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Edição 144 | Ano XX | novembro/dezembro 2014 www.aborlccf.org.br Páginas Azuis Wellington Nogueira, ator e criador da ONG Doutores da Alegria Balanço da Gestão de 2014 Defesa Profissional Perguntas e respostas sobre dúvidas jurídicas 44º CBO Cobertura com os principais destaques do Congresso Brasileiro

Balanço da Gestão de 2014Dr. Fabrízio Ricci Romano - São Paulo/SP Presidente da Comissão de Eventos e Cursos Dr. José Alexandre Medicis da Silveira - São Paulo/SP Presidente

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Page 1: Balanço da Gestão de 2014Dr. Fabrízio Ricci Romano - São Paulo/SP Presidente da Comissão de Eventos e Cursos Dr. José Alexandre Medicis da Silveira - São Paulo/SP Presidente

Edição 144 | Ano XX | novembro/dezembro 2014www.aborlccf.org.br

Páginas AzuisWellington Nogueira, ator e criador da ONG Doutores da Alegria

Balanço da Gestão de 2014

Defesa ProfissionalPerguntas e respostas sobre dúvidas jurídicas

44º CBOCobertura com os principais destaques do Congresso Brasileiro

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www.aborlccf.org.br/6congressolatino

SÃO PAULOBRASIL

CIDADE DO MÉXICOMÉXICO

BUENOS AIRESARGENTINA

BUENOS AIRESARGENTINA

BOGOTÁCOLÔMBIA

LIMAPERU

Realização: Apoio:

Voz Profissional

Estenose Laringotraqueal

Disfonia Pediátrica

Refluxo e Doença de Laringe

Cirurgia do Esqueleto Laríngeo

Trauma de Laringe

Neurolaringologia

Reconstrução da Lâmina Própria

S:\CAPTACAO\Congresso ALLF\Anúncio ALLF.cdrquinta-feira, 13 de novembro de 2014 13:46:10Perfil de cores: Desativado

Composição Tela padrão

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3Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

Mensagem do Presidente

Dr. Fernando Ganança

Presidente da ABORL-CCF

DIRETORIA 2014

Dr. Fernando Ganança - São Paulo/SPPresidente

Dr. Sady Selaimen Costa - Porto Alegre/RSDiretor Primeiro Vice-Presidente

Dr. Domingos Tsuji - São Paulo/SPDiretor Segundo Vice-Presidente

Dra. Francini Grecco de M. Pádua - São Paulo/SPDiretora Secretária Geral

Dra. Renata Cantisani Di Franceso - São Paulo/SP Diretora Secretária Adjunta

Dra. Renata Dutra de Moricz - São Paulo/SP Assessora Diretora Secretária Geral

Dr. José Eduardo de Sá Pedroso - São Paulo/SPDiretor Tesoureiro

Dr. Felippe Felix - Niterói/RJDiretor Tesoureiro Adjunto

Dr. Paulo Saraceni Neto - São Paulo/SPAssessor do Diretor Tesoureiro

Dr. Edilson Zancanella - Indaiatuba/SP Presidente da Comissão de Comunicações

Dra. Eulália Sakano - Campinas/SPPresidente da Comissão do BJORL

Dr. Fabrízio Ricci Romano - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Eventos e Cursos

Dr. José Alexandre Medicis da Silveira - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Residência e Treinamento

Dr. Leonardo Haddad - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Título de Especialista

Dr. Márcio Fortini – Belo Horizonte/MGPresidente da Comissão de Defesa Profissional

Dr. Otavio Marambaia Santos - Salvador/BAPresidente da Comissão de Ética e Disciplina

Dr. Renato Roithmann - Porto Alegre/RSPresidente da Comissão de Educação Médica Continuada

Um ano de trabalho se encerra. Ao longo desse ano, percebemos na prática o valor do trabalho em equipe que foi realizado com as comissões permanen-tes, os departamentos e comitês da ABORL-CCF, a equipe de funcionários, a diretoria executiva, o conselho administrativo-fiscal e o comitê de planejamento estratégico formado pelos ex-presidentes.

Nesta edição da VOX Otorrino, você poderá conferir um balanço da nossa ges-tão, com os compromissos assumidos para tornar a nossa Associação cada vez mais forte e relevante, científica e politicamente.

Demos continuidade ao projeto de internacionalização da ABORL-CCF, per-seguimos a meta de nos aproximarmos das associações regionais, apoiando suas iniciativas, demos suporte às campanhas das Academias, que ganharam ótima exposição na mídia, fortalecemos nosso trabalho de valorização do asso-ciado, criando novos canais de comunicação e serviços de apoio, registramos índices recorde de inscritos na prova do Título de Especialista, alcançamos um inédito Fator de Impacto acima de 0,6 para o BJORL, além de profissionalizar-mos diversas áreas dentro da Associação, dando oportunidade a colaborado-res que sempre demonstraram dedicação ao trabalho.

Agradeço o apoio, as sugestões e as críticas ao longo de 2014.

Forte abraço.

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Páginas Azuis

Comunicação Visual

Congresso Brasileiro

BJORL

Educação Continuada

Defesa Profissional

Wellington Nogueira, criador da ONG Doutores da Alegria

Saiba como utilizar corretamente as placas de sinalização

Cobertura com os destaques do evento

Troca de comandos na direção da revista científica

O que há de novo em Otite Média com Efusão

Perguntas e respostas sobre dúvidas jurídicas

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16

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Balanço

Eventos

As realizações da gestão 2014

Agende-se para grandes eventos que acontecerão no Brasil em 2015

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5Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

Cartaao Leitor

Ano de consolidação

Dr. Edilson Zancanella

Presidente da Comissão de Comunicações

EXPED

IENTE

Vox Otorrino

Diretor de Comunicação: Edilson Zancanella

Comissão de Comunicações: Marcelo Piza

Fabio de Rezende PinaJoão Vianney B. de Oliveira

Paulo Roberto LazariniRicardo Jacob Macedo

Allex Itar OgawaMarco Antônio Corvo

Maria Dantas C.L. GodoyVinícius Magalhães Suguri

Renato Marinho Correa

Coordenadora de Comunicação da ABORL-CCFAdriana Santos

Editora-chefe: Eliana Antiqueira / MTB: 26.733

Reportagem: Caroline Correa e Kelviane Lima

Fotos:Vicent Sobrinho / Alexandre Diniz

Dreamstime / Acervo

Coordenação de Publicação e Diagramação: Julia Candido

Produção: Estação Brasil Produção Editorial

Fone: 11 3542-5264/0472

Impressão: IGIL - Indústria Gráfica Itu Ltda.

Periodicidade: Bimestral

Tiragem:6.000 exemplares

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

Av. Indianópolis, 1.287CEP 04063-002 | São Paulo/SP

Fone: 11 5053-7500Fax: 11 5053-7512

Sugestões de pauta, críticas ou elogios? Fale conosco.

[email protected]

ESPAÇO LEITOR

Nesta última edição do ano, posso afirmar que te-mos hoje uma revista com padrão editorial conso-lidado. A VOX Otorrino ganhou, ao longo do tem-po, um perfil próprio, com a ampliação da pauta, que trouxe temas para debate e olhares externos. Tivemos nomes de peso, como o professor Mário Sergio Cortella, prestigiando as Páginas Azuis, que nesta edição traz outra figura conhecida do universo médico, o ator Wellington Nogueira, criador da ONG Doutores da Alegria, cujo sucesso podemos conferir no nosso cotidiano hospitalar.

A VOX Otorrino traz ainda um balanço da gestão 2014, com as importantes realizações desta diretoria que deu continuidade às iniciativas bem-sucedidas de gestões anteriores e imprimiu sua marca própria ao estabelecer uma administração focada no associado.

Também trazemos a cobertura do 44º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia, com os destaques do evento. Durante o congresso, nosso departa-mento jurídico manteve um plantão para atender as dúvidas dos médicos. As perguntas mais frequentes foram selecionadas e respondidas.

O ano de 2015 consolida o Brasil como roteiro in-ternacional de grandes eventos em otorrinolaringo-logia. Conheça a agenda de eventos e não perca a oportunidade de participar.

Aproveito para externar a honra em ter presidido a Comissão de Comunicação durante os dois últimos anos. Um trabalho intenso, dinâmico e diversifica-do que muitas vezes se mostrava interminável e que, sem dúvida, não pode ser executado sem o apoio dos presidentes Fernando Ganança e Agricio Crespo, dos colegas da Comissão e dos dedicados funcionários da nossa ABORL-CCF. Em especial, agradeço a jornalista Eliana Antiqueira pela compe-tência, dedicação e empenho para o sucesso da VOX Otorrino.

Mais do que uma honra, foi um prazer realizar este trabalho que nos aproxima e nos faz compreender melhor os anseios e exigências do associado.

Um ótimo 2015, que seja de paz e realizações.

Boa leitura a todos!

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PáginasAzuis

O sonho de ser artista da Broadway sofreu um desvio quando, em 1991, após uma longa temporada em Nova York, Wellington Nogueira voltou ao Brasil para visitar o pai doente. Já trabalhando como palhaço no projeto Big Apple Clown Care Unit, a pedido do pai fez uma demonstração de seu trabalho aos enfermos. Nascia assim o Doutores da Alegria. Em seus 23 anos de existência, a iniciativa coleciona prêmios, láureas, elogios, mas, para Wellington, a maior recompensa é saber que a alegria é um remédio poderoso!

Por Eliana Antiqueira Foto: Wellington Cerqueira

Você ainda atua como Dr. Zinho nos hospitais?

Saí da atuação em 2012 e vim para o lado da administração para pensar na entra-da de recursos para o Doutores. Como usar este conhecimento acumulado que tem muita procura e quanto mais a gente mexe, mais interfaces e metáforas com o mundo encontra. Em 1995, recebemos o primeiro convite para fazer uma pales-tra sobre nosso trabalho. Eu falei para a empresa: “Você tem certeza? Nós somos palhaços!”. No ano seguinte foram dois, no outro, três, quatro, foi progressivo. Até que chegou um ponto onde a gente rece-beu convites não só para fazer palestras, mas criar oficinas, compartilhar mais pro-fundamente a essência do que o palhaço faz com a criança no hospital, no ambien-te de trabalho. Aí, ganhei um fellowship do Instituto do Futuro de São Francisco, exatamente para poder desenvolver um pensamento sobre a relação alegria e tra-balho. As coisas foram acontecendo meio como uma bola de neve e vi que precisava me dedicar integralmente a isto.

No Fellow4Good do Instituto do Futuro de São Francisco você escolheu a li-nha de pesquisa Alegria e Trabalho. Os médicos conseguem ser uma fonte de inspiração para seu estudo?

São minha principal fonte de inspiração, porque existe um contingente de médicos que está fazendo sua própria revolução. Eles querem alinhar a vida deles e o pro-pósito essencial da medicina, que é o que em primeiro lugar os atraiu para a carreira. Eles sabem que o sistema fez com que este prazer se perdesse, mas eles sabem que está lá. Vejo como uma mudança ra-dical na qualidade da relação do médico com seu ofício, resgatando a arte para o exercício médico. Eu vejo uma busca pes-soal desses profissionais que estão que-rendo uma ressignificação da sua relação com o trabalho e com o paciente. Tem

Operário da alegria

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uma besteirologista nossa (N.E. os Douto-res da Alegria se auto intitulam besteirolo-gistas), a Dra. Ferrara (Thaís) – que brinca “por uma vogal, quase uma Ferrari!” –, que diz que o local de trabalho é onde o adulto se interna. A gente vê uma série de doen-ças sendo cultivadas nas relações com a vida. Então, na dúvida, tenha sempre um besteirologista por perto.

alizados naquele ano, este foi o mais bem avaliado. Entre 2000 e 2002, essa oficina foi incluída na programação oficial dos re-sidentes do Instituto da Criança. Para isso acontecer, os professores da faculdade passaram pela oficina e deram a aprova-ção, e eles mesmos falavam: “a gente tem que por isso no currículo!” Só que a revi-são do currículo vai a passos de cágado! E o que começou a acontecer: os alunos começaram a ficar impacientes e come-çou um movimento independente dos próprios alunos estudarem para serem palhaços e atender seus pacientes. A USP foi a última a ter uma coisa assim. Quando os professores viram este movimento sen-do feito, pensaram: “opa, vamos chamar os Doutores porque eles são nossos par-ceiros”. E foi assim que veio o convite para este curso, mas não posso dizer que sen-tamos na mesa e dissemos: vamos fazer história! Acontece há quase quatro anos na Faculdade de Medicina da USP. Foi aberto primeiro para o curso de medicina e hoje está disponível para todos os alu-nos. A Alfabetização Relacional nada mais é do que a simplicidade de estar inteiro na frente de outro ser humano. Existe uma re-lação oracular entre paciente e médico, de entrega, de fechar os olhos e entregar a vida nas mãos do outro. Este médico tem que estar muito consciente para não entrar nesta, não vestir o oráculo, mas estar pre-sente, estar inteiro, olhar para o outro sem medo. O que vimos nas oficinas que rea-lizamos é que os médicos e profissionais de saúde não tinham ideia do impacto que o olhar causava no paciente e quan-do tomam consciência disso é revelador, porque nenhum currículo de faculdade de medicina hoje reprova um aluno por sua incapacidade de olhar ou escutar, então o que gera essa incapacidade? 1. O nosso distanciamento de nós mesmos, porque a pobreza de olhar que a gente dá para o ou-tro, damos para a gente primeiro. 2. Não é algo que a faculdade privilegie. Pensam: “ah, o aluno já tem que ter isso se quiser ser médico”. Hoje trazemos esta questão da habilidade relacional como responsabilidade da faculdade para formar um médico mais presente, mais inteiro.

Você sentiu resistência em implantar o curso?

Durante alguns anos, a gente era convi-dado para dar uma aula no terceiro ano da faculdade de medicina, dentro de uma disciplina chamada Medicina e Cidadania. E todas as vezes que estas aulas aca-bavam os alunos chegavam para mim e falavam: “poxa, esta aula me reconectou com a razão pela qual quis fazer medici-na”. Comecei a conversar com os pro-fessores, dando este retorno que recebia dos alunos, e pedindo por mais espaço. A gente se reunia, havia a proposta de re-pensar nosso espaço, mas nada ia para frente, justamente por causa desta estru-tura engessada. Até que chegou um ano e eu falei: obrigado, eu não quero mais só dar uma aula. Aí sim surgiu a história de baterem na nossa porta. Desde então estamos fazendo este trabalho e acredito que agora esteja ganhando impacto. Dois anos atrás teve o COBEM, Congresso Brasileiro de Ensino Médico, onde foi feita uma seção, em que tive a oportunidade de falar, em que os alunos falaram que esse negócio de palhaço em hospital, en-tre as faculdades de saúde, tá acontecen-do no Brasil todo.

Você não tem medo que esta prolife-ração de palhaços não acabe desvirtu-ando o trabalho que o Doutores da Ale-gria levou tanto tempo para construir?

Olha, eu já pensei nisso... Mas, chegou uma hora que a coisa começou a ficar tão fora de controle que eu pensei, ok... então? Aí, fui vendo que essas iniciativas dos próprios alunos eram trabalhos sé-rios, com alunos com formação de pa-lhaço que sabem que seu papel é o de médico, eles não querem estar no palco, seguir carreira de ator. Eu mesmo não fui talhado para estar à frente de uma orga-nização e tive que estudar para entender meu papel. Quando comecei a estudar o arquétipo do palhaço, onde ele se insere, o arquétipo do louco ou do bobo surge a toda hora, ao longo da história, da Idade Média principalmente, se entrelaçando à figura do curador. Quando chegamos à era industrial, ocorre uma completa dis-

“... existe um contingente de médicos que está fazendo sua própria revolução. Eles querem alinhar a vida deles e o propósito essencial da medicina, que é o que em primeiro lugar os atraiu para a carreira...”

Você acha o trabalho realizado pelos Doutores da Alegria pode se tornar uma politica pública de saúde?

Palhaço em hospital não é política pública, mas temos feito um programa no Rio de Janeiro, chamado Plateias Hospitalares, onde se leva todo o tipo de artista, uma relação mais aberta, e tem tido resultados muito afirmativos. Colocar o artista junto com esta formação, ensinar a alfabetiza-ção relacional, o que é estar na frente do outro sem medo de olhar, respirar e es-cutar, que são coisas que a gente perdeu com a tecnologia. A tecnologia é fascinan-te, mas você corre o risco de ficar pregui-çoso nos seus sentidos, porque as res-postas estão lá, e a relação humana não é uma ciência de respostas exatas. Uma política pública que abra os hospitais para artistas profissionais pode gerar parcerias muito complementares.

O que é Alfabetização Relacional?

Em 1996, um hospital em que o Doutores da Alegria trabalhava propôs uma oficina para compartilhar a experiência com os residentes. Em todos os treinamentos re-

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PáginasAzuis

sociação dessas duas figuras e eles pas-sam a não mais se encontrar. O curador vai para a higiene e o sanitarismo, para o branco, e o bobo perde seu papel e toda essa classe de artistas fica ameaçada de extinção. Em 1771 nasce o circo, que ab-sorve todos estes artistas e, aí sim, nas-ce o palhaço, circunscrito ao ambiente essencialmente artístico e sem mais esta troca com a figura do curador. No fim do século passado, 1986, o palhaço saiu do circo e voltou para seu papel social, foi ao hospital ver criança. Em 92, um palhaço espanhol criou o Palhaços sem Fronteiras, para trabalhar em campos de refugiados. No final do ano, vem para o Brasil o André Casaca, que é um palhaço brasileiro que está fazendo uma revolução nas esco-las públicas italianas usando técnicas de palhaço para uma melhor relação entre aluno, professor e família. Então eu vejo essa proliferação de palhaços como a retomada do arquétipo. Quando eu vejo esses jovens médicos fazendo este traba-lho bacana, sendo bons palhaços, e ainda documentarem na linguagem científica o resultado do trabalho, e este movimento repercutindo no exterior, eu vejo que é um trabalho feito com respeito e me sinto fa-zendo parte desta história.

balho de pesquisa que estamos fazendo desde 1993. A gente percebe que exer-ce vários tipos de papel. Tem desde ser aquele cara diferente que vem de fora, e oferece um momento de escape, de gra-ça, um carinho no coração, até justamen-te uma cumplicidade quando todo mundo se enluta pela morte de uma criança. A gente se torna parte da equipe, e a equi-pe vê a gente como parte dela também. Isso cria uma corresponsabilidade, uma co dependência muito grande que cria justamente esta cumplicidade. A gente acha que só nós temos questões que não sabemos responder e, às vezes, numa conversa com um profissional de saúde, vê que eles também não têm respostas. Isso nos iguala. E tem o outro impacto que é o da conduta mesmo. Por exemplo, quando um profissional de saúde fala que inspirado na gente ele passou a olhar para a criança e não ver mais um paciente, mas ver uma criança, pra gente isso significa que ele olha para essa criança e vê o filho, o sobrinho, alguém próximo. E você vê que uma mudança de olhar muda total-mente a qualidade da relação.

Você mencionou que os palhaços tam-bém se enlutam com a equipe. Como é feita a preparação dos atores para trabalhar com a alegria, tendo sempre a morte e a doença à espreita?

Quando a gente faz o nosso treinamento, nosso processo seletivo, os artistas têm conversas muito específicas com a Morga-na Masetti (psicóloga), uma pesquisadora que reuniu essas experiências que nós deixávamos no chão do hospital, porque a gente não tinha olhar para isso, nem fo-mos treinados. Ela começou a observar o antes e o depois desses acontecimentos e o trabalho dela no princípio era chamado de Higiene Emocional, para ajudar a gente a elaborar essas questões. A primeira forma que tínhamos de elaborar – e ainda mantém – era uma conversa. Colocar no grupo as questões, os bichos que estão pegando. Isso, muitas vezes ajuda, mas tem hora que não é o suficiente. Somos estimulados a usar nossa arte para elabo-rar essas questões. Se for caso de ser algo muito forte, intenso, o palhaço pode pedir

um tempo, um afastamento. Tudo isso tá previsto. Nossa preparação, na verdade, acontece na relação do dia a dia e de ir-mos trocando entre nós a melhor forma de agir. Por exemplo, temos uma dupla de ar-tistas que trabalhou num hospital que, em um mês, perdeu seis crianças. Isso abate qualquer ser humano. E esta dupla criou duas cenas. Numa, eles compuseram uma música chamada «Estrela no céu», que ajudou a elaborar essa sequência de mortes. A outra, era uma cena que co-meçava justamente os dois chegando no Conforto Médico e conversando: – “Hoje eu não tô a fim de ser engraçado. Hoje eu tô sem graça”. Uma das coisas que gente viu neste trabalho é ter esta coragem de assumir isso, “hoje tá difícil”, “hoje eu não sei se a gente vai conseguir”, você se de-para com sua humanidade, com seu limite, e ao compartilhar isso com um colega que entende essa sensação já trará um alívio.

Vocês percebem que há um processo mais evidente de humanização do médico?

Vou voltar para 1992, quando tive meu primeiro óbito. Cheguei na UTI e tava todo mundo cabisbaixo com a morte repentina de uma criança que havia apresentado me-lhora. O chefe da UTI se sentiu a vontade para falar com a gente. Ele chegou e disse: “Well, tô nesta medicina faz tanto tempo, mas para mim isso ainda é algo muito difícil de elaborar, é muito difícil dar esta notícia para a família”. Mas aprendi também ao longo desses anos que o pediatra é uma raça a parte. Como ele trabalha com crian-ça, fica impregnado. E eu vejo uma predis-posição maior para uma relação de quali-dade. O que eu comecei a observar é que existe na formação médica todo o tipo de exemplo que o jovem pode seguir. E esta é a forma que este jovem médico encontra de lidar com um sistema desafiador, que a toda hora está te colocando sob pressão, sob demanda e não te dá em troca. Eu acho absurdo, por exemplo, não existir um trabalho de higiene emocional com médi-cos e profissionais de saúde dentro de hos-pitais públicos, um espaço onde eles pos-sam elaborar essas emoções e fazer algo com elas, não apenas varrer para debaixo o tapete ou simplesmente entender que

“A tecnologia é fascinante, mas você corre o risco de ficar preguiçoso nos seus sentidos, porque as respostas estão lá, e a relação humana não é uma ciência de respostas exatas.”

Vocês lidam não apenas com os pa-cientes, mas também com as equipes médicas. Vocês percebem que o tra-balho do Doutores da Alegria impacta também nessas equipes?

Sim. Existe mais do que uma percepção, há a comprovação disso dentro de um tra-

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9Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

PáginasAzuis

“a vida é assim”. O que eu vejo acontecer cada vez mais é que estes jovens médicos – e não apenas os pediatras – têm uma an-siedade de olhar esses desafios na cara e ter soluções afirmativas. Por exemplo, tem um movimento, que se tornou nacional, e que a gente, sem fazer ideia, inspirou. Em 2001, 2002, um jovem, da Faculdade de Marília, já com tendências artísticas, foi pro-curar um professor de palhaço, e começou a ir trabalhar vestido assim. As notícias correm. Em 2003 fomos dar uma palestra na Faculdade de Santo André, isso deixou os alunos impactados, eles buscaram um professor que os ensinou a ser palhaço, começaram a fazer visitas, e a faculdade fazendo vista grossa para isso. Na Santa Casa, tinha o Santa Maloquice, e as coi-sas foram acontecendo até que um dia um professor me ligou e falou: “pelo amor de Deus, vem aqui falar para esses caras que eles são médicos, não são palhaços, estão misturando as coisas”. Eu respondi: “cinco anos atrás, teria atendido à sua solicitação, porque concordo que um médico se vestir de palhaço me dá total tranquilidade para prescrever. Mas acho que vocês precisam entender o que estes alunos querem dizer. Eles não querem ser palhaços, querem aprender a se relacionar com qualidade com o paciente, e eles não estão apren-dendo isso na faculdade”. Este movimento cresceu tanto que criaram uma conferên-cia chamada “Medicina, Cultura e Arte”, que este ano mudou o nome para “Saúde, Cultura e Arte”, que já tem cinco edições. A princípio era tudo na raça, neste ano, aconteceu dentro da Faculdade de Mogi das Cruzes e a universidade bancou tudo. Trouxeram médicos, pajés, artistas... E foi incrível ver o depoimento de jovens médi-cos de várias especialidades falando o que o palhaço trouxe para eles, foi lindo ver um médico que escolheu ir trabalhar na Ama-zônia contando que havia dado um pacien-te como morto, o pajé chegou fez um ritual e o cara levantou. Mais do que humanizar, eu vejo uma inquietação em jovens médi-cos por uma nova medicina, mais integra-dora de outras técnicas, de outras práticas.

Mas não há aí um risco de mistificação do médico?

Se você for avaliar, a medicina alopática é muito recente. Quando você olha para as medicinas orientais, para as visões de cura de uma tribo indígena, há muito a ser integrado que não cabe nos protocolos da medicina alopática. Existe esta controvér-sia de que hoje você tem aparelhos que te enxergam por dentro, mas, ao mesmo tempo, tiram a sensibilidade do olhar para o outro, de sentir, escutar. Terceiriza toda essa capacidade de observação para um exame. Eu tenho relatos de jovens médi-cos que foram trabalhar em UBS e fazer visitas do Programa Saúde da Família vestidos de palhaços para trabalhar com pacientes que apresentavam um qua-dro leve de demência, de dependência de álcool, e, ao chegar como palhaços, conseguiram se relacionar de outra forma, conseguiram adesão ao tratamento. Tem um jovem psiquiatra que estudou para ser palhaço e tá nas ruas da Cracolândia indo tratar os caras um a um. Vejo pe-quenas revoluções acontecendo que es-tão repensando o papel do médico e que medicina a gente quer, porque a alopática não pode se furtar, não pode fechar os olhos para esta diversidade.

É possível medir o resultado do traba-lho de palhaços no hospital?

Aqui só fazemos pesquisas qualitativas, mas o programa de palhaços de Israel, por exem-plo, fez pesquisas quantitativas de maneiras bem específicas. Por exemplo, em 97% dos procedimentos em que as crianças precisa-vam ser sedadas, a sedação foi suspensa devido à interação com o palhaço, porque o médico está treinado para fazer a criança ficar parada. Quando o médico chegou pro palhaço e propôs que se criasse uma solu-ção, o palhaço engajou a criança na situa-

ção sem ela saber que estava sendo prepa-rada para um exame.

Hoje, o grande empregador do médico são as operadoras de saúde. Os mé-dicos trabalham quase que em linha de produção, com um tempo bastante escasso para atender a agenda de pa-cientes. Como exercer este olhar, que demanda tempo, quando o tempo é artigo de luxo?

É, não consegue, porque isso é perverso! Este negócio de linha de produção na saúde, que chamam de produtividade, é altamente questionável. Tem casos em que o médico tem que agir com presteza e rapidez, porém, para fazer uma verdadeira anamnese, não vai rolar em 5 ou 6 minutos. E não são só nos planos de saúde, tem hospital público que não tem cadeira no consultório, que é pro cara não sentar mesmo, pra ir mais rápi-do. Isso é alarmente! Nos hospitais públicos tem uma questão de gargalo. A ANS, que deveria regular os planos, permite aumentos que impactam no bolso do consumidor, que cancela o plano por não conseguir pagar, e procuram os hospitais públicos... Na ver-dade, você acaba discutindo um monte de coisa, menos saúde! Este sistema não traz soluções satisfatórias em curto prazo, sejam para os profissionais de saúde, sejam para os pacientes. Por isso tem de se levar para a escola a questão da gestão pessoal da saú-de, que passa pela alimentação, pela prática de atividades físicas, higiene, pelos nossos hábitos. Uma medicina preventiva baseada na consciência. No mais, é uma mudança cultural que já começou, pode acreditar.

Leitura recomendada

Felicidade S/A - Por que a satisfação com o trabalho é a utopia

possível para o século 21.

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novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br10 | Revista VOX OTORRINO

44º Congresso Brasileiro

Na cerimônia de abertura, o presi-dente da ABORL-CCF, Dr. Fernando Ganança, destacou a importância do Congresso como um momento de reunião de representantes ou es-pecialistas de determinada área de conhecimento para debater assuntos importantes, apresentar novas infor-mações, ou resultados de pesquisas e produtos. Ressaltou ainda a Visão, Missão e Valores da ABORL-CCF de sua gestão. “Como visão, estabele-cemos ser a mais representativa e abrangente associação de especiali-dade médica no Brasil, com expres-são internacional. Nossa missão foi trabalhar em busca da excelência da Otorrinolaringologia Brasileira, pro-movendo atualização e conhecimen-to, valorizando e defendendo o inte-resse dos associados, sem perder de vista a luta por melhores condi-ções de saúde da população. E, por valores determinamos a valorização do associado, o profissionalismo, a ética, a responsabilidade social e o trabalho em equipe.”

Mais um ano de sucessoO 44º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial trouxe profissionais renomados, novidades tecnológicas e métodos modernos para diagnósticos e tratamentos.

Da Redação

De 12 a 15 de novembro, o Centro de Eventos FIERGS foi o cenário do 44º Congres-so Brasileiro de Otorrinolarin-

gologia e Cirurgia Cérvico-Facial. O espaço, multifuncional com infraes-

trutura, tecnologia e localização pri-vilegiada foram algumas das carac-terísticas elogiadas pelos visitantes. O Congresso, que recebeu mais de 2.500 visitantes, contou ainda com cerca de 58 expositores.

Page 11: Balanço da Gestão de 2014Dr. Fabrízio Ricci Romano - São Paulo/SP Presidente da Comissão de Eventos e Cursos Dr. José Alexandre Medicis da Silveira - São Paulo/SP Presidente

11Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

44º Congresso Brasileiro

Programação científicaA programação científica, altamen-te elogiada, trouxe especialistas do mundo todo.

Com o auxílio das Academias, que in-dicaram os nomes, os organizadores do congresso estabeleceram o início dos contatos com cerca de um ano de antecedência para garantir que todos tivessem a agenda disponível no período. Foram 13 convidados internacionais, todos profissionais re-nomados em sua especialidade.

Dra. Wytske Fokkens, Professora na Academic Medical Center (AMC), em Amsterdã, a médica é também epidemiologista e especialista em alergias. Atualmente trabalha no desenvolvimento de novos tratamentos para pacientes com rinite e sinusite

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44º Congresso Brasileiro

Fórum Nacional de ResidentesUm dos eventos mais concorridos do Congresso, o Fórum Nacional de Residentes reuniu dezenas de jovens na sala 9 do Centro de Convenções da FIERGS. O objetivo do fó-rum, que é o de reunir residentes para promover a troca de conhecimento e debate entre os participantes, proporciona formação complementar ao prepará-los para a entrada no mercado de trabalho. Os médicos tiveram a oportunida-de de ouvir os doutores Fernando Ganança, Artur Menino Castilho, Fabrizio Romano, Ubirajara Sennes, Rogério Pa-nhoca, José Eduardo de Sá Pedroso e Jamal Azzam.

Cursos de instruçãoOs cursos seguiram o modelo aplicado em grandes con-gressos promovidos por instituições de referência em Otorrinolaringologia, como a American Academy of Oto-laryngology Head and Neck Surgery, e foram ministrados no período da tarde em aulas de 45 minutos de duração, com até três instrutores em cada sessão.

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13Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

44º Congresso Brasileiro

PremiaçõesTrabalhos oraisA Comissão de Avaliação de Trabalhos Científicos selecionou os melhores trabalhos durante o Congresso. Os trabalhos aprovados foram:

1º LUGAR

AO-19 Efeito do hiperinsulinis-mo no comprometimento auditivo neurossensorial da doença de Mé-nière: um estudo de coorte

Autores: Joel Lavinsky; Michelle La-vinsky Wolff; Andrea Ruschel Trasel; Marcel Machado Valério; Luiz La-vinsky

2º LUGAR

AO-02 Células-tronco derivadas da medula óssea em tubo de áci-do poliglicólico observadas in vivo após seis semanas aprimoram a regeneração do nervo facial

Autores: Heloisa Juliana Zabeu Rossi Costa; Luciana A Haddad; Raquel Sa-lomone; Deborah Azzi-Nogueira; Már-cio Paulino Costa; Bryan Strauss; Ciro Ferreira da Silva; Ricardo Ferreira Bento

3º LUGAR

AO-04 Ototoxicidade e otoprote-ção à cisplatina: aspectos ultraes-truturais da estria vascular

Autores: Andreia Ardevino de Olivei-ra; Miguel Angelo Hyppolito; Adriana Andrade Murashima; José Antonio Apparecido de Oliveira

E-pôsterForam selecionados cinco E-pôsters. Os autores foram premiados com um Tratado de ORL e uma inscrição para o 45º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial em Fortaleza (CE). Foram eles:

EP-050 Invasão da Glândula Tireoide no Carcinoma Espinocelular Avançado de Laringe e Hipofaringe - 15 Anos de Expe-riência

Autores: João Paulo Mangussi Costa Gomes; Guilherme Figner Moussalem; Nicolas Galat Ahumada; Cleydson Lucena Oliveira; Fernando Danelon Leonhardt; Flávio Carneiro Hojaij

EP-168 Comportamento do ácido hialurônico na lâmina própria da laringe com o avanço da idade 

Autores: Regina Helena Garcia Martins; Anete Branco; Carlos Eduardo Fonseca Alves; Adriana Bueno Benito Pes-sin; Tatiana Maria Gonçalves; Sérgio Rodrigues; Carla Graciliano; Alexandre Todorovic Fabro

EP-230 Implante Coclear nos Pacientes Portadores de Otosclerose

Autores: Ângela Rúbia Oliveira Silveira; Agrício Nubiato Crespo; Silvia Fernanda Brihi Badur Curi; Paulo Rogério Cantanhede Porto; Arthur Menino Castilho

EP-477 Avaliação do Perfil Alérgico e Imunológico de Pacientes Portadores de Rinossinusite Crônica e Polipose Nasal

Autores: Jordão Leite Fernandes; Luciana Fernandes Costa; José Arruda Mendes Neto; Marcela Pereira Leite Sales; Fátima Rodrigues Fernandes; Homero Penha Ferraro; Renato Fortes Bittar

EP-480 Teste de Connecticut Comparado com o Upsit para Estudo da Percepção Olfatória em Indivíduos Normais e com Distúrbios Olfatórios

Autores: Marcello Bailarini Aniteli; Priscila Leite da Silveira; Marcelo Hamilton Sampaio; Eulália Sakano

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novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br14 | Revista VOX OTORRINO

44º Congresso Brasileiro

Festa de abertura A cerimônia de abertura aconteceu no próprio Centro de Convenções da FIERGS, o presidente e o vice-presi-dente do congresso, Dr. Nedio Steffen e Dr. Marcelo Zanini, respectivamen-te, estavam orgulhosos em receber o evento em sua terra natal. Após a solenidade oficial, o público foi brin-dado com uma apresentação de dois dos maiores expoentes da produção musical do Rio Grande do Sul. Renato Borghetii, acordeonista consagrado e Yamandu Costa, considerado um gê-nio do violão de 7 cordas. Vencedor de diversos prêmios de música nacio-nais e internacionais.

Festa de encerramentoA animação na festa de encerramento, celebração por mais um ano de sucesso do Congresso Brasileiro, ficou sob a responsa-bilidade da banda Grinaldos. Conhecidos na cena paulistana, o grupo levou ao sul o melhor do pop rock nacional e internacional e colocou todo mundo para dançar.

Pré-congressoSucesso consolidado, o Pré-Con-gresso aborda temas de interesse dos otorrinos que não encontram espaço na programação científica. Cada sala foi destinada a um tema ou especialidade. Na sala 1, foram debatidos temas de laringologia e voz, na sala 2, medicina do sono, na sala 3, cirurgia plástica da face, na sala 4, otoneurologia e, na sala 5, te-mas de defesa profissional.

Em noite de homenagens, Dr. Mauricio Ganança recebeu das mãos do filho, Dr. Fernando Ganança, uma placa de homenagem

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15Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

Campanha

No dia 14 de novembro, o programa Bem Estar, da Rede Globo, foi apresentado ao vivo, direto do Parque Redenção, em Porto Alegre, em um even-to batizado de Bem Estar Global, uma iniciativa

que visa a informar o público sobre cuidados com a saú-de, oferecendo testes e orientação gratuitos. Pela primeira vez, a ABORL-CCF fez parte do projeto com a Tenda da Respiração, na qual os visitantes realizavam o Teste do Ol-fato para detectar possíveis obstruções nasais que pudes-sem atrapalhar o reconhecimento de odores.

Para atender o público, Dr. José Faibes Lubianca e quatro residentes ficaram de plantão na Tenda da Respiração, aplicando o teste, orientando e tirando dúvidas da popu-lação. O Bem-Estar Global atraiu 6 mil visitantes e recebeu ampla cobertura da mídia local.

ABORL-CCF e Rede Globo juntasPrograma Bem-Estar Global recebeu iniciativa da ABORL-CCF de atendimento ao público em evento no Parque Redenção, em Porto Alegre.

Da Redação

A Tenda da Respiração recebeu a atenção da mídia

Bem-estar: palco recebeu consultores e programa foi transmitido ao vivo

Dr. Lubianca e residentes: apoio à população

O público aderiu ao Teste do Olfato

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Balanço

Balanço positivoDr. Fernando Ganança deixa a presidência da ABORL-CCF após um ano de muito trabalho e realizações.

Por Eliana Antiqueira

Assim que assumiu a presi-dência da ABORL-CCF, Dr. Fernando Ganança estabe-leceu metas claras para sua

gestão mantendo sempre o associa-do no cerne das questões. “A missão da nossa diretoria esteve focada em seis tópicos: valorização do associa-do, regionalização da Associação, aproximação com as Academias, internacionalização da ABORL-CCF, profissionalização e melhor relação custo x benefício nas ações da enti-dade. Passado este ano de muito tra-balho, posso afirmar que cumprimos nossas propostas e continuamos pa-vimentando o caminho para o cresci-mento da Associação”, afirma.

Durante a Assembleia Geral da

ABORL-CCF, que ocorreu durante o 44o Congresso Brasileiro de Otorrino-laringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, em novembro, Dr. Fernando Ganança transmitiu o cargo ao Dr. Sady Selai-men Costa, presidente da gestão 2015

No sistema de gestão continuada es-tabelecida pela ABORL-CCF, os vice--presidentes têm participação ativa, com decisões colegiadas na diretoria executiva e no Conselho Administra-tivo Fiscal. “Nós não temos só um ano de gestão. Strictu senso, a presi-dência dura um ano, mas, latu sensu, temos três anos de gestão, desde a eleição de segundo vice. Eu sei que o Domingos já está trabalhando na gestão dele, assim como a Wilma, que vai substitui-lo”, explica Dr. Sady.

Ele afirma ainda que o estilo pessoal de cada presidente não perde for-ça neste sistema. “Se as ideias são boas, são implantadas, mas, sem dúvida, não é a gestão de apenas uma pessoa. Se há uma sintonia, o trabalho é continuado.” Dr. Domingos Tsuji, 1o vice-presidente que deve assumir o cargo em 2016, endossa as palavras do colega. “Acredito que todos que passam pela presidência estão focados no crescimento da As-sociação e em promover melhorias para todos os otorrinos, por isso não há conflito nas decisões. Além disso, a gestão continuada impede ações personalistas que possam interrom-per trabalhos e ideias que já estejam em curso”.

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17Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

Balanço

Conheça as ações realizadas durante a gestão 2014

A) Reestruturação interna e Profissionalização;

B) Valorização do associado;

C) Aproximação das Sociedades Regionais;

D) Aproximação com as Academias;

E) Divulgação da ABORL-CCF;

F) Internacionalização da ABORL-CCF.

FOCO DA GESTÃO

REESTRUTURAÇÃO INTERNA E PROFISSIONALIZAÇÃO:

Criação dos Comitês de Eletrofisiologia em Otorri-nolaringologia e de Medicina Aeroespacial;

Eleição do Presidente e do Secretário do Comitê de Planejamento Estratégico, composto por ex--presidentes, bem como, elaboração do regimen-to interno do referido comitê;

Mudança do Diretor Executivo, com a indicação do Sr. Carlos Roberto Silva, funcionário da Asso-ciação há 14 anos;

Criação do cargo de coordenador de comunica-ção, com a contratação da jornalista, Adriana San-tos, que contribui para divulgação da ABORL-CCF junto à assessoria de imprensa, na produção de matérias para o site, de informações para a revista VOX Otorrino, mídias sociais, endomarketing e re-lacionamento externo;

Mudança da empresa de Assessoria de Imprensa - ADCOM;

Promoção da Sra. Claudia Varandas para encar-regada do Departamento de Eventos e contrata-ção da Sra. Letícia Rodrigues para o respectivo departamento, substituindo duas funcionárias que se desligaram da ABORL-CCF;

Criação do Serviço de Acolhimento do Associado que funciona como um Chat no site e, também, como um SAC pelo telefone da ABORL;

Contratação de empresa para Auditoria Interna (Konsult) para a avaliação de Cargos e Salários dos funcionários);

Contratação de Empresa para auxílio na atualiza-ção de equipamentos da ABORL-CCF (Hardware e Software);

Investimento para reestruturação do Anfiteatro da sede da ABORL-CCF.

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EVENTOS CIENTíFICOS

INTERNACIONALIZAÇÃO DA ABORL

Balanço

I) VII Curso de Iniciação em Medicina do Sono – ênfase em Polissonografia

II) Congresso Online 2014

III) Four Otology

IV) Como redigir um artigo científico

V) Curso revisão sistemática e meta-análise

VI) Curso Articulação Têmporo - Mandibular: o tratamento feito pelo otorrino

VII) Workshop em Otorrinolaringologia Pediátrica.

VIII) Endorio Nasal 2014

IX) Cursos itinerantes de Rinologia

X) 44o Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

PARTICIPAÇõES Em CONGRESSOS DE OUTRAS INSTITUIÇõES (ESTANDE PRóPRIO)

13o Congresso da Fundação ORL

Congresso da Academia Americana de ORL

Congresso Panamericano de ORL – Cartagena/Colômbia

VALORIZAÇÃO DO ASSOCIADO

Criação de uma lista de estágios em serviços de otorrinolaringologia que tenham suas residências/estágios credenciados;

Prova de Título de Especialista informatizada e com índice recorde de inscritos;

Contratação de um escritório jurídico especializado para, em parceria com o Departamento Jurídico, promover um atendimento mais ágil e melhor orien-tação ao associado;

Plantão Jurídico durante o 44o Congresso Brasilei-ro da ABORL-CCF

Criação de um aplicativo exclusivo e gratuito com orien-tações e informações sobre a programação do Con-gresso Brasileiro, disponível nas versões Android e iOS;

Disponibilização de informações e orientação para criação de Cooperativas em Otorrinolaringologia (Goiás, Espírito Santo, Porto Alegre, Maceió);

Comissão SUS, com reuniões em Brasília para dis-cutir os seguintes temas:

a) Implantação dos procedimentos Videoesndoscó-picos na Tabela de Alta Complexidade em ORL;

b) Inclusão na tabela de procedimentos com Próteses/Órteses para reconstrução de Cadeia Ossicular;

c) Implantação do grupo de trabalho em Medicina do Sono para elaboração de Portaria Específica;

d) Habilitação da ORL em procedimentos de Ci-rurgia Crânio Maxilo-Facial.

Participação no Congresso da Academia Americana de Otorrinolaringolo-gia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço;

Participação no Congresso Panamericano de Otorrinolaringologia – Car-tagena/Colômbia.

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19Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

Balanço

BJORL Fator de impacto ISI de 0.545 para 0.623

Cerca de 150 pareceres da Defesa Profissional entre 2013 e 2014;

Pareceres da Comissão Permanente de Ética Médica e Julgamento;

Processo de vistorias para recredenciamento dos serviços de residência mé-dica e especialização em 2014;

Atendimento à solicitação de abertura de novos Serviços de Especialização

DEPARTAmENTO JURíDICO

PUBLICAÇõES

Reativação do PRO-ORL

“O que há de novo nos últimos 2 anos”

Lançamento do livro Otoneurologia Clínica, iniciado na gestão de 2013

Remodelação do Panorama ORL: conteúdo e periodicidade;

Racionalização e controle do envio de e mail marketing;

Modificação do perfil editorial da Revista VOX Otorrino;

Reativação da conta de mídia social Facebook com atualização periódica e com análise de acesso;

Plataforma OLOGY;

Criação de um chat, canal de atendimento direto ao associado

APROXImAÇÃO COm AS SOCIEDADES REGIONAIS

APROXImAÇÃO COm AS ACADEmIAS

DIVULGAÇÃO DA ABORL-CCF

Renovação do termo de convênio com as Academias de Especialidades Apoio institucional às campanhas: Campanha da Voz (Laringologia e Voz), ORL Pediá-trica (ABOPe) e Respire pelo Nariz e Viva Melhor (Rinologia);

Realização do Four Otology (Otologia);

Realização do Endorio (Rinologia).

Apoio às atividades locais

Associação de Otorrinolaringologia do Distrito Federal

I Congresso Goiano-Brasiliense de Otorri-nolaringologia

XII Congresso Norte Nordeste de Otorri-nolaringologia (Maceió)

Cariocão 2014

VIII Gauchão e III Cone Sul

Jornada Paranaense de Otorrinolaringologia

Otorrino nas Montanhas (Espírito Santo)

Reunião com as lideranças da Bahia para a reestruturação da Associação Baiana de Otorrinolaringologia

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Nota de repúdio

novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br20 | Revista VOX OTORRINO

“Nota de Repúdio – Cursos de pós-graduação lato sensu em otorrinolaringologia ofertados por entidades privadas, via Internet, sem

credenciamento e fiscalização das Sociedades de Especialidades e do MEC”

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO FACIAL legitima re-presentante dos médicos otorrinolaringologistas brasileiros vem por meio de sua Diretoria Executiva, Comissão de Defesa Profissional, Comissão de Ética e Disciplina e Comissão de Residência e Treinamento manifestar sua PREOCUPAÇÃO e REPÚDIO à veiculação e disseminação de cursos de pós-graduação lato sensu em otorrino-laringologia ofertados por entidades privadas, via Internet, sem credenciamento e fiscalização das Sociedades de Especialidades e do MEC.

Reiteramos que os cursos de pós-graduação lato sensu, modalidade aperfeiçoamento não equivalem à espe-cialização, não titulam o aluno como mestre ou doutor tampouco poderão formar especialistas.

A forma que estes cursos vêm sendo divulgados, podem, eventualmente, sugerir como sendo especialização e consequentemente titulação na especialidade e/ou habilitação para inscrição no Exame de Suficiência para Ob-tenção do Título de Especialista realizado por meio de convênio entre Associação Médica Brasileira e Conselho Federal Medicina e Sociedades de Especialidade, fato que não é verdadeiro.

Neste cenário, é importante destacar que as Instituições de Ensino Superior credenciadas pelo MEC e/ou re-conhecidas pelas Sociedades de Especialidade tem seus programas de “residência” e/ou “especialização” vis-toriados periodicamente com o intuído de aperfeiçoar, avaliar e zelar a qualidade de ensino destes programas.

Portanto, este trabalho  de responsabilidade das Sociedades de Especialidade, para o credenciamento e vis-toria dos programas de especialização e do MEC para os programas de residência Médica, não podem ser suprimidos pelos cursos de pós-graduação lato sensu ofertados pela internet por entidades privadas, sem controle e fiscalização rigorosos, pois podem afetar a formação médica e a qualificação destes profissionais, além de causar uma propaganda enganosa de que, ao fazer este tipo de curso, o candidato “estará qualificado e apto” a fazer exame para obtenção de título de especialista, premissa que não é verdadeira. Ressaltando que profissionais formados sem critério e qualificação, são alavancas para o mau atendimento da população e conseguinte, aviltamento da profissão.

Ademais, a preocupação quanto à propagação sem controle e fiscalização de cursos pós-graduação lato sensu não deve ser apenas e tão somente da otorrinolaringologia, mas sim de tantas outras especialidades médicas, e por esta razão, e como medida administrativa encaminharemos oficio à Associação Médica Brasileira e Conse-lho Federal de Medicina para que, dentro de suas competências, analisem a questão e tomem as providências que julgarem necessárias.

Presidente da ABORL-CCF

Presidente da Comissão de Defesa Profissional

Presidente da Comissão de Ética e Disciplina

Presidente da Comissão de Residência e Treinamento

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Doutores da Alegria completou mais de 1 milhão de visitas de palhaços profissionais a crianças hospitalizadas, em mais de duas décadas de trabalho.

Você pode colaborar para aumentar esse número e manter o riso em alta! Saiba mais: www.doutoresdaalegria.org.br/ Consulte nossas formas de doação. Colabore!

A alegria não tem contraindicação!

“Medicação necessária a todos os pacientes. Prognóstico: melhora do humor, da saúde e da aceitação do tratamento. Recomendo.”M.E.S, Técnica em Enfermagem do Berçário do Hospital Universitário/USP

Hospital Municipal do Campo Limpo, São Paulo

Nina Jacobi

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novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br22 | Revista VOX OTORRINO

EducaçãoContinuada

Educação

Maio/201530 de abril a 2 de maio16th World Congress of RhinologyLocal: WTC Convention Center - São Paulo/SPInformações: Malu Losso Relações Públicas e Eventos - (11) 3865-5354 (Áurea Franca)Acesse o site E-mail: [email protected]

14 a 15 de maio 93º Curso de Cirurgias Endoscópicas Endonasais - Avançado - FORL BALocal: Hospital Universitário Prof. Edgard Santos - Salvador/BAInformações (11) 3068-9855 (Roberta)Acesse o siteE-mail: [email protected]

27 a 30 de maio42ª Edição - Curso Microanatomia Cirúrgica do Osso TemporalLocal: Hospital de Clínicas UFRGS - Porto Alegre/RSInformações: Stela Maris Eventos - (11) 5080-4933 (Silvana ou Izabel)Acesse o site E-mail: [email protected]

29 a 30 de maioXVIII Simpósio – Doenças de InvernoLocal: Centro de Eventos Plaza Sao Rafael - Porto Alegre/RSInformações: (51) 8448-4020 (Fernanda)E-mail: [email protected]

Junho/201516 de junho 107º Curso de Dissecção Osso TemporalLocal: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - São Paulo/SP Informações: (11) 3068-9855 (Roberta)Acesse o siteE-mail: [email protected]

25 a 27 de junho 1º Congresso do Instituto de Otorrinolaringologia Cirurgia de Cabeça e Pescoço.Local: FECOMÉRCIO - São Paulo/SPInformações: Stela Maris Eventos (11) 5080-4933 (Silvana ou Izabel)Acesse o siteE-mail: [email protected]

10 a 11 de julho1º Curso de Microanatomia e Endoscopia LaríngeaLocal: UFRS - Departamento de Ciências Morfológicas - Porto Alegre/RSInformações: (11)3068-9855 (Roberta)Acesse o site E-mail: [email protected]

Agosto/20153 de agosto a 15 de fevereiro de 2016 Otomaster 2015OnlineInformações: (11)3068-9855 (Roberta)Acesse o siteE-mail: [email protected]

5 a 8 de agosto 43ª Edição - Curso Microanatomia Cirúrgica do Osso TemporalLocal: Hospital Sírio Libanês - São Paulo/SPInformações: Stela Maris Eventos - (11) 5080-4933 (Silvana e/ou Izabel) Acesse o siteE-mail: [email protected]

20 a 22 de agostoDissecção do Osso TemporalLocal: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo/SPInformações: Centro de Estudos Mario Otoni de Rezende - (11) 2176-7235 (Zélia)E-mail: [email protected]

27 a 29 de agostoRinosseptoplastiaLocal: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo/SPInformações: (11)2176 -7235 (Zelia)E-mail: [email protected]

27 a 29 de agosto94º Curso de Cirurgias Endoscópicas Endonasais - FORL BALocal: Hospital Universitário Prof. Edgard Santos - Salvador/BAInformações: (11) 3068-9855 (Roberta)Acesse o site E-mail: [email protected]

Setembro/20154 a 5 de setembro I Curso de Dissecção Microendoscópica do Osso TemporalLocal: Otocentro - Natal/RNInformações: (84) 8829-6976 e (84) 4009-2040 (L. Rodolpho Penna Lima Jr)Acesse o site E-mail: [email protected]

Outubro/201530 de setembro a 2 de outubroCurso Teórico Prático de Endoscopia Dirigida ao ORL - Módulo I e IILocal: Hospital das Clínicas da FMUSP - ICHC - São Paulo/SPInformações: (11) 3068-9855 (Roberta)Acesse o site E-mail: [email protected]

7 e 8 de outubroIV NOSE - Cirurgias Endoscópicas Endonasais ao VivoLocal: Hospital das Clínicas da FMUSP - ICHC - São Paulo/SPInformações: (11) 3068-9855 (Roberta)Acesse o site E-mail: [email protected] 14 a 17 de outubro 44ª Edição - Curso Microanatomia Cirúrgica do Osso TemporalLocal: Hospital Sírio Libanês - São Paulo/SPInformações: Stela Maris Eventos - (11) 5080-4933 (Silvana e/ou Izabel)Acesse o siteE-mail: [email protected]

16 de outubroOtoplastia Cirurgia em Orelha de AbanoLocal: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo/SPInformações: (11) 2176-7235 (Zelia)E-mail: [email protected]

19 a 21 de outubro 26º OrelhãoLocal: Hospital das Clínicas da FMUSP - ICHC - São Paulo/SPInformações: (11) 3068-9855 (Roberta)Acesse o site E-mail: [email protected]

28 a 30 de outubro Curso Teórico Prático de Microcirurgia de Laringe com Dissecção de PeçasLocal: Hospital das Clínicas da FMUSP - ICHC - São Paulo, SPInformações: (11) 3068-9855 (Roberta)Acesse o site E-mail: [email protected]

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Você não pode perder!

Fortaleza será a Sede do 45º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia

Cérvico-Facial, que acontecerá de 25 a 28 de novembro de 2015.

25 a 28 de novembroCentro de Eventos do Ceará - Fortaleza/CEInformações: (11) 5053-7502 / 5053-7503

Acesse o site E-mail: [email protected]

Julho/2015

3 a 4 de julho Local: Hotel Pestana São Paulo - São Paulo/SPInformações: Departamento de Eventos ABORL-CCF - (11) 5053-7502Acesse o site E-mail: [email protected]

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23Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

Eventos

Os mestres se encontram aqui!O Brasil entra definitivamente no roteiro internacional de grandes encontros de otorrinolaringologistas. Além do Congresso Brasileiro, que atrai milhares de médicos todos os anos, o país vai sediar em 2015 alguns dos principais eventos da especialidade. Anote na agenda e não perca!

Da Redação

Por que participar?“O Ear Brasil e o XLII Neurootological and Equi-libriometric Society Congress ocorrerão simul-taneamente e foram moldados para discutir, da forma mais abrangente possível, temas con-temporâneos da otologia e da otoneurologia, com a participação de renomeados colegas na-cionais e internacionais. Neste evento de 2015, os temas centrais serão Doenças inflamatórias do Osso temporal, Perda auditiva neurossen-sorial no século XXI, Aspectos diagnósticos e terapêuticos da Tontura e do Zumbido.”

Dr. Oswaldo Laércio Mendonça Cruz, presidente do 1st Ear Brazil e

Dr. Carlos Augusto Costa Pires, presidente do XLII Nes Meeting.

Por que participar?“O Rhinology é um evento muito tradicional na área da rinologia, cirurgia da base do crânio e cirurgia plástica facial tendo como principal destaque o alto nível cientifico, principalmente devido à presença dos maiores especialistas do mundo nestas áreas. A principal caracterís-tica é ser um evento multidisciplinar envolvendo especialidades, tais como: Otorrinolaringolo-gia, neurocirurgia, cirurgia plástica facial, cirur-gia maxilo facial, alergia e imunologia, radiolo-gia dentre outras.”

Dr. Aldo Stamm, presidente do Rhinology

mARÇO ABRIL | mAIO

26/03 a28/03

30/04 a02/05

1st EAR BRAZIL / XLII Neurootological and Equilibriometric Society MEETING

16th World Congress of Rhinology

Onde: Anfiteatro IEP - Hospital Sírio Libanês

Inscrições:Associados quites da ABORL-CCF têm desconto

Informações: www.stelamariseventos.com.br

Onde: WTC Convention Center São Paulo

Inscrições:Associados quites da ABORL-CCF têm desconto de 30% nas inscrições

Informações: www.rhinology2015.com

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Eventos

Por que participar?“O Grupo Iberoamericano de Implantes Cocleares e Ci-ências Afins (Gicca) é uma organização apolítica, sem fins lucrativos. Seus principais objetivos incluem a consolida-ção de um grupo permanente de estudos para promover o desenvolvimento, formação, investigação e divulgação dos avanços médicos relacionados com dispositivos implantáveis. São discutidos também aspectos de rege-neração da surdez por meio de terapia gênica e células tronco. É uma oportunidade para os especialistas brasi-leiros se atualizarem com o constante desenvolvimento da área. Hoje a comunidade iberoamericana representa quase 20% dos implantes realizados no mundo.”

Dr. Ricardo Bento, coordenador do Grupo de Implante Coclear do Hospital

das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Por que participar?“Certamente este evento será um marco da laringo-logia brasileira pela sua possibilidade de, em ape-nas dois dias, de uma forma intensa e de alto nível, trocarmos conhecimentos com nossos “hermanos” da América Latina, além de garantir aos mais jovens a possibilidade de enriquecer seus currículos apre-sentando trabalhos científicos em um evento inter-nacional, sem os custos de uma viagem ao exterior. Os mais experientes sabem que, além das trocas intelectuais de conhecimentos, será uma oportuni-dade especial para fazermos novos amigos em um ambiente propício e agradável”.

Dr. Paulo Perazzo, presidente da ALLF

Por que participar?“São mais de 60 renomados speakers internacionais, dos cinco continentes, com uma abordagem ampla na subespecialidade, com ênfase no diagnóstico, abordagem clínica e cirúrgica e pre-venção nas áreas pediátricas da Otologia, Audição, Implantes, Rinologia, Vias Aéreas, Distúrbios do Sono, etc. A participação de speakers de origem geográfica distinta enriquece muito com a conduta variada de um mesmo tema. O evento conta com “imersão” total e apresentações de 20 minutos dos “ícones” da subespecialidade. A impecável organização, a disciplina ímpar dos horários, além do “cardápio” de temas variados, não permite, pela dinâmica do Simpósio, que você fique enfadado com o programa”.

Dra. Tânia Sih, Presidente da Interamerican Association Of Pediatric Otorhinolaryngology (IAPO)

mAIO JULHO

SETEmBRO

20/05 a23/05

03/07 e04/07

18/09 a20/09

VI Congresso Ibero Americano de Implantes Cocleares e Ciências Afins*

6º Congresso da Asociación Latinoamericana de Laringologia y Fonocirurgia (ALLF)

IX Simpósio Internacional da IAPO em Otorrinopediatria

Onde:Centro de Convenções do Hospital das Clínicas de São Paulo e na Fa-culdade de Medicina da USP.

Inscrições:Os custos dependem da categoria de inscrição. Associados quites da ABORL-CCF têm desconto.

Informações: www.implantecoclear2015.com

Onde: Hotel Pestana São Paulo

Inscrições:R$ 380,00 para associados quites com a ABORL-CCF

Informações: www.aborlccf.org.br/6congressolatino

Onde:Câmara Americana de Comércio (Amcham) de São Paulo

Inscrições: R$ 500,00 para os sócios da IAPO

Informações: www.iapo.org.br

Atenção: o número de vagas é determinado pela capacidade do auditório. Garanta seu lugar.

*O evento será realizado juntamente com o IV Hearing and Balance e o Simpósio Internacional de Implantes Cocleares

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Artigo

Hoje a classe médica está pas-sando por um grande desa-fio com uma nova geração de pacientes que, antes de

buscar o profissional, consultam o “Dr. Google”. Entram em sites diversos em busca de explicação para seus sinto-mas e por informações de doenças já detectadas. Esse paciente che-ga ao consultório médico com o seu diagnóstico e com a lista de exames que quer fazer e, às vezes, até mes-mo com o tratamento que quer reali-zar. Da mesma maneira, já sabemos que se um programa de domingo na TV aborda uma doença em uma re-portagem, na segunda-feira lotam os consultórios médicos com pessoas que se identificam com esta doença, obrigando o médico a investigar ou contra-argumentar sobre tal patologia.

Sem dúvida, estamos vivendo um novo momento na medicina em que o conhecimento da população está mudando a relação entre médicos e pacientes. E muitas vezes, o indiví-duo informado pela mídia está mais atualizado do que o próprio médico em determinados assuntos. Nesses casos, o profissional despreparado sente-se inseguro e cede sem ques-tionar às solicitações do paciente.

Assim, exames desnecessários são pedidos, seja pelo desconhecimento do médico, pela falta de saber o que fazer, ou pelo simples interesse em mostrar ao paciente que está errado nas suas “pesquisas” individuais. Outro

Um novo momento na relação médico-paciente

Por Dr. Cadri Massuda

Presidente da Abramge PR/SC – Associação Brasileira de Medicina de Grupo Regional Paraná e Santa Catarina.

ponto a ser discutido são os avanços experimentais de medicamentos ou tratamentos que não têm autenticidade ainda comprovada, mas que são divul-gados como solução para determinada doença e que o paciente busca como alternativa para seus problemas.

Além de essas serem atitudes que encarecem a medicina e sobrecar-regam o sistema de saúde, elas não vão resolver essa situação nem me-lhorar o cenário. A única maneira de lidar com essa nova geração de pa-cientes é a atualização constante.

Os profissionais da saúde precisam estar sempre informados sobre do-enças, tratamentos, medicamentos e tudo mais que há de novo no setor. E não apenas por revistas científicas e congressos, mas também acompa-nhando notícias e informações que circulam nas mídias convencionais e sociais. Nas escolas de Medicina, esse assunto precisa ser abordado com clareza, gerando discussões que permitam que o profissional que sai da faculdade esteja apto para li-dar com essa situação.

É preciso ainda que o médico gaste tempo com o paciente, conversando, argumentando e explicando os equívocos (se houver) das informações trazidas pela internet. Afinal, mais do que simplesmente tratar doenças, estes profissionais têm um papel de educar e orientar a sociedade no que diz respeito a sua saúde.

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26 | Revista VOX OTORRINO

DefesaProfissional

O Termo de Consentimento é documento hábil para excluir a responsabilidade objetiva do médico em relação a algum erro cometido em procedimento cirúrgico?

Não. O Termo de Consentimento resguarda o médico de forma subjetiva, ou seja, o protege contra alega-ções de que não procedeu a devida informação ao paciente sobre seu quadro clínico e eventuais situações que porventura venham ensejar complicações durante o procedimento cirúrgico e pós-cirúrgico.

Em que momento o Termo de Consentimento deve ser assinado pelo paciente?

Recomenda-se que o paciente o receba com antecedência ao procedimento a fim de que promova a lei-tura atenta de seu conteúdo firmando-o momentos antes do ato cirúrgico. Em alguns casos, inclusive, se recomenda o uso de até dois termos, um prévio e outro no dia da cirurgia.

Em caso de processo judicial que tenha por objeto da ação “erro médico”, na qual venha ser determi-nada perícia médica é pertinente a nomeação de um assistente técnico de defesa para acompanhar tal perícia?

Sim, pois dessa forma o advogado de defesa terá maior suporte para elaboração de quesitos e interpreta-ção do laudo médico final do perito.

Atitudes unilaterais dos convênios médicos em relação aos médicos credenciados podem ser ques-tionadas por intermédio de notificação extrajudicial?

Na maioria dos casos sim até porque, com a notificação, o médico interessado estará constituindo em mora a entidade médica conveniante.

Em casos em que os pacientes, por questões de cunho religioso, se neguem a determinado proce-dimento (transfusão de sangue, por exemplo) como o médico deve agir? 

Aconselha-se que tal informação seja colhida em Termo de Consentimento prévio, a fim de que o médico tenha tempo hábil de decidir se seguirá com o atendimento àquele paciente ou o encami-nhará para outro colega que porventura participe do mesmo credo que o dele. Caso a situação surja durante o procedimento em si, deve o médico preservar o atendimento e acima de tudo a saúde e a vida do paciente, pois, o direito a vida precede o direito a liberdade de crença.

Tire suas dúvidasDurante o 44º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, o Departamento Jurídico da ABORL-CCF esteve de plantão para sanar as dúvidas dos médicos sobre questões legais. Selecionamos as perguntas mais frequentes. Veja as respostas.

Por Dra. Vania Rosa Moraes e Dr. Marco Antônio Machado

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27Revista VOX OTORRINO |

Defesa Profissional

Podem as empresas privadas restringir atendimentos por quotas ou qualquer outro motivo de ordem administrativa, quando se tratar de atendimento à saúde?

Entendemos que não, pois têm elas papel suplementar ao atendimento público de saúde; ou seja, elas completam a lacuna deixada pelo Governo, devendo seus atos ser promovidos em prol da saúde pública de todo cidadão. Além do mais, limitar tratamento médico a certa quantidade de exames e procedimentos expõe os pacientes a graves riscos, sendo certo que ao médico cabe a palavra final sobre qual o melhor tratamento e conduta a ser adotado, assim como por qual período deva ser ministrado; o mesmo ocorre em relação à quantidade de exames necessários ao restabelecimento da saúde do paciente. Aliás, essa regra se encontra preconizada no Código de Ética Médica, a qual explícita ser alvo de toda atenção do profissional médico a saúde do paciente, em benefício do qual deve se agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.

Há alguma legalidade na cobrança de honorários médicos extras em atendimento de pacientes con-veniados?

Não há nenhuma legalidade em tal conduta devendo tal expediente ser evitado, haja vista ser vedada a cobrança de honorários médicos adicionais por consultas ou qualquer procedimento médico que tenha cobertura pelo plano e/ou operadora de saúde.

São comuns ações judiciais que tenham por objeto erro médico abordarem pedidos de indenização por danos materiais e morais?

Sim. Dependendo da pretensão do autor da ação pode ele requerer a indenização material por algum dano à saúde, bem como, pelo transtorno intimo que tenha sofrido, pedir indenização por dano moral.

Em processos que envolvam danos morais qual tem sido o valor estipulado pelos Tribunais Brasileiros a título indenizatório?

Via de regra, a Justiça tem evitado criar um ambiente pernicioso que de margem a implantação de uma indústria exploratória das ações indenizatórias, a exemplo do que ocorre em outros países. Contudo, ainda que cada caso seja único, ou seja, tenha de ser analisado individualmente, a Justiça tem balizado indeni-zações que podem variar de 50 a 500 salários mínimos, em média.

Os convênios podem promover o descredenciamento do médico sem lhe dar explicações quanto à motivação do ato em si?

Não. Por força legal, e, principalmente contratual, o médico sempre tem direito a explicação fundamentada do porque de seu descredenciamento; caso não o tenha, pode promover a devida notificação extrajudicial para o convenio dar suas explicações por escrito e com prazo determinado.

Qual o tempo de guarda do prontuário médico?

De acordo com as normativas do Conselho Federal de Medicina, os prontuários médicos em suporte de papel devem ser guardados por no mínimo 20 (vinte) anos, a contar do último registro. Para os prontuários arquivados eletronicamente, o tempo de guarda deve ser permanente.

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Comunicação Visual

Sistema de Educação Tipo-gráfica Pictórica (Isotype) é o nome pomposo para as placas e sinais que fazem

parte do nosso cotidiano como uma vigorosa ferramenta de informação que, de tão simples, dá para imaginar porque só surgiu no início do século XX. O designer austríaco Otto Neura-th criou uma forma de comunicação calcada em figuras construídas de for-ma pedagógica, bidimensional, sem perspectiva e abstrata: um homem é um boneco com pernas, braços, ca-

beça e só. Nada de detalhes como roupas, boca, olhos. As cores são as responsáveis por passar o recado. Não à toa o vermelho-sangue é o sím-bolo de hospital.

De tão simples e incorporada ao nosso dia a dia, sua importância passa des-percebida, mas na hora de montar uma clínica ou consultório, estes elementos devem fazer parte do projeto visual do espaço. A sinalização de segurança contra incêndio e pânico, por exemplo, tem como objetivo reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para

os riscos existentes, e garantir que se-jam adotadas ações adequadas à situ-ação de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saí-da para abandono seguro do local em caso de incêndio. Este tipo de sinaliza-ção é classificada como básica e com-plementar. Se você está pensando em reformar a clínica ou consultório, leve em consideração a aplicação correta da sinalização. A falta ou o uso fora das normas estabelecidas pela ABNT po-dem acarretar em multas.

Imagens que falam!Até a década de 1920, as sinalizações por placas se resumiam a letras, setas e números. Até que o design austríaco Otto Neurath aliou a pictografia à ideia de informação e as placas nunca mais foram as mesmas!

Por Eliana Antiqueira

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Comunicação Visual

Sinalização de orientação e salvamento

A sinalização de emergência apropriada deve assinalar todas as mudanças de direção ou sentido, saídas, escadas etc., e deve ser instalada segundo sua função:

» sinalização de portas de saída de emergência deve ser locali-zada imediatamente acima das portas, no máximo a 0,10m da verga; ou na impossibilidade desta, diretamente na folha da por-ta, centralizada a uma altura de 1,80m, medida do piso acabado à base da sinalização;

» sinalização de orientação das rotas de saída deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de no máximo 7,5m. Adi-cionalmente, esta sinalização também deve ser instalada de forma que no sentido de saída de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte, distanciados entre si em no máxi-mo 15,0m. A sinalização deve ser instalada de modo que a sua base esteja no mínimo a 1,80m do piso acabado;

» sinalização de identificação dos pavimentos no interior da caixa de escada de emergência deve estar a uma altura de 1,80m, medida do piso acabado à base da sinalização, instalada junto à parede, sobre o patamar de acesso de cada pavimento.

Se existirem rotas de saída específicas para uso de deficientes físicos, estas devem ser sinalizadas para tal uso.

Sinalização de equipamentos de combate a incêndio

A sinalização de equipamentos de combate a incêndio deve estar a uma altura mínima de 1,80m, medida do piso acabado à base da sinalização e imediatamente acima do equipamento sinalizado e:

» quando houver na área de risco, obstáculos que dificultem ou impeça a visualização direta da sinalização básica no plano ver-tical, a mesma sinalização deve ser repetida a uma altura sufi-ciente para a visualização;

» quando o equipamento se encontrar instalado em uma das fa-ces de um pilar, todas as faces visíveis do pilar devem ser sina-lizadas;

» quando existirem situações onde a visualização da sinalização não seja possível apenas com a instalação da placa acima do equipamento, deve se adotar:

» o posicionamento para placa adicional em dupla face perpendi-cular à superfície da placa instalada na parede ou pilar;

» a instalação de placa angular, afixada na parede ou pilar, acima do equipamento.

As mensagens específicas que acompanham a sinalização bá-sica devem se situar imediatamente adjacente à sinalização que complementa, devendo estar no idioma português. Caso exista necessidade de se utilizar outro idioma, este nunca deve substi-tuir o idioma original, mas ser incluso adicionalmente.

A sinalização de identificação das rotas de saída deve ser implan-tada sobre o piso acabado ou sobre paredes das rotas de saída. O espaçamento de instalação deve ser de no máximo 3m entre cada sinalização e a cada mudança de sentido, atendendo uma das seguintes condições:

» quando aplicada sobre o piso, a sinalização deve estar centraliza-da em relação à largura da rota de saída, dando o sentido do fluxo.

» quando aplicada nas paredes, a sinalização deve estar a uma

altura constante entre 0,25m e 0,50m do piso acabado à base da sinalização, podendo ser aplicada, à parede direita e esquer-da da rota de saída.

A sinalização de indicação de obstáculos ou riscos na circulação das rotas de saída deve ser implantada toda vez que houver uma das seguintes condições:

» desnível de piso;» rebaixo de teto;» outras saliências resultantes de elementos construtivos ou equipa-

mentos que reduzam a largura das rotas ou impeçam o seu uso.

Em plantas de rotas de saída que visem facilitar a identificação das saídas de emergência, recomenda-se a instalação de placas com plantas que indiquem todas as saídas.

Sinalização complementar

Sinalização de alerta

A sinalização apropriada deve ser instalada em local visível e a uma altura mínima de 1,80m, medida do piso aca-bado à base da sinalização, próxima ao risco isolado ou distribuída ao longo da área de risco generalizado, Neste último caso, cada sinalização deve estar distanciada entre si em no máximo 15m.

Sinalização de proibição

A sinalização apropriada deve ser instalada em local visível e a uma altura mínima de 1,80m, medida do piso acabado à base da sinalização. A mesma sinalização deve estar distribuída em mais de um ponto dentro da área de risco, de modo que pelo menos uma delas seja claramente visível de qualquer posição dentro da área, e devem estar distanciadas entre si em no máximo 15m.

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31Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

ComunicaçãoVisual

Por Dr. Bruno Rossini

Mestre em Otorrinolaringologia pela Escola Paulista de Medicina

Fundador do Eleva Saúde www.facebook.com/ElevaSaude

Escolher e montar nosso pon-to de forma correta poderá influenciar definitivamente no seu resultado final. E a per-

gunta é por onde começamos?

Primeiramente, devemos pensar qual o público desejamos atender. Essa decisão deve ser bem pensada e fazer parte de um planejamento es-tratégico global. Já com a resposta, temos que conhecer bem o público e buscar entender qual tipo de am-biente lhe proporciona conforto.

Após essa reflexão, devemos pro-curar a localização adequada. Um público diferenciado será melhor atendido em bairros nobres, enquan-to que um público mais simples se identificará mais com uma clínica na periferia. A identificação do público alvo com o ponto escolhido sempre deve ser levada em consideração.

Outro ponto importante vem a ser o acesso à clínica ou consultório. O ponto é perto do metrô? Se existe estacionamento fácil e acessível? Se é uma região de muito trânsito? Nas

Gerandoidentificação

cidades grandes esses são tópicos fundamentais.

E tão importante quanto à localização é a ambientação do consultório. Ter o foco no paciente-cliente é sempre o ponto de partida. Fazer com que este sinta-se à vontade e satisfatoriamente atendido é o objetivo. O conforto de todos deve ser pensado: médicos, funcionários e pacientes. A seguir, devemos atentar para questões rela-tivas à funcionalidade, isto é, pensar nos equipamentos obrigatórios, na circulação das pessoas, nas exigên-cias sanitárias e legais. Não podemos esquecer de promover acessibilidade a pacientes com necessidades espe-ciais. Rampas, elevadores, portas e banheiros adequados devem ser pen-sados no projeto.

Por fim, sugiro montar uma sinalização interna adequada. Instalar linguagem em braile nas placas pode demons-trar uma sensibilidade diferenciada.

Lembre-se que é muito importante arrumar a casa antes de o convida-do chegar.

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novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br32 | Revista VOX OTORRINO

Financeiro

Qual sua formação profissional e há quanto tempo tra-balha na ABORL?

Sou formado em gestão financeira e a minha admissão foi no dia 3 de junho de 2002. Lá se vão mais de 12 anos. Entrei na ABORL para trabalhar na recepção, onde fiquei por mais de um ano e tive a oportunidade de ir conhecen-do as pessoas e a rotina da Associação. Isso me ajudou a traçar meu futuro, porque acreditei que teria oportunidades aqui dentro, o que de fato aconteceu.

Quais os desafios e expectativas para esta nova função?

Eu já trabalhava no departamento financeiro, então co-nheço a rotina, mas, sem dúvida, assumir o cargo de encarregado é um desafio porque a responsabilidade aumenta. Meu objetivo é trabalhar sempre de forma éti-ca, correta e transparente, aplicando meu conhecimen-to para tornar a tarefa de todos mais eficiente. Minha expectativa é fazer justiça à oportunidade que recebi com esta promoção.

Novo encarregado financeiroHá mais de uma década trabalhando na ABORL-CCF, Anubio Henrique da Silva tem uma sólida trajetória dentre da entidade que culminou em sua promoção a encarregado financeiro.

Da Redação

Você esperava esta promoção? Ao que atribui ter sido escolhido para assumir este cargo?

Apesar de estar trabalhando no departamento financeiro há bastante tempo, confesso que não esperava. Porém, as coisas foram acontecendo gradativamente e fui assu-mindo responsabilidades. Mas também me preparei para isto, tenho formação na área e conheço o trabalho. Foi uma oportunidade para a qual estava pronto, embora não a esperasse.

O que os associados da ABORL podem esperar de seu trabalho?

Muitos associados já me conhecem e sabem o quanto sou dedicado. Quem não me conhece, pode esperar muita seriedade e transparência. Procuro estar sempre me atu-alizando na minha área para fazer um trabalho bem-feito. A rotina de um departamento financeiro é muito puxada, porque lidamos com números, pagamentos, fornecedores, cobranças. O fato de ser muito focado ajuda a me manter concentrado no trabalho e atento aos detalhes.

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EducaçãoContinuada

O que há de novo?C

aro colega, o tema em destaque nesta edição do VOX é de prevalência muito alta na população pediátrica: otite média com efusão (OME). É o verdadeiro sonho de consumo dos residentes do primeiro ano, pois muitas vezes está indicado a colocação de tubo de ventilação. Contudo o tratamento da OME não se encerra aí. Enquanto continuam as pesquisas para o melhor conhecimento desta frequente patologia, controvérsias de manejo seguem, como apontam os autores

em relação ao papel da adenoidectomia associada à colocação do tubo de ventilação. Tenham todos uma muito boa leitura e um ótimo final de ano.

Dr. Renato Roithmann

OME – Otite Média com Efusão

A otite média serosa, ou otite mé-dia com efusão (OME), como é denominada a presença de se-

creção na orelha média sem sinais ou sintomas de inflamação e/ou infecção aguda, e com a presença da membra-na timpânica íntegra, trata-se ainda de uma entidade não consensual. A des-peito da sua frequência e dos inúmeros estudos tentando clarificar sua etiopa-togenia, o seu impacto na audição e consequências, assim como na melhor forma de abordagem terapêutica, trata--se ainda de motivo de muita discussão e controvérsia.

Dados epidemiológicos dos Estados Unidos da América indicam que 90% das crianças apresentam pelo menos um episódio de OME até a idade es-colar, sendo 60% até a idade dos 2 anos. A maioria dos casos evolui com melhora espontânea em até 3 meses, porém 5-10% podem apresentar um quadro arrastado por um ano ou mais. O impacto econômico da otite média com efusão no sistema de saúde não é desprezível, uma vez que a doença tem uma incidência de 2,2 milhões de ca-sos no país norte-americano, com um custo direto e indireto anual de cerca de 4,0 bilhões de dólares 1 . Infelizmen-te, os dados dessa entidade clínica no Brasil ainda são escassos.

Shirley Shizue Nagata Pignatari Professora Adjunta, Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP

Vitor Guo Chen Médico Assistente, Mestrado pelo Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica

Atualmente uma das principais teorias sobre a etiologia da OME é a presença de biofilmes bacterianos. Acredita-se que as colônias tridimensionais de bactérias presas à superfície do epitélio respirató-rio, seriam responsáveis por desencadear estímulos pró-inflamatórios, e uma das consequências seria o desenvolvimento da OME. Isso poderia fundamentar a hi-pótese de que a colonização bacteriana das tonsilas faríngeas possa ter um papel fundamental na etiologia da doença.

Outras teorias para o desenvolvimento da OME ainda tem sido consideradas; como a disfunção da tuba auditiva, levando à uma desregulação da pressão na orelha média, alteração do clearance mucociliar e redução da proteção aos patógenos provenientes da nasofaringe. Acredita-se também, que o refluxo gastroesofágico possa contribuir para a disfunção da tuba auditiva e consequentemente para o de-senvolvimento da OME.

Fatores genéticos, principalmente aque-les que estão relacionados à alteração da resposta imune, também podem desem-penhar um papel importante na etiologia da OME.

Finalmente, a OME como é já bem estabelecida, pode ocorrer como um resultado não favorável de uma otite média aguda.

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novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br34 | Revista VOX OTORRINO

Educação Continuada

Adenoids

Acute infectionbacteria/viruses

Ciliarydysfunction

ETdysfunction

Inflammationcytokines

Polymorphism

Biofilms

Allergy

Reflux

Mucinupregulation

Impairedmucus

clearance

OME

Viscous fluidin ME

Smoking

O diagnóstico da OME é realiza-do pela história clínica (otite média aguda prévia, IVAS prévia, perda da acuidade auditiva, dificuldade de aprendizado, déficit de aquisição de linguagem) e exame físico (otosco-pia). Na otoscopia simples, os sinais mais importantes incluem alteração na coloração da membrana timpâ-nica (amarelada, âmbar ou azula-da), retração ou abaulamento e nível hidro-aéreo retrotimpânico. A Aca-demia Americana de Pediatria, em seu guideline3 de 2004 preconiza o uso do otoscópio pneumático para melhor avaliação da mobilidade da membrana timpânica, principalmen-te para o atendimento nos níveis primários (médicos não-otorrinolarin-gologistas). Metanálises evidenciam uma sensibilidade de 94% e espe-cificidade de 80% para este método diagnóstico3. Apesar dos dados da literatura, o treinamento e experiên-cia no uso do otoscópio pneumático é variável, e no nosso meio, poucos médicos o adotam na prática clíni-ca. Consequentemente, observamos a necessidade dos profissionais em respaldarem seu diagnóstico na tim-panometria. Embora seja um exame de fácil realização para crianças a partir de 4 meses de idade, sua rea-lização implica no aumento do custo

total do tratamento, devendo sua so-licitação ser reservada para os casos de dúvida diagnóstica3.

Feito o diagnóstico, é essencial que saibamos como conduzir um caso de otite média com efusão. Partindo do pressuposto que a grande maio-ria dos casos tem resolução espon-tânea, a conduta mais adotada é o “watchful waiting”, ou seja, observa-ção clínica com retornos para reava-liação médica dentro do período de 3 meses a partir dos primeiros sinto-mas ou do diagnóstico (quando não for possível determinar o início dos sintomas)3, exceto para crianças com fatores de risco para atraso na aquisi-ção de linguagem, fala ou dificuldade de aprendizado.

O tratamento para os casos de evo-lução não satisfatória após o período de observação é ainda controverso, principalmente no que tange às me-dicações prescritas. O uso de antihis-tamínicos e descongestionantes na-sais não é recomendado2,3. Apesar dos estudos demonstrarem a presen-ça de bactérias na secreção da otite média com efusão4a common chro-nic childhood condition affecting he-aring, is thought to be a result of bac-terial infection, with biofilms recently implicated. Although bacterial DNA

can be detected by polymerase chain reaction in 80% of patients, typically fewer than half of effusions are positi-ve using standard culture techniques. We adopted an alternative approach to demonstrating bacteria in OME, using a bacterial viability stain and confocal laser scanning microscopy (CLSM, o tratamento convencional com doses habituais de antibióticos não se mostra eficaz, pois acredita-se que a presença das colônias de bio-filme exerçam uma proteção à ação antimicrobina dos antibióticos atuais. Revisões sistemáticas apontam que o uso de corticoesteróides, apesar de benéfico a curto prazo (primeiro mês), não apresenta diferença esta-tisticamente significante após seis meses3,5. Alguns estudos tem de-monstrado uma taxa de sucesso ra-zoável com medicações não habitu-ais para o tratamento da OME, como a N-acetilcisteína6 e o macrolídeo em baixas doses em períodos prolonga-dos7, porém esses resultados ainda devem ser interpretados com cautela.

A timpanotomia com colocação de tubo de ventilação ainda é a cirur-gia de escolha para os casos de OME, levando a uma melhora da efusão rápida em mais de 60% dos casos3. Cerca de 20 a 50% des-tes apresentam recidiva do quadro

A figura abaixo ilustra interação de diversos fatores etiológicos no desenvolvimento da OME 2.

Figura 1. Fatores etiológicos da otite média com efusão. Fonte: Qureishi A, Lee Y, Belfield K, Birchall JP, Daniel M. Update on otitis media - prevention and treatment. Infect Drug Resist (2014) 2

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Referência Bibliográficas

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Tradução do texto da Figura

Adenoids: Adenóide; Acute infection, bactéria viroses: Infecção aguda, bactéria/vírus; Ciliary dysfunction: Disfunção ciliar; ET dysfunction: Disfunção da Tuba Auditiva; Smoking: Tabagismo; Polymorphism: Polimorfismo; Inflammation cytokines: Citocinas inflamatórias; Mucin upregulation: Regulação crescente de mucina; Biofilms: Biofilmes; Allergy: Alergia; Reflux: Refluxo; Viscous fluid in ME: Fluido viscoso na OM; Impaired Mucus Clearance: Alte-ração da Drenagem Mucociliar; OME: OME.

após a extrusão do tubo de ventila-ção. Quando há a necessidade de nova abordagem cirúrgica, a ade-noidectomia é preconizada junta-mente com a colocação do tubo de ventilação pois reduz pela metade

a necessidade de futuras interven-ções. Apesar de contra-indicada pelo último guideline da Academia Americana de Pediatria de 20043, uma metanálise de 20148 demons-tra que crianças a partir dos 4 anos

de idade se beneficiam da adenoi-dectomia associada à timpanoto-mia com colocação de tubos de ventilação na primeira intervenção, a despeito da maior morbidade atri-buída à adenoidectomia.

EducaçãoContinuada

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45º CBO

Parceiros e fornecedores fo-ram recebidos para um café, na sede da ABORL-CCF, na manhã de 26 de novembro,

quando foram lançadas as bases para patrocínio e venda de estandes para o Congresso Brasileiro de Otor-rinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Fa-cial de 2015, que ocorrerá de 25 a 28 de novembro no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.

Na ocasião, foram destacados os benefícios em ser um patrocinador do evento. Entre as vantagens, está a oportunidade em associar a imagem da empresa a um evento tradicional e de referência no setor.

O Congresso Brasileiro de Otorrinolarin-gologia e Cirurgia Cérvico-Facial é o mais importante da especialidade da América Latina – e um dos mais importantes do mundo. Anualmente, atrai cerca de 3 mil visitantes que, durante os quatro dias de

congresso, são apresentados a novos métodos, estudos, pesquisas e tecnolo-gias. Outro grande atrativo é a possibili-dade encontrar e se relacionar com re-nomados profissionais da especialidade.

Dr. Sady Selaimen Costa, presidente da ABORL-CCF na gestão de 2015, ressaltou a filosofia de parceria ple-na que sempre norteou a relação da entidade com seus patrocinadores e destacou os bons resultados do con-gresso e 2014. “Tivemos um ótimo feedback dos nossos parceiros sobre o congresso realizado em Porto Ale-gre e tenho ótimas perspectivas para o evento de 2015. Nosso objetivo é promover melhorias e mudanças para fortalecer não apenas a ABORL-CCF, mas também nossos patrocinadores”.

Um breve vídeo sobre a cidade de Forta-leza, seus atrativos naturais e culturais, a boa estrutura hoteleira e o espaçoso Cen-tro de Eventos encerrou o encontro.

ABORL-CCF apresenta a próxima edição do Congresso Brasileiro para o mercado

Da Redação

Apresentação: um breve vídeo mostrou o porquê de Fortaleza ter sido escolhida como cidade- sede

Dr. Sady: fortalecer as parcerias favorece o crescimento da Associação e dos patrocinadores

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BJORL

Como avalia seu trabalho à frente do BJORL?

Dra. Wilma - Inicialmente, me ques-tionava sobre o seguinte: como atrair bons autores, nacionais ou internacio-nais, para publicar seus melhores ar-tigos na nossa revista; um meio para torná-la internacional e, finalmente, o que fazer para adentrar o ISI. Um único fator seria capaz de tornar rea-lidade aquilo que eu almejava, isto é, o oferecimento de uma revista de alto nível que dispusesse de um corpo de revisores renomados e comprome-tidos; profissionais que realizassem uma revisão construtiva, coerente, efi-ciente e completa. Construí, portanto, uma equipe de revisores e editores as-sociados verdadeiramente engajados em nosso BJORL. Desde então, toda equipe imergiu em trabalho intensivo. Conseguimos chegar ao ISI logo no início de minha gestão. É importante ressaltar que tudo isso só foi possível graças ao trabalho incansável da equi-pe da gestão anterior, liderada pelos

Professores Doutores Silvio Caldas e João Mello Junior, da qual eu também fazia parte como Editora Associada e responsável pela Rinologia. Mas tive-mos que esperar dois anos para a di-vulgação do primeiro fator de impacto. Era este que, a cada ano, nos fomen-tava o aperfeiçoamento de nossas edições.

Sob sua gestão, o BJORL alcan-çou inéditos índices de fator de impacto. O trabalho está estrutu-rado para que o crescimento se mantenha independente da ges-tão? Como?

Dra. Wilma - No que tange à gestão de estruturação, o sistema Elsevier certamente colaborará com a melho-ra da qualidade da revista. Não tenho dúvida de que hoje temos todas as condições de oferecer uma revista profissionalmente editada e por meio da utilização de técnicas modernas. Esse fato não torna, no entanto, irre-levante a atuação da gestão, a qual

Troca decomando

Dra. Wilma Terezinha se despede do cargo de editora-chefe do BJORL e dá as boas-vindas à sua sucessora, Dra. Shirley Pignatari.

Da Redação

Desde 2010 à frente do BJORL, no cargo de editora-chefe, Dra. Wilma Terezinha Anselmo Lima se despede da função para assumir a 2ª vice-presidência da ABORL-CCF.

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BJORL

se mostra indispensável para a elabo-ração de um trabalho de excelência. A qualidade dos trabalhos publicados vai depender sempre de uma gestão cuidadosa, minuciosa e criteriosa na sua revisão científica.

Porque a escolha pela Dra. Shirley Pignatari e como se deu esta escolha?

Dra. Wilma - Acredito que renovação é sempre de extrema importância. Decidi, pois, me candidatar à pre-sidência da ABORLCCF, o que eu considero o maior desafio da minha vida profissional. Nosso estatuto não permite a acumulação de mais de um cargo. Portanto, senti que havia che-gado a hora de passar o bastão. O editor exerce uma função que exige muito do profissional. O ideal foi, por-tanto, uma discussão entre a equipe de editores associados que resultas-

se na escolha um indivíduo disponí-vel para enfrentar o cargo. Eu, junta-mente com minha equipe, cheguei à conclusão de que a Dra. Shirley era a que melhor adequava-se, e ela pron-tamente aceitou nosso convite. Esta-mos convictos de que ela fará parte de uma nova equipe que saberá con-duzir, com total zelo, o BJORL para sua etapa final de internacionalização. Confio em sua determinação e seu profissionalismo e desejo a ela uma excelente gestão.

Quais suas palavras finais ao se despedir do BJORL?

Dra. Wilma - Sem dúvida, a palavra é uma só: agradecimento.

Agradecimento a todos aqueles que constituíram nossa equipe durante a minha gestão: aos revisores que me acompanharam nessa jornada; aos

editores associados e coeditores, Dra. Mariana e Dra. Eulalia Sakano, pelo auxílio incansável e eficiente; aos fun-cionários da nossa Associação, Car-los e Dorothea; aos ex-presidentes Dr. Dolci, Dr. Marcelo Hueb, Dr. Agrício, Dr. Fernando Ganança e suas direto-rias, pela liberdade e apoio nas toma-das de decisões. Aos professores Dr. Edwin Tamashiro e Dr. Reginaldo Fu-jita que nos auxiliaram e conduziram com firmeza e total profissionalismo à organização dos trabalhos científi-cos dos congressos. Por fim, à nossa companheira, amiga e fiel batalhado-ra, a secretaria Fernanda, pelo auxílio e amparo constantes, não apenas nos momentos de dificuldade, mas também com sua vibração contagiosa com sucesso atingido.

A todos, o meu sincero e eterno mui-to-obrigada!

Dra. Shirley Pignatari assume como editora-chefe do BJORL com o desafio de manter o crescimento do Fator de Impacto.

Como a senhora encara o desafio de as-sumir como editora-chefe do BJORL?

Dra. Shirley - É sem dúvida nenhuma uma grande honra poder atuar como editora do nosso BJORL, particularmente nesse momento em que a revista se encontra em franca expansão, atingindo um fator de impacto igualável às revistas científicas internacionais. Esse crescimento se deve principalmente ao talento e dedicação da-queles que me antecederam. Devo admitir que substituir a Dra. Wilma Anselmo será uma tarefa extremamente difícil, e que exi-girá muita responsabilidade e horas de tra-balho. Entretanto, tenho a certeza de que com a colaboração da equipe de trabalho fantástica que me foi legada, incluindo o pessoal administrativo de secretaria, os colegas co-editores e editores associados, assim como o experiente corpo de reviso-res, poderemos batalhar para a obtenção de resultados em qualidade e visibilidade.

Qual sua estratégia para manter a as-censão do Fator de Impacto?

Dra. Shirley - Seguramente, a chancela da Elsevier nesse momento contribuirá

muito nesses aspectos, além de propiciar agilidade e internacionalização no pro-cesso de publicação. Além disso, embo-ra seja uma via de mão dupla, considero também importante e necessário ressaltar que o engrandecimento de qualquer revis-ta científica é o reflexo e está intimamen-te relacionado à qualidade dos estudos e artigos científicos ali veiculados. É com extrema satisfação que temos observado um grande amadurecimento e um cui-dado cada vez maior na elaboração dos artigos submetidos, tanto dos nacionais como dos internacionais, gerando publi-cações de alto nível científico e de grande credibilidade na comunidade médica.

Qual sua expectativa diante deste de-safio?

Dra. Shirley - O trabalho que nos aguarda é enorme, mas me sinto confiante de que com dedicação e responsabilidade, com o apoio da ABORL-CCF e com o trabalho em equipe, ainda teremos muitos frutos a serem colhidos. Agradeço a confiança e estou contando com o apoio de todos.

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Política

D ois otorrinolaringologistas compõem a administração de duas das mais importan-tes entidades médicas do

país. Dr. Otávio Marambaia, presiden-te da Comissão de Ética e Disciplina da ABORL-CCF, foi eleito um dos dois conselheiros representante da Bahia para o Conselho Federal de Medici-na. Dr. Márcio Fortini, presidente da Comissão de Defesa Profissional, as-sumiu como membro da diretoria de Proteção ao Paciente da Associação Médica Brasileira.

O Conselho Federal de Medicina é a instância máxima da profissão médica no Brasil. Entre as suas funções está a determinação do que deve ser seguido pelos médicos bra-sileiros quanto as práticas reconhe-cidas pela ciência; a fiscalização do exercício profissional; o reconheci-mento e registro das especialidades além dos limites de cada área, emis-são de pareceres sobre questões éticas e bioéticas ligadas a medicina e, por fim, o julgamento em instância final dos processos e sindicâncias contra os médicos.

O CFM exerce também um papel po-lítico na defesa e garantia do exercí-cio da medicina no Brasil e, de modo independente, participa das deci-sões de governos no que concerne às políticas públicas de saúde. “A minha presença neste colegiado- e em suas diversas Comissões - será voltado para ajudar na construção de uma medicina ética, voltada para os interesses da população, defesa intransigente da melhora das condi-ções para o exercício da profissão médica e também ajudar a Otorri-nolaringologia brasileira a se colocar adequadamente no rol das especia-lidades existentes, colaborando para manter intactas as conquistas meri-tórias que já conseguimos”, explica Dr. Marambaia.

Dr. Márcio Fortini explica que seu pa-pel na diretoria de Proteção ao Pa-ciente será trazer os pacientes para a causa médica. “Temos de mudar toda essa imagem deturpada sobre o mé-

dico brasileiro que tem sido vendida pelo governo e pela mídia em geral. Isso é fundamental para nossa causa. Mostrar aos pacientes que os nos-sos objetivos são semelhantes. Bus-camos qualidade tanto na atenção quanto no aparelhamento tecnológico a ser empregado em seu benefício. Apontar as falhas e contrassensos que existem tanto na saúde pública quanto na saúde suplementar. Fazê--los acreditar que essa parceria médi-co-paciente tem força para reivindicar e mudar este cenário tão desfavorável da saúde no Brasil”, afirma.

A Associação Médica Brasileira de-fende a categoria médica no terreno científico, ético, social, econômico e cultural e tem o compromisso de con-tribuir para a elaboração da política de saúde e aperfeiçoamento do sistema médico assistencial do País, orientan-do a população quanto aos proble-mas da assistência médica, preserva-ção e recuperação da saúde.

ABORL-CCF presente no CFM e na AMBDr. Otávio Marambaia e Dr. Marcio Fortini são membros das chapas vencedoras das eleições do Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, respectivamente.

Da Redação

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novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br40 | Revista VOX OTORRINO

Institucional

De 26 a 29 de outubro, aconteceu o XXXIV Con-greso Panamericano de Otorrinolaringología, e o Brasil estava lá. A cidade de Cartagena, na Co-lômbia, recebeu otorrinolaringologistas de todas

as regiões brasileiras, que prestigiaram o tradicional Con-gresso Panamericano de Otorrinolaringologia. Estiveram presente representantes dos 21 países e da Associação Caribenha de ORL que compõem o Associação Paname-

ABORL-CCF marca presença no Congresso Panamericano de ORL

Hall de recepção do XXXIV Congreso Panamericano de Otorrinolaringología, no Hotel Las Americas, em Cartagena

Estande de apoio da ABORL-CCF: ponto de encontro e de informação

ricana de Otorrinolaringologia. O convidado de honra desta edição do Congresso foi o Dr. Antonio Maniglia, que rece-beu a láurea em reconhecimento ao conjunto de sua obra como um dos mais destacados especialista das Américas. A ABORL-CCF esteve presente com um estande de apoio aos congressistas brasileiros, no qual os visitantes de di-versos países puderam saber mais das atividades da so-ciedade brasileira da especialidade.

Biblioteca básica

Cadastre-se aqui.

O 44º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial foi palco de lançamento do Atlas de Cirurgia Endoscópica e Nasossinusal e da Base do Crânio. Escritas pelos renomados especialis-tas James M. Palmer e Alexander G. Chiu. O livro é ri-camente ilustrado e bastante didático, com indicações cirúrgicas, instrumentação e potenciais riscos, além de

novas técnicas, procedimentos estendidos e reconstru-ções complexas da base do crânio. Editado pela Elsevier e chancelado pela ABORL-CCF, os associados que se ca-dastrarem no Cadastro Palmer, até 5 de janeiro de 2015, terão 30% de desconto na aquisição do Atlas.

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41Revista VOX OTORRINO |novembro/dezembro 2014 | www.aborlccf.org.br

Institucional

LANÇAMENTO

Adquira já o seu.

ATLAS DE CIRURGIAENDOSCÓPICA NASOSSINUSAL

E DA BASE DO CRÂNIO

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HumORL

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Com a chegada ao poder no Rio Grande do Sul de um legítimo representante da serra gaúcha, descendente de italianos e auto-denominado “gringo”, voltaram a figurar na mídia histórias

e comentários envolvendo aquele grupo de pessoas que, trabalhando de sol a sol, estão transformando aquela região num dos mais importantes setores da economia brasileira.

Basta ver a pujança da viti-vinicultura, isto para não falar no setor industrial e turístico da região.

A propósito, me lembrei de uma história antiga, dos tem-pos em que as famílias passavam os dois meses de verão na beira da praia enquanto o chefe agüentava o calor da capital e do interior e somente saía às sextas feiras para voltar ao batente domingo ou segunda, no que se deno-minava “caminhão do leite”.

Ao lado da nossa casa morava uma fa-mília originária de uma daquelas cida-des. Chegavam trazendo várias crianças que logo incorporavam as nossas nas brincadeiras in-fantis, grupo que ia crescendo à medida que os dias pas-savam e a vizinhança au-mentava.

Como eu era o único médico no quarteirão, obviamente era a mim que acessavam quan-do alguma criança fica-va resfriada, com dor de garganta ou otalgia e, aconteceu certa vez que diagnostiquei uma apendicite num guri, fe-lizmente de forma correta, tanto que foi operado dois dias depois.

Praticando a política da boa vizinhança jamais cobrei daqueles vizinhos, mas descobri depois que, a cada atendimento, o próximo fim de semana seria regado a vinhos de primeira linha.

O fato a relatar é que, cer-ta vez, chegando na praia

VINHOSe desembarcando a tralha que trazíamos , ouvimos nos chamar no portão.

Fui até lá e deparei com um “gringão” que me chamava de dotore carregando no ombro uma caixa cheia de garrafas de vinho.

- O que e isto, Bepe?

- É pro senhor dotore, por atender nossas crianças.

- Mas eu estou chegando agora, não atendi ninguém...

- É. Estamos sabendo. Não atendeu mas, seguramente, até o final das férias vai atender.

José Seligman

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Editoria

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Fortaleza será a Sede do 45º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia

Cérvico-Facial, que acontecerá de 25 a 28 de novembro de 2015.