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APRESENTAÇÃO-------------------------------------------------------------------------------01 01- APRENDENDO COM JESUS------------------------------------------------------------02 02-MODELO E EXEMPLO DE CRISTÃO --------------------------------------------------07 03- FERMENTO DO CRISTÃO -------------------------------------------------------------10 04-SEGUIR JESUS É --------------------------------------------------------------------------13 05-A IGREJA E REINO DE DEUS -----------------------------------------------------------16 06- MORDOMIA CRISTÃ --------------------------------------------------------------------18 07-NASCIDO PARA MORRER --------------------------------------------------------------21 08-A GARANTIA DE VIDA ------------------------------------------------------------------23 09-JULGAMENTO DE DEUS OU DO HOMEM-----------------------------------------26 10-MORTE E RESSURREIÇÃO. PARA ONDE IREMOS NÓS -------------------------30 11-CURA FISÍCA E ESPIRITUAL ----------------------------------------------------------33 12-PRÓXIMO DO FIM, UM NOVO COMEÇO ------------------------------------------35 ESTUDOS ADICIONAIS---------------------------------------------------------------------38

Revista EBD Batistas Porque e Como Creem 2012-2

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APRESENTAÇÃO-------------------------------------------------------------------------------01

01- APRENDENDO COM JESUS------------------------------------------------------------02

02-MODELO E EXEMPLO DE CRISTÃO --------------------------------------------------07

03- FERMENTO DO CRISTÃO -------------------------------------------------------------10

04-SEGUIR JESUS É --------------------------------------------------------------------------13

05-A IGREJA E REINO DE DEUS -----------------------------------------------------------16

06- MORDOMIA CRISTÃ --------------------------------------------------------------------18

07-NASCIDO PARA MORRER --------------------------------------------------------------21

08-A GARANTIA DE VIDA ------------------------------------------------------------------23

09-JULGAMENTO DE DEUS OU DO HOMEM-----------------------------------------26

10-MORTE E RESSURREIÇÃO. PARA ONDE IREMOS NÓS -------------------------30

11-CURA FISÍCA E ESPIRITUAL ----------------------------------------------------------33

12-PRÓXIMO DO FIM, UM NOVO COMEÇO ------------------------------------------35

ESTUDOS ADICIONAIS---------------------------------------------------------------------38

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Apresentação

Nesta nova série de lições abordaremos sobre nossa posição doutrinária

como batista. Os objetivos são: Para os que são batistas há anos recordar os

fundamentos, para os que chegaram depois mostrar a nossa origem doutrinária,

o que cremos e defendemos, outros aspectos das lições e sobre os milagres de

Jesus no evangelho. Como Batistas temos três fontes que defendemos, baseadas

na palavra de Deus.

1° - Quem são os Batistas?

2° - Princípios Batistas.

3° - Declaração doutrinária da convenção Batistas Brasileira.

Nossos estatutos foram desenvolvidos partindo da declaração de fé dos

batistas, que é o documento doutrinariamente falando que norteia a convenção.

Os outros, foram acrescidos nos pontos rele vantes.

Cremos que a razão de nossa fé está bem embasada nas santas escri turas

e que sua prática não pode ficar a mercê da vontade e compreensão dos indi-

víduos. É bom que cada aluno ou membro da igreja conheça quem somos , o

que pensamos e pregamos. Não podemos nos distanciar do que, é substancial

para o fortalecimento de nossas convicções doutrinárias.

Finalmente, que Deus seja glorificado, o seu reino engrandecido e todos

nós ricamente abençoados!

Pr. Sebastião Gomes Filho.

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No estudo de hoje ve remos al-gumas coisas que podemos aprender com Jesus.

Mateus 11:28-3028 - Vinde a mim, todos os que estais cansa-

dos e oprimidos, e eu vos aliviarei.29 - Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei

de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as

vossas almas.

30 - Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

Nesse texto Jesus nos convida a irmos até Ele e aprendermos como lidar com questões do nosso cotidiano que po-dem ser trata das de forma diferente. Quando estudamos os evange lhos podemos observar Jesus nos discipu-lando. Vejamos alguns pontos impor-

Nós, batistas, temos uma identidade. Para os meios de comunicação, evangélico é aquele que não é católi-co. Mas, historicamente, nós, batistas, saímos dos

separatistas da Igreja Anglicana. A nossa história se inicia com a insatisfação de muitos cristãos do início do século

XVII com a Igreja Anglicana. Surgiram, então, os primeiros líderes batistas: John Smyth e Thomas Helwys. A nossa

identificação com as dou trinas dos apóstolos não é históri-ca, mas da confrontação com o Novo Testamento. Há algu-mas doutrinas apostólicas que nos distinguem do universo de igrejas de hoje. No próximo domingo conheceremos um

pouco mais da nossa história.

01 APRENDENDO COM JESUS

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas

almas. Mt.11:29

SEG RM 1:15TER RM 5:19QUA EF.2:2; EF. 5:2-6QUI HB 5:8; I PE 1:22SEX I CO 13SAB DN 9:9; AT. 2:38;

PV 27:5DOM MT 24:12; MC 8:35;

JO.15:9

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tantes que aprendemos com Jesus:• Estar continuamente falandosobre o Pai• Resistiràstentações• Perdão• Amar

1. APRENDENDO COM JESUS SOBRE COMO ESTAR CONTINU AMENTE

FALANDO SOBRE O PAI. Jesus desde criança buscava es-tar entre os doutores da lei, ele queria conhecer do que eles estavam falando e Ele tinha domínio sobre o assunto. Lucas 2:40- E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Lucas 2:52- E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens. Jesus nos ensina que o crescimento e amadurecimento vem com a bus-ca. Jesus conversava com o Pai sobre tudo o que ia fa zer, pedindo a Ele ori-entação para que os seus discípulos aprendessem dele. Como orar e ter suas orações respondidas? Jesus nos dei xou diversos exemplos de como fazer para ser como Ele e estarmos jun-to ao Pai.

2. APRENDENDO COM JESUS SOBRE COMO RESISTIR ÀS TENTAÇÕES

Mateus 4:1-11 (leiam o texto completo)1 - ENTÃO foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.2 - E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;10 - Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.

11 - Então o diabo o deixou; e, eis que chega-ram os anjos, e o serviam. Aprendemos com Jesus nesse texto que só conhecendo exatamente o que o pai deseja de nós é que pode-mos resistir ao diabo. Aprendemos ain-da que, precisamos ter certeza do que cremos e o porquê da nossa fé. Nós os batistas cremos no Deus único que nos ensina, corrigi e ama com um amor sem medida e que Ele quer que O conheçamos e tenhamos experiências com Ele. João 7:14-18

14 - Mas, no meio da festa subiu Jesus ao templo, e ensinava.

15 - E os judeus maravilhavam-se, dizendo: Como sabe este letras, não as tendo apren-

dido?16 - Jesus lhes respondeu, e disse: A minha

doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.

17 - Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhe cerá se ela é de

Deus, ou se eu falo de mim mesmo.18 - Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória

daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça.

3.APRENDENDO COM JESUS SOBRE O PERDÃO

Mateus 6:14-1514 - Porque, se perdoardes aos homens as

suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;

15 - Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não

perdoará as vossas ofensas. Nesse texto aprendemos sobre a importância do perdão para o cristão ou o ser humano em ge ral. A falta de perdão gera morte física e espiritual.

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Quando temos dificuldade de perdoar estamos simplesmente não acei tando o perdão de Deus por que o texto de Mateus 6:12 - E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; nos diz que re-ceberemos o perdão se perdoarmos a quem tem nos ofendido. Jesus nos ensina também que antes mesmo de adorarmos a Deus com nossas ofertas, precisamos perdoar o nosso irmão, porque só assim Ele irá aceitar nossa adoração e receberemos o perdão de Deus. Alguns princípios para receber-mos o perdão de Deus; Mateus 5:23-2523 - Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,24 - Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.25 - Concilia-te depressa com o teu ad-versário, enquanto estás no caminho com ele, para que não acon teça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao ofi-cial, e te encerrem na prisão. O verso 23 diz concilia-te depressa com teu adversário, en-quanto é tempo perdoa quem lhe ofendeu e receba do Pai as bênçãos. Olha o exemplo de Jesus sobre o perdão. Lucas 23:33-3433 - E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.34 - E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. Por que é tão difícil perdoar o nosso irmão?

4. AMAR Aprendemos com Jesus o que é o amor e como amar sem reservas. Ma-

teus 22:36-4036 - Mestre, qual é o grande mandamento na lei?37 - E Jesus disse-lhe: Amarás o Se nhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.38 - Este é o primeiro e grande mandamento.39 - E o segundo, semelhante a este, é: Ama-rás o teu próximo como a ti mesmo.40 - Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.Em João 17 temos uma grande demons tração de amor de Jesus por nós. Ele pedi a Deus proteção por nós os que estavam perdidos mais que O encontraria. O amor de Jesus é in-condicional por nós. E Ele pede que amemos o nosso próximo como a nós mesmo. Poucos são os que fazem mal a si mesmos. Deus Pai, nos amou de tal maneira que ninguém nunca con-seguirá mensurar. João 3:16.O apóstolo Paulo em I coríntios 13 diz que sem o amor nada seria. Já parou pra pensar neste “nada seria”, em ou-tras palavras nós não seriamos nada, diante de Deus. Imagina você ven-dendo tudo que tem e doando aos pobres, parece muito? Mas, sem amor é nada. Jesus ensina que toda ciência ou conhe cimento sem amor é nada di-ante dele.

CONCLUSÃO Jesus nos ensina que não adi-anta nada sermos religiosos, instruí-dos, doutor em teologia, ou em outras ciências, se não tivermos o mais sim-ples e básico entendimento de todos, o

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amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Quando Jesus diz - Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Ele está dizendo para nós que estaremos continua mente com o Pai conversan-do, obedecendo, caminhando juntos, iremos saber renunciar a nossa von-tade porque a dEle é melhor, iremos perdoar os nossos devedores porque entendemos o amor de Deus por nós e com certeza amaremos o nosso próxi-mo com todas as suas qualidades e de-feitos e o ajudaremos a caminhar com Deus. Esse foi o primeiro de muitos ensinamentos de Jesus que teremos nesta revista. Oração: Que o Espírito santo de Deus nos traga todo entendimento dessa e das demais lições que iremos estudar nos próximos domingos e que nossas atitudes sejam como as de Jesus.

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PACTO DAS IGREJAS BATISTAS

Tendo sido levados pelo Espírito Santo a aceitar a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, e batizados, sob profissão de fé, em

nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, decidimo-nos, unânimes, como um corpo em Cristo, firmar, solene e alegremente, na presença

de Deus e desta congregação, o seguinte Pacto:Comprometemo-nos a, auxiliados pelo Espírito Santo, andar sem-pre unidos no amor cristão; trabalhar para que esta igreja cresça

no conhecimento da Palavra, na santidade, no conforto mútuo e na espiritualidade; manter os seus cultos, suas doutrinas, suas orde-

nanças e sua disciplina; contribuir liberalmente para o sustento do ministério, para as despesas da igreja, para o auxílio dos pobres e

para a propaganda do evangelho em todas as nações. Comprometemo-nos, também, a manter uma devoção particu-

lar; a evitar e condenar todos os vícios; a educar religiosamente nossos filhos; a procurar a salvação de todo o mundo, a começar

dos nossos parentes, amigos e conhecidos; a ser corretos em nos-sas transações, fiéis em nossos compromissos, exemplares em nossa conduta e ser diligentes nos trabalhos seculares; evitar a detração, a difamaçãoeaira,sempreeemtudovisandoàexpansãodoreinodo

nosso Salvador. Além disso, comprometemo-nos a ter cuidado uns dos outros; a

lembrarmo-nos uns dos outros nas orações; ajudar mutuamente nas enfermidades e necessidades; cultivar relações francas e a delica-

deza no trato; estar prontos a perdoar as ofensas, buscando, quando possível, a paz com todos os homens.

Finalmente, nos comprometemos a, quando sairmos desta localidade para outra, nos unirmos a uma outra igreja da mesma fé e ordem,

em que possamos observar os princípios da Palavra de Deus e o es-pírito deste Pacto.

O Senhor nos abençoe e nos proteja para que sejamos fiéis e sinceros até a morte.

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02 MODELO E EXEM PLO DE

CRISTÃO

Efésios 5:1-21 - SEDE, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;

2 - E andai em amor, como tam-bém Cristo vos amou, e se en-tregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em

cheiro suave.

SEG EF. 5:1-33TER FP. 3:7-21QUA 1 TS 1:5-10QUI 1TS 2:1-14SEX 1TS 4:1-12SAB HB 6:1-12DOM I CO 4:1-21

Hoje iremos aprender sobre como podemos ser mode lo ou exem-plo de cristão.

A MORAL DO CRISTÃOPaulo estava preocupado com o

jovem Timóteo e ele lhe escreveu dizendo: II Timóteo 3:14-17

14 - Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,

15 - E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em

Cristo Jesus.16 - Toda a Escritura é divinamente ins-pirada, e proveitosa para ensinar, para

redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;

17 - Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para

toda a boa obra. No livro Cristianismo puro e simples o autor C.S. Lewis fala sobre os aspectos morais do cristão em três partes. Segundo ele a palavra mo-

ral entra nas nossas vidas como algo que nos impede de ter momentos agradáveis. Para ele algumas pessoas “cristãs” tem chamado específico e que nestes aspectos temos defeitos dife-rentes e gostos diferentes. Nessa busca da conduta cristã perfei-ta,àsvezesesquecemosdeobedecer.Paulo diz a Timóteo sobre ser exemplo dos fieis em tudo. I Tm 4:12. E essa pa-lavra é direcionada aos cristãos, mas de uma forma especial aos líderes. Temos como um dos nossos cinco propósitos básicos o discipulado. Como podemos dizer para o nosso liderado fazer algo que não fazemos? O nosso discurso precisa ser praticado, ser exemplo é manter viva a esperança de Cristo ser conhecido. Isso é ser um exemplo.2-PELOS FRUTOS OS CONHE CEREIS

Algumas virtudes são funda-mentais ao cristão são eles: A prudên-

cia, a temperança, a justiça e a for-taleza.

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• Prudência – Significa a sabedoria prática.

• Temperança – Em tempos moder-nos significa abstinência.

• Justiça – honestidade, reciproci-dade, veracidade.

• Fortaleza – coragem que nos leva a enfrentar o perigo e suportar a dor.

Essas virtudes são importantes porque a soberania que vem de Deus nos faz pensar nas consequências dos novos erros. Precisamos da tempe-rança para nos abs ter das coisas que não agradam a Deus. Precisamos ter coragem para ser e dar exemplo como cristão transformado. A justiça de Deus é que irá nos recompensar de todas es-tas atitudes e virtudes.

MODELO DE CRISTÃO “Deus olha para você como se

você fosse um pequeno Cristo. O Cristo está de pé a seu lado para operar essa transformação em você. Para ensinar o bebê a falar, a mãe fala com ele como se ele pudesse entendê-la. Tratamos nossos cães como se fossem “quase humanos”, e é por isso que eles realmente se tornam quase humanos no final. consideramos a ideia cristã de “revestir-se de Cristo”, ou seja, de “vestir-se” de filho de Deus para tornar-se enfim um filho de verdade. Gostaria agora de deixar bem claro que essa não é apenas uma das muitas tare-fas a que o cristão tem de se dedicar, nem tampouco é uma espécie de exercício es-pecial para a classe dos adiantados. E todo o cristianismo. O cristianismo não nos ofere ce nada além disso. E chamo a aten ção para o quanto isso é diferente das ideias convencionais de “moral” e de “ser bom”.” C.S. Lewis.

PRINCÍPIOS DOS BATISTASAS EXIGÊNCIAS DO DISCIPULADO

O aprendizado cristão inicia-se com a entrega a Cristo, como Senhor. Desen-volve-seàproporçãoqueapessoatemcomunhãocomCristoeobedeceaosseus mandamentos. O discípulo aprende a verdade em Cristo, somente por obedecê-la. Essa obediência exige a entrega das ambições e dos propósitos pessoaiseaobediênciaàvontadedoPai.AobediêncialevouCristoàcruze

exige de cada discípulo que tome a própria cruz e siga a Cristo.O levar a cruz, ou negar-se a si mesmo, expressa-se de muitas maneiras na vida do discípulo. Este procurará, primeiro, o reino de Deus. Sua lealdade suprema será a Cristo. Ele será fiel em cumprir o mandamento cristão. Sua vida pessoal

manifestará autodisciplina, pureza, integridade e amor cristão, em todas as relações que tem com os outros. O discipulado é completo.

As exigências do discipulado cristão estão baseadas no reconhecimento da so-berania de Cristo, relacionam-se com a vida em um todo e exigem obediência e

devoção completas.

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Vimos que exem plo é agir como Jesus Cristo agiria em determinadas situações do nosso dia-a-dia. Modelo vem de molde, o nosso molde é Jesus. Somos moldados por Deus através do Espírito Santo na forma de Cristo. “ Efé-sios 4:13 Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura com-pleta de Cristo,” Esse modelo que Jesus nos dei-xou pode e deve ser seguido para que sejamos cristãos autênticos. Ser cristão não é fácil. O cristianismo que Jesus trouxe a nós é simples basta seguir o modelo.

CONCLUSÃO O exemplo e modelo de cristão é algo que precisa ser colocado em prática. No amor de Cristo. Podemos servir de mode lo ou exemplo. Somos chamados para ser vasos de honra. Precisamos nos apresentar a Deus como obreiros aprovados e sem nada do que se envergonhar. Terminamos o estudo de hoje refletindo no texto da segunda carta de Paulo a Timóteo 2:19-26. Sejamos vasos de honra.

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03 FERMENTO DO CRISTÃO

I Pedro 2:15-1615 - Porque assim é a vontade

de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos

homens insensatos;16 - Como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de

Deus.

SEG Js 24.15; 1Pe 2.15,16; Lc 20.25

TER Dn 3.15-18; Lc 20.25; QUA At 4.9-20; 5.29QUI Sl 119.89; Hb 1.1

SEX Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45

SAB Jo 10.35; Rm 3.2; DOM 1Pe 1.25; 2Pe 1.21

Quando falamos em fermento logo pensamos em algo que traz crescimento, robustez e uma boa aparência. Ima-

ginemos um pão sem fermento, não deve ser muito agradável de comer, vis-to que perde sua característica de pão. Vira qualquer outra coisa menos pão. Assim caminha nossa vida cristã. Existe alguns elementos que nos servirão de fermento visando nosso crescimento como homem na presença de Deus.

O Espírito Santo de Deus

O Espírito Santo é uma pessoa e como tal quer se relacionar conosco como uma. Então nossa preocupação máxima não será mais como nos apos-sar do Espírito para realizar alguma coi-sa, mas sim em como nos entregarmos a Ele para que realize, por nosso meio, a sua obra.

Langston sobre esta questão diz o seguinte: “Há grande diferença entre a ideia de fazermos muita coisa por meio do Espírito Santo e da que o Espírito San-to operar maravilhas por nosso meio”. Ele prossegue dizendo que a primeira ideia é dos povos antigos que queri-am que seus deuses os ajudassem em todo e qualquer empreendimento. O Espírito não se agrada disso, pecamos quando agimos assim. Isso nos remete aos dias de hoje onde “igrejas” surgem manipulando o sagrado, pois somos homens místicos e tudo e qualquer coisa que nos remete ao mítico nos as-sombra, no sentido de nos fazer ficar maravilhados, e por isso não é admirar que tantos seguem por esses cami-nhos, deixando de lado o Deus verda-deiro para adorar uma caricatura.A questão é: Como o Espírito pode ter mais de nós para realizar a sua obra de transformação no mundo? Em nossa

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cooperação. O Espírito ilumina os ho-mens e os capacita a compreenderem a verdade divina. Não somos nós que escolhemos Jesus é Ele que nos esco-lhe através de seu sacrifício na cruz, Ele nos escolhe. O Espírito Santo é o único que convence o homem de seu pecado e o leva até ao conhecimento de Cristo.

AS ESCRITURAS Outro elemento importante no crescimento do cristão é a palavra de Deus, as escrituras. Não pode existir na vida da igreja ne nhum outro manda-mento ou livro que seja mais importante do que a Biblia, ela tem que ser a regra de fé e pratica. Assim diz um dos docu-mentos importantes dos batistas (De-claração Doutrinaria):“A Bíblia é a Palavra de Deus em lin-guagem humana. É o registro da reve-lação que Deus fez de si mesmo aos homens. Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens inspira-dos e dirigidos pelo Espírito Santo. Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação,edificar os crentes e promover a glória de Deus. Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de erro, e por isso é um perfeito tesouro de instrução divina. Revela o destino final do mundo e os critérios pelo qual Deus jul gará todos os homens. A Bíblia é a autoridade úni-ca em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutri-nas e a conduta dos homens. Ela deve ser interpretada sempreà luzdapes-

soa e dos ensinos de Jesus Cristo.”Ressaltei algumas partes pois são im-portantes. A parte subli nhada é um im-portante fator para determinar quem são os cristãos sinceros que querem viver piedosamente. Vivemos em uma sociedade considerada pós-moderna, com seus absolutos inexistentes, não exis te uma verdade única, apenas a in-terpretação de cada um sobre qualquer fato. E esse pensamento invadiu a igre-ja de tal forma que é impossível re-verter o qua dro a não ser que olhemos para a Bíblia e nos calemos quando ela for procla mada!O segundo ponto, a parte em negrito é um alerta quanto aos modismos de nossa época sobre o fato de ser igreja. Cristo veio e renovou o antigo pacto, precisamos analisar algumas questões que acontecem hoje em dia na igreja e testificá-las com os mandamentos de Jesus. Existe muito abuso acontecendo que era da antiga aliança e está sendo posta sobre nós, e esse encargo Cristo já retirou de sobre nós.Que as escrituras sejam nossa bússola e nosso pão diário.

Liberdade religiosa O que teria este ponto a ver com o fermento em nossa vida? Algo importantíssimo para todo cristão. A sua consciência. Uma vida regrada pela leitura da palavra de Deus e a un-ção do Espírito Santo tem que se firmar em uma consciência devotada a Deus. “Deus e somente Deus é o Senhor da

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consciência. A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais do homem, inerente à suanaturezamoral e espi-ritual. Cada pessoa tem o direito de cultuar a Deus, segundo os ditames de sua consciência, livre de coações de qualquer espécie.” Quando nossa consciência é ferida e não há paz no coração quanto ao que está sendo imposto ou acon-tecendo é impossível cultuar a Deus. Paulo já disse aos romanos que é preci-so entregar um culto racional, sacrifício vivo diante de Deus.

Conclusão O nosso crescimento é um conjunto de fatores muito maiores do que está exposto aqui. Não podemos nos ater a somente isso. Mas podemos começar a crescer com esses aspectos que nos foram ensinados.

O QUE DIZ NOSSA DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIAI- Escrituras Sagradas

A Bíblia é a palavra de Deus em linguagem humana. É o registro da reve-lação que Deus fez de si mesmo aos homens. Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo. Tem

por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar os crentes, e promover a glória de Deus. Seu conteúdo é a verdade,

sem mescla de erro, e por isso é um perfeito tesouro de instruçãodivina. Revela o destino final do mundo e os critérios pelo qual Deus julgará todos os homens. A Bíblia é a autoridade única em matéria de religião, fiel

padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a conduta dos homens. Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus

Cristo.

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04 SEGUIR JESUS É

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os

em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.

Mateus 28. 19-20

SEG Mt 28.19,20; Jo 17.30TER At 1.8; 13.2,3QUA Lc 24.46-49; Jo 17.20QUI Rm 10.13-15SEX Mt 11.29,30; Jo 13.14-

17SAB Jo 14.26; 1Co 3.1,2DOM 2Tm 2.15

Seguir a Jesus é andar nos passos que ele andou, no mesmo ritmo e no mesmo compasso. Fazer diferente do que ele fez ou mes-

mo não fazer nada é seguir na direção contrária do que ele pede para nós...vejamos a orientação de Jesus:

E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as

nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho

mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.

Amém. Mateus 28. 18-20 A missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando à reconciliação do homemcom Deus. É dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as igrejas pro-clamar, pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do Evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo

emtodasasnações,cabendoàs igre-jas batizá-los ensiná-los a observar todas as coisas que Jesus ordenou. A res ponsabilidade da evangelização estende-se até aos confins da terra e por isso as igrejas devem promover a obra de missões, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua seara.Esse terceiro parágrafo é a declaração doutrinária batista. A ênfase em mis-sões não é algo que vamos fazer se der tempo e sim é o principal. É através da evangelização que trazemos o reino de Deus até nós, pois uma vez anun-ciado o evangelho a todas as nações Cristo virá como redentor de sua noiva e iremos viver a eternidade com Ele no novo céu é na nova terra. Aleluia!

Missões Missões, como usamos o termo, é a extensão do propósito redentor de

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Deus através do evangelismo, da edu-cação e do serviço cristão além das fronteiras da igreja local. As massas perdidas do mundo constituem um desafio comovedor para as igrejas cris-tãs. Uma vez que os batistas acreditam na liberdade e competência de cada um para as próprias decisões, nas questões religiosas, temos a respon-sabilidade perante Deus de assegurar a cada indivíduo o conhecimento e a oportunidade de fazer a decisão certa. Estamos sob a determinação divina, no sentido de proclamar o evangelho a toda a criatura. A urgência da situação a tual do mundo, o apelo agressivo de cren-ças e ideologias exóticas, e nosso in-

teresse pelos transviados exigem de nós dedicação máxima em pessoal e di nheiro, a fim de proclamar a reden-ção em Cristo, para o mundo todo. A cooperação em missões mundiais é imperativa. Devemos utilizar os meios ànossadisposição,inclusiveosdeco-municação em massa, para dar o Evan-gelho de Cristo ao mundo. Não deve-mos depender exclusivamente de um grupo pequeno de missionários espe-cialmente treinados e dedicados. Cada batista é um missionário, não importa o local onde mora ou posição que ocu-pa. Os atos pessoais ou de grupos, as atitudes em relação a outras nações, raças e religiões fazem parte do nosso testemunho favorável ou contrário a

XIII- Evangelização e MissõesA missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando àreconciliaçãodohomemcomDeus.1ÉdeverdetododiscípulodeJesus

Cristo e de todas as igrejas proclamar, pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo emtodasasnações,cabendoàsigrejasbatizá-losaobservartodasascoisas

que Jesus ordenou.2 A responsabilidade da evangelização estende-se até aos confins da terra e por isso as igrejas devem promover a obra de missões,

rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua seara.31 Mt 28.19,20; Jo 17.30; At 1.8; 13.2,32 Mt 28.18-20; Lc 24.46-49; Jo 17.20

3 Mt 28.19; At 1.8; Rm 10.13-15

O QUE DIZ NOSSA DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIA

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Cristo, o qual, em cada esfera e relação da vida, deve fortalecer nossa procla-mação de que Jesus é o Senhor de to-dos. As missões procuram a extensão do propósito redentor de Deus em toda parte, através do evangelismo, da educação, e do serviço cristão e exige de nós dedicação máxima. Missão e evangelismo é um principio assim como, de uma forma indireta, um comissionamento de Je-sus para cumprimos o seu ide. Muito mais do que doar para as campanhas é orar pelos missionários, adotar um missionário em oração e sustento. É colaborar de forma direta (oração) e indireta (contribuição) na obra missionária.

Conclusão

Seja doando, indo ao campo, orando, sempre o mais importante é o envolvimento na obra missionária pois se um dia a mensagem chegou até nós foi porque alguém deu a vida, não no sentido literal, mas o sentido de que teve que abrir mão dos prazeres da época, para que o evangelho chegasse até você. Que nossa retribuição não seja menor do que homens e mulhe res do passado fizeram por nós.

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05 A IGREJA E O REINO DE

DEUSDe sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a

sua palavra; e naquele dia agre-garam-se quase três mil almas,E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no

partir do pão, e nas orações. Atos 2:41-42

SEG Mt 4.17; Lc 17.20; 4.43TER Jo 18.36; 3.3-5QUA Mt 18.17; At 5.11QUI At 20.17-28; 1Co 4.17SEX Mt 3.5,6,13-17; Jo

3.22,23; 4.1,2SAB 1Co 11.20,23-30DOM At 2.41,42

A missão da igreja nesta terra é ser um agente da manifes-tação de Cristo no mundo em que vivemos e alcançamos.

Jesus nos deixou duas ordenanças, alias de todos os abusos que vemos na

igreja hoje e de todo distúrbio causa-do no evangelho somente o vinho e o pão ganhou um simbolismo decretado por Jesus em um momento especifico,

que a Ceia. O batismo ganha vida mas também não exis te lugar sagrado para se batizar, existe sim o momento de se entregar diante de Deus reconhecen-do suas fa lhas e que Jesus é Senhor da sua vida.

Não é necessário ser batizado para ser salvo, mas uma indicação forte que se tem a salvação é o desejo de se ba-tizar, pois é orde-nança do próprio Jesus e obedecê-lo é sempre o melhor.

CEIA DO SENHORParticipar da ceia instituída por Jesus

deveria nos causar alegria e tristeza ao mesmo tempo, no momento de ser-vir a ceia. Temos a parte de contrição

Batismo“O batismo consiste na imersão do crente em

água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e pessoal. Simboliza a morte e sepultamento do ve lho homem e a ressurreição para uma nova vida em identificação com a morte, sepulta-

mento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e também prenúncio da ressurreição dos remi-

dos.”(Declaração doutrinária dos Batistas)

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onde nos vemos miseráveis pecadores destituídos da glória de Deus e neces-sitados de um auxilio que nos venha socorrer de nossas imundícias e alegria por ver nos símbolos da ceia o cordeiro imolado, que nos resgatou e nos deu vida, trazendo a nós esperança de uma vida na vida após a vida, ou seja, mes-mo a morte chegando perto de nós, continuaremos com nossa vida além do fim.É maravilhoso quando se medita em cada aspecto do evangelho, é gracioso

a ceia do Senhor e ins pirador partici-par da ceia, pois é nela que lembramos que Jesus se fez sacrifício por nós.

CONCLUSÃOA igreja proclama o reino de Deus vi-vendo as palavras de Jesus aqui nesta terra, obedecendo aos seus manda-mentos, pro clamando vida onde há morte. E uma das formas de sempre nos lembrar-nos disso é no memo-rial da ceia do Senhor e batismo. Pois além de ser uma ordenança do nosso

Se nhor Jesus é o simbolismo demons-trando vida nos seus significados.

“O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Jesus Cristo, sendo ambas de natureza simbólica. A ceia do Senhor é uma cerimônia da igreja reunida, comemorativa e proclamadora da morte

do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por meio dos elementos utilizados: O pão e o vinho. Nesse memorial o pão represen-ta seu corpo dado por nós no Calvário e o vinho simboliza o seu sangue derramado. A ceia do Senhor deve ser celebrada

pelas igrejas até a volta de Cristo e sua celebração pres-supõe o batismo bíblico e o cuidadoso exame íntimo dos

participantes.” (Declaração doutrinária dos Batistas)

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06 MORDOMIA CRISTÃ

Salmo 24:1-2Ao Senhor Deus pertence o mundo e tudo que nele existe; a terra e todos os seres viventes. O senhor

construiu a terra sobre os mares e pôs os seus ali cerces nas profun-

dezas do oceano.

SEG Gen.1:1 e Gen. 14:17-20TER I Cr. 29:14-16 ;Tg. 1:17QUA Gen. 1:27; I Co 6 :19 –

20QUI MT. 25:14-30SEX Rm 1:14; I Co 9:16SÁB Pv 3:9-10 ; Ml 3: 8-12DOM At 11:27-30; Fp 4:10-18

Introdução Mordomia é a doutrina bíblica que reconhece Deus como criador, senhor e dono de todas as coisas. O conceito de mordomia é a palavra mordomo em português vem do latim major domos, que tem a mes-ma acepção do grego oikonomos (oiko = casa e nomos = governo). Major ou mor em latim é “maior”, “principal” e domus casa, a casa é tudo que contém e significa. Assim, mordomo é o prin-cipal servo, que administra a casa do senhor.

I – Deus é o Senhor A mordomia cristã traz como primeiro ensino é a cons ciência de que Deus é o Senhor, o dono de tudo. Cristão precisa entender que tudo per-tence ao senhor, e ele entregou aquilo que é dele para o homem administrar. Ao criar o homem, Deus estava criando

um mordomo para zelar o seu mara-vilhoso mundo. A mordomia esta no cerne (centro) do propósito de Deus para o homem integrar a própria na-tureza do homem. Deixar de reconhe-cê-la e de vivê-la, é negar e também falhar com o propósito de Deus.

II – O Mordomo presta conta, mas não é dono.

Eclesiastes: 11:9

De que prestamos contas? De tudo que fizemos aqui. Deus tem um propósito para cada bem ou valor em nossa vida. Descobrir e realizar o propósito de Deus em todos os aspec-tos da nossa vida é privilégio do mor-domo cristão. Ao nos responsabilizar a cuidar das coisas dele, nos capacitou com os dons e talentos. I Pedro 4:10.

III– Aspectos da mordomia que de-

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vemos observar. Na verdade o assunto é muito amplo, apenas estamos trabalhando a visão, é matéria para mais de um tri-mestre.

1– Mordomia do corpo Salmo 139:14-16 e Romanos 12:12

Precisamos cuidar de nós para cuidarmos das coisas de Deus. Nosso corpo pertence a Deus e só deve ser usado de acordo com a vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita, e para a sua glória que é a nossa própria glória.

2- Mordomia da vida Tiago 4:13-17

Que é vossa vida? (pergunta de Tiago). Paulo entendeu o sentido da mordomia da vida. (Filipenses 1:21 e Gálatas 2:20) para viver a mordomia cristã da vida, o mordomo cristão vive em cristo, vive a nova vida, a vida trans-formada pela fé em Jesus, de glória em glória até alcançar a plenitude na eter-nidade.

3- Mordomia do pensamento Filipenses 4:8

A mordomia do pensamento resume em não deixar que as i deias na ciência e na cultura sobreponham a fé. Conhecimento intelectual tem seu valor, mais não pode dominar nosso pensamento, a ponto de nos levar a descrer de Deus.

4 – Mordomia da palavra Provérbios 25:11

A mordomia da palavra é reconhe cer que Deus é o Senhor, o dono de nossos lábios e orar pedindo que ele nos dê sabedoria do alto, para que as nossas palavras e a nossa vida sejam sempre coerentes conforme a palavra de Deus.

5 – Mordomia da responsabilidade – Lucas 6:2 e Mateus 12:33-37

Cada cristão é responsável di-ante de Deus pela boa adminis tração e uso de todos os bens materiais colo-cados por Deus sob sua guarda, para glorificar a Deus.

6 – Mordomias do dízimo Gêneses 14:1 e Gêneses 15:6

Através de nossa fidelidade na entrega sistemática dos nossos dízi-mos demonstramos a nossa fé em Cris-to ao mesmo tempo em que se torna um canal de bênção para o mundo a exemplo de Abraão o “pai da fé”.

7 – Mordomia dos objetivos Mateus 28:16-20

A mordomia dos objetivos esta relacionada com todos os trabalhos da sua igreja, cada cristão deve estar pessoalmente envolvido em todos os objetivos da igreja. 1° Adoração, 2° Evangelismo, 3° Missões, ensino e ação social.

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8 -Mordomia da Salvação João 3:16 e Romanos 8:18-24

Através da sua palavra e da obra de Jesus Cristo na cruz, Deus cha-ma a todos os seres humanos para sal-vação, visando restaurar toda a criação, cabendo ao homem acertar, efetuar e proclamar essa salvação.

Conclusão

Tudo é de Deus. O crente per-tence a Deus porque Deus o criou e o remiu em Jesus Cristo. Pertencendo a Deus, o crente é administrador da vida, das aptidões do tempo, dos bens, da influência, das oportunidades, dos recurso naturais e de tudo o que é de Deus.

O QUE DIZ NOSSA DECLARAÇÃO.6. Autonomia da igreja local - As igrejas do Novo Testamento se ajudavam, se engajavam em projetos comuns, mas nenhu-ma igreja mandava na outra, ou interferia na outra. A maior e mais rica igreja batista vale tanto quanto a menor e mais

pobre.7. Separação entre a Igreja e o Estado - A Igreja não está

subordinada ao Estado. Ela e o Estado têm esferas diferentes. A Igreja se sujeita a leis de justiça e de bom senso. Mas ex-clama como os apóstolos: “Julgai vós se é justo, diante de

Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus” (At 4.19). Somos cidadãos como os demais e não queremos tratamento especial para nós, como também para os outros. As nossas igrejas não engordam à custa do Estado, não lhe pedem dinheiro nem be-

nesses, e também não o apoiam em busca de favores.

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07 NASCIDO PARA MORRER

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que

não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.O que é nascido da carne é carne,

e o que é nascido do Espírito é espírito.

Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.

João 3:5-7

SEG IS.53:3-12TER SL 51:5QUA EC. 3:2QUI LC 1:35SEX JO. 1:13 JO.11:50-51SAB JO 3:3-7DOM RM 3:23

Hoje estudaremos sobre Jesus o filho que nasceu para morrer. Talvez seja mórbido pensar que

alguém nasce predestinado a morrer. Iremos analisar sobre dois aspectos este tema: primeiro em relação a Je-sus Cristo que nasceu, cresceu e tinha a certeza da sua morte. Normalmente não gostamos de falar em morte e nem da morte em si, porque nós fomos criados para vivermos eternamente, porém por causa do pecado origi nal, fomos concebidos ou nas cemos como pecador. Salmos 51:5 - Eis que em ini-quidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe. E o salário do pecado é a morte. Rm. 6:23a. Desde quando Adão e Eva pecaram Deus já nos prometeu que nos daria um reden-tor, o cordeiro que iria tirar o pecado do mundo. Sabemos que o símbolo cordeiro precisaria morrer, porque era o seu sangue que purificava e purifica

ainda hoje. Isaias 53:3-12. Deus nos mostra neste texto que Jesus viria e seria o nosso renovo, cura, libertação e salvação.

NASCER DE NOVO

Quando Jesus diz a Nico demos “necessário vos é nascer de novo”. João 3:5-7; Ele estava dizendo que Nico-demos deveria nascer do alto, nascer de Deus no Espírito. Aprendemos uma grande lição nesse texto nascer de novo é morrer para a carne e é todos os dias. Precisamos entender que não tem como viver as duas naturezas, ou agradamos a carne ou espírito.

ENTENDENDO O QUE É MORRER João 11:50-51

Uma vez que Jesus morreu por nós, por que precisamos morrer?

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Porque o texto básico da lição Jesus disse que veio nos tirar do conforto e não nos dar conforto. “A vida cristã é dife rente: é mais difícil e é mais fácil. Cristo diz: “Quero tudo o que é seu. Não quero uma parte do seu tempo, uma parte do seu dinheiro e uma parte do seu traba lho: quero você. Não vim para atormentar o seu ser natural, vim para matá-lo. As meias-medidas não me bas-tam. Não quero cortar um ramo aqui e outro ali; quero abater a árvore inteira. Não quero raspar, revestir ou obturar o dente; quero arrancá-lo. Entregue-me todo o ser natural, não só os desejos que lhe parecem maus, mas também os que se afiguram inocentes – o aparato inteiro. Em lugar dele, dar-lhe-ei um ser novo. Na verdade, dar-lhe-ei a mim mes-mo: o que é meu se tornará seu.” Isso é mais difícil e mais fácil do que aquilo que todos nós tentamos fazer. Acho que você já percebeu que o próprio Cristo às vezes des creve a via cristã como algo muito difícil, às vezes como algo muito fácil. Diz: “Tome a sua cruz” - em outras pala-vras, prepare-se para ser espancado até a morte num campo de concentração. Mas, um minuto depois, diz: “Meu jugo é suave e meu fardo é leve.” Ele de fato quis dizer as duas coisas, e, se fizermos um pouquinho de esforço, veremos por que as duas são verdadeiras”. Isso é morte, renúncia.

CONCLUSÃO Meus irmãos, nós precisamos urgentemente entender o chamado

de Jesus e nascer de novo, ser gerado do alto, Deus quer transformar a nossa vida em jugo suave e nos dar um fardo leve, não necessitamos carregar um fardo tão pesado se Jesus nos oferece o dele. Deus nos convida a aprender dele, para que isso aconteça precisa-mos morrer para o mundo e viver para Deus.

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08 A GARANTIA DE VIDA ETER-

NA

Marcos 16:15-1615 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o

evangelho a toda criatura.16 - Quem crer e for bati-

zado será salvo; mas quem não crer será condenado.

SEG Gn 1.26-31; 18.22; 9.6TER Sl 8.1-9; Mt 16.26QUA Rm 5.12-19; 6.23; Ef 2.5;

Gn 3.18; Rm 8.22QUI Sl 37.39; Is 55.5; Sf 3.17SEX Tt 2.9-11; Ef 2.8,9; At

15.11; 4.12SAB Gn 12.1-3; Ex 19.5,6; Ez

36.22,23,32DOM 1Pe 1.2; Rm 9.22-24; 1Ts

1.4

Abordaremos nesta lição um assunto por demais rixoso!O cristão pode perder a sal-vação outorgada? Ou algo

que Deus lhe deu, de graça sem cobrar nada ou pedir nada em troca, pode re-tirá-lo? A salvação é por merecimento ou pelo sacri fício? Essas e muitas outras perguntas surgem na cabeça de muitos cristãos pela terra. Existem duas linhas pre-dominantes na meio cristão uma é que o cristão pode sim perder a salvação por um estado de rebeldia constante contra Deus até sua morte, ou até Cris-to voltar, a outra linha se expressa que é impossível alguém cair tendo experi-mentado a graça de Deus e a situação fica ainda mais difícil quando a bíblia descreve que o próprio Deus impede que o seus escolhidos caiam, ele os sustenta!Para responder a essas perguntas per-

correremos em nossa lição.

HOMEM Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à sua imagem econforme a sua seme lhança e disso decorrem o seu valor e dignidade.Ser pessoal e espiritual, o homem tem capacidade de perceber, conhecer e compreender, ainda que em parte, intelectual e experimentalmente, a verdade revelada, e tomar suas decisões em matéria religiosa, sem mediação, interferência ou imposição de qualquer poder humano, seja civil ou religioso.Como o homem, criado a imagem e semelhança de Deus, pode ter dado espaço ao pecado e caído de seu es-tado original? A resposta é o seu livre arbítrio! A humanidade na pessoa de Adão decidiu por si só a desobedecer a Deus. A maior exigência que Deus

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faz ao homem é a obediência. Uma vez que o homem desobedeceu a Deus e conhe ceu o mal e se tornou conhece-dor, ou apto para conhecer as coisas, faz se necessário um plano para reden-ção de sua obra prima da criação!A Bíblia relata a depravação total do homem. O homem em seu estado de pecado é impossível que por ele mesmo se volte para Deus, por isso é necessário a nossa justificação.

PECADO No princípio o homem vi via em estado de inocência e mantinha perfeita comunhão com Deus. Mas, ce-dendoàtentaçãodeSatanás,numatolivre de deso bediência contra seu Cria-dor, o homem caiu no pecado e assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado. Em consequência da queda de nossos primeiros pais, todos somos, por natureza, pecadores e incli-nados à prática domal.Todo pecadoé cometido contra Deus, sua pessoa, sua vontade e sua lei. Mas o mal prati-cado pelo homem atinge também o seu próximo. O pecado maior consiste em não crer na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, como salvador pes-soal. Como resultado do pecado, da incredulidade e da desobediência do homem contra Deus, ele está sujeito àmorteeàcondenaçãoeterna,alémde se tornar inimigo do próximo e da própria criação de Deus. Separado de Deus, o homem é absolutamente inca-paz de salvar-se a si mesmo e assim de-

pende da graça de Deus para ser salvo. O pecado em consideração simples é errar o alvo! Quando não cumprimos com aquilo que Deus já nos preestabeleceu através da sua pa-lavra ficamos em estado de rebeldia contra o nosso Criador e sustentador. É preciso arrepender-se desse estado e caminhar na direção da obediência ao pai.

SALVAÇÃO PELA GRAÇA A graça é a provisão miseri-cordiosa de Deus para a condição do homem perdido. O homem no seu es-tado natural é egoísta e orgulhoso; ele está na escravidão de Satanás e espiri-tualmente morto em transgressões epecados.Devidoàsuanaturezape-caminosa, o homem não pode salvar-se a si mesmo. Mas Deus tem uma atitude benevolente em relação a to-dos, apesar da corrupção moral e da rebelião. A salvação não é o resultado dos méritos humanos, antes emana de propósito e iniciativa divinos. Não vem através de mediação sacramental, nem de treinamento moral, mas como resultado da misericórdia e poder divi-nos. A salvação do pecado é a dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condi-cionada, apenas, pelo arrependimento em relação a Deus, pela fé em Jesus Cristo, e pela entrega incondicional a Ele como Senhor. A Salvação, que vem através da graça, pela fé, coloca o indivíduo em união vital e transformadora com

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Cristo, e se ca racteriza por uma vida de santidade e boas obras. A mesma graça, por meio da qual a pessoa alcan-ça a salvação, dá certeza e a segurança do perdão contí nuo de Deus e de seu auxílio na vida cristã. A salvação é dádi-va de Deus através de Jesus Cristo, con-dicionada, apenas, pela fé em Cristo e rendiçãoàsoberaniadivina. O aprendizado cristão inicia-se com a entrega a Cristo, como Se-nhor.Desenvolve-se à proporçãoquea pessoa tem comunhão com Cristo e obedece aos seus mandamentos. O discípulo aprende a verdade em Cristo, somente por obedecê-la. Essa obe-diência exige a entrega das ambições e dos propósitos pessoais e a obediência àvontadedoPai.Aobediência levouCristoàcruzeexigedecadadiscípuloque tome a própria cruz e siga a Cristo. O levar a cruz, ou negar-se a si mesmo, expressa-se de muitas maneiras na vida do discípulo. Este procurará primeiro, o reino de Deus. Sua lealdade suprema será a Cristo. Ele será fiel em cumprir o mandamento cristão. Sua vida pessoal manifestará autodisciplina, pureza, in-tegridade e amor cristão, em todas as relações que tem com os outros. O dis-cipulado é completo. As exigências do discipulado cristão estão baseadas no reconhecimento da soberania de Cris-to, relacionam-se com a vida em um todo e exigem obediência e devoção completas.

CONCLUSÃO A nossa salvação não é mereci-mento, não é justiça das nossas própri-as mãos foi total responsabilidade de Deus em prover o nosso cordeiro. Não merecemos tão grande salvação, mas mesmo assim Ele nos deu. Não tínha-mos condições nenhuma de chegar a até ele por isso achegou-se até a nós. Muitas perguntas ficaram sem respostas não porque não seja necessário dá-las aqui, mas não é con-veniente. Que a leitura da lição e a dis-cussão em sala de aula não seja em tor-no de quem é favor e de quem é contra a perda da salvação, mas sim, que seja em torno do quão miseráveis somos e quão bondoso Deus é, nos dando vida em Cristo Jesus.

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09 JULGAMENTO DE DEUS OU DO

HOMEM

Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes

se reis julgados, e com a me-dida com que tiverdes medi-do vos hão de medir a vós.

Mateus 7:1-2; Lucas 11:37-54

SEG MT. 25:31TER FP.2:10QUA MT.13:41QUI MT.12:36SEX LC 12:13-31SAB MT 18:15-17;MT

25:14:30DOM 2 TM 4:1

No estudo de hoje aprendere mos sobre as formas de jul gamento e como se dá o dia do juízo. Na

verdade iremos ter uma noção do que é “julgar” primeiro nós iremos tratar de um assunto que todos fazemos diaria-mente, mas que não é tarefa nossa. Se tem algo que nós fazemos e que vol-tará contudo para nós é julgar os out-ros. O texto de Mateus de 7:1-2 nos diz assim Não jul gueis, para que não sejais jul-gados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. Então se não queremos ser jul-gados não devemos julgar. O primeiro versículo não é uma proibição irrestrita ao julgamento, pois no versículo cinco vemos que quando a vida de um indi-víduo é pura, ele pode “tirar o argueiro do olho do seu irmão”, a palavra arguei-ro significa algo bem pequeno, uma partícula, enquanto que a trave é algo bem grande, isto significa que para

você julgar os atos dos outros, deve agir de maneira irrepreensível diante dos homens e de Deus, caso contrário, você estará olhando para os erros dos outros, enquanto você mesmo vive er-rando, primeiro devemos estar julgan-do a nós mesmos e depois aos outros, pois desta forma, teremos autoridade para julgar os outros, nesta questão. Caso o irmão estiver vivendo em pecado, vá primeiramente até ele e tente resolver a situação entre vocês dois, não para acusá-lo ou criar uma contenda, mais com mansidão, calma e longani midade, para que se estabeleça a paz, caso ele não te ouvir, leve outra testemunha, e caso ele não ouvir vocês dois, coloca o proble ma diante da igre-ja, no caso de ele não ouvir a igreja, ele deve ser considerado como incrédulo, e dependendo do caso até excluído da comunidade local: Mt 18:15-17

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A DIFERENÇA ENTRE JULGAR O ERRO OU A PESSOA

A bíblia nos orienta a não julgar as pessoas, mas os seus erros é bem diferente irmãos porque Paulo em sua carta aos coríntios orienta a igreja a jul gar os erros dos que estão dentro da igre ja. 1 Co 5:11-13 “ Mas, agora, vos es-crevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de jul gar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor.” Jesus em Mateus nos mostra como fazer isso. Vejamos o texto Mateus 18:15-22; 15 - Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; 16 - Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemu-nhas toda a palavra seja confirmada. 17 - E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se tam-bém não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. 18 - Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. 19 - Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. 20 - Porque, onde estiverem dois ou três reu-nidos em meu nome, aí estou eu no meio de-les. 21 - Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? 22 - Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete. Jesus nos ensina o valor de uma vida nesse texto quando julgamos a pessoa dificilmente ganhamos o irmão, mas quando julgamos o seu erro então

ganha mos um irmão por que ele será liberto desse pecado. A nossa grande dificuldade é achar que a pessoa que erra não é digna do nosso perdão, mas nós somos dignos do perdão porque não erramos como ela. Nos engana-mos, porque a bíblia diz que se não perdoarmos o nosso irmão Deus tam-bém não nos perdoa rá. Estamos aptos para julgar no nosso irmão? Temos tido um viver sem nenhuma argueiro em nossos olhos?

CUIDADO NO JULGARPv 15:28 “ O coração do justo medi ta o que há de responder, mas a boca dos perversos

transborda maldades.”; 19:2 “Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é pre-cipitado.”; Gl 6:1 “Irmãos, se alguém for

surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandu-ra; e guarda-te para que não sejas também

tentado.”; 1 Tm 5:1-2 “Não repreendas ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai;

aos moços, como a irmãos; às mulheres ido-sas, como a mães; às moças, como a irmãs,

com toda a pureza.” Devemos tomar muito cuidado quando julgamos as pessoas e não seus atos, o Senhor conhece até nossos pensamentos, e se acusarmos alguém em nosso pensamento, devemos pedir também perdão a Deus em pensamen-to, pois Deus jul ga o homem pelo seu coração: Pv 27:19 “Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim, o coração do homem, ao homem.”; Mt 15:18-19 “Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração pro-cedem maus desígnios, homicídios, adulté-rios, prostituição, furtos, falsos testemunhos,

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blasfêmias.” Assim como nosso Senhor Je-sus, devemos evitar de julgar direta-mente a causa dos outros, o nosso pa-pel é o de instruir na palavra de Deus e não o de julgar o fato em si, pois o julgamento vem da própria palavra de Deus que dá luz a outra pessoa, como no exemplo de Jesus em Lc 12:13-31

O JULGAMENTO DE DEUS. Naturalmente, o juízo final, como todas as obras externas de Deus, é obra realizada pelo trino Deus, mas a Escritura a atribui particularmente a Cristo. Cristo, em Sua capacidade me-diatária, será o futuro Juiz, Mt 25.31, 32; Jo 5.27; At 10.42; 17.31; Fp 2.10; 2 Tm 4.1. Passagens como Mt 28.18; Jo 5.27; Fp 2.9, 10, tornam mais que evi-dente que a honra de julgar os vivos e os mortos foi conferida a Cristo como Mediador. Também em Sua capaci-dade de Juiz, Cristo está salvando o Seu povo de forma suprema: Com-pletará a redenção deles, justificá-los-á pu blicamente, e removerá as últimas consequências do pecado. De passa-gens como Mt 13.41, 42; 24.31; 25.31. Jesus em Jo 5.24, “Em verdade, em ver-dade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”, claramente quer dizer, como se vê no contexto, que o crente não entrará em juízo condenatório. Às vezes, porém, se objeta que os peca-dos dos crentes, pecados perdoados, certamente não serão trazidos a públi-co naquele dia; mas a Escri tura nos

levaàcertezadequeoserão,embora,naturalmente, sejam revelados como pecados perdoados. Os homens serão julgados por “toda palavra frívola”, Mt 12.36, e pelos “segre dos dos homens”, Rm 2.16; 1 Co 4.5, e não há a mínima in-dicação de isto se restrin gir aos ímpios. Além disso, passagens como Mt 13.30, 40-43, 49; 25.14-23, 34-40, 46 eviden-ciam que os justos comparecerão ao tribunal de Cristo. CONCLUSÃO Quando julgarmos, devemos lembra que estamos julgando os er-ros da pessoa e não a pessoa, 1 Co 4:5 “Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das tre-vas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus.”, para que ela seja edificada e não humilhada, seguindo sempre a unção do espírito, para isto, devemos sempre andar no espírito, para saber, se devemos ou não agir naquele momento, pois a regra é seguir a unção, sem deixar de obedecer a palavra, quanto mais julgarmos a nós mesmos menos necessidade haverá de sermos julgados pelos outros. A razão principal de enfatizarmos um controle sobre a nossa língua, no julgamento, é porque no muito falar excedem-se as transgressões, e quem controla a sua língua controla o corpo todo, e está é a chave para controlarmos todo nos-so corpo, ou seja, andar no espírito e desta forma controlar a nossa língua : Pv 12:13 “Pela transgressão dos lábios o

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mau se enlaça, mas o justo sairá da angús-tia.”; Pv 13:3 “O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína.”; Mt 12:36-37 “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.”; Tg 3:2 “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é per-feito varão, capaz de refrear também todo o corpo.”. Todos nós prestaremos conta a Deus de nossos atos. O que palavra nos orienta é andarmos de maneira correta diante dos homens e de Deus. Cumprir a palavra é uma privilégio para nós, pois não seremos condenados pois es-tamos em Cristo, somos nova criatura. O julgamento de Deus é para nós os salvos o momento de recebermos o galardão. Não devemos nos contentar com o pouco, não devemos viver um cristianismo medíocre, por que senão como chegaremos diante de Deus? De-vemos pensar como o apóstolo Paulo Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado. 1 Coríntios 9:27

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10 MORTE, RESSUR-REIÇÃO. PRA ONDE

IREMOS NÓS?

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Mas, se o viver na carne resultar para mim em fruto do meu tra-balho, não sei então o que hei de esco-lher. Mas de ambos os lados citou em aperto, tendo desejo de partir e estar

com Cristo, por que isto é ainda melhor”(Filipenses 1:21-23).

Nosso estudo de hoje para alguns pode parecer complexo, porém procuramos expor de forma

clara e simples o que Jesus nos ensina sobre morte e ressurreição. Langston um teólogo considerado escreveu so-bre a doutrina das últimas coisas o que iremos aprender é baseado em sua in-terpretação.

MORTE FÍSICA E ESPIRITUAL A certeza que do ser humano tem é que iremos morrer um dia. Porque isso já estava determinado des-de o principio, tudo por causa do peca-do original (herdado de Adão e Eva). A morte física é a separação da alma ou espírito (que é a pessoa) do corpo. Nas Escrituras, a morte física está in-timamente relacionada com a morte espiritual ou a separação do homem de Deus. A morte física é a terminação da vida aqui na terra e é também o fim do estado de provação. “E aos homens

está ordenado morrerem uma só vez), vindo depois disso o juízo”(Hebreus 9:23-27). Na realidade, a morte do cor-po não é o começo nem o fim de uma vida, senão uma experiência na vida. Para o crente a morte se torna servos: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Mas, se o viver na carne resultar para mim em fruto do meu trabalho, não sei então o que hei de esco lher. Mas de ambos os la-dos citou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, por que isto é ainda melhor”(Filipenses 1:21-23). A vitória sobre a morte física nos está garantida pela ressurreição de Jesus. O estado intermediário é aquele que vem da morte física até a ressurreição, isto é, o estado em que o Espírito está sem o corpo. A palavra hades, que en-contramos no NT, tem, mais ou menos, a mesma significação da palavra no VT, e do termo além no português. O sentido, portanto, é além. Após a

SEG LC 16:20-25TER MT 4:17QUA MT.5:12-48QUI MT.6SEX FP 1:21-23SAB MT 22:23-33DOM MT 25:31-46

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morte física, todos vão para o além, além túmulo. Depois da morte física, o crente vai imediatamente para onde o acha Jesus. Quando fecha os o lhos neste mundo, abre-os logo no céu. O estado do justo é para consciência e de muito gozo. Notemos finalmente que este estado intermediário não é um estado final, porque o tempo entre a morte física e a ressurreição o justo não tem corpo.

RESSURREIÇÃO COMO SE DÁ? Escrevendo aos Filipenses, o apóstolo Paulo revela grande desejo de chegar à ressurreição dosmortos;istoé,àquelediaemqueháderecebero seu corpo glorificado. Com relação aos injustos tiramos as seguintes con-clusões: Que os ímpios no estado in-termediário estão em plena função da suas faculdades; que já estão sofrendo as dores do inferno, porque o ímpio, quando fechar os olhos neste mundo, os abre no inferno.”... e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, erguendo os olhos, estando em tor-mentos, viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio (Lc. 16:22,23). A pessoa de Jesus Cristo é o centro da reve lação de Deus nos homens. Sua vinda ao mun-do dividiu em duas partes a história da raça humana. A Segunda vinda de Jesus é a consequência natural da sua primeira vinda”.... Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para ti-rar os pecados de muitos, aparecerá a Segunda vez, sem pecado, aos que o

esperam para salvação”(Hb. 9:28). As Escrituras ensinam, com muita clareza, que a Segunda vinda de Jesus será exterior, visível e pessoal. A Bíblia não revela o dia ou a hora em que Jesus há de voltar a este mundo. Jesus veio, esteve na terra, foi embora, mas ainda está conosco e há de vir. Haverá também ressurreição. Não obstante o AT falar tão claramente da ressurreição, lembram de que só no NT é que encon-tramos essa doutrina perfeitamente desenvolvida. A idéia mais acentuada sobre ressurreição é a que achamos no Evangelho de João: “Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim,ainda que esteja morto; viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim; nunca morrerá; crês tu isso? (João 11:23-26). A ressurreição de Jesus é o fundamento da espe rança cristã e a garantia da ressurreição daqueles que nele crêem. Com que corpo ressuscitará o homem? O novo corpo ressuscitado não será composto da mesma matéria de que se compõe o corpo atual,porque há mui grande diferença entre a ressurreição final e o revivificamento de alguns, como Láza-ro , o filho da viúva de Naim, etc. A res-surreição final de que nos fala a Bíblia não é simplesmente o levantamento do cadáver. O novo corpo será espiri-tual. Jesus ensina que Deus será o Juiz que fará o julgamento final.

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PARA ONDE IREMOS? Mas não é somente Deus, porém Deus é Jesus Cristo. Jesus é realmente a Pessoa mais capaz para fazer este julgamento final, porque ele está não só intimamente relacionado e identificado com o homem. Jesus é o verbo, é a palavra, é a revelação de Deus encarnado. As Escrituras ensinam que todos serão julgados. O fim do juí-zofinalépôrtudoàsclaras.Oobjetivodo julgamento final não é descobrir, mas revelar.Ao céu é um lugar e este lugar pode ser aqui na terra. É uma morada perfeitamente adaptada aos salvos. O céu é descanso e alívio para os cansados; é também a realização de tudo quanto o crente almeja e é capaz de ser.O céu será também o completo aperfeiçoamento do nosso conheci-mento. É um lugar de comunhão com Deus. No céu haverá perfeita sociabili-dade e comunhão entre os remidos e com Jesus Cristo. Assim, como o céu é o gozo de tudo de que a pessoa carece para a sua felicidade, também o in-ferno é a negação de todos os bens de que ele necessita. No céu, o gozo e a felicidade são absolutos; no inferno a negação é completa. A Bíblia ensina também que a condenação é eterna

CONCLUSÃO Sabemos que todos nós mor-reremos e ressuscitaremos ao som da trombeta. Temos a certeza da segunda vinda de Jesus em glória para nos le-

var. Para onde iremos depende de como estamos nos portando aqui na terra. Para os batistas “uma vez salvo para sempre”, porém precisamos ter certeza da nossa salvação. Como vimos naliçãoàgarantiadevidaeternanosé dada, é pela fé. Se realmente somos salvo produziremos frutos dignos de arrependimento (metanóia) mudança de vida. Quando Jesus voltar pra onde você irá céu ou inferno? Pense nisto.

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11 CURA FÍSICA E ESPIRITUAL

O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar

os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração,

A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Se-

nhor. Lucas 4:18-19

Milagres, ainda são para os nos-sos dias? Está é um pergunta que tem respostas variadas.

Cura física, espiritual teve ponto alto no ministério de Jesus. Ele veio para fazer uma obra completa no homem.

OS MILAGRES DE JESUS Os feitos de Jesus na vida das pessoas foram manifestados através dos mila-gres, no sobrenatural (fenômenos) e também nas curas física e espiritual.Os milagres de JesusOs evangelhos registra cuidadosa-mente os milagres de Jesus não desta-caremos todos, mas alguns para serem conferidos. No evangelho de João ve-mos:• PERÍODO INICIAL DO BATIS-MO ATÉ A CHAMADA DOS PRIMEI-ROS DISCÍPULOS.1- A água feita de vinho – João 2:1-122- A purificação do templo – João

2:13-22• PrimeiroperíododoministérioGalileu. 1- A pesca maravilhosa – Lucas 4:28-302- A cura do endemoniado – Mar-cos 1:23-263- A cura da sogra de Pedro – Ma-teus 8:14-154- A cura de muitos enfermos – Mateus 8:16-17; Marcos 1:32-34; Lucas 4:40-415- A cura do leproso – Mateus 8:2-4; Marcos 1:40-45; Lucas 5:12-14 6- A cura do paralitico de cafar-naum – Mateus 9:2-8; Marcos 2:1-12; Lucas 5:17-26• SEGUNDO PERÍODO NOMINISTÉRIO GALILEU1- Cinco mil pessoas alimentadas – Mateus 14:13-21; marcos 6:30-44; Lu-cas 9:10-17; João 6:1-132- JESUS ANDA SOBRE AS

SEG JO.12:1-12TER JO 12:13-22QUA LU 4:28-30QUI MT.12:36SEX LC 12:13-31SAB MT 18:15-17;MT

25:14:30DOM 2 TM 4:1

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ÁGUAS – Mateus 14:22-34; Marcos 6:45-53; Lucas 9:10-17; João 6:1-133- A filha da Sírio fenícia– Mateus 15:21-28; Marcos 7:24-304- O surdo mudo – Marcos 7:31-375- A cura dum cego – Marcos 8:22-266- A moeda na boca do peixe – Mateus 17:24-27

MINISTÉRIO NA JUDÉIA E PEREIA 1- O homem nascido cego – João 9:1-42- A Mulher enferma – Lucas 13:10-173- O homem hidrópico Lucas 14:1-64- A ressurreição de Lázaro – João 11:1-45• ÚLTIMASEMANA1- A figueira amaldiçoada – Ma-teus 21:18-222- A orelha de Malco – Mateus 26:50-51; Marcos 14:47; Lucas 22:49-52• DEPOIS DA RESSURREIÇÃO1- A grande pesca – João 21:6-11 Os milagres estão na Bíblia, como podemos ver tanto no velho testamento como também depois da morte e ressurreição de Jesus, pelos apóstolos registrado no livro de Atos. No velho testamento começando pelo livro de Gênesis e outros que merece ser pesquisados pelos crentes. Em Atos dos apóstolos eles são evidentes:A cura de um coxo: atos 3:1-10A morte de Ananias e safira – Atos 5:5-10

Enfermos curados – Atos 5:16Apóstolos tirados da prisão – Atos 5:19Milagres de Estevão - Atos 6:8A cegueira de Saulo – Atos 9:3A cura de Enéias – Atos 9:34 e muitos outros.

O PORQUÊ DOS MILAGRES? Nenhum fato registrado nas escrituras é fora de propósito. Os mi-lagres aconteceram e acontecem para mostrar o cuidado de Deus para conos co, o poder e o desejo dele para cada pessoa. O investimento de Deus na vida do homem é num todo, mas principalmente na cura da alma. Nas realizações dos milagres relacionado a cura, Jesus ministrou a cura espiritual. Os milagres são para manifestação do poder de Deus. Se através de Jesus somos curados daquilo que é físico muito mais a questão espiritual. Eles aconteceram para que possamos crer em Jesus como o único salvador.

CONCLUSÃO Ao destacarmos os milagres de Jesus não podemos desvirtuar a men-sagem principal, Jesus cura, liberta, mas a prioridade é tratar a alma. Per-doar os pecados e salvar o individuo. Não podemos negar o poder de Jesus nos outros aspectos, mais não é o foco maior. O que ele deseja é salvar o peca-dor para isto Ele veio. Lucas 19:10 - Porque o Fi lho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

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12 PRÓXIMO DO FIM, UM NOVO

COMEÇO

E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comi-

go no Paraíso.Lucas 23:43

SEG Rm. 5:12; 6;I Cor. 15:21,26;

TER Heb. 9:27 ;II Tm. 2:11QUA Lc. 16:19-31; 23:39-46; QUI I Co. 15:18-20; 5:10; ;I

Ped. 3:18; Ap. 14:13SEX Luc. 16:19-31; SAB Êx. 22:18; Lv. 19:31;

20:6,27;DOM Jo 3:18; 3:36;

Hb. 3:13

No estudo de hoje queremos con-vidá-lo a pensar sobre o novo começo. Temos vivi do como se

fôssemos passar a eternidade aqui na terra, mas a palavra de Deus nos diz o contrário. Vejamos o texto Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. João 14:2-3.

PRÓXIMO DO FIM Na declaração de fé da CBB vemos o que nós os batistas acredita-mos ser o sinal do fim dos tempos, mas não no estudo de hoje que abordare-mos sobre este assunto. O que você conside ra como fim? Fim é: _________________________________________________________Entendemos o que é fim no dia-a-dia. Agora o que significa fim na vida espiri-

tual?________________________________________________________________________________________________Observando o texto de Mateus 24 e 25 poderíamos dizer que estamos próximo de que fim? É sobre isso que precisamos aprender. Ficamos tão en-volvidos em comprar, vender, traba-lhar, viver, adquirir, conquistar e etc, que não paramos pra pensar no que consiste a nossa vida tão passageira. Tiago 4:14 agora estamos aqui, mas daqui a um segundo não sabemos. Então por que estamos fazendo o con-trário do que Jesus disse? Mt 6:33. Por que querer tanto riquezas materiais?Estamos chegando ao final que Jesus nos alertou a mais de 2000 anos atrás e parece ser tão longe esse fim. Já parou pra pensar em tudo que tem ocorrido a sua volta? Jesus, porém, lhes disse: Não ve-des tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja

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derrubada.E, estando assentado no Monte das Olivei-ras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a mui-tos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores. Mateus 24:2-8 Jesus chamou atenção dos dis-cípulos para o que estava acontecendo a sua volta. E disse ainda não é o fim. Estamos preparados para o fim? O que é o fim? A nossa vida na terra é finita. Salmos 91. Não podemos viver como se houvesse amanhã. O dia de amanhã não sabemos o que vai acontecer es-teja preparado para o AGORA.

UM NOVO COMEÇOOs seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se? E Jesus, olhan do para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível. Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos? E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.E todo aquele que tiver dei xado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna. Porém, muitos primeiros serão os derradei-

ros, e muitos derradeiros serão os primeiros. Mateus 19:25-30. No texto básico da lição de hoje Jesus diz ao ladrão: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. Enquanto aqui estivermos te-mos a oportunidade de ter um novo começo. Quando Jesus diz a Nicode-mos: Necessário vos é nascer de novo. João 3:7. Ele estava dizendo você tem uma chance de vida eterna. Nascer de novo. O fim dos tempos é algo visível. Nunca vimos tanta apostasia (pes-soas abandonando a sua fé) como nos dias atuais. Por isso é tão importante conhe cermos no que creem os batistas e o porquê, para mantermos firmes na palavra de Deus. Aquele que crê no Fi-lho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece. João 3:36 A cada dia temos a oportuni-dade de transformar as nossas vi das de acordo com a vontade de Deus. Temos opção de mudança ou continuar vi-vendo fora da vontade como o rico da parábola. Para que a sua vida tenha um novo começo é necessário tomar uma decisão todos os dias de abrir mão da sua vontade, planos e conquistas e dar lugar ao Deus que pode garantir vida nova.

FIM DA LEI INÍCIO DA GRAÇA“olho por olho, dente por dente”. Essa lei foi substituída pela nova aliança, que traz vida e justifi-

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cação. A graça de Deus é o que justifica a nossa certeza de um novo começo. Graça Significa favor no A.T., mas no novo é aquele favor que o homem não merece, mas que Deus livremente lhe concede. Algumas vezes contrasta com a lei e também exprime a corrente de misericórdia divina, pelo qual nós somos salvos. Gl. 1:15; Ef. 2:8; Rm 3:24; 1 Co 15:10; 2Co 12:9Só podemos ter um novo começo através da graça de Deus. Por mais

que façamos muitas coisas boas, não é suficiente para conseguirmos a vida eterna.

CONCLUSÃO Somos servos de um Deus que nos garante oportunidade de transfor-mação Ele nos convida a ouvir o que diz a tua palavra. Quando Jesus ora ao pai ele diz: E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; João 17:20 Ele pensou em nós. O que você tem dado prioridade. Já parou pra pensar se você terá um novo começo quando chegar o fim? E a vida eterna é

esta: que te conheçam, a ti só, por úni-co Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. João 17:3

O QUE DIZ A DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIATodos os homens são marcados pela finitude, de vez que, em conseqüência do pecado, a morte se estende a todos (1). A Pa-lavra de Deus assegura a continuidade da consciência e da

identidade pessoais após a morte, bem como a necessidade de todos os homens aceitarem a graça de Deus em Cristo enquanto

estão neste mundo (2). Com a morte está o destino eterno de cada homem (3). Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras

chamam “dormir no Senhor”(4). Os incrédulos e impenitentes en-tram, a partir da morte, num estado de separação definitiva de Deus (5). Na Palavra de Deus encontramos claramente expressa

a proibição divina da busca de contato com os mortos, bem como a negação da eficácia de atos religiosos com relação aos que já

morreram (6).

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ESTUDOS ADICIONAISPRINCÍPIOS

BATISTA

A AUTORIDADE1- CRISTO COMO SENHORA fonte suprema da autoridade cristã é o Senhor Jesus Cristo. Sua soberania emana da eterna divindade e poder – como o unigênito filho do Deus Supremo – de sua redenção vicária e ressurreição vitoriosa. Sua autoridade é a expressão de amor jus-to, sabedoria infinita e santidade divina, eseaplicaàtotalidadedavida.Delapro-cede a integridade do propósito cristão, o poder da dedicação cristã, a motivação da lealdade cristã. Ela exige a obediência aos mandamentos de Cristo, dedicação ao seu serviço, fidelidade ao seu reino e amáximadevoçãoàsuapessoa,comooSenhor vivo.A suprema fonte de autoridade é o Senhor Jesus Cristo, e toda a esfera da vida está su-jeitaàsuasoberania.

2- AS ESCRITURASA Bíblia fala com autoridade porque é a palavra de Deus. É a suprema regra de fé e prática porque é testemunha fidedigna e inspirada dos atos maravilhosos de Deus através da revelação de si mesmo e da re-denção, sendo tudo patenteado na vida, nos ensinamentos e na obra salvadora de Jesus Cristo. As Escrituras revelam a mente de Cristo e ensinam o significado de seu domínio. Na sua singular e una revelação da vontade divina para a humanidade, a Bíblia é a autoridade final que atrai as pessoas a Cristo e as guia em todas as

questões de fé cristã e dever moral. O indi-víduo tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bíblia, com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o sig-nificado de sua mensagem através de pes-quisa e oração, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instrução. A Bíblia como revelação inspirada da vontade divina, cumprida e completada na vida e nosensinamentos de Jesus Cristo é a nossa re-gra autorizada de fé e prática.

3- O ESPÍRITO SANTOO Espírito Santo é a presença ativa de Deus no mundo e, particularmente, na ex-periência humana. É Deus revelando sua pessoa e vontade ao homem. O Espírito, portanto, é a voz da autoridade divina. É o Espírito de Cristo, e sua autoridade é a vontade de Cristo. Visto que asEscrituras são produto de homens que, ins pirados pelo Espírito, falaram por Deus, a verdade da Bíblia expressa a vontade do Espírito, compreendida pela iluminação do mesmo. Ele convence os homens do pecado, da justiça e do juízo, tornando, as-sim, efetiva a salvação individual, através da obra salvadora de Cristo. Ele habita no coração do crente, como advogado perante Deus e intérprete para o homem. Ele atrai o fiel para a fé e a obediência e, as-sim, produz na sua vida os frutos da santi-dade e do amor.O Espírito procura alcançar vontade e propósito divinos entre os homens. Ele dá aos cristãos poder e autoridade para o trabalho do reino e santifica e preserva os redimidos, para o louvor de Cristo; exige umasubmissão livreedinâmicaàautori-dade de Cristo, e uma obediência criativa efielàpalavradeDeus.O Espírito Santo é o próprio Deus revelan-do sua pessoa e vontade aos homens. Ele,

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portanto, interpreta e confirma a voz da autoridade divina.

O INDIVÍDUO1- SEU VALOR

A Bíblia revela que cada ser humano é cri-adoàimagemdeDeus;éúnico,preciosoe insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa é moralmente responsável perante Deus e o próximo. O homem, como indi-víduo, é distinto de todas as outras pes-soas. Como pessoa, ele é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo.A Bíblia revela que Cristo morreu por to-dos os homens. O fato de ser o homem criadoàimagemdeDeus,edeJesusCris-to morrer para salvá-lo, é a fonte da digni-dade e do valor humano. Ele tem direitos, outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem distinção de raça, cor, credo, ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial.Cadaindivíduofoicriadoàima-gem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita.

2- SUA COMPETÊNCIAO indivíduo,porque criadoà imagemdeDeus, torna-se responsável por suas de-cisões morais e religiosas. Ele é compe-tente, sob a orientação do Espírito Santo, paraformularaprópriarespostaàchama-da divina ao evangelho de Cristo, para a co-munhão com Deus, para crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor. Estrei-tamente ligada a essa competência está a responsabilidade de procurar a verdade e, encontrando-a, agir conforme essa desco-berta, e partilhar a verdade com outros. Embora não se admita coação no terreno

religioso, o cristão não tem a liberdade de ser neutro em questões de consciência e convicção. Cada pessoa é competente e responsável perante Deus, nas próprias decisões e questões morais e religiosas.

3- SUA LIBERDADEOs batistas consideram como inalienável a liberdade de consciência, a plena liber-dade de religião de todas as pessoas. O homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua crença; propagar e ensinar a verdade como a en-tenda, sempre respeitando direitos e con-vicções alheios; cultuar a Deus tanto a sós quanto publicamente; convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua religião; possuir proprie-dade e quaisqueroutrosbensnecessáriosàpropagaçãodesua fé. Tal liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado – nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso – é um di-reito outorgado por Deus. Cada pessoa é livre perante Deus em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como de teste-munhar sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros.

A VIDA CRISTÃ1- A SALVAÇÃO PELA GRAÇAA graça é a provisão misericordiosa de Deus para a condição do homem perdido. O homem no seu estado natural é ego-ísta e orgulhoso; ele está na escravidão de Satanás e espiritualmente morto em transgressõesepecados.Devidoàsuana-tureza pecaminosa, o homem não pode salvar-se a si mesmo. Mas Deus tem uma atitude benevolente em relação a todos, apesar da corrupção moral e da rebelião.

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A salvação não é o resultado dos méritos humanos, antes emana de propósito e iniciativa divinos. Não vem através de me-diação sacra mental, nem de treinamento moral, mas como resultado da misericór-dia e poder divinos. A salvação do pecado é a dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pelo arrependi-mento em relação a Deus, pela fé em Jesus Cristo, e pela entrega incondicional a Ele como Se nhor. A Salvação, que vem através da graça, pela fé, coloca o indivíduo em união vital e transformadora com Cristo, e se carac teriza por uma vida de santidade e boas obras. A mesma graça, por meio da qual a pessoa alcança a salvação, dá certeza e a segurança do perdão contínuo de Deus e de seu auxílio na vida cristã. A salvação é dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pela fé em Cristoerendiçãoàsoberaniadivina.

2- AS EXIGÊNCIAS DO DISCIPULADOO aprendizado cristão inicia-se com a en-trega a Cristo, como Senhor. Desenvolve-se àproporçãoqueapessoatemcomunhãocom Cristo e obedece aos seus manda-mentos. O discípulo aprende a verdade em Cristo, somente por obedecê-la. Essa obediência exige a entrega das ambições edospropósitospessoaiseaobediênciaàvontade do Pai. A obediência levou Cristo àcruzeexigedecadadiscípuloquetomea própria cruz e siga a Cristo. O levar a cruz, ou negar-se a si mesmo, expressa-se de muitas maneiras na vida do discípulo. Este procurará, primeiro, o reino de Deus. Sua lealdade suprema será a Cristo. Ele será fiel em cumprir o mandamento cristão. Sua vida pessoal manifestará autodisciplina, pureza, integridade e amor cristão, em to-das as relações que tem com os outros. O

discipulado é completo.As exigências do discipulado cristão estão baseadas no reconhecimento da sobera-nia de Cristo, relacionam-se com a vida em um todo e exigem obediência e devoção completas.

3- O SACERDÓCIO DO CRENTE Cada homem pode ir diretamente a Deus em busca de perdão, através do arrependimento e da fé. Ele não neces-sita para isso de ne nhum outro indivíduo, nem mesmo da igreja. Há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus. Depois de tornar-se crente, a pessoa tem acesso dire-to a Deus, através de Jesus Cristo. Ela entra no sacerdócio real que lhe outorga o privi-légio de servir a humanidade em nome de Cristo. Deverá partilhar com os homens a fé que acalenta e servi-los em nome e no espírito de Cristo. O sacerdócio do crente, portanto, significa que todos os cristãos são iguais perante Deus e na fraternidade da igreja local. Cada cristão, tendo acesso direto a Deus através de Jesus Cristo, é seu próprio sacerdote e tem a obrigação de servir de sacerdote de Jesus Cristo em benefício de outras pessoas.4- O CRISTÃO E SEU LAR O lar foi constituído por Deus como unidade básica da sociedade. A for-mação de lares verdadeiramente cristãos deve merecer o interesse particular de to-dos. Devem ser constituídos da união de dois seres cristãos, dotados de maturidade emocional, espiritual e física e unidos por um amor profundo e puro. O casal deve partilhar ideais e ambições semelhantes eserdedicadoàcriaçãodosfilhosnains-trução e disciplina divinas. Isso exige o es-tudo regular da Bíblia e a prática do culto doméstico. Nesses lares o espírito de Cris-

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to está presente em todas as relações da família. As igrejas têm a obrigação de pre-parar jovens para o casamento, treinar e auxiliar os pais nas suas responsabilidades, orientar pais e filhos nas provações e cri-sesdavida,assistiràquelesquesofrememlares desajustados, e ajudar os enlutados e encanecidos a encontrarem sempre um significado na vida. O lar é básico, no propósito de Deus, para o bem-estar da humanidade, e o desenvolvimento da família deve ser de supremo interesse para todos os cristãos.

5- O CRISTÃO COMO CIDADÃO O cristão é cidadão de dois mun-dos – o reino de Deus e o estado político –edeveobedecerà leidesuapátriater-rena,tantoquantoàleisuprema.Nocasode ser necessária uma escolha, o cris-tão deve obedecer a Deus antes que ao homem. Deve mostrar respeito para com aqueles que interpretam a lei e a põem em vigor, e participar ativamente na vida social, econômica e política com o espírito e princípios cristãos. A mordomia cristã da vida inclui tais responsabilidades como o voto, o pagamento de impostos e o apoio àlegislaçãodigna.Ocristãodeveorarpe-las autoridades e incentivar outros cris-tãos a aceitarem a responsabilidade cívica, comoumserviçoaDeuseàhumanidade.O cristão é cidadão de dois mundos – o reino de Deus e o estado – e deve ser obe-dienteàleidoseupaístantoquantoàleisuprema de Deus.

A IGREJA1- SUA NATUREZA

No Novo Testamento o termo igre-ja é usado para designar o povo de Deus na sua totalidade, ou só uma assembleia

local. A igreja é uma comunidade fraterna das pessoas redimidas por Cristo Jesus, divinamente chamadas, divinamente cria-das, e feitas uma só debaixo do governo soberano de Deus. A igreja como uma entidade local – um organismo presidido pelo Espírito Santo – é uma fraternidade de crentes em Jesus Cristo, que se batiza-ram e voluntariamente se uniram para o culto, estudo, a disciplina mútua, o serviço e a propagação do evangelho, no local da igreja e até os confins da terra.A igreja, no sentido lato, é a comunidade fraterna de pessoas redimidas por Cristo e tornadas uma só na família de Deus. A igreja, no sentido local, é a companhia fraterna de crentes batizados, voluntaria-mente unidos para o culto, desenvolvi-mento espiritual e serviço.

2- SEUS MEMBROS A igreja, como uma entidade, é uma companhia de crentes regenerados e batizados que se associam num con-ceito de fé e fraternidade do evangelho. Propriamente, a pessoa qualifica-se para ser membro de igreja por ser nascida de Deus e aceitar voluntariamente o batismo. Ser membro de uma igreja local, para tais pessoas, é um privilégio santo e um dever sagrado. O simples fato de arrolar-se na lista de membros de uma igreja não torna a pessoa membro do corpo de Cristo. Cui-dado extremo deve ser exercido a fim de que sejam aceitas como membros da igre-ja somente as pessoas que dêem evidên-cias positivas de regeneração e verdadeira submissão a Cristo. Ser membro de igreja é um privi-légio, dado exclusivamente a pessoas regene radas que voluntariamente acei-tam o batismo e se entregam ao discipu-

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lado fiel, segundo o preceitocristão.

3- SUAS ORDENANÇAS O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja. São sím-bolos, mas sua observância envolve fé, exame de consciência, discernimento, confissão, gratidão, comunhão e culto. O batismo é administrado pela igreja, sob a autoridade do Deus triúno, e sua forma é a imersão daquele que, pela fé, já recebeu a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Por esse ato o crente retrata a sua morte para o pecado e a sua ressurreição para uma vida nova.A ceia do Senhor, observada através dos símbolos do pão e do vinho, é um pro-fundo esquadrinhamento do coração, uma grata lembrança de Jesus Cristo e sua morte vicária na cruz, uma abençoada segurança de sua volta e uma jubilosa co-munhão com o Cristo vivo e seu povo.O batismo e a ceia do Senhor, as duas or-denanças da igreja, são símbolos da re-denção, mas sua observância envolve rea-lidades espiri tuais na experiência cristã.

4- SEU GOVERNOO princípio governante para uma igreja local é a soberania de Jesus Cristo. A au-tonomia da igreja tem como fundamento o fato de que Cristo está sempre presente e é a cabeça da congregação do seu povo. A igreja,portanto,nãopodesujeitar-seàautoridade de qualquer outra entidade religiosa. Sua autonomia, então, é válida somente quando exercida sob o domínio de Cristo.A democracia, o governo pela congre-gação, é forma certa somente à medida

que, orientada pelo Espírito Santo, provi-dencia e exige a participação consciente de cada um dos membros nas delibera-ções do trabalho da igreja. Nem a maioria, nem a minoria, tampouco a unani midade, reflete necessariamente a vontade divina. Uma igreja é um corpo autônomo, sujeito unicamente a Cristo, sua cabeça. Seu go-verno democrático, no sentido próprio, re-flete a igualdade e responsabilidade de to-dos os crentes, sob a autoridade de Cristo.

5- SUA RELAÇÃO PARA COM O ESTADOTanto a igreja como o estado são orde-nados por Deus e responsáveis perante ele. Cada um é distinto; cada um tem um propósito divino; nenhum deve trans-gredir os direitos do outro. Devem permanecer separados, mas igual-mente manter a devida relação entre si e para com Deus. Cabe ao estado o exercício da autoridade ci vil, a manutenção da or-dem e a promoção do bem-estar público.A igreja é uma comunhão voluntária de cristãos, unidos sob o domínio de Cristo para o culto e serviço em seu nome. O estado não pode ignorar a soberania de Deus nem rejeitar suas leis como a base da ordem moral e da justiça social. Os cristãos devem aceitar suas responsabilidades de sustentar o estado e obedecer ao poder civil, de acordo com os princípios cristãos. O estado deve à igreja a proteção da leie a liberdade plena, no exercício do seu ministério espiritual. A igreja deve ao es-tado o reforço moral e espiritual para a lei e a ordem, bem como a proclamação clara das verdades que fundamentam a justiça e a paz. A igreja tem a responsabilidade tanto de orar pelo estado quanto de decla-rar o juízo divino em relação ao governo, às responsabilidades de uma soberania

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autêntica e consciente, e aos direitos de todas as pessoas. A igreja deve praticar co-erentemente os princípios que sustenta e que devem governar a relação entre ela e o estado.A igreja e o estado são constituídos por Deus e perante Ele responsáveis. Devem permanecer distintos, mas têm a obriga-ção do reconhecimento e reforço mútuos, no propósito de cumprir-se a função divi-na.

6- SUA RELAÇÃO PARA COM O MUNDO Jesus Cristo veio ao mundo, mas não era do mundo. Ele orou não para que seu povo fosse tirado do mundo, mas que fosse liberto do mal. Sua igreja, portanto, tem a responsabilidade de permanecer no mundo, sem ser do mundo. A igreja e o cristão, individualmente, têm a obrigação de opor-se ao mal e traba lhar para a elimi-nação de tudo que corrompa e degrade a vida humana. A igreja deve tomar posição definida em relação à justiça e trabalharfervorosamente pelo respeito mútuo, a fraternidade, a retidão, a paz, em todas as relações entre os homens, raças e nações. Ela traba lha confiante no cumprimento fi-nal do propósito divino no mundo.Esses ideais, que têm focalizado o teste-munho distintivo dos batistas, choca-se com o momento atual do mundo e em crucial significação. As forças do mundo os desafiam. Certas tendências em nossas igrejas e denominação põem-nos em peri-go. Se esses ideais servirem para inspirar os batistas, com o senso da missão digna da hora presente, deverão ser relaciona-dos com a realidade dinâmica de todo o aspecto de nossa tarefa contínua. A igreja tem uma posição de responsabi-lidade no mundo; sua missão é para com

o mundo; mas seu caráter e ministério são espirituais.

A NOSSA TAREFA CONTÍNUA1- A CENTRALIDADE DO INDIVÍDUO Os batistas, historicamente, têm exaltado o valor do indivíduo, dando-lhe um lugar central no trabalho das igrejas e da denominação. Essa distinção, entretan-to, está em perigo nestes dias de automa-tismo e pressões para o conformismo. Alertados para esses perigos, dentro das próprias fileiras, tanto quanto no mundo, os batistas devem preservar a integridade do indivíduo.O alto valor do indivíduo deve refletir-se nos serviços de culto, no trabalho evan-gelístico, nas obras missionárias, no ensino e treinamento da mordomia, em todo o programa de educação cristã. Os progra-mas são justificados pelo que fazem pelos indivíduos por eles influenciados. Isso sig-nifica, entre outras coisas, que o indivíduo nunca deve ser usado como um meio, nunca deve ser manobrado, nem tratado como mera estatística. Esse ideal exige, an-tes, que seja dada primordial consideração ao indivíduo, na sua liberdade moral, nas suas necessidades urgentes e no seu valor perante Cristo. De consideração primor-dial na vida e no trabalho de nossas igre jas é o indivíduo, com seu valor, suas necessi-dades, sua liberdade moral, seu potencial perante Cristo.

2- CULTO O culto a Deus, pessoal ou co-letivo, é a expressão mais elevada da fé e devoção cristã. É supremo tanto em privilégio quanto em dever. Os batistas enfrentam uma necessidade urgente de melhorar a qualidade do seu culto, a fim de experimentarem coletivamente uma

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renovação de fé, esperança e amor, como resultado da comunhão com o Deus su-premo. O culto deve ser coerente com a natureza de Deus, na sua santidade: uma experiência, portanto, de adoração e con-fissão que se expressa com temor e humil-dade. O culto não é mera forma e ritual, mas uma experiência com o Deus vivo, através da meditação e da entrega pessoal. Não é simplesmente um serviço religioso, mas comunhão com Deus na rea lidade do louvor, na sinceridade do amor e na beleza da santidade.O culto torna-se significativo quando se combinam, com reverência e ordem, a inspiração da presença de Deus, a pro-clamação do evangelho, a liberdade e a atuação do Espírito. O resultado de tal culto será uma consciência mais profunda da santidade, majestade e graça de Deus, maior devoção e mais completa dedicação àvontadedeDeus.O CULTO – que envolve uma experiên-cia de comunhão com o Deus vivo e santo – exige uma apreciação maior so-bre a reverência e a ordem, a confissão e a humildade, a consciência da santidade, majestade, graça e propósito de Deus.

3- O MINISTÉRIO CRISTÃO A igreja e todos os seus membros estão no mundo a fim de servir. Em certo sentido, cada filho de Deus é chamado como cristão. Há, entretanto, uma falta generalizada no sentido de negar o valor devido à natureza singular da chamadacomo vocação ao serviço de Cristo. Maior atenção neste ponto é especialmente necessária, em face da pressão que re-cebem os jovens competentes para a es-colha de algum ramo das ciências e, ain-da mais devido ao número decrescente

daquelesqueestãoatendendoàchamadadivina, para o serviço de Cristo.Os que são chamados pelo Senhor para o ministério cristão devem reconhecer que o fim da chamada é servir. São, no sentido especial, escravos de Cristo e seus minis-tros nas igrejas e junto ao povo. Devem exaltar suas responsabilidades, em vez de privilégios especiais. Suas funções distin-tasnãovisamàvanglória;antes,sãomeiosdeserviraDeus,àigrejaeaopróximo. As igrejas são responsáveis perante Deus por aqueles que elas consa-gram ao seu ministério. Devem manter pa-drões ele vados para aqueles que aspiram à consagração, quanto à experiência eao caráter cristãos. Devem incentivar os chamados a procurarem o preparo ade-quado ao seu ministério. Cada cristão tem o dever de min-istrar ou servir com abnegação completa; Deus, porém, na sua sabedoria, chama várias pessoas de um modo singular para dedicarem sua vida de tempo integral ao ministério relacionado com a obra da igre-ja.

4- EVANGELISMO O evangelismo é a proclamação do juízo divino sobre o pecado, e das boas no-vas da graça divina em Jesus Cristo. É a res-postadoscristãosàspessoasnaincidênciado pecado, é a ordem de Cristo aos seus seguidores, a fim de que sejam suas teste-munhas frente a todos os homens. O evan-gelismo declara que o evangelho, e unica-mente o evangelho, é o poder de Deus para a salvação. A obra de evangelismo é básica na missão da igreja e no mister de cada cristão. O evangelismo, assim con-cebido, exige um fundamento teológico firme e uma ênfase perene nas doutrinas

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básicas da salvação. O evangelismo neo-testamentário é a salvação por meio do evangelho e pelo poder do Espírito. Visa àsalvaçãodohomemtodo;confrontaosperdidos com o preço do discipulado e as exigências da soberania de Cristo; exalta a graça divina, a fé voluntária e a realidade da experiência de conversão. Convites feitos a pessoas não sal-vas nunca devem desvalorizar essa rea-lidade imperativa. O uso de truques de psicologia das massas, os substitutivos da convicção e todos os esquemas vaidosos são pecados contra Deus e contra o indi-víduo. O amor cristão, o destino dos peca-dores e a força do pecado constituem uma urgência obrigatória. A norma de evangelismo exigida pelos tempos críticos dos nossos dias é o evangelismo pessoal e coletivo, o uso de métodos sãos e dignos, o testemunho de piedade pessoal e dum espírito semelhan-te ao de Cristo, a intercessão pela mise-ricórdia e pelo poder de Deus, e a depen-dência completa do Espírito Santo.O evangelismo, que é básico no ministé-rio da igreja e na vocação do crente, é a proclamação do juízo e da graça de Deus em Jesus Cristo e a chamada para aceitá-lo como Salvador e segui-lo como Senhor.

5- MISSÕES Missões, como usamos o termo, é a extensão do propósito redentor de Deus através do evangelismo, da educação e do serviço cristão além das fronteiras da igre–ja local. As massas perdidas do mundo constituem um desafio comovedor para as igrejas cristãs. Uma vez que os batistas acreditam na liberdade e competência de cada um para as próprias decisões, nas questões religiosas, temos a responsabi-

lidade perante Deus de assegurar a cada indivíduo o co nhecimento e a oportuni-dade de fazer a decisão certa. Estamos sob a determinação divina, no sentido de proclamar o evangelho a toda a criatura. A urgência da situação atual do mundo, o apelo agressivo de crenças e ideologias exóticas, e nosso interesse pelos transvia-dos exigem de nós dedicação máxima em pessoal e dinheiro, a fim de proclamar-se a redenção em Cristo, para o mundo todo. A cooperação nas missões mundiais é imperativa. Devemos utilizar os meios ànossa disposição, inclusive os de comuni-cação em massa, para dar o Evangelho de Cristo ao mundo.Não devemos depender exclusivamente de um grupo pequeno de missionários es-pecialmente treinados e dedicados. Cada batista é um missionário, não importa o local onde mora ou posição que ocupa. Os atos pessoais ou de grupos, as atitudes em relação a outras nações, raças e re-ligiões fazem parte do nosso testemunho favorável ou contrário a Cristo, o qual, em cada esfera e relação da vida, deve forta-lecer nossa proclamação de que Jesus é o Senhor de todos.As missões procuram a extensão do propósito redentor de Deus em toda parte, através do evangelismo, da educação, e do serviço cristão e exige de nós dedicação máxima.

6- MORDOMIAA mordomia cristã é o uso, sob a orien-tação divina, da vida, dos talentos, do tem-po e dos bens materiais, na proclamação do Evangelho e na prática respectiva. No partilhar o Evangelho, a mordomia en-contra seu significado mais elevado: ela é baseada no reconhecimento de que tudo o que temos e somos vem de Deus, como

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uma responsabilidade sagrada.Os bens materiais em si não são maus, nem bons. O amor ao dinheiro, e não o dinheiro em si, é a raiz de todas as espécies de males. Na mordomia cristã o di nheiro torna-se o meio para alcançar bens espirituais, tanto para a pessoa que dá, quanto para quem recebe. Aceito como encargo sagrado, o dinheiro torna-se não uma ameaça e sim uma oportunidade. Jesus preocupou-se em que o homem fosse li berto da tirania dos bens materiais e os empregasse para suprir tanto às necessidades própriascomo as alheias. A responsabilidade da mordomia aplica-se não somente ao cris-tão como indivíduo, mas, também, a cada igreja local, cada convenção, cada agência da denominação. Aquilo que é confiado aoindivíduoouàinstituiçãonãodeveserguardado nem gasto egoisticamente, mas empregado no serviço da humanidade e para a glória de Deus.A mordomia cristã concebe toda a vida como um encargo sagrado, confiado por Deus, e exige o emprego responsável de vida, tempo, talentos e bens – pessoal ou coletivamente – no serviço de Cristo.

7- O ENSINO E TREINAMENTO O ensino e treinamento são bási-cos na comissão de Cristo para os seus seguidores, constituindo um imperativo divino pela natureza da fé e experiência cristãs. Eles são necessários ao desenvolvi-mentodeatitudescristãs,àdemonstraçãode virtudes cristãs, ao gozo de privilégios cristãos, ao cumprimento de responsa-bilidades cristãs, à realização da certezacristã. Devem começar com o nascimento do homem e continuar através de sua vida toda. São funções do lar e da igreja, divi-namente ordenadas. E constituem o cami-

nho da maturidade cristã.Desde que a fé há de ser pessoal, e volun-táriacada respostaàsoberaniadeCristo,o ensino e treinamento são necessários antecipadamente ao Discipulado Cristão, e a um testemunho vital. Este fato significa que a tarefa educacional da igreja deve ser o centro do programa. A prova do ministé-rio do ensino e treinamento está no caráter semelhante ao de Cristo e na capacidade de enfrentar e resolver eficientemente os problemas sociais, morais e espirituais do mundo hodierno. Devemos treinar os in-divíduos a fim de que possam conhecer a verdade que os liberta, experimentar o amor que os transforma em servos da humanidade, e alcançar a fé que lhes con-cede a esperança no reino de Deus.A natureza da fé e experiência cristãs e a natureza e necessidades das pessoas fazem do ensino e treinamento um im-perativo.

8- EDUCAÇÃO CRISTÃ A fé e a razão aliam-se no conheci-mento verdadeiro. A fé genuína procura compreensão e expressão inteligente. As escolas cristãs devem conservar a fé e a razão no equilíbrio próprio.Isto significa que não ficarão satisfeitas senão com os padrões acadêmicos eleva-dos. Ao mesmo tempo, devem proporcio-nar um tipo distinto de educação – a edu-cação infundida pelo espírito cristão, com a perspectiva cristã e dedicada aos valores cristãos. Nossas escolas cristãs têm a res-ponsabilidade de treinar e inspirar ho-mens e mu lheres para a liderança efi-ciente, leiga e vocacional, em nossas igrejas e no mundo. As igrejas, por sua vez, têm a res ponsabilidade de sustentar

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condignamente todas as suas instituições educacionais. Os membros de igrejas devem ter interesse naqueles que ensinam em suas ins tituições, bem como naquilo que estes transmitem. Há limites para a liberdade acadêmica; deve ser admitido, entretanto, que os professores das nossas instituições tenham liberdade para erudição criadora, com o equilíbrio de um senso profundo de responsabilidade pessoal para com Deus, a verdade, a denominação, e as pessoas a quem servem.A educação cristã emerge da relação da fé e da razão e exige excelência e liberdade acadêmicas que são tanto reais quanto res ponsáveis.

9- A AUTOCRÍTICA Tanto a igreja local quanto a de-nominação, a fim de permanecerem sa-dias e florescentes, têm que aceitar a responsabilidade da autocrítica. Seria prejudicialàs igrejaseàdenominaçãosefosse negado ao indivíduo o direito de dis-cordar, ou se fossem considerados nossos métodos ou técnicas como finais ou per-feitos. O trabalho de nossas igrejas e de nossa denominação precisa de freqüente avaliação, a fim de evitar a esterilidade do tradicionalíssimo. Isso especialmente se torna necessário na área dos métodos, mas também se aplica aos princípios e práticas históricas em sua relaçãoà vida contem-porânea. Isso significa que nossas igrejas, instituições e agências devem defender e proteger o direito de o povo perguntar e criticar construtivamente. A autocrítica construtiva deve ser centralizada em problemas básicos e as-sim evitar os efeitos desintegrantes de acusações e recriminações. Criticar não

significa deslealdade; a crítica pode re-sultar de um interesse profundo do bem-estar da denominação. Tal crítica visará ao desenvolvimento àmaturidade cristã,tanto para o indivíduo quanto para a de-nominação. Todo grupo de cristãos, para conservar sua produtividade, terá que aceitar a responsabilidade da autocrítica construtiva. Como batistas, revendo o progresso realizado no decorrer dos anos, temos todos inteira razão de desvaneci-mento ante as evidências do favor de Deus sobre nós. Os batistas podem bem cantar com alegria, “Glória a Deus, grandes coisas Ele fez!” Podem eles também lembrar que aqueles aos quais foi dado o privilégio de gozar de tão alta herança, reconhecidos ao toque da graça, devem engrandecê-la com os seus próprios sacrifícios.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Teologia Sistemática Básica• Dicionário Bíblico Templus• Biblia Sagrada RC/NVI• Em que creem os Batistas• Cristianismo Puro e Simples. C.S.Lewis• Introdução Teologia Sistemática A.B.Langston• Cura Interior - Ed. Bethania, Betty Tapscott• A pessoa mais importante do mundo; Elben M. Lenz César• Estudos de Mordomia Cristã, João Falcão Sobrinho, Juerp• Crescimento na Graça de Dar, Estudos de Mordomia, Juerp• Reflexões sobre mordomia Cristã, Daniel de Oliveira Cândido• Teologia Sistemática- Wayne Grudem• Principios e a Declaração Doutrinária CBB- Juerp

Desenvolvido por: Pr. Sebastião Gomes Filho, Wallace Vieira de Jesus e Soraia Mota Correção Teológica: Pr. Sebastião Gomes Filho

Correção de português: Lucélia GonzagaEditoração gráfica: Soraia Mota

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