alegria e o intenso fervor de todos nós, pela forma simples, rápida e alegre, com que aceitou o convite em colaborar com a “nossa” Paró-quia.

Comungamos consigo um espírito de proximidade e de interação, que a Igreja deve ter para com os seus fieis, pois acreditamos ser uma marca profunda da herança cristã presente na cultura, no património e, acima de tudo, nos valores humanistas que determinam o nosso modo de ser e de estar. Acredite que, estes Fieis que o aco-lhem, fazem parte de uma comuni-dade livre e plural, cuja identidade se deve a múltiplos contributos, e que se rege pelos princípios da fé, da promoção da dignidade da pessoa humana, da justiça e da paz. Somos uma comunidade que desde a sua génese apostou fortemente numa “missão social”,

e que apesar de vários constran-gimentos, dificuldades logísticas, materiais e financeiras, tem esta-do sempre pronta a ajudar.

Diácono Paulo Alves, esta co-munidade enfrenta vários desa-fios, alguns dos quais de com-plexidade elevada, e apesar do momento de crise económica e social de dimensões globais que vivemos, esperamos que com a seu humanismo, juventude, e co-nhecimento, nos traga uma men-sagem de esperança e de fé para continuar, e que dentro do possí-vel se solidarize com esta comuni-dade por forma a que, todos juntos possamos chegar a bom porto em

várias vertentes: Pastoral, Social e Humana.

Nesse sentido, é com profundo regozijo e sentida emoção que, também em nome desta comuni-dade lhe digo: Seja bem-vindo!

Armando Sobreiro – 6 de Setembro.2020

Em dor No dia 26 de julho faleceu Joa-

quim Salvador de Castro. Casado com Maria de Fátima Carva-lho da Silva Castro. Era filho de Joaquim Salva-dor e de Maria de Lurdes Castro Gordinho.

No dia 26 de julho faleceu Ma-ria Assunção Martins de Almeida, viúva de Mário Dias de Carmo. Era filha de Joaquim de Almeida e de Maria do Carmo Martins Arezes.

No dia 28 de julho faleceu Ma-ria Rosa de Oliveira, casada com Manuel Fernandes Barbosa. Era filha de António da Silva Lopes e de Maria da Luz de Oliveira Cunha.

No dia 30 de agosto faleceu Júlio Baptista Soares Mesquita, casado com Maria Rosa da Costa Pi-menta. Era filho de Ma-nuel Soares de Mesquita e de Clotilde Ferreira Baptista.

No dia 3 de setembro faleceu Maria Fernanda Afon-so Baptista Gomes, casada com Joaquim Martins Gomes. Era filha de Arnaldo de Sousa Baptista e de Laurinda Afonso Pinto.

No dia 5 de setembro faleceu Maria Olímpia Lopes Baptista Alves. Era filha de Joaquim Bap-tista Alves e de Laura Augusta Lopes.

No dia 7 de setembro faleceu Francisco José Xa-vier Rodrigues, casa-do com Rosa Cândida Pires Rocha Carvalho. Filho de Francisco Go-mes Rodrigues e de Dionísia de Brito Sousa Xavier.

No dia 18 de setembro faleceu Armindo Manuel Ri-beiro Leite Braga. Era filho de Armindo Brandão Leite Braga e de Cecília Ribeiro da Costa Castanho leite Braga.

Moradores na Abelheira – Fo-ram convidados todos, em dois dias diferentes para uma reunião neste Domingo, às 18.00H. na Igreja da Sa-grada Família para tratar de assuntos importantes para o lugar. Na primeira reunião apareceu um e três na segun-da.

Festa da Senhora das Necessida-des – Realizou-se ao jeito da pande-mia, a CAPELA esteve aberta no Do-mingo anterior de tarde, na segunda de manhã até ao meio dia e no dia 8, terça-feira toda a tarde com missa às 21.00h prevista para para ser celebra-da ao ar livre, mas acabou por ser den-tro da capela, fora e dentro estariam cerca de 40 pessoas.

O NOSSO BISPO - Dispôs do bolo dos 50 Anos, mandando-o entregar inteiro para o servir no Refeitório So-cial. Um gesto profético, nobre e de pastor que se interessa pelos pobres.

Celebrou-se: a festa do Pai Nos-so e a festa do Perdão, caminhamos para a 1ª Comunhão

Inscreva-se na Escola de Música ou de Pintura – Tenha a idade que ti-

ver. Vai sempre a tempo de dar tempo à Vida.

Catequese - Inicia-se a 10 e 11 de outubro. Estão a ser preparados os espaços necessários que convêm, e para alguns grupos vamos utilizar a igreja, não podendo haver a oração do terço.

Reunião Geral de Pais das crian-ças e adolescentes da catequese, no dia 2 de outubro às 21.00H. na Igreja da Sagrada Família.

Se for possível: Primeira Comunhão – 27 setembro às 9H (Domingo), Festa das Bem-aventuranças - 4 outubro às 9H (Domingo). A Festa do Envio foi adiada.

A CÔNGRUA PAROQUIAL- É preciso reflectir na colaboração com a comunidade. No ano passado não chegou ao ordenado mínimo nacional

VOLUNTÁRIOS – Precisamos de voluntários para ajudar a lojinha social aberta a favor do Berço, catequistas e outros serviços. Se está reformado/a se pode dar algum trabalho de si a fa-vor da Comunidade, ofereça-se é gratificante.

Diácono Paulo José Norberto Alves

Page 4: AVENÇA Preço avulso Paróquia de N.ª S.ª de Fátima

Ano XXVIIINº 327/328

Agosto/Setembro 2020

PARÓQUIA NOVA Agosto/Setembro 2020 Página 4

O Rei Vai Nu - Haja tino srs. coor-denadores dos incêndios em Portu-gal (Proteção Civil, Comandante(s) dos Bombeiros ?!) - “Ai a vida Costa!”

No dia 15, depois de uma magra vindima ao final da manhã, terra natal - Lara, Monção, [até duvidei se ainda estaria no mesmo sítio no mapa de Portugal que estudei, podem fazer buscas...] sentado a almoçar, fui esclarecido, com fotos do dia anterior, sobre um incêndio que parecia mesmo nos pinhais próximos. Mas não, era ilusão de proximidade, tinha sido nas aldeias limítrofes:Lordelo e Boivão. Tinha andado um helicóptero e alguns “operacionais” [= bombeiros e seu apoio, em português] e o assunto estava resolvido. “Eis senão quan-do” começam a passar nas minhas barbas, nesta terra recôndita, em fila auto-tanques etc de Bombeiros. Ainda me ia levantar para aplaudir os de Monção, Melgaço, Coura, Valença, Caminha, Cerveira, Bar-ca, Arcos, P. Lima, Viana..., qual quê?! Desisti logo estupefacto! Vá-rios (contei pelo menos 3) de Sintra, Queluz...Sabem onde isso fica? Os kms, o tempo e o combustível gas-to para vir e regressar?! Por isso, de um fogacho nasce um grande incêndio. Será que os que referi, entre outros, do distrito, estariam para Sintra, Queluz, Oleiros, Cas-telo Branco?! É que agora com a coordenação nacional do 112 e os GPS a enganar o Zé, às vezes está-se a kms do local que se pretendia. Valha-nos Deus!..Não nos deitem areia - menos ainda fumo e fogo - para olhos. Insinuações várias não faço, até porque acho que quem es-tiver a ler estará a fazê-las...Assim é

governado o nosso País. Passamos do “estado de calamidade” para, o de “contingência”, ao assistirmos à “CALAMIDADE DO ESTADO”. Tempo atrás, nem nos deixavam ultrapassar o nosso concelho. Se-ria para não transportar o vírus ou para não ser testemunha destes desmandos?

José Correia Vilar

Catequese"Presidente da Comissão Epis-

copal responsável pela Educação Cristã pede prudência e capacida-de de adaptação

D. António Moiteiro destaca im-portância de envolver os pais na transmissão da fé.

Viseu, 12 set 2020 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episco-pal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) pediu hoje que os catequistas sejam prudentes e “não tenham muita pressa” no regresso das sessões presenciais com crianças e adolescentes.

“Deixemos que a escola inicie as suas atividades, as suas aulas, e nós começaremos em meados de outubro, finais de outubro, a nossa catequese, para vermos um pouco como se está a reagir à questão

da pandemia”, disse D. António Moiteiro à Agência ECCLESIA

O bispo de Aveiro destacou que há uma orientação fundamental para a organização dos espaços, “um grupo, uma sala”, pelo que se o grupo for grande, “é necessário dividi-lo”.

Se não houver espaços suficien-tes, o responsável católico convi-da os catequistas e comunidades católicas a “inventar outras formas de educar na fé”, com o envolvi-mento das famílias.

“O normal será a catequese pre-sencial, mas onde não for possí-vel, podemos alterar a catequese presencial com a celebração da Eucaristia, por exemplo. Devemos interessar os pais, para que na se-mana em que não há sessão pre-

sencial, sejam eles a fazer com os filhos uma síntese de fé”.

As orientações para o regresso da catequese seguem as normas que têm sido propostas pela DGS (distanciamento social, uso de máscara, higienização frequente das mãos), procurando criar espa-ços seguros.

“Não devemos ter medo, mas estarmos atentos. Não ter medo de avançar, mas sem nos deslei-xarmos na aplicação das normas e isto é fundamental”, apontou o bispo de Aveiro.

Para o presidente da CEECDF, o bom resultado do regresso das celebrações comunitárias da Mis-sa, desde o final de maio, “vai aju-dar também na catequese”.

CB/OC

Um de cada vez A Maria Fernanda Afonso Bap-

tista Gomes parece que chegou a fazer parte da Ação Católica, foi catequista e Ministra Extraordiná-ria da Comunhão, estou a sentir os utentes do Lar de Santa Teresa à espera da comunhão, à espera do seu sorriso, do seu gesto e de uma palavra alegre todos os domingos, das 10H.20M, ao meio dia. A Fer-nanda era filha de Arnaldo de Sou-sa Baptista e de Laurinda Afonso Pinto e os seus pais viveram na rua José Espregueira. Era casado com Joaquim Martins Gomes, de Vito-rino de Piães, ex-seminarista dos Passionistas. Mãe de Álvaro Bap-tista Gomes e avó dos jovens Ra-fael e Marta. Viveu nesta Paróquia e ela com a família foram sempre sensíveis aos problemas da Co-munidade. Assim o seu marido foi

encarregado do Coral desde 1979 e foi 37 anos seguidos ao Curso de Liturgia anual, em Fátima e à sua conta, desde a inscrição, à forma-ção, compra de material e estadia.Vinha de lá muito contente porque

queria pôr em prática coisas que tinha aprendido e corrigir.

A Fernanda era muito brincalho-na e pessoa de fácil relação com quem falava...

Nasceu em 1937 e faleceu em 2020.

Procurou, na doença “caminhar com serenidade”, ao ver que não ti-nha solução a não ser um milagre, e acompanhada pelo afeto do seu marido, filho, nora e netos, veio se-renamente a expirar.

Nesta altura estará junto de Deus, pois o nosso Deus é de in-finita Misericórdia e Bondade, as suas fragilidades foram perdoadas e, tendo passado alguns meses de purgatório, foi recebida e com-pensada com a felicidade eterna, e completamente desprendida das coisas da terra.

«Lembra-te do teu fim e deixa de ter ódio», a lição da Bíblia que o Papa re-petiu

Set 13, 2020 - 11:59Francisco refletiu sobre importância

de perdoar sempre, sem guardar rancorCidade do Vaticano, 13 set 2020

(Ecclesia) – O Papa disse hoje no Va-ticano que os católicos devem perdoar sempre, sem guardar rancor, seguindo o ensinamento de Jesus, admitindo que “não é fácil” colocar em prática esta in-tenção.

“Lembra-te do teu fim e deixa de ter ódio”, apelou Francisco, citando uma passagem do livro bíblico de Ben-Sirá.

Falando aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do ângelus, o pontífice des-tacou que o perdão não é apenas algo “momentâneo”, mas uma atitude contí-nua, “contra este rancor, este ódio que regressa” como uma “mosca inoportuna no verão”.

“Não podemos esperar o perdão de Deus para nós mesmos se não conce-dermos o perdão ao nosso próximo. É uma condição. Pensa no fim, no perdão de Deus, e deixa de ter ódio”, declarou.

A intervenção partiu da passagem do Evangelho que é lido hoje nas celebra-ções eucarísticas em todo o mundo, a “parábola do rei misericordioso”, que perdoa uma dívida, mas vê o perdoado agir de forma contrária com um compa-nheiro.

“Na atitude divina, a justiça é permea-da pela misericórdia, enquanto a atitude humana se limita à justiça”, indicou.

Jesus exorta-nos a abrirmo-nos com coragem ao poder do perdão, porque nem tudo na vida se resolve com justiça. Sabemos bem disso”.

O Papa convidou a fazer do perdão e da misericórdia um “estilo de vida”, que pode evitar sofrimentos e guerras, “tam-bém nas famílias”.

“Quantas famílias desunidas, que não se sabem perdoar”, lamentou.

“É necessário aplicar o amor miseri-cordioso a todas as relações humanas: entre cônjuges, entre pais e filhos, nas nossas comunidades, na Igreja, e tam-bém na sociedade e na política”, acres-centou.

No final do encontro de oração, Fran-cisco saudou vários grupos presentes, incluindo uma peregrinação de ciclistas com doença de Parkinson. OC

A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, enquanto subdivisão territorial da diocese de Viana do Castelo, abrange todo o sector oriental da cidade de Viana do Castelo, que vai do Carmo à Abe-lheira, e acolhe diariamente as ne-cessidades materiais e espirituais deste vasto e heterogéneo núcleo populacional.

Uma Paróquia não se define apenas como unidade territorial ou eclesiástica, mas essencial-mente como uma comunidade de pessoas, que se apoiam mutua-mente, de acordo com as suas possibilidades e valências (exem-plo disso os nossos voluntários, que diariamente prescindem de algum do seu tempo para apoio às atividades sociocaritativas, forma-tivas e litúrgicas). Sem eles não conseguíamos satisfazer todas as necessidades.

O contributo paroquial, também designado de côngrua, é uma contribuição anual dos paroquia-nos para as despesas do regular funcionamento da Paróquia de modo a cobrir, nomeadamente, as seguintes necessidades:

·Conservação e manutenção corrente das duas igrejas e equi-pamentos anexos, bem como obras de maior fôlego que o tempo e desgaste de estruturas e mate-riais vão exigindo;

·Cartório e Serviços com as ine-

rentes exigências de mobiliário, equipamentos e material de se-cretaria, água, luz, comunicações, informática…, quer para apoio às actividades de catequese, culto e sacramentos, quer para o normal serviço de expediente e correio;

·Produtos e bens atinentes à especificidade do culto e celebra-ções litúrgicas: cera, flores, guisa-mentos, entre outros;

·Seguros e sistemas de segu-rança, designadamente para pro-tecção da arte-sacra e prevenção de incêndios;

·Vire por favorSalários e encargos sociais com

sacerdotes, sem outra actividade permanente a não ser o cuidar dos paroquianos, e um sacristão, de que por falta de meios a Paróquia não dispõe, aos quais se deve pro-porcionar meios de subsistência adequados à dignidade e exigên-cia das funções desempenhadas. De salientar que, actualmente, estão dois clérigos adstritos a esta Paróquia.

·Acções de caridade: alimenta-ção, roupas e apoio a necessida-des básicas de pessoas carencia-das;

· Formação. A SATISFA-ÇÃO DESTES ENCARGOS É ESSENCIAL PARA O BOM FUN-CIONAMENTO DA PARÓQUIA E PARA A BOA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE, O

QUE SÓ É POSSÍVEL COM UM MAIOR ESFORÇO DE TODOS.

A CÔNGURA RECOLHIDA EM 2019 NÃO CHEGARIA PARA UM ORDENADO MÍNIMO NACIONAL A PAGAR A UM SACRISTÃO.

As primitivas comunidades cris-tãs caracterizavam-se pela parti-lha. “A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma. Ninguém chama-va seu ao que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum” (Actos 4,32).

Recuperando o espírito dos primeiros cristãos, esperamos que cada um possa contribuir de acordo com a sua consciência e possibilidades. Só Deus conhece verdadeiramente o valor real de cada oferta.

Junto com esta mensagem, en-viamos uma ficha da família, que poderá ser entregue no Cartó-rio Paroquial, na igreja de Nossa Senhora de Fátima, no Largo das Carmelitas. A inscrição na Paró-quia é fundamental para quais-quer atos que envolvam emissão de documentos ou outros servi-ços. No ato de entrega, poderão fazer o vosso contributo anual.

Contamos convosco!Um abraço do vosso Pároco e

do diácono que será ordenado em Novembro passando também a ser o novo Vigário Paroquial.

Pe. Artur Coutinho

O Contributo Paroquial

TIRAGEM: 1 000 exemplares

Editor - Fábrica Igreja Paróquia de Nª Srª FátimaRua da Bandeira s/n4900-528 Viana do CasteloCont. nº 501 171 762

PROPRIEDADE E EDITOR:Fábrica da Igreja Paroquialde N.ª Sr.ª de FátimaRua da Bandeira, 635Apartado 5054900-528 Viana do CasteloTel. 258 823 029 - 258 824 722

REDACÇÃO:Salvador Peixoto, Teresa Maciel,Artur Belo e Ilda Carvalho.

DIRECTOR :Artur Coutinho

ASSINATURA: 7,50 € (Amigo)PREÇO AVULSO: 0,70 €

IMPRESSÃO:Gráfica Casa dos Rapazes e Oficinas de S. JoséRua de Stº António s/n4900-492 Viana do Castelo

PARÓQUIA NOVA

C. ADMINISTRATIVO:Albino Ramalho, Armando Sobreiro, José Carlos Loureiro, José Cambão.

Agência Ecclesia

[email protected]

Isento de Registo ao abrigo do artigo regulamentar 8/99 de 9/06, alínea a) do nº 1, artº 12

Os Incêndios

Vaticano

• Uso obrigatório da máscara DURANTE TODA A MISSA ATÉ SAIR DA IGREJA. • Ao entrar na Igreja deve desinfetar as mãos. • Sente-se nos bancos que estão mar-cados.• Mantenha o distanciamento social.• A Paróquia também cumprirá as re-gras de arejamento e desinfeção dos bancos e chão da Igreja.• O Sacerdote e o Ministro da Comunhão só darão a comunhão depois da desinfe-ção das mãos, que SERÁ DADA APE-NAS NAS MÃOS, E NÃO NA BOCA.• Na altura da comungar tirarão a más-cara, colocando-a logo de seguida.• O ofertório é feito à saída. • A Luz Dominical está à saída pegue nela..

Regras em missas

presenciais