Baixe a revista em PDF

Embed Size (px)

Citation preview

  • AO LEITOR

    Produzida e distribuda por Comunicar [email protected]

    Acesse a verso eletrnica em

    Maio/2010 Junho/2013Maio/2012

    Maio/2014

    Junho/2011 Dezembro/2013Novembro/2012

    Novembro/2014 Novembro/2015 Maio/2016

    www.comunicarbrasil.com.br

    Autonomia na gesto do SUS

    Ano 7 Nmero 11 Julho de 2016

    www.cosemsrs.org.br

    usurios pessoaspopulao

    Ano 7 Edio 11 Julho de 2016 www.cosemsrs.org.br

    MUITOS XITOSCONHEA 21 TRABALHOS INOVADORESQUE SO ORGULHO PARA O SUS GACHO

    FINANCIAMENTOCOMO O ESTADO VEM PAGANDO OSVALORES ATRASADOS DE 2014 E 2015

    Gesto

    ESTA EDIO APRESENTA O TRABALHO DOS MUNICPIOS NA PREVENO E COMBATE AO AEDES

    Cada vez mais, os municpios buscam gerir melhor os recursos disponveis, de modo que se traduzam em mais acesso e em melhor qualidade populao. Um dos princpios da constituio do SUS, a descentralizao, mostra-se uma alternativa segura para quem deseja maior autonomia e controle dos processos.

    GERCON NOVO SISTEMA A APOSTA PARAMELHORAR A REGULAO

    C

    M

    Y

    CM

    MY

    CY

    CMY

    K

    151103_CapaFINAL.pdf 1 05/11/2015 18:46:03

    SUL [email protected]: (51) 3023-6370Rua Rita Lobato, 191 - Conjunto 407Bairro Praia de BelasPorto Alegre/RS - CEP 90110-040

    Editor e jornalista responsvel: Charles Furtado Vilela (MTB 9780)

    Colaboraram nesta edio: Mariana Aguirre (MTB 14773) e Priscila Mengue (MTB 18263)

    Assistente de Operaes: Rafael Ferreira Botelho

    Projeto grfico: Comunicar Brasil

    SUDESTE [email protected]: (11) 3522-9203Av. Paulista, 1471 Conjunto 1311Bairro Cerqueira Csar So Paulo/SP CEP 01311-200

    Capa: Giovani Urio e Charles Furtado Vilela

    Diagramao: Cassiano Diesel e Giovani Urio

    Reviso ortogrfica: Leonardo Maliszewski da Rosa

    Impresso: Grfica Pallotti

    Tiragem: 5.000 exemplares

    anada durante o Congresso das

    Secretarias Municipais da Sa-

    de 2016, a 11 edio da Revista

    COSEMS/RS apresenta uma dis-

    cusso sobre o modo de fazer gesto em nvel

    local. Ouvimos gestores com o intuito de in-

    centivar o debate que

    h algum tempo vem

    sendo proposto pela

    direo da entidade:

    a necessidade de des-

    centralizao da gesto

    como forma de garan-

    tir mais autonomia

    e controle aos muni-

    cpios em sua tarefa

    diria de disponibilizar

    populao acesso a servios e aes de sade.

    O tema mostra-se de extrema importncia neste

    momento de instabilidade poltica e de dificul-

    dade econmica, em que se percebe inmeras

    L incertezas quanto ao presente e ao futuro do fi-nanciamento do Sistema nico de Sade (SUS). Na seo O SUS nosso, uma das preferi-das dos gestores de Sade, so apresentados 21 trabalhos que representaram o Rio Grande do

    Sul no Congresso do Conselho Nacional de Se-

    cretarias Municipais da Sade (CONASEMS),

    que ocorreu no incio de junho em Fortaleza

    (CE). Com satisfao, notamos, a cada edio, a

    excelente repercusso desse tipo de publicao

    neste mesmo espao. Um dos resultados disso

    que, neste ano, a Mostra Estadual de Expe-

    rincias Exitosas no SUS recebeu a inscrio de

    110 trabalhos de 44 municpios. Destas, 57 ex-

    perincias de 32 municpios foram selecionadas

    para exposio no Congresso COSEMS/RS 2016.

    Outra reportagem especial que cremos ser

    importante apresentar neste momento exibe o

    trabalho realizado pelas Secretarias Municipais

    da Sade na preveno e no combate ao Aedes ae-gypti. Ouvimos diversos municpios, especialistas

    da rea e representantes da Secretaria Estadual

    da Sade, a fim de divulgar para o conjunto da

    gesto questes bsicas que possam inspirar ou-

    tros municpios nessa tarefa, que exigir esforos

    mais intensos nos prximos meses. Contudo, como

    destaca a matria, a preveno deve ser constan-

    te, sendo o perodo de inverno ideal para projetar

    aes e iniciar o combate. Se assim for feito, o resul-

    tado obtido no vero certamente ser satisfatrio.

    Antes de encerrar, aproveitamos para adian-

    tar os temas que sero destaques na prxima

    edio da Revista (nmero 12), a ser lana-

    da no segundo semestre: as principais discus-

    ses do Congresso COSEMS/RS 2016; os 30

    anos da entidade; e o novo sistema de regula-

    o de Porto Alegre, o Gercon, que est em vias

    de implantao e tambm servir ao Estado.

    Boa leitura e at breve!

    Charles Furtado VilelaEditor

    DIRETORIA

    Marcelo Bosio PRESIDENTE Secretrio da Sade de Canoas Sandra Sperotto1 VICE-PRESIDENTESecretria da Sade de Viamo Marcos Roberto Petri 2 VICE-PRESIDENTESecretrio da Sade de Victor Graeff Dilma Tessari 1 SECRETRIASecretria da Sade de Caxias do Sul Celso Caetano 2 SECRETRIOSecretrio da Sade de Jaguaro

    Ana Paula Goularte Macedo 1 TESOUREIRASecretria da Sade de Esteio

    Francisco Lima 2 TESOUREIROSecretrio da Sade de So Vicente do Sul CONSELHO FISCAL Titulares: Ademar Kuyven (Senador Salgado Filho), Paulo Fernandes (Palmeira das Misses) e Rosane da Rosa (Venncio Aires)Suplentes: Daniel Ferrony (So Gabriel), Fernando Ritter (Porto Alegre) e Maria Ester Poersch Griebler (Bom Princpio)

    SECRETARIAS ESPECIAISURGNCIA E EMERGNCIA Titular: Vera Elizabeth Lima da Silva (Rio Grande)Suplente: Glademir Schwingel (Lajeado)

    ATENO BSICA Titular: Daniel Ferrony (So Gabriel) Suplente: Abel Valdomiro da Silva Jnior (Capo da Canoa)

    REGULAOTitular: Jos Eloir Wink (Sapucaia do Sul)Suplente: Fernando Ritter (Porto Alegre)

    VIGILNCIA E PROMOO EM SADE Altair Ecker (Sarandi)

    GESTO DO TRABALHO E DA EDUCAO EM SADE Titular: Andr Kissel (Santo ngelo)Suplente: Melissa Wisniewski (Minas do Leo)

    CONTROLE SOCIAL Titular: Marly Vendruscolo (Frederico Westphalen)Suplente: Adir Cesar Alves (Santo Antnio das Misses)

    ASSISTNCIA FARMACUTICA Titular: Marino Eugnio Deves (Encantado)Suplente: Izar Mirailh (Quara)

    RELAES INSTITUCIONAIS Carlos Alberto da Silva Santos Jnior (Bom Retiro)

    COMUNICAOTitular: Cleonice Poletto da Silva (Jia)Suplente: Ronaldo Costa Madruga (Pinheiro Machado)

    SADE MENTALLeomar Maurer (Cacequi)

    MDIA E ALTA COMPLEXIDADE Titular: Joo Guerino Rui (Nova Prata)Suplente: Natlia Ivone Steinbrenner (Santana do Livamento)

    CINCIAS, TECNOLOGIA E INFORMAO Titular: Vnia Olivo (Santa Maria)Suplente: Cludia Daniel (Nova Ara)

    GRUPOS DE TRABALHO (GTs)ATENO BSICA Titulares: Abel Valdomiro da Silva Jnior (Capo da Canoa), Daniel Ferrony (So Gabriel), Rosane da Rosa (Venncio Aires) e Sandra Sperotto (Viamo)Suplentes: Elisiane Bisognin (Santa Rosa), Fernando Ritter (Porto Alegre), Josedete Fres (Entre Ijus) e Realda Simone do Amaral (Igrejinha) VIGILNCIA EM SADE Titulares: Fernando Ritter (Porto Alegre), Isabel do Canto (Nova Santa Rita) e Marcelo Bosio (Canoas)Suplentes: Andrea Candor da Silva (Lavras do Sul) ASSISTNCIA FARMACUTICA Titulares: Daniel Ferrony (So Gabriel), Joo Roberto Rotta Vogel (Espumoso), Luciano Pedron (Restinga Sca) e Sandra Sperotto (Viamo)Suplente: Vilmar Lus Vasconcellos Muneiro (Hulha Negra) ATENO SECUNDRIA, TERCIRIA, REGULAO, URGNCIA E EMERGNCIATitulares: Dilma Tessari (Caxias do Sul), Fernando Ritter (Porto Alegre) e Jlio Copstein Galperim (So Leopoldo) Suplentes: Adriana Krum (Santa Maria), Arita Bergmann (Pelotas), Isabel do Canto (Nova Santa Rita), Marino Eugnio Deves (Encantado) e Marcelo Bosio (Canoas)Municpios de at 5 mil habitantes: Cludia Daniel (Nova Ara) e Valmir Alves de Borba (Fazenda Vila Nova)Entre 5 mil e 20 mil habitantes: Andrea Candor da Silva (Lavras do Sul)Entre 20 mil e 50 mil habitantes: Ana Paula Goularte Macedo (Esteio) e Madga Regina Dorr (Imb) Entre 50 mil e 100 mil habitantes: Rosane da Rosa (Venncio Aires)Acima de 100 mil habitantes: Leandro Abreu de Souza (Canoas) e Tnia Boniatti (Caxias do Sul)Representao de Porto Alegre: Ftima Ali

    GESTO E PLANEJAMENTO Titulares: Dilma Tessari (Caxias do Sul), Isabel do Canto (Nova Santa Rita), Jlio Copstein Galperim (So Leopoldo) e Lus Carlos Bolzan (Assessor Tcnico COSEMS)Suplentes: Cleonice Poletto da Silva (Jia), Joo Guerino Rui (Nova Prata), Leomar Maurer (Cacequi) e Rosane Maria Muck (Trs Coroas) REDE CEGONHADaiana Ruaro (Venncio Aires), Dino Lorenzi (Caxias do Sul), Luciane Gomes (Piratini), Rosana Nery Soldatelli (Vacaria), Tatiane Jagnow Dias (Esteio), Vanessa da Fonseca (Viamo) e Vanessa Priegschardt Martins (Santa Maria)

    RAPS Carina Corra da Silva (Nova Petrpolis), Cludio Silva de Souza (Esteio), Elisiane Bisognin (Santa Rosa), Graziela Vasques (So Loureno do Sul), Sandra Cristina Diemer (Sapiranga) e Sandra Sperotto (Viamo)

    PROVAB E MAIS MDICOSTitulares: Abel Valdomiro da Silva Jnior (Capo da Canoa), Lus Carlos Bolzan (Assessor Tcnico COSEMS) e Sinara Dhiel (Sinimbu)Suplentes: Daniel Ferrony (So Gabriel), Natlia Ivone

    Steinbrenner (Santana do Livramento) e Rosane da Rosa (Venncio Aires)

    FINANCIAMENTOTitulares: Fernando Ritter (Porto Alegre) e Sandra Sperotto (Viamo)

    COMISSO INTERGESTORES BIPARTITE (CIB)Municpios de at 5 mil habitantesTitular: Marcos Roberto Petri (Victor Graeff)Suplente: Cristiano Ricardo Scherdien (Turuu) Entre 5 mil e 20 mil habitantes Titular: Francisco Lima (So Vicente do Sul)Suplente: Eloy Hirsch (Salto do Jacu) Entre 20 mil e 50 mil habitantes Titular: Paulo Roberto Oliveira Fernandes (Palmeira das Misses)Suplente: Fabiana Bitencourt (Santa Vitria do Palmar) Entre 50 mil e 100 mil habitantesTitular: Daniel Ferrony (So Gabriel) Suplente: Dlcio Stefan (Santa Rosa) Acima de 100 mil habitantes Titular: Dilma Tessari (Caxias do Sul)Suplente: Vnia Olivo (Santa Maria) Capital Titular: Fernando Ritter (Porto Alegre)Suplente: Ftima Ali (Porto Alegre)

    SECRETARIA TCNICA (SETEC) Titular: Arilson da Silva Cardoso (So Loureno do Sul)Titular: Rosane da Rosa (Venncio Aires) Suplente: Ana Maria Rodrigues (Montenegro) Titular: Diego Espndola (Piratini)Suplente: Arita Bergmann (Pelotas)Titular: Sandra Sperotto (Viamo)Suplente: Ana Paula Goularte Macedo (Esteio) Titular: Marcelo Bosio (Canoas)Titular: Fernando Ritter (Porto Alegre)Suplente: Ftima Ali (Porto Alegre)

    DEMAIS REPRESENTAESCONSELHO ESTADUAL DE SADE (CES) Titular: Lus Carlos Bolzan (Assessor Tcnico COSEMS)Suplente: Marcos Roberto Petri (Victor Graeff)

    SADE DA POPULAO NEGRA Titular: Abel Valdomiro da Silva Jnior (Capo da Canoa)

    FRUM PERMANENTE DE AUDITORIA Titular: Dilma Tessari (Caxias do Sul) COMIT INTERFEDERATIVO DE AIDS Titular: ngela Maria Henrich Marmitt (Estncia Velha)Suplente: Sandra Sperotto (Viamo)

    COMIT DA MICROCEFALIATitulares: Ana Maria Rodrigues (Assessora Tcnica COSEMS) e Ana Paula Macedo (Esteio)Suplente: Sandra Sperotto (Viamo) COMISSES DE ACOMPANHAMENTO DOS HOSPITAIS 4 CRS: Vnia Olivo (Santa Maria), 11 CRS: Plnio Costa Jnior (Erechim), 13 CRS: Rosane da Rosa (Venncio Aires), e 18 CRS: Abel Valdomiro da Silva Jnior (Capo da Canoa)

    EXPEDIENTEO Conselho das Secretarias Municipais de Sade do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS) uma entidade civil de direito privado sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Tem por finalidade a luta pela hegemonia dos municpios, congregando os secretrios e dirigentes municipais de Sade e funcionando como rgo permanente de intercmbio de experincias na rea. Busca ser protagonista das polticas da Sade em nvel estadual e nacional e atua para que a Sade nos municpios do Estado do Rio Grande do Sul seja a melhor possvel.

    *LISTA DE REPRESENTAES ATUALIZADA AT JUNHO DE 2016

  • NDICE

    14

    38

    10

    26

    EM PAUTACongresso do CONASEMS, com o tema Municpios brasileiros Acreditamos, fazemos e temos

    propostas para o SUS, reuniu 4 mil gestores em Fortaleza (CE)

    CENTRALA gesto totalmente municipalizada pode ser uma sada para os entraves na irregularidade de repasses das esferas federal e estadual. Ouvimos especialistas e a experincia de municpios nos caminhos da Gesto Plena

    O SUS NOSSOConhea os 21 trabalhos

    selecionados para mostra Brasil: Aqui Tem SUS. As experincias so exemplos

    de sucesso e orgulho no SUS nas reas de Controle Social,

    Ateno Bsica e Gesto

    DENGUENa matria especial, trouxemos a opinio de especialistas e o relado de municpios sobre a luta no combate ao Aedes aegypti, que deve envolver ao conjunta e trabalho contnuo

    DIV

    ULG

    AO

    /CO

    NAS

    EMS

    PAULA VINH

    AS/PMC

    DIVULG

    AO/CO

    NASEM

    S

    07 MENSAGEM DO PRESIDENTE

    BOA VISTA DO CADEADOCANOAS PELOTASPORTO ALEGRESALTO DO JACUSANTA ROSA SO FRANCISCO DE PAULASO GABRIEL SO LOURENO DO SULVENNCIO AIRES VIAMO

    CAIBATCANOASCAXIAS DO SUL IJU PORTO ALEGRE SANTO NGELO SELBACHVIAMO

    1915, 16, 22, 23, 24 e 25

    1624 e 25

    1818, 20 e 21

    1917 e 21

    1720

    22 e 23

    5054526058484656

    08 CARTAS

  • 7

    NDICE

    14

    38

    10

    26

    EM PAUTACongresso do CONASEMS, com o tema Municpios brasileiros Acreditamos, fazemos e temos

    propostas para o SUS, reuniu 4 mil gestores em Fortaleza (CE)

    CENTRALA gesto totalmente municipalizada pode ser uma sada para os entraves na irregularidade de repasses das esferas federal e estadual. Ouvimos especialistas e a experincia de municpios nos caminhos da Gesto Plena

    O SUS NOSSOConhea os 21 trabalhos

    selecionados para mostra Brasil: Aqui Tem SUS. As experincias so exemplos

    de sucesso e orgulho no SUS nas reas de Controle Social,

    Ateno Bsica e Gesto

    DENGUENa matria especial, trouxemos a opinio de especialistas e o relado de municpios sobre a luta no combate ao Aedes aegypti, que deve envolver ao conjunta e trabalho contnuo

    DIV

    ULG

    AO

    /CO

    NAS

    EMS

    PAULA VINH

    AS/PMC

    DIVULG

    AO/CO

    NASEM

    S

    07 MENSAGEM DO PRESIDENTE

    BOA VISTA DO CADEADOCANOAS PELOTASPORTO ALEGRESALTO DO JACUSANTA ROSA SO FRANCISCO DE PAULASO GABRIEL SO LOURENO DO SULVENNCIO AIRES VIAMO

    CAIBATCANOASCAXIAS DO SUL IJU PORTO ALEGRE SANTO NGELO SELBACHVIAMO

    1915, 16, 22, 23, 24 e 25

    1624 e 25

    1818, 20 e 21

    1917 e 21

    1720

    22 e 23

    5054526058484656

    08 CARTASCOSEMS/RS: 30 anos de histria em defesa do SUS

    esejar boas-vindas aos par-ticipantes do Congresso do Conselho das Secretarias Municipais da Sade do Rio

    Grande do Sul (COSEMS/RS) em 2016 tem significados especiais no s pela felici-dade que temos em acolh-los em um espa-o to rico de encontro, formao e debate, mas, principalmente, por nossa entidade estar comemorando 30 anos de fundao. Essa trajetria, que iniciou em 1986 com a Associao dos Secret-rios e Dirigentes Municipais de Sade(ASSEDISA), motivo de orgulho peran-te o Pas para cada um que desempenhou ou desempenha a funo de secretrio municipal da Sade. Nessas trs dca-das, os gestores tiveram o discernimen-to de discutir a questo mais relevante Sade Pblica: a melhoria permanente do atendimento populao por meio do fortalecimento do Sistema nico de Sade (SUS). Nossa atuao enquanto entidade sempre se sobreps a governos, partidos polticos e ideologias. Nosso foco sempre foi, e continuar sendo, a defesa demo-crtica e solidria de um sistema de sade cada vez mais acolhedor e qualificado.

    Em nvel estadual, a luta por mais recursos para a ampliao do acesso e para a melhoria dos servios sempre este-ve no centro do debate, assim como a bus-ca pela adoo de um piso para a Ateno Bsica (transformado em poltica pblica em 2010) e pela garantia de cumprimento da Emenda Constitucional n 29, que as-segurou o investimento de 12% na Sade, efetivado em 2013. J em nvel federal, a participao da ASSEDISA foi determi-

    nante no movimento de municipalizao da Sade, tendo importante papel na Co-misso da Reforma Sanitria, que serviu de base Constituio de 1988 nos funda-mentos que deram origem ao SUS. Mais recentemente, o COSEMS/RS teve partici-pao ativa no Movimento Sade Mais 10, que buscou o aumento do investimento da Unio na Sade.

    Infelizmente, a atual conjuntura coloca em xeque conquistas de dcadas da populao. A instabilidade nas regras de financiamento, provocada pela crise eco-nmica mas tambm pela interferncia constante do Legislativo e do Executivo, que alteram abruptamente as regras esta-belecidas de financiamento, ora acenando melhorias, ora sinalizando retrocessos tem causado enorme preocupao quanto ao futuro do SUS.

    Somado a isso, as dificuldades enfrentadas pelas gestes municipais so imensas, incluindo o atraso nos repasses, as demoras inexplicveis em habilitaes de servios autorizados e que esto em funcionamento, gerando custos imprati-cveis aos municpios, o descumprimento de pactuaes em instncias historica-mente construdas por meio de uma rela-o respeitosa entre os entes, e talvez uma das situaes mais graves a reti-rada de recursos de aes e servios im-plantados, deixando para os municpios a responsabilidade de manter tais ativi-dades, que so reconhecidamente caras e, portanto, impossveis de serem susten-tadas, com a exigncia de contrapartidas cada vez maiores.

    No dia a dia do gestor municipal da Sade, os desafios so inmeros e crescen-tes. De um lado, h uma populao que ne-cessita cada vez mais de servios, que, por sua vez, crescem em demanda e complexi-dade. Do outro, h a interferncia de rgos, como os de controle e o Judicirio, que, muitas vezes, acabam gerando demandas que passam a ser tratadas como prioridade, mesmo que no atendam a qualquer crit-rio epidemiolgico ou sejam, de fato, assim entendidas pelos cidados. Em resposta, as gestes tm dado inmeros exemplos de sua qualificao e da busca por melhorias na aplicao dos recursos disponveis, na

    ampliao dos servios e no acesso. Essa procura incessante pela qualificao tem feito os municpios assumirem o custeio de blocos de financiamento que no seriam de sua obrigao como ente federado.

    Temos certeza que o acmulo de discusses existente no Rio Grande do Sul, assim como os exemplos prticos na cons-truo do SUS Estadual, protagonizados pelos gestores e pela fora do COSEMS/RS, sero elementos muito importantes para o apontamento de caminhos que gerem maior estabilidade ao sistema, garantindo a manu-teno do acesso atual, a perspectiva de sua ampliao e a melhoria constante na quali-dade do atendimento. Este o momento de apelarmos a todas as instituies pblicas que lidam diretamente com a Sade, ao po-der Legislativo e aos conselhos da sociedade civil e de profissionais, para que possamos construir um grande pacto para a consolida-o definitiva do SUS. Isso significa deixar de lado as independncias funcionais e pro-fissionais e evoluir para um conceito novo, de boa inteno institucional, que tenha como grande objetivo entregar populao servios de qualidade que preservem a vida, gerem bem-estar e estejam sintonizados com as demandas coletivas.

    Creio que os secretrios e gestores municipais de Sade, por meio dos exem-plos prticos que se concretizaram na fundao e na trajetria da ASSEDISA e do COSEMS como fruns democrticos para a construo e execuo de polticas pblicas, na busca permanente de um di-logo com os demais atores da sociedade e no respeito s necessidades da populao, sobretudo aquela que depende exclusi-vamente de polticas pblicas de Sade contriburam para que, neste momento de inmeras incertezas, possamos avanar para um sistema com estabilidade legal e financiamento adequado. Precisamos esta-belecer polticas duradouras, que no este-jam atreladas a governos, mas que tenham um olhar permanente para o que mais inte-ressa: a sade e o bem-estar da populao.

    Um fraterno abrao e um timo Congresso a todos!

    D

    MENSAGEM DO PRESIDENTE

    Marcelo BosioPresidente do COSEMS/RS

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

  • 8 | www.cosemsrs.org.br

    A edio n 10 da Revista

    COSEMS/RS foi lanada em

    maio de 2016. A matria

    principal tratou das muitas

    incertezas do ano de 2016

    principalmente na questo do

    fi nanciamento, destacando o

    crescimento nos investimentos

    em Sade a nvel Estadual, que

    foi mais acentuado a partir de

    2013, com o cumprimento da

    Emenda Constitucional n 29.

    A revista trouxe, ainda, as 46

    experincias exitosas que foram

    apresentadas no Congresso do

    COSEMS/RS 2015.

    A Revista COSEMS/RS um importante instrumento de apoio aos gestores do SUS. Acredito que o seu contedo sempre coerente e de grande valia para a manuteno das informaes e das diretrizes do Sistema em nosso Estado, alm de possuir espao

    para a apresentao de experincias exitosas em outros municpios. Poder acompanhar o que est dando certo em outros locais facilita a tomada de deciso na gesto. Quando j se tem evidncias que podem ser aplicadas na nossa realidade, tem-se um caminho mais curto e seguro para a implantao de programas e polticas pblicas.

    Os textos, de modo geral, so muito bem elaborados e claros, possibilitando o surgimento de ideias ou at mesmo esclarecendo dvidas a respeito de alguns assuntos. Na edio n 9 (2014), h um contedo sobre oficinas teraputicas que foi essencial para desenvolver um trabalho em nosso municpio. Agora estamos com essa ao a todo vapor. A Revista cumpre o papel de manter a gesto informada quanto a questes importantes para a gesto pblica dentro das polticas nacionais do SUS.

    com satisfao que avalio a Revista COSEMS/RS, porque creio que o seu contedo de suma importncia. Ele refl ete o cenrio atual da Sade, a difi culdade em que os municpios se encontram, tendo que custear vrias despesas que no so de sua responsabilidade. Os textos so de excelente qualidade e bastante claros. A troca de experincias e vivncias com outros municpios sempre nos auxilia na gesto. Por isso, os aspectos trazidos pela Revista, bem como os relatos de vrios gestores sobre suas realidades, so muito importantes. Gostaria de parabenizar a equipe que organiza cada edio pela escolha dos temas, sempre atuais para o contexto da Sade.

    A publicao traz um contedo rico sobre o SUS no Estado e consegue, ainda, abordar temas com uma viso nacional. Incentivo e parabenizo

    publicaes como esta, que disseminam informaes e agregam valor ao SUS e ao trabalho dirio dos secretrios municipais da Sade e dos profi ssionais da rea. A seo sobre as experincias exitosas foi a que mais me chamou ateno: muito bem organizada, descreve trabalhos interessantes e de sucesso no Estado que podem inspirar e ser replicados. Creio que a Revista precisa, alm de tudo, ser um instrumento de trabalho do gestor e chegar a todos os municpios do Estado.

    A publicao comunica, divulga, integra e informa temas de interesse da gesto do SUS de modo democrtico. Auxilia os gestores ao oportunizar a troca de saberes, experincias e diferentes vises de gesto pblica. Os textos so objetivos, de fcil compreenso e com linguagem acessvel, sem perder o contedo tcnico. A esttica de excelncia em todos os sentidos. Contudo, sugiro cuidado com a repetio de fotos. A prxima publicao poderia abordar temas de interesse para os novos gestores municipais. Parabns equipe e aos colaboradores da Revista pela redao dos

    CARTAS

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

    DIVULG

    AO/PM

    NB

    LISIANE WASEM FAGUNDESDIRETORA GERAL DA SECRETARIA DA SADE

    VIAMO/RS

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

    DOROTHEA THOBESECRETRIA DA SADE

    CAMPO BOM/RS

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

    MAURO GUIMARES JUNQUEIRA PRESIDENTE DO CONASEMS

    BRASLIA/DF

    MARISETE VARGASSECRETRIA-ADJUNTA DA SADE

    NOVO BARREIRO/RS

    DIVULG

    AO/PM

    CB

    CARTAS

    textos, com respeito aos princpios da mdia impressa servio da Sade Pblica.

    As publicaes da Revista COSEMS/RS so timas, pois concentram informaes atuais sobre as inovaes que so implantadas nos municpios. A abordagem das experincias exitosas apresentadas na edio n 10 demonstra aes bem sucedidas para resolver problemas que, na maioria das vezes, so comuns aos demais municpios. Desse modo, podem ser vistas como incentivo e modelo de metodologia para a resoluo de problemticas regionais. Esteticamente, a Revista est muito bem apresentada, facilitando o degustar de uma leitura. A separao das matrias por quadros e cores deixa, visualmente, uma sensao de organizao. O uso de fotografi as dos entrevistados junto aos textos provoca uma aproximao entre o leitor, a fonte e a Revista, visto que os profi ssionais que contribuem para a produo cientfi ca desta revista so tambm os profi ssionais, polticos e tcnicos que fazem parte de nosso dia a dia de trabalho todos

    enfrentam situaes com alguma similaridade. O simples fato de abordar experincias positivas de outros municpios faz com que a Revista seja vista como inspirao. A partir dos textos abordados, a gesto de Gravata, por mais de uma vez, procurou pessoas que foram entrevistadas, afi m de explorar mais o assunto e desenvolver aes similares no municpio. Em algumas situaes, a simples leitura de matrias trouxe as informaes necessrias para que o municpio reconhecesse a existncia de recursos ou legislao disponveis para a resoluo de problemticas em Sade.

    A Revista um importante instrumento informativo, alm de trazer subsdios para a formao e a qualifi cao dos gestores. Por meio de seu contedo, possvel avaliarmos nossas aes com base nas experincias relatadas por outros municpios e nos artigos de especialistas da rea, contribuindo, assim, para a melhoria das aes municipais de sade e, portanto, para a melhoria da sade da populao. Ressalto que todas as publicaes que trazem, alm da explanao do assunto,

    propostas ou sugestes de meios para a qualifi cao de aes e servios, tm maior impacto no planejamento das aes municipais. Nosso municpio conta com o Colegiado de Gesto, em que todos os coordenadores de unidades de produo (setores e unidades de sade) se renem mensalmente para problematizar as demandas de sade do municpio, compartilhando problemas e solues, com debate tcnico promovido pela nossa equipe, no qual, com o apoio da Revista, nos instrumentalizamos para participar e contribuir nessas discusses.

    Informao uma das principais ferramentas que ns, gestores, devemos utilizar para a conduo do SUS. Por isso, um meio como a Revista COSEMS/RS possibilita a troca de experincias e discusses sobre os principais assuntos e temas enfrentados na rea da Sade Pblica. A publicao a oportunidade de dar voz aos secretrios municipais, assim como de levar a eles opinies de outros entes, sejam das esferas Estadual, Federal, ou at mesmo de outros poderes.

    Isso enriquece o dilogo. So publicadas notcias e informaes de todas as regies do Estado, que interessam no s aos gestores como tambm aos profi ssionais, usurios e prestadores de servios de sade o que, consequentemente, nos qualifi ca e aponta caminhos para o aprimoramento do SUS, contribuindo para a melhoria das condies de vida da populao.

    A Revista COSEMS/RS traz, atravs de seu contedo qualificado, as principais aes desenvolvidas nos municpios. Trata-se de um instrumento importantssimo para a ampliao das atividades da rea da Sade de todo o Estado. Os temas so apresentados com clareza ao leitor, o que auxilia na compreenso dos assuntos. A possibilidade de os gestores terem condies de apresentar suas aes e, com isso, incentivar a troca de ideias, faz da publicao um canal de comunicao fundamental para os assuntos de Sade.

    DIVULG

    AO/PM

    G

    ARITA BERGMANN SECRETRIA DA SADE

    PELOTAS/RS

    DIVULG

    AO/IPERG

    S

    SIMONE STOCHERO KUMMER DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE REGULAO

    DA SECRETARIA DA SADEGRAVATA/RS

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

    PAULO FERNANDESSECRETRIO DA SADE

    PALMEIRA DAS MISSES/RS

    CRISTINE RO

    CHOL/PM

    PA

    JOO GABBARDO DOS REIS SECRETRIO DA SADE DO RIO GRANDE DO SUL

    PORTO ALEGRE/RS

    FERNANDO RITTER SECRETRIO DA SADEPORTO ALEGRE/RS

  • 9

    A edio n 10 da Revista

    COSEMS/RS foi lanada em

    maio de 2016. A matria

    principal tratou das muitas

    incertezas do ano de 2016

    principalmente na questo do

    fi nanciamento, destacando o

    crescimento nos investimentos

    em Sade a nvel Estadual, que

    foi mais acentuado a partir de

    2013, com o cumprimento da

    Emenda Constitucional n 29.

    A revista trouxe, ainda, as 46

    experincias exitosas que foram

    apresentadas no Congresso do

    COSEMS/RS 2015.

    A Revista COSEMS/RS um importante instrumento de apoio aos gestores do SUS. Acredito que o seu contedo sempre coerente e de grande valia para a manuteno das informaes e das diretrizes do Sistema em nosso Estado, alm de possuir espao

    para a apresentao de experincias exitosas em outros municpios. Poder acompanhar o que est dando certo em outros locais facilita a tomada de deciso na gesto. Quando j se tem evidncias que podem ser aplicadas na nossa realidade, tem-se um caminho mais curto e seguro para a implantao de programas e polticas pblicas.

    Os textos, de modo geral, so muito bem elaborados e claros, possibilitando o surgimento de ideias ou at mesmo esclarecendo dvidas a respeito de alguns assuntos. Na edio n 9 (2014), h um contedo sobre oficinas teraputicas que foi essencial para desenvolver um trabalho em nosso municpio. Agora estamos com essa ao a todo vapor. A Revista cumpre o papel de manter a gesto informada quanto a questes importantes para a gesto pblica dentro das polticas nacionais do SUS.

    com satisfao que avalio a Revista COSEMS/RS, porque creio que o seu contedo de suma importncia. Ele refl ete o cenrio atual da Sade, a difi culdade em que os municpios se encontram, tendo que custear vrias despesas que no so de sua responsabilidade. Os textos so de excelente qualidade e bastante claros. A troca de experincias e vivncias com outros municpios sempre nos auxilia na gesto. Por isso, os aspectos trazidos pela Revista, bem como os relatos de vrios gestores sobre suas realidades, so muito importantes. Gostaria de parabenizar a equipe que organiza cada edio pela escolha dos temas, sempre atuais para o contexto da Sade.

    A publicao traz um contedo rico sobre o SUS no Estado e consegue, ainda, abordar temas com uma viso nacional. Incentivo e parabenizo

    publicaes como esta, que disseminam informaes e agregam valor ao SUS e ao trabalho dirio dos secretrios municipais da Sade e dos profi ssionais da rea. A seo sobre as experincias exitosas foi a que mais me chamou ateno: muito bem organizada, descreve trabalhos interessantes e de sucesso no Estado que podem inspirar e ser replicados. Creio que a Revista precisa, alm de tudo, ser um instrumento de trabalho do gestor e chegar a todos os municpios do Estado.

    A publicao comunica, divulga, integra e informa temas de interesse da gesto do SUS de modo democrtico. Auxilia os gestores ao oportunizar a troca de saberes, experincias e diferentes vises de gesto pblica. Os textos so objetivos, de fcil compreenso e com linguagem acessvel, sem perder o contedo tcnico. A esttica de excelncia em todos os sentidos. Contudo, sugiro cuidado com a repetio de fotos. A prxima publicao poderia abordar temas de interesse para os novos gestores municipais. Parabns equipe e aos colaboradores da Revista pela redao dos

    CARTAS

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

    DIVULG

    AO/PM

    NB

    LISIANE WASEM FAGUNDESDIRETORA GERAL DA SECRETARIA DA SADE

    VIAMO/RS

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

    DOROTHEA THOBESECRETRIA DA SADE

    CAMPO BOM/RS

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

    MAURO GUIMARES JUNQUEIRA PRESIDENTE DO CONASEMS

    BRASLIA/DF

    MARISETE VARGASSECRETRIA-ADJUNTA DA SADE

    NOVO BARREIRO/RS

    DIVULG

    AO/PM

    CB

    CARTAS

    textos, com respeito aos princpios da mdia impressa servio da Sade Pblica.

    As publicaes da Revista COSEMS/RS so timas, pois concentram informaes atuais sobre as inovaes que so implantadas nos municpios. A abordagem das experincias exitosas apresentadas na edio n 10 demonstra aes bem sucedidas para resolver problemas que, na maioria das vezes, so comuns aos demais municpios. Desse modo, podem ser vistas como incentivo e modelo de metodologia para a resoluo de problemticas regionais. Esteticamente, a Revista est muito bem apresentada, facilitando o degustar de uma leitura. A separao das matrias por quadros e cores deixa, visualmente, uma sensao de organizao. O uso de fotografi as dos entrevistados junto aos textos provoca uma aproximao entre o leitor, a fonte e a Revista, visto que os profi ssionais que contribuem para a produo cientfi ca desta revista so tambm os profi ssionais, polticos e tcnicos que fazem parte de nosso dia a dia de trabalho todos

    enfrentam situaes com alguma similaridade. O simples fato de abordar experincias positivas de outros municpios faz com que a Revista seja vista como inspirao. A partir dos textos abordados, a gesto de Gravata, por mais de uma vez, procurou pessoas que foram entrevistadas, afi m de explorar mais o assunto e desenvolver aes similares no municpio. Em algumas situaes, a simples leitura de matrias trouxe as informaes necessrias para que o municpio reconhecesse a existncia de recursos ou legislao disponveis para a resoluo de problemticas em Sade.

    A Revista um importante instrumento informativo, alm de trazer subsdios para a formao e a qualifi cao dos gestores. Por meio de seu contedo, possvel avaliarmos nossas aes com base nas experincias relatadas por outros municpios e nos artigos de especialistas da rea, contribuindo, assim, para a melhoria das aes municipais de sade e, portanto, para a melhoria da sade da populao. Ressalto que todas as publicaes que trazem, alm da explanao do assunto,

    propostas ou sugestes de meios para a qualifi cao de aes e servios, tm maior impacto no planejamento das aes municipais. Nosso municpio conta com o Colegiado de Gesto, em que todos os coordenadores de unidades de produo (setores e unidades de sade) se renem mensalmente para problematizar as demandas de sade do municpio, compartilhando problemas e solues, com debate tcnico promovido pela nossa equipe, no qual, com o apoio da Revista, nos instrumentalizamos para participar e contribuir nessas discusses.

    Informao uma das principais ferramentas que ns, gestores, devemos utilizar para a conduo do SUS. Por isso, um meio como a Revista COSEMS/RS possibilita a troca de experincias e discusses sobre os principais assuntos e temas enfrentados na rea da Sade Pblica. A publicao a oportunidade de dar voz aos secretrios municipais, assim como de levar a eles opinies de outros entes, sejam das esferas Estadual, Federal, ou at mesmo de outros poderes.

    Isso enriquece o dilogo. So publicadas notcias e informaes de todas as regies do Estado, que interessam no s aos gestores como tambm aos profi ssionais, usurios e prestadores de servios de sade o que, consequentemente, nos qualifi ca e aponta caminhos para o aprimoramento do SUS, contribuindo para a melhoria das condies de vida da populao.

    A Revista COSEMS/RS traz, atravs de seu contedo qualificado, as principais aes desenvolvidas nos municpios. Trata-se de um instrumento importantssimo para a ampliao das atividades da rea da Sade de todo o Estado. Os temas so apresentados com clareza ao leitor, o que auxilia na compreenso dos assuntos. A possibilidade de os gestores terem condies de apresentar suas aes e, com isso, incentivar a troca de ideias, faz da publicao um canal de comunicao fundamental para os assuntos de Sade.

    DIVULG

    AO/PM

    G

    ARITA BERGMANN SECRETRIA DA SADE

    PELOTAS/RS

    DIVULG

    AO/IPERG

    S

    SIMONE STOCHERO KUMMER DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE REGULAO

    DA SECRETARIA DA SADEGRAVATA/RS

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

    PAULO FERNANDESSECRETRIO DA SADE

    PALMEIRA DAS MISSES/RS

    CRISTINE RO

    CHOL/PM

    PA

    JOO GABBARDO DOS REIS SECRETRIO DA SADE DO RIO GRANDE DO SUL

    PORTO ALEGRE/RS

    FERNANDO RITTER SECRETRIO DA SADEPORTO ALEGRE/RS

  • 10 | www.cosemsrs.org.br

    COSEMS e SES discutem novo sistema de regulao do acesso

    ma nova dinmica de marca-o de consultas est sendo implantada em Porto Alegre. Gercon o nome do sistema

    de agendamento que dever agilizar aten-dimentos, exames e procedimentos na Capital, por meio da informatizao de todo o processo de solicitao e liberao de encaminhamentos. Segundo o Depar-tamento de Regulao da Secretaria Esta-dual da Sade (SES/RS), at 16 de junho, 41 municpios j utilizavam a ferramenta para realizar solicitaes.

    Desenvolvido pela Secretaria Munici-pal da Sade de Porto Alegre (SMS) e pela Companhia de Processamento de Dados do Municpio de Porto Alegre (Procempa), em parceria com a SES/RS, o novo siste-ma continuar empregando o atual mode-lo de distribuio de cotas, sendo 55% do total de servios para uso de Porto Alegre e 45% para os demais municpios do Esta-do. O Gercon est disponvel no endereo https://gercon.procempa.com.br.

    No dia 16 de junho, em reunio do Grupo de Trabalho de Regulao do qual participam representantes do Con-selho das Secretarias Municipais da Sa-de do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS) e do Estado , o Departamento de Regula-o informou que, at aquele momento, 357 municpios gachos j haviam envia-do dados para criar logins de acesso ao sistema. No evento, tambm foi acordada uma resoluo da Comisso Intergesto-

    ainda, que as unidades solicitantes de-vem avisar o paciente quanto ao agenda-mento e providenciar o transporte para Porto Alegre, caso seja necessrio. Alm disso, pactuou-se que a Central Estadu-al de Regulao Ambulatorial avaliar eventuais solicitaes de consultas e pro-cedimentos fora da regio de referncia. As pactuaes foram realizadas no au-ditrio da Escola de Sade Pblica, em Porto Alegre, com a presena de dezenas de gestores municipais, do presidente doCOSEMS/RS, Marcelo Bosio, de repre-sentantes da SES e do grupo de trabalho executivo da SMS de Porto Alegre, que desenvolveu o sistema junto Procempa.

    res Bipartite (CIB/RS) referente ao Ger-con, em que se defi niu que as demandas da lista de espera do sistema anterior (Aghos) sero reavaliadas pelos solici-tantes antes de serem recadastradas no novo sistema. Esse processo de atuali-zao dever ser repetido todos os anos, com o intuito de agilizar o andamento das solicitaes e manter a lista sempre atualizada. Outro ponto discutido defi ne que o no comparecimento a um proce-dimento agendado implicar no cancela-mento da solicitao; deciso que pode-r, em um segundo momento, mediante justifi cativa, ser revertida.

    A proposta de resoluo determina,

    Novo sistema, desenvolvido pela SMS de Porto Alegre e apresentado dia 16 de junho, ser adotado tambm pelo Estado

    RAFAEL BO

    TELHO/CBRU

    Financiamento e manuteno de programas dominaram a pauta do Congresso do CONASEMS

    De 1 a 4 de junho, em Fortaleza (CE), ocorreu o 32 Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Sade, que reuniu gestores municipais, representantes do Ministrio da Sade e especialistas em polticas de Sade. O evento, realizado pelo Conselho Nacio-nal de Secretarias Municipais de Sade

    (CONASEMS), teve como tema Munic-pios brasileiros acreditamos, fazemos e temos propostas para o SUS.

    Segundo o presidente da entidade, Mauro Junqueira, a participao dos gestores na edio de 2016 foi uma gran-de surpresa, pois, mesmo em um ano de crise e de encerramento de gestes, o

    evento contou com a presena de um n-mero superior 4 mil inscritos, dos quais mais de mil eram secretrios municipais da Sade dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. A programao incluiu a realizao de mesas-redondas, semin-rios, ofi cinas e painis, alm da apresen-tao de experincias exitosas na mostra

    EM PAUTA EM PAUTA

    mas mesmo assim tentando no deixar desassistida a comunidade, aponta.

    vila relata que o CONASEMS est organizando uma frente de trabalho em Braslia para requerer um posiciona-mento claro do Governo Federal. Com-preende-se que o ministro interino ainda no conseguiu montar uma equipe de governo, mas precisamos saber ao menos o que a esfera federal pensa, avalia. S dessa forma poderemos criar um grupo nico, tripartite, que evite o colapso da poltica pblica de Sade. Ele comenta, inclusive, que a possibilidade de apro-vao da Proposta de Emenda Constitu-cional (PEC) n 1/2015 que aumenta o investimento mnimo anual da Unio em Sade seria um grande passo para garantir a efi cincia dos servios do SUS, especialmente em oncologia e emergn-cia (que enfrentam grandes carncias).

    Dentro dessa questo, vila lembra que, ainda durante o evento, no havia uma previso de oramento federal para o segundo semestre para dois progra-mas essenciais: o Servio de Atendimen-to Mvel de Urgncia (SAMU) e para a Farmcia Popular. Por isso, mesas-re-dondas sobre a manuteno de progra-mas de Sade foram muito concorridas, especialmente as focadas no programa Mais Mdicos que, para ele, uma pol-tica fundamental para o SUS e que, mes-mo assim, mais de um milho e meio de pessoas devem fi car fora de sua rea de atendimento. O momento no de fazer coisas novas, mas de manter conquistas. No podemos dar passos para trs. No

    vamos desistir do SUS, conclama.O secretrio observa ainda, que o

    evento foi uma oportunidade para trocar informaes e se manifestar. Possibili-tou-nos perceber a situao que outros Estados enfrentam, permitindo formatar uma viso geral sobre o que est funcio-nando e o que possvel copiar ou adap-tar. O SUS sempre teve uma capacidade imensa para superar esses momentos de turbulncia, comenta.

    Neste contexto, ele cita o fato de o Rio Grande do Sul ser visto como um modelo de regionalizao da Sade. Aqui na Metade Sul do Estado, por exemplo, Piratini (de 19,8 mil habitan-tes) oferece servios de Sade que cos-tumavam ser repassados para Pelotas ou Rio Grande. Atualmente, atendemos 22 municpios em urologia, otorrino-laringologia e dermatologia, provando que localidades pequenas podem ofere-cer uma boa estrutura e ajudar a resol-ver problemas de mdia complexidade, desafogando os polos regionais e as ca-pitais, defende.

    vila lembra, ainda, que o Congres-so foi uma oportunidade para qualifi car o trabalho dos gestores, que, diante da escassez de recursos, precisam admi-nistrar o oramento da melhor formapossvel. Com menos dinheiro, o recur-so tem que ser usado de forma correta e com 100% de aproveitamento. Eu vejo colegas se capacitarem muito para que tenhamos gestes mais efi cazes e com qualidade, mesmo com as difi culdades de fi nanciamento, conclui.

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

    Brasil, aqui tem SUS. Para Junqueira, a agenda de ativi-

    dades valorizou a bagagem de experi-ncias de cada gestor e consolidou o evento como um espao diferenciado de formao, o que ainda mais importan-te no cenrio atual de subfi nanciamento da Sade e de crescimento de endemias. Fortalecer os Conselhos das Secretarias Municipais de Sade (COSEMS) e a ges-to municipal do Sistema nico de Sade (SUS) o papel do CONASEMS, afi rma.

    De acordo com o 2 vice-presidente do CONASEMS para a Regio Sul e se-cretrio da Sade de Piratini, Diego Espndola de vila, o financiamento, a manuteno de programas e a judicia-lizao da Sade foram os principais assuntos discutidos no Congresso. As-sim, grande parte dessas discusses englobou, de alguma forma, as dificul-dades financeiras enfrentadas pelos municpios, que esto em um momento de grande instabilidade para o trabalho de gesto. Os temas foram escolhidos de modo a esclarecer os assuntos mais importantes do momento e acalmar o nimo dos secretrios tendo em vista a srie de dificuldades atuais, explica.

    Outro destaque da programao foi o Frum da Sade do Conselho Nacional de Justia (CNJ), que realizou discusses com representantes do Ministrio Pbli-co e da Defensoria Pblica. Para vila, um dos pontos mais positivos do Con-gresso foi perceber que o Judicirio est sensibilizado com as difi culdades dos municpios e aberto ao dilogo. Muitas vezes, um juiz condena o municpio por-que sabe que o Estado no tem resolutivi-dade. No evento, abrimos uma nova porta de discusso e aproximao e chamamos ateno para esse aspecto, comenta.

    Contudo, para vila, no foi possvel cumprir com o objetivo de pactuar as aes dos Municpios e dos Estados com o Ministrio da Sade, mesmo com a pre-sena do ministro Ricardo Barros. Dife-rentemente dos anos anteriores, o Gover-no Federal no exps suas diretrizes no evento, impossibilitando a discusso e o alinhamento entre todas as esferas de poder. O Ministrio no tratou da ma-neira que pretende conduzir a gesto em meio a esta crise. Assim, os secretrios municipais continuam no fogo cruzado: muitas vezes sem condies de operar,

    O Ministrio no tratou da maneira que

    pretende conduzir a gesto em meio a esta crise. Assim, os

    secretrios municipais continuam no fogo

    cruzado: muitas vezes sem condies de

    operar, mas mesmo assim tentando no deixar desassistida a

    comunidade.

    Diego Espndola de vila

  • 11

    COSEMS e SES discutem novo sistema de regulao do acesso

    ma nova dinmica de marca-o de consultas est sendo implantada em Porto Alegre. Gercon o nome do sistema

    de agendamento que dever agilizar aten-dimentos, exames e procedimentos na Capital, por meio da informatizao de todo o processo de solicitao e liberao de encaminhamentos. Segundo o Depar-tamento de Regulao da Secretaria Esta-dual da Sade (SES/RS), at 16 de junho, 41 municpios j utilizavam a ferramenta para realizar solicitaes.

    Desenvolvido pela Secretaria Munici-pal da Sade de Porto Alegre (SMS) e pela Companhia de Processamento de Dados do Municpio de Porto Alegre (Procempa), em parceria com a SES/RS, o novo siste-ma continuar empregando o atual mode-lo de distribuio de cotas, sendo 55% do total de servios para uso de Porto Alegre e 45% para os demais municpios do Esta-do. O Gercon est disponvel no endereo https://gercon.procempa.com.br.

    No dia 16 de junho, em reunio do Grupo de Trabalho de Regulao do qual participam representantes do Con-selho das Secretarias Municipais da Sa-de do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS) e do Estado , o Departamento de Regula-o informou que, at aquele momento, 357 municpios gachos j haviam envia-do dados para criar logins de acesso ao sistema. No evento, tambm foi acordada uma resoluo da Comisso Intergesto-

    ainda, que as unidades solicitantes de-vem avisar o paciente quanto ao agenda-mento e providenciar o transporte para Porto Alegre, caso seja necessrio. Alm disso, pactuou-se que a Central Estadu-al de Regulao Ambulatorial avaliar eventuais solicitaes de consultas e pro-cedimentos fora da regio de referncia. As pactuaes foram realizadas no au-ditrio da Escola de Sade Pblica, em Porto Alegre, com a presena de dezenas de gestores municipais, do presidente doCOSEMS/RS, Marcelo Bosio, de repre-sentantes da SES e do grupo de trabalho executivo da SMS de Porto Alegre, que desenvolveu o sistema junto Procempa.

    res Bipartite (CIB/RS) referente ao Ger-con, em que se defi niu que as demandas da lista de espera do sistema anterior (Aghos) sero reavaliadas pelos solici-tantes antes de serem recadastradas no novo sistema. Esse processo de atuali-zao dever ser repetido todos os anos, com o intuito de agilizar o andamento das solicitaes e manter a lista sempre atualizada. Outro ponto discutido defi ne que o no comparecimento a um proce-dimento agendado implicar no cancela-mento da solicitao; deciso que pode-r, em um segundo momento, mediante justifi cativa, ser revertida.

    A proposta de resoluo determina,

    Novo sistema, desenvolvido pela SMS de Porto Alegre e apresentado dia 16 de junho, ser adotado tambm pelo Estado

    RAFAEL BO

    TELHO/CBRU

    Financiamento e manuteno de programas dominaram a pauta do Congresso do CONASEMS

    De 1 a 4 de junho, em Fortaleza (CE), ocorreu o 32 Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Sade, que reuniu gestores municipais, representantes do Ministrio da Sade e especialistas em polticas de Sade. O evento, realizado pelo Conselho Nacio-nal de Secretarias Municipais de Sade

    (CONASEMS), teve como tema Munic-pios brasileiros acreditamos, fazemos e temos propostas para o SUS.

    Segundo o presidente da entidade, Mauro Junqueira, a participao dos gestores na edio de 2016 foi uma gran-de surpresa, pois, mesmo em um ano de crise e de encerramento de gestes, o

    evento contou com a presena de um n-mero superior 4 mil inscritos, dos quais mais de mil eram secretrios municipais da Sade dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. A programao incluiu a realizao de mesas-redondas, semin-rios, ofi cinas e painis, alm da apresen-tao de experincias exitosas na mostra

    EM PAUTA EM PAUTA

    mas mesmo assim tentando no deixar desassistida a comunidade, aponta.

    vila relata que o CONASEMS est organizando uma frente de trabalho em Braslia para requerer um posiciona-mento claro do Governo Federal. Com-preende-se que o ministro interino ainda no conseguiu montar uma equipe de governo, mas precisamos saber ao menos o que a esfera federal pensa, avalia. S dessa forma poderemos criar um grupo nico, tripartite, que evite o colapso da poltica pblica de Sade. Ele comenta, inclusive, que a possibilidade de apro-vao da Proposta de Emenda Constitu-cional (PEC) n 1/2015 que aumenta o investimento mnimo anual da Unio em Sade seria um grande passo para garantir a efi cincia dos servios do SUS, especialmente em oncologia e emergn-cia (que enfrentam grandes carncias).

    Dentro dessa questo, vila lembra que, ainda durante o evento, no havia uma previso de oramento federal para o segundo semestre para dois progra-mas essenciais: o Servio de Atendimen-to Mvel de Urgncia (SAMU) e para a Farmcia Popular. Por isso, mesas-re-dondas sobre a manuteno de progra-mas de Sade foram muito concorridas, especialmente as focadas no programa Mais Mdicos que, para ele, uma pol-tica fundamental para o SUS e que, mes-mo assim, mais de um milho e meio de pessoas devem fi car fora de sua rea de atendimento. O momento no de fazer coisas novas, mas de manter conquistas. No podemos dar passos para trs. No

    vamos desistir do SUS, conclama.O secretrio observa ainda, que o

    evento foi uma oportunidade para trocar informaes e se manifestar. Possibili-tou-nos perceber a situao que outros Estados enfrentam, permitindo formatar uma viso geral sobre o que est funcio-nando e o que possvel copiar ou adap-tar. O SUS sempre teve uma capacidade imensa para superar esses momentos de turbulncia, comenta.

    Neste contexto, ele cita o fato de o Rio Grande do Sul ser visto como um modelo de regionalizao da Sade. Aqui na Metade Sul do Estado, por exemplo, Piratini (de 19,8 mil habitan-tes) oferece servios de Sade que cos-tumavam ser repassados para Pelotas ou Rio Grande. Atualmente, atendemos 22 municpios em urologia, otorrino-laringologia e dermatologia, provando que localidades pequenas podem ofere-cer uma boa estrutura e ajudar a resol-ver problemas de mdia complexidade, desafogando os polos regionais e as ca-pitais, defende.

    vila lembra, ainda, que o Congres-so foi uma oportunidade para qualifi car o trabalho dos gestores, que, diante da escassez de recursos, precisam admi-nistrar o oramento da melhor formapossvel. Com menos dinheiro, o recur-so tem que ser usado de forma correta e com 100% de aproveitamento. Eu vejo colegas se capacitarem muito para que tenhamos gestes mais efi cazes e com qualidade, mesmo com as difi culdades de fi nanciamento, conclui.

    CLAITON D

    ORN

    ELLES/CBR

    Brasil, aqui tem SUS. Para Junqueira, a agenda de ativi-

    dades valorizou a bagagem de experi-ncias de cada gestor e consolidou o evento como um espao diferenciado de formao, o que ainda mais importan-te no cenrio atual de subfi nanciamento da Sade e de crescimento de endemias. Fortalecer os Conselhos das Secretarias Municipais de Sade (COSEMS) e a ges-to municipal do Sistema nico de Sade (SUS) o papel do CONASEMS, afi rma.

    De acordo com o 2 vice-presidente do CONASEMS para a Regio Sul e se-cretrio da Sade de Piratini, Diego Espndola de vila, o financiamento, a manuteno de programas e a judicia-lizao da Sade foram os principais assuntos discutidos no Congresso. As-sim, grande parte dessas discusses englobou, de alguma forma, as dificul-dades financeiras enfrentadas pelos municpios, que esto em um momento de grande instabilidade para o trabalho de gesto. Os temas foram escolhidos de modo a esclarecer os assuntos mais importantes do momento e acalmar o nimo dos secretrios tendo em vista a srie de dificuldades atuais, explica.

    Outro destaque da programao foi o Frum da Sade do Conselho Nacional de Justia (CNJ), que realizou discusses com representantes do Ministrio Pbli-co e da Defensoria Pblica. Para vila, um dos pontos mais positivos do Con-gresso foi perceber que o Judicirio est sensibilizado com as difi culdades dos municpios e aberto ao dilogo. Muitas vezes, um juiz condena o municpio por-que sabe que o Estado no tem resolutivi-dade. No evento, abrimos uma nova porta de discusso e aproximao e chamamos ateno para esse aspecto, comenta.

    Contudo, para vila, no foi possvel cumprir com o objetivo de pactuar as aes dos Municpios e dos Estados com o Ministrio da Sade, mesmo com a pre-sena do ministro Ricardo Barros. Dife-rentemente dos anos anteriores, o Gover-no Federal no exps suas diretrizes no evento, impossibilitando a discusso e o alinhamento entre todas as esferas de poder. O Ministrio no tratou da ma-neira que pretende conduzir a gesto em meio a esta crise. Assim, os secretrios municipais continuam no fogo cruzado: muitas vezes sem condies de operar,

    O Ministrio no tratou da maneira que

    pretende conduzir a gesto em meio a esta crise. Assim, os

    secretrios municipais continuam no fogo

    cruzado: muitas vezes sem condies de

    operar, mas mesmo assim tentando no deixar desassistida a

    comunidade.

    Diego Espndola de vila

  • 12 | www.cosemsrs.org.br

    REVISTA COSEMS/RS

    Segundo FAMURS, pagamento de parcelamento das dvidas de 2014 e 2015 no deve mais atrasar

    Segundo a Federao das Associa-es de Municpios do Rio Grande do Sul (FAMURS), a partir do dia 7 de julho, o Governo do Estado dever atualizar os repasses do primeiro quadrimestre de 2016 e pagar a quinta e a sexta parcelas do acordo correspondente dvida de R$ 292 milhes, que abrange determinados repasses do Estado no perodo entre maio de 2014 e dezembro de 2015. A partir dis-so, de acordo com o assessor tcnico da rea de Sade da FAMURS, Paulo Azere-do, os depsitos devero acontecer men-salmente e sem atrasos.

    Contudo, os repasses mensais de 2016 tambm esto em atraso. De acordo com o assessor, at a ltima semana de junho, apenas os valores de janeiro, fevereiro e maro de 2016 foram depositados, o que difi culta a prestao de servios nas Se-cretarias Municipais da Sade.

    O pagamento dos atrasados de 2014 (R$ 175 milhes) e de 2015 (R$ 117 mi-lhes) em 24 vezes foi pactuado em reu-nio realizada entre o Estado e a entidade em dezembro de 2015. Porm, at o fecha-mento desta edio, somente quatro par-celas haviam sido pagas, totalizando R$ 48 milhes. Os pagamentos ocorreram em 12 de fevereiro (duas parcelas), 2 de maio e 31 de maio (conforme quadro). O atual dfi cit do Estado, referente aos va-lores atrasados de 2014 e 2015, represen-ta R$ 244 milhes. As parcelas de maio e junho de 2016 (R$ 24 milhes) ainda no foram repassadas aos municpios.

    Os valores recebidos pelas Secreta-rias Municipais de Sade variam de ms a ms, pois, com base no acordo entre Estado e FAMURS, so destinados a pro-gramas especfi cos apoiados pelo Estado sendo parte deles implantada somente por alguns municpios. Como exemplifi -ca Azeredo, a ltima parcela paga, em 31 de maio de 2016, foi composta em R$ 8 milhes referentes Poltica Estadual de Incentivo para Qualifi cao da Ateno Bsica (PIES), R$ 2,5 milhes para a Far-mcia Bsica e R$ 2 milhes para o Ser-vio de Atendimento Mvel de Urgncia (SAMU), correspondentes a valores que deveriam ter sido repassados regular-

    mente nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2015. Apenas os repasses para o programa Primeira Infncia Me-lhor (PIM) so os que tm maior regula-ridade, o que no acontce em programas como Sade Mental, Sade do Trabalha-dor, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e SAMU.

    Azeredo afi rma, ainda, que aFAMURS est em contato permanente com o Governo do Estado para cobrar e garantir os depsitos, sobretudo devido aos casos de municpios que, por esse mo-tivo, entraram para o Cadastro Informati-vo (Cadin) de crditos no quitados do se-tor pblico. Ele cita que a falta de repasses exige que os municpios comprometam at 36% do oramento com a Sade, mais que o dobro dos 15% determinados em lei.

    O assessor lembra que, a exemplo do COSEMS/RS, a FAMURS defende a implantao de um calendrio fi xo de

    pagamentos do Estado, com datas pr--defi nidas para os depsitos. Os prefeitos esto sendo comunicados sobre os paga-mentos, tanto a respeito das datas, quan-to dos valores e dos programas contem-plados. Para os municpios que tenham dvidas ou demandas pontuais, o setor de Sade da entidade est disposio.

    MANDADO O COSEMS/RS in-gressou, em julho de 2015, no Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul, Man-dado de Segurana Coletivo para que o Governo do Estado regularizasse os pa-gamentos que estavam em atraso junto s Secretarias Municipais de Sade e s instituies privadas sem fi ns lucrativos os hospitais fi lantrpicos que aten-dem ao Sistema nico de Sade (SUS) por meio de convnios. Atualmente, diversas Secretarias Municipais de Sade esto com os repasses do Estado em dia graas a aes individuais nesse mesmo sentido.

    Fonte: FAMURS

    Segundo Paulo Azeredo, no acordo com a FAMURS, o Estado se comprometeu a pagar as parcelas em dia

    DIVULG

    AO/FAM

    URS

    EM PAUTA

    CONASEMS lana ferramenta on-line para auxiliar no encerramento de gesto

    O encerramento de gesto um momen-to para repensar e organizar tudo o que foi realizado nos ltimos quatro anos. Embora tenha um aspecto refl exivo, trata-se, basica-mente, de uma exigncia legal de prestao de contas, o que requer rigor na reviso de todos os registros de atos administrativos e na verifi cao do cumprimento do Plano Municipal de Sade. Alm disso, , tambm, a ltima oportunidade para se sugerir es-tratgias que podero nortear a atuao no prximo perodo.

    Com o intuito de auxiliar nesse mo-mento, o Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sade (CONASEMS) lanou a ferramenta on-line Responsabilidades gestoras no ltimo ano de mandato, cons-truda em parceria com o Conselho de Se-cretarias Municipais da Sade de Minas Gerais (COSEMS/MG), com a Organizao Pan-Americana da Sade (OPAS) e com a Universidade Aberta do Sistema nico de Sade (UNA-SUS).

    O sistema, que estar disponvel ainda no ms de julho, possibilita s Secretarias Municipais da Sade o monitoramento dos prazos de compromissos fi rmados com a esfera federal e o acesso a materiais educa-tivos. Todo o projeto prioriza uma navega-o simples e interativa. Conforme explica o coordenador da Assessoria Tcnica doCONASEMS, Nilo Bretas, a ferramenta for-talece a rede de Secretarias Municipais da Sade de todo o Pas, fornecendo uma linha de apoio o que fundamental, conside-rando a grande rotatividade de gestores, no apenas agora, neste perodo de transio.

    A plataforma disponibiliza ainda um frum de debates com mediadores. O es-pao permanecer aberto para o envio de dvidas at 26 de agosto. Aps esse perodo, todo o contedo continuar disponvel para o pblico. A ao usa todos os recursos da educao on-line para facilitar a compreen-so dos compromissos e permitir um acesso rpido e descomplicado a informaes teis e ancoradas na legislao vigente, ressalta.

    A ferramenta apresenta quatro m-dulos de apoio, com contedos e ativida-des independentes: Lei Complementar n 141/2012; Condutas Vedadas Legalmente; Instrumentos de Planejamento e Gesto; e

    DIVULG

    AO/CO

    NASEM

    S

    Responsabilidades Oramentrias e Fiscais. Para acess-la, basta informar os dados ca-dastrados no Sistema de Informaes sobre Oramentos Pblicos em Sade (SIOPS).

    Alm disso, Bretas acrescenta que o CONASEMS tem outros projetos que incen-tivam o dilogo de gestor para gestor, a exemplo do Manual para a gesto munici-pal do SUS, que est em desenvolvimento e dever ser enviado para todas as secretarias at janeiro. A publicao ser dividida em seis partes: Gesto do SUS no Municpio; Gesto da Vigilncia em Sade; Gesto da Assistncia Farmacutica; Gesto da Aten-o Especializada e Redes de Ateno Sa-de; Gesto da Ateno Bsica; e Princpios da Administrao Pblica.

    O contedo est sendo produzido em parceria com o Conselho de Secretarias Mu-nicipais de Sade do Estado do Rio de Ja-neiro (COSEMS/RJ) e com o Laboratrio de Pesquisas de Prticas de Integralidade em Sade (LAPPIS), ligado Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O desa-fi o est na construo de um manual de ver-dade, que no seja somente um livro bonito que fi que nas prateleiras, mas que esteja no dia a dia dos secretrios, apoiando o proces-so de gesto, destaca.

    O assessor tcnico diz que oCONASEMS desenvolveu todos esses me-canismos de suporte porque os secretrios precisam estar atentos neste momento, j que existem diversos detalhes que podem causar complicaes legais futuras, tanto no que diz respeito a exigncias previstas

    em lei quanto a compromissos assumidos nas regionais de Sade e em pactuaes fi rmadas intergestores. Ele lembra que os secretrios que porventura estejam h pouco tempo na funo em substituio a colegas que iro se candidatar na prxima eleio, por exemplo tt precisam ter cuida-do redobrado. Mesmo assumindo a gesto por pouco tempo, nem que seja por apenas um dia, as responsabilidades no deixam de existir, defende.

    Segundo o vice-presidente Regional da Regio Sul do CONASEMS e secretrio da Sade de Piratini, Diego Espndola de vila, embora as gestes estejam cada vez mais ca-pacitadas, ainda so cometidos erros como alocar verbas de um determinado programa em outro. Neste processo de encerramento de gesto, s vezes assumem secretrios que no tm intimidade com a pasta. Mecanis-mos como essa nova ferramenta on-line po-dem ajudar tanto queles que chegaram h pouco tempo quanto aos que j so veteranos na funo, afi rma. A ideia dar um aporte de informaes para que sejam evitados er-ros e, consequentemente, problemas com o Tribunal de Contas ou com o judicirio. O gestor no ocupa um cargo apenas poltico, mas tambm tcnico. Ele precisa estudar o SUS para diminuir equvocos, sobretudo nos municpios que tm Gesto Plena.

    EM PAUTA

    A ao usa todos os recursos da educao on-line para facilitar

    a compreenso dos compromissos

    e permitir um acesso rpido e

    descomplicado a informaes teis

    e ancoradas na legislao vigente.

    Nilo Bretas

  • 13

    REVISTA COSEMS/RS

    Segundo FAMURS, pagamento de parcelamento das dvidas de 2014 e 2015 no deve mais atrasar

    Segundo a Federao das Associa-es de Municpios do Rio Grande do Sul (FAMURS), a partir do dia 7 de julho, o Governo do Estado dever atualizar os repasses do primeiro quadrimestre de 2016 e pagar a quinta e a sexta parcelas do acordo correspondente dvida de R$ 292 milhes, que abrange determinados repasses do Estado no perodo entre maio de 2014 e dezembro de 2015. A partir dis-so, de acordo com o assessor tcnico da rea de Sade da FAMURS, Paulo Azere-do, os depsitos devero acontecer men-salmente e sem atrasos.

    Contudo, os repasses mensais de 2016 tambm esto em atraso. De acordo com o assessor, at a ltima semana de junho, apenas os valores de janeiro, fevereiro e maro de 2016 foram depositados, o que difi culta a prestao de servios nas Se-cretarias Municipais da Sade.

    O pagamento dos atrasados de 2014 (R$ 175 milhes) e de 2015 (R$ 117 mi-lhes) em 24 vezes foi pactuado em reu-nio realizada entre o Estado e a entidade em dezembro de 2015. Porm, at o fecha-mento desta edio, somente quatro par-celas haviam sido pagas, totalizando R$ 48 milhes. Os pagamentos ocorreram em 12 de fevereiro (duas parcelas), 2 de maio e 31 de maio (conforme quadro). O atual dfi cit do Estado, referente aos va-lores atrasados de 2014 e 2015, represen-ta R$ 244 milhes. As parcelas de maio e junho de 2016 (R$ 24 milhes) ainda no foram repassadas aos municpios.

    Os valores recebidos pelas Secreta-rias Municipais de Sade variam de ms a ms, pois, com base no acordo entre Estado e FAMURS, so destinados a pro-gramas especfi cos apoiados pelo Estado sendo parte deles implantada somente por alguns municpios. Como exemplifi -ca Azeredo, a ltima parcela paga, em 31 de maio de 2016, foi composta em R$ 8 milhes referentes Poltica Estadual de Incentivo para Qualifi cao da Ateno Bsica (PIES), R$ 2,5 milhes para a Far-mcia Bsica e R$ 2 milhes para o Ser-vio de Atendimento Mvel de Urgncia (SAMU), correspondentes a valores que deveriam ter sido repassados regular-

    mente nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2015. Apenas os repasses para o programa Primeira Infncia Me-lhor (PIM) so os que tm maior regula-ridade, o que no acontce em programas como Sade Mental, Sade do Trabalha-dor, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e SAMU.

    Azeredo afi rma, ainda, que aFAMURS est em contato permanente com o Governo do Estado para cobrar e garantir os depsitos, sobretudo devido aos casos de municpios que, por esse mo-tivo, entraram para o Cadastro Informati-vo (Cadin) de crditos no quitados do se-tor pblico. Ele cita que a falta de repasses exige que os municpios comprometam at 36% do oramento com a Sade, mais que o dobro dos 15% determinados em lei.

    O assessor lembra que, a exemplo do COSEMS/RS, a FAMURS defende a implantao de um calendrio fi xo de

    pagamentos do Estado, com datas pr--defi nidas para os depsitos. Os prefeitos esto sendo comunicados sobre os paga-mentos, tanto a respeito das datas, quan-to dos valores e dos programas contem-plados. Para os municpios que tenham dvidas ou demandas pontuais, o setor de Sade da entidade est disposio.

    MANDADO O COSEMS/RS in-gressou, em julho de 2015, no Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul, Man-dado de Segurana Coletivo para que o Governo do Estado regularizasse os pa-gamentos que estavam em atraso junto s Secretarias Municipais de Sade e s instituies privadas sem fi ns lucrativos os hospitais fi lantrpicos que aten-dem ao Sistema nico de Sade (SUS) por meio de convnios. Atualmente, diversas Secretarias Municipais de Sade esto com os repasses do Estado em dia graas a aes individuais nesse mesmo sentido.

    Fonte: FAMURS

    Segundo Paulo Azeredo, no acordo com a FAMURS, o Estado se comprometeu a pagar as parcelas em dia

    DIVULG

    AO/FAM

    URS

    EM PAUTA

    CONASEMS lana ferramenta on-line para auxiliar no encerramento de gesto

    O encerramento de gesto um momen-to para repensar e organizar tudo o que foi realizado nos ltimos quatro anos. Embora tenha um aspecto refl exivo, trata-se, basica-mente, de uma exigncia legal de prestao de contas, o que requer rigor na reviso de todos os registros de atos administrativos e na verifi cao do cumprimento do Plano Municipal de Sade. Alm disso, , tambm, a ltima oportunidade para se sugerir es-tratgias que podero nortear a atuao no prximo perodo.

    Com o intuito de auxiliar nesse mo-mento, o Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sade (CONASEMS) lanou a ferramenta on-line Responsabilidades gestoras no ltimo ano de mandato, cons-truda em parceria com o Conselho de Se-cretarias Municipais da Sade de Minas Gerais (COSEMS/MG), com a Organizao Pan-Americana da Sade (OPAS) e com a Universidade Aberta do Sistema nico de Sade (UNA-SUS).

    O sistema, que estar disponvel ainda no ms de julho, possibilita s Secretarias Municipais da Sade o monitoramento dos prazos de compromissos fi rmados com a esfera federal e o acesso a materiais educa-tivos. Todo o projeto prioriza uma navega-o simples e interativa. Conforme explica o coordenador da Assessoria Tcnica doCONASEMS, Nilo Bretas, a ferramenta for-talece a rede de Secretarias Municipais da Sade de todo o Pas, fornecendo uma linha de apoio o que fundamental, conside-rando a grande rotatividade de gestores, no apenas agora, neste perodo de transio.

    A plataforma disponibiliza ainda um frum de debates com mediadores. O es-pao permanecer aberto para o envio de dvidas at 26 de agosto. Aps esse perodo, todo o contedo continuar disponvel para o pblico. A ao usa todos os recursos da educao on-line para facilitar a compreen-so dos compromissos e permitir um acesso rpido e descomplicado a informaes teis e ancoradas na legislao vigente, ressalta.

    A ferramenta apresenta quatro m-dulos de apoio, com contedos e ativida-des independentes: Lei Complementar n 141/2012; Condutas Vedadas Legalmente; Instrumentos de Planejamento e Gesto; e

    DIVULG

    AO/CO

    NASEM

    S

    Responsabilidades Oramentrias e Fiscais. Para acess-la, basta informar os dados ca-dastrados no Sistema de Informaes sobre Oramentos Pblicos em Sade (SIOPS).

    Alm disso, Bretas acrescenta que o CONASEMS tem outros projetos que incen-tivam o dilogo de gestor para gestor, a exemplo do Manual para a gesto munici-pal do SUS, que est em desenvolvimento e dever ser enviado para todas as secretarias at janeiro. A publicao ser dividida em seis partes: Gesto do SUS no Municpio; Gesto da Vigilncia em Sade; Gesto da Assistncia Farmacutica; Gesto da Aten-o Especializada e Redes de Ateno Sa-de; Gesto da Ateno Bsica; e Princpios da Administrao Pblica.

    O contedo est sendo produzido em parceria com o Conselho de Secretarias Mu-nicipais de Sade do Estado do Rio de Ja-neiro (COSEMS/RJ) e com o Laboratrio de Pesquisas de Prticas de Integralidade em Sade (LAPPIS), ligado Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O desa-fi o est na construo de um manual de ver-dade, que no seja somente um livro bonito que fi que nas prateleiras, mas que esteja no dia a dia dos secretrios, apoiando o proces-so de gesto, destaca.

    O assessor tcnico diz que oCONASEMS desenvolveu todos esses me-canismos de suporte porque os secretrios precisam estar atentos neste momento, j que existem diversos detalhes que podem causar complicaes legais futuras, tanto no que diz respeito a exigncias previstas

    em lei quanto a compromissos assumidos nas regionais de Sade e em pactuaes fi rmadas intergestores. Ele lembra que os secretrios que porventura estejam h pouco tempo na funo em substituio a colegas que iro se candidatar na prxima eleio, por exemplo tt precisam ter cuida-do redobrado. Mesmo assumindo a gesto por pouco tempo, nem que seja por apenas um dia, as responsabilidades no deixam de existir, defende.

    Segundo o vice-presidente Regional da Regio Sul do CONASEMS e secretrio da Sade de Piratini, Diego Espndola de vila, embora as gestes estejam cada vez mais ca-pacitadas, ainda so cometidos erros como alocar verbas de um determinado programa em outro. Neste processo de encerramento de gesto, s vezes assumem secretrios que no tm intimidade com a pasta. Mecanis-mos como essa nova ferramenta on-line po-dem ajudar tanto queles que chegaram h pouco tempo quanto aos que j so veteranos na funo, afi rma. A ideia dar um aporte de informaes para que sejam evitados er-ros e, consequentemente, problemas com o Tribunal de Contas ou com o judicirio. O gestor no ocupa um cargo apenas poltico, mas tambm tcnico. Ele precisa estudar o SUS para diminuir equvocos, sobretudo nos municpios que tm Gesto Plena.

    EM PAUTA

    A ao usa todos os recursos da educao on-line para facilitar

    a compreenso dos compromissos

    e permitir um acesso rpido e

    descomplicado a informaes teis

    e ancoradas na legislao vigente.

    Nilo Bretas

  • 14 | www.cosemsrs.org.br

    O SUS NOSSO

    Nesta edio, a seo O SUS nosso da Revista COSEMS/RS destaca as 21 ex-perincias gachas apresentadas na 13 edio da mostra Brasil: aqui tem SUS, realizada no 32 Congresso Nacional de Se-cretarias Municipais da Sade, que ocorreu entre 1 e 4 de junho, em Fortaleza (CE). O evento contou com a participao de mais de quatro mil gestores de Sade, dos quais 1,2 mil so secretrios municipais.

    No evento, realizado pelo Conselho Na-cional de Secretarias Municipais da Sade (CONASEMS), foram apresentados 300 trabalhos de todo o Pas, agrupados em 14 categorias nos temas Ateno Bsica, Gesto da Sade, Controle Social e Gesto das Polticas de Formao e Qualifi cao do Sistema de Sade, aplicados no Sistema nico de Sade (SUS). A mostra contou com a participao de representantes de todos os estados e do Distrito Federal.

    A primeira vice-presidente do Conse-lho das Secretarias Municipais de Sade do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS) e secretria da Sade de Viamo, Sandra Sperotto, considera que eventos como esse validam e oferecem visibilidade aos esforos dos municpios. O que mais importante de se perceber nesse processo que as gestes de Sade tm belssimas experincias e o Congresso uma opor-tunidade para sistematiz-las, perceber que no so pontuais, e de destac-las em nvel nacional, salienta.

    Alm da exposio de banners durante o evento, tambm aconteceu a apresenta-o oral e o debate de todos os inscritos na programao Rodas de Conversa. A mos-tra apresentou trabalhos de 11 municpios gachos de diferentes perfi s, desde a Ca-pital (1,4 milho de habitantes) at muni-cpios de grande, mdio e pequeno porte,

    como Pelotas (342,8 mil habitantes), So Gabriel (62,7 mil) e Boa Vista do Cadea-do (2,5 mil). Como ressalta Sandra, isso comprova que projetos exitosos podem ser realizados em realidades completamente distintas e longe dos grandes centros ur-banos. um momento para o municpio compartilhar experincias, seja ele de que tamanho for. Essa troca muito rica. O Congresso destaca o que o SUS tem de mais efetivo, a partir das especifi cidades e particularidades de cada localidade, de acordo com o perfi l e as necessidades da sua populao, explica.

    A maior parte dos trabalhos gachos (12) foram projetos voltados Ateno B-sica. Para a vice-presidente, a maioria dos municpios tem se dedicado organizao das redes do programa, o que , de fato, uma responsabilidade inerente das gestes locais. Ela ressalta, contudo, que a priori-

    Municpios do Rio Grande do Sul apresentam 21 experincias no Congresso do CONASEMS em Fortaleza

    CACILDA RO

    SA DO AM

    ARAL/PM

    SJTO

    NY CAPELLO

    /PMC

    DIV

    ULG

    AO

    /PM

    CO SUS NOSSO

    1 Controle socialCanoas

    3 Gesto de SadeCanoas, Porto Alegre e Viamo

    2 Ateno bsicaBoa Vista do Cadeado, Canoas, Pelotas, Salto do Jacu, Santa Rosa, So Francisco de Paula, So Gabriel, So Loureno do Sul e Venncio Aires

    Populao: 341,3 mil habitantesRegional do COSEMS: Canoas/Vale do Ca (8 Regio de Sade - 1 CRS)

    A CONSTRUO COLETIVA NA CONFERNCIA MUNICIPAL DE SADE DE CANOAS 2015: MODELO DE PLANEJAMENTO

    Autor: Eloir Antonio Vial(51) 3425-7677 - [email protected]

    Coautores: Cleber Jardim, Janana Zatti e Suzane Hallman de Mello

    Envolver a comunidade na proposio de melhorias na Sa-de Pblica foi o principal objetivo da organizao da 6 Confe-rncia Municipal de Sade de Canoas, realizada nos dias 26 e 27 de junho de 2015. Para integrar a populao s atividades do evento, a organizao realizou quatro pr-conferncias em diferentes regies do municpio, nas quais foram apresentadas e debatidas ideias e prioridades para a rea de Sade Pblica nos mbitos municipal, estadual e federal. Aps as pr-confe-rncias, realizadas de 16 de maio a 13 de junho, as propostas mais bem avaliadas foram apresentadas, discutidas e votadas por representantes da comunidade na Conferncia Municipal. Aproximadamente 500 delegados compareceram ao evento, to-dos com participao anterior em, pelo menos, uma das quatro pr-conferncias. O Comit Executivo do evento foi coordenado pelo Conselho Municipal de Sade e pela Secretaria Municipal da Sade, e contou com a participao de conselheiros, lderes comunitrios e representantes do setor empresarial, da Pastoral da Criana, da Cmara Municipal e de todas as outras secreta-rias municipais. Colaboraram, ainda, segmentos da rea esco-lar, universitria e religiosa. Para os organizadores, cumpriu-se a proposta de conscientizar a populao quanto importncia da participao coletiva na melhoria do servio pblico. Alm disso, as atividades possibilitaram gesto municipal identifi-car demandas da populao, at ento no atendidas. Devido ao sucesso do trabalho, a metodologia ser empregada em outras aes da Secretaria Municipal da Sade.

    1 - CONTROLE SOCIAL

    DIVULG

    AO/PM

    C

    CANOAS

    zao de servios primrios no descompromete as secretarias de pensarem o desenvolvimento de outras reas, como a Vigilncia em Sade, a regu-lao e as atenes secundria e terciria, o que um grande desafi o. Das demais experincias, oito so de gesto e uma voltada ao controle social. O xito desses casos comprova que o Estado tem ges-tores competentes, que fazem a diferena nos seus territrios, apesar de, muitas vezes, enfrentarem a defi cincia de recursos para atender as necessida-des da populao, disse.

    Para se inscrever, os gestores preencheram um formulrio em que resumiram as caractersticas, os objetivos, as difi culdades e os resultados das aes, alm de apontarem perspectivas futuras. De acordo com Sandra, esse momento de refl exo um dos maiores benefcios ao participar de eventos. O gestor precisa fazer uma anlise crtica, pensar no processo de trabalho, nas aes, em como ele foi efetivo e no motivo de merecer ser compartilhado. Isso permite identifi car o que se qualifi cou e no que preciso melhorar, disse.

    Segundo Sandra, o COSEMS/RS espera que cada vez mais municpios gachos se inscrevam em eventos nacionais e regionais. importante que essas boas experincias fi quem registradas e que a gesto no passe em branco. s vezes, avaliamos que estamos fazendo pouco, mas h muitas inicia-tivas que esto mudando para melhor a realidade da populao, defende. Em breve, a Organizao Pan-Americana da Sade (OPAS), ligada Organi-zao Mundial da Sade (OMS), dever editar os trabalhos selecionados em uma nova edio da pu-blicao SUS que d certo. Confi ra a seguir uma apresentao resumida das 21 experincias exito-sas apresentadas no Congresso do CONASEMS.

  • 15

    O SUS NOSSO

    Nesta edio, a seo O SUS nosso da Revista COSEMS/RS destaca as 21 ex-perincias gachas apresentadas na 13 edio da mostra Brasil: aqui tem SUS, realizada no 32 Congresso Nacional de Se-cretarias Municipais da Sade, que ocorreu entre 1 e 4 de junho, em Fortaleza (CE). O evento contou com a participao de mais de quatro mil gestores de Sade, dos quais 1,2 mil so secretrios municipais.

    No evento, realizado pelo Conselho Na-cional de Secretarias Municipais da Sade (CONASEMS), foram apresentados 300 trabalhos de todo o Pas, agrupados em 14 categorias nos temas Ateno Bsica, Gesto da Sade, Controle Social e Gesto das Polticas de Formao e Qualifi cao do Sistema de Sade, aplicados no Sistema nico de Sade (SUS). A mostra contou com a participao de representantes de todos os estados e do Distrito Federal.

    A primeira vice-presidente do Conse-lho das Secretarias Municipais de Sade do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS) e secretria da Sade de Viamo, Sandra Sperotto, considera que eventos como esse validam e oferecem visibilidade aos esforos dos municpios. O que mais importante de se perceber nesse processo que as gestes de Sade tm belssimas experincias e o Congresso uma opor-tunidade para sistematiz-las, perceber que no so pontuais, e de destac-las em nvel nacional, salienta.

    Alm da exposio de banners durante o evento, tambm aconteceu a apresenta-o oral e o debate de todos os inscritos na programao Rodas de Conversa. A mos-tra apresentou trabalhos de 11 municpios gachos de diferentes perfi s, desde a Ca-pital (1,4 milho de habitantes) at muni-cpios de grande, mdio e pequeno porte,

    como Pelotas (342,8 mil habitantes), So Gabriel (62,7 mil) e Boa Vista do Cadea-do (2,5 mil). Como ressalta Sandra, isso comprova que projetos exitosos podem ser realizados em realidades completamente distintas e longe dos grandes centros ur-banos. um momento para o municpio compartilhar experincias, seja ele de que tamanho for. Essa troca muito rica. O Congresso destaca o que o SUS tem de mais efetivo, a partir das especifi cidades e particularidades de cada localidade, de acordo com o perfi l e as necessidades da sua populao, explica.

    A maior parte dos trabalhos gachos (12) foram projetos voltados Ateno B-sica. Para a vice-presidente, a maioria dos municpios tem se dedicado organizao das redes do programa, o que , de fato, uma responsabilidade inerente das gestes locais. Ela ressalta, contudo, que a priori-

    Municpios do Rio Grande do Sul apresentam 21 experincias no Congresso do CONASEMS em Fortaleza

    CACILDA RO

    SA DO AM

    ARAL/PM

    SJTO

    NY CAPELLO

    /PMC

    DIV

    ULG

    AO

    /PM

    C

    O SUS NOSSO

    1 Controle socialCanoas

    3 Gesto de SadeCanoas, Porto Alegre e Viamo

    2 Ateno bsicaBoa Vista do Cadeado, Canoas, Pelotas, Salto do Jacu, Santa Rosa, So Francisco de Paula, So Gabriel, So Loureno do Sul e Venncio Aires

    Populao: 341,3 mil habitantesRegional do COSEMS: Canoas/Vale do Ca (8 Regio de Sade - 1 CRS)

    A CONSTRUO COLETIVA NA CONFERNCIA MUNICIPAL DE SADE DE CANOAS 2015: MODELO DE PLANEJAMENTO

    Autor: Eloir Antonio Vial(51) 3425-7677 - [email protected]

    Coautores: Cleber Jardim, Janana Zatti e Suzane Hallman de Mello

    Envolver a comunidade na proposio de melhorias na Sa-de Pblica foi o principal objetivo da organizao da 6 Confe-rncia Municipal de Sade de Canoas, realizada nos dias 26 e 27 de junho de 2015. Para integrar a populao s atividades do evento, a organizao realizou quatro pr-conferncias em diferentes regies do municpio, nas quais foram apresentadas e debatidas ideias e prioridades para a rea de Sade Pblica nos mbitos municipal, estadual e federal. Aps as pr-confe-rncias, realizadas de 16 de maio a 13 de junho, as propostas mais bem avaliadas foram apresentadas, discutidas e votadas por representantes da comunidade na Conferncia Municipal. Aproximadamente 500 delegados compareceram ao evento, to-dos com participao anterior em, pelo menos, uma das quatro pr-conferncias. O Comit Executivo do evento foi coordenado pelo Conselho Municipal de Sade e pela Secretaria Municipal da Sade, e contou com a participao de conselheiros, lderes comunitrios e representantes do setor empresarial, da Pastoral da Criana, da Cmara Municipal e de todas as outras secreta-rias municipais. Colaboraram, ainda, segmentos da rea esco-lar, universitria e religiosa. Para os organizadores, cumpriu-se a proposta de conscientizar a populao quanto importncia da participao coletiva na melhoria do servio pblico. Alm disso, as atividades possibilitaram gesto municipal identifi-car demandas da populao, at ento no atendidas. Devido ao sucesso do trabalho, a metodologia ser empregada em outras aes da Secretaria Municipal da Sade.

    1 - CONTROLE SOCIAL

    DIVULG

    AO/PM

    C

    CANOAS

    zao de servios primrios no descompromete as secretarias de pensarem o desenvolvimento de outras reas, como a Vigilncia em Sade, a regu-lao e as atenes secundria e terciria, o que um grande desafi o. Das demais experincias, oito so de gesto e uma voltada ao controle social. O xito desses casos comprova que o Estado tem ges-tores competentes, que fazem a diferena nos seus territrios, apesar de, muitas vezes, enfrentarem a defi cincia de recursos para atender as necessida-des da populao, disse.

    Para se inscrever, os gestores preencheram um formulrio em que resumiram as caractersticas, os objetivos, as difi culdades e os resultados das aes, alm de apontarem perspectivas futuras. De acordo com Sandra, esse momento de refl exo um dos maiores benefcios ao participar de eventos. O gestor precisa fazer uma anlise crtica, pensar no processo de trabalho, nas aes, em como ele foi efetivo e no motivo de merecer ser compartilhado. Isso permite identifi car o que se qualifi cou e no que preciso melhorar, disse.

    Segundo Sandra, o COSEMS/RS espera que cada vez mais municpios gachos se inscrevam em eventos nacionais e regionais. importante que essas boas experincias fi quem registradas e que a gesto no passe em branco. s vezes, avaliamos que estamos fazendo pouco, mas h muitas inicia-tivas que esto mudando para melhor a realidade da populao, defende. Em breve, a Organizao Pan-Americana da Sade (OPAS), ligada Organi-zao Mundial da Sade (OMS), dever editar os trabalhos selecionados em uma nova edio da pu-blicao SUS que d certo. Confi ra a seguir uma apresentao resumida das 21 experincias exito-sas apresentadas no Congresso do CONASEMS.

  • 16 | www.cosemsrs.org.br

    REVISTA COSEMS/RS

    Populao: 341,3 mil habitantesRegional do COSEMS: Canoas/Vale do Ca (8 Regio de Sade - 1 CRS)

    BUSINESS INTELLIGENCE NO MONITORAMENTO DA ATENO PRIMRIA E REAS DE ATENO

    Autor: Eloir Antonio Vial(51) 3425-7677 - [email protected]

    Coautores: Salin Mellos, Marcel Viegas, Cleber Jardim, Janana Zatti e Suzane Hallman de Mello

    Uma das estratgias de gesto da Secretaria Municipal da Sade de Canoas utilizar a informao como fator deter-minante para implementar aes. Por meio da metodologia Balanced Scorecard (BSC) de Business Intelligence, a gesto investe no levantamento, na anlise e na integrao de indica-dores fi nanceiros, administrativos e de processos internos. A partir desses dados, possvel acompanhar e avaliar as maio-res necessidades de cada unidade de sade e identifi car formas de resolv-las. O trabalho iniciou em maro de 2012, com a informatizao do sistema de regulao das internaes e a re-alizao de reunies com gestores. Na primeira fase, tambm foram atualizados os dados, as fontes, as metas e as referncias do municpio, especialmente aps a obteno de indicadores recentes do DATASUS, do IBGE e de hospitais da rede muni-cipal. A metodologia foi aplicada em oito etapas: levantamento preliminar, planejamento, anlise do negcio, projeto, constru-o, testes, homologao e implantao. O trabalho envolveu a Secretaria Municipal da Sade, uma empresa de consultoria e gestores da Ateno Bsica, alm de equipes de assessoria de planejamento, regulao, teleagendamento, ouvidoria, contro-le e avaliao. At abril deste ano, foram cadastrados 364.629 usurios no cadastro geral e foram realizadas, atravs do sis-tema, 1.753.558 consultas bsicas, sendo 1.192.086 iniciais e 561.472 de retorno. Como resultado, a mudana possibilitou o pleno acesso dos gestores do municpio s informaes da rede de sade. Dessa forma, a qualquer momento, est disponvel um material diversifi cado que de fundamental importncia para a tomada de deciso e a elaborao de novas aes.

    2 - ATENO BSICA

    DIVULG

    AO/PM

    C

    CANOASPopulao: 342,8 mil habitantesRegional do COSEMS: Pelotas/Rio Grande (21 Regio de Sade - 3 CRS)

    PROJETO SORRINDO NO NIBUS

    Autor: Leandro Leitzke Thurow(53) [email protected]

    Coautores: Mariane Baltassare Laroque, Jean Wegner Machado, Eduardo Dickie de Castilhos e Tania Izabel Bighetti

    Com o objetivo de melhorar a sade bucal da populao, especialmente a das classes D e E, a Secretaria Municipal da Sade de Pelotas implantou o projeto Sorrindo no nibus. Lanada em 2012, a iniciativa consiste na fi xao de adesivos informativos nos 180 nibus da frota de transporte pblico da cidade, que atende cerca de 100 mil usurios por dia. Cada veculo recebeu quatro adesivos com contedos diferentes, colados nas janelas laterais. Ao todo, foram criados 16 infor-mes, com enfoque em assuntos como escovao adequada, uso do fi o dental e doenas da regio bucal e dental. O custo fi nal da campanha foi de R$ 5 mil. O projeto elaborou uma identidade visual colorida para chamar a ateno do passa-geiro, que geralmente est ocioso durante o trajeto do nibus. Por isso, optou-se por adesivos no formato de um sorriso, com tamanho de 40x30 cm. Cada pea traz uma fotografi a ou um desenho ilustrativo e a frase Voc sabia em destaque. Abaixo do slogan, h uma pergunta e uma breve explicao sobre o assunto questionado. Aps quatro meses de veicula-o, a Prefeitura realizou uma pesquisa com 416 usurios do transporte pblico. Com erro amostral previsto de 5%, veri-fi cou-se que 84% dos entrevistados conheciam os adesivos e 74% sabiam qual era o tema do projeto. Alm disso, 44% afi r-maram ter modifi cado hbitos prprios ou da famlia aps ler um dos informativos. Em 2014, a campanha ganhou uma nova verso, trazendo tambm contedos nutricionais. Um dos objetivos futuros colocar monitores de televiso no inte-rior da frota, a fi m de trazer informaes mais diversifi cadas e atraen