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Director: Carvalho de Moura Ano XXXIII, Nº 520 Montalegre, 01.08.2017 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de 103 aldeias sem saneamento “Observando os concelhos limítrofes, notamos que os saneamentos das aldeias estão praticamente feitos, sendo Montalegre a única excepção… Não sei se o amigo leitor sabia que, das 135 aldeias, cerca de 103 não têm saneamento. É o caso mais grave de Portugal e, em termos europeus, só comparável às zonas mais pobres da Bulgária.” P7 Teimosamente as arvores continuam a vestir-se de negro Um trabalho de José Sarmento Lameirão, montalegrense emigrado em França, que aborda o problema dos incêndios que tantos prejuizos têm causado ao país P5 A MUNDANIZAÇÃO DOS CASAMENTOS Quantos noivos, que solicitam a celebração do casamento na Igreja, se empenham por conhecer a doutrina da Igreja Católica sobre o matrimónio e a família? E não é por falta de vontade da Igreja. A arte de amar e viver em família tem muito que se lhe diga P11 CURRENTE CALAMO de Manuel Verdelho A Policia de Salvação Pública foi alvo de muitas críticas por causa de uma «acusação judicial contra dúzia e meia de policias baseada em factos que teriam ocorrido no dia 5 de Fevereiro de 2015, no populoso bairro da Cova da Moura, Amadora, periferia da grande Lisboa». Em vez do grito de vingança de Espartaco - matar os poderosos e tomar o lugar deles - eternizando os ciclos da violência, é mais seguro o ideário de Cristo - todos os homens são irmãos! P12 Talentos da Maturidade Num artigo de opinião muito bem conseguido, Lita Moniz enaltece as pessoas idosas que gozam do privilégio de ter experiência e saber para enfrentar as dificuldades e os mais graves problemas com que a sociedade se confronta. E aponta casos de longevidade (Papa Francisco 81, Michele Temer, 76, Donald Trump, 71 e a rainha de Inglaterra, 91) em funções bem difíceis e de responsabilidade mundial. UCC – Unidade de Cuidados Continuados Mais um “elefante branco” da Câmara Municipal de Montalegre À Ponte da Vergonha, à Pista de Rallicross, às Piscinas Municipais e ao Campo de Tiro junta-se agora mais um “elefante branco”, a Unidade de Cuidados Continuados, designado o 2.º Hospital, que o povo do concelho tem obrigação de conhecer e assim avaliar o desastroso desempenho da Câmara de Montalegre que GASTA o dinheiro de todos nós em obras sem planeamento e sem capacidade de as executar. Já lá vão 7 anos... e nada. Nem justificações. Se a estas obras falidas ou inacabadas se juntar o dossier da Quinta do Cerrado e o Multiusos com ou sem Chegódromo completam- se as SETE MARAVILHAS duma gestão “exemplar” que arruinou e continuará a arruinar o concelho de Montalegre. José Moura Rodrigues é o n.º 2 da candidatura «A Força da Mudança» à Câmara Municipal de Montalegre Teimosamente as árvores continuam a vestir- se de negro, de José Sarmento Lameirão P5 P4 CDC renovado e com ambição

Barroso - AOutraVoz · tem obrigação de conhecer e assim ... sem planeamento e sem capacidade de as executar. ... Quantos mais anos têm de tarimba,

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Director: Carvalho de Moura

Ano XXXIII, Nº 520Montalegre, 01.08.2017

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias de

103 aldeias sem saneamento

“Observando os concelhos limítrofes, notamos

que os saneamentos das aldeias estão praticamente

feitos, sendo Montalegre a única excepção… Não sei

se o amigo leitor sabia que, das 135 aldeias, cerca

de 103 não têm saneamento. É o caso mais grave de

Portugal e, em termos europeus, só comparável às

zonas mais pobres da Bulgária.”

P7

Teimosamente as arvores continuam a

vestir-se de negro

Um trabalho de José Sarmento Lameirão,

montalegrense emigrado em França, que aborda o

problema dos incêndios que tantos prejuizos têm

causado ao país

P5

A MUNDANIZAÇÃO DOS CASAMENTOS

Quantos noivos, que solicitam a celebração do

casamento na Igreja, se empenham por conhecer a

doutrina da Igreja Católica sobre o matrimónio e a

família? E não é por falta de vontade da Igreja. A arte

de amar e viver em família tem muito que se lhe diga

P11

CURRENTE CALAMO de Manuel Verdelho

A Policia de Salvação Pública foi alvo de muitas

críticas por causa de uma «acusação judicial contra

dúzia e meia de policias baseada em factos que

teriam ocorrido no dia 5 de Fevereiro de 2015,

no populoso bairro da Cova da Moura, Amadora,

periferia da grande Lisboa».

Em vez do grito de vingança de Espartaco - matar

os poderosos e tomar o lugar deles - eternizando os

ciclos da violência, é mais seguro o ideário de Cristo

- todos os homens são irmãos!

P12

Talentos da Maturidade

Num artigo de opinião muito bem conseguido,

Lita Moniz enaltece as pessoas idosas que gozam do

privilégio de ter experiência e saber para enfrentar

as dificuldades e os mais graves problemas com

que a sociedade se confronta. E aponta casos de

longevidade (Papa Francisco 81, Michele Temer, 76,

Donald Trump, 71 e a rainha de Inglaterra, 91) em

funções bem difíceis e de responsabilidade mundial.

UCC – Unidade de Cuidados Continuados

Mais um “elefante branco” da Câmara Municipal de Montalegre

À Ponte da Vergonha, à Pista de Rallicross, às Piscinas Municipais e ao Campo de Tiro junta-se agora mais um “elefante branco”, a Unidade de Cuidados Continuados, designado o 2.º Hospital, que o povo do concelho tem obrigação de conhecer e assim

avaliar o desastroso desempenho da Câmara de Montalegre que GASTA o dinheiro de todos nós em obras sem planeamento e sem capacidade de as executar. Já lá vão 7 anos... e nada. Nem justificações.

Se a estas obras falidas ou

inacabadas se juntar o dossier da Quinta do Cerrado e o Multiusos com ou sem Chegódromo completam-se as SETE MARAVILHAS duma gestão “exemplar” que arruinou e continuará a arruinar o concelho de Montalegre.

José Moura Rodrigues é o n.º 2 da candidatura «A Força da Mudança» à Câmara Municipal de MontalegreTeimosamente as árvores continuam a vestir-

se de negro, de José Sarmento LameirãoP5

P4

CDC renovado e

com ambição

01 de Agosto de 20172 BarrosoNoticias de

SALTOInauguração da IV “Semana do Barrosão”

Terminou a quarta edição da “Semana do Barrosão”, evento que decorru, de 28 a 30 de Julho, na vila de Salto, terra onde reside o solar da raça barrosã. Três dias com agenda cheia: palestras, exposições, venda e degustação de produtos da região, mostra de excelentes exemplares da raça barrosã, garranos e porco bísaro.

Sob outra vertente, espetáculos musicais, passeios BTT, concurso pecuário e chegas de bois. O evento foi apadrinhado por Carlos Miguel, Secretário de Estado das Autarquias Locais.

Carlos Miguel, Secretário de Estado das Autarquias Locais, comentou a Feira da seguinte forma:

«É a primeira vez que venho a esta feira. É um espaço

muito agradável. O gado barrosão é a grande atração e o grande farol deste certame. É bonito de se ver e provar a carne barrosã que é fantástica. Os artesãos também ajudam a fazer a feira e é bom que assim seja. Cada município tem que cuidar

daquilo que o diferencia dos outros. Neste caso concreto, a carne barrosã e o gado desta raça, são algo que diferencia Montalegre e por isso deve ser enaltecida».

Câmara dá 55.750 euros à produção pecuária

A autarquia de Montalegre aposta forte no incentivo da produção pecuária e no referente a 2016, a Câmara de Montalegre entregou, no fecho do concurso pecuário de raça barrosã que decorreu em Salto, um cheque de 55.750 euros aos produtores de gado barrosão pelo nascimento dos vitelos desta raça autóctone (50€ cada).

Orlando Alves, presidente da Câmara de Montalegre, disse «estamos a cumprir um ato de justiça para com os nossos produtores. Dizer-lhes que enquanto eu puder e estiver à frente da Câmara Municipal de Montalegre este apoio é para ser continuado. Volto a frisar que é um ato de justiça para com quem se esforça a produzir uma raça que, é de crescimento lento, e que, comparativamente às demais raças, pode trazer prejuízos para estes esforçados produtores pecuários».

Por sua vez, Nuno Sousa, presidente da Associação Nacional de Produtores de Gado de Raça Barrosã, declarou que «é uma iniciativa da autarquia com muito valor. Temos o solar da raça e o executivo municipal tem feito de tudo para valorizar esta raça autóctone. Acho que é merecido porque existe um trabalho contínuo e diário dos produtores. As ajudas têm vindo a diminuir, o preço por quilo de carne mantém-se e os fatores de produção são cada vez mais. É uma ajuda muito bem-vinda e acredito que vai incentivar a adesão de mais produtores».

MONTALEGREObras para instalação de Gás Natural já começaram

A história registará o dia 21 de julho de 2017 como o dia de lançamento da 1ª pedra e princípio formal das obras de construção da Unidade Autónoma de Gaseificação – UAG, estrutura fundamental para a distribuição de gás natural ao concelho de Montalegre.

O projeto apresentado pelo Dr. Armando Moreira, Presidente do Conselho de administração da Dourogás, grupo de empresas a que pertence a Sonorgás, S.A. e a quem foi concedida pelo governo, em concurso público, a licença de distribuição desta energia, foi esclarecedor e também marcado pela satisfação. Na cerimónia formal falou da sua qualidade de autarca, (18 anos presidente da câmara de Vila Real) que começou a pugnar pela vinda deste tipo de energia para o interior, comparando mesmo a sua chegada como a da eletricidade, do telefone ou da água canalizada. “O gás natural é a energia mais económica e limpa. O seu preço é muito reduzido quando comparado com todas as alternativas, melhora os custos de produção e aumenta por essa via a competitividade das empresas. É portanto, um considerável apoio ao desenvolvimento regional e a todos os que aqui vivem.”

O projeto inicial, apoiado por financiamento do Banco Mundial, é superior a dois milhões e meio de euros, e abrange a construção da UAG, rede e ramais para o setor residencial, comercial e industrial, numa extensão de cerca de quinze quilómetros.

O número de clientes estimados para a primeira fase ronda o milhar. O projeto no seu todo deve rondar os quatro milhões de euros.

Após a obtenção das Licenças de Concessão, encontram-se em pleno

funcionamento as cinco UAGs de Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Arcos de Valdevez/Ponte da Barca, Peso da Régua/Santa Marta de Penaguião e Póvoa de Lanhoso, com uma de rede de distribuição que se estende por trezentos e sessenta quilómetros, com mais de dez mil ramais. Cada ramal serve um ou mais clientes.

In A Voz de Trás-os-Montes

BREVESExposição - “Pela Janela do Olhar” na biblioteca municipal

Está patente nas instalações da

biblioteca municipal de Montalegre, até ao final do mês de agosto, a exposição de pintura “Pela Janela do Olhar”, da autoria de Mafalda Rocha. São 11 telas que mostram rostos bem conhecidos da literatura, aproximando-os dos leitores.

Festival Música Júnior Montalegre voltou a ser palco de mais uma edição do Festival de Música

Júnior. Dezenas de alunos, oriundos das melhores escolas de música de Portugal e de Espanha, estiveram a participar num evento que ofereceu dias de intensa atividade. Este magnífico cartaz encerrou com o habitual concerto final, com o tema “Musica nas Américas”, apresentado por Gabriela Canavilhas, ex-Ministra da Cultura.

PAREDES DO RIO Segada e Malhada 2017

Nos dias 12 e 13, na aldeia ecomuseu de Paredes do Rio, volta a realizar-se

a tradicional segada e malhada do centeio. É a reposição duma secular prática comunitária agrícola do Barroso. O evento, apoiado pelo município, é organizado pela Associação Social e Cultural de Paredes do Rio (ASCPR).

Corrida de Cavalos” em Montalegre Este sábado à tarde realiza-se a tradicional corrida de cavalos, em passo

travado, no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, vulgo “campo do rolo”. O evento que se realiza todos os anos faz parte do programa das Festas em honra do Sr da Piedade

Exposição “O rural” no átrio da autarquia

O pintor Alfredo Cabeleira volta

a Montalegre para mostrar a sua qualidade artística. Até dia 18, no átrio da Câmara Municipal de Montalegre, terá patente ao público a exposição de pintura (óleo s/tela) “O rural”.

EM 508, de Montalegre aos limites do concelho com ChavesA EM 508, de Montalegre aos limites do concelho com Chaves, foi adjudicada à firma

José Moreira Fernandes & Filhos, Lda., nos primeiros dias do mês de Julho.Notícia que muito nos apraz registar, já que vem resolver, em parte, uma carência

enorme deste concelho no domínio das comunicações para o exterior, designadamente o acesso à A24.

Deste modo, Montalegre e todas as aldeias do leste do concelho, daqui a uns tempos (18 meses é o prazo de execução da obra), passam a beneficiar duma estrada condigna nas suas deslocações.

Prometida há 20 anos, o processo demorou 8 anos a ser resolvido. Inacreditável, mas é verdade.

Fica, no entanto, para trás a continuação da estrada pela Assureira. E desfeita a miragem duma ligação mais rápida com Chaves. A «Ponte da Vergonha» que custou ao erário público 450.000 euros ficará ali como símbolo duma má gestão levada a cabo pela Câmara de Montalegre que não soube dialogar e que, por isso, tem de ser penalizada por uso abusivo dos dinheiros públicos.

Perante o disparate cometido, Orlando Alves tinha obrigação de, por um lado pressionar o seu homólogo de Chaves para celebrarem um protocolo sobre o arranjo da estrada no seu todo (um projecto intermunicipal), por outro lado deveria pressionar o governo socialista a encontrar meios para a resolução do impasse. Mas, nada disso aconteceu. Nem preocupações sequer...

E o que virá a seguir? A PJ tem o dossier em mãos há tempos. Entretanto, consta que se corre o risco de a Câmara de Montalegre ter de devolver o dinheiro a Bruxelas.

Para aumentar a vergonha da má gestão socialista...

01 de Agosto de 2017 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Quando uns semeiam e outros colhem

1. Há políticos profissionais que andam neste mundo por ver andar os outros. Quantos mais anos têm de tarimba, mais dislates cometem. Na última Assembleia Municipal Orlando Alves, mais uma vez descarrilou para a infâmia, quando deveria explicar aos deputados municipais aquilo que eles desejavam saber. Como foi o Notícias de Barroso a dar a notícia, em primeira mão, Orlando Alves ficou furioso e disse coisas que soaram muito mal. Deu a entender que tal notícia não passava de uma forma de apoucar a sua ação. Ele próprio aproveitou a pergunta para apoucar o seu próximo adversário e responsável do Jornal. Ora qualquer político, fosse dos «nossos» ou dos «outros», deveria aproveitar essa oportunidade para esclarecer o que é o lítio, como nasceu esse projeto que na altura se localizava no lugar de Cepeda e que agora se mudou para Carvalhais.

Essas são notícias que qualquer Barrosão deve conhecer e esfregar as mãos de contente. Vamos aguardar, mais uma vez, que a ata dessa assembleia reproduza, fielmente a verdade, para que Orlando Alves, possa explicar porque motivo respondeu torto e anda agora a gastar cadernos de publicidade paga para dizer que «Montalegre vê na exploração de lítio uma oportunidade única de combater o despovoamento da região».Tem mais interesse pela fama na cidade do que respeito pelos naturais do concelho que conhecem as notícias pelos jornais de fora, só porque os «da terra são adversos». E por isso sempre prevaricou na distribuição da publicidade tratando-a como se fosse a sua

horta pessoal. Ao vir, agora a público, no suplemento regiões de A Voz de Trás-os-Montes (de 27/7) que vão chegar 370 milhões de euros, criando 200 postos de trabalho, revela que, até essa altura, nada sabia do lítio. Mostra, agora, em duas fotos, dois tipos de sacos que (por falta de legendagem) mais lembram as azenhas e os moinhos de centeio; uns, de grão para «apor» o moinho, outros de farinha, de quem acabou de moer.

Só pode entender-se que no dia da AM, ou desconhecia a «prenda da Patagónia», ou resguardava essa surpresa para a véspera das eleições. Ou não queria que se soubesse que tal «prendinha» do Pai Natal, viera para Montalegre, pela mão do Dr. José Pedro Aguiar Branco, representante legal da companhia australiana Dakota Minerais. Esperamos todos que tenha a hombridade de, quando mencionar esta boa nova, explique, Tim-Tim por Tim- tim, como lhe caiu nos braços essa criança pela qual nada fez.

Nesse suplemento de jornal, em que aparece com um saco na mão, a falar com dois funcionários, (ou jornalistas), Orlando Alves disse «esperar que não haja empecilhos jurídicos. Da parte do município, move-nos o interesse de fazer chegar a mensagem de que nada se faça, a troco de nada e tudo se faça a troco de tudo». Esta bonita frase que aparece nas bocas do autarca, dá para todos os gostos e propensões. Dava, até, para desenvolver um tratado académico. E tem dado muito jeito a muitos políticos, alguns dos quais se auto-proclamam de «donos disto tudo».

2. No lançamento da 1ª pedra, dia 21/7/2017, para a construção da Unidade Autónoma de Gaseificação para a distribuição do gás natural ao concelho de Montalegre, Orlando Alves preparou tudo para eternizar mais uma obra. Os sete magníficos perfilaram-se, bem encostados, num pedaço de terraplanada para o efeito, junto de um pau espetado, com 2 tijolos e um balde, à sua frente.

Assim,ficávamos todos sem saber, onde vai ser essa sede, freguesia e concelho. Nestas coisas o autarca sabe preparar os ambientes mediáticos, para que falem mais as imagens do que as obras. A notícia confirma o que acabo de escrever: «a história registará o meio dia de 21 de Julho de 2017, como o dia do lançamento da 1ª pedra e princípio formal das obras de construção da UAG, para a distribuição de gás natural ao concelho de Montalegre». Esta nova forma de energia, disse Orlando Alves «fecha o ciclo de enriquecimento do concelho. Depois da hídrica, eólica e solar, o gás natural vem fechar o setor de maior relevância: a produção da energia».

Ao centro dessa foto está o Dr. Armando Moreira, homem forte do PSD que é o Presidente do Conselho de Administração da Dourogás, grupo de empresas a que pertence a Sonorgás, a quem foi concedida pelo governo, a licença de distribuição dessa energia. Ele ainda teve a coragem de afirmar que este projeto vai custar 4 milhões de euros. Mas quem os vai pagar, com língua de palmo? É a Câmara, é o governo, são os fundos comunitários ou somos nós os que suportamos mais esta infraestrutura, que como se vê, cai do céu, em Montalegre, pelas mãos do PSD. Foram dois brindes seguidos, de gente do partido que tem combatido e difamado, mas que dá jeito em alturas como esta, com o gás natural e o lítio.

O que esta preparada foto não diz é o local da sede deste novo serviço, que se saúda, mas que não informa os Barrosões quanto vai custar, quem paga o investimento, como vai ser tributado logo que chegue às nossas casas e que benefícios traz às desertificadas povoações. Este empreendimento tem as suas virtudes. Mas antes de ser instalado deveria o povo ser esclarecido. Saber se traz ou não traz vantagens, por onde vão passar as condutas, se os terrenos ocupados vão ser pagos, a que preços e avaliados por quem, etc. Uma notícia destas, preparada para inglês ver, é daquelas que se fazem

para a posteridade. Foi assim com a «Ponte da Vergonha».Tem sido assim com o fornecimento da água da Barragem de Pisões aos concelhos vizinhos, com a estrada do Larouco, «a coroa de glória do seu reinado, mas que este ano o deixou cair a máscara. São foguetadas eleitorais. Depois de inauguradas as obras, ninguém se preocupa com o resto. Um exemplo: quando se criou o sistema de abastecimento de água aos concelhos do Alto Tâmega, a partir da Barragem de Pisões, foi anunciado o saneamento básico nas aldeias periféricas à Barragem de Pisões: Penedones, Parafita, Viade, etc. Sei que Parafita luta, há muitos anos, por essa necessidade. É uma das aldeias mais debruçada sobre as margens. É naquela zona que se encontra o processo de criação e comercialização das saborosas trutas. Quem pode negar que ali não vazem os aterros sanitários provenientes das comunidades sem qualquer processo de retenção e tratamento dos esgotos domésticos? Não sou técnico de latrinas. Mas pelo que ouço a gente local que me transmite estas mágoas, andamos todos a brincar com coisas muito sérias.

3. Uma entrada histórica no jornalismo local. Tal como foi noticiado pelo JN de 30/7, durante o desfile dos bois presentes na promoção do gado barrosão, em Salto, um homem de 42 anos, escorregou e caiu. Com essa atrapalhação «uma vitela e bem pequena», ter-se-á desequilibrado e acabou por estender-se junto à vítima maior «que partiu duas costelas. Houve mais aparato do que outra coisa». Isto foi-nos dito pelo Barrosão e correspondente de vários jornais, Júlio de Barros, que vive em Braga, mas sabe de gado e sabe de quanto de bom se passa em Barroso. Quando lemos o JN foi a ele que recorremos para nos dar a sua versão. Ele que é correspondente da imprensa, com provas dadas e que jogava em casa, garantiu-nos que a vitelinha era de tenra idade - e se calhar - ainda não se endireitava, suponho eu.

A notícia assinada por Sandra Borges, esclarece que foi o comandante da corporação de Bombeiros de Salto, Hernâni Carvalho que liderou o insólito acontecimento, quer na prestação dos primeiros socorros, quer com a convocação de 12 operacionais, 4 viaturas, e ainda a SIV de Montalegre. «Depois de convenientemente tratada aos ferimentos graves, a vítima foi transportada de helicóptero para o hospital de Vila Real. Na mesma semana em que isto aconteceu, o nome de Hernâni Carvalho, fora notícia, no quinzenário nº 21, como diretor desse periódico que teve como primeiro diretor o historiador Barrosão José

Dias Baptista. Quem estuda jornalismo começa por aprender que «se trata de notícia quando um homem morde o cão, deixando de ser notícia quando um cão morde um homem».

Quem sai aos seus não degenera, diz o povo. Ora o comandante dos Bombeiros de Salto, desde 2003, está ligado aos Bombeiros locais. Nunca fora notícia tão destacada. Seu pai, Hernâni Carvalho, é um distinto comentador televisivo na área do crime. O filho começa a dar nas vistas como «bombeiro de serviço permanente». Esta deverá ser a sua estreia histórica se relatar o estranho acidente no jornal que dirige, com uma foto da vitelinha, inocentemente assentada em cima da vítima que espero se salve para mais tarde recordar. E até pode acontecer que, daqui a seis meses, o presidente da Câmara convide esse acidentado e lhe entregue um desses cheques gordos que em festa de incentivo aos criadores de gado, costuma distribuir aos fidelíssimos barrosões. Talvez o Correio da Manhã e o JN que deram uma expressiva foto a cores, de bois quilhudos, vejam a recém-nascida vaquinha que daqui a um ano, pode arrebatar um prémio na vizinha Feira Pecuária da Venda Nova. Poderá ser a mascote da reconciliação entre freguesias vizinhas.

A Câmara de Montalegre continua a brindar-nos com ilegalidades atrás de ilegalidades. Segundo foi apurado, são as obras por ajuste directo (a Estrada do Larouco com processo participado ao ministério público e à polícia judiciária em 2014), as infrações cometidas contra o PDM, as infrações cometidas

contra os regulamentos em vigor, enfim são as decisões dum presidente de Câmara que, para satisfazer as vontades dos amigos que lhe garantem o voto, se dá ao luxo de fazer da lei táboa rasa.

O relato que há dias nos foi dado ver é de bradar aos céus. Casos de ilegalidades em

cima de ilegalidades e que na assembleia municipal se tentam branquear, como de banalidades se tratassem (caso do painel LED).

Mas o que me leva a vir a este assunto que um dia, e espero que não tarde muito, dará muito que falar, é a decisão do presidente da Câmara pagar milhares de euros (à volta de 5 mil) numa promoção

de publicidade ao jornal A Voz de Trás-os-Montes.

Contra o jornal da cidade capital do distrito nada a opor, pelo contrário, tem todo o direito de procurar meios de sobrevivência onde eles se podem obter. Agora o que se contesta é o jornal da terra que quinzenalmente promove o

concelho no país e no mundo inteiro, não receber um cêntimo de publicidade. Mas, isto não é só eticamente reprovável, é ilegal e também um dia, poderá tardar, mas vai acontecer: a Câmara de Montalegre será condenada.

Para mais uma vergonha a somar a tantas outras!

EDITORIAL

01 de Agosto de 20174 BarrosoNoticias de

A Geração da MediocridadePor António Lopes, Economista e Docente – E.U.A.

O cenário económico e social de Portugal, oriundo desta disfuncional democracia, resulta tão desolador, como representativo dos partidos políticos que têm dirigido e governado o país desde o 25 de Abril de 1974. Embora nos partidos abundem mais ou menos os títulos acadêmicos ou candidaturas ás incontáveis sinecuras que alberga a elefantística administração pública, o pior mal que corrompe a classe política é a sua degeneração fruto da endogamia.

A expulsão do talento, da excelência ou espírito crítico de um sistema que se retroalimenta a sí mesmo à base de exaltar a mediocridade, com a finalidade de não fazer sombra aos que chegaram mais alto. A conversão da obediência cega às consignas

é o único requisito válido para aceder a um cargo público. A exigência da lealdade férrea ao líder partidário de turno é a única condição ineludível para permancer e ser protegido por este, pelo menos até ao momento de ser apunhalado pelas costas. A incapacidade resultante de esta circunstância, para atrair a gentes procedentes de outros mundos, com ideias novas, ilusão, experiência nas tarefas de levantar a persiana de um negócio ou ofício até torná-lo rentável (não sòmente de tributar para gastar) e a disposição para sacrificar a sua comodidade pessoal no empenhamento de melhorar a vida do conjunto dos cidadãos. O castigo desapiedado à iniciativa, à fidelidade aos princípios ideológicos e mesmo aos escrúpulos, estes útimos, os escrúpulos, perante

determinadas prácticas corruptas ou giros copernicanos das ofertas programáticas, constituêm o pior lastro que pode arrastar presentemente um político português condigno e pertencente à velha escola, um pecado sem perdão possível.

Os governantes e a geração da segunda república endividaram o país em aproximadamente 243,5 mil milhões de euros ou 134% do PIB nacional, recorreram a três resgates (1977, 2003 e 2011), entregaram aos capitais exteriores as principais empresas nacionais (EDP, Rede Elêctrica Nacional, PT, etc.), resgataram quatro bancos da falência (BPN, BES, Banif e CGD) com um total de 17.635 milhões de euros, cerca de 10.2 % do PIB de 2014, acima da media europeia, contribuiram para a corrupção sistémica,

destruiram a floresta, caça e pesca e empurraram centenas de milhares para a emigração compulsiva. Construiram autoestradas, universidades, campos de futebol, Expo 98 e edifícios públicos megalómanos (CCB, Casa da Música etc.), todas estas infraestruturas incomportáveis e, em muitas instâncias, inúteis e desnecessárias e a custos exponencialmente superiores aos orçamentados.

Logo a a seguir à revolução dos cravos, extinguiram-se os guardas e brigadas florestais, escolas comerciais e industriais, optando-se por um ensino direcionado para uma cultura de salão, divorciado e desenraizado da realidade económica nacional e votou-se ao abandono o mundo rural e, como consequência, não é de estranhar, a onda de

incêndios que todos os anos dizima florestas, habitações e algumas pessoas, como o que aconteceu recentemente no centro do país.

Não restam dúvidas que este é um país que cultiva e venera o futebol e os seus atletas mais bem pagos, como se vê todos os dias na rádio e televisão, muitos dos quais não passam de uns tubarões, parasitas e mercenários que vivem à custa dos adeptos mais fanáticos, incautos e irracionais, atletas estes, que em muitas instâncias, auferem mais num mês que muita gente numa vida inteira. E para cúmulo de tudo isto, o país decidiu atribuir ao Aeroporto da Madeira o nome de Cristiano Ronaldo, um aristocrata afortunado e sem piedade dos tempos que correm.

Ao que chegou este país!

Mensagem de um médico checo em serviço na Alemanha «Ontem no Hospital,

tivemos uma reunião acerca da situação aqui e noutros Hospitais de Munique que está insustentável. Os médicos não conseguem resolver as enorme quantidades de emergências médicas dos imigrantes, pelo que começaram a enviá-los para os Hospitais principais.

Muitos Muçulmanos recusam-se a serem assistidos por enfermeiras e as mulheres recusam agora qualquer contacto com eles. A relação entre os funcionários e os imigrantes vai de mal a pior pois desde a semana passada os imigrantes que vêm aos hospitais têm de ser acompanhados por policias com unidades K-9.

Muitos imigrantes que recebem receitas médicas para aviarem nas farmácias e se sabem que têm de pagar, recusam-se a fazê-lo e chegam a abandonar as crianças nas farmácias dizendo: “então curem-nas vocês”.

A policia alemã não está somente a guardar as clínicas e os hospitais, mas também as farmácias mais utilizadas.

Perguntamos nós onde estão todos aqueles que deram as boas vindas aos imigrantes

em frente dos operadores da TV com dísticos em estações de comboios? Sim, um milhão deles temos já aqui e não conseguimos livrar-nos desta situação.

Até agora o numero de desempregados na Alemanha era de 2.2 milhões e possivelmente agora vai subir para 3,5 milhões, pois a maior parte destes têm pequena percentagem de instrução e as mulheres não trabalham. Estimamos que uma em cada dez está gravida.

Milhares de imigrantes trouxeram bebés e crianças com menos de 6 anos com imensas necessidades. Se a situação continuar e a Alemanha reabrir as fronteiras irei para a Republica Checa. Ninguém me pode obrigar a permanecer nesta situação nem mesmo com ordenado a dobrar. Vim para a Alemanha para trabalhar não vim para a África nem para o Médio Oriente.

O próprio Médico que chefia o nosso Departamento disse-nos como estava triste em ver certos episódios como a empregada da limpeza que está connosco há imensos anos ter de confrontar-se diariamente com uma imensidade de homens gritando

com ela exigindo tudo sem pagar insultando-a constantemente.

Eu sinceramente não preciso desta situação mas se regressar à República Checa receio que mais tarde ou mais cedo vai haver uma repetição destes graves acontecimentos.

Quem não teve qualquer contacto com estas pessoas, não faz uma pequena ideia de como eles nos tratam e como agem de modo superior com o nosso pessoal, como se a religião deles fosse a única religião.

Num Hospital perto de Rhine, imigrantes atacaram o médico e enfermeiras com facas depois de terem entregue um bebé de 8 meses que transportaram pela Europa fora.

A criança faleceu dois dias depois apesar de ter tido os melhores cuidados pediátricos numa das melhores clínicas da Alemanha. O médico pediátrico teve de ser operado e as enfermeiras ainda estão sob cuidado médico. O triste disto é que ninguém foi castigado.

Os jornais e a televisão estão

proibidos de escreverem ou falarem sobre este assunto e só podemos passar as informações

por e-mail. O que aconteceria a um alemão se esfaqueasse um médico e enfermeiras? Ou se tivesse atirado a sua urina carregada de micróbios na cara de uma enfermeira? O mínimo seria ir direitinho para a prisão e depois ser julgado. No entanto, os muçulmanos que fazem tudo isto são cobertos pelo governo e não são castigados.

E agora pergunto: onde estão todos aqueles que deram as boas vindas aos imigrantes? Sentados calmamente nas suas

casas gozando uma vida sem problemas. Eu trazia todos esses que deram as “boas vindas” aos imigrantes a trabalhar nas emergências dos hospitais e depois levava-os para moradias para tomarem conta deles próprios sem a ajuda da policia que, infelizmente, está em todos os hospitais aqui.

Esta é a “situação” que se vive na Alemanha».

Michael Payne, médico RS

01 de Agosto de 2017 5BarrosoNoticias de

UCC – Unidade de Cuidados ContinuadosMais um “elefante branco” da Câmara Municipal de Montalegre

Na última edição, publicámos uma notícia que dava conta de alguns aspectos relacionados com uma obra que já absorveu muito dinheiro ao Estado e à autarquia e continua em “banho maria” e, o que é pior, o processo encontra-se envolvido num mistério que ninguém entende.

Acácio Gonçalves, deputado municipal e irmão da San-ta Casa da Misericórdia, tem acompanhado o processo desde o início e aponta-nos situações mirabolantes, indo ao ponto de referir que “o dinheiro andou à frente e a obra atrás”.

Muito depois de Montalegre apresentar o projecto nas instâncias oficiais, surgiu Boticas com idêntica proposta cujo processo correu seus termos com toda a normalidade e, poucos meses depois, estava a funcionar em pleno. Já com vários anos a servir a população da região, alguns doentes acamados de Montalegre têm tido ali o seu refúgio para algum sossego dos seus familiares, dissemos nós na última edição.

À Ponte da Vergonha, à Pista de Rallicross, às Piscinas Municipais e ao Campo de Tiro junta-se agora mais um “ele-fante branco” que o povo do concelho tem obrigação de co-nhecer e assim avaliar o desatroso desempenho da Câmara de Montalegre que GASTA o dinheiro de todos nós em obras sem planeamento e que não tem capacidade de as executar.

Vejamos o que nos refere Acácio da Silva Gonçalves que, como deputado municipal e irmão da Santa Casa, tal como é seu estrito dever, responsavelmente se debruça sobre o processo e com detalhes tenta esclarecer o atabalhoado de nuances porque tem passado a obra desde o seu início até esta altura, já lá vão 7 anos. Inacreditável!

“1 -A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integra-dos foi criada através do DL 101/2006 de 6 de Junho e aqui já partimos com um atraso de 4 anos.

2- Em 2009, iniciaram-se conversações entre a CMM e a ISCM ( Irmandade da SCM), e, passados uns meses, a 18/6/2010), as duas entidades estabelecem um contrato atra-vés de um protocolo que foi aprovado em reunião do executi-vo camarário naquela data, no qual estabelecem várias clau-sulas, uma das quais, a CMM se comprometia a pagar um empréstimo dividido em prestações mensais de 18.269,46 euros durante 20 anos, concedido pela banca para suportar os custos da infraestrutura que nessa data estava calculada em 2.841.895,51 euros. Nesta data foi transferida uma verba

de 132.440,00 euros para pagamento do projecto. A Santa Casa também já tinha recebido da Segurança

Social 750.000,00 euros. No protocolo ficou acordado cons-truir a infraestrutura no prazo de 18 meses.

3 - Um ano se passou e a obra nem andava nem deixava

de andar e então surge o 2.º protocolo em que se revogava o primeiro, aprovado pelo executivo e pela Assembleia Mu-nicipal respectivamente em 6/6/11 e 24/6/11, continuando

o clausulado a comprometer as duas entidades a concluír a obra no espaço de 18 meses.

Mas os meses, pura e simplesmente não existiam, deram lugar a anos e agora a obra já tinha outro custo porque teriam de acrescer o IVA que no primeiro protocolo não constava, assim como 135.000,00 euros do projecto técnico, trabalhos complementares de 100.000,00 euros, valor do equipamen-to e mobiliário de 350.000,00 euros e o valor do terreno pro-priedade da Irmandade da SCM, 220.000,00 e assim total do custo da obra é de 3.646.895,51 que será adjudicada em CONCURSO LIMITADO (3ª Clausula ).

É caso para se questionar onde vai a Irmandade arranjar o dinheiro que de certeza vai faltar porque o executivo no 1º

protocolo só vai até 2.841.985,51 euros e os 18.000,00 euros mensais não chegam a aquele montante.

4 - A fonte de receita que a Irmandade terá de suportar

além do empréstimo que lhe foi concedido não me parece razoável e o município lá vai aguentando com mais uns pata-cos a titulo de subsidio, até quando?

5 – Entretanto, acompanhando os subsídios pagos pelo

municipio á Irmandade da SCM para suprir os custos que a seguir se indicam, ano a ano (7 anos), vemos o seguinte:

Subsidio atríbuido pela Segurança So-

cial................................750.000,00 2010 -projecto técnico da obra......................132.440,00

2011- subsidio para mobiliário e equipamento (onde foi aplicado, já que o prédio não estaria em condições de o rece-ber ?) .............................250.000,00

2012 subsidio.................................................. 331.000,002013 - “ ................................................. 241.830,002014 - “ …............................................... 115.500.002015 - “ ............... ......................................315.020,382016- “ ......................................................303.000,00Total................................................................2.438.790,00O Presidente Orlando Alves, numa AM, disse que ainda

iria atribuir um subsidio de um milhão para mobiliário e equi-pamento.

Esta obra, que não anda nem desanda, está mesmo a precisar de uma sindicância”, remata Acácio Gonçalves”.

Depois deste quadro que se relata, os leitores que ve-jam e façam a sua própria análise. A Câmara Municipal de Montalegre está a ser gerida de forma irresponsável. Com os dinheiros de todos nós não se pode brincar. E afinal é o que vemos nos sucessivos processos que, de edição em edição, temos dado a conhecer.

Isto não é criticar por criticar, é jornalismo. A comunica-ção social se existe, tem obrigações de alertar para situações anormais, como esta e as outras, porque é o interesse público que está em causa.

Um raio, um acidente ou um pirómano. Independentemente da origem, a história repete-se todos os anos. As nossas florestas ardem e o fogo calcina a paisagem devorando tudo o que lhe aparece à frente!

Foram feitos estudos, fotografando a natureza incendiada, que mostram que Portugal é o País da Europa (proporcionalmente) com mais área ardida. Algo está mal e, teimosamente, continua-se a não querer «ver» a realidade. Distintos representantes políticos insistem em dizer que os pirómanos são os causadores da maioria dos incêndios que acontecem nas nossas florestas. Será que algum deles diz que a maioria dos nossos bosques, montes e florestas estão abandonados e que o mato prolifera por todo o lado? Pois acontece que isto é que é a «pólvora dos pirómanos» vindo depois o calor e os fortes ventos acentuar estes desastres.

Há que implementar rapidamente uma verdadeira política de combate ao fogos, mas antes disso uma política de prevenção… Há que de novo criar equipas de trabalhadores para cuidar das nossas matas durante todo o ano (criando-se também

assim novos postos de trabalho) e fazer contra fogos em zonas estratégicas.

Gastam-se agora rios de dinheiro em comissões independentes nomeadas para perceber o que correu mal nos últimos incêndios e prometem-se indemnizações às vítimas… Então não seria melhor que previamente se tivesse investido na prevenção para evitar ou minorar todas estas tragédias?

Alguém me pode explicar (e peço encarecidamente), porque razão o Governo português não tem aviões de combate aos fogos florestais? Há (ou houve) dinheiro para estádios que agora “estão às moscas”, há dinheiro (ou houve) para fazer 2 auto-estradas paralelas (caso Porto/Lisboa) e cabe lá na cabeça de alguém que tenhamos que pedir (emprestados) ao estrangeiro aviões de combate aos fogos quando estas tragédias acontecem? Até da vizinha Galiza vieram…

Será que o Estado não tem dinheiro para comprar uma dúzia de aviões Cannadair? Mas isto cabe na cabeça de alguém? Mas porque raio de razão se não adquirem estes aparelhos? Digam-me por favor…

Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis?

Porque é que as Forças Armadas continuam a

encomendar helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?

Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer, ou seja:

Assumir directamente o

combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar ;

Distribuir as forças militares

pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas) ;

Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando

substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores ;

Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei ;

Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível ;

E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios… !

Enfim, (e para terminar) gastam-se actualmente por ano 40 milhões de euros em sistemas de comunicação que não funcionam correctamente…

Mas onde é que se já viu isto? (Num país minimamente civilizado)?

Isto «põe-me» fora de mim… O verão ainda vai a meio… e

pelos vistos o calor vai continuar (se não se acentuar mesmo…). Para escaparmos a este inferno, pelos vistos aquilo que nos resta é…rezar!

José SARMENTO-LAMEIRÃO

Teimosamente, as árvores em Portugal continuam a vestir-se de negro…

01 de Agosto de 20176 BarrosoNoticias de

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 100 – Sem

Sem nada. Com tudo. Sem tudo. Com nada…Afinidades com o todo e divergências com o nada. Assumpção da inexistência da ligação com o todo e da verificação da atitude utópica de tudo querer ver. De tudo querer saber… A interiorização de que o todo nunca o poderia ser sem a existência do nada. Será que conseguimos entender o todo sem entendermos aprioristicamente o nada? Afinal de contas, talvez seja um pouco difícil conseguir alcançar o entendimento completo acerca de cada um destes conceitos. Seja de forma isolada, seja de uma abordagem holística, através da construção de um novo conceito onde ambas as ideias se conjugam. Ao fim e ao cabo, quantas vezes é que fomos confrontados com situações em que se verificou a condição do todo ou do nada? Talvez seja relativamente fácil conceber o conceito, idealizando os seus contornos, formando uma imagem mental, construída à força de um exercício de abstracção que vai muito para além da capacidade pictórica com que enquadramos as outras ideias. O nível de abstracção é significativamente superior ao necessário para um enquadramento de quaisquer outros conceitos. Porquê? Porque, simplesmente, o conceito do todo engloba em si mesmo a existência de outro conceito que lhe permita assumir-se como um todo. E esse conceito é o nada, sem o qual o todo nunca poderia existir.

João Nuno Gusmão

Última HoraJogo sujo dos socialistas começa a manchar o acto eleitoral de 1-O

Nos últimos dias do mês de Julho, a Conservatória do Registo Civil teve uma afluência inusitada por parte de muitas pessoas que optaram por mudar a sua resi-dência tendo em vista o próximo acto eleitoral.

Segundo nos foi dado verificar, houve transferências de cidadãos de freguesias para freguesias com o claro objectivo de condicionar e influenciar o resultado elei-toral dessas mesmas freguesias.

O acto praticado por gente sem escrúpulos mas, ao que tudo indica incenti-vado pela estrutura local do partido socialista, não é só eticamente reprovável, é ilegal. É também puro caciquismo.

Se essas pessoas não tiverem residência habitual nessas freguesias, estão a in-fringir a lei. E disso vão ter que responder perante os tribunais.

O processo eleitoral tem de correr de forma límpida e transparente. Manobras deste tipo serão denunciadas ao ministério público.

Aviso aos emigrantes

Também os emigrantes que recebem subsídios da Segurança Social dos paises onde trabalham, se votarem em Portugal, podem ser penalizados com o corte dos respectivos subsídios. É que o cidadão que votar em Portugal está a fazer prova que reside em Portugal.

Para tal, basta que haja uma denúncia à Segurança Social dos paises donde es-tão inscritos e os benefícios são-lhes retirados. Atenção, pois, vale mais prevenir....

Nota recebida da CP do PSD

IN MEMORIAM...Crianças francesas acolhidas em Montalegre

No decurso da 2ª Grande Guerra Mundial foram acolhidas crianças Francesas em Montalegre. Uma delas ficou em casa do Tenente João Rodrigues Canêdo e uma outra terá sido alojada pelo Pároco de Montalegre.

Gesto nobre a destas pessoas grandes de Barroso e de que se dá a devida conta para memória futura.

01 de Agosto de 2017 7BarrosoNoticias de

Entre as muitas funções específicas de uma câmara municipal, no que à satisfação das necessidades primárias das populações diz respeito, contam-se os saneamentos. Não vale a pena defender aqui, tão óbvio que é, a

sua utilidade em termos de asseio, de higiene pessoal e comunitária e ainda de impacto positivo no meio ambiente, especialmente na qualidade da água dos aquíferos. No fim de contas, os saneamentos devem ter a mesma atenção que têm o fornecimento de água de qualidade, os arruamentos, a iluminação pública, a recolha e tratamento dos lixos, as escolas e sua proximidade, o planeamento e o cuidado urbanístico, o desenvolvimento sócio-económico em geral… Estas são algumas das principais e inadiáveis funções dos municípios em que não pode haver cedências nem dilações. Observando os concelhos limítrofes, notamos que os saneamentos das aldeias estão praticamente feitos, sendo Montalegre a única excepção.

No caso de Montalegre, há carências em todas as competências atrás referidas, mas o caso mais grave são os saneamentos. Não sei se o amigo leitor sabia que, das 135 aldeias, cerca de 103 não têm saneamento.

Quem não acreditar que vá ver. É o caso mais grave de Portugal e, em termos europeus, só comparável às zonas mais pobres da Bulgária. Em Montalegre, a Câmara financia todo o tipo de eventos, de borgas e de investimentos supérfluos e

sem retorno para as populações, mas quando se trata de responder ao que é local e essencial, o município falha, falha sempre e redondamente. Em Montalegre há financiamento de corridas de bicicletas, de muitas corridas de trotinetes, carros e camiões,

passeios de jipe, clubes de caça e de pesca, financiamento de variadas patuscadas e de associações que desenvolvem atividades supérfluas; a maior fatia do orçamento vai para as obras nulas e que estão a apodrecer: Ponte do Assureira, estrada do Larouco, estrada de Chaves, pista de 14 milhões, variante à Vila, central de camionagem, piscina municipal, ETAR, casa do PNPG em Paradela… Com a Sexta

13, dizem que fizeram a maior rambóia de rua de Portugal, onde o município serve gratuitamente bebidas alcoólicas, mesmo a quem não tem idade para as consumir. Tenho razões para presumir que neste momento a Sexta 13 também já é um paraíso do consumo de drogas, muito devido ao disfarce físico que a festa das bruxas e o ambiente noturno permitem.

Na ausência de saneamentos, a primeira consequência é a vulgarização da fossa séptica e suas consequências: além de ser proibida por lei, polui os aquíferos. Todavia, as pessoas não têm alternativa senão passar para a situação de ilegalidade. A segunda consequência é a sujidade que povoa a aldeia e o convívio franco entre pessoas e excrementos, tanto os dos animais domésticos, como os das pessoas. A terceira consequência é que em muitas

aldeias a antiga surreira continua a ser um lugar frequentado. Que “riqueza” para o antropólogo, o etnógrafo e para o turista, que dessa forma tem acesso a hábitos e usos já extintos nas outras regiões, mas aqui vulgares e rotineiros; e aquele limpar o rabo com a mão esquerda é uma preciosidade! Que eu saiba, só em Barroso é que existe e no deserto entre os beduínos. A quarta consequência é não haver jovens que queiram fixar-se numa

aldeia imunda e sem empregos próximos; e com o fim dos velhos, que arrastam as pernas pelas ruas cheias de ervas, também as aldeias, uma a uma, vão acabando, como recentemente aconteceu com Paio Afonso, e não “Pai Afonso”, como

escreve a CMM. Em termos de saneamento,

vale a pena pôr em confronto o que fez o PSD nos seus quatro mandatos e sem fundos comunitários e o que fez o PS nos seus sete mandatos e sempre com fundos comunitários. Talvez o amigo leitor não saiba que o PS fez mais saneamentos em número, mas o PSD (apesar de nunca gozar de fundos comunitários e durante muito menos tempo) fê-los para mais população do que o PS. Cito como exemplos, apenas os saneamentos de Montalegre (quase todo), Salto, Vilar de Perdizes, Gralhas, Tourém…

O Presidente Orlando Alves, durante o seu mandato, apenas fez Vila da Ponte e Morgade. Prometeu fazer o de Parafita, mas à última hora trocou-o pelo da Vila da Ponte, tendo esta manobra sido uma desconsideração e falta de respeito para com as pessoas de Parafita. Mesmo assim é capaz de ganhar aí as eleições se os caciques do sítio fizerem o seu trabalho.

O caso de Sarraquinhos é

paradigmático: havendo um lar na aldeia, que tem mais gente do que a própria aldeia, não foi feito saneamento, apesar de terem tido oportunidade quando arranjaram as ruas. Naturalmente que o lar recorreu à habitual fossa séptica

que, tal o impacto, acabou por secar tudo à sua volta. O mesmo se diga da vasta e populosa freguesia de Cabril: quase nenhuma aldeia tem saneamento. Ao lado, as aldeias o Minho têm-no todas. Nestas aldeias, concertaram as ruas, mas não fizeram os saneamentos nem pensam fazer: Cepeda, Zebral, Antigo, Sarraquinhos já dito, Cortiço… Noutras (recordo-me de São Pedro, mas há muitas mais), abriram valas para os canos da água, mas não fizeram saneamento nem pensam fazer.

Amigo leitor, as razões para não votar PS nas próximas eleições, a 1 de outubro, são muitas. Não queremos um executivo camarário de farristas e de gente que pensa mais nos seus próprios negócios com a Câmara e nas pessoas de fora do que no desenvolvimento sócio-económico das suas gentes. Não fizeram nada para ajudar as pessoas naquilo que realmente lhes importa.

MANUEL RAMOS

Política municipal vista de fora

103 aldeias sem saneamento

Depois de várias considerações acerca da EN 103, e do seu “estado de total abandono por parte do governo português”, dizendo expressamente que as características do traçado são as mesmas de há mais de um século, sem faixas para lentos, por exemplo e sem as mínimas condições de segurança”, esta estrada (EN 103) que se desenvolve sobre a via militar XXVII dos romanos que unia Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (Astorga) da Comunidade Autónoma de Castela e Leon, o Pleno da Corporatión do Concello de Baltar,

por unanimidade dos concelheiros acordou na seguinte moção:

Apoio à iniciativa promovida pola Associaçao dos Amigos da EN 103 en relación coa estrada que une Montalegre a Chaves e a Braga, Barcelos e Viana do Castelo

“Considerar necesaria a modificación desta vía importantísima que une o litoral norte portugués, o interior transmontano e o sur da provincia de Ourense, en particular as cidades de Braga,

Guimaraes, Barcelos e Ourense, entendendo que a modificación da referida estarada em vía rápida traerá enomes beneficios a todos os portugueses do Barroso e do norte transmontano e aos galegos do sur-sureste de Galicia, polo que damos a esta causa o nosso apoio total e expresamos formalmente esse mesmo apoio ante o goberno portugués”.

Assina: José Antonio Feijóo Alonso,

alcalde de Baltar

Espanhóis apoiam a EN 103SAUDAÇÃO AOS EMIGRANTES

O mundo é outro em Montalegre com mais vida e alegria. Os nossos emigrantes estão conosco. BOAS FÉRIAS é o que o Notícias de Barroso deseja a todos os emigrantes.

A nossa terra é de todos nós e aos emigrantes mui-to deve por aquilo que têm feito em prol do seu desen-volvimento.

Ao mesmo tempo que formulamos votos de uma boa estadia entre nós e noutras paragens, o Notícias de Barroso continuará a ser o vosso mensageiro ami-go levando até vós as notícias (nem sempre boas) da nossa terra.

Que Deus vos ajude!

“Observando os concelhos limítrofes, notamos que os saneamentos das aldeias estão praticamente feitos, sendo

Montalegre a única excepção… Não sei se o amigo leitor sabia que, das 135 aldeias, cerca de 103 não têm saneamento. É o caso mais grave de Portugal e, em termos europeus, só comparável às

zonas mais pobres da Bulgária.”

“As razões para não votar PS nas próximas eleições, a 1 de outubro, são muitas. Não queremos um executivo camarário de farristas e de gente que pensa mais nos seus próprios negócios

com a Câmara e nas pessoas de fora do que no desenvolvimento sócio-económico das suas próprias gentes”.

“Em termos de saneamento, vale a pena pôr em confronto o que fez o PSD nos seus quatro mandatos e sem fundos comunitários

e o que fez o PS nos seus oito mandatos e sempre com fundos comunitários. Talvez o amigo leitor não saiba que o PS fez mais

saneamentos em número, mas o PSD (apesar de nunca gozar de fundos comunitários) fê-los para mais população do que o PS.”

BarrosoNoticias de

8 01 de Agosto de 2017

BarrosoNoticias de

901 de Agosto de 2017

01 de Agosto de 201710 BarrosoNoticias de

OS DRONESHá já umas boas décadas, numa visita à Suíça a convite de democratas-

cristãos, que se estendeu a mais alguns portugueses, tive a oportunidade de escutar de certo político local o modo como o elevado grau de criminalidade que vinha tendo lugar no íncio do Século XX havia sido estancado: penas pesadas para crimes suaves. E foi com um sorriso, envolvendo algum espanto, que escutei estas palavras, tal como o grande amigo que ali me acompanhava.

Isto mesmo me ocorreu com o que se vem passando com o caso dos drones, ao menos em Lisboa. É um tema que rapidamente se tornou perigoso, assustador e de difícil ataque. Mas também é, no caso de ocorrer um qualquer desastre, uma ponta de lança político-partidária a utilizar contra o atual Governo. Como se vem já dando com o incêndio de Pedrógão Grande, com o desaparecimento de material militar de Tancos, etc.. Até porque o Diabo nunca chegou, antes os anjos bons anunciadores.

Torna-se essencial, pois, seguir o exemplo suíço, legislando de modo forte contra os prevaricadores e considerando o uso de drones, em certas situações, como um ato contra a segurança dos cidadãos e do País. E cometendo à Polícia Judiciária, bem como às restantes autoridades, a descoberta e apresentação a juízo dos prevaricadores. De resto, é extremamente duvidoso – eu não tenho dúvidas – que possa considerar-se legal a utilização de drones para lá de certos lugares e no âmbito de competições, apresentações ou para o correspondente treino.

Devo dizer, em todo o caso, que me custa acreditar que alguém que utilize um drone chegue ao irresponsável ponto de pôr em causa a sustentabilidade de uma aeronave de passageiros ou uma outra que sobrevoe uma cidade. Mas há um dado que é certo: esta prática assusta as populações – neste momento, na mesa ao lado da minha, um casal de gente idosa fala, com receio, deste caso –, mormente de Lisboa, acabando por criar uma revolta potencial contra o Governo em funções.

É um aspeto sobre o que vale a pena ler o meu texto, FAZENDO O PONTO DA SITUAÇÃO, publicado há já uns bons anos. Para lá da realidade substantiva que tratava, o mecanismo apresentado mantém-se sempre. O Primeiro-Ministro que se cuide, porque os seus êxitos vêm incomodando muita gente.

Hélio Bernardo Lopes

José de Moura Rodrigues nasceu no Cortiço, freguesia de Cervos, concelho de Montalegre, no dia 11.06.1970 (47 anos), e foi o segundo de cinco filhos de António Rodrigues e de Zélia Lopes de Moura, agricultor e doméstica respectivamente.

Licenciado em Economia pela Faculdade da Universidade do Porto, tem licenciatura em Relações Internacionais – Ramo Relações Económicas, da UM, Pós-Graduação em Gestão Pública, na Universidade de Aveiro, Mestrado em Contabilidade, ainda Pós-Graduação em Auditoria Interna e Gestão de Risco Empresarial, Curso Executivo de Fiscalidade e Planeamento Fiscal, da Católica Porto Business School.

Da sua actividade económica, destaque para Técnico Tributário/superior no Serviço de Finanças do Porto e na Maia, auditor interno da Direção de Serviços de Auditoria Interna, técnico superior na Direção de Finanças do Porto, no planeamento da inspeção tributária e na coordenação do Serviço de Gestão Documental. Foi Chefe de Divisão no Município de Felgueiras onde assumiu a responsabilidade dos sectores de candidaturas aos fundos comunitários, de informática, comunicação e multimédia, de atendimento (gabinete do munícipe) e de auditoria interna.

Em termos sociais, foi atleta e dirigente da Associação “A Colmeia”, Barracão, membro da Assembleia Municipal de Montalegre, membro da Comissão Política Concelhia do PSD-Montalegre, Presidente do Conselho Diretivo dos Baldios do Cortiço e membro da Comissão de Honra da candidatura de Rui Moreira «O Nosso Partido é o Porto», em 2013.

JOSÉ DE MOURA RODRIGUES

01 de Agosto de 2017 11BarrosoNoticias de

Já celebrei casamentos em que tudo foi exemplar. Deu-me um grande prazer presidir à celebração e ver nascer um casal ou uma família, com toda a assembleia contagiada e participativa, numa atmosfera cristã. Mas estes casos estão-se a tornar uma exceção. A celebração do casamento católico está a entrar por caminhos inconcebíveis e está a chegar a um ponto que vai ser preciso pôr ordem na casa. Estamos a assistir a uma banalização e a uma mundanização do matrimónio católico, que são inadmissíveis. Sabemos qual é a principal razão: a maioria dos casais que pedem o matrimónio e a maioria

das pessoas que participam nos casamentos não tem vida de Igreja. Daí que já não se sabe rezar e participar dignamente numa missa, não se tem piedade e reverência diante de Deus e o casamento seja um espetáculo como outro qualquer, mas não é. Para muitos convidados é isso mesmo: o casamento é uma festa social, um espetáculo, ser numa igreja ou noutro lugar qualquer, tanto faz. Ao ponto a que chegámos!

Comecemos por refletir na apresentação e na indumentária. Um casamento na Igreja implica que as pessoas se apresentem com dignidade e respeito diante de Deus. Não se deve estar diante de Deus e numa Eucaristia de qualquer maneira. Mas, pelos vistos, Deus pouco importa. Dia de casamento está-se a tornar dia para dar nas vistas, exibicionismo, mostrar sensualidade, expor um vestido glamoroso, alguns a tocar a indecência, e uma maquilhagem arrebatadora ou um penteado estrondoso. São valores poucos cristãos. De facto, deve imperar a boa e elegante apresentação, mas aqueles exageros, prenhes de vaidade, são dispensáveis.

Depois, destaca-se a atitude

e o espírito com que se está na celebração. É pouco notória uma atitude humilde, reverente e compassiva diante de Deus. Pelo contrário, reina a distração, o alheamento e o desinteresse, a aridez espiritual. Poucos prestam atenção às leituras, às orações e ao rito matrimonial e eucarístico. Ao invés, as coisas engraçadinhas ou bizarrices que os noivos se lembraram de acrescentar merecem toda a atenção. Há muitos acrescentos que os noivos solicitam, que não têm sentido num matrimónio católico. Por exemplo, as damas de honor estão a ganhar uma relevância que não tem qualquer justificação no casamento católico, não merecendo, por isso, entradas solenes ou lugares de destaque na celebração, entre outros. Celebrar um casamento católico é louvor e encontro com Deus, é celebrar o amor, a bênção e a graça de Deus, a aliança de Cristo com a Igreja, abrir-se a Deus e aderir aos seus desígnios para a vida e a família, e não apenas «assistir» levianamente a um enlace ou a uma cena graciosa de dois noivos loucamente apaixonados.

Os coros escolhidos pelos

noivos, na sua maioria, vêm para dar um concerto ou dar o seu espetáculo e não para ajudar a rezar e a celebrar a liturgia, porque é para isso que há música na liturgia. Muitos cânticos apresentados são inapropriados para a celebração de um matrimónio, porque não têm nada a ver com o espírito e a liturgia do mesmo, não têm raiz na Palavra de Deus e na fé cristã, são de origem pop ou rock e expressam um sentimentalismo vago e redundante, que não condiz com o verdadeiro espirito da celebração cristã. Está para sair um cancioneiro de músicas religiosas para casamento. Espero que os coros, que participam em casamentos, sejam obrigados a acolhê-lo, e até seria bom criar-se um diretório litúrgico e terem uma certificação das dioceses para poder animar as liturgias dos matrimónios.

Por fim, deixo duas perguntas: quantos noivos, que solicitam a celebração do casamento na Igreja, se empenham por conhecer a doutrina da Igreja Católica sobre o matrimónio e a família? E não é por falta de vontade da Igreja. A arte de amar e viver em família

tem muito que se lhe diga. Se se pede o matrimónio católico, é para se viver o casamento e em família de acordo com os princípios e os valores cristãos e não ao sabor da moda ou da mentalidade mundana dominante ou segundo os ditames do voluntarismo e dos meros caprichos individuais. E como compreender que um casal se separe ao fim de um ano ou até menos? Vai-se assim para um casamento com tamanha inconsciência e imaturidade? Faz-se um pedido de casamento espalhafatoso, organiza-se um estardalhaço no dia do casamento, gasta-se uma fortuna (e o quanto não custa hoje participar num casamento!), dizem-se coisas tão belas e promovem-se surpresas tão emocionantes e tudo acaba ao fim de meia dúzia de meses? Que fantochada é esta? Será que não temos um bocadinho de vergonha? É uma banalização do casamento inaceitável. Ao menos peçam desculpa aos convidados. Sinais dos tempos: aparências e só aparências. Por dentro, estamos ocos como um cântaro.

A Mundanização dos Casamentos

Pe Vítor Pereira

BOTICASBOTICAS RECUOU AO TEMPO DOS ROMANOS

Boticas acolheu durante os dias 14, 15 e 16 de julho, o “Hospitium Barrosorum/Pacto Barrosão”, iniciativa promovida em conjunto pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho e pela Câmara Municipal.

Ao longo dos três dias, a vila encheu-se de movimento com o desfile e manobras militares dos corpos legionários e a realização de várias encenações alusivas à época romana, assim como jogos tradicionais, teatro, música, gastronomia e artesanato.

A recriação histórica da chegada dos Romanos à região do Barroso e o contacto com a civilização

Castreja realizou-se no jardim do Ribeiro do Fontão, local onde se localizaram os acampamentos castrejos e romanos e onde se realizou a encenação do “Pacto de Hospitalidade”, com o líder das tribos castrejas a ser recebido pelo general romano.

Além da componente cultural e histórica, o evento contou ainda com a participação dos

comerciantes locais, no mercado instalado na rua junto ao jardim do Ribeiro do Fontão, e com a participação, à semelhança de outras iniciativas, de várias associações do concelho.

Durante a manhã de domingo, dia 16 de julho, realizou-se uma caminhada ao Castro de Sapelos, um dos vários monumentos arqueológicos existentes no Município Barrosão.

BOTICAS FINALISTA DOS PRÉMIOS MUNICÍPIO DO ANO PORTUGAL 2017

Boticas foi um dos 36 concelhos portugueses nomeados para o “Município do Ano Portugal 2017”, com o projeto social “Dar Vida aos Anos Envelhecendo”.

Os resultados do concurso foram divulgados esta quinta-feira, dia 27 de julho, numa cerimónia que se realizou no Fundão.

De referir que Boticas foi o único concelho do Alto Tâmega a candidatar-se aos Prémios “Municípios do Ano Portugal 2017”.

O Presidente da Câmara, Fernando Queiroga, esteve presente no evento, onde recebeu o Diploma de Finalista Nomeado, na categoria Norte, com menos de 20 mil habitantes.

Apesar do Município Barrosão não ter conquistado o prémio, Fernando Queiroga, acredita que “o projeto “Dar Vida aos Anos Envelhecendo” está a crescer de forma sustentada”.

“Neste momento são oito as localidades abrangidas por

esta iniciativa, mas estamos a trabalhar no sentido de, em breve, alargá-la a mais aldeias

do concelho”, acrescentou o autarca.

Recorde-se que o projeto social “Dar Vida aos Anos Envelhecendo” é uma iniciativa da responsabilidade do Município de Boticas em conjunto com o Centro de Saúde local, que tem como missão promover uma vida mais ativa e saudável através da prática de exercício físico e prevenir e diminuir a mortalidade por doenças cardiovasculares nas pessoas com mais de 55 anos.

JOVENS BOTIQUENSES FREQUENTAM UNIVERSIDADE JÚNIOR NO PORTO

Os 30 jovens que participam na Universidade Júnior foram recebidos, na passada sexta-feira, dia 21 de julho, no Salão Nobre dos Paços do Concelho pelo Presidente da Câmara Municipal, Fernando Queiroga, que fez questão de desejar boa estadia e excelente aprendizagem a todos participantes da iniciativa organizada pela Universidade do Porto (UP) e

à qual o Município de Boticas se associa.

Entre os dias 23 e 28 de julho, os jovens botiquenses frequentam diversas atividades promovidas pelas 14 faculdades da UP, em áreas como as ciências, tecnologias,

humanidades, artes ou desporto.

Fernando Queiroga sublinhou que “é importante que os jovens tenham uma ideia sobre aquilo que querem para o futuro e que esta é a oportunidade certa para poderem escolher a área que mais gostam”.

“A autarquia continuará a apoiar as crianças e jovens do concelho, quer no seu percurso escolar e académico, quer no primeiro contacto com o mundo do trabalho”, acrescentou o autarca.

A Universidade Júnior tem como objetivos promover o gosto pelo conhecimento em múltiplas áreas e o interesse pelos estudos superiores, proporcionar a familiarização com o ambiente académico e contribuir para a escolha de um percurso vocacional.

De realçar que o Município de Boticas suporta a totalidade das despesas inerentes à participação dos 30 jovens, como seja a inscrição, alojamento e transporte.

BOTICAS CONTINUA A SER O MUNICÍPIO DO DISTRITO MAIS EFICIENTE EM TERMOS FINANCEIROS

Município de Boticas subiu, em 2016, para o 17º lugar do ranking dos municípios mais eficientes em termos de gestão financeira entre os municípios portugueses de pequena dimensão (num total de 185), escalando três posições na tabela, comparativamente com o ano anterior.

É o segundo ano consecutivo que Boticas sobe no ranking do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, estudo desenvolvido e da responsabilidade da Ordem dos Contabilistas Certificados. As conclusões deste relatório foram divulgadas esta semana.

Tendo em conta a pontuação obtida, Boticas foi, à semelhança de 2014 e 2015, o concelho com melhor pontuação global do ranking dos municípios do distrito de Vila Real.

O presidente da Câmara, Fernando Queiroga, mostra-se satisfeito com a pontuação alcançada pelo Município no Anuário Financeiro, sustentando que “esta análise demonstra a gestão rigorosa que tem existido na autarquia”.

“O executivo camarário tem procurado resolver as dificuldades que vão surgindo de uma forma perfeitamente equilibrada, adotando medidas ajustadas com a realidade e as reais necessidades do Concelho”, salientou o autarca.

Fernando Queiroga realçou ainda que “a preocupação da autarquia passa por aplicar da melhor forma os recursos financeiros disponíveis, procurando apoiar a população local e garantir-lhe condições que permitam aumentar o bem estar social em todo o Município Barrosão”.

01 de Agosto de 201712 BarrosoNoticias de

CURRENTE CALAMO

PSP - São todos uns torcionários?

Xenofobia, racismo, descriminação racial, ódio rácico, sexismo, discriminação sexual, homofobia, homofóbicos (palavras recentes, desnaturadas mas que se atiram como pedradas à cabeça de qualquer que, simplesmente, se afirme heterossexual...). Estou a lembrar-me do “apedrejamento” terminológico que teve como alvo as respeitáveis cãs de um venerando médico, doutor Gentil Martins, só porque ele, naturalmente, disse aquilo que as pessoas normais igualmente pensam e naturalmente dizem, isto é, que nunca discriminaria pessoas mas também não promoveria qualquer tipo de pederastia... Honrosa referência da medicina portuguesa!

Mas o tema que hoje me ocorre teve grande impacto mediático nestes idos de Julho: a noticia de uma acusação judicial contra dúzia e meia de policias baseada em factos que teriam ocorrido no dia 5 de Fevereiro de 2015, no populoso bairro da Cova da Moura, Amadora, periferia da grande Lisboa.

Uma viatura da 5ª Equipa da Intervenção Rápida da P.S.P. teria sido então apedrejada. E um suspeito de o ter feito, aliás já referenciado com cadastro,

foi levado para a esquadra.Às instalações da Policia ter-

se-ão então deslocado 6 amigos desse suspeito, com a intenção de o apoiar e ou de o defender.

Aí terão sido tratados, de um modo que o Digno Magistrado do Ministério Público traduz por violência injustificada contra detidos, agindo os policias “por sentimento de ódio racial, de forma desumana, cruel e pelo prazer de causarem sofrimento aos ofendidos”...

Na acusação é imputado a todos os dezoito elementos dessa esquadra que, em conjunção de esforços, conscientemente, actuaram desumanamente, cruelmente e pelo mero prazer de causarem sofrimento àqueles seis ofendidos que ali terão ido em solidariedade com o detido suposto apedrejador da viatura policial.

Os acontecimentos, ocorridos em 5 de Fevereiro de 2015, foram agora profusamente referidos nos jornais de 12 de Julho de 2017, em diários e semanários e noticiários de rádio e T.V. desses dias, naturalmente com a coloração das respectivas tendências político-ideológicas, a pretexto de ter agora ocorrido a acusação judicial.

Os termos desta acusação deixam-nos estarrecidos

e suscitam-nos várias interrogações. É estranho que tudo aí se reduza a esquemas tão unilateralmente lineares.

Dentro de uma esquadra os dezoito elementos policiais que a guarnecem incluindo agentes e graduados (todos, sem excepção?), comportam-se como energúmenos possessos de ódios raciais e totalmente movidos por sentimentos xenófobos e racistas e, pelo mero prazer de causarem sofrimento, sequestram, torturam, agridem física e moralmente, seis impolutos cidadãos que tiveram a imprudência de ali acorrer em defesa de um seu vizinho injustificadamente detido! E para estas práticas ilegais e desumanas os dezoito profissionais da ordem pública não hesitaram a efabular ocorrências, inventar factos, prefigurar desordens, simular ofensas, produzir falsos testemunhos e falsificar relatórios! Santo Deus! Quanta perversidade junta, em tantos pérfidos agentes! “Indignos do cargo que exercem”, conclui a acusação.

Parece ser este o sentido que se extrai do abundante noticiário. Os meios de comunicação omitem, propositadamente ou por falta de informação, as contrapostas atitudes e intenções das sete vitimas. Todavia a mesma magistral decisão que acusa e dá como certo, ao que parece sem beneficio de qualquer dúvida, os factos criminosos e pérfidas intenções dos dezoito policias, inocenta, irresponsabiliza e branqueia os ditos ofendidos com a água lustral do despacho de arquivamento, conferindo-

lhes infalível impunidade.Mas em Fevereiro de 2015

os meios de comunicação davam conta que as policias suportavam sevicias e violências e eram em regra recebidos a tiro, nesse agora tão celebrado Bairro da Cova da Moura. Entretanto foi-se também esquecendo que nos últimos anos foram pelo menos quatro os agentes ali mortos em serviço. Um deles, o agente Irineu Dinis, foi morto a tiro precisamente nesse mês de Fevereiro de 2015.

Já se sabe que “são ossos do oficio”, dos agentes de autoridade estarem sujeitos a injustas violências às quais não podem ripostar a não ser na medida absolutamente necessária para se defenderem a si e à grei cuja proteção lhes está confiada. Graduar e não exceder tal medida é quase sempre uma dificuldade insuperável. E entretanto, muitos escrupulosos agentes vão pagando com a vida a dedicação ao oficio. Os fora da lei não tem estatuto disciplinar que lhe reprima os ímpetos. E também é normal que os doutos julgadores em definitivo destas ocorrências, nunca se vivenciaram nas fardas de um policia, sem embargo das judiciosas decisões que produzem. Ocorre-me a prosápia de um velho e mui respeitado juiz que ao escrever algumas sentenças, se lhe prefigurava a caneta como o cassetete do policia...

É da sabedoria comum que ninguém é tão mau, tão mau que não possua alguma virtudezinha, e ninguém é tão bom, tão bom que não padeça de algum pecadilho. E isto vale

tanto para os policias como para os marginalizados de todo o lado.

Ora do conjunto de noticias que proliferam sobre este caso fica-se com a impressão que na acusação do Ministério Público se diabolizam sem remissão os dezoito policias e se santificam com infalível certeza os sete ofendidos, seis dos quais se intrometeram no caso sem que se saiba como nem com que razões. Por isso o radical libelo acusatório não poderá deixar de suscitar forte atenção na serenidade de julgamento que se lhe vai seguir. Os policias visados devem civicamente aguardar essa justiça e pautar sempre a sua actuação sem ofensa para a dignidade humana seja de quem for.

Por outro lado, os corifeus das associações pseudo defensoras das vitimas, e alguns parecem viver disso, deixem de lançar sal nas fogueiras da discriminação social.

E deverá ser ponto assente, porque já está nas leis, que qualquer cidadão, seja branco, preto ou amarelo, viva na Cova da Moura ou na Quinta da Marinha, não pode eriçar-se em descriminado por causa do tom da pele, do brilho do cabelo ou da cor dos olhos.

Essa luta de classes não aproveita a ninguém.

Em vez do grito de vingança de Espartaco - matar os poderosos e tomar o lugar deles - eternizando os ciclos da violência, é mais seguro o ideário de Cristo - todos os homens são irmãos!

M. Verdelho

Uma das doenças desta democracia é o chorrilho de preconceitos “politicamente correctos” que envenenam todo o convívio social. Eles parecem ser produzidos e saem imparáveis de uma estranha origem criptocéfala que os apregoa, badala e difunde com o objectivo insofismável de castrar ideologicamente as pessoas normais. E contra aqueles que não vão na corrente, ou se recusam a enfileirar na carneirada de panúrgio, logo se levanta o infernal coro das ironias de serviço a que sempre o vulgo ignaro se submete. Esse diabólico coro recorre a vários chavões que em regra não significam nada mas servem para tudo.

Já brinquei ainda brincoPorque gosto de brincar

Se foi sempre assimAssim vou continuar

Ando sempre a brincarO que eu gosto de fazerPonho aqui o meu nomePara toda a gente saber

Lembrei me de fazer istoE se lerem com atenção

Vêem o meu nome escritoSabem que sou brincalhão

Não se pode brincar muitoSabem todos como eu

Porque a brincar a brincarSabemos o que aconteceu

Não sabendo quem brincaE se alguém quiser saberPerguntem a este nome

Que a seguir vou escrever

Andamos juntos algum tempoGostei de o acompanharEu gostava de aprenderE ele gostava de ensinar

Parecíamos não eramosQual de nós parecia maisTanta diferença na vida

E parecíamos iguais

Ajudava toda a genteA todos quem lhe pediaSempre de boa vontade

Ensinava quem não sabia

Autor:Letras iniciais das primeiras quadras

(José António Lopes dos Santos)

Brincando...

01 de Agosto de 2017 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

Talentos da Maturidade

Este artigo reflete o pensar de muitos emigrantes. Como emigrante, quando escrevo me coloco no lugar de todos os filhos de Barroso que, um dia, por falta de tudo, precisamos deixar a nossa terra, a nossa gente. Vivemos em países de acolhimento, o começo não foi fácil para ninguém, foi graças a muita coragem, muita fé, muita ousadia que lá fomos galgando os patamares da vida.

Alguns perderam-se pelo caminho. Graças a Deus a maioria sobreviveu para contar a história.

Então não pode passar pela cabeça de ninguém que um emigrante seja um ferrenho adepto de qualquer partido político. O emigrante só tem um partido, “Pr´á Frente”, o

PS, PSD, isso é mais para quem vive aí o dia-a-dia da terra.

Sim, o nosso partido chama-se “Pra Frente”, queremos ver a nossa terra avançando em tudo que for possível avançar, e que vença o melhor. O que apresentar o melhor projeto para alavancar o progresso da região.

Nisto de disputar eleições, é assim em toda a parte, não faltam insinuações a respeito de tudo na tentativa de derrubar o candidato da oposição.

Ora já em três ou mais artigos no Notícias de Barroso vem à tona o fato do Sr. Carvalho de Moura ser um homem com mais de setenta anos, isso causa-me espanto, e não fica bem colocarmos esse fato como obstáculo à sua candidatura, estamos sem nos darmos conta, a denegrir a nossa própria imagem: graças a Deus somos um povo privilegiado, temos a nosso favor o bom ar que respiramos vindo de uma natureza limpa, sem poluição; a nossa dieta é saudável, à nossa mesa predominam os produtos naturais; as águas, quantas saudades da água pura das fontes, águas cristalinas, ricas

em sais minerais. Chegamos a dizer quando nos encontramos: éramos ricos e não sabíamos.

Somos de uma região de Portugal onde a longevidade faz parte da nossa natureza, assim como caucasianos na Rússia chegar aos cem anos é natural e muito comum, eu mesma tenho em Coimbra aos cuidados do meu irmão Vitor a minha mãe com 94 anos, por isso que a minha idade não me pesa em nada, ainda me faltam mais de vinte para chegar à idade dela.

Claro que isto são apenas projeções, a vida é um dom muito mais complexo do que isto e ninguém sabe quanto vai durar.

Mesmo assim, já aposentada, não parei de trabalhar, acho até que trabalho mais agora, estudo mais, escrevo mais, enfim, se assim não fizesse, e me desse por uma velhota à espera de coisa nenhuma, mal seria.

O mesmo acontece com todos nós, que já estamos à beira dos setenta ou caminhando por aí, e ao colocarmos a idade do Sr. Carvalho de Moura como obstáculo principal estamos a colocar a carapuça que

queremos pôr nele em nós mesmos.

E para os mais jovens que assim pensam, mais ainda, não tarda chegarão lá também e vão precisar tomar do mesmo veneno com que queriam envenenar o outro.

Nem é tanto um artigo a favor do Sr. Carvalho de Moura, é a favor de todos nós que aí nascemos, é um fator cultural, é um privilégio que merece junto com as tradições da região ser visto com muito bons olhos. Mesmo porque a região está cheia de gente perto dos cem anos lúcidos, fortes a trabalhar na horta a cuidar dos animais, a fazer aquela vida simples que são as nossas raízes culturais.

E isto não se aplica só à nossa região, tão pequena perto dos mais de duzentos milhões de habitantes no Brasil. Hoje mesmo o nosso presidente, Michel Temer, dizia que embora com 70% de reprovação, dada a altíssima corrupção que graça em todos os setores da vida econômica e política, e até social no Brasil, mesmo assim, diz que não lhe falta ousadia, fé e coragem para governar, isto aos 76 anos de idade.

Donald Trump, nascido em 1946, 71 anos, está ali à frente dos Estados Unidos implantando reformas, enfrentado opositores fortíssimos e, também com fortes ressalvas da população americana, segue na vida pública com garra, ousadia é a sua marca, e coragem é que não lhe falta.

Sem falar no Papa Francisco, tão caro ao mundo inteiro, idade 81 anos, um Papa bem humorado, viram a última? Tirou umas férias, mas como não o deixavam em paz, escreveu um bilhete e colocou na porta dos seus aposentos “É proibido vir aqui com reclamações”, isto é de um humor fantástico.

E outros e outros homens e mulheres por este mundo de Deus, tantos que não caberiam num simples artigo como este, destaque para a rainha da Inglaterra, em todas as suas idades, sempre um modelo do que é ser Rainha realmente.

Em 2018, o Brasil elegerá o seu novo presidente. Bom, Lula, se lhe for permitido por lei, afinal já está condenado a mais

de 9 anos de cadeia e até agora teve nove milhões e seiscentos mil reais confiscados, fora o que virá por aí. Mas se mesmo com tudo isso não for impedido de se candidatar, anda por aí anunciando que será a volta de “Dom Sebastião” no Brasil. Claro que o povo, acho que não vai cair nessa. Seria demais.

Mas há candidatos, esses sim merecem o nosso voto, dois se destacam: Modesto Carvalhosa, entre outros cargos de alto prestígio, é professor aposentado da Faculdade de Direito da USP, hoje, a maior referência nacional em anticorrupção. Dada a prioridade de se erradicar esse cancro que mina todo o progresso da nação, parece ser a melhor opção para se acabar de uma vez por todas com este sistema viciado, corrompido até não poder mais. Uma autoridade com 85 anos de estudo, conhecimento e em se tratando de passar o Brasil a limpo, eis ali um homem cheio de vitalidade, coragem, senso prático, capacidade e disposto a ir à luta com fé e ousadia.

Outra boa opção, ou melhor, seria a dupla, presidente Carvalhosa e vice ou vice-versa, Cristovam Buarque de Holanda, engenheiro mecânico, economista, educador, professor universitário e político dos bons, desses que ninguém conseguiu corromper, fundador do bolsa-família, mas não o bolsa-família do Lula, nada disso, era um benefício para incentivar pais e filhos a se engajarem, e se comprometerem a dar para a educação prioridade em todos os sentidos. O projeto de Cristovam Buarque é, mesmo aos 76 anos, levar o Brasil a ser uma nação com um sistema educacional igual aos dos melhores do mundo.

Seria a oportunidade destes dois homens encerrarem a sua vida pública com merecida chave de ouro.

Claro que há a força jovem empenhada em levar adiante as ideias destes dois candidatos, afinal foram alunos deles, ou são seguidores dos seus ideais.

Assim como em Barroso, há pelo mundo afora talentos da maturidade com força bastante para promoverem reformas capazes de mudar a feição de um país, de uma região.

Domingos Dias

Bridgeport, Connecticut, USA

NOVO RESTAURANTE PORTUGUÊS BRASA EM BRIDGEPORT

29 de Julho de 2017

Abriu recentement mais um restaurante português na cidade de Bridgeport, Connecticut, com o nome Brasa, propriedade de Paulo e Cidália Roxo, situado em 1439 Madison Avenue, ex-Madison Pub.

O casal Roxo é natural de Atilhó, Boticas, Trás-os-Montes. Emigraram para este país há cerca de 25 anos. Dedicaram-se ao trabalho e conseguiram o sonho americano. São proprietários da companhia de

Construção Roxo, do restaurante Avenida e do restaurante Brasa, em Bridgeport. Residem na vila de Shelton, na sua linda vivenda.

No dia 4 de Julho, o Paulo celebrou 45 anos de idade. Naquele dia, Domingos Dias, foi almoçar ao Brasa, e o Paulo pediu-lhe para ir buscar o

acordeão. Entre as 4 e as 8 da tarde, foi uma festa alegre, ã moda de Barroso, tocando e cantando música portuguesa.

Parabéns ao Paulo e à Cidália Roxo pelo sucesso conseguido, com votos de que os seus negócios continuem a crescer.

01 de Agosto de 201714 BarrosoNoticias de

01 de Agosto de 2017 15BarrosoNoticias de

DESPORTO

PARAPENTE

Pré Campeonato da Europa na serra do Larouco O Parapente voltou à serra do Larouco, de 24 a 29 deJulho. A participação de pilotos não foi a desejada, mas o programa, devido às excelentes condi-ções atmosféricas que ocorreram durante a semana, cumpriu-se satisfatoriamente.Esta prova é um ensaio para o campeonato da Europa e, no próximo ano, em 2018, Montalegre recebe o Europeu.