Bairrinho - Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro · Antônio Ribeiro Poço SECRETARIA MUNICPAL DE HABITAÇÃO Secretária Solange Amaral ... Quadros de Detalhamento

Bairrinho

Relatório de Avaliação de Programa Secretaria Municipal de Habitação�

TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

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Equipe de Inspeção

Maria da Graça da Cunha Simões CostaMaria da Graça da Cunha Simões CostaMaria da Graça da Cunha Simões CostaMaria da Graça da Cunha Simões Costa Willian do Nascimento Pire sWillian do Nascimento Pire sWillian do Nascimento Pire sWillian do Nascimento Pire s Antônio Ribe iro PoçoAntônio Ribe iro PoçoAntônio Ribe iro PoçoAntônio Ribe iro Poço SECRETARIA MUNICPAL DE HABITAÇÃO Secretária Solange AmaralSolange AmaralSolange AmaralSolange Amaral PROGRAMA BAIRRINHO Gerente Márcia GarridoMárcia GarridoMárcia GarridoMárcia Garrido maio/julho/2004

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Apêndices �Marco Lógico Matriz de Planejamento Análise Estratégica Fotos dos principais achados Medição da qualidade das águas nas Comunidades detentoras de ETEs Comentários dos Gestores Plano Diretor (artigos pertinentes ao Programa)

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��“ A primeira das diretrizes para a

política urbana elencada no Estatuto

das Cidades é garantia do direito a

cidades sustentáveis - entendido

como o direito à terra urbana, à

moradia, ao saneamento ambiental,

à infra-estrutura urbana, ao

transporte e aos serviços públicos,

ao trabalho e ao lazer, para as

presentes e futuras gerações;”

Acessos e muretas das canaletas de drenagem da Rua Sargento Jupir Comunidade Barro Preto Lins

Recentemente implantada neste Tribunal em vista da competência atribuída através do art. 70 da Constituição Federal, a Auditoria de Natureza Operacional destina-se ao exame sistemático de programas, projetos, atividades e sistemas governamentais, compreendendo a auditoria de desempenho operacional e a avaliação de programa, segundo definição consagrada por diversos autores e adotada pelo Tribunal de Contas da União.

A auditoria de desempenho operacional avalia o alcance das metas traçadas,

segundo os aspectos de economicidade, eficiência e eficácia. A avaliação de programa investiga o impacto provocado por essas ações, ou seja, sua efetividade.

Assim, o cumprimento de uma meta física ou a disponibilidade de um serviço

pode ser condição indispensável, mas não suficiente, para que determinada necessidade seja efetivamente atendida.

Ressalte-se a distinção entre os conceitos de eficácia, que abrange os de

economia e eficiência, e o de efetividade. O primeiro representa um indicador interno à organização, que se instrumentaliza por meio de planejamento, metas e objetivos claramente definidos, enquanto que o outro mede a satisfação externa ao retratar os efeitos, nos cidadãos, das ações executadas.

Nesta nova modalidade de auditoria busca-se aferir os resultados das ações

praticadas pela Administração, com a perspectiva de torná-la mais focada na melhoria contínua dos processos, na diminuição de custo e no aumento da qualidade do serviço prestado ao cidadão, identif icando e sugerindo boas práticas.

Apresenta, ainda, rotina distinta daquela verif icada nas auditorias de

conformidade, pois conta com a participação do auditado em todas as fases do trabalho, proporcionando ao Conselheiro Relator conhecer os achados (positivos ou negativos) ao mesmo tempo em que aprecia as considerações dos responsáveis pelos setores envolvidos.

A presente auditoria encontra-se prevista na Programação Anual de Inspeções

Ordinárias do TCMRJ, aprovado em Sessão de 28/01/2004.

�� #�� Esta auditoria teve como objetivo avaliar, dentre os programas constantes da

política habitacional do Município do Rio de Janeiro, aquele que melhor definisse a diretriz do órgão.

Para tanto, partiu-se da análise da composição do orçamento da Secretaria

Municipal de Habitação através do mapeamento da aplicação dos recursos, no período de 1996 a 2004. As composições, inicialmente previstas, das dotações distribuídas por programas e/ou atividades foram levantadas a partir dos Quadros de Detalhamento da Despesa/QDD.

Observou-se que foram alocados, no período considerado, em média cerca de

85% dos recursos destinados à habitação em Urbanização de Áreas de Baixa Renda, que visa “melhorar a qualidade de vida da população urbana de baixa renda no Município do Rio de Janeiro aumentando a disponibilidade e cobertura de serviços urbanos e sociais em favelas e loteamentos irregulares da cidade”.

Ressalta-se que no presente exercício de 2004 sua representatividade atinge a

marca de 93%, ou seja, do total de R$ 226.939.976,00 atribuídos à Secretaria,

R$ 210.377.998,00 direcionou-se a contratos de urbanização de favelas, conforme ilustrado no Gráfico abaixo.

GRÁFICO 1 - EVOLUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO ORÇAMENTO DA SMH

Fonte: Quadros de Detalhamento de Despesa aprovados para os exercícios considerados

Em razão das inúmeras solicitações das comunidades para serem atendidas

pelo Favela Bairro e ante a postura de algumas delas de expandirem-se para se adequarem aos critérios definidos para o programa, que atende a comunidades na faixa de 500 a 2500 domicílios, a Secretaria instituiu, em 1998, o Programa Bairrinho, que urbaniza áreas de menor porte, não conurbadas¹ , entre 100 e 500 residências.

A escolha do Bairrinho como tema deste trabalho, dentre as ações que

compõem o PPA do PROGRAMA DE URBANIZAÇÃO DE ÁREAS DE BAIXA RENDA, deve-se principalmente aos seguintes fatores:

- Possibilidade de verif icação da totalidade das comunidades

beneficiadas por ele, uma vez que neste foram contempladas poucas comunidades, com menor número de residências;

- Relevância da crescente favelização que vem ocorrendo no Município, o qual possui a maior taxa de expansão de favelas do país, de acordo com o divulgado por diversos órgãos - IBGE e IPP (6 vezes maior que a área formal) com previsões de crescimento, segundo reportagens jornalísticas como por exemplo, na Série Sem parede, sem chão – Jornal O GLOBO – de 09 a 16 de maio de 2004;

_______________________________________ ¹ Definição denotativa de conurbação – conjunto formado por uma cidade e seus subúrbios, ou por cidades reunidas que constituem uma seqüência, sem contudo, se confundirem.

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50

100

150

200

250

300

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Anos

R$

milh

ões

Regularização e Titulação

Outros

Programa Morar Carioca

Area Adminis trativa

Reassentamento de População de BaixaRendaUrbanização de Areas de Baixa Renda

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Travessa dos Campeões Comunidade Santo Antônio Ramos

Na fase de planejamento foram coletadas informações sobre o programa na Internet e no Sistema de Controle de Processos (SCP); realizada pesquisa acerca da legislação aplicável; identif icado e analisado o acervo de processos no TCMRJ e formuladas reuniões com os gestores.

Parte essencial da metodologia utilizada no levantamento teve como base

fontes primárias de informações (entrevistas). Com vistas a minimizar possíveis distorções nas informações coletadas junto às comunidades, a equipe teve o cuidado de entrevistar moradores de áreas distintas, exceto quando as condições de segurança não permitiram.

Nesta fase, também foram identif icadas algumas limitações à auditoria, tais

como a dif iculdade de constatação da implementação de alguns sistemas dados a característica das obras e os atuais níveis de violência presentes na maioria das áreas beneficiadas.

Por meio da análise dessas informações e dos documentos do programa, bem

como do conhecimento das políticas mais relevantes para a consecução de seus objetivos, foram implementadas diversas técnicas de auditoria de desempenho, apresentadas nos anexos.

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�� +��,� Buscou-se evidenciar situações que traduziriam forças/fraquezas e

oportunidades/ameaças ao programa de modo a identif icar os problemas e respectivas ações a serem implementadas para corrigi-los.

Da análise, destacam-se os aspectos mais relevantes quanto aos impactos nas

metas do programa:. Pontes Fortes

• captação de recursos (CEF, União Européia, etc) • alto conhecimento dos funcionários envolvidos • possibilidade de revisão periódica para adequação das metas • possibilidade de monitoração sistemática do desempenho do programa • diretrizes do programa bem elaboradas • possibilidade de participação da comunidade na conservação dos serviços e

equipamentos implementados pelas obras, reduzindo custos e transferindo renda, permitindo a continuidade dos benefícios. Pontos Fracos

• restrições orçamentárias • ausência de controle da expansão geográfica e do crescimento demográfico • ausência de políticas sociais integradas • ausência de indicadores gerenciais de desempenho e avaliação sobre o

impacto das intervenções do programa e o nível de satisfação com os bens e serviços recebidos

• dif iculdade no exercício do poder de polícia (vigilância sanitária, obras, meio ambiente, etc).

• fragilidade do trabalho social junto às comunidades beneficiadas no sentido de orientar e adequar seus hábitos à boa e correta utilização das instalações de uso comum ou privado

Oportunidades

• apoio da comunidade • apoio/parceria com ONG’s e outras esferas de governo • aceitação dos critérios/limites f ixados no Programa, por parte da população

atendida

Ameaças • baixo nível de controle e participação social – pouco envolvimento da

Comunidade • suspensão dos repasses externos • violência urbana/falta de segurança • comprometimento do conhecimento da área em razão de estatísticas

defasadas • expansão física e crescimento populacional em razão dos benefícios auferidos

pelo Programa, comprometendo a eficácia e a efetividade dos sistemas implantados e a sustentabilidade do programa.

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Com esta técnica procurou-se definir em que níveis de ocorrência as fraquezas

e ameaças detectadas na Análise SWOT poderiam comprometer os resultados do programa.

Baixa probabilidade/Alto impacto Alta probabilidade/Alto impacto • Suspensão dos repasses externos • Ausência de indicadores gerenciais de

desempenho e nív el de satisf ação

• Falha na f ase “diagnóstico” do Projeto • Expansão demográf ica em razão dos

benef ícios auf eridos • Ausência de controle de crescimento das

f av elas atendidas • Restrições orçamentárias • Ausência do exercício do poder de polícia • Carência de ativ idades coordenadas com

outras esf eras de gov erno • Fragilidade do trabalho social orientando e

adequando ao bom e correto uso comum e priv ado

Baixa probabilidade/Baixo impacto Alta probabilidade/Baixo impacto

• Falta de acompanhamento sistemático e av aliação do programa

• Ausência de políticas sociais integradas • Pouco env olv imento da comunidade • Comprometimento do conhecimento da

área em razão de estatísticas def asadas • Violência urbana/f alta de segurança

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� ��/�0�� Esta técnica apresenta os aspectos mais importantes da avaliação. É tomado

como referência para definir indicadores e metas a alcançar, avaliando, ainda, entre outros aspectos a relação custo benefício efetivo dos projetos, os impactos sociais, a manutenção e sustentabilidade das atividades implantadas pelo Programa.

Em razão da inexistência de Marco Lógico, foi estruturado, pela equipe, um

para o Programa Bairrinho a partir daquele elaborado para o PROAP II/Favela-Bairro (Apêndice).

SÍNTESE DO MARCO LÓGICO

Finalidade: Melhorar a qualidade de vida da população urbana de baixa renda Propósito: Execução de obras de inf raestrutura e urbanismo Componentes:

• Extensão do acesso aos sistemas de água e esgoto à população local • Extensão do acesso aos sistemas de drenagem, de iluminação pública e v iário às comunidades • Implementação de equipamentos sociais às comunidades

Atividades:

• Elaborar o projeto urbanístico • Contratar as obras de urbanização • Acompanhar a realização das obras • Implementar ações educativ as • Monitorar os resultados obtidos

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Comunidade Unidos de Unidos de Santa Teresa, vista da comunidade Vila Elza Rio Comprido

Esta auditoria não teve como escopo a análise formal e de execução de contratos. As principais constatações relativas a estes aspectos estão apresentadas em anexo e foram efetuadas de forma sintética, sendo fruto basicamente da verif icação in loco, de uma análise sistêmica da operacionalidade do Programa Bairrinho e de sua adequação ao estabelecido no Plano Diretor do Município.

Apesar de o planejamento de auditoria indicar a possibilidade de verif icação da

totalidade das comunidades beneficiadas pelo Programa, identif icaram-se os seguintes riscos de auditoria:

- Limitação temporal para a conclusão da auditoria; - Obras concluídas a bastante tempo; - Dificuldade de observação, dada a característica das intervenções

implementadas, das obras de infra-estrutura após sua realização; - Necessidade de contato prévio e de acompanhamento com os líderes

comunitários em função dos níveis de violência apresentados em algumas comunidades inspecionadas;

- Divergências entre o plano de intervenção e o contrato de execução das obras;

- Indisponibilidade ou insuficiência/fragilidade de alguns dados; - Acidentada geografia da maioria das comunidades.

Por meio de estratégias metodológicas que envolveram as técnicas

anteriormente especif icadas elaborou-se a Matriz de Planejamento (constante do Apêndice), a qual definiu objetivos, passos e metodologia adotada, orientando, ainda, os integrantes da equipe nas fases de execução e relatório de auditoria.

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O Programa Bairrinho, conforme já mencionado, objetiva à viabilização de ações análogas às do Programa Favela Bairro em comunidades de 100 a 500 domicílios, através da execução de obras, procurando melhorar a qualidade de vida da população urbana de baixa renda, aumentando a disponibilidade de serviços urbanos e sociais.

Considerando que tais ações devem ser desenvolvidas de forma coordenada e

em consonância com o Plano Diretor Decenal da Cidade do Rio de Janeiro de modo a garantir sua sustentabilidade, definiu-se, a partir dos objetivos e impactos previstos, como problema de auditoria:

Em que medida estão sendo asseguradas a eficácia e a efetividade do

Programa Bairrinho? O problema de auditoria foi desdobrado em três questões, detalhadas na Matriz de Planejamento, quais sejam: a) As obras estão contribuindo para a melhoria das condições de infra-estrutura básica? b) Foram implementadas ações de caráter social ? c) Houve ações que possibilitassem um melhor ordenamento urbano?

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Favela é a área

predominantemente habitacional,

caracterizada pela ocupação da

terra por população de baixa

renda, precariedade da infra-

estrutura urbana e de serviços

públicos, vias estreitas e de

alinhamento irregular, lotes de

forma e tamanho irregular e

construções não licenciadas, em

desconformidade com os padrões

legais.

Plano Diretor Decenal da Cidade do Rio de Janeiro

Unidades habitacionais Comunidade do Tijuaçu Alto da Boavista

A execução da política de desenvolvimento urbano é competência do poder público municipal e tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar dos seus habitantes, conforme estabelecido no artigo 182 da Carta Magna. O instrumento básico para a política de desenvolvimento e expansão urbana é o Plano Diretor, que, no caso da cidade do Rio de Janeiro, foi aprovado em 1992 (LC16/92). Buscando atender às diretrizes estabelecidas, foi criado, em 1993, o Grupo de Estudos de Assentamentos Populares (GEAP) e, a partir deste, a Secretaria Municipal de Habitação (SMH), responsável pela implantação do programa Bairrinho.

O Bairrinho tem missão e objetivos similares ao Favela-Bairro, o de integrar as

áreas beneficiadas à cidade, implantando infra-estrutura urbana, equipamentos e serviços públicos, ao mesmo tempo incentivando a participação comunitária e estimulando a geração de emprego e renda.

As intervenções do Bairrinho abrangem a abertura e pavimentação de ruas, a

construção de redes de água, esgoto e drenagem, a implantação de creches, quadras poliesportivas, praças, áreas de lazer, criação de serviços de limpeza urbana, reflorestamento e remoção de famílias que vivem em áreas de risco, com reassentamento na própria comunidade e demarcação dos limites, com objetivo de evitar a expansão da área.

A SMH dispõe de recursos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e

daqueles provenientes de parcerias, com a Caixa Econômica Federal e União Européia, para realizar estas intervenções, e ainda com a expectativa de que a participação dos moradores ocorra em todas as fases do programa, desde a definição do projeto até a etapa f inal das obras.

Objetivos prioritários previstos no Termo de Referência1 do Programa Bairrinho: – Completar ou construir a estrutura urbana principal, através da implantação

do saneamento básico e do sistema viário, de modo a dar acesso a todas as moradias permitindo a livre circulação de pedestres, e possibilitando, quando for o caso, o acesso de veículos e a prestação de serviços públicos, particularmente de saúde, segurança e limpeza urbana;

– Introduzir valores urbanísticos da cidade formal, como ruas, praças, infra-

estrutura e serviços públicos, possibilitando a leitura da favela como parte integrante do bairro e da cidade onde está inserida;

– Consolidar a inserção das favelas no processo de planejamento da cidade,

incluindo-as na legislação, nos planos e programas, mapas e cadastros relativos ao controle do uso e ocupação do solo, e na programação de atividades de manutenção dos serviços e conservação dos equipamentos públicos nelas instalados;

– Implementar ações de caráter social, implantando programas de

fortalecimento da organização comunitária, educação sanitária, geração de renda e capacitação profissional;

– Promover a regularização fundiária e prestar assistência necessária à

obtenção, por parte dos moradores, da documentação que lhes garanta a permanência no local.

1 Documento contido nos Editais, que serve de base à Licitação dos Projetos do Programa Bairrinho, tendo por objetivo estabelecer diretrizes, especificações técnicas e padrões a serem seguidos.

A implementação dessas ações visa a proporcionar benefícios às comunidades

contempladas, prevendo-se, prioritariamente, os seguintes impactos: - Melhoria das condições de saúde da população; - Fortalecimento da convivência e da organização comunitária; - Redução das enchentes na malha urbana; - Diminuição dos acidentes por deslizamento de encostas; - Melhoria das condições ambientais das favelas e da cidade; - Fortalecimento do sentimento de cidadania.

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�� Os principais atores identif icados e envolvidos no Programa são:

- Gerência do Programa (GER/SMH) – Controla a execução do Programa; - Núcleo de Atendimento a Populações Desfavorecidas (APD) – Controla a execução dos contratos f inanciados pela União Européia; - HSUB/Orçamento – Responsável pela elaboração e controle do orçamento (PPA, LDO e LOA) da Secretaria; - HSUB/Controle – Realiza o controle gerencial dos contratos dos Programas da SMH; - Coordenadoria de Projetos (COP/SMH) – Responsável pelos contratos dos projetos de obras; - Coordenadoria de Orçamento (CO/SMH) – Responsável pela elaboração dos orçamentos das obras; - Coordenadoria de Obras (COB/SMH) – Responsável pela execução das obras contratadas; - Órgãos/concessionárias (O/C) – Interagem com o programa, complementando atividades com vistas ao alcance dos objetivos estabelecidos (CEDAE, FEEMA, GEO-RIO, RIO-LUZ, RIO-ÁGUAS, SME, SMS, SMAS, SMTb, SMAC, etc) - Coordenadoria de Projetos Especiais (CPE/SMH) – Responsável pelo controle dos contratos de f inanciamento da Caixa Econômica Federal/CEF e do Orçamento Geral da União/OGU.; - Divisão de Licitação (DLIC/SMH)– Realiza as licitações da Secretaria; - Comunidades carentes selecionadas (CC) – Beneficiários do Programa; - Contribuintes cariocas (cidadãos) – Reais f inanciadores da Prefeitura e beneficiários indiretos do programa. - Financiadores (CEF, União Européia e Comenoi) - Parceiros do Município

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O Programa Bairrinho regula-se pela Lei Orgânica do Município do Rio de

Janeiro, pelo Plano Diretor, pelas legislações pertinentes aos aspectos licitatórios, ambientais, de elaboração e execução orçamentária e contratos de f inanciamento junto aos agentes parceiros.

�� As intervenções envolvem oferta de produtos físicos e palpáveis, como urbanização e implementação de sistemas viário, de água e esgoto, iluminação pública, drenagem e edif icações, e ainda serviços sociais, com ações educativas, e regularização fundiária.

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Um dos pontos críticos verif icado se relaciona exatamente à ausência de indicadores gerenciais de desempenho voltados à aferição e avaliação dos resultados dos projetos implementados, o que impossibilita a mensuração de dimensões relevantes, como o impacto gerado junto aos beneficiários diretos.

O fato de não existirem indicadores de desempenho específ icos para avaliar o

resultado das ações foi considerado quando da definição do problema de auditoria e ensejou a elaboração de um Marco Lógico para o programa a exemplo daquele utilizado no PROAP II, o qual se encontra no Apêndice .

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O departamento orçamentário elabora as previsões do Programa a partir das informações fornecidas pela Gerência do Bairrinho e devido à carência de informações, realiza ele próprio um levantamento.

Durante o exercício podem ser realizados remanejamentos de dotação quando solicitados pelo gestor. Atente-se para o fato de que tal procedimento pode comprometer o montante da dotação destinada ao programa, impactando negativamente a efetividade das ações, ante a possibilidade de reduzir os recursos inicialmente previstos.

Deve-se destacar a importância de na fase de planejamento haver a integração

entre os setores envolvidos e o orçamentário, para que os valores orçados/previstos sejam consistentes com os objetivos do programa, ou seja, montante de recursos orçamentários previstos condizentes com o volume de serviços da intervenção, minimizando a necessidade de cortes orçamentários, que podem comprometer a efetividade do programa.

O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentária e a Lei do Orçamento Anual não possibilitam o controle das metas previstas, devido ao insuficiente detalhamento de suas informações. Com vistas a complementar os dados destas peças, internamente a SMH utiliza o Plano Anual de Trabalho (PAT), que contém dados mais detalhados do programa.

As informações contidas no PPA, LDO e LOA - Ação: Bairrinho , Produto 0695

– Projeto/Obra de favela executada são pouco elucidativas, pois além de consolidarem nas metas obras e projetos, sem discriminar os respectivos quantitativos de forma analítica, não possibilitam ao usuário externo o acesso a informações que identif iquem as comunidades contempladas com obras ou projetos, bem como aquelas cujas intervenções estejam previstas e os respectivos montantes para cada uma delas.

O setor orçamentário adota como critério de controle, considerar como meta realizada a data de conclusão dos projetos/obras, mesmo que tenham sido iniciadas à conta do orçamento de exercícios anteriores. A inexistência do controle parcial das realizações origina-se da carência de informação, devido ao descontrole dos setores envolvidos.

Desta forma as obras e/ou projetos que tenham as metas previstas no

orçamento de 2004 e que ultrapassarem o exercício, serão considerados como meta atingida no exercício em que forem concluídos, acarretando distorções.

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O programa é f inanciado, em alguns casos, com recursos próprios do Município, e em outros através de parcerias, com aporte de contrapartida, seja por exigência do agente f inanciador ou pelo fato de o montante dos recursos f inanciados não suprir a totalidade das intervenções necessárias.

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$& ' %��Os agentes f inanciadores do programa Pró-Moradia do governo federal,

utilizam recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço/FGTS e do Orçamento Geral da União/OGU, exigindo do Município uma contrapartida mínima de 10 % e 20%, respectivamente, do valor das obras f inanciadas.

A Caixa Econômica Federal/CEF atua como gestora dos valores do FGTS e

agente intermediário/repassador do OGU, acompanhando a execução do empreendimento. Segundo informações do Coordenador da Coordenadoria de Projetos Especiais (CPE/SMH), a liberação de recursos é precedida de verif icações por engenheiros da CEF.

Os contratos de repasse de recursos destinam-se às despesas de serviços de

urbanização e de infra-estrutura, sem restrições de obras. A partir deste ano foram direcionados, prioritariamente, para a construção de moradias, conforme determinação do Ministério das Cidades.

As comunidades f inanciadas com recursos da OGU foram: Chapéu Mangueira e Barro Preto e do FGTS: Tijuquinha, Vila da Paz, Muzema, Vila Elza e Pereira da Silva.

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Os recursos disponibilizados pela União Européia são destinados a obras de edif icações (creches, centros comunitários, POUSOS2, Postos de Saúde e CEMASIS), contenções e áreas de lazer, f icando a cargo da Prefeitura o custeio das de infra-estrutura.

O controle dos recursos da União Européia está a cargo do Núcleo de Apoio à População Desfavorecida/APD/SMH, que além dos aspectos f inanceiros, acompanha, através de f iscalização, a execução dos projetos e obras das comunidades beneficiadas por esta entidade.

A entidade f inanciou as obras das comunidades de Benjamin Constant, Vila

Vicenti Moreti, Vila União da Paz, Vila Parque da Cidade e Vila São Bento.

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A COMENOI custeou as obras da comunidade Vila Canoas/Pedra Bonita em

parceira com o Município.

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Os recursos próprios (SMH e FMH) destinaram-se ao f inanciamento da

maioria das obras realizadas pelo Programa e ao aporte das contrapartidas mencionadas.

A principal fonte de recursos do Programa é proveniente do Município,

respondendo por aproximadamente 62% das obras realizadas, seguido daquelas f inanciadas em parceiras, assim classif icadas: 13% CEF/FGTS, 14% União Européia, 7% OGU e 4% COMENÓI.

A distribuição percentual dos recursos encontra-se evidenciada no Gráfico 2, e reflete os valores referentes às obras iniciadas pelo programa Bairrinho até o f inal do exercício de 2003.

GRÁFICO 2 - COMPOSIÇÃO DAS PARCERIAS NO PROGRAMA BAIRRINHO

(Em R$)

Fonte: Subchefia Especial de Assuntos Técnicos/SMH *Valores constantes atualizados até abril/2003

2 Pos to de Orientação Urbanís tico e Soc ial

CEF/FGTS13%

COMENOI4%

CEF/OGU7%

U. E.14%Recursos

Própr ios62%

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A f im de se obter uma visão geral de como é realizado o processo, foi efetuado, através de informações obtidas com os setores responsáveis e do evidenciado nos Termos de Referências, o organograma abaixo.

Comunidade selecionada

Elaboração do Diagnóstico

Elaboração de Projeto Básico

Elaboração Plano de Intervenção

Orçamentação das obras

Estimativa das intervenções a serem realizadas

Previsão Orçamentária (PPA, LDO, LOA)

Licitação e Contratação de empresa para elaboração do Projeto

Licitação e contratação das obras

Execução das obras

Entrega das obras Manutenção e Monitoramento

As comunidades escolhidas para serem beneficiadas pelo programa são avaliadas e estudadas na fase do Projeto, pela empresa contratada para este f im. Em razão da importância dos produtos resultantes desta fase e por sua complexidade e complementariedade com a execução das obras, descreve-se abaixo as atividades desenvolvidas para a elaboração de cada um desses produtos.

O Diagnóstico é um relatório submetido à SMH com a síntese das

constatações, a partir da coleta de informações, da situação em que se encontra a comunidade quanto à organização espacial e social; à infra-estrutura e serviços instalados e qualidade de seu funcionamento; às necessidades de serviços públicos e à problemática ambiental.

Estão refletidos no diagnóstico os problemas relativos a cada uma das

disciplinas compreendidas no Termo de Referência: sistema viário, redes de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem da águas pluviais, coleta de lixo, distribuição domiciliar de energia elétrica e iluminação pública, transportes, uso e ocupação do solo, situação fundiária, equipamento esportivo e áreas de lazer,

O Plano de Intervenção é realizado a partir do Diagnóstico e conta com algumas alterações efetuadas pelos setores responsáveis por sua execução, bem como pela limitação orçamentária da SMH. São definidas as propostas de intervenção urbanística e de projeto de alcance social, através de um processo participativo e de integração com a comunidade.

O Projeto Básico é desenvolvido a partir das propostas apresentadas no Plano de Intervenção, já aprovadas em assembléia com os moradores das comunidades. Suas informações devem ser suficientes para demonstrar exeqüibilidade e viabilidade técnico-f inanceira, consistência técnica e eventuais soluções alternativas à norma vigente passíveis de aprovação pelos órgãos competentes. Esse projeto deve ser apresentado à comunidade para ciência e aprovação.

Ressalta-se, aqui, que a realização de estudos e levantamentos pelo órgão na fase de projeto vai ao encontro de uma importante diretriz estabelecida no Plano Diretor, qual seja, as ações dos Programas de urbanização de áreas de baixa renda devem ser orientadas pelo estudo da situação fundiária e pela elaboração de projeto urbanístico.

Por sua vez, esses estudos e elaborações devem observar, dentre outras diretrizes, a previsão da implantação progressiva e gradual da infra-estrutura, com a definição das obras a serem executadas em cada etapa, de modo a manter a complementariedade entre elas.

De acordo com o Plano Diretor, a urbanização será executada, com base no projeto urbanístico, através da implantação prioritária de abastecimento de água, esgotamento sanitário, remoção dos resíduos sólidos e eliminação dos fatores de risco. Complementarão a urbanização o tratamento das vias, a execução da drenagem pluvial e da iluminação pública, a implantação dos projetos de alinhamento e o reflorestamento, quando couber. Os equipamentos urbanos complementares relativos à saúde, educação, lazer e outros serão implantados obedecidas a escala urbana da área e sua localização.

A partir do Projeto Básico é realizada a licitação para a contratação das obras;

após sua execução, de acordo com os objetivos prioritários previstos nos Termos de Referência, devem-se incluir as áreas beneficiadas na programação de atividades de manutenção dos serviços e conservação dos equipamentos públicos nelas instalado.

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CEMASI Comunidade Sto .Antônio Ramos

A partir da relação fornecida pela Secretaria, todas as comunidades contempladas pelo Programa foram inspecionadas e em cada uma delas entrevistados presidentes de Associações e moradores.

O procedimento teve como objetivo conhecer a opinião dos beneficiados

acerca das obras executadas, dos seus resultados e da satisfação proporcionada. Após o confronto das respostas obtidas tomou-se o cuidado de constatar a veracidade das informações.

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RENDA FAMILIAR, GRAU DE INSTRUÇÃO E NATURALIDADE DOS 230 ENTREVISTADOS (Em %)

Comunidades Renda Familiar <2SM 2¬4SM >4SM

Grau de Instrução Nulo Lê 1º 2º 3º

Naturalidade RJ No/Ne Se/S

Praia das Rosas 80 20 - 10 10 70 - 10 30 60 10 Vila da Paz 45 55 - 11 33 45 11 - 45 55 -

Muzema 50 33 17 - 33 33 33 - 33 66 -

Pereira da Silva 50 40 10 9 36 36 18 - 40 50 10

Tijuquinha 12 62 25 30 30 30 10 - 30 70 -

N.S. Apresentação 80 20 - 17 33 17 33 - 83 17 -

Santo Antonio - 83 17 33 17 33 17 - 66 33 -

Carumbé 50 50 - 12 - 38 38 12 76 12 12

Vila Verde 63 25 12 - 25 50 25 - 37 63 -

Vila Elza 34 55 11 11 22 56 11 - 67 33 -

Vila Canoas 43 43 14 14 - 43 29 14 57 29 14

Barro Preto 40 60 - - 20 60 20 - 100 - -

Chapéu Mangueira 17 58 25 - 8 50 42 - 65 18 17

Morro Azul 8 42 50 - - 50 50 - 83 17 -

Vicente Moretti 33 50 17 8 25 42 25 - 67 33 -

Sta Alexandrina 57 43 - - 29 29 29 13 57 29 14

Unidos Sta Teresa 100 - - - 60 40 - - 80 - 20

São Bento 50 50 - - 25 25 50 - 100 - -

Benjamim Constant 10 60 40 - - 40 60 10 80 20 -

Pq da Cidade 16 42 42 26 8 8 50 8 54 27 18

União da Paz 72 14 14 12 24 63 - - 88 12 -

São Jerônimo 70 30 - - 9 73 18 - 81 9 9

Novo Palmares 33 56 11 11 67 22 - - 25 - 75

Tijuaçu 10 70 20 10 30 20 40 - 70 30 -

Entre Rios 50 10 40 10 20 30 30 10 60 20 20

Babilônia 42 33 25 - 17 33 50 - 83 17 -

Média 42 42 15 9 22 40 27 2 64 28 8

Fonte: Pesquisa com moradores – maio/2004 Neste segmento buscou-se, a partir da amostra, conhecer a realidade sócio-econômica dos moradores das comunidades beneficiadas. A pesquisa apontou que 84% dos habitantes dessas localidades possuíam renda familiar inferior a 4 (quatro) salários mínimos.

No que concerne ao nível de escolaridade desses moradores, foi observado pela equipe que o resultado da investigação pode estar ligeiramente distorcido em razão do constrangimento de se atribuírem baixos níveis de instrução. Segundo o relatado, quase a metade dos entrevistados possuía o 1º grau completo e apenas 2% nível superior. Observou-se, contudo, solicitações para a implementação, nos colégios públicos das redondezas, de cursos de alfabetização para adultos, em várias dessas comunidades.

Buscou-se retratar, ainda, a questão do êxodo regional, por meio da identif icação da naturalidade dos participantes da pesquisa. Os resultados evidenciaram elevados níveis de migração, mais de 1/3, distribuídos entre norte/nordeste (28%) e sul/sudeste (8%), ressaltando que das 26 localidades visitadas, 7 apresentaram como sendo de outros estados mais de 50% dos entrevistados, Praia das Rosas/Sapucaia, Vila da Paz, Muzema, Pereira da Silva, Tijuquinha, Vila Verde e Novo Palmares.

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TEMPO EFETIVAMENTE GASTO PARA A CONCLUSÃO DAS OBRAS

Fonte: Subchefia Especial de Assuntos Técnicos/SMH * As comunidades que se repetem foram contempladas com 2 contratos **As prorrogações não motivadas por acréscimos de serviços estão sendo consideradas dilatação de prazo, a exemplo da suspensão e paralisação.

Comunidade Início (A) Término (D) Prazo original

(B)

Prorrogação de prazo

(C)

Suspensão / Paralização (A+B+C-D)

Praia das Rosas 14/05/1997 12/06/1998 240 150 0 Vila da Paz 28/08/2000 15/11/2001 180 90 174 Muzena 15/12/1999 05/10/2002 180 180 665 Pereira da Silva 23/08/1999 05/11/2002 270 150 750 Tijuquinha 18/10/1999 14/05/2000 180 30 30 NS Apresentação 17/07/2000 04/01/2002 180 60 296 Sto Antônio 28/09/2000 15/08/2001 180 180 141 Corumbe 03/07/2000 10/05/2002 180 180 316 Vila Verde 18/09/2000 27/05/2003 180 180 621 Vila Verde 2 01/08/2003 29/10/2003 90 90 0 Vila Elza 17/10/2000 17/06/2002 180 180 428 Vila Canoas 18/01/1999 06/07/2000 180 180 175 Vila Canoas 2 17/08/2000 27/02/2001 120 75 0 Barro Preto 17/10/2000 26/12/2002 240 90 470 Chapéu Mangueira 02/10/2000 08/12/2002 240 30 527 Morro Azul 03/10/2001 13/04/2003 180 30 347 Vicenti Moretti 04/02/2002 07/12/2003 240 120 311 Santa Alexandria 01/10/2001 02/12/2002 180 180 247 Unidos Sta Tereza 04/02/2002 26/10/2003 240 60 329 São Bento 23/11/2001 25/05/2003 240 240 308 Benjamin Constant 08/04/2002 07/12/2003 180 30 398 Parque Cidade 04/02/2002 11/11/2003 240 90 315 União da Paz 26/12/2001 19/05/2003 210 210 299 São Jerônimo 07/02/2002 30/12/2003 300 150 241 Novo Palmares 13/10/2000 08/02/2002 210 180 93 Novo Palmares 2 02/07/2002 14/01/2003 90 90 106 Tijuaçu 23/10/2002 16/07/2004 360 360 272 Entre Rios 17/11/2003 10/11/2004 360 360 0 Babilônia 04/12/2003 03/09/2005 540 540 99

Através dos dados fornecidos pela Secretaria, datas de início e término das obras, calculou-se o tempo efetivamente gasto para a sua conclusão, considerando como prazo original aquele adicionado somente das prorrogações originárias de acréscimos de serviços (art. 65 da Lei 8666/93), nos demais casos foram tratadas como as suspensões, ou seja, dilatações de prazo. Nesta abordagem, constatou-se que apenas na intervenção realizada na Praia da Rosas/Sapucaia foi observado o calendário previsto inicialmente. Todas as outras localidades, excetuando a Entre Rios, que se encontra no início das obras, apresentaram paralisações, conforme apresentado no Gráfico abaixo.

GRÁFICO 3 - PRAZO ORIGINAL E EFETIVO

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�

�

�

0 200 400 600 800 1000 1200

Dias

Praia d as Rosas

Vil a da Paz

Muzena

Perei ra da Sil va

Tij uquinha

NS Ap resentação

Sto Antônio

Corumb e

Vil a Verde

Vila Verde 2

Vila El za

Vila Cano as

Vi la Canoas 2

Barro Preto

Chapéu M anguei ra

Morro Azul

Vicent i Moret t i

Santa Al exandri a

Unidos Sta Tereza

São Bento

Benjami n Constant

Parq ue Cid ad e

União da Paz

São Jerônimo

No vo Palmares

Novo Palmares 2

Tij uaçu

Entre Rio s

Babilô ni a

Com

uni

dad

es

Prazo original Prazo efetivo

"��3��(�� .��

Em decorrência de terem sido visitadas todas as comunidades contempladas pelo Programa Bairrinho, segundo informações da SMH, tentou-se identif icar a relação existente entre custo e área ou número de residências, considerando-se, ainda, as características geográficas observadas nos locais.

CUSTO DAS OBRAS POR COMUNIDADE, HECTARE E QUANTIDADE DE RESIDÊNCIA

Fontes: Subchefia Especial de Assuntos Técnicos/SMH1 , Revista Conjuntura Econômica – FGV2 e Gerência do Programa Bairrinho/SMH3 * As comunidades que figuram com dois valores foram contempladas com contratos de complementação de obras.

Comunidades Valores Correntes1 (R$)

INCC2 (base=abr/03)

Valores Constantes (R$ abr/03)

Área3 (ha)

Valor/ha (R$ abr/03)

Nº de residências3 Valor/residência (R$ abr/03)

Praia das Rosas 2.387.470,52 (set/96)

1,693 4.041.987,59 4,90 824.895,43 916 4.412,65

Vila da Paz 476.764,24 (fev/99)

4,497 713.716,0 0,92 775.778,33 114 6.260,67

Muzema 369.975,69 (mar/99)

1,490 551.263,78 1,34 411.390,88 124 4.445,68

Pereira da Silva 1.767.896,95 (mar/99)

1,490 2.634.166,46 4,50 585.370,32 320 8.231,77

Tijuquinha 1.878.047,00 (abr/99)

1,482 2.783.265,65 5,90 471.739,43 729 3.817,92

N.Sra. Apresentação 1.209,174,52 (jun/99)

1,463 1.769.022,32 1,40 1.263.587,37 210 8.423,92

Santo Antonio 493.952,06 (out/99)

1,420 701.411,93 1,01 694.467,26 136 5.157,44

Carumbé 816.152,57 (out/99)

1,420 1.158.936,65 2,50 463.574,66 231 5.017,04

Vila Verde

1346.874,74 (jan/00) 513.367,18 (mai/03)

1,379 0,972

1.875.340,26 498.992,90

5,40

436.357,99

222 8.355,79

Vila Elza 836.650,78 (jan/00)

1,379 1.153.741,42 2,40 480.725,59 106 10.884,35

Vila Canoas 1.291.845,61 (jul/98) 126.744,21 (jan/00)

1,524 1,379

1.968.772,70 174.780,26

3,51

610.698,85

363 5.905,10

BarroPreto 1.518.153,71 (fev/00)

1,367 2.075.316,12 4,24 489.461,35 240 8.647,15

Chapeu Mangueira 1.375.898,23 (jul/00) 1,320 1.816.185,66 3,36 540.531,45 301 6.033,84 Morro Azul 1.206.283,88

(mar/01) 1,278 1.541.630,80 2,60 592.934,92 245 6.292,37

Vicente Moretti 2.210.808,25 (abr/01)

1,273 2.814.358,90 7,50 375.247,85 505 5.572,99

Sta Alexandrina 746.633,46 (abr/01)

1,273 950.464,39 2,22 428.137,11 155 6.132,03

Unidos de Sta Teresa 2.568.803,19 (mai/01)

1,247 3.203.297,58 9,20 348.184,52 860 3.724,76

São Bento 1.034.260,90 (mai/01)

1,247 1.289.723,34 3,10 416.039,79 307 4.201,05

Benjamim Constant 679.227,72 .(mai/01)

1,247 846.996,97 1,70 498.233,51 122 6.942,60

Pq da Cidade 1.370.094,73 jun/01) 1,233 1.689.326,80 3,75 450.487,15 752 2.246,45 União da Paz 1.243.638,49

(jun/01) 1,233 1.533.406,26 3,00 511.135,42 354 4.331,66

São Jerônimo 1.324.973,78 (ago/01)

1,219 1.615.143,04 6,50 248.483,54 291 5.550,32

Novo Palmares 1.581.209,63 (fev/00) 475.644,34 (dez/01)

1,367 1,188

2.161.513,56 565.065,47

7,00

389.511,29

258 10.568,14

Tijuaçu 3.087.444,97 (mai/02)

1,138 3.513.512,38 8,70 403.851,99 308 11.407,50

Entre Rios 6.032.145,66 (mar/03)

1,009 6.086.434,97 7,80 780.312,17 613 9.928,93

Babilônia 7.580.466,66 (abr/03)

1,000 7.580.466,66 9,98 759.565,80 440 16.996,56

O quadro apresenta valores correntes dos contratos, os quais, para efeitos

comparativos, foram inflacionados pelo Índice Nacional da Construção Civil calculado pela Fundação Getulio Vargas, de modo a torná-los constantes a níveis de abril de 2003 (data do orçamento da obra mais recente – Babilônia).

Estes custos constantes foram relacionados à quantidade de hectares das

comunidades e ao número de residências existente à época do projeto, entretanto, não foi possível identif icar correlação entre essas três variáveis, nem com a sua geografia – vertical ou horizontal – evidenciando, a princípio, inobservância de critérios técnicos para definir os recursos orçamentários destinados a cada uma dessas comunidades.

Analisaram-se, também, a partir dos dados retirados dos processos relativos a

essas contratações, os valores pactuados para cada uma dessas obras, de modo a identif icar suas alterações. Observou-se que apenas 8,33% dos contratos não tiveram sua composição original de custo modif icado. O resultado foi obtido considerando as comunidades Tjjuaçu e São Jerônimo, que embora não tenham sofrido acréscimo (§ 1º do art. 65 da Lei 8666/93) apresentaram mudanças em suas planilhas de quantitativos, e excluindo as de Entre Rios e Babilônia, por estarem no início das obras.

�� Em razão de ter partido de dados qualitativos (entrevistas), a análise tratou de

quantif icá-los considerando dois aspectos: execução total ou parcial dos sistemas e seus funcionamentos.

INFRA-ESTRUTURA REALIZADA PELO PROGRAMA NAS 24* COMUNIDADES OBSERVADAS

* foram retiradas do universo da pesquisa as Comunidades Entre Rios e Babilônia em razão de serem obras recém-iniciadas. ¹ não foi constatada a execução do sistema de drenagem (canalização superficial e/ou subterrânea) na Comunidade Vila Canoas. ² As Comunidades Vila Verde, Vicente Moreti, União da Paz, São Jerônimo e Tijuaçu, segundo a SMH, terão as ETEs licitadas futuramente ³ Estão fora de operação as ETEs das comunidades Tijuquinha, Muzema e São Bento, por falta de manutenção, bem como a da Vila da Paz, que apresentou defeito após a data da visita, saindo de operação durante o período de inspeção, pelo mesmo motivo.

Sistemas

Abastecimento de água 24 100% - 0% 8 33% 7 29% 9 38% Drenagem 23 1 96% - 0% 6 25% 17 71% - 0% Viário 19 79% 5 21% 10 42% 14 58% - 0% Iluminação 19 79% 5 21% 15 63% 9 38% - 0% Limpeza 24 100% - 0% 18 75% 6 25% - 0%

24

Sistema

Esgoto com utilização de rede formal ( � =13) 13 100% - 0% 4 31% 9 69% - 0% Esgoto com utilização de ETE ( � =11) 6 54% 5 2 46% 2 18% - 0% 4 3

36% 24

Implementação Funcionamento Inoperante Completa Incompleta Bom Regular/Ruim

Incompleta Completa Funcionamento Inoperante

Regular/Ruim Bom Execução Contratual

Verif icou-se que os contratos das obras contemplaram a execução de sistemas de abastecimento de água, entretanto, constatou-se que, após sua execução, o funcionamento desses sistemas foi considerado bom apenas em 33% das comunidades, ruim em 29% e em 38% não estavam em operação.

A principal reclamação foi sua realização incompleta, fato observado em

diversas comunidades, tais como falta de retaguarda e booster3, inexistência de ligação da rede construída à da CEDAE, ligações aos consumidores f inais inacabadas, reservatórios recém-construídos fora de operação, e ainda a má qualidade dos materiais e serviços, o que muitas vezes também obsta o funcionamento total do sistema. Em muitas comunidades o abastecimento de água é realizado através dos sistemas antigos, ainda que precários, construídos antes do programa Bairrinho. No Barro Preto, uma das comunidades nas quais o sistema novo f icou incompleto, os vazamentos do sistema antigo são inúmeros, podendo ser percebidos os desperdícios a cada 20 metros de caminhada.

Quanto à limpeza urbana, 75% dos entrevistados consideraram como bom os

atuais serviços, enquanto 25% queixaram-se em razão de insuficientes quantidades de containers, da periodicidade das retiradas de lixo, da inexistência de gari comunitário - solicitado por algumas comunidades -, além da falta de acesso para a circulação dos veículos da COMLURB em algumas delas.

Boa parte dos entrevistados apresentou dif iculdade em vincular a melhoria na

coleta de lixo ao programa, em virtude de estes serviços já estarem sendo prestados de modo satisfatório em momento anterior, contudo foram ressaltados como pontos positivos a pavimentação e construção de vias e acessos, que permitiram a circulação de caminhões e de equipamentos, bem como o aumento do número de containers disponibilizados pelo Município.

Os sistemas viário e de iluminação apresentaram execução total em 79%

das comunidades, havendo pendências em 21% delas. O funcionamento do sistema viário foi considerado bom para 42% e regular/ruim para os 58% restantes, devendo-se especif icamente à má qualidade dos materiais e serviços, tendo sido, inclusive, possível observar, em alguns locais, a rápida deterioração. A iluminação foi considerada boa em 62% das localidades e em 38% regular/ruim, basicamente pela demora na manutenção e substituição das peças danif icadas.

O sistema de drenagem foi implementado em 96% das comunidades,

entretanto, em apenas 25% delas foi considerado bom. Em 71% a drenagem apresentou-se como regular/ruim em razão da rede ser insuficiente, executada com material inadequado (sub-dimensionamento, baixa qualidade e grelhas frágeis) e ter adotado soluções de engenharia impróprias (caimento deficiente, apenas drenagem natural, escoamento para a rede de esgoto, existência de caixas de inspeção de esgoto sanitário dentro de galerias de drenagem).

Na comunidade do Barro Preto foi aproveitado o escoamento natural

(talvegues), reformadas as muretas laterais e construído um trecho novo, mantendo-se o fundo em terra, o que ocasionou infiltrações nas casas vizinhas às muretas e o carreamento de material para a rede pública de drenagem na rua Araújo Leitão, segundo as informações do representante da Associação de Moradores.

O sistema de esgotamento sanitário, para efeitos de análise, foi subdividido

em dois grupos, áreas com existência de sistema separador absoluto4 e áreas localizadas em zonas desprovidas de rede pública de esgotos sanitários. 3 Conjunto de bombas de recalque 4 Sistema constituído por duas redes distintas, sendo uma destinada a esgoto sanitário e a outra a águas pluviais, águas de superfície e, eventualmente, águas do subsolo (Art.2º, XLVI do Decreto 22.872/96 integrante ao Código de Obras do Município)).

Nestas últimas, o Decreto 22.872/96 exige o prévio encaminhamento a um

dispositivo de tratamento que observe a legislação ambiental e sanitária, além da prévia licença do Poder Concedente. No caso do Bairrinho, o licenciamento exige, em regra, a construção de Estação de Tratamento de Esgotos (ETE).

As 13 comunidades servidas por rede formal tiveram a rede implementada,

muito embora 69% delas classif icaram-na de regular/ruim, basicamente pelos entupimentos e pelas ligações indevidas às redes de drenagem, que as fazem transbordar.

No que se refere àquelas 11 comunidades que não são servidas por rede

formal de esgoto e por isso deveriam ser contempladas com a construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), apenas 54% foram construídas. Destas, 67% estão fora de operação, por falta de manutenção. Na comunidade Muzema, a ETE foi encontrada totalmente abandonada e deteriorada.

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• ANÁLISES QUÍMICAS¹

LOCAIS

TIJUQUINHA Amônia Nitrito pH

NOVO PALMARES Amônia Nitrito pH

CARUMBÉ Amônia Nitrito pH

Entrada da ETE (afluente)

- - - 0,30 mg/l 0,140 mg/l 8,0 0,76 mg/l 0,312 mg/l 8,0

Saída da ETE (efluente)

0,80 mg/l 0,441 mg/l 8,0 7,30 mg/l 3,650 mg/l 9,0 0,91 mg/l 0,205 mg/l 8,0

Receptor

0,04 mg/l 0,152 mg/l 7,0 0,13 mg/l 0,413 mg/l 8,0 0,28 mg/l 0,190 mg/l 7,0

• ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS²

LOCAIS

TIJUQUINHA BHT CT CF

NOVO PALMARES BHT CT CF

CARUMBÉ BHT CT CF

Entrada da ETE (afluente)

- - - 9,0 x 106 2,1 x 105 2,1 x 105 1,6 x 109 > 2,4 x 108 > 2,4 x 108

Saída do aerador

- - - 2,0 x 106 3,0 x 103 2,8 x 103 - - - Saída da ETE (efluente)

5,0 x 10 9 > 2,4 x 108 > 2,4 x 108 1,2 x 105 7,5 x 104 6,4 x 104 2,8 x 105 4,6 x 104 4,6 x 104

Receptor

4,5 x 105 1,5 x 103 1,1 x 103 3,0 x 109 > 2,4 x 108 > 2,4 x 108 9,0 x 106 2,4 x 106 2,4 x 106

Fonte: Boletim de Medição de Qualidade de Água, realizado pelo Centro de Biologia Marinha da UFRJ (Anexo 7)

Com vistas a subsidiar a análise do funcionamento das ETEs, foi solicitada, ao Departamento de Biologia Marinha da Universidade Federal do Rio de Janeiro, uma análise da qualidade das águas dos corpos hídricos, dos afluentes e efluentes das estações de tratamento de esgoto.

_________________________________________________________ ¹Amônia – substância orgânica nitrogenada, tóxica, é encontrada, normalmente, em baixa concentração e não causa dano fisiológico aos seres humanos e animais, em grandes quantidades podem

causar sufocamento em peixes. Em locais poluídos seu teor costuma ser alto. Primeiro estágio de decomposição pode evoluir para o nitrito e ao nitrato. Nitrato – concentrações superiores a 5 mg/l demonstram condições sanitárias inadequadas, pois sua principal fonte são os dejetos humanos e animais. Estimulam o desenvolvimento de algas e

sua presença indica poluição contínua. pH – indica condição de acidez (<7), neutralidade (=7) ou alcalinidade das águas (>7) e sua faixa varia de 0 a 14. Valores afastados da neutralidade podem afetar a vida aquática e a taxa de

crescimento dos microorganismos responsáveis pelo tratamento biológico dos esgotos. ²Bactérias Heterotróficas Totais/BHT – grupo de bactérias que indica ocorrência de poluição microbiológica. Engloba os coliformes totais e fecais. Coliformes Totais/CT – Estão associadas as fezes de animais de sangue quente e ao solo. Coliformes Fecais/CF – estão restritas ao trato intestinal de animais de sangue quente, assumindo importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de microorganismos

patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, como febre tifóide, febre paratifóide, desinteria bacilar e cólera.

As Comunidades Novo Palmares e Carumbé foram escolhidas por serem as únicas que possuíam ETE s em funcionamento e a Tijuquinha, embora paralisada, como parâmetro de esgoto lançado in natura.

As análises realizadas abrangeram parâmetros químicos (pH, amônia e nitrito) e

microbiológicos (bactérias heterotróficas fecais, coliformes totais e coliformes fecais) e os resultados, compilados nas Tabelas acima, encontram-se nos Boletins de Medição de Qualidade de Água no Apêndice.

As conclusões obtidas, pelo laboratório, após o exame do material coletado são

as de que, para os níveis microbiológicos, os afluentes das Comunidades Novo Palmares e Carumbé estão dentro dos padrões permitidos para recepção por corpos de Classe 4, pois as quantidades de bactérias neles contidos são inferiores aos já existentes nos corpos receptores (rios). No que tange a Comunidade Tijuquinha, onde o esgoto não está sendo tratado e conseqüentemente despejado in natura, o efluente apresenta-se com níveis microbiológicos acima dos limites permitidos para recepção por corpos de Classe 3.

Vale mencionar, a título elucidativo, que as águas do território nacional foram

distribuídas em categorias, por força da Resolução CONAMA nº 20, de 18/06/86, sendo a de águas doces subdividida em função do seu uso preponderante¹. A partir desta classif icação os corpos hídricos das comunidades selecionadas foram, após análise pelo laboratório, classif icadas em Classe 3 (Tijuquinha) e Classe 4 (Novo Palmares e Carumbé). Registre-se que, segundo a citada legislação, não há limites para esses níveis em corpos receptores categorizados como Classe 4, pois, por ser a última, seu padrão de lançamento assume intervalos acima dos observados para a Classe 3 (Coliformes fecais > 4000 org/100ml ou Coliformes Totais > 20000 org/100ml). Quanto às análises químicas, o laboratório conclui que os níveis de amônia, nitrito e pH estão dentro do permitido, exceto os da Comunidade Novo Palmares.

É notabilizada, ainda, a existência de aumento dos níveis microbiológicos na relação saída do aerador/saída da estação de tratamento de esgoto, verif icada na Comunidade Novo Palmares, exceto para as bactérias heterotróficas totais (BHT).

Esta afirmação pode ser constatada observando-se, no quadro apresentado,

que o efluente na saída do decantador (saída da ETE) apresenta níveis microbiológicos superiores aqueles observados no estágio anterior – aerador - do processo de tratamento.

O fato salientado deve-se, em princípio, ao fenômeno denominado

“intumescimento do lodo”, que ocorre no decantador pela não retirada do excesso de material orgânico acumulado, resultando má decantabilidade e adensabilidade do lodo. Assim, o acúmulo indevido pela falta de manutenção adequada tenderia a piorar os níveis microbiológicos na saída da estação.

____________________________________________ ¹ Classe Especial – destina-se ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfecção e a preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas (não são

permitidos lançamentos de qualquer natureza). Classe 1 – destina-se ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado; à proteção das comunidades aquáticas; à recreação de contato primária; à irrigação de hortaliças e

frutas consumidas cruas e a criação natural de espécies destinadas à alimentação humana (Coliformes Fecais = 200 org/100ml). Classe 2 - destina-se ao abastecimento doméstico após tratamento convencional; à proteção das comunidades aquáticas; à recreação de contato primária; à irrigação de hortaliças e

frutas consumidas cruas e a criação natural de espécies destinadas à alimentação humana (Coliformes Fecais = 1000 org/100ml) Classe 3 - destina-se ao abastecimento doméstico após tratamento convencional; à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras e a dessedentação de animais (Coliformes

Fecais = 4000 org/100ml) Classe 4 – destina-se à navegação; à harmonia paisagística e a usos menos exigentes (Coliformes Fecais > 4000 org/100ml).

Os resultados obtidos na avaliação microbiológica das águas coletadas na entrada e saída das ETEs levam a algumas considerações acerca do tratamento, se forem adotados os índices de eficiência na remoção de coliformes, referidos pelo autor Marcos Von Sperling em seu livro “Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos” (2ª edição revisada, Volume 1, Quadro 2.3, pág. 145).

De acordo com os índices adotados na citada literatura, os sistemas de

tratamento por aeração prolongada, lodo ativado ou f iltro anaeróbico situam-se em uma faixa de eficiência que varia entre 60 a 90% na remoção de coliformes.

Desta forma, partindo dos resultados demonstrados no quadro das análises

microbiológicas depreende-se que as ETEs em funcionamento, Novo Palmares e Carumbé, conseguiram desinfectar de coliformes (CT) os afluentes em 99% e 64%, respectivamente.

Esses resultados, entretanto, não são alentadores visto que os corpos hídricos

receptores apresentam níveis de infecção por coliformes muito elevados, 3.750 vezes a mais em Novo Palmares e 52 vezes em Carumbé que os efluentes neles despejados.

É importante mencionar que as análises efetuadas consideraram somente os

parâmetros descritos anteriormente, tornando-se imprescindível, para avaliar o funcionamento das ETEs, a utilização de outros ensaios, principalmente aqueles relativos à matéria orgânica, especialmente a Demanda Bioquímica de Oxigênio/DBO.

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EQU IPAMEN TOS D ISPON IBILIZAD OS PELO PR OGR AMA N AS 24* C OMU N ID AD ES OBSER VAD AS

INFRA-ESTRUTURA SOCIAL IMPLEMENTAÇÃO Nº Comunidades %

POUSO 04 16% Creche 11 46% CEMASI 08 33% PAM 06 25% Áreas de lazer 22 92% Cursos/palestras 10 42%

Observa-se que o Programa construiu creches em 46% das comunidades, Centros Comunitários, em 33%, e Postos de Saúde, em 25%.

Pôde-se perceber que todas as localidades pesquisadas contavam, também,

com esses equipamentos em bairros vizinhos, a distâncias razoáveis, apesar de, na maioria das vezes, estarem identif icados como principais reivindicações.

________________________________________________________ * foram retiradas do universo da pesquisa as Comunidades Entre Rios e Babilônia em razão das obras estarem recém iniciadas. Pouso - Santo Antonio, Vila Canoras, Morro Azul, Tijuaçu (previsto) Creche – Pereira da Silva, Tijuquinha, N.Sra. Apresentação, Vila Verde, Vila Canoas, Chapéu Mangueira, Vicente Moreti, Unidos de Sta.Teresa, Parque da Cidade,

União da Paz, São Jerônimo. As comunidades Morro Azul, Praia das Rosas, Novo Palmares e Tijuaçu já possuíam creches. CEMASI – Santo Antônio, Vila Canoas, Morro Azul, Parque da Cidade, Novo Palmares, Tijuaçu, São Bento e União da Paz. Carumbé tem previsão de ter em um novo contrato. PAM – Tijuquinha, Vila Verde, Vila Canoas, Chápeu Mangueira, Vicente Moreti e Parque da Cidade (previsto) Áreas de lazer – Carumbé e Parque da Cidade não foram contempladas. Cursos/palestras – Tijuaçu, São Jerônimo, Carumbé, Vila Canoas, N.S. Apresentação, Santo Antônio e Muzema (dados por

terceiros);Vicente Moreti, Praia das Rosas, Vila Verde, Barro Preto, Chapéu Mangueira, Morro Azul, Santa Alexandrina, São Bento, Parque da Cidade e União da Paz ( p/programa) e Vila da Paz, Pereira da Silva, Tijuquinha, Vila Elza, Unidos de Sta. Tereza, Benjamim Constant e Novo Palmares ( não possuem)

As áreas de lazer, aqui consideradas praças, campos de futebol e quadras poliesportivas, estiveram presentes, com pelo menos um desses equipamentos, em 92% das comunidades, contudo mostraram-se aquém das expectativas dos moradores. No que concerne a cursos/palestras, haviam sido realizados em 71% dessas comunidades, em 42% oferecidos pelo Programa e em 29% por iniciativas do Estado (Casa da Cidadania e UERJ), de ONGs e de terceiros (voluntários e universidades).

O Posto de Orientação Urbanística e Social – POUSO, que visa a assessorar e estabelecer medidas de ordenamento urbano, foi implementado em somente 16% das localidades.

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Com vistas a quantif icar os efeitos do programa, investigou-se a qualidade de vida dos moradores, com enfoque especial no crescimento das comunidades em vista da sustentabilidade. das melhorias realizadas e em suas demandas.

EFEITOS OBSER VAD OS APÓS A IMPLEMEN TAÇÃO D O PR OGR AMA, SEGU N D O OS EN TR EVISTAD OS

Comunidades ∆ residencial após o programa Limitação de crescimento Solicitações ∆ na qualidade de vida

Praia das Rosas/Sapucaia S N � S Vila da Paz S N � S Muzema S N � S

Pereira da Silva N N Concluir obras S Tijuquinha S N � S N.Sra. Apresentação N N � S Santo Antonio S N Gari e eletricista S Carumbé S S2 � S Vila Verde N S3 Concluir obras S Vila Elza N � S Vila Canoas N S4 � S Barro Preto S N Concluir obras N Chapéu Mangueira S N Concluir obras e

Manutenção N

Morro Azul S4 Concluir obras S Vicente Moretti N N � S Sta Alexandrina N S3 � S Unidos de Sta Teresa S � S São Bento N S2 � S Benjamim Constant N N � S Pq da Cidade S N � S União da Paz S N � S São Jerônimo S S2 � S Novo Palmares S S2 � S Tijuaçu S S5 � S Entre Rios N S6 � S Babilônia S S2 � S

Fontes: Gerência do Programa e Pesquisa com moradores – maio/2004 ¹ identificaram como sendo necessários projetos sociais, áreas de lazer, Posto Médico, creches e cursos. 2 realizada pelos moradores 3 há limitação apenas do crescimento horizontal 4 realizada pelo Pouso 5 limitada em razão do Eco limite/SMAC 6 há fiscalização de material na entrada da Colônia Juliano Moreira �

As bases de dados disponíveis, em especial o Sistema Áreas de Baixa Renda - SABREN, utilizam fontes do Censo de 2000 do IBGE, desta forma não se pode precisar a variação do número de domicílios através do confronto da contagem física realizada na época dos projetos com as informações dos representantes das Associações de moradores, entretanto foi possível identif icar estes aumentos por meio de observação in loco.

A quantidade de construções novas e em execução, observada nas comunidades, contribui para evidenciar a expansão e o crescimento destas áreas, tendendo a confirmar previsões de crescimento divulgadas na imprensa.

Indagou-se, se existem mecanismos de controle de crescimento dessas favelas, haja vista ter sido evidenciado um incremento positivo da ordem de 65% desde a realização do projeto.

Segundo as respostas obtidas, 57% das comunidades pesquisadas não adotavam nenhum mecanismo para conter sua expansão, em 19% foram identif icadas preocupações e algumas ações por parte de moradores e suas associações e em 7% restrições apenas de crescimento horizontal, seja por iniciativa dos moradores, em razão do Eco-limite ou pela demarcação das áreas de risco. Em apenas 7% (2 comunidades) observou-se a existência do Posto de Orientação Urbanística e Social/POUSO, que visa a orientar e implementar medidas de ordenamento urbano, entre elas a imposição de restrições para a expansão das favelas.

De acordo com a opinião dos representantes das Associações de Moradores, a implementação oficial de normas e legislações urbanísticas específ icas e a presença do Poder Público para efeitos de orientação e f iscalização, possibilitaria, em ação conjunta e contínua com as Associações, um controle efetivo do crescimento.

Corroborando as constatações em campo, ressalta-se que o Plano Diretor

estabelece regras quanto ao ordenamento das áreas de baixa renda contempladas por programas de urbanização, dispondo que a sua regularização urbanística compreenderá, dentre outros dispositivos, a edição de legislação específ ica de uso e ocupação do solo e de parcelamento da terra e, ainda, a implantação de sistema de f iscalização, acompanhado de programa de esclarecimento e conscientização sobre suas f inalidades e vantagens.

O Plano Diretor determina ainda que serão instalados escritórios técnicos

locais para conduzir a execução do programa, fazer cumprir a legislação urbanística e prestar assistência técnica e social aos moradores.

Foi requerido aos participantes da pesquisa que expressassem suas opiniões acerca do que ainda faltava em suas comunidades. Em 76% das localidades foram identif icados como sendo necessários projetos sociais, tais como cursos educativos, profissionalizantes e palestras sobre educação sexual e planejamento familiar, e equipamentos públicos (creche, Posto de Saúde e áreas de lazer), em 19% a conclusão das obras e em 3% a presença de gari e eletricista comunitários.

A realização da pavimentação e a melhoria dos acessos foram apontadas como maior fator de mudança nas comunidades que consideram ter havido melhoria na qualidade de vida (92%), visto que em grande parte delas já havia, mesmo que deficientes, os sistemas de água, esgoto e iluminação.

OPINIÃO DOS MORADORES ACERCA DOS SERVIÇOS DISPONÍVEIS (Em %)

Comunidades Agua Melhoria Insatisfação

Esgoto Melhoria Insatisfação

Drenagem Melhoria Insatisfação

Coleta de lixo Melhoria Insatisfação

Iluminação Melhoria Insatisfação

Viário Melhoria Insatisfação

Praia das Rosas 60 - 50 90 30 90 80 10 60 20 100 - Vila da Paz 66 11 33 66 11 55 77 - 88 - 100 - Muzema 66 16 - 100 16 83 83 - 16 32 83 -

Pereira da Silva - 40 - 60 10 10 70 10 20 10 50 10 Tijuquinha 63 18 18 72 63 9 54 - 63 18 91 - N.Sra. Apresentação 100 - 100 16 100 16 83 - 66 16 100 - Santo Antônio 83 - 33 83 16 83 50 - 16 - 83 - Carumbé 44 - 11 55 11 33 44 - 55 22 100 - Vila Verde - 37 12 100 25 25 - - 12 50 75 25

Vila Elza - 11 66 22 77 - 77 - 66 22 89 - Vila Canoas 14 28 71 57 28 71 57 - 43 28 86 - BarroPreto - 80 - 20 - 40 - - 80 - - - Chapéu Mangueira 75 25 92 25 50 16 41 25 50 - 100 8 Morro Azul 66 25 50 41 8 8 41 16 75 - 83 - Vicente Moretti 23 69 38 46 23 38 38 7 7 77 77 30 Sta Alexandrina 12 12 37 - 50 - 62 12 25 25 87 12 Unidos de Sta Teresa - 33 33 33 - 50 50 - 66 - 100 33 São Bento 80 40 60 40 80 - - - - 100 100 40 Benjamim Constant 27 27 45 9 36 18 - - 9 18 72 45 Pq da Cidade - 41 8 58 - 58 - - 8 25 58 75 União da Paz 62 12 37 62 37 75 - - 50 25 87 37 São Jerônimo 45 18 27 18 9 36 45 - 72 9 100 - Novo Palmares 60 20 50 50 20 70 40 - 100 - 100 10 Tijuaçu 9 9 45 9 72 18 18 - - 36 82 - Entre Rios nd 36 nd 81 nd 81 nd - nd 90 nd 81 Babilônia nd 25 nd 33 nd 50 nd 16 nd - nd 83

Fonte: Pesquisa com moradores – maio/2004 nd. Não disponível em razão das obras estarem no início

A melhoria de serviços, discriminada por comunidade, representa a percepção dos moradores, relativamente a cada serviço após as intervenções proporcionadas pelo programa Bairrinho.

Já a coluna insatisfação reflete a opinião dos moradores quanto à eficácia e

efetividade das intervenções, ou seja, se os serviços foram mal executados, não realizados, ou quando executados trouxeram reflexos negativos se comparados à situação pré-existente

Na coleta de dados foi dada aos entrevistados a opção de identif icarem mais

de um sistema, tanto na percepção de melhoria quanto na de insatisfação, motivando a possibilidade de um mesmo sistema ser assinalado em ambos os casos. Desta forma esses índices não podem ser somados, pois por definição não perfazem 100%.

A análise desses índices em separado e/ou em conjunto possibilita avaliações

acerca da efetividade dos sistemas implantados e se inter-relaciona com a efetuada por ocasião da verif icação da implementação e funcionamento desses sistemas (item �� 5�� ).

A comunidade Nossa Senhora da Apresentação, apresenta o índice de

melhoria de serviços de abastecimento de água igual a 100% (máximo) aliado ao de insatisfação igual a zero, refletindo além de uma melhoria muito signif icativa no abastecimento de água, uma satisfação dos entrevistados quanto ao serviço.

Na mesma comunidade, verif ica-se que 100% dos entrevistados indicaram ter

havido melhoria signif icativa no sistema de esgotamento sanitário. Entretanto, o serviço ainda apresenta problemas para 16%, de acordo com o indicador.

A comunidade de Barro Preto não identif icou melhorias no sistema viário após

a reforma deste pelo Bairrinho, por possuir, segundo informações obtidas, a maior parte das vias e acessos pavimentados, sendo, entretanto, considerado satisfatório o atual. Também em razão de já existirem, em grande parte da comunidade, os sistemas de abastecimento de água, esgoto e drenagem implantados apresentam apenas índices de insatisfação e não de melhoria.

Em função da carência anterior de pavimentação e precariedade nas vias e

acessos na maioria das comunidades observadas, a implementação do sistema viário caracteriza-se por uma percepção de melhoria mais rápida e efetiva, afetando diretamente as condições de habitabilidade e a auto-estima das famílias. Acrescente-se também o fato de contribuir para o sucesso de outros, notadamente drenagem e coleta de lixo. Tais evidências certamente dão suporte aos altos índices de melhoria observados para o sistema, apenas as Comunidades Pereira da Silva e Parque da Cidade apresentaram índices reduzidos neste item, possivelmente em razão de estarem inacabados.

Inversamente, os sistemas de esgoto e drenagem foram os que exibiram os

maiores índices de insatisfação, em média 50% e 45%, respectivamente. Destacam-se as localidades de Vila Verde, Muzema e Praia das

Rosas/Sapucaia, em que quase a totalidade dos entrevistados se declararam insatisfeitos com o sistema de esgoto implantado em suas comunidades. A insatisfação quanto a esse sistema também foi muito signif icativa nas comunidades de Vila Santo Antônio, Tijuquinha e Vila da Paz, de acordo com mais de 2/3 dos entrevistados.

Quanto à drenagem de águas pluviais, mais de 80% dos moradores de Muzema, Praia das Rosas/Sapucaia e Vila Santo Antônio opinaram negativamente com relação aos efeitos do programa. Vila Canoas, União da Paz e Novo Palmares também apresentaram índices de insatisfação acima ou igual a 70%.

Indicadores de melhoria baixos podem refletir a existência prévia desses

serviços ou a inexpressiva contribuição da intervenção. Porém, altos índices de insatisfação podem traduzir sua realização incompleta ou inadequada.

� ��0� �� % �� 0� � � No decorrer da auditoria verif icou-se a inexistência de avaliações pós-implementação dos sistemas, bem como de instrumentos para análise, ou de procedimentos sistematizados para sua realização. Percebe-se, pelos resultados obtidos na pesquisa, ser importante que a Administração desenvolva uma sistemática de avaliação e monitoramento dos impactos das ações realizadas, com vistas a garantir a qualidade dos serviços. Tal medida proporcionaria, ainda, por meio de exame comparativo, entre os resultados alcançados em cada comunidade, corrigir falhas e padronizar procedimentos. A pesquisa partiu de dados primários para investigação dos resultados e impactos sociais das intervenções nas comunidades beneficiadas, os quais serviram de base para a formulação de alguns indicadores de desempenho, já mencionados no decorrer do relatório. Cabe recomendar que o Gestor adote indicadores para balizar suas avaliações acerca do desempenho das ações implementadas pelo programa, a exemplo dos que foram utilizados no trabalho.

IN D IC AD OR ES D E D ESEMPEN H O

Indicadores Descrição Taxa de eficiência Obras realizadas com acréscimo x 100

Obras executadas Fidelidade ao valor originalmente orçado - Indicador de planejamento

Taxa de observância ao prazo Obras realizadas com alterações no prazo x 100 Obras realizadas Cumprimento ao prazo inicialmente previsto – Indicador de paralisação das obras

Índice de satisfação dos moradores

Famílias satisfeitas x 100 Famílias entrevistadas Nível de satisfação dos moradores com cada um dos sistemas implantados – Indicador de satisfação dos benef iciários

Taxa de domicílios regularizados

Domicílios regularizados na área da intervenção x 100 (Domicílios na área da intervenção – domicílios regularizados antes do programa) Identifica a contribuição do projeto para a regularização fundiária - Indicador de situação Fundiária

777��---��888��444��

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) inoperante por falta de manutenção. Comunidade Muzema

As irregularidades e as situações identificadas, no decorrer dos trabalhos de campo, como passíveis de melhoria, diante de alterações quando da implementação de determinadas práticas, foram estudadas e estruturadas em forma de Matriz de Achados.

Tal documento fundamenta as conclusões e recomendações de auditoria, contemplando todos os elementos necessários para a caracterização e apresentação dos achados que fundamentam este relatório.

Questão de

Auditoria Achados

principais Análises e Ev idências Causas Efeitos Boas Práticas e

Recomendações Benefícios esperados

1) As obras estão contri-buindo para a melhoria das condições de inf ra-estrutura básica?

1.1 - O sistema de maior impacto posi-tiv o, dentre os pre-v istos no Bairrinho, foi o Sistema Viário, englobando a im-plantação/ref orma e pav imentação/calça-mento de v ias e acessos, existindo necessidade de aperf eiçoamento. 1.2 - Inoperância dos Sistemas de abastecimento de água executados nos contratos de 9 comunidades, cor-respondendo a 38% do total.

- Altos Índices de melhoria obtidos nas entrev istas. - Verif icações in loco e acesso a f otos de algumas comunidades antes das in-terv enções. - Índices de Insatisf ação re-lativ amente baixos. - Insatisf ação dos moradores de div ersas comunidades quanto à qualidade dos ser-v iços, à inexistência de v ias principais que permitam a circulação de v eículos, à sua não conclusão e a alteração do projeto inicial. - Índices obtidos nas entre-v istas indiv iduais e com a Associação de Moradores. - Verif icações in loco. - Entrev istas com os setores de obras e projetos e com a Gerência.

- Inexistência e/ou alta precariedade das v ias e dos acessos antes das in-terv enções, na maioria das Comuni-dades atendidas. - Natureza do sistema v iário, que permite sua v isibilidade imediata. - Ref lexo positiv o da contribuição do sistema v iário na drena-gem/escoamento de águas pluv iais. - Ref lexo positiv o da contribuição do sistema v iário na coleta de lixo. - Baixa qualidade dos serv iços exe-cutados - Incompletude de trechos/etapas do sistema. - Fragilidade na integração das ações junto à CEDAE - Div ergências nos cadastros das re-des existentes. - Insuf iciência na orçamentação de itens do sistema. - Inexistência de conv ênio com a CEDAE para assunção do f ornecimento e manutenção dos sistemas de abastecimento de água e esgoto. - Ausência de lev antamento do ca-dastro de consumidores.

- Melhoria da quali-dade de v ida dos mo-radores. - Aumento da auto-es-tima dos benef iciários. - Melhora no trânsito dos moradores. - Redução da v ida útil do sistema v iário - Limitação do acesso aos serv iços públicos nas comunidades sem v ias principais. - Inef icácia dos siste-mas. - Insatisf ação dos be-nef iciários. - Deterioração dos sistemas e prejuízo na contagem do prazo prescricional de res-ponsabilidade pela so-lidez e segurança do trabalho executado pelas contratadas an-tes mesmo da coloca-ção em operação.

- Contemplar, quando do estudo de v iabilidade do programa, a possibili-dade de criação de pelo menos uma v ia principal de acesso, que permita o trânsito de v eículos. - Maior cuidado na exe-cução e f iscalização dos serv iços, buscando a conclusão e aprimora-mento da qualidade dos serv iços. - Adotar como limitador de ocupação das áreas a impossibilidade de aumento da extensão das v ias principais. - Aperf eiçoar os lev an-tamentos f ísicos e estudos prév ios de v iabi-lidade da implantação dos sistemas de abaste-cimento de água (Diag-nóstico). - Priorizar a implantação completa dos sistemas de abastecimento de água e em conjunto com de esgotamento sanitá-rio em concordância com o Plano Diretor.

- Maior acesso aos ser-v iços públicos disponí-v eis, principalmente os de coleta de lixo , aten-dimento médico e f une-rário. - Durabilidade do sis-tema v iário e sustentabi-lidade do programa. - Benef iciamento equâ-nime, independente-mente da localização dentro da comunidade. - Controle do cresci-mento da comunidade - Proteção ao meio am-biente - Aumento da ef icácia e da ef etiv idade do pro-grama. - Melhora da alocação dos recursos públicos, ev itando a realização de gastos com a execução de sistemas sem possi-bilidade de f unciona-mento. - Redução da possibili-dade de ref azimento do sistema -Aumento da satisf ação dos benef iciários

Questão de Auditoria

Achados principais

Análises e Ev idências Causas Efeitos Boas Práticas e Recomendações

Benefícios esperados

(Continuação da Questão 1) As obras estão contribuindo para a melhoria das condições de inf ra-estru-tura básica?

1.3 - Implementação incompleta dos siste-mas de esgotamento em 46% das comuni-dades localizadas em áreas desprov idas de rede pública, com lan-çamento direto nos corpos hídricos ou no sistema de drenagem. 1.4 - Mau f unciona-mento dos sistemas de abastecimento de água, esgoto sanitário e drenagem implanta-dos.

- Verif icações in loco de sis-temas incompletos (sem dis-positiv os de tratamento) - Análise dos orçamentos dos contratos - Div ergência entre os proje-tos e os contratos de execu-ção. -Resultados de entrev istas com Stake-holders - Índices de implementação da rede de esgoto - Indicadores de insatisf ação calculados atrav és das en-trev istas - Verif icações in loco de liga-ções entre o sistema de es-gotamento sanitário e o de drenagem de águas pluv iais, mesmo em comunidades próximas à rede pública de esgoto.

- Insuf iciência de dotação orçamentá-ria para implementação da ETE. - Emendas ao orçamento com v alores de dotação insuf icientes para a im-plementação completa das interv en-ções. - Falta de integração/parceria entre o Município e a CEDAE, comprome-tendo o projeto, a execução e entrega do sistema, seu f uncionamento e ma-nutenção. - Baixa qualidade dos serv iços execu-tados - Má execução dos serv iços e def ici-ências na f iscalização. - Falta de instrumento jurídico f ormal específ ico (contrato/conv ênio) com a CEDAE, def inindo os direitos e as obrigações de cada ente. - Fragilidade do monitoramento e na correção das ações

- Inef icácia do sistema implementado. - Insatisf ação dos be-nef iciários com os entupimento e trans-bordamento do es-goto. - Insubordinação ao Plano Diretor com a ligação da rede de esgoto no sistema de drenagem como solu-ção prov isória, até a construção da ETE. - Lançamento do es-goto sem tratamento nos corpos hídricos, contrariando a LOM, o Código de Obras e a legislação ambiental. - Inef icácia do sistema implementado. - Insatisf ação dos be-nef iciários. - Possibilidade de contaminação da água potáv el com esgoto, colocando em risco a saúde dos moradores da comunidade.

- Priorizar a implantação completa do sistema de esgotamento sanitário em conjunto com o de abastecimento de água conf orme preceituado no Plano Diretor. - Realizar estudos e pla-nejamentos mais elabo-rados que permitam a correta estimativ a de custos das interv enções. - Mapear e controlar os pontos nas comunidades onde f oram realizadas as ligações do sistema de esgoto na drenagem. - Não f ormalizar licita-ções / contratações de obras, sem a suf iciente dotação para contemplar sistemas de esgota-mento com tratamento. - Não elaborar orça-mentos incompletos para a licitação. - Fazer um lev antamento das comunidades onde haja problemas, com v istas a solicitar às em-preiteiras contratadas a responsabilidade pelos serv iços dentro do prazo prev isto em lei. - Formalizar a entrega das obras com v istas a assunção dos sistemas implantados pelos ór-gãos competentes.

- Adequação às diretri-zes do Plano Diretor e às legislações de obras, sanitária e ambiental, contribuindo para o de-senv olv imento sustentá-v el. - Minimização da neces-sidade de exclusão de itens do sistema por falta de recursos orçamentá-rios. - Aumento da Ef icácia e Sustentabilidade do pro-grama. - Facilitação, por ocasião da construção das ETEs, do desligamento das co-nexões do esgoto na drenagem. - Impedimento de ev en-tual responsabilização por danos ao meio-am-biente. - Impedimento de prejuí-zos ao erário em f unção da má qualidade dos serv iços prestados – So-licitar a Garantia - Possibilidades de sus-tentabilidade do pro-grama. - Aumento da ef icácia e da ef etiv idade dos sis-temas implantados.


Achados principais



(Continuação da Questão 1) As obras estão contribuindo para a melhoria das condições de inf ra-estrutura básica?

1.5 - Tempo excessivo entre o término do projeto e o início das obras

-Verif icações in loco da existência de tubulação e re-gistros de gav eta do sistema de abastecimento de água potáv el dentro das caixas de inspeção do sistema de es-goto, em algumas comunida-des v isitadas. - 4 ETEs f ora de operação e deterioradas por f alta de ma-nutenção - 2 ETEs em operação, porém sem manutenção adequada. - Alagamentos e entupimen-tos nos sistemas de drena-gem e de esgotamento. - Análise documental - Entrev ista com os morado-res da comunidade.

- Falta de manutenção dos sistemas por parte do Município - Falta de f ormalização da entrega dos sistemas executados para os diversos órgão/entidades (planejamento de manutenção) - Descompasso administrativ o e buro-cracia excessiv a. - Falta de dotação orçamentária. - Redirecionamento dos recursos para outros projetos.

- Em v ista da inexis-tência de manutenção é adotado, pelos mo-radores como solução, a ligação dos sistemas, interf erindo e congestionando as redes públicas da área f ormal da cidade. - Obsolescência do projeto dado o cresci-mento das comunida-des. - Inef icácia dos siste-mas - Necessidade de acréscimo de serv iços ou de nov as interv en-ções .

- Acionar a empresa executora para que preste garantia dos ser-v iços, retif icando-os quando indev idamente executado. - Aperf eiçoar a sistemá-tica de f iscalização e monitoramento do pro-grama, com relação às obras em execução e entregues . - Formalizar termo (con-trato/conv ênio) para que cada órgão, em sua esf era de competência, ao término da obra assuma a manutenção do sistema que lhe diga respeito. - Coordenar a compatibi-lização da of erta de ser-v iços públicos com a sua manutenção, progra-mando as ativ idades necessárias. - Planejar ef icazmente de modo a permitir um processo contínuo do projeto para a realização das obras.

- Formalização dos di-reitos e das responsabi-lidades de cada ente na execução e operaciona-lização dos sistemas de abastecimento de água e esgoto, possibilitando seu ef etiv o f unciona-mento, reduzindo os conf litos de competência e de interesse, f acili-tando as responsabiliza-ções. - Redução dos perigos de contaminação das águas potáv eis com es-goto, diminuindo a pos-sibilidade de risco à sa-úde dos moradores e conseqüente respon-sabilização do Município por negligência. - Aumento da ef icácia dos sistemas imple-mentados. - Redução da incidência de nov as interv enções em uma mesma locali-dade. - Diminuição de acrés-cimos contratuais


Achados principais




1.6 - Intempestiv idade do prazo de execução da obra 1.7 - Div ergências en-tre as obras prev istas nos projetos e as executadas.

- Verif icação in loco - Análise documental - Entrev ista com os morado-res da comunidade - Verif icação in loco - Análise documental (Fol-ders, Termos de Ref erência e Contratos) - Entrev ista com os morado-res da comunidade

- Falta de dotação orçamentária - Rescisões contratuais - Descompasso administrativ o e buro-cracia excessiv a. - Desmobilização parcial do ef etivo da contratada - Excesso de paralisações/ suspen-sões no prazo contratual. - Insuf iciência de recursos - Fragilidades nos estudos prév ios de v iabilidade técnica, por parte dos setores env olv idos.

- Comprometimento da ef icácia e ef etiv i-dade dos sistemas dado o crescimento das comunidades. - Necessidade de acréscimo de serv iços ou de nov as interv en-ções. - Perda do apoio e participação dos be-nef iciários. - A obra concluída dif ere do projeto apre-sentado à comuni-dade. - Descontentamento dos benef iciários - Atritos entre morado-res e engenheiros f is-cais

- Consignar v erbas (PPA, LDO e LOA) prio-ritariamente para obras cujos projetos tenham sido concluídos e para aquelas que tenham sido iniciadas. - Aprimorar a sistemática de elaboração dos pro-jetos básicos e seus or-çamentos. - Av aliar criteriosamente os pedidos de suspen-são e prorrogação - Aperf eiçoar a sistemá-tica de f iscalização de modo a ev itar a desmo-bilização parcial intem-pestiv a do ef etiv o da contratada. - Estudar a v iabilidade da execução e a dispo-nibilidade de recursos antes de apresentar o projeto à comunidade. . - Melhorar a coordena-ção entre os setores en-v olv idos. - Inf ormar à comunidade das alterações hav idas no projeto.

- Redução das paralisa-ções nos prazos por falta de dotação. - Diminuição da incidên-cia de nov as interv en-ções em uma mesma lo-calidade. - Redução de acrésci-mos contratuais - Apoio e satisf ação dos benef iciários - Ef etiv idade dos siste-mas implementados - Satisf ação dos benef i-cíarios - Comprometimento da comunidade com as in-terv enções - Redução de atritos en-tre moradores e enge-nheiros f iscais.


Achados principais




1.8 - Insuf iciência de dotação de recursos para atendimento das interv enções (obras e projetos) a se inicia-rem e a serem conti-nuadas / concluídas.

- Resultados de entrev istas com Stake-holders . - Análise documental. - Peças orçamentárias (PPA, LDO e LOA). - Tomada de Contas do or-denador de despesa do exercício de 2003.

- Ausência de especif icação no PPA, na LDO e na LOA, discriminando quais projetos e quais as obras a serem iniciados e continua-dos/concluídos (inf ormações muito sintéticas) - Fragilidades na integração entre os setores env olv idos e o setor or-çamentário. - Remanejamentos orçamentários no âmbito da secretaria que impactam a execução do programa. - Inserção por meio de Emenda Legislativ a de comunidades no Programa, sem dotação suf iciente para sua completa execução.

- Inclusões de projetos ou obras não prev istos no planejamento do órgão. - Adoção de controles precários da execução das metas do pro-grama - Distorção das metas consideradas como atingidas pelo pro-grama - Cortes / remaneja-mentos de dotações que impactam o atin-gimento dos objetiv os do programa.

-Especif icar no PPA, na LDO e na LOA, separa-damente, quais os pro-jetos e obras a serem iniciados e concluídos por comunidade. - Ev itar remanejamentos internos que possam comprometer o alcance dos objetiv os do pro-grama. - Implementar somente as interv enções que contemplem recursos suf icientes para sua completa execução. - Aprimorar o critério de controle de metas. - Aprimorar a integração entre os setores env olvi-dos no Programa e o setor orçamentário .

- Minimização dos im-pactos no orçamento do órgão, causados pelo surgimento de interv en-ções não prev istas no seu planejamento. - Aumento da transpa-rência e inteligibilidade das metas prev istas e realizadas para o usuá-rio externo. - Adequação da utiliza-ção dos recursos ao Plano Diretor - Minimização do com-prometimento dos re-sultados do Programa pela redução de recur-sos destinados à execu-ção dos projetos e obras. - Melhoria na elabora-ção das peças orça-mentárias e no respec-tiv o controle de sua execução.


Achados principais



2) Foram im-plementadas ações de ca-ráter social?

2.1 - Cursos de ca-pacitação e geração de renda são sus-pensos ao término do repasse da União Européia. 2.2 - Fragilidade dos programas sociais nas comunidades executadas sem re-cursos externos. 2.3 - Construção de equipamento público em local inadequado – Creche na Comunidade Unidos de Santa Tereza, situada em área de conf lito entre os morros do Querosene e Fogueteiro. 2.4 - Inoperância dos equipamentos implementados (Creche/CEMASI), por parte do Poder Público.

- Verif icação in loco. - Entrev istas com stake-holders - Verif icação in loco. - Entrev istas com stake-holders - Análise documental - Verif icação in loco. - Entrev istas com stake-holders - Verif icação in loco. - Entrev istas com stake-holders

- Ausência de planejamento ef icaz - Inexistência de um programa social a ser executado - Ausência de dotação específ ica no PPA, LDO e LOA para a im-plementação das ações de caráter social. - Inexistência de consulta prév ia à comunidade. - Falha no estudo de v iabilidade na f ase do projeto. - Falta de coordenação entre os órgãos env olv idos (SMH e SMAS)

- Insatisf ação dos be-nef iciários. - Insustentabilidade do programa - Insustentabilidade do programa - Não utilização dos equipamentos públi-cos - Possibilidade de in-v asão de prédio pú-blico - Má alocação de re-cursos - Risco a integridade f ísica dos benef iciários e dos f uncionários públicos. - Não utilização dos equipamentos públi-cos - Possibilidade de in-v asão de prédio pú-blico - Má alocação de re-cursos

- Formular consistente planejamento para im-plementar programas sociais em todas as co-munidades. - Av aliar criteriosamente os custos env olv idos com os programas soci-ais - Consultar prev iamente a comunidade quando da escolha dos locais para construção dos equipamentos públicos - Localizar a inf ra-estru-tura social f ora do inte-rior das comunidades. - Formalizar junto aos órgãos env olv idos um rol de ações integradas com v istas a implementação dos programas sociais

- Transf ormação da rea-lidade social proporcio-nando capacitação pro-f issional. - Promoção de melhoria econômica e f inanceira por meio de ações dire-cionadas à geração de renda. - Implementação de ações educativ as para f av orecer o correto uso dos serv iços / sistemas realizados pelo programa. - Possibilidade de maior integração das f av elas ao bairro e das comuni-dades entre si. - Ampliação dos benef í-cios do programa. - Possibilitar maior inte-gração das f av elas ao bairro, e das comunida-des entre si. - Ampliação dos meca-nismos de participação comunitária. - Redução dos ef eitos da exclusão social. - Sustentabilidade das ações do programa.


Achados principais



3) Houv e ações que possibili-tassem um melhor orde-namento ur-bano?

3.1 - Ausência de controle de cresci-mento das comunida-des. 3.2 - Urbanização de assentamento situado em áreas de risco, nas f aixas marginais de proteção de mananci-ais e encostas

- Inf ormações sobre estimati-v as de crescimento obtidas nas comunidades, especial-mente junto às Associações de Moradores. - Existência de div ersas construções nov as e em execução. - Inexistência de escritórios locais (POUSOS) para f azer cumprir a legislação urbanís-tica e prestar assistência téc-nica e social aos moradores - Inexistência de monitora-mento do crescimento - Violação de áreas de risco ou de proteção ambiental demarcadas. - Constatação in loco

- Falta de consolidação de legislação urbanística específ ica. -Ausência da atuação contínua do Po-der público. - Necessidade de conscientização das comunidades - Falta de controle e remoção da ocu-pação nas áreas de risco e de prote-ção ambiental

- Falta de sustentabi-lidade do Programa dev ido ao cresci-mento desordenado. - Comprometimento dos sistemas implan-tados. - Comprometimento da integração entre as áreas benef iciadas e a cidade f ormal. - Tendência ao au-mento da ocupação em v ista da satisfação do benef iciário com a v alorização dos imó-v eis. - Possibilidade de aci-dentes - Responsabilização do Município. - Necessidade de in-terv enções emergen-ciais. - Má alocação de re-cursos pela correção de situações irregula-res e ev itáv eis.

- Produzir legislação ur-banística específ ica de uso e ocupação do solo (horizontal e v ertical) a partir da f ase de projeto. - Implantar sistema de f iscalização e controle dos serv iços of erecidos - Atuar conjuntamente v isando ao cumprimento da legislação urbanística e à prestação de assis-tência técnica e social aos moradores na con-dução do programa. -Implementar programa de esclarecimento e conscientização sobre as f inalidades e v anta-gens do controle do uso e ocupação do solo. - Atender as denúncias realizadas pelas comu-nidades (Subpref eitu-ras/órgãos). - Instalar POUSOS em locais estratégicos desde a f ase de projeto. - Realizar estudos pré-v ios de v iabilidade aos contratos de projetos em razão da determinação contida no art. 142 do Plano Diretor: “Não se-rão declaradas como Áreas de Especial Inte-resse Social as ocupa-das por assentamentos situados em áreas de risco, nas f aixas margi-nais de proteção de águas superf iciais.”

- Controle do cresci-mento que permita a adequação e permanên-cia da capacidade dos sistemas projetados aos construídos - Adequação às diretri-zes do Plano Diretor. - Ordenação do território para um desenv olv i-mento equilibrado. - Controle público sobre a utilização do imóv el urbano. - Condução da execução do programa, f azendo cumprir a legislação ur-banística, prestando as-sistência técnica e social aos moradores. - Impedimento de que, no f uturo, a comunidade v enha a necessitar de nov as interv enções em programas de maior porte (Fav ela-Bairro e Grandes Fav elas). - Diminuição dos aci-dentes em áreas de risco. - Proteção às áreas des-tinadas à preserv ação do meio ambiente. - Controle do processo de f av elização. - Redução do mov imento imigratório (êxodo regio-nal). - Diminuição dos ef eitos prejudiciais à economia do Município relativ a-mente ao turismo e à segurança.

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Unidades habitacionais Comunidade de N. Sra. da Apresentação Irajá

Nos termos do Memorando nº 065/2004 da Secretaria de Controle Externo, os achados compilados por setores pertinentes da jurisdicionada foram a eles remetidos com a f inalidade de colher seus comentários.

Em atenção, o Gabinete da Secretaria de Habitação, a Coordenadoria de

Programação, o Setor de Planejamento e Orçamento, a Coordenadoria de Obras e a Gerência do Programa de Favelas encaminharam seus comentários, respectivamente, por meio dos ofícios H/GAB nº 433, de 31/08/04, H/CPRO nº 183, de 15/09/04, H/SUB/APO nº 28, de 10/09/04, e dos documentos datados de 17/08/04 e 23/04/04.

Primeiramente cumpre esclarecer que, apesar das reuniões realizadas entre a equipe inspecionante e os técnicos do órgão, nas quais buscou-se evidenciar os objetivos da recém-implantada Auditoria de Avaliação de Programa, os setores envolvidos não se posicionaram de forma a aperfeiçoar ou a contribuir, ante os elementos evidenciados, com as melhorias sugeridas para o programa auditado.

Os poucos comentários enviados trataram, via de regra, de defender a realização do programa ou de justif icar as irregularidades encontradas, quando a f inalidade precípua deste tipo de avaliação é a de agregar esforços no sentido de identif icar obstáculos e buscar soluções alternativas para as dif iculdades reiteradamente observadas na implementação das ações realizadas. Além disso, provavelmente pelo órgão lidar com mais de um programa de urbanização de áreas de baixa renda, os comentários, por vezes, fugiram ao objeto da Auditoria - Programa Bairrinho, apresentando ações que nele não foram implementadas ou o foram de forma parcial (POUSOS, Convênio com a CEDAE)

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A Coordenadoria de Programação argumenta que o alargamento e aumento da extensão de vias principais são realizados quando necessário e desde que técnica e f inanceiramente viável, alertando, contudo, que o mesmo não é usual para não fomentar a expansão das comunidades.

Observa-se que, na visão do órgão, uma maior acessibilidade, por meio da

abertura de vias principais no interior das favelas, propiciaria seu crescimento, evitando-a assim como forma de conter a expansão. Entretanto a proposta visa a dotar o programa de maior efetividade, pois a implantação do sistema viário, o qual possibilita melhor acesso às moradias, permitindo a livre circulação de pedestres, e, ainda, o de veículos, é uma das principais metas contidas no Termo de Referência.

No que tange à má qualidade observada dos serviços de pavimentação, a Coordenadoria de Obras pondera que eles são executados dentro das normas técnicas. No entanto, dada às características dos locais, na maioria das vezes não são respeitadas as faixas de isolamento e os prazos de cura necessários para sua durabilidade, agravado pelo uso inadequado com circulação e estacionamento de veículos sobre as calçadas.

A justif icativa, em alguns casos, não se aplica por terem sido constatados

serviços tecnicamente mal realizados, tais como erro de nivelamento do solo, que reduz a vida útil da pavimentação, e falta de apicoamento¹, que impede a aderência da camada de concreto empregada. _____________________________________ ¹processo manual ou mecânico para desgastar o piso, que através da remoção de camadas deterioradas proporciona maior aderência ao material a ser empregado.

Quanto à possibilidade de aperfeiçoar os levantamentos físicos e estudos prévios de viabilidade de forma a reduzir a inoperância do sistema de abastecimento de

água, argumenta a Coordenadoria de Programação que o levantamento topográfico é atualizado na etapa do diagnóstico e os cadastros das redes formais são fornecidos pelas concessionárias, muitas vezes desatualizados ou incorretos.

Entende-se justif icado o comentário do setor em razão de que na fase do

diagnóstico (anterior às desapropriações) não há, muitas vezes, possibilidade de realizar os testes necessários, em razão da alta densidade demográfica, para verif icar se os cadastros fornecidos pelas concessionárias estão corretos.

Contudo, a sugestão de aperfeiçoamento dos levantamentos físicos e estudos

prévios de viabilidade de implantação dos sistemas de abastecimento de água, na fase de Diagnóstico, deve-se justamente à reiterada constatação do órgão de que os cadastros das redes formais são fornecidos pelas concessionárias, encontrando-se muitas vezes desatualizados ou incorretos.

Diante da recomendação de priorização para implementação completa dos

sistemas de água e esgotamento sanitário, a Coordenadoria de Obras/SMH comentou que as obras possuem cadastro dos serviços executados (“as built”) e para aquelas comunidades sem rede coletora de esgoto, são aprovados projetos de Estações de Tratamento de Esgotos.

A orientação originou-se do fato de que em algumas comunidades as tubulações

de água, apesar de haverem sido colocadas, estavam fora de uso, devido aos reservatórios estarem incompletos, sem conexão com a rede formal de água. Em comunidades sem rede coletora de esgoto observou-se também a utilização da rede de drenagem como receptora de efluentes, por falta de construção das ETEs em um mesmo momento.

Além do aumento da eficácia e da efetividade do programa, os benefícios

esperados pelas recomendações, em consistência com o Plano Diretor, são a melhoria da alocação dos recursos públicos, evitando a realização de gastos com a execução de sistemas sem possibilidade de funcionamento, a redução da possibilidade de refazimento do sistema e o aumento da satisfação dos beneficiários.

A recomendação de formalização de um Convênio com a CEDAE que possibilitasse a assunção, por parte da concessionária, da manutenção das ETEs, resultou na contestação do Gabinete da Secretaria de que Convênio nº 011-A, de março de 2000, f irmado com a empresa pelo prazo de 10 anos, viabiliza o esgotamento e a distribuição de água, não só do Bairrinho como dos demais programas implementados pela Secretaria.

Contudo, observou-se que as ETEs construídas nas comunidades atendidas

pelo programa Bairrinho, não contavam com nenhuma espécie de manutenção, resultando no fato de que das 6 (seis) estações construídas apenas 2 (duas) encontravam-se em funcionamento. Na distribuição de água também foram evidenciados problemas, tais como ausência de ligação nas redes formais, ensejando, em muitas comunidades contempladas por essas intervenções, a utilização das antigas redes.

A recomendação teve por base a recorrente alegação do órgão de que a

CEDAE não cumpria suas responsabilidades no convênio existente ou seja, não assumia a operação e manutenção dos sistemas de abastecimento e de esgotamento de água. Por entender que o convênio é um acordo jurídico que deva ser cumprido, ainda que por meios judiciais, a equipe buscou inicialmente verif icar as responsabilidades das partes. Entretanto, constatou-se que a cláusula 2.1 referente ao objeto do referido Convênio nº

011-A particulariza os programas, restringindo-os aos co-f inanciados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, nos quais não se inclui o Bairrinho.

Desta forma, entende-se, no que tange à operação e manutenção dos sistemas

de abastecimento de água e de esgoto (ETEs), especif icamente no programa Bairrinho, que o Município encontra-se, a rigor, sem cobertura jurídica para exigir a atuação por parte da concessionária CEDAE.

No que se refere ao levantamento das comunidades onde há mau

funcionamento dos sistemas implantados de modo a responsabilizar as empreiteiras, a Coordenadoria de Obras esclarece que quando constatados serviços mal executados e de baixa qualidade estes são reparados pelas empresas, mas que muitas vezes se originam do mau uso da população e da falta de manutenção, que não é de competência da Secretaria.

Apesar de a jurisdicionada informar que a manutenção é descentralizada para

os outros órgãos da Prefeitura, constata-se que f igura no PPA a ação Manutenção e Conservação dentro do Programa de Urbanização de áreas de Baixa Renda, cujo objetivo específ ico é manter e conservar as áreas beneficiadas pelos programas habitacionais da SMH. Desta forma, pode-se depreender que há co-responsabilidade da Secretaria em tais atividades. Evidencia-se, inclusive, a existência de contratos de manutenção e recuperação de loteamentos inscritos no núcleo de regularização fundiária e de serviços de engenharia do programa Favela-Bairro/PRO-API. Segundo as informações da jurisdicionada, as comunidades beneficiadas com o programa Bairrinho não recebem manutenção.

Quanto ao mau uso, acrescente-se o fato de que justamente por tratar-se de

áreas carentes o programa prevê o implemento de ações educacionais, devendo ocorrer de modo contínuo e serem monitoradas de forma a evitá-lo.

A oferta dos serviços públicos e de seus respectivos equipamentos deve ser

compatibilizada com o planejamento do Município e o crescimento da Cidade com vistas a sua manutenção. Cabe à gestão do órgão promover a integração das favelas no processo de planejamento, buscando definir junto à gestão municipal a quem caberá a conservação.

A sugestão de uma avaliação criteriosa dos pedidos de suspensão e

prorrogação de prazos e de aperfeiçoamento da sistemática de f iscalização para evitar a diminuição do efetivo da contratada, como meios para minimizar o excesso de dilatações nos prazos de execução das obras, motivou a justif icativa da Coordenadoria de Obras de que em alguns casos as paralisações e desmobilizações de obras devem-se às rescisões contratuais e nos demais há somente uma diminuição do ritmo da obra até a devida readequação.

Segundo o observado, todas as intervenções, exceto uma, apresentaram

expressivas dilatações de prazo, fato que compromete em demasia a efetividade do programa, visto tratar-se de favelas, locais cujas transformações ocorrem com muita rapidez.

Diante das divergências entre as obras previstas e as executadas, foi sugerido que se aprimorassem estudos de viabilidade da execução e de disponibilidade de recursos como meio de minimizá-las, tendo sido informado pela Gerência do Programa que é calculada uma estimativa de custo, que pode ser reavaliada quando ultrapassada a previsão orçamentária por domicílio. As alterações no projeto, ocorridas no decorrer da

obra, são realizadas por necessidade de adequação às condições locais e informadas às lideranças da comunidade.

Em grande parte das entrevistas o que se pôde constatar foi que a maioria dos

atritos com a f iscalização da execução da obra resultou das divergências entre o apresentado nos projetos e o realizado, indicando que os moradores não eram devidamente informados das modif icações. Com vistas a evitar contradições, foi sugerido a jurisdicionada que aperfeiçoasse um canal de comunicação, através da gerência, com os moradores, implantando inclusive, se possível, uma formalização das modif icações, de modo a evitar os desgastes desnecessários entre f iscalização e moradores. Os benefícios esperados são o comprometimento da comunidade com as intervenções e a redução de atritos entre moradores e engenheiros f iscais à frente da execução da obra.

Quanto à insuficiência de dotação de recursos para o completo atendimento das intervenções, ocasionada por cortes/remanejamentos de verbas, recomendou-se que fossem viabilizadas apenas as obras que contemplassem recursos suficientes para sua completa execução, bem como se aprimorasse a integração dos setores envolvidos no Programa com o setor orçamentário. A Gerência do Programa argumenta que a integração entre os setores envolvidos e o orçamentário ocorre nas reuniões de metas realizadas periodicamente.

Ao limitar-se a comentar a questão relativa ao controle de metas, o gestor não

teceu comentários quanto à priorização da execução somente das obras que contemplassem recursos suficientes para sua completa execução.

Apesar de o gestor informar da existência de integração entre os setores

envolvidos e o orçamentário, observou-se por meio das diversas análises efetuadas (PPA, LOA, Tomada de Contas de Gestão do Exercício de 2003, PAT e entrevistas com o setor orçamentário) que a atual metodologia de controle das metas realizadas evidencia a necessidade de aperfeiçoamento desta integração, de modo que cada um deles ciente de suas metas as controlem, subsidiando o setor orçamentário no monitoramento das mesmas, e que nestas reuniões sejam envidados esforços para que cada intervenção seja dotada de recursos suficientes para o seu completo atendimento, evitando-se, ainda, que posteriormente esses recursos venham a ser remanejados, comprometendo sua completude e em conseqüência a efetividade do Programa, especialmente no que se refere aos aspectos físicos previstos.

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A fragilidade advinda da inexistência de programas sociais, bem como a suspensão dos cursos de capacitação e geração de renda motivaram a recomendação de que seja formulado o planejamento de modo a que esses programas sejam implementados. Segundo a Gerência do Programa, o Bairrinho não possui dotação orçamentária para políticas sociais, excetuando-se as comunidades cujas obras receberam financiamento da Comunidade Européia.

O Termo de Referência do Programa Bairrinho apresenta como um de seus

objetivos a implementação de ações de caráter social, através da implantação de programas de fortalecimento da organização comunitária, educação sanitária, geração de renda e capacitação profissional, o que proporcionaria a execução de ações educativas que favoreceriam o uso correto dos serviços/sistemas realizados pelo programa.

Diante da recomendação para que a comunidade seja consultada previamente quando da escolha do local para construção de equipamentos sociais, em vista da localização da creche do Morro do Fogueteiro, Comunidade Unidos de Santa Teresa, ter sido em local inadequado em razão da violência, foi informado, pela Coordenadoria de Programação, que a comunidade sempre é consultada e os projetos são apresentados em assembléias de moradores.

Apesar da contradição entre o informado pelo órgão e as informações obtidas

nas entrevistas junto aos moradores, quanto à consulta sobre a localização da Creche em área de conflito, fatos semelhantes não mais ocorrerão em função da nova diretriz estabelecida pela SME e SMAS. Os equipamentos sócio-educativos deverão estar localizados fora das comunidades em vista de uma política de integração e de não exclusão, possibilitando também a freqüência da população da área circunvizinha. Tal medida contribui ainda para a melhoria das condições de trabalho dos funcionários e dos usuários quanto aos riscos a que se expõem, dada a violência de algumas comunidades.

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Em razão da fragilidade de mecanismos de controle eficazes da expansão das favelas a comissão de inspeção sugeriu a criação de legislação urbanística específ ica de usos e ocupação de solo para conter/disciplinar o crescimento a partir da fase do projeto, tendo sido argumentado pela Coordenadoria de Programação que as recomendações quanto ao uso e ocupação do solo são realizadas na etapa do Plano de Intervenção, mas a legislação compete à SMU e passará a ser implementada através dos POUSOS.

A determinação de edição de legislação urbanística específ ica de uso e

ocupação de solo, com base no Plano Diretor, para conter/disciplinar o crescimento a partir da fase do projeto cabe à gestão do Programa. Isto porque, além de esta legislação ser uma das diretrizes para a implementação do Bairrinho, o gestor é responsável pela coordenação das atividades, principalmente daquelas que necessitam de apoio ou complementação de outros órgãos ou entidades.

Dentre as evidências que possibilitaram a expansão das comunidades após o

Programa Bairrinho foi ressaltada a inexistência de escritórios locais (POUSOS) para fazer cumprir a legislação urbanística e prestar assistência técnica e social aos moradores (com exceção das comunidades abrangidas pelos recursos da União Européia), bem como a ausência de monitoramento do crescimento.

A realização de estudos prévios de viabilidade dos projetos de urbanização de assentamento situado em área de risco e nas faixas marginais de proteção de mananciais, haja vista sua vedação contida no Plano Diretor, mereceu como comentário da Gerência de Programas o de que a SMH não urbaniza áreas de risco, assim como faixas marginais de proteção de mananciais e encostas.

Entretanto, foi verif icado que havia inúmeras residências na Comunidade Vila

Canoas em São Conrado, contemplada com contrato de urbanização do Programa Bairrinho, construídas em área non edificanti por ser faixa marginal de proteção de manancial.

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Foto vencedora do �� no Festival de Cannes. Agência de publicidade Leo Burnett

A presente auditoria teve como objetivo avaliar o desempenho do Programa Bairrinho, integrante do PPA 2002/2005 como ação do Programa de Urbanização de áreas de Baixa Renda, idealizado como uma alternativa ao Programa Favela-Bairro para atender comunidades que possuam de 100 a 500 domicílios.

Embora o Programa Bairrinho tenha menor porte que os voltados para comunidades maiores, possui a mesma natureza desses. Portanto, a fragilidade nas ações visando ao controle do crescimento representa uma das principais causas da expansão das ocupações, que também ocorre em comunidades maiores, permitindo algumas considerações de ordem geral.

Políticas exclusivamente voltadas para a remoção e erradicação das favelas,

com construção de conjuntos habitacionais distantes dos locais de trabalho, a exemplo das que foram implementadas no passado resultaram em insucesso, principalmente por não serem acompanhados do devido planejamento, com intervenções e serviços públicos adequados, de forma a diminuir a mobilidade e aumentar a auto-estima dos beneficiados.

Na transição do regime totalitário, a política adotada foi justamente a oposta,

possivelmente acompanhando o f im de um processo repressivo: tendência à liberação em demasia e ao incentivo às ocupações, muitas vezes em áreas de encostas e de riscos.

Após um período de amadurecimento, no regime democrático a solução

encontrada para os problemas dos assentamentos informais foi a introdução de programas de melhoramento de bairros mantendo a população nas áreas então ocupadas.

Desta forma, em 1992, o conceito da não remoção das favelas foi incorporado

ao Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro como um dos princípios a serem respeitados quanto ao uso e ocupação do solo urbano, bem como a inserção das favelas e loteamentos irregulares no planejamento da Cidade com vista à sua transformação em bairros ou integração com os bairros em que se situam.

“... a urbanização apenas não basta. Além da regularização fundiária, é preciso a presença constante do Estado, não apenas como provedor dos serviços essenciais, mas como fiscalizador.” Jornal O Globo 09/05/04

O trabalho buscou verif icar, a partir das obras realizadas, a eficácia e a efetividade das ações visando à constatação de melhorias nas condições de infra-estrutura básica das comunidades e no ordenamento urbano, bem como se a implementação de ações de caráter social contribuíram para complementar os aspectos físicos do programa. A satisfação dos beneficiários com as ações do programa e os principais fatores que comprometeram objetivos prioritários e impactos previstos também foram analisados.

As obras de infra-estrutura e de urbanização, consideradas a primeira etapa do

programa, acabaram por se tornar o principal foco, comprometendo os impactos previstos nos aspectos sociais, que em conjunto com as obras e a regularização fundiária possibilitariam o fortalecimento do sentimento de cidadania, da convivência e da organização comunitária, enfim, a melhoria nas condições de vida das comunidades atendidas com sua integração à cidade formal.

Verif icou-se, através das visitas realizadas e dos depoimentos dos moradores das comunidades, a carência de projetos sociais e de geração de renda, tanto para crianças e adolescentes quanto para adultos, fato que prejudicou o alcance dos impactos previstos e demonstrou a necessidade de o programa avançar na área social, de modo a proporcionar efetividade e ampliar a percepção de melhoria dos beneficiários.

A ausência de coordenação com os demais órgãos municipais (SMAS, SMTb,

SMAC, SMS, etc), que dentro de seus contextos operacionais poderiam auxiliar ou até mesmo estabelecer parcerias com a SMH na execução das atividades, e a inexistência de recursos disponíveis para estas ações foram identif icadas como principais obstáculos à realização dos projetos sociais .

Segundo as informações obtidas são consignadas no orçamento somente as

despesas relativas aos projetos e execuções de obras, exceto para as comunidades f inanciadas com recursos externos, União Européia, que obtiveram dotações para programas sociais e de geração de renda, com duração determinada pelo prazo do contrato de f inanciamento e conseqüente interrupção ao término do mesmo.

Na realidade observou-se em algumas comunidades a implementação de

ações de caráter social, as quais foram extintas juntamente com o contrato de f inanciamento, o que resultou em um dos itens de maior insatisfação dos moradores durante as entrevistas.

“... segundo o Instituto Pereira Passos (IPP) entre 1991 e 2000 a população das favelas cresceu 6 vezes mais que a das áreas formais.” Jornal O Globo 16/05/04

Em vista da pouca priorização dos aspectos sociais, os beneficiários

identif icaram como pontos de melhoria e/ou descontentamento, sobretudo, os itens relativos a obras. Destacaram-se como as de maior satisfação a implantação/reforma e pavimentação/calçamento de vias e acessos, uma vez que em muitas das comunidades havia anteriormente grande precariedade nesta área. Estes aspectos impactaram diretamente a auto-estima dos moradores e as condições de higiene/saúde das comunidades.

Os principais itens de descontentamento foram àqueles relativos à baixa

qualidade dos serviços realizados, trechos com obras inacabadas, ausência de manutenção dos serviços, funcionamento precário dos sistemas de abastecimento de água e de esgoto, demora na conclusão das obras, tempo excessivo entre o término do projeto e o início das obras, projetos de obras apresentados à comunidade distintos dos efetivamente realizados e dif iculdades de acesso à Secretaria, na solução de pendências.

A comunidade com maior nível de descontentamento foi a de Barro Preto, em

Lins de Vasconcelos, em razão da preexistência de grande parte dos sistemas implementados pelo Bairrinho. Os sistemas viário, de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de iluminação pública e de drenagem, mesmo precários, já existiam, realizados por ações antecedentes.

Acredita-se que este indicador teria apresentado um melhor índice se os

equipamentos e as obras que seriam o seu diferencial em relação à situação preexistente - Centro Comunitário, reforma do Largo das Lavadeiras, construção do acesso da Rua Sargento Jupir para a Avenida Menezes Cortes - tivessem sido executadas. Acrescente-se o fato de os sistemas implantados não estarem

funcionando adequadamente, como é o caso relativo ao abastecimento de água, que apesar da realização das obras a rede antiga continua sendo utilizada.

Em contraponto, a comunidade de Nossa Senhora da Apresentação, em Irajá, foi a de maior contentamento, tendo avaliado positivamente grande parte dos sistemas executados, desde a coleta de lixo até as unidades habitacionais construídas em substituição às removidas para a construção de uma das vias.

Em relação às edif icações, convém registrar as situações observadas nas

comunidades de Unidos de Santa Teresa e Santo Antônio. Na primeira, a creche foi construída em local de confronto entre as facções criminosas que controlam as favelas circunvizinhas, encontrando-se com diversas perfurações de balas, de modo que os moradores não pretendem utilizá-la mesmo que o Município decida colocá-la em funcionamento. Na segunda, a associação de moradores passou a ocupar o CEMASI com atividades sócio-educativas, após expulsar os delinqüentes que o invadiram, em razão da sua não operacionalização por parte da Prefeitura.

Há que ressaltar, em vista do mencionado, que falhas de planejamento e

controle podem resultar na realização de gastos públicos sem que estes representem benefícios para a população. A creche dif icilmente entrará em funcionamento devido aos riscos de vida, tanto para os usuários quanto para os funcionários, e quanto ao CEMASI, apesar da inércia do poder público, a Associação de Moradores ao assumi-lo, vem, por iniciativa própria, desenvolvendo atividades educativas.

Em diversas comunidades constatou-se deterioração dos serviços

implementados pelo programa, por falta de manutenção ou por baixa qualidade dos materiais e técnicas empregados.

No que diz respeito ao relacionamento da f iscalização com os moradores das

comunidades, evidenciou-se, na maioria delas, uma convivência satisfatória, e em algumas, reclamações acerca do tratamento dispensado, que por vezes continha discriminação social.

Um dos grandes benefícios indiretos que se espera com as obras de infra-

estrutura realizadas pela urbanização das áreas de baixa renda é a diminuição dos problemas ocasionados pela interferência da ocupação irregular na cidade formal. Tal redução observa-se em alguns eventos, como na quantidade de lixo carreado em dias de chuva para os logradouros circunvizinhos às comunidades beneficiadas, devido às melhorias proporcionadas nos sistemas viário, de coleta de lixo, e de drenagem.

“... para combater a favelização crescente é necessária uma rigorosa política preventiva...” Jornal O Globo 04/07/04

Nas comunidades próximas à rede formal de esgoto, a implantação de saneamento básico, em especial de sistema de esgotamento sanitário com separador absoluto, também influi na diminuição das interferências na cidade, evitando a junção das águas da chuva com o esgotamento sanitário, e suas conseqüências, como a sobrecarga dos sistemas, mau cheiro, poluição ambiental e riscos de danos à saúde.

Entretanto, as junções entre os sistemas de esgoto e de drenagem, verif icadas

em algumas comunidades, como as de Santo Antonio, Chapéu Mangueira, Parque da Cidade e Unidos de Santa Tereza, além de ferirem a legislação, prejudicam não somente estas áreas , mas também a cidade formal, devendo ser corrigidas.

Nas comunidades desprovidas de rede de esgoto sanitário, 46% delas f icaram com os sistemas incompletos pela falta de construção de ETEs. O órgão alega que os projetos das Estações de Tratamento serão executados, após a obra, em outro contrato complementar. Contudo, ainda que provisório, o lançamento direto do despejo nos corpos hídricos ou no sistema de drenagem fere a LOM, o Código de Obras e a legislação ambiental.

As comunidades contempladas com dispositivo de tratamento apresentam 4

ETEs fora de operação, deterioradas por falta de manutenção, e 2 ETEs em operação, porém sem manutenção adequada, pois o órgão entende ser de responsabilidade da Concessionária estadual. Cabe mencionar que após a implementação dos sistemas de esgotamento sanitário, o poder público municipal pode, de acordo com autorização legal, repassar a manutenção e operação dos sistemas construídos para a concessionária estadual, que detém competência para a sua exploração, entretanto, essa transferência deve ser efetuada em consenso, por meio de contrato ou convênio. Caso isto não ocorra, a manutenção de todos os sistemas implantados poderia ser realizada pelo Município com o auxílio das comunidades, a exemplo de iniciativas adotadas por outros órgãos da Prefeitura, como a COMLURB, a Rioluz e a SMAC, Gari e Eletricista Comunitários e os Guardiões do Rio, respectivamente.

Com relação aos aspectos de redução da poluição ambiental, deve-se

mencionar que apesar da tentativa de observância das normas ambientais e legais com a inclusão, nos projetos de urbanização, de construção de ETEs, constatou-se em dois dos três casos analisados que os corpos hídricos encontravam-se com índices de poluição superiores àqueles observados nos afluentes das ETEs. Assim para que o gasto realizado com a construção dessas estações de tratamento resulte em benefícios para a população carioca, o Município deve aumentar seus esforços no sentido de f iscalizar e implementar políticas de despoluição de suas bacias hidrográficas.

Na percepção dos moradores, a falta de f iscalização na execução dos serviços

de manutenção das obras e dos equipamentos entregues é a principal causa da deterioração dos sistemas implantados, aspectos que puderam ser observados ante o estado precário da ETE de Muzema, as infiltrações nos tanques da ETE de Carumbé, as poças d’água nas ruas de Novo Palmares, a má aderência da pavimentação de Barro Preto e de Unidos de Santa Tereza e o entupimento das redes de esgoto e drenagem de diversas delas.

Verif ica-se desta forma a necessidade da implantação de uma política de

conservação, incluindo a participação de concessionárias e/ou órgãos competentes (RIOLUZ, CEDAE, SMO/CGC,etc), que poderá minimizar a deterioração dos sistemas implantados, preservando recursos aplicados e aumentando a durabilidade e eficiência dos mesmos.

“... aponta a migração interna no Brasil, nas últimas décadas, como um dos fatores determinantes da favelização.” Jornal O Globo 09/05/04

Cabe, entretanto, considerar que alguns destes sistemas apresentaram

problemas, como o de esgotamento sanitário, não só pela falta de manutenção, mas também pelo aumento da demanda, fruto do crescimento desordenado da comunidade que extrapolou sua capacidade projetada, quer seja pela ausência de uma política de contenção de crescimento ou pelo tempo excessivo transcorrido entre o término do projeto e o início das obras (neste interstício a expectativa das obras impulsionou o crescimento). Some-se a isto o uso inadequado dos sistemas por parte dos

moradores, sendo observado, entre outros, a adição de lixo na rede de esgoto e drenagem e a não observância do tempo de cura do concreto das calçadas.

Ainda em relação à conservação dos sistemas, diante das evidências de falhas

na execução de alguns deles, proporcionando sua deterioração mais rápida, como as já citadas, torna-se oportuna a realização de uma vistoria nos locais, e caso necessária, a solicitação de garantia dos serviços junto à empresa contratada.

A satisfação dos beneficiários f ica comprometida em decorrência da frustração ante às expectativas geradas e aos serviços disponibilizados, dado o descompasso do apresentado no projeto e o efetivamente executado, que é agravado pela demora na execução das obras, e pelo seu funcionamento precário.

Estes entraves foram ocasionados também pela limitação de recursos

f inanceiros para a realização das obras. Os projetos aprovados sofreram cortes em diversos itens para sua adequação aos recursos disponíveis.

Cabe observar que em grande parte das comunidades os sistemas de

abastecimento de água, apesar de implantado, não se encontra em funcionamento. Os moradores continuam utilizando a rede de água antiga, ora por problemas de fornecimento junto à concessionária (CEDAE), por exemplo, a falta de retaguarda; ora pela incompletude do sistema – reservatórios de água não ligados, apesar de erigidos, canalização com problemas de vazamento, etc.

Os sistemas de abastecimento de água e esgoto foram os que apresentaram

maior número de reclamações por parte dos moradores; o primeiro pela sua total ineficiência e o segundo pelos constantes entupimentos.

A jurisdicionada, através da Coordenadoria de Obras e da Gerência do

Programa, deveria mapear todas as ocorrências relativas à qualidade das obras, para, no que couber, acionar a garantia dos serviços junto à contratada e/ou envidar esforços na implementação de uma política de conservação/manutenção das obras entregues, de forma a zelar pelo seu perfeito funcionamento.

De um modo geral, a partir de comparações com as fotografias das

comunidades antes da execução das obras, verif icou-se uma sensível melhora no aspecto físico das comunidades, principalmente na pavimentação das vias e na eliminação das valas negras. Entretanto, devido à necessidade de aperfeiçoamento do programa, esta percepção contrasta com os aspectos já mencionados, tais como funcionamento precário dos sistemas implantados, má qualidade dos serviços realizados, a ausência de manutenção e carência de realização de projetos sociais.

Foi verif icado, até a data da presente auditoria, que em nenhuma das 28 (vinte

oito) comunidades visitadas havia sido realizada a regularização fundiária prevista no programa. Muitos moradores entrevistados mencionaram este aspecto como um dos itens pendentes do programa, pois na fase de apresentação das intervenções a serem realizadas lhes havia sido prometida a regularização jurídica de suas propriedades.

“... a taxa de fecundidade – maior nas favelas do que no asfalto – foi o principal fator de expansão na última década ...” Jornal O Globo 16/05/04

Também no decorrer da auditoria constatou-se que várias comunidades foram

beneficiadas pelo Bairrinho apesar de não se enquadrarem nas especif icações

f ixadas para o Programa, ou seja, algumas possuíam residências em número superior ao limite máximo estabelecido e outras se encontravam em áreas conurbadas.

Dentre elas destacam-se Parque da Cidade, Tijuquinha e Unidos de Santa Tereza, todas com mais de 500 residências. Com relação à questão da conurbação, evidencia-se àquelas localizadas no Itanhangá - Muzema, Tijuquinha e Vila da Paz – e no Rio Comprido – Unidos de Santa Teresa e Falet.

A inclusão de comunidades fora da especif icação do Bairrinho inviabiliza o

sucesso das ações previstas, uma vez que o nível de recursos disponíveis não atende suas reais necessidades, de modo que elas deveriam ter sido incluídas em programas de maior porte como o Favela-Bairro.

Não foi identif icada uma política de monitoramento eficaz do programa, de

modo que seus efeitos não são avaliados nem acompanhados regularmente, via de regra o término das obras acarreta o f im das ações.

A inexistência de indicadores de desempenho, para controle das metas, e de

uma sistemática de acompanhamento centralizado e contínuo, por parte da Gerência do Programa Bairrinho, torna imprescindível o aperfeiçoamento do sistema de informações gerenciais. Ao longo desta auditoria tornou-se evidente a prática de se acionar os demais setores para se obter dados relativos às intervenções, tais como o volume de recursos aplicados em projetos e obras (obtida junto ao H/SUB Controle e HSUB/Orçamento), a situação das obras concluídas e daquelas em execução (H/SUB Controle e Coordenadoria de Obras e verif icação in loco), o controle das metas previstas no PPA (HSUB/Orçamento) e a satisfação dos beneficiários, para o qual, a princípio, não havia dados disponíveis.

As fragilidades observadas quanto ao controle e monitoramento do Bairrinho

são frutos da ausência de centralização de dados pela Gerência, conjugada com a precariedade da integração entre os setores direta ou indiretamente envolvidos (Gerência, Coordenadorias de Projetos e de Obras, Setor Orçamentário, etc.), além da falta de acompanhamento do andamento do projeto e da aferição da satisfação dos usuários nos locais das intervenções.

Desta forma torna-se indispensável a implementação de um acompanhamento

das ações do programa, que englobe a situação das obras, o nível de satisfação dos beneficiários e a disponibilidade de recursos orçamentários, além de uma melhor coordenação entre os setores envolvidos e da implantação de indicadores de desempenho.

Outra constatação se refere à falta de mecanismos de controle do crescimento

das favelas e dos loteamentos irregulares beneficiados pelo Programa, o que pode ser considerado como um incentivo a estas ocupações. A percepção de melhoria a ser obtida com a urbanização resulta em enormes movimentos migratórios, demonstrando a necessidade premente de uma política de contenção por parte do poder público, sob pena de comprometimento dos sistemas implantados por exaustão.

“... melhorias acabam estimulando crescimento.” “... o grande desafio hoje é conter o crescimento das favelas.” Jornal O Globo 12/09/04

Por outro lado pode ser contabilizado como saldo negativo os impactos nos aspectos paisagísticos e ambientais, que se traduz em grandes prejuízos à cidade. A

interpretação atribuída a política de não remoção, acrescida do descontrole da expansão e/ou surgimento de ocupações irregulares, a médio prazo, vem inviabilizando a vocação turística do Rio de Janeiro, trazendo efeitos negativos, inclusive f inanceiros ao Município, que vem sendo observados, tais como redução do turismo e migração de empresas e de pessoas para outras localidades, dada a forte correlação existente entre as favelas e a violência urbana que assola a cidade.

Transcorridos 12 anos da instituição do Plano Decenal da Cidade do Rio de

Janeiro (Lei Complementar nº 16, de 04 de junho de 1992) o que se constata é a excessiva proliferação de ocupações irregulares, agravada pela devastação das últimas áreas verdes do Município, fato justif icado pela interpretação dada ao inciso III do artigo 44 do citado Plano, “o uso e ocupação do solo urbano respeitarão, dentre outros, o princípio da não remoção das favelas”. Contudo, é lícito inferir que, na época, o pretendido era a transformação das favelas existentes em bairros e não a permissividade para a ocupação desordenada ao longo dos anos, pois o mesmo diploma legal contempla uma legislação urbanística com ordenamentos reguladores que deveriam ser controlados pelo Poder Público.

Quanto à segurança, constitucionalmente de competência do poder estadual,

estes conglomerados urbanos devido ao difícil acesso de sua geografia e alta densidade demográfica se constituem em locais perfeitos para os infratores se organizarem e esconderem, cabendo ao Município atuar em parceria com o Estado e a União de forma a minimizar a situação, agravada em razão do crescimento das favelas, que resultou da omissão de políticas de contenção de expansão.

Em diversas comunidades a equipe inspecionante, ao visitá-las, sempre necessariamente acompanhada de representantes das Associações de Moradores e da Secretaria, deparou-se, sem nenhum tipo de constrangimento, com olheiros nas entradas, “soldados” armados de revólveres, granadas e fuzis, além de outros que circulavam, pelas vielas pavimentadas pelo poder público municipal, em motocicletas.

“... funcionário de empresa que executa o Favela-Bairro é baleado em conflito no Morro do Juramento... “ Jornal O Globo 10/10/04

Cabe mencionar que a ausência de controle na expansão das comunidades,

além de comprometer as intervenções realizadas, tende a gerar demanda por programas de maior porte, como o Favela-Bairro – 500 a 2500 residências - e posteriormente o Grandes Favelas – acima de 2500 residências-, de modo que caracteriza a má aplicação de recursos, uma vez que os sistemas anteriormente implementados terão que ser refeitos para se adequarem à nova realidade.

A opção, ao longo da década, de priorizar a urbanização de comunidades

carentes em detrimento das demais políticas habitacionais no Município, haja vista sua expressiva representatividade nos gastos totais realizados pela Secretaria (ver ��, GR ÁFIC O 1), se constituiu em perigosa herança deixada para as gerações atual e futura, dada a carência de implementação, concomitante, de contenção efetiva de crescimento, de programas sociais, que visassem geração de renda e noções básicas de higiene/saúde com ênfase em planejamento familiar, e de projetos de habitação.

Finalmente, deve ser considerada a adoção de outras políticas e formas de

assentamento, visto que algumas dessas comunidades dif icilmente assumirão características de bairro para se integrarem à cidade formal. O controle da ocupação, a remoção dos loteamentos localizados em áreas de proteção paisagística, ambiental

e acima dos limites definidos para as encostas, a construção de novas unidades habitacionais, a implementação de transporte público eficiente e de qualidade e a melhoria das malhas ferroviárias e metroviárias para reduzir eficazmente o déficit habitacional do município, gerado em grande parte pelo enorme movimento migratório ocasionado pela situação econômica do país, ainda que em um primeiro momento possa ser mais dispendioso, a médio prazo, traria benefícios incalculáveis a cidade.

“... Enquanto não houver política habitacional em que o Município se engaje as favelas vão continuar crescendo.” Jornal O Globo 19/09/04

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Foto vencedora do �� no Festival de Cannes. Agência de publicidade Leo Burnett

Considerando-se o exposto no Capítulo 6 “Matriz de Achados” e visando a contribuir para o aperfeiçoamento do Programa Bairrinho, bem como, no que couber, para o de programas que possuam natureza semelhante à urbanização de áreas de baixa renda, submete-se este relatório à consideração superior, com as propostas que se seguem.

1. Recomendar à Secretaria Municipal de Habitação que: 1.1 Contemple, quando do estudo de viabilidade do programa, a

possibilidade de criação de pelo menos uma via principal que permita o trânsito de veículos e melhore o acesso aos serviços públicos, conforme previsto no Termo de Referência (documento integrante do edital, definido na pág.15), adotando como limitador de ocupação das áreas a impossibilidade de aumento da extensão dessas vias, de forma a proporcionar às localidades características de bairros e a conter a expansão desordenada. Assim, somente os domicílios situados nos limites alcançados pela extensão da via receberiam intervenções, sendo os demais remanejados.

1.2 Aperfeiçoe os levantamentos físicos e estudos prévios de viabilidade da

implantação dos sistemas de abastecimento de água (Diagnóstico) e de esgotamento sanitário, priorizando a implantação completa dos mesmos, em consonância com o que prescreve o Plano Diretor, visando ao perfeito funcionamento e redução da necessidade de refazimento dos serviços e da poluição resultante do lançamento direto do esgoto nos corpos hídricos.

1.3 Realize estudos e planejamentos mais elaborados que permitam a

correta estimativa dos custos das intervenções para diminuir supressões de itens nos orçamentos que comprometam as intervenções.

1.4 Aperfeiçoe a sistemática de f iscalização e monitoramento do programa

com relação às obras, de forma a minimizar os impactos de sua má execução. 1.5 Planeje eficazmente de modo a permitir um processo contínuo do

projeto para a realização das obras, reduzindo o tempo excessivo constatado entre essas ações, de modo a evitar a necessidade de contratos complementares bem como a ineficácia dos sistemas.

1.6 Aperfeiçoe a sistemática de f iscalização avaliando criteriosamente os

pedidos de suspensão e prorrogação com vistas a impedir desmobilizações parciais do efetivo da contratada, ou seja, a redução da frente de trabalho, para evitar quebra do ritmo de serviço e conseqüente descumprimento do prazo de entrega.

1.7 Formule, em parceria com os demais órgãos envolvidos, consistente

planejamento para implementar ações sociais, em todas as comunidades, e avalie criteriosamente os custos, de modo a transformar a situação social existente, proporcionando melhoria na qualidade de vida em razão da realização de cursos educativos (alfabetização, saúde, higiene, planejamento familiar e outros) e de capacitação profissional (geração de renda).

1.8 Formalize, junto aos órgãos envolvidos, proposta que contenha um rol

de ações integradas com vistas à implementação dos programas sociais nos equipamentos públicos (creches, CEMASIs, PAM) que venham a estar ociosos, assegurando os resultados do Programa.

1.9 Adote indicadores de desempenho para controle das metas

estabelecidas e uma sistemática de acompanhamento centralizado e contínuo de modo a permitir uma visão geral, desde a fase do diagnóstico até os resultados pós-obra, englobando dados atualizados do montante orçamentário e f inanceiro previstos, aplicados e disponíveis; a situação dos projetos/obras; o funcionamento dos sistemas implementados; a satisfação dos beneficiários e o andamento das ações sociais, entre outros, possibilitando a geração de informações que auxiliem o gestor na tomada de decisão, permitindo ajustes tempestivos e minimizando o risco de impactos negativos nos resultados do Programa.

1.10 Mapeie e controle os pontos nas comunidades onde foram realizadas as

ligações do sistema de esgoto na drenagem para facilitar, quando da construção das ETEs, o desligamento dessas conexões.

1.11 Evite elaborar orçamentos de licitações incompletos de forma a minimizar

o surgimento de obras que necessitem complementação.

1.12 Busque a inclusão formal do Programa Bairrinho no convênio que abrange a manutenção do sistema de água e esgoto por parte da concessionária CEDAE, ao término da obra, de forma a evitar o funcionamento precário ou a deterioração por depredação.

1.13 Formalize o término das obras com vistas à assunção dos sistemas

implantados pelos órgãos competentes, de modo que através da programação das atividades necessárias seja compatibilizada a oferta de serviços públicos com a sua manutenção.

1.14 Assuma a manutenção dos sistemas implantados, quer por contrato, a

exemplo do Favela-Bairro, quer por atuação conjunta com as localidades beneficiadas, a exemplo de outros serviços comunitários (gari, eletricista, guardiões do rio, etc), de forma a evitar a deterioração dos sistemas.

1.15 Aprimore a sistemática de elaboração dos projetos básicos e seus

orçamentos, direcionando prioritariamente as verbas (PPA, LDO e LOA) para obras cujos projetos tenham sido concluídos e para as que tenham sido iniciadas, reduzindo paralisações por falta de dotação.

1.16 Estude a viabilidade da execução e a disponibilidade de recursos antes

de apresentar o projeto à comunidade e informe-a das alterações havidas, caso haja, de modo a garantir a satisfação dos beneficiários e a reduzir atritos entre os moradores e engenheiros responsáveis.

1.17 Busque, junto à Secretaria Municipal de Fazenda, a adequação dos

modelos de elaboração da LOA, da LDO e do PPA no sentido de possibilitar à Secretaria Municipal de Habitação a especif icação em separado dos projetos e obras a serem concluídos e dos que terão início, por comunidade.

1.18 Especif ique no PPA, na LDO e na LOA, separadamente, quais os

projetos e obras a serem concluídos e iniciados, por comunidade, interagindo quando necessário com a SMF, de forma a implementar somente as intervenções que contemplem recursos suficientes para sua completa execução e a evitar remanejamentos internos que possam comprometer o alcance dos objetivos do programa.

1.19 Aprimore o critério de controle de metas, com vistas à obtenção da

melhoria na qualidade da informação que irá compor a Tomada de Contas de Gestão e o Sistema de Informações do Programa, e a integração entre os setores envolvidos e o orçamentário, otimizando a elaboração dos orçamentos e a f iscalização de sua execução.

1.20 Implemente programas de esclarecimento e conscientização sobre as

f inalidades e vantagens do controle do uso e ocupação do solo, atuando, se possível, em conjunto com as Subprefeituras/órgãos a f im de estabelecer canais permanentes, assegurando o recebimento e o atendimento de denúncias de ocupações irregulares.

1.21 Atue em conjunto com a SMU visando à produção da legislação

urbanística específ ica de uso e ocupação do solo (horizontal e vertical) a partir da fase de projeto e implante sistema de f iscalização e controle dos serviços oferecidos através da instalação de escritórios ou POUSOS, em locais estratégicos, de modo a controlar o crescimento e o surgimento de favelas.

1.22 Monitore as favelas que sofreram intervenção, comunicando à SMU

quando houver expansão, dado que as obras de urbanização, na maioria das vezes, funcionam como estímulo ao seu crescimento.

2. Determinar a Secretaria Municipal de Habitação que:

2.1 Proceda a um levantamento das comunidades onde haja problemas de

mau funcionamento ou de qualidade dos sistemas, solicitando às empreiteiras contratadas a responsabilidade pelos serviços dentro do prazo previsto em lei (art. 618 da Lei 10.406/2002 – Código Civil).

2.2 Realize estudos prévios de viabilidade aos contratos de projetos em

razão da determinação contida no art. 142 do Plano Diretor, para evitar urbanização de assentamento situado em áreas de risco, nas faixas marginais de proteção de mananciais e encostas, a exemplo do constatado em Vila Canoas.

2.3 Não formalize licitações / contratações de obras sem a suficiente dotação

para contemplar sistemas de esgotamento com tratamento em locais desprovidos de rede pública de esgotos sanitários (art. 87 do Decreto 22.872/96).

3. Encaminhar à Secretaria Municipal de Habitação cópia deste Relatório

para que a titular tome conhecimento do seu inteiro teor, bem como da decisão que vier a ser prolatada por este Tribunal.

Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2004 Ma ria da Graç a da Cunha Simões Costa Willian do Nasc imento Pires Antônio Ribeiro Poç oMa ria da Graç a da Cunha Simões Costa Willian do Nasc imento Pires Antônio Ribeiro Poç oMa ria da Graç a da Cunha Simões Costa Willian do Nasc imento Pires Antônio Ribeiro Poç oMa ria da Graç a da Cunha Simões Costa Willian do Nasc imento Pires Antônio Ribeiro Poç o INSPETORA SETORIAL/2ª IGE ASSISTENTE I/2ª iGE TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO Matricula 40/900759 Matricula 40/901256 Matricula 40/901219

EMEN TA: Relatório de Auditoria de Avaliação de Programa – SMH – exercício de 2004. Encaminhamento.

AO SENHOR DIRETOR DA SCE, O presente relatório foi elaborado dando prosseguimento à programação aprovada por esta Corte, através do processo 40/7509/2003, em Sessão Plenária de 28/01/2004. A inspeção foi iniciada em 12/05/2004, com término em 12/06/2004, abrangendo todos os contratos realizados no âmbito do Programa Bairrinho. No item 6 verif ica-se a Matriz de Achados na qual são evidenciadas as oportunidades de melhorias se adotadas as boas práticas e recomendações sugeridas. A análise do pronunciamento dos gestores se encontra no item 7. A comissão apresentada sua conclusão no item 8 e a proposta de encaminhamento no item 9, para que sejam atendidos os procedimentos discriminados, o que ratif ico. 2ª IGE, em 21 de outubro de 2004

Simone de Souza Azevedo Inspetor Geral/2ª IGE Matrícula 40/900.326

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MARCO LÓGICO DO PROGRAMA BAIRRINHO

OBJETIVOS INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO

RISCOS/SUPOSIÇÕES

FINALIDADE Melhorar a qualidade de vida da população urbana de baixa renda, aumentando a disponibilidade e a cobertura de serviços urbanos em favelas isoladas na malha urbana contendo de 100 a 500 domicílios e loteamentos irregulares da cidade.

Satisfação da população residente nas áreas de intervenção com as mudanças espaciais, ambientais e sociais que resultem do Programa.

Pesquisas de Opinião com os beneficiários.

-Desenvolvimento econômico sustentável. -Participação da Comunidade na definição e Supervisão do Projeto de Intervenção. - Controles Urbanos que garantam uma densidade demográfica adequada.

PROPÓSITOS - Melhorar e ampliar as condições de saneamento, acessos viários e outros serviços de infra-estrutura urbana. - Implementar ações de caráter social, implantando programas de fortalecimento da organização comunitária, educação sanitária, geração de renda e capacitação profissional. - Promover a regularização fundiária e prestar assistência técnica necessária à obtenção, por parte dos moradores, da documentação que lhes garanta a permanência no local.

- Consideração acerca da melhoria de condições de vida nas favelas.

- Consideração acerca da melhoria de condições de segurança nas comunidades beneficiadas.

-Aumento das benfeitorias nas comunidades.

Pesquisas de Opinião com beneficiários Verificação in loco .

-Estabilidade financeira da Prefeitura e fluxo regular de recursos financeiros para a execução do Programa - Participação dos moradores na implantação e futura conservação. - Adesão efetiva da sociedade formal na integração das áreas urbanizadas aos bairros. -Aproveitamento dos esforços coletivos despendidos em construções e serviços já instalados

PRODUTOS - Urbanização integrada: Saneamento básico . água potável -.esgotamento sanitário . drenagem pluvial

Sistema viário Iluminação pública Equipamento social . centros comunitários . creches . áreas de esportes - Desenvolvimento Comunitário: . Ações educativas para acompanhamento dos projetos, uso e manutenção de infra-estrutura sanitária e social, proteção e conservação ambiental. . Participação comunitária no planejamento e execução. . Melhoria da paisagem urbana . Instalação dos postos de apoio (POUSO) para dar assistência técnica às comunidades durante a fase de consolidação. . Capacitação especializada para geração de trabalho e renda. - Regularização Fundiária e registro de propriedade por parte dos .moradores.

-nº de comunidades beneficiadas -nº de comunidades beneficiadas com cursos e palestras - nº de comunidades consultadas x sugestões atendidas - n° de comunidades em que foram implementados os POUSOs - 100% das favelas e dos loteamentos irregulares declarados como Áreas de Especial Interesse Social

- Projetos de Alinhamento e logradouros públicos reconhecidos

-Verificação in loco - SMH -Pesquisa de opinião com os beneficiários - Verificação in loco - Pesquisa de opinião com beneficiários - Verificação in loco - SMH

-Cooperação entre os níveis municipal e estadual de governo na coordenação do programa -Integração das ações dos órgãos municipais envolvidos

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MATRIZ DE PLANEJAMENTO


Informações Requeridas

Fontes de Informação

Metodologia Limitações O que a análise vai permitir dizer

1) As obras estão contribuindo para a melhoria das condições de infra-estrutura básica? 2) Foram implementadas ações de caráter social ?

-Implantação dos sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de drenagem, viário, de coleta de lixo e de iluminação pública. -Func ionamento e manutenção dos sistemas implantados. -Nível de integração das entidades envolvidas nas ações propostas (CEDAE, FEEMA, RIO-ÁGUAS, SMO, COMLURB e RIOLUZ). - Implantação de equipamentos desportivos, praças e áreas de convivência. - Implantação de creches e equipamentos para fins de execução de projetos sociais. - Realização de cursos e palestras. - Nível de integração das entidades envolvidas nas ações propostas (SMAS, SME, SMEL, SMTb e SMS).

-Planilhas orçamentárias dos contratos e aditivos. - Termo de referência das intervenções. -Folders institucionais - Constatação da real implementação dos sistemas e sua funcionabilidade -Entrevistas com os Stakeholders -Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro -Planilhas orçamentárias dos contratos e aditivos . - Termos de referência das intervenções. -Folders institucionais - Constatação da real implementação de ações de caráter social -Entrevistas com os Stakeholders

-Análise qualitativa dos dados. - Pesquisa documental. - Análise de conteúdo do grupo focal. - Tratamento estatístico dos questionários e entrevistas estruturadas. -Verificação in loco -Verificação da adequação ao Plano Diretor. -Análise qualitativa dos dados. - Pesquisa documental. - Análise de conteúdo do grupo focal. -Tratamento estatístico dos questionários e entrevistas estruturadas. -Verificação in loco

-Divergências entre o Plano de Intervenção e o contrato de execução das obras. -Dificuldade de constatação da realização de alguns sistemas dada a característica das obras. -Acidentada geografia de parte das comunidades. - Necessidade de contato prévio e acompanhamento com os líderes comunitários em função da violência de grande parte das comunidades. - Limitação de tempo para planejamento, execução e relatório. -Divergências entre o Plano de Intervenção e o contrato de execução das obras. -Acidentada geografia das comunidades. - Necessidade de contato prévio e acompanhamento com os líderes comunitários em função da violência de grande parte das comunidades. - Limitação de tempo para planejamento, execução e relatório. - Indisponibi l idade ou insuficiência de dados. -Inexistência ou baixa confiabilidade das informações obtidas.

-Se houve a implantação dos sistemas propostos. -Se os sistemas implantados estão em funcionamento. - Se os sistemas implantados recebem manutenção regular. - Se a qualidade técnica dos serviços e materiais empregados e a dilatação dos prazos comprometem os resultados do programa. - Se a integração entre os Stakeholders possibilita a consecução e a continuidade dos resultados esperados. -Se os recursos humanos e materiais destinados ao Programa são suficientes para o desenvolvimento dos sistemas -Se houve a implantação dos equipamentos desportivos, praças, áreas de convivência, creches, centros comunitários, CEMASIs e PAMs. -Se as ações sociais foram implantadas. - Se as ações implantadas tem continuidade. - Se a integração entre os Stakeholders possibilita a consecução e a continuidade dos resultados esperados. -Se os recursos humanos e materiais destinados ao Programa são suficientes para o desenvolvimento das ações.

Continuação da Matriz de Planejamento Questão de Auditoria

Informações Requeridas

Fontes de Informação

Metodologia Limitações O que a análise vai permitir dizer

3)Houve ações que possibilitassem um melhor ordenamento urbano?

- Demarcação dos limites da comunidade - Delimitação das áreas de risco - Contenção do crescimento vertical e horizontal (prevenção e orientação). - Implementação de POUSO. - Nível de integração das entidades envolvidas nas ações propostas (SMAC, SMU e Sub-prefeituras).

- Termos de referência das intervenções. -Folders institucionais. -Entrevistas com os Stakeholders - Constatação da limitação do crescimento. -Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro

- Pesquisa documental. - Análise de conteúdo do grupo focal. - Tratamento estatístico dos questionários e entrevistas estruturadas. -Verificação in loco -Verificação da adequação ao Plano Diretor.

-Acidentada geografia das comunidades. - Necessidade de contato prévio e acompanhamento com os líderes comunitários em função da violência de grande parte das comunidades. - Limitação de tempo para planejamento, execução e relatório. - Indisponibi l idade ou insuficiência de dados. -Inexistência ou baixa confiabilidade das informações obtidas.

- Se a integração entre os Stakeholders poss ibi l i ta a consecução e a continuidade dos resultados esperados. -Se os recursos humanos e materiais des tinados ao Programa são sufic ientes para o desenvolvimento das ações . -Se exis tem ações contínuas que visem a consc ientização da comunidade de forma a garantir uma dens idade demográfica compatível com s is temas implantados . -Se exis tem medidas que visem a enquadrar as cons truções dessas comunidades às normas urbanísticas e ambientais vigentes, ou se exis te produção de normas espec íficas para comunidades verticais e horizontais

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ANÁLISE ESTRATÉGICA

Elementos Verificação Exemplo Missão O que o Programa almeja? Melhorar a qualidade vida da população urbana de baixa renda do

Munic ípio do Rio de Janeiro Objetivos estratégicos Como chegar lá? - Implantar saneamento bás ico e s is tema viário, permitindo a

pres tação dos serviços públicos - Introduzir valores urbanís ticos , como ruas , praças , infra-estrutura e serviços públicos - Consolidar a inserção das favelas no planejamento da c idade (controle do uso e ocupação do solo) e na programação de atividades de manutenção dos serviços e conservação dos equipamentos públicos - Implantar programas de fortalec imento da organização comunitária , educação sanitária, geração de renda e capac itação profissional - Promover a regularização fundiária

Fatores críticos que influenciam o sucesso do programa

Qual o fator chave para o sucesso do Programa?

Atingir as metas es tabelec idas disponibi l izando os serviços públicos urbanos e soc iais em favelas e loteamentos irregulares

Produtos e indicadores de desempenho importantes

Como medir o desempenho? Grau de satis fação da população res idente, medido através de pesquisa de opinião com os benefic iários , com as mudanças espac iais , ambientais e soc iais que resultem do Programa, tais como: - melhoria das condições de saúde da população - fortalec imento da convivênc ia e da organização comunitária - redução das enchentes na malha urbana - redução de ac identes por des l izamentos nas encos tas - melhoria das condições ambientais da favela - redução dos níveis de violênc ia

Metas Como saber o que é um bom resultado?

- Conhecendo a opinião do público alvo, das l ideranças da comunidade e das ins ti tuições exis tentes nas áreas . -Verificando o grau e a efetividade das implantações propos tas: saneamento, s is tema viário, valores urbanís ticos . -Avaliando se houve a consolidação da insersão das favelas na Cidade (A implantação do programa.poss ibi l i tou aumento no controle de uso e ocupação do solo ? Permitiu maior atuação do Poderes Público?) - Cons tatando se a comunidade es tá melhor organizada (na colaboração com o Poder Público, em Denúnc ias , na busca de manutenção das conquis tas , do meio ambiente) -Verificando se o órgão implantou as ações de aumento da capac itação profiss ional e da renda da população alvo e se existe monitoramento. -Verificando quantos imóveis foram regularizados por meio do programa e o seu percentual.

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PLANO DIRETOR DECENAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Lei complementar nº 16, de 4 de junho de 1992

(seleção dos artigos pertinentes ao Programa Bairrinho)

DA POLÍTICA URBANA Art. 1° - Esta Lei Complementar estabelece as normas e procedimentos para a realização da política urbana do Município, fixa as suas diretrizes, prevê instrumentos para a sua execução e define políticas setoriais e seus programas buscando o pleno atendimento das funções sociais da Cidade. DOS OBJETIVOS E INSTRUMENTOS Art. 3° - São objetivos da política urbana do Município: I - garantir o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes; II - ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da Cidade. Art. 4° - objetivos definidos no artigo anterior serão alcançados através: I - de uma ordenação do território que promova um desenvolvimento equilibrado; II - do controle público sobre a utilização do imóvel urbano; III - de uma política habitacional que assegure o direito social da moradia; IV - da total prioridade ao transporte público de alta capacidade; V - da justa distribuição de infra-estrutura e serviços urbanos; VI - da valorização da memória construída e da proteção e recuperação dos recursos naturais e da paisagem; VII - do cumprimento da função social da propriedade; VIII - da participação popular na gestão da Cidade; IX- do estabelecimento de mecanismos para atuação conjunta dos setores público e privado na transformação urbanística da Cidade; X - do controle, fiscalização e sistematização do mobiliário urbano e dos artefatos de empachamento; XI - da integração entre órgãos e entidades federais, estaduais e municipais, durante a elaboração, avaliação e execução de planos, projetos, e programas urbanísticos, objetivando a compatibilização das leis específicas. DAS DIRETRIZES, NORMAS E OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR DECENAL Art. 5° - Constituem o Plano Diretor Decenal as diretrizes, normas e os instrumentos com vista: I - à ordenação do território municipal; II - à implantação do sistema municipal de planejamento e do sistema de defesa da Cidade; III - à promoção das políticas setoriais para: a) o meio ambiente natural e o patrimônio cultural; b) a habitação; c) os transportes; d) os serviços públicos; e) os equipamentos urbanos; f) o desenvolvimento econômico, científico e tecnológico; g) a administração do patrimônio imobiliário do Município; IV - à ordenação do uso e ocupação do solo. § 1° - O Plano Diretor Decenal regula os processos de desenvolvimento urbano, seus programas e projetos e orienta as ações dos agentes públicos e privados para a totalidade do território municipal. § 2° - Os objetivos e diretrizes do Plano Diretor Decenal constarão, obrigatoriamente, do Plano Plurianual de Governo e serão contemplados no orçamento plurianual de investimentos. Art. 6° - São objetivos do Plano Diretor Decenal: I - propiciar ao conjunto da população melhores condições de acesso à terra, à habitação, ao trabalho, aos transportes e aos equipamentos e serviços urbanos; II - ordenar o crescimento das diversas áreas da Cidade, compatibilizando-o com o saneamento básico, o sistema viário e de transportes e os demais equipamentos e serviços urbanos; III - promover a descentralização da gestão dos serviços públicos municipais; IV - promover a distribuição justa e equilibrada da infra-estrutura e dos serviços públicos, repartindo as vantagens e ônus decorrentes da urbanização; V - compatibilizar o desenvolvimento urbano com a proteção do meio ambiente pela utilização racional do patrimônio natural, cultural e construído, sua conservação, recuperação e revitalização; VI - estimular a população para a defesa dos interesses coletivos, reforçando o sentimento de cidadania e proporcionando o reencontro do habitante com a Cidade; VII - estabelecer mecanismos de participação da comunidade no planejamento urbano e na fiscalização de sua execução; VIII - promover o cumprimento da função social da propriedade urbana. DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE Art. 7° - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da Cidade expressas no Plano Diretor. Art. 8° - A intervenção do Poder Público tem como finalidade: I - recuperar em benefício coletivo a valorização acrescentada pelos investimentos públicos à propriedade particular; II - controlar a densidade populacional com a correspondente e adequada utilização urbana; ...III - gerar recursos para o atendimento da demanda de infra-estrutura e de serviços públicos provocada pelo adensamento decorrente da verticalização das edificações e para implantação de infra-estrutura em áreas não servidas;

...IV - promover o adequado aproveitamento dos vazios urbanos ou terrenos subutilizados ou ociosos, sancionando a sua retenção especulativa; V - criar áreas sob regime urbanístico especifico; VI - condicionar a utilização do solo urbano aos princípios de proteção e valorização do meio ambiente e do patrimônio cultural. DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO URBANO Art. 9° - O planejamento urbano do Município ordenará o crescimento da Cidade, estabelecendo as prioridades de investimentos e as diretrizes de uso e ocupação do solo, bem como os instrumentos que serão aplicados no controle do desenvolvimento urbano. Art. 10 - Leis específicas estabelecerão normas gerais e de detalhamento do planejamento urbano relativas às seguintes matérias, observadas as diretrizes fixadas nesta Lei Complementar: I - parcelamento do solo urbano; II - uso e ocupação do solo; III - zoneamento e perímetro urbano; IV - obras de construções e edificações; V - licenciamento e fiscalização de obras e edificações; VI - licenciamento e fiscalização de atividades econômicas e posturas municipais; ................... Art. 12 - É garantida a participação da população em todas as etapas do processo de planejamento, pelo amplo acesso às informações, assim como à elaboração, implementação e avaliação de planos, projetos e programas de desenvolvimento urbano, de caráter geral, regional ou local, mediante a exposição de problemas e de propostas de soluções. § 1° - A participação da população é assegurada pela representação de entidades e associações comunitárias em grupos de trabalho, comissões e órgãos colegiados, provisórios ou permanentes. DA ORDENAÇÃO DO TERRITÓRIO Art. 39 - A ordenação do território far-se-á através do planejamento contínuo e do controle do uso e da ocupação do solo. Art. 40 - A regulação do uso e da intensidade da ocupação do solo considerará, sempre: I - os elementos naturais e culturais da paisagem e do ambiente urbano; II - a segurança individual e coletiva; III - a qualidade de vida; IV a oferta existente ou projetada de: a) saneamento básico; b) transporte coletivo; c) drenagem; d) outros serviços urbanos essenciais. .................................. § 2° - A ocupação do solo será controlada pela definição de índices e parâmetros para o parcelamento da terra, a construção e a edificação. DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS Art. 44 - O uso e ocupação do solo urbano respeitarão os seguintes princípios e objetivos: I - distribuição equilibrada dos ônus e benefícios da urbanização e atendimento à função social da propriedade, com a subordinação do uso e ocupação do solo ao interesse coletivo; II - proteção do meio ambiente e respeito aos recursos naturais e ao patrimônio cultural como condicionantes da ocupação do solo; III - não remoção das favelas; IV - inserção das favelas e loteamentos irregulares no planejamento da Cidade com vista à sua transformação em bairros ou integração com os bairros em que se situam; V - prioridade para a ocupação dos vazios urbanos que não atendem ao interesse coletivo para o adensamento das áreas com potencial de melhoria de infra-estrutura, controlando-se a expansão da malha urbana; VI - adensamento ou controle de crescimento de áreas em função da oferta de transportes; XI - adequação dos padrões de urbanização e tipologias das construções às condições sócio-econômicas da população residente, através da legislação urbanística e edilícia; § 1° - Estarão sujeitas a relocalização e, portanto, não incluídas no princípio mencionado no inciso III as áreas de favelas ou residências que ocupem; I - áreas de risco; II - faixas marginais de proteção de águas superficiais; III - faixa de proteção de adutoras e de redes elétricas de alta tensão; IV - faixa de domínio de estradas federais, estaduais e municipais; V - áreas de especial interesse ambiental ou unidades de conservação ambiental; VI - vãos e pilares de viadutos, pontes e passarela e áreas a estes adjacentes, quando oferecerem riscos à segurança individual e coletiva e inviabilizarem a implantação de serviços urbanos básicos; VII - áreas que não possam ser dotadas de condições mínimas de urbanização e saneamento básico, de acordo com os arts. 50 e 51 desta Lei Complementar. § 2° - Os moradores que ocupem favelas em áreas referidas no parágrafo anterior deverão ser relocalizados, obedecendo-se às diretrizes constantes do art. 138, § 2°, desta Lei Complementar e do art. 429, VI, a, b e c, da Lei Orgânica do Município. Art. 47 - O uso e ocupação do solo no território municipal ficam condicionados ao controle da densidade demográfica e do número de empregos, em função da saturação da infra-estrutura e ameaça ao meio ambiente e à memória urbana, mediante o estabelecimento de limites de construção por Unidades Espaciais de Planejamento.

§ 1° - Os limites de construção são estabelecidos pelos índices de aproveitamento do terreno fixados para o cálculo do limite máximo de área edificável no lote, e por outros parâmetros urbanísticos e de proteção complementares. § 2° - Os Projetos de Estruturação Urbana poderão definir índices diferenciados para uma mesma Unidade Espacial de Planejamento, a partir das diferentes características das áreas e dos critérios de planejamento, respeitados os índices de aproveitamento de terreno máximos definidos no quadro do Anexo II. Art. 50 - Constituem áreas com condições físicas adversas à ocupação urbana as áreas frágeis de encostas e as áreas frágeis de baixadas. § 1° - São áreas frágeis: I - de encostas, as sujeitas a deslizamentos, desmoronamentos e outras alterações geológicas que comprometam ou possam comprometer a sua estabilidade; II - de baixada, as sujeitas a alagamento, inundação ou rebaixamento decorrentes de sua composição morfológica. § 2° - As áreas frágeis de encostas terão seus usos condicionados a critérios geotécnicos de avaliação dos riscos de deslizamentos e se dividem em: I - passíveis de ocupação, desde que efetuadas, previamente, obras estabilizantes; II - impróprias à ocupação. § 3° - As áreas frágeis de baixadas terão seus usos condicionados à avaliação técnica e poderão ser consideradas quanto: I - a inundação, aquelas que, por suas condições naturais, obstáculos construídos ou deficiências do sistema de drenagem, estejam sujeitas a inundação freqüente; II - ao tipo de solo, aquelas cujos solos são classificados como hidromórficos ou que tenham influência marinha. § 4° - As áreas frágeis de baixadas poderão comportar usos agrícolas, de lazer e residenciais de baixa densidade, condicionados estes à realização de obras de macrodrenagem e à redefinição de cotas de soleira das edificações. § 5° - O parcelamento da terra em áreas frágeis, quando admitida a sua ocupação residencial, na forma dos §§ 2°, I, e 3° submetido ao órgão competente de controle do meio ambiente, para exame das restrições locais e dos impactos ambientais decorrentes. Art. 58 - Serão objeto de estruturação e regularização as áreas ocupadas por favelas, loteamentos irregulares e conjuntos habitacionais de baixa renda, assim como as respectivas vizinhanças. § 1° - As ações previstas neste artigo compreendem: I - regularização fundiária; II - relocalização de moradias, nos casos mencionados no art. 44, § 1°; III - urbanização e integração na malha urbana; IV - recuperação das condições ambientais, abrangendo a vizinhança. § 2° - As áreas referidas neste artigo poderão ser declaradas áreas de Especial Interesse Social, no todo ou em parte. § 3° - As áreas mencionadas no parágrafo anterior serão recuperadas para criação de programa de moradias para população de baixa renda, desde que o laudo técnico indique essa possibilidade. DAS POLÍTICAS SETORIAIS Art. 111 - Os objetivos, as diretrizes, os instrumentos e os programas para a execução das políticas setoriais do meio ambiente e valorização do patrimônio cultural, habitação, transportes, serviços públicos e equipamentos urbanos, desenvolvimento econômico, científico e tecnológico e administração do patrimônio imobiliário do Município observarão estes princípios: I - participação da comunidade na elaboração, execução e fiscalização das políticas setoriais; II - divulgação de dados e informações sobre os diversos assuntos relacionados às políticas setoriais; III - integração das ações dos órgãos e entidades municipais, estaduais e federais, através do sistema municipal de planejamento urbano; IV - cooperação com as entidades afins das outras esferas de governo e com os Municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. DA POLÍTICA HABITACIONAL Art. 138 - A política habitacional do Município visa a assegurar o direito social de moradia e reduzir o déficit habitacional, pela realização dos seguintes objetivos: I - utilização racional do espaço através do controle institucional do solo urbano, reprimindo a ação especulativa sobre a terra e simplificando as exigências urbanísticas, para garantir à população o acesso à moradia com infra-estrutura sanitária, transporte e equipamentos de educação, saúde e lazer; II - relocalização prioritária das populações assentadas em áreas de risco, com sua recuperação e utilização imediata e adequada; IV - a concessão de direito real de uso resolúvel; VII - o incentivo ao desenvolvimento de cooperativas habitacionais e mutirões autogestionários de iniciativa de comunidades de baixa renda. DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL Art. 141 - Lei de iniciativa do Poder Executivo delimitará como Área de Especial Interesse Social os imóveis públicos ou privados necessários a implantação de programas habitacionais e os ocupados por favelas, por loteamentos irregulares e por conjuntos habitacionais de baixa renda, conforme previsto no art. 107. § 1° - A declaração de especial interesse social é condição para a inclusão de determinada área nos programas previstos no art. 146. § 2° - A lei estabelecerá padrões especiais de urbanização, parcelamento da terra e uso e ocupação do solo nas áreas declaradas de especial interesse social.

Art. 142 - Não serão declaradas como Áreas de Especial Interesse Social as ocupadas por assentamentos situados em áreas de risco, nas faixas marginais de proteção de águas superficiais e nas faixas de domínio de estradas estaduais, federais e municipais. DOS PROGRAMAS Art. 146 - São programas prioritários da política habitacional do Município I - programa de urbanização e regularização fundiária de favelas; II - programa de urbanização e regularização fundiária de loteamentos de baixa renda; III - programa de lotes urbanizados; IV - programa de construção de habitações para a população de baixa renda. § 2° - O Poder Executivo regulamentará os programas definidos no caput. ..................... § 4° - Quando o Município promover a regularização fundiária e a urbanização com recursos próprios será utilizada a concessão de direito real de uso resolúvel. § 5° - O Poder Executivo discriminará nos orçamentos anual e plurianual as metas a serem atingidas pelos programas dispostos neste artigo. DO PROGRAMA DE URBANIZAÇÃO E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DAS FAVELAS Art. 147 - Para fins de aplicação do Plano Diretor Decenal, favela é a área predominantemente habitacional, caracterizada por ocupação da terra por população de baixa renda, precariedade da infra-estrutura urbana e de serviços públicos, vias estreitas e de alinhamento irregular, lotes de forma e tamanho irregular e construções não licenciadas, em desconformidade com os padrões legais. Art. 148 - A urbanização e a regularização urbanística e fundiária serão realizadas mediante intervenções graduais e progressivas em cada favela, para maximizar a aplicação dos recursos públicos e disseminar os benefícios entre o maior número de habitantes. Art. 149 - As favelas integrarão o processo de planejamento da Cidade, constando nos mapas, cadastros, planos, projetos e legislação relativos ao controle do uso e ocupação do solo, e da programação de atividades de manutenção dos serviços e conservação dos equipamentos públicos nelas instalados. Art. 150 - O programa garantirá a permanência dos moradores na favela beneficiada, pela imposição de restrições ao uso e ocupação do solo e de outros instrumentos adequados. Art. 151 - A determinação do grau de prioridade da favela, para o efeito de sua integração ao programa, considerará os seguintes critérios: I - participação da comunidade no programa; II - viabilidade técnica, considerada a relação custo-benefício social, das intervenções do poder público; III - existência de áreas de risco; IV - proximidade de unidade de conservação ambiental. Art. 152 - As ações previstas nesta Seção serão orientadas pelo estudo da situação fundiária e pela elaboração de projeto urbanístico, que observará estas diretrizes: I - integração da favela do bairro e ao aglomerado de favelas onde está situada; II - preservação da tipicidade da ocupação local; III - previsão da implantação progressiva e gradual da infra-estrutura, com a definição das obras a serem executadas em cada etapa, de modo a manter a complementariedade entre elas e os procedimentos de regularização urbanística a serem adotados. § 1° - regularização urbanística compreenderá: I - a aprovação de Projetos de Alinhamento - PA; II - a edição de legislação especifica de uso e ocupação do solo; III - o reconhecimento dos logradouros; IV - a implantação de sistema de fiscalização, acompanhado de programa de esclarecimento e conscientização sobre suas finalidades e vantagens; V - a elaboração do cadastro de lotes e edificações para regularização fundiária ou lançamento no cadastro imobiliário do Município, ou para ambos; VI - a edição de legislação de parcelamento da terra. § 2° - A urbanização será executada, com base no projeto urbanístico através da implantação prioritária de abastecimento de água, esgotamento sanitário, remoção dos resíduos sólidos e eliminação dos fatores de risco. § 3° - Complementarão a urbanização o tratamento das vias, a execução da drenagem pluvial e da iluminação pública, a implantação dos projetos de alinhamento e o reflorestamento, quando couber. § 4° - Os equipamentos urbanos complementares relativos a saúde, educação, lazer e outros serão implantados obedecidas a escala urbana da área e sua localização. § 5° - Os projetos de urbanização de favelas contemplarão, quando possível tecnicamente, soluções que eliminem os fatores de risco para os moradores.

§ 6° - Serão instalados escritórios técnicos locais para conduzir a execução do programa, fazer cumprir a legislação urbanística e prestar assistência técnica e social aos moradores. Art. 154 - A regularização fundiária será promovida sob a forma de alienação ou de concessão do direito real de uso resolúvel em lotes individuais, condomínio de unidades autônomas ou outras formas convenientes de acordo com a definição do projeto urbanístico. Parágrafo único - A concessão de direito real de uso resolúvel será concedida ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, e não será outorgada ao mesmo beneficiário mais de uma vez. DO PROGRAMA DE URBANIZAÇÃO E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE LOTEAMENTOS DE BAIXA RENDA Art. 156 - Parcelamentos irregulares são os loteamentos e desmembramentos executados em discordância com as normas federais, estaduais e municipais que regulam a matéria. Art. 157 - O acompanhamento permanente do programa de urbanização e regularização fundiária dos loteamentos de baixa renda será coordenado por núcleo de regularização, grupo de trabalho de caráter permanente com representantes das comunidades envolvidas, mantido pelo Poder Executivo, com as atribuições e composição fixadas em regimento interno. Art. 158 - A determinação do grau de prioridade da área, observada a situação fundiária, para efeito de sua integração ao programa, obedecerá aos seguintes critérios: I - participação da comunidade no programa; II - quantitativo da população a ser beneficiada; III - o número percentual de ocupação dos lotes; IV - o custo global das obras V - a viabilidade técnica, considerada a relação custo-benefício social, das intervenções do Poder Público; VI - o grau de deficiência da infra-estrutura instalada; VII - a existência de áreas de risco; VIII - a proximidade de unidades de conservação ambiental; IX - o tempo de existência da comunidade e de seu abandono pelo Poder Público. Art. 159 - Na execução do programa, a intervenção do Município será precedida da notificação ao loteador para promover a regularização. DA POLÍTICA DE SERVIÇOS PÚBLICOS E EQUIPAMENTOS URBANOS Art. 188 - A política de serviços públicos e equipamentos urbanos visa à justa distribuição da infra-estrutura urbana e dos serviços urbanos, na realização dos seguintes objetivos I - promoção da distribuição e da apropriação dos serviços públicos e dos equipamentos urbanos, de forma socialmente justa e equilibrada na Cidade; Art. 195 - A localização dos seguintes equipa II - compatibilização da oferta e da manutenção dos serviços públicos e de seus respectivos equipamentos com o planejamento do Município e o crescimento da Cidade; III - aplicação de instrumentos que permitam ao Município a intervenção eficaz nos serviços públicos, para melhoria da qualidade de vida dos habitantes e do meio ambiente urbano; IV - ordenação da ocupação e dos sistemas operacionais no subsolo. Art. 190 - Não serão implantados serviços públicos e equipamentos urbanos nas áreas ocupadas consideradas de risco ou impróprias à ocupação urbana, assim definidas pelos órgãos competentes. Art. 195 - A localização dos seguintes equipamentos urbanos observará as diretrizes de planejamento da Cidade definidas nesta Lei Complementar e será submetida a apreciação do órgão responsável pelo planejamento urbano e da comunidade local: ......................................... II - unidades destinadas ao atendimento às crianças de zero a seis anos; .......................................... V - áreas de lazer. Art. 198 - O programa de esgotamento sanitário terá o seguinte conteúdo mínimo: I - implantação gradual, em todo o território municipal, do sistema separador absoluto das redes de esgotamento sanitário e de drenagem, com a proibição de sua conexão; IV - exigência de tratamento que garanta a proteção da saúde humana e dos ecossistemas para o lançamento de esgotos sanitários nos corpos hídricos receptores, assim considerados os cursos d'água que em seu estado natural recebem esgoto sanitário; ........................................ VI - localização das estações de tratamento de esgoto referidas no art. 489 da Lei Orgânica do Município; VII - definição, em conjunto com o órgão estadual responsável, das áreas de competência do Município para implantação do programa de esgotamento sanitário.

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COMUNIDADE SANTO ANTÔNIO, RAMOS Visita realizada em 25/05/2004

Contrato nº 47/00 Processo Administrativo nº 16/000394/00 Empresa contratada: Senic Serviços de Engenharia Valor das obras: R$ 493.952,06 Situação: Aceitação Provisória em 02/01/2002 Figura 1

Ligação indevida do sistema de drenagem de águas pluviais no sistema de esgotamento sanitário, ocasionando o retorno das águas pluviais.

Figura 2

Sistema de drenagem inexistente, gerando alagamentos na Av. dos Campeões e na Quadra

Figura 3

Entupimento freqüente, com tubulação de abastecimento d'água submerso. Caixa de inspeção na Travessa dos Campeões junto ao nº43 -

Figura 4

Detalhe do cano de abastecimento após desentupimento efetuado pela Associação atual.

COMUNIDADE CHAPÉU MANGUEIRA, LEME Visitada em 12/05/2004

Contrato nº 66/00 Processo Administrativo nº 16/001162/00 Empresa contratada: Geomecânica S/A Valor das obras: R$ 1.375.898,30 Situação: Aceitação Definitiva em 10/10/2003 Figura 5

Captação de drenagem insuficiente.

Figura 6

Caixa de inspeção de esgoto construída indevidamente dentro da canaleta de águas pluviais.

COMUNIDADE VILA CANOAS, SÃO CONRADO�Visitada em 20/05/2004

Contrato nº 086/98 Processo Administrativo n° 16/001766/98 Empresa contratada: Construtora Sultepa S/A Valor das obras: R$ 1.291.845,61 Situação: concluída Figura 7

Casas construídas sobre o leito do rio.

Figura 8

Detalhe de tubulação de esgoto com vazamento direto no rio.

Figura 9

Demolições iniciadas e não concluídas

Figura 10

Escombros oferecendo riscos aos moradores.

Figura 11

Problemas de infiltração ocasionados pela demolição.

Figura 12

Sistema de abastecimento de água executado e fora de operação.

VILA VICENTE MORETI, BANGU

Visitada em 18/05/2004� Contrato nº 77/01 Processo Administrativo n° 16/000772/01 Empresa contratada: Cogefe Engenharia Valor das obras: R$ 2.210.808,25 Situação: em andamento Figura 13

Vazamento de esgoto sanitário, carreando materiais para a área pavimentada.

Figura 14

Transbordamento de esgoto para o sistema de drenagem de águas pluviais.

Figura 15

Ligações na rede de drenagem feita por moradores.

Figura 16

Despejo do esgoto sanitário sem tratamento no Rio das T intas.

COMUNIDADE CARUMBÉ, REALENGO

Visitada em 08/06/2004

Contrato n° 26/00 Processo Administrativo n° 16/000395/00 Empresa contratada: Espectro Engenharia Valor das obras: R$ 816.152,57 Situação: aceitação provisória em 18/08/2003 Figura 17

Captação da drenagem de águas pluviais executada em canaleta central com grelhas de concreto, deterioradas em diversas ruas.

Figura 18

Detalhe de grelha de concreto quebrada que já acidentou alguns moradores, além do entupimento de esgoto. Rua de Cássia.

COMUNIDADE BENJAMIN CONSTANT , URCA Visitada em 13/05/04

Contrato n° 62/01 Processo Administrativo n° 16/001020/01 Empresa contratada: Erwil Construções Valor das obras: R$ 697.227,71 Situação: aceitação provisória em 05/01/2004 Figura 19

Trecho com drenagem insuficiente, resultando em dias de chuvas alagamentos nas residências situadas nas adjacências. Rua Flor de Liz e Rua Primavera.

Figura 20

Canaleta de drenagem não capta as águas pluviais a montante.

Figura 21

Construção da acesso às caixas d'água não contempla drenagem, causando erosão na encosta.

Figura 22

Detalhe de um dos pontos onde a camada de massa, executada sobre a pavimentação já existente, apresenta problemas de deterioração. Rua Primavera.

COMUNIDADE MUZEMA, ITANHANGÁ


Contrato n° 90/99 Processo Administrativo n° 16/000908/99 Empresa contratada: Rocha Amorim Engenharia Valor das obras: R$ 498.402,97 Situação: concluída Figura 23

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), fora de operação e abandonada.

Figura 24

Despejo do esgotamento sanitário sem tratamento no Rio Muzema.

COMUNIDADE TIJUQUINHA , ITANHANGÁ Visitada em 21/05/2004

Contrato n° 85/99 Processo Administrativo n° 16/001117/99 Empresa contratada: Construtora Metropolitana Valor das obras: R$ 1.878.047,00 Situação: concluída Figura 25

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), ociosa acabou sendo utilizada como depósito.

Figura 26

Contraste observado nas águas do rio, devido ao despejo do esgotamento sanitário sem tratamento.

COMUNIDADE TIJUAÇÚ, ALTO DA BOA VISTA Visitada em 28/05/2004

Contrato n° 75/02 Processo Administrativo n° 16/001189/02 Empresa contratada: Terplan Engenharia Valor das obras: R$ 3.087.444,97 Situação: em andamento Figura 27

Construção de quadra em terreno em posse do Clube e cuja propriedade está sendo questionada judicialmente por outras pessoas.

Figura 28

Construção de muro de contenção (Gabião) na área em posse do clube.

COMUNIDADE PARQUE DA CIDADE, GÁVEA Visitada em 17/05/2004

Contrato n° 065/01 Processo Administrativo n° 16/001188/01 Empresa contratada: SES Construções e Saneamento Valor das obras: R$ 1.326.145,20 Situação: em andamento Figura 29

Ligação indevida do sistema de drenagem no de esgotamento sanitário. Rua Santa Marina.

Figura 30

Canaleta de drenagem, quebrada pelos moradores devido a entupimentos constantes.

COMUNIDADE VILA ELZA, RIO COMPRIDO Visitada em 09/06/2004

Contrato nº 63/00 Processo Administrativo n° 16/000798/00 Empresa contratada: LO Graça Engenharia Valor das obras: R$ 836.650,78 Situação: aceitação definitiva em 02/06/03 Figura 31

Insuficiência no sistema de drenagem no trecho “barraca do Parreira”. O muro à direita está cedendo, afetando o calçamento.

Figura 32

Reservatório construído, porém não utilizado. Ligações domiciliares não efetuadas.

Figura 33

Canalização do esgoto (tubulação à direita) refeita pelos moradores, por ter apresentado problemas (lateral da casa de uma moradora, no trecho “barraca do Parreira”).

Figura 34

No mesmo local da Figura 33, o tubo da rede de drenagem encontra-se danificado (à esquerda), causando infiltração no solo e na residência.

Figura 35

Um dos pontos que necessitam de contenção. Segundo moradores, os problemas se agravaram após a construção da via, à direita.

Figura 36

Necessidade de contenção.(fundos da casa de uma moradora, no trecho “barraca do Parreira”).

COMUNIDADE NOVO PALMARES, VARGEM PEQUENA Visitada em 31/05/2004

Contrato n° 69/00 Processo Administrativo n° 16/1779/00 Empresa contratada: Silo Engenharia Valor das obras: R$ 1.581.209,63 Situação: aceitação provisória em 03/06/2002 Contrato de complementação n° 43/02 Processo Administrativo n° 16/000303/02 Empresa contratada: Silo Engenharia Valor das obras: R$ 475.644,34 Situação: aceitação provisória em 16/06/2003 Figura 37

Ausência de captação de drenagem

Figura 38

Deterioração da pavimentação

Figura 39

Ausência de captação de drenagem

Figura 40

Deterioração da pavimentação

COMUNIDADE UNIDOS DE SANTA TEREZA , RIO COMPRIDO Visitada em 07/06/2004

Contrato n° 82/01 Processo Administrativo n° 16/001060/01 Empresa contratada: Construtora Mendes Júnior Valor das obras: R$ 2.568.803,19 Situação: aceitação provisória em 08/12/2003 Figura 41

Alagamento causado pela deficiência no sistema de drenagem, junto à Associação de moradores.

Figura 42

Inexistência de captação de águas pluviais na maior parte da comunidade

Figura 43

Deficiência no sistema de drenagem, junto à Creche . Insuficiência de captação e de escoamento das águas pluviais.

Figura 44

Solução adotada pelos moradores em diversos trechos, devido à insuficiência de drenagem: perfuração para desviar para o sistema de esgotamento sanitário.

Figura 45

Idem Figura 46

Figura 47

Idem Figura 48

Figura 49

Esgoto despejado em caixa aberta, junto à encosta, na descida de águas pluviais, ocasionando mistura e transbordo nas chuvas e problemas nas casas circunvizinhas.

Figura 50

Necessidade de contenção - Rua 15

Figura 51

Falta de manutenção e má qualidade de materiais empregados.

Figura 52

Detalhe da oxidação dos tubos da grade da Quadra de esportes

Figura 53

Problemas na qualidade da pavimentação.

Figura 54


Figura 55

Creche construída na Comunidade, em área de conflito entre facções rivais.

Figura 56

Perfurações de bala nas paredes da Creche.

Figura 57

Marcas e perfurações de bala nas paredes da Creche.

Figura 58

Marcas e perfurações de bala nas paredes da Creche.

COMUNIDADE VILA VERDE , SANTÍSSIMO Visitada em 01/06/2004

Contrato n° 55/00 Processo Administrativo n° 16/000797/00 Empresa contratada: ESEL Estella de Souza Engenharia Valor das obras: R$ 1.346.874,74 Contrato de complementação n° 44/03 Processo Administrativo n° 16/001154/03 Empresa contratada: RSA Engenharia Valor das obras: R$ 513.367,07 Situação: aceitação provisória em 05/12/2003 Figura 59

Contenção de encosta não realizada e tubulações de esgoto aparentes na via principal.

Figura 60

Escada realizada na via principal, apresentando desnível acentuado.

Figura 61

Parte alta da comunidade, que não foi contemplada com as obras de infra-estrutura e ao fundo o reservatório de água ocioso. Rua das Violetas

Figura 62

Detalhe da tubulação desligada, do reservatório.

Figura 63


Figura 64

Diversas caixas do sistema de esgotamento quebradas e sem tampa, ocasionado transbordamento para a rede de drenagem.

Figura 65

Intervenção realizada por moradores devido ao entupimento constante de esgoto e à falta de manutenção. Rua das Camélias.

Figura 66

Transbordamento de esgoto. Ruas das Rosas e das Orquídeas.

Figura 67

Figura 68

Ligação de esgoto no sistema de drenagem e, abaixo, detalhe da ligação no ralo de captação de drenagem.

Poço de Visita do sistema de drenagem recebendo esgoto e, acima, área onde estava prevista a construção da ETE

COMUNIDADE UNIÃO DA PAZ, BANGU Visitada em 19/05/2004

Contrato n° 076/01 Processo Administrativo n° 16/001182/01 Empresa contratada: Silo Engenharia Valor das obras: R$ 1.243.638,49 Situação: aceitação provisória em 01/07/2003 Figura 69

Fissuras na alvenaria das casas construídas para remoção.

Figura 70

Poste fora do prumo. Travessa Plutão.

Figura 71

Luminária colocada por moradores, devido à deficiência de iluminação pública. Travessa Plutão

Figura 72

Detalhe da luminária. T ravessa Plutão.

Figura 73

Tampa da caixa de esgoto deteriorada. Rua João Lima.

Figura 74

Grelha do ralo coletor de águas pluviais com grades quebradas. Travessa Urano

Figura 75

Grelhas de concreto, deterioradas, para captação da drenagem de águas pluviais, executada em canaleta central.

Figura 76

Ausência de sistema de drenagem ao longo de diversas vias.

Figura 77

Calçamento deteriorado em uma das vias.

Figura 78

Local próximo à praça onde ocorre transbordamento e acúmulo de esgoto, com infiltração em uma das residências.

COMUNIDADE BARRO PRETO, LINS DE VASCONCELOS Visitada em 26/05/2004

Contrato n° 57/00 Processo Administrativo n° 16/001163/00 Empresa contratada: Projecon Projetos e Construções Valor das obras: R$ 1.518.153,71 Situação: aceitação provisória em 06/01/2003 Figura 79

Deterioração de diversos guarda-corpos, realizados pela empreiteira em substituição aos já existentes. Fissuras aparentes, devido ao cobrimento da armadura insuficientes.

Figura 80

Idem figura 77, com armadura exposta.

Figura 81

Detalhe do estado dos guarda-corpos já existentes na comunidade, antes das obras.

Figura 82

Calçamento deteriorado por ter sido aplicada uma camada de concreto sobre a pavimentação já existente.

Figura 83

Detalhe da camada de concreto realizada sobre a pavimentação já existente.

Figura 84

Emboço realizado sobre a estrutura da canaleta de águas pluviais já existente.

Figura 85

Trecho de escada sem conclusão, construída no final da Rua Sargento Jupir, que comporia o novo acesso da referida via à Estrada Grajaú Jacarepaguá.

Figura 84

Área onde o projeto e o contrato previam a construção do Centro Comunitário, que foi suprimido posteriormente por termo aditivo.

Figura 86

Trechos de escadarias sem canaletas de direcionamento das águas pluviais.

Figura 86

Reforma do Largo das Lavadeiras, inicialmente prevista no projeto mas não realizada nas obras.

PRAIA DA ROSA/SAPUCAIA, ILHA DO GOVERNADOR


Contrato n° 27/97 Processo Administrativo n° 16/002073/96 Empresa contratada: Chozil Engenharia Valor das obras: R$ 2.387.470,52 Situação: aceitação definitiva em 28/05/2004 Figura 87

Ausência de pavimentação e drenagem, ocasionando freqüentes alagamentos.

Figura 88

Construção de muretas, pelos moradores, para de forma a evitar os alagamentos constantes.

Figura 89

Trecho do sistema viário cedendo ao longo da ciclovia.

Figura 90

Trecho do sistema viário cedendo ao longo da ciclovia.

Figura 91

Sistema de abastecimento de água insuficiente. Bombas instaladas pelos moradores.

Figura 92

Despejo direto de esgoto sanitário no canal. O aspecto das construções e ampliações indica ocupações após as obras do Bairrinho.

Figura 93

Deságüe do sistema de drenagem na Baía de Guanabara, comprometido por assoreamento e pelos efeitos da maré, gerando alagamentos freqüentes nas residências, nas vias e na ciclovia das Comunidades. À esquerda, visão do trecho da Baía de Guanabara onde ocorre o deságüe.

Figura 94

Tubulação de abastecimento de água atravessando a Caixa de Inspeção do sistema de esgotamento sanitário na Comunidade Sapucaia.

Figura 95

Detalhe da tubulação de abastecimento de água na Caixa de Inspeção do sistema de esgotamento sanitário (Figura 94).

Figura 96

Tubulação de abastecimento de água com registro de gaveta dentro do ralo do sistema de drenagem na Comunidade Sapucaia.

Figura 97

Trecho da Praça Alexandrina onde não foi implementada a drenagem, nem concluída a urbanização.

SÃO JERÔNIMO, CAMPO GRANDE Visitada em 01/06/200

Contrato n° 99/01 Processo Administrativo n° 16/001609/01 Empresa contratada: Cogefe Engenharia Valor das obras: R$ 1.324.973,78 Situação: em andamento Figura 98

Necessidade de contenção de encosta nos fundos de uma das residências da Rua Juarez Antunes. Residência em frente ao trecho mencionado na figura 98.

Figura 99

Pendência de remoção de parte da pedra, a qual obstrui a calçada. Rua Juarez Antunes

Figura 100

Área onde estava prevista, no projeto, a construção da ETE. Houve a desapropriação e a demolição de uma das edificações. Parte do esgoto está sendo lançado neste trecho ocasionando mau cheiro e o aparecimento de ratos. Estrada da Moriçaba.

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