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SIMP.TCC/Sem.IC. 2018(13); 2510-2527 FACULDADE ICESP / ISSN: 2595-4210 2510 CURSO DE PEDAGOGIA DISLEXIA - DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO DI- AGNÓSTICO PRECOCE E A INTERVENÇÃO PE- DAGÓGICA DYSLEXIA - CHALLENGES AND PERSPECTIVES IN DIAGNOSIS PRECOCIOUS AND PEDAGOGI- CAL INTERVENTION Bárbara Cristina Sousa Ferreira Everlene Dias Alves Rodrigues Patrícia Tomaz Mattão Rodrigues Resumo A Dislexia é um transtorno muito comum na sala de aula, muitas vezes a criança com este transtorno passa despercebida pelos professores e até mesmo em casa pela família, o disléxico, assim como os outros alunos, pode alcançar sucesso no futuro, mesmo com suas dificuldades pode se relacionar com outras pessoas e ter uma vida normal, podendo assim cursar uma faculdade, ter um emprego, ser reconhecido e vale lembrar que o mesmo aprenderá e desenvolverá de acordo com em tempo e capacidade. Como objetivo geral, compre- ender a importância do diagnóstico e intervenção precoce na prática pedagógica com alunos disléxicos. A metodologia utilizada nesse trabalho, foi realizado através de pesquisa bibliográfica. Em alguns casos o dis- léxico consegue ler, porém, a compreensão não é algo que ele consegue fazer com facilidade, é preciso que alguém leia para ele pausadamente para melhor desenvolver sua capacidade de aprendizagem. O professor não realiza este diagnóstico ele apenas identifica e encaminha o aluno para uma equipe multidisciplinar. Para finalizar a intervenção por meio do lúdico é uma das melhores formas de auxiliar um aluno com dislexia já que o método tradicional não estimula a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo da criança. Os jogos e as brincadeiras fazem com que a criança com dislexia interaja e desenvolva bastante em todo o processo esco- lar. Palavras-Chave: Dislexia, diagnóstico precoce; intervenção. Abstract Dyslexia is a very common disorder in the classroom, often the child with this disorder goes unnoticed by the teachers and even at home by the family, the dyslexic, like other students, can achieve success in the future even with their difficulties can relate to other people and have a normal life, so you can attend a college, have a job, be recognized and remember that it will learn and develop according to time and capacity. As a general objective, to understand the importance of early diagnosis and intervention in pedagogical practice with dys- lexic students. The methodology used in this study was carried out through bibliographic research. In some cases the dyslexic can read, but understanding is not something he can do easily, it is necessary that someone read to him slowly to better develop his learning ability. The teacher does not perform this diagnosis he only identifies and forwards the student to a multidisciplinary team. To end the intervention through play is one of the best ways to help a student with dyslexia since the traditional method does not stimulate the learning and the cognitive development of the child. The games and the jokes make the child with dyslexia interact and develop a lot in the whole school process Keywords: Dyslexia, diagnosis; intervention Contato:[email protected]/[email protected] INTRODUÇÃO A Dislexia é um transtorno muito comum nas salas de aula, muitas vezes a criança com este transtorno passa despercebida pelos professores e até mesmo em casa pela família. A partir do mo- mento em que a criança não aprende a ler começa aquele jogo de empurra-empurra onde a família põe a culpa na escola e a escola, pela falta de co- nhecimento vai empurrando este aluno para as de- mais séries seguintes sem que ela aprenda a ler. Este transtorno muitas vezes é confundido com outros tipos por ter alguns sintomas pareci- dos, dentre eles, a dificuldade no desenvolvimento social, afetivo, dificuldade na capacidade da es- crita sendo que a dislexia é muito mais severa, en- tre outras coisas. Como citar esse artigo: Ferreira BCS, Rodrigues EDA, Rodrigues PTM. DISLEXIA - DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO DIAGNÓSTICO PRECOCE E A INTER-VENÇÃO PEDAGÓGICA. Anais do 13 Simpósio de TCC e 6 Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018(13); 2510-2527

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CURSO DE PEDAGOGIA DISLEXIA - DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO DI-AGNÓSTICO PRECOCE E A INTERVENÇÃO PE-DAGÓGICA DYSLEXIA - CHALLENGES AND PERSPECTIVES IN DIAGNOSIS PRECOCIOUS AND PEDAGOGI-CAL INTERVENTION

Bárbara Cristina Sousa Ferreira

Everlene Dias Alves Rodrigues

Patrícia Tomaz Mattão Rodrigues

Resumo A Dislexia é um transtorno muito comum na sala de aula, muitas vezes a criança com este transtorno passa despercebida pelos professores e até mesmo em casa pela família, o disléxico, assim como os outros alunos, pode alcançar sucesso no futuro, mesmo com suas dificuldades pode se relacionar com outras pessoas e ter uma vida normal, podendo assim cursar uma faculdade, ter um emprego, ser reconhecido e vale lembrar que o mesmo aprenderá e desenvolverá de acordo com em tempo e capacidade. Como objetivo geral, compre-ender a importância do diagnóstico e intervenção precoce na prática pedagógica com alunos disléxicos. A metodologia utilizada nesse trabalho, foi realizado através de pesquisa bibliográfica. Em alguns casos o dis-léxico consegue ler, porém, a compreensão não é algo que ele consegue fazer com facilidade, é preciso que alguém leia para ele pausadamente para melhor desenvolver sua capacidade de aprendizagem. O professor não realiza este diagnóstico ele apenas identifica e encaminha o aluno para uma equipe multidisciplinar. Para finalizar a intervenção por meio do lúdico é uma das melhores formas de auxiliar um aluno com dislexia já que o método tradicional não estimula a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo da criança. Os jogos e as brincadeiras fazem com que a criança com dislexia interaja e desenvolva bastante em todo o processo esco-lar. Palavras-Chave: Dislexia, diagnóstico precoce; intervenção. Abstract Dyslexia is a very common disorder in the classroom, often the child with this disorder goes unnoticed by the teachers and even at home by the family, the dyslexic, like other students, can achieve success in the future even with their difficulties can relate to other people and have a normal life, so you can attend a college, have a job, be recognized and remember that it will learn and develop according to time and capacity. As a general objective, to understand the importance of early diagnosis and intervention in pedagogical practice with dys-lexic students. The methodology used in this study was carried out through bibliographic research. In some cases the dyslexic can read, but understanding is not something he can do easily, it is necessary that someone read to him slowly to better develop his learning ability. The teacher does not perform this diagnosis he only identifies and forwards the student to a multidisciplinary team. To end the intervention through play is one of the best ways to help a student with dyslexia since the traditional method does not stimulate the learning and the cognitive development of the child. The games and the jokes make the child with dyslexia interact and develop a lot in the whole school process Keywords: Dyslexia, diagnosis; intervention

Contato:[email protected]/everlenediasalve [email protected]

INTRODUÇÃO

A Dislexia é um transtorno muito comum nas salas de aula, muitas vezes a criança com este transtorno passa despercebida pelos professores e até mesmo em casa pela família. A partir do mo-mento em que a criança não aprende a ler começa aquele jogo de empurra-empurra onde a família

põe a culpa na escola e a escola, pela falta de co-nhecimento vai empurrando este aluno para as de-mais séries seguintes sem que ela aprenda a ler.

Este transtorno muitas vezes é confundido com outros tipos por ter alguns sintomas pareci-dos, dentre eles, a dificuldade no desenvolvimento social, afetivo, dificuldade na capacidade da es-crita sendo que a dislexia é muito mais severa, en-tre outras coisas.

Como citar esse artigo: Ferreira BCS, Rodrigues EDA, Rodrigues PTM. DISLEXIA - DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO DIAGNÓSTICO PRECOCE E A INTER-VENÇÃO PEDAGÓGICA. Anais do 13 Simpósio de TCC e 6 Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018(13); 2510-2527

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O disléxico muitas vezes pelo diagnóstico tardio enfrenta dificuldades ainda maiores em seu aprendizado, sua autoestima fica baixa e desmoti-vado, em razão disso faz se necessário um diag-nóstico precoce. Após a identificação do problema e um adequado diagnóstico o disléxico poderá ter um tratamento diferenciado, sem que haja nenhum tipo de preconceito e sim acolhimento.

Dentre as adequações que podem ser ofer-tadas ao aluno disléxico, utiliza-se com frequência a possibilidade de um tempo maior para a realiza-ção de cada atividade ou avaliação, sem que o mesmo receba nem um tipo de pressão para a conclusão do que lhe foi proposto, as provas deve-rão ser adaptadas de acordo com a necessidade de cada aluno, as atividades devem conter poucos textos entre outras adaptações.

Com base nesta breve contextualização, a presente pesquisa possui como problema. Quais os desafios docentes no diagnóstico precoce e a intervenção pedagógica com aluno disléxico?

O disléxico, assim como os outros alunos, pode alcançar sucesso no futuro, mesmo com suas dificuldades pode se relacionar com outras pessoas e ter uma vida normal, podendo assim cursar uma faculdade, ter um emprego, e vale lem-brar que o mesmo aprenderá e desenvolverá de acordo com em tempo e capacidade.

Em busca de orientação para o trabalho em questão, o objetivo geral deste artigo é: compreen-der a importância do diagnóstico e intervenção pre-coce na prática pedagógica com alunos disléxicos. E os específicos: conceituar e identificar a dislexia, causas e as consequências de aprendizagem; descrever o processo de diagnóstico da dislexia; as estratégias pedagógicas e a intervenção pre-coce com os alunos disléxicos.

O intuito desta pesquisa é estimular os do-centes a buscar mais conhecimentos em relação aos alunos com dislexia, pois quanto mais conhe-cimento obtiverem sobre a dislexia, melhor será o posicionamento do docente em todas as situações para promover as condições de aprendizagem ao aluno. Conhecendo os sintomas da dislexia o mesmo deverá encaminhar para especialistas para que o diagnóstico seja realizado o quanto an-tes. Nessa perspectiva o artigo foi divido em três seções para uma melhor compreensão. A primeira seção, conceituar e caracterizar a dislexia; a se-gunda seção faz uma abordagem sobre o diagnós-tico e intervenções pedagógicas, bem como, a im-portância do diagnóstico precoce, para ter uma melhor aprendizagem e a terceira seção é o plane-jamento para o aluno disléxico.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa segundo Goldenberg (1997) a pesquisa

qualitativa não se preocupa com representativi-dade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma orga-nização, entre outros. Os pesquisadores que ado-tam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressu-posto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma me-todologia própria. Assim, os pesquisadores quali-tativos recusam o modelo positivista aplicado ao estudo da vida social, uma vez que o pesquisador não pode fazer julgamentos nem permitir que seus preconceitos e crenças contaminem a pesquisa.

Segundo Godoy (1995) os estudos deno-minados qualitativos têm como preocupação fun-damental o estudo e a análise do mundo empírico em seu ambiente natural. Nessa abordagem valo-riza-se o contato direto e prolongado do pesquisa-dor com o ambiente e a situação que está sendo estudada.

Dessa forma, o procedimento utilizado na presente pesquisa foi bibliográfico. De acordo com Fonseca (2002) a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e ele-trônicos, como livros, artigos científicos. Todo tra-balho científico inicia-se com uma pesquisa biblio-gráfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, po-rém, pesquisas científicas que se baseiam unica-mente na pesquisa bibliográfica, procurando refe-rências teóricas publicadas com o objetivo de re-colher informações ou conhecimentos prévios so-bre o problema a respeito do qual se procura a res-posta.

Segundo Marconi e Lakatos (2017), é um tipo específico de produção científica, feita com base em textos, como livros, artigos científicos, en-saios críticos, dicionários, enciclopédias, jornais, revistas, resenhas, resumos. Hoje, predomina en-tendimento de que artigos científicos consistem em o foco primeiro dos pesquisadores, porque é neles que se pode encontrar conhecimento científico atu-alizado, de ponta. Entre os livros, distinguem-se os de leitura corrente e os de referência. Os primeiros constituem objeto de leitura refletida, realizada com detida preocupação de tomada de notas, rea-lização de resumos, comentários, discussão, entre outros.

Conjunto de atividades siste-máticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e ver-dadeiros -, traçando o caminho a ser seguido [...]. (MARCONI E LAKATOS,2017, p.83).

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No que concerne Alves (2013), a pesquisa bibliográfica, é realizada através de fontes já exis-tentes, como livros, artigos cientifico, buscando co-nhecimentos para novas descobertas.

Ou seja, uma gama de informações, obti-das por fontes já elaboradas, que auxiliarão para o embasamento da pesquisa. Conforme exemplifica Andrade (1997, p. 106) a “pesquisa bibliográfica tanto pode ser um trabalho independente como constituir-se no passo inicial de outra pesquisa”. Assim, entende-se que a metodologia permite uma explicação de forma minuciosa dos recursos a se-rem desenvolvidos.

CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E CAUSAS DA DISLEXIA

Sabe-se que a aprendizagem ocorre desde o momento em que a criança vem ao mundo, pois aprende- se a mamar para a sua pró-pria sobrevivência e a partir daí nunca mais dei-xará de aprender. Esse processo é contínuo, pois a criança desenvolve o andar, falar, correr, escre-ver e ler. Isso faz com que a criança tenha obten-ção de conhecimento para melhor compreensão do mundo.

O conceito de aprendizagem emergiu das investigações em-piristas em Psicologia, ou seja, de investigações levadas a termo com base no pressu-posto de que todo conheci-mento provém da experiência. (GIUSTA, 2013 p. 24)

É percebida as dificuldades de aprendiza-gem segundo Silva (2009), quando encontradas em crianças com dislexia do desenvolvimento na fase das decodificações fonografêmica, quando a criança precisa entender e utilizar a associação dos sinais gráficos com as sequências fonológicas das palavras no início da alfabetização.

Dificuldade de aprender e o transtorno de aprendizagem possuem diferenças, quando uma criança tem dificuldade pode- se resolver, é pre-ciso esquematizar os conhecimentos e a forma de ensinar e esperar um tempo para que ela consiga aprender, sabendo que cada um possui seu pró-prio tempo. Já o transtorno de aprendizagem, pode ser acompanhado havendo uma melhoria, porém, não é passageiro como a dificuldade, a criança carrega até sua vida adulta, mas, ainda assim al-cançará seus objetivos e realizações profissionais.

Para entender um pouco sobre a dislexia, Polese Et al (2011) conceitua a palavra DISLEXIA significa DIS – distúrbio e LEXIA- do latim, leitura; e do grego, linguagem. Portanto, a dislexia além de ser uma dificuldade específica na leitura e es-crita, é uma dificuldade intrigante do processo de

aprendizado, que pode ser considerada um desa-fio social, sendo que o conhecimento e esclareci-mento sobre a mesma podem propor uma revolu-ção na educação, na escola e na prática docente de muitos professores

Em sala de aula, segundo Domiense (2011), muitos professores encontram inúmeras dificulda-des em relação a obtenção de conhecimento como o transtorno da Dislexia. O professor percebe a di-ficuldade, porém, ele não pode diagnosticar. En-tão, vai em busca da família para que os mesmos procurem ajuda de um neurologista, fonoaudió-logo, psicopedagogo, psicólogo, para se obter um diagnóstico.

Quando o transtorno da dislexia é diagnosti-cado é preciso entender o que ela traz em sua de-finição, suas características e causas. De acordo com Muskat e Rizzutti, (2017), dislexia é variável em suas conceituações, é definida de maneira am-pla, como dificuldade de aquisição da leitura ape-sar de inteligência normal. Assim são excluídos os casos de limítrofe, baixa estimulação psicossocial, erros pedagógicos (como a alfabetização pre-coce), muitas escolas acabam errando ou até mesmo prejudicando por quererem fazer promo-ções para acelerarem o processo de aquisição da linguagem e escrita, e fatores de natureza emoci-onal.

No conceito da dislexia Muszkat e Rizzutti (2017), em moldes pedagógicos situa-se como di-ficuldade no uso de palavras com nível de leitura abaixa do esperado para a idade cronológica a ní-vel intelectual. Nestes termos, a dislexia traduziria as dificuldades na transposição de palavras e ideias no papel seguindo as regras gramaticais, de acento, ortografia e pontuação corretas. Nesse processo de aprendizagem, não deve- se querer acelerar as etapas aos quais deve ser se-guida.

Ao acelerar a aprendizagem de uma cri-ança, para a turma seguinte, em termo de lingua-gem ela está perdendo em fatores como o intelec-tual, pois ainda não está preparado emocional-mente. É preciso acompanhar essa criança para que caso haja alguma dificuldade não seja confun-dido como transtornos de aprendizagem.

Em uma contextualização mais estrita a dislexia é diagnosti-cada em crianças com nível mental adequado, estabilidade emocional sem antecedentes mórbidos prévios, embora em uma proporção de casos haja sobreposição de queixas. Difi-culdades cognitivas ou imaturi-dade no desenvolvimento de conceitos podem estar presen-tes em alguns casos incluindo falhas na serialização tempo-ral, como, por exemplo dificul-dade na nomeação e conceitu-

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alização de antes/depois, so-bre/ sob, de sequência de nú-meros e falhas na manipulação mental de informações (memó-ria operacional) para séries ou processos sequenciais inclu-indo inabilidade para realizar atividade motora sucessiva e síncrona. (MUSKAT E RZZUTTI, 2017, p.18)

A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem, de origem neurológica, conforme a conceituação de Rodrigues e Ciasca (2016). A dis-lexia se dá em pessoas de todas as origens e nível intelectual e caracteriza-se por dificuldade na pre-cisão (e/ou fluência) no reconhecimento de pala-vras e baixa capacidade de decodificação e de so-letração. Essas dificuldades são resultado de défi-cit no processamento fonológico, que normal-mente está abaixo do esperado em relação a ou-tras habilidades cognitivas. Problemas na compre-ensão e reduzida experiência de leitura normal-mente são as consequências secundárias desse transtorno.

A criança que não consegue fazer associação entre a pala-vra impressa e som, quando se depara com a palavra escrita, esta não passa de um desenho porque não tem correspondên-cia com sua linguagem falada. Este processo é chamado de decodificação e é essencial para que a criança aprenda a ler. Não basta apenas realizar a decodificação dos símbolos impressos é necessário que exista também, a compreen-são e a análise crítica do mate-rial lido. (SILVA, 2007, p. 07)

Em alguns casos o disléxico consegue ler, porém a compreensão não é algo que ele conse-gue fazer com facilidade, é preciso que alguém leia para ele pausadamente para melhor desenvolver sua capacidade de aprendizagem.

A dislexia não tem fronteiras geográficas, de acordo com Polese Et al (2011), pode se manifes-tar em qualquer língua, em maior ou menor grau, dependendo das particularidades e relação gra-fema-fonema existente na língua. Por exemplo, na língua italiana onde a relação grafema-fonema é bastante próxima, o processamento fonológico se dá com maior facilidade.

As características dos alunos com dislexia, de acordo com Teles (2004), normalmente são di-ficuldade na decomposição fonológica, porém a compreensão de sua fala é intacta, quando conse-gue fazer leitura, é de forma lenta e silabada. Em rimas, possui dificuldade de interpretação e em ca-sos de palavras não habituais.

E na escrita são amplas as difi-culdades. As complicações são

evidentes em ditado e redação, a leitura espontânea torna-se complexa. Todavia, existem disléxicos que conseguem es-crever por ditado, porém são incapazes de fazer uma escrita espontânea. A escrita apre-senta erros frequentes, com di-ficuldades na colocação de vír-gulas e sinais incomuns de pontuação. Geralmente o dis-léxico possui letra feia, muitas vezes as letras são escritas uma distante da outra. Outras vezes as letras e palavras se chocam. (POLESE Et al, 2011 p. 15)

A criança disléxica possui uma grande di-ficuldade com a escrita, ela conhece algumas le-tras, porém na escrita não conseguem formar pa-lavras e nem frases completamente corretas. É preciso sempre de uma pessoa auxiliando para po-der escrever. A figura 1, a seguir mostra clara-mente como uma criança sem dislexia enxerga as letras (esquerda) todas devidamente organizadas e como uma criança com dislexia enxerga as letras (direita) todas embaralhadas.

Figura 1 – Cérebro de uma criança normal

e de uma criança disléxica.

FONTE:https://www.vix.com/pt/ciencia/541106/neurologistas-finalmente-desvendaram-o-que-acontece-no-cerebro-de-quem-tem-dislexia

A causa da dislexia conforme Polese Et al (2011), não é por limitações socioculturais ou por fatores emocionais. Não é causada também por deficiência intelectual geral, o cérebro dos disléxi-cos processa informações de uma maneira dife-rente do cérebro das pessoas que não são disléxi-cas, seu cérebro é perfeitamente normal. Assim, provavelmente a dislexia resulta de falhas nas co-nexões cerebrais. Portanto as causas mais prová-veis da dislexia são neurológicas e genéticas.

Para Teles (2004), a causa da dislexia tem como hipótese do Déficit Fonológico, que dificulta os sons linguagem, dificuldade na decodificação das palavras.

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A dislexia é causada por um défice no sistema de processa-mento fonológico motivado por a uma “disrupção” no sistema neurológico cerebral, ao nível do processamento fonológico. (TELES, 2004, p.5)

A dislexia é um fator que acomete de um problema neurológico, de acordo com Domiense (2011), em que muitas vezes é percebido na fase da alfabetização, por alguns motivos tais como, processamento lento da realização das atividades, dificuldade na assimilação dos conteúdos.

Sobretudo, é importante que o docente co-nheça a dislexia, mesmo que não seja ele que dê o diagnóstico, vale ressaltar que o professor e peça chave para o fechamento do mesmo. Entre-tanto, em 1971, Elena Boorder e MiklebusT, apro-fundaram os estudos acerca da classificação da dislexia contribuindo no processo interventivo, no entanto foram classificadas em três grupos. O pri-meiro é a Dislexia Disfonética/ auditiva, que con-siste na dificuldade auditiva, na dificuldade de aná-lise e síntese, na dificuldade de discriminação e nas dificuldades temporais. Apresenta dificuldades em diferenciar algumas letras cujo o som é seme-lhante e confundem dígrafos.

Figura 2 - Disfonética/auditiva

FONTE:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462011000400020

Legenda: coluna da esquerda: data, vela, dado, água, também, vidro, amanhã, palavra, nenhum, tempestade. Coluna da di-reita: caçador, assaltou, churrasco, queixo, tijolo, comeram, sol-tou, mangueira, combinar, exemplo.

Como mostra na figura 2, é possível perce-

ber que a criança disléxicadisfonética/auditiva, re-conhece algumas letras, porém não consegue es-crever as palavras de forma completa e correta. A segunda classificação é a Dislexia Diseidética /ou visual, que consiste nas dificuldades visuais e espaciais como percepção das direções, localiza-ções, relações e distâncias. Esse tipo de dislexia

faz com que muitas crianças confundam a escrita de algumas letras como trocar m/n, p/b, j/g e tam-bém possuem erros de orientação.

Figura 3 - Diseidética/ou visual

Fonte: https://www.ciencia20.up.pt/attachments/article/843/exemplodislexia.png

Conforme a figura 3, a imagem mostra a es-crita de uma criança com dislexia do tipo Diseidé-tica/ ou visual, é possível entender mesmo com os erros ortográficos com trocas das consoantes. E a terceira classificação é a Dislexia visuoaudi-tiva/ ou mista, deficiência na percepção auditiva, ou seja, o disléxico escuta cognitivamente o fo-nema. Ela provoca quase que a incapacidade total da leitura.

Observa-se tamanha importância da equipe multidisciplinar conhecer e saber realizar as inter-venções conforme a classificação da dislexia. É preciso estar atento aos sinais, como forma de pre-venção, pois o tempo perdido não irá voltar. Para que o disléxico tenha melhor desenvolvimento na leitura, é essencial que seja precoce o diagnóstico. DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÕES PEDAGÓGI-CAS

Quando o aluno passa da fase de alfabeti-zação e o docente percebe a dificuldade na apren-dizagem observando as causas, então encaminha para os profissionais que envolve pedagogo, fono-audiólogo, psicólogo psicopedagogia, além da par-ticipação da família, ou seja, uma equipe multidis-ciplinar, onde começa a investigação para saber se a criança tem o transtorno da dislexia.

No entanto, para diagnosticar é necessária uma equipe multidisciplinar que esteja atenta aos resultados. De acordo com Davis (2004),

O método tradicional para diag-nosticar o problema é testar a pessoa e, a partir daí, estudar os resultados quanto a sinto-matologia ou quanto á patolo-gia. (DAVIS, 2004, p.141).

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O mesmo autor afirma, que é de suma im-portância perceber os sintomas para diagnosticar o problema. Pois a sintomatologia é uma das me-lhores maneiras de identificar se a criança tem mesmo a dislexia.

Ao usarmos a sintomatologia, o estudo dos sintomas, teremos vários problemas. O primeiro é que jamais duas pessoas dislé-xicas exibem exatamente os mesmos sintomas. Até que to-das as pessoas que possuem dislexia tenham acrescentado seus próprios sintomas à lista, não conheceremos todos aqueles que são possíveis. (DAVIS, 2004, p.141).

É importante ressaltar que cada indivíduo apresenta sintomatologia diferenciado, não po-dendo rotulá-los em uma rígida sequência de sin-tomas. O tratamento embora não tenha cura, auxi-lia o aluno quanto as suas limitações, permitindo uma melhora progressiva e evitando, assim, que sofra problemas sérios relacionados à baixa auto-estima e socialização.

Na patologia, o estudo da natu-reza de uma doença, são estu-dadas as mudanças estruturais e funcionais que ocorrem no corpo e que são causadas pela doença. O grande inconveni-ente aqui é que a dislexia não é uma doença e sim uma con-dição autocriada. (DAVIS, 2004, p.141).

Após o diagnóstico de dislexia, a interven-

ção pedagógica é de extrema importância pois é a partir deste momento que o aluno se sentirá ainda mais acolhido dentro da sala de aula por alunos e professores. Este aluno deverá ser apoiado, moti-vado para que sinta confiança em si mesmo, res-saltar que o mesmo sempre que acertar deve ser valorizado seu acerto por menor que seja. (MUSZKAT e RIZZUTTI, 2017). Ao receber o diag-nóstico, o professor precisa buscar novas formas para intervir na aprendizagem do aluno.

A intervenção pedagógica é de suma impor-tância para aprendizagem da criança, o professor deverá ser o mediador neste processo de interven-ção, para que o aluno se sinta acolhido em todos os momentos dentro da sala de aula. Existem inú-meras formas que devem ser utilizadas para auxi-liar em sua aprendizagem.

Cada aluno que possui uma dificuldade de aprendizagem diferente e precisa ser avaliado de uma maneira individual pois não existem dois dis-léxicos iguais. No entanto, para se trabalhar com estes alunos é necessário ter um planejamento di-ferenciado, uma adequação curricular. A adequação curricular, segundo Silva (2015) é de extrema importância pois, auxilia o aluno com dislexia por meio de ações que podem

ajudar o mesmo. Ainda segundo a autora a ade-quação curricular, é uma metodologia que o pro-fessor tem como apoio para atender as necessida-des do disléxico, visando contribuir no ensino do aluno com deficiência.

Para se trabalhar com o aluno disléxico, de acordo com Silva (2015), é necessário a adapta-ção curricular individual, por meio do (PEI) Pro-grama Educacional Individualizado. Este pro-grama, busca estratégias e ações para que o aluno tenha o apoio necessário em sua vida escolar, ga-rantido acesso ao conhecimento e aprendizagem.

No entanto, as adequações de acesso ao currículo Ministério da Educação – MEC (2003),de-vem haver mudanças como um espaço escolar adequado para ser atendido; incluir e não excluir este aluno dos demais, para que crie laços de ami-zade com toda a comunidade escolar; todo o ma-terial utilizado em sala de aula deve ser adaptado para que haja melhor compreensão dos conteúdos abordados; critério de avaliação e objetivo diferen-ciado; reduzir o número de disciplinas do curso, sé-rie ou ciclo e assim estender o tempo de duração do curso; adotar estratégias para a abordagem de novos conteúdos sem que haja prejuízo em sua aprendizagem, entre outras adequações.

A flexibilidade e dinamicidade do currículo regular podem não ser suficientes para superar as restrições do sistema educaci-onal ao compensar as limita-ções reais desses alunos. Desse modo e nas atuais cir-cunstâncias, entende – se que as adequações curriculares fa-zem – se, ainda, necessárias. (BRASIL, 2003, p.54).

A dislexia não pode ser vista como um im-pedimento para a aprendizagem desta forma a adequação curricular se faz necessária e funda-mental para o desenvolvimento do aluno. O profes-sor precisa estar bem preparado, para atender seu aluno disléxico, com formações continuadas, bus-cando refletir qual a melhor maneira para auxiliar no processo de aprendizagem.

A formação continuada é uma das melhores formas de capacitar o professor pois em sua for-mação acadêmica deixa uma pequena deficiência em relação a prática de conhecimentos sobre os tipos de transtornos encontrados nas escolas.

A formação continuada con-siste de ações de formação dentro da jornada de trabalho, durante as reuniões para a ela-boração do projeto político pe-dagógico da escola, nas reuni-ões de trabalho, na formação de grupos de estudo, nas pes-quisas, nos conselhos de classe, nos estudos de caso (que devem ser elaborados em forma de projeto e serem divul-gados), nas formações a dis-tância. (BRASIL, 2003, p.13)

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Para que o professor possa colocar em prá-tica adequação curricular é necessário que o mesmo busque uma capacitação continuada, mos-trando a estratégia que o docente irá utilizar no seu dia a dia.

A adequação curricular deverá contemplar todas as disciplinas e conteúdos elencados no cur-rículo. É interessante que o professor busque construir esta adequação em conjunto com os pro-fissionais da sala de recurso. Em anexo encontra se um modelo de uma adequação curricular mos-trando como pode ser realizado essa adequação, no presente plano é de um aluno de 11 anos de uma escola privada, localizada na Região adminis-trativa Recanto das Emas, onde o mesmo se en-contra-se no 5º ano do ensino fundamental, diag-nosticado com dislexia.

O aluno disléxico deve ser bem auxiliado em suas atividades, provas, trabalhos, deve se sentar perto do professor, pode ser avaliado oralmente, não poderá pressionar este aluno para que con-clua suas atividades, não cobrar uma boa ortogra-fia e caligrafia, utilizar a mesma fonte de letra em provas e atividades, o professor tem que ler a prova em voz alta para melhor compreensão do aluno, não possuir textos longos em provas, fazer sugestões de documentários e filmes sobre os conteúdos.

A intervenção de acordo com Muskat e Riz-zutti (2017), poderá ser realizada por meio de ati-vidades lúdicas, onde o professor criará situações cotidianas por meio de jogos e brincadeiras como caça- palavras, jogos eletrônicos atividades estas que podem ser utilizadas de forma lúdica que esti-mulem a linguagem escrita, para que sinta prazer em ler e escrever.

Os jogos e brincadeiras são grandes auxili-adores para ajudar na aprendizagem de uma cri-ança disléxica. Segundo Santos et al (2014) É de extrema importância o uso dos jogos na aprendizagem de uma criança com dislexia, pois faz com que ele se sinta incluso no meio de outras crianças, fazendo com que ela se desenvolva bas-tante.

[...]é fundamental o brincar, pois o brinquedo exerce um simbolismo que o faz refletir e ordenar significados, ampliar vocabulário que é pobre para esse grupo de alunos e expres-sar-se através de gestos, da escrita e verbalmente. (SAN-TOS et al, 2014, p. 6)

Ainda de acordo com Santos Et al (2014), o professor precisa conhecer seu aluno, para as-sim, buscar estratégias, brincadeiras e jogos que auxiliam nesse processo. A informática tem pode servir de apoio para o disléxico, pois, ela vai pos-sibilitar o desenvolvimento de atitudes, hábitos e habilidades, autonomia e independência, através

da liberdade de exploração. E o erro será levado de forma construtiva, sem interferir na autoestima.

O jogo faz parte do instinto na-tural de cada criança funcio-nando como um fator de moti-vação. Com o jogo obtém pra-zer e, através da realização de um esforço espontâneo e vo-luntário, consegue atingir os objetivos pedagógicos. Propor-ciona à criança motivação, de-senvolvendo hábitos de persis-tência, no decurso de desafios e tarefas. Além disso, vem faci-litar e melhorar a flexibilidade cognitiva ao aumentar a rede de conexões neurais, alte-rando o fluxo sanguíneo no cé-rebro, quando este se encontra em estado de concentração. (MARQUES, 2014 p.61)

Para que o jogo obtenha um bom resul-

tado, é preciso que o professor busque situações interessantes e desafiadoras, para que o aluno fi-que motivado a cumprir o desafio proposto e haja interação de todos os alunos.

Figura 4 – Jogo do encaixa

FONTE: Trabalho realizado na Faculdade Icesp na disciplina de Ludicidade, do curso de Pedagogia.

A figura 4, o jogo do encaixa, propicia ao aluno a construção de palavras, sendo composto por um alfabeto encaixando o palito nas letras e formando palavras, assim, o aluno fará uso da consciência fonológica

Os disléxicos, segundo Santos Et al (2014) por ter sua dificuldade de relacionar as letras com os sons, possuem uma dificuldade maior para me-morizar a localização das teclas. Para amenizar esta dificuldade e maximizar a coordenação mo-triz, ao digitar são recomendados os softwares educativos que dão conta de trabalhar a consciên-cia de teclado e a escrita digital.

Para ajudar os alunos com dislexia, Domi-ense (2011), propõe algumas formas de se traba-lhar. São elas: Trabalhar com a família das pala-vras, criar pequenas frases, oferecer oportunida-des de criar pequenas histórias, fazer uso de pala-

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vras com mesma configuração, uso de treino da vi-sualização de orientação diferenciada das pala-vras, identificação de sons verbais e também os não verbais, diferenciar a discriminação das figu-ras, quanto das formas, fazer associações de sons (sílabas), atuar com métodos analíticos e o uso do método fônico, desenvolver o relacionamento das letras com os sons, diferenciar aspectos diferentes em figuras incompletas.

Buscando uma intervenção pedagógica di-ferenciada, existem muitas formas de auxiliar um aluno com dislexia, exemplo disso, é a elaboração de atividades atrativas que auxiliem estes alunos. Segue abaixo alguns modelos de atividades que poderão auxiliar o professor na intervenção no pro-cesso de ensino-aprendizagem do aluno disléxico. Figura 5 – Atividade das palavras

Fonte:http://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-exercicios-auxiliares-na-intervencao-da-dislexia/

A figura 5, solicita que o aluno encontre as palavras iguais a que está no quadro amarelo do lado esquerdo, ou seja ele vai encontrar no lado direito a palavra igual.

Figura 6 – Construção de palavras

Fonte:https://terocupsararaquelcosta.blogs.sapo.pt/dislexia-ativida-des-e-material-50502

A figura 6, atividade para construção de palavras, o aluno irá identificar no meio das letras misturadas a palavra que está na coluna da es-querda. Por exemplo: ele deve achar a palavra irmã, no quadro da direita.

Quando as pessoas disléxicas olham para uma letra do alfa-beto e se desorientam, numa fração de segundo elas enxer-gam dúzias de diferentes vi-sões – de cima, dos lados e por trás da letra. (DAVIS, 2004, p.152).

O olhar de um disléxico é totalmente dife-rente de alguém que não tenha dislexia, é como se ele olhasse para a letra A e enxergasse outra letra totalmente diferente. Não é suficiente incluir um in-divíduo disléxico em sala de aula. Polese Et al (2011), acreditam que, precisa-se antes de tudo, professores e coordenadores capacitados em dis-lexia para poderem atender da melhor maneira as necessidades que estes alunos apresentarem, porque alunos disléxicos aprendem.

A abrangência da inclusão escolar é muito ampla. Uma educação para todos precisa valorizar a diversidade em todos os sentidos, sendo que esta dinamiza e enriquece as relações e intera-ções, despertando nos alunos o desejo de conhe-cer e conviver com grupos diferentes do seu. A es-cola é um lugar privilegiado de encontro com o ou-tro, onde o respeito às diferenças deve prevalecer.

O professor de um aluno disléxico deve re-ver suas estratégias e metodológicas, para desco-brir habilidades nestes alunos, onde eles possam descobrir-se, conhecer-se e possivelmente desta-car-se em outras áreas, pois se disléxicos fracas-sarem no período escolar, quer dizer que não fra-cassaram sozinhos: a escola, do gestor ao profes-sor, consequentemente também fracassou. Afirma, Polese Et al (2011).

Os alunos disléxicos, de acordo com Teles (2004), além de apresentar défice fonológico, pos-sui também dificuldade na memória auditiva e vi-sual. Para melhor intervir, pode- se contar com os métodos de ensino multissensoriais que ajudam os alunos a aprender utilizando mais do que um sen-tido, enfatizando os aspectos cinestésicos da aprendizagem e integrando o ouvir e o ver com o dizer e o escrever.

No processo de inclusão, Fernandes e Po-ker (2015), diz que os sistemas educacionais e as escolas precisam ser organizados para acolher a diversidade dos al. Tornando -se fundamental ofe-recer um funcionamento e organização da escola, bem como o ensino e a aprendizagem, sob novas bases epistemológicas. A escola constitui-se no lu-

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gar do “aprender”, entendendo-se aqui a aprendi-zagem como processo de aquisição de conheci-mento pelo aluno.

Incentivar o gosto pela leitura, usando a lin-guagem dos livros, imagens, as palavras e as le-tras para perceber que eles podem ser analisados, lidos e desfrutados, assim, diz Muskat e Rizzutti (2017). Promover cultura, visitando, museus, pe-ças teatrais e musicais, se possível conhecer ou-tras cidades pois é extremamente facilitador na aprendizagem.

Na sala, segundo Muszkat e Rizzutti (2017), o aluno deverá posiciona-se perto do professor para que o mesmo receba ajuda do professor com mais facilidade repita novas informações e verifi-que se foram compreendidas, estimular a compre-ensão verbal do aluno, instruções e orientações curtas e simples para que evite confusões, dê di-cas específicas de como pode estudar ou aprender o conteúdo, de tempo suficiente para o trabalho ser organizado e concluído, pratique competências em termos de memorização e também pratique so-letração.

Os alunos com dislexia se cansam rapida-mente e não sobrecarregar trabalhos de casa, crie um horário visual com símbolos e palavras que aju-dem o aluno com dislexia a ter confiança no seu dia a dia. Utilize computador mas certifique-se de que o programa é adequado ao nível do aluno, pois alunos com dificuldade de linguagem são mais sensíveis as críticas, e o computador quando usado com programas que emitem sons estranhos cada vez que a criança erra só reforçará as ideias negativas que ela tem de si mesma.

Permitir a apresentação de trabalho de forma criativa variada e diferentes gráficos, vídeos, áudio, permitir o uso de gravadores, de tempo su-ficiente para leitura com intervalos frequentes, in-centive a participação em trabalhos práticos, para os conteúdos mais difíceis esquematize o conte-údo, uma imagem vale mais que mil palavras, fil-mes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar a estratégias para motivar o aluno. (MUSZKAT e RIZZUTTI, 2017)

De acordo com Muszkat e Rizzutti (2017), os pais e professores podem auxiliar nos estudos, a resumir anotações que sintetize o conteúdo de uma explicação; permita o uso de meios eletrôni-cos, de corretores ortográficos, de gravações e cal-culadoras. Use figuras, gráficos e ilustrações para acompanhar o texto impresso.

Não é suficiente incluir um indivíduo dislé-xico em sala de aula. Polese Et al (2011), acredi-tam que, precisa-se antes de tudo, professores e coordenadores capacitados em dislexia para aten-der de melhor forma as necessidades que estes apresentarem, porque alunos disléxicos apren-dem. A abrangência da inclusão escolar é muito ampla. Uma educação para todos precisa valorizar a diversidade em todos os sentidos, sendo que

esta dinamiza e enriquece as relações e intera-ções, despertando nos alunos o desejo de conhe-cer e conviver com grupos diferentes do seu, a es-cola é um lugar privilegiado, onde o respeito às di-ferenças deve prevalecer.

Para o sucesso de um disléxico, conforme, Domiense (2011), é preciso que a família junta-mente com o professor, sempre estimule a criança e sempre que ela conseguir um objetivo, elogie e fale que ele consegue ir mais além, pois a autoes-tima dessa criança deve ser levada em conta já que ela demora um pouco mais para conseguir aprender as coisas.

A criança disléxica precisa de um professor encorajador, al-guém que lhe apoie que lhe in-centive mesmo quando as coi-sas não estão indo bem, al-guém que não apenas acredite nele, mas que demonstre isso no dia a dia, alguém que com-preenda a natureza da dificul-dade que ele tem, alguém que trabalhe incansavelmente e o auxilie no que precisar. (PO-LESE Et al ,2011, p.17).

Os desafios encontrados pelos professores muitas vezes acontecem ao receber o diagnóstico, pois precisa estar preparado para ir em busca de estratégias e metodologias para poder auxiliar os alunos em sala que possuem dificuldades em sua aprendizagem.

Os docentes devem estar atentos a todos os alunos e qual a dificuldade de cada um e sem-pre buscando novas alternativas para as práticas de ensino em sala de aula. Muitas vezes pensam até em desistir no meio da caminhada, é um trabalho que exige dedicação e paciência pois os resultados nem sempre são ime-diatos.

Portanto deve-se focar primeiramente na inclusão do aluno para ele se sinta acolhido e apoi-ado por todos em sala de aula e principalmente pela família, pois se a família não vem a apoiar, acaba prejudicando no desenvolvimento do aluno.

PLANEJAMENTO DOCENTE

Um dos instrumentos que o professor pode

utilizar para auxiliar o aluno com dislexia é o plano de aula. Ao adaptar o plano de aula, será mais fácil e melhor para que o professor auxilie seu aluno disléxico.

Para se planejar de acordo com Schewts-chik (2017), é preciso entender o que se espera que o aluno aprenda, buscando estratégias e me-todologias para coloque em seu plano de ensino para que na avaliação identifique se o objetivo foi alcançado.

O professor que não planeja suas aulas, segundo Schewtschik (2017), não dará conta de conduzir suas aulas, não saberá se seus objetivos

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serão alcançados e na hora da avaliação não terá resultados positivos, pois, é preciso que a avalia-ção seja de acordo com o objetivo para cada aula, sendo que cada etapa do planejamento é impor-tante para a aula seja conduzida de forma positiva.

As adaptações curriculares ainda de acordo com Floriani e Fernandes (2008), não é só para aluno com transtornos ou deficiência, é para todos, no sentindo de melhor atender cada indiví-duo, buscando atender suas necessidades é de extrema importância adaptar o currículo.

Todas as adaptações realizadas com alunos deficiente, segundo Floriani e Fernandes (2008), traz uma dificuldade nas adaptações que os pro-fessores precisam fazer, tendo que buscar conhe-cer novos recursos, o apoio que ele precisa que a família dê a esse aluno. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização desta pesquisa foi de extrema importância pois o professor encontra muitos de-safios em sala de aula, com a diversidade dos alu-nos e diversos transtornos existentes no âmbito escolar, como a dislexia observou- se que é de ex-trema importância o diagnóstico precoce para a in-tervenção pedagógica para os alunos com dislexia. Quando a criança possui alguma dificuldade na aprendizagem, o professor muitas vezes é o pri-meiro a perceber e assim passa um relatório para a coordenação, onde a mesma conversa com a fa-mília sobre a necessidade desse diagnóstico pre-coce para a intervenção pedagógica.

A prática pedagógica exige uma boa forma-ção e bom preparo para incluir o aluno disléxico, a formação continuada é uma das melhores formas de capacitar o professor pois em sua formação acadêmica deixa uma pequena deficiência em re-lação a prática de conhecimentos sobre os tipos de transtornos encontrados nas escolas.

O docente é o mediador e ele exerce o papel de intervir na aprendizagem do discente, mas cabe a família apoiar e incentivar a aprendizagem desse aluno, deve proporcionar para o discente um am-biente prazeroso para que ele possa desenvolver-se.

É preciso que a família e o professor este-jam sempre buscando estimular com palavras de

incentivo, assim, o aluno não se sentira inferior ou incapaz. Sabe- se que a dislexia é um transtorno que não tem cura, porém com o diagnóstico pre-coce e uma boa intervenção e apoio, o aluno le-vará uma vida normal.

A intervenção é importante pois, o aluno que é bem auxiliado com metodologias e estratégias no seu processo de aprendizagem, se desenvolverá e atingirá os seus objetivos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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16. SILVA, Cleusa Maria Kaluzny. Dislexia, desafios e perspectivas . 2007. Disponível: http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2011/10/DISLEXIA-DESAFIOS-E-PERSPECTI-VAS.pdf. Acesso: 02 de Jun. de 2018

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18. SILVA, Sther Soares Lopes da.Conhecendo a dislexia e a importância da equipe int er-disciplinar no processo de diagnóstico .2009 Disponível em: http://pepsic.bvsa-lud.org/pdf/psicoped/v26n81/v26n81a14.pdf. Acesso: 02 de Jun. de 2018

19. TELES, Paula. Dislexia: Como identificar? Como intervir?. 2004 Disponível em: http://www.drealentejo.pt/upload/0%20-%20DISLEXIA%20-%20Como%20Identificar%20-%20Como%20Intervir%20-%20Actualizado.pdf. Acesso : 01 de Jun. de 2018

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Anexos

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTUDANTE

Nome completo do estudante: L. F. A. V Data de nascimento: 07/02/2007

Modalidade/Ano / Turma / Turno: 5º ANO Idade: 11 anos

Endereço : ********* Telefone dos responsáveis: *******

Filiação: ******* Período de vigência das adequações: 1º Bimestre

Diagnóstico do estudante: TODA/ DIXLEXIA Professor(a): Português- Tatiane/ Ciências – Érica/ Matemática – Phelipe –Geografia – Nathália/ História - Carlos

2- DESCRIÇÃO SUCINTA SOBRE A ESCOLARIZAÇÃO DO ESTUD ANTE (Descrever quais modalidades de atendimentos o estudante frequentou no pro-

cesso de escolarização, habilidades e dificuldades) O aluno encontra-se matriculado em uma turma de 5º ano, demonstra ser um aluno esforçado. Matem um bom relacionamento com os colegas. Sua ortografia

encontra – se desenvolvimento, precisa melhorar na letra, revela ser um aluno muito organizado. Durante o bimestre demonstrou dificuldade na leitura e consequente-

mente na interpretação de textos. Entretanto o aluno não sabe ler e com isso vem prejudicando o mesmo, em relação a testes e avaliações o aluno responde oralmente.

A professora faz uma explicação de um conteúdo na hora ele absorve bem depois de um tempo pode fazer perguntas para ele e o mesmo não lembra mais, o aluno

precisa de uma atenção redobrada em casa. Foram marcadas duas reuniões com os responsáveis pelo aluno durante o 1º bimestre, pois foi observado que o aluno

não está tendo apoio familiar para realizar atividades e trabalhos de casa, mesmo apresentou uma baixa em seu aprendizado devido a isso. Contatamos os responsáveis

pelo aluno, porém não tivemos retorno por parte dos mesmos. Em uma outra conversa os responsáveis disseram que o aluno está tendo apoio com psicopedagógico

gratuito em uma instituição privada, porém a mesma fechou.

PLANO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO

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3-Descrição sucinta sobre atendimentos ou tratamentos terapêuticos e clínicos recebidos atualmente e no passado (Ex.: fonoaudiologia, psicoterapia, terapia

ocupacional, neurologia, psiquiatria, equoterapia, natação e demais atividades esportivas, atendimento psicopedagógico, modalidades do AEE,etc.)/Descrição das

instituições onde recebeu atendimento.

Psicopedagoga/AEE

4-Adequações de acesso ao currículo

ORGANIZATIVAS:

X� Organização dos agrupamentos de estudantes (tamanho/homogeneidade/heterogeneidade)

X� Organização dos recursos didáticos

X�Organização do espaço físico e condições ambientais

Em sala de aula:Atendimento individual pela professora e monitora/escrita da rotina no quadro branco/brinquedos pedagógicos/desafios pedagógicos.

No contexto escolar:Atendimento no AEE, conversa com os familiares pelo AEE e professora.

METODOLÓGICAS EDIDÁTICAS:

x� Priorização de áreas ou unidades didáticas

x�Priorização de objetivos

x� Adaptação de critérios regulares de avaliação

x� Facilitação dos planos de ação

x� Introdução de atividades alternativas às previstas

x� Introdução de conteúdos específicos,complementares ou alternativos (substituição)

x� Introdução de critérios específicos de avaliação

x� Introdução de estratégias e procedimentos complementares e/ou alternativos de ensino eaprendizagem

x� Modificação da seleção dos materiais previstos

x� Modificação do nível de complexidade das atividades

x�Adaptação de técnicas, instrumentos e procedimentos

x�Adaptação dos materiais utilizados

x�Introdução de atividades complementares às previstas

x�Modificação da sequência da atividade

x�Priorização de áreas do conhecimento/ componente curricular/ unidades didáticas

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x�Reformulação da sequência de conteúdos

Ou-

tros:___________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________

TEMPORALIDADE:

x� Aumento do tempo previsto parta o trato de determinados objetivos

� Diminuição do tempo previsto parta o trato de determinados objetivos

� Prolongamento de um ano ou mais de permanência do estudante na mesma série /ano ou ciclo

Obs:_______________________________________________________________________________________________________

4-HABILIDADES BIOPSICOSSOCIAIS (com base no s Currículo Funcional de Educação Especial e necessidadesespecíficas do estudante)

CONCEITUAIS:

• Desenvolver o uso funcional da linguagem oral e escrita, bem como apresentação de trabalhos orais e realização de cartazes aproveitando a habilidade do aluno.

• Estimular o raciocínio lógico, interpretação e leitura por meio de jogos e brincadeiras.

SOCIAIS:

• Situar o educando no seu papel de ser social. • Respeitar e aceitar regras de convivência do grupo. • Promover oportunidades que possam mostrar autonomia, independência e criatividade. • Interagir com outras crianças e adultos. • Alcançar um autoconceito positivo através do reconhecimento desuas capacidades e limitações.

PRÁTICAS:

• Incentivar o aluno a realizar atividades propostas pela professora envolvendo suas altas habilidades. • Orientá-lo na realização das avaliações bimestrais.

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Habilidades Biopsicossociais: envolve as habilidades conceituais, sociais e práticas que foram aprendidas pelas pessoas para funcionarem em suas vidas diárias. Exemplos: Lin-

guagem, leitura e escrita, conceitos de dinheiro, autodirecionamento, estabelecer a relação significado –significante de modo que o aluno agregue em seu vocabulário novas palavras

noções e conceitos ; estimular a percepção visual; psicomotricidade; lateralidade; orientação espaço temporal; Letramento matemático

(Conceituais); interação social, responsabilidade, autoestima, seguir regras etc. (Sociais):, atividades da vida diária, atividades instrumentais da vida diária – preparar refeições,

cuidar da casa, tomar remédios etc.-, habilidades ocupacionais, desenvolver atividades de orientação e mobilidade (Práticas).

5-ADEQUAÇÕES CURRICULARES Período da Adequação: 09/03/2016 à 21/07/2016

Áreas do conhecimento/

Compo-nentes

Curricula-res

(Objetivos para as aprendiza-

gens)

Conteúdos/UnidadesDidáti-

cas

Estratégias Pedagógicas/

Recursos Didáticos

Estratégias de Avaliação

para a aprendizagem

1º BIMES-TRE

MATEMÁ-TICA

Resolver situações-problemas envol-vendo 4 operações matemáticas.

Reconhecer os sólidos geométricos e suas figuras planas.

Operações matemáticas Expressões numéricas Sólidos geométricos

Unidade/ dezena/ centena

- Utilizar revistas e jornais. - Gravuras e figuras - Dominó da multiplicação e divisão. - Dominó da adição e subtração. - Utilizar palitos de picolé. -Livro didático

Processual, formativa de acordo com as expectativas e objetivos considerando seu tempo de aprendizagem.

-interventiva de ob-servação e participação.

1º BIMES-TRE

PORTU-GUÊS

Reconhecer e recontar os gêneros textuais fábula, contos e crônica.

Identificação de letras maiúscula e minúscula Conhecer nomes com letras maiúsculas Enumerar situações de uso obrigatório daletra maiúscula

Desenvolver a interpretação de textos ob-servando a importância da pontuação para a sua compreensão. / Aprender a utilizar os sinais de pontuação.

Leitura textual, contextual, infe-rencial e intertextual. Letras de músicas.

Fábulas: produção de reconto e au-toria de fábulas após comparação de fábu-las tradicionais

Contos e crônicas Modos de nasalação: M E N no fi-

nal da sílaba (bombom, ponte). Pontuação/Pontuação de dialogo e

reticências fonemas/ sílabas/ Nomes pró-prios.

-Recorrer a livros bem ilus-trados, livros sonoros.

-Utilizar jogos, computador, música e brincadeiras.

- Revistas e jornais. - Cartazes -Produção de texto. -Livro didático

Processual, formativa de acordo com as expectativas e objetivos considerando seu tempo de aprendizagem.

-interventiva de ob-servação e participação.

1º BIMES-TRE CIÊNCIAS

Conhecer os planetas que fazem parte do sistema solar, bem como seus movimentos.

Aprender a se localizar através dos pontos cardeais.

- Sistema Solar /Pontos cardeais -Rosa dos ventos// estados físi-

cos da água -Bactérias, protozoários e fun-

gos.

Apresentação de trabalho em grupo

Criar um cartaz desenhado pelo aluno.

Processual, formativa de acordo com as expectativas e objetivos considerando seu tempo de aprendizagem.

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Saber identificar os estados físicos da água e suas transformações.

Diferenciar bactérias, protozoários e fungos.

Evidenciar a importância dos fun-gos para os seres vivos.

- Estações do ano. -Translação e rotação.

Fazer cartaz sobre os plane-tas sistema solar.

Dobradura da rosa do vento. Levar “geladinho” para um

melhor conhecimento do estado só-lido da água.

Expor vídeos explicativos sobre

Bactérias, protozoários e fungos.

-interventiva de ob-servação e participação.

1º BIMES-TRE GEOGRA-FIA

Conhecer os estados e suas respec-tivas regiões.

Identificar os aspectos geográficos do Brasil.

Geografia Brasil, estados, capitais e regi-

ões. Aspectos geográficos do Brasil:

Relevo, clima, vegetação, hidrografia, população, tamanho e distribuição.

Espaços urbano e rural suas se-melhanças e diferenças.

Utilizar revistas e jornais para realização de um cartaz infor-mativo.

Slides/ data show Caderno e livro de história Desenhar o espaço urbano e

rural.

Processual, formativa de acordo com as expectativas e objetivos considerando seu tempo de aprendizagem.

-interventiva de ob-servação e participação.

1º BIMES-TRE HISTÓRIA

Saber como originou-se a socie-dade brasileira,

História: O estudante e o tempo: tempo

no cotidiano, fontes históricas, tempo histórico e social.

Constituição da sociedade bra-sileira: povos originários, grandes na-vegações e a chegada dos portugueses.

Povos indígenas/povos africa-nos.

Levar a musica de Zé Poti-guar sobre a miscigenação.

Fazer uma linha do tempo

Processual, formativa de acordo com as expectativas e objetivos considerando seu tempo de aprendizagem. -interventiva de observação e participação

Obs: O registro deve esta de acordo com os Eixos Transversais do Currículo da Educação Básica da SEEDF (2014): educação para a diversidade; educação para a cidadania; educação para a sustentabilidadee educação para e em direitos humanos.

SIMP.TCC/Sem.IC. 2018(13); 2510-2527 FACULDADE ICESP / ISSN: 2595-4210

2527

6-DESCRIÇÃO DOS ENCAMINHAMENTOS (Considerando os di ferentes contextos)

ESCOLAR

- Incentivar a participação nos projetos, eventos e passeios escolares; - Promover atividades psicomotoras. - Incentivar amizade com colegas. - Oferecer oportunidades para que o aluno desenvolva independência e criatividade.

FAMÍLIAR

- Seguir regras e estabelecer limites; - Estabelecer rotina: criar o momento família, a fim de estabelecer maior interação. - Incentivar autonomia. - Adquirir jogos que estimulem a concentração e memorização. - Estipular um horário com limite para o uso de computadores.

OUTROS

- Participar de encontros extraclasse tais como: igreja, clube, show, shopping, cinema, teatro.