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# SOCIAL / # BAURUEMNÚMEROS / # NEGÓCIOS / # COMPORTAMENTO / # COLUNAS SETEMBRO 2015 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA #29 Informação de A a Z A CULPA É DAS ESTRELAS Amigo íntimo dos astros, JOÃOBIDU trocou o rádio pelo mundo das revistas e hoje tem a terceira maior editora do Brasil Doação de órgãos é um ato de amor que pode salvar muitas vidas TRANSPLANTES Prédio histórico, Estação Ferroviária ganha vida com atividades culturais OCUPAÇÃO O homem pode ser original e sedutor na hora de se vestir ESTILOSOS Az! lança campanha para promover o debate de novas ideias em Bauru e região REFLEXÃO E INFORMAÇÃO!

Az! #29

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Hoje, é possível absorver informações durante 24 horas. Literalmente. Não é um exagero. Do acordar ao dormir, temos disponível em diversas plataformas, gratuitas, acesso a notícias, livros, diversão... Mesmo quando você pensa que não está tendo informação nenhuma, é só olhar para o lado e, pronto, você leu alguma coisa importante em placas, ou outros meios. Porém, vale sempre uma pergunta: apenas ter acesso a essas informações é o suficiente? O quanto desse conteúdo está agregando utilidades à sua vida? Você tem pensado no que tem lido? É justamente esse o mote principal da Az! deste mês: VC: pensa. É o início de uma arrojada campanha publicitária para trazer produção de conteúdo e informações cada vez mais aprofundadas para os nossos leitores. Teremos outros temas, todos importantes, mas começar com o VC: pensa mostra como o raciocínio, o estudo dos casos, a saída da superficialidade dos assuntos é importantíssima. Leia já!

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#SOC IAL / #BAURUEMNÚMEROS / #NEGÓCIOS / #COMPORTAMENTO / #COLUNAS

SETEMBRO 2015D I S T R I B U I Ç Ã O

G R AT U I TA

#29

I n f o r m a ç ã o d e A a Z

A CULPA É DAS

ESTRELAS Amigo íntimo dos astros,JOÃOBIDU trocou o rádiopelo mundo das revistas ehoje tem a terceira maioreditora do Brasil

Doação de órgãos é um ato de amor que pode salvar muitas vidas

TRANSPLANTES

Prédio histórico, Estação Ferroviária ganha vida com atividades culturais

OCUPAÇÃO

O homem pode ser original e sedutor nahora de se vestir

ESTILOSOS

Az! lança campanha para promover o debate de novas ideias em Bauru e região

REFLEXÃO E INFORMAÇÃO!

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VC:PENSA

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VC:CRIA

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4 R E V I S TA A Z ! | S E T E M B R O 2 0 1 5

com

unic

ação

Informação de A a Z.Acesse azbauru.com.br/vcpensa e descubra.

Informação é a diferença entre onde você está e onde você quer chegar.

VC:OPINA

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5A Z B A U R U . C O M . B R

OCUPA A ESTAÇÃO!Prédio histórico no centro de Bauru ganha vida novamente com muito movimento e cultura

ATO DE AMORTransplantes podem salvar pessoas. Veja histórias emocionantes e saiba que a doação de órgão pode ser em vida

LITERATURAConheça Carlos Drummond de An-drade, um dos maiores poetas da língua portuguesa

NAS RUASAz! traz locais para você praticar es-porte sem gastar e, de quebra, ficar mais em forma

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42 SOCIALBauru teve muita agitação com a Expo 2015, festa da Acib e também com os 50 anos da Apae

AUDI EM BAURUMarca de carros famosa no mundo todo por sua qualidade chega a Bauru com investimento em nova loja

3D SALVA VIDAImpressora em três dimensões é usada para confeccionar pedaço de crânio para garoto de Botucatu

PERIGO!Ter o animalzinho envenenado é desesperador. Veja como agir ness-es casos e salvar seu melhor amigo

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#ÍNDICE

VAMOS PENSAR!Em tempos de informação a toda hora, em muitas plataformas e em qualquer lugar, Az! inicia campa-nha para estímulo do raciocínio, do aprendizado,

da leitura e do empreendedorismo

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BIDU É DOS ASTROSAstrólogo conhecido no mundo todo, João Carlos de Almeida, o JOÃOBIDU, fala sobre sua vida e revela planos futuros para terceira maior

editora do Brasil

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#EDITORIAL

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Revista Az! | ano 05 / número 29

Diretor Geral: Rodrigo Chiquito

Jornalista responsável: Bruno Mestrinelli

Direção de Arte e Design: Leila Antonelli

Logística/Finanças: C&D Soluções

Comercial: Carlos Henrique Santos Silva

Conselho Editorial: Bruno Mestrinelli

e Rodrigo Chiquito

Fotografia: Cristiano Zanardi e Amanda Rocha

Jornalistas: Fernanda Villas Bôas, Bruno

Mestrinelli, Amanda Rocha, Daiany Ferreira

e Sara Souza

AzTV por muvfilms.com.br

IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Grafilar

TIRAGEM: 10.000 exemplares

* As colunas assinadas não representam a opinião desta revista. Ela está expressa exclusivamente no editorial

Az! é uma publicação da Publici On&Off ComunicaçãoR. Bartolomeu de Gusmão, 10-72 - Jd. América Bauru/SP - F.: 14 3879 0348

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youtube.com/azbauru

14 3879 [email protected]

PENSE

Hoje, é possível ab-sorver informações durante 24 horas. Literalmente. Não é

um exagero. Do acordar ao dor-mir, temos disponível em diversas plataformas, gratuitas, acesso a notícias, livros, diversão... Mesmo quando você pensa que não está tendo informação nenhuma, é só olhar para o lado e, pronto, você leu alguma coisa importante em placas, ou outros meios.

Porém, vale sempre uma per-gunta: apenas ter acesso a essas in-formações é o suficiente? O quan-to desse conteúdo está agregando utilidades à sua vida? Você tem pensado no que tem lido?

É justamente esse o mote prin-cipal da Az! deste mês: VC: pensa. É o início de uma arrojada campa-nha publicitária para trazer pro-dução de conteúdo e informações cada vez mais aprofundadas para

os nossos leitores. Teremos outros temas, todos importantes, mas começar com o VC: pensa mostra como o raciocínio, o estudo dos ca-sos, a saída da superficialidade dos assuntos é importantíssima.

Hoje, discutir política é fácil. É só abrir o Facebook e pronto. Já estamos conectados ao mundo e podendo interagir, falar bem, fa-lar mal, analisar. Mas, na práti-ca, qual o acesso ao pensamento dentro dessa conexão? Daí, a im-portância de um aprofundamento nos assuntos. E é isso que sempre queremos. Jornalismo de qualida-de, para reflexão.

Nesta edição, também temos im-portantes materiais sobre o dia a dia de nossa região. Uma matéria especial sobre transplantes e o ato da solidariedade para salvar vidas. A Az! deste mês tem também di-versão, moda, colunas, literatura... Conteúdo de A a Z para você!

Boa leitura!

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#INBOX

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#INBOX

Eu adorei a revista! Evidenciando cada pon-tinho de Bauru de um jeito muuuito legal !As fotos então nem se falaE a capa, eu fiquei apaixonadaParabéns Az!

Laura Fernandes de Miravia WhatsApp

A Revista Az! possui conteúdo de relevância para velhos e, assim como eu, novos mora-dores de Bauru e região. De pontualidades históricas a entretenimento, a publicação se destaca pela leveza informativa. Sua dia-gramação ágil e chamativa nos faz “devorar” cada página. Estou ansioso para receber a próxima edição.

Thiago de Lima Esteffanatovia WhatsApp

Amei a revista todo o conteúdo de muito bom gosto e qualidade!!!

Tatiana Bortonevia WhatsApp

Fiquei impressionado com a qualidade. Desde o papel, o cuidado com grafia, as ótimas reportagens. “Machado de dois gumes e o faroeste bauruense” foi minha preferida. Até a publicidade me impres-sionou pelo profissionalismo. Foi bom tomar conhecimento de alguns anunci-antes, pois moro em Bauru há 5 anos e não conhecia alguns. Muito sucesso

Marcio Antonio Boninivia WhatsApp

A Revista AZ! é uma referência para a cidade de Bauru! Um veículo de informação com conteúdo e qualidade gráfica excelente, que vem divulgar tudo o que temos de melhor em nossa cidade, mas também todos os problemas que aparecem e precisam ser re-solvidos! Atual, inteligente, objetiva, inovado-ra e dinâmica! Afinal, estar no mercado há 5 anos é só para quem tem profissionalismo e competência!!!

Ana Silene Perlatti Minguete Goulartvia WhatsApp

O LEITOR ÉQUEM MANDA!

Az! traz opiniões dos leitores sobre a revista e o nosso conteúdo. E você? O que pensa da Az!? Fale com a gente, e mês que vem saia na revista!

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9A Z B A U R U . C O M . B R

Adorei receber a Revista Az!. Está muito bo- nita! Vou esperar ansiosa pela próxima edição

Evanice Zolezzivia WhatsApp

Eu adorei a primeira edição que recebi, é uma revista dinâmica e informativa. Dá gosto de ler... Obrigada mesmo e parabéns pelo belo trabalho!

Jerlayne dos Santosvia WhatsApp

Sinto muito feliz e com muita satisfação recebo a revista Az!, uma revista repleta de informações importantes, entrevistas bem elaboradas e com conteúdo cultural e de utilidade pública

Antonio Marcos dos Santosvia WhatsApp

CONTATO E você, o que acha sobre aRevista Az!? Sua opinião é

muito importante para nós! Envie seu depoimento por

e-mail: [email protected], WhatsApp: +55 14 99141-5258

ou por meio de nossa página noFacebook: fb.com/AZBauru.

Eu sempre falo para todos que a Az! em Bau-ru é um respiro, esforçando-se pra trazer conteúdo de qualidade, acessível e que nem sempre tem espaço. Além de valorizar nossa cidade, pra gente que estuda comunicação, é bom ver o sucesso de um veículo que trate de coisas boas e felizes, que tenha texto de qualidade e conteúdo alinhado com as ne-cessidades do seu público. A Az! é nota 10 porque Bauru é nota 10!

Adham Fillipe Marinvia WhatsApp

Estou muito feliz em receber a revista. E gos-taria de parabenizá-los pelo exemplar deste mês . A revista esta linda!

Aparecida Idalina C. Rovervia WhatsApp

Adorei a qualidade de um modo geral... Ma-terias abordadas são bem variadas. Real-mente são diversificadasA parte que me entreteu mais foi sobre a his-toria do inicio da Bauru que tem relação com a minha cidade de Agudos.Gostaria muito que desse maisespaço pra história que não conhecemos.Parabéns.

Leandro Cícero de Paulavia WhatsApp

Parabenizo pelo conteúdo que nada deve a outras revistas de grande circulação.

Flávio Silva Ribeirovia WhatsApp

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#COMPORTAMENTO

Hoje em dia, a informação está disponível de maneira  tão  rápida, barata e disseminada, que o problema a ser questionado não tra-ta-se do excesso de notícias que temos em mãos. Mas, sim, a sua sobrecarga que, por

muitas vezes, traz um desentendimento, uma reflexão efê-mera sem formação de ideias. Isso provoca aprendizado raso, comunicação falha e pouca instrução.

Encontramos informações para todos os lados, sejam elas em uma  propagandas de  outdoor, nos  veículos  de comunicação, no celular, enquanto esperamos na fila do banco, na internet... E, como resultado dessa “explosão” de conteúdos surge a necessidade de saber filtrar e sepa-

Numa era na qual a informação está tão massificada, quais são os riscos de nos tornarmos menos pensantes? Az! lança campanha para incentivar a leitura, a construção de ideias e a reflexão

rar aquilo que é real daquilo que queremos que seja ver-dade, afinal, vivemos em um tempo de informação ou de desinformação? Talvez será que essa diluição de valores possa responder o porquê a maioria das pessoas buscam encontrar a fama em vez de encontrar a solução para a crise econômica do país, por exemplo.

A Az! lança neste mês uma campanha para trazer ideias, leitura e, principalmente, a reflexão do leitor a respeito de di-versos assuntos. O primeiro tema é o VC: Pensa.

Professor de filosofia desde 1997 e há três anos à frente da coordenação do curso de filosofia na Universidade Sagrado Coração (USC) de Bauru, o professor Antônio Carlos Arru-da vê de outra maneira essa sociedade pós moderna.

Texto Daiany Ferreira Fotos Cristiano Zanardi

VOCÊ PENSA?

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11A Z B A U R U . C O M . B R

“Eu acho que vivemos a era da descon-textualização de um sujeito pensante. As pessoas têm pressa para obter  informa-ção e por não terem mais tempo a própria modernidade permite disseminar conte-údos sem a necessidade de deixar aguçar a curiosidade, ou seja, é bem mais fácil acreditar naquilo que está sendo propos-to do que questionar”, explica o professor, refletindo sobre a diferença entre  infor-mação e conhecimento. “Não necessaria-mente o indivíduo bem informado signi-fica ser um indivíduo conhecedor.   Para mim, informação é acesso e conhecimen-to é elaborar, pensar, compreender a  in-formação...”, pondera.

O principal conceito da filosofia  con-siste no  “amor à sabedoria” e por isso alguns fundamentos do  sociólogo po-lonês Zygmunt Bauman são  estudados pela categoria até hoje.  “Em um mundo interligado onde tudo é para ontem, ten-demos a caminhar para a superficialida-de. O  indivíduo  não finca seus pés em nada, tudo é válido desde que ele tenha acesso à informação  e não é bem as-sim. Um sujeito bem informado não sig-nifica que ele se informe bem”, concluiu Antônio Carlos. 

Sinuhe, professor há 28 anos

Antônio Carlos Arruda: pressa para obter informação atrapalha

A BASE É A EDUCAÇÃO?Quando falamos de receber uma enxur-

rada de informações, o  discernimento  é um fator  importantíssimo para que  fique-mos  livres de tanta superficialidade que determinado conteúdo pode trazer. Isso im-plica na capacidade da pessoa saber  julgar as coisas, clara e sensatamente, até porque, todos somos capazes de analisar, julgar e decidir e, a partir deste ponto, a educação entra com  um papel fundamental na for-mação de cada cidadão.  

Com 28 anos de experiência em salas de aula, o  Professor de Língua Portuguesa e Gramática, Sinuhe Preto, sabe bem quando o assunto é educar para formar.  

“Os livros mudam as pessoas e as pessoas mudam o mundo! Já dizia Monteiro Loba-to: ‘Um país se faz com homens e livros.’ Os livros deveriam ser mais acessíveis à po-pulação, mais distribuídos gratuitamen-te, mais presentes por todo tipo de even-to.  Todo e qualquer tipo de informação é bem-vinda, no entanto, aquela que forma, que faz pensar, refletir, muda o cidadão, ele passa a exercer sua consciência e votar corretamente, exigir escolas decentes, es-colher programas de comunicação que lhe tragam a educação e não somente a diver-são”, avalia Sinuhe. 

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#COMPORTAMENTO

Marcelo Bueno organiza evento para blogueiros

Não é muito difícil  imaginar a lógica por trás da frase citada por um dos mais influentes escritores brasileiros.  Uma educação que forme jovens cidadãos, é fundamental para qualquer nação que busque    melhor qualidade de vida. E talvez até seja o pensamento da gran-de maioria da população que, apesar de alguns programas de incentivo à  edu-cação do Governo Federal,  infelizmen-te, ainda vê o desenvolvimento educa-cional público a passos lentos. 

A superlotação das classes, um possí-vel fechamentos das salas de aulas no período noturno, a iminência da im-plantação do novos planos do ensino médio em 2016 por parte do Governo Estadual também preocupam...

“As escolas públicas incentivam de maneira muito parcial  e vejo que isso se  intensifica ainda mais a partir do ensino médio,  porque  é a partir deste momento  que o aluno  preci-sa de um direcionamento,  aprender

a  pensar  e fazer uma leitura de si mesmo e do mundo”, cita o profes-sor de filosofia, fazendo seu papel de cidadão. “O que espero do governo é uma revolução  na educação  inves-tindo tanto no aluno quanto no pro-fessor,  porque  eles estão desestimu-lados e não é só por questão salarial... Como  fazer leitores pensantes, leito-res criativos, formar futuros profissio-nais e cidadãos éticos se falta políticas públicas?”, indaga.

Já para o professor  Sinuhe,  as causas de uma educação falha par-tem de ambos os lados. “A própria população como um todo não se en-volve plenamente  com a educação. O governo tem uma parcela enorme de culpa, mas cabe a quem está na educação também a árdua missão de informar e formar seres cons-cientes e consequentes cidadãos de melhor discernimento entre o bem e o mal”, observa.

ERA DIGITALOlhando para a geração atual sempre

conectada em seus tablets, celulares, vi-deogames, redes sociais... Por um outro lado o  excesso de informação também pode ser benéfico. Afinal, dispor de muita informação nos permite enxergar “fora da caixa”, ter novas ideias, novos horizon-tes, contemplam-se novidades e opções.  

O mundo virtual é muito ágil e rápido. Essa agilidade, combinada ao dinamis-mo,  torna a  internet o meio de comu-nicação mais eficiente da atualidade. A era digital difundiu uma nova forma de comunicar-se, de levar conhecimento a inúmeros pontos antes nunca mensura-dos ou conhecidos. 

E como toda revolução traz suas consequências a tecnologia trouxe essa massificação propagada ao boom da in-formação superficial. A partir daí, surge então, o fato de saber  utilizar a ferra-menta a favor do conhecimento. E sai-ba que é possível! 

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13A Z B A U R U . C O M . B R

A PUBLICIDADE COMO FORMA DE PENSAR:

Procurar uma solução para a comunicação de um produ-

to/serviço parece uma tarefa fácil, mas não é, tem muitas coi-

sas envolvidas, desde a identidade visual até a elaboração da

peça publicitária. Por isso é muito importante sempre procu-

rar uma empresa ou profissionais qualificados, pois só eles

são capazes de fazer uma análise mais aprofundada, e assim

encontrar uma linguagem mais eficaz para despertar  o in-

teresse e o consumo. – Edgard Nishimura, Agência Lothus

Assim como para qualquer processo de comunicação, a re-

flexão é como atingirmos o principio básico da conclusão do

ciclo entre o emissor - mensagem e o receptor. Fazer a pes-

soa pensar em sua mensagem ou conteúdo na correria do dia

a dia, é um esforço e um objetivo muito grande em torno des-

se processo. Como agência de publicidade e propaganda, ser

assertivo nesse processo é nosso objetivo sempre. E quando

acertamos isso é muito prazeroso, pois não é fácil sintetizar

ideias com conteúdo. – Rodrigo Rondon, Agência Pão Criação

O ritmo da profissão Publicidade tende a mantê-lo em um esta-

do mental de extroversão. É sempre muita informação chegando,

muita conversa entre os profissionais, muita reunião com clien-

te, com parceiros, muito WhatsApp, Skype... muito tudo. Estamos

sempre no limiar do excesso, mas encaramos isso como um efeito

colateral inerente à profissão que escolhemos (ou que nos esco-

lheu). Para quem trabalha diretamente com Criação Publicitária e

deseja fugir da superficialidade criativa, é saudável cultivar certos

níveis de introspecção, para fazer frente à extroversão típica da

profissão. Se você naturalmente tem essa facilidade para mergu-

lhar em si mesmo no  meio do expediente, a tendência, ao meu

ver, é você responder com mais profundidade aos desafios cria-

tivos propostos. Para mim, é muito importante eu ficar um tempo

ensimesmado, depois de conversar com muita gente e receber a

avalanche de informações sobre uma campanha a ser criada, por

exemplo. Faço questão de receber todas as informações possíveis

sobre o cliente, sobre o trabalho, sobre os desafios da campanha

etc.  Mas depois disso (ou durante a leitura e estudo do briefing),

sinto uma necessidade visceral de ficar offline ou de fazer algo que

contrarie toda a agenda prevista para o dia. É como dar um tempo

para digestão ocorrer. Assim eu crio o meu espaço mental para po-

der pensar, criar. É nesse momento que aquilo tudo que eu captei

do exterior se plasma com as experiências que se acumularam na

minha mente, e criam algum sentido novo. – Marcelo Gonçalves

Miguel, Agência Aero

Rodrigo Rondon: fazer pensar é desafio

Bauru recebe desde 2012 um dos maiores encontros de internet do interior de São Paulo, que recebe estudantes e blogueiros, trazendo debates sobre informação na grande rede.

“Quando surgiu a ideia da primeira edição do Blogando, minha parceira Simone Bazotti e eu desejávamos compartilhar conhecimento virtual com outras pessoas, porque acredita-mos até hoje que se o mercado de trabalho tiver conhecimento sobre a área de  mídias  so-ciais,  a importância da  comunicação,  a  pro-dução de conteúdo, enfim,   o mercado todo melhora”, explica um dos organizadores do evento, o jornalista Marcelo Bueno, ao de-fender o uso da ferramenta. “O simples fato de termos acesso às informações já é muito bom e a internet tem um papel fundamental de fazer essa disseminação do conhecimen-to e do saber, cabendo a nós filtrá-la e conhe-cer  a veracidade da  fonte  para não cair na superficialidade”, completou.

Note que, até aqui, a preocupação tem sido o consumidor da informação e sua importância de buscar conhecimento, mas quanto ao produ-tor da informação? Qual seria seu papel quanto propagador de conteúdos? A Az! vem marcan-do há 5 anos a vida da comunidade com publi-cações informativas, oferecendo cultura e qua-lidade, mesmo porque, compartilhar valores é o que rege nossa história com o leitor..., mas isso é assunto para uma próxima edição.

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14

#ENTRETENIMENTO

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Ele é considerado um dos mais importantes poetas da língua portuguesa. Inspirou gerações e ajudou a difundir a crônica como gênero literário no Brasil

Texto Fernanda Villas BôasImagem Reprodução/Internet

PARA LER 10 MOTIVOS CARLOS DRUMMOND

A PARTIR DE HOJE

Carlos Drummond de Andrade morreu no dia 17 de agosto de 1987, 12 dias depois da morte de sua única filha, Maria Julieta, que sofria de câncer. Os dois eram bastante ligados e há quem acredite que a perda da filha foi um baque emocional insu-portável para o poeta. Ele tinha 85 anos e faleceu em decorrência de insuficiência respiratória pro-vocada por problemas cardíacos. Uma curiosidade: meses antes do seu falecimen-to, Drummond foi homenageado pela escola de samba Estação Primeira de Mangueira no Rio. A escola apresentou o enredo “No Reino das Pala-vras”, dedicado à obra de Drummond, e venceu o Carnaval de 1987. Inéditos - Por falar em obra de Drummond, alguns de seus poemas permanecem inéditos. O motivo: embora tenha sido casado por 62 anos com Dolo-res de Morais, mãe de Maria Julieta, o poeta tam-bém teve uma namorada por mais de 30 anos, a bibliotecária Lygia Fernandes, a quem confiou três livros de poesias, além de manuscritos de “Lição de Coisas” (lançado em 1962) e “Boitempo” (lan-çado em 1968). Lygia morreu em 2003 e sua famí-lia optou pela não publicação do material.

CAUSA MORTIS: AMOR?

Poeta morreu 12 dias depois dofalecimento da única filha

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15A Z B A U R U . C O M . B R

1Mesmo quem nunca tenha lido Drummond, conhece o poema da pedra: “No meio do caminho tinha uma pedra/tinha

uma pedra no meio do caminho”. O mineiro Carlos Drummond de Andrade, nascido em 1902, fez muito mais do que o

famoso poema modernista brasileiro: ele foi um escritor superlativo, que publicou mais de 50 livros de poesias, contos

e crônicas.

2Aliás, Drummond oferece essa facilidade para o leitor: quem prefere poesias, encontra um arsenal generoso.

Quem gosta de contos, descobre um escritor afiado, que adora falar pelas entrelinhas, ora com humor, ora

com lirismo. Os que não resistem aos temas contemporâneos podem se entregar ao Drummond cronista (de-

talhe: ele também foi jornalista!).

3Ele é considerado, por sinal, um dos principais responsáveis pela consagração da crônica como gênero literário no Brasil.

Drummond foi cronista de importantes jornais brasileiros. E, em todos eles, fazia o que mais sabia: observava a realidade

e a transformava em literatura de alta qualidade. Era um prosador da vida urbana – vida confusa, caótica, mas sempre

aberta à possibilidade do encontro.

4Se você não é um leitor habitual, pode experimentar o Drummond de “Contos Plausíveis” (Editora Record). É uma anto-

logia lançada em 2002, por ocasião dos 100 anos de nascimento do autor. São contos engraçados, absurdos, líricos, que

tratam de relações íntimas, desejos inconfessos, críticas sugeridas, uma verdadeira cruzada em busca do sonho e da vida

reinventada, como bem recomendou Cecília Meireles (é dela essa frase: “A vida só é possível reinventada”).

5Repare na criatividade radioativa de Drummond: em “Contos Plausíveis”, há o moço que vira pombo; espelhos falantes;

baleias que telefonam para o ministério da pesca; o homem de duas sombras; o extraterrestre que se casa com a filha do

prefeito; a mulher de mil rostos; e ainda o dia em que choveu leite. Drummond não perde sua bússola de poeta, mesmo

quando pratica prosa. Por isso, é tão irresistível.

6O Drummond poeta também é sedutor para os amantes da boa literatura. Algumas de suas poesias são consideradas as melho-

res já publicadas em língua portuguesa. Um dos poemas mais conhecidos se chama “Os Ombros Suportam o Mundo”: “Chegou

um tempo em que não adianta morrer/Chegou um tempo em que a vida é uma ordem”. Essa poesia tem uma pegada existen-

cialista, ou seja, discute a angústia humana e a necessidade de construção de sentidos num mundo tão confuso como o nosso.

7Drummond traçou uma rota para quem deseja conhecer melhor suas poesias. Lançado em 1962, “Antologia Poética” é

um livro especial, porque os poemas foram selecionados pelo próprio autor. A obra está dividida em nove temas com

os quais ele costumava trabalhar, incluindo o eu poético, a família e a memória, além das amizades. Drummond, aliás,

foi superamigo do escritor modernista Mário de Andrade. Ele chegou a lançar um livro com as correspondências que

os dois trocaram ao longo de 20 anos: “A Lição do Amigo”.

8Ele inspirou um dos principais compositores brasileiros, Chico Buarque. Na peça de Chico, “Gota D´Água”, de 1975, uma das

músicas é “Flor da Idade”, que apresenta um jogo amoroso intrincado, cheio de afetos cruzados. Assim: “Carlos amava Dora

que amava Lia que amava Léa que amava Paulo...”, e por aí vai. É uma referência a um poema popular de Drummond, “Qua-

drilha” (1930), precursor dessa dinâmica: “João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim

que amava Lili que não amava ninguém”. Os versos livres acompanharam boa parte da produção do autor.

9Mas ele não falava só de amor. As questões políticas sempre lhe interessaram também. Nos seus livros de poesias, “Senti-

mento do Mundo” (1940) e “A Rosa do Povo” (1945), Drummond declarou sua indignação com a Segunda Guerra, com os

governos totalitários (como o de Getúlio Vargas) e com a expansão do capitalismo e os consequentes problemas sociais. “As

leis não bastam/Os lírios não nascem da lei/Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra”, diz ele no poema “Nosso Tempo”.

10A importância de Drummond é tão significativa para a literatura brasileira que um de seus poemas mais notórios virou

expressão popular. Quando você ouvir “E agora, José?” para qualificar uma situação crítica, saiba que a inspiração dessa

expressão vem de um poema do escritor mineiro chamado “José”: “E agora, José?/A festa acabou/ A luz apagou/ O povo

sumiu/A noite esfriou/E agora, José?”.

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#ENTRETENIMENTO

Um grupo misto de dez pessoas interca-lava leves corridas, levantamento de pesos, alongamen-

tos e exercícios aeróbicos em uma praça nova próxima ao Parque Flamboyants, no Jardim Marambá. Um casal de patinadores treinava ao lado em outra quadra e ciclistas faziam seu circuito na cliclovia da Avenida Água Comprida, que tem 1.200 metros de extensão sendo 3 metros destinados aos pedestres e 2,5 metros aos ciclistas. A via foi inaugurada no começo do ano e tem atraído muita gente.

Quem vinha de longe não entendia muito bem aquela movimentação ani-mada em uma noite de inverno com o tempo fechado. Chegando mais perto se ouvia um som ambiente baixinho saindo de um radinho moderno. Ga-lões d´água, isotônicos e tapetes pró-prios para exercícios compunham o quadro esportivo em um espaço da praça - que é bem ampla e ainda não conta com equipamentos típicos das academias ao ar livre. “Só mais cinco minutos, vamos lá galera”, falou o edu-cador físico Rodrigo Almeida, e então a noite “suada” a céu aberto se encerrou.

Sem exageros e com uma hora de

treino, o chamado treinamento fun-cional feito por Rodrigo e Rafa, um amigo personal trainer, chegava ao fim naquele dia - o grupo se encontra 3 ve-zes na semana.

“Este treinamento trabalha movi-mentos funcionais que utilizamos no dia a dia e são exercícios naturais, do cotidiano, como o movimento de em-purrar e puxar. Todo mundo abaixa para amarrar um tênis, pegar alguma coisa do chão”, diz o educador físico.

Rodrigo sempre gostou de treinos mais dinâmicos e percebeu que havia um grande número de pessoas procu-ram se exercitar fora da academia.

Grupos de amigos e personaltrainers aderem cada vez mais àprática de exercício em locais

abertos, como calçadões e parques

Texto Amanda RochaFotos Cristiano Zanardi

A CÉU ABERTO! ACADEMIA

Jéssica Ramazini faz exercício na Getúlio VargasLe parkour pode ser praticadoem qualquer lugar

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nou realidade, e isto deve ser considera-do tanto pelos profissionais de educação física quanto pelo poder público através de políticas públicas de estímulo, estru-turas adequadas e acessibilidade.

Nos anos 60, a ativista política esta-dunidense Jane Jacobs já defendia uma renovação mais humanista na urba-nização das cidades norte-americanas em seu célebre livro “Morte e Vida no Urbanismo Moderno” (1961). Segundo a autora, o planejamento urbano das cidades eram - e em partes ainda são - ortodoxos e padronizados demais, com espaços vazios e sem usuários, uma verdadeira monotomia urbana.

Jacobs frisa que a real intensidade do uso do espaço público se dá em cal-çadas largas e nas ruas, em frente aos parques, e que esta movimentação constante de pessoas inibe a violência e forma laços sociais. Grupos cansados da tradicional aula de ginástica em am-bientes espelhados somados aos bons e velhos caminhantes e ciclistas refor-çam as novas interações no concreto bauruense. Ponto para Jacobs e para as poucas praças e “calçadões” pensados assim na cidade.

Natasha Lamônica é arquiteta da Prefeitura de Bauru e enfatiza que aos poucos a população vai aprendendo a se apoderar da cidade e a ocupar os es-paços que a ela pertencem. Ela reforça que o urbanismo e a arquitetura mo-dernista influenciaram na humaniza-ção das cidades e a partir dos anos 70 esse aspecto foi incorporados aos pro-jetos urbanos, já nos anos 2000 o Esta-tuto das Cidades tornou obrigatório o plano diretor participativo: “Antes não se ouvia população, então se faziam obras que ninguém usava, sem fun-cionamento. Assim os parques viviam vazios, as ruas e calçadas perigosas porque não se respeitava a vontade da comunidade”, expõe.

A arquiteta ressalta que a partir de 2008 as diretrizes de praças passaram a ser deliberadas junto à comunidade e não somente pelos técnicos da prefeitu-ra. Co isso, conforme os empreendedo-res vão loteando suas áreas, como as da avenida Água Comprida – que tem tudo para ser grande parque são obrigados a seguir essas diretrizes do plano diretor participativo. Recentemente o local foi renomeado de Avenida Jorge Zaiden.

Rodrigo Almeida,

educador físico

Este treinamento trabalha movimentos

funcionais que uti-lizamos no dia a dia e

são exercícios naturais, do cotidiano, como o

movimento de empurrar e puxar. Todo mundo

abaixa para amarrar um tênis, pegar alguma

coisa do chão

É só reparar no fluxo de pessoas que faz atividades físicas regularmente no calçadão da Getúlio Vargas, Parque Vitória Régia, Bosque da Comunidade, avenida Edmundo Coube (do Hospital Estadual - Unesp) e nas largas calçadas da avenida Água Comprida (são 5 me-tros de largura, um convite).

Ao praticar esportes nestes locais, há um movimento de apropriação dos espaços públicos, como praças, parques e calçadões que antes eram frequenta-dos apenas por esparsos caminhantes ou vistos somente da janela do carro, de passagem. Dezesseis novas acade-mias ao ar livre estão previstas até o final deste ano. Bauru possui 37 pra-ças com equipamentos para exercícios, porém nem todos funcionam correta-mente devido a falta de manutenção.

TENDÊNCIAS URBANAS“Há um número expressivo de pes-

soas que preferem a liberdade do es-paço ao ar livre, o sol, o vento, o movi-mento da cidade, outras tantas que se sentem bem dentro de uma academia, e há também as que gostam dos dois, como eu. Tem dias que a gente preci-sa de ar fresco”, diz a personal trainer Jéssica Remanzini.

Para ela, que dá aulas nos dois am-bientes, este movimento diverso de in-teração do corpo com os espaços ao ar livre deixou de ser tendência e se tor-

Moradores praticam esportes na Praça Flamboyant

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#ENTRETENIMENTO

Bauru tem muitos locais paradiversão e esporte ao ar livre

AVENIDA ENERGIZADAAgacha, levanta, salta, gira...pa-

rece uma brincadeira mas é um exercício complexo e intenso que otimiza a força, a flexibilidade, a agilidade, a resistência cardio-respi-ratória e muscular, citando alguns.

O treinamento feito em suspen-são com fita, o tal TRX (sigla para Total-body Resistance Exercise) e o crossfit são modalidades em alta que invadiram os espaços urbanos e consideram o corpo como um todo.

Utilizando muitas vezes somen-te o peso do corpo, são treinos com movimentos integrados. Para se ter uma ideia, este tipo de treinamento foi utilizado inicialmente pelo exér-cito norte-americano e lutadores de elite mas hoje vemos avós e crian-ças praticando. Qual é o segredo?

A personal Jéssica Remanzi-ni, que pratica e fez cursos espe-cíficos na área, diz que pessoas de qualquer idade podem treinar des-de que estejam acompanhadas por

um profissional. “Esses movimentos aprendemos durante a infância mas perdemos ao longo do tempo. Digo que é um resgate, um retorno às raí-zes, por isso é tão fascinante”, enaltece.

Uma vez por semana ela vai até o cal-çadão da Getúlio e gasta a energia por lá correndo e se exercitando com a “fi-tinha”. O point é bem conhecido e con-ta também com academia ao ar livre - que são os equipamentos para prá-ticas mais lights, além de quadras de areia - ideal para o vôlei e treinos mais intensos, devido ao solo “fofo”. Crian-ças também costumam brincar por ali.

Jéssica frisa que as quadras pre-cisam de adequações para tornar o ambiente mais agradável e bo-nito. Uma iluminação melhor e ci-clofaixa aberta diariamente são outras reivindicações da galera.

A ciclofaixa da Getúlio tem 5 mil metros de extensão porém é liberada somente aos domin-gos e feriados em horário restri-to: das 7h as 12h. Falha pro pedal.

Jéssica Remanzini,personal trainer

Há um número expressivo de pessoas que preferem a liber-dade do espaço ao ar livre, o sol, o vento, o

movimento da cidade, outras tantas que se

sentem bem dentro de uma academia, e há

também as que gostam dos dois, como eu.

Tem dias que a gente precisa de ar fresco

Aposta em vida saudável é possível Espaços estão espalhados por Bauru

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Deborah Rodrigues,

universitária

Costumo fazercaminhadas no bosque por ser um lugar seguro, arbo-rizado, com água limpa e o bosque acolhe um público

diversificado, é muito impor-tante um lugar público para a prática de exercícios físicos que atendam o bem estar de crianças, dos adolescentes

e dos idosos

VAMOS CAMINHAR NOBOSQUE E FAZER ARTENO VITÓRIA?A segurança, a estrutura com som-

bra e água fresca e o local acolhedor e limpo do Bosque da Comunidade atra-em variadas faixas etárias há 36 anos. Inaugurado em 1979, o lugar é um convite para caminhadas, aulas de gi-nástica e brincadeiras no parquinho.

“Costumo fazer caminhadas no bosque por ser um lugar seguro, ar-borizado, com água limpa e o bosque acolhe um público diversificado, é muito importante um lugar público para a prática de exercícios físicos que atendam o bem estar de crianças, dos adolescentes e dos idosos”, diz a estu-dante de medicina veterinária Debo-rah Rodrigues, que também costuma caminhar com seus cachorros pela avenida Getúlio Vargas e Parque Vi-tória Régia - local que considera es-curo, a algumas pernadas do Bosque.

O Vitória Régia é um parque “cul-tural” eclético, referência pra quem deseja perder uns quilinhos e se exercitar. Mas tem uma turma mais radical que vai até lá para fazer “arte”, como eles mesmo definem. São os traceurs, ou traucese, os pra-ticantes do Le Parkour, uma técni-

ca de origem francesa que significa “O Percurso”. O objetivo é passar de um ponto A para um ponto B de ma-neira ágil e eficaz e é por isso que os traceurs parecem fugir de algo ao escalar ou pular obstáculos urbanos.

“O Vitória Régia é um parque muito bom para quem inicia e para nível intermediário. Tem muitas escadas, o que é ótimo para trei-no, muro com variações na altu-ra, árvores e pedras de bom ta-manho”, explica o correspondente bancário Willian Andreas Alveres.

Alongamento, aquecimento e muito treino são imprescindíveis. E fique esperto: um dos proble-mas nestes locais é a inexistência ou precariedade de banheiros.

Le parkour é esporte que usa improviso...

... e não tem limitação física para a prática

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Fabiano Fernandes

Jornalista e Locutor. Foi

editor de pós-produção da TV Record, locutor e programador da rádio 94 FM e voz padrão da Record Paulista.

Portador de ELA (Esclerose

Lateral Amiotrófica).

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#COLUNA

E ssa é a minha primeira coluna para a revista. Serei breve em introdu-zir sobre o que falarei em minhas próximas colunas. Em todas as lei-turas que fiz sobre a doença, após

o diagnóstico, existe uma coisa chamada so-brevida. Isso quer dizer que o paciente tem de dois a cinco anos de vida. Eu percebi que não existe a sobrevida, existe a vida.

SAUDADES DE MIM

OLÁ,LEITORDA AZ!

A sobrevida te limita, faz você pensar no fim. A vida te traz de volta para o mundo, faz você perceber o que antes era insigni-ficante. Enfrentar essa doença não é fácil. A esperança, a solidariedade dos amigos, o amor que eu sinto acendem minha alma.

Assim vou me preparando para o que vem pela frente. Dizendo isso, o que eu quero de você, leitor? Quero que você olhe para a sua vida e perceba que ela pode ser melhor. Não espere uma doença ou uma tragédia para se lembrar de como era a sua vida.

Aproveite cada momento, perceba a be-leza da natureza, aprecie o pôr do Sol, o nascer do Sol, a beleza da noite, o frescor do vento batendo no seu rosto. O mesmo vento é o ar que faz você respirar. Exercite viver melhor para que um dia você não sin-ta saudade de si mesmo.

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Produtora demoda e consultorade imagem e estilo

Carla Costa

Nesta edição a equipe de moda da Az! resolveu explorar o lado mais

sedutor e estiloso do homem bauruense. Para tal, investimos em uma produção mega fashion com um modelo TOP e com peças pra lá de diferenciadas.

Vamos dar um basta no TABU de que homem bacana e charmoso é ho-mem normal e que se veste seguindo a linha “somos todos iguais, só muda o endereço”! Afinal de contas, ber-muda ou jeans e camiseta não preci-sam ser assim tão chatos e sem graça! Nem demais, nem menos! Digamos SIM para o estilo na medida e para a roupa que permite deixar a persona-lidade do homem transparecer.

Nas próximas páginas trazemos di-cas para ajudar a deixar o básico inu-sitado, sedutor e pra lá de descolado!

FASHION BOYS!PORQUE HOMENS ESTILOSOS

MATAM AS MULHERES DO CORAÇÃO

JEANS, OH SEXY JEANS!

O look total jeans já está “fervilhando” nas ruas e nas lojas, com destaque maior no universo feminino.Homens discretos, mas que gostam de exalar charme e esti-lo podem investir na combinação jeans com jeans. Fica muito charmoso e muito sexy! Para derreter qualquer mulher que se importe com estilo, essa é uma ótima escolha.Aderir a esta ideia não exige prática, nem habilidade! A dica é esco-lher a composição de jeans de acordo com o seu tipo físico. Se você for um homem alto e magro, é possível abusar de jeans destonado e com lavagens mais ousadas; agora se você faz o tipo malhado ou fofinho, o ideal é apostar em calças e camisas do mesmo tom, de preferência em tons de jeans índigo e sem muitas lavagens. E ACESSÓRIO? PODE??? PODE!!!Os chapéus e pulseiras em couro, coordenados com o cinto dão um aspecto “cigano-sedutor” ao look e podem apostar: Isso faz muito sucesso!

#ESTILO

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SUSPENSÃO DO PRECONCEITO

Atenção aos detalhes! Homem é assim, não precisa ves-tir muitas coisas para demonstrar estilo, ele só precisa apostar em pequenos detalhes e ousar um pouco!Israel Kempa, modelo profissional, é contra o preconceito com as peças e detalhes. Para ele, ser básico é sinônimo de ter estilo e ele é adepto do lema: MENOS É SEMPRE MAIS!Apaixonado por coisas antigas, carros, objetos... se sentiu muito confortável e descolado utilizando o SUSPENSÓRIO – febre para os homens FASHIONISTAS do momento!Pois é: Suspensórios, barba e bigode! São os itens de estilo que ganharam os holofotes no universo fashion masculino.Pequenos detalhes, GRANDE ESTILO! O look fica ainda mais charmoso com blazer em sarja marinho e calça em tom camelo: coordenação que alia cor e neutrali-dade ao mesmo tempo. O requinte fica por conta dos sapatos que aliam conforto, beleza e elegância!Um homem de estilo não precisa ser ULTRA MODER-NO para “botar a banca” de poderoso! O Retrô é fashion, é fino, está na moda e a mulherada A-D-O-R-A!

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#ESTILO

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O BOM MOÇO

Se você faz o estilo “BOM MOÇO”, saiba que isso não precisa ser ultrapassado ou associado ao visual “NERD SEM GRAÇA”!É sim possível manter um “ar” mais tradicional e contido em um look que apre-sente as novidades do mundinho da moda!!!!Xadrez Vichy é lindo e ULTRA MODERNO! É aquele que se parece com as toalhas de pic nic! Nas camisas a aposta é para um xadrez vichy amplo e em tons neutros. Isso garante a moderação na ousadia e é uma ótima combinação para aqueles homens que aderem facilmente às blusas de linha que esquentam os dias mais fresquinhos.Calça em verde bem velado – O GRITO DA MODA ATUAL!!!! Apostem nos tons velados como verde, vermelho e marrom para o clima atual.E como não podemos perder o jeitinho “reservado”, a aposta na combinação: sapatos semidesportivos com mochila em tons terrosos é o que garante ao look uma sofisticação inovadora e marcante.

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DUPLA DINÂMICA

JEANS E COURO: UMA DUPLA INFALÍVEL!Se coordenada com um botinão então... aí não tem pra ninguém!Homens nunca erram quando: escolhem ser ro-mânticos e quando vestem jeans e arrematam o visual com uma bela jaqueta de couro! Por baixo da jaqueta vale tudo: blusa de linha leve, camisa, camiseta de banda, camiseta polo, etc.Sucesso desde os anos 1960, as famosas “ranchei-ras” (como eram chamadas as calças jeans antes de serem popularizadas e agregadas ao vestuário do dia a dia) eram utilizadas por trabalhadores e operários por serem de tecido bastante resistente. Caíram no gosto popular dos homens e NUNCA MAIS SAÍRAM DE CENA, principalmente após serem perfeitamente coordenadas com a jaqueta de couro: tendência essa propagada pelo ator JA-MES DEAN – famoso arrebatador de multidões de mulheres enlouquecidas e apaixonadas pelo seu charme e estilo BAD BOY SEDUTOR.PRECISA DE MAIS? Esta combinação fala por si só! APOSTE!

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#ESTILO

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O BÁSICO DESPOJADO...

O visual: “sou básico e largadinho” con-quista muitos homens de estilo natural e descontraído.Para o básico não ficar tão chato, é possí-vel compor um visual com sobreposição de peças. Isso é possível graças à nossa atual estação, cujo clima apresenta-se um pouco “indeciso” ao fazer friozinho pela manhã e noite e subindo às temperaturas no período da tarde!Esse tipo de look é ótimo para os “caras” que passam o dia todo fora de casa e ain-da se preocupam em manter o estilo, pre-zam pelo conforto, mas não ligam muito para formalidades.OUSE: Coordenar Cardigans com camisetas “podrinhas” e estampadas ou duas camise-tas em malha sendo uma de mangas curtas por baixo e outra de mangas longas com bo-tões na gola ou com golas propositalmente “esgarçadas” em formato V ou canoa por cima, agregam esse tal “despojamento” a looks compostos com peças básicas.Dê um toque final com um bom óculos de sol e um jeans “batido” para completar a aparência descontraída!

PODEROSO FASHIONISTAEM PRETO E BRANCO

Querem saber de algo que combina mais que futebol e cerveja com os amigos no fi-nal de semana?Sim isso é possível! Estamos falando da combinação mais simples e clássica de to-das, as cores: PRETO E BANCO!Para os homens modernos e que gostam do visual básico, porém fashion eis aqui uma super dica: Escolha uma das cores para predominar no look: ou preto ou branco e escolha uma peça de contraste na cor branca ou em um tons como off white e cinza para aliviar a seriedade.Coordenar um jeans mais sequinho com uma camiseta em malha por baixo e uma camisa em alfaiataria por cima é o máxi-mo do bom gosto.Se o tempo fechar e o frio bater, aposte em uma peça atemporal como os casacos e blazers com abotoamento duplo – hit da moda masculina de todos os tempos. Mo-delos em abotoamento duplo são usados desde sempre: pelos mafiosos dos anos 1930 aos executivos mais importantes da década de 1980; chegaram ainda com mui-ta aderência à moda masculina atual e com o peso histórico de serem as peças-chave escolhidas pelos mais estilosos homens que DAVAM AS ORDENS antigamente. Quer mais PODER do que isso?

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Fotografia: Luis Paulo Ribeiro

Produção e Styling: Carla Costa

Beleza: João DiCarvalho

Modelo: Israel Kempa – Agência

Mega Model Bauru

PUBL

ICID

ADE

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#VARIEDADES

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Texto Bruno MestrinelliFoto Priscila Medeiros/Divulgação

Dispositivo viário foi inaugurado, mas ainda

causa confusão em BauruPOLÊMICOVIADUTO

O SEMPRE

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Há mais de 20 anos, o presidente do Brasil era Fernando Henri-que Cardoso. O real valia mais perante o

dólar. Neymar era apenas um bebê. E um assunto já era polêmico em Bauru, na década de 1990: o viadu-to no Centro de Bauru, para fazer a ligação entre a região da Vila Falcão com a região do Jardim Bela Vista. A obra, que começou na gestão Ti-dei de Lima, passou pela gestão Izzo Filho, e chegou até agora, em 2015, sem conclusão.

Após muito esforço, a obra foi inaugurada. É verdade, apenas uma de suas alças, mas foi aberta. Apesar disso, ainda continua ge-rando polêmica em Bauru. Aberta ao tráfego sem o mínimo de sina-lização, sem iluminação, a obra se-quer tem nome. É que a Câmara de Bauru não entrou em acordo para dar nome ao dispositivo viário. Ex--funcionário da NOB (Noroeste do Brasil), o general Américo Marinho Lutz foi rejeitado para o viaduto. O projeto teve 11 votos, mas precisava de mais um.

Com isso, mais uma polêmica foi criada em torno dessa obra, que já custou aos cofres públicos mais de R$ 30 milhões. E ainda vai custar mais, já que uma dívida gerada pela construção ainda é paga ao Gover-no Federal.

A Az! lançou uma enquete no face-book perguntando qual seria o nome ideal para o viaduto inacabado. A pu-blicação foi um sucesso, alcançando mais de 57 mil visualizações.

PUBL

ICID

ADE

▼ NOMES MAIS SUGERIDOS

• Sebastião Paiva• Isaias Daibem (ex-vereador e professor)• Jurandyr Bueno (ex-vereador, ex-vice-prefeito e arquiteto)• Eny Cezarino• Ayrton Senna

NOMES SATÍRICOS

• Milagrão• Viaduto Só Vai • Viaduto da Má Gestão• Viaduto Inacabado• Viaduto da Demora• Primeiro de Abril• Viaduto Aleluia• Vergonha• Viaduto do Tempo

Como brasileiro tem ótimo hu-mor, muitas sugestões partiram para satirizar a demora para a cons-trução. Outras, mais sérias, deram nomes de pessoas que muito fize-ram pela cidade.

A principal sugestão e a mais benquista pelos bauruenses foi Se-bastião Paiva, que teve papel fun-damental para ajudar milhares de pessoas, com a fundação de entida-des sociais. O nome foi citado por dezenas de internautas e teve óti-ma aceitação.

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Ele gosta de usar camisas de cores vivas, intensas, ardentes, vigorosas. É um dress code apropriado. O motivo: JOÃOBIDU, o as-

trólogo mais famoso do Brasil, também é dono de uma personalidade viva, in-tensa, ardente, vigorosa. Quando ele toma a palavra, é raro ser interrompi-do. Sua voz marcante ganha o salão – e ele fala rápido, olha nos olhos, opina, rebate,desafia. É difícil segurar o racio-cínio supersônico desse bauruense de Curuçá (hoje Vila Dutra), que trocou a locução esportiva pela astrologia, e de-pois o rádio pelo mundo das revistas.

Há quase 30 anos no comando da editora Alto Astral, empresa que fundou com o ex-colega de rádio Pedro José Chiquito e que em 2014

vendeu em bancas e supermerca-dos de todo o País 32,6 milhões de revistas, JOÃOBIDU acredita que o meio impresso precisa se reinventar para dialogar com o digital. “Estamos cheios de gás para procurar novos ca-minhos”, confia.

Fôlego, não lhe falta. Escorpiano, acelerado, sorridente, bom de prosa e dono de um carisma inesgotável, João, aos 67 anos, não pensa em se aposentar. A dedicação ao negócio é resultado da paixão pelos astros, que despontou nele quando, há 43 anos, seu ex-chefe, o lendário radialista Tobias Ferreira, então dono da rádio Auri-Verde, inventou seu apelido e lhe deu uma incumbência: apresen-tar, nas ondas médias, o programa do astrólogo Omar Cardoso, uma espécie

de JOÃOBIDU dos anos 70. O resto é história: João começou a

estudar o movimento dos planetas, ganhou seu próprio programa de rádio, concebeu uma revista de pre-visões astrológicas e construiu uma editora, a Alto Astral, que hoje ocupa o terceiro lugar em vendas de revis-tas nas bancas e nos supermercados de todo o Brasil.

Nessa entrevista, ele fala da sua trajetória, destaca os desafios da mí-dia tradicional, reclama da corrupção na política, revela um talento desco-nhecido e diz que faria tudo outra vez: “Não esperava que JOÃOBIDU fosse se tornar ídolo, tivesse revistas no Brasil e no Exterior e fosse estabe-lecer esse relacionamento espetacular com leitores e ouvintes”, confessa.

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#PERSONAZ

PERFILNome – João Carlos de Almeida, o JOÃOBIDU

Idade – 67 anos (faz 68 em novembro)

Natural de – Bauru. É filho de uma dona de

casa e de um ferroviário (já falecido).

Formação – Cursou licenciatura em ciências

físicas e biológicas na antiga FEB (Fundação

Educacional de Bauru), embrião da atual Unesp.

Atividade profissional – É astrólogo e empre-

sário. Há 29 anos, trocou o rádio, onde se de-

dicava à locução esportiva, para mergulhar na

astrologia e no universo das revistas, fundando a

Editora Alto Astral. Também é presidente da Sor-

ri-Bauru, entidade que atende pessoas com defi-

ciências, e fundador e mantenedor da Fundação

Amigos de JOÃOBIDU, que assiste crianças e

adolescentes carentes – hoje, há 100 usuários.

Família – É casado com a empresária Inês des-

de agosto de 2003. Tem dois filhos do primeiro

casamento, o empresário João Carlos Filho, 36

anos, e a educadora física Angélica, 33. É avô de

João Carlos Neto (19 anos), João Pedro (15), João

Matheus (11), Nina (5), Lara (3) e Thiago (2). E é

padrasto das comerciantes Fernanda (38), que é

mãe de Lucas (5), e Juliana (36).

Texto Fernanda Villas BôasFotos Cristiano Zanardi,Arquivo Pessoal e Arquivo Az!

ESTRELAS A CULPA É DAS

O astrólogo bauruense JOÃOBIDU era locutor esportivo até virar amigo íntimo dos astros e fundar uma editora, a Alto Astral, que completa 30 anos em 2016, consagrando-se como a terceira maior

do país em venda de revistas em bancas esupermercados

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JOÃOBIDU recebeu recentemente a medalha Custos Vigilat, maior honraria concedida a uma pessoa nascida em Bauru

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#PERSONAZ

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#PERSONAZ

Revista Az! – A Editora Alto Astral caminha para 30 anos de existência, que serão completados em abril de 2016. O que há de melhor e de pior nesse empreendimento?

JOÃOBIDU – Há muito mais ale-grias do que tristezas. Tivemos alguns perrengues durante esses 30 anos, mas nunca o Pedro (José Chiquito, sócio de João e cofundador da Edito-ra Alto Astral) e eu poderíamos ima-ginar que chegaríamos a esse estágio. Afinal de contas, começamos apenas com uma revista, a “Guia Astral”. A gente não tinha nem ambição de ser editora. Depois, a coisa foi evoluin-do, foi crescendo e se tornou editora. Realmente, é motivo de muito or-gulho, alegria e satisfação, embora a gente saiba que, no momento, en-frenta uma situação complicada em relação ao mercado. Tem a crise eco-nômica, mas há também um proble-ma relacionado à mídia impressa, que envolve jornal e revista. Mas estamos cheios de gás para procurar novos ca-minhos. A gente precisa se reencon-trar nesse novo mundo, usufruir mais do meio digital, que é completamente diferente do meio impresso.

Quis ser locutor esportivo, vivi inten-samente os anos de

locução esportiva, de-pois apareceu a astro-logia na minha vida, e

eu me apaixonei

Az! – A Alto Astral começou como uma editora mística e diversificou seu cardápio. Hoje, oferece revistas sobre história, saúde, decoração, culinária, publicações para públicos feminino e infantil, etc. Para onde caminha essa segmentação?

JOÃOBIDU – Ainda bem que a gen-te diversificou. Foi algo muito salutar o fato de a editora enxergar outros segmentos, até para mostrar que sa-bemos fazer outras coisas, além de revistas de horóscopo e de misticismo. Mas nem consultando os astros e fa-zendo um grande mapa astral dá para saber para onde estamos indo. O leitor é quem decide o que vamos fazer. Não adianta ter uma grande ideia na cabe-ça, colocar um produto bonito na ban-ca e não ter mercado. Temos que ficar muito ligados naquilo que o mercado está sinalizando para correr e servir o que ele está pedindo.

Az! – Com quem você se identifica mais: com o comprometido João Carlos de Almeida, empresário, empreende-dor responsável por empregos e famí-lias, ou com o ídolo JOÃOBIDU, que se comunica e serve o leitor, o ouvinte?

É mais fácil ser empresário ou ser ídolo?JOÃOBIDU – Ser ídolo é mais fácil. A

gente tem uma relação muito gostosa e agradável com o leitor, o ouvinte. Aliás, foi em função disso que eu acabei tro-cando o futebol pela astrologia. Meu grande sonho era ser locutor esportivo. Era minha atividade, era meu ofício lá na rádio Auri-Verde, quando o Tobias Ferreira (radialista da cidade já falecido e, na época, sócio-proprietário da Auri--Verde) criou o JOÃOBIDU, me dando a oportunidade de trabalhar com o pú-blico feminino, o que me permitiu criar um novo tipo de relacionamento. No fu-tebol, o homem é machista, contestador, questionador. Junto à mulher, a gente encontra mais compreensão, apego,

João ao lado do músico Monarco, da Portela:amizade há mais de 20 anos

Com sua esposa, Inês,

no dia do casamento

Com o filho João Carlos e os netos João Neto, João Pedro e João MatheusCom o neto João, filha Angélica

e com a esposa em uma viagem

João durante festa da Alto Astral

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33A Z B A U R U . C O M . B R

Os políticos são muito com-

prometidos com as suas vaidades, com seus desejos, com

seus interesses pessoais e com os interesses do

partido. Em último lugar, bem distante,

está o interessedo País

carinho – compreensão até pelos nossos erros. Lógico, quando começou o JOÃO-BIDU, eu não esperava que ele fosse se tornar ídolo, tivesse revistas no Brasil e no Exterior e fosse estabelecer esse re-lacionamento espetacular com leitores e ouvintes. É uma coisa que transcen-de! Por isso, com certeza, encarnar esse lado do JOÃOBIDU é mais fácil.

Az! – Se você pudesse recomeçar sua vida profissional, faria tudo de novo?

JOÃOBIDU – Eu acredito que sim. Não sou daqueles que dizem assim: “Não me arrependo de nada!”. Eu me arrependo de muita coisa que fiz, mas, na vida profissional, sinceramente, não posso me arrepender de nada. Quis ser locutor esportivo, vivi intensamente os anos de locução esportiva, depois apa-receu a astrologia na minha vida, e eu me apaixonei. Aí, deixei um pouquinho de lado a locução esportiva, o rádio. Nessa paixão, a gente está até hoje: primeiro a astrologia, depois a editora e a mídia impressa. Eu fiz ciências físi-cas e biológicas na primeira turma da FEB (Fundação Educacional de Bauru). Como o rádio não dava sustentação financeira muito grande, achava que poderia ser professor, mas, passado um tempo, eu diria que estava completa-mente equivocado, não tinha vocação nenhuma para ensinar, até pela minha

dificuldade. Como sofri paralisia infan-til, tinha dificuldade para ir até o quadro negro escrever. Me arrependo de ter fei-to três anos de faculdade, estudado que nem um cachorro, achando que aquela seria a minha vocação, e não era nada daquilo (risos). Quando tive dinheiro para pegar o meu diploma, o mercado já tinha mudado completamente no Es-tado de São Paulo e eu deveria ir para o Paraná para dar aulas. Falei isso para o Tobias Ferreira e ele disse: “Que pro-fessor, que nada! Fica aqui: você vai ser isso, vai ser aquilo!”. Pensei: “Meu Deus do céu, será que vou ser mesmo?”. Na época, não havia o JOÃOBIDU, só havia a locução esportiva. Profissionalmen-te, com rádio e revistas, não posso me queixar. Mas aquela minha experiência nas ciências físicas e biológicas, embora tenha me acrescentado vivência e ex-periência, foi frustrante.

Az! – Se você tivesse um recurso mágico, como uma varinha de condão para, num estalo, mudar algo agora, o que mudaria?

JOÃOBIDU – Eu acho que mudaria a situação do Brasil. A gente viveu numa euforia: achou que o Brasil tinha moeda forte e dinheiro para pagar suas dívi-das. Estava entrando em outro patamar, com escolaridade, vendo a possibilidade de nos tornarmos uma nação rica e in-dependente. E agora a gente está vendo a dura realidade: não é nada disso. Va-mos retroceder, parar no tempo? Se eu tivesse uma varinha mágica, eu criaria políticos mais comprometidos com o País. O que a gente vê é que os políticos são muito comprometidos com as suas vaidades, com seus desejos, com seus in-teresses pessoais e com os interesses do partido. Em último lugar, bem distante, está o interesse do País. A gente vê mui-to populismo e pouca gente com postura de estadista: aquele que pensa no futuro do País, e não na próxima eleição.

Az! – A Fundação Amigos de JOÃO-BIDU foi a realização de um sonho? Você idealizou a fundação para devol-ver à sociedade o que recebeu dela por ser um empresário bem-sucedido?

Em momento de descontração, coma esposa Inês e os netos João Pedro e João Matheus

João durante festa da Alto Astral

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34

#PERSONAZ

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#PERSONAZ

Antigamente, 60 anos atrás, as famílias

que tinham pessoa com deficiência cos-tumavam esconder essa pessoa, porque tinha aquele estigma de coisa vergonhosa, de um ser inútil, ou castigo de Deus

JOÃOBIDU – Ela é a formalização da-quilo que o pessoal da editora já fazia. Pela minha inspiração e pelo incentivo do meu sócio Pedro José e de tantas outras pessoas, a gente começou a desenvolver alguns projetos sociais internamente. Para que isso se expan-disse e outras pessoas pudessem nos ajudar para atender mais e melhor as crianças, formalizamos a fundação. É um grande sonho. E, sim, estamos de-volvendo parte do que a sociedade nos dá. Você não pode formar uma ilha de prosperidade. E o entorno? Você tem que cuidar do entorno também. O nosso entorno é perto da Hípica, o Jar-dim Eugênia, onde estava localizado o grêmio dos funcionários da editora. Lá, é que desenvolvemos esse trabalho numa resposta à sociedade que muito nos ofereceu. Estamos beirando 100 crianças e adolescentes e, quem sabe, futuramente, poderemos ampliar.

Az! – Se você pudesse juntar todos os seus milhares de colaboradores da Edi-tora Alto Astral, o pessoal da Fundação Amigos de JOÃOBIDU, os usuários da Sorri, milhões de leitores e de ouvintes, além de familiares e amigos para retri-buir esses quase 70 anos de histórias e legados, e se fosse servido um bolo, quem ganharia o primeiro pedaço?

JOÃOBIDU – O primeiro pedaço de bolo eu dou sempre para a minha mãe.

Meu pai, que é falecido há 24 anos, tra-balhava na Estrada de Ferro Noroeste, saía de casa de manhã e voltava à noi-te. Quer dizer, a educação foi dada pela minha mãe. E, no meu caso, ela teve uma participação, uma contribuição totalmente especial. Quando eu entrei na Sorri, vim a saber que antigamente, 60 anos atrás, as famílias que tinham pessoa com deficiência costumavam es-conder essa pessoa, porque tinha aquele estigma de coisa vergonhosa, de um ser inútil, ou castigo de Deus. Eu contraí paralisia infantil com 2 anos e meio de idade, mas minha mãe sempre me incentivou a levar uma vida absoluta-mente normal lá na Vila Dutra/Curuçá. Então, dentro das minhas limitações, eu andava a cavalo, caçava passarinho, ia pescar, jogava bola com a molecada, mesmo que fosse café-com-leite, porque não conseguia correr. Foi por isso que nasceu minha vocação para ser locutor esportivo. Como eu não podia jogar com a garotada, então, o jeito de participar era ficar transmitindo o jogo. Dou o pri-meiro pedaço de bolo, com toda a honra, para a dona França, minha mãe.

Az! – O que é mais desafiador: lidar com a falta de verbas nas entidades que você administra, gerenciar pessoas e ta-lentos na editora, encarar a corrupção brasileira ou pensar no futuro das mí-dias tradicionais?

JOÃOBIDU – Realmente, são vários desafios. Nas entidades, a conta nunca fecha. Nunca o governo, seja municipal, federal ou estadual, consegue uma ver-ba para você pagar todo mundo e em-patar. Você precisa fazer promoções, ir à comunidade buscar recursos, dinheiro para fechar a conta. A Fundação Ami-gos de JOÃOBIDU tem poucos funcio-nários, mas a Sorri tem quase 180 fun-cionários e ela depende muito do capital humano, do recurso humano. Não tem insumo, a matéria-prima é o pessoal. E todo ano tem dissídio, que aumenta os salários. Só que o SUS (Sistema Único de Saúde), que é a grande fonte de recursos da Sorri, não aumenta o repasse anual-mente, há anos não mexe na tabela. Isso, aos poucos, vai asfixiando as entidades, que são obrigadas a fazer das tripas co-ração para suportar este aumento de encargos e custos. Você quer atender cada vez mais, mas tem um custo cada vez maior. Em relação às mídias tradi-cionais, é um grande desafio, principal-mente agora com o smartphone. Está tudo se transformando num desafio para a gente vencer. Não consigo identi-ficar o que é mais complicado. Apesar de todos os desafios, a corrupção ainda é o grande problema. Esperamos que a ope-ração Lava-Jato coloque mais gente na cadeia. Pena que tenha começado tarde. A gente sabe que a corrupção no Brasil acontece há muitos e muitos anos.

JOÃOBIDU: astrologia entrou na vida dele na década de 1970

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35A Z B A U R U . C O M . B R

O leitor é quemdecide o que vamos fazer. Não adianta ter

uma grande ideia na ca-beça, colocar um pro-duto bonito na banca e

não ter mercado

Az! – Os signos do zodíaco tratam de aspectos comuns da natureza huma-na: há o mais ousado, que é o ariano; o mais perseverante, que é o taurino; o mais comunicativo, que é o geminiano, e por aí vai. O que você carrega de me-lhor e de pior sendo escorpiano?

JOÃOBIDU – Acredito que o melhor de escorpião seja a capacidade de trans-formação. Não só de transformar a crise numa oportunidade de sucesso, mas de transformar tudo mesmo. No caso do meu signo, também tem o lado misterio-so. Na verdade, a astrologia tem muito menos de misticismo, e muito mais de matemática. As pessoas não entendem bem isso. Trabalhamos com casas as-trais, planetas que formam ângulos. A astrologia pura não tem nada de mis-ticismo. O misticismo vem das pessoas acreditarem ou não, afinal de contas, você trabalha com elementos que nin-guém conhece e faz previsões, fala da personalidade das pessoas, etc. e tal. O que tenho de pior que herdo de escor-pião é a precipitação. Eu sou uma pessoa muito impulsiva e, às vezes, dou cabeça-das por causa disso. De qualquer forma, sou muito fiel à minha interpretação da astrologia, que é a seguinte: os astros in-fluenciam, mas quem decide é você.

Az! – Você se casou três vezes. Seus casamentos anteriores contribuíram para o seu relacionamento atual ou cada história é uma história?

JOÃOBIDU – Talvez possam ter contribuído um pouco, mas cada his-tória é uma história. São pessoas dife-

rentes, momentos diferentes, signos diferentes. A primeira é de gêmeos, e gêmeos e escorpião é complicado pela influência da oitava casa astral. A se-gunda foi de peixes, que representa o paraíso astral de escorpião. É uma coi-sa boa em termos de paixão, mas não para a vida conjugal. E agora, estou com a Inês, que é de leão. Até poderia ser uma relação mais ou menos pro-blemática, porque leão também tem um temperamento muito forte, gosta de mandar. E escorpião também tem um gênio muito forte. Mas eu sou um escorpiano fora da curva. Sou um es-corpiano tranquilo, talvez por influ-ência da minha lua, que é em virgem e do ascendente, que está em câncer. E a Inês também é uma leonina muito pacificadora, conciliadora. Isso ajuda a gente a viver numa boa.

Az! – O João pai é muito diferente do João avô?

JOÃOBIDU – Eu gosto dos filhos e netos com muita paixão, muito amor, muita intensidade. E não pude exercer meu lado avô na plenitude. Vou expli-car: antigamente, o cara era aposentado, nascia o neto e aquilo era a vida dele, era um renascer. Mas eu trabalho, sou pre-sidente da Sorri, tem a Fundação, tem o Ciesp, tem o Rotary... Esse lado avô de ficar paparicando, eu não tive. Tive isso como pai, porque estava ali pertinho do meu filho e da minha filha. Vamos ver se um dia eu aposento para curtir mais meus netos. Mas a verdade é que, daqui a pouco, já está todo mundo grande...

Durante festa de

15 anos da editora

JOÃOBIDU com o sócio Pedro José Chiquito

Com o irmão Roberto

JOGO RÁPIDOUm talento desconhecido: Cantar

Um personagem admirável: Ma-

chado de Assis

Um sonho ainda não realizado:

Não tenho

Um dia especial: O nascimento do

meu filho

Um arrependimento: Minha pri-

meira separação. Eu deveria ter pen-

sando mais nos meus filhos, e me-

nos em mim

Uma viagem inesquecível: Londres.

Eu tinha medo de Londres, era um

fantasma na minha vida, e adorei

aquela cidade

Uma música que poderia ter sido

composta por você: Perdoa”, de Mo-

narco, que o Zeca Pagodinho gravou

no seu último CD

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R E V I S TA A Z ! | S E T E M B R O 2 0 1 536

#COMPORTAMENTO

Um assunto que ainda gera debate social tem demandado grande es-forço por parte da área médica: conscientizar

a população sobre a importância de ser um doador de órgãos. Do ponto de vista de algumas pessoas, a doação de órgãos é vista como um ato cujo senti-do profundo é afirmar uma cultura de solidariedade, estabelecendo uma cor-rente de vida que confronta a morte. Já para outras, o motivo para não doar vai desde a negação em aceitar a perda de um ente querido até conflitos com o restante dos familiares, suspeitas de

corrupção, do comércio ilegal de ór-gãos e até religião.

Na região, o controle sobre possí-veis doadores é feito pelo Serviço de Procura de Órgãos e Tecidos (SPOT) da Faculdade de Medicina de Botuca-tu (FMB) e a destinação é controlada pelas centrais de transplantes por meio de um sistema totalmente in-formatizado e auditado pela Defen-soria Pública.

Na capital paulista, existe uma cen-tral e outra no interior do Estado res-ponsável pelos exames do doador e pela distribuição dos órgãos e oferta para as equipes de transplantes.

Informações divulgadas pelo tercei-ro maior Centro de Transplantes do Estado de São Paulo e o primeiro do interior paulista em número de trans-plantes renais, o Hospital das Clínicas (HC) da Unesp de Botucatu, mostram números animadores em relação a transplantes de órgãos.

Para se ter uma ideia só no Estado de São Paulo o número de doadores é um dos maiores do Brasil, registrando a média entre 20 a 25 doadores efetivos por milhão de população, isso significa que, o número de doadores chega a ser semelhante a países desenvolvidos como o Estado Unidos, por exemplo.

Texto Daiany Ferreira Fotos Cristiano Zanardi e

Reprodução/Internet

Famílias têm de lidar com uma série de dúvidas na hora de decidir se doam ou não os órgãos de um parente recém-perdido. Mas saiba que a doação também pode ser em vida

AMOR A SERVIÇO DA VIDA UM ATO DE

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37A Z B A U R U . C O M . B R

RINSOs órgãos mais transplantados são

rins, fígado, pâncreas, pulmão, cora-ção e intestino. O coração e pulmão são transplantados quando há com-patibilidade sanguínea e anatômica entre o doador e o receptor. Além disso, um fator que dificulta a doação desses órgãos é que o tempo máximo que eles podem permanecer fora do corpo é de quatro horas.

Já órgãos como os rins têm uma duração maior, podendo aguardar até 36 horas para serem transplanta-dos. Outra característica favorável ao rim é que, geralmente, os dois rins de cada doador podem ser utilizados em receptores diferentes, beneficiando um número maior de pacientes.

Na região, atualmente a maioria dos transplantes renais são feitos no Hospital das Clínicas de Botuca-tu, realizando por ano cerca de 120 cirurgias. Já em Bauru, quem realiza transplantes renais é o Hospital de Base, atingindo entre 10 a 20 pro-cedimentos ao ano, de uma lista de espera que gira em torno de 300 pes-soas aguardando por uma nova vida.

ASSOCIAÇÃO AJUDAFundada em abril de 1983 por inicia-

tiva de médicos nefrologistas, técnicos, pacientes renais crônicos e colaborado-res, a Associação Bauruense de Apoio e Assistência ao Renal Crônico (Abrec), tem por objetivo buscar colaborações com instituições médicas ou similares que direta ou indiretamente se rela-cionem com o renal crônico, atuando junto a médicos e outros profissionais, hospitais participantes do tratamento dialítico e/ou de transplantes renais, no sentido de equacionar e sugerir solu-ções para os problemas dos pacientes.

De acordo com o médico especia-lizado em nefrologia, Doutor Luis Gustavo Modelli de Andrade, o nú-mero apresentado ainda pode me-lhorar. “Caminhamos para que estes dados cresçam a partir do trabalho de conscientização da população e das equipes de saúde a respeito da morte encefálica e o processo de doação-transplante”, ressalta o espe-cialista ao explicar o conceito.

“A morte encefálica é algo que ain-da não está sedimentado para a maio-ria das pessoas e isso contribui para a não doação. Por exemplo, quando uma paciente atinge este estado clíni-co, ou seja, quando diagnosticado com morte cerebral, ele apenas se man-tem vivo através de aparelhos e para alguns, é difícil aceitar que a pessoa morreu”, pondera.

Dr. Luis Gustavo Modelli de Andrade,

nefrologista

Um mesmo doador pode tirar da diálise duas

pessoas, pode ajudar um diabético a trans-

plantar o pâncreas, pode ainda beneficiar outros indivíduos com doença

hepática, pulmonar e cardíacas graves. Ele ain-da doando tecidos como

córnea, pele e vasos, beneficia pessoas com catarata, doenças vas-

culares ou pessoas com queimaduras graves

“Um mesmo doador pode tirar da di-álise duas pessoas, pode ajudar um dia-bético a transplantar o pâncreas, pode ainda beneficiar outros indivíduos com doença hepática, pulmonar e cardíacas graves. Ele ainda doando tecidos como córnea, pele e vasos, beneficia pessoas com catarata, doenças vasculares ou pessoas com queimaduras graves”, expli-ca o médico, ressaltando a importância de ser um doador de órgãos.

Jailton conseguiu transplante e hoje tem nova vida

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#COMPORTAMENTO

SUPERAÇÃO E PERSISTÊNCIAA secretária Nádia Barnes Pais de

Oliveira carrega a esperança no sig-nificado do nome e com mais intensi-dade depois que foi diagnosticada em 2001 com problema renal. Em 2010, começou com sessões de hemodiálise de segunda, quarta e sexta-feira, e des-de então, conseguiu ser chamada para o transplante duas vezes, mas o desti-no resolveu não dar um fim à história.

“Quando precisei começar com as sessões de hemodiálise fiz a inscrição na fila de espera de um doador em São Paulo, após seis meses fui chamada para o transplante, fiz a preparação para receber o rim, mas ao chegar no hospital a médica disse que a pessoa que estava na minha frente havia chegado e tive que voltar embora para casa”, contou.

Nádia é filha única e não conseguiu achar algum familiar com a mesma compatibilidade para doar um rim, a partir daí ela resolveu transferir seu nome para Bauru e aguardar uma nova chance. “Em menos de seis meses novamente fui chamada e consegui fazer o transplante, porém, três dias depois precisei retirá-lo porque deu rejeição. Voltei para a mesa de cirurgia

Há oito anos a frente da presi-dência da Associação, Maria Ber-nadete Matos Bento sabe muito bem o quanto é importante ser um doador, principalmente, quan-do seu filho foi diagnosticado com insuficiência renal. “Na época em que recebemos a notícia fizemos exames de compatibilidade entre a família e acabei doando um rim ao meu filho”, conta Bernadete, tentando esclarecer à população alguns mitos. “Ninguém precisa de dois rins para sobreviver. Estou há 16 anos com apenas um. A doação de órgãos como rim, parte do fíga-do e da medula óssea pode ser feita em vida. Doador e receptor levam vida normal”, ressaltou.

e cinco dias depois peguei infecção no corte cirúrgico, fui novamente inter-nada ficando ao todo uns 30 dias no hospital para me recuperar”, disse.

Levando uma vida normal apesar das sessões de hemodiálise, Nádia entrou pela terceira vez na fila de espera e des-ta vez pelo hospital de Botucatu.

“Tudo isso que passei e passo enca-ro com muita tranquilidade...Não vou dizer que é fácil ficar ligada em uma máquina quatro horas, três vezes por semana, mas vejo pelo lado positivo porque é ela que me mantem viva e me conduz. Hoje meu maior sonho é rece-ber um rim e tenho certeza que vou conseguir”, afirma Nádia, ressaltando a sorte de ter o apoio da família, amigos e citando um lindo trecho da música de Lô Borges. “Por que se chamavam ho-mens, também se chamavam sonhos e sonhos não envelhecem...”, citou com lágrimas nos olhos.

Nádia Barnesde Oliveira,

secretária,

aguardando

transplante

Não vou dizer queé fácil ficar ligada em uma máquina quatro horas, três vezes por

semana, mas vejo pelo lado positivo porque é

ela que me mantem viva e me conduz. Hoje meu maior sonho é receber um rim e tenho certeza que vou conseguir

Maria Bernardete: associação ajuda renais crônicos

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39A Z B A U R U . C O M . B R

ALEGRIAJailton Pereira de Sá, 32 anos, é só

alegria. Palmeirense, agora só pensa em conhecer o novo estádio do clube, inaugurado ano passado. Ele era do-ente renal crônico e fez hemodiálise por um ano e seis meses, mas conse-guiu um transplante de rim. A cirur-gia foi no dia 16 de julho.

“O transplante mudou minha vida. Agora, posso ter uma vida normal”, comemora ele, que está em fase ini-cial de observação e tomando medica-mentos pós-operatórios.

SOFTWARE DOADORQuem entra na fila à espera de um

transplante de órgão já imagina que le-vará tempo para encontrar um doador, mas está em fase de testes na Central de Transplantes do Estado de São Paulo, um software com a capacidade de mini-mizar o tempo entre a identificação de um possível doador de órgãos e um re-ceptor compatível.

Desenvolvido por alunos da Fatec, com orientação da professora Cristina Corrêa Oliveira, a ferramenta tem par-ceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e apoio da Fapesp.

O dispositivo avisa a Central de Trans-plantes quando há um potencial doador. Sabendo disso, enfermeiros do Serviço de Procura de Órgãos e Tecidos (SPOT) vão até o hospital para avaliar o doador já com morte encefálica, além de fazer exames de sorologia sanguínea, levantar informações como antecedentes e his-tórico médico e, posteriormente, entrar em contato com os parentes.

A nova ferramenta conta com um aplicativo para smartphone e tablets que permite o envio dos dados às equipes médicas que acompanham os pacientes na fila de transplante. A no-vidade poderá ser homologada e usa-da até o fim do ano.

Maria BernadeteMatos Bento,

presidente da Abrec

Ninguém precisa de dois rins para sobreviver.

Estou há 16 anos com apenas um. A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Doador e receptor levam vida normal

Nádia Barnes: de volta à fila, mas sem perder a esperança

Transplante é única soluçãoe salva vida de milhares de brasileiros

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40

#COLUNA

40

Dr. Daniel Marchi

Nefrologistano Ineb

R E V I S TA A Z ! | S E T E M B R O 2 0 1 5

TRANSPLANTE RENAL

Os rins têm como principal fun-ção filtrar as “impurezas” do sangue que são produzidas diariamente pelo nosso orga-nismo e eliminadas na urina.

Quando os rins de uma pessoa param de fun-cionar normalmente, ela precisará de uma terapia de substituição renal, ou seja, este indivíduo será submetido ao tratamento de diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal) ou a um transplante renal.

O transplante renal é considerado o mais completo tratamento de substituição da função renal, sendo indicado para os pacientes que so-frem de doença renal crônica avançada, que es-tão em diálise ou em tratamento conservador.

Para um paciente renal crônico ser subme-tido a um transplante renal, deverá ser ava-liado por um nefrologista. Não são todos os pacientes renais crônicos que podem passar por um transplante, dependendo de inúme-ros fatores, como idade, condições clínicas, sociais entre outras.

Quando comparado com a diálise, o trans-plante de rins tem mais vantagens, como maior sobrevida e uma melhor qualidade de

vida, com possibilidade de retorno ao traba-lho, aos estudos, viagens e uma dieta sem grandes restrições. Uma vez transplantado, o paciente deverá tomar medicações (imunos-supressores) para evitar rejeições e acompa-nhar com nefrologista por toda a vida.

Existem dois tipos de doadores renais, os doadores vivos, que podem ser parentes e não parentes (estes dependem de autoriza-ção judicial) e os doadores falecidos (pessoas em morte cerebral, quando o cérebro para de funcionar, mas o coração continua batendo com a ajuda de aparelhos).

Se o paciente não possuir um doador renal vivo, será inscrito em uma lista de espera com doador falecido da Secretaria de Estado da Saúde. Uma vez que um rim é selecionado a um paciente (o rim é indicado para o receptor mais compatível), o paciente será submetido ao transplante renal em um centro especiali-zado neste tipo de cirurgia. O INEB referencia diretamente os seus pacientes para o Serviço de Transplante Renal do HC da Faculdade de Medicina de Botucatu, que é considerado um dos mais importantes centros de transplantes do Brasil.

DEPOIMENTO

Larissa Thomazini Garuzi, transplantada, 18 anos

“Eu estava desanimada, reclamei

que não queria mais fazer a he-

modiálise. Foi quando recebi um

telefonema falando que havia um

rim para mim, em Botucatu. Fui

sem medo nenhum, o transplante

para mim significa o começo de

uma nova vida. Agradeço a Deus

por esse grande milagre”

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Texto Bruno Mestrinelli | Imagens Banco de Imagens

#NÚMEROS BAURU EM

SUGESTÕESSe tiver sugestões paraBauru em números,

entre em contato coma gente pelo e-mail:

[email protected], ou por meio de nossa página no facebook:fb.com/AZBauru.

SALÁRIO

No mesmo mês, ain-da segundo números da própria prefeitura, foi a média de salário dos servidores públi-

cos municipais.

R$ 3.602,97

É o total bruto de salário dos servidores nesse mês, consumin-do uma boa fatia do orçamento disponível.

R$ 22,7MILHÕES

SERVIDORESPÚBLICOS

Estão ativos na Prefei-tura de Bauru, segundo informações do site do Executivo. Esse núme-

ro refere-se a julho.

6.316

EDUCAÇÃO

Número de servidores ativos da Secretaria da Educação em julho, sendo considerada a maior área em núme-ro de servidores. Quase 40% da administração

pública municipal.

2.299

SAÚDE

É o que a Secretaria da Saúde consumiu ao todo em salários, ou seja, mais de um terço daquilo que toda a pre-feitura gasta – sendo a pasta pública de Bau-ru que mais consome dinheiro neste quesito.

R$ 8,3 MILHÕES

É o maior salário registrado em julho (contando com uma licença-prêmio), vin-do da Secretaria de Saúde, responsável pelos maiores salári-os da prefeitura. No mesmo mês, dos dez maiores venci-mentos, oito eram

dessa secretaria.

R$ 62.619,98

SALÁRIO DOPREFEITO

Este é o valor fixa-do por lei. Nenhum servidor poderia, em teoria, ganhar acima do chefe do Executi-vo. Porém, isso não ocorre por conta de l i c e n ç a s - p r ê m i o , plantões-extra e outros atrativos do funcionalismo pú-blico, como a incor-

poração salarial.

R$ 16.634,87

Porém, em registros de julho, este foi o número de servidores públi-cos municipais que receberam mais do que

o prefeito na cidade.

74

Diferentemente do in-formado na edição an-terior, nos últimos cinco anos, 21.178 empresas foram abertas em nos-sa cidade e não 343.937

como informado.

*ERRATA

41A Z B AU RU . C OM . B R

#VARIEDADES

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R E V I S TA A Z ! | S E T E M B R O 2 0 1 542

#COMPORTAMENTO

Um mix cultural invade oficialmente e, aos pou-cos, as salas e os andares da Estação Ferroviária de Bauru, no centro da

cidade. Casa da Cultura Hip Hop, Aca-demia Bauruense de Letras (ABLetras), Associação Renascer o Apoio à Cultura Indígena (Araci), Sociedade Amigos da Cultura (Sac), Associação de Teatro de Bauru (ATB), Associação de Preserva-ção Ferroviária e de Ferromodelismo de Bauru (APFFB), Associação Cultu-ral de Tradição Afro-Brasileira de Bau-ru (Actabb) e algumas salas de apoio à

Divisão de Ensino de Artes (DEA) são as entidades com os espaços garanti-dos, algumas já em funcionamento.

O local é alvo de especulação há anos e lá, inicialmente, seriam instaladas as Secretarias da Saúde e de Educação. No entanto, a largada cultural foi dada e é bem-vinda para a revitalização e apropriação daquela área, que anda descarrilada faz tempo, como a Az! mostrou recentemente.

O prédio da antiga estação Noroes-te do Brasil (NOB) é imóvel tombado e tem um projeto de revitalização apro-vado pelo Conselho de Patrimônio

Elson Reis,

secretário de Cultura

Quando se tem algo para acontecer

se cria uma expecta-tiva e uma urgência

para a sua realização, e nunca percebemos

nada neste sentido das secretarias (Saúde e

Educação), isso soma-do ao fato do custo da reforma já que a pre-feitura e as secretarias tem outras demandas

e prioridades

Texto Amanda RochaFotos Amanda Rocha e Keytyane Medeiros/Divulgação

Entidades culturais ocupam a antiga Estação Ferroviária no centro da cidade e fortalecem iniciativas de revitalização e apropriação da área

CULTU(R)ANDO

A ESTAÇÃO

Elson Reis discursa durante evento na Estação

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43A Z B A U R U . C O M . B R

MÃO NA MASSA, PARÇA!A Casa da Cultura Hip Hop foi a pri-

meira entidade a inaugurar o espaço e para tanto um corpo de voluntários fez o “rolê” acontecer. Um mutirão de “manos” e “minas” arregaçou as man-gas e os pincéis e deixaram parte do 1º andar colorido, longe do cenário es-quecido de anos de poeira e lixo.

Eles ocupam cinco salas e estão prontos para as atividades que vão de oficinas de breaking, grafite, DJ, rap, beatmaker e fotografia, até um cursi-nho pré-vestibular voltado para alu-nos do ensino público é planejado. Foi um “corre” de um ano e meio de nego-ciações com o município até consegui-rem a liberação de uma nova sede.

Renato Magú, coordenador do Ponto de Cultura Acesso Hip Hop e idealizador da “Casa”, diz que quando surgiu a possi-bilidade de grupos culturais ocuparem a Estação, solicitou o espaço e um acordo de concessão foi firmado entre a prefei-tura de Bauru e o Instituto Acesso Popu-lar. “Imediatamente começamos o pro-cesso de revitalização e reforma”, fala.

Histórico, Arqueológico, Artístico e Tu-rístico (Condephaat) em R$ 6 milhões. Mas, como a prefeitura não tem esse dinheiro, a recuperação será em par-tes. Em seus tempos áureos, “A Velha Senhora” chegava a receber mil pas-sageiros diariamente. Décadas depois, volta a engrenar parte de sua estrutura com dança, teatro, poesia, literatura e demais formas de expressão cultural. O aniversário do prédio de 76 anos foi comemorado com a retomada do local.

Elson Reis, secretário municipal de Cultura, reforça que o interesse e a ne-cessidade de usar a Gare (antigo local de embarque e desembarque de pas-sageiros) e os espaços da Estação pela pasta da Cultura existem desde a com-pra do prédio pela prefeitura, ainda no primeiro mandato do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), em 2010. A refor-ma prevista inclui uma série de modi-ficações estruturais.

“Quando se tem algo para acontecer se cria uma expectativa e uma urgên-cia para a sua realização, e nunca per-cebemos nada neste sentido das secre-

tarias (Saúde e Educação), isso somado ao fato do custo da reforma já que a prefeitura e as secretarias têm outras demandas e prioridades”, expõe.

Elson teve o aval do prefeito para ocu-par algumas salas do térreo e 1º andar e atender as demandas culturais, que se fortalecem. “O espaço da estação é mui-to grande e tem espaço ainda, ocupamos 70% do térreo e metade do 1º andar”, diz.

O prédio possui dois andares, além do térreo, com salas e 13 mil m² de área. Reformas mais baratas são feitas pela Secretaria de Cultura como a re-cuperação de portas, pisos, vidros, pin-turas, fora a parte elétrica e hidráulica.

Até agora, foram gastos R$ 80 mil entre material e mão de obra e um convênio com o CPP-3 (antigo IPA) foi firmado, uma equipe com quatro de-tentos ajuda nos reparos. A reforma com nova pintura da fachada da Es-tação e a troca de vidros do local será entregue em dezembro deste ano. O antigo relógio central já está restaura-do e com as horas contadas para voltar a funcionar.

Antes totalmente abandonada, sala da Estação Ferroviária ganha vida

Grafiteiro cuida de parede noprédio histórico de Bauru

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#COMPORTAMENTO

Renato Magu,

idealizador da Casa

Hip Hop Bauru

Além da mobilização dos jovens em um espa-ço de referência e difu-são da cultura hip hop, a ocupação desse território tão importante para Bauru ajudará a revitalizar e dar visibilidade ao centro da cidade. Aquele espaço

esquecido há anos agora será o propulsor de uma série de ações que vão

trazer de volta a interação e circulação de pessoas

no centro

CONDOMÍNIO CULTURALCom mais de duas décadas de

existência, a Academia Bauruense de Letras enfim tem um local fixo para suas atividades e reuniões mensais: antes eles “peregrinaram” por diversos points daqui, como a casa de Cultura Celina Neves, Au-tomóvel Clube, Biblioteca Rodri-gues de Abreu e no Sesi.

Em outubro, inauguram a espera-da sede e pretendem implantar ofi-cinas de escrita e a abertura de uma biblioteca para o público focando a interatividade entre população, amantes da leitura e livro/autor.

“Já para o primeiro mês, temos agendado um lançamento de mais uma Antologia Literária intitula-da ‘Filho Único’, aproveitando as-sim, uma interligação com outros

MERCADÃO DE IDEIASShows de rock rolando na Gare da Es-

tação, lançamento de livros, exposições de telas no salão do antigo “Banco Real”, grafiteiros mandando ver “ao vivo”, ver-nissage, samba e uma exposição foto-gráfica sobre a cultura indígena dentro de um vagão de trem. O fluxo de ideias e diferentes interações estão em plena atividade e parece ser só o começo.

A vinda de um Mercado Municipal para o local é outro assunto que tam-bém divide opiniões. Uns acham que trará mais movimentação e conse-quentemente mais agilidade na recu-peração do espaço ferroviário. Outros já torcem o nariz pensando em perda de espaço e choques de interesse.

O secretário municipal de Agricul-tura, Chico Maia, enviou uma pro-posta para o Governo Federal para

A inauguração em agosto foi histó-rica e movimentou o comércio local: mais de 50 hóspedes que vieram para os dois dias de atividades “fecharam” o hotel Imperial, que fica a menos de 10 metros da Estação. A rua 1º de Agosto teve o trecho da praça Macha-do de Melo interditado para os shows no caminhão-palco, que retornou às ruas em julho após dez anos inativo.

“Além da mobilização dos jovens em um espaço de referência e difusão da cultura hip hop, a ocupação desse território tão importante para Bauru ajudará a revitalizar e dar visibilida-de ao centro da cidade. Aquele espaço esquecido há anos agora será o pro-pulsor de uma série de ações que vão trazer de volta a interação e circula-ção de pessoas no centro”, visualiza. Para ele, serão necessários dois anos para a região sentir os efeitos da ocu-pação e que a Casa Hip Hop está aber-ta para grupos do movimento cultural sem local próprio.

Elson Reis frisa que a ATB também disponibilizará salas para grupos de te-atro sem espaço para ensaiar. A notícia corre e entidades de outras cidades soli-citaram sedes na Estação, o que foi ne-gado pelo secretário, assim como novos pedidos de bauruenses no momento.

grupos afins à nossa entidade”, diz Ana Maria Machado Silva, uma das responsáveis pela Comissão da Sede Própria da ABLetras.

Ela reforça que o momento fér-til que a cidade passa por meio da “Estação Cultural” facilitará uma aproximação da ABLetras com movi-mentos culturais até então afastados do contato direto deles, como o Hip Hop. “Queremos ser mais um ponto cultural para enriquecer ainda mais nossa cidade tão cheia de talentos ar-tísticos”, diz. Um sarau eclético deve estar a caminho.

A partir de setembro, o espaço re-ceberá rodas de samba mensalmen-te com a Associação Cultural de Tradição Afro-Brasileira de Bauru (Actabb), entre outras ações. E, su-cessivamente, as entidades come-çam a se movimentar e a utilizar o espaço público que por longos anos enferrujava abandonado.

Pensando na organização destes eventos, Elson Reis explica que um “Condomínio Cultural” com normas básicas está em fase de ajustes com o pessoal, para que as entidades não se choquem em datas e condutas permanecendo nos trilhos. Casa Hip Hop tem espaço

para grafites

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obter uma emenda de R$ 400 mil para a implementação do Mercadão nas dependências da Estação. Tam-bém há a possibilidade de outras verbas serem liberadas. Elson Reis informa que caso a emenda saia isto não irá de forma alguma atrapalhar a movimentação cultural porque não vai ficar na mesma área em que os eventos são realizados.

A reforma da Gare será feita com a verba, como a troca das telhas e há amplos espaços que podem ser pensados para uma boa convi-vência. “Geralmente pensamos em Mercadão como o de São Paulo, algo grande, e está longe disso. O espaço utilizado pelas entidades não será atrapalhado ou removido”, garante o secretário. Até lá, é assistir e parti-cipar de uma ocupação cultural ne-cessária em um patrimônio histórico da cidade que finalmente começa a receber a devida atenção.

Renato Magu, da Casa Hip Hop: mobilização dos jovens

Garoto dança em evento na Casa: movimento

PUBL

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#COMPORTAMENTO

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#COMPORTAMENTO

Com aproximadamente 50 pessoas esperando por implantes no Hospital de Botucatu, a recente parceria entre o Centro

Avançado de Desenvolvimento de Produtos (Cadep), de Bauru, e os médi-cos da Unesp de Botucatu pode ajudar a diminuir esse número. Médicos, alu-nos e professores usufruíram da avan-

çada tecnologia de impressoras 3D pre-sente na Unesp de Bauru e criaram um protótipo de implante, para o primeiro caso contemplado pela parceria. A Az! mostrou na edição de julho que essa tecnologia tem diversas funções, entre elas a de auxiliar em questões de saúde.

O paciente é um menino que aos dois anos caiu de uma laje de cerca de 3 metros de altura e teve um grave

trauma de crânio. No tratamento do garoto, surgiram diversas complica-ções, que resultaram em uma grande falha no crânio de aproximadamente 13 x 10 cm. A falha limita a vida do garoto, que não pode fazer atividades esportivas e deve evitar situações em que haja risco de trauma na cabeça, tais como frequentar as aulas de edu-cação física ou jogar futebol.

Criança com falha na cabeça terá chance de uma vida normal graças à parceria entrea Unesp de Bauru e de Botucatu

Texto Sara Souza (supervisãoBruno Mestrinelli)

Fotos Divulgação

CRIANÇA GANHA

CRÂNIO 3D

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A parceria surgiu por meio da neces-sidade de se produzir esse tipo especí-fico de implante craniano, apresentada ao Cadep pelo Prof. Dr. Aristides Pa-lhares Neto, docente do Departamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu.

O professor ressalta que existem vá-rias técnicas que podem ser utilizadas em casos como este e que “as vanta-gens de utilizar um implante protótipo é utilizar um implante com a forma do defeito e que se encaixa perfeitamente, além de ser uma peça com espessura homogênea e sem reações exotérmicas [em que há aumento da temperatura] durante o processo de reconstrução”.

Para a elaboração do protótipo, a es-tudante de design e colaboradora do Cadep, Lívia Garcia Ferrari, conta que o primeiro passo foi criar o modelo 3D do crânio e a modelagem do implante a partir das tomografias do paciente for-necidas pela Unesp de Botucatu. “Na etapa de prototipagem utilizamos uma máquina Impressora 3D, que imprimiu tanto a secção do crânio corresponden-te à região da lesão como a peça que vi-ria a ser o implante”, explica Lívia.

A estudante ressalta ainda que dessa maneira foi possível analisar a eficácia do processo e averiguar a necessidade de alguma modificação no implante

definitivo, produzido em acrílico.Lívia acredita que o Cadep está

dando uma contribuição direta à sociedade, “materializando, na for-ma de implantes e próteses, todo o conhecimento, recursos e experiên-cia adquiridos ao longo dos anos de trabalho de pesquisa e prestação de serviços à comunidade. Esperamos poder continuar fazendo a diferença em tudo que fizermos”.

O atendimento médico ao menino foi totalmente custeado pelo SUS (Sis-tema Único de Saúde), assim como a cirurgia. O implante, apesar de não ter gerado nenhuma despesa para a famí-lia do paciente, foi financiado com re-cursos do próprio Cadep.

Amanda Figliolia, também estudan-te de design e colaboradora do centro, afirma que “a partir deste [implante] a ideia é conseguir recursos externos para financiar os demais, já que exis-tem dezenas de pacientes atendidos pela Medicina de Botucatu que podem ser beneficiados”.

O professor doutor Aristides conta que inicialmente está sendo submeti-do um projeto de pesquisa a uma agên-cia de fomento mas, caso esse não seja aprovado, também já estão sendo estu-dados outros métodos de financiamen-to. O professor afirma ainda que os

casos mais complexos são os que mais se beneficiariam da técnica e que com o financiamento será possível confeccio-nar mais implantes e assim reduzir a fila de espera do Hospital de Botucatu.

A parceria já trabalha em outro caso: um paciente adulto do sexo masculino que sofre com um trauma de crânio e face com destruição da parede lateral da órbita esquerda, de parte do frontal, temporal e parietal, o que torna esse caso mais complicado do que o primei-ro. Segundo o doutor Aristides, o trau-ma “cria uma grande deformidade cra-niofacial que impede uma vida social normal e até mesmo conseguir um em-prego”. Com a cirurgia será possível a reconstrução facial do paciente e uma nova perspectiva de futuro para ele.

Lívia Garcia Ferrari,estudante de design

Materializando, na forma de implantes e

próteses, todo o conhe-cimento, recursos e ex-periência adquiridos ao

longo dos anos de trabalho de pesquisa e prestação de

serviços à comunidade. Esperamos poder continuar

fazendo a diferença em tudo que fizermos

À esq., o crânio do garoto. Ao lado, a prótese 3D

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#ENTRETENIMENTO

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#ENTRETENIMENTO

Conhecida por produziras melhores vodcas e peloextremo frio, cidades como Moscou e São Petersburgo surpreendem os turistas brasileiros

Com coloridas catedrais, magníficos teatros e in-críveis parques, a Rús-sia vem conquistando cada vez mais turistas.

O país foi escolhido como sede da Copa do Mundo de futebol de 2018 e está se preparando para receber via-jantes do mundo todo.

Apesar da fama de país extremamen-te frio, durante o verão cidades como Moscou e São Petersburgo apresentam temperaturas amenas, que variam de 15

a 25ºC. Na primavera, o país se enche de flores que, junto aos domos das catedrais, colorem as cidades.

A moeda oficial é o Rublo, cada 20 Rublos equivalem a aproximadamente R$ 1. O idioma oficial é o russo e ainda que poucas pessoas no país falem inglês atualmente, esse é um fato que deve mu-dar gradualmente até 2018 com o incen-tivo do governo para receber turistas na Copa. As principais cidades russas são Moscou, a capital do país, e São Peters-burgo, antiga Leningrado.

ALÉM DOS ESTEREÓTIPOSDO MAIOR PAÍS DO MUNDO

RÚSSIA:

Texto Sara Souza (supervisão Bruno Mestrinelli) Fotos Reprodução/Internet

Moscou traz arquitetura impressionante

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MOSCOUImportante centro político e cultural,

Moscou é uma megacidade que encan-ta. Para quem espera encontrar um local cinza e congelante, irá se impressionar com as cores da Catedral de São Basílio e com as temperaturas agradáveis durante algumas épocas do ano.

Repleta de balés, teatros, palácios e catedrais, a cidade de mais de 12 mi-lhões de habitantes é imponente, dinâ-mica e cosmopolita.

Um dos principais pontos turísticos da cidade é a Praça Vermelha, consi-derada patrimônio mundial da Unesco. Situada no centro da capital russa, a praça está envolta por grandes e im-portantes construções, como a Catedral São Basílio, o Museu de História Nacio-nal, a muralha Kremlin com o Masoléu de Lenin e o Shopping GUM.

A Catedral de São Basílio é uma cate-dral ortodoxa, construída entre 1555 e 1561 a mando do Czar Ivan, o Terrível.

Sua arquitetura é impressionante e foi projetada para se assemelhar a chamas de uma fogueira subindo ao céu. O edi-fício de estilo russo possui cores fortes e texturas diferentes e é considerado uma das mais belas construções de todo o país.

Ao lado da Catedral está o Kremlin, uma fortaleza que é atualmente sede do governo russo. O local está protegido por uma grande muralha e, em seu interior, estão localizados diversos monumentos, como igrejas, palácios, jardins e museus. O Kremlin possui 20 torres, sendo a mais famosa do relógio, chamada também de Torre de Salvador.

Próximo ao Kremlin, localiza-se o Mausoléu de Lenin: uma construção pi-ramidal nas cores vermelha e preta, sim-bolizando o sangue e o luto. No local está exposto o corpo de Lenin, líder fundador da União das Repúblicas Socialistas Sovié-ticas, que é preservado em um líquido que o mantém conservado.

E a famosa dança dos Cossacos

A Rússia também tem danças folclóricas

Matrioskas, famosas bonecasrussas conhecidas mundialmente

Ballet russo é famoso no mundo inteiro

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#ENTRETENIMENTO

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Catedral de Cristo Salvador em MoscouAinda nos arredores da Praça Ver-

melha está o Shopping GUM, cons-truído entre 1890 e 1893. O edifício trapezoidal tem uma fachada de 242 metros e sua arquitetura combina elementos da arquitetura medieval russo e um telhado de estrutura de aço e vidro. É uma atração interes-sante não só para quem procura fa-zer compras, mas também para quem busca admirar uma bela construção.

O mais importante palco de balé e ópera do mundo, o Teatro Bolshoi, está localizado em Moscou. O com-plexo possui três salas de espetáculos e abriga Academia de Ballet Bolshoi, uma das mais antigas e prestigiosas companhias de dança do mundo. O local é considerado patrimônio cultu-ral da humanidade pela ONU e Unes-co e assistir a um espetáculo no local é uma experiência ímpar.

Um passeio surpreendente e que permite olhar a cidade por um outro ângulo uma outra é o passeio de barco pelo Rio Moscou. Durante o passeio passa-se por debaixo da Ponte Pa-triarshy e pode-se avistar a Catedral de Cristo Salvador, a mais alta igreja ortodoxa do mundo, com 105 metros de altura, corresponde a aproximada-mente um prédio com 20 andares.

O local possui cinco cúpulas doura-das e em seu interior os detalhes são desta mesma cor. A catedral foi inau-gurada em 1883, porém em 1933 ela foi bombardeada e quase totalmente destruída e só foi reinaugurada em 1997, após restauração. No interior da catedral não é permitido fotogra-far e a entrada usando shorts ou ber-mudas não é permitida.

Para circular pela cidade, a melhor opção de transporte é o metro. Inau-gurado em 1935 e com 194 estações destribuídas por 12 linhas em mais de 325 quilometros de extensão, as esta-ções são uma atração a parte, ricas em lustres, esculturas e afrescos.

Centro de negócios de Moscou

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SÃO PETERSBURGOFundada em 1703 pelo czar Pedro, o

Grande, e atualmente com população de mais de 5 milhões de habitantes, São Pe-tersburgo é a quarta maior cidade da Eu-ropa e um dos maiores centros culturais do continente. Situada as margens do Rio Neva e apelidada de “Veneza do Norte” devido a seus canais, a cidade ostenta o título de Patrimônio Mundial da Unesco.

O cartão Postal da cidade é a Catedral de Nossa Senhora de Kazan. O templo ortodoxo foi construído entre 1801 e 1811 e foi dedicado à santa que o deno-mina, uma das mais veneradas da Rús-sia. Sendo um dos poucos exemplos da arquitetura do estilo Império, o exterior do local possui inúmeras colunas de aproximadamente 62 metros de altu-ra. A entrada no local acontece através de enormes portas de bronze e em seu interior são encontradas numerosas es-culturas e ícones criados pelos melhores artistas russos da época.

Outra famosa catedral da cidade é a Igreja da Ressurreição do Salvador sobre o Sangue Derramado. A igreja é composta por tijolos vermelhos e castanhos e toda a superfície das suas paredes está coberta de adornos elaborados e detalhados. Suas cúpulas centrais lembram as da sagrada Catedral de São Basílio em Moscou, porém são mais detalhadas e mais rebuscadas que esta. A arquitetura do local é deslumbran-te e surpreende pela riqueza de detalhes.

No coração da cidade está localizada a Praça do Palácio, a segunda maior praça de toda a Rússia. Nela encontra-se a Colu-na de Alexandre, que possui 45 metros de altura e em seu topo está um anjo de seis metros, o Arco do Triunfo, construído em memória a batalha contra Napoleão Bo-naparte, e também o Museu Hermitage, um dos maiores do mundo. O acervo de Hermitage conta com mais de 3 milhões de peças distribuídas em dez prédios situ-ados ao longo do rio Neva. Dentro do com-plexo do museu está ainda uma academia

musical, um teatro e o Palácio de Inverno, uma de suas principais atrações, que pos-sui mais de 1057 cômodos em seu interior.

Situado a cerca de 50 quilômetros do centro da cidade, o Palácio de Verão Rus-so, conhecido também como Palácio de Peterhof, é uma visita imperdível. O mo-numento conta com mais de 150 fontes e 4 cascatas espalhadas pelos mil hectares de jardins do local. Considerado patrimônio mundial da Unesco, todo o conjunto merece a atenção do visitante, seja pela exuberância dos interiores ou pelo esplendor do parque.

Outra grande construção da arquitetu-ra russa é a Igreja de Santo Isaac, maior catedral do país. Construída entre 1818 e 1858 no estilo neoclássico, o interior da igreja é repleto de mármore e ouro, sen-do o domo principal da catedral banhado por aproximadamente 100 quilos de ouro puro, e decorada com doze estátuas de anjos. Dentro da catedral estão mais de 300 obras que variam entre esculturas, pinturas e mosaicos.

Igreja do Sangue Derramado, São Petersburgo

Palácio de Pedro

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#ENTRETENIMENTO

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GASTRONOMIAA vasta expansão territorial rus-

sa e a pluralidade cultural do país fazem com que a culinária local seja incrivelmente rica e variada. Aos brasileiros que pensam que será di-fícil adequar o paladar ao cardápio russo, estão enganados. Um exem-plo simples é o prato mundialmente conhecido e especialmente famoso no Brasil, o strogonoff.

A receita é bastante semelhante a brasileira, incluindo carne picada servida com molho rose de tomates

e mostarda, misturado com creme de leite ou nata. A diferença está no acompanhamento. Enquanto no Brasil normalmente se come stro-gonoff com arroz e batata palha, na receita original russa o prato é acompanhado de pepinos em con-serva, purê de batatas ou trigo sar-raceno, um grão que tem gosto se-melhante ao arroz.

Mais uma tradicional comida rus-sa é o Blini, que se parece bastante com um crepe ou panqueca. A mas-sa é feita a base de trigo e é bastante

fina. Os recheios normalmente são uma mistura de carne e legumes, esta iguaria também possui versões doces, que são recheadas de frutas, geleias e até sorvete.

As sopas são muito populares na Rússia e normalmente são servi-das como entrada nos restauran-tes. Uma das sopas mais famosas do país é a Borscht, feita a base de beterraba e creme de leite. O prato, que é servido quase fervendo, des-taca-se como uma opção para aque-cer o corpo no inverno.

Pavlova (suspiro grandecom frutas e chantilly)

Strogonoff, pratotípico da Rússia

Blini (massa fina estilo crepe ou panqueca,com recheio doce ou salgado)

Vodkas de todos os tipos marcama tradição do país

Borsch (sopa de beterraba)

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#COLUNA

Capitão da Reserva e diretor-

presidente da empresa Full

Security

José Luiz Fermino

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Ocrescimento social atual traz a todos no-vas e positivas perspectivas, porém os mecanismos públicos de segurança não estão conseguindo cobrir as vertentes de agressão pública e particular que assolam

a vida moderna. Os mais diversos segmentos - lazer, in-dustrial ou comercial - acabam sendo alvos de oportunis-tas que desejam de forma ilícita auferir lucro, subtraindo o bem alheio – furto, ocasionando um prejuízo patrimonial e psicológico ao agredido.

Mas como evitar tais agressões em nosso patrimônio? Claro que contamos com uma ferramenta eficiente, a se-gurança pública e seus diversos segmentos sociais, mas isto não está sendo suficiente para conter a agressão desenfre-ada dos meliantes que visam vantagens, apropriando-se de pertences alheios, e que muitas vezes causam danos de va-lor muito maior do que o bem subtraído, deixando marcas emocionais que duram para o resto da vida da vítima.

Então, criou-se uma maneira de defesa, visto que a se-gurança pública não consegue ser onipresente, seja em lo-cais públicos ou particulares, a sociedade foi contemplada com uma ferramenta comercial que é a “segurança priva-da”, contando com vigilantes e equipamentos, fechamento assim o ciclo de segurança patrimonial.

Mas para tanto é necessário que estes mecanismos tra-balhem juntos e de forma sequencial, onde o fechamento físico do patrimônio seja realizado com equipamentos fun-cionais e qualificados. É importante que o interessado, em hipótese alguma, contrate clandestinos, a exemplo de pes-soas inabilitadas ou policias em hora de folga. O risco exis-tente com essa decisão ruim é que, em caso de roubo, seu sinistro será negado, causando grande prejuízo financeiro e responsabilidade legal. Muitas vezes, o que se acredita ser economia, pode se transformar em pesadelo no futuro.

Um item importante na contratação da Segurança Patri-monial é a idoneidade da empresa, que pode ser verificada nas documentações que devem ser apresentadas aos seus contratantes, e a qualificação de seus integrantes em cursos e acompanhamento da prática de serviços, e presença cons-tante de supervisão e elementos de equipe operacional.

Uma vez acercado destes cuidados, pode-se dizer que o pa-trimônio estará seguro em 24 horas por dia, isentando você e seus bens materiais de agressão de possíveis invasores.

PORQUETERCEIRIZARSEGURANÇA

PATRIMONIAL

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#COMPORTAMENTO

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TESOURO DE NUTRIENTESDevido à sua composição, a man-

dioca pode ser muito benéfica para a saúde e colaborar efetivamente no combate à diversas doenças. Estudos recentes estão sendo realizados de que algumas variedades conhecidas como “preta” e “rosada” são capazes de pre-venir o câncer de próstata.

Para os apreciadores de uma boa ali-mentação, a mandioca também ajuda a perder peso! Por ser livre de glúten, ela é a principal coadjuvante da culinária brasileira. Especialista revela que trata--se de um alimento pobre em proteínas, mas rico em carboidratos, sais minerais, como o cálcio, ferro e fósforo.

De acordo com a nutricionista, Eliane Petean, este alimento por ser rico em fibras, faz com que os carboidratos se transformem em energia, e sendo va-lor de baixo índice glicêmico ajuda na perda de peso. “A mandioca vai forne-cer energia sem gerar picos de insulina, que é o hormônio responsável por acu-mular gordura no nosso corpo. Essas fibras que também regulam o intestino ajudam a diminuir o inchaço abdominal e dando a sensação de saciedade. Para quem está de dieta o bom é substituí--la por um alimento de mesmo grupo, como por exemplo, arroz, macarrão e batata, cozinhando com água, sal e ser-vindo com um fio de azeite”, explica.

LegendaLegenda

Eliane Petean,

nutricionista

A mandioca vai for-necer energia sem gerar picos de insulina, que é

o hormônio responsável por acumular gordura no nosso corpo. Essas fibras

que também regulam o intestino ajudam a di-

minuir o inchaço abdomi-nal e dando a sensação

de saciedade

Texto Daiany Ferreira Fotos Cristiano Zanardi e Reprodução/Internet

Alimento que foi exaltado pela presidente Dilma Rousseff tem nutrientes e épeça-chave de receitas saborosas

BRASIL:A TERRA DA

MANDIOCA

Ela foi o primeiro alimen-to citado na carta de Pero Vaz de Caminha. Hoje, é produzida em todos os Es-tados do Brasil. A gosto do

freguês, pode ser degustada frita, assa-da, em purê...dando origem até mesmo a tapioca, polvilho e farinha. Viajando de norte a sul do país, ela recebe outros nomes - aipim ou macaxeira - mas uma coisa é certa: a mandioca é um alimen-to versátil. Está no prato dos brasilei-ros e também esteve em um “momento histórico” durante discurso realizado

pela presidente Dilma Rousseff, no úl-timo dia 23 de junho de 2015, em ce-rimônia de lançamento dos Primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas.

“Nós temos a mandioca e estamos comungando a mandioca com o mi-lho. Estou saudando a mandioca. Uma das maiores conquistas do Bra-sil”, disse a presidente em discurso de improviso, ao falar de um dos prin-cipais alimentos usados pelos índios. De tão inusitada, a fala viralizou na web, mas também animou milhares de produtores pelo Brasil.

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55A Z B A U R U . C O M . B R

FESTIVAL DE SABORESNas cozinhas brasileiras a mandioca é

utilizada de formas diferentes podendo ser feita a partir de sua raiz in natura ou de produtos derivados dela, tais como, a farinha de mandioca, tapioca, sagu, fé-cula de mandioca, entre outros.

No restaurante La Terrasse onde trabalha o chefe de cozinha, Thiago Araújo, a mandioca é sempre festeja-da nas mesas de seus clientes. “Os pra-tos mais populares são Vaca Atolada e a Mandioca Frita, mas o que mais é pedido do nosso cardápio é o delicioso Dadinho de Tapioca”, conta o especia-lista dando algumas dicas às donas de casa na hora de escolher o alimento. “Hoje em dia existe a facilidade de escolher a mandioca descascada nas prateleiras dos supermercados, no en-tanto, eu indico comprá-la com casca, pois ela fica mais preservada. Outra dica importante é que a mandioca deve ter uma coloração rosada logo abaixo da primeira pele, o que indica que ela ficará macia após cozinhar”, revelou o chefe de cozinha, desper-tando “água na boca”, não é mesmo?!

RECEITA DO CHEFE

Veja a receita e o passo a passo de um prato preparado pelo chefe de cozinha, Thiago Araújo, do La Terrasse. O Gnocchi de Mandioca recheado de gorgonzola ao molho de tomates frescos.

Para a massa• 200 gramas de mandioca cozida• 30 gramas de farinha de trigo • 1 colher de sopa de manteiga• 50 gramas de parmesão ralado• sal e pimenta do reino moída na hora (a gosto) Para o recheio • 100 gramas de gorgonzola • 50 gramas cream cheese Para o molho• 100 gramas de tomate concassé (sem pele e sem sementes) • 50 gramas de cebola picada • 2 dentes de alho amassado • Um ramo de manjericão Modo de preparo Prepare o molho, dourando o alho e a cebola no azeite e em seguida, adicione os tomates. Deixe cozinhar em fogo baixo por aproximadamente uma hora, até que os tomates estejam bem macios. Adicione o ramo de manjericão e tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Faça o recheio, amassando bem o gorgonzola e o cream cheese, usando as mãos ou um garfo até criar uma pasta lisa. Faça bolinhas e reserve. Massa - Passe a mandioca cozida pelo espremedor, pelo menos 3 vezes. Junte a farinha e o par-mesão e sove bem a massa, até que fique uma massa homogênea. Tempere com sal e pimenta do reino. Para rechear, faça bolas do tamanho da palma da mão e aperte para formar um disco. Coloque as bolinhas de gorgonzola no centro e feche certificando que não fique muito espaço de ar entre a massa e o recheio. Cozinhe em água fervente até que elas boiem. A partir daí, o modo de servir fica dentro da sua imaginação!

Gnocchi de Mandioca

Nutricioniasta Eliane Petean: “saudando” a mandioca

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HenriquePerazzi de Aquino,jornalista e professor

de História

H.P.A.

#COLUNA

56 R E V I S TA A Z ! | S E T E M B R O 2 0 1 5

TIO GUI NÃO ENXERGA TUDO VESGAMENTE

Esse mundão “véio sem portera” está mesmo de pernas para o ar. De pou-co tempo para cá deu para aflorar nas pessoas algo de um bestial ódio, trans-formando-as em objeto de interesses

políticos. Corrupção todos sabem, existe desde que esse país existe. Nós é que a enxergamos mais ou me-nos em uns, sempre de acordo com a conveniência existente em cada cabeça. A coisa hoje é endêmica, por todos os lados, situações e poros. Assim sendo, fica sem sentido querer colar serem uns os piores, culpados de tudo, quando os demais também agem da mesmíssima forma e até pior..

O escrito acima tem endereço. Explico. De nada adianta ir para a rua vestindo verde e amarelo e soltar o verbo somente contra o PT. Ele é somente mais um nesse processo altamente corruptivo de nossa sociedade. Enxergando caolhamente menos possibilidades de estancar o mal. Esgrimando so-mente contra o PT, certamente ele será encurra-lado, daí pergunto: E os demais? A vista grossa, os isentos acabam se fortalecendo e tudo continuará como dantes no “quartel de Abrantes”. Minha con-clusão. Baseado no reinante ódio, pouca ou quase nenhuma “solucionática”.

Louvo os sensatos. Eles existem. Cito um, o em-presário bauruense Guilherme Reis. Um cidadão como a maioria. Alto, magro, calvo, porém com um enorme diferencial, um baita sorriso na cara. Muitos o conhecem por causa do famoso apelido,

Tio Gui. Esse dado por causa de suas intervenções criativas com a garotada. Ele comanda junto da esposa uma famosa loja de produtos de decoração, encravada no coração da Zona Sul bauruense, a mais abastada. Guilherme é um ser iluminado, ir-radia belas possibilidades por todos os poros.

Escrevo dele por um único motivo. Ele destoa da maioria raivosa. Sem nenhum medo de se posicio-nar, sempre muito lúcido, sua luta se dá contra a corrupção num todo, nunca segmentada. Enxerga e valoriza os avanços e conquistas dos governos petistas, a tal do “nunca dantes na história desse país”. Algo inegável. Isso, ele bem sabe, não os tor-nam acima do bem e do mal. Não desmerece o que foi feito e ao cobrar, o faz a todos no atacado, nun-ca no varejo, individualmente como vê sendo fei-to. Ou seja, não crava a faca somente no PT e sim, em todos. Luta por um país mais justo, soberano, menos preconceituoso, intolerante, homofóbico e vesgo. É desses que não se deixa enganar.

Gosto de gente assim, dos que enxergam longe, remam contra a maré. O uso como exemplo, pois enxergo na ação de pessoas iguais a ele, o caminho para a real solução desse país. Faz parte do time a discordar do quanto pior melhor, enfrenta a crise de peito aberto e ao combater a atávica corrupção brasileira o faz a todos os segmentos, independen-te de sigla partidária. É com esses que eu vou. Ou tudo e todos no mesmo balaio ou a danada resistirá e continuará a fazer das suas.

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#COLUNA

Especialista em projetos e secretário

municipal da Agricultura

Chico Maia

A Z B AU RU . C OM . B R

As boas práticas de gestão ado-tadas no meio empresarial têm sido cada vez mais absorvidas pelo setor público, dentre eles destacam-se algumas técnicas

de gerenciamento de projetos aplicadas em organizações, as quais têm sido utilizadas de forma inovadora no setor público para trans-formar o planejamento em resultados.

Cabe ressaltar que na administração pública essa inovação se torna um desafio pertinente devido a aspectos como eleições, mudança de governos e do quadro de funcionários. Em re-lação aos aspectos restritivos ao gerenciamen-to de projetos, identifico principalmente a fal-ta de capacitação dos envolvidos no processo de elaboração e gerenciamento de projetos.

É imprescindível que os governantes cons-tituam os objetivos e metas da administração, pois a partir da identificação da necessidade, problema ou oportunidade, criam-se propos-tas que resultem numa melhora ou benefício da situação existente.

Em síntese, os maiores desafios identifica-dos para a consolidação definitiva do novo

modelo de gestão pública é transpor as bar-reiras da burocracia, conseguir redesenhar os fluxos dos processos que hoje são um en-trave para a agilidade, atingir o objetivo de realmente profissionalizar a gestão pública e desta forma motivar e capacitar de manei-ra efetiva os servidores públicos trazendo--os realmente para o time do projeto, crian-do uma sinergia.

Tornar os servidores aptos a entender e utilizar as modernas técnicas e ferramentas de gestão voltada aos resultados e conseguir melhorar o nível de gestão é um desafio. É fato que reformular os processos de gestão no âmbito da administração pública não é uma missão fácil visto que envolve diversos complicadores, mas tal desafio é possível se houver profissionalismo e constância de pro-pósitos dado que diversas organizações públi-cas estão evoluindo positivamente com este novo modelo de gestão.

Acredito que desse novo modelo de gestão derive mais economia, progresso, transpa-rência e ganhos para a administração local e mais benefícios para a sociedade.

GESTÃO DE PROJETOSNA ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA MUNICIPAL

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#COMPORTAMENTO

Você sai para passear com seu cachorro e após algumas qua-dras nota que ele foi envenenado. Parece

absurdo mas isso aconteceu recen-temente com a jornalista Bárbara Gancia, uma das apresentadoras do programa Saia Justa da GNT. Ziggy Stardust, um pequeno dar-chshund de 8 anos comeu um pedaço de miolo de pão na rua e começou a passar mal minutos após a ingestão. O miolo estava recheado de chum-binho. Bárbara pediu ajuda na rua e Ziggy foi levado às pressas a uma

clínica veterinária próxima. Por ter agido de forma rápida o cãozinho foi salvo a tempo. A apresentadora contou nas redes sociais o ocorrido e vídeos com a recuperação de Ziggy podem ser vistos. O saldo é uma gas-trite trabalhosa a ser tratada, sequela da maldade e covardia humana.

O envenenamento com chumbi-nho, veneno de rato (dicumarínico) e outros inseticidas são intoxica-ções criminosas que trazem agonia extrema e morte aos animais inde-fesos e devem ser denunciadas, in-clusive, anonimamente através do disque-denúncia 181.

A Anvisa (Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária) proibiu a venda do chumbinho (Aldicarb), mas o produto ainda é comercializado ilegalmente, o que também deve ser denunciado às Polícias Militares Ambiental e Ci-vil, Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e ONGs.

O veneno, no caso dos inseticidas como o organofosforado e carbamato, encontrados no chumbinho, atinge o sistema nervoso central e é absorvido pelo trato gastrointestinal e se espa-lha pelos orgãos e tecidos do animal levando à morte em boa parte dos ca-sos registrados.

Texto Amanda Rocha Fotos Cristiano Zanardi e

Banco de Imagem

Casos de animais envenenados salvos a tempo são raros. Quando acontecer, corra para o veterinário e denuncie o agressor

VENENO NA ALMA

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COVARDIANo início deste ano, a assistente

administrativa Cibele Ortiz encon-trou o seu gato “Loiro” se retorcendo na calçada de um vizinho. Ele esta-va muito bravo e sujo - dependendo do tipo do veneno, solta o intestino. Mesmo agonizando e já com o corpo começando a ficar rígido, ela conse-guiu colocá-lo na caixinha de trans-porte e chegar até uma clínica.

“Achei que não fosse dar tempo de chegar até o atendimento, mas deu! O veterinário teve que aplicar um calmante, pois ele estava muito bra-vo e arisco e logo depois entrou com a medicação necessária para cortar o envenenamento do chumbinho”, conta. Neste caso, assim como o do cãozinho de Barbara é feita uma in-dução ao vômito e lavagem gástrica. Loiro escapou da morte no limite e hoje vive normalmente.

As sequelas variam de acordo com o veneno e com a dose, há uma sé-rie de problemas posteriores como a

cegueira, pois o veneno pode atingir o sistema neurológico. Além de Loi-ro, Cibele tem cinco gatos adotados e quando criança passou por esta situ-ação mas com final triste: 13 gatinhos morreram envenenados. Na época, ela disse que não tinha conhecimen-to de ONGs protetoras de animais e não tomou nenhuma providência.

O delegado Dinair José da Silva, da Delegacia do Meio Ambiente, diz que a primeira providência nesses casos é registrar o B.O. (boletim de ocorrên-cia), fotografar ou fazer o laudo peri-cial com um veterinário. Ele reforça também que vale acionar as ONGs da cidade pois estas têm desenvolvido um papel muito importante no com-bate aos maus tratos.

Segundo o delegado, ao registrar a ocorrência se inibem novos cri-mes e a polícia tem vários sistemas de inteligência para identificação do autor. “Toda denúncia que chega aqui nós apuramos e temos identifi-cado os autores do crime e conver-

tido em termos circunstanciados remetendo ao Fórum. É um crime difícil mas não é impossível de se solucionar”, informa.

A pena prevista para crime de maus tratos a animais, como envene-namento e morte, é de três meses a um ano de detenção, de acordo com o artigo 32 da Lei de crimes ambien-tais. Está em trâmite na Câmara dos Deputados um aumento na penalida-de, já que esta é branda e muitas ve-zes apenas convertida em prestação de serviços à comunidade.

Dinair diz que ainda não dá para ter uma estatística dos envenena-mentos em Bauru com precisão, vis-to que Delegacia do Meio Ambiente voltou a ativa em abril deste ano. Ele informa que chegam em torno de 5 casos por mês, e sabe que o número é maior porém a maioria das pessoas não tem o costume de registrar o B.O. De acordo com o delegado, a Emdurb faz a retirada dos animais mortos e o CCZ também pode ser acionado.

Cibele Ortiz,

dona do gato “Loiro”

Achei que não fos-se dar tempo de chegar até o atendimento, mas deu! O veterinário teve

que aplicar um cal-mante, pois ele estava muito bravo e arisco e logo depois entrou

com a medicação necessária para cortar

o envenenamentodo chumbinho

Cibele com seu gato:ele se salvou

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#COMPORTAMENTO

POISON HEARTExistem adestramentos especializa-

dos para que os cachorros não comam comida fora de casa, ou de seu “pra-to”. Muitas vezes funciona, mas o ser humano “envenenado” dá um jeito de trazer a tona o seu pior. Maria Isabel Garib, veterinária, lembra de uma si-tuação com o seu pastor alemão Tod-dy. Cão de grande porte e “guarda da casa”, Toddy foi treinado para não co-mer carne dada a ele. No entanto, um indivíduo analisando os costumes da casa e do cão, derreteu queijo quen-te com veneno e ofereceu ao animal através de um espeto pelo portão. A pretensão era entrar na casa.

Maria Isabel, que já estava des-confiada de atitudes suspeitas, não havia saído de sua residência no ho-rário costumeiro e conseguiu ver o cão comendo o queijo e encontrou restos de pó preto. Ufa. Toddy viveu por longos anos e faleceu em decor-rência da idade.

“O ideal é ficar atenta nos restos de comida remexida no quintal, ves-tígios de sangue, restos de carne,

papel, e o quanto antes notar melhor para salvar. Animais apáticos, com pupilas dilatadas e quietinhos num canto é sinal de intoxicação e devem ser levados ao veterinário com ur-gência”, diz ela.

Se o seu bichinho é agitado e anda meio esquisito e abobado, fique aler-ta. Outras mudanças são os tremores, salivação, convulsão, hematomas pelo corpo e sangramento. Alguns sintomas demoram de uma semana a 15 dias para aparecer, e geralmente os hematomas pelo corpo podem an-tecipar um diagnóstico tardio.

O delegado Dinair ressalta que ge-ralmente a pessoa que mata animais já cometeu o ato criminoso antes e são indivíduos com perfil frio e sem sentimento – além de ser um agres-sor em seu lar também. Ele ressalta que o delito é de extrema gravidade visto que pode atingir humanos. “A pessoa não está fazendo mal só con-tra o animal porque e se uma criança vai lá e come um pedaço de carne? Isso pode ir para uma tentativa de homicídio ou homicídio”, aponta.

Maria Isabel Garib,

veterinária

O ideal é ficaratenta nos restos decomida remexida no quintal, vestígios de

sangue, restos de carne, papel, e o quanto antes

notar melhor para salvar. Animais apáticos, com

pupilas dilatadas equietinhos num cantoé sinal de intoxicaçãoe devem ser levadosao veterinário com

urgência

Maria Isabel faz alerta: animal quieto pode ser indício de envenenamento

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ANTÍDOTO CASEIRO?Susel Lopes é ativista da causa

animal e atua através da Pet Metal, um grupo de protetoras de animais que organiza eventos para arreca-dar fundos na base do voluntaria-do, doação e apoio. A paixão dela por animais não é pra menos pois cresceu vendo a sua mãe, que é uma cuidadora independente, salvando cães e gatos de situações extremas, como envenenamento. Uma das substâncias caseiras utilizadas por sua mãe é o carvão ativado.

Johnnie, seu cachorro de esti-mação, é um border collie de 30 kg e tempos atrás comeu uma planta tóxica, a “comigo-ninguém-pode”,

e começou a vomitar. Como ela sa-bia a fonte da intoxicação, utilizou o carvão e deu certo. Utilizado em lavagens gástricas feitas em clínicas veterinárias, o carvão é usado tam-bém em emergências caseiras para que o animal aguente até chegar à clínica. Às vezes até o carvão co-mum de churrasco é amassado, dis-solvido em água e dado com seringa. Para utilizar essa “receita” do carvão é necessário assumir certos riscos.

“Um veterinário ensinou a minha mãe a usar o carvão ativado pois ele impede que o organismo absorva o tó-xico que foi ingerido. Existem cápsulas de carvão ativado à venda nas farmá-cias mas o ideal é encaminhar o animal

imediatamente ao veterinário para melhor avaliação do caso”, pondera.

A veterinária Maria Isabel diz que não é aconselhável usar o carvão e informa que o máximo que dá para fazer, no caso do animal que acabou de ser intoxicado, é dar água oxigena-da de 10 volumes em uma dosagem de acordo com o porte do animal. O gato ou o cão vomita imediatamente o que ingeriu, e mesmo assim, corra para o atendimento especializado.

Todo animal faz barulho, late, mia e pode incomodar mas nada justifica mortes e maus tratos a seres inde-fesos e que merecem todo o respeito do ser humano, este sim, pode con-trolar seu instinto “animal”.

Susel Lopes,

ativista da

causa animal

Um veterinário ensinou a minha

mãe a usar o carvão ativado pois ele impede que o

organismo absorva o tóxico que foi ingeri-do. Existem cápsulas de carvão ativado à venda nas farmá-cias mas o ideal é

encaminhar o ani-mal imediatamente ao veterinário para melhor avaliação

do caso

Susel Lopes usou carvão para salvar animalzinho

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#NEGÓCIOS

Audi R8: o V10 faz parte do showroom

Com carros sofisticados econfiáveis, Audi apresenta

inauguração de loja naavenida Nações Unidas

Texto Redação Az! | Fotos Cristiano Zanardi

CONCEITO E INOVAÇÃOCHEGAM A BAURU

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63A Z B AU RU . C OM . B R

Os próximos meses continuarão repletos de novidades, com o lançamento de modelos como o novo A1 e o TT Roadster, além da inauguração da linha de produção da montadora em São José dos Pinhais, no Paraná, marcada para o final de setembro. Na fábrica, será produzido inicialmente o A3 Sedan 1.4 TFSI Flex, o primeiro carro da Audi no mundo a contar com tecnologia bicombustível. A partir do primeiro semestre de 2016, o SUV compacto Q3 será produzido no local.

A expansão da rede de concessionárias também é parte fundamental para a estratégia de crescimento da Audi no Brasil. A marca fechará 2015 com 50 revendas no país. Até 2020, serão 70 lojas por todo o país. 

SERVIÇOSSite: audicenterbauru.com.brTelefone: (14) 3878- 4800Endereço: Av. Nações Unidas, 9-75. Bauru/SP

Seguindo seus planos de expansão e investimentos no país, a Audi inaugurou no último mês de agosto, sua 11ª concessionária no estado de São Paulo, a Audi Center, localizada em Bauru. Com o intuito de atender os clientes exigentes que buscam qualidades como força, poder,

imponência e confiança em um só veículo, a Audi Center Bauru, oferece todo o portfólio da montadora e atendimento completo de pós-vendas que envolve desde a oficina até a comercialização da linha de acessórios originais da montadora.

A Audi Center Bauru pertence ao Grupo Toniello, que possui 20 revendas nos estados de São Paulo e Minas Gerais, além de contar com showroom de veículos novos e seminovos. Esta é a 42ª concessionária da marca no país.

“O desempenho da Audi no mercado brasileiro em 2015 é muito animador e vem registrando um crescimento constante sobre o ano passado. Com a Audi Center Bauru, estamos prontos para atender os consumidores da região mais exigentes quando o assunto são veículos com segurança, esportividade e sofisticação”, disse Carlos Dainesi, Gerente de Vendas.

A MARCA A história da Audi no Brasil começa em 18 de novembro

de 1993, com a oficialização do acordo operacional entre a Senna Import e a Audi AG pelo tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna, em Ingolstadt, Alemanha. Em março do ano seguinte, a importação e venda dos carros da marca no país se inicia como um grande desafio.

Em março de 2005, a Audi AG assume 100% dos negócios no país com o surgimento da Audi Brasil Distribuidora de Veículos, empresa multinacional disposta a dar sequência ao sucesso da marca no país.

Neste período, os carros Audi tornaram-se objeto de desejo entre os brasileiros, por suas inovações constantes e únicas, fazendo da marca sinônimo de sofisticação e modernidade.

DESEMPENHO Pela primeira vez uma marca premium emplaca mais de

1.900 carros em um mês. Foi o que aconteceu com a Audi, que vem registrando recorde sobre recorde de vendas. Foram 1.944 veículos emplacados em agosto.

Com 3.095 unidades entregues, o A3 Sedan 1.4 TFSI ocupa o topo do ranking entre os modelos premium no acumulado do ano. Além disso, a Audi lidera o mercado de luxo, com 11.007 veículos comercializados nos primeiros oito meses de 2015, o que representa um crescimento de 53,4% sobre julho e de 40,4% sobre o mesmo período de 2014.

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#COLUNA

Presidente daBatra, Bauru Transparente

Rafael Moia Filho

Na manhã de 29 de junho de 2015, o povo brasileiro acordou e ficou sabendo que seu competente governo federal atingiu a marca obscena de R$1 trilhão em arre-

cadação de impostos. Dinheiro que além de ser uma quantia exagerada, tem o grande problema de não voltar em forma de serviços e obras para a sociedade que pagou estes impostos injustos e utilizados para bancar as despesas internas e ex-ternas deste governo pífio do PT.

Sem contar que este governo não reduz gas-tos com folha de pagamento nem com contrata-ções equivocadas e passa o tempo aparelhando o Estado brasileiro, o que propicia apenas ganho para uma minoria da sociedade brasileira.

Nossa divida externa aumenta numa progres-são geométrica enquanto acumulam-se pro-blemas no seio dos lares brasileiros como, por exemplo, inflação, preços altos, desemprego, PIB ridículo, juros estratosféricos, corrupção, inse-gurança, obras paradas, orçamento nunca rea-lizado, apesar de aprovado, cortes em área vitais e muita mentira, mas muita mentira nas peças publicitárias em toda mídia nacional.

O Brasil tem recursos, porém, falta vontade política, falta inteligência e honestidade de pro-pósitos em todos os escalões governamentais. Todos querem poder, dinheiro fácil, enganar o povo, e, sempre que possível desviar recursos do erário para contas em paraísos fiscais.

A reforma fiscal nesta gestão da Dilma não virá jamais, pois o que o governo quer é fazer o cha-mado “Ajuste Fiscal” que significa literalmente aumento de impostos, e não a redução dos tribu-tos com a possibilidade de acréscimo de arrecada-ção a partir de uma tributação mais justa.

Até o final de 2015 veremos a arrecadação ultrapassar um trilhão e meio de reais, o que é um escárnio para uma população que não tem segurança, o atendimento dos hospitais é um lixo, falta saneamento básico e educação de qua-lidade em todo país.

A sociedade civil ao lado das entidades repre-sentativas de classes, segmentos representativos do Comércio e Indústria precisam lutar contra essa aberração que vivemos há muito tempo e que parece não ter fim. Dinheiro que se juntar-mos aos desperdícios das obras paradas e mais o ralo gigantesco da corrupção poderiam transfor-mar o Brasil numa Nação poderosa.

Entretanto, ninguém reclama, nenhuma enti-dade representativa de classe luta para reverter essa lógica perversa no país. Ao contrário, recen-temente vimos a FIESP através de seu presidente Paulo Skaf lutar junto com setores reacionários pela implantação da terceirização completa no país. Redução de impostos é uma bandeira que deveria ser de todo país, porém, fica esquecida e só é lembrada quando atingimos mais de um tri-lhão de arrecadação desta máquina trituradora de sonhos chamada Governo Federal do Brasil.

IMPOSTOS AINDA VÃOENGOLIR ESTE PAÍS!

Chuang Tzu

De que adiantamleis quando há miséria interior e esplendor externo?

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65

#COLUNA

Felipe Kobayashi

Especialistaem cirurgia e

traumatologia bucomaxilofacialpela Santa Casade Piracicaba.Professor doInstituto IES

Bauru (SP) e daFunorte Franca

A Z B AU RU . C OM . B R

Todos nós temos a infelicidade de uma hora ou outra a danada nos atacar. Podem ser causadas por stress, falta de sono, alguns tipos de remédios, ou até mesmo por

um mal jeito na hora de virar o pescoço.Todos temos nossas receitas quando ela apa-

rece, remédios, chás, escalda pés, como vimos na ultima matéria (Curas da Internet), mas fi-nalmente ela cessa. Agora, e quando esse pro-blema é algo frequente? Ou quando ela simples-mente não passa? Assim como na maioria dos problemas de saúde que temos, consultamos um médico, não é verdade? E esse é um detalhe importante, um médico. Por favor, não me en-tendam mal, uma significante parte das dores de cabeça são sim tratadas por médicos. Uma enxaqueca, por exemplo, aquela dor de cabeça que te deixa sensível a luz, cheiros e sons, quem tem o conhecimento e as ferramentas para tratá-la são os médicos, em especial os neu-rologistas. Ou então uma dor na região acima dos dentes, pegando também a parte da testa, possivelmente é causada por uma sinusite e é tratada por um médico otorrinolaringologista.

Todavia existem alguns tipos de dores de cabeça que são de responsabilidade nossa, dos cirurgiões-dentistas, tratar e que pouquíssimas

pessoas sabem disso. As Disfunções Tempo-ro-Mandibulares (DTMs) são distúrbios das articulações da mandíbula ou dos músculos associados com a mastigação. Os sintomas das DTMs são variados, entre eles estão dores de cabeça de origem desconhecida, estalidos e cre-pitações ao abrir a boca, sensação de cansaço na face ou pescoço ao acordar, desgastes dentários de origem desconhecida e noites mal dormidas frequentes. Vale a pena ressaltar que essas do-res de cabeça não se limitam apenas à região das articulações ou das porções ósseas que sus-tentam os dentes, abrangem a região da face inteira, testa, têmporas, pescoço e em alguns casos até as costas.

Com o tratamento à base de dispositivos in-ter-oclusais, vulgarmente conhecidos como “plaquinhas de mordida”, fisioterapia, em al-guns casos a utilização de medicamentos ou ci-rurgias, a etapa mais complicada e difícil do seu tratamento é o diagnóstico, já que uma signifi-cante parcela dos portadores de DTMs procu-ram os profissionais errados para se consultar.

Se você se encaixa em alguma das característi-cas àcima, faça uma consulta com seu cirurgião--dentista de confiança, talvez ele possa te ajudar a acabar com esse problema, de uma forma mais simples do que você imagina.

DORES DE CABEÇA O QUE FAZER?

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Ivan Goffi

Advogado

R E V I S TA A Z ! | S E T E M B R O 2 0 1 5

Lula da Silva, do alto de sua soberba, disse que Dilma não pode ser julga-da pelos seis meses de mandato. Sua memória sempre foi oportunamente vazia ou por não saber que existia um

país antes dele, ou por ignorar as consequências de seus atos. A crítica não é ao governo de seis meses. É ao projeto fracassado do PT e os doze anos de dilapidação que enfiaram nossa república no caos econômico, estrutural, fiscal e político.

Fomos surrupiados pelo projeto irresponsável de distribuição de renda que sangrou os cofres da república sem contrapartida, ou pela distribuição de meio trilhão de dólares em empréstimos fic-tícios via BNDES. Ou pela contaminação mortal da Petrobras. Foi esse projeto que destruiu a esta-bilidade do plano real e que forjou o maior ataque às instituições republicanas, pela degradação do quadro político e oficialização da corrupção em escala industrial em todos os setores do governo. Foi a política inconsequente que trouxe uma in-flação de 8% ao ano, e subindo. Foi por ele que as empreiteiras sempre generosas nas campanhas e contas de petistas entraram pela porta da fren-te nos escândalos mais vergonhosos da história pátria. Foi com o petismo que negros e brancos se estranharam, e gays marcharam contra héte-ros, pobres contra ricos, ignorantes contra cultos.

Fraudes eleitorais, orçamentárias, nas obras de PAC, na Copa, numa linha de produção diuturna e incansável de desvios. Foi o petismo que trouxe o desemprego, o PIB negativo, a inflação e muitas outras lambanças que as últimas duas gerações de brasileiro só conheciam de ouvir pais e avós contarem a história.

Mas, o PT também reescreveu a história, re-servando à mentira uma coletânea fraudulenta de luta por democracia, curiosamente escrita por comunistas que frequentaram os sarais dos san-guinários irmãos Castro. Tomamos passa-mole-ques do Paraguai, Bolívia, Argentina e Venezue-la que, além da vergonha nos tratar como um povo apático, ainda nos legou bilhões de dólares de prejuízo. É a alegria do socialismo desmiola-do que só dura o tempo que durar o dinheiro dos outros. Para piorar, a política do lulopetismo é a política da terra arrasada: destrua-se tudo e to-dos, desde que seja pelo ideal.

É isso que está sendo julgado nas ruas: um pe-tismo que tenta se salvar apostando novamente na discórdia e divisão, abraçando o papel de víti-ma das elites, mesmo que sua alta cúpula tenha amealhado centenas de milhões em suas contas bancárias. Filhos, cunhados, irmãos e pais nunca enriqueceram tanto como no Brasil do PT.

Esta sim foi a única distribuição de riqueza.

DOZE ANOS EM SEIS MESES

#COLUNAFo

to E

BC

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#COLUNA

Eduardo Borgo

Advogado

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Diariamente vemos na internet pessoas clamando por um mundo melhor e criticando a política, sem dar conta que o Brasil não muda se os brasileiros não mudarem.

Em uma campanha eleitoral é comum todos os tipos de pedidos em troca do voto, como pa-gamento de contas, empregos, churrascos e de-mais favores que até Deus duvida. Com certeza aqueles que fazem parte de um programa políti-co querem um espaço, mas não tem como trocar cada voto por um favor.

É a velha máxima que “cada povo tem o que merece”. Com certeza o povo que vota na troca recebe o troco.

SEJA HONESTO! QUER UM PAÍS MELHOR?

Passada a campanha eleitoral, o cidadão reclama que a Câmara deve ser mudada e exige novos nomes. Com todo respeito ao eleitor, vai ser difícil mudar, pois o voto está encabrestado, mesmo nos dias atuais onde o cidadão acredita que existe liberda-de de imprensa.

Para ter uma ideia, qual a lógica em votar em um candidato a vereador que não tem profissão? Alguém em sã consciência acre-dita mesmo que um candidato profissional vai colocar seu mandato ou sua reeleição em risco? Claro que não, pois se não se reeleger ou arrumar uma boca no governo, sua famí-lia irá passar fome. Pior ainda! Como esses candidatos profissionais conseguem tanto dinheiro para bancar suas campanhas sem se submeterem aos “favores”. Essa é a máxi-ma do Petrolão – é dando que se recebe.

Depois vemos parlamentares votando em leis inconstitucionais com colegas acusando--os de receberem propinas para aprovarem interesses de empresas privadas.

Cito como exemplo a última eleição onde fui candidato a vereador. Disseram que ti-nha uma senhora que iria operar e gostaria muito de me ver. Fiquei quase emocionado. Chegando na casa dessa “fã”, ela me disse que precisava de duas lentes de contato no valor de R$ 3.000,00 cada e se não conseguisse as lentes, não teria como enxergar as teclas da urna, ficando impossibilitada de votar em mim. Suspirei, dei um sorriso e disse para se-nhora que era melhor ela ficar em casa, pois não queria prejudicar sua saúde.

Fica difícil cobrar do seu candidato quando o voto é conquistado assim, na troca.

Seja honesto e só cobre do seu semelhante aquilo que estaria disposto a fazer, pois o po-lítico não vem de Marte! É escolhido dentre nossos pares.

Feito isso, quem sabe a mudança não surja naturalmente.

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#SOCIAL

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Dona Olga Bicudo

Estela Garcia, Olga Bicudo e Clóvis Garcia

Carlos Eduardo Francischone Júnior e Priscila Francischone Bruna Dias e Saulo Imparato

Toninho Donizete Neves e Eleonora Bottura Neves

50 ANOS DE APAE BAURU

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71A Z B A U R U . C O M . B R

Sueli Pires, Olga Bicudo e Agnaldo Dias

Andréa Evedove e Rogério Dal’Evedove

Mariana Oliveira e Marcos Oliveira

Fernando Colnaghi e Alda Custodio Martins

Artêmio Caetano, Mantovani, Toninho Gimenez e Paulo Eduardo Martins

Ana Carolina, Ana Luiza e Carlos Eduardo Francischone

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#SOCIAL

R E V I S TA A Z ! | S E T E M B R O 2 0 1 572

Rosângela Fazzio e Alice Fortes

Izabel Mizziara e Cláudio Ricci Inês Almeida, Fátima Derêncio, JOÃOBIDU e Valter Derêncio

Gabriella Alcântara Teixeira, Italo Teixeira e Beatriz Toledo Alcântara

Érico Braga e José Antonio Rossini Coronel Meira e a esposa Margarete Meira

Alessa e Michael Rodrigues

GRAND EXPO 2015

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COMUNICAÇÃO

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Page 74: Az! #29

#SOCIAL

R E V I S TA A Z ! | S E T E M B R O 2 0 1 574

Úrsula Gambetti e Letícia Viti

Luana Barbour e Fernando Vargas

Laurene Urel, Beatriz Moraes, Amelisa Morales e Ana Laura Moraes José Cosmo, Rosângela e Pedro Almeida

Ezequiel Vaz, Luana Vaz e Alessandra Hernandes

Aline Farha, Ana Laura Farha e Amanda Farha

GRAND EXPO 2015

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75A Z B A U R U . C O M . B R

64º CHURRASCO VICENTINO

Érick Tomazini e Natália Botelho Nilza Oliveira, Vitor Hugo e Eduardo Oliveira

Natashe, Joaquim e Paulo Frota

Marlene Moreira e Gérson Moraes

Maria Natalícia, Lavínia Andrade e Evillyn Andrade

Carla Fileti e Matheus Fileti

Beatriz Maceri, Laura Freitas, Laura Neco e Nayara Abreu

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#SOCIAL

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DESTAQUES DO ANO ACIB

Vítor Orti, Priscila Marques e Caio Sampaio

Henrique Simões, Guilherme Simões, Gabriel Rossi e Larissa Cavalheri

Emerson e João Svizzero

Eliane Amantini e Tatiana Chimbo

Edson Simões, Patrícia Rossi, Rodrigo Agostinho e Daniela Modolo Daniele e Daniel Disposti

Áurea Carvalho, Celso Carvalho, Luiz e Luiza Furtado

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77A Z B A U R U . C O M . B R

Thomaz Canela, Mariana Carrara, Eduardo Carrara, Carlos Eduardo Carrara, Cleide Carrara, Celso e Áurea Carvalho Sandra e Carlos Agra

Paulo e Solange Martinello Marcela Zopone, Claudionor Zopone Júnior, Marceli Zopone e Diogo Zopone

Família Amantini Alexandre Pimenta e Adriana Soares

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#SERVIÇOS

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#TIRANDO O CHAPÉU

Chinelo

AntonioPedroso Junior,

o Chinelo, éescritor filiado a União Brasileira

de Escritores– UBE. Autor de diversos

livros, entre eles Subversivos Anônimos e

Sargento Darcy, Lugar Tenente

de Lamarca

R E V I S TA A Z ! | S E T E M B R O 2 0 1 582

Seo Noboru, dona Leiko e Célio

E xistem pessoas que vieram a este mun-do para construir e sem dúvidas Leiko Muto é uma delas. Ainda jovem traba-lhou nas feiras livres de nossa cidade

e posteriormente, durante muitos anos manteve com a família a Quitanda São José na rua Batista de Carvalho, tradicional ponto de encontro da-queles que apreciam hortifrútis frescos e com qualidade. Com certeza, os mais antigos ainda se lembram da quitanda e do atendimento diferen-ciado dispensado aos clientes. Dona Leiko, depois da quitanda, montou com o companheiro e filhos, um tradicional restaurante em Bauru, angarian-do fama na cidade e região, com a qualidade de seus produtos, transformando o local em “point” dos admiradores da culinária japonesa.

Pessoa simpática, de fácil trato, cativa a clien-tela com sua educação e respeito com as opções dos frequentadores. Resolveu parar com o tra-balho, decidindo, ao lado do companheiro, ven-

der o restaurante. Entretanto, acabou não se acostumando em ficar parada dentro de casa, e juntamente com o companheiro, e o filho Célio montou no Jardim América um outro restauran-te que, em pouco tempo de existência, já vai se firmando como uma excelente opção da gastro-nomia em nossa cidade.

Desta forma, podemos dizer que esta nissei, natural de Duartina, com sua constante ativida-de comercial ajudou e ajuda a construir a história de nossa cidade, gerando empregos e, sobretudo, oferecendo produtos de qualidade e ambientes aconchegantes aos bauruenses.

Mãe de Alexandre, Célio e Kelly, casada com Noboru, dona Leiko é figura bastante conhecida e respeitada em nossa cidade na área comercial, conquistando todos aqueles que com ela convi-vem, além de buscar de forma continua o bem estar de sua família, razão pela qual resolvemos tirar o chapéu para ela, neste mês.

LEIKO MUTO

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