16
Director: Carvalho de Moura Ano XXXIII, Nº 521 Montalegre, 18.08.2017 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de A democracia pratica-se, não se prostitui A democracia é o somatório desse binómio: liberdade mais cidadania. Ou seja para que haja paz social, nas freguesias, nas vilas, nos concelhos, nas regiões, no país, na Europa e no mundo é indispensável que cada cidadão, a começar pelos políticos, cumpra aquilo que a democracia deles exige: igualdade, justiça e paz social». Barroso da Fonte P3 A Festa da Queimada dos cavaleiros templários Manuel Miranda, o barrosão emigrante na Alemanha, traz-nos de novo um trabalho que mexe com a realização cultural da Sexta Feira 13. Diz ele: «Assinalar este dia 13 de Outubro de 2017 com Dia das Bruxas é deturpar a história e investir na ignorância. (Espero que o Padre Fontes consiga desconjurar mais esta maleita). Por favor, façam a Festa mas não se esqueçam da comemoração da tragédia destes Nobres que pertenciam à Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo do Templo de Salomão. Era bom que dentro do Castelo em vez de aparecerem bruxas feias, aparecessem Cavaleiros Monges com a Cruz da Ordem dos Templários ao peito...». P4 Quem vê um povo vê o mundo todo «25 ex-presidentes de Câmara que foram condenados ou cessaram os cargos por razões jurídicas, vão dar a volta ao texto e arriscam concorrer a novo mandato, na mesma ou noutra qualquer autarquia, nas eleições de Outubro. Desses apenas Isaltino Morais cumpriu, serenamente, a pena obrigatória. Se cumpriu a pena está perdoado perante a lei. Mas até nesse caso, eticamente não lhe fica bem». E outras considerações P7 O Contrabando na Raia Portuguesa no séc. XX Jerónimo Pamplona escreve no Notícias de Barroso mais uns apontamentos neste jornal que se passam a publicar desde este número em diante. Actividade ancestral das nossas gentes que vale a pena conhecer já que fazem parte da nossa identidade. P7 Sou Muito Religioso O que temos de ser mesmo é cristãos de verdade, imbuídos do Evangelho na mentalidade e no coração, com uma postura digna de cristãos nas relações humanas, na família, no trabalho, nos negócios e restantes âmbitos da vida humana e social, não descurando, certamente, a vida litúrgica, a oração e o encontro com os outros, mas viver só isto, sem a fidelidade diária a Cristo e ao Evangelho, é uma hipocrisia inaceitável para um cristão católico». Pe Vitor Pereira Grupo Desportivo de Vilar de Perdizes Conhecer o GD de Vilar de Perdizes que sob a direcção de Márcio Rodrigues se tem imposto como uma das melhores formações nos campeonatos distritais. Com novo treinador e com alguns atletas de fora, a aposta é na equipa da anterior época. P15 As Chegas de Bois na Festa de Gralhas As Chegas de Bois decorrem com toda a normalidade. Em Montalegre, Gralhas e Vilar de Perdizes, este ano a cargo da Associação Etnográfica O Boi do Povo, todos os Domingos há Chegas de bois barrosos e de bois de outras raças. O Torneio das Chegas dos Bois barrosões já terminou com o boi de José Ladeiras de Salto a ficar Campeão 2017. Dentre os bois doutras raças e bois cruzados as Chegas estão agora mais na ordem do dia. Em Gralhas, no dia 15, Dia da Senhora, no campo da Ciada, foi agradável ver a segunda Chega que opôs dois dos melhores bois arouqueses da nossa praça. Ver mais... na P9 Carta aberta aos Barrosões Carvalho de Moura dirige-se aos barrosões com veementes críticas à gestão socialista mas também com propostas de execução retiradas do seu Plano estratégico de desenvolvimento do concelho. P5 Feira do Prémio de Montalegre

Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

Director: Carvalho de Moura

Ano XXXIII, Nº 521Montalegre, 18.08.2017

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias de

A democracia pratica-se, não se prostitui

A democracia é o somatório desse binómio: liberdade mais cidadania. Ou seja para que haja paz social, nas freguesias, nas vilas, nos concelhos, nas regiões, no país, na Europa e no mundo é indispensável que cada cidadão, a começar pelos políticos, cumpra aquilo que a democracia deles exige: igualdade, justiça e paz social». Barroso da Fonte

P3

A Festa da Queimada dos cavaleiros templários

Manuel Miranda, o barrosão emigrante na Alemanha, traz-nos de novo um trabalho que mexe com a realização cultural da Sexta Feira 13. Diz ele: «Assinalar este dia 13 de Outubro de 2017 com Dia das Bruxas é deturpar a história e investir na ignorância. (Espero que o Padre Fontes consiga desconjurar mais esta maleita). Por favor, façam a Festa mas não se esqueçam da comemoração da tragédia destes Nobres que pertenciam à Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo do Templo de Salomão. Era bom que dentro do Castelo em vez de aparecerem bruxas feias, aparecessem Cavaleiros Monges com a Cruz da Ordem dos Templários ao peito...».

P4

Quem vê um povo vê o mundo todo

«25 ex-presidentes de Câmara que foram condenados ou cessaram os cargos por razões jurídicas, vão dar a volta ao texto e arriscam concorrer a novo mandato, na mesma ou noutra qualquer autarquia, nas eleições de Outubro. Desses apenas Isaltino Morais cumpriu, serenamente, a pena obrigatória. Se cumpriu a pena está perdoado perante a lei. Mas até nesse caso, eticamente não lhe fica bem». E outras considerações

P7

O Contrabando na Raia Portuguesa no séc. XX

Jerónimo Pamplona escreve no Notícias de Barroso mais uns apontamentos neste jornal que se passam a publicar desde este número em diante. Actividade ancestral das nossas gentes que vale a pena conhecer já que fazem parte da nossa identidade.

P7

Sou Muito Religioso

O que temos de ser mesmo é cristãos de verdade, imbuídos do Evangelho na mentalidade e no coração, com uma postura digna de cristãos nas relações humanas, na família, no trabalho, nos negócios e restantes âmbitos da vida humana e social, não descurando, certamente, a vida litúrgica, a oração e o encontro com os outros, mas viver só isto, sem a fidelidade diária a Cristo e ao Evangelho, é uma hipocrisia inaceitável para um cristão católico».Pe Vitor Pereira

Grupo Desportivo de Vilar de Perdizes

Conhecer o GD de Vilar de Perdizes que sob a direcção de Márcio Rodrigues se tem imposto como uma das melhores formações nos campeonatos distritais.

Com novo treinador e com alguns atletas de fora, a aposta é na equipa da anterior época.

P15

As Chegas de Bois na Festa de Gralhas

As Chegas de Bois decorrem com toda a normalidade. Em Montalegre, Gralhas e Vilar de Perdizes, este ano a cargo da Associação Etnográfica O Boi do Povo, todos os Domingos há Chegas de bois barrosos e de bois de outras

raças. O Torneio das Chegas dos Bois barrosões já terminou com o boi de José Ladeiras de Salto a ficar Campeão 2017.

Dentre os bois doutras raças e bois cruzados as Chegas estão agora mais na ordem do dia. Em

Gralhas, no dia 15, Dia da Senhora, no campo da Ciada, foi agradável ver a segunda Chega que opôs dois dos melhores bois arouqueses da nossa praça.

Ver mais... na P9

Carta aberta aos BarrosõesCarvalho de Moura dirige-se aos barrosões com veementes críticas à gestão socialista mas também com propostas de execução retiradas do seu Plano estratégico de desenvolvimento do concelho.

P5

Feira do Prémio de Montalegre

Page 2: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 20172 BarrosoNoticias de

MONTALEGREObras no Castelo de Montalegre

A intervenção arqueológica no castelo de Montalegre começa na próxima semana, uma iniciativa que marca o arranque oficial da operação “Castelos a Norte”, anunciou hoje a Direção Regional de Cultura do Norte (DCN).

Este projeto visa intervir nos castelos raianos da região Norte: Montalegre, Monforte de Rio Livre (Chaves), Outeiro (Bragança), Mogadouro e Miranda do Douro.

A DRC Norte explicou, em comunicado, que os projetos de revitalização incidem sobretudo em ações de recuperação, divulgação e promoção turístico-cultural.

Pretende ainda “potenciar o usufruto dos monumentos pela população local e pelos turistas que acorrem à região cada vez em maior número”.

O conjunto de cinco castelos abrangidos por esta operação “constituem um valor patrimonial, histórico e artístico relevante, tendo em consideração o ponto de vista da arquitetura militar, do património ou da sua própria história, que se confunde com a história de Portugal”.

Estes monumentos foram fundados na Idade Média, no início da nacionalidade, e, para a direção regional, “tiveram um papel importante na organização territorial e na proteção da fronteira nacional”.

A DRC Norte referiu ainda que estas fortificações com origem medieval foram objeto, ao longo dos séculos, de obras de manutenção e adaptação, nomeadamente à utilização de armas de fogo a partir do século XVI com a construção de fortificações abaluartadas.

Até final do mês de agosto, irão também decorrer as operações de limpeza de vegetação nos castelos de Monforte de Rio Livre e de Outeiro, trabalhos preliminares que antecedem as intervenções previstas no âmbito da operação.

“Castelos a Norte” é um projeto cofinanciada pelo Programa Norte 2020.

Feira do Prémio” de Montalegre Integrado no programa cultural das festas do concelho, no dia dedicado ao emigrante,

teve lugar na vila de Montalegre o tradicional concurso pecuário de raça barrosã. Em desfile estiveram mais de 70 animais de excelente qualidade. Na assistência, uma grande moldura humana com centenas de

pessoas dentre elas muitos emigrantes, apreciadores do evento.À semelhança de anos anteriores, a denominada “Feira do Prémio” teve em desfile os

mais belos animais de raça barrosã do concelho, bem como de localidades vizinhas. Foi uma ocasião

obrigatória para os barrosões recuarem às memórias do passado e fazerem do presente um motivo de orgulho e vaidade com a preservação desta tradição.

No final, o juri ordenou as classificações dos animais por categorias, tendo como desfecho, os seguintes prémios:

Bois com 2º desfecho: 1.º Jorge Fernandes – Salto, 2.º Carlos Cunha – Fafe e 3.º João Campos – Salto.

Em novilhos com 2º desfecho, o 1.º prémio foi para Carlos Cunha – Fafe, 2.º Manuel carvalho – Cabeceiras de Basto e 3.º Carlos Cunha – Fafe

Novilhos com 1º desfecho: 1.º João Campos – Salto, 2.º Fernando Rodrigues – Vieira do Minho e 3.º Joana Gonçalves – Vieira do Minho

Novilhos sem desfecho (Mamotos):1.º Ricardo Cunha – Fafe, 2.º José Silva – Guimarães e 3.º José Silva – GuimarãesVacas após 2º desfecho: 1.º Narcisa Costa – Cabeceiras de Basto, 2.º João Campos – Salto e 3.º António

Fernandes – Cabeceiras de Basto Novilhas com 2º desfecho, sem parto:1.º Ricardo Cunha – Fafe, 2.º Rosalina Durão – Torrinheiras (Cab de Basto) e 3.º Carlos

Cunha – FafeNovilhas com 1º desfecho, sem parto1.º Joaquim Ferreira – Cabeceiras de Basto, 2.º Ricardo Cunha – Fafe e 3.º Joaquim

Ferreira – Cabeceiras de BastoNovilhas sem desfecho (mamotas)1.ºRicardo Cunha – Fafe, 2.º Rosalina Durão – Torrinheiras (Cabeceiras de Basto)e Carlos Cunha – Fafe

“Conversas no Barroso” no auditório municipal

O auditório da biblioteca municipal de Montalegre acolheu o projeto “Conversas no Barroso”. Uma tertúlia de poesia, romance e pintura, com os autores Irene Silva e Acácio Costa e a artista plástica Amélia Santos.

A sessão contou com alguns momentos musicais a cargo de Mariana Pedreira.

V Exposição de Carros Clássicos O Grupo de Amigos de Automóveis Clássicos de Montalegre promoveu, até dia 19,a quinta edição da “Exposição de Clássicos”, iniciativa que é apoiada pelo município

de Montalegre.

Concentração de concertinas

Um dos números que nas Festas de Montalegre suscitou curiosidade foi sem dúvida a concentração de concertinas. Este ano, o palco escolhido para as exibições foi o castelo de Montalegre junto do qual se juntaram centenas de amantes da concertina.

O desfile pelas ruas da vila barrosã foi um dos momentos que despertou maior curiosidade.

PAREDES DO RIOSegada e Malhada

A aldeia ecomuseu de Paredes do Rio realizou a tradicional segada e malhada do centeio.

Primeiro, foi a segada duma terra de centeio que pôs à prova o cortar da messe no que os mais idosos sabem fazer tal como antigamente, depois na eira de pedra a malhada teve a participação de 10 ou 12 homens, quase todos de idades bem avançadas, para bater a palha em diversas corridas até o grão sair para ser apanhado.

Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do século passado que levou a Paredes alguns curiosos.

A Associação Social e Cultural de Paredes do Rio a que preside José Carlos Moura organizou os eventos que culminaram com um almoço convívio na sede da Associação. (Ver Fotos)

TOURÉM VII Grande Prémio de Atletismo do “Encontro Tourém/Randin”

Pelo sétimo ano consecutivo, decorreu em Tourém, o Grande Prémio de Atletismo do

“Encontro Tourém/Randin”. A iniciativa desportiva que estreita laços entre os povos transfronteiriços, atraiu cerca de

300 participantes dos dois países. A atividade desportiva, que celebra o convívio e a amizade, foi mais um sucesso.

No escalão principal, a vitória voltou a sorrir a Castor Salgado, da Galiza, seguido do atleta da terra, Nuno Alves, na segunda posição.

VENDA NOVA

Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore de Barroso”. A iniciativa que junta dança e tradição, iniciou com um desfile etnográfico no coração da aldeia em direção ao palco, com a barragem como pano de fundo.

Ao grupo anfitrião, o Rancho Folclórico da Venda Nova, juntaram-se mais quatro

convidados: Rancho Folclórico Flores do Campo (Nazaré), Rancho Folclórico das Carvalheiras de Argivai (Póvoa de Varzim), Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Mafamude (Vila Nova de Gaia) e o Rancho Folclórico de S. Julião de Calendário (Famalicão).

O evento decorreu com muita animação e juntou gente do baixo barroso amante do folclore das nossas terras.

CABRIL (Gerês)Resgate nas 7 Lagoas

Uma jovem de 22 anos foi socorrida pelos bombeiros voluntários de Montalegre e de

Salto, e respetiva equipa de resgate, na zona das Sete Lagoas, na freguesia de Cabril, depois de ter escorregado e caído, ficando ferida. São situações que acontecem cada vez com mais frequência dado o aumento significativo de visitantes que não perdem oportunidade de observar este

magnífico património natural. A articulação de esforços entre os operacionais e o nível de preparação foram fundamentais para o sucesso da missão.

As belíssimas cascatas das sete lagoas, em Cabril, em pleno Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG), acolhem, por esta altura do ano, milhares de forasteiros, atraídos pelas paisagens deslumbrantes. Situadas em altitude, exigem prudência com a irregularidade e profundidade de algumas zonas, assim como nos acessos que podem manifestar-se escorregadios. Recentemente, a

articulação entre os bombeiros do concelho permitiu a realização de mais uma operação de resgate bem-sucedida. A vítima, uma jovem de 22 anos, foi assistida com rapidez pelos meios envolvidos e teve ao dispor uma equipa que apresentou um excelente nível de preparação, sobretudo no transporte, dada a distância e complexidade dos acessos ao local.

Hernâni Carvalho, comandante dos Bombeiros Voluntários de Salto, lembrou que estamos perante «operações com elevada complexidade e exigência sob o ponto de vista físico e anímico». Nesse sentido, o responsável explica que «tem sido desenvolvido um trabalho com nível de excelência» enaltecendo «a coordenação notável das equipas de bombeiros do concelho na formação e no reconhecimento do território».

Falamos de uma operação que envolveu 16 elementos no terreno. José Carlos Moura, responsável pela equipa de resgate, referiu «que está garantido o socorro nas atividades de montanha com gente preparada e com conhecimentos» alicerçada num «espirito de sacrifício e camaradagem». Uma equipa «coesa e profissional» que pretende garantir a segurança dos visitantes.

In cm-montalegre.pt

Seniores Masculinos (15 – 99 anos)1º Castor Salgado2º Nuno Alves3º Said Beckiki Seniores Femininos1º Glória Pardo2º Laura Belinda3º Marina Teles

Juniores Masculinos 1º Adrian Alonso2º João Nobre3º Tomás Nobre

Juniores Femininos 1º Vitória André2.º Belinha3º Iria Gonzalez

Prémios para os três primeiros escalões seniores:1º Prémio – 150 €, 2º Prémio – 100 € e 3º Prémio – 75 €T-shirts para todos os participantes

CLASSIFICAÇÕES

Page 3: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 2017 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

A democracia pratica-se, não se prostitui

1 - Igualdade, justiça e paz social

Este verão que nos calhou em sorte, em factos inéditos, em cambalhotas partidárias, em fenómenos contra natura, em roubos, em demagogia e em charlatanice, já deu para perceber que a democracia se arrasta, andrajosa, indigente e «mais remendada do que capa de pedinte», como a classificou Francisco Rodrigues Lobo. Fernando Pessoa identificou-a com a Pátria. E essa Pátria não se mede hoje aos palmos, porque o império que fomos, ficou reduzido ao espaço online que melhor se traduz hoje pela Lusofonia.

O latim criou um ditado popular que em português escorreito significa: a teoria sem prática é um carro sem eixo. Nos 65 anos que levo de escrita, tenho dito muitas vezes que, se tiver um acidente grave prefiro um enfermeiro com muita prática a um médico acabado de formar-se.

Quando se operou o golpe militar de 25 de Abril de 1974, gerou-se tal confusão nos Países que hoje formam a Lusofonia que, só por inspiração sobrenatural, não resultou numa guerra civil. Essa algazarra redundou no PREC, porque nem alguns daqueles que deram a cara pela revolução estavam conscientes daquilo que iria seguir-se à falta de liberdade. Quarenta e três anos depois, já quase todos sabemos o que é a liberdade e o que significa cidadania. Pareciam sinónimas, mas são antónimas. A liberdade é muito bonita, desde que a cidadania nela e por ela se concretize nas comunidades, locais, regionais, nacionais e interplanetárias. Olhemos à nossa volta. O que vemos? Os Estados Unidos a desafiar a Coreia do Norte e esta a colocar

em sobressalto os países que, por simpatia, vão ser o elo mais fraco desta caótca libertinagem. Será a força das armas a sobrepor-se à liberdade de decisão. Dessa decisão resultará a boa ou má cidadania para a mundialidade.

A democracia é o somatório desse binómio: liberdade mais cidadania. Ou seja para que haja paz social, nas freguesias, nas vilas, nos concelhos, nas regiões, no país, na Europa e no mundo é indispensável que cada cidadão, a começar pelos políticos, cumpra aquilo que a democracia deles exige: igualdade, justiça e paz social.

2. Duas destas três exigências são untuosas e a terceira deduz-se do exemplo da Venezuela

Sem equidade não há justiça e sem justiça não há paz social. Contam-se pelos cabelos da barba, os políticos que cumprem e exigem que todos os outros cumpram. Do mesmo modo se podem contar pelos cabelos da cabeça, aqueles que não cumprem, nem exigem que os «seus» cumpram. Mas exigem, barafustam e ameaçam quem não cumpre, se for seu adversário político.

O povo conhece quem é e quem não é sério. Basta abrir os olhos e comparar os comportamentos na distribuição dos direitos e deveres «aos seus apoiantes» e «aos seus adversários».

3. Gosto de tratar os bois pelos nomes e apontar exemplos.

Em 1986 fui convidado a candidatar-me à Câmara de Guimarães, nas listas do PSD. Ao tempo, a norte do Rio Douro, só o Porto elegia mais de 9 vereadores. Nesse ano Guimarães tinha mais de 125 mil eleitores, o que, pela primeira vez, permitiu que elegesse onze membros: 4 do PSD, 4 do PS, 2 do CDS e 1 da CDU. Nem o PSD contava ganhar (sozinho) as eleições. Nem o PS contava perdê-las. Mas há sempre uma primeira vez. E, não obstante, o CDS preferir, nesse ano, juntar-se ao PS, o que perfazia

6 votos, contra os 4 do PSD, conseguiu, sem «geringonça», levar a cruz ao calvário nesse mandato. Foram-me atribuídas competências nas áreas dos Serviços Administrativos, Pessoal, Cultura, Desporto, Turismo e Imprensa. Irritava-me que o PS que liderara dois mandatos anteriores, distribuísse aos jornais conotados com a esquerda, toda a publicidade direta e indireta, àqueles órgãos. Raramente os homólogos do centro e de direita, como costuma tratar-se, recebiam qualquer anúncio.

Tomei posse em 1 de Fevereiro. Dia 21 de Abril seguinte produzi e assinei o Despacho 16/1986 que vigorou os quatro anos de mandato. Não negociei nada com a oposição, nunca recebi qualquer ameaça ou discordância pública. Durante quatro anos houve democracia, justiça e paz social no tocante à publicidade que era – e ainda hoje é – a principal fonte de receita da chamada imprensa regional.

Eu sabia o que se passava (e ainda passa) em Montalegre, em Chaves, em Vila Real e em quase todo o país. Como delegado no Norte da extinta Direcção Geral da Comunicação Social, sentira os grandes problemas do sector. Em parceria com o Diretor Geral desse tempo, o saudoso Jornalista Manuel Figueira conseguimos, já mais tarde, com o ministro Marques Mendes e o Secretário de Estado Amândio de Oliveira, uma série de diplomas para regularizar e modernizar o setor. Só mais tarde veio a ERC que tem competências, tal como o Ministério Público, para reprimir os abusos. Mas ninguém teve a coragem que eu tive para demonstrar, na prática, o que é a democracia.

Para que não pensem os meus leitores que venho para os jornais impor banha de cobra, deixo aqui, integralmente, um dos muitos despachos que, como vereador impus aos diversos órgãos de informação do concelho de Guimarães. A ERC terá que rever esta tremenda injustiça que «desgraçou» a maior parte da imprensa regional. Nomeadamente os jornais de ontem e de hoje que se publicam em Montalegre e sua região. Orlando Alves, sempre foi solidário com com

os dois presidentes que teve. Se até hoje ainda não se corrigiu e se teima em fazer do seu Jornal, o Boletim Municipal, não poderá esperar sossego de quem lhe deixa este paradigma (que um Barrosão implantou

num concelho com 175 mil

habitantes e que tem um

orçamento de 107 milhões de

orçamento). Fica o claríssimo

exemplo democrático de quem

serviu sem se servir.

Santo André e Salto estão de parabéns, a primeira porque conseguiu da Câmara Municipal um investimento de 180.000 euros em obras executadas em tempo útil na piscina que ainda dá para os emigrantes dela usufruirem durante algum tempo.

Salto, segundo se noticiou na Câmara, vai ter um Estádio Municipal, o Estádio Municipal de Salto, um investimento de um milhão de euros.

Dois investimentos de certo gabarito que deixam as pessoas a pensar o quanto vale a caça ao voto neste Reino de Saque

em que se tornou a Câmara de Montalegre.

Quando se fala em Estádio Municipal de Salto até parece brincadeira. Em qualquer concelho deste país há só um Estádio Municipal. Um Estadio Municipal em Salto? Se for, o GD de Vilar de Perdizes, a COLMEIA

e outras freguesias que criem grupos desportivos também têm o mesmo direito.

Santo André também se contesta em Montalegre. Porque? É que para Santo André houve 180.000 euros que apareceram num ápice, mas para as Piscinas de Montalegre não há

um cêntimo. E estão a apodrecer há dez anos a esta parte. O que vem a ser isto?

Mas não só. Se é verdade que somos todos iguais, a Câmara socialista contraiu uma obrigação de construir Piscinas em todas as sedes de freguesia. E os saneamentos que esperem...

EDITORIAL

CÂMARA MUNICIPAL DE GUIMARÃESDespacho nº16 /1986

4. A distribuição da publicidade aos diversos órgãos da comunicação social nunca terá merecido a atenção devida por parte da Câmara Municipal de Guimarães. Para que haja uma verdadeira transparência distributiva. Dado o tratamento igualitário que todos os órgãos da comunicação social nos merecem, ficam regulamentadas as seguintes orientações:

1º - Todos os Sectores que habitualmente têm competência para deferir publicidade para os órgãos da comunicação social devem – logo que instalado o Gabinete da Imprensa e Relações Públicas – confiar a este novo departamento os textos definitivos e todos os restantes elementos relativos a publicidade que desde essa altura passa a ser coordenador de toda a publicidade paga.

2º - No concelho de Guimarães conhecem-se legalizados, os seguintes órgãos de informação Notícias de Guimarães, O Povo de Guimarães, O Comércio de Guimarães, O Notícias de Vizela, Colina Sagrada e a Rádio Fundação.

Dos jornais diários há 3 que têm sede no Porto e que cobrem, com carácter assíduo, os problemas concelhios. Todos merecem desta Câmara igual tratamento, assim como os dois de Braga.

3º - Relativamente aos jornais locais deve adotar-se o mesmo tratamento para com:

a) Notícia de Guimarães, O Povo de Guimarães e o Comércio de Guimarães;

b) Notícias de Vizela e Colina Sagrada; c) Rádio Fundação;4º - Tratamento igualitário deve ter-se com: Jornal de

Notícias, O Comércio do Porto e O Primeiro de Janeiro. Da análise feita resultará que: a) A publicidade será distribuída rotativamente pelos jornais

indicados em 3 a) em termos proporcionais de modo a que no fim de cada ano todos tenham beneficiado de montantes aproximados;

b) Do mesmo modo deve proceder-se para com os jornais indicados em 3 b);

c) À Rádio Fundação à qual deverá ser sempre remetido todo o tipo de publicidade que tenha interesse em ser difundida, uma vez que não é possível comprovar com texto justificativo os documentos de contabilidade e outros que devem fazer parte integrante dos processos notariais, será proposta a atribuição de um subsídio global que compense o contributo dado;

d) De igual forma deverá proceder-se com os jornais mencionados em 4, distribuindo-lhes a publicidade em sistema rotativo e em termos proporcionais.

NOTA: Enquanto o Gabinete da Imprensa e Relações Públicas não funcionar, continuarão os Sectores que habitualmente faziam essas tarefas a dar-lhes andamento mas já nos moldes preconizados nesta determinação.

Guimarães, 21 de Abril de 1986 O Vereador a tempo inteiro

João Barroso da Fonte)

Page 4: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 20174 BarrosoNoticias de

A Festa da Queimada e a Sexta-Feira 13 em Montalegre!Em menos de dois meses,

vai-se realizar a festa da Queimada em Montalegre como é costume em todas as Sextas-Feiras que calhem no dia 13!...

Será que todos os Barrosões sabem as origens deste dia?

Não haverá aqui uma confusão associando esta festa ao dia das bruxas?

Na minha opinião, há uma festa e uma grande trapalhada com este dia. A única coisa realista e original é só a queimada, mas nem esta havia de ser realizada de qualquer maneira, mas sim em pleno Inverno e dentro de quatro paredes escuras para ter essa magia de cores e alegria que a aguardente dá ao ambiente quando está a arder.

A verdadeira origem deste dia, tem inicio em outros valores mais verdadeiros, do que o que se está fazendo em Montalegre!...

O dia 13 de Sexta-Feira está relacionado com a extinção da ordem dos Templários.

Tanto vale os barrosões quererem como não, mas no dia 13 de Outubro de 2017 vai-se comemorar os 710 Anos da extinção da Ordem dos Templários que, por sua vez, deu origem à criação da Ordem de Cristo a qual fez de Portugal um País que deu novos mundos ao mundo.

História

A Ordem foi fundada com nome da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão por Hugo de Payens, Godofredo de Saint-Omer, Godofredo de Bisol (ou Roral ou Rossal, ou Roland ou Rossel), Payen de Montdidier (ou Nirval de Montdidier), André de Montbard (tio de S. Bernardo), Arcimbaldo de Saint-Amand, Hugo Rigaud, Gondemaro, (ou Gondomar), Arnaldo ou Arnoldo em 1118, com o apoio do novo rei de Jerusalém, de nome Balduíno II, após a Primeira Cruzada, com a finalidade de proteger os peregrinos que tentassem chegar a Jerusalém que eram vítimas de ladrões e a Terra Santa dos ataques dos muçulmanos mantendo os reinos cristãos que as Cruzadas haviam fundado no Oriente.

“Guerreiros Templários” oficialmente aprovada pela

Igreja Católica por meio do papa Honório II em torno de 1128, a ordem ganhou isenções e privilégios, dentre os quais o de que seu líder teria o direito de se comunicar directamente com o Papa. A Ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a cristandade, e cresceu rapidamente tanto em membros quanto em poder; seus membros estavam entre as mais qualificadas unidades de combate nas Cruzadas e os membros não-combatentes da Ordem geriam uma vasta infra-estrutura económica, inovando em técnicas financeiras que constituíam o embrião de um

sistema bancário, e erguendo muitas fortificações por toda a Europa e na Terra Santa. Foi considerado o 1º banco internacional da história.

A riqueza atrai o Estado e a igreja

Filipe IV de França pensou em apropriar-se dos bens dos Templários, e por isso havia posto em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os de heresia. A ordem de prisão foi redigida em 14 de Setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de Outubro de 1307 (uma sexta-feira) o rei obrigou ao comparecimento de todos os templários da França. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, lê-se no pergaminho redigido após a investigação dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França (Felipe, o Belo), influenciado por Guilherme de Nogaret, havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do Templo e alguns altos dignitários da Ordem.

Porquê o Dia 13 Sexta-Feira Dia do Azar?

O dia 13 sexta-feira é o dia do azar porque todos os cidadãos que tinham depositado as suas economias à guarda dos Cavaleiros foram parar às mãos do estado Francês, deixando todos os depositantes na miséria.

A estratégia de Filipe IV para não pagar a sua grande dívida aos templários, e ainda ficar com

as suas riquezas foi escrever uma carta a todos os alcaides e forças afectas ao rei só para abrir no dia 13 de Outubro, que aconteceu no Ano de 1307. Uma grande parte dos Cavaleiros foram apanhados de surpresa, incluindo o seu mestre, a Ordem foi extinta, as riquezas penhoradas e os monges queimados vivos!

Acusados injustamente de idolatria

O tema das relíquias também surgiu durante a Inquisição dos Templários, pois documentos diversos do julgamento referem-se à adoração de um ídolo de algum tipo, referido em alguns casos, um gato, uma cabeça barbada, ou, em alguns casos, a Baphomet. Essa acusação de idolatria contra os templários também levou à crença moderna por alguns de que os Templários praticavam algumas crenças não relacionadas com a religião católica. Além de possuirem riquezas (ainda hoje procuradas) e uma enorme quantidade de

terras na Europa, a Ordem dos Templários possuía uma grande esquadra. Os cavaleiros, além de temidos guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota para deslocamentos e negócios com várias nações. Devido ao grande número de membros da Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram

capturados e isso possibilitou-lhes refugiarem-se em outros países. Segundo alguns historiadores, alguns cavaleiros foram para Escócia, Suíça, Portugal e até outros paises mais distantes, usando seus navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se instalaram em países diferentes, para evitar uma perseguição do rei e da Igreja. O desaparecimento da esquadra é outro grande mistério. No dia seguinte ao aprisionamento dos cavaleiros franceses, toda a esquadra zarpou durante a noite, desaparecendo sem deixar registos. Por essa mesma altura, o Rei Português D. Dinis nomeava o primeiro almirante Português de que há memória, apesar de Portugal não ter armada; por outro lado, D. Dinis evitava entregar os bens dos Templários à Igreja, e consegue criar uma nova Ordem de Cristo com base na Ordem Templária, adoptando para símbolo uma adaptação da cruz orbicular Templária, levantando a dúvida de que planeava apoderar-se da armada Templária para si.

Um dado interessante

relativo aos cavaleiros que se teriam dirigido para a Suíça é que antes desta época não há registos de existência do famoso sistema bancário daquele país, até hoje utilizado e também discutido. Como é sabido, no auge de sua formação, os cavaleiros da Ordem desenvolveram um sistema de empréstimos, linhas de crédito, depósitos de riquezas que na sua época já se assemelhava bastante aos bancos de hoje. É possível que tivessem sido os cavaleiros que se refugiaram na Suíça que lá implantaram o sistema bancário e que até hoje é a principal actividade do país. A única diferença é que estes nobres cavaleiros não eram corruptos como os economistas de hoje. Era bom que os banqueiros da actualidade imitassem os seus antepassados, em que a vida deles era só para servir e não ser servido.

Uma oura tradição é a tradicional Força da Guarda ao Vaticano e a segurança do Papa, que está confiada aos militares Suíços, antes deste triste acontecimento, confiada aos Cavaleiros Monges Templários.

O 13 de Outubro do Ano de 1307, (esta data vai se repetir no Ano de 2017 acontece igualmente no dia 13 de Outubro, no mesmo mês e dia,) o que faz precisamente 710 anos sobre esta calamidade que ditou a sorte aos Nobres Cavaleiros Monges.

Assinalar este dia 13 de Outubro de 2017 com Dia das Bruxas é deturpar a história e investir na ignorância. (Espero que o Padre Fontes consiga desconjurar mais esta maleita).

Por favor, façam a festa mas não se esqueçam da comemoração da tragédia destes Nobres que pertenciam à Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo do Templo de Salomão. Era bom que dentro do Castelo em vez de aparecerem bruxas feias, aparecessem Cavaleiros Monges com a Cruz da Ordem dos Templários ao peito, mostrando aos nossos irmãos Galegos que deste lado do nosso burgo há cultura para mostrar e orgulho na nossa história, e que esta república tenta por todos os meios esconder.

O que é bem feito, bem parece!...

Manuel Miranda

Page 5: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 2017 5BarrosoNoticias de

Carta aberta aos BarrosõesCarta ao povo do concelho de Montalegre

Sou Carvalho de Moura. Todos me conheceis bem.

E sabeis que, breve, vamos ter eleições para a Câmara, Assembleia e Juntas de Freguesia.

Também sei que estais ao par do que se passa no nosso concelho. Este jornal, na sua missão de informar, tem dado conta de que:

• a Câmara gerida pelos socialistas há 28 anos mantém o concelho na maior das misérias;

• Montalegre é o concelho mais atrasado do país (103 aldeias sem saneamento,...), sem estradas condignas

• Há obras de relevante interesse social iniciadas mas que (eles) não tiveram capacidade para as concluir (Ponte da Vergonha, Piscinas Municipais, Campo de Tiro, 2.º Hospital, Pista de Rallycross... etc.)

• Outras obras consideradas (por eles) prioritárias, feitas à pressa e sem respeito pela lei (Estrada do Larouco, por ajuste directo...), em detrimento doutras como a ligação a

Chaves que só depois de muita crítica se decidiram agora (é o voto) fazer

• Obras e biscatos entregues por ajustes directos a empresas de familiares e amigos que nem sequer têm empregados ao seu serviço mas já facturaram milhares e milhares de euros

• E ainda por cima se riem do povo e gastam-se em festarolas (vão todos a todas) na sua arrogância, vaidade e estupidez

• E, pior ainda, com medo de perderem os tachos, nos seus discursos, em vez de apresentarem propostas para o concelho, insultam, discriminam e vomitam asneiras de ódio e de mentiras, como se os outros nem sequer tivessem o direito de existir.

Povo de Barroso!:

Há urgente necessidade de acabar com este forrobodó:

A Coligação «A Força da Mudança» está em força numa campanha que visa mudar a “paz podre” de quase 30 anos de gestão incompetente ao serviço exclusivo dos socialistas

Não pode continuar esta “paz podre”. Isto tem de acabar porque os socialistas não têm projectos nem ideias para alterar o estado miserável em que o concelho se encontra.

NÓS vamos conseguir levar

o concelho para o patamar de progresso a que tem direito

NÓS VAMOS:• Tirar Montalegre do

isolamento, vamos requalificar a EN 103.

• Dar prioridade aos saneamentos a começar pelas sedes de freguesia e aldeias de maior dimensão e zelar pela qualidade da água da rede.

• Reforçar as brigadas de manutenção e limpeza (reservatórios de água, monumentos, limpezas …), como forma de garantir emprego a pessoas da terra (150 postos de trabalho).

• Vamo-nos preocupar com o ordenamento do território e iniciar um programa de reestruturação fundiária.

• VAMOS pôr em execução o Plano de ordenamento das albufeiras, a começar pelo do Alto Rabagão.

• VAMOS consignar às freguesias inundadas pelas barragens uma percentagem da verba recebida da EDP pela Câmara Municipal.

• Fazer a carta florestal, apoiando as Comissões de Compartes, Juntas de freguesia e particulares.

• VAMOS apoiar a agricultura, pecuária e silvicultura e vê-las como os principais motores de desenvolvimento económico.

• Reforçar os apoios

à primeira instalação de jovens em projectos relacionados, introduzindo novos regulamentos de forma a contemplar um maior número de produtores.

• Incentivar a criação pecuária, sobretudo do Barrosão, cujo subsídio será duplicado e reformular o Regulamento de apoio aos pequenos ruminantes

• Fomentar a criação de empresas nas zonas industriais com captação de investimentos a partir das zonas industriais do Minho.

• Na Educação, pacificar o Agrupamento e aumentar o número de escolas do 1.º Ciclo.

• Apoiar as mães e a família como forma de combater o despovoamento.

• Pagar as despesas das crianças do pré-primário como outro incentivo à natalidade.

• Criar bolsas de estudo. • Apoiar o futebol nas

diferentes modalidades, em especial as camadas jovens da terra.

• Cultura, Ação Social e Turismo

• Apoiar as chegas de bois por ser o costume tradicional mais nobre e fazer em Salto um Campo de Chegas.

• Estudar com os concelhos vizinhos da Galiza formas de colaboração e desenvolvimento e pugnar

pela promoção do Couto Mixto de Rubiás.

• Geminar o concelho com vilas e cidades afins.

• Apoiar as Associações que desenvolvam ações de desenvolvimento socio-económico.

• Reformular a Feira do Fumeiro com mais valências e consolidar as Sextas Feiras 13 como um cartaz de marca nacional. Atender à restauração com prémios de valorização da qualidade.

• Promover a Agro Barroso/Feira do Prémio no mês de junho e revitalizar a famosa Feira dos Santos de Montalegre e potenciar a caça e pesca.

• Apostar também no Turismo Militar (Misarela, Santo André/Vilar de Perdizes e Salto)

Isto e muito mais nós VAMOS prometer e fazer com competência e dedicação à nossa terra.

O povo do nosso concelho merece.

Felicidades e cumprimentos amigos,

José António Carvalho de Moura, jornalista e

Candidato da Coligação “A Força da Mudança” PPD/PSD-

CDS:PPAgosto de 2017

Braga, Agosto de 2017

Caro e amigo Carvalho de Moura

Apesar do nosso não muito forte relacionamento, estou com o amigo Carvalho de Moura que, em tempos difíceis, desempenhou o cargo de Presidente da Câmara de forma exemplar. Deixou obra feita em todo o concelho e são dele todos os equipamentos sociais construidos além de dezenas e dezenas de kilómetros de estradas rasgadas por todo o nosso território barrosão. Foi ele também, naqueles tempos difíceis, um exemplo de autarca que dignificou o concelho em todas as circunstâncias em que era chamado para o representar.

Aproveito para informar o amigo que não poderei corresponder ao convite e não poderei estar presente na apresentação dos candidatos, no próximo sábado, porque estou comprometido com o casamento dum familiar. Como o casamento começa só da parte da tarde, não será mesmo possível estar convosco nessa hora de arranque

para a campanha.Mas estou e estarei, com todos

aqueles e aquelas que contribuam para reinstalar no Concelho de Montalegre: as virtudes ancestrais dos nossos antepassados, quais sejam; a competência, a honestidade, a verdade, a justiça, a reconciliação social, a esperança em rever um Povo unido,

solidário, simpático, de relações fraternais, num tempo em que as portas não precisem de chaves, de trancas ou de ratoeiras, nem de estranhos a gerir nos nossos destinos.

Trinta anos de ditadura, de perseguição, de nada para os que merecem, porque tudo está reservado àqueles que usam o poder, como se o orçamento Municipal seja uma HORTA para distribuir pelos seus correlegionários, é antidemocrático, abusivo e provocante.

Todos somos precisos para fazer do Concelho de Montalegre, uma terra de todos e não daqueles que fazem dos nossos impostos, das nossas terras, dos nossos direitos cívicos, tema de provocação, de afronta e de incapacidade

permanente. Um abraço de fraternidade

e uma consciência límpida e despoluída como a do rio Rabagão que apenas se polui quando chega à Ponte da Misarela.

Até essa riqueza nos tiraram.

Um abraço dum dos teus amigos

C. S. da Silva ------------------//-----------------

Lisboa, agosto/2017

(Barrosões) acreditem na Força da Mudança

Tenho seguido a par e passo toda divulgação, humildade e sinceridade, dos atuais dirigentes do PSD de Montalegre, Não restam duvidas, que para quem é amante e quer ver Montalegre crescer e sair do deserto, em que está mergulhado transparentemente, é preciso acreditar na mudança e esquecer os governantes que ainda lá se encontram, que se governam e se esquecem de governar Montalegre.

É tempo do povo, ver com olhos de ver e enfrentar as verdades !!! É tempo do povo ir para o terreno e ver que é só enganação !!! Saibam do que me fizeram, Vejam as empresas que se estalaram em Boticas, saibam do que se passou e se passa no Parque de Campismo e nas casinhas de Penedones, entrevistem os muitos Campistas que foram para Boticas, vejam para onde foi a fábrica das cordas e quantos empregados tem neste momento, vejam para onde vão e, o apoio que dão aos profissionais e aos jovens, que não tem apoio logístico em Montalegre, vejam a situação de uma grande esmagadora maioria dos imigrantes, perguntem á Câmara o porquê de não quererem saber de fechar a melhor e maior Unidade Hoteleira, que é o Hotel Quality Inn, que tanta falta faz em prol do turismo, etc. etc. etc. Será que o povo, a inda tem medo da ditadura mental em que os atuais governantes instalaram em Montalegre ? será que o povo não vê, que Montalegre, é só para um grupo de pessoas que estão ligados aos atuais governantes !!!

Tantos anos na Câmara e só na altura das eleições, é que fazem promessas, assinam contratos, andam no terreno, etc. etc. etc. e etc. é só enganação !!! O que fizeram eles durante o tempo em que lá estão ? vejam o que estão fazendo com os imigrantes: Uns inocentes e outros que são amigos e aderem á destruição de Montalegre e nem tão pouco, respeitam os que tanto trabalharam e se sacrificaram, para agora verem Montalegre no deserto e sem ninguém !!! Meus amigos, apostem e acreditem na mudança e já agora respondo a alguns dirigentes do PS, que dizem que eu também quero um tacho, esses falam com experiencia própria !!! Não faço isto para me candidatar a tacho algum, porque tachos e panelas, tenho eu no meu Restaurante !!! Mas sim e a pesar de não ser de Montalegre, amo Montalegre. E adorava ver Montalegre crescer e ser como era, no meu tempo, quando eu lá estava. Me perdoem, mas as verdades tem que ser ditas !!! Votem e acreditem na mudança e não se deixem enganar !!!

A. Carneiro

Cartas dos Leitores

Carvalho de Moura

Page 6: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 20176 BarrosoNoticias de

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 101 – Frio

Às vezes a alma fica com frio… Procura um agasalho, o calor de um qualquer sol. O aconchego de um canto abrigado das intempéries que tornam tudo mais inquieto. Uma barreira contra o vento que torna tudo mais barulhento e sombrio. Tudo se torna demasiado escuro para que possam ser definidos os contornos das ideias que transportam algum conforto. Demasiado vago para que se construam sensações cuja definição não vai além de um mero nevoeiro que pousa paulatinamente por todos os recantos do espírito. Um assombro de arrepios que impedem o sossego e a tão ansiada calma. Uma cavalgada pelas sombras gélidas, em que o final da eterna curva se assume cada vez mais como inalcançável. Sentir frio, afinal, é algo natural. Mas é uma naturalidade estranha… É como se algo que quer fazer parte de nós estivesse permanentemente em colisão com aquilo que somos, querendo afirmar-se como algo que não tem por onde encaixar e continua a forçar uma suposta assumpção do seu papel na existência de um ser que não deseja a sua presença. O frio… O frio tolhe. O frio encolhe. O frio mata. Não de uma vez e de forma misericordiosa mas com laivos de tortura, sadicamente organizada para nos fazer sofrer de forma irreparável e sistemática. Atá ao fim.

João Nuno Gusmão

À DESCOBERTA DE VIDAGOVidago é uma vila situada no norte de Portugal, a 15 km de Chaves e em volta

estão as serras da Padrela e do Alvão. O seu povoamento é muito anterior ao século X II e durante muito tempo não passava de uma simples aldeia. As suas águas seculares foram descobertas em 1863 e têm propriedades únicas com três fontes que afloram à superfície. Na origem destas águas está o grupo das bicarbonatadas sódicas, ricas em gás carbónico e ph ácido na nascente, mas com destaque para a água Vidago-Campilho, que depois de ingerida é alcalina para o organismo e portanto aconselhável o seu consumo.

No inicio do século passado, durante o reinado do rei D. Carlos I, nasce o projecto do Vidago Palace Hotel, considerado logo na altura um dos melhores hotéis da Europa e neste momento foi considerado o melhor hotel do mundo para realização de casamentos.

Vidago é também uma referência pelo seu turismo rural, onde se destaca o Solar de Oura, mansão do século XVIII, uma propriedade histórica que tem uma capela privativa com talha dourada e não esquecendo a Quinta do Olival que se situa a 6 km, na aldeia de Vilas Boas, um lugar perfeito para os hóspedes que gostam de turismo rural.

A oferta gastronómica de Vidago é vasta, autêntica e genuína, como por exemplo, no restaurante A Camponesa�onde se pode degustar uma vitela excelente e um vinho da região de um rico bouquet; o restaurante de Souto Velho é uma referência pela oferta da verdadeira carne do porco bísaro. Passando pelos 2 maravilhosos campos de golf, tem aqui boas razões para se deixar encantar por esta encantadora Vila de Vidago

João Damião

IN MEMORIAM...Desfile das tropas portuguesas em Lille

Foi há um século atrás que Portugal participou na 1.ª Guerra Mundial e as nossas tropas desfillaram em Lille que é a capital da Flandres francesa, situa-se no norte de França, local onde desembarcou a tropa dos bravos militares portugueses.

Pede-se desculpa pela qualidade da fotografia gentilmente cedida pelo amigo e claborador do Notícias de Barroso, Eng.º José Enenes Gonçalves

Page 7: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 2017 7BarrosoNoticias de

1. A política do faz de conta

O JN do 30 de Junho escolheu para as primeiras páginas, nomes de 25 pneus recauchutados para a política do faz de conta. Ou seja: 25 ex-presidentes de Câmara que foram condenados ou cessaram os cargos por razões jurídicas, vão dar a volta ao texto e arriscam concorrer a novo mandato, na mesma ou noutra qualquer autarquia, nas eleições de Outubro. Desses apenas Isaltino Morais cumpriu, serenamente, a pena obrigatória. Se cumpriu a pena está perdoado perante a lei. Mas até nesse caso, eticamente não lhe fica bem. Os restantes deveriam estar impedidos de concorrer. Até para darem exemplo aos mais jovens. Valentim Loureiro, Ferreira Torres e outros que esse jornal menciona, não deveriam servir de modelo na mais importante atividade social. O que se diz destes deveria servir de exemplo a quase centena e meia de outros políticos, da vida nacional. Só dessa forma seria possível distinguir o trigo do joio. Ao falar em exemplos de Presidentes eleitos, deveria a mesma doutrina aplicar-se aos vereadores. São chusmas deles. E,

por simpatia, presidentes da Junta de freguesia. Anda muita gente a fazer-se passar por intocável. Mas muita dessa gente arrasta consigo montureiras da pior mixórdia. Enquanto a Justiça não funcionar a esse nível,não sairemos do pantanal corrosivo em que «as bestas são bestiais» e os cadastrados são heróis absolutos.

2. O mais mortífero incêndio de que há memória

Na primeira semana deste verão descobriram-se as fragilidades do país real. É nestas alturas que vêm à tona os podres, as falcatruas, os crimes organizados que se cometem contra a vida humana, contra o erário público e contra a humanidade.

Uma fraude do tamanho do mundo foi a negociata da tecnologia das comunicações. Soube-se que esse equipamento foi acometido ao SIRESP e que custou a absurda importância de 500 milhões de Euros. Sabe-se também que a instalação desses equipamento foi concretizada ao tempo de António Costa, quando foi ministro da Administração

Interna. As 64 vítimas mortais, mais as 47 que se encontram em recuperação, mais os prejuízos públicos e privados que foram reduzidos a cinzas, deveriam pesar na consciência de quem usufruiu desse privilégio de mandar, errando tão gravemente. A esquerda revolucionária que noutros tempos barricava a via pública, sujava os muros as casas, as avenidas e esfolava personalidades políticas, desta vez, primou pelo silêncio. A sociedade civil logo fez das «tripas coração» e reuniu fundos para apoio às vítimas, no imediato. As acusações foram mais intensas e mais duras entre os representantes dos Serviços intervenientes. Algum político teve a coragem de se demitir, perante a gravidade da tragédia?

3. O Roubo do século: material de Guerra

É inimaginável a dimensão deste roubo que serve para ajuizar de irresponsabilidade técnica, laboral, política e humanitária, se esse material for ter às mãos dos profissionais do crime organizado. Quem, como o signatário, esteve na guerra,

lidou como instruendo, como instrutor, e como utilizador, esse tipo de armamento e conhece a gravidade que cada uma dessas munições, pode causar, está em condições de ajuizar dos perigos para a sociedade, presente e futura. Sabe-se que um sargento e seis praças estavam destacados, a título permanente, com ronda de duas em duas horas, por dia. Em Tancos havia dois paióis, em terreno vedado, vigiado de noite e de dia. Desde há dois anos que essa zona estaria entregue ao seu destino. Pela forma como os responsáveis políticos deram a cara pelo insólito desaparecimento, só quem conheça bem a maneira de trabalhar com esse material bélico, poderá explicar com foi possível este roubo de consequências mundiais que é o mais grave de que há memória na Europa comunitária e que envergonha a credibilidade militar, social e política.

4. Exemplos menos graves ditaram a demissão imediata dos políticos

Nos anos que levamos de democracia - pelo menos - já

quatro ministros se demitiram por menos gravidade: Jorge Coelho (caso da Ponte de Entre os Rios), Manuel Pinho (pelos cornos manuais), Borrego (pela) pela estória dos cadáveres alentejanos e João Soares (pelos dois estalos online num leitor indefeso). Só no fim de Junho houve dois casos mais graves: os ministros da Administração Interna e da Defesa. Ela teve plena liberdade e elogios públicos do 1º ministro, mesmo antes de conhecer a implicação dessa simpática governante. Ele pelo fato de ser do Ministério que mais segurança deve inspirar aos cidadãos. Estes dois exemplos tão próximos e tão graves, acrescidos da implicação direta e personalizada do primeiro Ministro, se a esquerda ideológica fosse coerente com a fúria que emprestava aos debates com os governos anteriores. Os cidadãos têm que abrir os olhos e não agir em função dos sorrisos e das palmadinhas nas costas, seja dos governantes seja do Presidente da República que tem sido o guarda chuva da acalmia política que encobre o ditado: «quanto mais me bates mais gosto de ti». Cada vez é mais medroso viver neste país...

Quem vê um povo vê o mundo todoPara pior já basta assim...

A existência de fronteiras era a base do contrabando. Esta é uma palavra composta com um prefixo contra, que contraria a segunda, bando. No grande dicionário da língua portuguesa (Morais 1951) a palavra tem vários significados: a) comércio clandestino de mercadorias sujeitas a direitos com que se defrauda o tesouro público; b) as fazendas ou géneros introduzidos fraudulentamente; c) comércio proibido.

A expressão contrabando designa a introdução clandestina de produtos num território demarcado por uma fronteira político-administrativa. Enquanto os países Ibéricos não foram abrangidos pela política de livre circulação de pessoas, mercadorias e capitais entre os Estados membros da União Europeia (1992), o contrabando foi uma prática corrente ao longo de toda a fronteira luso-espanhola.

«Alguns dos nossos entrevistados afirmaram-nos: “Na altura, o Salazar, dizia: livro-vos da guerra, não vos livro da fome”»

Segundo o pensamento dos Contrabandistas, esta frase justificava que eles se dedicassem

ao contrabando, como forma de contrabalançarem as más condições de vida a que estavam sujeitos bem como as suas famílias.

O contrabando era encarado como uma forma de melhorarem o seu nível de vida, assim como fazerem frente às dificuldades que pudessem surgir, com por exemplo doenças, enxovais ou outras.

As autoridades responsáveis pela repressão do contrabando tinham uma certa dificuldade em provar o delito, caso o infrator não fosse apanhado em flagrante. A prova de que assim era deve-se ao fato de o número de apreensões de mercadoria ser muito superior aos processos judiciais levantados e às correspondentes condenações.

Listamos de seguida alguns estratagemas a que recorriam os contrabandistas para evitarem a detenção. Desde carregarem os produtos em burros que atravessavam sozinhos a linha de fronteira, até percorrerem o percurso por etapas prosseguindo a viagem depois da passagem dos guardas ou, mais sofisticadamente, as mulheres esconderem, no seu

próprio corpo as mercadorias de pequena dimensão. A tudo se deitava mão para que as “coisas e os transgressores” chegassem sãos e salvos ao seu destino!

Esta situação é confirmada pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, no seu Ofício nº 264 de 1942 dirigido ao governador civil de Évora: «Este caso que trago ao conhecimento de V. Ex foi um dos 100 ou 200 que se devem passar todos os dias e que escapam ao conhecimento das autoridades. Deles resulta, […] que o açúcar, sabão e tecidos que se consomem na Estremadura espanhola são todos portugueses».

Nos anos sessenta, o contrabando de bens passou a fazer-se em paralelo com o de homens. «Um senhor de Vila Real mandava-me os homens por comboio e tinha uma mulher que os ia lá buscar. À noite, um taxista de muita confiança levava-os à fronteira. Então, tinha lá um espanhol que os levava mesmo a França. Naquela altura a cinco, seis contos, era muito dinheiro! Nunca tive uma queixa de ninguém nem nunca alguém veio para trás».

Convém não dissociar o

contrabando da emigração: mal o contrabando dava sinais de abrandar, logo a emigração aumentava. Todos os dias partia alguém. O contrabando, tal como a febre do volfrâmio, preparou o terreno para o surto emigratório dos anos 1950 e 1960. Ambos contribuíram para retirar os aldeões da rotina de empobrecimento que advinha do trabalho agrícola. Quer um quer a outra acalentavam a ambição e a esperança duma nova vida.

O contrabando, para ser entendido na sua plenitude, necessita de ser enquadrado no modo de vida das populações da raia, assim como nas suas estratégias de sobrevivência. Para compreendermos o fenómeno e as razões que levavam certas pessoas a envolverem-se numa atividade tão desgastante e perigosa teremos que analisar a vida económica e as relações sociais e culturais dos aldeões, que eram alicerçadas numa rede de parentesco, amizade e vizinhança.

«Desde que o mundo é mundo que toda a gente ali governa a vida na lavoura que a terra permite. De mais, diante da

fatalidade a que a povoação está condenada, a própria guarda acaba por descer da sua missão hirta e fria na escuridão das horas. E se por acaso se juntam na venda do Inácio uns e outros – guardas e contrabandistas -, fala-se honradamente da melhor maneira de ganhar o pão: se por conta do Estado a vigiar o ribeiro, se por conta da vida a passar o ribeiro» (Torga 1984, Novos Contos da Montanha).

Em qualquer caso, o contrabando foi sempre um recurso económico gerado pela existência da raia, permitindo a sobrevivência de muita gente das classes mais desfavorecidas, a ascensão social de uns quantos e a acumulação de capital pelas elites envolvidas neste negócio.

(Continua)

Algés, 18 de julho de 2017(O Gusto de Padroso)

Jerónimo Pamplona, Email: [email protected]

O CONTRABANDO NA RAIA PORTUGUESA - SÉCULO XX

Page 8: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

BarrosoNoticias de

8 18 de Agosto de 2017

Page 9: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

BarrosoNoticias de

918 de Agosto de 2017

Muita gente esteve presente nas Chegas programadas pela Comissão das festas de Gralhas, a grande maioria emigrantes da terra e das redondezas.

Gralhas continua, ano após ano, a realizar a sua Festa em honra de Nossa Senhora da Assunção com o brilhantismo de sempre, missa cantada e Procissão com Banda de

Música, Chegas de Bois e arraais no sábado e Domingo à noite, animados com afamados grupos musicais terminando com uma sessão de fogo de artifício de alguma qualidade.

Nas Chegas o boi do Artur foi o “Rei da Festa”

Duas Chegas no Campo da Ciada com bastante povo a assistir. A primeira não esteve bem. Os bois, um maronês do Jorge do Antigo e o outro arouquês do Tó do Lano estiveram em campo tempo demais, a fazer cerimónia. Apesar de tocados pelos donos não havia meio de se darem as cabeças.

Depois de tempo que estava

a causar mossa entre o público presente, o arouquês da Aldeia Nova ppegou finalmente no

penato e, fazendo uso do seu poder, acabou com a contenda.

A segunda foi uma grande Chega entre bois anmbos

arouqueses, o mais pequeno do Luís de Penedones e o outro, mais pesado, de bom trato e

com todas as características dum boi liador, propriedade do Artur Roscas, de Gralhas.

Com galhas muito fechadas

num e noutro, os bois turraram durante uns dez minutos tendo uma pequena paragem por encornamento.

Depois disso, o boi do Artur de Gralhas pegou no de Penedones e com enorme rasgo de valentia levou-o às cordas (vedação do campo) e despediu-o com violência.

No final, o boi do Artur foi alvo das honras de campeão. Os seus admiradores colocaram-lhe uma coroa de flores na cabeça que orgulhosamente ostentou perante o público presente.

Em nosso modesto entender, está ali um boi capaz de disputar com os melhores e vir a fazer jus ao título de Campeão.

Chegas de Bois na Festa de Gralhas

Carvalho de Moura

Page 10: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 201710 BarrosoNoticias de

EXTRATOCertifico para efeitos de Publicação, que por escritura de nove de Agosto de dois mil e dezassete, lavrada na Conservatória

do Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Licenciada Maria Carla de Morais Barros Fernandes, conservadora em substituição legal e em exercício de funções notariais, exarada a folhas 74, do livro 985-A, MÁRIO ILONDO CARVALHO AZEVEDO, NIF: 177 711 981, natural da freguesia de Pitões das Júnias, concelho de Montalegre, onde reside na Rua do Lousal, nº 1, RECTIFICOU a escritura outorgada em dezassete de Maio de dois mil e treze, neste cartório, exarada a folhas 7, do livro 976-A, no sentido de que o prédio naquela justificado, tem a seguinte composição:

Prédio rústico situado em TRITÃO ou TRISTÃO, freguesia de Pitões da Júnias, concelho de Montalegre, composto de armazém agrícola com área de seiscentos e noventa e seis metros quadrados e logradouro com área de trezentos e noventa e nove metros quadrados, a confrontar do norte com Maria Luísa Dias Veloso, sul com Jpsé Fernandes Moura, nascente com caminho e Poente com baldio, já descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre sob o numero seiscentos e cinquenta e nove, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2613.

Está conformeConservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial

Noticias de Barroso, N°521, de 18.08.2017

EXTRATOPara efeitos de publicação certifico que, por escritura de 16 de Agosto de 2017, exarada a folhas 78 e seguintes

do livro 985-A, lavrada no Cartório Notarial de Montalegre a cargo da lic. Maria Carla de Morais Barros Fernandes, JOÃO RODRIGUES REGALADO e mulher, ANA RODRIGUES FLAMBÓ REGALADO, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Mourilhe, deste concelho, residentes na Estrada Municipal, nº 45, lugar de Sabuzedo, freguesia de Cambeses do Rio, Donões e Mourilhe, concelho de Montalegre, declaram:

Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte imóvel, situados na união das Freguesias de Cambeses do Rio, Donões e Mourilhe, concelho de Montalegre:

Prédio Rústico situado em Barreira, composto de mata mista, com área de mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com José Silva Soares, sul com Domingos Martins, nascente com Paulino Flambó e do poente com José Alves, inscrito na matriz sob o artigo 5186.

Este prédio estava inscrito na matriz rústica da freguesia de Mourilhe (extinta) sob o artigo 1567 e apesar das pesquisas não foi possível identificar o artigo anterior a mil novecentos e noventa e sete.

Que o prédio se encontra ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e está inscrito na matriz em nome do justificante marido.

Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e oitenta e cinco, ano em que o adquiriram já no estado de casados, por compra meramente verbal à freguesia de Mourilhe,

Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de publica, pacifica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o indicado prédio por USOCAPIÃO, que expressamente invocam para o efeito de ingresso do mesmo n registo predial.

Montalegre, 16 de Agosto de 2017A 2ª. Ajudante,

Noticias de Barroso, N°521, de 18.08.2017

ATÃO BÁ!Que quantos anos eu tenho? O que isso importa!

Eu Alfaiate!

O Panamá nasceu e cresceu numa aldeia barrosã nas proximidades da Serra

do Larouco. Franzino e algo desajeitado nas artes da sedução nunca conseguiu

arranjar quem com ele quisesse namorar e muito menos casar. E assim foi vivendo

procurando a compensação noutros “amores”.

No jogo da malha e da porca ninguém lhe levava a dianteira. Esta destreza,

da qual dava provas suficientes, também a manifestava na arte da alfaiataria que

aprendeu com o “craque” de Montalegre, o afamado Naquero!

O Panamá ganhou tanta fama que quase todos os noivos do Concelho

recorriam aos seus serviços para se aperaltarem para tão importante evento – o

casamento. A todos, ele aprontava a mesma “maroteira”: Deixava uma perna das

calças mais comprida do que a outra simulando uma grande surpresa.

- Diabos me levem! Como é que eu fiz isto?

No passo seguinte, vinha a proposta de decisão. Olha, não há problema.

Enquanto vais à taberna do Seara buscar um litro de vinho, eu ponho-te isto no

lugar.

- Porquê o Seara se aqui perto você tem o Zé Bento?

- Ora, porquê? Porque ele tem o melhor vinho de Vilarandelo!

Era assim que o Panamá brincava com os clientes e eles iam aceitando bem as

partidas que ele lhes ia pregando.

Até que um certo dia, um rufião de Soutelinho da Raia lhe atirou na cara:

- «meu amigo, você está é velho!».

Responde-lhe o Panamá:

- «Velho, eu? Que quantos anos eu tenho? O que isso importa!»

Algés,15/02/17

Nova Atena - Oficina de Escrita Criativa

Jerónimo Pamplona (O Gusto de Padroso)

[email protected]

Page 11: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 2017 11BarrosoNoticias de

Genoveva do Espírito Santo (nome fictício) é uma figura conhecida do bairro da Boa Fama. Já é viúva há dezena e meia de anos, nunca mais se deixou enredar por amores («tive um e chegou-me»), anda sempre bem vestida e perfumada, com um vistoso fio de ouro no pescoço, onde exibe a figura do grande amor da sua vida, que visita diariamente no cemitério, homenageando-o com algumas orações e sentidas lágrimas. Quando o padre Anacleto vem ao bairro celebrar a missa, ela não falha: apresenta a sua intenção e tem sempre terços e outros objetos religiosos para o senhor padre benzer. Já se lhe ouviu dizer muitas vezes, altiva e convicta: «sabe, padre Anacleto, a minha família sempre foi muito

religiosa. Como não podia deixar de ser, eu também sou.» Não falha uma missa, festa ou romaria.

Maria Antonieta da Purificação (nome fictício) é uma boa mãe de família e uma avó carinhosa. Não há maior alegria para ela do que ver os netos irrequietos à volta da mesa e ela a contemplá-los embevecida, com um sorriso de orelha a orelha, como um ourives contempla as suas melhores joias. Educou os seus três filhos a ir à missa todos os Domingos e à noite rezava o terço com eles, na companhia do marido, o que tenta fazer com os netos, mas com pouco sucesso. Tem um altar na sala de estar, onde vive as suas devoções e alimenta a sua piedade, com uma bela cruz de prata e várias imagens de santos, quadros com rezas, com uma vela sempre a arder. Todas as manhãs e noites passa por ali, para consolo da sua alma. Não há ano que não faça uma promessa, para ter a benevolência de Deus e dos santos. Está sempre prestável para ajudar o padre Agripino, a quem assegurou: «A minha mãe era uma mulher muito religiosa. E eu também gosto de ser, gosto da Igreja, e morrerei como mulher de Igreja. Não consigo viver sem fé».

De certeza que conheceremos

pessoas assim. Não têm nada de errado. Conhecemos muito bem esta educação e cultura católicas, que foram o nosso berço. E muito temos a agradecer. Não tenho qualquer dúvida de que serão pessoas de verdadeira fé, boas e devotas, que procuram ser fiéis à tradição e aos costumes católicos, e que tentam pautar a vida pela boa educação religiosa católica que tiveram. O problema é que, muitas vezes, somos educados a ser muito religiosos e pouco cristãos, o que não pode acontecer. É um salto ou um passo fundamental que muitos cristãos católicos precisam de dar. Há por aí religião a mais, com muitos atos e práticas religiosas ancestrais, embrulhadas com muita superstição e espírito interesseiro, e cristianismo a menos. E não faltam «católicos», que ignoram o que é ser cristão e viver como tal. Ser um bom cristão católico não é ser só fiel a regras, práticas e costumes que a Igreja propõe, férreo cumpridor de ritos e cerimónias e aficionado de devoções e rezas, mas pautar a vida pelos critérios, valores e sentimentos de Jesus Cristo, pela fidelidade ao Evangelho. Corremos o risco de se cumprir em nós o que o padre António Vieira já alertava no seu tempo, «sermos

católicos de dogmas, mas hereges de mandamentos», ou seja, acreditar numa série de verdades e praticar uma certa ritualidade e disciplina sacramental, mas depois viver ao contrário daquilo em que se acredita e se afirma diante de Deus, separando-se o culto da vida e a vida do culto, a fé e a doutrina da ética e da moral que devemos praticar todos os dias. É uma contradição inaceitável, que Jesus condenou severamente no seu tempo.

O divórcio entre o culto a Deus (ser religioso) e a vida (ser mesmo cristão) chega a atingir o escândalo, como descreve o escritor católico, João da Silva Gama: «Temos muito povo cristão que ainda está por evangelizar: para ele, a religiosidade só funciona em certas alturas da vida, como o nascimento, casamento e missa aos Domingos. Nos intervalos, o tempo mais importante da vida, há cristãos que chegam a cometer as mais incríveis barbaridades: caluniar e difamar sistematicamente o vizinho, fazer justiça por mãos próprias, à enxada ou linchamento, só porque lhe tiraram um palmo de pinhal ou da horta. No dia seguinte, vemo-los na missa com uma devoção de estarrecer.»

Não temos de ser muito religiosos, enquanto meros consumidores e praticantes de religião, trazendo para a nossa relação com Deus os mesmos hábitos, práticas, ritos, medos e superstições que todas as religiões sugerem ou impõem aos seus sequazes, ou o «animal religioso», que habita o ser humano, dita. Alguns autores católicos até defendem que Jesus Cristo não quis fundar uma religião, tal como é conhecida, quis fundar um movimento de discípulos, que perpetuaria no mundo a sua forma de estar e de viver, contruindo e testemunhando o Reino de Deus, de acordo com os princípios e valores do Evangelho. Religiosizar a fé cristã talvez não tenha sido um bom caminho. O que temos de ser mesmo é cristãos de verdade, imbuídos do Evangelho na mentalidade e no coração, com uma postura digna de cristãos nas relações humanas, na família, no trabalho, nos negócios e restantes âmbitos da vida humana e social, não descurando, certamente, a vida litúrgica, a oração e o encontro com os outros, mas viver só isto, sem a fidelidade diária a Cristo e ao Evangelho, é uma hipocrisia inaceitável para um cristão católico.

Sou Muito Religioso. E Cristão?

Pe Vítor Pereira

BOTICAS79ª Volta a Portugal

Boticas recebeu, esta quarta-feira, dia 9 de agosto, a prova rainha do ciclismo português, com a 5ª etapa da 79ª edição da Volta a Portugal Santander Totta.

A caravana da Volta esteve situada no Largo da Nossa Sr.ª da Livração, local onde se concentraram centenas de pessoas para assistir à partida simbólica da corrida.

A 5ª etapa, que ligou Boticas a Viana do Castelo (179,6 Kms), contou com a participação de 127 atletas, sendo o vencedor da etapa o galego Gustavo Veloso, da equipa W52/FC Porto.

O Presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Queiroga, disse que “é um grande orgulho para Boticas ser contemplada, novamente, com uma partida de uma etapa da Volta, uma das maiores

provas desportivas realizada em Portugal”.

“Promover e divulgar o nosso concelho continua a ser uma das nossas prioridades. Queremos que as pessoas conheçam Boticas e saibam o que de melhor há e se faz cá, porque só assim é que regressam”, acrescentou o autarca.

Por sua vez, o diretor da prova, Joaquim Gomes, referiu que “o Barroso é uma das regiões mais bonitas do país e tem

características únicas e ideais para a realização desta prova”.

“Foi com enorme prazer que vimos a comitiva da 79ª edição partir de Boticas em direção a Viana do Castelo. Esperamos regressar ao Concelho de Boticas num futuro próximo”, rematou o organizador.

A 79ª edição da Volta a Portugal termina no próximo dia 15 de agosto, com a realização da 10ª etapa da prova, na cidade de Viseu.

Autarquia oferece manuais escolares aos alunos do 5.º e 6.º anos

A Câmara Municipal de Boticas vai proceder, pela primeira vez, à atribuição gratuita dos manuais escolares aos alunos do 2º ciclo do Ensino Básico.

Os alunos do 1º Ciclo irão beneficiar da oferta dos Cadernos de Atividades, uma vez que, os livros para este grau de ensino, são dados pelo Estado Português, nomeadamente, pelo Ministério da Educação.

Assim, a autarquia botiquense irá despender, no ano letivo 2017/2018, cerca de 15 mil euros em livros escolares.

Além deste apoio, o Município Barrosão suporta ainda outros encargos decorrentes da educação no 1º Ciclo e nos Jardins-de-Infância, como sejam o transporte escolar, o fornecimento de refeições gratuitas, entre outros.

A medida, que foi aprovada esta quarta-feira, dia 16 de agosto, em reunião do executivo camarário, tem como finalidades aliviar os encargos dos pais e encarregados de educação com as crianças, combater a exclusão social e o abandono escolar.

“SALDOS NA RUA” na Praça do Município

A Praça do Município recebe, pelo terceiro ano

consecutivo, a iniciativa “Saldos na Rua”, evento organizado pela Câmara Municipal de Boticas e pela Associação Empresarial Botiquense – Mais Boticas. A abertura oficial da feira do comércio tradicional realizou-se esta terça-feira, dia 8 de agosto.

O objetivo principal da realização desta iniciativa passa por dinamizar o comércio local através da exposição, ao ar livre e em stands, de diversos artigos que as lojas, localizadas no centro da vila, têm em stock, permitindo, assim, o escoamento de produtos e aumentar a faturação dos comerciantes.

O Presidente do Município, Fernando Queiroga, marcou presença na abertura do evento e realçou a importância da realização desta iniciativa “Saldos na Rua”.

“É o terceiro ano consecutivo que a Câmara Municipal em parceria com a Associação Empresarial e com o apoio dos comerciantes local, apostam nesta iniciativa. Dinamizar o comércio tradicional, atrair mais pessoas ao centro da vila e ajudar os comerciantes a escoarem os seus artigos e produtos, a preços mais baixos e acessíveis, são alguns dos

objetivos a concretizar”, disse o edil.

A abertura da feira foi também marcada pela atuação do grupo de música folk, “Galandum

Galundaina”.A Festa do Comércio

Tradicional de Boticas decorre até esta sexta-feira, dia 11 de agosto, junto ao edifício dos Paços do Concelho.

Festividades em honra do Senhor do Monte

Realizaram-se no passado fim-de-semana, dias 29 e 30 de

julho, em Pinho, as grandiosas festividades em Honra do Senhor do Monte, uma das maiores romarias do Concelho de Boticas.

Os dois dias de festa trouxeram até ao santuário centenas de fiéis vindos de várias localidades do concelho e da região.

O primeiro dia das festividades começou com a celebração da missa e pregação. A tarde de festa foi animada pelo Rancho Folclórico das Lavradeiras de Oleiros e pelos cantares ao desafio interpretados por Adão Moura, Duarte da Póvoa e Fernando de Celorico. Para finalizar realizou-se a tradicional Chega de Bois.

No domingo celebrou-se a habitual missa solene, seguida da majestosa procissão com 12 andores, acompanhados pela Banda Musical de S. Martinho do Campo (Valongo) e pela Banda Musical de Riba de Ave que, no período da tarde, realizaram os devidos concertos musicais.

In cm-boticas.pt

Page 12: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 201712 BarrosoNoticias de

CURRENTE CALAMO

O Lobby Gay e o Doutor ANTÓNIO GENTIL MARTINS

Católico praticante e assumido é frontalmente contra a homossexualidade, o casamento e a adoção de crianças por casais de homossexuais, abjura o recurso generalizado a “barrigas de aluguer”, radicalmente contra o aborto provocado e contra a eutanásia e o suicídio assistido.

As suas desassombradas respostas sobre as inversões sexuais tão estranhamente propagandeadas (promovidas) pelos media; e a incidental referencia à estupenda progenie de Ronaldo, na entrevista saída no EXPRESSO, de 15-7-2017, eriçaram contra ele os regougos de tudo quanto é a intelectualidade bem pensante cá do burgo, especialmente a de certa esquerda que apenas é notada pelas chamadas iniciativas fraturantes.

Isto significa duas coisas: que as ideias feitas e os preconceitos mais desaguisados foram crescendo como cogumelos nesta democracia spaguetti que nos coube em sorte; e que esses preconceitos nos tiranizam e nos inibem na liberdade de actuação e de expressão. Nesta entrevista, Gentil Martins cita o desabafo que ouviu a Veiga Simão, ministro da educação antes e depois do 25 de Abril: “foi uma pena no 25 de Abril terem destruído Deus, pátria e família e ficado só com a liberdade... e ainda por cima não a interpretaram bem, e dá nisto”. Dá, pensamos nós, no grito da inocente Mme Roland sobre o cadafalso: “Ó liberdade! Quantos crimes se cometem em teu nome!”

É sabido que nas práticas da baixa politica existem os lóbis (do inglês lobby - vestíbulo, corredor... do poder...), que são forças de pressão esconsas e sub-reptícias para o conseguimento de inconfessáveis interesses. Revestem várias formas segundo os objectivos que perseguem - lóbis corporativos, militares, de nomenclaturas politicas, e, desde há um século especialmente acutilante, o lóbi maçónico, que ao que parece dá agora lugar ao larvado lóbi gay.

Por estranho que

pareça o lobby gay, aliado à nossa esquerda “caviar”, é actualmente a maior força de pressão social e politica. Actua discretamente mas sem quaisquer peias éticas porque é congenitamente amoral. Segue a regra que Rabelais inseriu no Gargântua: “Faz aquilo que te apetecer”.

Saíram pois “espontâneos” os acintosos labéus que choveram sobre o entrevistado. Por duas expressões, ingénuas e inócuas sobre dois temas que nada tem que ver um com o outro:

Uma referência acidental ao uso pelo famoso Ronaldo das “barrigas de aluguer”, “que é degradante... O Ronaldo é um excelente atleta, tem imenso mérito, mas é um estupor moral, não pode ser exemplo para ninguém”.

E uma opinião sobre a homossexualidade que “é uma anomalia, é um desvio da personalidade” e “não aceito promovê-la”.

Foi isto que acirrou os camaradas e seus compagnous de route politicamente correctos, que também se sentiram ofendidos...

Vejamos a ofensa a Ronaldo.

O uso injustificado das “barrigas de aluguer” é moralmente abusivo. E essa solução de supor que, inconsequentemente, se compra tudo com dinheiro incluindo uma fábrica de fazer filhos é um vilipendio para a dignidade humana. As criancinhas têm direito a ter mãe: Aqui eu estou ipsis verbis com Gentil Martins : o herói Cristiano Ronaldo é uma glória do desporto pátrio, é um homem generoso, solidário e amigo da família, merece o nosso respeito e admiração. Mas segundo os valores e a moral tradicional, que os nossos avós nos legaram, ele comporta-se em muitos actos sociais como um mau exemplo. A palavra estupor, longe de ser ofensiva está aqui usada no seu sentido geral e etimológico (stupore significa assombro, pasmo...). Quem não ficou estupefacto com a “estupenda proliferação” familiar do famoso desportista? Que dispondo em privado de

tão sedutores modelos para fabrico próprio, encomendou no estrangeiro aquilo que com muito prazer poderia obter em casa? Há que respeitar-lhe tão estupenda decisão. Mas dai a aplaudi-la ou dá-la como exemplo... poupem-nos a essa opção! Parabéns a Ronaldo tão só por essas maravilhas que faz com os pés, ajudados aliás com muita cabeça!...

O tema das inversões sexuais, foi mal intencionadamente deturpado pelos críticos.

Promover (no sentido de propagar, difundir, originar, fomentar...) posições atitudes ou iniciativas, gratuitamente “agayteiradas” está fora de questão. Mas é abusivo trazer para aqui qualquer ideia da retaliação ou oposição a classificações pessoais ou profissionais ou progressão na carreira de qualquer pessoa, seja ela quem for ou seja ela o que for. Não foi isso que se quis dizer nem se disse na entrevista. Recordamo-la: “trato-os como a qualquer doente, e estou-me nas tintas se são isto ou aquilo... Não vou tratar mal uma pessoa porque é homossexual”.

Ao que o impoluto médico se quis referir foi a essa desnaturada e obscena “acção de promoção” do chamado orgulho gay. Não suporta a canção, mas não ostraciza os cantores... E está no seu direito de honestamente pensar e entender que algumas pessoas, admitimos que uma media de cinco em cem, padecem dessa “anomalia”, “desse desvio da personalidade”. Uns convivem serenamente com ela; outros ostentam-na e pavoneiam-na!

Admitamos que a questão é controversa e suscita paixões - as ideias que aqui deixo são da minha inteira responsabilidade; não tenho qualquer contacto, com o Doutor Gentil Martins.

A revista francesa ESPRIT (órgão do Personalismo Cristão, fundada por Emmanuel Mounier) de Fevereiro de 1970, então dirigida pelo académico Jean Marie Domenach, insere um extenso e impecável documento de cerca de 30 paginas: Lettre Ouverte à Jean-Marie Domenach; subscrito pelo escritor Pierre Claude Nappey, que inicia o texto penitenciando-se: “eu sou um homossexual”. E daí desenvolve o mais digno combate intelectual em defesa (justificação) dessa sua anomalia que, afirma, afectará cerca de 5% da humanidade. Serenamente,

com a objectividade possível o angustiado autor desta carta expõe todo o drama social da sua condição e da necessidade imperiosa de a trazer a estudo e ponderação.

Não cabe na escassez destas linhas uma análise deste documento que aliás mantém plena actualidade apesar do quase meio século transcorrido. É pena que os barulhentos corifeus dessas organizações que estentoricamente se manifestam por essas cidades, o não leiam. Estou certo que alteraria as tácticas que vêm seguindo para se fazerem valer. A freima de querer impor a homossexualidade (e o tribadismo), como manifestação afectiva normal, é uma atitude afectivamente suicidária.

Ocorre-me o clássico exemplo francês(1ª metade do Sec. XIX), da famosa dupla de poetas românticos, Paul Verlaine - Arthur Rimbaud, cuja freima redundou em tragédia com tiros e tudo. E escassos anos depois a não menos dramática experiência do inglês Oscar Wilde com o terrível simbolismo do romance O Retrato de Dorian Gray que conclui com a aniquilação final.

Obviamente que nesta permissiva Europa já não se temem os longos e injustos encarceramentos como no caso de Oscar Wilde.

Mas seria do melhor bom senso que os portadores desta tendência, assumidos ou não,

evitassem a tentação de se vangloriarem dela como se de uma mais valia brindada pelo destino.

Rimbaud escreveu que “o amor tem que ser reinventado”. Tarde se convenceu que o Amor (“esse milagre da civilização”, “em que tudo se pode dizer com um olhar”, como o define Stendhal), desde as origens da humanidade permanece o mesmo, através dos milénios, mau grado as deturpações a que continuamente está sujeito pelos viciosos que tentam reinventá-lo.

Quer as inversões amorosas sejam anomalias, ou sejam manifestações naturais ou dádivas especiais de Cupido, atinjam cerca de 5% da humanidade como conclui o escritor Nappey que acima referimos ou outros quantos por cento, ao gosto das organizações ILGA e quejandos, trata-se em todo o caso de uma minoria contraposta à maioria daqueles que não sentem esses “motivos de orgulho”. As minorias têm o direito de se manifestarem e de fazerem a sua vida conforme lhe dê na veneta. Mas não podem ter o poder de atacarem a maioria ou outras minorias e muito menos não têm o direito nem a conveniência de querer que o resto da humanidade os acompanhe nos seus exibicionismos ou pavoneios.

Manuel Verdelho, advogado

Trás, a precedê-lo, uma plêiade famosa de ascendentes devotados à ciência médica, dos quais se destaca seu avó, Francisco Gentil, prócere da medicina em Portugal. É também um afamado cientista, ilustre médico, generoso e esforçado, para todos os doentes, benemérito da Pátria a quem ajuntou 8 filhos e 25 netos e, sobretudo é, desde há muito pelo seu talento e solidariedade social e firmeza de valores e convições, uma referência moral nesta escalavrada sociedade portuguesa.

Page 13: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 2017 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

Portugal em Festa

Tempos de férias, os estudantes retornam às suas vilas, às suas aldeias, estão de férias, despreocupados, vêm ali se refazer, restaurar as energias. De volta ao ninho, ao aconchego do lar onde se criaram chega a força jovem cheia de vida e de sonhos, respiram progresso, exigem mudanças.

Também os emigrantes aproveitam as férias dos filhos para voltarem. Assim são os emigrantes, os que podem voltam, a vida das aldeias, e vilas de Portugal se renova com a alegria da juventude

em férias e dos emigrantes em férias também.

É mesmo Portugal em festa.

As festas espalhadas por todas as regiões de Portugal são como um cartão postal de boas vindas, de boas férias.

A região de Barroso não descuidou de celebrar todos os anos festas em homenagem

ao Padroeiro ou Padroeira das aldeias ou da Vila de Montalegre. Embora a fé, a crença, a vida religiosa esteja passando por momentos de mudança, não pela fé, nem pela religiosidade: assim como as instituições sócias, políticas, econômicas, culturais etc. estão a se adaptar a este mundo tão diferente, a mudar numa velocidade nunca vista, também a espiritualidade acompanha esta nova forma de vida.

As festas religiosas em Portugal são muito bem-vindas porque são uma forma de não deixar apagar esta

centelha Divina que nos foi sendo colocada pela vivência religiosa em nossas aldeias, em nossas vilas. Tanto os jovens como os emigrantes ao voltar às origens reacendem esta chama e assim vão mantendo viva a fé e a crença no Senhor da Piedade, e em tantos Senhores e Senhoras espalhados por Portugal inteiro.

Há muita semelhança entre o jovem de hoje e o emigrante: este por força de adaptação ao “modus vivendi” do pais de acolhimento se reorganiza o mais rápido possível, para poder participar da vida e sobreviver num mundo tão diferente do seu.

As novas gerações pouco se assemelham aos jovens do passado. Vivem em plena era digital, num clique ou num carro vão da sua região ao país inteiro, de Portugal à Europa, e em um avião, ao mundo inteiro, os pais perdem-se neste labirinto cheio de modernidades.

As estatísticas mostram que há menos de 1,5 milhões de jovens hoje do que há 40 anos. Em 1975 eram metade da população, hoje são menos de um terço.

Também os emigrantes com o velho perfil: trabalhadores, prontos a enfrentar qualquer sacrifício para sobreviver e sair da primeira fase da condição de emigrante, a fase da adaptação, como nós dizíamos ir subindo na vida, isto acabou.

Quem emigra hoje são os nossos jovens, graças a Deus e a um empenho da nação portuguesa em olhar pela nossa juventude oferecendo-lhe condições para estudar, para ser um profissional com um perfil adequado às necessidades do mercado mundial. Dado a todo esse preparo, claro, emigram mais.

Outra mudança que aproxima o jovem português do emigrante relaciona-se com a idade em que decidem casar e ter filhos, cada vez mais

tarde, embora, infelizmente no caso do emigrante haja algumas exceções: como no Brasil o nosso “Lula” fez: oferecia uma Bolsa família de acordo com número de filhos, ora isto acabou também por gerar mais pobreza ainda, mais filhos para criar, mais despesas, e a tal bolsa família se vinha era tão pouco que só aumentou a pobreza. Também alguns emigrantes diante de benefícios para famílias com filhos acabaram fazendo o mesmo, porém aí salvam-se, dadas as condições de vida escolar e assistencial que esses países oferecem.

São mesmo coincidências bem-vindas que ajudaram a nossa região a sair da pobreza, a criar uma nova mentalidade que um dia vai se refletir na mudança, no progresso da região, que merece pela beleza da natureza, pela localização geográfica uma atenção maior por parte do governo português e das autoridades locais.

Domingos Dias

Festa do S. Salvador de Travassos da Chã

No dia 13 de Agosto, vi na página do facebook duas fotos tiradas em Travassos da Chã. Numa dessas fotos estão as minhas primas de Peireses. Na outra foto está o Fernando Teixeira (Frade) de

Firvidas e a esposa Elisa, de Gralhós, a minha prima Lúcia e marido Manuel Fernandes, de Travassos, e Ilidio Fontoura, marido da minha prima Rosa, de Vilar de Perdizes, Carlos Freitas e esposa, etc.

Gostei de ver as fotos e lembrei-me da Festa do S. Salvador do Mundo, realizada em Travassos da Chã em 1956. Estava um dia de sol e quente, cerca de 15 de Agosto. Nesse dia, pelas 11 horas da manhã, estava eu na rua principal de Peireses, perto de minha casa, no fundo da aldeia, quando vai ali a passar o senhor Afonso, minhoto, pedreiro e empregado

do Torcato. Chamou-me e convidou-me para ir com ele à festa de Travassos. Fui pedir autorização à minha mãe e lá fomos os dois. Pelo caminho foi-me dizendo em tom de brincadeira: vamos jantar a casa de amigos meus, mas aviso-te que eles costumam dar gato por coelho. Tu provas, se gostares comes, senão comes outra coisa.

Chegámos a Travassos, fomos bem recebidos e comemos bem. Depois o sr. Afonso levou-me a casa da minha avó Lucinda e da minha tia Maria à qual perguntei pelo meu pai, tendo respondido

que andava na festa. Fui procurá-lo e deparei com ele a andar e a tocar acordeão, seguido de um numeroso grupo de jovens que cantavam e dançavam alegremente, e dando vivas ao Lucindo, Viva o tocador de Travassos. Esteve ali também a tocar no altifalante o acordeonista Eduardo, da Granja, Boticas. Como não podia deixar de ser, esteve também presente uma Banda de Música. A festa prolongou-se com arraial até cerca da meia noite. Naquele tempo havia muita gente em Travassos e noutras aldeias, o que tornou a festa muito concorrida.

Chegou o fim da festa e o meu pai convidou-me para ir dormir com ele. De manhã, já o sol ia alto, quando acordei. Levantei-me e perguntei à senhora da casa pelo meu pai, tendo ela respondido:

o teu pai foi para a América.Eu tinha apenas 9 anos de

idade e fiquei triste. Meti-me ao caminho sózinho e regressei a Peireses. 61 anos depois estou em Brigeport, Connecticut, Estados Unidos da América, a escrever esta simples mas verdadeira história.

Legenda:1 - Da esquerda para a direita: Eugé-nia, Rosa, Ana, Emilia e Sandra, todas irmãs, filhas de José Mendes Rosa, mais conhecido por José do Rio, já falecido que foi amigo de Carvalho de Moura.

2 - Fernando Teixeira (Frade) de Firvidas e a esposa Elisa, de Gralhós, Lúcia e marido Manuel Fernandes, de Travassos, e o sr. Fontoura, marido da Rosa, de Vilar de Perdizes.

Page 14: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 201714 BarrosoNoticias de

Page 15: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

18 de Agosto de 2017 15BarrosoNoticias de

DESPORTOFUTEBOL

Estádio Municipal de Salto

Foi apresentada a maquete do futuro Estádio Municipal de Salto, projecto de 1 milhão de euros.

A equipa de arquitetos levou a maquete ao presidente da autarquia que não escondeu a satisfação pelo trabalho realizado. Com ou sem fundos comunitários, a obra - avaliada em um milhão de euros - é para avançar, garantiu Orlando Alves.

G.D. Vilar de Perdizes – 2017/2018

Já há algum tempo que se deu início dos trabalhos

do Grupo Desportivo de Vilar de Perdizes com vista à temporada 2017/2018. A formação barrosã, a militar na Divisão de Honra da A.F. Vila Real, inicia a pré-época

nas instalações do C.D.C. Montalegre em virtude das obras que estão a ser realizadas no Campo da Lage.

O Plantel ficou assim constituido:

Guarda-Redes: Bruno Martins e Pedro MirandaDefesas: Abreu, Vaskes, Tunes, Leonel e ParenteMédios: Miguel Sousa, Mika, Marco, Diogo Kubota, Tiago Santos, Fábio Kubota, Jonas e Pedro CostaAvançados: Bruno Madeira, Jorge, Fred e Edu Paiva

EQUIPA TÉCNICA: Vítor Gamito – Treinador, Rui Valente - Treinador Adjunto, Diogo Pires - Treinador Guarda Redes e João Borges - Enfermeiro

DIREÇÃOMárcio Rodrigues | PresidenteAntónio Rodrigues | Vice-PresidenteCelestino Gomes | Secretário-GeralFernando Barreiro | TesoureiroMicael Rodrigues | Presidente Assembleia GeralCarlos Tunes | Presidente Conselho FiscalMaria Silva | Secretária Assembleia Geral

FUTSAL

“Electro Cava” vence XII Torneio de Futsal de Montalegre

A equipa da “Electro Cava” conquistou, sem surpresa, o XII Torneio de

Futsal de Montalegre. No jogo decisivo, derrotou a jovem formação dos “Prados Brancos” por 4-1. Desta forma, não só revalidou o título como é a primeira equipa a erguer o “tri” (2014, 2016 e 2017).

Um triunfo histórico numa noite com casa cheia.

O Jogo da FINAL ELECTRO CAVA: Luís

Gomes (1); Manuel (11); Carlitos (5); PTT (3); Pisco - Cap. (8); Rui (9); Douglas (4);

Isaac (12); Bruno Chapinha (6) e José Carvalho (13).

Treinador - Nélson.PRADOS BRANCOS:

Tomás (1); Rui Madeira (5); João Carlos (7); José João (8); Mickael Borges (10); Gonçalo Pinto (9); Fábio Silva (11) e Pedro Rebelo (6).

Treinador: Mário Costa.Árbitros: Carlos Pereira e

Nuno FradesGolos: Douglas (4m, 26m

e 27m); Rui (n.p.b. 14m) e Isaac (35m).

PRÉMIOS Melhor Jogador: Douglas

(Electro Cava)Melhor Marcador: José

Carvalho (Electro Cava) - 10 golos

Melhor Guarda-Redes: Luís Gomes (Electro Cava)

Equipa “fair-play”: Restaurante Dias

CLASSIFICAÇÃO

FINAL 1.º ELECTRO CAVA

(CAMPEÃO) - 1.000€ + Troféu2.º Prados Brancos - 500€

+ Troféu3.º Vinhos Mont’Alegre -

250€ + Troféu4.º Pedra mole/Vilar de

Perdizes - Troféu

CHEGAS DE BOIS

Chegou ao fim mais uma edição do campeonato de chegas de bois de raça barrosã, evento patrocinado pelo município de Montalegre. Ao todo, fins de semana de enorme espetáculo. No final, a vitória sorriu para o boi de José Ladeiras (Amial, Salto).

MOTOR

Nacional Ralicross em Montalegre

No último fim de

semana de Julho, no circuito internacional de Montalegre, realizou-se a 5.ª prova do ano do Campeonato Nacional de Ralicross, Kartcrosss e Super buggy (CNRX).

Como atrativo, a presença de Cândido Barbosa, o ex-ciclista vencedor da Volta a Portugal que vai estar aos comandos do kartcross #23, sempre com o acompanhamento de José Luís Pereira e da sua equipa, que este ano já recebeu a visita do pivot da RTP, João Fernando Ramos, e do comediante Pedro Alves.

Estiveram em competição 70 pilotos, de acordo com as inscrições que foram registadas.

Page 16: Barroso - AOutraVoz · Cunha – Fafe e 3.º João Campos ... Trata-se de reavivar uma prática comunitário em uso até meados do ... Venda Nova recebeu o XI “Festival de Folclore

SANTO ANDRÉ

Piscina inauguradaEstá inaugurada a muito desejada piscina de Santo André, obra apadrinhada pelo presidente da autarquia, Orlando Alves, que foi bastante aplaudida não só pela

população local, como pelas várias aldeias vizinhas. O equipamento, alvo de obras de remodelação, custou cerca de 180 mil euros.Orlando Alves | Presidente da Câmara de Montalegre dise: «Foi necessário um grande esforço financeiro, numa luta contra o tempo. Era um equipamento que

passava ao lado das exigências do controlo sanitário e de saúde pública. Em consequência disso, a Administração Regional de Saúdeencerrou este espaço no ano passado. Durante meio ano preparamos o projeto e realizamos a intervenção. Estamos satisfeitos porque viemos ao encontro de

uma antiga e genuína aspiração da população local. Estamos perante um equipamento que é fulcral para o desenvolvimento e sustentabilidade económica, cultural e desportiva da terra e da região».

Foi uma obra que muitos não acreditavam que seria possível fazer. Num mês conseguimos realizar as obras e abrir ao público. É um espaço muito frequentado por muita gente do concelho e da vizinha Espanha. Foi um ótimo investimento, disse o presidente da Junta de Santo André.