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vvvz As arbitrariedades legislativas do Brasil contemporâneo, e suas implicações na forma de ver o direito. Josimar dos santos Faculdade Martha Falcão Manaus, Amazonas , Brasil [email protected] Introdução A autoridade máxima de um Estado moderno flui de um poder reconhecido, legitimado e investido em valores políticos, econômicos e sociais plasmados em uma Norma Maior, capaz de estabelecer alicerces de sustentação do complexo sistema da vida organizada em sociedade. Essa engenhosidade é suprema e dar força normativa, e veste o texto de essências magnas com diretrizes e fundamentos maiores do sistema jurídico de uma nação. A constituição representa o Estado na magnitude que a fundamenta, é nela que encontramos o amparo de valores básicos e essenciais do quadro de funções inerentes ao perfeito funcionamento de seus poderes estatais ao exercerem as atividades relativas as suas criações. Nesse contexto, a função precípua do Poder legislativo, é a de legislar, isso o torna a principal fonte de nascedouro do direito e, atribui a missão de não simplesmente criar normas com incompatibilidades materiais ou formais, no moderno movimento denominado Neocontitucionalismo, as ações legislativas devem ser direcionadas sem reserva de esforços, para alcançar a efetivação dos Direitos Fundamentais assegurados na Lei Maior do Estado. Objetivo Nos olhares lógicos evolucionista de qualquer ciência, o tempo e a modernização do homem interferem diretamente no aperfeiçoamento e na plenitude do domínio das suas atividades. Esse fato é constatável quando nos debruçamos sobre o homem e seu convívio na sociedade. É lançado o desafio de identificarmos o que motiva o legislador contemporâneo a de maneira flagranteada a enveredar sentido contrário aos mandamentos e institutos de valores programáticos de efetivação dos Direitos Fundamentais ostentados pela atual Constituição Pátria, e o que esses interesses controversos, que contaminam a forma de ver o Direto. Buscaremos analisar ainda, quais são as implicações que atinge nosso Sistema Jurídico, fazendo uma comparação do puro desejo do Constituinte Originário e das técnicas modernas de nascedouro do direto. Análise Teórica Através do estudo da função legislativa do Estado, é que se tem a dimensão dos percalços de uma lei e de seus fundamentos. Estudar o processo de feitura dos normas jurídicas é sem dúvidas, enriquecer a própria vertente da efetivação dos objetivos do constituinte originário, que se justificam através da importância de ter um legislador trabalhando livre de interferências de qualquer outro poder, ou grupo de interesses que contaminem os ideais Constitucionais. Nesse diapasão, a função precípua do Poder Legislativo assegurada no artigo 49 da Constituição Federal de 1988: é legislar, sendo projetos de leis de iniciativa de sua competência ou oriunda de outros poderes, o Poder legislativo sempre irá legislar, discutindo, analisando os contrapontos das normas que irão viger no ordenamento legal. Essa atividade típica pela própria natureza do poder legislativo tem funções específicas e principiológicas, derivadas do próprio espírito magno da Lei Constitucional. A função legislativa até o século XX sustentava-se, basicamente na visão ideológica de que a lei era a expressão de um ideal de justiça, ou seja a norma trazia em si uma expressão da razão e nesse universo, o legislador não estava preso em nenhum sistema ideológico de valores. Portanto, a função legislativa era a materialização de uma justiça imanente. Com o surgimento de um movimento denominado Neoconstitucionalismo, do Segundo pós-guerra, ele narra o modo como se deve escrever o direito de acordo com a realidade existente e cria o assentimento e um certo aprofundamento dessa realidade, criando um ideal propositivo da elaboração da norma. Essa transformação surgida na Europa no pós-guerra, só chegou ao Brasil na parte final do século XX com a superação do positivismo da norma, modificando o jeito de ver a lei, como regra geral, a norma deixou de ser vista como invariavelmente, uma expressão de uma justiça imanente, adotando a expressão de um interesse que se tornou dominante, através da manifestação de vontade da maioria. Essa estrutura jurídica segue o texto escrito pela autoridade legislante, o que muitas vezes, sofre distorções na maneira de se conceber o sentimento de justiça, que, o moderno sistema legislativo pátrio vem sofrendo um certo descrédito na sua política de atuação, resultando na inércia legislativa perante aos assusto difíceis e de grande repercussão, devido ao custo político ou moral em fazer opções, o que consequentemente, implica diretamente na forma de se conceber o Direito. Resultados esperados A importância do tema a ser estudado é exaltada pela necessidade imperiosa de se levar a efeito o próprio e original espírito da Lei Maior. Tornam-se esses objetivos eficazes quando é identificado, analisado, comparado e demonstrado que as funções de um dos principais Poderes do Estado estão em constantes desarmonias principiológicas com as ideias de efetivação da plenitude da vontade do Constituinte. Finalmente, quando se esclarece o que o Legislador moderno tende a seguir e quais as implicações que essas tendências trazem para o Estado Democrático é, de fato, inédito, pois nunca se procurou entender o que o legislador teria que buscar no processo de feitura de leis e o que deveria vinculá-lo em seguir os objetivos da Constituição. O próprio constituinte originário atribuiu ao legislador infraconstitucional, a função de buscar o alcance pleno dos direitos essenciais do cidadão no texto constitucional. O conhecimento das arbitrariedades do legislador é relevante para expurgarmos esse defeito que se instalou nas células da genética da Lei. Referências O legislador comete um grave equívoco quando se omite da essência da missão que o constituinte lhe atribuiu: de zelar pelo fortalecimento dos princípios do nosso Estado. Nesse contexto, toda norma que pretende legitimar-se conforme a ordem constitucional contemporânea, deve respeito não apenas aos preceitos, formais ou materiais; aqui são sugestivos os preceitos programáticos, aqueles que o constituinte delineou como políticas necessárias para a promoção de direitos sociais, fundamentais capazes de ecoar justiça na sua efetivação. Todo e qualquer projeto ao ser examinado pelas Comissões de Constituição e Justiça não será suficiente preencher o critério puramente material e formal, requer um exame minucioso dos objetivos que tal norma pretende disciplinar e qual sua parcela no melhoramento da concretização dos objetivos constitucionais. A função legislativa deriva da democracia representativa do Estado de Direito e a demora em resolver questões relevantes do ponto de vista politico, econômico ou social diversas vezes, é delegada de um certo modo, ao judiciário. Isso deve-se a uma certa omissão política legislativa, devido ao custo político ou moral em fazer escolhas, e consequentemente, enseja a ascensão institucional do judiciário . Finalmente, o povo como destinatário final do direito, tem o dever de resistir todas as formas e manobras que refletem a injustiça, a impunidade. Essa missão de enfrentamento das injustiças deve se manifestar em cada integrante da sociedade, o que resulta em um caráter de bem para consigo mesmo. Monografia I Manaus-Am 2 5 de novembro de 2014 INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA FACULDADE MARTHA FALCÃO CURSO DE DIREITO Metodologia O método de abordagem utilizado é o dedutivo, ao qual, partindo das premissas estabelecidas chega-se a uma conclusão. O meio de organizar e especificar o conhecimento em questão, é através de levantamentos históricos, abordando aspectos que influenciaram na estrutura da criação do nosso atual ordenamento jurídico; como também comparativo, ao abordar pontos de vistas existentes entre os doutrinadores acerca da função legislativa do Estado e suas principais fontes de criação do direito. Conclusões BARROSO, Luís Roberto. O novo direito constitucional brasileiro: contribuições para construção teórica e prática da jurisdição constitucional no Brasil. Belo Horizonte: Fórum, 2012, 522p. ISBN 978-85-7700-640-3 SILVA, José Afonso da. Processo Constitucional de Formação das Leis: 2° Ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2007, 374p. ISBN 978-85-7420-70-32

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vvvzAs arbitrariedades legislativas do Brasil contemporneo, e suas implicaes na forma de ver o direito.Josimar dos santosFaculdade Martha Falco Manaus, Amazonas , [email protected] autoridade mxima de um Estado moderno flui de um poder reconhecido, legitimado e investido em valores polticos, econmicos e sociais plasmados em uma Norma Maior, capaz de estabelecer alicerces de sustentao do complexo sistema da vida organizada em sociedade. Essa engenhosidade suprema e dar fora normativa, e veste o texto de essncias magnas com diretrizes e fundamentos maiores do sistema jurdico de uma nao. A constituio representa o Estado na magnitude que a fundamenta, nela que encontramos o amparo de valores bsicos e essenciais do quadro de funes inerentes ao perfeito funcionamento de seus poderes estatais ao exercerem as atividades relativas as suas criaes. Nesse contexto, a funo precpua do Poder legislativo, a de legislar, isso o torna a principal fonte de nascedouro do direito e, atribui a misso de no simplesmente criar normas com incompatibilidades materiais ou formais, no moderno movimento denominado Neocontitucionalismo, as aes legislativas devem ser direcionadas sem reserva de esforos, para alcanar a efetivao dos Direitos Fundamentais assegurados na Lei Maior do Estado.

Objetivo Nos olhares lgicos evolucionista de qualquer cincia, o tempo e a modernizao do homem interferem diretamente no aperfeioamento e na plenitude do domnio das suas atividades. Esse fato constatvel quando nos debruamos sobre o homem e seu convvio na sociedade. lanado o desafio de identificarmos o que motiva o legislador contemporneo a de maneira flagranteada a enveredar sentido contrrio aos mandamentos e institutos de valores programticos de efetivao dos Direitos Fundamentais ostentados pela atual Constituio Ptria, e o que esses interesses controversos, que contaminam a forma de ver o Direto. Buscaremos analisar ainda, quais so as implicaes que atinge nosso Sistema Jurdico, fazendo uma comparao do puro desejo do Constituinte Originrio e das tcnicas modernas de nascedouro do direto.Anlise TericaAtravs do estudo da funo legislativa do Estado, que se tem a dimenso dos percalos de uma lei e de seus fundamentos. Estudar o processo de feitura dos normas jurdicas sem dvidas, enriquecer a prpria vertente da efetivao dos objetivos do constituinte originrio, que se justificam atravs da importncia de ter um legislador trabalhando livre de interferncias de qualquer outro poder, ou grupo de interesses que contaminem os ideais Constitucionais. Nesse diapaso, a funo precpua do Poder Legislativo assegurada no artigo 49 da Constituio Federal de 1988: legislar, sendo projetos de leis de iniciativa de sua competncia ou oriunda de outros poderes, o Poder legislativo sempre ir legislar, discutindo, analisando os contrapontos das normas que iro viger no ordenamento legal. Essa atividade tpica pela prpria natureza do poder legislativo tem funes especficas e principiolgicas, derivadas do prprio esprito magno da Lei Constitucional.A funo legislativa at o sculo XX sustentava-se, basicamente na viso ideolgica de que a lei era a expresso de um ideal de justia, ou seja a norma trazia em si uma expresso da razo e nesse universo, o legislador no estava preso em nenhum sistema ideolgico de valores. Portanto, a funo legislativa era a materializao de uma justia imanente. Com o surgimento de um movimento denominado Neoconstitucionalismo, do Segundo ps-guerra, ele narra o modo como se deve escrever o direito de acordo com a realidade existente e cria o assentimento e um certo aprofundamento dessa realidade, criando um ideal propositivo da elaborao da norma. Essa transformao surgida na Europa no ps-guerra, s chegou ao Brasil na parte final do sculo XX com a superao do positivismo da norma, modificando o jeito de ver a lei, como regra geral, a norma deixou de ser vista como invariavelmente, uma expresso de uma justia imanente, adotando a expresso de um interesse que se tornou dominante, atravs da manifestao de vontade da maioria.Essa estrutura jurdica segue o texto escrito pela autoridade legislante, o que muitas vezes, sofre distores na maneira de se conceber o sentimento de justia, j que, o moderno sistema legislativo ptrio vem sofrendo um certo descrdito na sua poltica de atuao, resultando na inrcia legislativa perante aos assusto difceis e de grande repercusso, devido ao custo poltico ou moral em fazer opes, o que consequentemente, implica diretamente na forma de se conceber o Direito.No arcabouo das funes do Estado Contemporneo brasileiro, a tarefa de criar leis no sentido que o direito acompanhe o evoluir da sociedade, o legislador vem atuando de maneira tmida, levando muitas vezes, o judicirio atuar para suprir uma lacuna da lei, caso contrrio, as injustias se perpetuariam. O vagaroso e aconchabrado jeito de agir do legislador preocupante, pois instala no Estado um crescente ativismo judicial , colocando em risco a tripartio objetiva dos Poderes.

Resultados esperadosA importncia do tema a ser estudado exaltada pela necessidade imperiosa de se levar a efeito o prprio e original esprito da Lei Maior. Tornam-se esses objetivos eficazes quando identificado, analisado, comparado e demonstrado que as funes de um dos principais Poderes do Estado esto em constantes desarmonias principiolgicas com as ideias de efetivao da plenitude da vontade do Constituinte.

Finalmente, quando se esclarece o que o Legislador moderno tende a seguir e quais as implicaes que essas tendncias trazem para o Estado Democrtico , de fato, indito, pois nunca se procurou entender o que o legislador teria que buscar no processo de feitura de leis e o que deveria vincul-lo em seguir os objetivos da Constituio.

O prprio constituinte originrio atribuiu ao legislador infraconstitucional, a funo de buscar o alcance pleno dos direitos essenciais do cidado no texto constitucional. O conhecimento das arbitrariedades do legislador relevante para expurgarmos esse defeito que se instalou nas clulas da gentica da Lei.RefernciasO legislador comete um grave equvoco quando se omite da essncia da misso que o constituinte lhe atribuiu: de zelar pelo fortalecimento dos princpios do nosso Estado. Nesse contexto, toda norma que pretende legitimar-se conforme a ordem constitucional contempornea, deve respeito no apenas aos preceitos, formais ou materiais; aqui so sugestivos os preceitos programticos, aqueles que o constituinte delineou como polticas necessrias para a promoo de direitos sociais, fundamentais capazes de ecoar justia na sua efetivao. Todo e qualquer projeto ao ser examinado pelas Comisses de Constituio e Justia no ser suficiente preencher o critrio puramente material e formal, requer um exame minucioso dos objetivos que tal norma pretende disciplinar e qual sua parcela no melhoramento da concretizao dos objetivos constitucionais.A funo legislativa deriva da democracia representativa do Estado de Direito e a demora em resolver questes relevantes do ponto de vista politico, econmico ou social diversas vezes, delegada de um certo modo, ao judicirio. Isso deve-se a uma certa omisso poltica legislativa, devido ao custo poltico ou moral em fazer escolhas, e consequentemente, enseja a ascenso institucional do judicirio .Finalmente, o povo como destinatrio final do direito, tem o dever de resistir todas as formas e manobras que refletem a injustia, a impunidade. Essa misso de enfrentamento das injustias deve se manifestar em cada integrante da sociedade, o que resulta em um carter de bem para consigo mesmo.Monografia I Manaus-Am 2 5 de novembro de 2014INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZNIAFACULDADE MARTHA FALCOCURSO DE DIREITO

MetodologiaO mtodo de abordagem utilizado o dedutivo, ao qual, partindo das premissas estabelecidas chega-se a uma concluso. O meio de organizar e especificar o conhecimento em questo, atravs de levantamentos histricos, abordando aspectos que influenciaram na estrutura da criao do nosso atual ordenamento jurdico; como tambm comparativo, ao abordar pontos de vistas existentes entre os doutrinadores acerca da funo legislativa do Estado e suas principais fontes de criao do direito.ConclusesBARROSO, Lus Roberto. O novo direito constitucional brasileiro: contribuies para construo terica e prtica da jurisdio constitucional no Brasil. Belo Horizonte: Frum, 2012, 522p. ISBN 978-85-7700-640-3 SILVA, Jos Afonso da. Processo Constitucional de Formao das Leis: 2 Ed. So Paulo: Malheiros Editores, 2007, 374p. ISBN 978-85-7420-70-32

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