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BACULO Espiritualidade | Comunhão | Catequese | Evangelismo Igreja Anglicana Reformada do Brasil | Dezembro de 2017 Então é Natal!

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BACULO E s p i r i t u a l i d a d e | C o m u n h ã o | C a t e q u e s e | E v a n g e l i s m o

Igreja Anglicana Reformada do Brasil | Dezembro de 2017

Então é Natal!

Noticias da Igreja | Encontro NAMS Latino 2017

Anualmente, a organização NAMS, em seu setor latino americano, promove um encon-tro de membros, companheiros e amigos para discutir os trabalhos já feitos, plane-jar o futuro e reforçar sua visão evangelística.

NAMS é uma sigla que significa New Anglican Missionary Society, em português: Nova Socieda-de Missionária Anglicana. Depois do encontro em Pindamonhangaba, São Paulo, em 2016, esse ano o local escolhido foi o bucólico Koyamentu, um local de eventos cristãos cuidado por missioná-rios e que se encontra em Temuco, no sul do Chile.

Foram 3 dias de programação organizados por Andrés Casanueva, responsável pela NAMS La-tino, e sua equipe muito empenhada e concisa.

O evento também contou com a presença de Ma-nik Corea, executivo global da NAMS, oriundo de Singapura e que atua na Tailândia, estiveram também presentes um grupo de irmãos e pasto-res de Cuba, na liderança do Rev. Jesús Rafael Díaz Castellano, que mostraram o trabalho que é feito com muito esforço e amor à Cristo, apesar das muitas dificuldades impostas pela ditadura comunista em que ainda hoje vive o país, difi-cultando o acesso à materiais, internet, Bíblias.

Compareceu ao evento o argentino Marcos Yñiguez, representando o trabalho chamado “Parlamento e Fé”, que visa a evangelização de políticos com uma abordagem estratégica. Ricardo Vallejos, chileno, apresentou seu tra-balho evangelístico com universitários e in-formou aos participantes sobre o “Cru”: Cam-pus Crusade for Christ, também conectado à universitários que pretendem ter uma ex-periência cristã fora de seu país de origem.Estiveram presentes participantes de diver-sos países como Chile, Argentina, Brasil, Uru-guay, Estados Unidos, Singapura e os que atuam em seu país trouxeram sua visão, pers-pectiva e pedidos de orações necessárias.

Nos momentos de intervalo e após o fim da programação o tempo foi aproveitado para troca de informações, novas amizades e es-treitamento da comunhão entre os irmãos.Foram momentos de oração, comunhão e discus-são que reforçaram o aspecto inter-denominacio-nal da NAMS e o princípio de treinar discípulos que formam discípulos, assim levando o Reino de Deus tanto para os povos mais longínquos da Ter-ra como também para os nossos vizinhos ao lado.

Santiago, 14 de Dezembro de 2017

Emerson Souza

Enviado especial da FCE no NAMS LATINO 2017, Chile

O Báculo | Página 02

Então é Natal!

Mesmo não sendo o primeiro livro do Novo Testamento a ser escritoa, o Evangelho de S. Mateus é o que nos abre as páginas da Nova Aliança. E ele começa nos apresentando a Genealogia de Jesus com o objetivo de provar que o Cristo tem suas origens tanto em Abraão quanto em Davi, apresentando-o como Aquele que cumpriu todas as profecias mesiânicas do Antigo Testamentob.

Tal nascimento, claro, está repleto de significado, incluindo o próprio ‘nome de batis-mo’ dado ao Filho de Deus. Porque o nome “Jesus”, do hebraico “Josué”, significa “a sal-vação de Deus”, e foi dado ao Mesias com o claro propósito de testemunhar sua mis-são entre os homens: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”; ordem do anjo a José, pai do menino (S. Mateus 1, 21).

Há mais nesse nome. Em todo o mundo, e em todas as épocas da Igreja, os fiéis e até mesmo os ini-migos da fé, tem-no chamado de Jesus Cristo, ou simplesmente o Cristo. Todavia, a palavra Cristo, ao contrário do que possa parecer, não era um tipo de sobrenome, como se dá, por exemplo, em Maria Helena, Josué da Silva, ou qualquer outro caso. Cristo, termo grego que significa “o Ungido”, é, na verdade, um título que os cristãos primitivos atribuíram a Jesus, que de tão entranhado em Sua Pessoa e em Sua Obra, foi com justiça incorporado ao seu ‘nome de batismo’ para todo o sempre. Daí o Novo Testamento lidar com nome e o título de Jesus com a maior naturalidade. “Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” (S. Mateus 1, 1). “Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo” (S. Mateus 1, 16). “Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo” (S. Mateus 1, 18). Exemplos desses usos abundam em todo o Novo Testamento.

Então é Natal!

Rev. Marcelo Lemos

O Báculo | Página 03

Mas a genealogia que nos apresen-ta S. Mateus trás ainda outro nome ou título para Jesus. “Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Ema-nuel, que significa: Deus conosco” (S. Mateus 1, 23). O profeta que fez tal anunciação, ainda no Antigo Testamento, fora Isaías (Isaías 7, 14). E Jesus recebe esse nome com inteireza de justiça uma vez ser Ele Deus encarnado, de modo que, n’Ele, Deus esteve literalmente ca-minhando entre a humanidade. É bem possível que nem mesmo Isa-ías tenha imaginado quão sublime seria a realização de sua profecia.

A teologia presente em Emanuelc possui um importante paralelo no Evangelho de S. João, que diz “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verda-de” (S. João 1, 14). “Se fez carne”, claramente, faz referência a encar-nação do Filho de Deus. Fala de um dos mistérios mais sublimes da fé, isto é, que Deus assumiu sobre Si a natureza humana e ca-minhou entre nós. “Habitou entre nós”, em grego, pode literalmente significar “fez sua morada entre nós”, ou “montou sua tenda entre nós”, ou ainda “tabernaculou en-tre nós”. Ora, “morada”, “tenda” e “tabernáculo” era como se deno-minava o local onde Deus habita-va entre o povo de Israel em sua peregrinação pelo deserto. E não só isso, era o local onde o povo oferecia a Deus sacrificios periódi-cos pela expiação de seus pecados.

Consegue você, a luz de tais ob-servações, notar o riqueza simbó-lica contida em duas expressões aparentemente tão simples? Quão sublime é o significado pleno de Emanuel, o Deus conosco! Cris-to é Deus entre os homens. Ele é nosso tabernáculo, a morada de Deus entre nós, nosso sacri-ficio a Deus e a nossa salvação.

Hoje, muito dessa riqueza teológi-ca presente nas primeiras narra-tivas sobre o nascimento de Jesus parece esvair-se. O mundo a nossa volta mercantilizou o Natal, trans-formando-o apenas em mais um feriado, e mais uma dentre outras datas nas quais a industria e a mí-dia fomentam nosso insasiável de-sejo de consumir. Não é de se estra-nhar, portanto, que a figura de um velhinho simpático e altruísta ten-te subistituir a imagem do presé-pio onde o menino Deus, sendo Ele mesmo a maior de todas as dádi-vas, é adorado pelo mundo inteiro.

Infelizmente, alguns cristãos mo-dernos pouco ou nada fazem para restituir o Natal ao seu lugar de honra. Inumeras justificativas são apresentadas, desde as alegações de que as festividades natalidas surgiram de outras festas pagãs, ou a notória exploração comercial dessa festividade hoje. Outras são mais curiosas, como a feita por um amigo alguns anos atrás. “Reve-rendo”, disse ele, “nós sequer sa-bemos com exatidão a data precisa do nascimento de Jesus; mesmo assim a Igreja mantém essa fes-ta em seu calendário!”. De fato, expliquei, não sabemos se Jesus nasceu em 25 de Dezembro, ou em 12 de Outubro. Em Alexan-dria, por volta do Século III, data do Concílio de Nicéia, a Nativi-dade era celebrada juntamente com a Epifania, ou seja, por volta de 6 de Janeiro. Qual dentre nós deixaria de festejar o nascimento de um filho – adotivo, por exem-plo - de quem desconhecessemos a data exata de seu nascimento?

O Natal não se trata de uma data, mas de uma celebração. O Natal não é um dia, mas um aconteci-mento. O maior acontecimento da história. O Natal é Jesus, é o Cristo, é o Emanuel. Por isso os evangelis-tas Mateus e Lucas iniciaram suas narrativas a respeito de todas estas coisas nos contando como se deu a natividade de Jesus. E vale a pena observar que nenhum deles nos deixou uma descrição fria sobre

O Báculo | Página 04

a Cronologicamente, o primeiro livro a ser escrito no Novo Testamento é I Tessalonicenses.

b Acredita-se que Mateus escreveu para uma audiência judaica, que conhecia bem as profecias do Antigo Testamento. Alguns estudiosos acre-ditam que, originalmente, este Evangelho tenha sido escrito em aramaico.

c Veja mais sobre o nome ‘Emanuel’ ainda nesta edição, em O Verdadei-ro Sentido do Natal, do Rev. Regis Domingues, pagina 13.

tais eventos, antes, a rechearam de vida, adoração e muita festividade. Até mesmo a Genealogia apresen-tada por Mateus está repleta de vida e significado, bem longe da chatisse que muitas vezes lhe é atribuída.

Mas falemos dos misteriosos reis magos, dos quais não sabemos os nomes, nem seu número exato. Uma homilia antiga, datada dos primeiros séculos, de autoria desconhecida, nos revela que os primiti-vos cristãos atribuíam grande significado aos pre-sentes que os magos levaram até o menino: incen-so, ouro e mirra. Por serem três presentes algumas tradições interpretam como sendo três também os magos. O incenso dá testemunho da Divindade de Jesus, pois simboliza a fumaça que sobe até o Tro-no do Senhor. O ouro dá testemunho da Realeza de Cristo, o Rei dos Reis. Já a mirra era o perfu-me que geralmente se utilizava para os mortos, e é o presente que, como uma profecia, testifica sobre a morte vicária do menino deitado na manjedoura.

São Gregório Magno (+ 604), papa de Roma, comen-tando sobre estas coisas, escreveu contra os hereges: “são muitos os que acreditam em Deus, mas de modo algum acreditam que Ele reina em todos os lugares. Eles lhe oferecem incenso, mas o ouro não querem ofertar. São muitos também os que O estimam como rei, mas o negam enquanto Deus. Esses, como se pode ver, oferecem-Lhe ouro, mas o incenso não querem ofertar. Há muitos, enfim, que o exaltam tanto como Deus como rei, mas negam que Ele também assumiu a carne mortal. Estes lhe oferecem muito ouro e incen-so, mas a mirra da mortalidade não querem ofertar”.

Não só os magos festejaram ricamente o Natal, tam-bém os anjos de Deus fizeram festa, e com muita ale-gria. “E subitamente o anjo se juntou a uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos ho-mens, objetos da benevolência divina” (S. Lucas 2, 13-

14). Ao contrário do que pode parecer, os anjos não festejavam o Natal nos céus, mas entre os homens, a vista dos pastores de Belém. Depois da festa o evan-gelista diz que os anjos “os deixaram e voltaram para os céus” (v. 15). O que não significa que as festivida-des cessaram. Após estes eventos os pastores visita-ram o menino Jesus, motivo de sua alegria, e é bem provavel que foi também depois destas coisas que os magos entregaram seus presentes. E a mais de 2000 anos tem os cristãos feito exatamente a mesma coi-sa, louvando a Deus pelo maior presente da História.

Por isso a fé da Igreja, juntamente com Policarpo, bis-po e mártir que recebeu a fé diretamente dos apósto-los, celebra que “no firmamento brilhou uma Estrela maior que todas as outras! A sua luz era indiscritível! A sua novidade causou estranheza. Mas todos os de-mais astros, incluindo o Sol e Lua, fizeram coro à Es-trela. Esta, porém, ia arremessando sua luz por sobre todos os demais. Houve, por isso, agitação. Donde lhes viria tão estranha novidade? Desde então, desfe-z-se toda a superstição; suprimiram-se todas as alge-mas do mal. Dissipou-se toda a ignorância; o primiti-vo reino corrompeu-se, quando Deus manifestou-se como homem para a novidade de uma vida eterna”.

Que festa foi o Natal para o mundo inteiro, tanto para os judeus quanto para os pagãos. Mas primeiro os an-jos de Deus – como vimos – festejaram! Em seguida os pastores de Belém, e não ousemos nos esquecer dos pagãos, simbolizados pelos magos, que sairam do Oriente para celebrar o nascimento do menino Deus, pois até mesmo os pagãos encontraram a liberdade naquele que é a “luz dos homens” (S. João 1, 4) e “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (1, 29).

Como pode o cristão moderno furtar-se de par-ticipar dessa mesma alegria e festa? É Natal!

O Báculo | Página 05

= Reverendíssimo Josep Rossello =

CAFÉ COM O BISPO

Bispo, qual a importância do Natal?

O Natal é uma das principais celebrações do Ano Cristãoa. A celebração do nascimento de Jesus, o Cristo, é um evento que mudou a história da huma-nidade. Emmanuel, Deus conosco, foi a suficiente e perfeita revelação de Deus para que todas as pessoas, povos e nações pudessem conhecer o Deus Eterno. A celebração do Natal precisa estar no centro da vida de todas as famílias cristãs. Porém precisamos considerar como vivemos o Natal, e como deverí-amos celebrar para que realmente esta celebração cristã tenha toda sua relevância para os dias de hoje.

Para mim, o Natal é um momento de grande ale-gria. Não é por acaso que o nome da minha fi-lha é Natàliab, porque nos lembra o dom que é Jesus nas nossas vidas, da mesma forma que mi-nha filha foi um dom de Deus para minha família.

Há quem argumente que a Bíblia jamais ordenou que se comemorasse o nasci-mento de Cristo. Como o senhor vê a questão?

Sinceramente, não faz sentido para mim. O argu-mento é falacioso desde o inicio.. Se vamos fazer somente aquilo que a Bíblia nos ordena, então teremos alguns problemas bem sérios. Tanto por aquelas coisas que a Bíblia diz e já não fazemos - como mulheres usando véu, ósculo santo - como por aquelas que fazemos e a Bíblia tampouco ordena, por exemplo aniversários, dia dos pais, dia das mães, Dia da Reforma, Dia da Bíblia, etc..

A consequência dessa objeção é uma terrível compreensão do papel da Bíblia na vida da Igre-ja de Cristo, o que nos leva ao legalismo e ao sectarismo, sempre tão destrutivos. É preciso notar que o movimento Puritano acabou mer-gulhando a Inglaterra em várias guerras civis no Século 17. Primeiro, entre o Rei e o Parlamento; depois, entre várias facções puritanas no Parla-

mentoc, o que acabou numa ditadura militar que por sua vez levou os Puritanos Ingleses a decla-rarem guerra contra os Reformadores Holande-ses (por interesses econômicos e marítimos)d.

Além disso, a mentalidade legalista daqueles dias refletiu no pensamento de uma série de seitas, como as Testemunhas de Jeová, que seguindo essa objeção às suas últimas consequências, proíbe os seus fieis de celebrarem aniversários e outras da-tas, porque a Bíblia jamais ordenou tais coisas.

Durante a Reforma Inglêsa houve algu-ma controvérsia a respeito dessa festivi-dade?

Com certeza, a Reforma Protestante teve contro-vérsias em mil questões. Isso não nos deveria sur-preender. Muitas dessas questões são superadas hoje em dia pela Santa Igreja de Cristo. Somente alguns setores fundamentalistas e legalistas ain-da vivem com a narrativa do passado, pensando que são os verdadeiros defensores da verdade. Estes não percebem que muitas vezes são par-te do problema, e não dá solução, infelizmente.

________ a http://igrejaanglicana.com.br/wp-content/uplo-ads/2016/07/Calendario_Liturgico_Cristao.pdf

b Acentuação de acordo com a língua catalã.

c Não houve apenas um movimento puritano, mas diversos. Alguns puritanos, por exemplo, jamais deixaram a Igreja da Inglaterra, e havia diverson, até aqueles que negavam a Trindade, e assim por diante.

d E muitos puritanos que viviam na Holanda a deixaram rumo ao Novo Mundo. Em Of Plymouth Plan-tation, William Brandford argumenta que uma das razões foi que a Holanda se tornava uma nação com grande liberdade religiosa, e os puritanos não queriam que seus filhos fossem criados em tal contexto.

A celebração do nascimento de Jesus, o Cristo, é um evento que mudou a história da humanidade. Emmanuel, Deus conosco, foi a suficiente e perfeita revelação de Deus para que todas as pessoas, povos e nações pudessem conhecer o Deus Eterno. A celebração do Natal precisa estar no centro da vida de todas as famílias cristãs.

O Báculo | Página 06

Voltando a questão da Reforma, como já disse, as diferenças existiam entre os Reformadorese. Po-demos, por exemplo, ver o exemplo do Colóquio de Marburg, em 1529. Alí os reformadores fo-ram incapazes de encontrar uma posição comum.

Nada disso deveria nos surpreender, ou assustar. Você já tentou fazer uma reforma grande em sua casa? Vão surgir diferenças entre os membros da fa-mília sobre como querem fazer as coisa, bem como a extensão da reforma, ou ainda sobre coisas tão simples como a cor das paredes. Reformas são tem-pos de mudanças que são confusos e complexos, po-rém, precisamos passar por elas para voltar a ter a casa em condições dignas para viver e crescer como família. Também, é assim na Igreja. Porém, depois de uma reforma, percebemos que nem todo foi para melhor, e aprendemos como é possíve avançar.

O senhor vê algum problema em cristãos que adotam costumes como “árvore de natal” e “luzes natalinas”?

Não, não existe nenhum motivo pelo qual os cris-tãos não possam adotar tais costumes, se quiserem. Principalmente porque os mesmos surgiram e foram promovidos pelos cristãos evangélicos da América do Norte e Europa. Se alguém tem problema com tais, é por falta de conhecimento ou por superstição.

A liturgia anglicana precreve algo especial para festividades natalinas? E porque?

Interessantemente, a liturgia anglicana clássica (LOC 1662) prescreve um período de ofícios diá-rios que começa na Véspera de Natal, seguidos pela celebração principal no dia de Natal. Nos dias pos-teriores, são prescritas as festividades de São Es-tevão e São João Evangelista e também a de Todos os Inocentes. Deste modo, se centra na importân-cia no serviço, na pregação e na morte dos inocen-tes pela Natividade de Cristo, como luz do mundo.Depois, naturalmente, foram surgindo práti-cas e costumes vários, como a Coroa de Ad-

vento e outras, os quais têm sido expressas de formas diversas regionalmente, ainda que nem todas tem tomado forma e lugar na liturgia an-glicana, porém têm sido vividas localmente.

Atualmente o Natal é marcado por forte ape-lo ao consumo. Que conselho o senhor daria para os cristãos que dejesam honrar o nasci-mento de Cristo nessa data?

O desafio do cristão sempre vai ser viver o exemplo de Cristo, e seguir os passos de Jesus e o caminho do Se-nhor. Talvez, o melhor conselho se encontre em Pro-vérbios 3.5-6, “Confia no SENHOR de todo o coração, e não no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará tuas veredas.” Estas são datas para a família refletir o que signifi-ca o Nascimento de Cristo. Eu penso que tal expe-riência começa com o período de Advento, que fala de esperar com esperança. Cristo se fez visível, tra-zendo as boas novas do Reino, sendo a perfeita re-velação dos propósitos de Deus para o mundo, a realidade vitoriosa da redenção, e a promessa cum-prida da nova criação através do Espírito Santo. Temos que advogar o Natal como um ato de contracul-tura, como a realidade poderosa do Reino de Deus em nossos lares. Temos que recuperar o sentido litúrgico destas datasf, e reclamar a autoridade sobre esta cele-bração, a fim de proclamar a realidade transformado-ra do nascimento de Deus, o Filho. O Rei está em meio de nós. Alleluia!!! Todas as nações proclamem que Deus está vivo e reine, agora e eternamente. Amém.

________ e Além disso, não existiu uma Reforma, mas várias reformas por toda a Europa. Não se deve tomar um modelo de reforma e aplicá-lo a todos os reformadores. Para ficarmos apenas nos três exemplos mais relevantes, citamos a Reforma Luterana, a Reforma Calvinista, e a Reforma Inglêsa.

f Veja como celebrar o Natal com seus familiares no artigo Um Natal para ser lembrado.

O Báculo | Página 07

Noticias da Igreja | @RESET - Sinodo IARB 2017

Nos dias 15, 16 e 17 aconteceu o Sínodo 2017 da Free Church of England, também chamada Igreja Anglicana Reformada do Brasil. O tema do evento foi @RESET, referencia a necessidade de ‘reiniciarmos’, e voltarmos ao primeiro amor.

Estiveram presentes clérigos, leitores, leigos, alem de observado-res. Clérigos presentes: Bispo Josep Rossello (Pindamonhanguaba, SP), Bispo Francisco Buzzo (Bragança Paulista, SP), Rev. Eric Massa-ro (São Paulo, Sp), Rev. Marcos Bessa (São Paulo, SP), Rev. Marco Cic-co (São Paulo, SP), Rev. Regis Domingues (São Paulo, SP), Rev. Rogé-rio Assis (São Paulo, SP), Rev. Marcelo Lemos (Belo Horizonte, MG). Também estiveram presentes o ministro leigo Ricardo Ramos (São Jose dos Campos, SP), e o seminarista Leandro Kelly (Rio de Janei-ro, RJ). Como observador esteve no Sínodo o Padre Paulo, da ICC.

Foram três dias marcados por votações, relatórios, palestras e muita co-munhão. Ainda dois ministros foram recebidos, o Rev. Regis Domingues e o Rev. Rogério Assis, ambos oriundos de outra Igreja, com ordens reconhe-cidas pela Free Church of England. Outros dois foram feitos diáconos (Rev. Marco Cicco e Rev. Marcos Bessa). O encerramento aconteceu com a Mesa do Senhor, na Igreja Anglicana Nova Esperança (no Horto Florestal, SP).

Saiba mais na próxima edição do Baculo (Janeiro 2017).

O Báculo | Página 08

1. Preparação.

Um culto doméstico precisa de preparação. É interessante po-der saber qual a tarefa de cada pessoa: qual texto bíblico serão lidos? E por quem? É recomen-davel que se aprenda a cantar os hinos selecionados com alguma atencedência. Se vai haver ges-tos liturgicos, como colocar-se de pé ou de joelhos, ou baixar a cabeça durante alguma prece, o ideal é que pelo menos a família anfitriã - no caso de haver con-vidados - saiba o que e quando fazer. Mas nada deve ser ro-botizado, não é mesmo? É um momento de adoração, apren-dizado e confraternização!

2. Leituras Bíblicas.

Selecione passagens bíblicas relacionadas com o Nasci-mento de Cristo. Uma suges-tão util é seguir as leituras re-comendadas pelo Lecionário.

3. Orações e Coletas.

As preces podem ser espontâ-neas ou programadas, como acontece nas coletas sugeridas pelo Livro de Oração Comum. A liturgia da Igreja nos dá orações e coletas especiais para o Natal. E que tal se cada um puder ter alguns minutos para agradecer e pedir a Deus individualmente?

4. Hinos e cânticos.

Assim como as passagens bíblicas, também os hi-nos e cânticos podem ser selecionados para o Na-tal. Há na tradição musi-cal da Igreja canções que falam lindamente sobre o Nascimento de Jesus.

Um Natal para ser lembrado

Além das comemorações realizadas em sua comunidade ou paróquia, tal-vez você queira ainda aquela Ceia de Natal em família, não é mesmo? Mais que uma bela árvore e da decoração natalina, que tal se sua Ceia for tam-bém uma linda festa espiritual? Para ajudar você a elaborar um lindo culto doméstico selecionamos algumas dicas nessa edição de O Báculo. Confira!

Diretor Geral: Reverendíssimo Bispo Josep Rossello. Editor Chefe: Marcelo Lemos (Registro: MG-08183JP). Conselho Editorial (2017-2018): Bispo Josep Rossello (SP), Marcelo Lemos (MG), Rev. Diego de Araujo Viana (RJ), Dr. Guilherme Braun Jr (Alemanha). Projeto Gráfico: Marcelo Lemos. Colaboraram nesta edição: Bispo Josep Rossello, Rev. Regis Domingues, Rev. Marcelo Lemos, Emerson Souza. VOCÊ TAM-BÉM PODE AJUDAR COM FOTOS, ARTIGOS, COMENTÁRIOS, DICAS: [email protected] publicação está comprometida com os formulários anglicanos, e adota a Declaração de Princí-pios da Free Church of England, também chamada no Brasil por Igreja Anglicana Reformada do Brasil.SITE DA IGREJA NO BRASIL: www.igrejaanglicana.com.br. SITE DA IGREJA NA INGLATERRA: www.fcofe.org.uk.

O Báculo | Página 09

5. Bônus!.

Nas pgs 10 e 11, vocês en-contram orações, leituras bíblicas e hinos para a Ceia de Natal. Alem disso, sugerimos que alguém da família leia para todos ospresentes o artigo O Verdadeiro Senti-do do Natal, na pg. 13.

Na edição de Outubro, o Báculo trouxe estudos sobre a Reforma In-glesa e sobre a Liturgia Anglicana. Poucos sabem, mas o fato é que a liturgia anglicana tem influênciado muito as igrejas protestantes e evangélicas ao longo dos últimos 500 anos. Abaixo você encontra a letra da canção “Homens Sábios e de Bem”. Historiadores conside-ram que essa canção é a responsável pelo renascimento da música na-talina, e é de autorição de um cristão inglês anômino, do Século 18.

Oração | O Natal de Nosso Senhor(Livro de Oração Comum, 1662, revisado pela

FCE)

“Onipotente Deus, quem já nos deu Seu Filho Unigênito para tomar sobre Si mesmo nossa na-tureza, aqui nascido de uma Virgem pura; con-dece-nos, que nascidos de novo, e feitos filhos teus por adoção e divino favor, dia após dia po-dermos ser renovados por Teu Santo Espírito; por amor do mesmo Jesus Cristo, Senhor Nos-so, que vive e reina, Contigo e com o mesmo Es-pírito, sempre um só Deus, para todo o sempre”.

Leituras Bíblicas para o Natal(Lecionário Comum Revisado | Ano B)

Primeira leitura (Isaías 34, 1-12): 1Ó nações, chegai-vos para ouvir; e vós, povos, escutai; ouçam a terra e a sua plenitude, o mundo e tudo quanto ele produz. 2Porque o SENHOR está irado con-tra todas as nações, e a sua fúria está sobre todo o exército delas; ele determinou a sua destruição, entregou-as à matança. 3Os seus mortos serão jo-gados fora, e o mau cheiro dos seus cadáveres su-birá; e os montes se derreterão com o seu sangue. 4E todo o exército dos céus se dissolverá, e o céu se enrolará como um livro; e todo o seu exército cai-rá, como cai a folha da videira e da figueira. 5Pois a minha espada se embriagou no céu; ela desce-rá sobre Edom e sobre o povo que separei para a destruição. 6A espada do SENHOR está cheia de sangue, cheia de gordura, de sangue de cordeiros e de bodes, da gordura dos rins de carneiros; porque o SENHOR pede sacrifício em Bozra, e grande ma-tança na terra de Edom. 7E os bois selvagens cairão com eles, e os novilhos, com os touros; e a sua terra ficará ensopada de sangue, e o seu pó ficará grosso de gordura. 8Pois o SENHOR terá um dia de vin-gança, um ano de retribuições pela causa de Sião. 9E os ribeiros de Edom se transformarão em piche, o seu solo, em enxofre, e a sua terra ficará como betume ardente. 10Não se apagará nem de noi-te nem de dia; a sua fumaça subirá para sempre; ficará em ruínas através das gerações; ninguém passará por ela pelos séculos dos séculos. 11Mas os pelicanos e os bichos selvagens a possuirão; as corujas e os corvos habitarão ali; e ele esten-derá sobre ela o cordel de confusão e o prumo de

vaidade. 12Ali não haverá nobres para formar um reino; e todos os seus príncipes serão como nada.

Segunda leitura (Salmos 96): 1Cantai um cân-tico novo ao SENHOR, cantai ao SENHOR, todos os moradores da terra. 2Cantai ao SENHOR, ben-dizei o seu nome; dia após dia, proclamai a sua salvação. 3Anunciai sua glória entre as nações, e suas maravilhas, entre todos os povos. 4Por-que o SENHOR é grande e digno de ser louvado, mais temível do que todos os deuses. 5Porque to-dos os deuses dos povos são apenas ídolos, mas o SENHOR fez os céus. 6Glória e majestade estão diante dele; há força e formosura no seu santuá-rio. 7Tributai ao SENHOR, ó famílias dos povos, tributai glória e força ao SENHOR. 8Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei ofer-tas e entrai nos seus átrios. 9Adorai o SENHOR na beleza da sua santidade; tremei diante dele todos os habitantes da terra. 10Dizei entre as nações: O SENHOR reina; ele firmou o mundo, para que não seja abalado. Ele julgará os povos com justiça. 11Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; ruja o mar e tudo o que nele existe. 12Exulte o campo, e tudo o que nele há; então todas as árvores do bos-que cantarão de júbilo 13na presença do SENHOR, porque ele vem, vem julgar a terra, e julgará o mundo com justiça, e os povos, com fidelidade.

Terceira leitura (Tito 2, 11-14): 11Porque a gra-ça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens e 12ensinando-nos para que, renuncian-do à impiedade e às paixões mundanas, vivamos neste mundo de maneira sóbria, justa e piedosa, 13aguardando a bendita esperança e o apareci-mento da glória do nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus, 14que se entregou a si mesmo por nós para nos remir de toda a maldade e purificar para si um povo todo seu, consagrado às boas obras.

Quarta Leitura (S. Lucas 2, 1-20): 1Naqueles dias, saiu um decreto da parte de César Augusto para que o mundo inteiro fosse recenseado. 2Esse primeiro recenseamento foi feito quando Quiri-no era governador da Síria. 3Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade. 4E José, também, foi da ci-dade de Nazaré, na Galileia, à Cidade de Davi, cha-mada Belém, na Judeia, porque era da linhagem

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mada Belém, na Judeia, porque era da linhagem e da família de Davi, 5para alistar-se com Ma-ria, que estava grávida e comprometida com ele. 6Enquanto estavam lá, chegou o tempo de ela dar à luz, 7e ela teve seu filho primogênito; envolveu-o em panos e o colocou em uma manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria. 8Naque-la mesma região, havia pastores que estavam no campo, à noite, tomando conta do rebanho. 9E um anjo do Senhor apareceu diante deles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; e ficaram com muito medo. 10Mas o anjo lhes disse: Não temais, porque vos trago novas de grande alegria para todo o povo; 11é que hoje, na Cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 12E este será o sinal para vós: achareis um menino envolto em panos, deitado em uma manjedoura. 13Então, de repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu junto ao anjo, louvando a Deus e dizendo: 14Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele ama. 15E logo que os anjos se retiraram, indo para o céu, os pastores disseram uns aos outros: Vamos já até Belém para ver isso que aconteceu e que o Senhor nos revelou. 16Foram, então, com toda pressa, e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura; 17e, vendo-o, contaram a todos o que lhes havia sido dito sobre o menino;18e todos os que ouviam os pastores ficavam muito admira-dos. 19Maria, porém, guardava todas essas coisas, meditando sobre elas no coração. 20E os pasto-res voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, como lhes fora falado.

Cantemos ao Senhor!

“Natal”Hinário Evangélico (Metodista)

Eis dos anjos a harmonia!Cantam glória ao rei Jesus.Paz aos homens! Que alegria!Paz com Deus em plena luz.Ouçam povos exultantes,Ergam salmos triunfantes,Aclamando seu Senhor,Nasce Cristo, o Redentor.

Toda a terra e os altos céusCantem sempre glória a Deus!

Cristo, eternamente honrado,Do seu trono se ausentou.Cristo, entre homens encarnado,Deus conosco se mostrou.Que sublime divindade,E que excelsa humanidade,Salve glória de IsraelLuz do mundo, Emanuel.

Cante o povo resgatado,Glória ao Príncipe da paz;Deus em Cristo revelado,Vida e luz ao mundo traz.Nasce afim de renascermos,Vive para revivermos,Rei, Profeta e Salvador.Louvem todos ao Senhor!

“Um Pequeno a repousar”Hinário Novo Cântico

Quem é o Pequeno a repousarnos braços de Maria?A quem os anjos vêm cantaros hinos de alegria?

É este Jesus o ReiQue anuncia a Paz a quem Deus quer bem!Da Virgem Eleita é Filho,Jesus, que nasceu em Belém.

Por que tão pobre fora, então,a sua estrebaria?É que ao pobre pecadorO Verbo a paz traria!

Trazei a Ele o coraçãoProstrai-vos reverentes!Aos pés do Rei, que a salvaçãonos trouxe eternamente!

“Homens Sábios e de Bem”Hinário Novo Cântico

Vós, homens sábios e de bem E vós que estais em dor, Lembrai-vos todos, afinal: Nasceu o Salvador, Trazendo a todos salvação, a todos paz e amor!

Oh! Louvai o bom Deus com fervor; Com fervor! Oh! Louvai o bom Deus com fervor!

De Deus o nosso pai, Do céu um anjo apareceu E boas-novas de louvor Aos bons pastores deu: Que lá na vila de Belém o Cristo lhes nasceu.

Oh! Não temais, Pois vim trazer mensagem singular: Nasceu o vosso Redentor, Que aos homens quer salvar! Libertará de todo mal a quem não duvidar.

Ao nosso Deus e Salvador Louvores entoai, Com verdadeira gratidão As novas proclamai, E neste dia de Natal ao Salvador louvai!

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Catequeze

Qual o seuN O M E ?

As duas primeiras perguntas do Cate-cismoa nos fazem refletir sobre quem somos. “Qual é o seu nome?”, diz a Pergunta 1, e o discípulo responde com seu nome de Batismo. Na catequeze de hoje aprenderemos com a Bíblia(b)

como Deus conheçe cada um de nós.

Você sabia que Deus conheçe cada ser humano pelo nome? Quando o Senhor chamou o Rei Ciro para ir em auxílio aos judeus exilados, disse: “Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu escolhido, eu te chamo pelo nome e te concedo título de honra, embora não me conheças” (Isaías 45, 4). Certa vez Jesus entrava na cidade de Jericó acompanhado por uma grande mul-tidão, e um homem chamado Zaqueu desejava muito vê-lo. Sendo de baixa estatura, aquele homem não conseguia ver Jesus, por isso decidiu subir em uma árvore. Jesus, ao passar pelo local onde Zaquele estava, olhou e o chamou: “Za-queu, desce depressa, porque hoje tenho de ficar em tua casa” (S. Lucas 19, 5).Aquele homem ainda nao conhecia Je-sus, mas Cristo o conhecia pelo nome.

O nome é uma parte importante da vida humana. Geralmente, o nome de uma pessoa pode dizer muito sobre suas origens. No Brasil é comum que pesso-as do Nordeste tenham nome criados a partir da combinação de outros nomes, como Josénildo, Lindovaldo, Deusde-te, dentre outros. Nosso nome também pode dizer algo sobre nossa família, e até sobre a religiosidade de nossos an-tepassados. Entre os católicos romanos são comuns nomes como Maria Hele-na, José Maria, Maria José, Aparecida, Conceição. Outros nomes, como Moisés, Tiago, Josué, Calebe, dentre outros, se tornam comuns em regiões que expe-rimentam forte avanço de evangelicais. Nas histórias bíblicas é comum perce-ber que os nomes costumam indicar algo sobre a missão de cada pessoa(c).

Alguns religiosos acreditam que certos nomes trazem maldição. Mas Deus ensina isso? Observe que o Catecismo não pergunta se seu nome é bonito, se é ‘bom’, se é de origem cris-tã ou bíblico. Deus conheçe e te chama pelo nome, seja qual for! O Evangelho não veio trazer peso e temor sobre os que crêem em Jesus, e sim liberdaded. Se há alguma maldição, tudo foi resol-vido na Cruz do Calvárioe. É por isso que na Bíblia encontramos homens abençoados por Deus, apesar de te-rem nomes “feios”, e outros que anda-ram longe da verdade, mesmo tendo recebido belos nomes em seu nasci-mento (confira no quadro a esquerda).

Não tenha vergonha de seu nome. Não é preciso esconder suas origens ge-ográficas ou socioeconômicas. Não há acepção de pessoas na Igreja de Cristo. Aqueles que tratam seus semelhantes de forma preconceituosa pecam contra o Evangelho de Deus. O apóstolo São Pedro aprendeu isso quando finalmen-te aceitou visitar o pagão Cornélio: “Na verdade, reconheço que Deus não trata as pessoas com base em preferências. Mas, em qualquer nação, aquele que o teme e pratica o que é justo lhe é aceitá-vel” (Atos 10, 34-35). Sobre isso também escreveu S. Paulo: “Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3, 28).________

a Catecismo Século 21. Disponivel no site da Igreja.

b Todas as citações são da Tradução Almei-da Século 21. Acesse o site para conhecer ou-tras versões autorizadas para o uso liturgico.

c O nome de Jesus, por exemplo, é muito rico em significados. Confira mais sobre isso no artigo “Então é Natal”, publicado nesta edição, página.

d S. Lucas 4:18; Rom. 8:21; II Cor. 3:17; Gal. 5:1; etc.

e S. Joao 19:30; Gal. 3:13; Rom. 10:4; Heb. 9:11-14, 22-28; Heb. 10:1-14; etc.

Nomes bonitos,histórias ruins.

Muitos homens na Bíblia fra-cassaram muito espiritualmen-te, ainda que seus nome fossem agradáveis. Alguns exemplos: Abias (“Jeová é Pai”), Absalão (“Pai da Paz”), Judas (“Louvor”).

Nomes feios,histórias abençoadas.

Outras pessoas na Bíblia tinham nomes “feios”, e foram rica-mente abençoadas no Reino de Deus: Paulo (“Pequeno”), Epa-frodito (“Encantador”), Apolo (“Destruidor”), Felipe (“Amigo de cavalos”), Tiago (“Engana-dor”), e muitos outros.

O PRECONCEITO

Guilherme de Pádua Oliveria, um jovem de 19 anos, tem o mesmo nome do assassino da atriz Da-niela Perez, e sofre muito com o preconceito. “A cada dia isso pio-ra, não sei o que fazer”. Apelidado de “filho do assassino”, começou a pensar em suícidio. Há algum tem-po o jovem publicou em uma rede social seu pedido de ajuda. “Estou cansado de me xingarem tanto por ter o nome de um psicopata, por favor, me ajuda!”.

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A proximidade do natal é acompanhada de grande eu-foria. Luzes, piscas, enfeites, árvores, Papai Noel, tudo nos envolvendo num clima de festa, compras, troca de presentes. Muitas vezes o natal é encarado como mais uma comemoração do calendário, outras vezes como o momento de manifestar um espírito solidário, um ato de caridade, uma demonstração de afeto.

Sem dúvida essas coisas têm o seu valor e são até im-portantes numa época tão conturbada quanto a que vi-vemos. Sem dúvidas são brisas nesse deserto árido. Mas quando nos deparamos com os evangelhos, que retra-tam a vida de Jesus Cristo, não é possível ficar passível diante do fato que constitui o verdadeiro significado do natal.

O verdadeiro sentido do natal ofusca todas as festas, luzes, enfeites, caridades, pois ele anuncia o mais ma-ravilhoso ato de amor: Deus revelando-se na própria condição humana. Todos os evangelhos relatam o acon-tecimento mais sublime da história humana: o nasci-mento do Salvador. A peculiaridade do evangelho de Mateus, no entanto, é que ele faz referência direta às promessas da vinda de um salvador expressas pelo pro-feta Isaías (Is 7:14).

Um paralelo entre esses dois textos das Sagradas Escri-turas é a menção do Emanuel, o Deus conosco. O peso dessa palavra é que ela não só apresenta o nascimento do Salvador, como também, esclarece que o Salvador é o próprio Deus. Jesus é o Deus-filho, que veio ao mundo em forma humana, deixou sua condição de glória (Ef 2:6-8) para, como perfeito homem e perfeito Deus, pa-gar o preço de morrer no lugar de cada um de nós para, assim, nos reconciliar com Deus (Is 53:5,12; Rm 5:10). Essa foi a grande promessa de

Deus em todo o Velho Testamento e cumprida em Je-sus.

A nossa condição era de pecado, ou seja, de completo afastamento de Deus, de caminhada para a destruição, de completa enfermidade moral e espiritual, sem qual-quer possibilidade de recuperação por conta própria. Deus num ato e demonstração de amor (Rm 5:8) en-viou seu Filho, Jesus, que prontamente se ofereceu para morrer em nosso lugar. Justificando-nos, ou seja, apla-cando a ira divina ao derramar de seu próprio sangue na cruz. Como escreve o profeta Isaías: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si [...] ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o cas-tigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pi-saduras fomos sarados [...] justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si [...] porquanto der-ramou a sua alma na morte; foi contado com os trans-gressores, contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (Is 53). Jesus morreu a morte que nós merecíamos, mas a grande notícia não termina aí, pois Ele também venceu o poder da mor-te e do pecado que nos aprisionava, ressuscitando, nos estendendo a vida eterna, reafirmando a promessa que um dia voltará para a redenção completa da criação.

Que no natal possamos celebrar com grande alegria a promessa do Emanuel, o Deus-filho conosco, Jesus Cristo, e rememorar toda a sua obra de salvação, que re-cebemos como favor imerecido. Que nesses momentos de festa os nossos pensamentos dirijam-se para a obra de redenção (resgate do pecador) e de reconciliação com Deus realizada por Jesus e festejemos a Ele com sincera adoração. Esse é um convite para celebrarmos juntos o verdadeiro sentido do Natal.

O Verdadeiro Sentido do NatalRev. Regis Domingues

“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)”. Mateus 1:23

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Toda criança ama Papa Noel, ou pelo menos os presentes que ele parece trazer. E há muito mais a respeito desse personagem além do “bom velhinho” de rou-pas vermelhas. A lenda do Papai Noel começou com a história de um monge cristão turco, São Ni-colau. Mas, como isso aconteceu?

1. Riqueza em prol do Rei-no.

São Nicolau nasceu por volta do ano 270 d.C., em Patara, atual Turquia. Conta-se que era filho de uma família muito rica. Quan-do seus pais morreram, Nicolau herdou uma grande fortuna e, por amor a Cristo, usou seu dinheiro para ajudar os mais necessitados.

2. Dinheiro em meias!

Há diferentes versões para esses acontecimentos. Enquanto vivia em Patara, o monge cristão soube de um pai que precisaria prosti-tuir suas filhas para conseguir o sustento de sua casa. Eram três as filhas, de modo que São Nico-lau encheu três sapatos com ouro e jogou pela janela do quarto do pai, de modo que não precisasse vender suas filhas. Mas há quem diga que o monge na verdade jogou as moedas de ouro pela chaminé, que acabaram caindo dentro de algumas meias que as

garotas haviam colocado para secar junto ao fogo da lareira.

3. Defensor da fé cristã!

São Nicolau participou do Con-cílio de Nicéia, convocado em 325 pelo Imperador Constanti-no. Bispos da Igreja, mais de 300 vindos de todo o mundo, deba-tiam sobre a verdadeira nature-za de Cristo. Um deles, o Bispo Ário, afirmava que Jesus não era igual ao Pai, mas inferior a Ele.

Conta-se que Ário argumenta-va veementemente, defendendo suas ideias, enquanto os bispos o escutavam pacientemente. Me-nos São Nicolau, que perdendo a paciência acabou esbofeteando o herege no rosto, para consterna-ção dos presentes. Os demais bis-pos, indignados com sua postura, confiscaram suas vestes episco-pais e o mandaram para a prisão.

No entanto, a tradição relata que naquela mesma noite Nicolau teve uma visão em que Jesus lhe entregava as Escrituras, e Ma-ria lhe devolvia as vestimentas. Quando o carcereiro chegou na manhã seguinte para alimen-tá-lo, encontrou-o vestido com suas vestes episcopais e lendo as Escrituras. Ao saber desse acon-tecimento inexplicável, o próprio Imperador Constantino ordenou

que ele fosse libertado e resti-tuída sua dignidade episcopal.

4. O Papai Noel.

A lenda do Papai Noel foi inspi-rada na história do caridoso São Nicolau. Quase no final do Século XIX um desenhista alemão cha-mado Thomas Nast publicou na revista norte-americana “Har-per’s Weekly” o desenho de um Papai Noel que mais parecia um gnomo. Nos anos seguintes o ar-tista foi alterando a imagem do “bom velhinho”, até que em 1931 outro artista, Haddon Sundblom, foi contratado pela Coca-Cola e o vestiu o Papai Noel com a cor vermelha da empresa, tradição incorporada no mundo inteiro.

O verdadeiro Papai Noel, ou “bom velhinho”, foi um monge e bispo Cristão, jamais morou no Polo Norte, nunca se sou-be de duentes trabalhando para ele, e jamais deve ter visto uma rena na vida. No entanto, era um bom cristão, bispo conciliar (Nicéia), e uma alma voltada para a caridade cristã, deixando para todas as gerações futuras seu exemplo de amor e abne-gação - ainda que muitos hoje desconheçam o homem real por trás de uma das mais facinan-tes lendas do mundo moderno.

Na escola dos primeiros cristãos

Para amar o

Papai NoelRev. Marcelo Lemos

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Resumen Resumen de algunos artículos de esta edición. Oramos, que esa iniciativa pueda bendecir a nuestros hermanos de lengua española.

Resumen de la entrevista con el Obispo Josep Rossello, en Cafe con el Obispo.

¿Obispo, cuál es la importancia de la Navidad?

Para mí, la Navidad es un momento de gran alegría. No es por casualidad que el nombre de mi hija es Natana, por-que nos recuerda el don que es Jesús en nuestras vidas, de la misma forma que mi hija fue un don de Dios para mi familia. La celebración del nacimiento de Jesús, el Cristo, es un acontecimiento que ha cambiado la historia de la humanidad. Emmanuel, Dios con nosotros, fue la suficiente y perfecta revelación de Dios para que todas las personas, pueblos y naciones pudieran conocer al Dios Eterno.

Algunos dicen que sería incorrecto celebrar la Navidad. ¿Qué dice usted sobre eso?

Sinceramente, no tiene sentido para mí. El argumento está fallido desde el principio. Si vamos a hacer sólo lo que la Biblia nos ordena, entonces tendremos algunos problemas muy serios. Tanto por aquellas cosas que la Biblia dice y ya no lo hacemos - como mujeres usando velo, ósculo santo - como por las que hacemos y la Biblia tampoco ordena, por ejemplo aniversarios, día de los padres, día de las madres, Día de la Reforma, Día de la Reforma, Biblia, etc ...

¿Hubo controversia durante la Reforma?

Las diferencias existían entre los Reformadores. Po-demos, por ejemplo, ver el ejemplo del Coloquio de Marburg, en 1529. Alí los reformadores no pudieron encontrar una posición común. Nada de eso debería sorprendernos, o asustar. ¿Has intentado hacer una gran reforma en tu casa? Van surgiendo diferencias entre los miembros de la familia sobre cómo quieren hacer las cosas, así como la extensión de la reforma, o aún sobre cosas tan simples como el color de las paredes. Las refor-mas son temores de cambios que son confusos y comple-jos, por lo que necesitamos pasar por ellas para volver a tener la casa en condiciones dignas para vivir y crecer como familia. También, es así en la Iglesia. Pero después de una reforma, percibimos que no todo fue para mejor, y aprendemos cómo es posible avanzar.

¿Qué consejo le daría para los cristianos que dejesan hon-rar el nacimiento de Cristo en esa fecha?

Tenemos que abogar la Navidad como un acto de con-tra- tura, como la realidad poderosa del Reino de Dios en nuestros hogares. Tenemos que recuperar el sentido litúr-gico de estas fechas, y reclamar la autoridad sobre esta ce-lebración, a fin de proclamar la realidad transformadora del nacimiento de Dios, el Hijo. El Rey está en medio de nosotros. ¡Alleluia !!! Todas las naciones proclaman que Dios está vivo y reine, ahora y para siempre. Amén.

¡Entonces es natal! - Resumen

En este artículo el Rev. Marcelo Lemos comenta algunos elementos significativos que encontramos en los relatos sobre el nacimiento de Jesús.

1. El nacimiento de Cristo está repleto de significado, incluyendo el propio nombre de bautismo dado al Hijo de Dios. Porque el nombre “Jesús”, del hebreo “Josué”, significa “la sal- vación de Dios”, y se le dio al Mesías con el claro propósito de testimoniar su mis- entre los hom-bres: “Ella dará a luz un hijo, a quien pondrás el nombre de Jesús, porque él salvará a su pueblo de sus pecados. orden del ángel a José, padre del niño (S. Mateo 1, 21).

2. Cristo. Cristo no era un tipo de apellido, como se da, por ejemplo, en María Helena, Josué da Silva, o cual-quier otro ejemplo. Cristo, término griego que significa “el Ungido”, es, en realidad, un título que los cristianos primitivos atribuyeron a Jesús, que de tan entramado en Su Persona y en Su Obra, fue con justicia incorporado a su ‘nombre de bautismo’ para todo el siempre. De ahí el Nuevo Testamento tratar con nombre y el título de Jesús con la mayor naturalidad. “Genealogía de Jesucristo, hijo de David, hijo de Abraham” (S. Mateo 1, 1). “Jacob engen-dró a José, esposo de María, de la que nació Jesús, que es llamado Cristo” (S. Mateo 1, 16). “He aquí cómo nació Jesucristo: María, su madre, estaba desposada con José. Antes de cohabitar, sucedió que ella concibió por virtud del Espíritu Santo” (S. Mateo 1, 18). Ejemplos de estos usos abundan en todo el Nuevo Testamento.

3. Emanuel. “Todo esto sucedió para que se cumpliera lo que el Señor habló por el profeta: He aquí que la Vir-gen concebirá y dará a luz un hijo, que se llamará Ema-nuel, que significa: Dios con nosotros” (S. Mateo 1, 23). El profeta que hizo tal anunciación, aún en el Antiguo Testamento, fuera Isaías (Isaías 7, 14). Y Jesús recibe ese nombre con entereza de justicia una vez que Él es Dios encarnado, de modo que, en Él, Dios estuvo literalmente habitando entre la humanidad. Es muy posible que ni siquiera Isalia hubiera imaginado cuán sublime sería la realización de su profecía. La teología presente en Ema-nuel posee un importante paralelo en el Evangelio de San Juan, que dice “Y el Verbo se hizo carne y habitó entre nosotros, y vimos su gloria, la gloria que el Hijo único re-cibe de su Padre, lleno de gracia y de verdad “(San Juan 1, 14). “Se hizo carne”, claramente, hace referencia a la en-carnación del Hijo de Dios. Habla de uno de los misterios más sublimes de la fe, es decir, que Dios asumió sobre sí la naturaleza humana y cayó entre nosotros. “Habitó entre nosotros”, en griego, puede literalmente significar “hizo su morada entre nosotros”, o “montó su tienda entre nosotros”, o aún “tabernaculó entre nosotros”. Ahora bien, “morada”, “tienda” y “tabernáculo” era como si denomina el lugar donde Dios habita entre el pueblo de Israel en su peregrinación por el desierto. Y no sólo eso, era el lugar donde el pueblo ofrecía a Dios sacrificios periódicos por la expiación de sus pecados.

4. ¿De qué trata la Navidad? La Navidad no se trata de una fecha, sino de una celebración. La Navidad no es

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Resumen Resumen de algunos artículos de esta edición. Oramos, que esa iniciativa pueda bendecir a nuestros hermanos de lengua española.

una fecha, sino una celebración. La Navidad no es un día, sino un acontecimiento. El mayor acontecimiento de la historia. La Navidad es Jesús, es el Cristo, es el Emma-nuel. Por eso los evangelistas Mateo y Lucas iniciaron sus narrativas acerca de todas estas cosas contándonos cómo se dio la natividad de Jesús. Y vale la pena obser-var que ninguno de ellos nos dejó una descripción fría sobre tales eventos, antes, la llenaron de vida, adoración y mucha festividad. Como veremos más adelante, incluso la Genealogía presentada por Ma- teus está repleta de vida y significado, muy larga de la chatisse que muchas veces se le atribuye.

NAMS LATINO - Resumen

Anualmente, la organización NAMS (New Anglican Mis-sionary Societ), en su sección de América Latina, promue-ve un encuentro de miembros, compañeros y amigos para discutir los trabajos ya realizados, planificar el futuro y reforzar su visión misionera. Este año el evento ocurrió en el bucólico Koyamentu, un retiro cristiano cuidado por misioneros, en Temuco, en el sur de Chile.

El corresponsal de la Iglesia Libre de Inglaterra (Brasil) fue Emerson Sousa. Participaron en el evento: Manik Co-rea, ejecutivo global de NAMS, de Singapura. Los cristia-nos de Cuba, dirigidos por el reverendo Jesús Rafael Díaz Castellano (cuentan las dificultades que todavía impone el régimen comunista), entre otros hermanos de varias partes del mundo.

Sinodo 2017 - Resumen

En los días 15, 16 y 17 ocurrió el Sínodo 2017 de la Free Church of England, también llamada Iglesia Anglicana Reformada de Brasil. El tema del evento fue @RESET, hace referencia a la necesidad de reanudarnos, y volver al primer amor.

Estuvieron presentes clérigos, lectores, laicos, además de observadores. También estuvieron presentes el minis-tro laico Ricardo Ramos (São Jose dos Campos, SP), y el seminarista Leandro Kelly (Río de Janeiro, RJ). Como

observador estuvo en el Sínodo el Padre Pablo, de la ICC.

Fueron tres días marcados por votaciones, informes, charlas y mucha comunión. Algunos ministros fueron re-cibidos, el Rev. Regis Domingues y el Rev. Rogerio Assis, oriundos de Iglesia com Ordens reconocidas pela Free Church of England. Y otros dos fueron hechos diáconos (Rev. Marco Cicco y Rev. Marcos Bessa). El cierre se pro-dujo con la Mesa del Señor, en la Iglesia Anglicana Nueva Esperanza (en el Huerto Forestal, SP). Más información en la próxima edición del Baculo (Enero 2017).

Imagens Sinodo 2017

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