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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas
2012
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
2
ÍNDICE
RELATÓRIO DE GESTÃO ......................................................................................................................... 3
PRINCIPAIS INDICADORES................................................................................................................................. 4
MENSAGEM DO PRESIDENTE EXECUTIVO ....................................................................................................... 6
ÓRGÃOS SOCIAIS .............................................................................................................................................. 7
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO......................................................................................................... 8
Economia Internacional .......................................................................................................................... 8
Mercado Accionista ............................................................................................................................... 11
Mercado de Taxas de Juro .................................................................................................................. 11
Mercado de Commodities ................................................................................................................... 13
MODELO DE NEGÓCIO .................................................................................................................................... 14
BANCA DE INVESTIMENTO.............................................................................................................................. 14
BANCA RELACIONAL E CORPORATE ............................................................................................................ 15
RISCO E CONTROLO INTERNO ....................................................................................................................... 16
HIGHLIGHTS 2012 ............................................................................................................................................ 17
Principais Acontecimentos de 2012 ................................................................................................. 17
BANCA DE INVESTIMENTO.............................................................................................................................. 19
Private Equity .......................................................................................................................................... 21
BANCA RELACIONAL E CORPORATE ............................................................................................................ 22
Banca Corporate .................................................................................................................................... 22
Segmento Private ................................................................................................................................... 22
Segmento ATLANTICO ........................................................................................................................ 23
FUNÇÕES DE CONTROLO E SUPORTE ........................................................................................................... 23
AUDITORIA ....................................................................................................................................................... 23
BANCA TRANSACCIONAL ............................................................................................................................... 24
CAPITAL HUMANO .......................................................................................................................................... 24
Compliance............................................................................................................................................... 26
Contabilidade e Controlo de Gestão................................................................................................ 26
Investor Relations ................................................................................................................................... 26
Jurídico ...................................................................................................................................................... 27
Mercados Financeiros ........................................................................................................................... 27
Produtos e Research ............................................................................................................................. 27
Sistemas de Informação ....................................................................................................................... 28
Património, Aprovisionamento e Serviços ..................................................................................... 28
ANÁLISE FINANCEIRA ..................................................................................................................................... 29
ANÁLISE DE RESULTADOS ............................................................................................................................. 30
ANÁLISE DO BALANÇO .................................................................................................................................. 33
GESTÃO DE RISCO .......................................................................................................................................... 37
DECLARAÇÃO SOBRE A POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DO .................................................... 39
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A. .............................................................................. 39
INFORMAÇÃO QUANTITATIVA SOBRE REMUNERAÇÕES ......................................................... 47
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS .............................................................................. 50
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................................................... 51
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................ 56
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
3
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA,
S.A.
RELATÓRIO DE GESTÃO
2012
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
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Principais Indicadores
(m Euros)
2009 1
2010 2011 2012 Variação
Absoluta
Var. %
12/ 1 1
Activo Liquido Total 34.182 68.177 298.808 326.182 27.374 9,2%
Volume de Negócios 20.365 72.872 302.793 237.691 (65.102) -21,5%
Crédito a clientes 6.186 12.515 25.017 49.786 24.769 99,0%
Recursos de Clientes On Balance 14.178 47.127 251.312 146.098 (105.214) -41,9%
Recursos de Clientes Off Balance - 13.079 25.722 35.841 10.119 39,3%
Garantias - 150 742 808 66 8,9%
Crédito documentário - - - 5.158 5.158 n.a.
Volume de Negócios por Colaborador 566 1.584 6.056 3.256 (2.800) -46,2%
Rácio de Transformação 43,6% 26,6% 10,0% 34,1%
Rácio Crédito Vendido /Crédito a clientes 0% 0% 0% 0%
Rácio Provisões/Crédito a clientes 0,7% 0,5% 1,7% 1,6%
Produto Bancário 1.722 5.225 6.725 12.200 5.475 81,4%
Dos quais:
Margem Financeira 107 369 2.774 6.449 3.675 132,5%
Comissões Op Bancarias e Interm. Fin. 12 91 1.179 816 (362) -30,7%
Comissões Banca de Investimento 1.598 4.682 2.557 3.285 728 28,5%
Ganhos e perdas de Operações Financeiras 5 83 216 1.650 1.434 664,5%
Produto Bancário por Colaborador 48 114 135 167 33 24,3%
Resultado do Exercicio (1.175) (1.495) (1.403) 701 2.104 150,0%
Cost to Income (2) 176,6% 133,6% 114,1% 81,5%
Situação Liquida 18.075 19.320 45.927 48.450 2.523 5,5%
Fundos Próprios Base 17.885 18.759 45.215 44.435 (780) -1,7%
Requisitos para Fundos Próprios 1.070 1.400 9.799 10.698 899 9,2%
RWA 13.370 17.499 122.488 133.725 11.238 9,2%
Rácio de Solvabilidade 134,1% 107,5% 36,9% 33,2%
ROA -3,4% -2,2% -0,5% 0,2%
ROE -6,5% -7,7% -3,1% 1,5%
Número de Clientes 64 192 446 732 286 64,1%
Número de Colaboradores 36 46 50 73 23 46,0%
1) para o período desde o inicio de actividade, a 22 de Junho, até 31 de Dezembro
2) Custos Operacionais / Proveitos Operacionais
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Relatório e Contas 2012
5
Volume de Negócios
(m Euros)
Resultados antes de impostos
(m Euros)
Colaboradores vs Custos
Produto Bancário
(m Euros)
Rácio de Transformação
Colaboradores
251.312
146.098
13.079
25.722
35.841
25.759
55.752
72.872
302.793
237.691
2010 2011 2012
Recursos de Clientes On Balance Recursos de Clientes Off Balance
Crédito a clientes e garantias
(1.930)
(1.676)
1.250
2010 2011 2012
Resultado Antes de Impostos
73,8576,82
63,944650
73
2010 2011 2012
Custo com pessoal por Colaborador (m Euros) Colaborabores
2.774
6.4494.682
2.557
3.285
1.179
816
1.650
5.225
6.725
12.200
2010 2011 2012
Margem Financeira
Comissões Banca de Investimento
Comissões Op Bancarias e Interm. Fin.
Ganhos e perdas de Operações Financeiras
26,6%
10,0%
34,1%
2010 2011 2012
Rácio de Transformação
10 1118
3639
55
2010 2011 2012
Colaboradores em formação Colaboradores Banco
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Relatório e Contas 2012
6
Mensagem do Presidente Executivo
Apesar do enquadramento macroeconómico adverso em Portugal, o ATLANTICO Europa
demonstrou de forma efectiva a sua consistência estratégica e os benefícios da diversificação
geográfica do negócio, ao apresentar pela primeira vez desde a sua criação em 2009, resultados
líquidos positivos em todos os trimestres do ano, fechando o exercício com um lucro líquido de
701 mil EUR.
Esta performance traduziu a confiança dos clientes e accionistas no posicionamento da
instituição, que se consubstanciou num forte crescimento do número de clientes e dos
resultados operacionais, a par da manutenção em patamares conservadores, dos indicadores de
solidez financeira.
Numa dinâmica de alinhamento com os principais parceiros estratégicos, o ATLANTICO Europa
continuou a reforçar a actividade de apoio e promoção das relações económicas e empresariais
entre Angola e as suas contrapartes internacionais, através do acompanhamento e suporte dos
fluxos comerciais e financeiros.
O ATLANTICO Europa continuou também a alargar a oferta de produtos e serviços potenciando
significativamente a sua capacidade de resposta às necessidades da crescente base de clientes.
Com a construção de relacionamentos no continente africano, americano, europeu e asiático, o
ATLANTICO Europa em 2012 aproximou a actividade económica e os fluxos financeiros de
Angola com o mundo de forma efectiva. 2012 foi igualmente o ano de adopção da plataforma
SAP, por si evidência de um determinado nível de massa critica.
O ATLANTICO Europa investe e continuará a investir em permanência na formação de jovens
quadros Angolanos, através de acções de formação internas e programas de apoio à obtenção
de graus académicos. Em 2012 foi lançado o programa de formação de quadros juniores,
extenso e estruturado, composto por sessões ministradas em sala e on the job, com duração
aproximada de 6 meses.
A mudança de instalações da sede para um edifício situado no coração de Lisboa, na Avenida
da Liberdade, veio reforçar o compromisso do Grupo Atlântico com a sua estratégia de
internacionalização de vir a estar presente nas praças financeiras internacionais que mais
impactam com a economia angolana.
A mudança permitiu também a abertura do primeiro Centro ATLANTICO, de atendimento ao
público, a par da criação de espaços amplos e simultaneamente reservados, direccionados para
o atendimento aos clientes private e empresariais.
2013 auspicia ser mais um ano de forte crescimento, em virtude de um enquadramento
macroeconómico favorável para a economia angolana e do novo posicionamento estratégico do
Grupo de captação de novos clientes do segmento affluent e emerging affluent. Será com
certeza mais um ano de consolidação do posicionamento da Instituição nos segmentos de
mercado em que opera.
Por fim, uma expressão de agradecimento a todos os accionistas, clientes, colaboradores e
parceiros do ATLANTICO Europa, sem os quais não seria possível construir uma estratégia de
geração de valor e crescimento sustentável.
André Navarro
Presidente da Comissão Executiva
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Relatório e Contas 2012
7
Órgãos Sociais
Conselho de Administração
Presidente
Carlos José da Silva
Vice-Presidente
Baptista Muhongo Sumbe
Presidente Executivo
André Navarro
Administradores Executivos
Augusto Costa Ramiro Baptista
Maria da Conceição Mota Soares de Oliveira
Callé Lucas (renunciou ao cargo em 27/02/2012)
Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho
Isménio Coelho Macedo
Conselho Fiscal
Presidente
Mário Jorge Carvalho de Almeida
Vogais Efectivos
Mário Jorge de Faria da Cruz
João Maria Francisco Wanassi
Vogal Suplente
Nuno Pedro da Silva do Carmo Vaz
(nomeado por deliberação da Assembleia Geral de
31/05/2012)
Revisor Oficial de Contas
Revisor
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC, S.A.
representada por Luís Augusto Gonçalves Magalhães
Suplente
Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro
Assembleia Geral
Presidente
Paulo Manuel da Conceição Marques
Vice-Presidente
António Assis de Almeida
Secretário
Rute Susana Martins dos Santos
Secretário da Sociedade
Efectivo
Rute Susana Martins dos Santos
Suplente
Vanessa Pinto Rodrigues Santos Ferreira
(renunciou ao cargo com efeitos a 31/07/2012)
Manuel Maria Cota Dias da Silveira Botelho
(nomeado por deliberação do Conselho de
Administração de 20/09/2012)
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Relatório e Contas 2012
8
Enquadramento Macroeconómico
Economia Internacional
O ano de 2012 foi pautado por um fraco
desempenho económico em vários pontos do
globo, acentuando-se o período de
desaceleração observado no ano anterior. As
previsões de crescimento económico
apresentadas no início do ano foram sendo
sucessivamente revistas em baixa pelos
principais organismos internacionais,
reflectindo a crescente incerteza que a
turbulência financeira em algumas economias
foi propagando às restantes geografias.
De acordo com o Fundo Monetário
Internacional (FMI), a economia mundial terá
apresentado um crescimento de 3,2% em 2012,
abaixo dos 3,9% observados em 2011. Este
desempenho débil da economia mundial
reflectiu, fundamentalmente, a acentuada
quebra de ritmo das principais economias
desenvolvidas, que, de acordo com o FMI,
terão apresentado um crescimento de apenas
1,3% (vs 1,6% no ano anterior). As economias
emergentes revelaram-se mais dinâmicas, com
um ritmo de crescimento médio de 5,1%, mas
também neste caso abaixo do verificado em
2011, altura em que este bloco apresentou uma
expansão de 6,3%. Assim, o ano de 2012 veio
mostrar que as principais economias
emergentes não ficaram imunes aos processos
recessivos observados nas principais
economias que servem de vector ao
crescimento mundial.
Por trás deste desempenho desfavorável,
surge como principal explicação a crise da
Zona Euro, que conheceu ao longo de 2012
um conjunto de desenvolvimentos, que
culminaram em políticas orçamentais ultra-
restritivas, provocaram instabilidade política,
colocaram em causa a sustentabilidade do
próprio projecto da moeda única europeia e
contaminaram a confiança dos agentes
económicos. Este clima de turbulência
político-financeira na Zona Euro resultou num
forte arrefecimento da actividade económica
nos países intervencionados, mas também nos
países do núcleo europeu, cuja actividade
acusou as consequências da redução abrupta
do consumo imposta pelas medidas de
austeridade nos países parceiros. Importa
porém realçar que esta crise não se confinou
às fronteiras europeias, tendo retardado a
consolidação do processo de recuperação em
curso nos Estados Unidos da América, bem
como afectado os restantes principais blocos
económicos. Em 2012, o volume de comércio
internacional apresentou um crescimento de
2,8%, que compara com um ritmo de
expansão de 5,9% no ano anterior. As
importações por parte dos países
desenvolvidos aumentaram apenas 1,2%, face
a 4,6% no ano anterior. Em contrapartida, as
exportações dos países emergentes (motor de
crescimento de países como a China)
desaceleraram para 3,6%, face aos 6,6% do
ano anterior. Ainda assim, é o forte
desempenho deste bloco que impede que o
movimento de desaceleração global seja mais
acentuado.
No último Economic Outlook (Janeiro de
2013), o FMI mantém-se cauteloso
relativamente ao desempenho económico
global. Apesar das perspectivas de
crescimento para 2013 serem mais positivas,
continuam a ser revistas em baixa e o FMI
defende agora que o processo de recuperação
que iremos observar no decorrer do ano,
tenderá a ser mais moderado do que o
previsto inicialmente. Em 2013, o FMI prevê
um crescimento económico mundial de 3,5%,
com as economias desenvolvidas a crescerem
1,4% e as economias emergentes a crescerem
5,5%.
Os EUA apresentaram um crescimento de
2,3% em 2012, de acordo com o FMI. De facto,
2012 foi um ano de consolidação do processo
de recuperação da actividade económica,
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
9
assente numa evolução favorável do consumo
privado, fazendo-se sentir os efeitos de
políticas monetária e fiscal ultra-
expansionistas. No decorrer de 2012, surgiram
sinais de recuperação do mercado de trabalho
e do mercado imobiliário, bem como se
observou um desempenho positivo dos
mercados de acções, o que suscitou o
aumento do rendimento disponível que
suportou a procura doméstica. O final do ano
ficou marcado pelo clima de instabilidade
suscitado pela discussão em torno do episódio
do “precipício fiscal”, que previa o término
automático de um conjunto de medidas de
estímulo fiscal, com consequências
imprevisíveis no consumo, constituindo um
factor de risco para a actividade económica.
Porém, esta discussão foi adiada para o
primeiro trimestre de 2013.
A economia da Zona Euro apresentou uma
contracção de 0,4% em 2012, depois de um
crescimento de 1,4% em 2011. As duas
principais economias da região, a Alemanha e
a França, apresentaram crescimentos de 0,9%
e 0,2%, respectivamente; a Itália e a Espanha,
as duas economias seguintes no ranking
europeu, apresentaram taxas de crescimento
negativas, de -1,4% e -2,1%, respectivamente. O
fraco desempenho da região reflecte
directamente o efeito contraccionista das
medidas de forte austeridade orçamental
impostas aos países periféricos sob programas
de ajuda externa, designadamente a Grécia,
Portugal e a Irlanda. Reflecte igualmente as
políticas de restrição orçamental
implementadas em outros países que, não
estando directamente sob programas de
auxílio externo, viram a degradação das suas
condições de financiamento obrigar a planos
de contenção orçamental, com efeitos
recessivos nas suas economias domésticas,
como é o caso da Espanha e da Itália.
O início de 2012 ficou marcado pelo reacender
de preocupações na Grécia, com a crise
política a subir de tom, conduzindo a eleições
antecipadas, cuja incerteza colocou em causa
o processo de ajustamento em curso. Também
a Espanha assistiu a uma deterioração da sua
situação económica, particularmente ao nível
da sustentabilidade do sistema financeiro, o
que durante alguns meses alimentou a
especulação em torno da possibilidade de um
resgate por parte das instituições
internacionais, materializado sob a forma de
pacote de ajuda ao sistema bancário. O
sentimento de instabilidade propagou-se a
outros países intervencionados, colocando
pressão sobre as instituições europeias, que
tardaram em apresentar uma solução
contundente para a instabilidade na região. No
segundo semestre, as repetidas afirmações de
apoio dos dirigentes europeus ao projecto da
moeda única europeia e a intervenção do
Banco Central Europeu no sentido de apoiar o
regresso aos mercados dos países
intervencionados, veio contribuir para
restabelecer a confiança dos agentes
económicos. Porém, o ano terminou ainda sob
o clima de incerteza relativamente ao
desfecho da crise das dívidas públicas nos
países periféricos.
Em Portugal, o ano de 2012 foi marcado por
uma acentuada degradação da actividade
económica, sendo que o PIB português terá
caído cerca de 3.0% em termos reais, de
acordo com o FMI. Este desempenho tem
subjacente um comportamento melhor do que
o esperado da procura externa líquida,
conduzindo a um ajustamento mais rápido do
que o antecipado e uma contracção da
procura interna, em todas as suas vertentes -
consumo privado, investimento privado e
investimento público. O impacto da adopção
de medidas de austeridade no âmbito do
programa de ajuda financeira externa tem-se
revelado severo, tendo como contrapartida
uma subida muito acentuada da taxa de
desemprego, para patamares acima dos 16%.
A economia portuguesa está a acusar os
desequilíbrios verificados ao nível da política
orçamental, bem como a ausência de um
paradigma que crie condições propícias ao
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
10
crescimento económico. O sector externo tem
sido o principal motor da economia, e regista-
se como factor positivo em 2012 o
desempenho favorável das contas externas, o
que reflecte não só uma diminuição das
importações fruto da quebra do consumo,
mas também um aumento das exportações, o
que se deve à capacidade de diversificação de
mercados de destino para além das fronteiras
europeias, nomeadamente para África e
América Latina. Porém, estando a economia a
operar no máximo da sua capacidade
instalada, o potencial exportador afigura-se
limitado enquanto motor de crescimento no
futuro próximo.
No âmbito do programa de ajustamento em
curso, Portugal está a implementar um
conjunto de reformas estruturais que terão
como finalidade corrigir os desequilíbrios e
reganhar a confiança dos investidores
internacionais, desta forma procurando voltar
ao financiamento autónomo em mercado
primário de dívida pública.
O Japão terá crescido 2,0% em 2012, depois
de um desempenho negativo no ano anterior
(-0,2%). O ano ficou marcado pela
recuperação do país após o desaire que
decorreu do acidente sísmico de Fukushima.
Mas o ano ficou também marcado pelo
regresso ao poder do partido conservador,
que veio introduzir alterações no cenário
económico do país. O governo nipónico é
defensor de uma política monetária e uma
política fiscal ultra-acomodatícias, pelo que foi
anunciado um aumento do pacote fiscal, com
vista a promover a reconstrução de infra-
estruturas e o crescimento económico.
As economias emergentes apresentaram
conjuntamente um desempenho mais forte
que as economias desenvolvidas, com uma
taxa de expansão do PIB de 5,1%, porém
abaixo dos 6,3% observados no ano anterior.
As economias emergentes não ficaram imunes
à deterioração das condições económicas nos
principais blocos, ainda que as diferentes
regiões tenham sido afectadas de forma
diferente. O bloco emergente asiático foi o
que apresentou um desempenho mais sólido,
revelando um crescimento de 6,6%,
beneficiando de uma expansão de 7,8% da
China. A região da África Subsariana
apresentou um crescimento de 4.8%,
desacelerando face aos 5.3% registados no
ano anterior. Finalmente, refira-se que a
América Latina cresceu 3%, depois de 4,5% no
ano anterior, reflectindo uma desaceleração
do ritmo de crescimento brasileiro para
apenas 1%, face aos 2,7% de 2012. Num
contexto de desaceleração da actividade
económica mundial, juntamente com riscos
geopolíticos em vários pontos do mundo, os
preços das commodities mantiveram um
desempenho moderado ao longo de 2012,
sendo um dos veículos de contágio às
economias emergentes exportadoras destes
bens. Além disso, o sentimento de maior
aversão ao risco manifestado entre os
investidores internacionais traduziu-se numa
menor propensão ao investimento, tanto em
termos directos como em termos de carteira
de títulos, penalizando estas economias.
Neste contexto, destaca-se a China, com o
mais forte ritmo de crescimento mundial
(7,8%). Porém, não estando imune ao contágio
proveniente dos blocos ocidentais, o primeiro
semestre ficou marcado por indicadores de
actividade que confirmaram uma economia
em desaceleração, nomeadamente ao nível do
sector manufactureiro (suporte das
exportações, principal pilar de crescimento
chinês). Assim, as autoridades chinesas
adoptaram medidas de política monetária, no
sentido de disponibilizar maior liquidez à
economia (ex. redução do rácio de
constituição de reservas). O governo chinês
reviu em baixa o objectivo oficial de
crescimento económico em 2012, para 7.5%.
Esta revisão ocorre após a manutenção do
objectivo de crescimento em 8% desde 2005,
patamar que neste período as autoridades
chinesas consideraram consentâneo com a
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
11
sustentabilidade do modelo de crescimento e
gerador de emprego.
Fonte: FMI, Bloomberg, MinFin
Fonte: FMI, Bloomberg, MinFin
Mercado Accionista
2012 foi um ano de valorização dos mercados
bolsistas, ditado por um sentimento de maior
optimismo relativamente às perspectivas de
recuperação económica. O ano iniciou-se com
um sentimento positivo, particularmente nos
EUA, onde os indicadores foram confirmando
um movimento de retoma da actividade
económica e as empresas foram
progressivamente apresentando resultados
trimestrais mais favoráveis. Simultaneamente,
a deterioração da situação político-financeira
na Europa, deu lugar a uma preferência dos
investidores por activos de menor risco,
canalizando recursos para fora do bloco
europeu e dando preferência aos activos
norte-americanos. Neste sentido, os principais
índices norte-americanos lideraram os
movimentos de ganhos, seguidos de alguns
índices europeus e asiáticos. De facto, nos
EUA, os principais índices chegaram mesmo a
atingir níveis máximos dos últimos anos: o
índice Nasdaq atingiu o máximo desde 2000 e
o DJI atingiu o máximo desde 2007. Na
Europa, a preferência dos investidores recaiu
sobre os títulos alemães (economia de refúgio
na Zona Euro), sendo que neste caso o Dax
atingiu o nível máximo desde 2008. Entre os
índices bolsistas dos países periféricos, o saldo
foi genericamente negativo.
O índice MSCI World apresentou um ganho de
5,3% no ano, invertendo a desaceleração do
ano anterior. De referir ainda que as praças
emergentes, tipicamente mais voláteis, foram
relativamente mais penalizadas pelo
sentimento de aversão ao risco. O índice MSCI
Emerging Markets apresentou um ganho de
1,3% em 2012.
Fonte: FMI, Bloomberg.
Mercado de Taxas de Juro
As taxas de juro de referência dos principais
blocos económicos mantiveram-se em
patamares historicamente baixos em 2012,
num contexto de depressão da actividade
económica e ausência de pressões
inflacionistas. A disfuncionalidade dos
mecanismos de transmissão de estímulos à
economia, agravada pela desconfiança
patente nos mercados quanto ao desfecho da
crise da dívida na Zona Euro, impediu a
dinamização do mercado de crédito e o
fomento à actividade económica.
Na Zona Euro, o Banco Central Europeu (BCE)
estendeu o ciclo de corte da taxa de
-0,5%
5,0%
3,9%
3,2%
-2,6%
2,9%
1,8%2,3%
-2,1%
2,0%1,4%
-0,4%
2,4%
4,5%
3,7% 3,7%
-2,5%
1,4%
-1,9%
-3,0%-4%
-3%
-2%
-1%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
6%
2009 2010 2011 2012 (E)
EVOLUÇÃO DO PIB
Global EUA Zona Euro Angola Portugal
2,7%1,5%
3,0%
0,9%2,2% 2,5% 2,2%
14,0%15,3%
11,4%
9,0%
1,9%
4,6% 4,1%
2,5%
-0,1%
2,5%3,5%
2,1%
-4%
0%
4%
8%
12%
16%
20%
2009 2010 2011 2012
EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO
EUA Zona Euro Angola China Portugal
22,8%
7,8% 4,2% 5,3%
62,8%
14,4%
-23,5%
1,3%
-40%
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
2009 2010 2011 2012
EVOLUÇÃO DOS ÍNDICES ACCIONISTAS GLOBAIS
MSCI World MSCI Emerging Markets
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
12
referência, colocando-a em 0,75%. Para além
disso, prosseguiu com outras medidas de
cedência de liquidez e de compra de dívida
pública em mercado secundário, no âmbito de
uma política que visa restabelecer o bom
funcionamento do sistema interbancário e a
confiança dos agentes económicos. Mário
Draghi assumiu um posicionamento mais pró-
activo face à rápida deterioração das
condições financeiras na Zona Euro. Nos EUA,
a Reserva Federal deu indicações claras de
que a taxa dos fed-funds irá manter-se nos
actuais mínimos por um horizonte temporal
alargado e prossegui a sua política de
quantitative easing.
Neste contexto, as taxas de juro Libor e
Euribor apresentaram uma trajectória
descendente, mantendo-se em patamares
mínimos em termos históricos, face às
expectativas de que as políticas monetárias
dos principais bancos centrais continuariam
ultra-expansionistas.
No mercado de dívida pública, o ambiente de
incerteza e aversão ao risco beneficiou os
títulos refúgio, nomeadamente a dívida
pública americana e alemã, que neste
contexto apresentaram descidas das
respectivas yields. Em contrapartida, nos
países europeus da periferia, as yields dos
títulos de dívida pública atingiram níveis
máximos recorde na generalidade dos países
afectados, com destaque para a Grécia,
Portugal e Irlanda, mas também Espanha, Itália
e França.
Mercado Cambial O último ano foi marcado por uma ausência
de definição da tendência do EUR/USD: a
primeira metade do ano foi dominada por uma
desvalorização da moeda única europeia face
ao dólar e o inverso verificou-se na segunda
metade do ano. Nos primeiros seis meses, a
implosão do euro era considerada provável,
num contexto de adensamento da crise das
dívidas soberanas; porém, na segunda metade
do ano, vários factores contribuíram para
dissipar tais receios e dar suporte à moeda,
designadamente: a introdução do Mecanismo
Europeu de Estabilidade, que passou a
assegurar a estabilidade monetária e cambial
da região; a Grécia obteve o segundo resgate;
a Espanha obteve ajuda para o seu sistema
financeiro; verificaram-se avanços na União
Bancária, com a introdução do supervisor
único; o Banco Central Europeu anunciou o
programa OMT (Outright Monetary
Transactions), possibilitando a compra de
dívida soberana dos países intervencionados
mediante determinadas condições. No último
trimestre, também contribui para a valorização
do euro e penalização do dólar, o facto de os
EUA se debaterem para evitar o chamado
“precipício fiscal”, ao mesmo tempo que o
tecto máximo da dívida foi alcançado,
colocando desafios à administração norte-
americana. Neste contexto, a cotação
EUR/USD terminou o ano com um ganho de
1,99% em termos nominais no ano. De referir
também o desempenho do USD/JPY, cujo
movimento foi muito determinado no último
trimestre pelo regresso ao poder de um
governo apostado em manter as políticas
ultra-expansionistas e defendendo a
desvalorização da moeda como factor de
competitividade do sector exportador.
Nos países emergentes, o ano de 2012 foi
marcado por uma valorização das principais
moedas. A normalização económica,
suportada em políticas fiscais e monetárias
dirigidas para o crescimento, bem como o
sentimento de menor incerteza, levaram a que
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
13
os investidores voltassem a preferir activos de
países com maiores ritmos de crescimento, em
busca de maiores taxas de rendibilidade. A
excepção foi a moeda brasileira, o Real, na
medida em que as autoridades locais têm
vindo a tomar medidas para impedir a
apreciação excessiva da sua moeda, desta
forma protegendo a competitividade do seu
sector exportador, num momento de
arrefecimento da economia. O Kwanza
angolano manteve um desempenho
relativamente estável face à divisa norte-
americana, tendo registado uma
desvalorização ligeira de 1.9%, beneficiando de
uma política cambial que procura promover a
estabilidade da moeda.
Mercado de Commodities
O ano de 2012 foi marcado por uma grande
oscilação da generalidade dos preços das
commodities. Avaliando o índice CRB
(Commodity Research Bureau), que resume
de forma abrangente este mercado, verifica-se
uma perda de 4,8%.
No que respeita aos preços das commodities
energéticas, há a assinalar a evolução do
preço do petróleo, cuja análise difere
conforme observemos o desempenho do
preço do West Texas Intermediate (WTI) ou
do Brent. O ano iniciou-se com a decisão dos
Ministros dos Negócios Estrangeiros da União
Europeia de embargo às exportações de
petróleo do Irão, no âmbito da tensão
geopolítica que marcou os últimos meses,
resultante do desenvolvimento do programa
nuclear do Irão. O contexto de agitação
geopolítica contribuiu para manter o preço
suportado na primeira metade do ano. Porém,
num contexto de sucessivas revisões em baixa
das perspectivas de crescimento económico
internacional e perante os sinais de
desaceleração da procura nas principais
economias emergentes (com destaque para a
China), o preço desta commodity foi
perdendo vigor. Assim, o ano terminou com
uma perda de 8% do valor do petróleo
avaliado pelo WTI, embora avaliado pelo Brent
se tenha verificado um aumento de 2,5%. O
gás natural foi a commodity energética com
um desempenho mais forte no último ano,
com uma valorização de 12%.
Os preços dos metais preciosos reflectiram a
evolução cíclica do nível de aversão ao risco.
Tendo sido um ano marcado por forte
volatilidade destes preços, verificaram-se
valorizações anuais do ouro (4,7%) e da prata
(7,7%), mas ainda assim mantendo-se abaixo
dos patamares máximos históricos atingidos
em 2011.
As commodities alimentares estão entre as
que apresentaram maiores oscilações de
preço, sendo que em alguns casos chegaram-
se a observar valorizações na casa dos 50%.
Este encarecimento, particularmente do milho,
reflecte a meteorologia adversa (seca
extrema) observada em alguns países
produtores, nomeadamente os EUA, que
prejudicaram a produção. O facto de este
produto ser uma matéria-prima para a
produção de biocombustíveis, também
fomentou os movimentos especulativos. A
subida dos preços dos cereais nos mercados
internacionais voltou a colocar sob alerta a
estabilidade de preços em alguns países
africanos, importadores líquidos de alimentos
e onde esta componente tem um peso
acentuado nos respectivos índices de inflação.
-11,3%
1,8%
4,7%2,6%
-9,1%
4,6%
-1,9%
1,8%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
EVOLUÇÃO DE DIVISAS VS USD
Yen (Japão) Dólar Australiano (Austrália) Rand (Africa do Sul)
Franco Suiço (Suiça) Real (Brasil) Libra (Reino Unido)
Kwanza (Angola) Euro (Zona Euro)Fonte: Bloomberg
-3,4%
-7,9%
12,0%
4,7%
7,7%
3,5%
-0,1%
6,0%
Índice TR/Jefferies CRB
Petróleo (Crude WTI)
Gás Natural
Ouro
Prata
Cobre
Algodão
Milho
Evolução das Matérias-Primas
Fonte: Bloomberg
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
14
Modelo de Negócio
O Banco Privado Atlântico - Europa, S.A.
(Banco ou ATLANTICO Europa) foi
constituído em Junho de 2009, com um
capital social de 18 milhões EUR. É um Banco
de direito português regulado pelo Banco de
Portugal e pela Comissão do Mercado de
Valores Mobiliários (CMVM).
O ATLANTICO Europa é detido a 100% pela
Atlântico Europa S.G.P.S., S.A., que tem como
accionistas: (i) com 10%, o Banco Privado
Atlântico S.A. (ATLANTICO), (ii) com 20%, a
Sonangol, (iii) com 65%, a GLOBAL PACTUM
Gestão de Activos, S.A., e (iv) com 5%,
quadros do Banco.
Partindo de uma oferta integrada de produtos
de banca de investimento e banca relacional, o
ATLANTICO pretende ser o melhor banco de
Angola no mundo e ser no mundo, o banco
que melhor conhece Angola.
O ATLANTICO é o parceiro credível e
conhecedor que, lado a lado e do princípio ao
fim, ajuda os projectos a crescer e
proporciona, com exigência e profissionalismo,
o acesso a novos mercados, sectores e
competências aos clientes angolanos e o
acesso a Angola e respectivos agentes,
projectos e sectores aos clientes
internacionais.
Estrategicamente posicionado para dotar a
economia angolana de serviços de excelência
que canalizem a poupança para o
investimento produtivo, o ATLANTICO em
2012 introduziu na sua estratégia novos
segmentos de cliente alvo – affluent e
emerging affluent – passando a focar-se num
mercado de dimensão superior, com elevado
potencial, o que veio a traduzir-se num forte
crescimento no número de clientes, e na
dimensão do balanço e resultado.
Tendo como centro o mercado geográfico de
Angola, e com o objectivo de apoiar a
internacionalização dos clientes locais e
desenvolver os negócios e interesses em
Angola, dos clientes internacionais,
O ATLANTICO Europa foi o primeiro passo da
estratégia de internacionalização do Grupo e
tem como missão ser uma instituição
reconhecida por um serviço de excelência,
através da participação activa na promoção
do desenvolvimento socioeconómico de
Angola e dos mercados em que está presente,
da geração de valor para os clientes e
accionistas e do crescimento profissional dos
colaboradores.
O ATLANTICO Europa tem como objectivo
dinamizar a estrutura empresarial portuguesa
e angolana, bem como as suas respectivas
parcerias através da prestação de serviços de
banca de investimento e banca relacional
sempre suportado pelos pilares da segurança
nas operações, rigor, sigilo e inovação.
Banca de Investimento
A direcção de Banca de Investimento é a
unidade responsável pela execução de
serviços de assessoria financeira, estruturação
de crédito especializado e produtos
financeiros, tais como acções, obrigações e
outros títulos.
O ATLANTICO assume-se como um banco
com um enfoque estratégico na área de Banca
de Investimento, colocando um grande ênfase
nesta área de negócio. O seu compromisso
estende-se à firme intenção de ser um agente
com contribuição relevante para o processo
de desenvolvimento de Angola.
Contando já com alguns anos de presença no
mercado, a equipa do ATLANTICO Europa é
hoje uma referência pela sua experiência,
serviços oferecidos e transacções
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
15
completadas. Sendo uma equipa multi-
geográfica, o que lhe confere meios para
cobrir qualquer geografia em termos de
execução de mandatos.
A estruturação da área de Banca de
Investimento segue as melhores práticas
internacionais, reunindo profissionais com
experiência quer no mercado angolano quer
em outros mercados. A segmentação de
serviço tem em conta as necessidades do
mercado e as exigências da base de clientes,
procurando estes soluções inovadoras e
especializadas.
A unidade de Banca de Investimento
disponibiliza os seguintes serviços:
Corporate Finance:
- Fusões e aquisições;
- Restruturações;
- Privatizações;
- Financial advisory.
Structured Finance:
- Project finance e PPPs;
- Real estate finance;
- Leverage & aquisition finance;
- Asset backed finance;
- Syndication desk.
Personal financial services:
- Business plans;
- Estruturação de negócios;
- Apoio no lançamento de negócios.
Mercado de capitais:
- Equity;
- Renda Fixa;
- Sovereign and public finance.
O firme compromisso com o mercado
angolano, a utilização de best-practices
internacionais de Banca de Investimento e a
experiência dos profissionais permite a oferta
de uma proposta única de valor e de
excelência em serviços de Banca de
Investimento.
Banca Relacional e Corporate
Com uma equipa de gestores especializada, o
ATLANTICO Europa presta o apoio necessário
à materialização das necessidades e
objectivos financeiros dos clientes, através de
uma oferta de produtos e serviços
individualizada para particulares e empresas.
A Segurança das Operações, o Rigor com que
procura a solução adequada aos objectivos do
cliente, a capacidade de encontrar novos
produtos e soluções e o Sigilo com que
executa as operações são os princípios base
de construção da relação.
O ATLANTICO Europa coloca ao dispor dos
clientes uma oferta integrada de serviços
financeiros, que incluem a gestão de activos e
passivos, e a planificação patrimonial com
soluções de investimento à medida de cada
um.
Com o apoio das áreas de Banca de
Investimento e Corporate, tem ao seu dispor
uma oferta que cobre também os interesses
empresariais do cliente, com serviços de
assessoria financeira e reestruturações, fusões
e aquisições, colocações de capital,
identificação de sócios e parceiros, entre
outros.
O ATLANTICO Europa aposta numa relação
de grande proximidade com o cliente,
apoiando-o na obtenção de alguns serviços
não financeiros que possam satisfazer outras
áreas de interesse.
No segmento Corporate o ATLANTICO
Europa pretende dar resposta às necessidades
de empresas angolanas fora do seu mercado
de origem, bem como actuar como Banco de
apoio de empresas europeias que mantenham
fluxos comerciais com Angola e/ou planos
estratégicos de investimento no País.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
16
O ATLANTICO Europa pretende construir
relações sólidas e de confiança com os seus
Clientes, desenvolvendo um conhecimento
profundo dos seus negócios de forma a poder
estruturar soluções adequadas às
necessidades específicas de cada um, como:
- Soluções de Banca Transaccional
- Soluções de Investimento
- Financiamento da actividade corrente da
Empresa
- Financiamentos Estruturados
- Assessoria Financeira
- Soluções de cobertura dos diversos riscos
em balanço
Risco e Controlo Interno
O Conselho de Administração do ATLANTICO
Europa é responsável por definir, implementar
e rever periodicamente um sistema de
controlo interno adequado à natureza,
dimensão e complexidade da sua actividade,
devidamente alinhado com o seu perfil de
risco, tendo por objectivos assegurar:
a continuidade do negócio e a
sobrevivência da instituição através de uma
eficiente afectação de recursos e execução
das operações, da efectiva monitorização e
controlo dos riscos, da prudente avaliação
de activos e responsabilidades, e da
segurança e controlo de acessos nos
sistemas de informação e comunicação;
a existência de informação, contabilística e
de gestão, de natureza financeira e não
financeira, completa, fiável e tempestiva,
que suporte a tomada de decisão e os
processos de controlo;
o cumprimento das disposições legais, das
directrizes internas e das regras
deontológicas e de conduta no
relacionamento com os clientes, as
contrapartes das operações, os accionistas
e os supervisores.
As funções chave do sistema de controlo
interno – gestão do risco, compliance e
auditoria interna – encontram-se dotadas de
meios humanos e materiais suficientes para o
cumprimento da sua missão, apresentando a
independência, estatuto e efectividade
necessárias ao correcto exercício da
actividade.
A Direcção de Risco representa a função de
gestão de risco do Banco, sendo responsável
pela identificação, avaliação,
acompanhamento, controlo e reporte das
diversas categorias de riscos relevantes para a
actividade desenvolvida pela instituição, com
o objectivo de obter uma compreensão
fundamentada da sua natureza e magnitude.
A Direcção de Risco tem reporte hierárquico
directo ao órgão de administração, sendo
exercida com independência face às áreas de
tomada de risco. Tem participação activa na
gestão dos limites e nas decisões que
significativamente alterem o perfil de risco da
Instituição, sendo-lhe assegurado pleno
acesso a todas as actividades, documentos,
informações e controlos considerados
relevantes para o exercício das suas funções.
Na categorização e classificação dos riscos
inerentes à actividade, o ATLANTICO Europa
adopta uma classificação em linha com a
recomendada pelo Banco de Portugal no
documento “Modelo de Avaliação de Riscos”
(MAR).
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
17
Highlights 2012 2012 foi um ano de consolidação das
operações, de reforço da notoriedade da
marca e de continuação da criação das
bases para a expansão futura do negócio.
O ATLANTICO Europa beneficiou da sua
estratégia de nicho de mercado
permanecendo bastante isolado do
enquadramento macroeconómico adverso
de Portugal.
Adicionalmente, e em linha com o
posicionamento do Grupo, o ATLANTICO
Europa introduziu na estratégia novos
segmentos de cliente alvo – affluent e
emerging affluent – passando a focar-se
num mercado de dimensão superior, com
elevado potencial.
Assim, o ano foi marcado pelo forte
crescimento da concessão de crédito que
passou de 24.7 mn EUR em 2011 para 49.4
mn EUR em 2012. Não obstante, o
ATLANTICO Europa manteve uma
abordagem conservadora ao risco, e uma
criteriosa alocação de recursos, pelo que os
níveis de crédito vencido situaram-se abaixo
de 0.5%.
A prudente e eficiente gestão de tesouraria
permitiu multiplicar por 2 a margem
financeira.
O lançamento de novos produtos e serviços
dirigidos a clientes particulares e empresas
a par de uma gestão de liquidez equilibrada
e pautada pelas melhores práticas de
gestão de risco estão na base desta
evolução positiva.
Ao nível operacional, 2012 destaca-se pela
continuação da consolidação dos
mecanismos de controlo interno e
compliance, de gestão de risco e da
plataforma tecnológica.
O ATLANTICO Europa mudou a sede para
um edifício situado numa das zonas mais
privilegiadas de Lisboa, a Avenida da
Liberdade. Em termos de infra-estrutura
logística, as novas instalações permitiram a
abertura do primeiro Centro ATLANTICO
para atendimento dos clientes do segmento
affluent e empresas. Adicionalmente o novo
edifício é dotado de salas de reunião
adequadas ao atendimento de clientes do
segmento private e corporate bem como ao
desenvolvimento de sessões de formação.
Principais Acontecimentos de 2012
Março
ATLANTICO Europa adopta o SAP e adere
ao sistema de créditos SEPA.
Abril
ATLANTICO Europa adere ao Siteme –
Central de Valores do Banco de Portugal
Junho
Início da oferta de Trade Finance
Agosto
Mudança para a nova sede sita na Avenida
da Liberdade 259.
Setembro
Liquidação da primeira operação em
mercado de capitais em Angola, organizada,
e estruturada pelo ATLANTICO Europa e
colocada pelo ATLANTICO em Angola.
Trata-se de uma emissão de obrigações
subordinadas.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
18
Novembro
Conclusão do processo de assessoria
financeira e financiamento do projecto Baia
de Luanda.
Abertura do primeiro Centro ATLANTICO.
Dezembro
A margem financeira do ATLANTICO
Europa passa a barreira dos 6 mn EUR e o
Banco fecha o ano com um lucro de cerca
de 700 mil EUR, correspondente a
resultados líquidos positivos de forma
recorrente em todos os trimestres do ano.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
19
Banca de Investimento
A Banca de Investimento, sendo uma área
de cariz transversal no ATLANTICO, actua
de forma estratégica e conjunta, através das
suas duas geografias, Europa e Angola, com
o objectivo de oferecer aos seus clientes um
serviço de excelência.
Através da plataforma de Portugal, o
ATLANTICO Europa, tem um papel crucial
em operações cross-border, actuando como
elo de ligação para os clientes do
ATLANTICO, que pretendem diversificar
geograficamente a sua carteira de
investimento. Em 2012, o ATLANTICO
Europa, através do serviço integrado e
abrangente, acompanhou clientes, num
conjunto de investimentos estratégicos no
mercado português, com o objectivo de
criar sinergias futuras em ambas as
geografias.
A Banca de Investimento, através do seu
profundo conhecimento dos mercados
onde se posiciona, tem como missão,
contribuir activamente para diversificação
da economia angolana e suportar o
empreendedorismo nacional.
O ano de 2012 foi um ano muito importante
para a unidade de Banca de Investimento
do ATLANTICO Europa.
Assistiu-se a um importante reforço da
equipa, tendo não só crescido em dimensão,
como nas suas competências nas diversas
especializações de serviço. Adicionalmente,
foram criadas plataformas organizativas
importantes, que permitem hoje uma fluidez
de processos e eficiência ao nível de
operações mais significativas.
Foi também um ano relevante no esforço de
desenvolvimento comercial da unidade de
negócio. Foram desenvolvidos ao longo do
ano diversos mandatos, em distintos
sectores de actividade e nas diversas
especializações de serviço: Corporate
Finance, Structured Finance e Capital
Markets.
Relativamente a operações fechadas, conta-
se com a concretização de duas operações
muito estruturantes e inovadoras em
Angola:
No âmbito de assessoria financeira à
Sociedade Baía de Luanda, S.A., em parceria
com o Banco Millennium BCP, o
ATLANTICO Europa participou na
estruturação, montagem e colocação de um
sindicato bancário, no valor de USD 250M,
para o financiamento das obras de infra-
estruturas públicas desenvolvidas na Baía
de Luanda. Esta operação de Structured
Finance, desenvolvida em base non-
recourse (sem recurso a nível de garantias
aos accionistas da sociedade mutuária),
contou com a participação de cinco bancos
da praça nacional: Banco Privado Atlântico,
Banco Millennium Angola e Banco Angolano
de Investimento, na qualidade de Mandate
Lead Arrangers, Banco SOL e Banco Caixa
Geral Totta de Angola, na qualidade de Co-
Líders, e Banco Keve, na qualidade de
Participante.
Financiamento Estruturado
Sindicato Bancário
USD 250.000.000
Mandate Lead Arrangers
- AGOSTO 2012 -
Projecto de Parceria Público-Privada
“Baía de Luanda”
Co-Líderes Participante
Assessores Financeiros
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
20
O ATLANTICO Europa assessorou ainda o
Banco Keve, S.A., na estruturação,
montagem da primeira emissão de um
empréstimo obrigacionista subordinado em
Angola. A emissão, no valor de USD 20M, foi
concluída em Setembro de 2012, e foi alvo
de uma colocação integral junto de
subscritores institucionais angolanos, tendo
a procura superado a oferta. O prazo foi de
cinco anos e meio e a taxa de cupão anual
de 11%.
Angola encontra-se numa fase de rápida
transição, fazendo-se notar o impacto desta
tendência em todos os mercados e sectores
de actividade, com relevância não só para o
ATLANTICO como para a equipa de Banca
de Investimento
Torna-se naturalmente um desafio a
concretização de transacções seguindo as
melhores práticas internacionais, num
mercado que ainda se encontra em
maturação em alguns domínios. A
inexistência de mercados regulados de
capitais é também um factor estrutural com
algum impacto nas opções que a Banca de
Investimento pode disponibilizar para as
empresas e investidores em Angola. Por fim,
as restrições que o actual quadro
regulatório impõe ao nível de fluxos de
capitais com o estrangeiro, levantam
também algumas limitações ao acesso que
as empresas angolanas poderiam ter na
obtenção de financiamento e investimento
em praças internacionais.
As oportunidades em 2012 fizeram-se
também sentir, em particular no sector
privado. O sector público, fruto do período
eleitoral que o país viveu, restringiu
naturalmente as decisões a nível de políticas
e empreendimento de projectos, os quais
ficaram condicionados à entrada e tomada
de posse do novo Governo. Foi contudo
visível o dinamismo do sector petrolífero,
assim como das áreas imobiliárias,
distribuição e saúde.
O ano de 2013 perspectiva-se como um ano
intenso, no seguimento da implementação
do programa de Governo no país para o
período de 2013 a 2017. O sector público
propõe-se a desenvolver ou a promover o
desenvolvimento de importantes projectos
em diferentes áreas da actividade
económica, onde a Banca de Investimento
pretende ter um papel muito activo,
designadamente: Agricultura e Pescas ao
nível da instalação de Pólos Agro-Industriais
e no desenvolvimento de portos e terminais
pesqueiros, Geologia e Minas na promoção
e reactivação de projectos de prospecção
mineira, Indústria Transformadora na
promoção de Pólos Industriais nas diversas
províncias, Hotelaria e Turismo na expansão
da rede hoteleira nacional e por último no
sector dos Transportes, no desenvolvimento
dos terminais marítimos, terrestres e aéreos
do país.
Também do lado do sector privado, é
expectável um crescente aumento dos
níveis de investimento e de actividade
económica em Angola. Esta tendência
verificar-se-á não só em entidades
internacionais como entidades
Obrigações subordinadas
Keve 2018
USD 20,000,000
ATLANTICO – CAPITAL MARKETS
Estruturação, Organização e
Colocação
2012
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
21
multinacionais, que começam a considerar o
mercado angolano não só pelo seu
potencial intrínseco, mas também como
plataforma para o desenvolvimento das
suas operações nos mercados da África
Subsaariana.
Em 2013 são esperados também
importantes desenvolvimentos ao nível do
que serão os passos para o lançamento dos
mercados de capitais em Angola. Após um
período de consulta efectuado pela
Comissão de Mercado de Capitais, existe a
perspectiva de entrada em funcionamento,
ainda nesse ano, do mercado de dívida
pública, o que permitirá a abertura de uma
nova plataforma para o desenvolvimento de
transacções de Banca de Investimento e de
soluções alternativas de financiamento para
as empresas do sector público. Este marco
será ainda um importante passo para a
solidificação do caminho de abertura dos
mercados de capitais, quer de dívida
corporativa quer de acções.
Aguarda-se ainda com expectativa a
possível realização, por parte do Estado
Angolano, de uma emissão internacional de
títulos de dívida pública, algo que criaria um
precedente e benchmark relevante para a
estruturação de emissões em praças
internacionais para empresas angolanas.
Private Equity
A actividade do Private Equity, durante o
ano de 2012, centrou-se no
desenvolvimento dos aspectos
organizacionais necessários para levar a
cabo o lançamento do Angola Growth Fund
(“AGF” ou “Fundo”) no mercado.
O AGF é um fundo de Private Equity que
resulta de uma parceria estabelecida entre o
ATLANTICO Europa (através da sua
participada Atlantico Europa Capital Lux,
S.a.r.l., adiante designada por AECL) e a
Compagnie Benjamin de Rothschild.
O AGF, enquanto investidor estrangeiro em
Angola necessita, para o desenvolvimento
da sua actividade neste país, de obter a
aprovação para os investimentos a realizar.
Neste contexto, está em curso o processo
de aprovação da Proposta de Investimento
do AGF pelas autoridades competentes.
Outro dos pilares fundamentais para o
sucesso do lançamento do AGF, tem a ver
com a estratégia de marketing a
implementar, que terá como principal
objectivo dar a conhecer aos investidores
não só o Fundo, mas também o mercado
Angolano, nomeadamente as características
económico-sociais do país e as perspectivas
de crescimento para a próxima década.
Neste âmbito, durante o ano de 2012, o AGF
trabalhou no desenvolvimento da marca e
do logótipo, que servirão para a divulgação
de Angola e dos objectivos do Fundo.
Durante o período deste relatório, o Fundo
manteve uma observação atenta da
evolução macroeconómica e política do
país, por forma a manter o alinhamento com
a sua estratégia de investimento. Foi
efectuado o acompanhamento das
oportunidades de investimento identificadas
no Memorando de Oferta, bem como a
identificação de novas oportunidades com
vista à elaboração de um portofólio de
projectos.
No final do ano, a AECL subscreveu acções
do Angola Growth Fund no montante de
USD 1.630.000. Esta subscrição permitiu
assegurar o cumprimento do requisito da
CSSF (Commission de Surveillance du
Secteur Financier) relativamente ao capital
mínimo subscrito do Fundo.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
22
Banca Relacional e Corporate 2012 continuou a ser pautado pelo
alargamento da base de clientes e
consolidação da actividade de Banca
Relacional, através da construção de
relações estreitas com os clientes, baseadas
em confiança, discrição e na implementação
de soluções adequadas às suas
necessidades específicas.
O ano de 2012 ficou também marcado pelo
alargamento dos segmentos de cliente alvo
do ATLANTICO Europa na área affluent e
emerging affluent, em linha com a estratégia
do ATLANTICO em Angola.
O racional desta expansão reside na
oportunidade de captar clientes da classe
média e emergente, que em primeira
instância beneficiam do forte crescimento e
desenvolvimento económico de Angola.
Banca Corporate
Num contexto fortemente adverso para o
tecido empresarial Português, o
ATLANTICO Europa conseguiu alargar
expressivamente a sua base de Clientes
Corporate. Manteve a estratégia de
privilegiar empresas com actividade em
Angola ou relações comerciais sólidas com
o país.
Não obstante a manutenção de uma política
de concessão de crédito prudente e
selectiva, fortemente focada em relações
comerciais multiproduto que permitam
alavancar a oferta de produtos, o segmento
Corporate do ATLANTICO Europa finalizou
o ano com um acréscimo substancial da
carteira de crédito face ao exercício
anterior.
O ano 2012 pautou-se igualmente por um
incremento sustentado do Produto
Bancário, onde se destaca o acréscimo
significativo das rubricas de comissões e
outros ganhos financeiros, reflectindo o
aumento do número de produtos e serviços
colocados nos Clientes.
Especial realce merecem também as
primeiras operações de Trade Finance
concretizadas no ano em análise. Trata-se
de um produto com elevado potencial, que
vai ao encontro das necessidades das
empresas nas suas trocas comerciais e,
simultaneamente, funciona como
catalisador na angariação de novos
relacionamentos.
Segmento Private
No segmento PRIVATE, o ATLANTICO
Europa reforçou os níveis de serviço de
elevada qualidade, especialmente
vocacionados para clientes angolanos com
interesses económicos no exterior e
particulares e empresas de outras
nacionalidades com efectivos interesses
económicos em Angola.
Uma abordagem patrimonial global, com
oferta de produtos e serviços financeiros e
não financeiros ajustados, numa lógica de
arquitectura aberta, com total
independência e indo ao encontro da
gestão global do património permite que no
ATLANTICO Europa, o cliente Private tenha
acesso aos principais agentes e mercados
de capitais internacionais, encontrando
ainda no Banco o apoio necessário à gestão
dos seus interesses pessoais, patrimoniais
ou empresariais.
No segmento Private um aumento superior
a 50% da base de clientes, a par do
crescimento sustentado do volume de
recursos e de operações de crédito foi
alcançada através do reforço da proposta
de valor para o cliente: qualidade de serviço,
dentro dos princípios da abordagem de
Banca de Relação, com soluções de
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
23
investimento e financiamento exclusivas,
adequadas ao perfil de risco, ciclo de vida e
necessidades específicas de cada cliente.
Segmento ATLANTICO
No segmento Affluent, denominado
ATLANTICO ao longo de 2012, o
crescimento da estrutura e reforço da
equipa de Gestores de Cliente permitiu o
reforço da relação com empresários
angolanos, com pequenas e médias
empresas com negócios relacionados com
Portugal, e com empresários e empresas
não angolanos que desenvolvem negócios
em Angola.
A par destes, o segmento manteve o foco
nos clientes particulares upper affluent,
procurando desenvolver relações de grande
proximidade, na oferta de soluções de
financiamento (forte incidência na aquisição
de imóveis) e nas propostas de
investimento tradicionais, procurando
soluções de baixo risco e/ou de garantia do
capital investido.
Esta abordagem ao mercado, assente num
modelo de excelência de Banca de Relação,
permitiu em 2012 que o segmento Affluent
duplicasse a base de clientes, duplicasse o
volume de recursos sob gestão e triplicasse
o volume de crédito concedido.
Destacamos em 2012 a abertura do Centro
Atlântico Sede em Lisboa, em plena
Avenida da Liberdade, onde o cliente, com
um serviço de resposta rápido, pode
efectuar todas as tradicionais operações
bancárias, com a comodidade e rigor
patente nos mais elevados padrões de
qualidade.
Funções de Controlo e Suporte A progressão da actividade nas diferentes
vertentes do negócio do ATLANTICO
Europa teve reflexos relevantes ao nível das
áreas de controlo e suporte do Banco.
O ATLANTICO Europa adere na íntegra às
melhores práticas internacionais e de
regulação aplicáveis à banca e ao sector
financeiro e os serviços que presta pautam-
se pelo Rigor, Sigilo, Segurança nas
Operações e Inovação.
O controlo interno, o compliance e a gestão
de riscos assumem-se como prioridades do
ATLANTICO Europa, e o seu apoio ao
crescimento das áreas de negócio é
fundamental para a sustentabilidade da
instituição no longo prazo.
Auditoria
Durante o exercício de 2012 o ATLANTICO
Europa desenvolveu programas de revisão
focados essencialmente na sustentabilidade
do crescimento do Banco.
Foi atribuída uma importância chave aos
processos e procedimentos associados a
tarefas core, assim como abordados novos
processos resultantes da entrada no
ATLANTICO Europa de novos produtos e
sistemas.
No final de 2012, o ATLANTICO Europa
avaliou novamente os principais riscos do
ponto de vista de auditoria a que o Banco
actualmente estará exposto, garantindo a
adequação dos futuros planos de trabalho à
realidade do Banco.
O ATLANTICO Europa empreendeu
diversas acções de auditoria ao longo de
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
24
todo o ano de uma forma continua e
gradual, através de análises transversais ou
apenas a pontos críticos de controlo em
determinados processos, quer da vertente
de negócio quer da vertente de suporte às
operações.
Durante o exercício de 2012 – e recorrendo
ao auxílio de entidades especializadas – foi
efectuada uma avaliação do nível de
segurança da informação e maturidade dos
sistemas informáticos instalados, avaliando
temas desde o acesso a aplicações ou
mesmo a efectividade do Plano de Disaster
Recovery.
Durante o exercício agora terminado, o
Gabinete de Auditoria Interna contribuiu
positivamente para a melhoria da eficiência
e eficácia operacionais das actividades de
controlo associadas aos procedimentos
internos.
Banca Transaccional
Em 2012, em termos operativos, destaca-se
a aposta na eficiência e automatização de
processos associada a actividade da
Direcção de Banca Transaccional, visando a
constante melhoria da qualidade do serviço
prestado aos clientes.
Iniciou-se a oferta de Trade Finance, com
enfoque na área dos créditos
documentários, visando a dinamização do
negócio bilateral entre Portugal e Angola de
comércio internacional.
Quanto ao serviço de banca
correspondente em EUR e USD prestado a
Bancos Angolanos pelo ATLANTICO
Europa, verificou-se um significativo
crescimento no número de operações
processadas, estando em curso um projecto
de desenvolvimento da plataforma
tecnológica que permitirá elevar o padrão
de qualidade dos serviços prestados pelo
Banco nesta área de actividade.
O ATLANTICO Europa concluiu ainda, no 1o
trimestre de 2012, a adesão às
transferências a crédito SEPA,
disponibilizando assim aos seus clientes
mais uma alternativa na execução das suas
operações de pagamento domésticas e
internacionais.
Capital Humano Em 31 de Dezembro de 2012, o ATLANTICO
Europa apresentava um quadro de pessoal
com 73 colaboradores.
Comparativamente a 2011 a estrutura de
pessoal cresceu 46%, representando a maior
variação desde o início da sua actividade.
36 46 50
73
2009 2010 2011 2012
Evolução nº de Colaboradores
Fonte: Gabinete de Capital Humano
49%
51%
Distribuição por género
Homens
Mulheres
Fonte: Gabinete de Capital Humano
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
25
Este reforço, em contra ciclo com o cenário
macroeconómico português, reflecte o
crescimento da actividade do Banco e faz
parte da estratégia do ATLANTICO Europa
em capacitar as suas equipas com quadros
qualificados, capazes de dar resposta aos
desafios colocados e às exigências do
mercado.
Manteve-se a aposta na formação e
desenvolvimento dos colaboradores,
implementando programas de formação
com vista à sua capacitação técnica e
comportamental, antecipando necessidades
e criando valor e sustentabilidade à
Instituição. Em 2012 foram realizadas 4.219
horas de formação o que representou uma
média de 57 horas de formação por
colaborador.
O ATLANTICO Europa deu continuidade à
promoção de estágios e integração de
jovens talentos Angolanos, materializando o
compromisso do ATLANTICO Europa em
ser um parceiro estratégico no que
concerne à formação e desenvolvimento de
futuras lideranças, actuantes no sistema
financeiro Angolano. O banco criou
programas de formação específicos,
estruturou acções dirigidas a jovens recém-
licenciados que têm visto no ATLANTICO
Europa uma ponte para o mercado de
trabalho em Angola.
Durante o ano de 2012 foram
proporcionadas 24 oportunidades de
estágio.
A meritocracia e o reconhecimento da
excelência estão a todo o momento
presentes na actividade e assentam numa
política de Avaliação de Desempenho que
se baseia num modelo misto de avaliação
de competências individuais e num
processo de Gestão por Objectivos
operacionalizado pela definição de
Scorecards que permitem o enfoque na
execução da estratégia.
A aferição do contributo individual e das
equipas para os resultados alcançados
permitem a criação de planos de acção com
vista a maximizar a eficiência e à
implementação de sistemas de recompensa
que visam reconhecer e diferenciar os
desempenhos.
O Índice de Satisfação Global resultante do
Estudo de Clima Organizacional de 2012 foi
de 90%, mantendo-se um elevado nível de
satisfação por parte dos colaboradores nas
várias dimensões auscultadas.
20
31
15
7
0
10
20
30
40
< 30 anos 30-40 40-50 > 50
Distribuição dos colaboradores por faixa etária
Fonte: Gabinete de Capital Humano
76%
90% 90%
10%
30%
50%
70%
90%
110%
2010 2011 2012
Indice de Satisfação Global
Fonte: Gabinete de Capital
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
26
Compliance
O ano de 2012 foi marcado pela revisão e
implementação de algumas políticas e
procedimentos no âmbito da função do
Compliance para acolher as novas
recomendações da EBA – European
Banking Authority a nível do governo
interno das instituições financeiras.
Foi também reforçado o enfoque no sentido
de revisitar os aspectos de monitorização
de operações e controlo no âmbito da
prevenção de branqueamento de capitais e
combate ao financiamento de terrorismo,
tendo por base as novas obrigações
implementadas pelas autoridades locais
(Banco de Portugal) nesta matéria, bem
como as recomendações emitidas pelas
entidades internacionais.
O Gabinete de Compliance deu
continuidade às suas responsabilidades
como um pilar do sistema do controlo
interno, no sentido da detecção de
eventuais situações de risco, e com um
objectivo comum de tornar o sistema de
controlo interno do Banco mais sólido e
mais integrado no seu funcionamento.
Foi dada a devida continuidade à formação
de colaboradores, nomeadamente os
recém-admitidos, nas áreas de prevenção
de branqueamento de capitais e combate
ao financiamento de terrorismo.
Contabilidade e Controlo de
Gestão
O aumento de volume e a crescente
sofisticação da actividade levaram a que ao
longo de 2012 a função Contabilidade e
Controlo de Gestão tenha continuado a
desenvolver e implementado um conjunto
de novos processos tendo em vista quer a
adequada relevação contabilística da
actividade quer a produção de informação
de gestão exacta, fidedigna e atempada.
Em 2012 foi concluída a implementação do
SAP com o objectivo de melhorar a
eficiência da mesma e exponenciar a
qualidade da informação de gestão.
Investor Relations
A Direcção de Investor Relations é uma
direcção que tem por objectivo apoiar o
ATLANTICO Europa a relacionar-se com o
universo de contrapartes e demais
investidores institucionais.
Em 2012 a actividade de relacionamento
com investidores desenvolveu-se em duas
linhas distintas.
Por um lado, o ATLANTICO Europa
continuou o seu processo de diversificação
do universo de contrapartes de relação,
tendo como base os mercados geográficos
de interesse e as necessidades em termos
de produtos dos clientes.
No final do ano, o ATLANTICO Europa
contava com um leque de correspondentes
e contrapartes baseados em todos os
continentes do mundo à excepção da
Oceânia.
Por outro lado, a área de relacionamento
com investidores iniciou a actividade
comercial a clientes institucionais,
capitalizando na gama crescente de
produtos e serviços oferecidos pelo banco e
no relacionamento privilegiado com Angola.
A Direcção de Relacionamento com
Investidores foi uma das peças lapidardes
na organização, montagem e colocação da
primeira emissão obrigacionista em
mercado Angolano.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
27
Jurídico
O Gabinete Jurídico assume-se como área
de assessoria da administração e de apoio à
actividade do Banco pautando-se por
princípios de objectividade, rigor, clareza de
discurso, tempestividade na resposta,
colaboração e trabalho de equipa.
A sua actividade centra-se, nomeadamente,
no seguinte:
- assessoria à administração e às unidades
orgânicas do Banco;
- elaboração e revisão de contratos;
- elaboração de pareceres, nomeadamente
no âmbito da abertura de novas contas e
em operações de crédito;
- elaboração de documentos e minutas
várias;
- avaliação de novos produtos;
- elaboração e revisão de políticas internas;
- divulgação de informação jurídica;
- promoção de formações internas de
carácter técnico.
Em 2012 o Gabinete Jurídico desenvolveu
um conjunto de iniciativas relevantes para o
desenvolvimento da actividade da
instituição, das quais se destacam a
produção de várias informações sobre
alterações do ambiente regulatório e outros
temas de interesse para a actividade e a
divulgação regular de um newsletter
jurídico.
O Gabinete Jurídico desempenhou um
papel assinalável na formação interna de
colaboradores, quer pela realização de um
conjunto de formações internas sobre
temas vários da actividade financeira, quer
pela integração na equipa de jovens
quadros para fazerem formação on Job.
Mercados Financeiros
A Direcção de Mercados Financeiros, ao
longo de 2012 deu continuidade aos seus
principais objectivos de concretização de
operações de clientes e gestão dos activos
e passivos do banco.
A gestão diária da liquidez da instituição foi
reforçada com a adesão da instituição ao
Siteme e consequente participação nas
operações regulares de mercado aberto do
Eurosistema.
A Direcção de Mercados Financeiros actuou
nos principais mercados, e alocou mais
recursos ao mercado de Renda Fixa com a
aquisição de activos de risco soberano e
corporate de curto e médio prazo numa
combinação risco/retorno adaptado à
instituição e ao seu balanço.
No corrente ano, com o reforço da carteira
de activos de Renda Fixa a Direcção de
Mercados Financeiros contribuiu para
alargar a margem entre activo e passivo.
Produtos e Research
O Gabinete de Produtos e Research (GPR)
foi criado com base no pressuposto de que
a oferta de produtos e serviços financeiros
inovadores e geradores de valor para os
Clientes constitui uma alavanca de
diferenciação fundamental para cumprir os
objectivos de crescimento futuro do
ATLANTICO Europa.
A sua missão prende-se com um dos
objectivos do Banco de ser líder na
inovação da oferta e na qualidade de
serviço ao seu Cliente. O GPR pretende ser
a fábrica de Produtos e Serviços do
ATLANTICO Europa, contribuindo para uma
oferta diversificada, inovadora e que vá de
encontro às necessidades e exigências dos
nossos Clientes. Adicionalmente, pretende
ser o padrão de excelência na produção de
Research, contribuindo com informação
económica e financeira especializada e
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
28
diversificada que auxilie os Clientes na
tomada de decisão.
O GPR é o órgão responsável pela criação,
dinamização e manutenção da oferta de
produtos e serviços do ATLANTICO Europa,
produção de Research especializado,
manutenção dos preçários e suporte às
áreas de negócios, entre outras.
Sistemas de Informação
Em 2012, o Gabinete de Tecnologias de
Informação teve um papel preponderante
no desenvolvimento de aplicativos que, por
um lado, permitem melhorar a eficiência
operacional e mitigar o risco, e, por outro,
são ferramentas indispensáveis na
prestação de um serviço de qualidade aos
clientes do ATLANTICO Europa.
De realçar a interacção e participação na
elaboração do projecto de Segurança de
Sistemas de Informação com a aplicação de
algumas medidas com road map definido.
Foram também desenvolvidos novos
módulos SAP, ferramenta indispensável em
termos de contabilidade e informação de
gestão.
Em 2012 foi mantida uma ligação estreita
com o ATLANTICO em Angola através da
instalação de uma solução de backup, VSAT
que permite melhorar a comunicação entre
as duas geografias, nomeadamente quando
a linha dedicada Lisboa- Luanda não está
activa.
Património,
Aprovisionamento e Serviços
No decorrer do terceiro trimestre do
exercício de 2012, acompanhando o
crescimento e diversificação da actividade
do ATLANTICO Europa e a par da mudança
física de instalações, foi criada a área de
Património, Aprovisionamento e Serviços
que tem como missão a gestão dos
requisitos logísticos e de recursos materiais
necessários ao desenvolvimento da
actividade do Banco, incluindo imóveis,
veículos e mobiliário.
O Gabinete de Património, Aprovisionamento
e Serviços (GPAS) garantiu actividades de
gestão do edifício-Sede, assim como de
várias iniciativas relacionadas com o
fornecimento de bens materiais e
prestações de serviços indispensáveis ao
funcionamento da actividade, de que são
exemplo os serviços de higiene e limpeza,
de segurança e de manutenção e condução
das instalações.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
29
Análise Financeira O ano de 2012 foi um ano de reforço actividade para o ATLANTICO Europa, o qual, num
contexto económico adverso, se caracterizou por:
primeiro exercício completo com resultados positivos
reforço da base de clientes com recursos
duplicação da carteira de crédito, com cobertura por garantias reais de 72%
lançamento de operações de Trade Finance com clientes Corporate e Institucionais;
reforço do programa de formação de jovens quadros
implementação do SAP na Contabilidade e Controlo de Gestão.
Principais Indicadores (m Euros)
2011 2012 Variação
Absoluta
Var. %
12/ 1 1
Activo Liquido Total 298.808 326.182 27.374 9,2%
Volume de Negócios 302.793 237.691 (65.102) -21,5%
Crédito a clientes 25.017 49.786 24.769 99,0%
Recursos de Clientes On Balance 251.312 146.098 (105.214) -41,9%
Recursos de Clientes Off Balance 25.722 35.841 10.119 39,3%
Garantias 742 808 66 8,9%
Crédito documentário - 5.158 5.158 n.a.
Volume de Negócios por Colaborador 6.056 3.256 (2.800) -46,2%
Rácio de Transformação 10,0% 34,1%
Rácio Crédito Vendido /Crédito a clientes 0% 0%
Rácio Provisões/Crédito a clientes 1,7% 1,6%
Produto Bancário 6.725 12.200 5.475 81,4%
Dos quais:
Margem Financeira 2.774 6.449 3.675 132,5%
Comissões Op Bancarias e Interm. Fin. 1.179 816 (362) -30,7%
Comissões Banca de Investimento 2.557 3.285 728 28,5%
Ganhos e perdas de Operações Financeiras 216 1.650 1.434 664,5%
Produto Bancário por Colaborador 135 167 33 24,3%
Resultado do Exercicio (1.403) 701 2.104 150,0%
Cost to Income (2) 114,1% 81,5%
Situação Liquida 45.927 48.450 2.523 5,5%
Fundos Próprios Base 45.215 44.435 (780) -1,7%
Requisitos para Fundos Próprios 9.799 10.698 899 9,2%
RWA 122.488 133.725 11.238 9,2%
Rácio de Solvabilidade 36,9% 33,2%
ROA -0,5% 0,2%
ROE -3,1% 1,5%
Número de Clientes 446 732 286 64,1%
Número de Colaboradores 50 73 23 46,0%
1) para o período desde o inicio de actividade, a 22 de Junho, até 31 de Dezembro
2) Custos Operacionais / Proveitos Operacionais
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
30
Análise de Resultados O ATLANTICO Europa encerrou o ano de 2012 com um resultado positivo antes de impostos de
1.250 milhares de Euros, representando uma melhoria de 150% face aos resultados de 2011.
A seguir descrevemos de uma forma sucinta as diversas rubricas da Demonstração de
Resultados:
Juros e Proveitos Equiparados 116 673 3.869 8.948 5.078 131%
Juros e Custos Equiparados (9) (304) (1.095) (2.498) (1.403) 128%
Margem Financeira 107 369 2.774 6.449 3.675 132%
em % do Produto Bancário 6,2% 7,1% 41,2% 52,9%
Comissões recebidas - 136 1.282 928 (354) -28%
Comissões pagas (2) (71) (104) (112) (9) 8%
Resultados de activos financeiros 5 0 1.396 (13) (1.409) -101%
Resultados cambiais - 109 (1.180) 1.663 2.843 -241%
Outros resultados de exploração 1.612 4.682 2.557 3.285 728 28%
Produto Bancário 1 .722 5.225 6.725 12.200 5.474 81%
Custos com Pessoal (1.706) (3.397) (3.841) (4.667) (826) 22%
Outros custos operacionais (1.335) (3.398) (3.831) (5.200) (1.369) 36%
Amortizações (125) (341) (351) (736) (385) 110%
Custos de Estrutura (3. 166) (7. 136) (8.023) (10.603) (2.580) 32%
Resultados Operacionais (1 .444) (1 .91 1) ( 1 .298) 1 .597 2.895 223%
Provisões para Riscos de Crédito (40) (18) (378) (347) 31 -8%
Resultado Antes de Impostos (1 .484) (1 .930) (1 .676) 1 .250 2.925 175%
Impostos do Exercício 309 435 273 (549) (822) -301%
Correntes (7) (102) (87) (300) (213) 245%
Diferidos 316 538 360 (249) (608) -169%
Resultado Líquido do Exercício (1 . 175) (1 .494) (1 .403) 701 2. 103 150%
1) apenas 5 meses de actividade
(m Euros)
Demonstração de Resultados 2009 1 2010
Variação
AbsolutaVar. YoY20122011
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
31
Margem Financeira (m Euros)
A Margem Financeira aumentou 132%,
reflectindo não só uma política de
gestão de liquidez mais activa,
mantendo os padrões de risco
moderado da instituição, representando
52,9% do Produto Bancário, como
também o incremento substancial do
crédito concedido (Nota 3.22)
Margem Complementar (m Euros)
A Margem Complementar aumentou
46% face a 2011, reflectindo o retomar
da actividade de Banca de Investimento
e uma maior actividade de carteira
própria. (Nota 3.23, 3.24 e 3.25).
Produto Bancário (m Euros)
O Produto Bancário aumentou 80% face
a 2011.
Custos de Estrutura (m Euros)
Os custos de estrutura aumentaram
32%, resultado principalmente de:
Outros Custos Operacionais -
aumentaram 36%, decorrentes do
contínuo plano de investimento na
plataforma tecnológica, nomeadamente
da componente de serviços externos e
dos projectos de internacionalização.
Amortizações - aumentaram 110%,
reflectindo o investimento efectuado com
a mudança para a nova Sede e o custo
extraordinário da saída das instalações
anteriores.
3.869
8.948
(1.095)
(2.498)
369
2.774
6.449
2010 2011 2012
Juros e Proveitos Equiparados Juros e Custos Equiparados
1.282 928(104) (112)
1.396
109
(1.180)
1.663
4.682
2.5573.285
4.856
3.951
5.750
2010 2011 2012
Comissões recebidas Comissões pagas
Resultados cambiais Outros resultados de exploração
369
2.774
6.4494.856
3.951
5.750
1.722
5.225
6.725
12.200
2009 2010 2011 2012
Margem Financeira Margem Complementar
3.3973.841
4.667
3.398
3.831
5.200341
351
736
7.136
8.023
10.603
2010 2011 2012
Custos com Pessoal Outros custos operacionais Amortizações
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
32
Custos com pessoal - aumentaram 22%,
consequência do contínuo reforço da
equipa do Banco e dos dois programas
de formação de jovens quadros
iniciados em 2013. (Nota 3.26). O custo
médio com pessoal por Colaborador
diminuiu 17% em relação a 2011.
Colaboradores Vs Custo com Pessoal
Produto Bancário e Custos Operacionais Vs Colaboradores (m Euros)
10 1118
3639
55
2010 2011 2012
Colaboradores em formação Colaboradores Banco
73,8576,82
63,944650
73
2010 2011 2012
Custo com pessoal por Colaborador (m Euros) Colaborabores
145,14
172,44
220,02
147,72
153,44
135,16
2010 2011 2012
Produto Bancário / Colaborador (sem estagiários)
Custos Operacionais / Colaborador (com estagiários)
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
33
Análise do Balanço O ATLANTICO Europa encerrou o ano de 2012 com um activo líquido total de 326.182m Euros e
um volume de negócios de 237.691m Euros representando um decréscimo de 21,4% face ao
período homólogo.
Em 2012 o ATLANTICO Europa continuou a expandir a sua oferta de produtos e serviços,
elevando os Recursos Off Balance dos clientes para 35.841m Euros.
ACTIVO
Disponibilidades 2.117 1.605 145 228 83 57%
Disponibilidades em Bancos Centrais - 855 2.947 5.844 2.896 98%
Crédito s/ Instituições Financeiras 24.413 33.846 105.319 68.831 (36.488) -35%
Crédito Concedido a Clientes líquido 6.141 12.594 24.745 49.410 24.666 100%
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 0 0 1.315 0 (1.315) -100%
Activos financeiros disponiveis para venda - 4.961 0 189.140 189.140 n.a.
Investimentos detidos até a maturidade - 9.932 154.819 0 (154.819) -100%
Activos Intangiveis 190 572 712 527 (185) -26%
Outros Activos Tangiveis 792 897 849 4.467 3.618 426%
Investimentos em filiais, associadas - 50 55 315 260 473%
Activos por Impostos 316 855 1.225 988 (238) -19%
Outros Activos 175 2.009 6.675 6.431 (244) -4%
TOTAL DO ACTIVO 34. 143 68. 177 298.808 326. 182 27.374 9%
PASSIVO
Recursos de Bancos Centrais - - - 127.033 127.033 n.a.
Recursos de Clientes 11.921 25.398 224.842 88.312 (136.530) -61%
Recursos de Instituições de Crédito 2.260 21.730 26.470 58.549 32.078 121%
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - - - 827 827 n.a.
Provisões para riscos de crédito - 59 165 302 138 84%
Passivos por Impostos 7 102 72 832 760 1062%
Outros Passivos 1.879 1.569 1.332 1.877 545 41%
TOTAL DO PASSIVO 16.068 48.857 252.880 277.732 24.851 10%
SITUAÇÃO LÍQUIDA
Capital 18.000 18.000 50.000 50.000 - 0%
Outros Instrumentos de Capital 1.250 4.000 - - - n.a.
Reservas de Reavaliação - (11) - 1.822 1.822 n.a.
Reservas Livres - (1.175) (2.670) (4.073) (1.403) 53%
Resultado Líquido (1.175) (1.495) (1.403) 701 2.104 150%
TOTAL DA SITUAÇÃO LÍQUIDA 18.075 19.320 45.927 48.450 2.523 5%
TOTAL DO PASSIVO E DA SITUAÇÃO LÍQUIDA 34. 143 68. 177 298.808 326. 182 27.374 9%
Off Balance Sheet - 13.079 25.722 35.841 10.119 39%
Garantias Prestadas - 150 742 808 66 9%
1) para o período desde o inicio de actividade, a 22 de Junho, até 31 de Dezembro
(m Euros)
Balanço 2009 1 2010
Variação
AbsolutaVar YoY2012 2011
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
34
O ATLANTICO Europa encerrou o ano de
2012 com um activo líquido total de
326.182m Euros. Num enquadramento
económico difícil, o Banco optou por
Política de gestão de liquidez mais activa,
mantendo os padrões de risco moderado da
instituição.
No final de 2012 o Crédito a Clientes
representava 15,1% do Activo Total, estando
mais de 50% dos Activos aplicados em
Activos Financeiros e 23% em
Disponibilidades em outras instituições
financeiras (Nota 3.1 a 3.12).
Crédito a Clientes
A Carteira de Crédito cresceu 100% em
2012, ascendendo a 49.410m Euros,
verificando-se um incremento dos principais
destinatários das operações de crédito para
não residentes (Nota 3.5).
A composição da Carteira de Crédito
encontra-se predominantemente
denominada em Euros (62% do total do
crédito).
As operações de crédito vivas a 31 de
Dezembro de 2012 caracterizam-se por
serem operações de créditos de
curto/médio prazo, estando 72% das
mesmas cobertas com garantias reais.
No final de 2012 o crédito vencido, ascendia
a 0,4% do crédito concedido, tendo sido
totalmente regularizado no primeiro
trimestre de 2013. As provisões existentes
visam cobrir essencialmente, os Riscos
Gerais de Crédito e o Risco País (Nota 3.16)
relativos aos créditos que não se
encontravam totalmente colaterizados.
Recursos de Clientes e Instituições de Crédito
No final de 2012 os Recursos de Clientes,
representam 45% do total do Passivo e
Capitais Próprios.
23,0%
58,0%
15,1%
3,9%
Activo
Disponibilidades em outras IF
Activos Financeiros
Crédito a Clientes
Participações, imobilizado e outros
35%
52%44%
69%
65%
48%56%
31%
2009 2010 2011 2012
Não Residentes Residentes
12.515
25.017
49.786
0,5%
1,7%
1,6%
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
3,0%
3,5%
4,0%
4,5%
5,0%
-
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
2010 2011 2012
Crédito a clientes Rácio Provisões/Crédito a clientes
38,9%
17,9%
27,1%
1,2%
14,9%
Passivo e Capitais Próprios
Recursos de Bancos Centrais
Recursos de IF
Depósitos de Clientes
Outros Passivos
Capital Próprio
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
35
Produtividade e Eficiência
O rácio cost to income diminuiu 32 p.p.,
continuando a tendência já iniciada em
2010.
O indicador “Custos operacionais/Activo
Liquido médio” teve uma ligeira diminuição
em 2012.
O valor dos activos por empregado
diminuiu 25%.
Cost to Income 176,6% 133,6% 114,1% 81,5% -32,6 p.p.
Custo Operacional/Activo Liquido Médio 9,3% 10,5% 3,5% 3,3% -0,3 p.p
Activos Totais por Colaborador 950 1.482 5.976 4.469 -25%
2009 2010 2011 Variação 2012
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
36
Capital
O Capital Próprio do ATLANTICO Europa,
ascendia a 48.450m Euros, no final de 2012,
o que corresponde a um aumento de 5% em
relação a Dezembro de 2011.
Os principais factores que contribuíram
para esta evolução são os seguintes:
Com impacto positivo:
O resultado positivo do exercício de
2012 de 701m Euros
A variação positiva da reserva da
carteira de activos financeiros
disponíveis para venda
Evolução do Capital Próprio
(m Euros)
Rácios de Capital
O rácio de capital no final de 2012 ascendia
a 33,2%, o que corresponde a uma
diminuição de 4 p.p. face a 2011. Estes níveis
de rácios e de evolução são ainda
característicos de uma instituição financeira
em início de actividade e com rácios de
transformação ainda muito baixos.
Requisitos de Fundos Próprios
(m Euros)
A progressão negativa do rácio de capital
reflecte o aumento dos requisitos de fundos
próprios.
No final de 2012, os fundos próprios de base
ascendiam a 44.435m Euros, sendo 2%
inferiores em relação a Dezembro de 2011,
esta situação resultou da obrigação da
inclusão dos Impostos diferidos activos por
parte do Banco de Portugal, no cálculo dos
Fundos Próprios.
Rácio de requisitos de Fundos Próprios De acordo com as normas do Banco de Portugal
(m Euros)
2011 2012
Capital Próprio no in icio do
ano
19.320 45.927
Capital 32.000 -
Outros Instrumentos de Capital (4.000) -
Reservas de Reavaliação 11 1.822
Reservas Livres - -
Resultado Líquido (1.403) 701
Capital Próprio no fim do
ano45.927 48.450
1.101
8.315
9.497
1.075
992
1.400
9.799
10.698
2010 2011 2012
Risco Operacional
Riscos de posição cambiais
Risco de Liquidação
Risco de Crédito
Capital Realizado 50.000 50.000
A acrescer:
Outros Instrumentos Equiparáveis a Capital 0 0
0 0
A deduzir:
Resultados do ano anterior (2.670) (4.073)
Resultados Provisórios do Exercicio em curso (1.403) -
Activos Intangiveis (712) (527)
Impostos diferidos activos não aceites - (965)
(4.785) (5.565)
Fundos Próprios Base 45 .215 44.435
Fundos Próprios Complementares - Upper Tier 2 - -
Total Fundos Próprios 45.215 44.435
Requisitos Totais 9.799 10.698
Activos Ponderados pelo Risco 122.488 133.725
Rácio de Requisito de Fundos Próprios 36,9% 33,2%
Tier I 36,9% 33,2%
Tier II 0,0% 0,0%
20122011Fundos Próprios
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
37
Gestão de Risco
Estando o ATLANTICO Europa num
processo de crescimento acentuado da sua
actividade comercial, a gestão de risco
representa um pilar central na
implementação da visão e estratégia do
Banco.
A função de gestão do risco no ATLANTICO
Europa é da responsabilidade do Conselho
de Administração, sendo a Direcção de
Risco a estrutura orgânica responsável pela
sua assessoria e pela implementação
operacional do sistema de gestão do risco
do Banco.
Este sistema de gestão do risco assenta
num conjunto integrado de políticas e
processos, que incluem procedimentos,
limites, controlos e sistemas, com o
objectivo de identificar, avaliar, monitorizar,
controlar e reportar os riscos em
permanência.
Estas políticas e processos consideram
todos os riscos relevantes para a actividade
desenvolvida no Banco, com base no
Modelo de Avaliação de Risco (MAR) do
Banco de Portugal.
Os objectivos da Direcção de Risco passam
assim, fundamentalmente, por acompanhar
a adequação e eficácia da gestão do risco
nas várias actividades do Banco e promover
medidas necessárias à sua melhoria e
evolução, por identificar, avaliar e
monitorizar todos os riscos relevantes e
controlar o seu enquadramento nos limites
definidos pelo Banco, por validar
periodicamente os modelos e as
metodologias de avaliação do risco
utilizados, bem como a informação de base
neles considerada, e também por
documentar adequadamente os processos
associados à sua área intervenção.
Neste enquadramento, a actividade da
Direcção de Risco engloba, entre outras, as
seguintes iniciativas:
Garantir a identificação tempestiva dos
riscos, com particular enfoque nas
alterações ao perfil de risco decorrentes
de novos produtos e mercados
geográficos ou de mudanças
significativas no padrão de
comportamento de diferentes factores
de risco e exposições em carteira;
Efectuar a avaliação dos riscos com base
em análises quantitativas e qualitativas,
utilizando fontes de informação
fidedignas e métodos de cálculo
robustos e consistentes;
Realizar regularmente testes de esforço
(stress tests), com vista a avaliar a
robustez e resiliência do Banco num
ambiente adverso;
Monitorizar e reportar os riscos através
do estabelecimento de limites prudentes
para os riscos relevantes, da definição de
indicadores de alerta para os principais
riscos da Instituição, incorporando essa
informação em relatórios periódicos de
informação de gestão, e da concepção e
implementação de planos de
continuidade de negócio incidindo sobre
os sistemas de informação, as infra-
estruturas físicas e os recursos humanos.
Em 2012, o perfil de risco do Banco
manteve-se alinhado com o definido no ano
anterior, tendo existido um aumento da
diversificação dos investimentos quer em
termos de maturidades, quer em termos de
contrapartes, reduzindo consequentemente
o risco de concentração do balanço.
Para assegurar a aceitação e monitorização
do risco no ATLANTICO Europa existem
dois Comités: o Comité de Crédito e o
Comité ALCO que englobam os processos
de análise e monitorização das principais
exposições, e asseguram a decisão
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
38
consciente e informada de aceitação de
novas exposições ao risco para o Banco.
O modelo de governance da gestão do
risco não sofreu alterações face ao ano
anterior, mantendo-se quer as
responsabilidades e atribuições, quer a
tipologia de interacções com outras
unidades de estrutura, internas e externas.
Procedeu-se, contudo, a um
aperfeiçoamento do nível de formalização
das políticas e processos de gestão do risco,
considerando os devidos ajustamentos, no
sentido de os adequar à evolução
perspectivada para os anos subsequentes, e
alinhando-os, quer com os objectivos
estratégicos traçados, quer com a sua
dimensão e complexidade do Banco, actual
e futura.
Procedeu-se igualmente a um reforço do
número de colaboradores da Direcção de
Risco no sentido de a capacitar com os
recursos humanos suficientes para a
persecução dos seus objectivos.
Para 2013, o ATLANTICO Europa
perspectiva continuar a reforçar o nível de
formalização dos processos de gestão do
risco e a robustecer as ferramentas de
identificação, avaliação, monitorização e
reporte existentes.
Considerando a estratégia para a evolução
da actividade, o Banco compreende a
criticidade de assegurar que o seu sistema
de gestão do risco se encontra definido de
forma transversal, baseando-se num perfil
de risco que englobe os novos factores de
risco a que estará exposto, e abrangendo
metodologias e ferramentas adequadas
para a modelização e quantificação de
impactos sobre os níveis de solvabilidade e
liquidez da Instituição, de uma forma
consolidada.
Nesse contexto, o Banco irá realizar um
investimento na melhoria das metodologias
e ferramentas de gestão do risco, prevendo-
se, entre outras, iniciativas para reforçar os
seus mecanismos de monitorização e
quantificação do risco operacional, os seus
modelos de capital económico, e os seus
modelos de acompanhamento e reporte.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
39
DECLARAÇÃO SOBRE A POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DO
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
I. INTRODUÇÃO
1. Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 2.º, n.º 1 da Lei n.º 28/2009, de 19 de
Junho, constitui dever do órgão de administração ou, caso exista, da comissão de
remunerações das instituições de crédito, submeter, anualmente, à apreciação e
aprovação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remuneração dos
membros dos respectivos órgãos de administração e fiscalização (doravante a
“Declaração”), incluindo a informação prevista nesse diploma e bem assim a informação
prevista no artigo 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011.
2. Servindo esse propósito, a presente Declaração foi elaborada em conformidade com os
referidos diplomas e bem assim com os princípios contemplados na recomendação da
Comissão Europeia, de 30 de Abril de 2009, relativa às políticas de remuneração no
sector dos serviços financeiros e às orientações sobre políticas e práticas remuneratórias
publicadas pelo Committee of European Banking Supervisors (“CEBS”) posteriormente
endossadas pela European Banking Authority (“EBA”).
3. Neste contexto, em cumprimento daqueles dispositivos, no quadro de reforço da
transparência no processo de fixação de remunerações, o Conselho de Administração do
Banco Privado Atlântico – Europa, S.A. (doravante “ATLANTICO Europa” ou “Banco”)
submete à aprovação da Assembleia Geral Anual de Accionistas a presente Declaração.
II. NORMAS ESTATUTÁRIAS
1. O artigo 35.º dos Estatutos do Banco estabelece que as remunerações dos membros dos
órgãos sociais sejam determinadas por uma comissão de remunerações composta por
três accionistas e eleita em Assembleia Geral.
2. O mesmo artigo dos Estatutos da sociedade determina que as remunerações dos
membros do Conselho de Administração podem ser constituídas por uma parte fixa e
por uma parte variável, traduzida numa participação que não exceda os 10% dos lucros
do exercício. A remuneração fixa auferida pelos membros do Conselho de Administração
pode ser diversa entre eles.
3. De acordo com os estatutos do Banco compete também à comissão de remunerações a
fixação das condições de atribuição de reformas aos administradores executivos.
4. Releve-se que a totalidade das acções representativas do capital social do ATLANTICO
Europa se encontra presentemente concentrada na esfera de um único accionista e,
nessa medida, a Comissão de Remunerações não foi constituída e não se encontra em
funcionamento.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
40
III. INFORMAÇÃO SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES
A Política de Remunerações do ATLANTICO Europa reflecte o compromisso firme desta
Instituição de convergir com as melhores e mais recentes práticas e tendências, nacionais e
internacionais, de corporate governance no sector financeiro, direcionando-se para a
criação de valor, a longo prazo, suportando a implementação de uma estratégia de
crescimento sustentado e permitindo a convergência dos interesses dos membros dos
órgãos sociais com os interesses societários. A consecução de tal objectivo - conforme
adiante se detalhará - assenta em determinados vectores-chave legalmente reconhecidos
como aptos para tais efeitos, como sejam:
a) a atribuição de uma componente fixa representativa da parte significativa da
remuneração global;
b) a sujeição da atribuição da componente variável da remuneração à prévia realização
de processo de avaliação de desempenho, num quadro plurianual, de acordo com
os critérios de avaliação pré-determinados e mensuráveis;
c) o diferimento de uma proporção da retribuição variável por um período temporal
que tenha em conta o ciclo económico do Banco e os seus riscos de negócio;
d) a subordinação do pagamento da remuneração variável, incluindo da parte diferida,
à manutenção da sustentabilidade da situação financeira do Banco.
IV. INFORMAÇÃO SOBRE A POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE
ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 16 DO AVISO 10/2011 DO BANCO DE
PORTUGAL
A) PRINCÍPIOS GERAIS
(i) Processo de definição da política de remuneração: A preparação da Política de
Remunerações resulta de um processo participado pelo que integra pessoas com
independência funcional e capacidade técnica adequada, da área de capital humano
(Gabinete de Capital Humano) da área de apoio jurídico (Gabinete Jurídico) e das
unidades responsáveis pelas funções de controlo interno, assim como peritos externos.
Uma vez concluída a fase de elaboração da Política de Remunerações, a mesma foi
submetida à aprovação do Conselho de Administração, na parte respeitante à
remuneração dos Colaboradores e à aprovação da Assembleia Geral, na parte
respeitante à remuneração dos membros do órgão de administração e do órgão de
fiscalização.
(ii) Elementos que integram a componente variável: Tendo presente o disposto na alínea r)
do n.º 24 do anexo ao Decreto-Lei n.º 104/2007, de 3 de Abril, na redacção introduzida
pelo Decreto-Lei n.º 88/2011 – que sujeita o pagamento de pelo menos 50% (cinquenta
por cento) da remuneração variável através acções, instrumentos equivalentes ou
outros instrumentos financeiros representativos de capital da Instituição – e atendendo
ao facto do ATLANTICO Europa não dispor, em carteira, nem ser emitente, até à data,
de instrumentos de tal natureza, nomeadamente em virtude da sua dimensão e estádio
de actividade, tendo presente os princípios de adequação e proporcionalidade, a
remuneração variável que possa vir futuramente a ser atribuída aos administradores
executivos assenta na respectiva participação nos lucros da Instituição, dentro dos
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
41
limites previstos nos estatutos do Banco, assim logrando compatibilizar os interesses
objectivos dos administradores executivos com os interesses a longo prazo da
Instituição. O ATLANTICO Europa reserva-se, contudo, no direito de, por deliberação
do órgão social competente poder consubstanciar parte da remuneração variável em
acções ou instrumentos financeiros, emitidos pela Instituição, em termos a regular
oportunamente, sendo esse o caso. No que respeita ao diferimento do pagamento da
remuneração variável, previsto no ponto 24 do anexo ao Decreto-Lei n.º 104/2007, de
3 de Abril, na redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 88/2011, de 20 de Julho, o
mesmo terá lugar relativamente ao exercício de 2012, repercutindo-se sobre a
remuneração variável a atribuir em 2013.
B) REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS EXECUTIVOS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO
(a) Os órgãos competentes da instituição para realizar a avaliação de desempenho
individual
A avaliação de desempenho individual dos administradores executivos é efectuada
pela Assembleia Geral.
(b) Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se
baseia o direito a uma componente variável da remuneração
A atribuição da componente variável da remuneração para os administradores
executivos terá por referência, entre os demais factores aqui previstos, os seguintes
critérios de avaliação, previstos na Política de Avaliação de Desempenho anexa à
presente Declaração e que dela faz parte integrante:
(i) concretização de objectivos individuais e institucionais relacionados com a
actividade do Banco;
(ii) dedicação, qualidade, capacidade de trabalho, conhecimento do negócio e
contributo para a imagem e reputação da Instituição;
(iii) real crescimento da Instituição;
(iv) riqueza efectivamente criada para os accionistas;
(v) implementação de medidas com vista à protecção dos interesses dos clientes
e dos investidores;
(vi) sustentabilidade a longo prazo da instituição;
(vii) extensão dos riscos assumidos;
(viii) cumprimento das regras aplicáveis à actividade da Instituição;
(c) A importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração, assim
como os limites máximos para cada componente
A componente da remuneração fixa é, paga numa base de 14 meses/ano,
determinada tendo por base o posicionamento competitivo do Banco face ao
universo de empresas de referência nacional com características semelhantes a este.
A remuneração fixa anual do conjunto dos Administradores Executivos representa
70% da remuneração global anual.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
42
A componente variável da remuneração obedecerá aos limites que forem fixados
anualmente pela Assembleia Geral do Banco, não devendo representar uma
proporção superior a 30% (trinta por cento) da remuneração total. O somatório da
remuneração variável que vier a ser atribuída, em cada ano, ao conjunto dos
membros executivos do órgão de administração não pode exceder 10% (dez por
cento) dos lucros distribuíveis do exercício, salvo em situações justificadas e
reconhecidas pela Assembleia Geral, tendo em conta todos os tipos de riscos
actuais e futuros.
(d) Informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável da
remuneração, com menção do período de diferimento.
Uma proporção correspondente a 40% (quarenta por cento) da remuneração
variável será diferida por um período de 3 (três) anos face à data de atribuição. Este
esquema de diferimento aplica-se a partir do exercício de 2012, i.e. repercutindo-se
sobre a remuneração variável a atribuir a partir de 2013.
(e) O modo como o pagamento da remuneração variável está sujeito à continuação do
desempenho positivo da instituição ao longo do período de diferimento.
A remuneração variável, incluindo a parte diferida, só será paga se tal for
sustentável face à situação financeira do Banco no seu todo e bem assim se se
justificar à luz do desempenho da instituição, da unidade de estrutura em causa e do
administrador em questão, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais e
futuros o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários.
De igual modo, verificando-se uma regressão no desempenho da Instituição, ou
caso o mesmo seja negativo, a remuneração variável poderá ser reduzida, tendo em
conta tanto a remuneração actual como as reduções nos desembolsos de
montantes auferidos anteriormente, nomeadamente através de regimes de
agravamento ou de recuperação e sem prejuízo da aplicação dos princípios gerais
da legislação contratual e laboral nacional.
(f) Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em acções, bem
como a manutenção, pelos membros executivos do órgão de administração, das
acções da instituição a que tenham acedido, e informações sobre a eventual
celebração de contratos relativos a essas acções, designadamente contratos de
cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respectivo limite, e sua relação
face ao valor da remuneração total anual.
Não está prevista a atribuição de acções aos membros executivos do órgão de
administração como forma de remuneração variável. Não obstante, os
administradores são já detentores, por via indirecta, de participações no Banco, as
quais foram adquiridas aquando da sua constituição.
(g) Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e
indicação do período de diferimento e do preço de exercício.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
43
Não aplicável.
(h) Os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e
de quaisquer outros benefícios não pecuniários.
A atribuição de uma componente de remuneração variável aos administradores
executivos é determinada com base nos resultados da avaliação de desempenho, a
realizar nos termos anteriormente descrita, realizada num quadro plurianual de 3
anos, em função da avaliação anual acumulada da performance dos administradores
executivos, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais ou futuros e bem assim
o custo dos fundos próprios e de liquidez necessários.
(i) A remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e ou de pagamento de
prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram
concedidos.
A remuneração variável é paga sob a forma de bónus de desempenho e é justificada
pelo resultado da avaliação de desempenho de acordo com a Política de Avaliação
de Desempenho.
(j) As compensações e indemnizações pagas ou devidas a membros do órgão de
administração devido à cessação das suas funções durante o exercício.
O membro da Comissão Executiva Maria da Conceição Mota Soares de Oliveira Callé
Lucas renunciou ao cargo com data de 27 de Fevereiro de 2012, não tendo sido
paga ou devida qualquer compensação ou indemnização em virtude da referida
renúncia e, por conseguinte, da cessação de funções.
(k) Os instrumentos jurídicos previstos no artigo 10.º.
Nem os contratos celebrados com os administradores nem os estatutos da
sociedade contemplam qualquer disposição que preveja o pagamento de qualquer
compensação ou indemnização em caso de destituição do membro do órgão de
administração ou em caso de resolução do contrato por acordo, sempre que tal
resulte de um inadequado desempenho das suas funções. O que, complementado
com as disposições legais previstas para a destituição dos administradores,
permitem alinhar as práticas do Banco com o cumprimento das preocupações
previstas no referido no artigo.
(l) Os montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio
ou de grupo com a instituição.
Não foram efectuados pagamentos aos administradores executivos por outras
sociedades em relação de domínio ou de grupo.
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Relatório e Contas 2012
44
(m) As principais características dos regimes complementares de pensões ou de
reforma antecipada, com indicação sobre se foram sujeitos a apreciação pela
assembleia geral.
Não estão previstos regimes complementares de pensões ou de reforma
antecipada.
(n) A estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados como
remuneração não abrangidos pelas alíneas anteriores.
Os administradores executivos são abrangidos no âmbito dos seguros contratados
pelo Banco para os seus colaboradores. Sempre que justificável, sujeito a análise
casuística, podem ser atribuídos benefícios específicos a administradores que se
encontrem deslocados do seu país de origem.
(o) A existência de mecanismos que impeçam a utilização pelos membros do órgão de
administração de seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros
mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento
pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.
No início de cada mandato ou sempre que um novo administrador inicie funções,
declara comprometer-se a abster-se de celebrar contratos, quer com a sociedade,
quer com terceiros, que tenham como objecto ou efeito pretendido a mitigação do
risco inerente à variabilidade da remuneração fixada pela sociedade. Os actuais
administradores não celebraram tais contratos.
C) REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS NÃO EXECUTIVOS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO
Salvo deliberação em contrário pela Assembleia Geral, os membros não executivos
do Conselho de Administração não auferirão qualquer remuneração, fixa ou
variável, pelo exercício das respectivas funções.
Em caso de destituição por justa causa ou mesmo de resolução do contrato de
administração com origem num inadequado desempenho de funções, não haverá
lugar ao pagamento de qualquer compensação ou indemnização, incluindo
pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula
de não concorrência.
D) REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO
Salvo deliberação em contrário pela Assembleia Geral, os membros do Conselho
Fiscal não auferem qualquer remuneração, fixa ou variável, pelo exercício das
respectivas funções.
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Relatório e Contas 2012
45
E) REMUNERAÇÃO DOS COLABORADORES
(a) Os órgãos competentes da instituição para realizar a avaliação de desempenho
individual
A avaliação de desempenho individual dos colaboradores e dirigentes (doravante
“os Colaboradores”) é efectuada pelo Conselho de Administração.
(b) Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se
baseie o direito a uma componente variável da remuneração
A atribuição da componente variável da remuneração dos Colaboradores terá por
referência os critérios de avaliação detalhados na Política de Avaliação de
Desempenho para cada categoria profissional.
(c) A importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração, assim
como os limites máximos para cada componente
A componente da remuneração fixa é estruturada por níveis, tendo em conta o
grau de complexidade e o grau de responsabilidade associadas a cada função,
sendo determinada pelo Conselho de Administração por referência aos níveis
salariais pagos no mercado.
A componente da remuneração variável da remuneração não pode exceder uma
proporção equivalente a 30% (trinta por cento) da remuneração fixa, determinado
em função da avaliação de desempenho do colaborador, tendo em conta todos os
tipos de riscos actuais e futuros e o custo dos fundos próprios e de liquidez
necessários.
(d) O modo como o pagamento da remuneração variável está sujeito à continuação do
desempenho positivo da instituição ao longo do período de diferimento
A remuneração variável, incluindo a parte diferida, só será paga se tal for
sustentável face à situação financeira do Banco no seu todo e bem assim se se
justificar à luz do desempenho da instituição, da unidade de estrutura em causa e
do Colaborador em questão, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais e
futuros, tendo em conta o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários.
De igual modo, verificando-se uma regressão no desempenho da Instituição, ou
caso o mesmo seja negativo, a remuneração variável poderá ser reduzida, tendo
em conta tanto a remuneração actual como as reduções nos desembolsos de
montantes auferidos anteriormente, nomeadamente através de regimes de
agravamento ou de recuperação e sem prejuízo da aplicação dos princípios gerais
da legislação contratual e laboral nacional.
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Relatório e Contas 2012
46
(e) Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e
indicação do período de diferimento e do preço de exercício
Não aplicável
(f) Os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e
de quaisquer outros benefícios não pecuniários
A atribuição de uma componente de remuneração variável aos Colaboradores é
determinada com base nos resultados da avaliação de desempenho, a realizar nos
termos anteriormente descritos, realizada num quadro plurianual de 3 anos, em
função da avaliação anual acumulada da performance dos Colaboradores, tendo
em conta todos os tipos de riscos actuais ou futuros e bem assim o custo dos
fundos próprios e de liquidez necessários.
Especificamente no que concerne aos Colaboradores que exerçam funções de
controlo a avaliação do seu desempenho assentará única e exclusivamente no
desempenho do Colaborador e da sua unidade orgânica – não sendo influenciado
pela avaliação de desempenho financeiro da área de negócio em que as funções
de controlo são desenvolvidas –, tendo em conta o cumprimento dos objectivos
específicos associados às funções exercidas previstos na Política de Avaliações,
nomeadamente o cumprimento das obrigações legais a que o ATLANTICO Europa
se encontra sujeito (“compliance”), de gestão de riscos e de auditoria interna, em
conformidade com o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008, ajustável
face a todos os tipos de riscos, actuais ou futuros e atendendo ao custo dos
fundos próprios e de liquidez necessários bem como aos objectivos corporativos
alcançados pela Instituição.
O Conselho de Administração do ATLANTICO Europa
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
47
INFORMAÇÃO QUANTITATIVA SOBRE REMUNERAÇÕES
Informação, elaborada de acordo com o art. 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011,
relativa à remuneração paga pela instituição no exercício de 2012.
I. MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO
(a) O montante anual da componentes fixa e variável da remuneração e o número de
beneficiários
Beneficiários Remuneração variável
(em EUROS)
Remuneração fixa
(em EUROS)
Carlos José da Silva n.a. n.a.
Baptista Muhongo Sumbe n.a. n.a.
André Navarro n.a. 154.000,00
Graça Proença de Carvalho n.a. 140.000,00
Augusto Baptista n.a. 140.000,00
Isménio Coelho Macedo n.a. 145.454,55
Conceição Lucas (1) n.a. 41.548,02
Total n.a. 621.002,57
(1) renunciou ao cargo em 27/02/2012.
(b) Os montantes e os tipos de remuneração variável, separados por remuneração
pecuniária, acções, instrumentos share-linked e outros tipos
Não aplicável
(c) O montante da remuneração diferida não paga, separada por componentes
investidas e não investidas.
Não aplicável.
(d) Os montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções
resultantes de ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual dos
colaboradores
Não aplicável. Cfr. alínea anterior.
(e) O número de novas contratações efectuadas no ano a que respeita
Não foram registadas novas contratações de administradores em 2012.
II. MEMBROS DO CONSELHO FISCAL
Os membros do Conselho Fiscal não auferiram qualquer remuneração, fixa ou variável, pelo
exercício das respectivas funções.
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Relatório e Contas 2012
48
III. COLABORADORES
A informação a seguir indicada respeita ao agregado dos colaboradores do Banco que que
exercem funções de Directores-Coordenadores, Directores, Sub-Directores, Directores-
Adjuntos e colaboradores que exercem funções de controlo interno.
(a) O montante anual da componente fixa e variável da remuneração e o número de
beneficiários
N.º de beneficiários Remuneração variável
(em EUROS)
Remuneração fixa
(em EUROS)
21 245.131,00 1.383.433,49
(b) Os montantes e os tipos de remuneração variável, separados por remuneração
pecuniária, acções, instrumentos share-linked e outros tipos
Montante global de remuneração pecuniária variável: 245.131,00
Não foi atribuída remuneração sob a forma de acções, instrumentos share-linked e
outros tipos.
(c) O montante da remuneração diferida não paga, separada por componentes
investidas e não investidas
A regra do diferimento de remuneração aplica-se a partir do exercício de 2012, i.e.
repercutindo-se sobre a remuneração variável a atribuir a partir de 2013.
(d) Os montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções
resultantes de ajustamento introduzidos em função do desempenho individual dos
colaboradores
A regra do diferimento de remuneração aplica-se a partir do exercício de 2012, i.e.
repercutindo-se sobre a remuneração variável a atribuir a partir de 2013.
(e) O número de novas contratações efectuadas no ano a que respeita
1 Técnico Sénior (Gabinete de Reporte Regulamentar)
(f) O montante dos pagamentos efectuados ou devidos anualmente em virtude da
rescisão antecipada do contrato de trabalho com colaboradores, o número de
beneficiários desses pagamentos, e o maior pagamento atribuído a um colaborador
Apenas um colaborador beneficiou de pagamentos em função de rescisão
antecipada do contrato de trabalho, não tendo o valor ultrapassado 9.300,00€
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Relatório e Contas 2012
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IV. INFORMAÇÃO QUANTITATIVA AGREGADA, DESCRIMINADA POR ÁREA DE ACTIVIDADE,
RELATIVAMENTE À REMUNERAÇÃO DOS COLABORADORES
Área de actividade Valor global pago
(em EUROS)
Banca Relacional 218.578,35 Banca Corporate 88.352,18 Banca de Investimento 93.500,00 Mercados Financeiros 169.833,33 Controlo interno
221.563,58 Áreas de suporte
836.737,05
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Relatório e Contas 2012
50
Proposta de Aplicação de Resultados
No exercício compreendido entre 1 de Janeiro de 2012 e 31 de Dezembro de 2012, o Banco
Privado Atlântico Europa obteve um resultado positivo de 701.084,29 Euros.
O Conselho de Administração do Banco Privado Atlântico Europa propõe:
1. Que 10% do resultado positivo, no valor de 70.108,42 Euros, seja afecto à rubrica de
“Reservas Legais”
2. Que 90% do resultado positivo, no valor de 630.975,87 Euros, seja afecto à rubrica de
“Resultados Transitados”
Lisboa, 20 de Março de 2013
O Conselho de Administração
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012
(Montantes em Euros, excepto quando expressamente indicado)
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Relatório e Contas 2012
52
Banco Privado Atlântico - Europa S.A.
Balanços em
31 de Dezembro de 2012 e 31 de Dezembro de 2011
(Montantes expressos em Euros)
Provisões,
Activo imparidades e Activo
ACTIVO Notas bruto amortizações líquido 2011 PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO Notas 2012 2011
Activo Passivo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 3.1 6.071.742 - 6.071.742 3.092.313 Recursos de Bancos centrais 3.12 127.032.583 -
Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.2 3.661.496 - 3.661.496 4.202.633 Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 3.13 826.821 -
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 3.13 - - - 1.315.308 Recursos de outras instituições de crédito 3.14 58.548.873 26.470.477
Activos financeiros disponíveis para venda 3.3 189.140.410 - 189.140.410 - Recursos de clientes e outros empréstimos 3.15 88.312.168 224.841.782
Aplicações em instituições de crédito 3.4 65.169.473 - 65.169.473 101.116.768 Provisões 3.16 302.310 164.733
Crédito a clientes 3.5 e 3.16 49.891.598 (481.155) 49.410.443 24.744.923 Passivos por impostos correntes 3.17 175.111 71.620
Activos financeiros detidos até a maturidade 3.6 - - - 154.819.059 Passivos por impostos diferidos 3.17 656.799 -
Outros activos tangíveis 3.7 5.162.833 (695.523) 4.467.310 849.127 Outros passivos 3.18 1.876.937 1.331.533
Activos intangíveis 3.8 1.353.676 (826.528) 527.148 712.110 Total do Passivo 277.731.602 252.880.145
Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto 3.9 315.000 - 315.000 55.000 Capital 3.20 50.000.000 50.000.000
Activos por impostos correntes 3.10 22.936 - 22.936 11.834 Reservas de reavaliação 3.21 1.821.688 -
Activos por impostos diferidos 3.10 964.946 - 964.946 1.213.656 Outras reservas e resultados transitados 3.21 (4.072.565) (2.669.609)
Outros activos 3.11 6.430.905 - 6.430.905 6.674.849 Resultado líquido do exercício 3.21 701.084 (1.402.956)
Total do Capital próprio 48.450.207 45.927.435
Total do Activo 328.185.015 (2.003.206) 326.181.809 298.807.580 Total do Passivo + Capital próprio 326.181.809 298.807.580
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
2012
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
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Relatório e Contas 2012
53
Banco Privado Atlântico - Europa S.A.
Demonstrações do Rendimento Integral para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
Notas 2012 2011
Juros e rendimentos similares 8.947.607 3.869.199
Juros e encargos similares (2.498.421) (1.095.230)
MARGEM FINANCEIRA 3.22 6.449.186 2.773.969
Rendimentos de serviços e comissões 3.23 928.587 1.282.181
Encargos com serviços e comissões 3.23 (112.221) (103.517)
Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 3.24 (826.821) 1.395.424
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda e detidos até a maturidade 3.24 813.434 583
Resultados de reavaliação cambial 3.24 1.662.938 (1.180.226)
Outros resultados de exploração 3.25 3.284.934 2.556.783
PRODUTO BANCÁRIO 12.200.037 6.725.197
Custos com pessoal 3.26 (4.667.393) (3.840.940)
Gastos gerais administrativos 3.27 (5.199.853) (3.831.331)
Amortizações do exercício 3.7 e 3.8 (735.513) (350.926)
Custos de Estrutura (10 .602.759) (8 .023.197)
Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e a valores a
receber de outros devedores (liquidas de reposições e anulações)3.16 (347.105) (377.684)
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 1.250.173 (1.675.684)
Impostos
Correntes 3.28 (300.379) (87.021)
Diferidos 3.28 (248.710) 359.749
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 701.084 (1.402.956)
Reavaliação dos activos financeiros disponíveis para venda 3.21 1.821.688 10.593
RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO 2.522.772 (1.392.363)
Resultado por acção básico 0,0505 (0,0278)
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
(Montantes expressos em Euros)
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
54
Banco Privado Atlântico - Europa S.A.
Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
(Montantes expressos em Euros)
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de juros e comissões 9.876.194 5.151.380
Pagamentos de juros e comissões (2.610.642) (1.198.747)
Pagamentos ao pessoal e a fornecedores (11.273.847) (6.723.093)
Outros recebimentos relativos à actividade operacional 1.761.392 627.281
Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (2.246.903) (2.143.179)
(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:
Aplicações em instituições de crédito 35.946.887 (67.287.669)
Crédito a clientes (24.953.740) (12.317.113)
Outros activos 3.448.171 (4.665.461)
14.441.318 (84.270.243)
Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:
Recursos de Bancos centrais 127.000.000 -
Recursos de outras instituições de crédito 31.963.022 4.686.352
Recursos de clientes (136.774.875) 199.148.635
Outros passivos 6.814.076 (237.153)
29.002.223 203.597.834
Caixa líquida das actividades operacionais 41. 196.638 117.184.412
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
(Aquisições) e alienações de activos tangíveis e intangíveis (4.176.995) (418.534)
(Aquisições) e alienações de activos financeiros disponíveis para venda (34.321.351) 4.961.172
(Aquisições) e alienações de investimentos em filiais, associadas e entidades
conjuntamente controladas (260.000) (5.000)
(Aquisições) e alienações de activos financeiros detidos até a maturidade - (144.886.870)
Caixa líquida das actividades de investimento (38.758.346) (140.349.232)
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Aumento do capital social - 28.000.000
Caixa líquida das actividades de financiamento - 28.000.000
Aumento / (diminuição) líquido de caixa e seus equivalentes 2.438.292 4.835.180
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 7.294.946 2.459.766
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício (notas 3.1 e 3.2) 9.733.238 7.294.946
O Técnico Oficial de Contas
2011
O Conselho de Administração
2012
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
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Relatório e Contas 2012
55
Banco Privado Atlântico- Europa S.A.
Demonstrações das Alterações no Capital Próprio para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
(Montantes expressos em Euros)
Saldos em 31 de Dezembro de 2010 18 .000.000 4.000.000 (10.593) (1. 175.009) (1.494.600) 19.319.798
Aplicação dos resultados de 2010:
Transferência para resultados transitados - - - (1.494.600) 1.494.600 -
Aumento de capital social 28.000.000 - - - - 28.000.000
Conversão de prestações acessórias em capital social 4.000.000 (4.000.000) - - - -
Rendimento integral do exercício - - 10.593 - (1.402.956) (1.392.363)
Saldos em 31 de Dezembro de 2011 50.000.000 - - (2.669.609) (1.402.956) 45.927.435
Aplicação dos resultados de 2011:
Transferência para resultados transitados - - - (1.402.956) 1.402.956 -
Rendimento integral do exercício - - 1.821.688 - 701.084 2.522.772
Saldos em 31 de Dezembro de 2012 50.000.000 - 1.821.688 (4.072.565) 701.084 48.450.207
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
Capital
Outros
instrumentos
de capital
Outras
reservas e
resultados
transitados
Resultado
líquido do
exercício
Reservas de
reavaliaçãoTotal
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
56
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012
(Montantes em Euros, excepto quando expressamente indicado)
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
57
1. NOTA INTRODUTÓRIA
O Banco Privado Atlântico - Europa, S.A. (“Banco”, “ATLANTICO Europa”;
“Instituição”) é uma sociedade anónima, com sede social em Lisboa, constituído em
22 de Junho de 2009, tendo iniciado a sua actividade em Agosto de 2009. A
constituição do Banco foi autorizada pelo Banco de Portugal em 20 de Junho de
2009. As demonstrações financeiras agora apresentadas reflectem os resultados das
operações do Banco para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011.
O Banco tem por objecto social o exercício da actividade bancária.
As demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2012 foram aprovadas pelo
Conselho de Administração em 20 de Março de 2012.
As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2012 encontram-se
pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas. No entanto, o
Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser
aprovadas sem alterações significativas.
Todos os montantes apresentados neste anexo estão expressos em Euros (com
arredondamento às unidades), salvo se expressamente referido em contrário.
2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas no pressuposto da
continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos
de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas
(NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº
23/2004 e nº 9/2005, emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência
que lhe é conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de
Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de
Dezembro.
As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro
(IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento
(CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto
para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo
Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. No entanto, nos termos do
Aviso nº 1/2005, existem as seguintes excepções com impacto nas demonstrações
financeiras do Banco Privado Atlântico - Europa, S.A.:
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
58
i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito
e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo
ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor;
ii) Provisionamento do crédito e contas a receber - são definidos níveis mínimos de
provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº
3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de
30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro
(Nota 2.3. a)). Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por
aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;
iii) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não
sendo deste modo possível o registo pelo justo valor, conforme permitido pela
Norma IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de
reavaliações legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são
registadas na rubrica “Reservas de reavaliação”.
2.2. Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira (IAS 21)
As contas do Banco são preparadas de acordo com a divisa utilizada no ambiente
económico em que opera (denominada “moeda funcional”), nomeadamente o Euro.
As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio
indicativas na data da transacção. Em cada data de balanço, os activos e passivos
monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para Euros com
base na taxa de câmbio em vigor.
As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em
resultados do exercício, com excepção das originadas por instrumentos financeiros
não monetários, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa
rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.
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Relatório e Contas 2012
59
2.3. Instrumentos financeiros
a) Aplicações em instituições de crédito, crédito a clientes, valores a receber de
outros devedores e provisões
Conforme descrito na Nota 2.1., estes activos são registados de acordo com as
disposições do Aviso nº 1/2005, do Banco de Portugal. Deste modo, são registados
pelo valor nominal, sendo os respectivos proveitos, nomeadamente juros e comissões,
reconhecidos ao longo do período das operações de acordo com o método “pro rata
temporis”, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de
um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos
imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta
categoria são igualmente periodificados ao longo do período de vigência dos créditos.
De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho, nº 2/99 de
15 de Janeiro, nº 7/00 de 27 de Outubro, nº 8/03 de 30 de Janeiro, e outras
disposições emitidas por aquela entidade, o Banco constitui as seguintes provisões
para riscos de crédito:
i) Provisão para crédito e juros vencidos
Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que
apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens
provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e
são função crescente do período decorrido desde a entrada em incumprimento.
ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos
concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou
que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. São
considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:
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- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se
verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo
menos uma das seguintes condições:
Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;
Estarem em incumprimento há mais de:
Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;
Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas
inferior a dez anos;
Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez
anos.
- Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da
constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao
crédito vencido dessas operações.
- São ainda considerados créditos de cobrança duvidosa, os créditos vincendos
sobre um mesmo cliente se, o crédito e juros vencidos de todas as operações
relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros
vencidos. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade
das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.
iii) Provisão para riscos gerais de crédito
Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões”, e destina-se a fazer face a
riscos potenciais existentes em qualquer crédito concedido e garantias e avales
prestados.
Esta provisão é constituída de acordo com o disposto nos Avisos nº 3/95 de 30 de
Junho, nº 2/99 de 15 de Janeiro e nº 8/03 de 30 de Janeiro.
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à
totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales prestados:
- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a
particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;
- 0,5% no que se refere ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou
operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se
destine a habitação do mutuário;
- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.
Nos termos da legislação em vigor, o reforço desta provisão não é aceite como custo
fiscal.
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iv) Provisão para risco país
Destina-se a fazer face ao risco de realização dos activos financeiros e
extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco, qualquer que seja
o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:
- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na
moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados
nessa moeda;
- Das participações financeiras;
- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de
risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;
- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º
do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;
- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram
as condições definidas pelo Banco de Portugal.
As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens
fixadas pelo Banco de Portugal, o qual classifica os países e territórios segundo
grupos de risco, de acordo com o disposto no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, na
Instrução nº 94/96, de 17 de Junho, e na Carta Circular sob a referência, 46/07/DSBDR
de 22 de Junho de 2007.
Uma vez que se trata de uma provisão específica, esta é classificada nas várias
rubricas contabilísticas em que estão registados os activos que se enquadram na
definição de risco país.
b) Activos financeiros disponíveis para venda (IAS 39)
Esta rubrica inclui:
Títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de
negociação, nem como carteira de crédito;
Títulos de rendimento variável disponíveis para venda; e
Suprimentos e prestações suplementares de capital em empresas cujas acções
estejam classificadas como activos financeiros disponíveis para venda.
Os activos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor,
excepto no caso de instrumentos de capital próprio não cotados num mercado activo
e cujo justo valor não possa ser mensurado ou estimado de forma fiável, os quais
permanecem registados ao custo, líquido de provisões. Adicionalmente, no caso das
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operações de papel comercial, na falta de preços de mercado, estas são valorizadas
com base no reconhecimento diário do juro inerente à operação.
Os ganhos ou perdas resultantes de alterações no justo valor são registados
directamente na rubrica de capitais próprios “Reservas de reavaliação”. No momento
da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo
valor são transferidas para proveitos ou custos do exercício.
Os juros corridos de obrigações e de outros títulos de rendimento fixo e as diferenças
entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em
resultados, de acordo com o método da taxa de juro efectiva.
Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos, no caso das acções)
são registados em resultados, na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo
com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no
exercício em que é deliberada a sua distribuição.
O IAS 39 identifica alguns eventos que considera como evidência objectiva de
imparidade em activos financeiros disponíveis para venda, nomeadamente:
Dificuldades financeiras significativas do emitente;
Incumprimento contratual do emitente em termos de reembolso de capital ou
pagamento de juros;
Probabilidade de falência do emitente;
Desaparecimento de um mercado activo para o activo financeiro devido a
dificuldades financeiras do emitente.
Para além dos indícios de imparidade relativos a instrumentos de dívida acima
referidos, são ainda considerados os seguintes indícios específicos no que se refere a
instrumentos de capital:
Alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de
mercado, económica ou legal em que o emitente opera que indiquem que o
custo do investimento pode não ser recuperado na totalidade;
Um declínio significativo ou prolongado do valor de mercado do activo
financeiro abaixo do seu custo de aquisição.
Com referência à data de preparação das demonstrações financeiras, o Banco avalia a
existência de situações de evidência objectiva de imparidade que indiquem que o
custo dos investimentos poderá não ser recuperável no médio prazo, considerando a
situação dos mercados e a informação disponível sobre os emitentes.
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Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda acumulada na reserva de
reavaliação de justo valor é removida de capital próprio e reconhecida em resultados.
As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo são revertidas
através de resultados, se houver uma alteração positiva no justo valor do título
resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por
imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas. No
caso de títulos para os quais tenha sido reconhecida imparidade, posteriores variações
negativas de justo valor são sempre reconhecidas em resultados.
As variações cambiais de activos não monetários (instrumentos de capital próprio)
classificados na carteira de disponíveis para venda são registadas em reservas de
reavaliação por diferenças cambiais. As variações cambiais dos restantes títulos são
registadas em resultados.
c) Activos financeiros detidos até à maturidade (IAS 39)
Esta rubrica inclui activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou
determináveis e maturidades definidas, que o ATLANTICO Europa tem intenção e
capacidade de deter até à maturidade.
Estes investimentos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da
taxa de juro efectiva e são sujeitos a testes de imparidade.
As perdas por imparidade reconhecidas em investimentos financeiros detidos até à
maturidade são registadas em resultados do exercício.
Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa
diminuição puder ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o
reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do
exercício.
Durante o exercício de 2012, o ATLANTICO Europa procedeu à alienação de alguns
títulos incluídos nesta categoria antes da sua maturidade, pelo que de acordo com a
IAS 39 deixou de poder registar os mesmos nesta categoria. Desta forma, na data de
alienação, os títulos classificados como detidos até à maturidade foram reclassificados
para a rubrica de “Activos financeiros disponíveis para venda”.
d) Activos financeiros ao justo valor através de resultados (IAS 39)
Esta categoria inclui activos financeiros detidos para negociação, os quais incluem
essencialmente títulos adquiridos com o objectivo de realização de ganhos a partir de
flutuações de curto prazo nos preços de mercado. Incluem-se também nesta
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categoria os instrumentos financeiros derivados, excluindo aqueles que cumpram os
requisitos de contabilidade de cobertura.
Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor,
sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em
resultados do exercício, na rubrica de “Resultados de activos e passivos financeiros
avaliados ao justo valor através de resultados”. Os juros são reflectidos nas
respectivas rubricas de “Juros e rendimentos similares”.
e) Outros passivos financeiros (IAS 39)
Os passivos financeiros são registados na data de contratação ao respectivo justo
valor, acrescido dos custos directamente atribuíveis à transacção.
Esta categoria inclui recursos de bancos centrais, recursos de outras instituições de
crédito, recursos de clientes e passivos incorridos para pagamento de prestações de
serviços.
Estes passivos financeiros são valorizados pelo custo amortizado sendo utilizado o
método da taxa de juro efectiva.
f) Justo valor (IAS 39)
Conforme acima referido, os activos financeiros enquadrados nas categorias de
Activos financeiros ao justo valor através de resultados e Activos financeiros
disponíveis para venda são registados pelo justo valor.
O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um
activo ou um passivo financeiro pode ser vendido ou liquidado entre partes
independentes, informadas e interessadas na concretização da transacção em
condições normais de mercado.
O justo valor dos instrumentos financeiros é determinado com base nos seguintes
critérios:
Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transaccionados em
mercados activos; e
Preços (bid prices) difundidos através de meios de difusão de informação
financeira, nomeadamente a Bloomberg.
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g) Derivados e contabilidade de cobertura
O Banco realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade,
com o objectivo de satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a sua
exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações.
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da
sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo
respectivo valor nocional.
O justo valor é apurado:
Com base em cotações obtidas em mercados activos;
Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no
mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de
opções.
Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição do
Banco a um determinado risco inerente à sua actividade. A classificação como
derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura,
conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma
IAS 39.
Para todas as relações de cobertura, o Banco prepara, no início da operação,
documentação formal que inclui os seguintes aspectos:
Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação
de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas pelo
Banco;
Descrição do(s) risco(s) coberto(s);
Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de
cobertura;
Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua
realização.
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Periodicamente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas
através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do
elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a
utilização da contabilidade de cobertura, de acordo com a Norma IAS 39, esta relação
deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados
testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia
futura da cobertura.
Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados
apurados reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a
cobertura é eficaz, o Banco reflecte igualmente no resultado do exercício a variação
no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto na rubrica “Resultados
em activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”.
O justo valor positivo ou negativo dos derivados de cobertura é registado no activo e
no passivo, em rubricas específicas.
As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se
encontram registados esses activos e passivos.
Derivados de negociação
São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros
derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo
com a Norma IAS 39, incluindo:
Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos
registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária
a utilização de contabilidade de cobertura;
Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem
coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;
Derivados contratados com o objectivo de “trading”.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados
apurados reconhecidos em proveitos e custos do exercício na rubrica de “Resultados
de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. O
justo valor positivo e negativo é registado no Balanço nas rubricas “Activos
financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor
através de resultados”, respectivamente.
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2.4. Outros activos tangíveis (IAS 16, Aviso nº 1/2005 e IAS 17)
Encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas
por imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas
associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Gastos
gerais administrativos”.
As amortizações são calculadas com base no método das quotas constantes e
registadas em custos do exercício numa base sistemática ao longo do período de vida
útil estimado do bem, o qual corresponde ao período em que se espera que o activo
esteja disponível para uso, e que ascende em média a:
Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis exceda o seu valor
recuperável, nos termos da Norma IAS 36 – “Imparidade de activos”, é reconhecida
uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício. As perdas por
imparidade podem ser revertidas, também com impacto em resultados do exercício,
caso em períodos seguintes se verifique um aumento do valor recuperável do activo.
2.5. Activos intangíveis (IAS 38) Esta rubrica compreende, essencialmente, custos com a aquisição, desenvolvimento
ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades do
Banco. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de
amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao
longo da vida útil estimada dos activos, a qual em média corresponde a um período
de 3 anos.
As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo do
exercício em que são incorridas.
Anos de vida útil
média
Despesas em edifícios arrendados 10
Mobiliário e material 8
Máquinas e ferramentas 5
Equipamento informático 4
Instalações interiores 8
Material de transporte 4
Equipamento de segurança 8
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2.6. Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto (IAS 28 e
IAS 31)
Esta rubrica inclui as participações financeiras em empresas nas quais o Banco exerce
um controlo efectivo sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios
económicos das suas actividades, denominadas “filiais”. Normalmente o controlo é
evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto.
Estes activos são registados pelo custo de aquisição, sendo objecto de análises de
imparidade periódicas.
Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua
distribuição pelas filiais.
2.7. Impostos sobre lucros (IAS 12)
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos
correntes e os impostos diferidos.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual
difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes
de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão
considerados noutros períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em
períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre
o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na
determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as
diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são
registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis
futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias
dedutíveis ou dos prejuízos fiscais.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa
estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem
às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.
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De acordo com o Artigo 14º da Lei das Finanças Locais, os municípios podem
deliberar uma derrama anual até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável
sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC).
Neste sentido, a taxa fiscal utilizada no exercício de 2012 no cálculo dos impostos
diferidos foi de 25% para os prejuízos fiscais reportáveis e de 26,5% sobre as demais
diferenças temporárias geradas no reconhecimento do imposto sobre os lucros do
exercício.
Com a publicação da Lei nº 12 – A/2010, de 30 de Junho, foi introduzida a derrama
estadual, a qual deve ser paga por todos os sujeitos passivos que apurem, em 2010 e
em exercícios futuros, um lucro tributável sujeito e não isento de IRC superior a
2.000.000 Euros. A derrama estadual corresponderá a 2,5% da parte do lucro
tributável superior ao referido limite.
De referir, contudo, que a Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro (Lei do Orçamento do
Estado para 2012), veio proceder ao agravamento temporário dos limites e taxas da
Derrama Estadual aplicáveis aos sujeitos passivos que apurem, nos exercícios de 2012
e de 2013, um lucro tributável sujeito e não isento de IRC superior a 1.500.000 Euros.
Assim, relativamente aos exercícios de 2012 e de 2013, a taxa de Derrama Estadual
aplicável aos lucros tributáveis superiores a 1.500.000 Euros e até 10.000.000 Euros
passa para 3%, sendo que a taxa aplicável aos lucros tributáveis sujeitos e não isentos
de IRC superiores a 10.000.000 Euros passa a corresponder a 5%.
Por outro lado, com a publicação da Lei n.º 55 - A/2010, de 31 de Dezembro, o Banco
passou a estar abrangido pelo regime de contribuição sobre o sector bancário. A
contribuição sobre o sector bancário incide sobre:
a) O passivo apurado e aprovado pelos sujeitos passivos deduzido dos fundos
próprios de base “Tier I” e complementares “Tier II” e dos depósitos abrangidos
pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Ao passivo apurado são deduzidos:
- Elementos que segundo as normas de contabilidade aplicáveis sejam
reconhecidos como capitais próprios;
- Passivos associados ao reconhecimento de responsabilidades por planos de
benefício definido;
- Passivos por provisões;
- Passivos resultantes da reavaliação de instrumentos financeiros derivados;
- Receitas com rendimento diferido, sem consideração das referentes a
operações passivas e;
- Passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização.
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Relatório e Contas 2012
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b) O valor nocional dos instrumentos financeiros derivados fora do balanço apurado
pelos sujeitos passivos, com excepção dos instrumentos financeiros derivados de
cobertura ou cuja posição em risco se compensa mutuamente.
As taxas aplicáveis às bases de incidência definidas pelas alíneas a) e b) anteriores
são de 0,05% e 0,00015%, respectivamente, em função do valor apurado.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos
resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram
tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio. Nestes casos, o
correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio,
não afectando o resultado do exercício.
2.8. Benefícios aos empregados (IAS 19)
As responsabilidades com benefícios aos empregados são reconhecidas de acordo
com os princípios estabelecidos pela Norma IAS 19 – Benefícios dos Trabalhadores.
O ATLANTICO Europa não subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho em vigor para
o sector bancário, estando os seus trabalhadores abrangidos pelo Regime Geral de
Segurança Social. Por esse motivo, em 31 de Dezembro de 2012, o Banco não tem
qualquer responsabilidade por pensões, complementos de reforma ou outros
benefícios de longo prazo a atribuir aos seus trabalhadores.
Os benefícios de curto prazo, incluindo prémios de produtividade atribuídos aos
trabalhadores pelo seu desempenho, são reflectidos em “Custos com pessoal” no
exercício a que respeitam, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
2.9. Provisões e passivos contingentes
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou
construtiva) resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de
recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão
corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a
responsabilidade na data de balanço.
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo
contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos
que a possibilidade da sua concretização seja remota.
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2.10. Reconhecimento de custos e proveitos
Os custos e proveitos são reconhecidos no exercício a que respeitam,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com
o princípio contabilístico da especialização de exercícios.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite
calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A
taxa de juro efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa
futuros estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor
actual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
2.11. Rendimentos e receitas operacionais
Os rendimentos e receitas operacionais incluem, essencialmente, serviços prestados
ao Banco Privado Atlântico, S.A. (Angola) referentes, nomeadamente, a apoio na
estruturação e montagem de operações de financiamento em regime de
subcontratação.
Os rendimentos associados a estes serviços são reconhecidos na demonstração dos
resultados na rubrica “Outros resultados de exploração” ao longo do período da
prestação do serviço ou, de uma só vez, caso se tratem de actos únicos.
2.12. Comissões
Conforme referido na Nota 2.3., as comissões recebidas relativas a operações de
crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente comissões cobradas na
originação das operações, são reconhecidas como proveitos ao longo do período da
operação.
As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito
ao longo do período de prestação do serviço, ou de uma só vez, se resultarem da
execução de actos únicos.
2.13. Valores recebidos em depósito
Os valores recebidos em depósito, nomeadamente dos clientes, encontram-se
registados ao justo valor em rubricas extrapatrimoniais.
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2.14. Caixa e seus equivalentes
Para efeitos da preparação das demonstrações dos fluxos de caixa, o Banco considera
como “Caixa e seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em
Bancos Centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.
2.15. Eventos subsequentes Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional
sobre condições que existiam à data do balanço (adjusting events) são reflectidos nas
demonstrações financeiras. Os eventos ocorridos após a data do balanço que
proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (non
adjusting events), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.
2.16. Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes na
aplicação das políticas contabilísticas
Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, foi necessária a realização
de estimativas pelo Conselho de Administração do Banco. As estimativas com maior
impacto nas demonstrações financeiras do Banco incluem as abaixo apresentadas.
DETERMINAÇÃO DE IMPOSTOS SOBRE LUCROS
Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pelo Banco com
base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em
algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva e
originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados
resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis do Banco sobre o
correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser
questionado pelas Autoridades Fiscais.
Adicionalmente, o registo de activos por impostos diferidos é efectuado tendo por
base projecções de resultados futuros elaboradas pelo Conselho de Administração do
Banco. No entanto, os resultados reais poderão divergir dos estimados.
DETERMINAÇÃO DE PERDAS POR IMPARIDADE EM ACTIVOS FINANCEIROS
No que respeita às provisões para crédito a clientes, contas a receber e garantias e
avales prestados, o Banco cumpre os limites mínimos definidos pelo Banco de
Portugal (Nota 2.3.). No entanto, sempre que considerado necessário, estas provisões
são complementadas de forma a reflectir a estimativa do Banco sobre o risco de
incobrabilidade associado aos clientes.
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73
Esta avaliação é efectuada de forma casuística pelo Banco com base no
conhecimento específico da realidade dos seus clientes e nas garantias associadas às
operações em questão.
2.17. Adopção de novas Normas (IAS/IFRS) ou revisão de Normas já emitidas
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas pela União
Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou
após 1 de Janeiro de 2012, foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31
de Dezembro de 2012:
IFRS 7 – Emenda (Transferência de activos financeiros) - Esta emenda vem exigir um
maior número de divulgações relativamente a transferências de activos financeiros. A
norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Julho de 2011.
A aplicação desta Norma não teve impactos materialmente relevantes nas
demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2012.
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória
em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas
demonstrações financeiras, adoptadas pela União Europeia:
IFRS 10 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS - Esta norma vem
estabelecer os requisitos relativos à apresentação de demonstrações financeiras
consolidadas por parte da empresa-mãe, substituindo, quanto a estes aspectos, a
norma IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas e a SIC 12 –
Consolidação – Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz ainda novas
regras no que diz respeito à definição de controlo e à determinação do perímetro de
consolidação. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1
de Janeiro de 2014.
IFRS 11 – ACORDOS CONJUNTOS - Esta norma substitui a IAS 31 – Empreendimentos
Conjuntos e a SIC 13 – Entidades Controladas Conjuntamente – Contribuições Não
Monetárias por Empreendedores e vem eliminar a possibilidade de utilização do
método de consolidação proporcional na contabilização de interesses em
empreendimentos conjuntos. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados
em ou após 1 de Janeiro de 2014.
IFRS 12 – DIVULGAÇÕES SOBRE PARTICIPAÇÕES NOUTRAS ENTIDADES - Esta norma
vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a participações em
subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades não consolidadas. A norma é
aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.
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74
IFRS 13 – MENSURAÇÃO DE JUSTO VALOR - Esta norma vem substituir as orientações
existentes nas diversas normas IFRS relativamente à mensuração de justo valor. Esta
norma é aplicável quando outra norma IFRS requer ou permite mensurações ou
divulgações de justo valor. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados
em ou após 1 de Janeiro de 2013.
IAS 27 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS (2011) - Esta emenda vem
restringir o âmbito de aplicação da IAS 27 às demonstrações financeiras separadas. A
norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de
2014.
IAS 28 – INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E ENTIDADES CONJUNTAMENTE
CONTROLADAS (2011) - Esta emenda vem garantir a consistência entre a IAS 28 –
Investimentos em Associadas e as novas normas adoptadas, em particular a IFRS 11 –
Acordos Conjuntos. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou
após 1 de Janeiro de 2014.
IAS 12 – EMENDA (RECUPERAÇÃO DE ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS) - Esta
emenda fornece uma presunção de que a recuperação de propriedades de
investimento mensuradas ao justo valor de acordo com a IAS 40 será realizada
através da venda. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou
após 1 de Janeiro de 2013.
IAS 19 – EMENDA (PLANOS DE PENSÕES DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS) (2011) - Esta
emenda vem introduzir algumas alterações relacionadas com o relato sobre os planos
de benefícios definidos, nomeadamente: (i) os ganhos/perdas actuariais passam a ser
reconhecidos na totalidade em reservas (deixa de ser permitido o método do
“corredor”); (ii) passa a ser aplicada uma única taxa de juro à responsabilidade e aos
activos do plano. A diferença entre o retorno real dos activos do fundo e a taxa de
juro única é registada como ganhos/perdas actuariais; (iii) os gastos registados em
resultados correspondem apenas ao custo do serviço corrente e aos gastos líquidos
com juros. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de
Janeiro de 2013.
IFRS 1 – EMENDA (HIPERINFLAÇÃO) - Esta emenda fornece orientações sobre como
as entidades devem apresentar as suas demonstrações financeiras de acordo com as
IFRS após um período em que não as puderam apresentar pelo facto da sua moeda
funcional estar sujeita a hiperinflação severa. A norma é aplicável nos exercícios
económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.
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Relatório e Contas 2012
75
IAS 1 – EMENDA (OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL) - Esta emenda refere-se às
seguintes alterações: (i) os itens que compõem o Outro Rendimento Integral e que
futuramente serão reconhecidos em resultados do exercício passam a ser
apresentados separadamente; (ii) a Demonstração do Resultado Integral passa
também a denominar-se Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento
Integral. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de
Julho de 2012.
IFRS 7 – EMENDA (2011) - Esta emenda vem exigir divulgações adicionais ao nível de
instrumentos financeiros, nomeadamente informações relativamente àqueles sujeitos
a acordos de compensação e similares. A norma é aplicável nos exercícios
económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.
IAS 32 – EMENDA (2011) - Esta emenda vem clarificar determinados aspectos da
norma devido à diversidade na aplicação dos requisitos de compensação. A norma é
aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.
IFRIC 20 – REGISTO DE CERTOS CUSTOS NA FASE DE PRODUÇÃO DE UMA MINA A
CÉU ABERTO (2011). Esta interpretação clarifica o registo de certos custos durante a
fase de produção numa mina a céu aberto. A norma é aplicável nos exercícios
económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.
O Banco não procedeu à aplicação antecipada de qualquer destas normas ou
interpretações nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro
de 2012.
Adicionalmente, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, foram
ainda emitidas as seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com
aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, as quais não foram ainda
adoptadas pela União Europeia:
IFRS 9 – Instrumentos financeiros (2010) - Esta norma estabelece os requisitos para a
classificação e mensuração dos activos financeiros. A norma é aplicável nos exercícios
económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2015.
Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (Maio de 2012). Estas
melhorias envolvem a revisão de diversas normas, nomeadamente a IAS 16 e a IAS 32.
Estas normas são aplicáveis nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de
Janeiro de 2013.
IFRS 1 – EMENDA (SUBSÍDIOS GOVERNAMENTAIS) – Esta norma cria uma excepção à
aplicação retrospectiva dos requisitos definidos na IAS 20 para aplicação a subsídios
governamentais concedidos a taxas de juro bonificadas. A norma é aplicável nos
exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.
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IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12 – EMENDAS (REGRAS DE TRANSIÇÃO) - Emendas às IFRS 10,
IFRS 11 e IFRS 12 de modo a clarificar as regras do processo de transição para as
referidas normas. Estas normas são aplicáveis nos exercícios económicos iniciados em
ou após 1 de Janeiro de 2013.
IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 – EMENDAS (ENTIDADES DE INVESTIMENTO) – Estas normas
criam uma excepção para a preparação de demonstrações financeiras consolidadas
por entidades de investimento. Estas normas são aplicáveis nos exercícios
económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.
Apesar de não se encontrar ainda disponível uma avaliação do impacto da adopção
das normas e interpretações acima referidas na preparação das demonstrações
financeiras do Banco, o Conselho de Administração entende que a sua aplicação não
produzirá um impacto materialmente relevante para as mesmas.
3. Notas
3.1. Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
A rubrica DEPÓSITOS À ORDEM NO BANCO DE PORTUGAL inclui os depósitos
constituídos para satisfazer as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema
Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados e
correspondem a 1% (2% até 18 de Janeiro de 2012) dos depósitos e títulos de dívida
com prazo até 2 anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de
instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC.
2012 2011
Caixa 227.869 144.821
Depósitos à ordem no Banco de Portugal 5.843.873 2.947.492
6.071.742 3.092.313
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Relatório e Contas 2012
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3.2. Disponibilidades em outras instituições de crédito Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o montante constante da rubrica de DEPÓSITOS
À ORDEM corresponde, essencialmente, a depósitos em Euros e em Dólares Norte
Americanos mantidos junto do Millennium BCP e do Commerzbank.
3.3. Activos financeiros disponíveis para venda Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2012, de acordo com a análise efectuada pelo Banco, não
foram identificados títulos com imparidade.
2012 2011
Disponibilidades sobre Instituições de
crédito no Pais
Depósitos à ordem 3.627.998 4.192.729
Outras disponibilidades 33.498 9.904
3.661.496 4.202.633
2012 2011
Instrumentos de Dívida
Títulos Cotados
Obrigações de emissores públicos nacionais 10.083.579 -
Obrigações de emissores públicos estrangeiros 124.851.571 -
Obrigações de outros emissores nacionais
Dívida não subordinada 46.406.870 -
Obrigações de outros emissores estrangeiros
Dívida não subordinada 7.798.390 -
189.140.410 -
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Em 31 de Dezembro de 2012, esta rubrica tinha o seguinte detalhe:
3.4. Aplicações em instituições de crédito
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
QuantidadeValor
Nominal
Valor de
aquisiçãoJuros
Valor de
balanço /
Justo Valor
Mais-Val ia
(Nota
3 .21)
Menos-Val ia
(Nota 3 .21)
Emitidos por residentes
De dívida públ ica portuguesa
Bilhetes do Tesouro Fevereiro 2013 10.000.000 10.000.000 9.519.392 411.950 9.983.000 51.658 -
Obrigações do Tesouro Out. 2014 100.000 100.000 91.400 5.134 100.579 4.045 -
9.610.792 417.084 10.083.579 55.703 -
De outros emissores residentes
Dívida não subordinada
Papel Comercial Sonae 2.250.000 2.250.000 2.250.000 9.830 2.259.830 - -
Papel Comercial Sonae 8.300.000 8.300.000 8.300.000 38.517 8.338.517 - -
Papel Comercial Jerónimo Martins 11.000.000 11.000.000 10.945.519 16.654 10.962.173 - -
Papel Comercial Mota Engil 10.000.000 10.000.000 9.839.300 31.843 9.871.143 - -
BCP Float 5.350.000 5.350.000 5.133.325 165.577 5.296.026 - (2.876)
CXGD 5/8 200.000 200.000 199.280 867 205.889 5.742 -
Elecport 8.000.000 8.000.000 8.814.471 421.137 9.473.292 237.684 -
45.481 .895 684.425 46.406.870 243.426 (2.876)
Emitidos por não residentes
De emissores públ icos estrangeiros
Obrigações
BTPS 4 3/4 9/15/16 46.000.000 46.000.000 48.209.400 510.428 49.275.958 556.130 -
BTPS 4 1/2 7/15/15 51.000.000 51.000.000 53.235.000 897.445 55.265.946 1.133.501 -
BTPS 3 1/2 11/01/17 20.000.000 20.000.000 19.928.000 118.246 20.309.667 263.421 -
121 .372.400 1 .526. 1 19 124.851 .571 1 .953.052 -
De outros emissores não residentes
Dívida não subordinada
RENPL 7 7.450.000 7.450.000 7.534.985 34.223 7.798.390 229.182 -
7.534.985 34.223 7.798.390 229. 182 -
184.000.072 2.661 .851 189. 140.410 2.481 .363 (2.876)
Instrumentos de dívida
2012 2011
Aplicações em outras Instituições de
crédito no país
Aplicações a curto prazo 65.160.270 101.107.157
Juros a receber 9.203 9.611
65.169.473 101.116.768
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As APLICAÇÕES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO PAÍS (excluindo juros
a receber), em vigor em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, apresentavam um prazo de
vencimento residual com a seguinte estrutura:
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo desta rubrica diz respeito a aplicações em
Euros e em Dólares Norte Americanos, mantidas junto de 6 contrapartes distintas
(Caixa BI, BBVA, BES, Millennium BCP, Banco BPI e Banco Privado Atlântico) e com
uma taxa de remuneração média de 0,66% no exercício de 2012 e de 0,55% no
exercício de 2011.
2012 2011
Até três meses 64.460.270 100.607.157
De seis a doze meses 700.000 500.000
65.160.270 101.107.157
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Relatório e Contas 2012
80
3.5. Crédito a Clientes Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2012, cerca de 10.750.000 Euros de créditos concedidos a
clientes encontravam-se colaterizados com penhores de depósitos a prazo.
2012 2011
Crédito não titulado
Interno
Empresas
Descobertos em depósitos à ordem 9 -
Empréstimos a curto prazo 20.206.977 9.004.791
Contas correntes caucionadas 14.256.218 4.182.393
Particulares
Descobertos em depósitos à ordem 164 -
Cartões de crédito 9.239 -
Contas correntes caucionadas 489.372 479.750
Outros fins 254.583 130.000
Ao Exterior
Empresas
Descobertos em depósitos à ordem 23 -
Cartões de crédito 1.380 -
Contas correntes caucionadas - 4.307.932
Outros fins 7.917.521 2.127.833
Particulares
Cartões de crédito 34.084 -
Outros fins 6.403.290 4.599.352
Créditos e juros vencidos 212.931 -
49.785.791 24.832.051
Juros e comissões associadas ao custo amortizado
Juros a receber 424.769 202.097
Comissões a receber 7.735 -
Receitas com rendimento diferido (326.697) (17.599)
105.807 184.498
Provisões e imparidades (Nota 3.16)
Para crédito e juros vencidos (21.015) -
Para risco país (460.140) (271.626)
(481.155) (271.626)
49.410.443 24.744.923
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Relatório e Contas 2012
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Em 31 de Dezembro de 2011, cerca de 6.810.000 Euros de créditos concedidos a
clientes encontravam-se colaterizados com penhores de depósitos a prazo.
Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica de CRÉDITO E JUROS VENCIDOS apresentava a
seguinte antiguidade:
O movimento ocorrido nas provisões e nas imparidades nos exercícios findos em 31
de Dezembro de 2012 e 2011 é apresentado na Nota 3.16.
Em 31 de Dezembro de 2012, aproximadamente 37.500.000 Euros de créditos foram
concedidos a nove entidades.
Em 31 de Dezembro de 2011, aproximadamente 11.000.000 Euros de créditos foram
concedidos a três entidades.
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais de vencimento do CRÉDITO A
CLIENTES (excluindo crédito e juros vencidos, juros e comissões associadas ao custo
amortizado) apresentam a seguinte estrutura:
Antiguidade do vencido Vencido Vicendo Total Provisão
Até 30 dias 3.086 450.000 453.086 31
De 30 a 60 dias 209.845 4.547.522 4.757.367 20.984
212.931 4.997.522 5.210.453 21.015
31 Dez. 12
Crédito
2012 2011
Até três meses 4.444.151 7.782.756
De três meses a um ano 24.168.753 11.730.998
De um ano a cinco anos 20.959.956 5.318.297
49.572.860 24.832.051
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Relatório e Contas 2012
82
A composição da carteira de CRÉDITO A CLIENTES, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011,
por sectores de actividade é a seguinte:
Valor Crédito Vencido Total % Valor %
Residentes
Particulares 753.358 - 753.358 1,5 - -
Actividades imobiliárias 12.492.331 - 12.492.331 25,1 - -
Construção 7.907.099 - 7.907.099 15,9 - -
Serviços prestados às empresas 5.873.787 - 5.873.787 11,8 - -
Indústrias alimentares 589.986 3.085 593.071 1,2 478.960 59,3
Actividades recreativas, culturais e desportivas 4.600.000 - 4.600.000 9,2 - -
Agricultura, silvicultura, caça e pesca - - - - 131.670 16,3
Saúde e acção social 3.000.000 - 3.000.000 6,0 - -
Não Residentes
Particulares 6.437.374 - 6.437.374 12,9 - -
Actividades imobiliárias 4.547.540 209.846 4.757.386 9,6 - -
Serviços prestados às empresas 3.370.005 - 3.370.005 6,8 - -
Actividades financeiras - - - - 197.059 24,4
Indústrias alimentares 1.380 - 1.380 - - -
Total Crédito 49.572.860 212.931 49.785.791 100,0 807.689 100,0
31 Dez. 12
Crédito sobre Clientes Garantias Prestadas
Valor Crédito Vencido Total % Valor %
Residentes
Comércio, restaurantes e hotéis - - - - 386.429 52,1
Particulares 609.750 - 609.750 2,5 - -
Actividades imobiliárias 9.004.791 - 9.004.791 36,3 - -
Serviços prestados às empresas 2.503.890 - 2.503.890 10,1 - -
Indústrias alimentares 500.000 - 500.000 2,0 - -
Transportes 798.503 - 798.503 3,2 - -
Saúde e acção social 380.000 - 380.000 1,5 - -
Não Residentes
Particulares 4.599.352 - 4.599.352 18,5 - -
Actividades imobiliárias 4.468.661 - 4.468.661 18,0 - -
Actividades financeiras - - - - 355.514 47,9
Sociedades Gestoras de Participações Sociais 1.964.629 - 1.964.629 7,9 - -
Outros 2.475 - 2.475 0,0 - -
Total do Crédito 24.832.051 - 24.832.051 100,0 741.943 100,0
1) Exclui crédito vencido, juros a receber e comissões associadas ao custo amortizado
31 Dez. 11
Crédito sobre Clientes 1
Garantias Prestadas 1
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Relatório e Contas 2012
83
3.6. Activos financeiros detidos até a maturidade Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
A maturidade da carteira de obrigações e outros títulos de rendimento fixo incluídos
na rubrica ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE é a seguinte:
No decorrer do segundo semestre de 2012, o Banco procedeu à venda (antes da data
prevista de reembolso) de títulos da carteira de activos financeiros detidos até à
maturidade, tendo essa venda gerado uma mais-valia de 265.000 Euros. Desta forma,
dando cumprimento às disposições da IAS 39, o Banco deixou de poder classificar
nesta rubrica a sua carteira de títulos, pelo que os mesmos foram reclassificados para
a rubrica de ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA (Nota 3.3).
O impacto da reclassificação desses títulos, excluindo o efeito fiscal, é descrito como
se segue:
2012 2011
Instrumentos de Dívida
Títulos Cotados
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
De emissores públicos - 118.296.346
De outros emissores - 36.522.713
- 154.819.059
2012 2011
Até três meses - 153.184.571
De três meses a um ano - 1.538.690
De um ano a cinco anos - 95.798
- 154.819.059
Títulos reclassificados no exercício de 2012 Valor
Valor de aquisição com convergência na data de reclassificação 31.479.450
Valor de aquisição com convergência em 31 de Dezembro de 2012 31.669.987
Justo valor dos títulos reclassificados em 31 de Dezembro de 2012 32.189.681
Reserva de justo valor dos títulos reclassificados em 31 de Dezembro de 2012 519.694
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Relatório e Contas 2012
84
Em 31 de Dezembro de 2011, esta rubrica tinha o seguinte detalhe:
Em 31 de Dezembro de 2011, esta rubrica incluía 18.627 Euros referente a juros corridos.
Natureza e Espécie dos
TítulosQuantidade Valor Nominal Preço Moeda
Valor de
aquisição
(Euros)
Valor de
balanço
(Euros)
Emitidos por residentes
De emissores públicos
BT 20 Jan 2012 43.000.000 1 0,98200 Eur 42.226.179 42.883.241
BT 17 Fev 2012 10.000.000 1 0,98740 Eur 9.873.975 9.934.920
ECP Republica Portuguesa Jan/12 40.000.000 1 0,76574 Usd 30.629.448 30.882.785
ECP Republica Portuguesa Fev/12 30.000.000 1 0,76634 Usd 22.990.123 23.018.804
ECP Republica Portuguesa Mar/12 15.000.000 1 0,76350 Usd 11.452.455 11.480.798
OT Out/2014 3,6% 10.000.000 0,01 0,91400 Eur 91.400 95.798
117.263.580 118.296.346
De outros emissores
De outros residentes
EDP 31/Jan/12 2,25% 5.000.000 1 0,99800 Eur 4.990.020 4.990.430
Portugal Telecom 31/Jan/12 2,58% 10.000.000 1 1,00000 Eur 10.000.000 10.000.259
14.990.020 14.990.689
De outros não residentes
ENI 13/Jan/12 0,86% 10.000.000 1 0,99967 Eur 9.996.676 9.996.926
Bank of austria 13/Jan/12 1% 10.000.000 1 0,99961 Eur 9.996.113 9.996.408
Elecport Nov/12 5,38% 2.000.000 1 0,76223 Usd 1.524.461 1.538.690
21.517.250 21.532.024
36.507.270 36.522.713
153.770.850 154.819.059
Instrumentos de Dívida
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
85
3.7. Outros activos tangíveis
O movimento ocorrido na rubrica de OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 foi o seguinte:
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, as aquisições ocorridas nas rubricas de DESPESAS EM EDIFÍCIOS ARRENDADOS E
MOBILIÁRIO E MATERIAL corresponderam, essencialmente, às despesas incorridas com as obras efectuadas na nova sede do Banco e
respectivo mobiliário.
Aquisições Transferên-
cias
Transferên-
cias
Imóveis
Despesas em edifícios arrendados 234.448 3.344.487 - 314.085 3.893.020 52.776 242.648 - - 295.424 181.672 3.597.596
234.448 3.344.487 - 314.085 3.893.020 52.776 242.648 - - 295.424 181.672 3.597.596
Equipamento
Mobiliário e material 447.710 434.707 (7.345) - 875.072 185.570 60.651 (6.429) - 239.792 262.140 635.280
Máquinas e ferramentas 8.540 72.530 - - 81.070 5.056 2.730 - - 7.786 3.484 73.284
Equipamento informático 5.094 - - - 5.094 3.304 1.074 - - 4.378 1.790 716
Instalações interiores 13.023 - - - 13.023 2.985 1.628 - - 4.613 10.038 8.410
Material de transporte 141.355 125.000 - - 266.355 73.623 63.984 - - 137.607 67.732 128.748
Equipamento de segurança 12.264 16.418 - - 28.682 4.078 1.845 - - 5.923 8.186 22.759
627.986 648.655 (7.345) - 1.269.296 274.616 131.912 (6.429) - 400.099 353.370 869.197
862.434 3.993.142 (7.345) 314.085 5.162.316 327.392 374.560 (6.429) - 695.523 535.042 4.466.793
Activos tangíveis em curso 314.085 517 - (314.085) 517 - - - - - 314.085 517
1.176.519 3.993.659 (7.345) - 5.162.833 327.392 374.560 (6.429) - 695.523 849.127 4.467.310
Saldo em
31 Dez. 12
Saldo em
31 Dez. 11
Saldo em
31 Dez. 12
Valor bruto Amortizações Valor LÍquido
Saldo em
31 Dez. 11
Alienações e
abates
Saldo em
31 Dez. 12
Saldo em
31 Dez. 11
Amortiza-
ções do
exercício
Alienações
e abates
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
86
O movimento ocorrido na rubrica de OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 foi o seguinte:
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, as aquisições ocorridas na rubrica de ACTIVOS TANGÍVEIS EM CURSO corresponderam,
essencialmente, às despesas incorridas com as obras da futura sede do Banco.
Aquisições Transferên-
cias
Transferên-
cias
Imóveis
Despesas em edifícios arrendados 231.278 3.170 - - 234.448 29.598 23.178 - - 52.776 201.680 181.672
231.278 3.170 - - 234.448 29.598 23.178 - - 52.776 201.680 181.672
Equipamento
Mobiliário e material 445.310 2.400 - - 447.710 134.577 50.993 - - 185.570 310.733 262.140
Máquinas e ferramentas 8.214 326 - - 8.540 3.849 1.207 - - 5.056 4.365 3.484
Equipamento informático 5.094 - - - 5.094 1.498 1.806 - - 3.304 3.596 1.790
Instalações interiores 13.023 - - - 13.023 1.357 1.628 - - 2.985 11.666 10.038
Material de transporte 141.355 - - - 141.355 38.284 35.339 - - 73.623 103.071 67.732
Equipamento de segurança 11.608 656 - - 12.264 2.179 1.899 - - 4.078 9.429 8.186
624.604 3.382 - - 627.986 181.744 92.872 - - 274.616 442.860 353.370
855.882 6.552 - - 862.434 211.342 116.050 - - 327.392 644.540 535.042
Activos tangíveis em curso 252.585 61.500 - - 314.085 - - - - - 252.585 314.085
1.108.467 68.052 - - 1.176.519 211.342 116.050 - - 327.392 897.125 849.127
Valor LÍquido
Saldo em
31 Dez.
10
Alienações e
abates
Saldo em
31 Dez. 11
Saldo em
31 Dez.
10
Amortiza-
ções do
exercício
Alienações
e abates
Saldo em
31 Dez. 11
Saldo em
31 Dez.
10
Saldo em
31 Dez.
11
Valor bruto Amortizações
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
87
3.8. Activos intangíveis
O movimento ocorrido nas rubricas de ACTIVOS INTANGÍVEIS durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 foi o seguinte:
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, as aquisições ocorridas nos ACTIVOS INTANGÍVEIS dizem respeito, essencialmente, ao
investimento que o Banco está a efectuar nos seus sistemas de informação e à aquisição da marca ATLÂNTICO.
Aquisições Transferên-
cias
Transferên-
cias
Activos intangíveis
Software 1.105.585 77.591 - - 1.183.176 393.475 360.953 - - 754.428 712.110 428.748
Outros activos intangíveis 72.100 98.400 - - 170.500 72.100 - - - 72.100 - 98.400
1.177.685 175.991 - - 1.353.676 465.575 360.953 - - 826.528 712.110 527.148
Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - - - -
1.177.685 175.991 - - 1.353.676 465.575 360.953 - - 826.528 712.110 527.148
Valor bruto Amortizações Valor Líquido
Saldo em 31
Dez. 11
Alienações e
abates
Saldo em 31
Dez. 12
Saldo em 31
Dez. 11
Amortiza-
ções do
exercício
Alienações e
abates
Saldo em
31 Dez. 12
Saldo em 31
Dez. 11
Saldo em 31
Dez. 12
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
88
O movimento ocorrido nas rubricas de ACTIVOS INTANGÍVEIS durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 foi o seguinte:
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, as aquisições ocorridas nos ACTIVOS INTANGÍVEIS e nos ACTIVOS INTANGÍVEIS EM
CURSO corresponderam, essencialmente, ao investimento que o Banco estava a efectuar nos seus sistemas de informação.
Aquisições Transferên-
cias
Transferên-
cias
Activos intangíveis
Software 685.689 350.482 - 69.414 1.105.585 183.314 234.876 (24.715) - 393.475 502.375 712.110
Outros activos intangíveis 72.100 - - - 72.100 72.100 - - - 72.100 - -
757.789 350.482 - 69.414 1.177.685 255.414 234.876 (24.715) - 465.575 502.375 712.110
Activos intangíveis em curso 69.414 - - (69.414) - - - - - - 69.414 -
827.203 350.482 - - 1.177.685 255.414 234.876 (24.715) - 465.575 571.789 712.110
Saldo
em 31
Dez. 10
Alienações e
abates
Saldo em 31
Dez. 11
Alienações e
abates
Saldo em
31 Dez. 11
Valor bruto
Amortiza-
ções do
exercício
Saldo
em 31
Dez. 10
Amortizações Valor Líquido
Saldo
em 31
Dez. 10
Saldo
em 31
Dez. 11
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
89
3.9. Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o investimento em empresas filiais registado pelo seu
custo de aquisição, corresponde a:
A Atlântico Europa Capital Lux Co foi constituída em 30 de Julho de 2010, encontrando-se
em fase inicial de actividade. O aumento ocorrido em 2012 na rubrica INVESTIMENTOS EM
FILIAIS corresponde à realização de prestações acessórias na empresa participada.
Em 31 de Dezembro de 2012, os principais dados financeiros da empresa filial são como
seguem:
3.10. Activos por impostos Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, estas rubricas têm a seguinte composição:
O detalhe e o movimento da rubrica de ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS são apresentados na Nota 3.28.
31 Dez. 12 31 Dez. 11 31 Dez. 12 31 Dez. 11
Atlântico Europa Capital Lux Co 100 100 315.000 55.000
315.000 55.000
Participação efectiva (%) Custo de aquisição
Entidade Sede Activo Lucro/(Prejuízo)Capital
Próprio
Atlântico
Europa
Capital Lux Co
Luxemburgo 299.064 (13.254) 22.854
2012 2011
Activos por impostos correntes
Outros 22.936 11.834
Activos por impostos diferidos
Por prejuízos fiscais 964.946 1.213.656
987.882 1.225.490
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
90
3.11. Outros activos Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo da rubrica OUTROS DEVEDORES DIVERSOS
pode ser resumida como segue:
2012 2011
Devedores e outras aplicações
Cauções (Nota 3.27) 617.361 68.361
Outros devedores diversos 5.528.292 2.355.199
6.145.653 2.423.560
Despesas com encargo diferido
Rendas 114.778 27.200
Seguros 95.425 80.896
Outras 75.049 29.500
285.252 137.596
Outras contas de regularização
Operações activas a regularizar - 4.113.693
- 4.113.693
6.430.905 6.674.849
2012 2011
Outros devedores diversos:
Entidades relacionadas:
Banco Privado Atlântico 3.892.507 553.690
Atlântico Europa SGPS 302.799 247.290
Nasoluma 8.675 6.022
Atlântico Europa Capital 17.410 8.402
Outras:
Adiantamentos por conta de investimentos
financeiros a realizar668.911 784.771
Contas a receber por serviços prestados de
assessoria financeira500.938 638.324
Outros devedores diversos 137.052 116.700
5.528.292 2.355.199
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
91
Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica OPERAÇÕES ACTIVAS A REGULARIZAR
incluía 1.613.693 Euros respeitantes a títulos da carteira própria do Banco que se
encontravam a aguardar liquidação financeira, a qual ocorreu nos primeiros dias de 2012.
Adicionalmente, incluía 2.500.000 Euros respeitantes à facturação efectuada ao Banco
Privado Atlântico, S.A. (Angola) por serviços prestados, os quais foram liquidados no início
de 2012.
3.12. Recursos de bancos centrais Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica de Recursos de bancos centrais corresponde a
depósitos mantidos junto do Banco de Portugal, no âmbito da tomada de fundos junto do
Banco Central Europeu. Estes depósitos são garantidos por penhor de títulos cujo valor
nominal ascende a, aproximadamente, 127.000.000 Euros.
3.13. Instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica de PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE
RESULTADOS respeita à reavaliação negativa das operações de compra a prazo de moeda.
Em 31 de Dezembro de 2012, as operações acima referidas encontram-se valorizadas de
acordo com os critérios descritos na Nota 2.3. g). Naquela data, o montante nocional e o
valor contabilístico dos instrumentos financeiros derivados apresentam a seguinte
desagregação:
2012 2011
Recursos de bancos centrais
Depósitos 127.000.000 -
Juros a pagar 32.583 -
127.032.583 -
operações cambiais a prazo
- Compra 64.175.383 (826.821)
- Venda 65.000.000 -
129.175.383 (826.821)
Mercado de balcão (OTC)
Montante
nocional
Valor
contabi l ístico
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
92
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro
de 2012 por prazos residuais apresenta o seguinte detalhe:
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro
de 2012 por tipo de contraparte apresenta o seguinte detalhe:
Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE
RESULTADOS respeita à reavaliação positiva das operações de compra a prazo de moeda.
Naquela data, o montante nocional e o valor contabilístico dos instrumentos financeiros
derivados apresentam a seguinte desagregação:
operações cambiais a prazo
- Compra 64.175.383 - - 64.175.383
- Venda 65.000.000 - - 65.000.000
129.175.383 - - 129.175.383
< 3 mesesentre 3 e 6
meses
Mercado de balcão (OTC)
> 6 meses Total
Operações cambiais a prazo
- Compra
- Instituições Financeiras 64.175.383
- Venda
- Instituições Financeiras 65.000.000
129.175.383
2012
operações cambiais a prazo
- Compra 48.143.450 1.315.308
- Venda 46.850.000 -
94.993.450 1.315.308
Mercado de balcão (OTC)
Montante
nocional
Valor
contabi l ístico
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
93
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro
de 2011 por prazos residuais apresenta o seguinte detalhe:
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro
de 2011 por tipo de contraparte apresenta o seguinte detalhe:
3.14. Recursos de outras instituições de crédito Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
operações cambiais a prazo
- Compra 48.143.450 - - 48.143.450
- Venda 46.850.000 - - 46.850.000
94.993.450 - - 94.993.450
< 3 mesesentre 3 e 6
meses
Mercado de balcão (OTC)
> 6 meses Total
Operações cambiais a prazo
- Compra
- Instituições Financeiras 48.143.450
- Venda
- Instituições Financeiras 46.850.000
94.993.450
2012 2011
Recursos de Instituições de crédito no país
Depósitos a prazo e outros recursos 3.823.050 38.822
Juros a pagar 1.600 -
3.824.650 38.822
Recursos de Instituições de crédito no
estrangeiro
Depósitos a prazo e outros recursos 54.510.445 26.331.651
Juros a pagar 213.778 100.004
54.724.223 26.431.655
58.548.873 26.470.477
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
94
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais dos RECURSOS DE OUTRAS
INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO (excluindo juros a pagar), apresentavam a seguinte estrutura:
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os DEPÓSITOS A PRAZO eram remunerados à taxa de
juro média de 1,72% e 1,93%, respectivamente.
3.15. Recursos de clientes e outros empréstimos Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros
empréstimos (excluindo juros a pagar), apresentavam a seguinte estrutura:
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, cerca de 52% e 82% do total de Depósitos de clientes
encontravam-se concentrados em cinco clientes.
2012 2011
Até três meses 28.409.507 18.498.313
De três meses a um ano 26.347.713 7.439.360
De um ano a cinco anos 3.576.275 432.800
58.333.495 26.370.473
2012 2011
Depósitos à ordem 30.919.730 152.449.032
Depósitos a prazo 56.844.407 72.089.980
Juros a pagar 548.031 302.770
88.312.168 224.841.782
2012 2011
Até três meses 63.469.712 202.852.923
De três meses a um ano 23.971.292 21.686.089
De um ano a cinco anos 323.133 -
87.764.137 224.539.012
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
95
3.16. Provisões e imparidades O movimento ocorrido nas PROVISÕES e nas IMPARIDADES durante o exercício findo em 31
de Dezembro de 2012 foi o seguinte:
O movimento ocorrido nas PROVISÕES e IMPARIDADES durante o exercício findo em 31 de
Dezembro de 2011 foi o seguinte:
3.17. Passivos por impostos correntes
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
Saldos em Reposições e Outros Saldos em
31 Dez. 11 Reforços anulações movimentos 31 Dez. 12
Provisões:
Crédito Concedido
164.733 392.829 (255.252) - - 302.310
164.733 392.829 (255.252) - - 302.310
Imparidades:
271.626 356.912 (168.399) - 1 460.140
Crédito e juros vencidos - 21.015 - - - 21.015
271.626 377.927 (168.399) - 1 481.155
436.359 770.756 (423.651) - 1 783.465
2012
Transfêren-
cias
Riscos Gerais de Crédito
Risco País
Saldos em Reposições e Outros Saldos em
31 Dez. 10 Reforços anulações movimentos 31 Dez. 11
Provisões:
Crédito Concedido
58.675 123.004 (16.946) - - 164.733
58.675 123.004 (16.946) - - 164.733
Imparidades:
- 311.144 (39.518) - - 271.626
- 311.144 (39.518) - - 271.626
58.675 434.148 (56.464) - - 436.359
2011
Riscos Gerais de Crédito
Risco País
Transfêren-
cias
2012 2011
Passivos por impostos correntes
Estimativa de imposto a pagar 102.800 -
Tributação autónoma 72.311 71.620
175.111 71.620
Passivos por impostos diferidos
Por diferenças temporárias (Nota 3.21) 656.799 -
831.910 71.620
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
96
3.18. Outros passivos Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2012, o aumento ocorrido no saldo da rubrica ENCARGOS A PAGAR
– POR GASTOS COM PESSOAL é justificado, essencialmente, pelo facto de em 2012 ter sido
registada uma estimativa de prémios a pagar em 2013 superior em 120.000 Euros à
estimativa registada no último exercício e pelo aumento do número de colaboradores do
Banco.
2012 2011
Credores e outros recursos
Sector Público Administrativo
IVA a pagar 50.466 29.075
Retenção de impostos na fonte 124.287 90.906
Contribuições para a Segurança Social 79.281 59.879
Outros - 3
Cobranças por conta de terceiros 333 333
Credores diversos
Fornecedores conta corrente 207.884 225.298
462.251 405.494
Encargos a pagar
Por gastos com pessoal 944.350 723.880
944.350 723.880
Receitas com rendimento diferido
Outras - 147.917
- 147.917
Outras contas de regularização
Operações passivas a regularizar 470.336 54.242
470.336 54.242
1.876.937 1.331.533
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
97
3.19. Contas extrapatrimoniais Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:
2012 2011
Garantias prestadas e outros passivos eventuais
Garantias e avales prestados 807.689 741.943
Garantias recebidas 44.097.519 30.366.592
Créditos documentários 5.158.476 -
50.063.684 31.108.535
Compromissos Assumidos por Terceiros
Linhas de crédito irrevogáveis 2.271.314 462.496
2.271.314 462.496
Responsabilidades por prestação de serviços
Por depósito e guarda de valores 35.841.053 24.038.961
35.841.053 24.038.961
Serviços prestados por terceiros
Titulos da carteira de clientes 35.841.053 24.038.961
Titulos da carteira própria 184.000.072 154.819.060
219.841.125 178.858.021
Operações cambiais e instrumentos derivados
Mercado de balcão (OTC)
operações cambiais a prazo
- Compra 64.175.383 48.143.450
- Venda 65.000.000 46.850.000
129.175.383 94.993.450
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
98
3.20. Capital e outros instrumentos de capital
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a estrutura accionista do Banco é a seguinte:
Em Dezembro de 2011, a Atlântico Europa SGPS, S.A. procedeu a um aumento de capital
social no montante total de 32.000.000 Euros, representado por 32.000.000 novas acções.
Este aumento de capital foi realizado por entrada de numerário (28.000.000 Euros) e pela
conversão das prestações acessórias existentes (4.000.000 Euros).
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o capital social do Banco é representado por
50.000.000 de acções com um valor nominal de 1 Euro, totalmente subscritas e realizadas.
3.21. Reservas de reavaliação, outras reservas e resultados transitados e resultado
líquido do exercício
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, estas rubricas apresentam a seguinte composição:
Conforme deliberado na Assembleia Geral de 19 de Março de 2012, o resultado líquido do
exercício de 2011, no montante negativo de 1.402.956 Euros foi transferido para resultados
transitados.
Reserva legal De acordo com a legislação em vigor, o Banco deverá destinar uma fracção não inferior a
10% dos lucros líquidos apurados em cada exercício à formação de uma reserva legal, até
um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e
dos resultados transitados, se superior. A reserva legal não está disponível para distribuição,
excepto em caso de liquidação do Banco, podendo apenas ser utilizada para aumentar o
capital social ou para compensar prejuízos, após esgotadas as demais reservas.
Número de Número de
acções acções
Atlântico Europa SGPS S.A. 50.000.000 50.000.000 100% 50.000.000 50.000.000 100%
50.000.000 50.000.000 100% 50.000.000 50.000.000 100%
Entidade Montante %
2012 2011
Montante %
2012 2011
Reservas de reavaliação 1.821.688 -
Resultados transitados (4.072.565) (2.669.609)
Resultado líquido do exercício 701.084 (1.402.956)
(1.549.793) (4.072.565)
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
99
Reservas de reavaliação
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o detalhe da rubrica de “Reservas de reavaliação” é
como se segue:
3.22. Margem financeira
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte
composição:
2012 2011
Reservas de reavaliação
Reservas resultantes da valorização ao justo valor
de activos financeiros, disponíveis para venda (Nota 3.3)
Instrumentos de dívida
Títulos 2.478.487 -
2.478.487 -
Reservas por impostos diferidos
Resultantes da valorização ao justo valor
de activos financeiros disponíveis para venda
Impostos diferidos passivos (Nota 3.17) (656.799) -
(656.799) -
1.821.688 -
2012 2011
Juros e Rendimentos Similares
Disponibilidades em outras instituições de crédito 27.872 43.880
Aplicações em instituições de crédito 1.035.778 688.980
Crédito a clientes 2.507.076 1.103.885
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 2.208 925
Activos financeiros disponíveis para venda 2.174.583 468.902
Activos financeiros detidos até à maturidade 3.200.090 1.562.627
8.947.607 3.869.199
Juros e Encargos Similares
Recursos de bancos centrais (394.835) -
Recursos de outras instituições de crédito (649.698) (376.956)
Recursos de clientes e outros empréstimos (1.453.821) (718.272)
Disponibilidades (67) (2)
(2.498.421) (1.095.230)
Margem Financeira 6.449.186 2.773.969
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
100
3.23. Rendimentos e encargos com serviços e comissões
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, estas rubricas apresentam a
seguinte composição:
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica COMISSÕES RECEBIDAS
– POR OPERAÇÕES REALIZADAS POR CONTA DE TERCEIROS refere-se, essencialmente,
a comissões cobradas no âmbito de um contrato estabelecido com um cliente para a
assessoria na montagem e estruturação da aquisição de uma participação de capital.
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica COMISSÕES RECEBIDAS –
COMPROMISSOS ASSUMIDOS referia-se à comissão obtida no âmbito de uma operação de
aumento de capital de uma instituição financeira.
2012 2011
Comissões Recebidas
Por garantias prestadas 105.046 37.999
Por compromissos assumidos - 333.333
Por serviços prestados
Transferência de valores 50.516 32.660
Operações de crédito 322.439 71.759
Depósito e guarda de valores - 52.094
Por operações realizadas por conta de terceiros 395.756 747.696
Outras comissões recebidas 54.830 6.640
928.587 1.282.181
Comissões pagas
Por operações sobre instrumentos financeiros - (18.997)
Por serviços bancários prestados por terceiros (28.712) (15.609)
Outras comissões pagas (83.509) (68.911)
(112.221) (103.517)
816.366 1.178.664
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
101
3.24. Resultados em operações financeiras
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte
composição:
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica GANHOS E PERDAS EM ACTIVOS
FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA E DETIDOS ATÉ À MATURIDADE inclui 265.000 Euros
relativos à alienação de títulos registados na carteira de activos financeiros detidos até a
maturidade (Nota 3.6).
3.25. Outros resultados de exploração
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte
composição:
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo da rubrica OUTRAS
RECEITAS OPERACIONAIS respeita, essencialmente, à remuneração obtida pelo Banco nos
serviços prestados em regime de subcontratação ao Banco Privado Atlântico (Angola), S.A.
na estruturação, montagem e implementação de operações na área da Banca de
Investimento.
2012 2011
Ganhos e perdas em operações financeiras
Ganhos e perdas de reavaliação cambial 1.662.938 (1.180.226)
Ganhos e perdas em activos financeiros avaliados ao
justo valor através de resultados(826.821) 1.395.424
Ganhos e perdas em activos financeiros disponíveis
para venda e detidos até à maturidade
813.434 583
1.649.551 215.781
2012 2011
Outros rendimentos de exploração
Outras receitas operacionais 3.335.842 2.582.127
3.335.842 2.582.127
Outros encargos de exploração
Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos (41.958) (20.000)
Quotizações e donativos (2.720) (450)
Impostos indirectos (6.196) (4.894)
Outros (34) -
(50.908) (25.344)
3.284.934 2.556.783
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
102
3.26. Custos com o Pessoal
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte
composição:
Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica REMUNERAÇÕES A EMPREGADOS inclui cerca de
460.000 Euros relativos a prémios ao pessoal, dos quais cerca de 340.000 Euros respeitam
ao exercício de 2012 a pagar em 2013 e cerca de 120.000 Euros respeitam ao exercício de
2011 pagos em 2012.
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o número de efectivos ao serviço do Banco, distribuído
pelas respectivas categorias profissionais, era o seguinte:
2012 2011
Remunerações dos órgãos de gestão e fiscalização 604.693 686.250
Remunerações a empregados 3.166.400 2.463.395
Encargos sociais obrigatórios 722.797 565.958
Outros custos com o pessoal 173.503 125.337
4.667.393 3.840.940
2012 2011
Administradores 4 5
Quadros superiores 17 21
Quadros técnicos e administrativos 52 24
73 50
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
103
3.27. Gastos gerais administrativos Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte
composição:
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica RENDAS E ALUGUERES inclui,
essencialmente, as rendas relativas às instalações onde o Banco opera e mantém a sua
sede.
De acordo com o contrato de arrendamento estabelecido com a Ifogest – Consultadoria de
Investimentos, S.A., é estabelecido que o arrendamento vigorará por um prazo de 20 anos,
renovável por períodos, iguais ou sucessivos, de dois anos, se não for denunciado pelas
partes. A renda anual será de 1.320.000 Euros, actualizada anualmente de acordo com o
nível de inflação. A título de caução pelo arrendamento, o Banco adiantou um montante de
550.000 Euros (Nota 3.11).
Os honorários totais facturados e a facturar pelo Revisor Oficial de Contas, relativos ao
exercício de 2012, ascenderam a 84.500 Euros, sendo detalhados conforme se segue:
2012 2011
Gastos Gerais Administrativos
Com fornecimentos
Água, energia e combustíveis 43.851 22.652
Material de consumo corrente 78.946 22.207
Outros fornecimentos e serviços de terceiros 45.325 33.243
Com Serviços
Consultores e Auditores Externos 1.718.269 873.326
Rendas e alugueres 1.073.046 642.718
Comunicações 873.906 784.538
Deslocações, estadas e representações 667.573 819.611
Informações 221.026 265.546
Segurança, vigilância e limpeza 98.513 25.898
SIBS 87.616 108.549
Publicações e edição de publicações 63.406 53.526
Conservação e Reparação 46.292 10.111
Seguros 34.855 33.097
Formação 32.321 70.656
Serviços judiciais, contencioso e notariado 17.379 21.800
Transportes 3.303 2.740
Informática 5.838 1.218
Estudos e Consultas 1.599 -
Outros serviços de terceiros 86.789 39.895
5.199.853 3.831.331
Revisão Legal das Contas Anuais 23.000
Outros serviços de garantia de fiabilidade 61.500
84.500
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
104
3.28. Imposto Sobre os lucros
O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do
resultado contabilístico devido a ajustamentos resultantes de custos ou proveitos não
relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos
contabilísticos. As principais situações geradoras desses ajustamentos estão relacionadas
com as Provisões, nomeadamente: (i) no âmbito do artigo 35º-A do Código de IRC não são
aceites como custo fiscal do exercício as provisões para risco específico e risco-país no que
respeita a créditos cobertos por direitos reais sobre bens imóveis, e (ii) de acordo com as
disposições do artigo 34º do Código de IRC, não são consideradas como custo fiscal as
provisões para riscos gerais de crédito.
Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, nos exercícios de 2012 e
2011, podem ser apresentados como segue:
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2012 e
2011 pode ser demonstrada como segue:
2012 2011
Impostos correntes
Do exercício
Tributação autónoma (72.311) (71.620)
Contribuição para o sector bancário (98.793) (14.565)
Outros - (836)
Estimativa de imposto a pagar (102.800) -
Correcções de exercícios anteriores (26.475) -
(300.379) (87.021)
Impostos diferidos
Prejuízos fiscais reportáveis
reconhecidos / (utilizados) (248.710) 359.749
(248.710) 359.749
(549.089) 272.728
2012 2011
Taxa de Imposto Valor Taxa de Imposto Valor
Resultado antes de impostos 1.250.173 (1.675.684)
Imposto apurado com base na taxa nominal 26,50% 331.296 26,50% (444.056)
Custos não aceites fiscalmente:
Reintegrações não aceites fiscalmente 1,07% 13.340 (0,44%) 7.444
Imparidades e provisões para crédito 4,13% 51.687 (3,30%) 55.279
Correcções de exercícios anteriores 2,90% 36.219 - -
Tributação autónoma 5,78% 72.311 (5,19%) 87.021
Imposto corrente de exercícios anteriores 2,12% 26.475 - -
Contribuição para o sector bancário 7,90% 98.793 (0,87%) 14.565
Outros custos e proveitos não tributáveis 1,40% 17.501 (0,42%) 7.020
Benefícios fiscais (criação líquida de emprego) (7,88%) (98.533) - -
43,92% 549.089 16,28% (272.728)
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
105
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e
correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos
para a segurança social), excepto quanto a exercícios de reporte de prejuízos fiscais, em
que o prazo de caducidade é de seis anos. Deste modo, as declarações fiscais do Banco
relativas aos anos de 2009 a 2012 poderão vir a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável
a eventuais correcções.
A recuperabilidade dos activos por impostos diferidos encontra-se suportada por um plano
de negócios elaborado pelo Conselho de Administração, de acordo com o qual o Banco irá
gerar lucro tributável suficiente para recuperar a totalidade dos activos por impostos
diferidos por prejuízos fiscais nos prazos legalmente definidos.
Em 31 de Dezembro de 2012, os prejuízos fiscais reportáveis gerados pelo Banco que deram
origem a ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS podem ser utilizáveis como se segue:
Os prejuízos fiscais reportáveis podem ser utilizados nos quatro exercícios subsequentes
(seis anos para prejuízos fiscais gerados antes de 2010). Contudo, a dedução dos prejuízos
fiscais a efectuar em cada exercício não pode exceder 75% do respectivo lucro tributável,
podendo o remanescente (25%) ser utilizado até ao final do prazo de reporte.
Ano de
Reporte
Ano limite de
utilizaçãoPrejuízo fiscal
Activo por
imposto diferido
Valor
utilizadoValor a utilizar
2009 2015 (1.264.156) 316.039 (248.710) 67.329
2010 2014 (2.151.472) 537.868 - 537.868
2011 2015 (1.438.996) 359.749 - 359.749
1.213.656 (248.710) 964.946
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
106
4. Entidades Relacionadas (IAS 24) Saldos com entidades relacionadas Nos termos da IAS 24, são consideradas partes relacionadas do Banco, a Atlântico Europa
SGPS, S.A. e suas participadas, o Banco Privado Atlântico (Angola), S.A. e os titulares de
Órgãos Sociais do Banco, que se discriminam abaixo:
Conselho de Administração
Carlos José da Silva
Baptista Muhongo Sumbe
André Navarro
Augusto Costa Ramiro Baptista
Maria da Conceição Mota Soares de Oliveira Callé Lucas
(renunciou em 27/02/2012)
Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho
Isménio Macedo
Conselho Fiscal
Mário Jorge Carvalho de Almeida
Mário Jorge de Faria da Cruz
João Maria Francisco Wanassi
Nuno Pedro da Silva do Carmo Vaz
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
107
Em 31 de Dezembro de 2012, o balanço e a demonstração do rendimento integral incluem
os seguintes saldos com entidades relacionadas:
Activos
Aplicações em instituições de crédito (Nota 3.4) 2.564.324 - - - 2.564.324
Crédito a clientes (Nota 3.5) - - - 17.311 17.311
Outros activos (Nota 3.11) 3.892.507 302.799 17.410 60.102 4.272.818
6.456.831 302.799 17.410 77.413 6.854.453
Passivos
Recursos de outras instituições de crédito (Nota 3.14) 11.286.127 - - - 11.286.127
Recursos de clientes e outros empréstimos (Nota 3.15) - - - 3.079.986 3.079.986
11.286.127 - - 3.079.986 14.366.113
Capital Próprio
Capital (Nota 3.20) - 50.000.000 - - 50.000.000
- 50.000.000 - - 50.000.000
Proveitos
Juros e rendimentos similares (Nota 3.22) 27.233 - - 882 28.115
Rendimentos de serviços e comissões (Nota 3.23) 48.413 - - 3.462 51.875
Resultados de reavaliação cambial (Nota 3.24) 53.766 - - 9.154 62.920
Outros resultados de exploração (Nota 3.25) 2.853.583 - - - 2.853.583
2.982.995 - - 13.498 2.996.493
Custos
Juros e gastos similares (Nota 3.22) 302.380 - - 55.981 358.361
Custos com pessoal (Nota 3.26) - - - 604.693 604.693
302.380 - - 660.674 963.054
Extrapatrimoniais
Garantias e avales prestadas (Nota 3.19) 2.341.215 - - - 2.341.215
Depósito e guarda de valores (Nota 3.19) - - - 969.760 969.760
2.341.215 - - 969.760 3.310.975
Atlântico
Europa Capital
SGPS, S.A.
2012
TotalBPA S.A.
Atlântico
Europa SGPS,
S.A.
Órgãos
Sociais
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
108
Em 31 de Dezembro de 2011, o balanço e a demonstração do rendimento integral incluem os
seguintes saldos com entidades relacionadas:
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as remunerações pagas aos membros dos órgãos
sociais encontram-se discriminadas no Relatório de Gestão.
As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos
valores de mercado à respectiva data.
Activos
Outros activos (Nota 3.11) 3.053.690 247.290 8.402 6.022 3.315.404
3.053.690 247.290 8.402 6.022 3.315.404
Passivos
Recursos de outras instituições de crédito (Nota 3.14) 11.877.976 - - - 11.877.976
Recursos de clientes e outros empréstimos (Nota 3.15) - - - 4.215.348 4.215.348
11.877.976 - - 4.215.348 16.093.324
Capital próprio
Capital (Nota 3.20) - 50.000.000 - - 50.000.000
- 50.000.000 - - 50.000.000
Proveitos
Outros receitas operacionais (Nota 3.25) 1.985.509 - - - 1.985.509
1.985.509 - - - 1.985.509
Custos
Juros e gastos similares (Nota 3.22) 372.836 - - - 372.836
Custos com pessoal (Nota 3.26) - - - 686.250 686.250
372.836 - - 686.250 1.059.086
Extrapatrimoniais
Garantias e avales prestadas (Nota 3.19) 355.574 - - - 355.574
Depósito e guarda de valores (Nota 3.19) - - - 941.890 941.890
355.574 - - 941.890 1.297.464
2011
Atlântico
Europa
SGPS, S.A.
BPA S.A.Órgãos
SociaisTotal
Atlântico
Europa Capital
SGPS, S.A.
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Relatório e Contas 2012
109
5. Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros
Políticas de gestão dos riscos financeiros inerentes à actividade do Banco
A gestão dos riscos financeiros acompanha a cadeia de valor do Banco, tendo como base a
definição prévia de um perfil de risco aprovado pelo seu Conselho de Administração que
estabelece limites de exposição e níveis de tolerância, tendo em conta a estratégia definida
e a regulamentação em vigor, suportando e direccionando um primeiro nível de gestão de
risco ao nível das áreas comerciais.
Este primeiro nível de gestão do risco é depois complementado, na aceitação do risco, pela
actividade da Direcção de Risco que, de forma independente e assegurando as boas
práticas de segregação de funções, analisa as diferentes exposições, considerando o risco
que lhes está inerente, e avalia os potenciais impactos sobre os níveis de liquidez e
solvabilidade do Banco.
De forma complementar, é realizada uma monitorização permanente e sistemática da
actividade, identificando os factores de risco internos e externos que se revelem
significativos e mensurando potenciais efeitos negativos que estes possam originar no
balanço do Banco.
Procurando dar resposta aos requisitos de reporte identificados ao nível dos princípios da
IFRS 7 referentes a instrumentos financeiros, procede-se de seguida a uma descrição mais
detalhada dos principais riscos financeiros da actividade do Banco: risco de crédito, risco de
liquidez e risco de mercado, expondo-se de que forma estes são geridos e monitorizados.
Complementa-se esta divulgação com um subcapítulo específico sobre a valorização a
justo valor do balanço do Banco.
Risco de crédito
O risco de crédito representa a possibilidade de ocorrerem perdas no valor do activo do
Banco, em consequência do incumprimento das obrigações contratuais, por motivos de
insolvência ou incapacidade de pessoas singulares ou colectivas de honrar os
compromissos estabelecidos.
O Banco tem processos internos que possibilitam a identificação, avaliação,
acompanhamento e controlo permanente do risco de crédito, abrangendo os diferentes
factores de risco que se revelam significativos para a actividade da instituição, o que
assegura uma gestão do risco efectiva quer ao nível individual, por operação, quer ao nível
global da carteira de crédito.
Esta abordagem de gestão do risco de crédito tem-se revelado adequada, na medida em
que não existe histórico de incumprimento nas operações com o Banco, verificando-se
apenas situações pontuais e materialmente pouco relevantes de crédito vencido, que são
rapidamente saneadas através de uma acção coordenada na identificação dessas situações
e na sua resolução no contacto com os clientes.
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Relatório e Contas 2012
110
Qualidade de crédito dos activos financeiros sem incumprimentos ou imparidade
O processo de avaliação de risco de crédito acompanha diferentes partes da cadeia de
valor do Banco, iniciando-se ao nível das áreas comerciais, através de uma análise cuidada
do cliente e da operação à luz das políticas de concessão de crédito e do perfil de risco
definidos para o Banco, periodicamente revistos e actualizados.
Caso a operação seja viável e o respectivo nível de risco seja considerado adequado, é
elaborada uma proposta que é submetida para apreciação da Direcção de Risco, que emite
um parecer independente e devidamente fundamentado com base nos critérios de
avaliação estabelecidos e formalizados na sua política e manuais operacionais. Tendo por
base os elementos identificados, a decisão final sobre a aprovação das operações é
realizada ao nível do Comité de Crédito.
A posterior monitorização e acompanhamento do crédito concedido é responsabilidade da
Direcção de Risco. Para isso, são utilizados um conjunto de mecanismos e ferramentas de
controlo e de mensuração do risco que permitem proceder a uma análise permanente dos
clientes e respectivas operações no sentido de detectar sinais de alerta que permitam
identificar, de forma atempada, situações de potencial incumprimento que possam impactar
a actividade regular do Banco. Neste contexto, a Direcção de Risco realiza, entre outras, as
seguintes actividades:
Monitorização da adequação dos limites à capacidade creditícia dos clientes e às
suas necessidades de financiamento;
Monitorização dos créditos concedidos a contrapartes, a Grupos Económicos ou a
determinados países procurando assim identificar situações de concentração
excessiva do risco;
Acompanhamento das contrapartes financeiras e revisão da adequação dos limites
de exposição definidos;
Acompanhamento do comportamento global e individual da carteira de crédito e
identificação de potenciais necessidades de reforço das garantias constituídas;
Monitorização da execução dos termos e condições dos contratos de crédito;
Monitorização do cumprimento das condições inerentes a covenants incluídas nos
contratos de crédito, assegurando a prossecução das acções necessárias no caso
do seu incumprimento;
Revisão periódica da notação de risco dos clientes;
Monitorização e reavaliação de garantias e colaterais associados às operações em
carteira e análise do seu nível de cobertura;
Identificação de situações que evidenciem alterações à capacidade de reembolso
dos clientes e sua posterior monitorização;
Proposta e implementação de medidas de prevenção e de acções correctivas;
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Relatório e Contas 2012
111
Avaliação da eficácia e performance das medidas de prevenção, planos de
intervenção rápida e acções correctivas desenvolvidas.
Em 31 de Dezembro de 2012, a exposição máxima ao risco de crédito, por tipo de
instrumento financeiro, tinha a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2011, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de
instrumento financeiro, pode ser resumida da seguinte forma:
ACTIVO Activo BrutoProvisões e
ImparidadesActivo Líquido
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 6.071.742 - 6.071.742
Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.661.496 - 3.661.496
Activos financeiros disponíveis para venda 189.140.410 - 189.140.410
Aplicações em instituições de crédito 65.169.473 - 65.169.473
Crédito a clientes 49.410.443 (302.310) 49.108.133
Total do Activo 313.453.564 (302.310) 313.151.254
Extrapatrimoniais
Garantias prestadas 807.689 - 807.689
Créditos documentários 5.158.476 - 5.158.476
Linhas de crédito não utilizadas 2.271.314 - 2.271.314
321.691.043 (302.310) 321.388.733
2012
ACTIVO Activo BrutoProvisões e
ImparidadesActivo Líquido
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.092.313 - 3.092.313
Disponibilidades em outras instituições de crédito 4.202.633 - 4.202.633
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 1.315.308 - 1.315.308
Aplicações em instituições de crédito 101.116.768 - 101.116.768
Crédito a clientes 24.744.923 (164.733) 24.580.190
Activos financeiros detidos até a maturidade 154.819.059 154.819.059
Total do Activo 289.291.004 (164.733) 289.126.271
Extrapatrimoniais
Garantias prestadas 741.943 - 741.943
Linhas de crédito não utilizadas 462.496 - 462.496
290.495.443 (164.733) 290.330.710
2011
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Relatório e Contas 2012
112
No âmbito da actividade de concessão de crédito, em função da tipologia e do nível de
risco de cada operação, o Banco impõe requisitos específicos aos clientes para a
constituição de garantias. Considerando as operações em carteira em 31 de Dezembro de
2012 e 2011 (excluindo juros e comissões associadas ao custo amortizado e provisões e
imparidades) a distribuição por tipo de garantia recebida era a seguinte:
A carteira própria do Banco, composta por títulos de dívida, é também monitorizada de
forma continuada no âmbito da gestão do risco de crédito. Em 31 de Dezembro de 2012, a
distribuição por nível de rating, considerando a classificação dos títulos emitida pela
Standard & Poor’s, era a seguinte:
Risco de liquidez
O risco de liquidez representa a possibilidade de a Instituição não poder satisfazer as suas
responsabilidades quando estas se tornam exigíveis, por incapacidade de realizar os seus
activos em tempo útil ou de aceder a financiamentos externos em quantidade e a custos
razoáveis.
O Banco tem processos internos para gestão do risco de liquidez que possibilitam a sua
identificação, avaliação e controlo diário, contemplando procedimentos específicos para o
acompanhamento dos vencimentos contratualizados das várias operações que compõem o
seu balanço.
A implementação destes procedimentos é da responsabilidade da Direcção de Risco, que é
igualmente responsável pela produção de informação de gestão sobre o tema e pela sua
posterior disponibilização, não apenas ao Conselho de Administração do Banco, mas
também às áreas cuja actividade se encontra exposta ao risco de liquidez.
Além desta monitorização diária, o Banco promove também a realização do Comité ALCO
onde, entre outros temas, o risco de liquidez é analisado e avaliado de forma
pormenorizada.
Montante % Montante %
Colateral financeiro 22.510.295 45% 7.904.107 32%
Colateral real - hipotecário 10.605.953 21% 4.708.547 19%
Colateral real - não hipotecário 3.000.000 6% - 0%
Garantia pessoal - prestada por estado ou Instituição Financeira 163.956 0% 1.964.629 8%
Garantia pessoal - prestada por empresa ou particular 4.600.000 9% 1.298.503 5%
Outras garantias 5.655.689 11% 2.125.357 9%
Sem garantias 3.249.900 7% 6.830.908 28%
49.785.791 100% 24.832.051 100%
20112012
Origem
Rating externo (S&P) Exposição Imparidade
AAA to AA- - -
A+ to A- - -
BBB+ to BB- 152.412.720 -
B+ to B- 5.296.027 -
< B - -
N/D 31.431.663 -
189.140.410 -
2012
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
113
Em 31 de Dezembro de 2012, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros
(não incluindo os juros a receber e a pagar e as comissões associadas ao custo amortizado)
apresentavam a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2011, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros
(não incluindo os juros a receber e a pagar e as comissões associadas ao custo amortizado)
apresentavam a seguinte composição:
A alocação das operações às bandas temporais nos mapas acima apresentados teve em
consideração a maturidade residual de cada operação. Não se incluíram os fluxos de caixa
contratuais projectados referentes aos juros associados aos activos e passivos financeiros
do Banco.
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 6.071.742 - - - - 6.071.742
Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.661.496 - - - - 3.661.496
Activos financeiros disponíveis para venda - 46.710.690 7.798.390 134.631.330 - 189.140.410
Aplicações em instituições de crédito - 64.460.270 700.000 - - 65.160.270
Crédito a clientes 44.900 4.399.251 24.378.600 6.640.386 14.322.654 49.785.791
Outros Activos -
Total do Activo 9.778.138 115.570.211 32.876.990 141.271.716 14.322.654 313.819.709
Passivo
Recursos de bancos centrais - 127.000.000 - - - 127.000.000
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - 826.821 - - - 826.821
Recursos de outras instituições de crédito 577.824 27.831.683 26.347.713 3.576.275 - 58.333.495
Recursos de clientes e outros empréstimos 30.942.332 32.527.380 23.971.292 323.133 - 87.764.137
Total do Passivo 31.520.156 188.185.884 50.319.005 3.899.408 - 273.924.453
Gap de liquidez (21.742.018) (72.615.673) (17.442.015) 137.372.308 14.322.654 39.895.256
Gap de liquidez Cumulativo (21.742.018) (94.357.691) (111.799.706) 25.572.602 39.895.256
À vista Até 3 Meses De 3 Meses a 1
Ano
De 1 Ano a 5
Anos
Mais de 5
Anos Total
2012
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.092.313 - - - - 3.092.313
Disponibilidades em outras instituições de crédito 4.202.633 - - - - 4.202.633
Activos financeiros ao justo valor através de resultados - 1.315.308 - - - 1.315.308
Aplicações em instituições de crédito - 100.607.157 500.000 - - 101.107.157
Crédito a clientes - 7.782.756 11.730.998 5.318.297 - 24.832.051
Activos financeiros detidos até a maturidade - 153.184.571 1.524.461 91.400 - 154.800.432
Total do Activo 7.294.946 262.889.792 13.755.459 5.409.697 - 289.349.894
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito 4.084.505 14.413.808 7.439.360 432.800 - 26.370.473
Recursos de clientes e outros empréstimos 73.250.983 129.601.940 21.686.089 - - 224.539.012
Total do Passivo 77.335.488 144.015.748 29.125.449 432.800 - 250.909.485
Gap de liquidez (70.040.542) 118.874.044 (15.369.990) 4.976.897 - 38.440.409
Gap de liquidez Cumulativo (70.040.542) 48.833.502 33.463.512 38.440.409 38.440.409
Total
2011
À vista Até 3 Meses De 3 Meses a 1
Ano
De 1 Ano a 5
Anos
Mais de 5
Anos
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
114
Risco de mercado O risco de mercado representa a possibilidade de existir uma depreciação no valor de
instrumentos financeiros originada por variações nas condições de mercado e nos preços
desses mesmos instrumentos.
O Banco considera um conceito de risco de mercado mais abrangente que engloba não
apenas o risco de mercado normalmente associado à variação dos preços dos instrumentos
financeiros, com impacto directo na valorização das posições do balanço, mas também o
risco proveniente de movimentos nas taxas de câmbio inerente às posições cambiais
geradas pela existência de instrumentos financeiros denominados em diferentes moedas –
risco cambial – e o risco proveniente de movimentos nas taxas de juro resultando de
desfasamentos no montante, nas maturidades ou nos prazos de refixação das taxas de juro
observados nos instrumentos financeiros com juros a receber e a pagar – risco de taxa de
juro.
Para qualquer uma destas categorias, o Banco incorpora processos de gestão do risco
específicos que estabelecem a realização de iniciativas periódicas de monitorização da
evolução dos factores de risco significativos e de reporte de potenciais impactos que sejam
avaliados e mensurados. Para o efeito, o Banco estabeleceu mecanismos de quantificação
do risco que lhe permitem efectuar uma monitorização diária do risco de mercado e incluir
temas específicos, sempre que se justifique, ao nível dos comités de Crédito e ALCO.
Risco cambial
Os saldos em diferentes divisas e as transacções efectuadas em moeda estrangeira são
diariamente monitorizados e controlados pela Direcção de Mercados Financeiros, pela
Direcção de Contabilidade e Controlo de Gestão e pela Direcção de Risco.
A moeda estrangeira com maior expressão no balanço do Banco é o dólar norte-americano,
sendo residual a exposição cambial e as transacções efectuadas noutras divisas.
Em 31 de Dezembro de 2012, os instrumentos financeiros do Banco apresentavam a
seguinte composição por moeda, por rubrica de balanço:
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5.984.467 86.683 593 6.071.742
Disponibilidades em outras instituições de crédito (1.707.292) 5.228.986 139.802 3.661.496
Activos financeiros disponíveis para venda 189.140.410 - - 189.140.410
Aplicações em instituições de crédito 25.902.415 39.267.058 - 65.169.473
Crédito a clientes 30.546.767 18.863.676 - 49.410.443
Outros Elementos do Activo 12.134.773 592.577 895 12.728.245
Total do Activo 262.001 .540 64.038.979 141 .290 326. 181 .809
Passivo
Recursos de bancos centrais 127.032.583 - - 127.032.583
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 826.821 - - 826.821
Recursos de outras instituições de crédito 7.869.934 50.527.740 151.199 58.548.873
Recursos de clientes e outros empréstimos 15.318.600 72.993.568 - 88.312.168
Outros Elementos do Passivo 3.011.157 - - 3.011.157
Total do Passivo 154.059.095 123.521 .309 151 . 199 277.731 .602
Total do Capital próprio 48.450.207 - - 48.450.207
Total do Passivo + Capital próprio 202.509.302 123.521 .309 151 . 199 326. 181 .809
2012
Moeda
EurosDólares Norte
Americanos
Outras
MoedasTotal
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
115
Em 31 de Dezembro de 2011, os instrumentos financeiros do Banco apresentavam a seguinte
composição por moeda, por rubrica de balanço:
Risco de taxa de juro
A gestão do risco de taxa de juro tem como objectivo minimizar o impacto de potenciais
variações das taxas de juro nos resultados do Banco.
Na definição de produtos e na contratação de operações é tido em linha de conta o perfil
de maturidades do balanço do Banco, procurando alcançar-se um equilíbrio ao nível dos
prazos contratualizados e das taxas e indexantes considerados, no sentido de adequar os
spreads a propor face aos custos de financiamento incorridos pelo Banco.
Adicionalmente, na monitorização do risco de taxa de juro, é avaliada a forma como
variações no valor das taxas impactam o valor económico do balanço do Banco ou a sua
margem de juros.
A gestão deste risco é igualmente um dos principais temas abordados no Comité ALCO,
sendo esse o principal fórum de decisão sobre iniciativas de mitigação ou de alinhamento
de estratégia na gestão do risco de taxa de juro.
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.020.440 71.873 - 3.092.313
Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.852.656 2.342.546 7.431 4.202.633
Activos financeiros ao justo valor através de resultados - 1.315.308 - 1.315.308
Aplicações em instituições de crédito 4.500.000 96.616.768 - 101.116.768
Crédito a clientes 12.504.578 12.240.345 - 24.744.923
Activos financeiros detidos até a maturidade 87.912.210 66.906.849 - 154.819.059
Outros Elementos do Activo 8.777.477 739.099 - 9.516.576
Total do Activo 1 18.567.361 180.232.788 7.431 298.807.580
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito 8.075.502 18.394.975 - 26.470.477
Recursos de clientes e outros empréstimos 18.577.763 206.264.019 - 224.841.782
Outros Elementos do Passivo 239.775 1.328.111 - 1.567.886
Total do Passivo 26.490.266 225.987. 105 - 252.880. 145
Total do Capital próprio 45.927.435 - - 45.927.435
Total do Passivo + Capital próprio 72.417.701 225.987. 105 - 298.807.580
2011
Moeda
EurosDólares Norte
Americanos
Outras
MoedasTotal
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
116
Em 31 de Dezembro de 2012, a exposição ao risco de taxa de juro (excluindo juros a receber
e a pagar e comissões associadas ao custo amortizado) apresentava a seguinte
composição:
Em 31 de Dezembro de 2011, a exposição ao risco de taxa de juro (excluindo juros a receber
e a pagar e comissões associadas ao custo amortizado) apresentava a seguinte
composição:
Taxa Taxa Total
fixa variável
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 6.071.742 - 6.071.742
Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.661.496 - 3.661.496
Activos financeiros disponíveis para venda 183.844.384 5.296.026 189.140.410
Aplicações em instituições de crédito 65.160.270 - 65.160.270
Crédito a clientes 44.900 49.740.891 49.785.791
Total do Activo 258.782.792 55.036.917 313.819.709
Passivo
Recursos de bancos centrais 127.000.000 - 127.000.000
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 826.821 - 826.821
Recursos de outras instituições de crédito 47.357.513 10.975.982 58.333.495
Recursos de clientes e outros empréstimos 80.172.435 7.591.703 87.764.137
Total do Passivo 255.356.769 18.567.685 273.924.453
GAP 3.426.023 36.469.232 39.895.256
2012
Taxa Taxa Total
fixa variável
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.092.313 - 3.092.313
Disponibilidades em outras instituições de crédito 4.202.633 - 4.202.633
Activos financeiros ao justo valor através de resultados 1.315.308 - 1.315.308
Aplicações em instituições de crédito 101.107.157 - 101.107.157
Crédito a clientes 331.499 24.500.552 24.832.051
Activos financeiros detidos até a maturidade 154.800.432 - 154.800.432
Total do Activo 264.849.342 24.500.552 289.349.894
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito 18.513.313 7.857.160 26.370.473
Recursos de clientes e outros empréstimos 224.539.012 - 224.539.012
Total do Passivo 243.052.325 7.857.160 250.909.485
GAP 21.797.017 16.643.392 38.440.409
2011
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
117
Justo valor Na determinação do justo valor dos instrumentos financeiros, o Banco recorre sempre que
possível a cotações de mercado. Nos casos em que não existe preço de mercado, o justo
valor é calculado com recurso a modelos baseados em determinados pressupostos que
dependem do funcionamento dos instrumentos financeiros a valorizar. Em situações
excepcionais, quando não é possível determinar de forma fiável o justo valor, os activos são
valorizados ao custo histórico e sujeitos a testes de imparidade.
Relativamente à determinação do justo valor dos activos e passivos financeiros do Banco,
importa realçar as seguintes considerações:
- “Caixa e disponibilidades em Bancos centrais” e “Disponibilidades em outras
instituições de crédito”: dado o carácter de curto prazo destes activos, entende-se
que o valor contabilístico é uma razoável estimativa do seu justo valor;
- “Aplicações e recursos de outras instituições de crédito” e “Recursos de Bancos
Centrais”: o apuramento do justo valor pressupõe que as operações são liquidadas
nas datas de vencimento e são actualizados os “cash-flows”, utilizando a curva de
taxas formada nos últimos dias do ano. Tendo em conta as maturidades das
operações e o tipo de taxa de juro aplicada, o Banco considera que a diferença
entre o justo valor e o valor contabilístico daquelas operações não seja significativa;
- “Crédito a clientes”: o Banco considera que, uma vez que as operações de crédito
em carteira são recentes, e uma vez que não existe histórico de incumprimento ou
uma ocorrência significativa de situações de crédito vencido, a diferença entre o
justo valor e o valor contabilístico não seja significativo;
- “Recursos de clientes e outros empréstimos”: para os depósitos com prazo inferior a
um ano, assume-se o valor contabilístico como uma razoável estimativa do justo
valor. As operações em carteira com prazos superiores a um ano não representam
um peso materialmente significativo.
Em 31 de Dezembro de 2012, o justo valor dos instrumentos financeiros detidos pelo Banco
foi apurado como segue:
Os principais pressupostos utilizados na construção do quadro acima apresentado são os
seguintes:
- Os valores relativos a cotações em mercado activo correspondem a instrumentos
de capital cotados em bolsa, bem como obrigações com elevada liquidez (Nível 1);
- A valorização dos instrumentos financeiros derivados é efectuada através de
técnicas de valorização baseadas em dados de mercado (Nível 2);
Instrumentos f inanceiros valorizados ao justo valor:
Técnicas de valorização baseadas em:
Dados de
mercado
[Nível 2]
Outros
[Nível 3]Total
Activos
Activos financeiros disponíveis para venda 31.431.663 157.708.747 - - 189.140.410
Passivos
Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - - 826.821 - 826.821
Tipo de Instrumento FinanceiroCotações em
mercado Activo
[Nível 1]
Activos
valorizados ao
custo de
aquisição
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
118
- Os títulos em carteira cuja valorização corresponde a bids indicativos fornecidos por
contribuidores externos ao Banco foram também considerados em “Técnicas de
valorização – Dados de mercado” (Nível 2);
- Os títulos valorizados com base em modelos internos do Banco são apresentados em “Técnicas de valorização – Outros” (Nível 3);
- Os activos valorizados ao custo de aquisição correspondem a operações de papel comercial (Nota 3.3).
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
119
6. FUNDOS PRÓPRIOS
Na gestão dos fundos próprios, o Banco mantém uma política conservadora, garantindo um
rácio de solvabilidade acima dos mínimos requeridos pelas entidades reguladoras. O Banco
mantém a base de capital constituída exclusivamente por capital próprio, tendo ainda a
faculdade de emitir diversos instrumentos de dívida.
Os fundos próprios do Banco são monitorizados mensalmente para se aferir sobre o grau
de solvabilidade da instituição, sendo analisadas as variações face a períodos anteriores e a
margem existente entre as posições reais e os requisitos mínimos de capital.
Os procedimentos adoptados para o cálculo dos rácios e limites prudenciais do Banco são
os que resultam das disposições emanadas do Banco de Portugal, de modo semelhante ao
que se verifica para todas as questões que se insiram no âmbito das funções de supervisão
do sistema bancário. Essas normas representam o enquadramento legal e regulamentar das
diversas matérias de natureza prudencial.
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
120
De acordo com o método de apuramento acima indicado, em 31 de Dezembro de 2012 e
2011, o Banco apresenta níveis confortáveis de solvabilidade, conforme se apresenta de
seguida:
(m Euros)
Total Fundos Próprios 17.925 18.818 45.215 44.435
Fundos Próprios Base 17.885 18.759 45.215 44.435
Capital Realizado 18.000 18.000 50.000 50.000
Outros Instrumentos Equiparáveis a Capital 1.250 4.000 - -
Resultados do ano anterior - (1.175) (2.670) (4.073)
Resultados Provisórios do Exercício em curso (1.175) (1.495) (1.403) -
Activos Intangíveis (190) (572) (712) (527)
Diferenças de reavaliação de activos financeiros - - - 1.822
Impostos diferidos activos não aceites - - - (965)
Fundos Próprios Complementares - Upper Tier 2 40 59 0 0
Fundos Próprios de Referência para l imites de Grandes Riscos 17.885 18.818 45.215 44.435
Requisi tos para Fundos Próprios 1 .070 1 .400 9.799 10.698
Requisitos Risco de Crédito - Método Padrão 804 1.101 8.315 9.497
Instituições e Carteira Própria 424 566 6.733 1.947
Empresas 317 418 1.425 6.956
Carteira de Retalho 41 90 237
Outros Elementos 64 76 67 357
Risco de Liquidação 0 30 156 0
Requisitos de Fundos Próprios para riscos de posição, cambiais e mercadorias 0 4 253 209
Requisitos de Fundos Próprios para Risco Operacional 265 265 1.075 992
Activos Ponderados 13 .370 17.499 122.488 133.725
Rácio de Requisi to de Fundos Próprios 134,1% 107,5% 36,9% 33,2%
Tier I 133,8% 107,2% 36,9% 33,2%
Tier II 0,2% 0,3% 0,0% 0,0%
2011 2012Fundos Próprios 2009 2010
BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.
Relatório e Contas 2012
121
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RELATÓRIO SOBRE GOVERNO DO
ATLÂNTICO EUROPA
Exercício de 2012
Relatório de Governo Interno 2012
| 1
Índice
I. Introdução ............................................................................................................................................................2 II. Estrutura de Governo Interno .................................................................................................................. 3
Órgãos sociais .................................................................................................................................................. 4 Assembleia Geral ........................................................................................................................................ 4 Conselho Fiscal ............................................................................................................................................ 5 Revisor Oficial de Contas ....................................................................................................................... 6 Conselho de Administração .................................................................................................................. 6 Comissão Executiva .................................................................................................................................. 8 Secretário da Sociedade ........................................................................................................................10
Comités internos ............................................................................................................................................ 12 III. Organização Funcional .............................................................................................................................. 14 IV. Controlo Interno ........................................................................................................................................... 15 V. Política de Remunerações ...................................................................................................................... 20 VI. Ética Profissional .......................................................................................................................................... 21 VII. Prevenção de conflito de interesses ............................................................................................... 23 VII. Prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo ............... 24 VIII. Comunicação de irregularidades ..................................................................................................... 25 Apêndices: ............................................................................................................................................................ 26
I. Experiência e qualificação profissional dos membros do Conselho de
Administração ................................................................................................................................................ 27 II. Experiência e qualificação profissional dos membros do Conselho Fiscal ................. 31
Relatório de Governo Interno 2012
| 2
I. Introdução
O presente relatório refere-se à estrutura e práticas de governo interno do
Banco Privado Atlântico – Europa, S.A., instituição de crédito portuguesa, com
sede na Av. da Liberdade, 259, em Lisboa, adiante simplesmente designada
ATLANTICO Europa ou Banco.
O ATLANTICO Europa encontra-se sujeito a normas vinculativas e
recomendações sobre o governo das sociedades constantes dos seguintes
instrumentos:
Código das Sociedades Comerciais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
262/86, de 2 de Setembro
Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro
Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99,
de 13 de Novembro
Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho de 2009, sobre regime sancionatório
no sector financeiro e política de remuneração das entidades de
interesse público
Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, sobre política de remunerações
Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008, sobre o sistema de controlo
interno
EBA Guidelines on Internal Governance (GL44)
O Conselho de Administração do ATLANTICO Europa considera que a
estrutura e as práticas de governo implementadas no Banco, assim como o
funcionamento dos órgãos de administração e fiscalização asseguram de
forma adequada a protecção dos interesses dos accionistas e demais partes
interessadas, designadamente clientes, colaboradores, fornecedores e
prestadores de serviços e credores.
O presente Relatório de Governo, relativo ao exercício de 2012, descreve os
princípios orientadores de governo, a estrutura, repartição de competências e
funcionamento dos órgãos de administração e fiscalização, a organização
funcional adoptada, os princípios do sistema de controlo interno, a política de
remuneração, os princípios éticos e deontológicos observados, a política de
prevenção de conflito de interesses, a política de prevenção do
branqueamento de capitais e do financiamento ao terrorismo e o sistema de
comunicação de irregularidades.
O Conselho de Administração do ATLANTICO Europa acompanha as
reflexões, recomendações e orientações das autoridades de supervisão e
outros organismos nacionais e internacionais em matéria de governo interno e
mantém activo um plano de actualização e aperfeiçoamento das práticas e da
organização do governo interno.
Lisboa, 20 de Março de 2013
O Conselho de Administração
| 3
II. Estrutura de Governo Interno
A Estrutura de governo interno do ATLANTICO Europa foi desenhada tendo
por referência a natureza, escala e complexidade dos diversos riscos a que a
instituição se encontra exposta, visando promover a distinção clara de
poderes entre os diversos órgãos sociais que a integram, num quadro de
contínua prossecução dos respetivos fins sociais e de criação de valor.
Nessa medida, o ATLANTICO Europa adoptou uma estrutura de governo
interno seguindo o comummente designado por “Modelo Monista” ou
“Latino”, tendo como órgãos sociais a Assembleia Geral de Accionistas, o
Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas.
A gestão da sociedade compete ao Conselho de Administração, que delegou
na Comissão Executiva – formada por membros do Conselho de
Administração – amplos poderes de gestão para a condução da actividade
corrente do Banco.
As competências de fiscalização estão atribuídas ao Conselho Fiscal (CF) –
cujas responsabilidades essenciais incluem, a fiscalização da administração, a
vigilância do cumprimento da Lei e dos Estatutos pela Sociedade, a
verificação das contas – e ao Revisor Oficial de Contas (ROC), cuja função
primordial consiste em examinar e proceder à certificação legal das contas.
A Assembleia Geral (AG), constituída por todos os Accionistas, delibera sobre
as matérias que lhes são especialmente atribuídas pela lei ou pelos Estatutos,
bem como, se tal lhe for solicitado pelo Conselho de Administração, sobre
matérias de gestão da sociedade.
Os estatutos do ATLANTICO Europa prevêem a possibilidade de existência
de uma Comissão de Remunerações, eleita pela AG, composta por três
accionistas. Contudo, atenta a dimensão do Banco e a composição da sua
estrutura accionista – atualmente reduzida a um único accionista - a referida
Comissão de Remunerações não foi ainda eleita pela AG, exercendo este
órgão directamente competências quanto à fixação das remunerações dos
membros dos órgãos sociais.
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Órgãos sociais
ASSEMBLEIA GERAL
A Assembleia Geral (AG) é o órgão social constituído por todos os
Accionistas do ATLANTICO Europa.
As competências da Assembleia Geral são as estabelecidas pela lei e pelos
Estatutos da Sociedade.
Principais competências da Assembleia Geral
a) Eleger a respectiva Mesa;
b) Eleger os membros do Conselho de Administração e o seu
Presidente;
c) Eleger os membros do Conselho Fiscal e o seu Presidente;
d) Eleger o Revisor Oficial de Contas e o seu suplente;
e) Eleger os membros do Conselho Superior, o seu Presidente e
Vice-Presidentes
f) Eleger uma comissão de remunerações, composta por três
accionistas, designados por períodos de quatro anos;
g) Apreciar o relatório do Conselho de Administração, discutir e
votar o balanço e contas, e os pareceres do Conselho Fiscal e do
Revisor Oficial de Contas e deliberar sobre a aplicação dos
resultados do exercício;
h) Deliberar sobre quaisquer alterações dos Estatutos.
Composição
A Mesa da Assembleia Geral é composta por:
Paulo Manuel da Conceição Marques - Presidente
António Assis de Almeida - Vice-Presidente
Rute Susana Martins dos Santos - Secretário
O mandato dos membros da Assembleia Geral cessou em 31 de Dezembro de
2012, mantendo-se em funções até nova eleição pela Assembleia Geral.
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Direito de voto
A cada grupo de 100 acções corresponde um voto. Os accionistas que não
possuam o número de acções necessário a terem direito a voto, poderão
agrupar-se por forma a perfazê-lo, devendo designar, por acordo, um só de
entre eles para os representar na Assembleia Geral.
Os estatutos do ATLANTICO Europa não prevêem quaisquer impedimentos
ao exercício do direito de voto por correspondência, aplicando-se o regime
legal em vigor.
No que respeita aos quóruns constitutivos e deliberativos, pese embora a
existência, actualmente, de um único acionista, os estatutos do ATLANTICO
Europa prevêem desde já as necessárias regras para acautelar o pleno
exercício do direito de voto de eventuais futuros accionistas minoritários.
Assim, e no que diz respeito ao quórum constitutivo, a Assembleia Geral não
pode reunir - em primeira data de convocação - sem que estejam presentes
ou representados accionistas titulares de acções representativas de pelo
menos cinquenta por cento do capital social da sociedade,
independentemente dos assuntos incluídos na ordem de trabalhos. Em
segunda convocação, a Assembleia Geral poderá já deliberar,
independentemente do número de accionistas presentes ou representados.
No que respeita a quórum deliberativo prevalece a regra da maioria simples,
salvo no caso dos assuntos para os quis a lei exija maioria qualificada, os quais
devem ser aprovados por dois terços dos votos emitidos, quer a Assembleia
reúna em primeira ou segunda convocação.
Representação
Os accionistas que pretendam fazer-se representar nas Assembleias Gerais
poderão fazê-lo mediante simples carta, assinada e dirigida ao Presidente da
Mesa e por este recebida com três dias de antecedência em relação ao dia
designado para a reunião respectiva. Dentro do mesmo prazo e pela mesma
forma, as pessoas colectivas devem indicar, ao Presidente da Mesa, quem as
representará. O Presidente da Mesa pode, contudo, admitir a participação na
Assembleia dos representantes não indicados dentro dos prazos
anteriormente referido, sempre que verifique que tal não prejudica os
trabalhos da Assembleia.
CONSELHO FISCAL
Constituem competências centrais do Conselho Fiscal fiscalizar a
administração da Sociedade, vigiar o cumprimento da Lei e dos Estatutos,
verificar a exactidão dos documentos de prestação de contas, fiscalizar a
revisão de contas e a independência do Revisor Oficial de Contas, bem como
avaliar a actividade deste último.
| 6
Composição
Os membros do Conselho Fiscal são eleitos pela Assembleia Geral, nos
termos da lei e dos Estatutos do ATLANTICO Europa.
O Conselho Fiscal é actualmente composto por:
Mário Jorge Carvalho de Almeida - Presidente
Mário Jorge de Faria da Cruz – vogal efectivo
João Maria Francisco Wanassi - vogal efectivo
Nuno Pedro da Silva do Carmo Vaz – vogal suplente
O mandato dos membros do Conselho Fiscal cessou em 31 de Dezembro de
2012, mantendo-se em funções até nova eleição pela Assembleia Geral.
Os membros do Conselho Fiscal possuem as qualificações técnicas e a
experiência profissional, incluindo o conhecimento operacional sobre o
comércio bancário, que lhes permitem cumprir as responsabilidades que lhes
estão cometidas, de forma efectiva.
REVISOR OFICIAL DE CONTAS
O Revisor Oficial de Contas no exercício de 2012 foi a Deloitte & Associados, SROC,
S.A. representada por Luís Augusto Gonçalves Magalhães e tempo por suplente
Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro.
O mandato corrente cessou em 31 de Dezembro de 2012, mantendo-se em funções
até nova eleição pela Assembleia Geral.
O Revisor Oficial de Contas, Deloitte & Associados, SROC é independente em relação
ao ATLANTICO Europa. A referida sociedade, bem como os responsáveis por esses
trabalhos, não detêm – além do que resulta do normal decurso da sua colaboração
profissional e tanto quanto o ATLANTICO Europa tem conhecimento –, qualquer
interesse financeiro, comercial, laboral, familiar ou de outra natureza, em empresas do
grupo ATLANTICO Europa.
A Deloitte e a sua rede não prestaram ao ATLANTICO Europa nenhum serviço em
áreas relacionadas com informação financeira, auditoria interna, avaliações,
recrutamento, entre outras, susceptíveis de gerar situações de conflitos de interesses
ou eventual prejuízo para a qualidade do trabalho de auditoria e de revisão legal das
contas.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O Conselho de Administração é o principal responsável pela actividade
desenvolvida pelo Banco, estando-lhe atribuídos os mais amplos poderes de
gestão e de representação da Sociedade.
As responsabilidades, competências e regras de funcionamento do Conselho
de Administração encontram-se descritas nos Estatutos da Sociedade.
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Principais competências do Conselho de Administração
a) Administrar o ATLANTICO Europa, praticando todos os actos e
operações necessários ou convenientes à prossecução do seu
objecto social;
b) Adquirir, onerar e alienar quaisquer bens e direitos, móveis ou
imóveis, sempre que o entenda conveniente para a sociedade;
c) Decidir livremente, observadas as limitações legais, sobre a
participação da sociedade no capital de sociedades com qualquer
objecto e em sociedades reguladas por leis especiais ou em
agrupamentos complementares de empresas ou qualquer outra
forma de associação de empresas;
d) Mobilizar recursos financeiros e realizar operações de crédito;
e) Contratar os empregados do Banco, fixar os seus vencimentos,
regalias sociais e outras prestações pecuniárias e exercer o
correspondente poder directivo e disciplinar;
f) Constituir mandatários para o exercício de actos determinados;
g) Executar e fazer cumprir os preceitos legais e estatutários e as
deliberações da Assembleia Geral;
h) Delinear a organização e os métodos de trabalho do Banco,
elaborar regulamentos e determinar as instruções que julgar
convenientes;
i) Delegar poderes nos seus membros;
j) Representar o Banco em juízo e fora dele, activa e passivamente,
podendo contrair obrigações, propor e seguir pleitos, desistir ou
transigir em processo, comprometer-se em árbitros, assinar termos
de responsabilidade e, em geral, resolver acerca de todos os
assuntos que não caibam na competência de outros órgãos.
E também:
a) Elaborar os documentos previsionais da actividade do Banco e
os correspondentes relatórios de execução;
b) Deliberar ou propor fundadamente os aumentos de capital
necessários;
c) Estudar e executar o plano de expansão da rede de
estabelecimentos do Banco, tendo em conta os condicionalismos
legais aplicáveis.
Composição
A designação dos membros do Conselho de Administração é precedida de
um rigoroso processo de recrutamento tendente ao escrutínio do
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preenchimento dos requisitos previstos na política do Grupo em que o
ATLANTICO Europa se insere, nomeadamente independência, experiência
profissional, conhecimento do sector bancário e titularidade de habilitações
literárias e da competência técnica ao exercício das funções que lhe são
cometidas.
Atendendo a tais critérios, o Conselho de Administração do ATLANTICO
Europa é, actualmente, composto por 6 membros, dos quais 4 constituem a
Comissão Executiva.
A composição nominativa do Conselho é a seguinte:
Carlos José da Silva – Presidente
Baptista Muhongo Sumbe – Vice-Presidente
André Cardoso de Meneses Navarro
Augusto Costa Ramiro Baptista
Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho
Isménio Coelho Macedo
O mandato dos membros do Conselho de Administração cessou em 31 de
Dezembro de 2012, mantendo-se em funções até eleição pela Assembleia
Geral.
COMISSÃO EXECUTIVA
A Comissão Executiva é composta exclusivamente por membros do Conselho
de Administração, actuando no âmbito de delegação de poderes de gestão
corrente pelo Conselho de Administração.
Composição
A Comissão Executiva do ATLANTICO Europa foi designada por deliberação
do Conselho de Administração sendo actualmente composta por 4 membros.
A composição nominativa do Conselho é a seguinte:
André Cardoso de Meneses Navarro - Presidente
Augusto Costa Ramiro Baptista
Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho
Isménio Coelho Macedo
O mandato dos membros da Comissão Executiva cessou em 31 de Dezembro
de 2012, mantendo-se em funções até nova designação.
A Comissão Executiva dispõe de amplos poderes de gestão, delegados pelo
Conselho de Administração, para a condução da actividade corrente do
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ATLANTICO Europa, nos termos de delegação do Conselho de
Administração, sem prejuízo da manutenção na esfera do Conselho de
Administração dos poderes relacionados com a discussão e aprovação da
estratégia e das principais políticas do Banco, a definição da estrutura
empresarial, a em geral a tomada de decisões que devam ser consideradas
estratégicas devido ao seu montante ou risco.
O exercício de poderes pela Comissão Executiva é objecto de permanente
acompanhamento, supervisão e avaliação pelo Conselho de Administração.
As responsabilidades, competências e regras de funcionamento da Comissão
Executiva encontram-se descritas no Regimento da Comissão Executiva.
Em regra, a Comissão Executiva reúne semanalmente, tendo reunido 48 vezes
no exercício de 2012.
Cada membro da Comissão Executiva tem a seu cargo um conjunto de
pelouros que resultam do estabelecimento de linhas de responsabilidade
hierárquica sobre as diversas Unidades Orgânicas.
A actual distribuição de responsabilidades pelos administradores executivos,
aprovada por deliberação do Conselho de Administração, é a seguinte:
Áreas de responsabilidade dos administradores executivos do
ATLANTICO Europa
André Navarro
Banca Corporate; Banca de Investimento;
Mercados Financeiros; Capital Humano;
Marca e Comunicação; Projectos
Internacionais; Tecnologias de Informação;
Auditoria.
Graça Proença de Carvalho Banca Relacional (Particulares e PMEs);
Contabilidade e Controlo de Gestão; Banca
Transaccional; Produtos e Serviços;
Serviços e Logística; Organização e
Métodos.
Augusto Baptista Investor Relations; Assessoria Jurídica; Risk
Office; Compliance; Desenvolvimento
Sustentável.
Isménio Macedo Private Banking; Recuperação de Crédito.
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SECRETÁRIO DA SOCIEDADE
No exercício de 2012 exerceu a função de Secretário da Sociedade:
Rute Susana Martins dos Santos - efectivo
Vanessa Pinto Rodrigues Santos Ferreira - suplente1
Manuel Maria Cota Dias da Silveira Botelho - suplente2
A duração do mandato do secretário da Sociedade coincide com o mandato
do Conselho de Administração.
Em caso de falta ou impedimento do Secretário efectivo, as suas funções são
exercidas pelo suplente.
Para além de outras funções atribuídas pelo Banco, o Secretário da Sociedade
desempenha as funções previstas no art. 446.º -B do Código das Sociedades
Comerciais, que se transcrevem a seguir:
a) Secretariar as reuniões dos órgãos sociais;
b) Lavrar as actas e assiná-las conjuntamente com os membros dos
órgãos sociais respectivos e o presidente da mesa da assembleia geral,
quando desta se trate;
c) Conservar, guardar e manter em ordem os livros e folhas de actas, as
listas de presenças, o livro de registo de acções, bem como o
expediente a eles relativo;
d) Proceder à expedição das convocatórias legais para as reuniões de
todos os órgãos sociais;
e) Certificar as assinaturas dos membros dos órgãos sociais apostas nos
documentos da sociedade;
f) Certificar que todas as cópias ou transcrições extraídas dos livros da
sociedade ou dos documentos arquivados são verdadeiras, completas
e actuais;
g) Satisfazer, no âmbito da sua competência, as solicitações formuladas
pelos accionistas no exercício do direito à informação e prestar a
informação solicitada aos membros dos órgãos sociais que exercem
funções de fiscalização sobre deliberações do conselho de
administração ou da comissão executiva;
h) Certificar o conteúdo, total ou parcial, do contrato de sociedade em
vigor, bem como a identidade dos membros dos diversos órgãos da
sociedade e quais os poderes de que são titulares;
i) Certificar as cópias actualizadas dos estatutos, das deliberações dos
sócios e da administração e dos lançamentos em vigor constantes dos
livros sociais, bem como assegurar que elas sejam entregues ou
1 Renunciou ao cargo de Secretário da Sociedade suplente em 31 de Julho de 2012. 2 Designado em 20 de Setembro de 2012, em substituição de Vanessa Pinto
Rodrigues Santos Ferreira, que renunciou ao cargo de Secretário da Sociedade suplente em 31 de Julho de 2012.
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enviadas aos titulares de acções que as tenham requerido e que
tenham pago o respectivo custo;
j) Autenticar com a sua rubrica toda a documentação submetida à
assembleia geral e referida nas respectivas actas;
k) Promover o registo dos actos sociais a ele sujeitos.
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Comités internos
De modo a permitir um acompanhamento mais próximo de matérias mais
sensíveis para a sua actividade e o aproveitamento de valências específicas
dos respetivos membros, o Banco adoptou uma estrutura de Comités e
Comissões que assumem a responsabilidade pela gestão de certos temas da
actividade do Banco e que funcionam na dependência do Conselho de
Administração e da Comissão Executiva.
Comité de Crédito
Competências:
a) Análise e decisão sobre propostas de crédito de clientes;
b) Análise e decisão de propostas de crédito de Contrapartes;
c) Monitorização mensal da carteira de crédito;
d) Acompanhamento e tomada de decisão sobre situações em irregular e
crédito vencido;
e) Apreciação e aprovação da acta do Comité de Crédito anterior.
Frequência de reuniões: Semanal
Presidente: Administrador com o Pelouro de Crédito
Deliberação: Por maioria de votos dos Administradores presentes, num
mínimo de dois.
Comité ALCO e de Risco Global
Competência: Análise e decisão sobre a gestão de assets and liabilities, bem
como análise e decisão sobre gestão de riscos.
Frequência de reuniões: Mensal
Presidente: Presidente da Comissão Executiva
Deliberação: Por maioria de votos dos Administradores presentes, num
mínimo de dois.
Comité de Projectos, Operações e Tecnologia
Competência: Acompanhamento das iniciativas de transformação e desenvolvimento
do Banco, incluindo os projectos de expansão internacional.
Frequência de reuniões: Mensal
Presidente: Presidente da Comissão Executiva
Deliberação: Por maioria de votos dos Administradores presentes, num mínimo de
dois.
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Comité de Produtos e Preçário
Competência: Análise e decisão sobre novos produtos e serviços; acompanhamento o
comportamento da oferta de produtos.
Frequência de reuniões: Mensal
Presidente: Administrador Executivo
Deliberação: Por maioria de votos dos Administradores presentes, num mínimo de
dois.
Comissão de Controlo Interno
Competência: Análise e decisão sobre todos os temas relacionados com Controlo
interno, agregando a actividade de Auditoria Interno, Risco, Compliance, Organização
e Métodos, e Reporte Regulamentar.
Frequência de reuniões: Mensal
Presidente: Presidente da Comissão Executiva
Deliberação: Por maioria de votos dos Administradores presentes, num mínimo de
dois.
| 14
III. Organização Funcional
O Banco implementou uma organização das funções internas assente em três pilares
funcionais: área de negócio, área de suporte e área de controlo.
O modelo organizacional do Banco reflecte uma adequada segregação entre as
funções de “negócio”, de “suporte” e de “controlo”, promovendo, sempre que possível
e aplicável, uma adequada segregação de tarefas e um elevado nível de controlo.
A organização funcional adoptada pelo Banco corresponde à ilustração seguinte.
| 15
IV. Controlo Interno
O ATLÂNTICO Europa dispõe de um sistema de controlo interno, com vista a
permitir uma gestão eficiente da sua actividade, através da minimização dos
riscos, nomeadamente os financeiros, legais, operacionais e reputacionais,
incluindo os riscos de fraudes, irregularidades e erros, assegurando a sua
prevenção e detecção tempestivas.
Constituem objecto essencial do sistema de controlo interno:
a) A garantia da existência e segurança dos activos;
b) O controlo dos riscos da actividade do ATLÂNTICO EUROPA,
nomeadamente os riscos de crédito, taxa de juro, cambial, mercado, liquidez e
de liquidação, bem como os riscos operacional, de contraparte, de estratégia,
reputacional, legal e de “compliance”;
c) O cumprimento de normas prudenciais;
d) A existência de uma completa, fiável e tempestiva informação
contabilística e financeira, em particular no que respeita ao seu registo,
conservação e disponibilidade;
e) A prestação de informação financeira fiável, completa e tempestiva às
Autoridades de Supervisão;
f) A prudente e adequada avaliação dos activos e das responsabilidades,
nomeadamente para o efeito da constituição de provisões;
g) A adequação das operações realizadas a outras disposições legais,
regulamentares e estatutárias aplicáveis, às normas internas, às orientações
dos órgãos sociais, às normas e aos usos profissionais e deontológicos e a
outras regras relevantes;
h) A prevenção de operações relacionadas com branqueamento de capitais e
financiamento do terrorismo;
i) A existência de procedimentos que visem, nomeadamente:
i. a adequada separação de funções;
ii. a justificação de toda a informação contabilística;
iii. a realização das operação em condições de segurança e fiabilidade;
iv. a continuidade da actividade em cenários de contingência;
v. a protecção do equipamento, das aplicações, e dos dados
informáticos com vista à prevenção de danos, fraudes e acessos não
autorizados ao sistema e a informação confidencial.
| 16
A área de Controlo Interno está estruturada em três pilares: gestão e controlo
de risco, compliance e auditoria interna. Para além destas três áreas no
âmbito do Controlo Interno inclui-se ainda o Gabinete de Reporte
Regulamentar.
As unidades de Controlo Interno, embora independentes entre si, trabalham
de forma estreita e em colaboração entre si e a organização dos respectivos
planos de acção é coordenada em sede de Comissão de Controlo Interno.
De seguida apresenta-se uma breve descrição das unidades de Controlo
Interno.
RISCO
O Risco é responsável pelo controlo e acompanhamento dos riscos da
actividade, monitorizando de forma coordenada os riscos gerais do Banco
(crédito, liquidez, mercado, cambial, taxa de juro, operacional, etc.),
nomeadamente através das seguintes actividades:
• Propor políticas de gestão de Riscos;
• Monitorar o cumprimento das políticas de gestão de Risco estabelecidas;
• Efectuar a análise de risco de clientes e de operações, mediante solicitação
da Banca Relacional e da Banca Corporate;
• Tratar e validar a documentação necessária para a concessão de crédito;
• Monitorar os processos de concessão de crédito;
• Participar na definição da oferta de produtos e serviços;
• Monitorar e zelar pelo cumprimento dos limites de exposição do Banco nas
actividades de carteira própria;
• Monitorar e gerir os colaterais constituídos a favor do Banco que estejam
expostos a variações de valor em mercado;
• Identificar riscos operacionais e coordenar com as respectivas Unidades
Orgânicas a correcta monitorização e mitigação de risco;
• Propor ao órgão de administração alterações às políticas de risco na medida
em que tal decorra da sua actividade de monitorização da actividade do
Banco ou de alterações percepcionadas no seu meio envolvente.
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AUDITORIA INTERNA
A Auditoria Interna assegura na estrutura orgânica do Banco o serviço de
fiscalização e controlo interno das actividades de cada uma das unidades
orgânicas, competindo-lhe, designadamente:
• Proceder às auditorias internas, inquéritos ou processos de mera
averiguação que forem determinados pelo Banco ou determinados pela sua
Administração;
• Garantir a apresentação de forma verdadeira e apropriada, nos seus
aspectos materialmente relevantes, da posição financeira do Banco, o
resultado das suas operações, e os seus fluxos de caixa, bem como a adopção
de políticas e critérios contabilísticos adequados;
• Rever os sistemas implementados para assegurar a conformidade com
políticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos que poderão ter impacto
significativo em operações e em relatórios financeiros;
• Rever as operações ou processos de forma a verificar se os resultados são
consistentes com os objectivos e metas estabelecidas e se as operações ou
os processos estão a ser conduzidos conforme planeado;
• Validar a fidedignidade e integridade de informações geradas pelos sistemas
informáticos, bem como a segurança física, lógica e racional na utilização dos
recursos de tecnologias da informação;
• Conferir os meios de protecção dos activos e, quando apropriado, verificar a
sua existência física;
• Elaborar pareceres sobre medidas tendentes a melhorar a eficiência e
eficácia das tarefas correntes do Banco;
• Rever operações específicas a pedido da Administração, do Conselho Fiscal,
ou outros Organismos, quando solicitado;
• Monitorizar e avaliar a eficácia do sistema de gestão de risco do Banco;
• Investigar situações de possível fraude, envolvendo actividades, violações
patrimoniais, propriedade e empregados do Banco em consonância com as
normativas de disciplina funcional vigentes;
• Tomar conhecimento e propor correcções a processos subjacentes a
queixas/reclamações de clientes e/ou colaboradores do Banco, propondo, se
for caso disso medidas destinadas a corrigir quaisquer procedimentos
classificados como incorrectos, ineficazes, ilegais ou violadores dos direitos
ou interesses legalmente protegidos;
• Participar e acompanhar os processos de contratação de serviços
especializados relacionados com auditoria, quando necessários;
• Rever o desempenho e coordenação dos trabalhos desenvolvidos pelos
Auditores Externos;
• Acompanhar a execução dos planos de acção elaborados para a correcção
e/ou melhorias decorrentes das recomendações e/ou sugestões efectuadas;
| 18
• Participar em grupos de trabalho, quando designado;
• Apoiar a Administração, o Conselho Fiscal, a Auditoria Externa e as
Entidades de Supervisão, quando solicitado;
• Prestar de serviços de auditoria (pareceres/recomendações/orientações) a
entidades subsidiárias designadamente, filiais, sucursais e escritórios de
representação, quando necessário/solicitado;
• Assegurar que as auditorias internas sejam programadas, planificadas,
dirigidas e registadas de acordo com os procedimentos estabelecidos.
COMPLIANCE
O Compliance tem como função garantir que a Instituição actua de acordo
com as leis, regras, normativos internos, acordos nacionais e internacionais
que pautam a actividade do Banco, evitando o risco da Instituição incorrer em
sanções de carácter legal ou regulamentar e em prejuízos financeiros ou de
ordem reputacional, decorrente do incumprimento das leis, regulamentos,
códigos de conduta e normas de “boas práticas”.
O Compliance tem a seu cargo as seguintes actividades:
• Assegurar o cumprimento das obrigações legais, regulamentares e de
reporting;
• Elaborar e implementar normas e procedimentos internos no âmbito das
matérias de Compliance e no âmbito do Controlo Interno;
• Controlar a adequação dos procedimentos previstos para detectar o
incumprimento de obrigações legais e regulamentares e propor medidas
necessárias para a correcção ou mitigação de situações de incumprimento;
• Assegurar medidas eficientes e procedimentos em conformidade com a
legislação em vigor para o controlo e monitorização de operações para a
prevenção de branqueamento de capital e combate do financiamento de
terrorismo;
• Controlar e monitorizar operações de intermediação financeira (prevenção
de situações de abuso de mercado ou situações prejudiciais a clientes);
• Acompanhar as reclamações dirigidas ao Banco;
• Acompanhar e promover a actuação das outras estruturas funcionais no que
se refere ao cumprimento dos deveres legais, deontológicos, códigos de
conduta;
• Proceder a acções de formações internas em matérias de Compliance;
• Autorizar a abertura de contas;
• Elaborar Relatórios da Actividade de Compliance e submeter à apreciação
da Comissão executiva e da Comissão de Controlo Interno;
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• Efectuar as comunicações de operações suspeitas à PGR e à UIF;
• Pronunciar-se sobre processos de concessão de crédito, sempre que
solicitado;
• Pronunciar-se sobre a comercialização de novos produtos e serviços, bem
como sobre o lançamento de instrumentos de promoção do Banco ou dos
produtos e serviços por si comercializados.
REPORTE REGULAMENTAR
Reporte Regulamentar tem como objectivo assegurar as obrigações de
reporte de informação a que o ATLANTICO Europa, e todas as suas
participadas nacionais e estrangeiras estão obrigadas.
O Gabinete de Reporte Regulamentar tem a seu cargo as seguintes
actividades:
• Preparação da lista de todos os reportes e do calendário de apresentação
associado;
• Produção e submissão dos reportes obrigatórios, nomeadamente os
estabelecidos pelo Banco de Portugal, CMVM e Fisco;
• Revisão analítica da informação reportada para garantir a consistência da
informação entre os diversos períodos e a sua coerência com a evolução da
actividade.
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V. Política de Remunerações
A Política de Remunerações dos membros dos órgãos de gestão do
ATLANTICO Europa foi aprovada por deliberação da Assembleia Geral
tomada em 31 de Maio de 2012.
A Política de Remunerações dos colaboradores do ATLANTICO Europa foi
aprovada por deliberação do Conselho de Administração tomada em 31 de
Março de 2012.
A Declaração sobre a política de remunerações constitui um apêndice a este
relatório.
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VI. Ética Profissional
O ATLANTICO Europa adoptou um Código de Conduta que condensa e
sistematiza um conjunto de regras de ética profissional a que estão sujeitos
todos os colaboradores, que se obrigam expressamente a cumprir. Para além
do referido Código, o ATLANTICO Europa adoptou um conjunto de políticas
que contêm regras de ética profissional, como a seguir se descreve em
síntese.
O ATLÂNTICO Europa ordena o exercício da sua actividade por princípios de
ética, rigor, verdade, transparência, estabilidade e segurança no
relacionamento com os clientes.
O ATLÂNTICO Europa assegura a todos os seus clientes igualdade de
tratamento, não fazendo qualquer discriminação entre eles que não resulte de
direitos que lhes assistam em razão da natureza ou prioridade temporal das
suas ordens ou em consequência de qualquer outra situação prevista em
disposições legais e regulamentares aplicáveis.
O ATLÂNTICO Europa compromete-se a dar prioridade aos interesses dos
clientes, quer em relação aos seus próprios interesses, seja qual for a sua
natureza, quer em relação aos interesses dos membros dos seus órgãos
sociais e demais colaboradores.
No exercício da sua actividade o ATLÂNTICO Europa compromete-se a
actuar em conformidade com os princípios e regras de livre e leal
concorrência.
A actividade profissional dos membros dos órgãos sociais e de todos os
colaboradores rege-se pelos seguintes princípios:
O ATLÂNTICO EUROPA exerce a sua actividade em obediência a elevados
princípios éticos e deontológicos, e a conduta dos seus colaboradores pauta-
se nomeadamente pelos seguintes princípios:
a) Respeito consciencioso dos interesses que lhe estão confiados;
b) Isenção, honestidade e integridade pessoal;
c) Lealdade para com o ATLÂNTICO EUROPA e seus clientes;
d) Actuação discreta, guiada por elevados padrões de ética profissional;
e) Respeito pela absoluta independência entre os interesses do ATLÂNTICO
EUROPA e os dos clientes;
f) Respeito pela absoluta independência dos interesses dos clientes entre si;
g) Controlo dos riscos;
h) Prevenção dos conflitos de interesses;
i) Cumprimento de todas as disposições legais e regulamentares em vigor;
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j) Transparência na conduta;
k) Sigilo relativamente à informação não pública a que têm acesso;
l) Responsabilidade social;
m)Rigorosa segregação patrimonial;
n) Protecção do ambiente.
As instruções recebidas de clientes e, em geral, os serviços por estes
solicitados são executados com respeito pelos seus legítimos interesses,
dentro dos condicionamentos impostos ao exercício da actividade bancária e
de intermediação financeira.
No exercício das suas funções, os Colaboradores do ATLANTICO Europa
estão obrigados a diligenciar para que, na prestação de informações e no
aconselhamento dos clientes, seja assegurado, com rigor e boa-fé:
a) O completo esclarecimento sobre as características dos produtos ou
serviços oferecidos pelo ATLANTICO Europa, bem como da adequação dos
mesmos à situação e às necessidades dos clientes;
b) O fornecimento de todos os elementos necessários a uma tomada de
decisão fundamentada, consciente e esclarecida quanto à existência dos
riscos potenciais previsíveis e consequências financeiras das operações
visadas;
c) O esclarecimento sobre as remunerações dos depósitos ou de outros
fundos reembolsáveis;
d) Informação adequada sobre os custos das operações e serviços, incluindo,
quando solicitada, a explicitação do preçário à disposição dos clientes.
O incumprimento dos deveres previstos no Código de Conduta e nas Políticas
internas é sancionado de acordo com a gravidade da violação, o grau de
culpa do infractor e as consequências efectivas do acto.
Os normativos éticos e deontológicos impostos àqueles que exercem
actividades no ATLANTICO Europa são complementares às disposições legais
relativas, nomeadamente, ao dever de sigilo profissional e à defesa dos
interesses dos Clientes e a utilização de informação privilegiada em benefício
próprio.
Relatório de Governo Interno 2012
| 23
VII. Prevenção de conflito de interesses
O ATLANTICO Europa adopta uma Política de Prevenção e Gestão de
Conflito de Interesses, a qual deve ser conhecida e observada por todos os
colaboradores.
O ATLANTICO Europa compromete-se a dar prevalência aos legítimos
interesses dos seus clientes em relação aos seus próprios interesses ou de
sociedades com as quais se encontra em relação de grupo ou de domínio,
bem como em relação aos interesses dos titulares dos órgãos sociais ou dos
de agente vinculado ao seu serviço ou dos colaboradores de ambos.
Sempre que ocorra qualquer situação, relacionada com um colaborador ou
com o seu património, que seja susceptível de pôr em causa o normal
cumprimento dos seus deveres ou o desempenho objectivo e efectivo das
suas funções, no interesse do ATLANTICO Europa ou dos seus clientes, o
colaborador deve de imediato dar do facto conhecimento à estrutura
hierárquica ou, sendo membro do conselho de administração, aos demais
membros do órgão.
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VII. Prevenção do branqueamento de capitais e
financiamento do terrorismo
De acordo com a legislação e normas vigentes destinados a evitar a utilização
das entidades financeiras, quer em operações de branqueamento de capitais,
quer em actividades que favoreçam a criminalidade organizada e económico-
financeira ou o financiamento do terrorismo, o ATLANTICO Europa adoptou
uma política interna dedicada a este tema – Política de Prevenção de
Branqueamento de Capitais e do Financiamento ao Terrorismo – e
implementou um conjunto de procedimentos e mecanismos de identificação,
controlo interno e de comunicação de operações suspeitas.
Para assegurar a correcta implementação de tais mecanismos é
proporcionada aos colaboradores e aos administradores formação adequada
ao reconhecimento de operações que possam estar relacionadas com os
citados crimes e pessoas indiciadas em actividades criminosas.
A responsabilidade de prevenção de branqueamento de capitais e
financiamento ao terrorismo incumbe, de forma geral, a todos os
colaboradores consideradas as funções exercidas por cada um e o respectivo
nível de intervenção nas operações.
Os colaboradores do ATLANTICO Europa estão adstritos ao cumprimento
rigoroso das regras legais, regulamentares e internas aplicáveis à prevenção
do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo,
designadamente o dever de identificação, o dever de diligência relativo ao
conhecimento das relações de negócio levadas a cabo pelos clientes, o dever
de recusa e de abstenção de execução de operações, o dever de conservação
dos documentos e o de comunicação tempestiva das operações
potencialmente suspeitas de configurar branqueamento de capitais ou
financiamento do terrorismo.
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VIII. Comunicação de irregularidades
Compete ao Conselho Fiscal, nos termos da alínea j) do artigo 420.º do
Código das Sociedades Comerciais, receber as comunicações de
irregularidades apresentadas por Accionistas, colaboradores, Clientes e
quaisquer outras entidades.
As instituições de crédito devem implementar os meios adequados de
recepção, tratamento e arquivo das participações de irregularidades graves
relacionadas com a administração, organização contabilística e fiscalização
interna da instituição de crédito, susceptíveis de as colocarem em situação de
desequilíbrio financeiro, de modo a assegurar que sejam comunicadas ao
órgão de fiscalização pelos empregados da instituição de crédito, seus
mandatários, comissários ou outras pessoas que lhes prestem serviços a título
permanente ou ocasional (art. 116.º-G, n.º 3 RGICSF).
Para assegurar o cumprimento, o Conselho Fiscal aprovou em 9 de Maio de
2012 a metodologia aplicável à recepção e tratamento de comunicações de
irregularidades, tendo indicado o Gabinete de Compliance e as unidades de
controlo interno como assessores especiais no tratamento das comunicações.
A comunicação de irregularidades deve ser efectuada por escrito, podendo
ser utilizado o e-mail, e conter todos os elementos de facto conhecidos pelo
colaborador e que julgue convenientes para a avaliação da irregularidade. A
identidade do colaborador é mantida confidencial e não é permitida a sua
divulgação até o momento em que o Conselho Fiscal toma uma decisão
referente à comunicação da irregularidade.
Concluindo-se que a comunicação é fundada, o Conselho Fiscal, com base em
relatório apresentado pelo Controlo Interno, pode fazer a contratação de um
serviço externo e independente para investigar os factos denunciados.
O Conselho Fiscal é o órgão competente para decidir sobre as acções a tomar
na sequência da comunicação recebida e as comunicações a efectuar
externamente.
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Apêndices:
| 27
I. Experiência e qualificação profissional dos membros do Conselho de
Administração
Carlos José da Silva (Presidente)
Data de nascimento: 6 de Janeiro de 1966
Data da 1.ª designação: 22 de Junho de 2009
Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012
Formação académica:
Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Experiência Profissional anterior:
Desde 2012: Banco Comercial Português, S.A. – Vice-Presidente do Conselho de
Administração.
Desde 2010: Angola Management School – Presidente.
Desde 2010: Interoceânico Capital, SGPS – Presidente do Conselho de Administração
Desde 2010: Sociedade Baia de Luanda – Vice-Presidente.
Desde 2006: Banco Privado Atlântico, S.A. – fundador e Presidente do Conselho de
Administração.
2001 - 2006: Banco Espírito Santo Angola (BESA) – fundador e administrador
executivo.
1998 - 2001: Escritório de representação do Banco Espírito Santo em Angola.
1994 - 1998: Carlos José da Silva & Associados – fundador e Advogado, prestando
consultoria jurídica nas áreas de direito financeiro e fiscal a empresas multinacionais.
Negociação de projectos de investimento estrangeiro no regime contratual.
1990 - 1994: Escritório Carlos José da Silva e Paulo Marques – exercício de advocacia,
prestando serviços nas vertentes jurídico económicas.
Baptista Muhongo Sumbe (Vice-Presidente)
Data de nascimento: 11 de Março de 1961
Data da 1.ª designação: 31 de Março de 2010
Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012
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Formação Académica:
Licenciatura em economia pela Universidade Agostinho Neto (especialização em
contabilidade e finanças
Experiência Profissional anterior:
Desde Maio de 2010: Administrador da Sonangol E.P; Vice-Presidente do Banco
Privado Atlantico, S.A.
Desde Outubro de 2009: Presidente da Baia de Luanda; Presidente do Conselho de
Administração da EIH
Desde Abril de 2009: Presidente do Conselho de Administração da Sonangol Holdins
2002 – 2009: Presidente executivo do Conselho de Administração e Presidente da
Comissão Executiva da Sonangol USA Houston, TX-USA
1997 – 2002: Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão
Executiva
1992 – 1997: Director dos Negócios Estrangeiros
1986 – 1992: Responsável da área de operações
1982 – 1986 – Contabilista especializado
André Cardoso de Meneses Navarro (Presidente da Comissão Executiva)
Data de nascimento: 9 de Agosto de 1963
Data da 1.ª designação: 22 de Junho de 2009
Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012
Formação Académica:
Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade de
Lisboa.
Pós Graduação em Gestão Financeira
MBA na American Graduate School of International Business (Thunderbird)
Experiência Profissional anterior:
2000 – 2008: CEO da Société Générale, sucursal em Portugal
1998 – 2000: Director da Divisão internacional no Banco Espirito Santo
1992 – 1998: Director da Divisão de Empresas no Banco Espirito Santo
1987 – 1990: Senior Associated na TVX Mining Corporation
| 29
1985 – 1986: Junior Banker na Chase Manhattan Bank.
Augusto Costa Ramiro Baptista (Administrador executivo)
Data de nascimento: 10 de Junho de 1971
Data da 1.ª designação: 31 de Março de 2010
Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012
Formação académica:
Licenciatura em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Pós Graduação em Direito Fiscal na Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade
de Lisboa
Pós Graduação em Direito Bancário na Faculdade de Direito da Universidade
Agostinho Neto
Programa de Alta Direcção de Empresas na Escola de Direcção de Negócios
Experiência profissional anterior:
Desde 2009: administrador não executivo do Banco Millennium Angola, S.A.
Desde 2009: administrador não executivo da GlobalPactum, Gestão de Activos, S.A.
2007 – 2010: assessor do conselho de administração do Banco Privado Atlântico, S.A.
2005 – 2009: administrador executivo da GlobalPactum, Gestão de Activos, S.A.
2004 – 2005: consultor fiscal na Esso Exploration Angola (Block 15)
2001 - 2004 – consultor fiscal na Arthur Andersen
Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho (Administradora executiva)
Data de nascimento: 7 de Novembro de 1962
Data da 1.ª designação: 22 de Junho de 2009
Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012
Formação académica:
Licenciatura em Administração e gestão de empresas na Florida International
University (USA)
Mestrado em Marketing e Finanças na Florida International University (USA)
| 30
Experiência Profissional anterior:
2005 – 2009: Representante do Banco Natixis - Portuguese Office
2004 – 2005: Secretária de Estado da Indústria, Comércio e Serviços
2003 – 2007: administradora da sociedade Explorer, Sociedade de Capital de Risco
2002 – 2004: Deputada da Assembleia da República
2000 – 2002: administradora da sociedade Finanser, Sociedade Financeira de
Corretagem
1997 – 2000: administradora da sociedade Midas Investimentos/BVVA Midas
Isménio Coelho Macedo (Administrador executivo)
Data de nascimento: 18 de Fevereiro de 1948
Data da 1.ª designação: 20 de Abril de 2011
Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012
Formação académica:
Frequência do 3.º ano da Licenciatura de Direito na UAL – Universidade Autónoma de
Lisboa
Frequência do 1.º ano de Sociologia do Trabalho - ISCSP – Instituto Superior de
Ciências Sociais e Políticas
Experiência Profissional anterior:
2006-2011: Administrador do Banco Privado Atlântico, S.A.
2001-2006: Assessor da Administração no Banco Espírito Santo Angola
1996-2001: Director Geral da Sucursal de Luanda / Angola do Banco Comercial
Português, SA
1994-1996: Director Geral da Sucursal de Maputo / Moçambique do Banco Português
do Atlântico, SA
1989-1994: Gerente na Agência do Montijo do Banco Português do Atlântico, SA
1987-1989: Gerente na Agência da Venda do Pinheiro do Banco Português do
Atlântico, SA
1984-1987: Sub-Gerente na Agência de Setúbal do Banco Português do Atlântico, SA
1981-1984: Sub-Gerente na Agência de Odemira do Banco Português do Atlântico, SA
1974-1981: Promotor Comercial (e outras funções) na Agência de Alhos Vedros do
Banco Português do Atlântico, SA
| 31
II. Experiência e qualificação profissional dos membros do Conselho
Fiscal
Mário Jorge Carvalho de Almeida (Presidente)
Data de nascimento: 17 de Novembro de 1976
Data da 1.ª designação: 22 de Junho de 2009
Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012
Formação Académica:
1994 - 1999 Licenciatura em Economia, Universidade Autónoma de Lisboa
2008 - 2009 Curso Intensivo de Controlo de Gestão
2000 - Curso de Inglês em Londres na “The Hampstead School of English”(Upper
Intermediate level)
1998 - 1999 Curso de Inglês (nível 4) Cambridge School
Experiência Profissional anterior:
2010 – 2012 Administrador do Banco Privado Atlântico responsável pelos seguintes
pelouros: 2012 (Risk Office, Controlo de Gestão, Contabilidade, Organização e
Métodos, Acompanhamento e recuperação de crédito)
2007 – 2009 Assessor do Conselho de Administração; Director Coordenador da
Direcção de Contabilidade e Controlo de Gestão do Banco Privado Atlântico
2006 - 2007 Director da Direcção de Contabilidade do Banco Fomento de Angola
2002 – 2005 Subdirector da Direcção de Contabilidade e Controlo Orçamental no
Banco Espírito Santo Angola
2000 – 2002 Arthur Andersen - Departamento de Auditoria
1997-1998 Martal, SARL – Departamento de contabilidade
Mário Jorge de Faria da Cruz (vogal)
Data de nascimento: 15 de Setembro de 1978
Data da 1.ª designação: 22 de Junho de 2009
Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012
| 32
Formação Académica:
BA (Hons) International Finance and Capital Market Studies, University of Brighton,
Reino Unido
Experiência Profissional anterior:
2010 até ao presente: Banco Privado Atlântico, S.A., (Angola), administrador
executivo
Banking
2006 - 2010: Director da Tesouraria e Assessor do Conselho de Administração, Banco
Privado Atlântico, S.A., (Angola)
2003 até ao presente: docente na Universidade Católica de Angola
2001 – 2006: Director da Tesouraria, Banco Espirito Santo Angola
João Maria Francisco Wanassi (vogal)
Data de nascimento: 6 de Junho de 1969
Data da 1.ª designação: 20 de Abril de 2011
Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012
Formação Académica:
2006 – Licenciatura em Geofísica, Faculdade de Ciências Universidade Agostinho
Neto
2009 - Programa de Direção de Empresas – AESE
Experiência Profissional anterior:
2010 – actual: Director – Geral da Angola School of Management (ASM)
2009 -2012: Director do Programa de Formação para Executivos – PADE
2010 – actual: Presidente do FACIDE
2006 – 2009: Director Executivo do FACIDE
Assistente estagiário Departamento de Geofísica da Faculdade de Ciências
Universidade Agostinho Neto.
Representante em Angola do Projecto “AfricaArray” que consiste na instalação de
uma rede de estações sísmicas ao longo do continente Africano, para monitorar
actividade sismológica.
Assistente do chefe de Departamento de Geofísica da Faculdade de Ciências da UAN
| 33
1987-1992: Cumprimento do serviço militar, oficial do exército no 17º Regimento Aéreo
de Helicópteros da FAPA/DAA
Nuno Pedro da Silva do Carmo Vaz (vogal suplente)
Data de nascimento: 27 de Maio de 1974
Data da 1.ª designação: 31 de Maio de 2012
Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012
Formação Académica:
Master of Business Administration (MBA) – Especialização em Marketing, 2006,
Universidade Católica Portuguesa
Master of Business Administration (MBA), 1998-2000, Universidade Católica
Portuguesa
Licenciatura em Engenharia Industrial, 1991-1996, Faculdade de Ciências e Tecnologia
– UNL
Experiência Profissional anterior:
Desde 2011: Chefe de Gabinete e Assessor do Presidente do Conselho de
Administração do Banco Privado Atlantico, Angola
Julho 2009 – Abril 2011: Administrador Executivo da Finicapital, Angola
Janeiro 2008 – Julho 2009: Managing Director na Deloitte, Angola
Março 2001 – Dezembro 2007: Strategy, Operations & Human Capital Senior Manager
Deloitte – Lisboa
Nov. 1996 – Fev. 2001: CTT – Correios de Portugal