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Banco Primus, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 31 de Dezembro de 2007

Banco Primus, S.A. · 2012-01-13 · Banco Primus, S.A. Demonstração de Resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 Unidade: Euro Notas 2007 2006 Juros e

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Banco Primus, S.A.

RELATÓRIO E CONTAS31 de Dezembro de 2007

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Banco Primus, S.A.

Relatório e contas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2007

Conteúdo

� Relatório do Conselho de Administração

� Demonstrações Financeiras:

- Balanço

- Demonstração de Resultados

- Demonstração dos Fluxos de Caixa

- Demonstração de Alterações no Capital Próprio

- Notas às Demonstrações Financeiras

� Certificação Legal das Contas

� Relatório e Parecer do Fiscal Único

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Banco Primus, S.A.Balanço em 31 de Dezembro de 2007 e 2006

Unidade: Euro

2006

Antes Prov. Prov. Imp. Valor ValorNotas Imp. Amort. Amort. Líquido Líquido

Activo:Caixa e disponibilidades em bancos centrais 2.099 - 2.099 724

Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 4.399.399 - 4.399.399 313.377

Aplicações em instituições de crédito 6 4.000.473 - 4.000.473 11.003.288

Crédito a clientes 7 107.468.274 (380.009) 107.088.265 38.950.719

Outros activos tangíveis 8 1.854.908 (277.272) 1.577.636 519.057

Activos intangíveis 9 1.561.421 (224.607) 1.336.814 523.370

Activos por impostos correntes 10 13.402 - 13.402 3.976

Activos por impostos diferidos 10 2.159.969 - 2.159.969 1.219.679

Outros activos 11 428.688 - 428.688 496.264

Total do Activo 121.888.633 (881.888) 121.006.745 53.030.454

Passivo:

Recursos de outras instituições de crédito 12 93.288.485 25.566.166

Provisões 13 766.392 374.748

Passivos por impostos correntes 23 41.548 35.047

Outros passivos 14 3.493.913 873.846

Total do Passivo 97.590.338 26.849.807

Capital Próprio:Capital 15 30.000.000 30.000.000

Outras reservas e resultados transitados 16 (3.819.353) (1.998.510)

Resultado do exercício (2.764.240) (1.820.843)

Total do Capital Próprio 23.416.407 26.180.647

Total do Passivo e do Capital Próprio 121.006.745 53.030.454

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

2007

As notas explicativas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras

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Banco Primus, S.A.Demonstração de Resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006

Unidade: Euro

Notas 2007 2006

Juros e rendimentos similares 18 5.832.317 1.778.833

Juros e encargos similares 18 (2.314.600) (125.239)

Margem financeira 3.517.717 1.653.594

Rendimentos de serviços e comissões 19 991.088 190.887

Encargos com serviços e comissões 19 (103.996) (11.151)

Outros resultados de exploração 20 (21.204) (54.076)

Produto bancário 4.383.605 1.779.254

Gastos com pessoal 21 (3.825.107) (2.188.280)

Gastos gerais administrativos 22 (3.131.059) (1.355.539)

Depreciações e amortizações 8 e 9 (323.535) (155.984)

Provisões líquidas de reposições e anulações 13 (391.644) (358.199)

Correcções de valores associadas ao crédito a clientes

e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 7 (375.549) (4.460)

Resultado antes de impostos (3.663.289) (2.283.208)

Impostos correntes 23 (41.241) (40.066)

Impostos diferidos 10 940.290 502.431

Resultado após impostos (2.764.240) (1.820.843)

Do qual: Resultado após impostos de operações

descontinuadas - -

Resultado líquido do exercício (2.764.240) (1.820.843)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

As notas explicativas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras

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BANCO PRIMUS, S.A.Demonstração dos fluxos de caixa dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006

Unidade: Euro

Notas 2007 2006Fluxos de caixa das actividades operacionaisComissões recebidas 2.011.854 190.886

Juros recebidos 5.276.216 1.828.746

Comissões pagas (1.098.885) (11.151)

Juros pagos (1.592.282) (59.073)

Pagamentos a colaboradores e fornecedores (6.418.031) (3.639.585)

Impostos 4.469 (22.718)

(Aumentos)/diminuições dos activos operacionais (líquido)

Crédito a clientes (66.303.084) (36.752.480)

Outros activos (218.053) (190.269)

Aumentos/(diminuições) dos passivos operacionais (líquido)

Recursos de outras instituições de crédito 67.000.000 25.500.000

Outros passivos 620.751 79.791

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais (717.045) (13.075.853)

Fluxos de caixa das actividades de investimentoAquisição de software (937.536) (346.386)

Aquisição de equipamento (1.258.022) (234.277)

Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento (2.195.558) (580.663)

Aumento líquido em caixa e seus equivalentes (2.912.603) (13.656.516)

Caixa e seus equivalentes no início do período 2.3.3 11.314.101 24.970.617

Caixa e seus equivalentes no fim do período 2.3.3 8.401.498 11.314.101

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

As notas explicativas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras

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Banco Primus, S.A.Demonstração de alterações no capital próprio dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006

Unidade: Euro

Resultados Resultado doNotas Capital transitados exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2005 29.905.551 (195.357) (1.708.704) 28.001.490

Despesas com aumentos de capital 94.449 (94.449) - -

Distribuição do prejuízo líquido de 2005:

- Incorporação em resultados transitados - (1.708.704) 1.708.704 -

Resultado do exercício - - (1.820.843) (1.820.843)

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 30.000.000 (1.998.510) (1.820.843) 26.180.647

Distribuição do prejuízo líquido de 2006:

- Incorporação em resultados transitados - (1.820.843) 1.820.843 -

Resultado do exercício - - (2.764.240) (2.764.240)

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 30.000.000 (3.819.353) (2.764.240) 23.416.407

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

As notas explicativas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

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(Montantes expressos em Euros)

1 Introdução

O Banco Primus, S.A. (Banco Primus ou o Banco), é um banco privado com sede social

em Paço de Arcos, e tem como objecto social o exercício da actividade bancária e a

realização de todas as operações permitidas aos bancos pela lei actual ou futura.

A 31 de Dezembro de 2007 o Banco Primus, para além da sua operação em Portugal,

detém uma Sucursal em Espanha. A Sucursal em Espanha foi registada no Banco de

Espanha em Janeiro de 2007 na sequência da comunicação realizada pelo Banco de

Portugal a 17 de Julho de 2006, tendo iniciado a sua actividade em 16 de Maio de 2007.

As demonstrações financeiras agora apresentadas foram aprovadas pelo Conselho de

Administração em 7 de Fevereiro de 2008. As demonstrações financeiras são

apresentadas em Euros.

2 Bases de apresentação, comparabilidade da informação e principais

políticas contabilísticas

2.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras do Banco foram apresentadas no pressuposto da

continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de

acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA),

nos termos do aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº

9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA traduzem-se na aplicação às demonstrações financeiras individuais das Normas

Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adoptadas pela União Europeia,

com excepção de algumas matérias reguladas pelo Banco de Portugal, nomeadamente:

i) valorimetria e imparidade do crédito concedido, que segue o regime disposto

no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho do Banco de Portugal;

ii) o tratamento contabilístico relativo ao reconhecimento em resultados

transitados dos ajustamentos das responsabilidades por pensões de reforma e

sobrevivência apuradas na transição, e;

iii) mensuração de activos tangíveis, que são mantidos ao custo de aquisição não

sendo possível o seu registo pelo justo valor.

Os IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation Comitee (“IFRIC”), e pelos respectivos órgãos antecessores.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

6

Normas contabilísticas com aplicação obrigatória em 2007:

• IFRS7, Instrumentos financeiros: Divulgação de informações e respectivas alterações

à IAS 1 - introduz novos requisitos de divulgação relacionados com os instrumentos

financeiros, sem impacto na sua classificação e mensuração, e com o capital;

• IFRIC 8, Âmbito de aplicação do IFRS 2 - sem impacto nas demonstrações

financeiras do Banco;

• IFRIC 10, Relato financeiro intercalar e imparidade - sem impacto nas demonstrações

financeiras do Banco.

Normas contabilísticas com aplicação obrigatória em 2007 não relevantes para o Banco:

• IFRS 4, “Contratos de seguro”;

• IFRIC 7, Aplicação da abordagem pela reexpressão segundo o IAS 29 – Relato

financeiro em economias hiper inflacionárias;

• IFRIC 9, Reavaliação de derivados embutidos.

Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas sem aplicação obrigatória:

O Banco optou por não aplicar as normas contabilísticas e interpretações recentemente

emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 2007. Actualmente o Banco encontra-se a

avaliar o impacto da adopção destas normas, não tendo ainda terminado a sua análise:

• IAS 23 (Alterações), Custos de empréstimos;

• IFRS 8, Segmentos operacionais;

• IFRIC 14, IAS 19 – Limites de benefícios definidos, requisitos mínimos de

financiamento e a sua interacção;

• IFRIC 11, IFRS 2, Transacções de acções próprias e do grupo;

• IFRIC 12, Acordos de concessão de serviços;

• IFRIC 13, Programas de fidelidade de Clientes.

2.2 Comparabilidade da informação

Conforme se refere na nota 1, em Maio de 2007 o Banco iniciou a actividade da sua

Sucursal em Espanha, pelo que, excepto no que se refere aos efeitos decorrentes de tal

facto, as contas referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 são

comparáveis em todos os aspectos materialmente relevantes com as contas do exercício

referentes a 31 de Dezembro de 2006.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

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2.3 Principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras, foram as seguintes:

2.3.1 Activos e passivos financeiros

Os activos e passivos financeiros são reconhecidos na data de negociação ou

contratação, salvo se decorrer de expressa estipulação contratual ou de regime

legal ou regulamentar aplicável que os direitos e obrigações inerentes aos valores

transaccionados se transferem em data diferente, casos em que será esta última a

data relevante.

No momento inicial, os activos e passivos financeiros são reconhecidos pelo justo

valor acrescido de custos de transacção directamente atribuíveis.

Entende-se por justo valor o montante pelo qual um determinado activo ou passivo

pode ser transferido ou liquidado entre contrapartes de igual forma conhecedoras e

interessadas em efectuar essa transacção. Na data de contratação ou de início de

uma operação o justo valor é geralmente o valor da transacção.

O desreconhecimento de activos financeiros ocorre quando expiram os direitos

contratuais de recuperar os activos ou quando o Banco transferiu substancialmente

todos os riscos e benefícios associados à sua detenção.

2.3.2 Crédito a Clientes

O Crédito a Clientes inclui os empréstimos concedidos pelo Banco Primus, cuja

intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que

o montante do crédito é disponibilizado ao cliente.

Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a operações de crédito

são periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do

momento em que são cobrados ou pagos.

O Crédito a Clientes é reconhecido inicialmente pelo seu valor nominal não

podendo ser reclassificado para as restantes categorias de activos financeiros.

O Crédito a Clientes é sujeito a determinação de provisões para riscos de crédito de

acordo com o definido na nota 2.3.5.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

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2.3.3 Reconhecimento de juros

Os Juros e rendimentos similares e Juros e encargos similares reconhecem-se em

função do período de vigência das operações, de acordo com o princípio

contabilístico da especialização de exercícios, sendo registados

independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Os juros de créditos garantidos por hipotecas são contabilizados como proveitos até

um ano após a data de vencimento da primeira prestação em atraso. Os juros não

registados, sobre estes créditos, apenas são reconhecidos no exercício em que

venham a ser cobrados.

2.3.4 Comissões

As comissões e outros rendimentos e encargos são reconhecidos em geral, de

acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, da seguinte

forma:

� Os rendimentos de serviços são reconhecidos em resultados do exercício à

medida que os serviços são prestados;

� As comissões e encargos relacionados com operações de crédito são

periodificados de forma linear durante a vida da operação que lhes deu origem,

de acordo com a Carta Circular 22/2006/DSB do Banco de Portugal.

2.3.5 Provisões para riscos de crédito

Conforme referido na nota 2.1, o Banco aplica nas suas contas as NCA pelo que,

de acordo com o definido nos nº 2 e nº 3 do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal,

a valorimetria e provisionamento do crédito concedido mantém o regime definido

pelas regras do Banco de Portugal. De acordo com o Aviso nº 3/95 do Banco de

Portugal, e outras disposições emitidas pelo mesmo, o Banco constitui as seguintes

provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens

provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes

e são crescentes em função do período decorrido desde a data de incumprimento.

Esta provisão é apresentada a deduzir à rubrica de crédito a clientes no activo.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

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ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a

créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital

ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades

vencidas. São considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

� As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se

verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros,

pelo menos uma das seguintes condições:

i) Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;

ii) Estarem em incumprimento há mais de:

� Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

� Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco

anos mas inferior a dez anos;

� Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a

dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da

constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis

ao crédito vencido dessas operações, nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de

Portugal.

� Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a

classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações

relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os

créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas de

provisão aplicáveis aos créditos vencidos.

Esta provisão é apresentada a deduzir à rubrica de crédito a clientes no activo.

Os créditos considerados incobráveis são anulados por contrapartida das

respectivas provisões específicas constituídas. A anulação de créditos (write-off) é

efectuada após terem sido tomadas todas as medidas possíveis de recuperação e

ter sido determinado o montante da perda. As recuperações posteriores são

reconhecidas em proveitos no exercício em que ocorrem.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica Provisões e destina-se a fazer face a

riscos de cobrança do crédito concedido não vencido.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à

totalidade do crédito não vencido:

� 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações

de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se

destine a habitação do mutuário;

� 1,5% no caso de se tratar de crédito ao consumo;

� 1% no que se refere ao restante crédito concedido, incluindo o representado por

aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga.

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Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

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2.3.6 Activos intangíveis

Os activos intangíveis referem-se essencialmente aos investimentos em “software”.

Os custos incorridos com a aquisição ou desenvolvimento de software são

capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pelo Banco

necessárias à sua implementação. O Banco regista nesta rubrica as despesas

associadas à fase de desenvolvimento de projectos relativos a tecnologias de

informação desenvolvidos internamente.

Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil estimada destes

activos (entre 3 e 5 anos).

Os custos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como

custos quando incorridos.

2.3.7 Outros activos tangíveis

De acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, os outros activos tangíveis

são valorizados ao custo de aquisição, excepto quando se verifiquem reavaliações

extraordinárias autorizadas. O custo inclui despesas que são directamente

atribuíveis à aquisição dos bens. Ao valor de custo em balanço são deduzidas as

respectivas amortizações acumuladas.

Os custos subsequentes com os activos tangíveis são reconhecidos apenas se for

provável que deles resultem benefícios económicos futuros para o Banco. Todas as

despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo

com o princípio da especialização dos exercícios.

As amortizações dos outros activos tangíveis são calculadas segundo o método das

quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil estimada dos

bens:

Equipamento: Anos de vida útil

� Mobiliário e Material 8

� Equipamento Informático 4-5

� Instalações Interiores 8-10

Estes activos são sujeitos a testes de imparidade sempre que eventos ou

circunstâncias indiciam que o valor de balanço excede o seu valor realizável, sendo

a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor realizável é o maior de

entre o valor de mercado do activo deduzido dos custos de venda e o seu valor de

uso.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

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2.3.8 Contratos de locação

Enquanto locatário, o Banco apenas detém contratos de locação operacional, cujas

rendas são registadas em custos na rubrica de gastos gerais administrativos, de

acordo com o princípio de especialização dos exercícios. O Banco não actua como

locador.

2.3.9 Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes

englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a

contar da data de balanço, onde se incluem a caixa, as disponibilidades e as

aplicações em Instituições de crédito.

2.3.10 Provisões

Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos

específicos, nomeadamente contingências fiscais, processos judiciais e outras

perdas estimadas decorrentes da actividade do Banco Primus.

São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal

ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii)

quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

2.3.11 Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são

registadas em contas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de

juros, comissões ou outros proveitos registados em contas de resultados ao longo

da vida das operações.

2.3.12 Imposto sobre lucros

O Banco Primus está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto

sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos

diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto

quando estão relacionados com items que são reconhecidos directamente nos

capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos

capitais próprios.

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no

resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a

taxa de imposto aprovada que, a 31 de Dezembro de 2007, era de 26,5% resultante

da taxa de IRC de 25% e da derrama de 1,5%, calculada sobre o lucro tributável.

Considerando que o pagamento da derrama é devido independentemente da

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Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

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existência de prejuízos fiscais reportáveis, a taxa aplicável ao cálculo de impostos

diferidos sobre os prejuízos fiscais é de 25%.

O Banco Primus regista impostos diferidos decorrentes (i) das diferenças

temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base

fiscal, para efeitos de tributação em sede de IRC e (ii) dos prejuízos fiscais

apurados a utilizar em exercícios futuros. Os impostos diferidos passivos são

geralmente reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis.

Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja

expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as

diferenças temporárias dedutíveis e os prejuízos fiscais a utilizar futuramente.

Os impostos diferidos activos e passivos são registados quando existe uma

diferença temporária ente o valor de um activo ou passivo e a sua base de

tributação. O seu valor corresponde ao valor do imposto a recuperar ou pagar em

períodos futuros. Os impostos diferidos activos e passivos foram calculados com

base nas taxas fiscais em vigor para o período em que se prevê que seja realizado

o respectivo activo ou passivo.

Os prejuízos fiscais apurados num exercício são dedutíveis aos lucros fiscais dos

seis anos seguintes.

2.3.13 Instrumentos de Capital Próprio

Um instrumento é classificado como instrumento de capital próprio quando não

existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a

entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma

legal, evidenciando um interesse residual nos activos de uma entidade após a

dedução de todos os seus passivos.

Todos os custos directamente atribuíveis à emissão de capital são registados por

contrapartida de capitais próprios.

As distribuições efectuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao

capital próprio como dividendos quando declaradas.

2.4 Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas

contabilísticas

Na elaboração das demonstrações financeiras o Banco Primus efectuou estimativas e

utilizou pressupostos que afectam as quantias relatadas dos activos e passivos. Estas

estimativas e pressupostos são apreciados regularmente e baseiam-se em diversos

factores incluindo expectativas acerca de eventos futuros que se consideram razoáveis

nas circunstâncias.

O Banco Primus reconheceu impostos diferidos activos no pressuposto da existência de

matéria colectável futura e tendo por base legislação fiscal em vigor ou já publicada para

aplicação futura. Eventuais alterações futuras na legislação fiscal podem influenciar as

quantias expressas nas demonstrações financeiras relativas a impostos diferidos.

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Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

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O Banco Primus analisa semestralmente a sua carteira de crédito com o objectivo de

estimar o montante de provisões económicas que considera adequado para cobrir o risco

de crédito inerente. O modelo de provisões económicas encontra-se descrito na Nota.

3.1.

3 Gestão de riscos financeiros

A gestão de riscos no Banco Primus é encarada como uma preocupação constante e

baseada numa estratégica integrada e fortemente orientada para a identificação,

monitorização, prevenção e mitigação dos diferentes riscos a que o Banco se encontra

exposto.

A política de gestão de riscos adoptada pelo Banco visa garantir, a todo o momento, uma

adequada relação entre os seus capitais próprios e a actividade desenvolvida. O

objectivo é maximizar a rentabilidade dos accionistas sem prejudicar a solidez financeira

da Instituição. Neste contexto, o reporte, controlo e acompanhamento dos principais

riscos – risco de crédito, taxa de juro, liquidez e operacional – assume particular

importância.

O controlo global da actividade é realizado a dois níveis distintos. Num primeiro nível

estão os Directores com responsabilidades de gestão de área e reporte directo à

Comissão Executiva. Compete a esses Directores das áreas operativas, acompanhar

diariamente, a actividade através de um conjunto de indicadores que permitem de forma

sistemática e atempada, verificar a realização dos objectivos e detectar situações

anómalas que exijam intervenção imediata. Compete também à estrutura directiva a

validação da informação produzida pelos sistemas de informação, que é utilizada num

segundo nível pela Administração.

O Conselho de Administração recebe periodicamente um conjunto de informação, que

permite um acompanhamento efectivo da actividade do Banco. Essa informação tem

carácter diário, semanal ou mensal e espelha o desenvolvimento da actividade no seu

global.

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31 de Dezembro de 2007 e 2006

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3.1 Risco de Crédito

Estrutura interna A Administração do Banco Primus é responsável por definir os objectivos da actividade,

princípios de gestão, as políticas, as estratégias de risco e assegurar que o Banco dispõe

de uma estrutura adequada para a sua implementação.

Neste sentido, seguindo as orientações do Banco de Portugal e as exigências do novo

Acordo de Basileia, no que refere ao princípio de segregação de funções, foi criada no

primeiro semestre de 2007, a Direcção de Riscos de Crédito.

Esta nova unidade, independente e especializada, assume o ónus da gestão pró-activa

do risco de crédito. É igualmente responsável pelo desenvolvimento e implementação de

processos de gestão e controlo do risco implícito da carteira através de metodologias de

avaliação adequadas às especificidades da actividade, das operações e do segmento de

Clientes.

Por forma a garantir uma visão consolidada dos riscos bem como fomentar a adopção e

partilha das melhores práticas entre o grupo (sede e sucursal), nomeadamente no que

concerne ao alinhamento de conceitos, consistência de princípios, métricas e objectivos

definidos, foi criada a figura corporate do Risk Officer.

Processo de Gestão

O risco de crédito está associado ao grau de incerteza dos fluxos de caixa futuros, e

resulta da incapacidade do Cliente, ou contraparte, em cumprir as obrigações

contratualmente estabelecidas com o Banco.

Neste contexto, o Banco Primus definiu uma rigorosa política de gestão de risco que se

encontra descrita num documento aprovado pela Conselho de Administração, bem como

em manuais internos, cobrindo os processos de concessão, acompanhamento e

recuperação de crédito.

O processo de avaliação de concessão de crédito realiza-se de forma vertical pela

organização em função de variáveis pré-definidas, à luz do Regulamento de Crédito.

Cabe, no entanto, à Direcção de Risco, o controlo permanente do risco de crédito, a

detecção precoce de situações potenciais de incumprimento e a proposta de medidas

preventivas para situações de risco potencial para o Banco.

O grau de risco dos Clientes é avaliado através da grelha de rating interno, que atribui

uma classificação a cada Cliente em diferentes segmentos, com base nos seguintes

indicadores:

i Classificação do Cliente mediante a análise dos seus dados sócio-profissionais e

creditícios;

ii Avaliação da capacidade actual de reembolso do Cliente e estabelecimento dos

limites correspondentes;

iii Análise dos valores das garantias prestadas.

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31 de Dezembro de 2007 e 2006

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Dentro das diferentes direcções envolvidas no processo de concessão, estão definidos

níveis de competências de aprovação, atribuídos em função das características de risco

do Cliente e da operação e do montante da operação.

Mensuração e controlo do risco

A exposição ao risco de crédito bem como a sua mensuração é gerida de forma regular,

com o objectivo de detectar precocemente situações de incumprimento. Neste âmbito,

foram definidos indicadores de alerta, tais como níveis de incumprimento a 30, 60 e 90

dias e níveis de incumprimento por canal de originação, que de acordo com a respectiva

frequência e gravidade, conduzem à revisão da atribuição das classificações de risco e

ao estabelecimento de planos de acção nomeadamente “watch lists” de parceiros em

vigilância de risco.

Mensalmente, são também seguidos e analisados os limites de concentração e

exposição. Estes limites são, não só, estabelecidos em função dos limites

regulamentares bem como também definidos em função do segmento do Cliente,

produto, contraparte, garantias, entre outros.

Numa óptica de vigilância individual são estudados mensalmente os créditos

considerados mais problemáticos, nas suas mais diversas vertentes: canal de entrada do

Cliente, potencial situação de fraude, perspectiva de recuperação e estimação da perda

esperada.

Como ferramentas complementares são também realizados regularmente Comités de

Risco assim como a avaliação da a existência de imparidade na carteira do Banco.

Comités de Risco

São realizados, com carácter mensal, sendo o local privilegiado para o debate e análise

não só indicadores específicos da actividade e do risco de crédito assumido pelo Banco,

como também a evolução conjuntural de indicadores macroeconómicos. Neste fórum são

também identificadas e delineadas acções preventivas e/ou correctivas e emitidas

propostas para aprovação em Conselho de Administração. Poderão ser realizadas

reuniões extraordinárias do Comité sempre que surjam mudanças inesperadas no

enquadramento de risco do Banco, nomeadamente no caso de os limites de risco de

crédito definidos serem ultrapassados.

Cálculo da provisões económicas para a carteira de crédito

O Banco avalia regularmente a existência de evidência objectiva de imparidade na sua

carteira de crédito, no âmbito do reporte para o Banco de Portugal das provisões

económicas.

A metodologia e os pressupostos utilizados para o cálculo das provisões económicas são

objecto de apreciação semestral por parte dos Auditores externos, o que é acompanhado

pelo Conselho de Administração do Banco, sendo posteriormente reportadas ao

regulador.

No Banco Primus, o cálculo das provisões económicas obedece ao desenvolvimento das

seguintes etapas, i) segmentação da carteira de crédito, ii) análise de evidência de

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31 de Dezembro de 2007 e 2006

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imparidade para os diferentes segmentos, iii) quantificação da imparidade para os

segmentos identificados e iv) cálculo das provisões económicas.

O provisionamento económico da carteira de crédito é avaliado, numa base individual

para créditos de montante significativo ou que se encontrem em contencioso. Para a

finalidade de avaliação colectiva da imparidade, concorrem os créditos não incluídos na

análise individual sendo estes agrupados de acordo com características de risco

semelhantes.

A análise colectiva é realizada semestralmente, enquanto que a análise individual se

processa mensalmente, sendo a mesma apresentada em Comité de Risco.

São, seguidamente apresentadas também algumas medidas de controlo e mitigação do

risco utilizadas na Instituição:

Garantias

Todas as operações de crédito têm associadas garantias reais, nomeadamente a

hipoteca de bens imóveis, servindo estes activos como instrumentos de mitigação da

exposição do Banco ao risco de incumprimento. Casuisticamente e como reforço de

garantias, o Conselho de Administração poderá aceitar outro tipo de garantias reais e/ou

pessoais.

Stress Tests

Trimestralmente, são desenvolvidas pela Direcção de Risco, análises de cenários

extremos hipotéticos cujo objectivo é a avaliação dos impactos potenciais sobre a

adequação de fundos próprios. Estes cenários deverão permitir medir os embates

resultantes de alterações de factores de risco em função de acontecimentos

excepcionais, mas plausíveis.

O Banco deve, assim, avaliar o seu nível de fundos próprios, nomeadamente a

adequação à sua realidade e às vulnerabilidades específicas do mercado, a existência ou

não de capacidade para absorver impactos/choques bem como de formas eficientes de

fazer face a eventuais acontecimentos adversos.

As conclusões dos exercícios de cálculo de stress tests, efectuados durante o ano de

2007, não revelaram necessidades de medidas correctivas, quer em relação ao risco

assumido em cada segmento de Clientes, quer em relação ao nível e qualidade das

garantias aceites.

Os stress tests são analisados e acompanhados regularmente pelo Conselho de

Administração do Banco, sendo posteriormente reportados ao Banco de Portugal.

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A 31 de Dezembro de 2007 e 2006 a exposição máxima a risco de crédito, excluindo as

garantias recebidas, é a seguinte:

31-12-2007 31-12-2006

Disponibilidades sobre instituições de crédito 4.399.399 313.377

Devedores e outras aplicações 278.179 109.884

Aplicações em Instituições de crédito 4.000.473 11.003.288

Crédito a clientes:

Particulares 95.961.117 29.817.143

Empresas 11.127.148 9.133.576

Outras operações a regularizar - 285.629

115.766.316 50.662.897

Extrapatrimoniais:Garantias prestadas 1.017.780 67.780

Compromissos irrevogáveis 5.674.648 3.952.947

6.692.428 4.020.727

122.458.744 54.683.624

O montante de compromissos irrevogáveis apresentado representa o montante total de

propostas de crédito aprovadas e válidas mas ainda não contratadas, conforme referido

na nota 17.

O Crédito a Clientes tem associadas garantias recebidas, no caso hipotecas sobre

imóveis. O valor contabilístico destas garantias no montante de 153.886.833 euros (2006:

80.276.015 euros), corresponde ao menor entre o valor de avaliação e o valor máximo

legal de cada hipoteca. O justo valor destes colaterais aproxima-se ao valor registado nas

rubricas extrapatrimoniais, considerando que as avaliações dessas garantias, efectuadas

por entidades externas independentes, são recentes.

A segmentação da exposição a risco de crédito por mercados geográficos a 31 de

Dezembro de 2007, é a seguinte:

Portugal Espanha

Disponibilidades sobre instituições de crédito 883.208 3.516.191

Devedores e outras aplicações 230.409 47.770

Aplicações em instituições de crédito 4.000.473 -

Crédito a clientes 90.220.752 16.867.513

Garantias prestadas 1.017.780 -

Compromissos irrevogáveis 5.674.648 -

Em 31 de Dezembro de 2006, a exposição a risco de crédito estava limitada ao mercado

geográfico português.

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31 de Dezembro de 2007 e 2006

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A segmentação de acordo com as classes internas de risco determinadas de acordo com

diversos factores como a existência de incidentes, nível de garantias reais associado e

nível de incumprimento, é a seguinte:

31-12-2007 31-12-2006

Prime 25,78% 36,30%

Standard monitoring 26,95% 48,79%

Special monitoring 30,27% 11,48%

Sub-standard 17,00% 3,43%

As categorias apresentadas resultam da combinação de dois factores: i) evidência de

incidentes e ii) nível de cobertura dos empréstimos por garantias hipotecárias. Atendendo

ao tipo de Clientes em questão, particulares e pequenas empresas, não estão disponíveis

classificações de rating externas.

Considerando que o exercício de 2006 foi o primeiro ano completo de actividade de

concessão de crédito, a concentração nas duas primeiras categorias de risco reflecte a

política de concessão mais restritiva seguida nesse ano privilegiando clientes sem

incidentes. A evolução verificada durante o ano de 2007 reflecte a estratégia de crédito

definida pelo Banco que pretende ter um posicionamento também no segmento de

clientes com incidentes bancários.

A exposição a risco de crédito para contratos com valores vencidos mas sem imparidade,

segmentada por antiguidade de incumprimento é a seguinte:

31 de Dezembro de 2007

Exposição máxima

Provisões para crédito

Garantias recebidas

Inferior a 3 meses 2.763.079 (2.565) 5.931.340

3 a 6 meses 1.031.523 (7.409) 2.183.378

6 a 12 meses 1.782.401 (49.211) 2.832.998

Superior a 12 meses 546.778 (127.796) 1.258.900

6.123.782 (186.982) 12.206.616

A segmentação da exposição a risco de crédito dos restantes activos financeiros é

apresentada como segue:

31 de Dezembro de 2007Investment

grade (*)Sem rating

Disponibilidades em instituições de crédito 4.399.399 -

Aplicações em instituições de crédito 4.000.473 -

Outros activos - 278.179

Garantias prestadas - 1.017.780

Compromissos irrevogáveis - 5.674.648

(*) Cotações BBB ou superior

Os demais aspectos relacionados com risco de crédito estão evidenciados nas notas 7 e

17.

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31 de Dezembro de 2007 e 2006

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3.2 Risco de Taxa de Juro

A tomada de risco de taxa de juro ocorre sempre que, no desenvolvimento da sua

actividade, o Banco contrata operações com fluxos financeiros futuros sensíveis a

variações da taxa de juro. O risco de taxa de juro implica a perda potencial em activos

financeiros decorrente de alterações de taxas de juro de mercado.

A avaliação do risco de taxa de juro é apurada por via de um processo de análise de

sensibilidade efectuado mensalmente para o conjunto de operações que integram o

balanço do Banco Primus.

No Banco Primus, o risco de taxa de juro é medido pelo modelo de repricing gap sobre os

activos e passivos sensíveis a variações da taxa de juro.

Em linhas gerais, o modelo consiste no agrupamento de activos e passivos sensíveis por

datas de repricing (datas de alteração da taxa de juro) em intervalos fixos de tempo, a

partir dos quais se pode estimar a sensibilidade do balanço às variações das taxas de

juro.

A definição da estratégia e políticas de gestão do risco de taxa de juro é da

responsabilidade do Conselho de Administração. A função de gestão e controlo do

respectivo risco está atribuída ao Comité de Activos e Passivos (Asset-Liability Committee, doravante “ALCO”), de acordo com a estratégia definida pelo Conselho de

Administração. A gestão do risco encontra-se delegada na Direcção Financeira, dentro

dos limites definidos pelo Conselho de Administração.

Tendo presente as principais directrizes estratégicas estabelecidas para a actividade do

Banco Primus, foi definido uma política de reduzida sensibilidade da margem financeira,

encontrando-se a generalidade dos créditos concedidos e instrumentos de dívida

contratados indexados à Euribor a 6 meses.

Em 31 de Dezembro de 2007, o risco de taxa de juro do balanço do Banco, medido de

acordo com a Instrução 19/2005 do Banco de Portugal, que assume, entre outros

factores, uma descida de 200 pontos básicos paralelo na estrutura de taxas de juro, era

de 279 milhares de euros (2006: 78 milhares de Euros) de impacto negativo nos capitais

próprios.

Banda Temporal Activos (+) Passivos (-) Posição (+/-)Factor de

PonderaçãoPosição

Ponderada

à vista - 1 mês 28.716.321 10.652.214 18.064.108 0,08% (14.451)

1 - 3 meses 24.143.351 21.352.507 2.790.844 0,32% (8.931)

3 - 6 meses 35.550.479 61.283.752 (25.733.273) 0,72% 185.280

6 - 12 meses 22.400.849 22.400.849 1,43% (320.332)

1 - 2 anos 4.351.515 4.351.515 2,77% (120.537)

2 - 3 anos - - 4,49% -

3 - 4 anos - - 6,14% -

4 - 5 anos - - 7,71% -

5 - 7 anos - - 10,15% -

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3.3 Risco de Liquidez O risco de liquidez está associado à incapacidade do Banco cumprir com as suas

obrigações, sem incorrer em perdas significativas decorrentes de uma degradação das

condições de financiamento.

Tendo presente que a principal componente do activo do Banco Primus é constituída por

créditos hipotecários de longa duração a gestão do risco de liquidez assume um papel

chave no modelo de rentabilidade do Banco.

Deste modo, a gestão do risco de liquidez do Banco Primus tem como principal objectivo

manter níveis satisfatórios de liquidez para fazer face às necessidades de financiamento

no curto e no médio/longo prazo.

O Banco desenvolveu um documento formal que define a política de risco de liquidez da

Instituição bem como os respectivos limites autorizados e aprovados pela Administração.

As decisões sobre política de liquidez são tomadas em ALCO e executadas pela

Tesouraria, em coordenação com a Direcção Financeira.

A avaliação do risco de liquidez do Banco Primus é efectuada através da utilização de

indicadores regulamentares definidos pelas autoridades de supervisão, assim como

indicadores internos para os quais se encontram igualmente definidos limites de

exposição.

No âmbito da actividade de gestão do risco de liquidez são elaborados mapas de liquidez

que permitem a análise dos prazos residuais dos activos e passivos. Para cada intervalo

definido, procede-se ao cálculo da diferença, em montante, entre cash inflows e cash outflows, ou seja, o Gap de liquidez.

A elaboração destes mapas é efectuada mediante a categorização dos activos e passivos

de acordo com (i) a natureza dos instrumentos e mercados de transacção, (ii) dos seus

diferentes horizontes temporais e (iii) do contexto institucional em que se enquadram (p.e.

contraparte, área geográfica, etc.).

Tal como no risco de taxa de Juro, este modelo engloba tanto as operações de balanço

como as operações fora de balanço.

Em termos regulamentares, o rácio de liquidez calculado segundo as regras exigidas pelo

Banco de Portugal, situava-se em 596% no final do ano de 2007.

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Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

21

A análise dos activos e passivos financeiros por prazos de maturidade, em 31 de

Dezembro de 2007 e 2006 é analisada conforme segue:

31 de Dezembro de 2007

Até 1 mês 1 a 3 meses3 meses a 1

ano 1 a 5 anosMais de 5

anos TotalActivo:Caixa e disponibilidades em bancos centrais 2.099 - - - - 2.099

Disponibilidades em outras instituições de crédito 4.399.399 - - - - 4.399.399

Aplicações em instituições de crédito 4.000.473 - - - - 4.000.473

Crédito a clientes 2.056.695 2.337.127 9.453.718 4.535.964 88.704.761 107.088.265

Total do Activo 10.458.666 2.337.127 9.453.718 4.535.964 88.704.761 115.490.236

Passivo:Recursos de outras instituições de crédito 4.188.355 447.560 152.570 - 88.500.000 93.288.485

Total do Passivo 4.188.355 447.560 152.570 - 88.500.000 93.288.485

Valor líquido 6.270.311 1.889.567 9.301.148 4.535.964 204.761 22.201.751

31 de Dezembro de 2006

Até 1 mês 1 a 3 meses3 meses a 1

ano 1 a 5 anosMais de 5

anos TotalActivo:Caixa e disponibilidades em bancos centrais 724 - - - - 724

Disponibilidades em outras instituições de crédito 313.377 - - - - 313.377

Aplicações em instituições de crédito 11.003.288 - - - - 11.003.288

Crédito a clientes 241.637 44.448 2.944.012 1.375.682 34.344.940 38.950.719

Total do Activo 11.559.026 44.448 2.944.012 1.375.682 34.344.940 50.268.108

Passivo:Recursos de outras instituições de crédito 5.519.694 - 46.472 - 20.000.000 25.566.166

Total do Passivo 5.519.694 - 46.472 - 20.000.000 25.566.166

Valor líquido 6.039.332 44.448 2.897.540 1.375.682 14.344.940 24.701.942

A análise dos fluxos contratuais futuros dos passivos financeiros é apresentada como

segue:

31 de Dezembro de 2007

Até 1 mês 1 a 3 meses3 meses a 1

ano 1 a 5 anosMais de 5

anos TotalPassivos financeiros (fluxos contratuais)

Recursos de outras instituições de crédito 4.170.773 540.741 4.076.417 18.439.869 93.106.812 120.334.612

4.170.773 540.741 4.076.417 18.439.869 93.106.812 120.334.612

31 de Dezembro de 2006

Até 1 mês 1 a 3 meses3 meses a 1

ano 1 a 5 anosMais de 5

anos TotalPassivos financeiros (fluxos contratuais)

Recursos de outras instituições de crédito 5.519.694 - 872.076 3.490.694 21.746.542 31.629.006

5.519.694 - 872.076 3.490.694 21.746.542 31.629.006

A 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Banco tem disponíveis linhas de funding

contratadas e não utilizadas no montante de 32.000.000 euros (2006: 23.500.000 euros).

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

22

3.4 Gestão de Capital

O Banco Primus segue um modelo rigoroso de gestão da sua base de capital de forma a

optimizar a sua alocação e garantir a sua adequação face às exigências prudenciais e de

crescimento futuro da actividade.

O modelo de gestão de capital encontra-se assente num exercício de planeamento

financeiro, onde é projectada a evolução da actividade do Banco num horizonte temporal

de 5 anos.

O acompanhamento da evolução da adequabilidade dos fundos próprios e do respectivo

rácio de solvabilidade é efectuado de uma forma regular ao longo do ano, através da

identificação dos desvios face às projecções efectuadas.

Em 31 de Dezembro de 2007, o rácio de requisitos de fundos próprios, de acordo com as

regras do Banco de Portugal, era de 34,26%, e o rácio do Tier I era de 33,27%.

31-12-2007 31-12-2006

Fundos PrópriosBase 21.893.023 26.187.110

Complementares 651.393 178.147

22.544.416 26.365.257

Activos e Elementos Extrapatrimoniais PonderadosActivos 61.942.356 25.266.422

Elementos Extraparimoniais 1.017.780 67.780

Total 62.960.136 25.334.202

Rácio de Solvabilidade 35,8% 104,1%

Fundos Próprios

No final de 2007, o total de fundos próprios ascendia a 22,5 M.€. Os fundos próprios de

base ascenderam a 21,9 M.€. Por sua vez, os fundos próprios complementares (líquidos

de deduções) atingiram, no final do ano, os 651 m.€.

Os resultados negativos do ano, de 2,76 M.€, que reflectem o forte investimento

efectuado ao longo de 2007 no lançamento de novos negócios e/ ou sucursais,

constituíram o principal factor que contribuiu para a evolução negativa dos fundos

próprios de base.

Requisitos de fundos próprios

Os requisitos totais de fundos próprios aumentaram em 3,08 M.€ (+140%) relativamente

a 2006, o que reflecte essencialmente a expansão da carteira de crédito.

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Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

23

A expansão da carteira de crédito originou um crescimento de 170% (35,6 M.€) dos

activos ponderados, que corresponde a um aumento em 2,8 M€ dos requisitos de fundos

próprios.

4 Justo valor

Os valores contabilísticos dos instrumentos financeiros comparam com o respectivo justo

valor conforme segue:

31 de Dezembro de 2007 Valor Justocontabilístico valor

Activo

Disponibilidades em outras instituições de crédito 4.399.399 4.399.399

Aplicações em instituições de crédito 4.000.473 4.000.473

Crédito a clientes 107.088.265 107.376.905

Passivo

Recursos de Instituições de Crédito 93.288.485 93.288.485

Extrapatrimoniais

Garantias prestadas 1.017.780 21.025

Linhas de crédito irrevogáveis 5.674.648 5.674.648

31 de Dezembro de 2006 Valor Justocontabilístico valor

Activo

Disponibilidades em outras instituições de crédito 313.377 313.377

Aplicações em instituições de crédito 11.003.288 11.003.288

Crédito a clientes 38.950.719 38.950.719

Passivo

Recursos de Instituições de Crédito 25.566.166 25.566.166

Extrapatrimoniais

Garantias prestadas 61.780 7.362

Linhas de crédito irrevogáveis 3.952.947 3.952.947

As Disponibilidades em outras Instituições de crédito e as Aplicações em Instituições de

crédito são constituídas por depósitos à ordem e de muito curto prazo que vencem juros

a taxas de mercado, pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo

justo valor.

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Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

24

O justo valor do crédito a Clientes, apresentado líquido de provisões, é estimado com

base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando

que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas. Os fluxos de caixa

futuros foram actualizados utilizando uma taxa de desconto que a equipa de gestão do

banco considera reflectir, com base na informação de negócio existente até ao momento,

o custo de oportunidade associado aos créditos em carteira.

Os Recursos de Instituições de crédito vencem juros a taxas de mercado, pelo que se

considera que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor.

O justo valor das garantias prestadas corresponde ao valor de fluxos de caixa futuros

descontados das comissões associadas.

5 Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2007 31-12-2006

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 4.399.399 313.377

As Disponibilidades sobre instituições de crédito no país são constituídas por depósitos à

ordem com prazo residual inferior a 1 mês e são remuneradas a taxas que, em 31 de

Dezembro de 2007, se situam entre 3,77% e 3,82% (2006: 3,45% e 3,48%).

6 Aplicações em instituições de crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2007 31-12-2006

Aplicações em instituições de crédito no país 4.000.000 11.000.000

Juros das aplicações 473 3.288

4.000.473 11.003.288

As aplicações em instituições de crédito no país têm vencimento inferior a 1 mês e são

remuneradas a taxas que, em 31 de Dezembro de 2007, se situam entre 4,21% e 4,30%

(2006: entre 3,55% e 3,60%).

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31 de Dezembro de 2007 e 2006

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7 Crédito a Clientes Esta rubrica tem a seguinte composição:

Crédito vincendo e juros periodificados Particulares Empresas Total Total

Crédito à habitação 32.348.826 - 32.348.826 7.893.726

Crédito para outras finalidades 61.531.290 11.091.819 72.623.109 30.267.427

Juros de crédito à habitação 187.378 - 187.378 26.098

Juros de crédito para outras finalidades 588.159 80.433 668.592 270.956

94.655.653 11.172.252 105.827.905 38.458.207

Crédito e juros vencidos Inferior a 90 dias 156.983 486 157.469 57.520

Superior a 90 dias 1.095.156 2 1.095.158 25.834

1.252.139 488 1.252.627 83.354

Total de Crédito concedido 95.907.792 11.172.740 107.080.532 38.541.561

Provisões especificas para crédito (380.004) (5) (380.009) (4.460)

Comissões associadas a operações de crédito (líquidas) 433.329 (45.587) 387.742 413.618

95.961.117 11.127.148 107.088.265 38.950.719

31-12-2007 31-12-2006

O prazo residual do Crédito a Clientes é apresentado conforme segue:

31-12-2007 31-12-2006

Até 1 mês 2.056.695 241.637

1 a 3 meses 2.337.127 44.448

3 meses a 1 ano 9.453.718 2.944.012

1 a 5 anos 4.535.964 1.375.682

Mais de 5 anos 88.704.761 34.344.940

107.088.265 38.950.719

As Comissões associadas a operações de crédito, referem-se ao valor líquido das

comissões pagas aos parceiros e das comissões recebidas por operações de crédito,

diferidas de forma linear ao longo da vida da operação que lhes deu origem.

A rubrica Crédito vencido refere-se aos valores de capital, juros e outras despesas das

prestações vencidas e não cobradas. A 31 de Dezembro de 2007 o Banco não tem

qualquer valor classificado como crédito reestruturado.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

26

As provisões específicas para crédito são analisadas como segue:

31-12-2007 31-12-2006

Provisões específicas para crédito

Saldo inicial 4.460 -

Aumentos 483.630 4.460

Reposições/Reversões (108.081) -

Saldo final 380.009 4.460

8 Outros activos tangíveis

Os movimentos ocorridos no exercício de 2007 na rubrica de Outros activos tangíveis

apresentam-se como segue:

Mobiliário e material

Equipamento informático

Instalações interiores

Equipamento de transporte

Outro Equipamento

Saldo em 31 de Dezembro de 2006

Custo 129.230 210.651 153.448 - 125.148 - 618.477

Amortizações acumuladas (19.108) (52.909) (19.796) - (7.607) - (99.420)

Valor líquido 110.122 157.742 133.652 - 117.541 - 519.057

Movimentos no exercício de 2007

Saldo líquido de abertura 110.122 157.742 133.652 - 117.541 - 519.057

Adições 251.665 195.309 316.530 18.700 25.315 428.912 1.236.431

Transferência 6.052 - 418.203 - - (424.255) -

Amortizações (30.265) (78.505) (46.424) (3.506) (19.152) - (177.852)

Saldo líquido de encerramento 337.574 274.546 821.961 15.194 123.704 4.657 1.577.636

Saldo em 31 de Dezembro de 2007

Custo 386.947 405.960 888.181 18.700 150.463 4.657 1.854.908

Amortizações acumuladas (49.373) (131.414) (66.220) (3.506) (26.759) - (277.272)

Valor líquido 337.574 274.546 821.961 15.194 123.704 4.657 1.577.636

EquipamentoActivos

tangíveis em curso Total

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Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

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9 Activos intangíveis

Os movimentos ocorridos no exercício de 2007 na rubrica de Activos intangíveis

apresentam-se como segue:

Sistemas tratamento automático de dados

Outros activos

intangíveis

Activos intangíveis em curso Total

Saldo em 31 de Dezembro de 2006

Custo 434.330 32.047 135.917 602.294

Amortizações acumuladas (76.921) (2.003) - (78.924)

Valor líquido 357.409 30.044 135.917 523.370

Movimentos no exercício de 2007

Saldo líquido de abertura 357.409 30.044 135.917 523.370

Adições 241.145 21.591 696.391 959.127

Transferências 363.887 (32.047) (331.840) -

Amortizações do exercício (146.575) 892 - (145.683)

Saldo líquido de encerramento 815.866 20.480 500.468 1.336.814

Saldo em 31 de Dezembro de 2007

Custo 1.039.362 21.591 500.468 1.561.421

Amortizações acumuladas (223.496) (1.111) - (224.607)

Valor líquido 815.866 20.480 500.468 1.336.814

A rubrica Activos intangíveis em curso diz respeito a software que se encontra ainda em

fase de desenvolvimento.

10 Activos por impostos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2007 31-12-2006

Impostos correntes:Retenção na fonte 4.486 -

Pagamento especial por conta 8.916 3.976

13.402 3.976

Impostos diferidos:Por outras diferenças 303.237 113.860

Por prejuízos fiscais 1.856.732 1.105.819

2.159.969 1.219.679

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Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

28

O movimento na rubrica de Impostos diferidos activos apresenta-se como segue:

Provisões para Crédito

Outras Provisões

Prejuízos fiscais

reportáveis Amortizações Total

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 4.551 - 682.998 29.699 717.248

Dotações 66.879 31.625 533.403 - 631.907

Reposições - - - (15.147) (15.147)

Impacto de alteração de taxa de IRC (2.597) (1.150) (110.582) - (114.329)

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 68.833 30.475 1.105.819 14.552 1.219.679

Movimentos no exercício de 2007

Dotações 203.306 - 750.913 - 954.219

Reposições - - - (13.929) (13.929)

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 272.139 30.475 1.856.732 623 2.159.969

Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo de 2.159.969 euros da rubrica Impostos diferidos

activos inclui:

i. 623 euros relativos aos activos intangíveis reflectidos em custos em anos anteriores

mas que fiscalmente apenas serão aceites em períodos futuros;

ii. 272.139 euros relativos às provisões para crédito não aceites como custo fiscal em

2007, 2006 e 2005 mas que serão aceites em períodos futuros;

iii. 30.475 euros relativos a outras provisões não aceites como custo fiscal em 2006

mas que serão aceites em períodos futuros;

iv. 1.856.732 euros de imposto diferido associado a prejuízos fiscais de 3.003.650

euros a 31 de Dezembro de 2007, 1.939.649 euros a 31 de Dezembro de 2006 e

2.483.629 euros a 31 de Dezembro 2005 (ver Nota 23). Tendo em consideração o

desenvolvimento ocorrido e previsão dos negócios, o Banco Primus prevê dispor de

matéria colectável suficiente para absorver este prejuízo fiscal num prazo temporal

de cerca de 3 anos. Esta estimativa enquadra-se no horizonte temporal dos

prejuízos fiscais aplicável (6 anos).

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Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

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11 Outros activos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2007 31-12-2006

Devedores e outras aplicações:IVA a recuperar 24.246 24.246

Adiantamentos a parceiros 30.988 53.288

Outros devedores diversos 247.191 32.350

302.425 109.884

Despesas com encargo diferido:Seguros 46.995 34.074

Rendas 20.228 9.649

Outras despesas com encargos diferidos 59.040 57.028

126.263 100.751

Outras contas de regularizaçãoOutras operações a regularizar - 285.629

428.688 496.264

A 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Outros devedores diversos inclui 94.542 euros

referentes a adiantamentos por contratos a realizar, 27.929 euros de comissões diversas

cobradas a Clientes e 29.061 euros relativos a montantes a receber do accionista Crédit

Foncier.

A rubrica Outras operações a regularizar em 31 de Dezembro de 2006 referia-se

essencialmente a cheques visados emitidos correspondentes a distrates de operações de

crédito ainda não escrituradas.

12 Recursos de outras instituições de crédito

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2007 31-12-2006

Recursos de Instituições de crédito no país 4.000.000 5.500.000

Recursos de Instituições de crédito no estrangeiro 88.500.000 20.000.000

Juros de recursos de Instituições de crédito no país 12.363 19.694

Juros de recursos de Instituições de crédito no estrangeiro 776.122 46.472

93.288.485 25.566.166

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

30

A análise desta rubrica pelo prazo remanescente é apresentada conforme segue:

31-12-2007 31-12-2006

Até 1 mês 4.188.355 5.519.694

1 a 3 meses 447.560 -

3 meses a 1 ano 152.570 46.472

Mais de 5 anos 88.500.000 20.000.000

93.288.485 25.566.166

Os Recursos de instituições de crédito referem-se a instrumentos de dívida contratados a

instituições financeiras, Crédit Foncier de France, BES, Millennium BCP e Barclays sendo

remunerados a taxas que, em 31 de Dezembro de 2007, se situam entre 4,15% e 5,41%

(2006: entre 3,61% e 4,33%).

13 Provisões

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2007 31-12-2006

Provisões para riscos gerais de crédito: 651.392 259.748

Outras provisões 115.000 115.000

766.392 374.748

A rubrica Outras provisões no montante de 115.000 euros refere-se ao custo máximo de

uma eventual indemnização a pagar, no âmbito de um processo judicial em curso.

Os movimentos registados na rubrica de Provisões para riscos gerais de crédito são

analisados conforme segue:

31-12-2007 31-12-2006

Provisões para riscos gerais de crédito:

Saldo inicial 259.748 16.549

Aumentos 716.101 244.140

Reposições/Reversões (324.457) (941)

651.392 259.748

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

31

14 Outros passivos

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2007 31-12-2006

Credores e outros recursos:Sector público administrativo

IVA a pagar 22.271 3.451

Retenção de impostos na fonte (IRS) 111.450 138.343

Imposto do selo a pagar 73.096 22.584

Contribuições para a Segurança Social 58.977 32.292

Credores diversosOutros fornecedores 201.486 185.713

Colaboradores 30.675 24.370

Outros credores 231.587 58.367

Credores por contratos de seguros 321.455 80.920

Parceiros 213.496 6.500

Encargos a pagar:Mês férias 130.563 111.370

Subsídio férias 130.324 111.370

Subsídio natal 336 -

Segurança social 70.014 28.986

Prémio de produtividade 390.617 67.091

Outros encargos 116.224 2.489

Outras contas de regularização:Outras operações a regularizar 1.391.342 -

3.493.913 873.846

A rubrica de Credores por contratos de seguros, refere-se aos prémios contratados pelos

Clientes do Banco, a entregar às companhias seguradoras, estando o seu aumento

directamente relacionado com o crescimento da carteira de crédito.

A rubrica Outros credores refere-se a valores a pagar relacionados com a contratação de

operações de crédito.

A rubrica Parceiros refere-se a valores de comissões por angariação de contratos a pagar

a parceiros.

A rubrica Outras operações a regularizar refere-se essencialmente a operações de

crédito para as quais ainda não ocorreu a disponibilização dos fundos contratados.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

32

15 Capital

O capital social, integralmente subscrito e realizado, é representado em 31 de Dezembro

de 2007 por 30.000.000 acções ordinárias de um euro cada. As acções, sob a forma

escritural e nominativas, encontram-se registadas junto da própria Instituição.

Em 19 de Abril de 2007 o Crédit Foncier de France adquiriu, através do exercício do

direito de opção, 710.782 acções a accionistas minoritários aumentando a sua

percentagem de participação de 35% para 37,37%.

A estrutura accionista em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 é apresentada como segue:

2007 2006

nº acções % participação nº acções % participação

Crédit Foncier de France 11.210.782 37,4% 10.500.000 35,0%

Pedro Manuel Rocha Líbano Monteiro 3.183.828 10,6% 3.183.828 10,6%

Diversos 15.605.390 52,0% 16.316.172 54,4%

30.000.000 100,0% 30.000.000 100,0%

16 Outras reservas e resultados transitados

A rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2007 31-12-2006

Resultados TransitadosSaldo abertura (1.998.510) (195.357)

Resultado líquido ano anterior (1.820.843) (1.708.704)

Despesas com aumento de capital - (94.449)

(3.819.353) (1.998.510)

Nos termos da legislação portuguesa, o Banco deverá reforçar anualmente a Reserva

legal em pelo menos 10% dos lucros líquidos anuais (caso positivos), até à concorrência

do capital. Esta reserva não está disponível para distribuição, apenas podendo ser

utilizada para absorver prejuízos futuros e para aumentar o capital.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

33

17 Rubricas extrapatrimoniais

31-12-2007 31-12-2006

Garantias prestadas Garantias 1.017.780 67.780

1.017.780 67.780

Compromissos assumidos perante terceirosLinhas de crédito irrevogáveis 5.674.648 3.952.947

5.674.648 3.952.947

Compromissos assumidos por terceirosCompromissos irrevogáveis por linhas de crédito:

Residentes 9.500.000 3.500.000

Não residentes 22.500.000 20.000.000

32.000.000 23.500.000

Garantias recebidas Garantias reais, valores imobiliários 153.866.833 80.276.015

153.866.833 80.276.015

As linhas de crédito irrevogáveis referem-se ao montante total de operações de crédito

aprovadas que se encontram em fase de contratação.

A análise da exposição a risco de crédito em contas extrapatrimoniais, por prazos

residuais é a seguinte:

Até 1 mês 1 a 3 meses 3 meses a 1 ano 1 a 5 anos Mais de 5 anos

31 de Dezembro de 2007Garantias prestadas - - 475.000 475.000 67.780

Linhas de crédito irrevogáveis 1.275.305 4.399.343 - - -

31 de Dezembro de 2006Garantias prestadas - - - - 67.780

Linhas de crédito irrevogáveis 3.952.947 - - - -

Adicionalmente, no âmbito dos contratos existentes com a locadora relativamente aos

veículos e com o proprietário do imóvel, em 31 de Dezembro de 2007, o Banco tem os

seguintes compromissos futuros:

Até 1 ano 5 anos

Rendas de veículos 206.772 620.316

Rendas de instalações 545.855 1.409.352

752.627 2.029.668

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

34

18 Margem financeira A Margem financeira apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2007 31-12-2006

Juros e rendimentos similaresJuros de disponibilidades em outras instituições de crédito 89.335 84.930

Juros de aplicações em outras instituições de crédito 34.819 181.836

Juros de operações de crédito 5.638.375 1.504.582

Outros rendimentos por operações de crédito (nota 7) 69.788 7.485

5.832.317 1.778.833

Juros e encargos similaresJuros e encargos de recursos de:

Instituições de crédito no país (141.828) (46.262)

Instituições de crédito no estrangeiro (1.997.965) (56.020)

Outros juros e encargos similares - (5)

Outros encargos por operações de crédito (nota 7) (174.807) (22.952)

(2.314.600) (125.239)

Margem financeira 3.517.717 1.653.594

O montante de juros vencidos ascende a 263.977 euros (2006: 64.773 euros).

19 Comissões líquidas

Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2007 31-12-2006

Rendimentos de serviços e comissõesPor angariação de prémios de seguro 116.515 90.374

Por operações de crédito 864.639 99.554

Por garantias prestadas 1.582 791

Por devolução de cheques 852 168

Outras 7.500 -

991.088 190.887

Encargos com serviços e comissõesPor serviços bancários prestados (16.596) (11.151)

Por serviços prestados (87.000) -

Outras (400) -

(103.996) (11.151)

A rubrica Rendimentos de serviços e comissões por operações de crédito inclui 140.542

euros (2006: 53.654 euros) relativos a comissões de estudo recebidas e que não são

objecto de diferimento.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

35

Esta rubrica inclui ainda o valor de 159.546 euros relativos a comissões recebidas por

serviços de solicitadoria que não são objecto de diferimento.

A rubrica Encargos com serviços e comissões refere-se a comissões pagas a

solicitadores no âmbito da contratação de operações de crédito que não são objecto de

diferimento.

20 Outros resultados de exploração

31-12-2007 31-12-2006

Contribuições para o FGD (17.500) (50.000)

IVA (1.476) (2.461)

Imposto de selo (1.513) (591)

Quotizações e donativos (340) -

Outros (375) (1.024)

(21.204) (54.076)

Conforme previsto no Decreto-Lei nº 298/92, em Novembro de 1994, foi criado o Fundo

de Garantia de Depósitos (FGD), com o objectivo de garantir os depósitos dos Clientes,

de acordo com os limites estabelecidos no Regime Geral das Instituições de Crédito.

A contribuição inicial bem como a contribuição referente ao exercício de 2007 foram

registadas em custos do exercício.

21 Gastos com pessoal

31-12-2007 31-12-2006

Remunerações 3.253.406 1.917.383

Encargos sociais obrigatórios 534.993 228.282

Seguros de acidentes de trabalho 19.415 4.391

Outros custos com pessoal 17.293 38.224

3.825.107 2.188.280

Durante os exercícios de 2007 e 2006, os custos incorridos com remunerações aos

Órgãos de Gestão e Fiscalização ascenderam a 873.809 euros e 984.392 euros,

respectivamente.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

36

Relativamente aos exercícios de 2007 e 2006, o número de colaboradores e

administradores executivos ao serviço do Banco Primus apresenta-se como segue:

31-12-2007 31-12-2006

Média do Período Final do Período Média do Período Final do Período

Administradores 7 7 7 7

Quadros 74 99 30 38

81 106 37 45

Os empregados e administradores do Banco encontram-se abrangidos pelo Regime

Geral da Segurança Social. O Banco não atribuiu planos de benefícios pós-emprego ou a

longo prazo aos seus colaboradores nem aos seus Administradores.

22 Gastos gerais administrativos

31-12-2007 31-12-2006

Fornecimentos de terceiros 210.031 84.396

Serviços prestados por terceirosRendas e alugueres 592.034 288.520

Avenças e honorários 249.077 119.974

Comunicações 199.717 89.646

Deslocações, estadas e representação 442.186 191.730

Publicidade e edição de publicações 252.586 36.592

Conservação e reparação 24.871 9.876

Transportes 14.613 6.563

Formação de Pessoal 50.230 23.430

Seguros 66.036 43.032

Informática 160.531 33.144

Estudos e consultas 151.502 83.812

Consultores e auditores externos 500.111 313.417

Serviços de informações 58.387 11.601

Serviços judiciais, contencioso e notariado 27.419 7.287

Segurança, vigilância e limpeza 14.851 2.056

Cedência de mão de obra especializada 91.839 6.893

Outros serviços de terceiros (inferiores a €10.000) 25.038 3.570

3.131.059 1.355.539

As Rendas e alugueres incluem as rendas das instalações do Banco e os alugueres

operacionais de viaturas ligeiras. O crescimento do saldo da rubrica em 2007 face a 2006

resulta dos contratos de aluguer operacionais de viaturas ligeiras, associado ao

crescimento do número de colaboradores do Banco, à renda das instalações da sucursal

do Banco em Espanha e à ampliação das instalações em Portugal.

O montante de rendas de locação operacional de viaturas incluído na rubrica Rendas e

alugueres ascendeu a 157.069 euros (2006: 123.636 euros).

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

37

A rubrica Seguros inclui o montante de 40.149 euros (2006: 21.550 euros) referentes a

seguros de saúde atribuídos aos colaboradores do Banco como complemento ao regime

geral da Segurança Social.

A rubrica Estudos e consultas inclui o montante de 99.432 euros (2006: 9.761 euros)

referente a custos incorridos com avaliações de imóveis associados às operações de

crédito que não são objecto de diferimento.

A rubrica de Consultores e auditores externos inclui os custos com os auditores externos

e trabalhos diversos de consultores externos.

23 Imposto sobre o rendimento

Os lucros apurados pelo Banco são tributados em sede de Imposto sobre o Rendimento

das Pessoas Colectivas e correspondente derrama. O pagamento dos impostos sobre

lucros é efectuado com base em declarações de autoliquidação que ficam sujeitas a

inspecção e eventual ajustamento pelas autoridades fiscais durante um período de quatro

anos contado a partir do exercício a que respeitam. O apuramento de imposto é

analisado da seguinte forma:

31-12-2007 31-12-2006

Prejuízo contabilístico (3.663.288) (2.283.208)

(3.663.288) (2.283.208)

A acrescer:

Prémios de seguros 17.940 23.533

Provisões não dedutíveis 767.193 358.199

Multas 94 -

Insuficiência de estimativa para impostos - 5.019

Despesas confidenciais ou não documentadas 20.788 14.886

Aluguer de viaturas sem condutor 27.123 -

Compensações pela deslocação em viatura própria do colaborador 9.772 -

Outros 401 -

A deduzir:

Benefícios da criação de novos postos de trabalho (101.538) (58.078)

Outros (82.135) -

Prejuízo fiscal (3.003.650) (1.939.649)

Tributação autónoma (41.548) (35.047)

Correcções relativas a exercícios anteriores 307 (5.019)

Imposto a (pagar)/recuperar (41.241) (40.066)

Reconciliação entre o custo do exercício e o saldo em balanço

Imposto sobre o rendimento

Reconhecimento como custo do exercício (41.241) (40.066)

Correcções relativas a exercícios anteriores (307) 5.019

Saldo corrente a (pagar)/receber (41.548) (35.047)

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

38

24 Partes relacionadas

As entidades relacionadas do Banco Primus são as seguintes:

% de Participação31-12-2007 31-12-2006

Pedro Manuel Rocha Líbano Monteiro 10,61% 10,61%

João Manuel Pinto da Cunha Rosa 7,11% 7,11%

Gonçalo Nuno Gomes da Conceição 4,18% 4,18%

Pedro Manuel Seabra Van Zeller 6,95% 0,00%

André Magalhães Luiz Gomes 0,00% 6,95%

Philippe Wattier 0,00% 0,00%

Bernard Pagès 0,00% 0,00%

Jean Etienne Durrenberger 0,00% 0,00%

% de Participação31-12-2007 31-12-2006

Crédit Foncier de France 37,37% 35,00%

Pedro Manuel Rocha Líbano Monteiro 10,61% 10,61%

João Manuel Pinto da Cunha Rosa 7,11% 7,11%

Gonçalo Nuno Gomes da Conceição 4,18% 4,18%

Pedro Manuel Seabra Van Zeller 6,95% 0,00%

Membros do Conselho de Administração

Participações qualificadas

Durante o exercício de 2007, o Crédit Foncier de France adquiriu 710.782 acções

representativas de 2,37% do capital social do Banco, conforme referido na nota 15.

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Banco Primus, S.A.

Notas às demonstrações financeiras

31 de Dezembro de 2007 e 2006

39

O montante global dos activos, passivos, rendimentos e encargos relativos a operações

realizadas com entidades relacionadas do Banco Primus pode ser resumido da seguinte

forma:

Credit Foncier

31-12-2007 31-12-2006

Activos:Software 113.372 186.733

Outros activos 29.061 29.061

142.433 215.794

Passivos:Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 88.500.000 20.000.000

88.500.000 20.000.000

Custos:Juros e encargos similares (1.997.965) (56.044)

Amortizações do exercício (57.900) (56.287)

(2.055.865) (112.331)

O montante apresentado em software e amortizações do exercício refere-se a aquisições

de software efectuadas ao CFCAL – Crédit Foncier d’Alsace et de Lorraine - Banque,

subsidiária do Crédit Foncier de France.

25 Factos relevantes ocorridos durante o exercício de 2007 e eventos subsequentes

Durante o exercício de 2007 não ocorreram quaisquer factos relevantes.

- : - : - : - : - : -

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