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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO EUROPA, S.A. Relatório e Contas 2012 BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A. Relatório e Contas 2012

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Relatório e Contas 2012

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Relatório e Contas

2012

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Relatório e Contas 2012

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ÍNDICE

RELATÓRIO DE GESTÃO ......................................................................................................................... 3

PRINCIPAIS INDICADORES................................................................................................................................. 4

MENSAGEM DO PRESIDENTE EXECUTIVO ....................................................................................................... 6

ÓRGÃOS SOCIAIS .............................................................................................................................................. 7

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO......................................................................................................... 8

Economia Internacional .......................................................................................................................... 8

Mercado Accionista ............................................................................................................................... 11

Mercado de Taxas de Juro .................................................................................................................. 11

Mercado de Commodities ................................................................................................................... 13

MODELO DE NEGÓCIO .................................................................................................................................... 14

BANCA DE INVESTIMENTO.............................................................................................................................. 14

BANCA RELACIONAL E CORPORATE ............................................................................................................ 15

RISCO E CONTROLO INTERNO ....................................................................................................................... 16

HIGHLIGHTS 2012 ............................................................................................................................................ 17

Principais Acontecimentos de 2012 ................................................................................................. 17

BANCA DE INVESTIMENTO.............................................................................................................................. 19

Private Equity .......................................................................................................................................... 21

BANCA RELACIONAL E CORPORATE ............................................................................................................ 22

Banca Corporate .................................................................................................................................... 22

Segmento Private ................................................................................................................................... 22

Segmento ATLANTICO ........................................................................................................................ 23

FUNÇÕES DE CONTROLO E SUPORTE ........................................................................................................... 23

AUDITORIA ....................................................................................................................................................... 23

BANCA TRANSACCIONAL ............................................................................................................................... 24

CAPITAL HUMANO .......................................................................................................................................... 24

Compliance............................................................................................................................................... 26

Contabilidade e Controlo de Gestão................................................................................................ 26

Investor Relations ................................................................................................................................... 26

Jurídico ...................................................................................................................................................... 27

Mercados Financeiros ........................................................................................................................... 27

Produtos e Research ............................................................................................................................. 27

Sistemas de Informação ....................................................................................................................... 28

Património, Aprovisionamento e Serviços ..................................................................................... 28

ANÁLISE FINANCEIRA ..................................................................................................................................... 29

ANÁLISE DE RESULTADOS ............................................................................................................................. 30

ANÁLISE DO BALANÇO .................................................................................................................................. 33

GESTÃO DE RISCO .......................................................................................................................................... 37

DECLARAÇÃO SOBRE A POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DO .................................................... 39

BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A. .............................................................................. 39

INFORMAÇÃO QUANTITATIVA SOBRE REMUNERAÇÕES ......................................................... 47

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS .............................................................................. 50

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................................................... 51

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................ 56

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S.A.

RELATÓRIO DE GESTÃO

2012

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Principais Indicadores

(m Euros)

2009 1

2010 2011 2012 Variação

Absoluta

Var. %

12/ 1 1

Activo Liquido Total 34.182 68.177 298.808 326.182 27.374 9,2%

Volume de Negócios 20.365 72.872 302.793 237.691 (65.102) -21,5%

Crédito a clientes 6.186 12.515 25.017 49.786 24.769 99,0%

Recursos de Clientes On Balance 14.178 47.127 251.312 146.098 (105.214) -41,9%

Recursos de Clientes Off Balance - 13.079 25.722 35.841 10.119 39,3%

Garantias - 150 742 808 66 8,9%

Crédito documentário - - - 5.158 5.158 n.a.

Volume de Negócios por Colaborador 566 1.584 6.056 3.256 (2.800) -46,2%

Rácio de Transformação 43,6% 26,6% 10,0% 34,1%

Rácio Crédito Vendido /Crédito a clientes 0% 0% 0% 0%

Rácio Provisões/Crédito a clientes 0,7% 0,5% 1,7% 1,6%

Produto Bancário 1.722 5.225 6.725 12.200 5.475 81,4%

Dos quais:

Margem Financeira 107 369 2.774 6.449 3.675 132,5%

Comissões Op Bancarias e Interm. Fin. 12 91 1.179 816 (362) -30,7%

Comissões Banca de Investimento 1.598 4.682 2.557 3.285 728 28,5%

Ganhos e perdas de Operações Financeiras 5 83 216 1.650 1.434 664,5%

Produto Bancário por Colaborador 48 114 135 167 33 24,3%

Resultado do Exercicio (1.175) (1.495) (1.403) 701 2.104 150,0%

Cost to Income (2) 176,6% 133,6% 114,1% 81,5%

Situação Liquida 18.075 19.320 45.927 48.450 2.523 5,5%

Fundos Próprios Base 17.885 18.759 45.215 44.435 (780) -1,7%

Requisitos para Fundos Próprios 1.070 1.400 9.799 10.698 899 9,2%

RWA 13.370 17.499 122.488 133.725 11.238 9,2%

Rácio de Solvabilidade 134,1% 107,5% 36,9% 33,2%

ROA -3,4% -2,2% -0,5% 0,2%

ROE -6,5% -7,7% -3,1% 1,5%

Número de Clientes 64 192 446 732 286 64,1%

Número de Colaboradores 36 46 50 73 23 46,0%

1) para o período desde o inicio de actividade, a 22 de Junho, até 31 de Dezembro

2) Custos Operacionais / Proveitos Operacionais

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Volume de Negócios

(m Euros)

Resultados antes de impostos

(m Euros)

Colaboradores vs Custos

Produto Bancário

(m Euros)

Rácio de Transformação

Colaboradores

251.312

146.098

13.079

25.722

35.841

25.759

55.752

72.872

302.793

237.691

2010 2011 2012

Recursos de Clientes On Balance Recursos de Clientes Off Balance

Crédito a clientes e garantias

(1.930)

(1.676)

1.250

2010 2011 2012

Resultado Antes de Impostos

73,8576,82

63,944650

73

2010 2011 2012

Custo com pessoal por Colaborador (m Euros) Colaborabores

2.774

6.4494.682

2.557

3.285

1.179

816

1.650

5.225

6.725

12.200

2010 2011 2012

Margem Financeira

Comissões Banca de Investimento

Comissões Op Bancarias e Interm. Fin.

Ganhos e perdas de Operações Financeiras

26,6%

10,0%

34,1%

2010 2011 2012

Rácio de Transformação

10 1118

3639

55

2010 2011 2012

Colaboradores em formação Colaboradores Banco

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Mensagem do Presidente Executivo

Apesar do enquadramento macroeconómico adverso em Portugal, o ATLANTICO Europa

demonstrou de forma efectiva a sua consistência estratégica e os benefícios da diversificação

geográfica do negócio, ao apresentar pela primeira vez desde a sua criação em 2009, resultados

líquidos positivos em todos os trimestres do ano, fechando o exercício com um lucro líquido de

701 mil EUR.

Esta performance traduziu a confiança dos clientes e accionistas no posicionamento da

instituição, que se consubstanciou num forte crescimento do número de clientes e dos

resultados operacionais, a par da manutenção em patamares conservadores, dos indicadores de

solidez financeira.

Numa dinâmica de alinhamento com os principais parceiros estratégicos, o ATLANTICO Europa

continuou a reforçar a actividade de apoio e promoção das relações económicas e empresariais

entre Angola e as suas contrapartes internacionais, através do acompanhamento e suporte dos

fluxos comerciais e financeiros.

O ATLANTICO Europa continuou também a alargar a oferta de produtos e serviços potenciando

significativamente a sua capacidade de resposta às necessidades da crescente base de clientes.

Com a construção de relacionamentos no continente africano, americano, europeu e asiático, o

ATLANTICO Europa em 2012 aproximou a actividade económica e os fluxos financeiros de

Angola com o mundo de forma efectiva. 2012 foi igualmente o ano de adopção da plataforma

SAP, por si evidência de um determinado nível de massa critica.

O ATLANTICO Europa investe e continuará a investir em permanência na formação de jovens

quadros Angolanos, através de acções de formação internas e programas de apoio à obtenção

de graus académicos. Em 2012 foi lançado o programa de formação de quadros juniores,

extenso e estruturado, composto por sessões ministradas em sala e on the job, com duração

aproximada de 6 meses.

A mudança de instalações da sede para um edifício situado no coração de Lisboa, na Avenida

da Liberdade, veio reforçar o compromisso do Grupo Atlântico com a sua estratégia de

internacionalização de vir a estar presente nas praças financeiras internacionais que mais

impactam com a economia angolana.

A mudança permitiu também a abertura do primeiro Centro ATLANTICO, de atendimento ao

público, a par da criação de espaços amplos e simultaneamente reservados, direccionados para

o atendimento aos clientes private e empresariais.

2013 auspicia ser mais um ano de forte crescimento, em virtude de um enquadramento

macroeconómico favorável para a economia angolana e do novo posicionamento estratégico do

Grupo de captação de novos clientes do segmento affluent e emerging affluent. Será com

certeza mais um ano de consolidação do posicionamento da Instituição nos segmentos de

mercado em que opera.

Por fim, uma expressão de agradecimento a todos os accionistas, clientes, colaboradores e

parceiros do ATLANTICO Europa, sem os quais não seria possível construir uma estratégia de

geração de valor e crescimento sustentável.

André Navarro

Presidente da Comissão Executiva

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Órgãos Sociais

Conselho de Administração

Presidente

Carlos José da Silva

Vice-Presidente

Baptista Muhongo Sumbe

Presidente Executivo

André Navarro

Administradores Executivos

Augusto Costa Ramiro Baptista

Maria da Conceição Mota Soares de Oliveira

Callé Lucas (renunciou ao cargo em 27/02/2012)

Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho

Isménio Coelho Macedo

Conselho Fiscal

Presidente

Mário Jorge Carvalho de Almeida

Vogais Efectivos

Mário Jorge de Faria da Cruz

João Maria Francisco Wanassi

Vogal Suplente

Nuno Pedro da Silva do Carmo Vaz

(nomeado por deliberação da Assembleia Geral de

31/05/2012)

Revisor Oficial de Contas

Revisor

DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC, S.A.

representada por Luís Augusto Gonçalves Magalhães

Suplente

Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro

Assembleia Geral

Presidente

Paulo Manuel da Conceição Marques

Vice-Presidente

António Assis de Almeida

Secretário

Rute Susana Martins dos Santos

Secretário da Sociedade

Efectivo

Rute Susana Martins dos Santos

Suplente

Vanessa Pinto Rodrigues Santos Ferreira

(renunciou ao cargo com efeitos a 31/07/2012)

Manuel Maria Cota Dias da Silveira Botelho

(nomeado por deliberação do Conselho de

Administração de 20/09/2012)

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Enquadramento Macroeconómico

Economia Internacional

O ano de 2012 foi pautado por um fraco

desempenho económico em vários pontos do

globo, acentuando-se o período de

desaceleração observado no ano anterior. As

previsões de crescimento económico

apresentadas no início do ano foram sendo

sucessivamente revistas em baixa pelos

principais organismos internacionais,

reflectindo a crescente incerteza que a

turbulência financeira em algumas economias

foi propagando às restantes geografias.

De acordo com o Fundo Monetário

Internacional (FMI), a economia mundial terá

apresentado um crescimento de 3,2% em 2012,

abaixo dos 3,9% observados em 2011. Este

desempenho débil da economia mundial

reflectiu, fundamentalmente, a acentuada

quebra de ritmo das principais economias

desenvolvidas, que, de acordo com o FMI,

terão apresentado um crescimento de apenas

1,3% (vs 1,6% no ano anterior). As economias

emergentes revelaram-se mais dinâmicas, com

um ritmo de crescimento médio de 5,1%, mas

também neste caso abaixo do verificado em

2011, altura em que este bloco apresentou uma

expansão de 6,3%. Assim, o ano de 2012 veio

mostrar que as principais economias

emergentes não ficaram imunes aos processos

recessivos observados nas principais

economias que servem de vector ao

crescimento mundial.

Por trás deste desempenho desfavorável,

surge como principal explicação a crise da

Zona Euro, que conheceu ao longo de 2012

um conjunto de desenvolvimentos, que

culminaram em políticas orçamentais ultra-

restritivas, provocaram instabilidade política,

colocaram em causa a sustentabilidade do

próprio projecto da moeda única europeia e

contaminaram a confiança dos agentes

económicos. Este clima de turbulência

político-financeira na Zona Euro resultou num

forte arrefecimento da actividade económica

nos países intervencionados, mas também nos

países do núcleo europeu, cuja actividade

acusou as consequências da redução abrupta

do consumo imposta pelas medidas de

austeridade nos países parceiros. Importa

porém realçar que esta crise não se confinou

às fronteiras europeias, tendo retardado a

consolidação do processo de recuperação em

curso nos Estados Unidos da América, bem

como afectado os restantes principais blocos

económicos. Em 2012, o volume de comércio

internacional apresentou um crescimento de

2,8%, que compara com um ritmo de

expansão de 5,9% no ano anterior. As

importações por parte dos países

desenvolvidos aumentaram apenas 1,2%, face

a 4,6% no ano anterior. Em contrapartida, as

exportações dos países emergentes (motor de

crescimento de países como a China)

desaceleraram para 3,6%, face aos 6,6% do

ano anterior. Ainda assim, é o forte

desempenho deste bloco que impede que o

movimento de desaceleração global seja mais

acentuado.

No último Economic Outlook (Janeiro de

2013), o FMI mantém-se cauteloso

relativamente ao desempenho económico

global. Apesar das perspectivas de

crescimento para 2013 serem mais positivas,

continuam a ser revistas em baixa e o FMI

defende agora que o processo de recuperação

que iremos observar no decorrer do ano,

tenderá a ser mais moderado do que o

previsto inicialmente. Em 2013, o FMI prevê

um crescimento económico mundial de 3,5%,

com as economias desenvolvidas a crescerem

1,4% e as economias emergentes a crescerem

5,5%.

Os EUA apresentaram um crescimento de

2,3% em 2012, de acordo com o FMI. De facto,

2012 foi um ano de consolidação do processo

de recuperação da actividade económica,

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Relatório e Contas 2012

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assente numa evolução favorável do consumo

privado, fazendo-se sentir os efeitos de

políticas monetária e fiscal ultra-

expansionistas. No decorrer de 2012, surgiram

sinais de recuperação do mercado de trabalho

e do mercado imobiliário, bem como se

observou um desempenho positivo dos

mercados de acções, o que suscitou o

aumento do rendimento disponível que

suportou a procura doméstica. O final do ano

ficou marcado pelo clima de instabilidade

suscitado pela discussão em torno do episódio

do “precipício fiscal”, que previa o término

automático de um conjunto de medidas de

estímulo fiscal, com consequências

imprevisíveis no consumo, constituindo um

factor de risco para a actividade económica.

Porém, esta discussão foi adiada para o

primeiro trimestre de 2013.

A economia da Zona Euro apresentou uma

contracção de 0,4% em 2012, depois de um

crescimento de 1,4% em 2011. As duas

principais economias da região, a Alemanha e

a França, apresentaram crescimentos de 0,9%

e 0,2%, respectivamente; a Itália e a Espanha,

as duas economias seguintes no ranking

europeu, apresentaram taxas de crescimento

negativas, de -1,4% e -2,1%, respectivamente. O

fraco desempenho da região reflecte

directamente o efeito contraccionista das

medidas de forte austeridade orçamental

impostas aos países periféricos sob programas

de ajuda externa, designadamente a Grécia,

Portugal e a Irlanda. Reflecte igualmente as

políticas de restrição orçamental

implementadas em outros países que, não

estando directamente sob programas de

auxílio externo, viram a degradação das suas

condições de financiamento obrigar a planos

de contenção orçamental, com efeitos

recessivos nas suas economias domésticas,

como é o caso da Espanha e da Itália.

O início de 2012 ficou marcado pelo reacender

de preocupações na Grécia, com a crise

política a subir de tom, conduzindo a eleições

antecipadas, cuja incerteza colocou em causa

o processo de ajustamento em curso. Também

a Espanha assistiu a uma deterioração da sua

situação económica, particularmente ao nível

da sustentabilidade do sistema financeiro, o

que durante alguns meses alimentou a

especulação em torno da possibilidade de um

resgate por parte das instituições

internacionais, materializado sob a forma de

pacote de ajuda ao sistema bancário. O

sentimento de instabilidade propagou-se a

outros países intervencionados, colocando

pressão sobre as instituições europeias, que

tardaram em apresentar uma solução

contundente para a instabilidade na região. No

segundo semestre, as repetidas afirmações de

apoio dos dirigentes europeus ao projecto da

moeda única europeia e a intervenção do

Banco Central Europeu no sentido de apoiar o

regresso aos mercados dos países

intervencionados, veio contribuir para

restabelecer a confiança dos agentes

económicos. Porém, o ano terminou ainda sob

o clima de incerteza relativamente ao

desfecho da crise das dívidas públicas nos

países periféricos.

Em Portugal, o ano de 2012 foi marcado por

uma acentuada degradação da actividade

económica, sendo que o PIB português terá

caído cerca de 3.0% em termos reais, de

acordo com o FMI. Este desempenho tem

subjacente um comportamento melhor do que

o esperado da procura externa líquida,

conduzindo a um ajustamento mais rápido do

que o antecipado e uma contracção da

procura interna, em todas as suas vertentes -

consumo privado, investimento privado e

investimento público. O impacto da adopção

de medidas de austeridade no âmbito do

programa de ajuda financeira externa tem-se

revelado severo, tendo como contrapartida

uma subida muito acentuada da taxa de

desemprego, para patamares acima dos 16%.

A economia portuguesa está a acusar os

desequilíbrios verificados ao nível da política

orçamental, bem como a ausência de um

paradigma que crie condições propícias ao

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Relatório e Contas 2012

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crescimento económico. O sector externo tem

sido o principal motor da economia, e regista-

se como factor positivo em 2012 o

desempenho favorável das contas externas, o

que reflecte não só uma diminuição das

importações fruto da quebra do consumo,

mas também um aumento das exportações, o

que se deve à capacidade de diversificação de

mercados de destino para além das fronteiras

europeias, nomeadamente para África e

América Latina. Porém, estando a economia a

operar no máximo da sua capacidade

instalada, o potencial exportador afigura-se

limitado enquanto motor de crescimento no

futuro próximo.

No âmbito do programa de ajustamento em

curso, Portugal está a implementar um

conjunto de reformas estruturais que terão

como finalidade corrigir os desequilíbrios e

reganhar a confiança dos investidores

internacionais, desta forma procurando voltar

ao financiamento autónomo em mercado

primário de dívida pública.

O Japão terá crescido 2,0% em 2012, depois

de um desempenho negativo no ano anterior

(-0,2%). O ano ficou marcado pela

recuperação do país após o desaire que

decorreu do acidente sísmico de Fukushima.

Mas o ano ficou também marcado pelo

regresso ao poder do partido conservador,

que veio introduzir alterações no cenário

económico do país. O governo nipónico é

defensor de uma política monetária e uma

política fiscal ultra-acomodatícias, pelo que foi

anunciado um aumento do pacote fiscal, com

vista a promover a reconstrução de infra-

estruturas e o crescimento económico.

As economias emergentes apresentaram

conjuntamente um desempenho mais forte

que as economias desenvolvidas, com uma

taxa de expansão do PIB de 5,1%, porém

abaixo dos 6,3% observados no ano anterior.

As economias emergentes não ficaram imunes

à deterioração das condições económicas nos

principais blocos, ainda que as diferentes

regiões tenham sido afectadas de forma

diferente. O bloco emergente asiático foi o

que apresentou um desempenho mais sólido,

revelando um crescimento de 6,6%,

beneficiando de uma expansão de 7,8% da

China. A região da África Subsariana

apresentou um crescimento de 4.8%,

desacelerando face aos 5.3% registados no

ano anterior. Finalmente, refira-se que a

América Latina cresceu 3%, depois de 4,5% no

ano anterior, reflectindo uma desaceleração

do ritmo de crescimento brasileiro para

apenas 1%, face aos 2,7% de 2012. Num

contexto de desaceleração da actividade

económica mundial, juntamente com riscos

geopolíticos em vários pontos do mundo, os

preços das commodities mantiveram um

desempenho moderado ao longo de 2012,

sendo um dos veículos de contágio às

economias emergentes exportadoras destes

bens. Além disso, o sentimento de maior

aversão ao risco manifestado entre os

investidores internacionais traduziu-se numa

menor propensão ao investimento, tanto em

termos directos como em termos de carteira

de títulos, penalizando estas economias.

Neste contexto, destaca-se a China, com o

mais forte ritmo de crescimento mundial

(7,8%). Porém, não estando imune ao contágio

proveniente dos blocos ocidentais, o primeiro

semestre ficou marcado por indicadores de

actividade que confirmaram uma economia

em desaceleração, nomeadamente ao nível do

sector manufactureiro (suporte das

exportações, principal pilar de crescimento

chinês). Assim, as autoridades chinesas

adoptaram medidas de política monetária, no

sentido de disponibilizar maior liquidez à

economia (ex. redução do rácio de

constituição de reservas). O governo chinês

reviu em baixa o objectivo oficial de

crescimento económico em 2012, para 7.5%.

Esta revisão ocorre após a manutenção do

objectivo de crescimento em 8% desde 2005,

patamar que neste período as autoridades

chinesas consideraram consentâneo com a

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Relatório e Contas 2012

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sustentabilidade do modelo de crescimento e

gerador de emprego.

Fonte: FMI, Bloomberg, MinFin

Fonte: FMI, Bloomberg, MinFin

Mercado Accionista

2012 foi um ano de valorização dos mercados

bolsistas, ditado por um sentimento de maior

optimismo relativamente às perspectivas de

recuperação económica. O ano iniciou-se com

um sentimento positivo, particularmente nos

EUA, onde os indicadores foram confirmando

um movimento de retoma da actividade

económica e as empresas foram

progressivamente apresentando resultados

trimestrais mais favoráveis. Simultaneamente,

a deterioração da situação político-financeira

na Europa, deu lugar a uma preferência dos

investidores por activos de menor risco,

canalizando recursos para fora do bloco

europeu e dando preferência aos activos

norte-americanos. Neste sentido, os principais

índices norte-americanos lideraram os

movimentos de ganhos, seguidos de alguns

índices europeus e asiáticos. De facto, nos

EUA, os principais índices chegaram mesmo a

atingir níveis máximos dos últimos anos: o

índice Nasdaq atingiu o máximo desde 2000 e

o DJI atingiu o máximo desde 2007. Na

Europa, a preferência dos investidores recaiu

sobre os títulos alemães (economia de refúgio

na Zona Euro), sendo que neste caso o Dax

atingiu o nível máximo desde 2008. Entre os

índices bolsistas dos países periféricos, o saldo

foi genericamente negativo.

O índice MSCI World apresentou um ganho de

5,3% no ano, invertendo a desaceleração do

ano anterior. De referir ainda que as praças

emergentes, tipicamente mais voláteis, foram

relativamente mais penalizadas pelo

sentimento de aversão ao risco. O índice MSCI

Emerging Markets apresentou um ganho de

1,3% em 2012.

Fonte: FMI, Bloomberg.

Mercado de Taxas de Juro

As taxas de juro de referência dos principais

blocos económicos mantiveram-se em

patamares historicamente baixos em 2012,

num contexto de depressão da actividade

económica e ausência de pressões

inflacionistas. A disfuncionalidade dos

mecanismos de transmissão de estímulos à

economia, agravada pela desconfiança

patente nos mercados quanto ao desfecho da

crise da dívida na Zona Euro, impediu a

dinamização do mercado de crédito e o

fomento à actividade económica.

Na Zona Euro, o Banco Central Europeu (BCE)

estendeu o ciclo de corte da taxa de

-0,5%

5,0%

3,9%

3,2%

-2,6%

2,9%

1,8%2,3%

-2,1%

2,0%1,4%

-0,4%

2,4%

4,5%

3,7% 3,7%

-2,5%

1,4%

-1,9%

-3,0%-4%

-3%

-2%

-1%

0%

1%

2%

3%

4%

5%

6%

2009 2010 2011 2012 (E)

EVOLUÇÃO DO PIB

Global EUA Zona Euro Angola Portugal

2,7%1,5%

3,0%

0,9%2,2% 2,5% 2,2%

14,0%15,3%

11,4%

9,0%

1,9%

4,6% 4,1%

2,5%

-0,1%

2,5%3,5%

2,1%

-4%

0%

4%

8%

12%

16%

20%

2009 2010 2011 2012

EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO

EUA Zona Euro Angola China Portugal

22,8%

7,8% 4,2% 5,3%

62,8%

14,4%

-23,5%

1,3%

-40%

-20%

0%

20%

40%

60%

80%

2009 2010 2011 2012

EVOLUÇÃO DOS ÍNDICES ACCIONISTAS GLOBAIS

MSCI World MSCI Emerging Markets

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Relatório e Contas 2012

12

referência, colocando-a em 0,75%. Para além

disso, prosseguiu com outras medidas de

cedência de liquidez e de compra de dívida

pública em mercado secundário, no âmbito de

uma política que visa restabelecer o bom

funcionamento do sistema interbancário e a

confiança dos agentes económicos. Mário

Draghi assumiu um posicionamento mais pró-

activo face à rápida deterioração das

condições financeiras na Zona Euro. Nos EUA,

a Reserva Federal deu indicações claras de

que a taxa dos fed-funds irá manter-se nos

actuais mínimos por um horizonte temporal

alargado e prossegui a sua política de

quantitative easing.

Neste contexto, as taxas de juro Libor e

Euribor apresentaram uma trajectória

descendente, mantendo-se em patamares

mínimos em termos históricos, face às

expectativas de que as políticas monetárias

dos principais bancos centrais continuariam

ultra-expansionistas.

No mercado de dívida pública, o ambiente de

incerteza e aversão ao risco beneficiou os

títulos refúgio, nomeadamente a dívida

pública americana e alemã, que neste

contexto apresentaram descidas das

respectivas yields. Em contrapartida, nos

países europeus da periferia, as yields dos

títulos de dívida pública atingiram níveis

máximos recorde na generalidade dos países

afectados, com destaque para a Grécia,

Portugal e Irlanda, mas também Espanha, Itália

e França.

Mercado Cambial O último ano foi marcado por uma ausência

de definição da tendência do EUR/USD: a

primeira metade do ano foi dominada por uma

desvalorização da moeda única europeia face

ao dólar e o inverso verificou-se na segunda

metade do ano. Nos primeiros seis meses, a

implosão do euro era considerada provável,

num contexto de adensamento da crise das

dívidas soberanas; porém, na segunda metade

do ano, vários factores contribuíram para

dissipar tais receios e dar suporte à moeda,

designadamente: a introdução do Mecanismo

Europeu de Estabilidade, que passou a

assegurar a estabilidade monetária e cambial

da região; a Grécia obteve o segundo resgate;

a Espanha obteve ajuda para o seu sistema

financeiro; verificaram-se avanços na União

Bancária, com a introdução do supervisor

único; o Banco Central Europeu anunciou o

programa OMT (Outright Monetary

Transactions), possibilitando a compra de

dívida soberana dos países intervencionados

mediante determinadas condições. No último

trimestre, também contribui para a valorização

do euro e penalização do dólar, o facto de os

EUA se debaterem para evitar o chamado

“precipício fiscal”, ao mesmo tempo que o

tecto máximo da dívida foi alcançado,

colocando desafios à administração norte-

americana. Neste contexto, a cotação

EUR/USD terminou o ano com um ganho de

1,99% em termos nominais no ano. De referir

também o desempenho do USD/JPY, cujo

movimento foi muito determinado no último

trimestre pelo regresso ao poder de um

governo apostado em manter as políticas

ultra-expansionistas e defendendo a

desvalorização da moeda como factor de

competitividade do sector exportador.

Nos países emergentes, o ano de 2012 foi

marcado por uma valorização das principais

moedas. A normalização económica,

suportada em políticas fiscais e monetárias

dirigidas para o crescimento, bem como o

sentimento de menor incerteza, levaram a que

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Relatório e Contas 2012

13

os investidores voltassem a preferir activos de

países com maiores ritmos de crescimento, em

busca de maiores taxas de rendibilidade. A

excepção foi a moeda brasileira, o Real, na

medida em que as autoridades locais têm

vindo a tomar medidas para impedir a

apreciação excessiva da sua moeda, desta

forma protegendo a competitividade do seu

sector exportador, num momento de

arrefecimento da economia. O Kwanza

angolano manteve um desempenho

relativamente estável face à divisa norte-

americana, tendo registado uma

desvalorização ligeira de 1.9%, beneficiando de

uma política cambial que procura promover a

estabilidade da moeda.

Mercado de Commodities

O ano de 2012 foi marcado por uma grande

oscilação da generalidade dos preços das

commodities. Avaliando o índice CRB

(Commodity Research Bureau), que resume

de forma abrangente este mercado, verifica-se

uma perda de 4,8%.

No que respeita aos preços das commodities

energéticas, há a assinalar a evolução do

preço do petróleo, cuja análise difere

conforme observemos o desempenho do

preço do West Texas Intermediate (WTI) ou

do Brent. O ano iniciou-se com a decisão dos

Ministros dos Negócios Estrangeiros da União

Europeia de embargo às exportações de

petróleo do Irão, no âmbito da tensão

geopolítica que marcou os últimos meses,

resultante do desenvolvimento do programa

nuclear do Irão. O contexto de agitação

geopolítica contribuiu para manter o preço

suportado na primeira metade do ano. Porém,

num contexto de sucessivas revisões em baixa

das perspectivas de crescimento económico

internacional e perante os sinais de

desaceleração da procura nas principais

economias emergentes (com destaque para a

China), o preço desta commodity foi

perdendo vigor. Assim, o ano terminou com

uma perda de 8% do valor do petróleo

avaliado pelo WTI, embora avaliado pelo Brent

se tenha verificado um aumento de 2,5%. O

gás natural foi a commodity energética com

um desempenho mais forte no último ano,

com uma valorização de 12%.

Os preços dos metais preciosos reflectiram a

evolução cíclica do nível de aversão ao risco.

Tendo sido um ano marcado por forte

volatilidade destes preços, verificaram-se

valorizações anuais do ouro (4,7%) e da prata

(7,7%), mas ainda assim mantendo-se abaixo

dos patamares máximos históricos atingidos

em 2011.

As commodities alimentares estão entre as

que apresentaram maiores oscilações de

preço, sendo que em alguns casos chegaram-

se a observar valorizações na casa dos 50%.

Este encarecimento, particularmente do milho,

reflecte a meteorologia adversa (seca

extrema) observada em alguns países

produtores, nomeadamente os EUA, que

prejudicaram a produção. O facto de este

produto ser uma matéria-prima para a

produção de biocombustíveis, também

fomentou os movimentos especulativos. A

subida dos preços dos cereais nos mercados

internacionais voltou a colocar sob alerta a

estabilidade de preços em alguns países

africanos, importadores líquidos de alimentos

e onde esta componente tem um peso

acentuado nos respectivos índices de inflação.

-11,3%

1,8%

4,7%2,6%

-9,1%

4,6%

-1,9%

1,8%

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

EVOLUÇÃO DE DIVISAS VS USD

Yen (Japão) Dólar Australiano (Austrália) Rand (Africa do Sul)

Franco Suiço (Suiça) Real (Brasil) Libra (Reino Unido)

Kwanza (Angola) Euro (Zona Euro)Fonte: Bloomberg

-3,4%

-7,9%

12,0%

4,7%

7,7%

3,5%

-0,1%

6,0%

Índice TR/Jefferies CRB

Petróleo (Crude WTI)

Gás Natural

Ouro

Prata

Cobre

Algodão

Milho

Evolução das Matérias-Primas

Fonte: Bloomberg

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Relatório e Contas 2012

14

Modelo de Negócio

O Banco Privado Atlântico - Europa, S.A.

(Banco ou ATLANTICO Europa) foi

constituído em Junho de 2009, com um

capital social de 18 milhões EUR. É um Banco

de direito português regulado pelo Banco de

Portugal e pela Comissão do Mercado de

Valores Mobiliários (CMVM).

O ATLANTICO Europa é detido a 100% pela

Atlântico Europa S.G.P.S., S.A., que tem como

accionistas: (i) com 10%, o Banco Privado

Atlântico S.A. (ATLANTICO), (ii) com 20%, a

Sonangol, (iii) com 65%, a GLOBAL PACTUM

Gestão de Activos, S.A., e (iv) com 5%,

quadros do Banco.

Partindo de uma oferta integrada de produtos

de banca de investimento e banca relacional, o

ATLANTICO pretende ser o melhor banco de

Angola no mundo e ser no mundo, o banco

que melhor conhece Angola.

O ATLANTICO é o parceiro credível e

conhecedor que, lado a lado e do princípio ao

fim, ajuda os projectos a crescer e

proporciona, com exigência e profissionalismo,

o acesso a novos mercados, sectores e

competências aos clientes angolanos e o

acesso a Angola e respectivos agentes,

projectos e sectores aos clientes

internacionais.

Estrategicamente posicionado para dotar a

economia angolana de serviços de excelência

que canalizem a poupança para o

investimento produtivo, o ATLANTICO em

2012 introduziu na sua estratégia novos

segmentos de cliente alvo – affluent e

emerging affluent – passando a focar-se num

mercado de dimensão superior, com elevado

potencial, o que veio a traduzir-se num forte

crescimento no número de clientes, e na

dimensão do balanço e resultado.

Tendo como centro o mercado geográfico de

Angola, e com o objectivo de apoiar a

internacionalização dos clientes locais e

desenvolver os negócios e interesses em

Angola, dos clientes internacionais,

O ATLANTICO Europa foi o primeiro passo da

estratégia de internacionalização do Grupo e

tem como missão ser uma instituição

reconhecida por um serviço de excelência,

através da participação activa na promoção

do desenvolvimento socioeconómico de

Angola e dos mercados em que está presente,

da geração de valor para os clientes e

accionistas e do crescimento profissional dos

colaboradores.

O ATLANTICO Europa tem como objectivo

dinamizar a estrutura empresarial portuguesa

e angolana, bem como as suas respectivas

parcerias através da prestação de serviços de

banca de investimento e banca relacional

sempre suportado pelos pilares da segurança

nas operações, rigor, sigilo e inovação.

Banca de Investimento

A direcção de Banca de Investimento é a

unidade responsável pela execução de

serviços de assessoria financeira, estruturação

de crédito especializado e produtos

financeiros, tais como acções, obrigações e

outros títulos.

O ATLANTICO assume-se como um banco

com um enfoque estratégico na área de Banca

de Investimento, colocando um grande ênfase

nesta área de negócio. O seu compromisso

estende-se à firme intenção de ser um agente

com contribuição relevante para o processo

de desenvolvimento de Angola.

Contando já com alguns anos de presença no

mercado, a equipa do ATLANTICO Europa é

hoje uma referência pela sua experiência,

serviços oferecidos e transacções

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

15

completadas. Sendo uma equipa multi-

geográfica, o que lhe confere meios para

cobrir qualquer geografia em termos de

execução de mandatos.

A estruturação da área de Banca de

Investimento segue as melhores práticas

internacionais, reunindo profissionais com

experiência quer no mercado angolano quer

em outros mercados. A segmentação de

serviço tem em conta as necessidades do

mercado e as exigências da base de clientes,

procurando estes soluções inovadoras e

especializadas.

A unidade de Banca de Investimento

disponibiliza os seguintes serviços:

Corporate Finance:

- Fusões e aquisições;

- Restruturações;

- Privatizações;

- Financial advisory.

Structured Finance:

- Project finance e PPPs;

- Real estate finance;

- Leverage & aquisition finance;

- Asset backed finance;

- Syndication desk.

Personal financial services:

- Business plans;

- Estruturação de negócios;

- Apoio no lançamento de negócios.

Mercado de capitais:

- Equity;

- Renda Fixa;

- Sovereign and public finance.

O firme compromisso com o mercado

angolano, a utilização de best-practices

internacionais de Banca de Investimento e a

experiência dos profissionais permite a oferta

de uma proposta única de valor e de

excelência em serviços de Banca de

Investimento.

Banca Relacional e Corporate

Com uma equipa de gestores especializada, o

ATLANTICO Europa presta o apoio necessário

à materialização das necessidades e

objectivos financeiros dos clientes, através de

uma oferta de produtos e serviços

individualizada para particulares e empresas.

A Segurança das Operações, o Rigor com que

procura a solução adequada aos objectivos do

cliente, a capacidade de encontrar novos

produtos e soluções e o Sigilo com que

executa as operações são os princípios base

de construção da relação.

O ATLANTICO Europa coloca ao dispor dos

clientes uma oferta integrada de serviços

financeiros, que incluem a gestão de activos e

passivos, e a planificação patrimonial com

soluções de investimento à medida de cada

um.

Com o apoio das áreas de Banca de

Investimento e Corporate, tem ao seu dispor

uma oferta que cobre também os interesses

empresariais do cliente, com serviços de

assessoria financeira e reestruturações, fusões

e aquisições, colocações de capital,

identificação de sócios e parceiros, entre

outros.

O ATLANTICO Europa aposta numa relação

de grande proximidade com o cliente,

apoiando-o na obtenção de alguns serviços

não financeiros que possam satisfazer outras

áreas de interesse.

No segmento Corporate o ATLANTICO

Europa pretende dar resposta às necessidades

de empresas angolanas fora do seu mercado

de origem, bem como actuar como Banco de

apoio de empresas europeias que mantenham

fluxos comerciais com Angola e/ou planos

estratégicos de investimento no País.

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Relatório e Contas 2012

16

O ATLANTICO Europa pretende construir

relações sólidas e de confiança com os seus

Clientes, desenvolvendo um conhecimento

profundo dos seus negócios de forma a poder

estruturar soluções adequadas às

necessidades específicas de cada um, como:

- Soluções de Banca Transaccional

- Soluções de Investimento

- Financiamento da actividade corrente da

Empresa

- Financiamentos Estruturados

- Assessoria Financeira

- Soluções de cobertura dos diversos riscos

em balanço

Risco e Controlo Interno

O Conselho de Administração do ATLANTICO

Europa é responsável por definir, implementar

e rever periodicamente um sistema de

controlo interno adequado à natureza,

dimensão e complexidade da sua actividade,

devidamente alinhado com o seu perfil de

risco, tendo por objectivos assegurar:

a continuidade do negócio e a

sobrevivência da instituição através de uma

eficiente afectação de recursos e execução

das operações, da efectiva monitorização e

controlo dos riscos, da prudente avaliação

de activos e responsabilidades, e da

segurança e controlo de acessos nos

sistemas de informação e comunicação;

a existência de informação, contabilística e

de gestão, de natureza financeira e não

financeira, completa, fiável e tempestiva,

que suporte a tomada de decisão e os

processos de controlo;

o cumprimento das disposições legais, das

directrizes internas e das regras

deontológicas e de conduta no

relacionamento com os clientes, as

contrapartes das operações, os accionistas

e os supervisores.

As funções chave do sistema de controlo

interno – gestão do risco, compliance e

auditoria interna – encontram-se dotadas de

meios humanos e materiais suficientes para o

cumprimento da sua missão, apresentando a

independência, estatuto e efectividade

necessárias ao correcto exercício da

actividade.

A Direcção de Risco representa a função de

gestão de risco do Banco, sendo responsável

pela identificação, avaliação,

acompanhamento, controlo e reporte das

diversas categorias de riscos relevantes para a

actividade desenvolvida pela instituição, com

o objectivo de obter uma compreensão

fundamentada da sua natureza e magnitude.

A Direcção de Risco tem reporte hierárquico

directo ao órgão de administração, sendo

exercida com independência face às áreas de

tomada de risco. Tem participação activa na

gestão dos limites e nas decisões que

significativamente alterem o perfil de risco da

Instituição, sendo-lhe assegurado pleno

acesso a todas as actividades, documentos,

informações e controlos considerados

relevantes para o exercício das suas funções.

Na categorização e classificação dos riscos

inerentes à actividade, o ATLANTICO Europa

adopta uma classificação em linha com a

recomendada pelo Banco de Portugal no

documento “Modelo de Avaliação de Riscos”

(MAR).

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Relatório e Contas 2012

17

Highlights 2012 2012 foi um ano de consolidação das

operações, de reforço da notoriedade da

marca e de continuação da criação das

bases para a expansão futura do negócio.

O ATLANTICO Europa beneficiou da sua

estratégia de nicho de mercado

permanecendo bastante isolado do

enquadramento macroeconómico adverso

de Portugal.

Adicionalmente, e em linha com o

posicionamento do Grupo, o ATLANTICO

Europa introduziu na estratégia novos

segmentos de cliente alvo – affluent e

emerging affluent – passando a focar-se

num mercado de dimensão superior, com

elevado potencial.

Assim, o ano foi marcado pelo forte

crescimento da concessão de crédito que

passou de 24.7 mn EUR em 2011 para 49.4

mn EUR em 2012. Não obstante, o

ATLANTICO Europa manteve uma

abordagem conservadora ao risco, e uma

criteriosa alocação de recursos, pelo que os

níveis de crédito vencido situaram-se abaixo

de 0.5%.

A prudente e eficiente gestão de tesouraria

permitiu multiplicar por 2 a margem

financeira.

O lançamento de novos produtos e serviços

dirigidos a clientes particulares e empresas

a par de uma gestão de liquidez equilibrada

e pautada pelas melhores práticas de

gestão de risco estão na base desta

evolução positiva.

Ao nível operacional, 2012 destaca-se pela

continuação da consolidação dos

mecanismos de controlo interno e

compliance, de gestão de risco e da

plataforma tecnológica.

O ATLANTICO Europa mudou a sede para

um edifício situado numa das zonas mais

privilegiadas de Lisboa, a Avenida da

Liberdade. Em termos de infra-estrutura

logística, as novas instalações permitiram a

abertura do primeiro Centro ATLANTICO

para atendimento dos clientes do segmento

affluent e empresas. Adicionalmente o novo

edifício é dotado de salas de reunião

adequadas ao atendimento de clientes do

segmento private e corporate bem como ao

desenvolvimento de sessões de formação.

Principais Acontecimentos de 2012

Março

ATLANTICO Europa adopta o SAP e adere

ao sistema de créditos SEPA.

Abril

ATLANTICO Europa adere ao Siteme –

Central de Valores do Banco de Portugal

Junho

Início da oferta de Trade Finance

Agosto

Mudança para a nova sede sita na Avenida

da Liberdade 259.

Setembro

Liquidação da primeira operação em

mercado de capitais em Angola, organizada,

e estruturada pelo ATLANTICO Europa e

colocada pelo ATLANTICO em Angola.

Trata-se de uma emissão de obrigações

subordinadas.

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Relatório e Contas 2012

18

Novembro

Conclusão do processo de assessoria

financeira e financiamento do projecto Baia

de Luanda.

Abertura do primeiro Centro ATLANTICO.

Dezembro

A margem financeira do ATLANTICO

Europa passa a barreira dos 6 mn EUR e o

Banco fecha o ano com um lucro de cerca

de 700 mil EUR, correspondente a

resultados líquidos positivos de forma

recorrente em todos os trimestres do ano.

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Relatório e Contas 2012

19

Banca de Investimento

A Banca de Investimento, sendo uma área

de cariz transversal no ATLANTICO, actua

de forma estratégica e conjunta, através das

suas duas geografias, Europa e Angola, com

o objectivo de oferecer aos seus clientes um

serviço de excelência.

Através da plataforma de Portugal, o

ATLANTICO Europa, tem um papel crucial

em operações cross-border, actuando como

elo de ligação para os clientes do

ATLANTICO, que pretendem diversificar

geograficamente a sua carteira de

investimento. Em 2012, o ATLANTICO

Europa, através do serviço integrado e

abrangente, acompanhou clientes, num

conjunto de investimentos estratégicos no

mercado português, com o objectivo de

criar sinergias futuras em ambas as

geografias.

A Banca de Investimento, através do seu

profundo conhecimento dos mercados

onde se posiciona, tem como missão,

contribuir activamente para diversificação

da economia angolana e suportar o

empreendedorismo nacional.

O ano de 2012 foi um ano muito importante

para a unidade de Banca de Investimento

do ATLANTICO Europa.

Assistiu-se a um importante reforço da

equipa, tendo não só crescido em dimensão,

como nas suas competências nas diversas

especializações de serviço. Adicionalmente,

foram criadas plataformas organizativas

importantes, que permitem hoje uma fluidez

de processos e eficiência ao nível de

operações mais significativas.

Foi também um ano relevante no esforço de

desenvolvimento comercial da unidade de

negócio. Foram desenvolvidos ao longo do

ano diversos mandatos, em distintos

sectores de actividade e nas diversas

especializações de serviço: Corporate

Finance, Structured Finance e Capital

Markets.

Relativamente a operações fechadas, conta-

se com a concretização de duas operações

muito estruturantes e inovadoras em

Angola:

No âmbito de assessoria financeira à

Sociedade Baía de Luanda, S.A., em parceria

com o Banco Millennium BCP, o

ATLANTICO Europa participou na

estruturação, montagem e colocação de um

sindicato bancário, no valor de USD 250M,

para o financiamento das obras de infra-

estruturas públicas desenvolvidas na Baía

de Luanda. Esta operação de Structured

Finance, desenvolvida em base non-

recourse (sem recurso a nível de garantias

aos accionistas da sociedade mutuária),

contou com a participação de cinco bancos

da praça nacional: Banco Privado Atlântico,

Banco Millennium Angola e Banco Angolano

de Investimento, na qualidade de Mandate

Lead Arrangers, Banco SOL e Banco Caixa

Geral Totta de Angola, na qualidade de Co-

Líders, e Banco Keve, na qualidade de

Participante.

Financiamento Estruturado

Sindicato Bancário

USD 250.000.000

Mandate Lead Arrangers

- AGOSTO 2012 -

Projecto de Parceria Público-Privada

“Baía de Luanda”

Co-Líderes Participante

Assessores Financeiros

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Relatório e Contas 2012

20

O ATLANTICO Europa assessorou ainda o

Banco Keve, S.A., na estruturação,

montagem da primeira emissão de um

empréstimo obrigacionista subordinado em

Angola. A emissão, no valor de USD 20M, foi

concluída em Setembro de 2012, e foi alvo

de uma colocação integral junto de

subscritores institucionais angolanos, tendo

a procura superado a oferta. O prazo foi de

cinco anos e meio e a taxa de cupão anual

de 11%.

Angola encontra-se numa fase de rápida

transição, fazendo-se notar o impacto desta

tendência em todos os mercados e sectores

de actividade, com relevância não só para o

ATLANTICO como para a equipa de Banca

de Investimento

Torna-se naturalmente um desafio a

concretização de transacções seguindo as

melhores práticas internacionais, num

mercado que ainda se encontra em

maturação em alguns domínios. A

inexistência de mercados regulados de

capitais é também um factor estrutural com

algum impacto nas opções que a Banca de

Investimento pode disponibilizar para as

empresas e investidores em Angola. Por fim,

as restrições que o actual quadro

regulatório impõe ao nível de fluxos de

capitais com o estrangeiro, levantam

também algumas limitações ao acesso que

as empresas angolanas poderiam ter na

obtenção de financiamento e investimento

em praças internacionais.

As oportunidades em 2012 fizeram-se

também sentir, em particular no sector

privado. O sector público, fruto do período

eleitoral que o país viveu, restringiu

naturalmente as decisões a nível de políticas

e empreendimento de projectos, os quais

ficaram condicionados à entrada e tomada

de posse do novo Governo. Foi contudo

visível o dinamismo do sector petrolífero,

assim como das áreas imobiliárias,

distribuição e saúde.

O ano de 2013 perspectiva-se como um ano

intenso, no seguimento da implementação

do programa de Governo no país para o

período de 2013 a 2017. O sector público

propõe-se a desenvolver ou a promover o

desenvolvimento de importantes projectos

em diferentes áreas da actividade

económica, onde a Banca de Investimento

pretende ter um papel muito activo,

designadamente: Agricultura e Pescas ao

nível da instalação de Pólos Agro-Industriais

e no desenvolvimento de portos e terminais

pesqueiros, Geologia e Minas na promoção

e reactivação de projectos de prospecção

mineira, Indústria Transformadora na

promoção de Pólos Industriais nas diversas

províncias, Hotelaria e Turismo na expansão

da rede hoteleira nacional e por último no

sector dos Transportes, no desenvolvimento

dos terminais marítimos, terrestres e aéreos

do país.

Também do lado do sector privado, é

expectável um crescente aumento dos

níveis de investimento e de actividade

económica em Angola. Esta tendência

verificar-se-á não só em entidades

internacionais como entidades

Obrigações subordinadas

Keve 2018

USD 20,000,000

ATLANTICO – CAPITAL MARKETS

Estruturação, Organização e

Colocação

2012

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

21

multinacionais, que começam a considerar o

mercado angolano não só pelo seu

potencial intrínseco, mas também como

plataforma para o desenvolvimento das

suas operações nos mercados da África

Subsaariana.

Em 2013 são esperados também

importantes desenvolvimentos ao nível do

que serão os passos para o lançamento dos

mercados de capitais em Angola. Após um

período de consulta efectuado pela

Comissão de Mercado de Capitais, existe a

perspectiva de entrada em funcionamento,

ainda nesse ano, do mercado de dívida

pública, o que permitirá a abertura de uma

nova plataforma para o desenvolvimento de

transacções de Banca de Investimento e de

soluções alternativas de financiamento para

as empresas do sector público. Este marco

será ainda um importante passo para a

solidificação do caminho de abertura dos

mercados de capitais, quer de dívida

corporativa quer de acções.

Aguarda-se ainda com expectativa a

possível realização, por parte do Estado

Angolano, de uma emissão internacional de

títulos de dívida pública, algo que criaria um

precedente e benchmark relevante para a

estruturação de emissões em praças

internacionais para empresas angolanas.

Private Equity

A actividade do Private Equity, durante o

ano de 2012, centrou-se no

desenvolvimento dos aspectos

organizacionais necessários para levar a

cabo o lançamento do Angola Growth Fund

(“AGF” ou “Fundo”) no mercado.

O AGF é um fundo de Private Equity que

resulta de uma parceria estabelecida entre o

ATLANTICO Europa (através da sua

participada Atlantico Europa Capital Lux,

S.a.r.l., adiante designada por AECL) e a

Compagnie Benjamin de Rothschild.

O AGF, enquanto investidor estrangeiro em

Angola necessita, para o desenvolvimento

da sua actividade neste país, de obter a

aprovação para os investimentos a realizar.

Neste contexto, está em curso o processo

de aprovação da Proposta de Investimento

do AGF pelas autoridades competentes.

Outro dos pilares fundamentais para o

sucesso do lançamento do AGF, tem a ver

com a estratégia de marketing a

implementar, que terá como principal

objectivo dar a conhecer aos investidores

não só o Fundo, mas também o mercado

Angolano, nomeadamente as características

económico-sociais do país e as perspectivas

de crescimento para a próxima década.

Neste âmbito, durante o ano de 2012, o AGF

trabalhou no desenvolvimento da marca e

do logótipo, que servirão para a divulgação

de Angola e dos objectivos do Fundo.

Durante o período deste relatório, o Fundo

manteve uma observação atenta da

evolução macroeconómica e política do

país, por forma a manter o alinhamento com

a sua estratégia de investimento. Foi

efectuado o acompanhamento das

oportunidades de investimento identificadas

no Memorando de Oferta, bem como a

identificação de novas oportunidades com

vista à elaboração de um portofólio de

projectos.

No final do ano, a AECL subscreveu acções

do Angola Growth Fund no montante de

USD 1.630.000. Esta subscrição permitiu

assegurar o cumprimento do requisito da

CSSF (Commission de Surveillance du

Secteur Financier) relativamente ao capital

mínimo subscrito do Fundo.

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Relatório e Contas 2012

22

Banca Relacional e Corporate 2012 continuou a ser pautado pelo

alargamento da base de clientes e

consolidação da actividade de Banca

Relacional, através da construção de

relações estreitas com os clientes, baseadas

em confiança, discrição e na implementação

de soluções adequadas às suas

necessidades específicas.

O ano de 2012 ficou também marcado pelo

alargamento dos segmentos de cliente alvo

do ATLANTICO Europa na área affluent e

emerging affluent, em linha com a estratégia

do ATLANTICO em Angola.

O racional desta expansão reside na

oportunidade de captar clientes da classe

média e emergente, que em primeira

instância beneficiam do forte crescimento e

desenvolvimento económico de Angola.

Banca Corporate

Num contexto fortemente adverso para o

tecido empresarial Português, o

ATLANTICO Europa conseguiu alargar

expressivamente a sua base de Clientes

Corporate. Manteve a estratégia de

privilegiar empresas com actividade em

Angola ou relações comerciais sólidas com

o país.

Não obstante a manutenção de uma política

de concessão de crédito prudente e

selectiva, fortemente focada em relações

comerciais multiproduto que permitam

alavancar a oferta de produtos, o segmento

Corporate do ATLANTICO Europa finalizou

o ano com um acréscimo substancial da

carteira de crédito face ao exercício

anterior.

O ano 2012 pautou-se igualmente por um

incremento sustentado do Produto

Bancário, onde se destaca o acréscimo

significativo das rubricas de comissões e

outros ganhos financeiros, reflectindo o

aumento do número de produtos e serviços

colocados nos Clientes.

Especial realce merecem também as

primeiras operações de Trade Finance

concretizadas no ano em análise. Trata-se

de um produto com elevado potencial, que

vai ao encontro das necessidades das

empresas nas suas trocas comerciais e,

simultaneamente, funciona como

catalisador na angariação de novos

relacionamentos.

Segmento Private

No segmento PRIVATE, o ATLANTICO

Europa reforçou os níveis de serviço de

elevada qualidade, especialmente

vocacionados para clientes angolanos com

interesses económicos no exterior e

particulares e empresas de outras

nacionalidades com efectivos interesses

económicos em Angola.

Uma abordagem patrimonial global, com

oferta de produtos e serviços financeiros e

não financeiros ajustados, numa lógica de

arquitectura aberta, com total

independência e indo ao encontro da

gestão global do património permite que no

ATLANTICO Europa, o cliente Private tenha

acesso aos principais agentes e mercados

de capitais internacionais, encontrando

ainda no Banco o apoio necessário à gestão

dos seus interesses pessoais, patrimoniais

ou empresariais.

No segmento Private um aumento superior

a 50% da base de clientes, a par do

crescimento sustentado do volume de

recursos e de operações de crédito foi

alcançada através do reforço da proposta

de valor para o cliente: qualidade de serviço,

dentro dos princípios da abordagem de

Banca de Relação, com soluções de

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Relatório e Contas 2012

23

investimento e financiamento exclusivas,

adequadas ao perfil de risco, ciclo de vida e

necessidades específicas de cada cliente.

Segmento ATLANTICO

No segmento Affluent, denominado

ATLANTICO ao longo de 2012, o

crescimento da estrutura e reforço da

equipa de Gestores de Cliente permitiu o

reforço da relação com empresários

angolanos, com pequenas e médias

empresas com negócios relacionados com

Portugal, e com empresários e empresas

não angolanos que desenvolvem negócios

em Angola.

A par destes, o segmento manteve o foco

nos clientes particulares upper affluent,

procurando desenvolver relações de grande

proximidade, na oferta de soluções de

financiamento (forte incidência na aquisição

de imóveis) e nas propostas de

investimento tradicionais, procurando

soluções de baixo risco e/ou de garantia do

capital investido.

Esta abordagem ao mercado, assente num

modelo de excelência de Banca de Relação,

permitiu em 2012 que o segmento Affluent

duplicasse a base de clientes, duplicasse o

volume de recursos sob gestão e triplicasse

o volume de crédito concedido.

Destacamos em 2012 a abertura do Centro

Atlântico Sede em Lisboa, em plena

Avenida da Liberdade, onde o cliente, com

um serviço de resposta rápido, pode

efectuar todas as tradicionais operações

bancárias, com a comodidade e rigor

patente nos mais elevados padrões de

qualidade.

Funções de Controlo e Suporte A progressão da actividade nas diferentes

vertentes do negócio do ATLANTICO

Europa teve reflexos relevantes ao nível das

áreas de controlo e suporte do Banco.

O ATLANTICO Europa adere na íntegra às

melhores práticas internacionais e de

regulação aplicáveis à banca e ao sector

financeiro e os serviços que presta pautam-

se pelo Rigor, Sigilo, Segurança nas

Operações e Inovação.

O controlo interno, o compliance e a gestão

de riscos assumem-se como prioridades do

ATLANTICO Europa, e o seu apoio ao

crescimento das áreas de negócio é

fundamental para a sustentabilidade da

instituição no longo prazo.

Auditoria

Durante o exercício de 2012 o ATLANTICO

Europa desenvolveu programas de revisão

focados essencialmente na sustentabilidade

do crescimento do Banco.

Foi atribuída uma importância chave aos

processos e procedimentos associados a

tarefas core, assim como abordados novos

processos resultantes da entrada no

ATLANTICO Europa de novos produtos e

sistemas.

No final de 2012, o ATLANTICO Europa

avaliou novamente os principais riscos do

ponto de vista de auditoria a que o Banco

actualmente estará exposto, garantindo a

adequação dos futuros planos de trabalho à

realidade do Banco.

O ATLANTICO Europa empreendeu

diversas acções de auditoria ao longo de

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Relatório e Contas 2012

24

todo o ano de uma forma continua e

gradual, através de análises transversais ou

apenas a pontos críticos de controlo em

determinados processos, quer da vertente

de negócio quer da vertente de suporte às

operações.

Durante o exercício de 2012 – e recorrendo

ao auxílio de entidades especializadas – foi

efectuada uma avaliação do nível de

segurança da informação e maturidade dos

sistemas informáticos instalados, avaliando

temas desde o acesso a aplicações ou

mesmo a efectividade do Plano de Disaster

Recovery.

Durante o exercício agora terminado, o

Gabinete de Auditoria Interna contribuiu

positivamente para a melhoria da eficiência

e eficácia operacionais das actividades de

controlo associadas aos procedimentos

internos.

Banca Transaccional

Em 2012, em termos operativos, destaca-se

a aposta na eficiência e automatização de

processos associada a actividade da

Direcção de Banca Transaccional, visando a

constante melhoria da qualidade do serviço

prestado aos clientes.

Iniciou-se a oferta de Trade Finance, com

enfoque na área dos créditos

documentários, visando a dinamização do

negócio bilateral entre Portugal e Angola de

comércio internacional.

Quanto ao serviço de banca

correspondente em EUR e USD prestado a

Bancos Angolanos pelo ATLANTICO

Europa, verificou-se um significativo

crescimento no número de operações

processadas, estando em curso um projecto

de desenvolvimento da plataforma

tecnológica que permitirá elevar o padrão

de qualidade dos serviços prestados pelo

Banco nesta área de actividade.

O ATLANTICO Europa concluiu ainda, no 1o

trimestre de 2012, a adesão às

transferências a crédito SEPA,

disponibilizando assim aos seus clientes

mais uma alternativa na execução das suas

operações de pagamento domésticas e

internacionais.

Capital Humano Em 31 de Dezembro de 2012, o ATLANTICO

Europa apresentava um quadro de pessoal

com 73 colaboradores.

Comparativamente a 2011 a estrutura de

pessoal cresceu 46%, representando a maior

variação desde o início da sua actividade.

36 46 50

73

2009 2010 2011 2012

Evolução nº de Colaboradores

Fonte: Gabinete de Capital Humano

49%

51%

Distribuição por género

Homens

Mulheres

Fonte: Gabinete de Capital Humano

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Relatório e Contas 2012

25

Este reforço, em contra ciclo com o cenário

macroeconómico português, reflecte o

crescimento da actividade do Banco e faz

parte da estratégia do ATLANTICO Europa

em capacitar as suas equipas com quadros

qualificados, capazes de dar resposta aos

desafios colocados e às exigências do

mercado.

Manteve-se a aposta na formação e

desenvolvimento dos colaboradores,

implementando programas de formação

com vista à sua capacitação técnica e

comportamental, antecipando necessidades

e criando valor e sustentabilidade à

Instituição. Em 2012 foram realizadas 4.219

horas de formação o que representou uma

média de 57 horas de formação por

colaborador.

O ATLANTICO Europa deu continuidade à

promoção de estágios e integração de

jovens talentos Angolanos, materializando o

compromisso do ATLANTICO Europa em

ser um parceiro estratégico no que

concerne à formação e desenvolvimento de

futuras lideranças, actuantes no sistema

financeiro Angolano. O banco criou

programas de formação específicos,

estruturou acções dirigidas a jovens recém-

licenciados que têm visto no ATLANTICO

Europa uma ponte para o mercado de

trabalho em Angola.

Durante o ano de 2012 foram

proporcionadas 24 oportunidades de

estágio.

A meritocracia e o reconhecimento da

excelência estão a todo o momento

presentes na actividade e assentam numa

política de Avaliação de Desempenho que

se baseia num modelo misto de avaliação

de competências individuais e num

processo de Gestão por Objectivos

operacionalizado pela definição de

Scorecards que permitem o enfoque na

execução da estratégia.

A aferição do contributo individual e das

equipas para os resultados alcançados

permitem a criação de planos de acção com

vista a maximizar a eficiência e à

implementação de sistemas de recompensa

que visam reconhecer e diferenciar os

desempenhos.

O Índice de Satisfação Global resultante do

Estudo de Clima Organizacional de 2012 foi

de 90%, mantendo-se um elevado nível de

satisfação por parte dos colaboradores nas

várias dimensões auscultadas.

20

31

15

7

0

10

20

30

40

< 30 anos 30-40 40-50 > 50

Distribuição dos colaboradores por faixa etária

Fonte: Gabinete de Capital Humano

76%

90% 90%

10%

30%

50%

70%

90%

110%

2010 2011 2012

Indice de Satisfação Global

Fonte: Gabinete de Capital

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Relatório e Contas 2012

26

Compliance

O ano de 2012 foi marcado pela revisão e

implementação de algumas políticas e

procedimentos no âmbito da função do

Compliance para acolher as novas

recomendações da EBA – European

Banking Authority a nível do governo

interno das instituições financeiras.

Foi também reforçado o enfoque no sentido

de revisitar os aspectos de monitorização

de operações e controlo no âmbito da

prevenção de branqueamento de capitais e

combate ao financiamento de terrorismo,

tendo por base as novas obrigações

implementadas pelas autoridades locais

(Banco de Portugal) nesta matéria, bem

como as recomendações emitidas pelas

entidades internacionais.

O Gabinete de Compliance deu

continuidade às suas responsabilidades

como um pilar do sistema do controlo

interno, no sentido da detecção de

eventuais situações de risco, e com um

objectivo comum de tornar o sistema de

controlo interno do Banco mais sólido e

mais integrado no seu funcionamento.

Foi dada a devida continuidade à formação

de colaboradores, nomeadamente os

recém-admitidos, nas áreas de prevenção

de branqueamento de capitais e combate

ao financiamento de terrorismo.

Contabilidade e Controlo de

Gestão

O aumento de volume e a crescente

sofisticação da actividade levaram a que ao

longo de 2012 a função Contabilidade e

Controlo de Gestão tenha continuado a

desenvolver e implementado um conjunto

de novos processos tendo em vista quer a

adequada relevação contabilística da

actividade quer a produção de informação

de gestão exacta, fidedigna e atempada.

Em 2012 foi concluída a implementação do

SAP com o objectivo de melhorar a

eficiência da mesma e exponenciar a

qualidade da informação de gestão.

Investor Relations

A Direcção de Investor Relations é uma

direcção que tem por objectivo apoiar o

ATLANTICO Europa a relacionar-se com o

universo de contrapartes e demais

investidores institucionais.

Em 2012 a actividade de relacionamento

com investidores desenvolveu-se em duas

linhas distintas.

Por um lado, o ATLANTICO Europa

continuou o seu processo de diversificação

do universo de contrapartes de relação,

tendo como base os mercados geográficos

de interesse e as necessidades em termos

de produtos dos clientes.

No final do ano, o ATLANTICO Europa

contava com um leque de correspondentes

e contrapartes baseados em todos os

continentes do mundo à excepção da

Oceânia.

Por outro lado, a área de relacionamento

com investidores iniciou a actividade

comercial a clientes institucionais,

capitalizando na gama crescente de

produtos e serviços oferecidos pelo banco e

no relacionamento privilegiado com Angola.

A Direcção de Relacionamento com

Investidores foi uma das peças lapidardes

na organização, montagem e colocação da

primeira emissão obrigacionista em

mercado Angolano.

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Relatório e Contas 2012

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Jurídico

O Gabinete Jurídico assume-se como área

de assessoria da administração e de apoio à

actividade do Banco pautando-se por

princípios de objectividade, rigor, clareza de

discurso, tempestividade na resposta,

colaboração e trabalho de equipa.

A sua actividade centra-se, nomeadamente,

no seguinte:

- assessoria à administração e às unidades

orgânicas do Banco;

- elaboração e revisão de contratos;

- elaboração de pareceres, nomeadamente

no âmbito da abertura de novas contas e

em operações de crédito;

- elaboração de documentos e minutas

várias;

- avaliação de novos produtos;

- elaboração e revisão de políticas internas;

- divulgação de informação jurídica;

- promoção de formações internas de

carácter técnico.

Em 2012 o Gabinete Jurídico desenvolveu

um conjunto de iniciativas relevantes para o

desenvolvimento da actividade da

instituição, das quais se destacam a

produção de várias informações sobre

alterações do ambiente regulatório e outros

temas de interesse para a actividade e a

divulgação regular de um newsletter

jurídico.

O Gabinete Jurídico desempenhou um

papel assinalável na formação interna de

colaboradores, quer pela realização de um

conjunto de formações internas sobre

temas vários da actividade financeira, quer

pela integração na equipa de jovens

quadros para fazerem formação on Job.

Mercados Financeiros

A Direcção de Mercados Financeiros, ao

longo de 2012 deu continuidade aos seus

principais objectivos de concretização de

operações de clientes e gestão dos activos

e passivos do banco.

A gestão diária da liquidez da instituição foi

reforçada com a adesão da instituição ao

Siteme e consequente participação nas

operações regulares de mercado aberto do

Eurosistema.

A Direcção de Mercados Financeiros actuou

nos principais mercados, e alocou mais

recursos ao mercado de Renda Fixa com a

aquisição de activos de risco soberano e

corporate de curto e médio prazo numa

combinação risco/retorno adaptado à

instituição e ao seu balanço.

No corrente ano, com o reforço da carteira

de activos de Renda Fixa a Direcção de

Mercados Financeiros contribuiu para

alargar a margem entre activo e passivo.

Produtos e Research

O Gabinete de Produtos e Research (GPR)

foi criado com base no pressuposto de que

a oferta de produtos e serviços financeiros

inovadores e geradores de valor para os

Clientes constitui uma alavanca de

diferenciação fundamental para cumprir os

objectivos de crescimento futuro do

ATLANTICO Europa.

A sua missão prende-se com um dos

objectivos do Banco de ser líder na

inovação da oferta e na qualidade de

serviço ao seu Cliente. O GPR pretende ser

a fábrica de Produtos e Serviços do

ATLANTICO Europa, contribuindo para uma

oferta diversificada, inovadora e que vá de

encontro às necessidades e exigências dos

nossos Clientes. Adicionalmente, pretende

ser o padrão de excelência na produção de

Research, contribuindo com informação

económica e financeira especializada e

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Relatório e Contas 2012

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diversificada que auxilie os Clientes na

tomada de decisão.

O GPR é o órgão responsável pela criação,

dinamização e manutenção da oferta de

produtos e serviços do ATLANTICO Europa,

produção de Research especializado,

manutenção dos preçários e suporte às

áreas de negócios, entre outras.

Sistemas de Informação

Em 2012, o Gabinete de Tecnologias de

Informação teve um papel preponderante

no desenvolvimento de aplicativos que, por

um lado, permitem melhorar a eficiência

operacional e mitigar o risco, e, por outro,

são ferramentas indispensáveis na

prestação de um serviço de qualidade aos

clientes do ATLANTICO Europa.

De realçar a interacção e participação na

elaboração do projecto de Segurança de

Sistemas de Informação com a aplicação de

algumas medidas com road map definido.

Foram também desenvolvidos novos

módulos SAP, ferramenta indispensável em

termos de contabilidade e informação de

gestão.

Em 2012 foi mantida uma ligação estreita

com o ATLANTICO em Angola através da

instalação de uma solução de backup, VSAT

que permite melhorar a comunicação entre

as duas geografias, nomeadamente quando

a linha dedicada Lisboa- Luanda não está

activa.

Património,

Aprovisionamento e Serviços

No decorrer do terceiro trimestre do

exercício de 2012, acompanhando o

crescimento e diversificação da actividade

do ATLANTICO Europa e a par da mudança

física de instalações, foi criada a área de

Património, Aprovisionamento e Serviços

que tem como missão a gestão dos

requisitos logísticos e de recursos materiais

necessários ao desenvolvimento da

actividade do Banco, incluindo imóveis,

veículos e mobiliário.

O Gabinete de Património, Aprovisionamento

e Serviços (GPAS) garantiu actividades de

gestão do edifício-Sede, assim como de

várias iniciativas relacionadas com o

fornecimento de bens materiais e

prestações de serviços indispensáveis ao

funcionamento da actividade, de que são

exemplo os serviços de higiene e limpeza,

de segurança e de manutenção e condução

das instalações.

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Relatório e Contas 2012

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Análise Financeira O ano de 2012 foi um ano de reforço actividade para o ATLANTICO Europa, o qual, num

contexto económico adverso, se caracterizou por:

primeiro exercício completo com resultados positivos

reforço da base de clientes com recursos

duplicação da carteira de crédito, com cobertura por garantias reais de 72%

lançamento de operações de Trade Finance com clientes Corporate e Institucionais;

reforço do programa de formação de jovens quadros

implementação do SAP na Contabilidade e Controlo de Gestão.

Principais Indicadores (m Euros)

2011 2012 Variação

Absoluta

Var. %

12/ 1 1

Activo Liquido Total 298.808 326.182 27.374 9,2%

Volume de Negócios 302.793 237.691 (65.102) -21,5%

Crédito a clientes 25.017 49.786 24.769 99,0%

Recursos de Clientes On Balance 251.312 146.098 (105.214) -41,9%

Recursos de Clientes Off Balance 25.722 35.841 10.119 39,3%

Garantias 742 808 66 8,9%

Crédito documentário - 5.158 5.158 n.a.

Volume de Negócios por Colaborador 6.056 3.256 (2.800) -46,2%

Rácio de Transformação 10,0% 34,1%

Rácio Crédito Vendido /Crédito a clientes 0% 0%

Rácio Provisões/Crédito a clientes 1,7% 1,6%

Produto Bancário 6.725 12.200 5.475 81,4%

Dos quais:

Margem Financeira 2.774 6.449 3.675 132,5%

Comissões Op Bancarias e Interm. Fin. 1.179 816 (362) -30,7%

Comissões Banca de Investimento 2.557 3.285 728 28,5%

Ganhos e perdas de Operações Financeiras 216 1.650 1.434 664,5%

Produto Bancário por Colaborador 135 167 33 24,3%

Resultado do Exercicio (1.403) 701 2.104 150,0%

Cost to Income (2) 114,1% 81,5%

Situação Liquida 45.927 48.450 2.523 5,5%

Fundos Próprios Base 45.215 44.435 (780) -1,7%

Requisitos para Fundos Próprios 9.799 10.698 899 9,2%

RWA 122.488 133.725 11.238 9,2%

Rácio de Solvabilidade 36,9% 33,2%

ROA -0,5% 0,2%

ROE -3,1% 1,5%

Número de Clientes 446 732 286 64,1%

Número de Colaboradores 50 73 23 46,0%

1) para o período desde o inicio de actividade, a 22 de Junho, até 31 de Dezembro

2) Custos Operacionais / Proveitos Operacionais

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Relatório e Contas 2012

30

Análise de Resultados O ATLANTICO Europa encerrou o ano de 2012 com um resultado positivo antes de impostos de

1.250 milhares de Euros, representando uma melhoria de 150% face aos resultados de 2011.

A seguir descrevemos de uma forma sucinta as diversas rubricas da Demonstração de

Resultados:

Juros e Proveitos Equiparados 116 673 3.869 8.948 5.078 131%

Juros e Custos Equiparados (9) (304) (1.095) (2.498) (1.403) 128%

Margem Financeira 107 369 2.774 6.449 3.675 132%

em % do Produto Bancário 6,2% 7,1% 41,2% 52,9%

Comissões recebidas - 136 1.282 928 (354) -28%

Comissões pagas (2) (71) (104) (112) (9) 8%

Resultados de activos financeiros 5 0 1.396 (13) (1.409) -101%

Resultados cambiais - 109 (1.180) 1.663 2.843 -241%

Outros resultados de exploração 1.612 4.682 2.557 3.285 728 28%

Produto Bancário 1 .722 5.225 6.725 12.200 5.474 81%

Custos com Pessoal (1.706) (3.397) (3.841) (4.667) (826) 22%

Outros custos operacionais (1.335) (3.398) (3.831) (5.200) (1.369) 36%

Amortizações (125) (341) (351) (736) (385) 110%

Custos de Estrutura (3. 166) (7. 136) (8.023) (10.603) (2.580) 32%

Resultados Operacionais (1 .444) (1 .91 1) ( 1 .298) 1 .597 2.895 223%

Provisões para Riscos de Crédito (40) (18) (378) (347) 31 -8%

Resultado Antes de Impostos (1 .484) (1 .930) (1 .676) 1 .250 2.925 175%

Impostos do Exercício 309 435 273 (549) (822) -301%

Correntes (7) (102) (87) (300) (213) 245%

Diferidos 316 538 360 (249) (608) -169%

Resultado Líquido do Exercício (1 . 175) (1 .494) (1 .403) 701 2. 103 150%

1) apenas 5 meses de actividade

(m Euros)

Demonstração de Resultados 2009 1 2010

Variação

AbsolutaVar. YoY20122011

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

31

Margem Financeira (m Euros)

A Margem Financeira aumentou 132%,

reflectindo não só uma política de

gestão de liquidez mais activa,

mantendo os padrões de risco

moderado da instituição, representando

52,9% do Produto Bancário, como

também o incremento substancial do

crédito concedido (Nota 3.22)

Margem Complementar (m Euros)

A Margem Complementar aumentou

46% face a 2011, reflectindo o retomar

da actividade de Banca de Investimento

e uma maior actividade de carteira

própria. (Nota 3.23, 3.24 e 3.25).

Produto Bancário (m Euros)

O Produto Bancário aumentou 80% face

a 2011.

Custos de Estrutura (m Euros)

Os custos de estrutura aumentaram

32%, resultado principalmente de:

Outros Custos Operacionais -

aumentaram 36%, decorrentes do

contínuo plano de investimento na

plataforma tecnológica, nomeadamente

da componente de serviços externos e

dos projectos de internacionalização.

Amortizações - aumentaram 110%,

reflectindo o investimento efectuado com

a mudança para a nova Sede e o custo

extraordinário da saída das instalações

anteriores.

3.869

8.948

(1.095)

(2.498)

369

2.774

6.449

2010 2011 2012

Juros e Proveitos Equiparados Juros e Custos Equiparados

1.282 928(104) (112)

1.396

109

(1.180)

1.663

4.682

2.5573.285

4.856

3.951

5.750

2010 2011 2012

Comissões recebidas Comissões pagas

Resultados cambiais Outros resultados de exploração

369

2.774

6.4494.856

3.951

5.750

1.722

5.225

6.725

12.200

2009 2010 2011 2012

Margem Financeira Margem Complementar

3.3973.841

4.667

3.398

3.831

5.200341

351

736

7.136

8.023

10.603

2010 2011 2012

Custos com Pessoal Outros custos operacionais Amortizações

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

32

Custos com pessoal - aumentaram 22%,

consequência do contínuo reforço da

equipa do Banco e dos dois programas

de formação de jovens quadros

iniciados em 2013. (Nota 3.26). O custo

médio com pessoal por Colaborador

diminuiu 17% em relação a 2011.

Colaboradores Vs Custo com Pessoal

Produto Bancário e Custos Operacionais Vs Colaboradores (m Euros)

10 1118

3639

55

2010 2011 2012

Colaboradores em formação Colaboradores Banco

73,8576,82

63,944650

73

2010 2011 2012

Custo com pessoal por Colaborador (m Euros) Colaborabores

145,14

172,44

220,02

147,72

153,44

135,16

2010 2011 2012

Produto Bancário / Colaborador (sem estagiários)

Custos Operacionais / Colaborador (com estagiários)

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Relatório e Contas 2012

33

Análise do Balanço O ATLANTICO Europa encerrou o ano de 2012 com um activo líquido total de 326.182m Euros e

um volume de negócios de 237.691m Euros representando um decréscimo de 21,4% face ao

período homólogo.

Em 2012 o ATLANTICO Europa continuou a expandir a sua oferta de produtos e serviços,

elevando os Recursos Off Balance dos clientes para 35.841m Euros.

ACTIVO

Disponibilidades 2.117 1.605 145 228 83 57%

Disponibilidades em Bancos Centrais - 855 2.947 5.844 2.896 98%

Crédito s/ Instituições Financeiras 24.413 33.846 105.319 68.831 (36.488) -35%

Crédito Concedido a Clientes líquido 6.141 12.594 24.745 49.410 24.666 100%

Activos financeiros ao justo valor através de resultados 0 0 1.315 0 (1.315) -100%

Activos financeiros disponiveis para venda - 4.961 0 189.140 189.140 n.a.

Investimentos detidos até a maturidade - 9.932 154.819 0 (154.819) -100%

Activos Intangiveis 190 572 712 527 (185) -26%

Outros Activos Tangiveis 792 897 849 4.467 3.618 426%

Investimentos em filiais, associadas - 50 55 315 260 473%

Activos por Impostos 316 855 1.225 988 (238) -19%

Outros Activos 175 2.009 6.675 6.431 (244) -4%

TOTAL DO ACTIVO 34. 143 68. 177 298.808 326. 182 27.374 9%

PASSIVO

Recursos de Bancos Centrais - - - 127.033 127.033 n.a.

Recursos de Clientes 11.921 25.398 224.842 88.312 (136.530) -61%

Recursos de Instituições de Crédito 2.260 21.730 26.470 58.549 32.078 121%

Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - - - 827 827 n.a.

Provisões para riscos de crédito - 59 165 302 138 84%

Passivos por Impostos 7 102 72 832 760 1062%

Outros Passivos 1.879 1.569 1.332 1.877 545 41%

TOTAL DO PASSIVO 16.068 48.857 252.880 277.732 24.851 10%

SITUAÇÃO LÍQUIDA

Capital 18.000 18.000 50.000 50.000 - 0%

Outros Instrumentos de Capital 1.250 4.000 - - - n.a.

Reservas de Reavaliação - (11) - 1.822 1.822 n.a.

Reservas Livres - (1.175) (2.670) (4.073) (1.403) 53%

Resultado Líquido (1.175) (1.495) (1.403) 701 2.104 150%

TOTAL DA SITUAÇÃO LÍQUIDA 18.075 19.320 45.927 48.450 2.523 5%

TOTAL DO PASSIVO E DA SITUAÇÃO LÍQUIDA 34. 143 68. 177 298.808 326. 182 27.374 9%

Off Balance Sheet - 13.079 25.722 35.841 10.119 39%

Garantias Prestadas - 150 742 808 66 9%

1) para o período desde o inicio de actividade, a 22 de Junho, até 31 de Dezembro

(m Euros)

Balanço 2009 1 2010

Variação

AbsolutaVar YoY2012 2011

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Relatório e Contas 2012

34

O ATLANTICO Europa encerrou o ano de

2012 com um activo líquido total de

326.182m Euros. Num enquadramento

económico difícil, o Banco optou por

Política de gestão de liquidez mais activa,

mantendo os padrões de risco moderado da

instituição.

No final de 2012 o Crédito a Clientes

representava 15,1% do Activo Total, estando

mais de 50% dos Activos aplicados em

Activos Financeiros e 23% em

Disponibilidades em outras instituições

financeiras (Nota 3.1 a 3.12).

Crédito a Clientes

A Carteira de Crédito cresceu 100% em

2012, ascendendo a 49.410m Euros,

verificando-se um incremento dos principais

destinatários das operações de crédito para

não residentes (Nota 3.5).

A composição da Carteira de Crédito

encontra-se predominantemente

denominada em Euros (62% do total do

crédito).

As operações de crédito vivas a 31 de

Dezembro de 2012 caracterizam-se por

serem operações de créditos de

curto/médio prazo, estando 72% das

mesmas cobertas com garantias reais.

No final de 2012 o crédito vencido, ascendia

a 0,4% do crédito concedido, tendo sido

totalmente regularizado no primeiro

trimestre de 2013. As provisões existentes

visam cobrir essencialmente, os Riscos

Gerais de Crédito e o Risco País (Nota 3.16)

relativos aos créditos que não se

encontravam totalmente colaterizados.

Recursos de Clientes e Instituições de Crédito

No final de 2012 os Recursos de Clientes,

representam 45% do total do Passivo e

Capitais Próprios.

23,0%

58,0%

15,1%

3,9%

Activo

Disponibilidades em outras IF

Activos Financeiros

Crédito a Clientes

Participações, imobilizado e outros

35%

52%44%

69%

65%

48%56%

31%

2009 2010 2011 2012

Não Residentes Residentes

12.515

25.017

49.786

0,5%

1,7%

1,6%

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

2,5%

3,0%

3,5%

4,0%

4,5%

5,0%

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

2010 2011 2012

Crédito a clientes Rácio Provisões/Crédito a clientes

38,9%

17,9%

27,1%

1,2%

14,9%

Passivo e Capitais Próprios

Recursos de Bancos Centrais

Recursos de IF

Depósitos de Clientes

Outros Passivos

Capital Próprio

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Relatório e Contas 2012

35

Produtividade e Eficiência

O rácio cost to income diminuiu 32 p.p.,

continuando a tendência já iniciada em

2010.

O indicador “Custos operacionais/Activo

Liquido médio” teve uma ligeira diminuição

em 2012.

O valor dos activos por empregado

diminuiu 25%.

Cost to Income 176,6% 133,6% 114,1% 81,5% -32,6 p.p.

Custo Operacional/Activo Liquido Médio 9,3% 10,5% 3,5% 3,3% -0,3 p.p

Activos Totais por Colaborador 950 1.482 5.976 4.469 -25%

2009 2010 2011 Variação 2012

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Relatório e Contas 2012

36

Capital

O Capital Próprio do ATLANTICO Europa,

ascendia a 48.450m Euros, no final de 2012,

o que corresponde a um aumento de 5% em

relação a Dezembro de 2011.

Os principais factores que contribuíram

para esta evolução são os seguintes:

Com impacto positivo:

O resultado positivo do exercício de

2012 de 701m Euros

A variação positiva da reserva da

carteira de activos financeiros

disponíveis para venda

Evolução do Capital Próprio

(m Euros)

Rácios de Capital

O rácio de capital no final de 2012 ascendia

a 33,2%, o que corresponde a uma

diminuição de 4 p.p. face a 2011. Estes níveis

de rácios e de evolução são ainda

característicos de uma instituição financeira

em início de actividade e com rácios de

transformação ainda muito baixos.

Requisitos de Fundos Próprios

(m Euros)

A progressão negativa do rácio de capital

reflecte o aumento dos requisitos de fundos

próprios.

No final de 2012, os fundos próprios de base

ascendiam a 44.435m Euros, sendo 2%

inferiores em relação a Dezembro de 2011,

esta situação resultou da obrigação da

inclusão dos Impostos diferidos activos por

parte do Banco de Portugal, no cálculo dos

Fundos Próprios.

Rácio de requisitos de Fundos Próprios De acordo com as normas do Banco de Portugal

(m Euros)

2011 2012

Capital Próprio no in icio do

ano

19.320 45.927

Capital 32.000 -

Outros Instrumentos de Capital (4.000) -

Reservas de Reavaliação 11 1.822

Reservas Livres - -

Resultado Líquido (1.403) 701

Capital Próprio no fim do

ano45.927 48.450

1.101

8.315

9.497

1.075

992

1.400

9.799

10.698

2010 2011 2012

Risco Operacional

Riscos de posição cambiais

Risco de Liquidação

Risco de Crédito

Capital Realizado 50.000 50.000

A acrescer:

Outros Instrumentos Equiparáveis a Capital 0 0

0 0

A deduzir:

Resultados do ano anterior (2.670) (4.073)

Resultados Provisórios do Exercicio em curso (1.403) -

Activos Intangiveis (712) (527)

Impostos diferidos activos não aceites - (965)

(4.785) (5.565)

Fundos Próprios Base 45 .215 44.435

Fundos Próprios Complementares - Upper Tier 2 - -

Total Fundos Próprios 45.215 44.435

Requisitos Totais 9.799 10.698

Activos Ponderados pelo Risco 122.488 133.725

Rácio de Requisito de Fundos Próprios 36,9% 33,2%

Tier I 36,9% 33,2%

Tier II 0,0% 0,0%

20122011Fundos Próprios

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

37

Gestão de Risco

Estando o ATLANTICO Europa num

processo de crescimento acentuado da sua

actividade comercial, a gestão de risco

representa um pilar central na

implementação da visão e estratégia do

Banco.

A função de gestão do risco no ATLANTICO

Europa é da responsabilidade do Conselho

de Administração, sendo a Direcção de

Risco a estrutura orgânica responsável pela

sua assessoria e pela implementação

operacional do sistema de gestão do risco

do Banco.

Este sistema de gestão do risco assenta

num conjunto integrado de políticas e

processos, que incluem procedimentos,

limites, controlos e sistemas, com o

objectivo de identificar, avaliar, monitorizar,

controlar e reportar os riscos em

permanência.

Estas políticas e processos consideram

todos os riscos relevantes para a actividade

desenvolvida no Banco, com base no

Modelo de Avaliação de Risco (MAR) do

Banco de Portugal.

Os objectivos da Direcção de Risco passam

assim, fundamentalmente, por acompanhar

a adequação e eficácia da gestão do risco

nas várias actividades do Banco e promover

medidas necessárias à sua melhoria e

evolução, por identificar, avaliar e

monitorizar todos os riscos relevantes e

controlar o seu enquadramento nos limites

definidos pelo Banco, por validar

periodicamente os modelos e as

metodologias de avaliação do risco

utilizados, bem como a informação de base

neles considerada, e também por

documentar adequadamente os processos

associados à sua área intervenção.

Neste enquadramento, a actividade da

Direcção de Risco engloba, entre outras, as

seguintes iniciativas:

Garantir a identificação tempestiva dos

riscos, com particular enfoque nas

alterações ao perfil de risco decorrentes

de novos produtos e mercados

geográficos ou de mudanças

significativas no padrão de

comportamento de diferentes factores

de risco e exposições em carteira;

Efectuar a avaliação dos riscos com base

em análises quantitativas e qualitativas,

utilizando fontes de informação

fidedignas e métodos de cálculo

robustos e consistentes;

Realizar regularmente testes de esforço

(stress tests), com vista a avaliar a

robustez e resiliência do Banco num

ambiente adverso;

Monitorizar e reportar os riscos através

do estabelecimento de limites prudentes

para os riscos relevantes, da definição de

indicadores de alerta para os principais

riscos da Instituição, incorporando essa

informação em relatórios periódicos de

informação de gestão, e da concepção e

implementação de planos de

continuidade de negócio incidindo sobre

os sistemas de informação, as infra-

estruturas físicas e os recursos humanos.

Em 2012, o perfil de risco do Banco

manteve-se alinhado com o definido no ano

anterior, tendo existido um aumento da

diversificação dos investimentos quer em

termos de maturidades, quer em termos de

contrapartes, reduzindo consequentemente

o risco de concentração do balanço.

Para assegurar a aceitação e monitorização

do risco no ATLANTICO Europa existem

dois Comités: o Comité de Crédito e o

Comité ALCO que englobam os processos

de análise e monitorização das principais

exposições, e asseguram a decisão

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Relatório e Contas 2012

38

consciente e informada de aceitação de

novas exposições ao risco para o Banco.

O modelo de governance da gestão do

risco não sofreu alterações face ao ano

anterior, mantendo-se quer as

responsabilidades e atribuições, quer a

tipologia de interacções com outras

unidades de estrutura, internas e externas.

Procedeu-se, contudo, a um

aperfeiçoamento do nível de formalização

das políticas e processos de gestão do risco,

considerando os devidos ajustamentos, no

sentido de os adequar à evolução

perspectivada para os anos subsequentes, e

alinhando-os, quer com os objectivos

estratégicos traçados, quer com a sua

dimensão e complexidade do Banco, actual

e futura.

Procedeu-se igualmente a um reforço do

número de colaboradores da Direcção de

Risco no sentido de a capacitar com os

recursos humanos suficientes para a

persecução dos seus objectivos.

Para 2013, o ATLANTICO Europa

perspectiva continuar a reforçar o nível de

formalização dos processos de gestão do

risco e a robustecer as ferramentas de

identificação, avaliação, monitorização e

reporte existentes.

Considerando a estratégia para a evolução

da actividade, o Banco compreende a

criticidade de assegurar que o seu sistema

de gestão do risco se encontra definido de

forma transversal, baseando-se num perfil

de risco que englobe os novos factores de

risco a que estará exposto, e abrangendo

metodologias e ferramentas adequadas

para a modelização e quantificação de

impactos sobre os níveis de solvabilidade e

liquidez da Instituição, de uma forma

consolidada.

Nesse contexto, o Banco irá realizar um

investimento na melhoria das metodologias

e ferramentas de gestão do risco, prevendo-

se, entre outras, iniciativas para reforçar os

seus mecanismos de monitorização e

quantificação do risco operacional, os seus

modelos de capital económico, e os seus

modelos de acompanhamento e reporte.

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Relatório e Contas 2012

39

DECLARAÇÃO SOBRE A POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DO

BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.

I. INTRODUÇÃO

1. Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 2.º, n.º 1 da Lei n.º 28/2009, de 19 de

Junho, constitui dever do órgão de administração ou, caso exista, da comissão de

remunerações das instituições de crédito, submeter, anualmente, à apreciação e

aprovação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remuneração dos

membros dos respectivos órgãos de administração e fiscalização (doravante a

“Declaração”), incluindo a informação prevista nesse diploma e bem assim a informação

prevista no artigo 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011.

2. Servindo esse propósito, a presente Declaração foi elaborada em conformidade com os

referidos diplomas e bem assim com os princípios contemplados na recomendação da

Comissão Europeia, de 30 de Abril de 2009, relativa às políticas de remuneração no

sector dos serviços financeiros e às orientações sobre políticas e práticas remuneratórias

publicadas pelo Committee of European Banking Supervisors (“CEBS”) posteriormente

endossadas pela European Banking Authority (“EBA”).

3. Neste contexto, em cumprimento daqueles dispositivos, no quadro de reforço da

transparência no processo de fixação de remunerações, o Conselho de Administração do

Banco Privado Atlântico – Europa, S.A. (doravante “ATLANTICO Europa” ou “Banco”)

submete à aprovação da Assembleia Geral Anual de Accionistas a presente Declaração.

II. NORMAS ESTATUTÁRIAS

1. O artigo 35.º dos Estatutos do Banco estabelece que as remunerações dos membros dos

órgãos sociais sejam determinadas por uma comissão de remunerações composta por

três accionistas e eleita em Assembleia Geral.

2. O mesmo artigo dos Estatutos da sociedade determina que as remunerações dos

membros do Conselho de Administração podem ser constituídas por uma parte fixa e

por uma parte variável, traduzida numa participação que não exceda os 10% dos lucros

do exercício. A remuneração fixa auferida pelos membros do Conselho de Administração

pode ser diversa entre eles.

3. De acordo com os estatutos do Banco compete também à comissão de remunerações a

fixação das condições de atribuição de reformas aos administradores executivos.

4. Releve-se que a totalidade das acções representativas do capital social do ATLANTICO

Europa se encontra presentemente concentrada na esfera de um único accionista e,

nessa medida, a Comissão de Remunerações não foi constituída e não se encontra em

funcionamento.

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Relatório e Contas 2012

40

III. INFORMAÇÃO SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES

A Política de Remunerações do ATLANTICO Europa reflecte o compromisso firme desta

Instituição de convergir com as melhores e mais recentes práticas e tendências, nacionais e

internacionais, de corporate governance no sector financeiro, direcionando-se para a

criação de valor, a longo prazo, suportando a implementação de uma estratégia de

crescimento sustentado e permitindo a convergência dos interesses dos membros dos

órgãos sociais com os interesses societários. A consecução de tal objectivo - conforme

adiante se detalhará - assenta em determinados vectores-chave legalmente reconhecidos

como aptos para tais efeitos, como sejam:

a) a atribuição de uma componente fixa representativa da parte significativa da

remuneração global;

b) a sujeição da atribuição da componente variável da remuneração à prévia realização

de processo de avaliação de desempenho, num quadro plurianual, de acordo com

os critérios de avaliação pré-determinados e mensuráveis;

c) o diferimento de uma proporção da retribuição variável por um período temporal

que tenha em conta o ciclo económico do Banco e os seus riscos de negócio;

d) a subordinação do pagamento da remuneração variável, incluindo da parte diferida,

à manutenção da sustentabilidade da situação financeira do Banco.

IV. INFORMAÇÃO SOBRE A POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE

ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 16 DO AVISO 10/2011 DO BANCO DE

PORTUGAL

A) PRINCÍPIOS GERAIS

(i) Processo de definição da política de remuneração: A preparação da Política de

Remunerações resulta de um processo participado pelo que integra pessoas com

independência funcional e capacidade técnica adequada, da área de capital humano

(Gabinete de Capital Humano) da área de apoio jurídico (Gabinete Jurídico) e das

unidades responsáveis pelas funções de controlo interno, assim como peritos externos.

Uma vez concluída a fase de elaboração da Política de Remunerações, a mesma foi

submetida à aprovação do Conselho de Administração, na parte respeitante à

remuneração dos Colaboradores e à aprovação da Assembleia Geral, na parte

respeitante à remuneração dos membros do órgão de administração e do órgão de

fiscalização.

(ii) Elementos que integram a componente variável: Tendo presente o disposto na alínea r)

do n.º 24 do anexo ao Decreto-Lei n.º 104/2007, de 3 de Abril, na redacção introduzida

pelo Decreto-Lei n.º 88/2011 – que sujeita o pagamento de pelo menos 50% (cinquenta

por cento) da remuneração variável através acções, instrumentos equivalentes ou

outros instrumentos financeiros representativos de capital da Instituição – e atendendo

ao facto do ATLANTICO Europa não dispor, em carteira, nem ser emitente, até à data,

de instrumentos de tal natureza, nomeadamente em virtude da sua dimensão e estádio

de actividade, tendo presente os princípios de adequação e proporcionalidade, a

remuneração variável que possa vir futuramente a ser atribuída aos administradores

executivos assenta na respectiva participação nos lucros da Instituição, dentro dos

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Relatório e Contas 2012

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limites previstos nos estatutos do Banco, assim logrando compatibilizar os interesses

objectivos dos administradores executivos com os interesses a longo prazo da

Instituição. O ATLANTICO Europa reserva-se, contudo, no direito de, por deliberação

do órgão social competente poder consubstanciar parte da remuneração variável em

acções ou instrumentos financeiros, emitidos pela Instituição, em termos a regular

oportunamente, sendo esse o caso. No que respeita ao diferimento do pagamento da

remuneração variável, previsto no ponto 24 do anexo ao Decreto-Lei n.º 104/2007, de

3 de Abril, na redacção introduzida pelo Decreto-Lei n.º 88/2011, de 20 de Julho, o

mesmo terá lugar relativamente ao exercício de 2012, repercutindo-se sobre a

remuneração variável a atribuir em 2013.

B) REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS EXECUTIVOS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

(a) Os órgãos competentes da instituição para realizar a avaliação de desempenho

individual

A avaliação de desempenho individual dos administradores executivos é efectuada

pela Assembleia Geral.

(b) Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se

baseia o direito a uma componente variável da remuneração

A atribuição da componente variável da remuneração para os administradores

executivos terá por referência, entre os demais factores aqui previstos, os seguintes

critérios de avaliação, previstos na Política de Avaliação de Desempenho anexa à

presente Declaração e que dela faz parte integrante:

(i) concretização de objectivos individuais e institucionais relacionados com a

actividade do Banco;

(ii) dedicação, qualidade, capacidade de trabalho, conhecimento do negócio e

contributo para a imagem e reputação da Instituição;

(iii) real crescimento da Instituição;

(iv) riqueza efectivamente criada para os accionistas;

(v) implementação de medidas com vista à protecção dos interesses dos clientes

e dos investidores;

(vi) sustentabilidade a longo prazo da instituição;

(vii) extensão dos riscos assumidos;

(viii) cumprimento das regras aplicáveis à actividade da Instituição;

(c) A importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração, assim

como os limites máximos para cada componente

A componente da remuneração fixa é, paga numa base de 14 meses/ano,

determinada tendo por base o posicionamento competitivo do Banco face ao

universo de empresas de referência nacional com características semelhantes a este.

A remuneração fixa anual do conjunto dos Administradores Executivos representa

70% da remuneração global anual.

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A componente variável da remuneração obedecerá aos limites que forem fixados

anualmente pela Assembleia Geral do Banco, não devendo representar uma

proporção superior a 30% (trinta por cento) da remuneração total. O somatório da

remuneração variável que vier a ser atribuída, em cada ano, ao conjunto dos

membros executivos do órgão de administração não pode exceder 10% (dez por

cento) dos lucros distribuíveis do exercício, salvo em situações justificadas e

reconhecidas pela Assembleia Geral, tendo em conta todos os tipos de riscos

actuais e futuros.

(d) Informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável da

remuneração, com menção do período de diferimento.

Uma proporção correspondente a 40% (quarenta por cento) da remuneração

variável será diferida por um período de 3 (três) anos face à data de atribuição. Este

esquema de diferimento aplica-se a partir do exercício de 2012, i.e. repercutindo-se

sobre a remuneração variável a atribuir a partir de 2013.

(e) O modo como o pagamento da remuneração variável está sujeito à continuação do

desempenho positivo da instituição ao longo do período de diferimento.

A remuneração variável, incluindo a parte diferida, só será paga se tal for

sustentável face à situação financeira do Banco no seu todo e bem assim se se

justificar à luz do desempenho da instituição, da unidade de estrutura em causa e do

administrador em questão, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais e

futuros o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários.

De igual modo, verificando-se uma regressão no desempenho da Instituição, ou

caso o mesmo seja negativo, a remuneração variável poderá ser reduzida, tendo em

conta tanto a remuneração actual como as reduções nos desembolsos de

montantes auferidos anteriormente, nomeadamente através de regimes de

agravamento ou de recuperação e sem prejuízo da aplicação dos princípios gerais

da legislação contratual e laboral nacional.

(f) Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em acções, bem

como a manutenção, pelos membros executivos do órgão de administração, das

acções da instituição a que tenham acedido, e informações sobre a eventual

celebração de contratos relativos a essas acções, designadamente contratos de

cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respectivo limite, e sua relação

face ao valor da remuneração total anual.

Não está prevista a atribuição de acções aos membros executivos do órgão de

administração como forma de remuneração variável. Não obstante, os

administradores são já detentores, por via indirecta, de participações no Banco, as

quais foram adquiridas aquando da sua constituição.

(g) Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e

indicação do período de diferimento e do preço de exercício.

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Não aplicável.

(h) Os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e

de quaisquer outros benefícios não pecuniários.

A atribuição de uma componente de remuneração variável aos administradores

executivos é determinada com base nos resultados da avaliação de desempenho, a

realizar nos termos anteriormente descrita, realizada num quadro plurianual de 3

anos, em função da avaliação anual acumulada da performance dos administradores

executivos, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais ou futuros e bem assim

o custo dos fundos próprios e de liquidez necessários.

(i) A remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e ou de pagamento de

prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram

concedidos.

A remuneração variável é paga sob a forma de bónus de desempenho e é justificada

pelo resultado da avaliação de desempenho de acordo com a Política de Avaliação

de Desempenho.

(j) As compensações e indemnizações pagas ou devidas a membros do órgão de

administração devido à cessação das suas funções durante o exercício.

O membro da Comissão Executiva Maria da Conceição Mota Soares de Oliveira Callé

Lucas renunciou ao cargo com data de 27 de Fevereiro de 2012, não tendo sido

paga ou devida qualquer compensação ou indemnização em virtude da referida

renúncia e, por conseguinte, da cessação de funções.

(k) Os instrumentos jurídicos previstos no artigo 10.º.

Nem os contratos celebrados com os administradores nem os estatutos da

sociedade contemplam qualquer disposição que preveja o pagamento de qualquer

compensação ou indemnização em caso de destituição do membro do órgão de

administração ou em caso de resolução do contrato por acordo, sempre que tal

resulte de um inadequado desempenho das suas funções. O que, complementado

com as disposições legais previstas para a destituição dos administradores,

permitem alinhar as práticas do Banco com o cumprimento das preocupações

previstas no referido no artigo.

(l) Os montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio

ou de grupo com a instituição.

Não foram efectuados pagamentos aos administradores executivos por outras

sociedades em relação de domínio ou de grupo.

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44

(m) As principais características dos regimes complementares de pensões ou de

reforma antecipada, com indicação sobre se foram sujeitos a apreciação pela

assembleia geral.

Não estão previstos regimes complementares de pensões ou de reforma

antecipada.

(n) A estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados como

remuneração não abrangidos pelas alíneas anteriores.

Os administradores executivos são abrangidos no âmbito dos seguros contratados

pelo Banco para os seus colaboradores. Sempre que justificável, sujeito a análise

casuística, podem ser atribuídos benefícios específicos a administradores que se

encontrem deslocados do seu país de origem.

(o) A existência de mecanismos que impeçam a utilização pelos membros do órgão de

administração de seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros

mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento

pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.

No início de cada mandato ou sempre que um novo administrador inicie funções,

declara comprometer-se a abster-se de celebrar contratos, quer com a sociedade,

quer com terceiros, que tenham como objecto ou efeito pretendido a mitigação do

risco inerente à variabilidade da remuneração fixada pela sociedade. Os actuais

administradores não celebraram tais contratos.

C) REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS NÃO EXECUTIVOS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

Salvo deliberação em contrário pela Assembleia Geral, os membros não executivos

do Conselho de Administração não auferirão qualquer remuneração, fixa ou

variável, pelo exercício das respectivas funções.

Em caso de destituição por justa causa ou mesmo de resolução do contrato de

administração com origem num inadequado desempenho de funções, não haverá

lugar ao pagamento de qualquer compensação ou indemnização, incluindo

pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula

de não concorrência.

D) REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO

Salvo deliberação em contrário pela Assembleia Geral, os membros do Conselho

Fiscal não auferem qualquer remuneração, fixa ou variável, pelo exercício das

respectivas funções.

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E) REMUNERAÇÃO DOS COLABORADORES

(a) Os órgãos competentes da instituição para realizar a avaliação de desempenho

individual

A avaliação de desempenho individual dos colaboradores e dirigentes (doravante

“os Colaboradores”) é efectuada pelo Conselho de Administração.

(b) Os critérios predeterminados para a avaliação de desempenho individual em que se

baseie o direito a uma componente variável da remuneração

A atribuição da componente variável da remuneração dos Colaboradores terá por

referência os critérios de avaliação detalhados na Política de Avaliação de

Desempenho para cada categoria profissional.

(c) A importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração, assim

como os limites máximos para cada componente

A componente da remuneração fixa é estruturada por níveis, tendo em conta o

grau de complexidade e o grau de responsabilidade associadas a cada função,

sendo determinada pelo Conselho de Administração por referência aos níveis

salariais pagos no mercado.

A componente da remuneração variável da remuneração não pode exceder uma

proporção equivalente a 30% (trinta por cento) da remuneração fixa, determinado

em função da avaliação de desempenho do colaborador, tendo em conta todos os

tipos de riscos actuais e futuros e o custo dos fundos próprios e de liquidez

necessários.

(d) O modo como o pagamento da remuneração variável está sujeito à continuação do

desempenho positivo da instituição ao longo do período de diferimento

A remuneração variável, incluindo a parte diferida, só será paga se tal for

sustentável face à situação financeira do Banco no seu todo e bem assim se se

justificar à luz do desempenho da instituição, da unidade de estrutura em causa e

do Colaborador em questão, tendo em conta todos os tipos de riscos actuais e

futuros, tendo em conta o custo dos fundos próprios e da liquidez necessários.

De igual modo, verificando-se uma regressão no desempenho da Instituição, ou

caso o mesmo seja negativo, a remuneração variável poderá ser reduzida, tendo

em conta tanto a remuneração actual como as reduções nos desembolsos de

montantes auferidos anteriormente, nomeadamente através de regimes de

agravamento ou de recuperação e sem prejuízo da aplicação dos princípios gerais

da legislação contratual e laboral nacional.

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(e) Os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e

indicação do período de diferimento e do preço de exercício

Não aplicável

(f) Os principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e

de quaisquer outros benefícios não pecuniários

A atribuição de uma componente de remuneração variável aos Colaboradores é

determinada com base nos resultados da avaliação de desempenho, a realizar nos

termos anteriormente descritos, realizada num quadro plurianual de 3 anos, em

função da avaliação anual acumulada da performance dos Colaboradores, tendo

em conta todos os tipos de riscos actuais ou futuros e bem assim o custo dos

fundos próprios e de liquidez necessários.

Especificamente no que concerne aos Colaboradores que exerçam funções de

controlo a avaliação do seu desempenho assentará única e exclusivamente no

desempenho do Colaborador e da sua unidade orgânica – não sendo influenciado

pela avaliação de desempenho financeiro da área de negócio em que as funções

de controlo são desenvolvidas –, tendo em conta o cumprimento dos objectivos

específicos associados às funções exercidas previstos na Política de Avaliações,

nomeadamente o cumprimento das obrigações legais a que o ATLANTICO Europa

se encontra sujeito (“compliance”), de gestão de riscos e de auditoria interna, em

conformidade com o disposto no Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008, ajustável

face a todos os tipos de riscos, actuais ou futuros e atendendo ao custo dos

fundos próprios e de liquidez necessários bem como aos objectivos corporativos

alcançados pela Instituição.

O Conselho de Administração do ATLANTICO Europa

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INFORMAÇÃO QUANTITATIVA SOBRE REMUNERAÇÕES

Informação, elaborada de acordo com o art. 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011,

relativa à remuneração paga pela instituição no exercício de 2012.

I. MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

(a) O montante anual da componentes fixa e variável da remuneração e o número de

beneficiários

Beneficiários Remuneração variável

(em EUROS)

Remuneração fixa

(em EUROS)

Carlos José da Silva n.a. n.a.

Baptista Muhongo Sumbe n.a. n.a.

André Navarro n.a. 154.000,00

Graça Proença de Carvalho n.a. 140.000,00

Augusto Baptista n.a. 140.000,00

Isménio Coelho Macedo n.a. 145.454,55

Conceição Lucas (1) n.a. 41.548,02

Total n.a. 621.002,57

(1) renunciou ao cargo em 27/02/2012.

(b) Os montantes e os tipos de remuneração variável, separados por remuneração

pecuniária, acções, instrumentos share-linked e outros tipos

Não aplicável

(c) O montante da remuneração diferida não paga, separada por componentes

investidas e não investidas.

Não aplicável.

(d) Os montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções

resultantes de ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual dos

colaboradores

Não aplicável. Cfr. alínea anterior.

(e) O número de novas contratações efectuadas no ano a que respeita

Não foram registadas novas contratações de administradores em 2012.

II. MEMBROS DO CONSELHO FISCAL

Os membros do Conselho Fiscal não auferiram qualquer remuneração, fixa ou variável, pelo

exercício das respectivas funções.

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III. COLABORADORES

A informação a seguir indicada respeita ao agregado dos colaboradores do Banco que que

exercem funções de Directores-Coordenadores, Directores, Sub-Directores, Directores-

Adjuntos e colaboradores que exercem funções de controlo interno.

(a) O montante anual da componente fixa e variável da remuneração e o número de

beneficiários

N.º de beneficiários Remuneração variável

(em EUROS)

Remuneração fixa

(em EUROS)

21 245.131,00 1.383.433,49

(b) Os montantes e os tipos de remuneração variável, separados por remuneração

pecuniária, acções, instrumentos share-linked e outros tipos

Montante global de remuneração pecuniária variável: 245.131,00

Não foi atribuída remuneração sob a forma de acções, instrumentos share-linked e

outros tipos.

(c) O montante da remuneração diferida não paga, separada por componentes

investidas e não investidas

A regra do diferimento de remuneração aplica-se a partir do exercício de 2012, i.e.

repercutindo-se sobre a remuneração variável a atribuir a partir de 2013.

(d) Os montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de reduções

resultantes de ajustamento introduzidos em função do desempenho individual dos

colaboradores

A regra do diferimento de remuneração aplica-se a partir do exercício de 2012, i.e.

repercutindo-se sobre a remuneração variável a atribuir a partir de 2013.

(e) O número de novas contratações efectuadas no ano a que respeita

1 Técnico Sénior (Gabinete de Reporte Regulamentar)

(f) O montante dos pagamentos efectuados ou devidos anualmente em virtude da

rescisão antecipada do contrato de trabalho com colaboradores, o número de

beneficiários desses pagamentos, e o maior pagamento atribuído a um colaborador

Apenas um colaborador beneficiou de pagamentos em função de rescisão

antecipada do contrato de trabalho, não tendo o valor ultrapassado 9.300,00€

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IV. INFORMAÇÃO QUANTITATIVA AGREGADA, DESCRIMINADA POR ÁREA DE ACTIVIDADE,

RELATIVAMENTE À REMUNERAÇÃO DOS COLABORADORES

Área de actividade Valor global pago

(em EUROS)

Banca Relacional 218.578,35 Banca Corporate 88.352,18 Banca de Investimento 93.500,00 Mercados Financeiros 169.833,33 Controlo interno

221.563,58 Áreas de suporte

836.737,05

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Proposta de Aplicação de Resultados

No exercício compreendido entre 1 de Janeiro de 2012 e 31 de Dezembro de 2012, o Banco

Privado Atlântico Europa obteve um resultado positivo de 701.084,29 Euros.

O Conselho de Administração do Banco Privado Atlântico Europa propõe:

1. Que 10% do resultado positivo, no valor de 70.108,42 Euros, seja afecto à rubrica de

“Reservas Legais”

2. Que 90% do resultado positivo, no valor de 630.975,87 Euros, seja afecto à rubrica de

“Resultados Transitados”

Lisboa, 20 de Março de 2013

O Conselho de Administração

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Relatório e Contas 2012

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.

Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012

(Montantes em Euros, excepto quando expressamente indicado)

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Relatório e Contas 2012

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Banco Privado Atlântico - Europa S.A.

Balanços em

31 de Dezembro de 2012 e 31 de Dezembro de 2011

(Montantes expressos em Euros)

Provisões,

Activo imparidades e Activo

ACTIVO Notas bruto amortizações líquido 2011 PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO Notas 2012 2011

Activo Passivo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 3.1 6.071.742 - 6.071.742 3.092.313 Recursos de Bancos centrais 3.12 127.032.583 -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.2 3.661.496 - 3.661.496 4.202.633 Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 3.13 826.821 -

Activos financeiros ao justo valor através de resultados 3.13 - - - 1.315.308 Recursos de outras instituições de crédito 3.14 58.548.873 26.470.477

Activos financeiros disponíveis para venda 3.3 189.140.410 - 189.140.410 - Recursos de clientes e outros empréstimos 3.15 88.312.168 224.841.782

Aplicações em instituições de crédito 3.4 65.169.473 - 65.169.473 101.116.768 Provisões 3.16 302.310 164.733

Crédito a clientes 3.5 e 3.16 49.891.598 (481.155) 49.410.443 24.744.923 Passivos por impostos correntes 3.17 175.111 71.620

Activos financeiros detidos até a maturidade 3.6 - - - 154.819.059 Passivos por impostos diferidos 3.17 656.799 -

Outros activos tangíveis 3.7 5.162.833 (695.523) 4.467.310 849.127 Outros passivos 3.18 1.876.937 1.331.533

Activos intangíveis 3.8 1.353.676 (826.528) 527.148 712.110 Total do Passivo 277.731.602 252.880.145

Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto 3.9 315.000 - 315.000 55.000 Capital 3.20 50.000.000 50.000.000

Activos por impostos correntes 3.10 22.936 - 22.936 11.834 Reservas de reavaliação 3.21 1.821.688 -

Activos por impostos diferidos 3.10 964.946 - 964.946 1.213.656 Outras reservas e resultados transitados 3.21 (4.072.565) (2.669.609)

Outros activos 3.11 6.430.905 - 6.430.905 6.674.849 Resultado líquido do exercício 3.21 701.084 (1.402.956)

Total do Capital próprio 48.450.207 45.927.435

Total do Activo 328.185.015 (2.003.206) 326.181.809 298.807.580 Total do Passivo + Capital próprio 326.181.809 298.807.580

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

2012

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

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Banco Privado Atlântico - Europa S.A.

Demonstrações do Rendimento Integral para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011

Notas 2012 2011

Juros e rendimentos similares 8.947.607 3.869.199

Juros e encargos similares (2.498.421) (1.095.230)

MARGEM FINANCEIRA 3.22 6.449.186 2.773.969

Rendimentos de serviços e comissões 3.23 928.587 1.282.181

Encargos com serviços e comissões 3.23 (112.221) (103.517)

Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 3.24 (826.821) 1.395.424

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda e detidos até a maturidade 3.24 813.434 583

Resultados de reavaliação cambial 3.24 1.662.938 (1.180.226)

Outros resultados de exploração 3.25 3.284.934 2.556.783

PRODUTO BANCÁRIO 12.200.037 6.725.197

Custos com pessoal 3.26 (4.667.393) (3.840.940)

Gastos gerais administrativos 3.27 (5.199.853) (3.831.331)

Amortizações do exercício 3.7 e 3.8 (735.513) (350.926)

Custos de Estrutura (10 .602.759) (8 .023.197)

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e a valores a

receber de outros devedores (liquidas de reposições e anulações)3.16 (347.105) (377.684)

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 1.250.173 (1.675.684)

Impostos

Correntes 3.28 (300.379) (87.021)

Diferidos 3.28 (248.710) 359.749

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 701.084 (1.402.956)

Reavaliação dos activos financeiros disponíveis para venda 3.21 1.821.688 10.593

RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO 2.522.772 (1.392.363)

Resultado por acção básico 0,0505 (0,0278)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

(Montantes expressos em Euros)

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

54

Banco Privado Atlântico - Europa S.A.

Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011

(Montantes expressos em Euros)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de juros e comissões 9.876.194 5.151.380

Pagamentos de juros e comissões (2.610.642) (1.198.747)

Pagamentos ao pessoal e a fornecedores (11.273.847) (6.723.093)

Outros recebimentos relativos à actividade operacional 1.761.392 627.281

Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (2.246.903) (2.143.179)

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Aplicações em instituições de crédito 35.946.887 (67.287.669)

Crédito a clientes (24.953.740) (12.317.113)

Outros activos 3.448.171 (4.665.461)

14.441.318 (84.270.243)

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Recursos de Bancos centrais 127.000.000 -

Recursos de outras instituições de crédito 31.963.022 4.686.352

Recursos de clientes (136.774.875) 199.148.635

Outros passivos 6.814.076 (237.153)

29.002.223 203.597.834

Caixa líquida das actividades operacionais 41. 196.638 117.184.412

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

(Aquisições) e alienações de activos tangíveis e intangíveis (4.176.995) (418.534)

(Aquisições) e alienações de activos financeiros disponíveis para venda (34.321.351) 4.961.172

(Aquisições) e alienações de investimentos em filiais, associadas e entidades

conjuntamente controladas (260.000) (5.000)

(Aquisições) e alienações de activos financeiros detidos até a maturidade - (144.886.870)

Caixa líquida das actividades de investimento (38.758.346) (140.349.232)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Aumento do capital social - 28.000.000

Caixa líquida das actividades de financiamento - 28.000.000

Aumento / (diminuição) líquido de caixa e seus equivalentes 2.438.292 4.835.180

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 7.294.946 2.459.766

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício (notas 3.1 e 3.2) 9.733.238 7.294.946

O Técnico Oficial de Contas

2011

O Conselho de Administração

2012

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

55

Banco Privado Atlântico- Europa S.A.

Demonstrações das Alterações no Capital Próprio para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011

(Montantes expressos em Euros)

Saldos em 31 de Dezembro de 2010 18 .000.000 4.000.000 (10.593) (1. 175.009) (1.494.600) 19.319.798

Aplicação dos resultados de 2010:

Transferência para resultados transitados - - - (1.494.600) 1.494.600 -

Aumento de capital social 28.000.000 - - - - 28.000.000

Conversão de prestações acessórias em capital social 4.000.000 (4.000.000) - - - -

Rendimento integral do exercício - - 10.593 - (1.402.956) (1.392.363)

Saldos em 31 de Dezembro de 2011 50.000.000 - - (2.669.609) (1.402.956) 45.927.435

Aplicação dos resultados de 2011:

Transferência para resultados transitados - - - (1.402.956) 1.402.956 -

Rendimento integral do exercício - - 1.821.688 - 701.084 2.522.772

Saldos em 31 de Dezembro de 2012 50.000.000 - 1.821.688 (4.072.565) 701.084 48.450.207

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Capital

Outros

instrumentos

de capital

Outras

reservas e

resultados

transitados

Resultado

líquido do

exercício

Reservas de

reavaliaçãoTotal

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO – EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.

Notas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012

(Montantes em Euros, excepto quando expressamente indicado)

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

O Banco Privado Atlântico - Europa, S.A. (“Banco”, “ATLANTICO Europa”;

“Instituição”) é uma sociedade anónima, com sede social em Lisboa, constituído em

22 de Junho de 2009, tendo iniciado a sua actividade em Agosto de 2009. A

constituição do Banco foi autorizada pelo Banco de Portugal em 20 de Junho de

2009. As demonstrações financeiras agora apresentadas reflectem os resultados das

operações do Banco para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011.

O Banco tem por objecto social o exercício da actividade bancária.

As demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2012 foram aprovadas pelo

Conselho de Administração em 20 de Março de 2012.

As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2012 encontram-se

pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas. No entanto, o

Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser

aprovadas sem alterações significativas.

Todos os montantes apresentados neste anexo estão expressos em Euros (com

arredondamento às unidades), salvo se expressamente referido em contrário.

2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas no pressuposto da

continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos

de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas

(NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº

23/2004 e nº 9/2005, emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência

que lhe é conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de

Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de

Dezembro.

As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro

(IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento

(CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto

para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo

Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. No entanto, nos termos do

Aviso nº 1/2005, existem as seguintes excepções com impacto nas demonstrações

financeiras do Banco Privado Atlântico - Europa, S.A.:

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

58

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito

e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo

ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor;

ii) Provisionamento do crédito e contas a receber - são definidos níveis mínimos de

provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº

3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de

30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro

(Nota 2.3. a)). Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por

aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iii) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não

sendo deste modo possível o registo pelo justo valor, conforme permitido pela

Norma IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de

reavaliações legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são

registadas na rubrica “Reservas de reavaliação”.

2.2. Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira (IAS 21)

As contas do Banco são preparadas de acordo com a divisa utilizada no ambiente

económico em que opera (denominada “moeda funcional”), nomeadamente o Euro.

As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio

indicativas na data da transacção. Em cada data de balanço, os activos e passivos

monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para Euros com

base na taxa de câmbio em vigor.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em

resultados do exercício, com excepção das originadas por instrumentos financeiros

não monetários, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa

rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

59

2.3. Instrumentos financeiros

a) Aplicações em instituições de crédito, crédito a clientes, valores a receber de

outros devedores e provisões

Conforme descrito na Nota 2.1., estes activos são registados de acordo com as

disposições do Aviso nº 1/2005, do Banco de Portugal. Deste modo, são registados

pelo valor nominal, sendo os respectivos proveitos, nomeadamente juros e comissões,

reconhecidos ao longo do período das operações de acordo com o método “pro rata

temporis”, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de

um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos

imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta

categoria são igualmente periodificados ao longo do período de vigência dos créditos.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho, nº 2/99 de

15 de Janeiro, nº 7/00 de 27 de Outubro, nº 8/03 de 30 de Janeiro, e outras

disposições emitidas por aquela entidade, o Banco constitui as seguintes provisões

para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens

provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e

são função crescente do período decorrido desde a entrada em incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos

concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou

que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. São

considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

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Relatório e Contas 2012

60

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se

verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo

menos uma das seguintes condições:

Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;

Estarem em incumprimento há mais de:

Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas

inferior a dez anos;

Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez

anos.

- Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da

constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao

crédito vencido dessas operações.

- São ainda considerados créditos de cobrança duvidosa, os créditos vincendos

sobre um mesmo cliente se, o crédito e juros vencidos de todas as operações

relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros

vencidos. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade

das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões”, e destina-se a fazer face a

riscos potenciais existentes em qualquer crédito concedido e garantias e avales

prestados.

Esta provisão é constituída de acordo com o disposto nos Avisos nº 3/95 de 30 de

Junho, nº 2/99 de 15 de Janeiro e nº 8/03 de 30 de Janeiro.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à

totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales prestados:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

- 0,5% no que se refere ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou

operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se

destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos termos da legislação em vigor, o reforço desta provisão não é aceite como custo

fiscal.

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

61

iv) Provisão para risco país

Destina-se a fazer face ao risco de realização dos activos financeiros e

extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco, qualquer que seja

o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na

moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados

nessa moeda;

- Das participações financeiras;

- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de

risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º

do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram

as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens

fixadas pelo Banco de Portugal, o qual classifica os países e territórios segundo

grupos de risco, de acordo com o disposto no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, na

Instrução nº 94/96, de 17 de Junho, e na Carta Circular sob a referência, 46/07/DSBDR

de 22 de Junho de 2007.

Uma vez que se trata de uma provisão específica, esta é classificada nas várias

rubricas contabilísticas em que estão registados os activos que se enquadram na

definição de risco país.

b) Activos financeiros disponíveis para venda (IAS 39)

Esta rubrica inclui:

Títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de

negociação, nem como carteira de crédito;

Títulos de rendimento variável disponíveis para venda; e

Suprimentos e prestações suplementares de capital em empresas cujas acções

estejam classificadas como activos financeiros disponíveis para venda.

Os activos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor,

excepto no caso de instrumentos de capital próprio não cotados num mercado activo

e cujo justo valor não possa ser mensurado ou estimado de forma fiável, os quais

permanecem registados ao custo, líquido de provisões. Adicionalmente, no caso das

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

62

operações de papel comercial, na falta de preços de mercado, estas são valorizadas

com base no reconhecimento diário do juro inerente à operação.

Os ganhos ou perdas resultantes de alterações no justo valor são registados

directamente na rubrica de capitais próprios “Reservas de reavaliação”. No momento

da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo

valor são transferidas para proveitos ou custos do exercício.

Os juros corridos de obrigações e de outros títulos de rendimento fixo e as diferenças

entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em

resultados, de acordo com o método da taxa de juro efectiva.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos, no caso das acções)

são registados em resultados, na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo

com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no

exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O IAS 39 identifica alguns eventos que considera como evidência objectiva de

imparidade em activos financeiros disponíveis para venda, nomeadamente:

Dificuldades financeiras significativas do emitente;

Incumprimento contratual do emitente em termos de reembolso de capital ou

pagamento de juros;

Probabilidade de falência do emitente;

Desaparecimento de um mercado activo para o activo financeiro devido a

dificuldades financeiras do emitente.

Para além dos indícios de imparidade relativos a instrumentos de dívida acima

referidos, são ainda considerados os seguintes indícios específicos no que se refere a

instrumentos de capital:

Alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de

mercado, económica ou legal em que o emitente opera que indiquem que o

custo do investimento pode não ser recuperado na totalidade;

Um declínio significativo ou prolongado do valor de mercado do activo

financeiro abaixo do seu custo de aquisição.

Com referência à data de preparação das demonstrações financeiras, o Banco avalia a

existência de situações de evidência objectiva de imparidade que indiquem que o

custo dos investimentos poderá não ser recuperável no médio prazo, considerando a

situação dos mercados e a informação disponível sobre os emitentes.

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Relatório e Contas 2012

63

Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda acumulada na reserva de

reavaliação de justo valor é removida de capital próprio e reconhecida em resultados.

As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo são revertidas

através de resultados, se houver uma alteração positiva no justo valor do título

resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por

imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas. No

caso de títulos para os quais tenha sido reconhecida imparidade, posteriores variações

negativas de justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

As variações cambiais de activos não monetários (instrumentos de capital próprio)

classificados na carteira de disponíveis para venda são registadas em reservas de

reavaliação por diferenças cambiais. As variações cambiais dos restantes títulos são

registadas em resultados.

c) Activos financeiros detidos até à maturidade (IAS 39)

Esta rubrica inclui activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou

determináveis e maturidades definidas, que o ATLANTICO Europa tem intenção e

capacidade de deter até à maturidade.

Estes investimentos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da

taxa de juro efectiva e são sujeitos a testes de imparidade.

As perdas por imparidade reconhecidas em investimentos financeiros detidos até à

maturidade são registadas em resultados do exercício.

Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa

diminuição puder ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o

reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do

exercício.

Durante o exercício de 2012, o ATLANTICO Europa procedeu à alienação de alguns

títulos incluídos nesta categoria antes da sua maturidade, pelo que de acordo com a

IAS 39 deixou de poder registar os mesmos nesta categoria. Desta forma, na data de

alienação, os títulos classificados como detidos até à maturidade foram reclassificados

para a rubrica de “Activos financeiros disponíveis para venda”.

d) Activos financeiros ao justo valor através de resultados (IAS 39)

Esta categoria inclui activos financeiros detidos para negociação, os quais incluem

essencialmente títulos adquiridos com o objectivo de realização de ganhos a partir de

flutuações de curto prazo nos preços de mercado. Incluem-se também nesta

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categoria os instrumentos financeiros derivados, excluindo aqueles que cumpram os

requisitos de contabilidade de cobertura.

Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor,

sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em

resultados do exercício, na rubrica de “Resultados de activos e passivos financeiros

avaliados ao justo valor através de resultados”. Os juros são reflectidos nas

respectivas rubricas de “Juros e rendimentos similares”.

e) Outros passivos financeiros (IAS 39)

Os passivos financeiros são registados na data de contratação ao respectivo justo

valor, acrescido dos custos directamente atribuíveis à transacção.

Esta categoria inclui recursos de bancos centrais, recursos de outras instituições de

crédito, recursos de clientes e passivos incorridos para pagamento de prestações de

serviços.

Estes passivos financeiros são valorizados pelo custo amortizado sendo utilizado o

método da taxa de juro efectiva.

f) Justo valor (IAS 39)

Conforme acima referido, os activos financeiros enquadrados nas categorias de

Activos financeiros ao justo valor através de resultados e Activos financeiros

disponíveis para venda são registados pelo justo valor.

O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um

activo ou um passivo financeiro pode ser vendido ou liquidado entre partes

independentes, informadas e interessadas na concretização da transacção em

condições normais de mercado.

O justo valor dos instrumentos financeiros é determinado com base nos seguintes

critérios:

Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transaccionados em

mercados activos; e

Preços (bid prices) difundidos através de meios de difusão de informação

financeira, nomeadamente a Bloomberg.

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Relatório e Contas 2012

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g) Derivados e contabilidade de cobertura

O Banco realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade,

com o objectivo de satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a sua

exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações.

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da

sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo

respectivo valor nocional.

O justo valor é apurado:

Com base em cotações obtidas em mercados activos;

Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no

mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de

opções.

Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição do

Banco a um determinado risco inerente à sua actividade. A classificação como

derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura,

conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma

IAS 39.

Para todas as relações de cobertura, o Banco prepara, no início da operação,

documentação formal que inclui os seguintes aspectos:

Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação

de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas pelo

Banco;

Descrição do(s) risco(s) coberto(s);

Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de

cobertura;

Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua

realização.

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Relatório e Contas 2012

66

Periodicamente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas

através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do

elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a

utilização da contabilidade de cobertura, de acordo com a Norma IAS 39, esta relação

deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados

testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia

futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados

apurados reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a

cobertura é eficaz, o Banco reflecte igualmente no resultado do exercício a variação

no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto na rubrica “Resultados

em activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”.

O justo valor positivo ou negativo dos derivados de cobertura é registado no activo e

no passivo, em rubricas específicas.

As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se

encontram registados esses activos e passivos.

Derivados de negociação

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros

derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo

com a Norma IAS 39, incluindo:

Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos

registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária

a utilização de contabilidade de cobertura;

Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem

coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;

Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados

apurados reconhecidos em proveitos e custos do exercício na rubrica de “Resultados

de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. O

justo valor positivo e negativo é registado no Balanço nas rubricas “Activos

financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor

através de resultados”, respectivamente.

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2.4. Outros activos tangíveis (IAS 16, Aviso nº 1/2005 e IAS 17)

Encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas

por imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas

associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Gastos

gerais administrativos”.

As amortizações são calculadas com base no método das quotas constantes e

registadas em custos do exercício numa base sistemática ao longo do período de vida

útil estimado do bem, o qual corresponde ao período em que se espera que o activo

esteja disponível para uso, e que ascende em média a:

Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis exceda o seu valor

recuperável, nos termos da Norma IAS 36 – “Imparidade de activos”, é reconhecida

uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício. As perdas por

imparidade podem ser revertidas, também com impacto em resultados do exercício,

caso em períodos seguintes se verifique um aumento do valor recuperável do activo.

2.5. Activos intangíveis (IAS 38) Esta rubrica compreende, essencialmente, custos com a aquisição, desenvolvimento

ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades do

Banco. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de

amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao

longo da vida útil estimada dos activos, a qual em média corresponde a um período

de 3 anos.

As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo do

exercício em que são incorridas.

Anos de vida útil

média

Despesas em edifícios arrendados 10

Mobiliário e material 8

Máquinas e ferramentas 5

Equipamento informático 4

Instalações interiores 8

Material de transporte 4

Equipamento de segurança 8

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2.6. Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto (IAS 28 e

IAS 31)

Esta rubrica inclui as participações financeiras em empresas nas quais o Banco exerce

um controlo efectivo sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios

económicos das suas actividades, denominadas “filiais”. Normalmente o controlo é

evidenciado pela detenção de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto.

Estes activos são registados pelo custo de aquisição, sendo objecto de análises de

imparidade periódicas.

Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua

distribuição pelas filiais.

2.7. Impostos sobre lucros (IAS 12)

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos

correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual

difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes

de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão

considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em

períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre

o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na

determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as

diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são

registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis

futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias

dedutíveis ou dos prejuízos fiscais.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa

estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem

às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

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De acordo com o Artigo 14º da Lei das Finanças Locais, os municípios podem

deliberar uma derrama anual até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável

sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC).

Neste sentido, a taxa fiscal utilizada no exercício de 2012 no cálculo dos impostos

diferidos foi de 25% para os prejuízos fiscais reportáveis e de 26,5% sobre as demais

diferenças temporárias geradas no reconhecimento do imposto sobre os lucros do

exercício.

Com a publicação da Lei nº 12 – A/2010, de 30 de Junho, foi introduzida a derrama

estadual, a qual deve ser paga por todos os sujeitos passivos que apurem, em 2010 e

em exercícios futuros, um lucro tributável sujeito e não isento de IRC superior a

2.000.000 Euros. A derrama estadual corresponderá a 2,5% da parte do lucro

tributável superior ao referido limite.

De referir, contudo, que a Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro (Lei do Orçamento do

Estado para 2012), veio proceder ao agravamento temporário dos limites e taxas da

Derrama Estadual aplicáveis aos sujeitos passivos que apurem, nos exercícios de 2012

e de 2013, um lucro tributável sujeito e não isento de IRC superior a 1.500.000 Euros.

Assim, relativamente aos exercícios de 2012 e de 2013, a taxa de Derrama Estadual

aplicável aos lucros tributáveis superiores a 1.500.000 Euros e até 10.000.000 Euros

passa para 3%, sendo que a taxa aplicável aos lucros tributáveis sujeitos e não isentos

de IRC superiores a 10.000.000 Euros passa a corresponder a 5%.

Por outro lado, com a publicação da Lei n.º 55 - A/2010, de 31 de Dezembro, o Banco

passou a estar abrangido pelo regime de contribuição sobre o sector bancário. A

contribuição sobre o sector bancário incide sobre:

a) O passivo apurado e aprovado pelos sujeitos passivos deduzido dos fundos

próprios de base “Tier I” e complementares “Tier II” e dos depósitos abrangidos

pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Ao passivo apurado são deduzidos:

- Elementos que segundo as normas de contabilidade aplicáveis sejam

reconhecidos como capitais próprios;

- Passivos associados ao reconhecimento de responsabilidades por planos de

benefício definido;

- Passivos por provisões;

- Passivos resultantes da reavaliação de instrumentos financeiros derivados;

- Receitas com rendimento diferido, sem consideração das referentes a

operações passivas e;

- Passivos por activos não desreconhecidos em operações de titularização.

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b) O valor nocional dos instrumentos financeiros derivados fora do balanço apurado

pelos sujeitos passivos, com excepção dos instrumentos financeiros derivados de

cobertura ou cuja posição em risco se compensa mutuamente.

As taxas aplicáveis às bases de incidência definidas pelas alíneas a) e b) anteriores

são de 0,05% e 0,00015%, respectivamente, em função do valor apurado.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos

resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram

tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio. Nestes casos, o

correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio,

não afectando o resultado do exercício.

2.8. Benefícios aos empregados (IAS 19)

As responsabilidades com benefícios aos empregados são reconhecidas de acordo

com os princípios estabelecidos pela Norma IAS 19 – Benefícios dos Trabalhadores.

O ATLANTICO Europa não subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho em vigor para

o sector bancário, estando os seus trabalhadores abrangidos pelo Regime Geral de

Segurança Social. Por esse motivo, em 31 de Dezembro de 2012, o Banco não tem

qualquer responsabilidade por pensões, complementos de reforma ou outros

benefícios de longo prazo a atribuir aos seus trabalhadores.

Os benefícios de curto prazo, incluindo prémios de produtividade atribuídos aos

trabalhadores pelo seu desempenho, são reflectidos em “Custos com pessoal” no

exercício a que respeitam, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

2.9. Provisões e passivos contingentes

Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou

construtiva) resultante de eventos passados onde seja provável o futuro dispêndio de

recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão

corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a

responsabilidade na data de balanço.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo

contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto de divulgação, a menos

que a possibilidade da sua concretização seja remota.

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2.10. Reconhecimento de custos e proveitos

Os custos e proveitos são reconhecidos no exercício a que respeitam,

independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com

o princípio contabilístico da especialização de exercícios.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite

calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A

taxa de juro efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa

futuros estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor

actual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

2.11. Rendimentos e receitas operacionais

Os rendimentos e receitas operacionais incluem, essencialmente, serviços prestados

ao Banco Privado Atlântico, S.A. (Angola) referentes, nomeadamente, a apoio na

estruturação e montagem de operações de financiamento em regime de

subcontratação.

Os rendimentos associados a estes serviços são reconhecidos na demonstração dos

resultados na rubrica “Outros resultados de exploração” ao longo do período da

prestação do serviço ou, de uma só vez, caso se tratem de actos únicos.

2.12. Comissões

Conforme referido na Nota 2.3., as comissões recebidas relativas a operações de

crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente comissões cobradas na

originação das operações, são reconhecidas como proveitos ao longo do período da

operação.

As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito

ao longo do período de prestação do serviço, ou de uma só vez, se resultarem da

execução de actos únicos.

2.13. Valores recebidos em depósito

Os valores recebidos em depósito, nomeadamente dos clientes, encontram-se

registados ao justo valor em rubricas extrapatrimoniais.

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2.14. Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da preparação das demonstrações dos fluxos de caixa, o Banco considera

como “Caixa e seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em

Bancos Centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.

2.15. Eventos subsequentes Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional

sobre condições que existiam à data do balanço (adjusting events) são reflectidos nas

demonstrações financeiras. Os eventos ocorridos após a data do balanço que

proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (non

adjusting events), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

2.16. Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes na

aplicação das políticas contabilísticas

Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, foi necessária a realização

de estimativas pelo Conselho de Administração do Banco. As estimativas com maior

impacto nas demonstrações financeiras do Banco incluem as abaixo apresentadas.

DETERMINAÇÃO DE IMPOSTOS SOBRE LUCROS

Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pelo Banco com

base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em

algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva e

originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados

resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis do Banco sobre o

correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser

questionado pelas Autoridades Fiscais.

Adicionalmente, o registo de activos por impostos diferidos é efectuado tendo por

base projecções de resultados futuros elaboradas pelo Conselho de Administração do

Banco. No entanto, os resultados reais poderão divergir dos estimados.

DETERMINAÇÃO DE PERDAS POR IMPARIDADE EM ACTIVOS FINANCEIROS

No que respeita às provisões para crédito a clientes, contas a receber e garantias e

avales prestados, o Banco cumpre os limites mínimos definidos pelo Banco de

Portugal (Nota 2.3.). No entanto, sempre que considerado necessário, estas provisões

são complementadas de forma a reflectir a estimativa do Banco sobre o risco de

incobrabilidade associado aos clientes.

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Esta avaliação é efectuada de forma casuística pelo Banco com base no

conhecimento específico da realidade dos seus clientes e nas garantias associadas às

operações em questão.

2.17. Adopção de novas Normas (IAS/IFRS) ou revisão de Normas já emitidas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas pela União

Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou

após 1 de Janeiro de 2012, foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31

de Dezembro de 2012:

IFRS 7 – Emenda (Transferência de activos financeiros) - Esta emenda vem exigir um

maior número de divulgações relativamente a transferências de activos financeiros. A

norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Julho de 2011.

A aplicação desta Norma não teve impactos materialmente relevantes nas

demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2012.

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória

em exercícios económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas

demonstrações financeiras, adoptadas pela União Europeia:

IFRS 10 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS - Esta norma vem

estabelecer os requisitos relativos à apresentação de demonstrações financeiras

consolidadas por parte da empresa-mãe, substituindo, quanto a estes aspectos, a

norma IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas e a SIC 12 –

Consolidação – Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz ainda novas

regras no que diz respeito à definição de controlo e à determinação do perímetro de

consolidação. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1

de Janeiro de 2014.

IFRS 11 – ACORDOS CONJUNTOS - Esta norma substitui a IAS 31 – Empreendimentos

Conjuntos e a SIC 13 – Entidades Controladas Conjuntamente – Contribuições Não

Monetárias por Empreendedores e vem eliminar a possibilidade de utilização do

método de consolidação proporcional na contabilização de interesses em

empreendimentos conjuntos. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados

em ou após 1 de Janeiro de 2014.

IFRS 12 – DIVULGAÇÕES SOBRE PARTICIPAÇÕES NOUTRAS ENTIDADES - Esta norma

vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a participações em

subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades não consolidadas. A norma é

aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.

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IFRS 13 – MENSURAÇÃO DE JUSTO VALOR - Esta norma vem substituir as orientações

existentes nas diversas normas IFRS relativamente à mensuração de justo valor. Esta

norma é aplicável quando outra norma IFRS requer ou permite mensurações ou

divulgações de justo valor. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados

em ou após 1 de Janeiro de 2013.

IAS 27 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS (2011) - Esta emenda vem

restringir o âmbito de aplicação da IAS 27 às demonstrações financeiras separadas. A

norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de

2014.

IAS 28 – INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E ENTIDADES CONJUNTAMENTE

CONTROLADAS (2011) - Esta emenda vem garantir a consistência entre a IAS 28 –

Investimentos em Associadas e as novas normas adoptadas, em particular a IFRS 11 –

Acordos Conjuntos. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou

após 1 de Janeiro de 2014.

IAS 12 – EMENDA (RECUPERAÇÃO DE ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS) - Esta

emenda fornece uma presunção de que a recuperação de propriedades de

investimento mensuradas ao justo valor de acordo com a IAS 40 será realizada

através da venda. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou

após 1 de Janeiro de 2013.

IAS 19 – EMENDA (PLANOS DE PENSÕES DE BENEFÍCIOS DEFINIDOS) (2011) - Esta

emenda vem introduzir algumas alterações relacionadas com o relato sobre os planos

de benefícios definidos, nomeadamente: (i) os ganhos/perdas actuariais passam a ser

reconhecidos na totalidade em reservas (deixa de ser permitido o método do

“corredor”); (ii) passa a ser aplicada uma única taxa de juro à responsabilidade e aos

activos do plano. A diferença entre o retorno real dos activos do fundo e a taxa de

juro única é registada como ganhos/perdas actuariais; (iii) os gastos registados em

resultados correspondem apenas ao custo do serviço corrente e aos gastos líquidos

com juros. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de

Janeiro de 2013.

IFRS 1 – EMENDA (HIPERINFLAÇÃO) - Esta emenda fornece orientações sobre como

as entidades devem apresentar as suas demonstrações financeiras de acordo com as

IFRS após um período em que não as puderam apresentar pelo facto da sua moeda

funcional estar sujeita a hiperinflação severa. A norma é aplicável nos exercícios

económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

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IAS 1 – EMENDA (OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL) - Esta emenda refere-se às

seguintes alterações: (i) os itens que compõem o Outro Rendimento Integral e que

futuramente serão reconhecidos em resultados do exercício passam a ser

apresentados separadamente; (ii) a Demonstração do Resultado Integral passa

também a denominar-se Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento

Integral. A norma é aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de

Julho de 2012.

IFRS 7 – EMENDA (2011) - Esta emenda vem exigir divulgações adicionais ao nível de

instrumentos financeiros, nomeadamente informações relativamente àqueles sujeitos

a acordos de compensação e similares. A norma é aplicável nos exercícios

económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

IAS 32 – EMENDA (2011) - Esta emenda vem clarificar determinados aspectos da

norma devido à diversidade na aplicação dos requisitos de compensação. A norma é

aplicável nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.

IFRIC 20 – REGISTO DE CERTOS CUSTOS NA FASE DE PRODUÇÃO DE UMA MINA A

CÉU ABERTO (2011). Esta interpretação clarifica o registo de certos custos durante a

fase de produção numa mina a céu aberto. A norma é aplicável nos exercícios

económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

O Banco não procedeu à aplicação antecipada de qualquer destas normas ou

interpretações nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro

de 2012.

Adicionalmente, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, foram

ainda emitidas as seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com

aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, as quais não foram ainda

adoptadas pela União Europeia:

IFRS 9 – Instrumentos financeiros (2010) - Esta norma estabelece os requisitos para a

classificação e mensuração dos activos financeiros. A norma é aplicável nos exercícios

económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2015.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (Maio de 2012). Estas

melhorias envolvem a revisão de diversas normas, nomeadamente a IAS 16 e a IAS 32.

Estas normas são aplicáveis nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de

Janeiro de 2013.

IFRS 1 – EMENDA (SUBSÍDIOS GOVERNAMENTAIS) – Esta norma cria uma excepção à

aplicação retrospectiva dos requisitos definidos na IAS 20 para aplicação a subsídios

governamentais concedidos a taxas de juro bonificadas. A norma é aplicável nos

exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

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IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12 – EMENDAS (REGRAS DE TRANSIÇÃO) - Emendas às IFRS 10,

IFRS 11 e IFRS 12 de modo a clarificar as regras do processo de transição para as

referidas normas. Estas normas são aplicáveis nos exercícios económicos iniciados em

ou após 1 de Janeiro de 2013.

IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 – EMENDAS (ENTIDADES DE INVESTIMENTO) – Estas normas

criam uma excepção para a preparação de demonstrações financeiras consolidadas

por entidades de investimento. Estas normas são aplicáveis nos exercícios

económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.

Apesar de não se encontrar ainda disponível uma avaliação do impacto da adopção

das normas e interpretações acima referidas na preparação das demonstrações

financeiras do Banco, o Conselho de Administração entende que a sua aplicação não

produzirá um impacto materialmente relevante para as mesmas.

3. Notas

3.1. Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

A rubrica DEPÓSITOS À ORDEM NO BANCO DE PORTUGAL inclui os depósitos

constituídos para satisfazer as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema

Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados e

correspondem a 1% (2% até 18 de Janeiro de 2012) dos depósitos e títulos de dívida

com prazo até 2 anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de

instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC.

2012 2011

Caixa 227.869 144.821

Depósitos à ordem no Banco de Portugal 5.843.873 2.947.492

6.071.742 3.092.313

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3.2. Disponibilidades em outras instituições de crédito Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o montante constante da rubrica de DEPÓSITOS

À ORDEM corresponde, essencialmente, a depósitos em Euros e em Dólares Norte

Americanos mantidos junto do Millennium BCP e do Commerzbank.

3.3. Activos financeiros disponíveis para venda Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2012, de acordo com a análise efectuada pelo Banco, não

foram identificados títulos com imparidade.

2012 2011

Disponibilidades sobre Instituições de

crédito no Pais

Depósitos à ordem 3.627.998 4.192.729

Outras disponibilidades 33.498 9.904

3.661.496 4.202.633

2012 2011

Instrumentos de Dívida

Títulos Cotados

Obrigações de emissores públicos nacionais 10.083.579 -

Obrigações de emissores públicos estrangeiros 124.851.571 -

Obrigações de outros emissores nacionais

Dívida não subordinada 46.406.870 -

Obrigações de outros emissores estrangeiros

Dívida não subordinada 7.798.390 -

189.140.410 -

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Em 31 de Dezembro de 2012, esta rubrica tinha o seguinte detalhe:

3.4. Aplicações em instituições de crédito

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

QuantidadeValor

Nominal

Valor de

aquisiçãoJuros

Valor de

balanço /

Justo Valor

Mais-Val ia

(Nota

3 .21)

Menos-Val ia

(Nota 3 .21)

Emitidos por residentes

De dívida públ ica portuguesa

Bilhetes do Tesouro Fevereiro 2013 10.000.000 10.000.000 9.519.392 411.950 9.983.000 51.658 -

Obrigações do Tesouro Out. 2014 100.000 100.000 91.400 5.134 100.579 4.045 -

9.610.792 417.084 10.083.579 55.703 -

De outros emissores residentes

Dívida não subordinada

Papel Comercial Sonae 2.250.000 2.250.000 2.250.000 9.830 2.259.830 - -

Papel Comercial Sonae 8.300.000 8.300.000 8.300.000 38.517 8.338.517 - -

Papel Comercial Jerónimo Martins 11.000.000 11.000.000 10.945.519 16.654 10.962.173 - -

Papel Comercial Mota Engil 10.000.000 10.000.000 9.839.300 31.843 9.871.143 - -

BCP Float 5.350.000 5.350.000 5.133.325 165.577 5.296.026 - (2.876)

CXGD 5/8 200.000 200.000 199.280 867 205.889 5.742 -

Elecport 8.000.000 8.000.000 8.814.471 421.137 9.473.292 237.684 -

45.481 .895 684.425 46.406.870 243.426 (2.876)

Emitidos por não residentes

De emissores públ icos estrangeiros

Obrigações

BTPS 4 3/4 9/15/16 46.000.000 46.000.000 48.209.400 510.428 49.275.958 556.130 -

BTPS 4 1/2 7/15/15 51.000.000 51.000.000 53.235.000 897.445 55.265.946 1.133.501 -

BTPS 3 1/2 11/01/17 20.000.000 20.000.000 19.928.000 118.246 20.309.667 263.421 -

121 .372.400 1 .526. 1 19 124.851 .571 1 .953.052 -

De outros emissores não residentes

Dívida não subordinada

RENPL 7 7.450.000 7.450.000 7.534.985 34.223 7.798.390 229.182 -

7.534.985 34.223 7.798.390 229. 182 -

184.000.072 2.661 .851 189. 140.410 2.481 .363 (2.876)

Instrumentos de dívida

2012 2011

Aplicações em outras Instituições de

crédito no país

Aplicações a curto prazo 65.160.270 101.107.157

Juros a receber 9.203 9.611

65.169.473 101.116.768

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79

As APLICAÇÕES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO PAÍS (excluindo juros

a receber), em vigor em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, apresentavam um prazo de

vencimento residual com a seguinte estrutura:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo desta rubrica diz respeito a aplicações em

Euros e em Dólares Norte Americanos, mantidas junto de 6 contrapartes distintas

(Caixa BI, BBVA, BES, Millennium BCP, Banco BPI e Banco Privado Atlântico) e com

uma taxa de remuneração média de 0,66% no exercício de 2012 e de 0,55% no

exercício de 2011.

2012 2011

Até três meses 64.460.270 100.607.157

De seis a doze meses 700.000 500.000

65.160.270 101.107.157

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3.5. Crédito a Clientes Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2012, cerca de 10.750.000 Euros de créditos concedidos a

clientes encontravam-se colaterizados com penhores de depósitos a prazo.

2012 2011

Crédito não titulado

Interno

Empresas

Descobertos em depósitos à ordem 9 -

Empréstimos a curto prazo 20.206.977 9.004.791

Contas correntes caucionadas 14.256.218 4.182.393

Particulares

Descobertos em depósitos à ordem 164 -

Cartões de crédito 9.239 -

Contas correntes caucionadas 489.372 479.750

Outros fins 254.583 130.000

Ao Exterior

Empresas

Descobertos em depósitos à ordem 23 -

Cartões de crédito 1.380 -

Contas correntes caucionadas - 4.307.932

Outros fins 7.917.521 2.127.833

Particulares

Cartões de crédito 34.084 -

Outros fins 6.403.290 4.599.352

Créditos e juros vencidos 212.931 -

49.785.791 24.832.051

Juros e comissões associadas ao custo amortizado

Juros a receber 424.769 202.097

Comissões a receber 7.735 -

Receitas com rendimento diferido (326.697) (17.599)

105.807 184.498

Provisões e imparidades (Nota 3.16)

Para crédito e juros vencidos (21.015) -

Para risco país (460.140) (271.626)

(481.155) (271.626)

49.410.443 24.744.923

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Em 31 de Dezembro de 2011, cerca de 6.810.000 Euros de créditos concedidos a

clientes encontravam-se colaterizados com penhores de depósitos a prazo.

Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica de CRÉDITO E JUROS VENCIDOS apresentava a

seguinte antiguidade:

O movimento ocorrido nas provisões e nas imparidades nos exercícios findos em 31

de Dezembro de 2012 e 2011 é apresentado na Nota 3.16.

Em 31 de Dezembro de 2012, aproximadamente 37.500.000 Euros de créditos foram

concedidos a nove entidades.

Em 31 de Dezembro de 2011, aproximadamente 11.000.000 Euros de créditos foram

concedidos a três entidades.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais de vencimento do CRÉDITO A

CLIENTES (excluindo crédito e juros vencidos, juros e comissões associadas ao custo

amortizado) apresentam a seguinte estrutura:

Antiguidade do vencido Vencido Vicendo Total Provisão

Até 30 dias 3.086 450.000 453.086 31

De 30 a 60 dias 209.845 4.547.522 4.757.367 20.984

212.931 4.997.522 5.210.453 21.015

31 Dez. 12

Crédito

2012 2011

Até três meses 4.444.151 7.782.756

De três meses a um ano 24.168.753 11.730.998

De um ano a cinco anos 20.959.956 5.318.297

49.572.860 24.832.051

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A composição da carteira de CRÉDITO A CLIENTES, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011,

por sectores de actividade é a seguinte:

Valor Crédito Vencido Total % Valor %

Residentes

Particulares 753.358 - 753.358 1,5 - -

Actividades imobiliárias 12.492.331 - 12.492.331 25,1 - -

Construção 7.907.099 - 7.907.099 15,9 - -

Serviços prestados às empresas 5.873.787 - 5.873.787 11,8 - -

Indústrias alimentares 589.986 3.085 593.071 1,2 478.960 59,3

Actividades recreativas, culturais e desportivas 4.600.000 - 4.600.000 9,2 - -

Agricultura, silvicultura, caça e pesca - - - - 131.670 16,3

Saúde e acção social 3.000.000 - 3.000.000 6,0 - -

Não Residentes

Particulares 6.437.374 - 6.437.374 12,9 - -

Actividades imobiliárias 4.547.540 209.846 4.757.386 9,6 - -

Serviços prestados às empresas 3.370.005 - 3.370.005 6,8 - -

Actividades financeiras - - - - 197.059 24,4

Indústrias alimentares 1.380 - 1.380 - - -

Total Crédito 49.572.860 212.931 49.785.791 100,0 807.689 100,0

31 Dez. 12

Crédito sobre Clientes Garantias Prestadas

Valor Crédito Vencido Total % Valor %

Residentes

Comércio, restaurantes e hotéis - - - - 386.429 52,1

Particulares 609.750 - 609.750 2,5 - -

Actividades imobiliárias 9.004.791 - 9.004.791 36,3 - -

Serviços prestados às empresas 2.503.890 - 2.503.890 10,1 - -

Indústrias alimentares 500.000 - 500.000 2,0 - -

Transportes 798.503 - 798.503 3,2 - -

Saúde e acção social 380.000 - 380.000 1,5 - -

Não Residentes

Particulares 4.599.352 - 4.599.352 18,5 - -

Actividades imobiliárias 4.468.661 - 4.468.661 18,0 - -

Actividades financeiras - - - - 355.514 47,9

Sociedades Gestoras de Participações Sociais 1.964.629 - 1.964.629 7,9 - -

Outros 2.475 - 2.475 0,0 - -

Total do Crédito 24.832.051 - 24.832.051 100,0 741.943 100,0

1) Exclui crédito vencido, juros a receber e comissões associadas ao custo amortizado

31 Dez. 11

Crédito sobre Clientes 1

Garantias Prestadas 1

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3.6. Activos financeiros detidos até a maturidade Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

A maturidade da carteira de obrigações e outros títulos de rendimento fixo incluídos

na rubrica ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE é a seguinte:

No decorrer do segundo semestre de 2012, o Banco procedeu à venda (antes da data

prevista de reembolso) de títulos da carteira de activos financeiros detidos até à

maturidade, tendo essa venda gerado uma mais-valia de 265.000 Euros. Desta forma,

dando cumprimento às disposições da IAS 39, o Banco deixou de poder classificar

nesta rubrica a sua carteira de títulos, pelo que os mesmos foram reclassificados para

a rubrica de ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA (Nota 3.3).

O impacto da reclassificação desses títulos, excluindo o efeito fiscal, é descrito como

se segue:

2012 2011

Instrumentos de Dívida

Títulos Cotados

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos - 118.296.346

De outros emissores - 36.522.713

- 154.819.059

2012 2011

Até três meses - 153.184.571

De três meses a um ano - 1.538.690

De um ano a cinco anos - 95.798

- 154.819.059

Títulos reclassificados no exercício de 2012 Valor

Valor de aquisição com convergência na data de reclassificação 31.479.450

Valor de aquisição com convergência em 31 de Dezembro de 2012 31.669.987

Justo valor dos títulos reclassificados em 31 de Dezembro de 2012 32.189.681

Reserva de justo valor dos títulos reclassificados em 31 de Dezembro de 2012 519.694

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84

Em 31 de Dezembro de 2011, esta rubrica tinha o seguinte detalhe:

Em 31 de Dezembro de 2011, esta rubrica incluía 18.627 Euros referente a juros corridos.

Natureza e Espécie dos

TítulosQuantidade Valor Nominal Preço Moeda

Valor de

aquisição

(Euros)

Valor de

balanço

(Euros)

Emitidos por residentes

De emissores públicos

BT 20 Jan 2012 43.000.000 1 0,98200 Eur 42.226.179 42.883.241

BT 17 Fev 2012 10.000.000 1 0,98740 Eur 9.873.975 9.934.920

ECP Republica Portuguesa Jan/12 40.000.000 1 0,76574 Usd 30.629.448 30.882.785

ECP Republica Portuguesa Fev/12 30.000.000 1 0,76634 Usd 22.990.123 23.018.804

ECP Republica Portuguesa Mar/12 15.000.000 1 0,76350 Usd 11.452.455 11.480.798

OT Out/2014 3,6% 10.000.000 0,01 0,91400 Eur 91.400 95.798

117.263.580 118.296.346

De outros emissores

De outros residentes

EDP 31/Jan/12 2,25% 5.000.000 1 0,99800 Eur 4.990.020 4.990.430

Portugal Telecom 31/Jan/12 2,58% 10.000.000 1 1,00000 Eur 10.000.000 10.000.259

14.990.020 14.990.689

De outros não residentes

ENI 13/Jan/12 0,86% 10.000.000 1 0,99967 Eur 9.996.676 9.996.926

Bank of austria 13/Jan/12 1% 10.000.000 1 0,99961 Eur 9.996.113 9.996.408

Elecport Nov/12 5,38% 2.000.000 1 0,76223 Usd 1.524.461 1.538.690

21.517.250 21.532.024

36.507.270 36.522.713

153.770.850 154.819.059

Instrumentos de Dívida

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3.7. Outros activos tangíveis

O movimento ocorrido na rubrica de OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 foi o seguinte:

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, as aquisições ocorridas nas rubricas de DESPESAS EM EDIFÍCIOS ARRENDADOS E

MOBILIÁRIO E MATERIAL corresponderam, essencialmente, às despesas incorridas com as obras efectuadas na nova sede do Banco e

respectivo mobiliário.

Aquisições Transferên-

cias

Transferên-

cias

Imóveis

Despesas em edifícios arrendados 234.448 3.344.487 - 314.085 3.893.020 52.776 242.648 - - 295.424 181.672 3.597.596

234.448 3.344.487 - 314.085 3.893.020 52.776 242.648 - - 295.424 181.672 3.597.596

Equipamento

Mobiliário e material 447.710 434.707 (7.345) - 875.072 185.570 60.651 (6.429) - 239.792 262.140 635.280

Máquinas e ferramentas 8.540 72.530 - - 81.070 5.056 2.730 - - 7.786 3.484 73.284

Equipamento informático 5.094 - - - 5.094 3.304 1.074 - - 4.378 1.790 716

Instalações interiores 13.023 - - - 13.023 2.985 1.628 - - 4.613 10.038 8.410

Material de transporte 141.355 125.000 - - 266.355 73.623 63.984 - - 137.607 67.732 128.748

Equipamento de segurança 12.264 16.418 - - 28.682 4.078 1.845 - - 5.923 8.186 22.759

627.986 648.655 (7.345) - 1.269.296 274.616 131.912 (6.429) - 400.099 353.370 869.197

862.434 3.993.142 (7.345) 314.085 5.162.316 327.392 374.560 (6.429) - 695.523 535.042 4.466.793

Activos tangíveis em curso 314.085 517 - (314.085) 517 - - - - - 314.085 517

1.176.519 3.993.659 (7.345) - 5.162.833 327.392 374.560 (6.429) - 695.523 849.127 4.467.310

Saldo em

31 Dez. 12

Saldo em

31 Dez. 11

Saldo em

31 Dez. 12

Valor bruto Amortizações Valor LÍquido

Saldo em

31 Dez. 11

Alienações e

abates

Saldo em

31 Dez. 12

Saldo em

31 Dez. 11

Amortiza-

ções do

exercício

Alienações

e abates

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86

O movimento ocorrido na rubrica de OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 foi o seguinte:

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, as aquisições ocorridas na rubrica de ACTIVOS TANGÍVEIS EM CURSO corresponderam,

essencialmente, às despesas incorridas com as obras da futura sede do Banco.

Aquisições Transferên-

cias

Transferên-

cias

Imóveis

Despesas em edifícios arrendados 231.278 3.170 - - 234.448 29.598 23.178 - - 52.776 201.680 181.672

231.278 3.170 - - 234.448 29.598 23.178 - - 52.776 201.680 181.672

Equipamento

Mobiliário e material 445.310 2.400 - - 447.710 134.577 50.993 - - 185.570 310.733 262.140

Máquinas e ferramentas 8.214 326 - - 8.540 3.849 1.207 - - 5.056 4.365 3.484

Equipamento informático 5.094 - - - 5.094 1.498 1.806 - - 3.304 3.596 1.790

Instalações interiores 13.023 - - - 13.023 1.357 1.628 - - 2.985 11.666 10.038

Material de transporte 141.355 - - - 141.355 38.284 35.339 - - 73.623 103.071 67.732

Equipamento de segurança 11.608 656 - - 12.264 2.179 1.899 - - 4.078 9.429 8.186

624.604 3.382 - - 627.986 181.744 92.872 - - 274.616 442.860 353.370

855.882 6.552 - - 862.434 211.342 116.050 - - 327.392 644.540 535.042

Activos tangíveis em curso 252.585 61.500 - - 314.085 - - - - - 252.585 314.085

1.108.467 68.052 - - 1.176.519 211.342 116.050 - - 327.392 897.125 849.127

Valor LÍquido

Saldo em

31 Dez.

10

Alienações e

abates

Saldo em

31 Dez. 11

Saldo em

31 Dez.

10

Amortiza-

ções do

exercício

Alienações

e abates

Saldo em

31 Dez. 11

Saldo em

31 Dez.

10

Saldo em

31 Dez.

11

Valor bruto Amortizações

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3.8. Activos intangíveis

O movimento ocorrido nas rubricas de ACTIVOS INTANGÍVEIS durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 foi o seguinte:

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, as aquisições ocorridas nos ACTIVOS INTANGÍVEIS dizem respeito, essencialmente, ao

investimento que o Banco está a efectuar nos seus sistemas de informação e à aquisição da marca ATLÂNTICO.

Aquisições Transferên-

cias

Transferên-

cias

Activos intangíveis

Software 1.105.585 77.591 - - 1.183.176 393.475 360.953 - - 754.428 712.110 428.748

Outros activos intangíveis 72.100 98.400 - - 170.500 72.100 - - - 72.100 - 98.400

1.177.685 175.991 - - 1.353.676 465.575 360.953 - - 826.528 712.110 527.148

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - - - -

1.177.685 175.991 - - 1.353.676 465.575 360.953 - - 826.528 712.110 527.148

Valor bruto Amortizações Valor Líquido

Saldo em 31

Dez. 11

Alienações e

abates

Saldo em 31

Dez. 12

Saldo em 31

Dez. 11

Amortiza-

ções do

exercício

Alienações e

abates

Saldo em

31 Dez. 12

Saldo em 31

Dez. 11

Saldo em 31

Dez. 12

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88

O movimento ocorrido nas rubricas de ACTIVOS INTANGÍVEIS durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 foi o seguinte:

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, as aquisições ocorridas nos ACTIVOS INTANGÍVEIS e nos ACTIVOS INTANGÍVEIS EM

CURSO corresponderam, essencialmente, ao investimento que o Banco estava a efectuar nos seus sistemas de informação.

Aquisições Transferên-

cias

Transferên-

cias

Activos intangíveis

Software 685.689 350.482 - 69.414 1.105.585 183.314 234.876 (24.715) - 393.475 502.375 712.110

Outros activos intangíveis 72.100 - - - 72.100 72.100 - - - 72.100 - -

757.789 350.482 - 69.414 1.177.685 255.414 234.876 (24.715) - 465.575 502.375 712.110

Activos intangíveis em curso 69.414 - - (69.414) - - - - - - 69.414 -

827.203 350.482 - - 1.177.685 255.414 234.876 (24.715) - 465.575 571.789 712.110

Saldo

em 31

Dez. 10

Alienações e

abates

Saldo em 31

Dez. 11

Alienações e

abates

Saldo em

31 Dez. 11

Valor bruto

Amortiza-

ções do

exercício

Saldo

em 31

Dez. 10

Amortizações Valor Líquido

Saldo

em 31

Dez. 10

Saldo

em 31

Dez. 11

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Relatório e Contas 2012

89

3.9. Investimentos em filiais, associadas e entidades sob controlo conjunto

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o investimento em empresas filiais registado pelo seu

custo de aquisição, corresponde a:

A Atlântico Europa Capital Lux Co foi constituída em 30 de Julho de 2010, encontrando-se

em fase inicial de actividade. O aumento ocorrido em 2012 na rubrica INVESTIMENTOS EM

FILIAIS corresponde à realização de prestações acessórias na empresa participada.

Em 31 de Dezembro de 2012, os principais dados financeiros da empresa filial são como

seguem:

3.10. Activos por impostos Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, estas rubricas têm a seguinte composição:

O detalhe e o movimento da rubrica de ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS são apresentados na Nota 3.28.

31 Dez. 12 31 Dez. 11 31 Dez. 12 31 Dez. 11

Atlântico Europa Capital Lux Co 100 100 315.000 55.000

315.000 55.000

Participação efectiva (%) Custo de aquisição

Entidade Sede Activo Lucro/(Prejuízo)Capital

Próprio

Atlântico

Europa

Capital Lux Co

Luxemburgo 299.064 (13.254) 22.854

2012 2011

Activos por impostos correntes

Outros 22.936 11.834

Activos por impostos diferidos

Por prejuízos fiscais 964.946 1.213.656

987.882 1.225.490

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90

3.11. Outros activos Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo da rubrica OUTROS DEVEDORES DIVERSOS

pode ser resumida como segue:

2012 2011

Devedores e outras aplicações

Cauções (Nota 3.27) 617.361 68.361

Outros devedores diversos 5.528.292 2.355.199

6.145.653 2.423.560

Despesas com encargo diferido

Rendas 114.778 27.200

Seguros 95.425 80.896

Outras 75.049 29.500

285.252 137.596

Outras contas de regularização

Operações activas a regularizar - 4.113.693

- 4.113.693

6.430.905 6.674.849

2012 2011

Outros devedores diversos:

Entidades relacionadas:

Banco Privado Atlântico 3.892.507 553.690

Atlântico Europa SGPS 302.799 247.290

Nasoluma 8.675 6.022

Atlântico Europa Capital 17.410 8.402

Outras:

Adiantamentos por conta de investimentos

financeiros a realizar668.911 784.771

Contas a receber por serviços prestados de

assessoria financeira500.938 638.324

Outros devedores diversos 137.052 116.700

5.528.292 2.355.199

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91

Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica OPERAÇÕES ACTIVAS A REGULARIZAR

incluía 1.613.693 Euros respeitantes a títulos da carteira própria do Banco que se

encontravam a aguardar liquidação financeira, a qual ocorreu nos primeiros dias de 2012.

Adicionalmente, incluía 2.500.000 Euros respeitantes à facturação efectuada ao Banco

Privado Atlântico, S.A. (Angola) por serviços prestados, os quais foram liquidados no início

de 2012.

3.12. Recursos de bancos centrais Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica de Recursos de bancos centrais corresponde a

depósitos mantidos junto do Banco de Portugal, no âmbito da tomada de fundos junto do

Banco Central Europeu. Estes depósitos são garantidos por penhor de títulos cujo valor

nominal ascende a, aproximadamente, 127.000.000 Euros.

3.13. Instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica de PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE

RESULTADOS respeita à reavaliação negativa das operações de compra a prazo de moeda.

Em 31 de Dezembro de 2012, as operações acima referidas encontram-se valorizadas de

acordo com os critérios descritos na Nota 2.3. g). Naquela data, o montante nocional e o

valor contabilístico dos instrumentos financeiros derivados apresentam a seguinte

desagregação:

2012 2011

Recursos de bancos centrais

Depósitos 127.000.000 -

Juros a pagar 32.583 -

127.032.583 -

operações cambiais a prazo

- Compra 64.175.383 (826.821)

- Venda 65.000.000 -

129.175.383 (826.821)

Mercado de balcão (OTC)

Montante

nocional

Valor

contabi l ístico

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92

A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro

de 2012 por prazos residuais apresenta o seguinte detalhe:

A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro

de 2012 por tipo de contraparte apresenta o seguinte detalhe:

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE

RESULTADOS respeita à reavaliação positiva das operações de compra a prazo de moeda.

Naquela data, o montante nocional e o valor contabilístico dos instrumentos financeiros

derivados apresentam a seguinte desagregação:

operações cambiais a prazo

- Compra 64.175.383 - - 64.175.383

- Venda 65.000.000 - - 65.000.000

129.175.383 - - 129.175.383

< 3 mesesentre 3 e 6

meses

Mercado de balcão (OTC)

> 6 meses Total

Operações cambiais a prazo

- Compra

- Instituições Financeiras 64.175.383

- Venda

- Instituições Financeiras 65.000.000

129.175.383

2012

operações cambiais a prazo

- Compra 48.143.450 1.315.308

- Venda 46.850.000 -

94.993.450 1.315.308

Mercado de balcão (OTC)

Montante

nocional

Valor

contabi l ístico

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93

A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro

de 2011 por prazos residuais apresenta o seguinte detalhe:

A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro

de 2011 por tipo de contraparte apresenta o seguinte detalhe:

3.14. Recursos de outras instituições de crédito Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

operações cambiais a prazo

- Compra 48.143.450 - - 48.143.450

- Venda 46.850.000 - - 46.850.000

94.993.450 - - 94.993.450

< 3 mesesentre 3 e 6

meses

Mercado de balcão (OTC)

> 6 meses Total

Operações cambiais a prazo

- Compra

- Instituições Financeiras 48.143.450

- Venda

- Instituições Financeiras 46.850.000

94.993.450

2012 2011

Recursos de Instituições de crédito no país

Depósitos a prazo e outros recursos 3.823.050 38.822

Juros a pagar 1.600 -

3.824.650 38.822

Recursos de Instituições de crédito no

estrangeiro

Depósitos a prazo e outros recursos 54.510.445 26.331.651

Juros a pagar 213.778 100.004

54.724.223 26.431.655

58.548.873 26.470.477

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94

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais dos RECURSOS DE OUTRAS

INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO (excluindo juros a pagar), apresentavam a seguinte estrutura:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os DEPÓSITOS A PRAZO eram remunerados à taxa de

juro média de 1,72% e 1,93%, respectivamente.

3.15. Recursos de clientes e outros empréstimos Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros

empréstimos (excluindo juros a pagar), apresentavam a seguinte estrutura:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, cerca de 52% e 82% do total de Depósitos de clientes

encontravam-se concentrados em cinco clientes.

2012 2011

Até três meses 28.409.507 18.498.313

De três meses a um ano 26.347.713 7.439.360

De um ano a cinco anos 3.576.275 432.800

58.333.495 26.370.473

2012 2011

Depósitos à ordem 30.919.730 152.449.032

Depósitos a prazo 56.844.407 72.089.980

Juros a pagar 548.031 302.770

88.312.168 224.841.782

2012 2011

Até três meses 63.469.712 202.852.923

De três meses a um ano 23.971.292 21.686.089

De um ano a cinco anos 323.133 -

87.764.137 224.539.012

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95

3.16. Provisões e imparidades O movimento ocorrido nas PROVISÕES e nas IMPARIDADES durante o exercício findo em 31

de Dezembro de 2012 foi o seguinte:

O movimento ocorrido nas PROVISÕES e IMPARIDADES durante o exercício findo em 31 de

Dezembro de 2011 foi o seguinte:

3.17. Passivos por impostos correntes

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

Saldos em Reposições e Outros Saldos em

31 Dez. 11 Reforços anulações movimentos 31 Dez. 12

Provisões:

Crédito Concedido

164.733 392.829 (255.252) - - 302.310

164.733 392.829 (255.252) - - 302.310

Imparidades:

271.626 356.912 (168.399) - 1 460.140

Crédito e juros vencidos - 21.015 - - - 21.015

271.626 377.927 (168.399) - 1 481.155

436.359 770.756 (423.651) - 1 783.465

2012

Transfêren-

cias

Riscos Gerais de Crédito

Risco País

Saldos em Reposições e Outros Saldos em

31 Dez. 10 Reforços anulações movimentos 31 Dez. 11

Provisões:

Crédito Concedido

58.675 123.004 (16.946) - - 164.733

58.675 123.004 (16.946) - - 164.733

Imparidades:

- 311.144 (39.518) - - 271.626

- 311.144 (39.518) - - 271.626

58.675 434.148 (56.464) - - 436.359

2011

Riscos Gerais de Crédito

Risco País

Transfêren-

cias

2012 2011

Passivos por impostos correntes

Estimativa de imposto a pagar 102.800 -

Tributação autónoma 72.311 71.620

175.111 71.620

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias (Nota 3.21) 656.799 -

831.910 71.620

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96

3.18. Outros passivos Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2012, o aumento ocorrido no saldo da rubrica ENCARGOS A PAGAR

– POR GASTOS COM PESSOAL é justificado, essencialmente, pelo facto de em 2012 ter sido

registada uma estimativa de prémios a pagar em 2013 superior em 120.000 Euros à

estimativa registada no último exercício e pelo aumento do número de colaboradores do

Banco.

2012 2011

Credores e outros recursos

Sector Público Administrativo

IVA a pagar 50.466 29.075

Retenção de impostos na fonte 124.287 90.906

Contribuições para a Segurança Social 79.281 59.879

Outros - 3

Cobranças por conta de terceiros 333 333

Credores diversos

Fornecedores conta corrente 207.884 225.298

462.251 405.494

Encargos a pagar

Por gastos com pessoal 944.350 723.880

944.350 723.880

Receitas com rendimento diferido

Outras - 147.917

- 147.917

Outras contas de regularização

Operações passivas a regularizar 470.336 54.242

470.336 54.242

1.876.937 1.331.533

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97

3.19. Contas extrapatrimoniais Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 807.689 741.943

Garantias recebidas 44.097.519 30.366.592

Créditos documentários 5.158.476 -

50.063.684 31.108.535

Compromissos Assumidos por Terceiros

Linhas de crédito irrevogáveis 2.271.314 462.496

2.271.314 462.496

Responsabilidades por prestação de serviços

Por depósito e guarda de valores 35.841.053 24.038.961

35.841.053 24.038.961

Serviços prestados por terceiros

Titulos da carteira de clientes 35.841.053 24.038.961

Titulos da carteira própria 184.000.072 154.819.060

219.841.125 178.858.021

Operações cambiais e instrumentos derivados

Mercado de balcão (OTC)

operações cambiais a prazo

- Compra 64.175.383 48.143.450

- Venda 65.000.000 46.850.000

129.175.383 94.993.450

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3.20. Capital e outros instrumentos de capital

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a estrutura accionista do Banco é a seguinte:

Em Dezembro de 2011, a Atlântico Europa SGPS, S.A. procedeu a um aumento de capital

social no montante total de 32.000.000 Euros, representado por 32.000.000 novas acções.

Este aumento de capital foi realizado por entrada de numerário (28.000.000 Euros) e pela

conversão das prestações acessórias existentes (4.000.000 Euros).

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o capital social do Banco é representado por

50.000.000 de acções com um valor nominal de 1 Euro, totalmente subscritas e realizadas.

3.21. Reservas de reavaliação, outras reservas e resultados transitados e resultado

líquido do exercício

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

Conforme deliberado na Assembleia Geral de 19 de Março de 2012, o resultado líquido do

exercício de 2011, no montante negativo de 1.402.956 Euros foi transferido para resultados

transitados.

Reserva legal De acordo com a legislação em vigor, o Banco deverá destinar uma fracção não inferior a

10% dos lucros líquidos apurados em cada exercício à formação de uma reserva legal, até

um limite igual ao valor do capital social ou ao somatório das reservas livres constituídas e

dos resultados transitados, se superior. A reserva legal não está disponível para distribuição,

excepto em caso de liquidação do Banco, podendo apenas ser utilizada para aumentar o

capital social ou para compensar prejuízos, após esgotadas as demais reservas.

Número de Número de

acções acções

Atlântico Europa SGPS S.A. 50.000.000 50.000.000 100% 50.000.000 50.000.000 100%

50.000.000 50.000.000 100% 50.000.000 50.000.000 100%

Entidade Montante %

2012 2011

Montante %

2012 2011

Reservas de reavaliação 1.821.688 -

Resultados transitados (4.072.565) (2.669.609)

Resultado líquido do exercício 701.084 (1.402.956)

(1.549.793) (4.072.565)

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Reservas de reavaliação

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o detalhe da rubrica de “Reservas de reavaliação” é

como se segue:

3.22. Margem financeira

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte

composição:

2012 2011

Reservas de reavaliação

Reservas resultantes da valorização ao justo valor

de activos financeiros, disponíveis para venda (Nota 3.3)

Instrumentos de dívida

Títulos 2.478.487 -

2.478.487 -

Reservas por impostos diferidos

Resultantes da valorização ao justo valor

de activos financeiros disponíveis para venda

Impostos diferidos passivos (Nota 3.17) (656.799) -

(656.799) -

1.821.688 -

2012 2011

Juros e Rendimentos Similares

Disponibilidades em outras instituições de crédito 27.872 43.880

Aplicações em instituições de crédito 1.035.778 688.980

Crédito a clientes 2.507.076 1.103.885

Activos financeiros ao justo valor através de resultados 2.208 925

Activos financeiros disponíveis para venda 2.174.583 468.902

Activos financeiros detidos até à maturidade 3.200.090 1.562.627

8.947.607 3.869.199

Juros e Encargos Similares

Recursos de bancos centrais (394.835) -

Recursos de outras instituições de crédito (649.698) (376.956)

Recursos de clientes e outros empréstimos (1.453.821) (718.272)

Disponibilidades (67) (2)

(2.498.421) (1.095.230)

Margem Financeira 6.449.186 2.773.969

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3.23. Rendimentos e encargos com serviços e comissões

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, estas rubricas apresentam a

seguinte composição:

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica COMISSÕES RECEBIDAS

– POR OPERAÇÕES REALIZADAS POR CONTA DE TERCEIROS refere-se, essencialmente,

a comissões cobradas no âmbito de um contrato estabelecido com um cliente para a

assessoria na montagem e estruturação da aquisição de uma participação de capital.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica COMISSÕES RECEBIDAS –

COMPROMISSOS ASSUMIDOS referia-se à comissão obtida no âmbito de uma operação de

aumento de capital de uma instituição financeira.

2012 2011

Comissões Recebidas

Por garantias prestadas 105.046 37.999

Por compromissos assumidos - 333.333

Por serviços prestados

Transferência de valores 50.516 32.660

Operações de crédito 322.439 71.759

Depósito e guarda de valores - 52.094

Por operações realizadas por conta de terceiros 395.756 747.696

Outras comissões recebidas 54.830 6.640

928.587 1.282.181

Comissões pagas

Por operações sobre instrumentos financeiros - (18.997)

Por serviços bancários prestados por terceiros (28.712) (15.609)

Outras comissões pagas (83.509) (68.911)

(112.221) (103.517)

816.366 1.178.664

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3.24. Resultados em operações financeiras

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte

composição:

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica GANHOS E PERDAS EM ACTIVOS

FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA E DETIDOS ATÉ À MATURIDADE inclui 265.000 Euros

relativos à alienação de títulos registados na carteira de activos financeiros detidos até a

maturidade (Nota 3.6).

3.25. Outros resultados de exploração

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte

composição:

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo da rubrica OUTRAS

RECEITAS OPERACIONAIS respeita, essencialmente, à remuneração obtida pelo Banco nos

serviços prestados em regime de subcontratação ao Banco Privado Atlântico (Angola), S.A.

na estruturação, montagem e implementação de operações na área da Banca de

Investimento.

2012 2011

Ganhos e perdas em operações financeiras

Ganhos e perdas de reavaliação cambial 1.662.938 (1.180.226)

Ganhos e perdas em activos financeiros avaliados ao

justo valor através de resultados(826.821) 1.395.424

Ganhos e perdas em activos financeiros disponíveis

para venda e detidos até à maturidade

813.434 583

1.649.551 215.781

2012 2011

Outros rendimentos de exploração

Outras receitas operacionais 3.335.842 2.582.127

3.335.842 2.582.127

Outros encargos de exploração

Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos (41.958) (20.000)

Quotizações e donativos (2.720) (450)

Impostos indirectos (6.196) (4.894)

Outros (34) -

(50.908) (25.344)

3.284.934 2.556.783

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3.26. Custos com o Pessoal

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte

composição:

Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica REMUNERAÇÕES A EMPREGADOS inclui cerca de

460.000 Euros relativos a prémios ao pessoal, dos quais cerca de 340.000 Euros respeitam

ao exercício de 2012 a pagar em 2013 e cerca de 120.000 Euros respeitam ao exercício de

2011 pagos em 2012.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o número de efectivos ao serviço do Banco, distribuído

pelas respectivas categorias profissionais, era o seguinte:

2012 2011

Remunerações dos órgãos de gestão e fiscalização 604.693 686.250

Remunerações a empregados 3.166.400 2.463.395

Encargos sociais obrigatórios 722.797 565.958

Outros custos com o pessoal 173.503 125.337

4.667.393 3.840.940

2012 2011

Administradores 4 5

Quadros superiores 17 21

Quadros técnicos e administrativos 52 24

73 50

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3.27. Gastos gerais administrativos Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta a seguinte

composição:

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica RENDAS E ALUGUERES inclui,

essencialmente, as rendas relativas às instalações onde o Banco opera e mantém a sua

sede.

De acordo com o contrato de arrendamento estabelecido com a Ifogest – Consultadoria de

Investimentos, S.A., é estabelecido que o arrendamento vigorará por um prazo de 20 anos,

renovável por períodos, iguais ou sucessivos, de dois anos, se não for denunciado pelas

partes. A renda anual será de 1.320.000 Euros, actualizada anualmente de acordo com o

nível de inflação. A título de caução pelo arrendamento, o Banco adiantou um montante de

550.000 Euros (Nota 3.11).

Os honorários totais facturados e a facturar pelo Revisor Oficial de Contas, relativos ao

exercício de 2012, ascenderam a 84.500 Euros, sendo detalhados conforme se segue:

2012 2011

Gastos Gerais Administrativos

Com fornecimentos

Água, energia e combustíveis 43.851 22.652

Material de consumo corrente 78.946 22.207

Outros fornecimentos e serviços de terceiros 45.325 33.243

Com Serviços

Consultores e Auditores Externos 1.718.269 873.326

Rendas e alugueres 1.073.046 642.718

Comunicações 873.906 784.538

Deslocações, estadas e representações 667.573 819.611

Informações 221.026 265.546

Segurança, vigilância e limpeza 98.513 25.898

SIBS 87.616 108.549

Publicações e edição de publicações 63.406 53.526

Conservação e Reparação 46.292 10.111

Seguros 34.855 33.097

Formação 32.321 70.656

Serviços judiciais, contencioso e notariado 17.379 21.800

Transportes 3.303 2.740

Informática 5.838 1.218

Estudos e Consultas 1.599 -

Outros serviços de terceiros 86.789 39.895

5.199.853 3.831.331

Revisão Legal das Contas Anuais 23.000

Outros serviços de garantia de fiabilidade 61.500

84.500

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104

3.28. Imposto Sobre os lucros

O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do

resultado contabilístico devido a ajustamentos resultantes de custos ou proveitos não

relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos

contabilísticos. As principais situações geradoras desses ajustamentos estão relacionadas

com as Provisões, nomeadamente: (i) no âmbito do artigo 35º-A do Código de IRC não são

aceites como custo fiscal do exercício as provisões para risco específico e risco-país no que

respeita a créditos cobertos por direitos reais sobre bens imóveis, e (ii) de acordo com as

disposições do artigo 34º do Código de IRC, não são consideradas como custo fiscal as

provisões para riscos gerais de crédito.

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, nos exercícios de 2012 e

2011, podem ser apresentados como segue:

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2012 e

2011 pode ser demonstrada como segue:

2012 2011

Impostos correntes

Do exercício

Tributação autónoma (72.311) (71.620)

Contribuição para o sector bancário (98.793) (14.565)

Outros - (836)

Estimativa de imposto a pagar (102.800) -

Correcções de exercícios anteriores (26.475) -

(300.379) (87.021)

Impostos diferidos

Prejuízos fiscais reportáveis

reconhecidos / (utilizados) (248.710) 359.749

(248.710) 359.749

(549.089) 272.728

2012 2011

Taxa de Imposto Valor Taxa de Imposto Valor

Resultado antes de impostos 1.250.173 (1.675.684)

Imposto apurado com base na taxa nominal 26,50% 331.296 26,50% (444.056)

Custos não aceites fiscalmente:

Reintegrações não aceites fiscalmente 1,07% 13.340 (0,44%) 7.444

Imparidades e provisões para crédito 4,13% 51.687 (3,30%) 55.279

Correcções de exercícios anteriores 2,90% 36.219 - -

Tributação autónoma 5,78% 72.311 (5,19%) 87.021

Imposto corrente de exercícios anteriores 2,12% 26.475 - -

Contribuição para o sector bancário 7,90% 98.793 (0,87%) 14.565

Outros custos e proveitos não tributáveis 1,40% 17.501 (0,42%) 7.020

Benefícios fiscais (criação líquida de emprego) (7,88%) (98.533) - -

43,92% 549.089 16,28% (272.728)

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105

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e

correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos

para a segurança social), excepto quanto a exercícios de reporte de prejuízos fiscais, em

que o prazo de caducidade é de seis anos. Deste modo, as declarações fiscais do Banco

relativas aos anos de 2009 a 2012 poderão vir a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável

a eventuais correcções.

A recuperabilidade dos activos por impostos diferidos encontra-se suportada por um plano

de negócios elaborado pelo Conselho de Administração, de acordo com o qual o Banco irá

gerar lucro tributável suficiente para recuperar a totalidade dos activos por impostos

diferidos por prejuízos fiscais nos prazos legalmente definidos.

Em 31 de Dezembro de 2012, os prejuízos fiscais reportáveis gerados pelo Banco que deram

origem a ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS podem ser utilizáveis como se segue:

Os prejuízos fiscais reportáveis podem ser utilizados nos quatro exercícios subsequentes

(seis anos para prejuízos fiscais gerados antes de 2010). Contudo, a dedução dos prejuízos

fiscais a efectuar em cada exercício não pode exceder 75% do respectivo lucro tributável,

podendo o remanescente (25%) ser utilizado até ao final do prazo de reporte.

Ano de

Reporte

Ano limite de

utilizaçãoPrejuízo fiscal

Activo por

imposto diferido

Valor

utilizadoValor a utilizar

2009 2015 (1.264.156) 316.039 (248.710) 67.329

2010 2014 (2.151.472) 537.868 - 537.868

2011 2015 (1.438.996) 359.749 - 359.749

1.213.656 (248.710) 964.946

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106

4. Entidades Relacionadas (IAS 24) Saldos com entidades relacionadas Nos termos da IAS 24, são consideradas partes relacionadas do Banco, a Atlântico Europa

SGPS, S.A. e suas participadas, o Banco Privado Atlântico (Angola), S.A. e os titulares de

Órgãos Sociais do Banco, que se discriminam abaixo:

Conselho de Administração

Carlos José da Silva

Baptista Muhongo Sumbe

André Navarro

Augusto Costa Ramiro Baptista

Maria da Conceição Mota Soares de Oliveira Callé Lucas

(renunciou em 27/02/2012)

Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho

Isménio Macedo

Conselho Fiscal

Mário Jorge Carvalho de Almeida

Mário Jorge de Faria da Cruz

João Maria Francisco Wanassi

Nuno Pedro da Silva do Carmo Vaz

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Em 31 de Dezembro de 2012, o balanço e a demonstração do rendimento integral incluem

os seguintes saldos com entidades relacionadas:

Activos

Aplicações em instituições de crédito (Nota 3.4) 2.564.324 - - - 2.564.324

Crédito a clientes (Nota 3.5) - - - 17.311 17.311

Outros activos (Nota 3.11) 3.892.507 302.799 17.410 60.102 4.272.818

6.456.831 302.799 17.410 77.413 6.854.453

Passivos

Recursos de outras instituições de crédito (Nota 3.14) 11.286.127 - - - 11.286.127

Recursos de clientes e outros empréstimos (Nota 3.15) - - - 3.079.986 3.079.986

11.286.127 - - 3.079.986 14.366.113

Capital Próprio

Capital (Nota 3.20) - 50.000.000 - - 50.000.000

- 50.000.000 - - 50.000.000

Proveitos

Juros e rendimentos similares (Nota 3.22) 27.233 - - 882 28.115

Rendimentos de serviços e comissões (Nota 3.23) 48.413 - - 3.462 51.875

Resultados de reavaliação cambial (Nota 3.24) 53.766 - - 9.154 62.920

Outros resultados de exploração (Nota 3.25) 2.853.583 - - - 2.853.583

2.982.995 - - 13.498 2.996.493

Custos

Juros e gastos similares (Nota 3.22) 302.380 - - 55.981 358.361

Custos com pessoal (Nota 3.26) - - - 604.693 604.693

302.380 - - 660.674 963.054

Extrapatrimoniais

Garantias e avales prestadas (Nota 3.19) 2.341.215 - - - 2.341.215

Depósito e guarda de valores (Nota 3.19) - - - 969.760 969.760

2.341.215 - - 969.760 3.310.975

Atlântico

Europa Capital

SGPS, S.A.

2012

TotalBPA S.A.

Atlântico

Europa SGPS,

S.A.

Órgãos

Sociais

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Relatório e Contas 2012

108

Em 31 de Dezembro de 2011, o balanço e a demonstração do rendimento integral incluem os

seguintes saldos com entidades relacionadas:

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as remunerações pagas aos membros dos órgãos

sociais encontram-se discriminadas no Relatório de Gestão.

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos

valores de mercado à respectiva data.

Activos

Outros activos (Nota 3.11) 3.053.690 247.290 8.402 6.022 3.315.404

3.053.690 247.290 8.402 6.022 3.315.404

Passivos

Recursos de outras instituições de crédito (Nota 3.14) 11.877.976 - - - 11.877.976

Recursos de clientes e outros empréstimos (Nota 3.15) - - - 4.215.348 4.215.348

11.877.976 - - 4.215.348 16.093.324

Capital próprio

Capital (Nota 3.20) - 50.000.000 - - 50.000.000

- 50.000.000 - - 50.000.000

Proveitos

Outros receitas operacionais (Nota 3.25) 1.985.509 - - - 1.985.509

1.985.509 - - - 1.985.509

Custos

Juros e gastos similares (Nota 3.22) 372.836 - - - 372.836

Custos com pessoal (Nota 3.26) - - - 686.250 686.250

372.836 - - 686.250 1.059.086

Extrapatrimoniais

Garantias e avales prestadas (Nota 3.19) 355.574 - - - 355.574

Depósito e guarda de valores (Nota 3.19) - - - 941.890 941.890

355.574 - - 941.890 1.297.464

2011

Atlântico

Europa

SGPS, S.A.

BPA S.A.Órgãos

SociaisTotal

Atlântico

Europa Capital

SGPS, S.A.

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5. Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros

Políticas de gestão dos riscos financeiros inerentes à actividade do Banco

A gestão dos riscos financeiros acompanha a cadeia de valor do Banco, tendo como base a

definição prévia de um perfil de risco aprovado pelo seu Conselho de Administração que

estabelece limites de exposição e níveis de tolerância, tendo em conta a estratégia definida

e a regulamentação em vigor, suportando e direccionando um primeiro nível de gestão de

risco ao nível das áreas comerciais.

Este primeiro nível de gestão do risco é depois complementado, na aceitação do risco, pela

actividade da Direcção de Risco que, de forma independente e assegurando as boas

práticas de segregação de funções, analisa as diferentes exposições, considerando o risco

que lhes está inerente, e avalia os potenciais impactos sobre os níveis de liquidez e

solvabilidade do Banco.

De forma complementar, é realizada uma monitorização permanente e sistemática da

actividade, identificando os factores de risco internos e externos que se revelem

significativos e mensurando potenciais efeitos negativos que estes possam originar no

balanço do Banco.

Procurando dar resposta aos requisitos de reporte identificados ao nível dos princípios da

IFRS 7 referentes a instrumentos financeiros, procede-se de seguida a uma descrição mais

detalhada dos principais riscos financeiros da actividade do Banco: risco de crédito, risco de

liquidez e risco de mercado, expondo-se de que forma estes são geridos e monitorizados.

Complementa-se esta divulgação com um subcapítulo específico sobre a valorização a

justo valor do balanço do Banco.

Risco de crédito

O risco de crédito representa a possibilidade de ocorrerem perdas no valor do activo do

Banco, em consequência do incumprimento das obrigações contratuais, por motivos de

insolvência ou incapacidade de pessoas singulares ou colectivas de honrar os

compromissos estabelecidos.

O Banco tem processos internos que possibilitam a identificação, avaliação,

acompanhamento e controlo permanente do risco de crédito, abrangendo os diferentes

factores de risco que se revelam significativos para a actividade da instituição, o que

assegura uma gestão do risco efectiva quer ao nível individual, por operação, quer ao nível

global da carteira de crédito.

Esta abordagem de gestão do risco de crédito tem-se revelado adequada, na medida em

que não existe histórico de incumprimento nas operações com o Banco, verificando-se

apenas situações pontuais e materialmente pouco relevantes de crédito vencido, que são

rapidamente saneadas através de uma acção coordenada na identificação dessas situações

e na sua resolução no contacto com os clientes.

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Relatório e Contas 2012

110

Qualidade de crédito dos activos financeiros sem incumprimentos ou imparidade

O processo de avaliação de risco de crédito acompanha diferentes partes da cadeia de

valor do Banco, iniciando-se ao nível das áreas comerciais, através de uma análise cuidada

do cliente e da operação à luz das políticas de concessão de crédito e do perfil de risco

definidos para o Banco, periodicamente revistos e actualizados.

Caso a operação seja viável e o respectivo nível de risco seja considerado adequado, é

elaborada uma proposta que é submetida para apreciação da Direcção de Risco, que emite

um parecer independente e devidamente fundamentado com base nos critérios de

avaliação estabelecidos e formalizados na sua política e manuais operacionais. Tendo por

base os elementos identificados, a decisão final sobre a aprovação das operações é

realizada ao nível do Comité de Crédito.

A posterior monitorização e acompanhamento do crédito concedido é responsabilidade da

Direcção de Risco. Para isso, são utilizados um conjunto de mecanismos e ferramentas de

controlo e de mensuração do risco que permitem proceder a uma análise permanente dos

clientes e respectivas operações no sentido de detectar sinais de alerta que permitam

identificar, de forma atempada, situações de potencial incumprimento que possam impactar

a actividade regular do Banco. Neste contexto, a Direcção de Risco realiza, entre outras, as

seguintes actividades:

Monitorização da adequação dos limites à capacidade creditícia dos clientes e às

suas necessidades de financiamento;

Monitorização dos créditos concedidos a contrapartes, a Grupos Económicos ou a

determinados países procurando assim identificar situações de concentração

excessiva do risco;

Acompanhamento das contrapartes financeiras e revisão da adequação dos limites

de exposição definidos;

Acompanhamento do comportamento global e individual da carteira de crédito e

identificação de potenciais necessidades de reforço das garantias constituídas;

Monitorização da execução dos termos e condições dos contratos de crédito;

Monitorização do cumprimento das condições inerentes a covenants incluídas nos

contratos de crédito, assegurando a prossecução das acções necessárias no caso

do seu incumprimento;

Revisão periódica da notação de risco dos clientes;

Monitorização e reavaliação de garantias e colaterais associados às operações em

carteira e análise do seu nível de cobertura;

Identificação de situações que evidenciem alterações à capacidade de reembolso

dos clientes e sua posterior monitorização;

Proposta e implementação de medidas de prevenção e de acções correctivas;

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Relatório e Contas 2012

111

Avaliação da eficácia e performance das medidas de prevenção, planos de

intervenção rápida e acções correctivas desenvolvidas.

Em 31 de Dezembro de 2012, a exposição máxima ao risco de crédito, por tipo de

instrumento financeiro, tinha a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2011, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de

instrumento financeiro, pode ser resumida da seguinte forma:

ACTIVO Activo BrutoProvisões e

ImparidadesActivo Líquido

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 6.071.742 - 6.071.742

Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.661.496 - 3.661.496

Activos financeiros disponíveis para venda 189.140.410 - 189.140.410

Aplicações em instituições de crédito 65.169.473 - 65.169.473

Crédito a clientes 49.410.443 (302.310) 49.108.133

Total do Activo 313.453.564 (302.310) 313.151.254

Extrapatrimoniais

Garantias prestadas 807.689 - 807.689

Créditos documentários 5.158.476 - 5.158.476

Linhas de crédito não utilizadas 2.271.314 - 2.271.314

321.691.043 (302.310) 321.388.733

2012

ACTIVO Activo BrutoProvisões e

ImparidadesActivo Líquido

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.092.313 - 3.092.313

Disponibilidades em outras instituições de crédito 4.202.633 - 4.202.633

Activos financeiros ao justo valor através de resultados 1.315.308 - 1.315.308

Aplicações em instituições de crédito 101.116.768 - 101.116.768

Crédito a clientes 24.744.923 (164.733) 24.580.190

Activos financeiros detidos até a maturidade 154.819.059 154.819.059

Total do Activo 289.291.004 (164.733) 289.126.271

Extrapatrimoniais

Garantias prestadas 741.943 - 741.943

Linhas de crédito não utilizadas 462.496 - 462.496

290.495.443 (164.733) 290.330.710

2011

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

112

No âmbito da actividade de concessão de crédito, em função da tipologia e do nível de

risco de cada operação, o Banco impõe requisitos específicos aos clientes para a

constituição de garantias. Considerando as operações em carteira em 31 de Dezembro de

2012 e 2011 (excluindo juros e comissões associadas ao custo amortizado e provisões e

imparidades) a distribuição por tipo de garantia recebida era a seguinte:

A carteira própria do Banco, composta por títulos de dívida, é também monitorizada de

forma continuada no âmbito da gestão do risco de crédito. Em 31 de Dezembro de 2012, a

distribuição por nível de rating, considerando a classificação dos títulos emitida pela

Standard & Poor’s, era a seguinte:

Risco de liquidez

O risco de liquidez representa a possibilidade de a Instituição não poder satisfazer as suas

responsabilidades quando estas se tornam exigíveis, por incapacidade de realizar os seus

activos em tempo útil ou de aceder a financiamentos externos em quantidade e a custos

razoáveis.

O Banco tem processos internos para gestão do risco de liquidez que possibilitam a sua

identificação, avaliação e controlo diário, contemplando procedimentos específicos para o

acompanhamento dos vencimentos contratualizados das várias operações que compõem o

seu balanço.

A implementação destes procedimentos é da responsabilidade da Direcção de Risco, que é

igualmente responsável pela produção de informação de gestão sobre o tema e pela sua

posterior disponibilização, não apenas ao Conselho de Administração do Banco, mas

também às áreas cuja actividade se encontra exposta ao risco de liquidez.

Além desta monitorização diária, o Banco promove também a realização do Comité ALCO

onde, entre outros temas, o risco de liquidez é analisado e avaliado de forma

pormenorizada.

Montante % Montante %

Colateral financeiro 22.510.295 45% 7.904.107 32%

Colateral real - hipotecário 10.605.953 21% 4.708.547 19%

Colateral real - não hipotecário 3.000.000 6% - 0%

Garantia pessoal - prestada por estado ou Instituição Financeira 163.956 0% 1.964.629 8%

Garantia pessoal - prestada por empresa ou particular 4.600.000 9% 1.298.503 5%

Outras garantias 5.655.689 11% 2.125.357 9%

Sem garantias 3.249.900 7% 6.830.908 28%

49.785.791 100% 24.832.051 100%

20112012

Origem

Rating externo (S&P) Exposição Imparidade

AAA to AA- - -

A+ to A- - -

BBB+ to BB- 152.412.720 -

B+ to B- 5.296.027 -

< B - -

N/D 31.431.663 -

189.140.410 -

2012

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Relatório e Contas 2012

113

Em 31 de Dezembro de 2012, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros

(não incluindo os juros a receber e a pagar e as comissões associadas ao custo amortizado)

apresentavam a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2011, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros

(não incluindo os juros a receber e a pagar e as comissões associadas ao custo amortizado)

apresentavam a seguinte composição:

A alocação das operações às bandas temporais nos mapas acima apresentados teve em

consideração a maturidade residual de cada operação. Não se incluíram os fluxos de caixa

contratuais projectados referentes aos juros associados aos activos e passivos financeiros

do Banco.

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 6.071.742 - - - - 6.071.742

Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.661.496 - - - - 3.661.496

Activos financeiros disponíveis para venda - 46.710.690 7.798.390 134.631.330 - 189.140.410

Aplicações em instituições de crédito - 64.460.270 700.000 - - 65.160.270

Crédito a clientes 44.900 4.399.251 24.378.600 6.640.386 14.322.654 49.785.791

Outros Activos -

Total do Activo 9.778.138 115.570.211 32.876.990 141.271.716 14.322.654 313.819.709

Passivo

Recursos de bancos centrais - 127.000.000 - - - 127.000.000

Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - 826.821 - - - 826.821

Recursos de outras instituições de crédito 577.824 27.831.683 26.347.713 3.576.275 - 58.333.495

Recursos de clientes e outros empréstimos 30.942.332 32.527.380 23.971.292 323.133 - 87.764.137

Total do Passivo 31.520.156 188.185.884 50.319.005 3.899.408 - 273.924.453

Gap de liquidez (21.742.018) (72.615.673) (17.442.015) 137.372.308 14.322.654 39.895.256

Gap de liquidez Cumulativo (21.742.018) (94.357.691) (111.799.706) 25.572.602 39.895.256

À vista Até 3 Meses De 3 Meses a 1

Ano

De 1 Ano a 5

Anos

Mais de 5

Anos Total

2012

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.092.313 - - - - 3.092.313

Disponibilidades em outras instituições de crédito 4.202.633 - - - - 4.202.633

Activos financeiros ao justo valor através de resultados - 1.315.308 - - - 1.315.308

Aplicações em instituições de crédito - 100.607.157 500.000 - - 101.107.157

Crédito a clientes - 7.782.756 11.730.998 5.318.297 - 24.832.051

Activos financeiros detidos até a maturidade - 153.184.571 1.524.461 91.400 - 154.800.432

Total do Activo 7.294.946 262.889.792 13.755.459 5.409.697 - 289.349.894

Passivo

Recursos de outras instituições de crédito 4.084.505 14.413.808 7.439.360 432.800 - 26.370.473

Recursos de clientes e outros empréstimos 73.250.983 129.601.940 21.686.089 - - 224.539.012

Total do Passivo 77.335.488 144.015.748 29.125.449 432.800 - 250.909.485

Gap de liquidez (70.040.542) 118.874.044 (15.369.990) 4.976.897 - 38.440.409

Gap de liquidez Cumulativo (70.040.542) 48.833.502 33.463.512 38.440.409 38.440.409

Total

2011

À vista Até 3 Meses De 3 Meses a 1

Ano

De 1 Ano a 5

Anos

Mais de 5

Anos

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Relatório e Contas 2012

114

Risco de mercado O risco de mercado representa a possibilidade de existir uma depreciação no valor de

instrumentos financeiros originada por variações nas condições de mercado e nos preços

desses mesmos instrumentos.

O Banco considera um conceito de risco de mercado mais abrangente que engloba não

apenas o risco de mercado normalmente associado à variação dos preços dos instrumentos

financeiros, com impacto directo na valorização das posições do balanço, mas também o

risco proveniente de movimentos nas taxas de câmbio inerente às posições cambiais

geradas pela existência de instrumentos financeiros denominados em diferentes moedas –

risco cambial – e o risco proveniente de movimentos nas taxas de juro resultando de

desfasamentos no montante, nas maturidades ou nos prazos de refixação das taxas de juro

observados nos instrumentos financeiros com juros a receber e a pagar – risco de taxa de

juro.

Para qualquer uma destas categorias, o Banco incorpora processos de gestão do risco

específicos que estabelecem a realização de iniciativas periódicas de monitorização da

evolução dos factores de risco significativos e de reporte de potenciais impactos que sejam

avaliados e mensurados. Para o efeito, o Banco estabeleceu mecanismos de quantificação

do risco que lhe permitem efectuar uma monitorização diária do risco de mercado e incluir

temas específicos, sempre que se justifique, ao nível dos comités de Crédito e ALCO.

Risco cambial

Os saldos em diferentes divisas e as transacções efectuadas em moeda estrangeira são

diariamente monitorizados e controlados pela Direcção de Mercados Financeiros, pela

Direcção de Contabilidade e Controlo de Gestão e pela Direcção de Risco.

A moeda estrangeira com maior expressão no balanço do Banco é o dólar norte-americano,

sendo residual a exposição cambial e as transacções efectuadas noutras divisas.

Em 31 de Dezembro de 2012, os instrumentos financeiros do Banco apresentavam a

seguinte composição por moeda, por rubrica de balanço:

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5.984.467 86.683 593 6.071.742

Disponibilidades em outras instituições de crédito (1.707.292) 5.228.986 139.802 3.661.496

Activos financeiros disponíveis para venda 189.140.410 - - 189.140.410

Aplicações em instituições de crédito 25.902.415 39.267.058 - 65.169.473

Crédito a clientes 30.546.767 18.863.676 - 49.410.443

Outros Elementos do Activo 12.134.773 592.577 895 12.728.245

Total do Activo 262.001 .540 64.038.979 141 .290 326. 181 .809

Passivo

Recursos de bancos centrais 127.032.583 - - 127.032.583

Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 826.821 - - 826.821

Recursos de outras instituições de crédito 7.869.934 50.527.740 151.199 58.548.873

Recursos de clientes e outros empréstimos 15.318.600 72.993.568 - 88.312.168

Outros Elementos do Passivo 3.011.157 - - 3.011.157

Total do Passivo 154.059.095 123.521 .309 151 . 199 277.731 .602

Total do Capital próprio 48.450.207 - - 48.450.207

Total do Passivo + Capital próprio 202.509.302 123.521 .309 151 . 199 326. 181 .809

2012

Moeda

EurosDólares Norte

Americanos

Outras

MoedasTotal

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Relatório e Contas 2012

115

Em 31 de Dezembro de 2011, os instrumentos financeiros do Banco apresentavam a seguinte

composição por moeda, por rubrica de balanço:

Risco de taxa de juro

A gestão do risco de taxa de juro tem como objectivo minimizar o impacto de potenciais

variações das taxas de juro nos resultados do Banco.

Na definição de produtos e na contratação de operações é tido em linha de conta o perfil

de maturidades do balanço do Banco, procurando alcançar-se um equilíbrio ao nível dos

prazos contratualizados e das taxas e indexantes considerados, no sentido de adequar os

spreads a propor face aos custos de financiamento incorridos pelo Banco.

Adicionalmente, na monitorização do risco de taxa de juro, é avaliada a forma como

variações no valor das taxas impactam o valor económico do balanço do Banco ou a sua

margem de juros.

A gestão deste risco é igualmente um dos principais temas abordados no Comité ALCO,

sendo esse o principal fórum de decisão sobre iniciativas de mitigação ou de alinhamento

de estratégia na gestão do risco de taxa de juro.

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.020.440 71.873 - 3.092.313

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.852.656 2.342.546 7.431 4.202.633

Activos financeiros ao justo valor através de resultados - 1.315.308 - 1.315.308

Aplicações em instituições de crédito 4.500.000 96.616.768 - 101.116.768

Crédito a clientes 12.504.578 12.240.345 - 24.744.923

Activos financeiros detidos até a maturidade 87.912.210 66.906.849 - 154.819.059

Outros Elementos do Activo 8.777.477 739.099 - 9.516.576

Total do Activo 1 18.567.361 180.232.788 7.431 298.807.580

Passivo

Recursos de outras instituições de crédito 8.075.502 18.394.975 - 26.470.477

Recursos de clientes e outros empréstimos 18.577.763 206.264.019 - 224.841.782

Outros Elementos do Passivo 239.775 1.328.111 - 1.567.886

Total do Passivo 26.490.266 225.987. 105 - 252.880. 145

Total do Capital próprio 45.927.435 - - 45.927.435

Total do Passivo + Capital próprio 72.417.701 225.987. 105 - 298.807.580

2011

Moeda

EurosDólares Norte

Americanos

Outras

MoedasTotal

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Relatório e Contas 2012

116

Em 31 de Dezembro de 2012, a exposição ao risco de taxa de juro (excluindo juros a receber

e a pagar e comissões associadas ao custo amortizado) apresentava a seguinte

composição:

Em 31 de Dezembro de 2011, a exposição ao risco de taxa de juro (excluindo juros a receber

e a pagar e comissões associadas ao custo amortizado) apresentava a seguinte

composição:

Taxa Taxa Total

fixa variável

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 6.071.742 - 6.071.742

Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.661.496 - 3.661.496

Activos financeiros disponíveis para venda 183.844.384 5.296.026 189.140.410

Aplicações em instituições de crédito 65.160.270 - 65.160.270

Crédito a clientes 44.900 49.740.891 49.785.791

Total do Activo 258.782.792 55.036.917 313.819.709

Passivo

Recursos de bancos centrais 127.000.000 - 127.000.000

Passivos financeiros ao justo valor através de resultados 826.821 - 826.821

Recursos de outras instituições de crédito 47.357.513 10.975.982 58.333.495

Recursos de clientes e outros empréstimos 80.172.435 7.591.703 87.764.137

Total do Passivo 255.356.769 18.567.685 273.924.453

GAP 3.426.023 36.469.232 39.895.256

2012

Taxa Taxa Total

fixa variável

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3.092.313 - 3.092.313

Disponibilidades em outras instituições de crédito 4.202.633 - 4.202.633

Activos financeiros ao justo valor através de resultados 1.315.308 - 1.315.308

Aplicações em instituições de crédito 101.107.157 - 101.107.157

Crédito a clientes 331.499 24.500.552 24.832.051

Activos financeiros detidos até a maturidade 154.800.432 - 154.800.432

Total do Activo 264.849.342 24.500.552 289.349.894

Passivo

Recursos de outras instituições de crédito 18.513.313 7.857.160 26.370.473

Recursos de clientes e outros empréstimos 224.539.012 - 224.539.012

Total do Passivo 243.052.325 7.857.160 250.909.485

GAP 21.797.017 16.643.392 38.440.409

2011

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BANCO PRIVADO ATLÂNTICO - EUROPA, S.A.

Relatório e Contas 2012

117

Justo valor Na determinação do justo valor dos instrumentos financeiros, o Banco recorre sempre que

possível a cotações de mercado. Nos casos em que não existe preço de mercado, o justo

valor é calculado com recurso a modelos baseados em determinados pressupostos que

dependem do funcionamento dos instrumentos financeiros a valorizar. Em situações

excepcionais, quando não é possível determinar de forma fiável o justo valor, os activos são

valorizados ao custo histórico e sujeitos a testes de imparidade.

Relativamente à determinação do justo valor dos activos e passivos financeiros do Banco,

importa realçar as seguintes considerações:

- “Caixa e disponibilidades em Bancos centrais” e “Disponibilidades em outras

instituições de crédito”: dado o carácter de curto prazo destes activos, entende-se

que o valor contabilístico é uma razoável estimativa do seu justo valor;

- “Aplicações e recursos de outras instituições de crédito” e “Recursos de Bancos

Centrais”: o apuramento do justo valor pressupõe que as operações são liquidadas

nas datas de vencimento e são actualizados os “cash-flows”, utilizando a curva de

taxas formada nos últimos dias do ano. Tendo em conta as maturidades das

operações e o tipo de taxa de juro aplicada, o Banco considera que a diferença

entre o justo valor e o valor contabilístico daquelas operações não seja significativa;

- “Crédito a clientes”: o Banco considera que, uma vez que as operações de crédito

em carteira são recentes, e uma vez que não existe histórico de incumprimento ou

uma ocorrência significativa de situações de crédito vencido, a diferença entre o

justo valor e o valor contabilístico não seja significativo;

- “Recursos de clientes e outros empréstimos”: para os depósitos com prazo inferior a

um ano, assume-se o valor contabilístico como uma razoável estimativa do justo

valor. As operações em carteira com prazos superiores a um ano não representam

um peso materialmente significativo.

Em 31 de Dezembro de 2012, o justo valor dos instrumentos financeiros detidos pelo Banco

foi apurado como segue:

Os principais pressupostos utilizados na construção do quadro acima apresentado são os

seguintes:

- Os valores relativos a cotações em mercado activo correspondem a instrumentos

de capital cotados em bolsa, bem como obrigações com elevada liquidez (Nível 1);

- A valorização dos instrumentos financeiros derivados é efectuada através de

técnicas de valorização baseadas em dados de mercado (Nível 2);

Instrumentos f inanceiros valorizados ao justo valor:

Técnicas de valorização baseadas em:

Dados de

mercado

[Nível 2]

Outros

[Nível 3]Total

Activos

Activos financeiros disponíveis para venda 31.431.663 157.708.747 - - 189.140.410

Passivos

Passivos financeiros ao justo valor através de resultados - - 826.821 - 826.821

Tipo de Instrumento FinanceiroCotações em

mercado Activo

[Nível 1]

Activos

valorizados ao

custo de

aquisição

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Relatório e Contas 2012

118

- Os títulos em carteira cuja valorização corresponde a bids indicativos fornecidos por

contribuidores externos ao Banco foram também considerados em “Técnicas de

valorização – Dados de mercado” (Nível 2);

- Os títulos valorizados com base em modelos internos do Banco são apresentados em “Técnicas de valorização – Outros” (Nível 3);

- Os activos valorizados ao custo de aquisição correspondem a operações de papel comercial (Nota 3.3).

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Relatório e Contas 2012

119

6. FUNDOS PRÓPRIOS

Na gestão dos fundos próprios, o Banco mantém uma política conservadora, garantindo um

rácio de solvabilidade acima dos mínimos requeridos pelas entidades reguladoras. O Banco

mantém a base de capital constituída exclusivamente por capital próprio, tendo ainda a

faculdade de emitir diversos instrumentos de dívida.

Os fundos próprios do Banco são monitorizados mensalmente para se aferir sobre o grau

de solvabilidade da instituição, sendo analisadas as variações face a períodos anteriores e a

margem existente entre as posições reais e os requisitos mínimos de capital.

Os procedimentos adoptados para o cálculo dos rácios e limites prudenciais do Banco são

os que resultam das disposições emanadas do Banco de Portugal, de modo semelhante ao

que se verifica para todas as questões que se insiram no âmbito das funções de supervisão

do sistema bancário. Essas normas representam o enquadramento legal e regulamentar das

diversas matérias de natureza prudencial.

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Relatório e Contas 2012

120

De acordo com o método de apuramento acima indicado, em 31 de Dezembro de 2012 e

2011, o Banco apresenta níveis confortáveis de solvabilidade, conforme se apresenta de

seguida:

(m Euros)

Total Fundos Próprios 17.925 18.818 45.215 44.435

Fundos Próprios Base 17.885 18.759 45.215 44.435

Capital Realizado 18.000 18.000 50.000 50.000

Outros Instrumentos Equiparáveis a Capital 1.250 4.000 - -

Resultados do ano anterior - (1.175) (2.670) (4.073)

Resultados Provisórios do Exercício em curso (1.175) (1.495) (1.403) -

Activos Intangíveis (190) (572) (712) (527)

Diferenças de reavaliação de activos financeiros - - - 1.822

Impostos diferidos activos não aceites - - - (965)

Fundos Próprios Complementares - Upper Tier 2 40 59 0 0

Fundos Próprios de Referência para l imites de Grandes Riscos 17.885 18.818 45.215 44.435

Requisi tos para Fundos Próprios 1 .070 1 .400 9.799 10.698

Requisitos Risco de Crédito - Método Padrão 804 1.101 8.315 9.497

Instituições e Carteira Própria 424 566 6.733 1.947

Empresas 317 418 1.425 6.956

Carteira de Retalho 41 90 237

Outros Elementos 64 76 67 357

Risco de Liquidação 0 30 156 0

Requisitos de Fundos Próprios para riscos de posição, cambiais e mercadorias 0 4 253 209

Requisitos de Fundos Próprios para Risco Operacional 265 265 1.075 992

Activos Ponderados 13 .370 17.499 122.488 133.725

Rácio de Requisi to de Fundos Próprios 134,1% 107,5% 36,9% 33,2%

Tier I 133,8% 107,2% 36,9% 33,2%

Tier II 0,2% 0,3% 0,0% 0,0%

2011 2012Fundos Próprios 2009 2010

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Relatório e Contas 2012

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RELATÓRIO SOBRE GOVERNO DO

ATLÂNTICO EUROPA

Exercício de 2012

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Relatório de Governo Interno 2012

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Índice

I. Introdução ............................................................................................................................................................2 II. Estrutura de Governo Interno .................................................................................................................. 3

Órgãos sociais .................................................................................................................................................. 4 Assembleia Geral ........................................................................................................................................ 4 Conselho Fiscal ............................................................................................................................................ 5 Revisor Oficial de Contas ....................................................................................................................... 6 Conselho de Administração .................................................................................................................. 6 Comissão Executiva .................................................................................................................................. 8 Secretário da Sociedade ........................................................................................................................10

Comités internos ............................................................................................................................................ 12 III. Organização Funcional .............................................................................................................................. 14 IV. Controlo Interno ........................................................................................................................................... 15 V. Política de Remunerações ...................................................................................................................... 20 VI. Ética Profissional .......................................................................................................................................... 21 VII. Prevenção de conflito de interesses ............................................................................................... 23 VII. Prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo ............... 24 VIII. Comunicação de irregularidades ..................................................................................................... 25 Apêndices: ............................................................................................................................................................ 26

I. Experiência e qualificação profissional dos membros do Conselho de

Administração ................................................................................................................................................ 27 II. Experiência e qualificação profissional dos membros do Conselho Fiscal ................. 31

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Relatório de Governo Interno 2012

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I. Introdução

O presente relatório refere-se à estrutura e práticas de governo interno do

Banco Privado Atlântico – Europa, S.A., instituição de crédito portuguesa, com

sede na Av. da Liberdade, 259, em Lisboa, adiante simplesmente designada

ATLANTICO Europa ou Banco.

O ATLANTICO Europa encontra-se sujeito a normas vinculativas e

recomendações sobre o governo das sociedades constantes dos seguintes

instrumentos:

Código das Sociedades Comerciais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º

262/86, de 2 de Setembro

Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras,

aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro

Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99,

de 13 de Novembro

Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho de 2009, sobre regime sancionatório

no sector financeiro e política de remuneração das entidades de

interesse público

Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, sobre política de remunerações

Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008, sobre o sistema de controlo

interno

EBA Guidelines on Internal Governance (GL44)

O Conselho de Administração do ATLANTICO Europa considera que a

estrutura e as práticas de governo implementadas no Banco, assim como o

funcionamento dos órgãos de administração e fiscalização asseguram de

forma adequada a protecção dos interesses dos accionistas e demais partes

interessadas, designadamente clientes, colaboradores, fornecedores e

prestadores de serviços e credores.

O presente Relatório de Governo, relativo ao exercício de 2012, descreve os

princípios orientadores de governo, a estrutura, repartição de competências e

funcionamento dos órgãos de administração e fiscalização, a organização

funcional adoptada, os princípios do sistema de controlo interno, a política de

remuneração, os princípios éticos e deontológicos observados, a política de

prevenção de conflito de interesses, a política de prevenção do

branqueamento de capitais e do financiamento ao terrorismo e o sistema de

comunicação de irregularidades.

O Conselho de Administração do ATLANTICO Europa acompanha as

reflexões, recomendações e orientações das autoridades de supervisão e

outros organismos nacionais e internacionais em matéria de governo interno e

mantém activo um plano de actualização e aperfeiçoamento das práticas e da

organização do governo interno.

Lisboa, 20 de Março de 2013

O Conselho de Administração

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II. Estrutura de Governo Interno

A Estrutura de governo interno do ATLANTICO Europa foi desenhada tendo

por referência a natureza, escala e complexidade dos diversos riscos a que a

instituição se encontra exposta, visando promover a distinção clara de

poderes entre os diversos órgãos sociais que a integram, num quadro de

contínua prossecução dos respetivos fins sociais e de criação de valor.

Nessa medida, o ATLANTICO Europa adoptou uma estrutura de governo

interno seguindo o comummente designado por “Modelo Monista” ou

“Latino”, tendo como órgãos sociais a Assembleia Geral de Accionistas, o

Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas.

A gestão da sociedade compete ao Conselho de Administração, que delegou

na Comissão Executiva – formada por membros do Conselho de

Administração – amplos poderes de gestão para a condução da actividade

corrente do Banco.

As competências de fiscalização estão atribuídas ao Conselho Fiscal (CF) –

cujas responsabilidades essenciais incluem, a fiscalização da administração, a

vigilância do cumprimento da Lei e dos Estatutos pela Sociedade, a

verificação das contas – e ao Revisor Oficial de Contas (ROC), cuja função

primordial consiste em examinar e proceder à certificação legal das contas.

A Assembleia Geral (AG), constituída por todos os Accionistas, delibera sobre

as matérias que lhes são especialmente atribuídas pela lei ou pelos Estatutos,

bem como, se tal lhe for solicitado pelo Conselho de Administração, sobre

matérias de gestão da sociedade.

Os estatutos do ATLANTICO Europa prevêem a possibilidade de existência

de uma Comissão de Remunerações, eleita pela AG, composta por três

accionistas. Contudo, atenta a dimensão do Banco e a composição da sua

estrutura accionista – atualmente reduzida a um único accionista - a referida

Comissão de Remunerações não foi ainda eleita pela AG, exercendo este

órgão directamente competências quanto à fixação das remunerações dos

membros dos órgãos sociais.

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Órgãos sociais

ASSEMBLEIA GERAL

A Assembleia Geral (AG) é o órgão social constituído por todos os

Accionistas do ATLANTICO Europa.

As competências da Assembleia Geral são as estabelecidas pela lei e pelos

Estatutos da Sociedade.

Principais competências da Assembleia Geral

a) Eleger a respectiva Mesa;

b) Eleger os membros do Conselho de Administração e o seu

Presidente;

c) Eleger os membros do Conselho Fiscal e o seu Presidente;

d) Eleger o Revisor Oficial de Contas e o seu suplente;

e) Eleger os membros do Conselho Superior, o seu Presidente e

Vice-Presidentes

f) Eleger uma comissão de remunerações, composta por três

accionistas, designados por períodos de quatro anos;

g) Apreciar o relatório do Conselho de Administração, discutir e

votar o balanço e contas, e os pareceres do Conselho Fiscal e do

Revisor Oficial de Contas e deliberar sobre a aplicação dos

resultados do exercício;

h) Deliberar sobre quaisquer alterações dos Estatutos.

Composição

A Mesa da Assembleia Geral é composta por:

Paulo Manuel da Conceição Marques - Presidente

António Assis de Almeida - Vice-Presidente

Rute Susana Martins dos Santos - Secretário

O mandato dos membros da Assembleia Geral cessou em 31 de Dezembro de

2012, mantendo-se em funções até nova eleição pela Assembleia Geral.

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Direito de voto

A cada grupo de 100 acções corresponde um voto. Os accionistas que não

possuam o número de acções necessário a terem direito a voto, poderão

agrupar-se por forma a perfazê-lo, devendo designar, por acordo, um só de

entre eles para os representar na Assembleia Geral.

Os estatutos do ATLANTICO Europa não prevêem quaisquer impedimentos

ao exercício do direito de voto por correspondência, aplicando-se o regime

legal em vigor.

No que respeita aos quóruns constitutivos e deliberativos, pese embora a

existência, actualmente, de um único acionista, os estatutos do ATLANTICO

Europa prevêem desde já as necessárias regras para acautelar o pleno

exercício do direito de voto de eventuais futuros accionistas minoritários.

Assim, e no que diz respeito ao quórum constitutivo, a Assembleia Geral não

pode reunir - em primeira data de convocação - sem que estejam presentes

ou representados accionistas titulares de acções representativas de pelo

menos cinquenta por cento do capital social da sociedade,

independentemente dos assuntos incluídos na ordem de trabalhos. Em

segunda convocação, a Assembleia Geral poderá já deliberar,

independentemente do número de accionistas presentes ou representados.

No que respeita a quórum deliberativo prevalece a regra da maioria simples,

salvo no caso dos assuntos para os quis a lei exija maioria qualificada, os quais

devem ser aprovados por dois terços dos votos emitidos, quer a Assembleia

reúna em primeira ou segunda convocação.

Representação

Os accionistas que pretendam fazer-se representar nas Assembleias Gerais

poderão fazê-lo mediante simples carta, assinada e dirigida ao Presidente da

Mesa e por este recebida com três dias de antecedência em relação ao dia

designado para a reunião respectiva. Dentro do mesmo prazo e pela mesma

forma, as pessoas colectivas devem indicar, ao Presidente da Mesa, quem as

representará. O Presidente da Mesa pode, contudo, admitir a participação na

Assembleia dos representantes não indicados dentro dos prazos

anteriormente referido, sempre que verifique que tal não prejudica os

trabalhos da Assembleia.

CONSELHO FISCAL

Constituem competências centrais do Conselho Fiscal fiscalizar a

administração da Sociedade, vigiar o cumprimento da Lei e dos Estatutos,

verificar a exactidão dos documentos de prestação de contas, fiscalizar a

revisão de contas e a independência do Revisor Oficial de Contas, bem como

avaliar a actividade deste último.

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Composição

Os membros do Conselho Fiscal são eleitos pela Assembleia Geral, nos

termos da lei e dos Estatutos do ATLANTICO Europa.

O Conselho Fiscal é actualmente composto por:

Mário Jorge Carvalho de Almeida - Presidente

Mário Jorge de Faria da Cruz – vogal efectivo

João Maria Francisco Wanassi - vogal efectivo

Nuno Pedro da Silva do Carmo Vaz – vogal suplente

O mandato dos membros do Conselho Fiscal cessou em 31 de Dezembro de

2012, mantendo-se em funções até nova eleição pela Assembleia Geral.

Os membros do Conselho Fiscal possuem as qualificações técnicas e a

experiência profissional, incluindo o conhecimento operacional sobre o

comércio bancário, que lhes permitem cumprir as responsabilidades que lhes

estão cometidas, de forma efectiva.

REVISOR OFICIAL DE CONTAS

O Revisor Oficial de Contas no exercício de 2012 foi a Deloitte & Associados, SROC,

S.A. representada por Luís Augusto Gonçalves Magalhães e tempo por suplente

Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro.

O mandato corrente cessou em 31 de Dezembro de 2012, mantendo-se em funções

até nova eleição pela Assembleia Geral.

O Revisor Oficial de Contas, Deloitte & Associados, SROC é independente em relação

ao ATLANTICO Europa. A referida sociedade, bem como os responsáveis por esses

trabalhos, não detêm – além do que resulta do normal decurso da sua colaboração

profissional e tanto quanto o ATLANTICO Europa tem conhecimento –, qualquer

interesse financeiro, comercial, laboral, familiar ou de outra natureza, em empresas do

grupo ATLANTICO Europa.

A Deloitte e a sua rede não prestaram ao ATLANTICO Europa nenhum serviço em

áreas relacionadas com informação financeira, auditoria interna, avaliações,

recrutamento, entre outras, susceptíveis de gerar situações de conflitos de interesses

ou eventual prejuízo para a qualidade do trabalho de auditoria e de revisão legal das

contas.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração é o principal responsável pela actividade

desenvolvida pelo Banco, estando-lhe atribuídos os mais amplos poderes de

gestão e de representação da Sociedade.

As responsabilidades, competências e regras de funcionamento do Conselho

de Administração encontram-se descritas nos Estatutos da Sociedade.

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Principais competências do Conselho de Administração

a) Administrar o ATLANTICO Europa, praticando todos os actos e

operações necessários ou convenientes à prossecução do seu

objecto social;

b) Adquirir, onerar e alienar quaisquer bens e direitos, móveis ou

imóveis, sempre que o entenda conveniente para a sociedade;

c) Decidir livremente, observadas as limitações legais, sobre a

participação da sociedade no capital de sociedades com qualquer

objecto e em sociedades reguladas por leis especiais ou em

agrupamentos complementares de empresas ou qualquer outra

forma de associação de empresas;

d) Mobilizar recursos financeiros e realizar operações de crédito;

e) Contratar os empregados do Banco, fixar os seus vencimentos,

regalias sociais e outras prestações pecuniárias e exercer o

correspondente poder directivo e disciplinar;

f) Constituir mandatários para o exercício de actos determinados;

g) Executar e fazer cumprir os preceitos legais e estatutários e as

deliberações da Assembleia Geral;

h) Delinear a organização e os métodos de trabalho do Banco,

elaborar regulamentos e determinar as instruções que julgar

convenientes;

i) Delegar poderes nos seus membros;

j) Representar o Banco em juízo e fora dele, activa e passivamente,

podendo contrair obrigações, propor e seguir pleitos, desistir ou

transigir em processo, comprometer-se em árbitros, assinar termos

de responsabilidade e, em geral, resolver acerca de todos os

assuntos que não caibam na competência de outros órgãos.

E também:

a) Elaborar os documentos previsionais da actividade do Banco e

os correspondentes relatórios de execução;

b) Deliberar ou propor fundadamente os aumentos de capital

necessários;

c) Estudar e executar o plano de expansão da rede de

estabelecimentos do Banco, tendo em conta os condicionalismos

legais aplicáveis.

Composição

A designação dos membros do Conselho de Administração é precedida de

um rigoroso processo de recrutamento tendente ao escrutínio do

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preenchimento dos requisitos previstos na política do Grupo em que o

ATLANTICO Europa se insere, nomeadamente independência, experiência

profissional, conhecimento do sector bancário e titularidade de habilitações

literárias e da competência técnica ao exercício das funções que lhe são

cometidas.

Atendendo a tais critérios, o Conselho de Administração do ATLANTICO

Europa é, actualmente, composto por 6 membros, dos quais 4 constituem a

Comissão Executiva.

A composição nominativa do Conselho é a seguinte:

Carlos José da Silva – Presidente

Baptista Muhongo Sumbe – Vice-Presidente

André Cardoso de Meneses Navarro

Augusto Costa Ramiro Baptista

Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho

Isménio Coelho Macedo

O mandato dos membros do Conselho de Administração cessou em 31 de

Dezembro de 2012, mantendo-se em funções até eleição pela Assembleia

Geral.

COMISSÃO EXECUTIVA

A Comissão Executiva é composta exclusivamente por membros do Conselho

de Administração, actuando no âmbito de delegação de poderes de gestão

corrente pelo Conselho de Administração.

Composição

A Comissão Executiva do ATLANTICO Europa foi designada por deliberação

do Conselho de Administração sendo actualmente composta por 4 membros.

A composição nominativa do Conselho é a seguinte:

André Cardoso de Meneses Navarro - Presidente

Augusto Costa Ramiro Baptista

Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho

Isménio Coelho Macedo

O mandato dos membros da Comissão Executiva cessou em 31 de Dezembro

de 2012, mantendo-se em funções até nova designação.

A Comissão Executiva dispõe de amplos poderes de gestão, delegados pelo

Conselho de Administração, para a condução da actividade corrente do

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ATLANTICO Europa, nos termos de delegação do Conselho de

Administração, sem prejuízo da manutenção na esfera do Conselho de

Administração dos poderes relacionados com a discussão e aprovação da

estratégia e das principais políticas do Banco, a definição da estrutura

empresarial, a em geral a tomada de decisões que devam ser consideradas

estratégicas devido ao seu montante ou risco.

O exercício de poderes pela Comissão Executiva é objecto de permanente

acompanhamento, supervisão e avaliação pelo Conselho de Administração.

As responsabilidades, competências e regras de funcionamento da Comissão

Executiva encontram-se descritas no Regimento da Comissão Executiva.

Em regra, a Comissão Executiva reúne semanalmente, tendo reunido 48 vezes

no exercício de 2012.

Cada membro da Comissão Executiva tem a seu cargo um conjunto de

pelouros que resultam do estabelecimento de linhas de responsabilidade

hierárquica sobre as diversas Unidades Orgânicas.

A actual distribuição de responsabilidades pelos administradores executivos,

aprovada por deliberação do Conselho de Administração, é a seguinte:

Áreas de responsabilidade dos administradores executivos do

ATLANTICO Europa

André Navarro

Banca Corporate; Banca de Investimento;

Mercados Financeiros; Capital Humano;

Marca e Comunicação; Projectos

Internacionais; Tecnologias de Informação;

Auditoria.

Graça Proença de Carvalho Banca Relacional (Particulares e PMEs);

Contabilidade e Controlo de Gestão; Banca

Transaccional; Produtos e Serviços;

Serviços e Logística; Organização e

Métodos.

Augusto Baptista Investor Relations; Assessoria Jurídica; Risk

Office; Compliance; Desenvolvimento

Sustentável.

Isménio Macedo Private Banking; Recuperação de Crédito.

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SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

No exercício de 2012 exerceu a função de Secretário da Sociedade:

Rute Susana Martins dos Santos - efectivo

Vanessa Pinto Rodrigues Santos Ferreira - suplente1

Manuel Maria Cota Dias da Silveira Botelho - suplente2

A duração do mandato do secretário da Sociedade coincide com o mandato

do Conselho de Administração.

Em caso de falta ou impedimento do Secretário efectivo, as suas funções são

exercidas pelo suplente.

Para além de outras funções atribuídas pelo Banco, o Secretário da Sociedade

desempenha as funções previstas no art. 446.º -B do Código das Sociedades

Comerciais, que se transcrevem a seguir:

a) Secretariar as reuniões dos órgãos sociais;

b) Lavrar as actas e assiná-las conjuntamente com os membros dos

órgãos sociais respectivos e o presidente da mesa da assembleia geral,

quando desta se trate;

c) Conservar, guardar e manter em ordem os livros e folhas de actas, as

listas de presenças, o livro de registo de acções, bem como o

expediente a eles relativo;

d) Proceder à expedição das convocatórias legais para as reuniões de

todos os órgãos sociais;

e) Certificar as assinaturas dos membros dos órgãos sociais apostas nos

documentos da sociedade;

f) Certificar que todas as cópias ou transcrições extraídas dos livros da

sociedade ou dos documentos arquivados são verdadeiras, completas

e actuais;

g) Satisfazer, no âmbito da sua competência, as solicitações formuladas

pelos accionistas no exercício do direito à informação e prestar a

informação solicitada aos membros dos órgãos sociais que exercem

funções de fiscalização sobre deliberações do conselho de

administração ou da comissão executiva;

h) Certificar o conteúdo, total ou parcial, do contrato de sociedade em

vigor, bem como a identidade dos membros dos diversos órgãos da

sociedade e quais os poderes de que são titulares;

i) Certificar as cópias actualizadas dos estatutos, das deliberações dos

sócios e da administração e dos lançamentos em vigor constantes dos

livros sociais, bem como assegurar que elas sejam entregues ou

1 Renunciou ao cargo de Secretário da Sociedade suplente em 31 de Julho de 2012. 2 Designado em 20 de Setembro de 2012, em substituição de Vanessa Pinto

Rodrigues Santos Ferreira, que renunciou ao cargo de Secretário da Sociedade suplente em 31 de Julho de 2012.

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enviadas aos titulares de acções que as tenham requerido e que

tenham pago o respectivo custo;

j) Autenticar com a sua rubrica toda a documentação submetida à

assembleia geral e referida nas respectivas actas;

k) Promover o registo dos actos sociais a ele sujeitos.

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Comités internos

De modo a permitir um acompanhamento mais próximo de matérias mais

sensíveis para a sua actividade e o aproveitamento de valências específicas

dos respetivos membros, o Banco adoptou uma estrutura de Comités e

Comissões que assumem a responsabilidade pela gestão de certos temas da

actividade do Banco e que funcionam na dependência do Conselho de

Administração e da Comissão Executiva.

Comité de Crédito

Competências:

a) Análise e decisão sobre propostas de crédito de clientes;

b) Análise e decisão de propostas de crédito de Contrapartes;

c) Monitorização mensal da carteira de crédito;

d) Acompanhamento e tomada de decisão sobre situações em irregular e

crédito vencido;

e) Apreciação e aprovação da acta do Comité de Crédito anterior.

Frequência de reuniões: Semanal

Presidente: Administrador com o Pelouro de Crédito

Deliberação: Por maioria de votos dos Administradores presentes, num

mínimo de dois.

Comité ALCO e de Risco Global

Competência: Análise e decisão sobre a gestão de assets and liabilities, bem

como análise e decisão sobre gestão de riscos.

Frequência de reuniões: Mensal

Presidente: Presidente da Comissão Executiva

Deliberação: Por maioria de votos dos Administradores presentes, num

mínimo de dois.

Comité de Projectos, Operações e Tecnologia

Competência: Acompanhamento das iniciativas de transformação e desenvolvimento

do Banco, incluindo os projectos de expansão internacional.

Frequência de reuniões: Mensal

Presidente: Presidente da Comissão Executiva

Deliberação: Por maioria de votos dos Administradores presentes, num mínimo de

dois.

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Comité de Produtos e Preçário

Competência: Análise e decisão sobre novos produtos e serviços; acompanhamento o

comportamento da oferta de produtos.

Frequência de reuniões: Mensal

Presidente: Administrador Executivo

Deliberação: Por maioria de votos dos Administradores presentes, num mínimo de

dois.

Comissão de Controlo Interno

Competência: Análise e decisão sobre todos os temas relacionados com Controlo

interno, agregando a actividade de Auditoria Interno, Risco, Compliance, Organização

e Métodos, e Reporte Regulamentar.

Frequência de reuniões: Mensal

Presidente: Presidente da Comissão Executiva

Deliberação: Por maioria de votos dos Administradores presentes, num mínimo de

dois.

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III. Organização Funcional

O Banco implementou uma organização das funções internas assente em três pilares

funcionais: área de negócio, área de suporte e área de controlo.

O modelo organizacional do Banco reflecte uma adequada segregação entre as

funções de “negócio”, de “suporte” e de “controlo”, promovendo, sempre que possível

e aplicável, uma adequada segregação de tarefas e um elevado nível de controlo.

A organização funcional adoptada pelo Banco corresponde à ilustração seguinte.

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IV. Controlo Interno

O ATLÂNTICO Europa dispõe de um sistema de controlo interno, com vista a

permitir uma gestão eficiente da sua actividade, através da minimização dos

riscos, nomeadamente os financeiros, legais, operacionais e reputacionais,

incluindo os riscos de fraudes, irregularidades e erros, assegurando a sua

prevenção e detecção tempestivas.

Constituem objecto essencial do sistema de controlo interno:

a) A garantia da existência e segurança dos activos;

b) O controlo dos riscos da actividade do ATLÂNTICO EUROPA,

nomeadamente os riscos de crédito, taxa de juro, cambial, mercado, liquidez e

de liquidação, bem como os riscos operacional, de contraparte, de estratégia,

reputacional, legal e de “compliance”;

c) O cumprimento de normas prudenciais;

d) A existência de uma completa, fiável e tempestiva informação

contabilística e financeira, em particular no que respeita ao seu registo,

conservação e disponibilidade;

e) A prestação de informação financeira fiável, completa e tempestiva às

Autoridades de Supervisão;

f) A prudente e adequada avaliação dos activos e das responsabilidades,

nomeadamente para o efeito da constituição de provisões;

g) A adequação das operações realizadas a outras disposições legais,

regulamentares e estatutárias aplicáveis, às normas internas, às orientações

dos órgãos sociais, às normas e aos usos profissionais e deontológicos e a

outras regras relevantes;

h) A prevenção de operações relacionadas com branqueamento de capitais e

financiamento do terrorismo;

i) A existência de procedimentos que visem, nomeadamente:

i. a adequada separação de funções;

ii. a justificação de toda a informação contabilística;

iii. a realização das operação em condições de segurança e fiabilidade;

iv. a continuidade da actividade em cenários de contingência;

v. a protecção do equipamento, das aplicações, e dos dados

informáticos com vista à prevenção de danos, fraudes e acessos não

autorizados ao sistema e a informação confidencial.

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A área de Controlo Interno está estruturada em três pilares: gestão e controlo

de risco, compliance e auditoria interna. Para além destas três áreas no

âmbito do Controlo Interno inclui-se ainda o Gabinete de Reporte

Regulamentar.

As unidades de Controlo Interno, embora independentes entre si, trabalham

de forma estreita e em colaboração entre si e a organização dos respectivos

planos de acção é coordenada em sede de Comissão de Controlo Interno.

De seguida apresenta-se uma breve descrição das unidades de Controlo

Interno.

RISCO

O Risco é responsável pelo controlo e acompanhamento dos riscos da

actividade, monitorizando de forma coordenada os riscos gerais do Banco

(crédito, liquidez, mercado, cambial, taxa de juro, operacional, etc.),

nomeadamente através das seguintes actividades:

• Propor políticas de gestão de Riscos;

• Monitorar o cumprimento das políticas de gestão de Risco estabelecidas;

• Efectuar a análise de risco de clientes e de operações, mediante solicitação

da Banca Relacional e da Banca Corporate;

• Tratar e validar a documentação necessária para a concessão de crédito;

• Monitorar os processos de concessão de crédito;

• Participar na definição da oferta de produtos e serviços;

• Monitorar e zelar pelo cumprimento dos limites de exposição do Banco nas

actividades de carteira própria;

• Monitorar e gerir os colaterais constituídos a favor do Banco que estejam

expostos a variações de valor em mercado;

• Identificar riscos operacionais e coordenar com as respectivas Unidades

Orgânicas a correcta monitorização e mitigação de risco;

• Propor ao órgão de administração alterações às políticas de risco na medida

em que tal decorra da sua actividade de monitorização da actividade do

Banco ou de alterações percepcionadas no seu meio envolvente.

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AUDITORIA INTERNA

A Auditoria Interna assegura na estrutura orgânica do Banco o serviço de

fiscalização e controlo interno das actividades de cada uma das unidades

orgânicas, competindo-lhe, designadamente:

• Proceder às auditorias internas, inquéritos ou processos de mera

averiguação que forem determinados pelo Banco ou determinados pela sua

Administração;

• Garantir a apresentação de forma verdadeira e apropriada, nos seus

aspectos materialmente relevantes, da posição financeira do Banco, o

resultado das suas operações, e os seus fluxos de caixa, bem como a adopção

de políticas e critérios contabilísticos adequados;

• Rever os sistemas implementados para assegurar a conformidade com

políticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos que poderão ter impacto

significativo em operações e em relatórios financeiros;

• Rever as operações ou processos de forma a verificar se os resultados são

consistentes com os objectivos e metas estabelecidas e se as operações ou

os processos estão a ser conduzidos conforme planeado;

• Validar a fidedignidade e integridade de informações geradas pelos sistemas

informáticos, bem como a segurança física, lógica e racional na utilização dos

recursos de tecnologias da informação;

• Conferir os meios de protecção dos activos e, quando apropriado, verificar a

sua existência física;

• Elaborar pareceres sobre medidas tendentes a melhorar a eficiência e

eficácia das tarefas correntes do Banco;

• Rever operações específicas a pedido da Administração, do Conselho Fiscal,

ou outros Organismos, quando solicitado;

• Monitorizar e avaliar a eficácia do sistema de gestão de risco do Banco;

• Investigar situações de possível fraude, envolvendo actividades, violações

patrimoniais, propriedade e empregados do Banco em consonância com as

normativas de disciplina funcional vigentes;

• Tomar conhecimento e propor correcções a processos subjacentes a

queixas/reclamações de clientes e/ou colaboradores do Banco, propondo, se

for caso disso medidas destinadas a corrigir quaisquer procedimentos

classificados como incorrectos, ineficazes, ilegais ou violadores dos direitos

ou interesses legalmente protegidos;

• Participar e acompanhar os processos de contratação de serviços

especializados relacionados com auditoria, quando necessários;

• Rever o desempenho e coordenação dos trabalhos desenvolvidos pelos

Auditores Externos;

• Acompanhar a execução dos planos de acção elaborados para a correcção

e/ou melhorias decorrentes das recomendações e/ou sugestões efectuadas;

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• Participar em grupos de trabalho, quando designado;

• Apoiar a Administração, o Conselho Fiscal, a Auditoria Externa e as

Entidades de Supervisão, quando solicitado;

• Prestar de serviços de auditoria (pareceres/recomendações/orientações) a

entidades subsidiárias designadamente, filiais, sucursais e escritórios de

representação, quando necessário/solicitado;

• Assegurar que as auditorias internas sejam programadas, planificadas,

dirigidas e registadas de acordo com os procedimentos estabelecidos.

COMPLIANCE

O Compliance tem como função garantir que a Instituição actua de acordo

com as leis, regras, normativos internos, acordos nacionais e internacionais

que pautam a actividade do Banco, evitando o risco da Instituição incorrer em

sanções de carácter legal ou regulamentar e em prejuízos financeiros ou de

ordem reputacional, decorrente do incumprimento das leis, regulamentos,

códigos de conduta e normas de “boas práticas”.

O Compliance tem a seu cargo as seguintes actividades:

• Assegurar o cumprimento das obrigações legais, regulamentares e de

reporting;

• Elaborar e implementar normas e procedimentos internos no âmbito das

matérias de Compliance e no âmbito do Controlo Interno;

• Controlar a adequação dos procedimentos previstos para detectar o

incumprimento de obrigações legais e regulamentares e propor medidas

necessárias para a correcção ou mitigação de situações de incumprimento;

• Assegurar medidas eficientes e procedimentos em conformidade com a

legislação em vigor para o controlo e monitorização de operações para a

prevenção de branqueamento de capital e combate do financiamento de

terrorismo;

• Controlar e monitorizar operações de intermediação financeira (prevenção

de situações de abuso de mercado ou situações prejudiciais a clientes);

• Acompanhar as reclamações dirigidas ao Banco;

• Acompanhar e promover a actuação das outras estruturas funcionais no que

se refere ao cumprimento dos deveres legais, deontológicos, códigos de

conduta;

• Proceder a acções de formações internas em matérias de Compliance;

• Autorizar a abertura de contas;

• Elaborar Relatórios da Actividade de Compliance e submeter à apreciação

da Comissão executiva e da Comissão de Controlo Interno;

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• Efectuar as comunicações de operações suspeitas à PGR e à UIF;

• Pronunciar-se sobre processos de concessão de crédito, sempre que

solicitado;

• Pronunciar-se sobre a comercialização de novos produtos e serviços, bem

como sobre o lançamento de instrumentos de promoção do Banco ou dos

produtos e serviços por si comercializados.

REPORTE REGULAMENTAR

Reporte Regulamentar tem como objectivo assegurar as obrigações de

reporte de informação a que o ATLANTICO Europa, e todas as suas

participadas nacionais e estrangeiras estão obrigadas.

O Gabinete de Reporte Regulamentar tem a seu cargo as seguintes

actividades:

• Preparação da lista de todos os reportes e do calendário de apresentação

associado;

• Produção e submissão dos reportes obrigatórios, nomeadamente os

estabelecidos pelo Banco de Portugal, CMVM e Fisco;

• Revisão analítica da informação reportada para garantir a consistência da

informação entre os diversos períodos e a sua coerência com a evolução da

actividade.

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V. Política de Remunerações

A Política de Remunerações dos membros dos órgãos de gestão do

ATLANTICO Europa foi aprovada por deliberação da Assembleia Geral

tomada em 31 de Maio de 2012.

A Política de Remunerações dos colaboradores do ATLANTICO Europa foi

aprovada por deliberação do Conselho de Administração tomada em 31 de

Março de 2012.

A Declaração sobre a política de remunerações constitui um apêndice a este

relatório.

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VI. Ética Profissional

O ATLANTICO Europa adoptou um Código de Conduta que condensa e

sistematiza um conjunto de regras de ética profissional a que estão sujeitos

todos os colaboradores, que se obrigam expressamente a cumprir. Para além

do referido Código, o ATLANTICO Europa adoptou um conjunto de políticas

que contêm regras de ética profissional, como a seguir se descreve em

síntese.

O ATLÂNTICO Europa ordena o exercício da sua actividade por princípios de

ética, rigor, verdade, transparência, estabilidade e segurança no

relacionamento com os clientes.

O ATLÂNTICO Europa assegura a todos os seus clientes igualdade de

tratamento, não fazendo qualquer discriminação entre eles que não resulte de

direitos que lhes assistam em razão da natureza ou prioridade temporal das

suas ordens ou em consequência de qualquer outra situação prevista em

disposições legais e regulamentares aplicáveis.

O ATLÂNTICO Europa compromete-se a dar prioridade aos interesses dos

clientes, quer em relação aos seus próprios interesses, seja qual for a sua

natureza, quer em relação aos interesses dos membros dos seus órgãos

sociais e demais colaboradores.

No exercício da sua actividade o ATLÂNTICO Europa compromete-se a

actuar em conformidade com os princípios e regras de livre e leal

concorrência.

A actividade profissional dos membros dos órgãos sociais e de todos os

colaboradores rege-se pelos seguintes princípios:

O ATLÂNTICO EUROPA exerce a sua actividade em obediência a elevados

princípios éticos e deontológicos, e a conduta dos seus colaboradores pauta-

se nomeadamente pelos seguintes princípios:

a) Respeito consciencioso dos interesses que lhe estão confiados;

b) Isenção, honestidade e integridade pessoal;

c) Lealdade para com o ATLÂNTICO EUROPA e seus clientes;

d) Actuação discreta, guiada por elevados padrões de ética profissional;

e) Respeito pela absoluta independência entre os interesses do ATLÂNTICO

EUROPA e os dos clientes;

f) Respeito pela absoluta independência dos interesses dos clientes entre si;

g) Controlo dos riscos;

h) Prevenção dos conflitos de interesses;

i) Cumprimento de todas as disposições legais e regulamentares em vigor;

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j) Transparência na conduta;

k) Sigilo relativamente à informação não pública a que têm acesso;

l) Responsabilidade social;

m)Rigorosa segregação patrimonial;

n) Protecção do ambiente.

As instruções recebidas de clientes e, em geral, os serviços por estes

solicitados são executados com respeito pelos seus legítimos interesses,

dentro dos condicionamentos impostos ao exercício da actividade bancária e

de intermediação financeira.

No exercício das suas funções, os Colaboradores do ATLANTICO Europa

estão obrigados a diligenciar para que, na prestação de informações e no

aconselhamento dos clientes, seja assegurado, com rigor e boa-fé:

a) O completo esclarecimento sobre as características dos produtos ou

serviços oferecidos pelo ATLANTICO Europa, bem como da adequação dos

mesmos à situação e às necessidades dos clientes;

b) O fornecimento de todos os elementos necessários a uma tomada de

decisão fundamentada, consciente e esclarecida quanto à existência dos

riscos potenciais previsíveis e consequências financeiras das operações

visadas;

c) O esclarecimento sobre as remunerações dos depósitos ou de outros

fundos reembolsáveis;

d) Informação adequada sobre os custos das operações e serviços, incluindo,

quando solicitada, a explicitação do preçário à disposição dos clientes.

O incumprimento dos deveres previstos no Código de Conduta e nas Políticas

internas é sancionado de acordo com a gravidade da violação, o grau de

culpa do infractor e as consequências efectivas do acto.

Os normativos éticos e deontológicos impostos àqueles que exercem

actividades no ATLANTICO Europa são complementares às disposições legais

relativas, nomeadamente, ao dever de sigilo profissional e à defesa dos

interesses dos Clientes e a utilização de informação privilegiada em benefício

próprio.

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Relatório de Governo Interno 2012

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VII. Prevenção de conflito de interesses

O ATLANTICO Europa adopta uma Política de Prevenção e Gestão de

Conflito de Interesses, a qual deve ser conhecida e observada por todos os

colaboradores.

O ATLANTICO Europa compromete-se a dar prevalência aos legítimos

interesses dos seus clientes em relação aos seus próprios interesses ou de

sociedades com as quais se encontra em relação de grupo ou de domínio,

bem como em relação aos interesses dos titulares dos órgãos sociais ou dos

de agente vinculado ao seu serviço ou dos colaboradores de ambos.

Sempre que ocorra qualquer situação, relacionada com um colaborador ou

com o seu património, que seja susceptível de pôr em causa o normal

cumprimento dos seus deveres ou o desempenho objectivo e efectivo das

suas funções, no interesse do ATLANTICO Europa ou dos seus clientes, o

colaborador deve de imediato dar do facto conhecimento à estrutura

hierárquica ou, sendo membro do conselho de administração, aos demais

membros do órgão.

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VII. Prevenção do branqueamento de capitais e

financiamento do terrorismo

De acordo com a legislação e normas vigentes destinados a evitar a utilização

das entidades financeiras, quer em operações de branqueamento de capitais,

quer em actividades que favoreçam a criminalidade organizada e económico-

financeira ou o financiamento do terrorismo, o ATLANTICO Europa adoptou

uma política interna dedicada a este tema – Política de Prevenção de

Branqueamento de Capitais e do Financiamento ao Terrorismo – e

implementou um conjunto de procedimentos e mecanismos de identificação,

controlo interno e de comunicação de operações suspeitas.

Para assegurar a correcta implementação de tais mecanismos é

proporcionada aos colaboradores e aos administradores formação adequada

ao reconhecimento de operações que possam estar relacionadas com os

citados crimes e pessoas indiciadas em actividades criminosas.

A responsabilidade de prevenção de branqueamento de capitais e

financiamento ao terrorismo incumbe, de forma geral, a todos os

colaboradores consideradas as funções exercidas por cada um e o respectivo

nível de intervenção nas operações.

Os colaboradores do ATLANTICO Europa estão adstritos ao cumprimento

rigoroso das regras legais, regulamentares e internas aplicáveis à prevenção

do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo,

designadamente o dever de identificação, o dever de diligência relativo ao

conhecimento das relações de negócio levadas a cabo pelos clientes, o dever

de recusa e de abstenção de execução de operações, o dever de conservação

dos documentos e o de comunicação tempestiva das operações

potencialmente suspeitas de configurar branqueamento de capitais ou

financiamento do terrorismo.

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VIII. Comunicação de irregularidades

Compete ao Conselho Fiscal, nos termos da alínea j) do artigo 420.º do

Código das Sociedades Comerciais, receber as comunicações de

irregularidades apresentadas por Accionistas, colaboradores, Clientes e

quaisquer outras entidades.

As instituições de crédito devem implementar os meios adequados de

recepção, tratamento e arquivo das participações de irregularidades graves

relacionadas com a administração, organização contabilística e fiscalização

interna da instituição de crédito, susceptíveis de as colocarem em situação de

desequilíbrio financeiro, de modo a assegurar que sejam comunicadas ao

órgão de fiscalização pelos empregados da instituição de crédito, seus

mandatários, comissários ou outras pessoas que lhes prestem serviços a título

permanente ou ocasional (art. 116.º-G, n.º 3 RGICSF).

Para assegurar o cumprimento, o Conselho Fiscal aprovou em 9 de Maio de

2012 a metodologia aplicável à recepção e tratamento de comunicações de

irregularidades, tendo indicado o Gabinete de Compliance e as unidades de

controlo interno como assessores especiais no tratamento das comunicações.

A comunicação de irregularidades deve ser efectuada por escrito, podendo

ser utilizado o e-mail, e conter todos os elementos de facto conhecidos pelo

colaborador e que julgue convenientes para a avaliação da irregularidade. A

identidade do colaborador é mantida confidencial e não é permitida a sua

divulgação até o momento em que o Conselho Fiscal toma uma decisão

referente à comunicação da irregularidade.

Concluindo-se que a comunicação é fundada, o Conselho Fiscal, com base em

relatório apresentado pelo Controlo Interno, pode fazer a contratação de um

serviço externo e independente para investigar os factos denunciados.

O Conselho Fiscal é o órgão competente para decidir sobre as acções a tomar

na sequência da comunicação recebida e as comunicações a efectuar

externamente.

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Apêndices:

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I. Experiência e qualificação profissional dos membros do Conselho de

Administração

Carlos José da Silva (Presidente)

Data de nascimento: 6 de Janeiro de 1966

Data da 1.ª designação: 22 de Junho de 2009

Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012

Formação académica:

Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Experiência Profissional anterior:

Desde 2012: Banco Comercial Português, S.A. – Vice-Presidente do Conselho de

Administração.

Desde 2010: Angola Management School – Presidente.

Desde 2010: Interoceânico Capital, SGPS – Presidente do Conselho de Administração

Desde 2010: Sociedade Baia de Luanda – Vice-Presidente.

Desde 2006: Banco Privado Atlântico, S.A. – fundador e Presidente do Conselho de

Administração.

2001 - 2006: Banco Espírito Santo Angola (BESA) – fundador e administrador

executivo.

1998 - 2001: Escritório de representação do Banco Espírito Santo em Angola.

1994 - 1998: Carlos José da Silva & Associados – fundador e Advogado, prestando

consultoria jurídica nas áreas de direito financeiro e fiscal a empresas multinacionais.

Negociação de projectos de investimento estrangeiro no regime contratual.

1990 - 1994: Escritório Carlos José da Silva e Paulo Marques – exercício de advocacia,

prestando serviços nas vertentes jurídico económicas.

Baptista Muhongo Sumbe (Vice-Presidente)

Data de nascimento: 11 de Março de 1961

Data da 1.ª designação: 31 de Março de 2010

Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012

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Formação Académica:

Licenciatura em economia pela Universidade Agostinho Neto (especialização em

contabilidade e finanças

Experiência Profissional anterior:

Desde Maio de 2010: Administrador da Sonangol E.P; Vice-Presidente do Banco

Privado Atlantico, S.A.

Desde Outubro de 2009: Presidente da Baia de Luanda; Presidente do Conselho de

Administração da EIH

Desde Abril de 2009: Presidente do Conselho de Administração da Sonangol Holdins

2002 – 2009: Presidente executivo do Conselho de Administração e Presidente da

Comissão Executiva da Sonangol USA Houston, TX-USA

1997 – 2002: Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão

Executiva

1992 – 1997: Director dos Negócios Estrangeiros

1986 – 1992: Responsável da área de operações

1982 – 1986 – Contabilista especializado

André Cardoso de Meneses Navarro (Presidente da Comissão Executiva)

Data de nascimento: 9 de Agosto de 1963

Data da 1.ª designação: 22 de Junho de 2009

Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012

Formação Académica:

Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade de

Lisboa.

Pós Graduação em Gestão Financeira

MBA na American Graduate School of International Business (Thunderbird)

Experiência Profissional anterior:

2000 – 2008: CEO da Société Générale, sucursal em Portugal

1998 – 2000: Director da Divisão internacional no Banco Espirito Santo

1992 – 1998: Director da Divisão de Empresas no Banco Espirito Santo

1987 – 1990: Senior Associated na TVX Mining Corporation

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1985 – 1986: Junior Banker na Chase Manhattan Bank.

Augusto Costa Ramiro Baptista (Administrador executivo)

Data de nascimento: 10 de Junho de 1971

Data da 1.ª designação: 31 de Março de 2010

Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012

Formação académica:

Licenciatura em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Pós Graduação em Direito Fiscal na Faculdade de Direito de Lisboa da Universidade

de Lisboa

Pós Graduação em Direito Bancário na Faculdade de Direito da Universidade

Agostinho Neto

Programa de Alta Direcção de Empresas na Escola de Direcção de Negócios

Experiência profissional anterior:

Desde 2009: administrador não executivo do Banco Millennium Angola, S.A.

Desde 2009: administrador não executivo da GlobalPactum, Gestão de Activos, S.A.

2007 – 2010: assessor do conselho de administração do Banco Privado Atlântico, S.A.

2005 – 2009: administrador executivo da GlobalPactum, Gestão de Activos, S.A.

2004 – 2005: consultor fiscal na Esso Exploration Angola (Block 15)

2001 - 2004 – consultor fiscal na Arthur Andersen

Maria da Graça Ferreira Proença de Carvalho (Administradora executiva)

Data de nascimento: 7 de Novembro de 1962

Data da 1.ª designação: 22 de Junho de 2009

Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012

Formação académica:

Licenciatura em Administração e gestão de empresas na Florida International

University (USA)

Mestrado em Marketing e Finanças na Florida International University (USA)

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Experiência Profissional anterior:

2005 – 2009: Representante do Banco Natixis - Portuguese Office

2004 – 2005: Secretária de Estado da Indústria, Comércio e Serviços

2003 – 2007: administradora da sociedade Explorer, Sociedade de Capital de Risco

2002 – 2004: Deputada da Assembleia da República

2000 – 2002: administradora da sociedade Finanser, Sociedade Financeira de

Corretagem

1997 – 2000: administradora da sociedade Midas Investimentos/BVVA Midas

Isménio Coelho Macedo (Administrador executivo)

Data de nascimento: 18 de Fevereiro de 1948

Data da 1.ª designação: 20 de Abril de 2011

Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012

Formação académica:

Frequência do 3.º ano da Licenciatura de Direito na UAL – Universidade Autónoma de

Lisboa

Frequência do 1.º ano de Sociologia do Trabalho - ISCSP – Instituto Superior de

Ciências Sociais e Políticas

Experiência Profissional anterior:

2006-2011: Administrador do Banco Privado Atlântico, S.A.

2001-2006: Assessor da Administração no Banco Espírito Santo Angola

1996-2001: Director Geral da Sucursal de Luanda / Angola do Banco Comercial

Português, SA

1994-1996: Director Geral da Sucursal de Maputo / Moçambique do Banco Português

do Atlântico, SA

1989-1994: Gerente na Agência do Montijo do Banco Português do Atlântico, SA

1987-1989: Gerente na Agência da Venda do Pinheiro do Banco Português do

Atlântico, SA

1984-1987: Sub-Gerente na Agência de Setúbal do Banco Português do Atlântico, SA

1981-1984: Sub-Gerente na Agência de Odemira do Banco Português do Atlântico, SA

1974-1981: Promotor Comercial (e outras funções) na Agência de Alhos Vedros do

Banco Português do Atlântico, SA

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II. Experiência e qualificação profissional dos membros do Conselho

Fiscal

Mário Jorge Carvalho de Almeida (Presidente)

Data de nascimento: 17 de Novembro de 1976

Data da 1.ª designação: 22 de Junho de 2009

Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012

Formação Académica:

1994 - 1999 Licenciatura em Economia, Universidade Autónoma de Lisboa

2008 - 2009 Curso Intensivo de Controlo de Gestão

2000 - Curso de Inglês em Londres na “The Hampstead School of English”(Upper

Intermediate level)

1998 - 1999 Curso de Inglês (nível 4) Cambridge School

Experiência Profissional anterior:

2010 – 2012 Administrador do Banco Privado Atlântico responsável pelos seguintes

pelouros: 2012 (Risk Office, Controlo de Gestão, Contabilidade, Organização e

Métodos, Acompanhamento e recuperação de crédito)

2007 – 2009 Assessor do Conselho de Administração; Director Coordenador da

Direcção de Contabilidade e Controlo de Gestão do Banco Privado Atlântico

2006 - 2007 Director da Direcção de Contabilidade do Banco Fomento de Angola

2002 – 2005 Subdirector da Direcção de Contabilidade e Controlo Orçamental no

Banco Espírito Santo Angola

2000 – 2002 Arthur Andersen - Departamento de Auditoria

1997-1998 Martal, SARL – Departamento de contabilidade

Mário Jorge de Faria da Cruz (vogal)

Data de nascimento: 15 de Setembro de 1978

Data da 1.ª designação: 22 de Junho de 2009

Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012

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Formação Académica:

BA (Hons) International Finance and Capital Market Studies, University of Brighton,

Reino Unido

Experiência Profissional anterior:

2010 até ao presente: Banco Privado Atlântico, S.A., (Angola), administrador

executivo

Banking

2006 - 2010: Director da Tesouraria e Assessor do Conselho de Administração, Banco

Privado Atlântico, S.A., (Angola)

2003 até ao presente: docente na Universidade Católica de Angola

2001 – 2006: Director da Tesouraria, Banco Espirito Santo Angola

João Maria Francisco Wanassi (vogal)

Data de nascimento: 6 de Junho de 1969

Data da 1.ª designação: 20 de Abril de 2011

Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012

Formação Académica:

2006 – Licenciatura em Geofísica, Faculdade de Ciências Universidade Agostinho

Neto

2009 - Programa de Direção de Empresas – AESE

Experiência Profissional anterior:

2010 – actual: Director – Geral da Angola School of Management (ASM)

2009 -2012: Director do Programa de Formação para Executivos – PADE

2010 – actual: Presidente do FACIDE

2006 – 2009: Director Executivo do FACIDE

Assistente estagiário Departamento de Geofísica da Faculdade de Ciências

Universidade Agostinho Neto.

Representante em Angola do Projecto “AfricaArray” que consiste na instalação de

uma rede de estações sísmicas ao longo do continente Africano, para monitorar

actividade sismológica.

Assistente do chefe de Departamento de Geofísica da Faculdade de Ciências da UAN

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1987-1992: Cumprimento do serviço militar, oficial do exército no 17º Regimento Aéreo

de Helicópteros da FAPA/DAA

Nuno Pedro da Silva do Carmo Vaz (vogal suplente)

Data de nascimento: 27 de Maio de 1974

Data da 1.ª designação: 31 de Maio de 2012

Termo do mandato actual: 31 de Dezembro de 2012

Formação Académica:

Master of Business Administration (MBA) – Especialização em Marketing, 2006,

Universidade Católica Portuguesa

Master of Business Administration (MBA), 1998-2000, Universidade Católica

Portuguesa

Licenciatura em Engenharia Industrial, 1991-1996, Faculdade de Ciências e Tecnologia

– UNL

Experiência Profissional anterior:

Desde 2011: Chefe de Gabinete e Assessor do Presidente do Conselho de

Administração do Banco Privado Atlantico, Angola

Julho 2009 – Abril 2011: Administrador Executivo da Finicapital, Angola

Janeiro 2008 – Julho 2009: Managing Director na Deloitte, Angola

Março 2001 – Dezembro 2007: Strategy, Operations & Human Capital Senior Manager

Deloitte – Lisboa

Nov. 1996 – Fev. 2001: CTT – Correios de Portugal