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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 30 Domingo, 26.07.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Barco Missionário dos Batistas avança proclamando o Evangelho na Amazônia

Barco Missionário dos Batistas avança proclamando o ... · “Vai e faze o mesmo,” recomendou Jesus. Quer receber amor, ame pri- ... É o plano do Senhor vo-cacionar testemunhas

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1o jornal batista – domingo, 26/07/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 30 Domingo, 26.07.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Barco Missionário dos Batistas avança proclamando o Evangelho na Amazônia

2 o jornal batista – domingo, 26/07/15 reflexão

E D I T O R I A L

Barco Missionário Batista e o desafio Amazônico

A Amazônia continua sendo considerada um tremendo de-safio, não só pelos

aspectos políticos sociais, mas, para nós, Convenção Batista Brasileira, quanto a nossa responsabilidade de realizarmos a obra de evan-gelização entre todos os po-vos que vivem nesta imensa e rica região do nosso país. A década de 70 foi o perío-do de uma espécie de redes-coberta da Amazônia, em que teve início a construção da rodovia transamazôni-ca; neste tempo, os Batistas também se fizeram muito presentes com um Projeto Missionário que ainda hoje ressoa em nossos corações,

quando jovens seminaristas, moças e rapazes, se envolve-ram na Operação Transtotal, coordenada pela Junta de Missões Nacionais, com objetivo de evangelizar as comunidades circunvizinhas da nova rodovia e outras co-munidades ribeirinhas.

Estes desafios não muda-ram. Ainda hoje, alcançar todos os moradores da região está no plano da Convenção, dentro de uma das macrodi-retrizes do nosso plano es-tratégico: Grande Comissão. Estamos certos de que essa nossa responsabilidade está definida no que aprendemos com Jesus nos últimos dias do seu ministério terreno, quando deu uma determina-

ção a cada um de nós indi-vidualmente, mas também a nós como Igreja, que tem sido conhecida como a Gran-de Comissão, e está registra-da no Evangelho de Mateus: “Foi me dada toda a autorida-de no céu e na terra, portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a observar todas as coisas que vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco to-dos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.18-20). Como Igreja temos a respon-sabilidade de cumprir esta determinação.

Nesta direção, durante o mês de junho deste ano, um

ousado grupo de pastores e líderes missionários de Igrejas da Convenção Batista Carioca e Fluminense, utili-zando o nosso barco missio-nário, esteve envolvido na Operação Trans-Riberinhos, trabalhando intensamente em sete comunidades ri-beirinhas e três municípios do Amazonas, alguns ainda sem trabalho Batista; foram distribuídas toneladas de material evangelístico; inú-meras pessoas ouviram a Palavra de Deus; houve 207 decisões ao lado de Jesus Cristo. Nesta edição, na pá-gina de Missões Nacionais (pág 07), apresentaremos um pouco dos frutos dessa viagem missionária.

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

Esclarecimento, informação e gratidão

Refiro-me ao Artigo: “Pas-tor Humberto Viegas Fer-nandes, 45 anos pastoreando ovelhas” (OJB, l4/06/20l5), escrito por José Alberto Drumond Borges, a quem carinhosamente chamo de Zezé. Ele escreveu esse artigo quando completei 45 anos de ministério, em 2004, e o leu no culto em que a Igreja Batista do Alto da Lapa - SP comemorava a data. Hoje, estou com 56, ainda na ativa. Só agora, porém, ele o deu à publicação, homenageando--me no Dia do Pastor.

Zezé é filho e neto de pas-tores que os honra em sua vida cristã. Cristão raro, de personalidade equilibrada. Marido exemplar, pai e avô amoroso. Zezé se faz amar

por quantos se aproximam dele. Zezé lutou muito, sem-pre firme na fé em Cristo Jesus. Venceu. Hoje, mereci-damente aposentado, mora na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com sua querida esposa Denilza, e cercado do amor e carinho dos seus filhos Hilana, Tales e Mirela, e a filhinha desta, sua pri-meira netinha. Tenho prazer em dar este esclarecimento e fornecer essas informações, patenteando a minha profun-da gratidão.

Zezé, que o nosso Pai Ce-leste continue com sua amo-rosa mão divina sobre você e sua maravilhosa família. Muito obrigado,

Humberto Viegas Fernandes,

pastor da Igreja Batista no Alto da Lapa - SP

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

3o jornal batista – domingo, 26/07/15reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Ele tentava justificar a sua saída da igre-ja para acompanhar um grupo dissidente

com o argumento da não existência de amor na Igreja local. “A Igreja não ama”; “Não é acolhedora”. Embora ele nunca dera boas-vindas aos que visitavam a Igreja, sentia-se no direito de exigir isso dos demais membros. Não conhecia a todos, não sabia como viviam os demais membros da comunidade. Mas, julgava-se no direto de julgá-los. “Eles não amam”. Atitude infantil. Desconhecia o que era ser Igreja. Espe-rava receber sempre. Caso não fosse atendido em suas carências errôneas, rotulava os demais como não compro-metidos com o mandamento bíblico e o amor de Cristo. Não lhe foi ensinado, talvez, a verdadeira definição de Igreja. Considerava a Igreja como um templo localizado. Rua, número, CEP, nome da

cidade e estado. Por isso, ia sair daquela localidade e procurar outra onde o amor fosse vivenciado em sua in-teireza. O grupo dissidente tinha a mesma opinião. Ain-da não encontrou a igreja perfeita, pois tal igreja não existe. Continua procurando. A Igreja é mais do que tem-plo ou um grupo dissidente que só espera receber algum beneficio.

Coitado, não conhecia a parábola do bom samaritano. O homem que desejava saber quem era o seu próximo, na verdade, não estava interes-sado em conhecer o próxi-mo. Ao ser confrontado por Jesus a responder quem era o próximo daquele que fora espancado pelos salteadores, respondeu que era o que ha-via usado de compaixão com o ferido. Jesus o incita a ser próximo daqueles que preci-sam de ajuda independente da nacionalidade, segundo Lucas 10.25-32. “Vai e faze o

mesmo,” recomendou Jesus. Quer receber amor, ame pri-meiro, diz Jesus aos salvos, em Mateus 7.12.

Paulo, ao escrever aos Co-ríntios, ensina que a Igreja são todos aqueles que tive-ram uma real experiência com Cristo, como Salvador e Senhor. Portanto, todos os salvos somos a Igreja de Cristo, unidos como os vários membros do corpo. Somos todos iguais com a mesma responsabilidade e o mesmo objetivo. A Igreja sou eu e, como tal, responsável por fazer fluir o amor. Dizer que a Igreja não ama, não evan-geliza, não contribui para a expansão do Reino de Deus significa confessar e admitir publicamente a ausência do amor no meu viver prático. Como sou a Igreja cabe-me amar, independente do pro-ceder dos demais membros.

O salvo egocêntrico não consegue ver amor na comu-nhão com os demais salvos.

Como não consegue amar, conclui que ninguém é capaz de amar. Desconhece o sig-nificado do servir, ajudar os outros e seguir o exemplo de Jesus ao dizer: “Eu vim para servir e não para ser servido” (Mt 20.28). Esse é o verdadei-ro espírito da vida cristã.

A Igreja seria bem dife-rente se cada salvo se pre-ocupasse mais em doar-se, amar, compreender, perdoar o irmão fraco, servir sem esperar retorno. Estar pronto a ouvir a voz do Espírito. Po-der repetir a experiência do apóstolo Paulo ao afirmar: “Mas em nada considero a minha vida como preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha car-reira e o ministério que rece-bi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da Graça de Deus” (At 20.24). Isto deve nortear a vida de todos os salvos: disposição em servir sem esperar re-compensa e capacidade de

amar mesmo quando não se é amado. O verdadeiro salvo não está preocupado em receber amor, mas, em doar amor, mesmo quando não há reconhecimento.

Esta foi a experiência de Paulo ao evangelizar Corinto: “Eu, de muita boa vontade gastarei o que tenho, e me deixarei gastar pela vossa vida. Se vos amo mais in-tensamente, serei eu menos amado?” (II Co 12.15). Não é o amor que recebemos da Igreja que conta, mas, o amor que dedicamos à Igreja de Cristo é que torna a vida cristã diferente. O amor leva--me a não desistir da Igreja, apesar das imperfeições que ela tem. Mesmo não sendo perfeita, a Igreja me desafia a amar, como Cristo a ama. Não há justificativa para abandonar a Igreja e seguir grupos dissidentes. Caso haja falta de amor devo preencher esta lacuna como o meu sin-cero amor à Igreja de Cristo.

A Igreja sou eu

4 o jornal batista – domingo, 26/07/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Eu não sei falar

reflexão

“E estendeu o Senhor a Sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor: Eis que ponho as Minhas palavras na tua boca” (Jr 1.9).

Deus convocou Je-remias para pregar ao povo de Judá uma mensagem

dura e desagradável. Quando o jovem vocacionado tentou se esquivar por causa da sua pouca idade e a sua pobre oratória, o Senhor resolveu o assunto, declarando: “O Senhor estendeu a Sua mão, tocou a minha boca e disse--me: “Agora ponho em sua boca as Minhas palavras” (Jr 1.9).

Nós, como discípulos de Cristo, recebemos a ordem de anunciar uma mensagem que o mundo acha desagra-dável. Quanto a isso, Jesus foi simples e direto: o mun-do Me rejeitou, portanto, re-

jeitará vocês. Então, por que pregar? Simples: o próprio Deus nos manda anunciar as palavras que Ele põe em nossos lábios. O importante não é a maioria que rejeita o Senhor. O importante é a maioria, que aceita o Se-nhor.

É o plano do Senhor vo-cacionar testemunhas que, do ponto de vista humano, não sabem falar. Porque a mensagem que restaura o coração humano é aquela que nos é dada por Deus. Jeremias pregou durante 40 anos, sabendo que seria re-jeitado. Entretanto, Jeremias insistiu 40 anos em pregar, porque sempre contou com a mensagem e o poder de Deus. Nosso problema não deve ser se sabemos ou não falar. Nosso problema é o de aceitar o senhorio do Cristo, para que a mão de Deus to-que a nossa boca.

Levir Perea Merlo, pastor da Primeira Igreja Batista em Belo Jardim - PE

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condena-do” (Mc 16.15-16)

O grande desafio dos Batistas bra-sileiros no mês de julho é com

a obra de Missões Estaduais. Aquela oportunidade de con-tinuar refletindo e praticando missões, que é a razão de ser da Igreja do Senhor nesta terra, aliás, toda igreja local que se envolve de verdade e se doa na obra missionária, sempre será grandemente abençoada. Não entendo

esse mistério, mas não co-nheço nenhuma igreja en-volvida em missões que não receba bênçãos sem medidas do Senhor.

Uma Igreja integralmente submissa ao senhorio de Je-sus Cristo jamais deixará de se importar com essa missão gloriosa de falar, orar, contri-buir e enviar, seja ofertas mo-netárias ou vidas aos campos do Senhor.

Por que devemos nos im-portar com a obra missionária seja mundial, local ou na-cional? Porque é o caminho que o Senhor traçou para sua Igreja: levar o Seu nome até os confins da terra.

A missão é de abrangência mundial, a toda criatura, ou seja, seres humanos, criados a imagem e semelhança de Deus. Quando proclama-

mos Jesus em nosso estado cumprimos também essa ordem, pois aqui também temos vidas sedentas e fa-mintas do verdadeiro ali-mento, que sacia a sede e a fome dos corações. Se importar com a grande co-missão é entender profun-damente que está em jogo vidas preciosas, que podem ir para uma eternidade sem Cristo, portanto, para a per-dição eterna. Mas, sabemos pela Palavra, que a vontade do Senhor é que todos se-jam salvos, e se apropriem da vida eterna que é dada pela graça daquele que foi morto antes da fundação do mundo, de acordo com Apocalipse 13.8.

Avante irmãos! Cada cristão autêntico se importando sim, com a Grande Comissão.

Francisco Mancebo Reis, colaborador de OJB

Para os Batistas brasi-leiros não deve exis-tir igreja que ignore sua missão missio-

nária integral. Uma visão de conjunto. Que providência é essa recomendada por Jesus em Mateus 14.16? De ordem material? Espiritual? Uma e outra? Vamos a uma breve reflexão.

A tendência tradicional para “espiritualizar” textos bíblicos permite ao intérprete esquivar-se de responsabili-dades com o social. Uma boa amostra é a parábola do bom samaritano. Mais cômodo é dizer que o bom samaritano aponta para Jesus, e construir uma alegoria que se afaste da mensagem central. Bem mais cômodo do que assumir o

compromisso desconfortável de cuidar dos socialmente marginalizados. Não é o que fazemos, por vezes, com a ordem divina para distribuir o pão? Oferecemos apenas o Pão da Vida.

Note-se que o contexto bem próximo de Mateus 14.16 mostra Jesus curando os en-fermos entre aquela multidão faminta. Dois benefícios ma-teriais o Senhor fez: da saúde e do alimento. Uma prova de interesse pelo bem-estar social do ser humano. Na ver-dade, Ele se preocupava com o todo, visto que o homem é corpo e alma - “A síntese de dois seres criados por Deus: materiais e espirituais” (ex-pressão de certo conferencista discorrendo a respeito de Edu-cação Moral e Cívica).

Os extremos resultam na incoerência. Pregar que bas-

ta ao pecador a salvação da alma, de olho apenas no céu; ou motivá-lo a buscar o bem somente para aqui e ago-ra - duas visões distorcidas à luz da Bíblia. A Teologia da Libertação revolucionou países do terceiro mundo car-regando na ênfase à justiça social, mas omitindo o lado transcendente dos humanos. Disso decorre que a salvação, restrita a esta vida, seria por mérito da Sociologia, não de Cristo. Neste barco furado navegam e naufragam os que se encantam com a Teologia da Prosperidade e se esque-cem de valores maiores na vida cristã. Mais vale ter do que ser?

Na parábola da grande ceia, descrita em Lucas 14, a fartura da graça está simboli-zada na provisão de um ban-quete recheado. O Mestre

instruiu que “Nem só de pão viverá o homem”, mas ensi-nou também a pedir “O pão de cada dia”. Vale lembrar que, como está escrito em João 6, Jesus multiplicou pães sem cobrar a obediência ao Evangelho – uma espécie de paga ou recompensa. Quan-do, porém, percebeu que iam após ele para proclamá-lo um rei político, lamentou que O buscassem apenas por causa da “comida que perece”. En-tão lhes disse: “Eu sou o Pão da Vida”. Harmonizar esses textos significa compreender a simetria na constituição hu-mana, a unidade que requer equilíbrio entre o temporal e o eterno, ficando entendido que a prioridade consiste em anunciar o Salvador.

Não é fora de propósito que nossa denominação vem ressaltando o social, espe-

cialmente de alguns anos para cá. Digno de louvor é o expressivo número de igrejas engajadas em projetos que minimizam o sofrimento de marginalizados (cognomi-nados excluídos). Estamos seguindo o exemplo de cima. A fome de pão e de paz coin-cide com a dupla dimensão do homem, que não vive sem pão, mas não vive só de pão. Carece, sobretudo, da nutri-ção básica e imperecível - o pão que elimina a fome espi-ritual, que desconhece prazo de validade; refeição que jamais se deteriora, como diz João 6.35-50.

Somos ministros de bên-çãos terrenas e celestiais. Ao praticarmos missões, temos pão para o corpo e para a alma. Assim vêm procedendo nossas Juntas missionárias. Vamos repartir?

“Dai-lhes vós de comer”

Integralmente submissos a Cristo: eu me importo com a Grande Comissão

5o jornal batista – domingo, 26/07/15reflexão

de tudo para derrubar o próxi-mo. Por isso que Deus não tem compromisso com os nossos desejos, mas Ele promete suprir as nossas necessidades.

A Palavra de Deus diz que nunca viu o justo desampara-do e nem a sua descendência mendigar o pão.

O que são necessidades? É algo que precisamos para

conquistar novas fronteiras. Não basta nos livrar das cor-rentes que nos prendem ao passado, que nos impedem de voar mais alto em direção ao futuro como igreja. Como Jabez, precisamos ganhar mais espaço, influência e conquistas espirituais. Sonhe-mos mais alto e ousadamen-te. Não percamos o que Deus tem para nós.

Jabez suplicou pela pre-sença de Deus - Jabez en-tendeu que seus sonhos só seriam possíveis se Deus estivesse presente na vida dele. Muitos querem progre-dir, mas sem Deus presente. O certo é querer primei-ramente a Deus; depois o que ele tem para nos dar. A presença de Deus é que nos satisfaz a alma. Sem Deus não há caminhada vitoriosa. Nossa maior necessidade é a presença de Deus, como nos lembra o voto de Jacó: “Se Deus for comigo...”. Nossa caminhada só será vi-toriosa se Deus for conosco. Como Deus guiou o povo de Israel pelo deserto 40 anos, de acordo com Exôdo 13.21-22, assim também é a

viver, por exemplo: água, alimento, ar, enfim, se faltar um desses ítens não conse-guiremos continuar vivos.

Por isso, quem é filho de Deus pode descansar em sua promessa, Ele suprirá todas as nossas necessidades. Como é bom saber que Deus está cuidando de cada detalhe das nossas vidas.

presença de Deus conosco hoje. A promessa de Jesus é: “Eis que estou convosco todos os dias até a consuma-ção dos séculos” (Mt 28.20).

Jabez clamou pela pro-teção de Deus - Essa vida é cheia de perigos. Necessi-tamos da proteção divina. Jabez pede livramento do mal e do maligno porque só Deus pode nos livrar dos laços malignos. Jabez sabia que não se pode vencer sem a proteção do Altíssimo, por isso clama pelo livramento. Não somos fortes o suficiente para a batalha contra o mal. Mas com o poder de Deus somos revestidos de sua ar-madura com a qual podemos vencer.

Qual o resultado da oração de Jabez? “E Deus lhe conce-deu o que lhe tinha pedido” (I Cr 4.10). Nosso Deus é o mesmo de Jabez; ele respon-de nossas orações. Ele muda nossa sorte, transformando nosso choro em riso, nossa tristeza em alegria, nossa desespero em esperança. Fa-çamos o que Jabez fez. Cla-memos ao Senhor as bênçãos reservadas para nós.

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

Dia 31 de maio recebi uma mensagem no meu WhatsApp de um pastor amigo

dizendo: “Desejos não são o mesmo que necessidades. Todo pedido feito em cima das necessidades tem o cuidado de

Roberto do Amaral Silva, professor do STBG, pastor, membro da Segunda Igreja Batista de Goiânia - GO

Li mais de uma vez o estimulante livrinho “A Oração de Jabez”, de Bruce Wilkinson,

que trata de uma das mais interessantes orações da Bí-blia, relatada em I Crônicas 4.9-10. Em meio a nomes es-tranhos de genealogias, nos primeiros nove capítulos, lá está Jabez, em uma das mais resumidas biografias da Bíblia, nos encorajando à oração vitoriosa. Há homens de quem se fala muito, po-rém, valem pouco. De Jabez se diz pouco, mas, o pouco é muito. Por quê? Vejamos!

Quem foi Jabez? - O que sabemos é que Jabez era da tribo de Judá, segundo I Crô-nicas 4.1, e foi o mais ilustre de sua família, embora o nome Jabez tenha sentido negativo; significa “dores” em hebraico. O texto su-gere que seu nascimento lembrava um parto difícil e doloroso, por isso, “Sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo:

Deus, até porque é promessa dEle”. Em seguida citou o ver-sículo de Filipenses: “O meu Deus suprirá todas as neces-sidades de vocês, de acordo com suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus” (Fp 4.19).

Deus não tem compromisso com os nossos desejos, preci-samos entender que desejos não são o mesmo que neces-

Porque com dores o dei à luz” (I Cr 4.9). Apesar dessa carga negativa em seu nome, Jabez não aceitou passiva-mente a derrota em sua vida. A maioria das pessoas aceita que algo negativo seja deter-minante na vida, mas Jabez não pensava assim. Ele con-fiou no Deus que tudo pode mudar na vida de qualquer um de nós.

Jabez orou a Deus pedin-do-lhe bênção - Conforme a fé que lhe foi transmitida, Jabez invocou o Deus de Israel, o Deus vivo, e não um ídolo sem vida. Ele se dirigiu à fonte certa, com o pedido certo e a motivação certa. Sua oração, aparente-mente simples, apresentava um clamor profundo: “Oh! Tomara que me abenço-es!”. Somente a súplica pela bênção de Deus pode nos tirar da mesmice dessa vida. Pode nos curar os traumas do nosso passado, ou de situações antigas que nos infelicitam o tempo presen-te, comprometendo nosso futuro e levar-nos a uma vida livre, abundante e feliz. Parece que Jabez sabia que

sidades. Os nossos desejos quase sempre são egocêntri-cos, desejamos sempre ter mais que o próximo, fruto de cobiça, inveja e desejos vãos.

A Bíblia ensina que deve-mos amar o próximo, ajudar e desejar o bem dele.

Muitas pessoas para conse-guirem realizar os seus desejos agem com falta de ética e fazem

“A benção do Senhor enri-quece, e, com ela, ele não traz desgosto” (Pv 10.22). O nosso Deus e Pai é quem hoje nos abençoa com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cris-to, de acordo com Efésios 1.3, sem contar (é claro!) as bênçãos materiais.

Jabez pediu a Deus o alar-gamento de suas fronteiras - Jabez não era uma pessoa acomodada e pessimista. Era otimista. Ele olhava para fren-te e queria conquistar mais espaço, ao contrário dos que se acomodam com o que já sabem e acreditam que não precisam de mais nada. Em nossas igrejas, às vezes, nos acomodamos com o que achamos ser o que Deus tem para nós. Será que não há bênçãos espirituais destina-das a nós que nos farão cres-cer e frutificar mais? Deus tem preparado muito mais para aqueles que o amam, conforme diz em I Coríntios 2.9. Se amamos o Senhor é certo que ele vai alargar nossas fronteiras espirituais. Façamos como Jabez: quei-ramos ampliar nossa visão e

Desejos x necessidades

A oração de Jabez

6 o jornal batista – domingo, 26/07/15 reflexão

Jeferson Cristinini, colaborador de OJB

A pós-modernidade chegou, se aco-m o d o u e t e m transformado nos-

sa sociedade e nossos rela-cionamentos. Nossa vida, cada vez mais digital, exige conectividade, interativida-de e velocidade. Vivemos uma época onde a tecnolo-gia é celebrada, as agendas lotadas de compromissos são almejadas, e uma “vida na correria” é venerada. Es-tar ocupado dá a impressão de que somos pessoas im-

portantes nessa sociedade secularizada. Os aparatos tecnológicos, a conexão da web, o trânsito carregado, as grandes aglomerações, e as muitas atividades da vida urbana e moderna têm su-primido alguns valorizados importantes e fundamentais. O paradoxo da internet é que ela nos aproxima das pessoas distantes e nos afasta das pes-soas que estão inseridas em nosso contexto diário.

O povo de Deus não pode ser sugado para este concei-to mundano de conexão e interação. É bom estar vir-tualmente conectado com

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Enquanto você faz a leitura destas linhas eu me encontro bem próximo à Sorocaba,

em Boituva. Estou em uma missão especial: visitando meus pais. É na cidade dos paraquedas e dos balões que eles vivem. De alguns anos para cá, ambos adoeceram. Não é fácil chegar aos 69 ou 78 anos sem que algu-ma enfermidade surja. Por sinal, vez por outra, somos surpreendidos quando pes-soas ainda jovens são tam-bém acometidas por alguma moléstia crônica. Porém, o que proponho a você, ao seu coração hoje, é lançar um desafio: com que fre-quência você visita pessoas doentes? Neste ano de 2015, quantas vezes você fez isso? Ou jamais fez? Que tal co-meçar neste instante, agora mesmo! Sempre há alguém esperando.

A minha experiência nes-te campo teve início em

1998 quando precisei ou-vir diversos enfermos em Presidente Venceslau, ao elaborar um levantamento para o Jornal. Alguns em es-tado delicadíssimo, estavam com câncer. Desde então, basicamente, não parei mais. A Associação Venceslauen-se de Combate ao Câncer (AVCC) forneceu os dados e as condições para que uma boa e bem fundamentada pesquisa na época fosse ela-borada. Desde então, em razão também da vida cristã e da Igreja, tenho a oportu-nidade de entrar em contato e ouvir muitos enfermos, compartilhar experiências, sorrir junto. Observei como as pessoas nestas condições são tolhidas na liberdade de ir e vir, de cuidar da higiene pessoal, de um carinho.

Do que eu vi, uma das vi-sitas mais marcantes que enfrentei foi dentro da fa-mília. Um primo sofreu um grave acidente e visitá-lo foi uma das grandes barreiras que enfrentei na vida. Temia não saber o que dizer. Não

as pessoas via redes sociais, mas, nada supera os relacio-namentos que são forjados a partir da interação humana. Deus não nos criou para a solidão, segundo Gênesis 2.28. O povo de Deus não pode assimilar este conceito de vida individual e ego-cêntrica. Jesus ao falar do grande julgamento cita vá-rias situações do cotidiano que refletem nosso amor a Deus e ao próximo. Ele dis-se: “Porque estive enfermo e me visitastes; preso e fostes me ver” (Mt 25.36). Ao ouvir essas palavras, perguntaram: “Quando te vimos enfermo

sei de onde vieram forças para ir até sua casa. Por quê? Porque, quando pequenos, brincávamos juntos, corren-do para lá e para cá. Quando cheguei à porta de sua casa, quase desisti de entrar. Pedi ao Criador que, literalmente, me ajudasse. Ele havia che-gado a pouco mais de duas semanas do hospital. Em um acidente com um trator, se não me engano ocorrido na cidade de Lins, acabou ten-do que amputar uma das pernas na metade do fêmur. Na verdade, eu estava bem triste. Porém, meu primo não demonstrou estar abatido. De maneira calma e por iniciati-va dele mesmo, me contou todo o drama que envolveu a perda do membro. Como se encontrava em um sítio, pelo celular, ele mesmo chamou os bombeiros para socorrê-lo. Ficou em coma por 33 dias. Sem dúvida, a sua recupera-ção foi pela mão de Deus. Um milagre.

Por três vezes neste ano de 2015 vários membros da Primeira Igreja Batista

ou preso e te fomos visitar?” (Mt 25.38). Ao que Ele res-pondeu: “Sempre que fizes-tes a um destes pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.40). Jesus visitou várias famílias e seus primeiros discípulos aprenderam esse princípio.

A Igreja Primitiva era uma comunidade dinâmica. Os irmãos estavam sempre no templo e também uns nas casas dos outros. As portas se abriam para que o povo de Deus se reunisse. As refei-ções eram momentos de co-munhão e louvor. As visitas eram frequentes. A edificação

de Presidente Venceslau - SP, comandada pelo pastor Jaime Deocleciano, se diri-giram até a vizinha cidade de Presidente Epitácio para visitar uma enferma mui-to querida, a irmã Márcia Gomes Talavera, que está acometida por uma doença chamada “ELA” - Esclerose Lateral Amiotrófica -, que provoca paralisia progressi-va. Os cultos a Deus ali rea-lizados foram emocionantes. Márcia, embora com grande dificuldade de falar e respi-rar, demonstrou ter uma fé inabalável no Deus Eterno.

Há quase um ano venho com alguns outros paren-tes dando atenção ao meu sogro, o ex-pedreiro Pedro Masselani, afetado por um derrame e que está acama-do. O “Seu Pedro” está che-gando aos 80 anos. Uma ou duas vezes por dia passo em sua residência para ajudá--lo a fazer a higiene. Nesta labuta diária e constante, minha sogra, Altamira Braz Masselani, a “Dona Miriam”, tem sido uma mulher guer-

era real e intensa. Essa virtu-de e lição da Igreja Primitiva deve ser copiada por nós, do século 21. Depois de tan-tos anos, a visitação ainda é uma ferramenta poderosa nas mãos de Deus. Visitar é uma forma de amar. Quem visita doa amor. E quem recebe, sente-se amado.

É tempo de investirmos em visitas. É tempo de deixar-mos de lado o egoísmo e o comodismo e demonstramos o amor de Deus através de uma visita. Se semearmos vi-sitas, colheremos uma igreja acolhedora, com ênfase nos relacionamentos.

reira, valente e dedicada. Além de cuidar do esposo de cama, ainda tem sob sua responsabilidade uma filha com mais de 50 anos, a Izil-dinha Masselani, que tam-bém necessita de cuidados especiais e depende dela pra tudo. Tudo!

Compreendo que cada um de nós tem os seus proble-mas. Sei que muitas pessoas hoje são vítimas da estafa, da ansiedade, do estresse e da depressão, porém, quando eu observo minha sogra, a dona Miriam, que veio ao mundo para, literalmente, viver para uma outra vida, percebo que algumas delas possam ser apenas egoístas. Eu mesmo me calo, vermelho de ver-gonha, diante do pouco, do quase nada que faço pelos outros. Minha sogra sim é uma celebridade. A dona Miriam é uma pessoa extra-ordinária. Aos domingos, não perde um culto em sua Igreja.

Jesus teve compaixão dos enfermos. Trouxe consolo, cura e os livrou da pior do-ença: o pecado.

Visitar e amar

Você já visitou pessoas enfermas?

7o jornal batista – domingo, 26/07/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

O primeiro domin-go do mês de agosto será mar-cado pelo Dia

Continental de Oração, uma realização da União Batista Latino-Americana (UBLA), apoiada por Missões Nacio-nais, visto que o Brasil faz parte deste grupo de países.

Redação de Missões Nacionais

A ida dos pastores ca-riocas e fluminen-ses ao estado do Amazonas, entre os

dias 23 e 30 de junho, conti-nua gerando frutos. Todos os integrantes da viagem volta-ram impactados e seguem mobilizando suas Igrejas para ofertar e doar barcos em prol de ajudar na locomoção dos missionários Radicais do Pro-jeto Amazônia nas comuni-dades ribeirinhas. Deus falou profundamente aos corações, principalmente das 207 vidas que se converteram a Cristo. Também durante a viagem, graças ao apoio de uma den-tista voluntária, Adriana Me-

O objetivo é que todos os batistas latino-americanos se unam em oração pelos motivos que não podem ser ignorados, mas levados a Deus em oração e clamor. “Convido todos os líderes das convenções, associações, uniões e fraternidades a di-fundirem esta convocação em suas igrejas”, declara o pastor Parrish Jacome, dire-tor-geral da UBLA. Ele espera

deiros, da Primeira Igreja Batista de Irajá, 104 pesso-as receberam atendimento odontológico.

O pastor Josué Valandro, da Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca - RJ, doou dois barcos. Os demais, além de suporte financeiro ao Pro-jeto, também estão levan-tando recursos para compra de barcos, e também firma-ram parcerias para contribuir mensalmente com o sustento dos Radicais por meio do Programa de Adoção Missio-nária (PAM Brasil).

No grupo estava também o pastor Vanderlei Marins, pre-sidente da Convenção Batista Brasileira, que destacou sua emoção por ter conhecido uma realidade que até en-

um grande mover nesta data (02/08/2015), que marcará também o término da campa-nha dos 100 Dias de Oração Pela América Latina, ação organizada pela UBLA em prol das famílias de todo o continente.

Além das famílias, outros motivos de oração como autoridades governamen-tais, obreiros para a Obra do Senhor, povos indígenas,

tão não conhecia e também sua gratidão a Deus por ter permitido que ele estivesse naquele estado. Ele pôde orar pela turma de Radicais e ver batismos e vidas se rendendo a Cristo.

Os pastores visitaram sete comunidades ribeirinhas, e três municípios, comparti-lhando o Evangelho e tendo a oportunidade de conhecer o Projeto Amazônia, que abrange os demais estados da região Norte, que tam-bém fazem parte da Região Amazônica. Pastor Samuel Moutta, gerente-executivo de Missões, que também partici-pou da expedição, ressaltou que não se pode pensar no Projeto Amazônia de forma isolada, mas, sim, levando

abertura de novas igrejas, entre outros, serão colo-cados diante do trono de Deus. Segundo a diretoria da UBLA, a oração também tem o objetivo de que Deus sen-sibilize seu povo e direcione propostas que combatam a pobreza, desigualdade, marginalidade, corrupção e exclusão.

“Nossa oração busca mo-bilizar a Igreja a olhar com

em consideração tudo o que envolve o Projeto. O barco ‘O Missionário’ viabiliza a chegada das caravanas às comunidades ribeirinhas, os Radicais também são de grande importância para a expansão do Evangelho, bem como todos os outros missio-nários que atuam nos outros estados da região.

A viagem, que foi marcada por vários momentos emo-cionantes, também possi-bilitou o encontro com um jovem missionário em for-mação, chamado Gutenberg Oliveira, que foi um dos primeiros frutos do Projeto Cristolândia. Hoje, ele está ganhando vidas para Cristo no estado do Amazonas e foi para o projeto missionário

os olhos de Jesus para as multidões. Queremos orar com compaixão, amor, fé e compromisso”, explica pastor Parrish.

Divulgue e faça parte deste movimento que convida a todos para clamar e agir pelo nosso continente. Contamos com a participação de todas as Igrejas Batistas brasileiras realizando esta programação no dia 02 de agosto.

dele que o pastor Josué Va-landro doou um dos barcos.

“Eu sonhava com este mo-mento. Foi uma alegria ver os Radicais trabalhando em tantas comunidades. Ainda há muitas vidas para serem alcançadas. Eu espero que Deus mande mais Radicais e mais missionários para esta região. Nossa gratidão ao povo Batista, às Igrejas Ba-tistas que têm sustentado esta obra”, declara o pastor Fernando Brandão.

Essas foram algumas ações realizadas após a visita dos pastores ao Amazonas. Para saber os detalhes de como foi a viagem, acesse a edição de O Jornal Batista do dia 12 de julho, onde publicamos uma matéria completa a respeito.

Amazônia em Foco

Participe do Dia Continental de Oração

8 o jornal batista – domingo, 26/07/15 notícias do brasil batista

Elias Gomes de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Missionária em Parque das Missões - Duque de Caxias - RJ

Inacreditável, indescri-tível, maravilhoso, es-petacular, muito bom. Foram esses os senti-

mentos vivenciados no fim de semana do dia 23 de maio na Casa de Recupera-ção chamada de Jacó, pelo pessoal da Primeira Igreja Batista Missionária em Par-que das Missões, Duque de Caxias – RJ, em parceria com o Grupo Missionários com Alegria, na ação social e no evangelismo pessoal na área.

Houve um planejamento de mais de um mês para esta tarefa, no sentido de montar toda uma estrutura operacional que resultaria no maior número possível de pessoas ganhas para Jesus. Em uma casa carente e com muitas pessoas que são consideradas depen-dentes químicas, precisarí-amos estar preparados para tal missão.

Fizemos no turno da ma-nhã a aferição de pressão arterial e teste de glicose, ofertados sem custo para rastreamento nos internos com suspei ta de h iper -tensão e diabetes; outra

para distribuição de kits de odonto contendo escova e creme dental. Tinha, no momento da ação, 15 inter-nos com idade de 24 a 55 anos, além do pessoal que ajuda a manter a Casa de Jacó em ordem.

Ainda, nesse turno, foi realizada uma devocional para levarmos o alimento espiritual falando do Jesus que liberta do poder das drogas. Ouvimos relatos de várias pessoas desviadas, viciadas e que ainda não ti-nha recebido a Jesus dizen-do que aceitavam orações a seu favor. Vimos pessoas necessitadas de atenção e assistência pessoal.

Para exemplificar, pre-gamos para um jovem de

20 anos, que nos disse que sua mãe era da Igreja e que ele e seus irmãos estavam desviados e fazendo coi-sas erradas. Relatou que já t inha ouvido falar de Jesus, mas ainda não tinha se decidido. Foi uma tarde marcante, pois após um longo tempo evangelizando aquele jovem, ele aceitou a Jesus.

Sou muito grato a Deus por esta oportunidade, de nos permitir realizar este evento com tamanha di-mensão. Em um momento de poucas pessoas para trabalharem na seara, Deus abençoou a PIB Missioná-ria enviando irmãos para auxiliar-nos em mais um evangelismo. Agradeço ao

irmão Márcio, líder do gru-po, pela disposição e afeto com todos os membros do Grupo Missionários com Alegria. À minha esposa,

que esteve comigo em to-das as horas daquele dia ár-duo, aos irmãos da PIB e as muitas doações recebidas. Glória a Deus, Ele é fiel!

Evangelismo Estratégico: cumprindo Ide de Jesus

9o jornal batista – domingo, 26/07/15notícias do brasil batista

10 o jornal batista – domingo, 26/07/15 notícias do brasil batista

Marcos José Rodrigues, seminarista da Igreja Batista Israel em Anápolis - GO

“E Jesus lhes res-pondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu tra-

balho também”. É tempo de colheita. “E dizia-lhes: Gran-de é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da se-ara que envie obreiros para a sua seara” (Lc 10.2). Com o coração compungido pelo Espírito Santo de Deus e em obediência a Sua Palavra, o secretário-executivo da As-sociação Batista Centro Norte Goiano - ABCNG, pastor Wilton Soares da Silva, ten-do como companheiros de trabalho os irmãos semina-rista Marcos José Rodrigues e o obreiro Aluísio Carlos, empreenderam uma viagem missionária a várias cidades do norte goiano.

No afã de servir ao Senhor, atendendo o seu Ide, de levar a Palavra de Deus através do Evangelho da salvação em Jesus Cristo, comunhão, ado-ração, crescimento espiritual e multiplicação de discípu-los, foi realizado o Projeto Missionário ABCNG 2015. O Projeto visitou as cidades: Uruana, Carmo do Rio Verde, São Luiz do Norte, Uruaçu, Mara Rosa, Santa Teresa e cominou em Minaçu. Esta foi à localidade onde o grupo concentrou mais esforços no trabalho de evangelização e de apoio ministerial a coirmã.

A Associação Batista Cen-tro Norte Goiano está ligada a Convenção Batista Goiana e é uma das moires do Cen-tro-Oeste brasileiro e talvez até do país, em extensão territorial. Mas, apesar de sua grande dimensão espacial, reúne apenas 33 Igrejas e 17 Congregações. O tema da Campanha de Missões Esta-duais 2015, promovido pela Convenção Batista Goiana – ABG: Salvação de Goiás nos-sa missão, chega a boa hora, diante dos grandes desafios da região. Goiás necessita de 312 Igrejas para cumprir a meta de uma Igreja para mais de 20.000 habitantes, conforme o relatório do Pro-jeto Visão 2020 ([email protected]).

O ponto de partida do Pro-jeto foi a cidade de Anápolis, região metropolitana de Goi-ás. A viagem durou aproxima-damente três dias. Teve início às 08h do dia 04 de julho e encerrou aos 20 minutos do dia 07 de julho de 2015. Ao todo foram percorridos cerca de 1.000 Km compreendidos entre a ida e volta. A primeira

cidade visitada foi Uruana, o pastor Geciraldo Quintino é o líder da Igreja Batista. Após um momento de conversa e aconselhamento, iniciou-se um período de oração, súpli-ca a Deus pela obra Batista na cidade.

Carmo do Rio Verde foi a segunda parada do grupo; a cidade ainda não possui traba-lho Batista. Na ocasião foram feitas visitas aos moradores da cidade, evangelismo através de testemunho e orações. Seguiu-se para a terceira pa-rada, na cidade de São Luiz do Norte, onde foi celebrado um culto muito concorrido nas dependências da Igre-ja Batista, com mais de 100 presentes. A referida Igreja é liderada pelo pastor Dilson.

A quarta parada foi a cida-de de Minaçu, ponto mais ao norte onde a viagem alcan-çou. A Primeira Igreja Batista da cidade aguarda um pastor definitivo. O obreiro e bacha-rel em teologia Jarle Cardoso, a esposa Cristiane e suas três filhas lideram o trabalho atu-almente. A Igreja é antiga na cidade e possui ótima estru-tura física, inclusive com casa pastoral. Apesar da ausência de um pastor definitivo há alguns anos, os poucos mem-bros remanescentes lutam para manter a obra.

Com a chegada dos obreiros de Anápolis, o grupo local foi animado e aconselhado pelo pastor Wilton a perma-necerem na fé, no amor e na esperança. Após realização

da Escola Bíblica Dominical, o grupo da Igreja marcou três visitas, o que resultou em uma conversão (Maria Silva) e duas marcações de cultos nos lares durante a semana (nas resi-dências da senhora Genilda - “Branca” e senhora Norma).

A quinta parada foi na cida-de de Santa Tereza, local sem trabalho Batista. Na ocasião foram realizadas visitas que resultaram em uma conver-são, o senhor Édio. Para a nossa alegria e do Senhor com os anjos lá no céu, após ouvir a Salvação em Jesus Cristo e ser indagado se gostaria de receber Jesus Cristo, o senhor Édio respondeu: “Como não gostaria de receber uma coisa tão boa assim?!”.

O grupo anotou o número de celular do senhor Édio, para mesmo à distância acompanhá-lo em oração e, futuramente, visitá-lo. A viagem seguiu para a cidade de Mara Rosa, a penúltima parada do Projeto, onde foi visitado o templo Batista fe-chado na cidade, e antigos irmãos que faziam parte da Igreja: a irmã Divina e seu esposo, senhor Eterno. Estes contaram que houve algumas tentativas de reabertura do trabalho Batista na localida-de, porém, sem sucesso.

A última parada foi em Uru-açu, cidade onde recentemen-te foi reaberta uma Congre-gação Batista pela Primeira Igreja Batista em Uruaçu. O pastor Fernando é o líder da Primeira Igreja e a pastora

Luciana foi recém-convidada para dirigir o trabalho da Con-gregação. O trabalho Batista é bem promissor na cidade, que concentra ótima infraestrutura e vem crescendo demogra-ficamente nos últimos anos.

Quando nos envolvemos na Obra do Senhor percebe-mos que a causa do Reino é mais desafiadora ainda do que pensamos, igreja sem pastor, igreja desativada, igre-jas frias de amor, de compai-xão uns pelos outros, ausên-cia do ardor missionário, e o sono da razão teológica que nas palavras do pastor Luiz Sayão, produzem “mons-tros”. Como por exemplo: “O monstro da beligerância. Como é assustador descobrir a rispidez e a agressividade que permeia certos desen-contros de uma comunidade que deveria ser marcada pelo amor. Quando grupos estão em verdadeira guerra uns contra os outros, e muitas vezes por motivos políticos de poder. É de chorar”.

Precisamos deixar os nos-sos interesses pessoais de lado e vivermos integralmen-te submissos a Cristo. Em uma prática que seja conta-giante. Para sermos relevan-tes precisamos multiplicar o Reino de Deus e proclamar a salvação a todos os contos. Olhemos para as testemu-nhas a semelhança do pas-tor Daniel Frank Crosland, grande pioneiro e inigualável bandeirante evangélico, vin-do a proporcionar um grande

impulso na obra Batista do estado de Goiás.

Algumas vezes os cristãos se justificam por não teste-munharem, dizendo que sua família ou seus amigos não estão prontos para crer. Jesus, no entanto, deixou claro que à nossa volta há uma colheita contínua que aguarda para ser ceifada. Não deixe que Jesus o surpreenda em suas desculpas. Olhe à sua vol-ta. Você encontrará pessoas prontas para ouvir a Palavra de Deus.

Meditemos nas palavras es-critas pela historiadora Maria Sebastiana Francisca da Silva, quando disse:

“Será que no futuro alguém vai escrever que a partir de 2007 os Batistas goianos se uniram como nunca tinha ocorrido e fizeram uma re-volução missionária, evange-lizando e alcançando todo o estado de Goiás?”.

“Para que algum historia-dor escreva isso precisamos ser humildes, homens e mu-lheres de oração entregues ao Serviço do Rei e Senhor Jesus Cristo, o Filho do Deus Altíssimo” (Maria Sebastiana Francisca da Silva).

Concluo lembrando a letra da primeira estrofe do hino do Cantor Cristão nº 450 - Igreja, Alerta: “É tempo, é tempo, o Mestre está cha-mando já! Marchar, marchar, confiado em seu amor! Partir, partir, a salvação a procla-mar, com a Palavra Santa do bom Salvador!”

Associação Batista Centro Norte Goiano realiza Projeto Missionário em várias cidades; confira!

11o jornal batista – domingo, 26/07/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

A notícia de que o governo de Cuba liberou a circula-ção de exemplares

da Bíblia na Ilha foi con-firmada na prática pela In-ternational Mission Board (IMB, agência missionária da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos), parceira de Missões Mun-diais, que conseguiu distri-buir mais de 80 mil Livros Sagrados no país.

Uma fonte da IMB con-firmou à JMM que enviou três contêineres com 83 mil Bíblias que, apesar de terem passado algumas semanas presas na alfândega, foram finalmente liberadas.

“Os contêineres passaram várias semanas aguardando a liberação. Uma parte foi dedicada à Comissão Bíblica (órgão estatal cubano) e to-das as outras foram divididas entre as duas Convenções Batistas com as quais traba-lhamos diretamente”, expli-cou o missionário da IMB.

O coordenador de Mis-sões Mundiais para a Amé-rica Latina, pastor Ruy Oli-veira Jr., disse que a JMM está avaliando o impacto da

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

O Programa Ra -dical , de Mis-sões Mundiais, está com inscri-

ções abertas para as turmas com início de treinamento previsto para 2016. Mas, os interessados devem se apressar, pois o prazo para entrar no processo seletivo termina no dia 31 de julho deste ano. As turmas com inscrições abertas são as dos Projetos Radical África 12, Ásia 2, Latino-Americano 11 e Luso-Africano 5.

Se você tem o desejo de se inscrever ou conhece al-guém que gostaria muito de participar desse Projeto que leva jovens evangélicos para sinalizar o Reino de Deus em várias partes do mundo, não perca o prazo e escreva agora mesmo para [email protected].

Para participar do processo seletivo da décima segunda turma do Radical África, da segunda do Radical Ásia, da décima primeira do Ra-

remessa de Bíblias enviadas a Cuba e acrescentou que está pessoalmente em con-tato com os missionários americanos e representan-tes das duas Convenções Cubanas para definir como os Batistas brasileiros parti-ciparão do envio de Livros Sagrados à Ilha.

“Atuaremos fortalecendo e formando novas parcerias estratégicas para ações co-nectadas, para otimizar os custos e potencializar os benefícios nesses tempos de crise econômica no nosso país”, afirmou pastor Ruy.

A recente abertura política de Cuba e a aproximação com os Estados Unidos colo-caram a Ilha em um caminho sem volta, segundo o pastor Ruy. Essa opinião também é compartilhada pelo pastor Antonio Galvão, missioná-rio da JMM que desde 1995 realiza visitas periódicas ao país caribenho.

“O povo ansiava por uma abertura por parte do go-verno. As famílias viviam sufocadas, não tinham re-cursos e, tampouco, havia o que comprar. O boicote dos americanos era atroz para a população. Por outro lado, era a desculpa que o gover-no cubano tinha para se jus-

dical Latino-Americano ou da quinta do Radical Luso--Africano é necessário ser solteiro e membro atuante de uma mesma Igreja Batista por, no mínimo, dois anos.

As exigências de escola-ridade variam segundo o Projeto. O Radical África exige ensino médio comple-to, mesmo nível educacional

tificar com o povo. Agora, com o diálogo aberto entre os dois países, isso (abertura do regime) era esperado”, comenta o pastor Galvão. “Creio firmemente que, em breve, as coisas melhorarão muito”, acrescenta.

Cuba recebe primeiro casal de missionários

brasileiros ainda este anoA JMM está vivendo um

tempo de novos investimen-tos na obra missionária. E o pastor Ruy confirma que a JMM enviará ainda este ano o primeiro casal brasileiro ao campo cubano para cola-borar com a capacitação de vocacionados. Trata-se de Claudinei e Priscila Godoi, que até o início de 2015 estavam servindo em Arica, norte do Chile.

“Nossos obreiros possuem experiência e capacitação para essa missão. Essa capa-citação presencial e contínua visa colaborar com o desen-volvimento e preparo dos vocacionados para seguirem para campos transculturais. As Convenções Cubanas já estão trabalhando com seus primeiros missionários de Missões Mundiais. Creio que poderemos dar uma contri-buição significativa nesse

requerido para o Radical Luso-Africano, que também permite a participação de pessoas que já tenham con-cluído o ensino superior. Para o Radical Ásia é neces-sário ter formação superior, enquanto o Radical Latino--Americano busca vocacio-nados que estejam cursando o nível universitário.

processo”, explica o pastor Ruy.

Parceria com batistas cubanos começou

há 20 anosJá se passaram 20 anos

desde o envio da primeira caravana de pastores e lí-deres voluntários a Cuba. Essa viagem, organizada pela JMM, formou laços que perduram até os dias atuais.

“Ainda hoje somos agrade-cidos com fervor por sermos os primeiros irmãos Batistas a apoiarem nossos irmãos Batistas cubanos. E, no início de 2016, completaremos 20 anos desde que iniciamos nosso convênio de apoio

Novidade no Radical África é o tempo de duração

O tempo de duração depen-de da cada Projeto, podendo ir desde 12 meses nos casos do Radical Latino-Americano e Luso-Africano até dois perí-odos de 24 meses no Radical Ásia. A novidade é que o Radical África, antes com quatro anos de duração, agora

a missionários plantadores de igrejas, o que gerou mui-tos frutos. Entre templos e ‘casas culto’, há quase mil Igrejas plantadas, entre as duas Convenções Cubanas, a Oriental e a Ocidental”, conta o pastor Ruy.

Além disso, hoje são mais de 200 missionários da terra (cubanos) sustentados pelos Batistas brasileiros.

“E trabalharemos para ir além. Queremos também colaborar com a organiza-ção da Junta de Missões Mundiais cubana e, além da capacitação, do envio de missionários cubanos a outras nações”, conclui o pastor Ruy.

dura 24 meses, em uma nova proposta de Missões Mundiais para jovens com idade entre 18 e 30 anos.

Todos os tempos de dura-ção incluem o treinamento no Brasil, que está previsto para começar em fevereiro de 2016 na sede da Junta de Missões Mundiais, no Rio de Janeiro. O envio também acontecerá no primeiro se-mestre do próximo ano.

Terceira turma do Radical Haiti também recebe

inscrições, que podem ser feitas até início de 2016O Radical Haiti enviou sua

segunda turma ao campo este ano, e as inscrições apenas para a terceira turma deste Pro-jeto de Missões Mundiais tam-bém podem ser feitas até 18 de março de 2016. Segundo a supervisão do Programa Radi-cal, o começo do treinamento dessa nova turma acontecerá em agosto de 2016.

Portanto, não perca o prazo para se inscrever nas novas tur-mas do Radical. É só até o dia 31 de julho deste ano, apenas pelo e-mail [email protected].

Cuba: liberação para distribuir Bíblias

Radical: processo seletivo para novas turmas

12 o jornal batista – domingo, 26/07/15 notícias do brasil batista

Nonato Almeida, assessor de comunicação e vice-presidente da Primeira Igreja Batista em Pajuçara - CE

Quantas histórias, quantas bênçãos, quantas dádivas, quantas alegrias.

Nos últimos dias 30 e 31 de maio celebramos nossos dez anos de caminhada, tendo Deus à frente, comandando o seu povo nesta comunidade. Um tempo de celebração, pois, ao olharmos no retro-visor do tempo, vemos que, desde o princípio de nossa história, nesta localidade, Ele nos apoia e nos capacita para fazer muito mais além do que podemos imaginar.

Contamos com a participa-ção de preletores de peso: pastor Nonato Gaspar, da Igreja Batista de Antonio Be-zerra, e pastor Ésio Almeida, da Igreja Batista Kháris. E, ainda, a participação espe-cial da Banda Candeias, que conduziu o louvor de sába-do, em um intenso momento de louvor, adoração e agra-decimento ao Senhor Jesus.

Um pouco da nossa trajetória

Tudo teve início em de-zembro de 2004, quando membros da Igreja Batista em Monte Castelo (IBMC), de Fortaleza-CE, decidiram enviar uma comissão de 12 membros para este local, a fim de avaliar as possibilida-des de reconstruir o templo em ruínas e reativar um tra-balho que não mais existia ali. A primeira expedição missionária foi marcada para o dia 08 de janeiro de 2005, sob a liderança do então diácono daquela Igre-ja - e, hoje, pastor - Manuel

Messias Rodrigues de Al-meida. Na manhã daquele sábado, a comitiva chegou ao local. Ao verificar as reais condições físicas do prédio, a triste constatação: quase tudo (95%) teria de ser demolido. Portas que-bradas, piso estragado pelo tempo; nada pode ser apro-veitado.

O desafio foi lançado: re-erguer um santuário, mas sem recursos e prazo certo para término, além da pre-visão de dois longos anos de construção. Contudo, os irmãos não desanimaram, e a IBMC abraçou o desafio, mesmo diante das dificul-dades. Naquele dia, ainda, toda a cobertura - ameaçada de desabamento - foi retirada e poucas paredes ficaram em pé.

Contrariando a previsão da obra concluída (dois anos), Deus comprimiu este tempo a menos de cinco meses. O primeiro culto em ação de graças inaugurou o novo templo no dia 28 de maio daquele ano, que contou com a presença da lideran-ça da Convenção Batista Cearense (CBC) e da IBMC. Nascia, assim, a Primeira Igreja Batista em Pajuçara.

Quem faz parte, ou já caminhou juntamente co-nosco, pode confirmar o aconchego dos irmãos, o acolhimento dos que fazem a Primeira Igreja Batista em Pajuçara um lugar em que sentimos que somos queri-dos, importantes e somos amados. Um lugar onde per-cebemos a mão do Senhor na vida de cada membro, e a seriedade de um ministé-rio conduzido por um Deus real, justo e verdadeiro. Se-jamos eternamente gratos ao Senhor.

Primeira Igreja Batista em Pajuçara - CE: 10 anos de amor e restauração

de vidas para o Senhor

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 26/07/15notícias do brasil batista

Othon Ávila de Amaral, colaborador de OJB

Registramos com pro-funda tristeza o “até logo” a irmã Erly, ao mesmo tempo grati-

dão a Deus, por ter convivido com ela, dando-me privilégio de relatar um pouco desta grande serva de Deus. A irmã de saudosa lembrança, Erly Barros Bastos, foi, para nós, eu e Jane (minha esposa), ex-celente amiga e mui prezada irmã. No decorrer de mais de 40 anos era certo nos en-contrarmos em solenidades diversas: Bodas e Jubileus de Ouro, Assembleias de Associações, Convenções Estaduais, Assembleia da Convenção Batista Brasileira, consagrações de pastores e diáconos, casamentos e fa-lecimentos; enfim, qualquer acontecimento envolvendo os Batistas se tornava mais uma oportunidade que tínha-mos de nos abraçar e desfru-tar do carinho, do sorriso, da palavra amiga.

Irmã Erly foi uma mulher muito sábia e buscava viver a graça de Deus em sua vida. Firmou seu lar na rocha, e a cada caminhar junto ao seu esposo, fazia questão de

União Feminina Missioná-ria Batista Fluminense

“O justo florescerá como o Cedro no Líbano” (Sl 92.12).

Em 07 de janeiro de 1942 chegou ao Lar de Emerencio Botelho Barros e Ormy Pires

Barros uma linda e delicada menina, que recebeu o nome de Erly.

Seus pais, dedicados servos de Deus, procuraram criá-la nos caminhos do Senhor. O culto doméstico tinha lugar de destaque naquele lar, as-sim a pequena Erly logo co-meçou, também, a envolver--se nas atividades da Igreja. Muito talentosa e incentivada pela mãe, desde cedo se re-velou excelente declamado-ra. Sua linda e delicada voz fazia-se ouvir frequentemente em solos, duetos e no Coral da Igreja.

Líder nata, aos 14 anos foi eleita para liderar a Sociedade de Crianças que, naquela épo-

ajudá-lo em seu ministério, presente quando possível e em oração quando se tornou impossível, mas não deixou de ser sua fiel ajudadora.

A vontade de Deus era visí-vel em sua conversão, batis-mo, juventude, casamento, nascimento dos filhos, sorri-sos, lágrimas, lutas, vitórias, e fazia seu coração transbordar de amor e gratidão. No re-torno de cada gesto em sua vida, nos momentos difíceis, amenizados pela atenção de seu esposo, filho, nora, neta e demais familiares, entre-laçamento familiar que fez questão de plantar baseado na Palavra de Deus, onde a verdade e o amor era o essen-cial, o que pode confirmar no seu último decênio.

Em tudo Deus cuidou, quando ela mais careceu dEle, ela sentiu e viveu sua presença constante, desde o cantar dos pássaros ao caca-rejar das aves, Ele estava ao seu lado até o anoitecer de mais um dia.

Pastor Judson por vezes em semanas, meses, anos que a acompanhou, fosse a uma consulta ou uma breve visita a seu filho (raro, pois ficava mais em sua casa) muitas lá-grimas ficaram ocultas, mes-

ca, era composta de meninos e meninas até a adolescên-cia. Aos 15 anos descobriu a Organização Mensageiras do Rei e apaixonou-se por ela. Foi enviada pela Igreja para fazer o Curso de Liderança com a líder Nacional de MR, Minnie Lou Lanier. Organi-zou, então, em sua Igreja, as MR, novidade em todo o norte do estado do Rio de Janeiro. Com que alegria leva-va “suas” Mensageiras, bem treinadas, para apresentações nas Igrejas na Associação Extremo-Norte. Logo, outras organizações foram surgindo. Aos 16 anos foi eleita líder associacional e, até hoje, sua influência de líder dedicada é inspiração para todos que a conheceram.

Aos 19 anos casou-se com o jovem Judson Garcia Bas-tos, aspirante ao ministério, como se dizia na época. Em 1954 tornou-se esposa de pastor, ministério que exer-ceu com dedicação, serieda-de e prazer. Nas Igrejas ser-

mo sendo visível o sofrimen-to de sua amada esposa que, jamais lamuriou a provação pela qual passou, ela apenas serviu para aproximá-la mais do seu Salvador.

Erly Barros Bastos foi uma crente que onde atuou dei-xou as marcas de sua dedi-cação. Foi uma das primeiras mulheres, sendo bem preci-so, a terceira mulher a fazer parte da Diretoria da Con-venção Batista Fluminense. Sempre ensinando, liderando organizações, palestrando, redigindo atas de reuniões pequenas ou grandes, tudo ela fazia buscando fazer o melhor, com zelo, com amor, com excelência.

Erly era estimada por todos: pastores, diáconos, senhoras, moças, jovens, adolescentes, crianças, regentes, músicos, coristas e todos que se apro-ximavam dela. Sua palavra mansa, seu sorriso espontâ-neo, seu tempo sempre divi-dido com quem precisasse, era sua marca registrada, a todos conquistava.

Soube compartilhar com Judson e Maurício (esposo e filho), com Patrícia e Beatriz (nora e neta), o privilégio que Deus lhe concedeu, amar com sabedoria; fortalecen-

vidas e pastoreadas por seu esposo, foi sempre ajudadora fiel e disposta, se envolvendo nas atividades da Igreja e suas organizações.

Poetisa, escritora; seus po-emas e peças despertaram muitos, principalmente as mulheres. Hospitaleira, seu lar, sempre acolhedor, rece-bia pastores e líderes com simpatia, amabilidade, dis-crição e carinho.

Deus deu ao casal três fi-lhos, dos quais dois já estão com o Senhor. Maurício, filho querido, sempre sua alegria e realização, casou-se com Patrícia, recebida como filha extremosa que lhe deu o melhor presente: Beatriz, a Bia, neta da qual falava com admiração, amor e carinho, com muita “corujice” de avó. Mãe, esposa, sogra e avó ex-tremada, sempre contribuiu para a união da família e consequente glória de Deus.

Erly sempre foi uma mulher singular, forte, alegre. Brilhou na sua trajetória de vida cristã

do-os no exercício de seus compromissos e de seus rela-cionamentos, testemunhando que tudo que Deus faz é bom, mesmo quando não entendemos.

Por ocasião da 87ª Assem-bleia da Convenção Batista Brasileira, em Florianópolis - SC, foi a última vez que a vi em um trabalho denomi-nacional; estávamos senta-dos, eu ao lado esquerdo do pastor Judson e ela ao lado direito, no primeiro banco estofado, assistindo uma reunião da Assembleia da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil. Observei atenta-mente o seu semblante que era de uma pureza inigua-lável, pude contemplar e sentir algo diferente, reluzia a verdadeira essência de uma cristã autêntica. Sem qualquer dúvida, Erly fazia questão de viver o ensina-mento do Mestre, deixando sua pequena luz brilhar, com seu “eu” diminuído e que Cristo fosse engran-decido. Um dos exemplos permiti que o Espirito Santo agisse em sua vida, quando pelo vale começou a passar, foram várias cirurgias e sou-be resistir, contornar as situ-ações com impressionante

e líder atuante nas várias áre-as da denominação. Exerceu com dedicação na secretaria de Atas, no Conselho Admi-nistrativo da Convenção Ba-tista Fluminense, nas Juntas e Coordenadorias. Apaixo-nada pela obra educacional e evangelística, razão de ser da União Feminina Missionária dedicou-se de coração e alma às suas atividades em todos os âmbitos. Foi presidente da União Feminina Missionária Batista Fluminense, por três mandatos. Atuou como coor-denadora estadual de MCA, promotora regional, auxiliar da coordenadora estadual de MCA, e fez parte de várias comissões nas atividades da UFMB Fluminense.

Na Assembleia da UFMB Fluminense, em 2014, re-cebeu a honra com o Título de Coordenadora Emérita de MCA. A graça da liberalida-de, amor e serviço cristão fo-ram sua marca. Conhecia os líderes batistas fluminenses como poucos.

resignação pelos sofrimentos delas decorrentes. Não pou-cas as vezes foram as vigílias intermináveis de seu esposo ao seu lado, mas sempre com muita devoção e amor. Pedindo que Deus fizesse a Sua vontade no tempo e momento certo e, enquan-to aqui estivesse, fosse na alegria ou na doença, que a gratidão em cada segundo, minuto, hora, dia, semana, mês e/ou anos fosse algo constante, não deveria ter qualquer questionamento. Deus é bom, independente das situações.

Assim foi até o derradeiro momento da despedida final. Uma existência conjugal que durou 54 anos. E os senões deste ciclo foram insignifi-cantes gotas de orvalho, que as plantas recolheram no transcurso das madrugadas invernosas, e que os raios solares os desfizeram no flo-rescer de cada novo dia.

Até logo, Erly! Valeu fazer parte da sua vida, mulher abençoada de bondade, a lhaneza, o amor que a mar-cou de forma tão condizente, eternamente lhe fará presente em nossas vidas. Obrigado Erly por ter me permitido ser seu amigo!

Foi abençoada e abençoa-dora, firme nas promessas de Jesus. Veio a enfermidade, mas continuou atuando com esmero, dedicação e amabili-dade; enquanto pôde. Enfren-tou dores, cirurgias, com fé e confiança no Deus que nos salva, nos liberta e nos con-duz ao lar celestial. No dia 04 de maio deste ano, quis Deus convocá-la para junto de Si, aliviando assim todo o sofrimento, recebendo-a em seus braços, e certamente ou-vindo: “Filha, foste fiel, entre no gozo do Seu Senhor”.

Deixou uma lacuna, um vazio em nossos corações, mas as memórias de uma lí-der capaz, inesquecível, uma mulher sonhadora, amiga é inspiração para todas nós, que ficamos saudosas.

“Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé” (II Tm. 4.5). Louvado seja Deus pela vida da Erly Barros Bastos, uma vida, inspiração para toda mulher batista flu-minense.

Erly Barros Bastos - escolhida para servir

Erly Barros Bastos, uma saudosa lembrança

14 o jornal batista – domingo, 26/07/15 ponto de vista

Alguém já afirmou categoricamente que há três tipos de pessoas neste

mundo: pequena, média e grande. Achei muito interes-sante a afirmação. Pensei: é verdade! Partindo da re-ferida afirmação, podemos discorrer acerca desses três tipos de pessoas na socieda-de hoje. Em um mundo tão complicado vemos as pe-quenas e as médias pessoas dominando, estabelecendo o tom. Sabemos que a pequena pessoa fala de pessoas de forma negativa, semeia dis-córdia, usa de maledicência, politicagem. A média pessoa fala de coisas e tem o foco em carros, casas, roupas de grife, consumismo, celular, IPad, jogos de computador, futebol, UFC e status. A gran-de pessoa discorre acerca de projetos que contribuam para ajudar substancialmen-te o povo, são solidárias e servidoras, são proativas e geradoras de mudanças po-sitivas na sociedade visando sempre o bem comum. São despidas de si mesmas. Ago-ra, vejamos detalhadamente as diferenças entre a pequena pessoa, a média pessoa e a grande pessoa.

A pequena pessoa vive em função de falar mal dos ou-tros, semear contendas, insa-tisfação, confusão e insegu-rança nos relacionamentos. É terrorista que causa destruição das amizades e comprome-te a família, o ambiente de trabalho e quaisquer outros grupos onde está inserida. A pequena pessoa tem uma

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

Um famoso escri-tor do momento, Zygmunt Bauman, escreveu sobre os

problemas eclesiásticos dos nossos dias. Ele escreveu um livro chamado: “Amor Liqui-do”. Das igrejas que ocupam os horários na TV, a maioria delas é fruto de divisão. Lí-deres, não sabendo trabalhar ombro a ombro, separam-se e criam seu próprio segmen-to eclesiástico. O trabalho ombro a ombro perdura en-quanto há lucros em vista.

Um modelo de igreja dos nossos dias está presente na história infantil que todos conhecem: Branca de Neve e os Sete Anões. Cada um dos

disfunção emocional muito séria. Está doente emocional, moral e espiritualmente. Está praticando obras da carne, de acordo com o texto de Gála-tas 5.19-21. A especialidade desta pessoa é prejudicar o próximo, esquecendo-se que prejudicará a si mesma. O veneno que ela espalha vai voltar para a si mesma. Ou seja, ela toma o próprio ve-neno. Diz a Palavra de Deus que o Senhor abomina “O que semeia inimizade entre irmãos” (Pv 6.19). A pequena pessoa deve ser evitada (se ela não quer mudar de atitude), pois o Senhor declara: “Quem vive falando revela segredos, por isso, não te envolvas com quem fala demais” (Pv 20.19). O Senhor continua falando: “O mexeriqueiro, o que fala demais, revela segredos, mas o fiel de espírito guarda se-gredo” (Pv 11.13). É muito pequeno falar da vida alheia, fazer comentários maldosos, que denigrem as pessoas. Je-sus nos ensina: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque sereis julgados pelo critério com que julgais e sereis medidos com a medida com que medis. Por que vês o cisco no olho de seu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho?” (Mt 7.1-3). É muito triste lidar com uma pequena pessoa e ainda mais com um grupo de fofo-queiros, de pequenas pessoas. Geralmente a pessoa que leva e traz não é amiga. Não con-viva com gente assim. Não deixe entrar em sua casa, a não ser que haja mudança de atitude. O apóstolo João se re-

anões representa uma perso-nalidade humana. Zangado, Dunga, Feliz, Atchim, Mes-tre, Soneca, Dengoso. Como lembram nossas igrejas! Cada um tem uma personalidade. Parecem tanto com nossas igrejas, que só não brigam quando marcham cantando juntos. Como parecemos com eles. Não cantamos jun-tos todos os domingos?

Dizia o filósofo russo, Tchekov, professor de filoso-fia da Sorbonne, que o “Ho-mem é o lobo do homem”. As igrejas são compostas de homens. Quando os anaba-tistas defenderam o livre ar-bítrio ou o sacerdócio dos crentes, enfatizando que cada um responderá por si mesmo diante de Deus, e que a ideia de salvação é estar sob “o

fere a um tal de Diótrefes, de Éfeso, que proferia palavras insensatas e maldosas contra ele, segundo III João 10. Que o Pai nos livre de sermos esta pequena pessoa.

A média pessoa também é de difícil convivência, pois só fala de coisas, de bens materiais, prosperidade mate-rial, roupas de marca, carros, comenta acerca do carro que o outro comprou, fala demais de futebol, internet, viagens, artistas, novelas, etc. A média pessoa está preocupada com o seu desempenho financei-ro e com a sua desenvoltura profissional. Focada no su-cesso da família. Geralmente a média pessoa é desatenta em relação às coisas mais profundas, às coisas espiritu-ais, às campanhas de ajuda aos necessitados. A média pessoa está mais preocupada com o seu emprego, com o seu status profissional do que com qualquer outra coi-sa. Este tipo de pessoa olha muito para a aparência e não para o coração. É estilista. É o tipo de pessoa dispersa, que não lê e não tem interesse em assuntos que a levam para a reflexão, para um olhar introspectivo. Aprecia as re-vistas que falam dos ricos, de moda, de carros, e gosta de novelas. Gasta o seu dinheiro naquilo que não é pão, na-quilo que não pode satisfazer o coração. Portanto, a média pessoa está focada no que se pode ver, com as coisas desta terra, na contramão das coi-sas do alto, como exemplifica Colossenses 3.1-4. A média pessoa vive pelo ter e não

guarda-chuva” de uma religião (o catolicismo romano seria o único guarda-chuva), surgiu o individualismo. Esse individu-alismo não é o individualismo vigente em nossos dias, defen-dido pelo existencialismo, que preceitua que cada um tem a sua verdade, dando liberdade para o cidadão impor sua von-tade pessoal sobre os outros. Não, não era. Pelo contrário. O indivíduo assumia a sua res-ponsabilidade diante de Deus. O existencialismo colocou na boca do filósofo Sartre, a má-xima: “Cada um é livre para escolher aquilo que quer ser”. Mas, como o homem nasce pecador, ele só irá escolher o pecado. Deu no que deu. O mundo está multifacetado, em pedaços, e cada vez mais surge pedacinhos menores e

pelo ser. A grande pessoa é aquela

que está focada em projetos, movimentos e mobilizações para a mudança positiva da sociedade. Esse tipo de pes-soa geralmente é proativo. É agente de transformação. O seu interesse é ajudar pessoas pobres, organizações huma-nitárias, juntas missionárias, crianças em alto fator de ris-co. A grande pessoa promo-ve a melhoria da qualidade de vida da população nas áreas de saúde, educação, segurança, transporte, meio ambiente e toda uma gama de demandas da sociedade. Geralmente é solidária e de-sapegada das coisas mate-riais. Segue a Pessoa de Jesus Cristo, o nosso modelo de Grande Pessoa. Afirmo que é difícil encontrar uma grande pessoa. Geralmente encon-tramos muito mais pessoas reativas do que proativas. Nós temos alguns exemplos de grandes pessoas: Francis-co de Assis, Martinho Lutero, William Wilberforce, Blaise Pascal, William Carey, John e Charles Wesley, Charles Spurgeon, Alexander Fle-ming, C. S. Lewis, Martin Luther King, Maria Tereza de Calcutá, Charles Colson, Billy Graham, Bob Pierce (fundador da Visão Mun-dial Internacional), Bernard Kouchner (médico francês, fundador da organização humanitária Médicos sem Fronteiras), e muitos outros. Homens e mulheres que fo-ram grandes pessoas, que deixaram suas marcas indelé-veis. Dou graças a Deus pelas

mais perigosos. O EI que o diga. O evangelicalismo bra-sileiro que o diga. O mundo político mundial, e também o nacional. Uma pergunta: Hoje há alguém que confia em alguém?

Os anõezinhos eram, como nossas igrejas, um corpo composto de várias persona-lidades, mas na hora de salvar Branca de Neve, estavam to-dos de acordo. Nesse ideal, seus comportamentos eram contidos. Será que nossas igre-jas aprenderam alguma coisa com os anõezinhos? Quantas se unem em torno dos planos e objetivos das Convenções? Temos a Convenção Nacio-nal, Estadual, e as Associa-ções, mas, o Zangado continua zangado, o Dunga continua mudo, o Atchim espirra na

grandes pessoas. Não posso dizer o mesmo das pequenas e médias pessoas.

O nosso grande desafio é sermos grandes pessoas que fazem toda a diferença neste mundo. Lendo os evange-lhos, especialmente, apren-demos com a Grande Pessoa – o Senhor Jesus – a servir e a influenciar positivamente. Somos chamados à mudança do nosso contexto imediato. Devemos ser formadores de grandes pessoas, de cidadãos que fazem toda a diferença. A meditação nas Escrituras, a leitura de biografias, de leitura de livros de grandes pessoas e a convivência com elas, certamente contribuirão para que sejamos grandes pessoas, conformadas com Cristo e inconformadas com o mundo. Conformadas com a justiça e a verdade, e incon-formadas com a injustiça e a mentira ou o erro. Que Deus nos livre de sermos pequenas e médias pessoas, nos livre de recebermos sua influên-cia, mas nos dê a graça de aprendermos com as grandes pessoas, que nutrem amor a Deus e ao próximo. Não glorificamos a Deus sendo pequenas e médias pessoas, mas sendo grandes pessoas. Prossigamos no caminho da mudança de mentalidade e de percepção. Sejamos grandes pessoas, filhos de um Grande Deus, Bendito eternamente. Respondo à pergunta-tema dizendo que aspiro ser uma grande pessoa para abençoar o meu próxi-mo e, acima de tudo, para glorificar a Deus, nosso Pai.

hora errada, o Mestre quer mandar em todo mundo, o Soneca continua dormindo, e o Feliz está feliz mesmo que haja erros a corrigir.

Tenho sonhado e orado pelo dia em que nossas igre-jas serão libertas da cultura de nossos dias. Do separa-tismo, da crítica exacerbada como desculpa para justificar seu separatismo (as desculpas apontam motivos banais), como no passado houve di-visão quando surgiu inven-ção chamada rádio, cinema, TV, altura da roupa, coisa que ninguém mais nota. Isso nos mostra que continuamos os humanos que Zigmunt Bauman menciona em seu livro. Será que não é tempo das Igrejas Batistas atuais, tornarem-se atuais?

Que tipo de pessoa você é?

Igrejas atuais

15o jornal batista – domingo, 26/07/15ponto de vista

A palavra “eugênico” vem da formação de duas palavras gregas “eu” (bem ou bom)

mais “gennao” (nascer) e eti-mologicamente significaria bom nascimento. O abor-tamento eugênico é assim considerado ao se desejar evitar um nascimento quando ocorre má formação do feto, que pode ser provocada por diversas causas, entre elas: causas químicas, tais como a contaminação com agentes espalhados na atmosfera pela poluição ou mesmo por agen-tes químicos presentes em alimentos ou medicamentos; causas biológicas, como a contaminação por enfermi-dades contagiosas, como a rubéola (até o terceiro mês da gravidez) ou viral como a AIDS; e causas genéticas, tal como a Síndrome de Down.

No passado, os pais só sabiam que havia alguma anormalidade fetal após o nascimento. Hoje, com o avanço no diagnóstico pré--natal, é possível descobrir isso durante a gravidez, com elevado grau de certeza. Isso já coloca os pais diante de um complexo dilema ético durante o período gestacio-nal, pois, se houver alguma anormalidade na formação fetal, poderá trazer certo grau de frustração à expectativa da vinda de um filho idealizado.

O que fazer? Em primeiro lugar, é preciso levar em con-ta que uma vida não pode

ser avaliada a partir do que poderá produzir nem quan-to custará à sociedade para sobreviver, pois tem ela sig-nificado maior. Em segundo lugar, é importante considerar que a redução potencial de recursos em uma pessoa não a torna menos importante que uma considerada normal. Ter-ceiro, o sofrimento provocado pelo processo de adaptação de uma pessoa com menos recursos físicos, psicológicos ou mentais não pode ser fator de sua eliminação mesmo na fase formativa, pois quem estabeleceria a linha limítrofe entre o normal e o anormal? Vamos lembrar aqui do regi-me nazista. Em quarto lugar, se a contaminação bacterioló-gica ou viral (rubéola, AIDS, respectivamente) não puder reduzir em termos totais a capacidade de viver de uma criança, será preciso optar pela manutenção da gravidez, pois quem garantirá que, de fato, aquele feto terá impos-sibilidade de viver, ainda que possa ter reduzidas algumas funções de sua vida? Hoje, inclusive, sendo a gestante portadora de AIDS já não tem sido motivo para a indicação ao abortamento.

É claro que ainda sobra a questão de uma criança anencefálica. A anencefalia é uma palavra geralmente utili-zada para caracterizar a má--formação fetal do cérebro, em que o bebê pode apresen-tar apenas algumas partes do

tronco cerebral funcionando, garantindo algumas funções vitais do organismo. Mas, há graus variados de anen-cefalia. Uma criança nestas condições dificilmente vive-ria por muito tempo. É uma questão crucial em que pode haver medicamente a orienta-ção para o abortamento. Mas, outra opção pode ser consi-derada se o bebê pode ser mantido até o nascimento de modo que, após a sua morte, pudesse doar órgãos para crianças necessitadas. Al-guém poderia dizer que isso seria manipulação de uma vida, mas a interrupção da gravidez, neste caso, não se-ria a eliminação de uma vida? Aqui entra o que chamamos em ética de “duplo efeito”, seja qual for a decisão não se conseguirá alcançar um ideal perfeito.

Voltando às outras situa-ções que mencionamos no começo do artigo, vamos pensar que mesmo tendo limitadas as potencialidades de vida por causa de sua formação gestacional, uma pessoa poderá adaptar-se à vida e viver muitas vezes de modo exemplar para nós que nos imaginamos “normais”.

Amitai Etzioni, um sociólo-go germano-estadunidense--israelense, em seu livro Ge-netic Fix, afirmou que os pais de uma criança que estiver se desenvolvendo anormal-mente no período de ges-tação, deveriam assinar um

termo de responsabilidade assumindo todo custo para a manutenção deste filho, em vez de lançá-lo sobre o Esta-do. Vemos assim uma visão utilitarista que mais considera o ser humano como agente produtivo, em vez de sujei-to histórico, ainda que não seja possuidor de todas as potencialidades que seriam consideradas normais.

Bancaremos Deus deter-minando o que é normal e o que é anormal? Qual a linha divisória entre estes dois polos?

Não há como negar as di-ficuldades que os pais e fa-miliares terão que enfrentar quando há o nascimento de uma criança com estas caraterísticas. Dificuldades no atendimento médico, so-cial, afetivo, educacional são reais, mas, cabe ao Estado prover meios para que essas crianças sejam atendidas. Graças a Deus hoje já se torna presente o conceito de inclusão em que estes atendimentos já começam a se fazer presentes. As igrejas também podem ser inclusivas se tornando instrumento para o alívio destes dilemas.

Embora não há notícias de que o autismo possa ser descoberto ainda no período gestacional, já está se tornan-do um grave quadro neste pe-ríodo. Estatísticas alarmantes já germinam preocupações. Na plataforma TED - uma plataforma que começou em

1984 e divulga temas impor-tantes para o mundo atual para ideias. A sigla significa Tecnologia, Entretenimento e Design, distribuindo seu material em mais de 100 idiomas - houve a divulgação de que em 1975, estimava-se 01 autista em 5.000 crian-ças. Hoje, 01 criança em 68 está no espectro do autismo. Embora não seja um tema diretamente ligado ao aborta-mento, leva-nos a considerar a inclusão como uma das prioridades no cumprimento de nossa missão como igreja.

Voltando ao tema do aborta-mento eugênico será preciso considerar que o feto, mesmo sendo uma vida potencial, é uma vida, e enquanto há vida, há esperança. Volta aqui a pergunta fatal que apresentei no artigo anterior: para Deus o feto não seria gente? O Sal-mo 139 nos ensina “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda” (Sl 139.16). Em outras palavras, como um conjunto celular ainda sem forma definida, Deus já nos considera e tem a visão de como serão nossos dias, dentro do seu atributo da presciência. Como então descartar este ser, ainda que em seu início de vida? Deve, portanto, haver oportunidade para a construção de uma história.

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Abortamento (5) - O abortamento eugênico: é lícito?