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Director: Carvalho de Moura
Ano XXXII, Nº 490Montalegre, 31.03.2016
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei
Campeonato do Mundo de RallicrossMorte de jovem nos PisõesP2
Do Cávado ao Tâmega berço de gente ilustre
Da fundação do reino de Portugal até à Casa do Cerrado, de Montalegre e à Casa de Bragança, Barroso da Fonte brinda-nos com mais conhecimentos acerca de pessoas ilustres das nossas terras.
P3
Se voltasse outra vez a primavera
Dar voz aos nossos poetas. O Dr Custódio Montes que em breve dará a conhecer a sua nova obra “OUTONO” apresenta-nos aqui mais dois poemas da sua vasta produção. E José Rodrigues, um barrosão adoptivo, radicado nos Estados Unidos, um poeta popular. E, depois, bem, depois o grande, português de Portugal, Fernando Pessoa
P4
POLITICAMENTE FALANDO
Ainda não perdeu actualidade o texto de Domingos Chaves com a abordagem de dois temas da política nacional. Os seus pontos de vista sobre o desgoverno de Passos e as expectativas sobre o novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
P7
XVII Congresso Federativo do PS em Montalegre
Os socialistas do distrito de Vila Real reuniram em Montalegre, no Auditório Municipal e Francisco Rocha saiu dali leader distrital.
P12
Diálogos Imprevistos
O Pe Vitor Pereira alterou o seu discurso. Em vez das análises acerca de determinadas matérias quase sempre ligadas à religião, hoje aparece-nos a conversar com outros à mesa do restaurante. E a conversa saiu como as cerejas, da política e dos políticos, da democracia até ao Papa Francisco e por aí fora. Uma forma de comunicar que, sem ser nova, torna-se mais atractiva.
P11
Recado de Portugal ao Brasil
No Brasil, «o caso da “Oi” já aponta para possíveis pagamentos de dezenas de milhões de euros para brasileiros e portugueses envolvidos neste mega esquema de corrupção. Com várias denominações, entre elas a “ lava-jato”, porque era em um lava-jato junto a um posto de gasolina de Brasília que as negociatas se faziam enquanto lavavam seus carros».
A novela é-nos contada pela nossa ilustre colaboradora em S. Paulo, Lita Moniz, que vai continuar, não se sabe até quando.
P13
O Florescimento Monástico
Os monges e os mosteiros, retratos dum passado que contribuiram para preserverar a história da humanidade. Pesquisa de José Fernando Moura
P14
A Pista de Rallicross de
Montalegre recebe nos dias 15, 16
e 17 a 1.ª Prova do Campeonato do
Mundo de Rallicross. Tudo aponta
para que Montalegre, nestes dias,
se encha de gente ligadas aos
automóveis sobretudo por causa
dos competidores em pista com
destaque para o grande campeão
Sebastien Loeb.
P15
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre
Novos orgãos sociais tomaram posse
P3
OS NANTERRISTASO Presidente da Câmara levou com ele a Paris uma comitiva que nem um Presidente da República. Na (in)justificada Presidência aberta, segundo o próprio, gastou milhares de euros do erário público em viagens, comezainas e outras e prestou um grande serviço à
emigração, dando a saber que na estranja é que vale a pena. O contrário do que, com todas as suas energias, deveria defender. O Dr Manuel Ramos dá mais e melhor informação.
P5
Peddy Paper em BoticasO Peddy Paper “Uma Aventura em Boticas
- à Descoberta do Património”, no próximo dia 16 de abril, no seu programa inclui a descoberta dos equipamentos culturais existentes na vila de Boticas, por onde todos os participantes têm que passar para poderem responder ao questionário que lhe será entregue no inicio da atividade.
Os interessados devem fazer a sua inscrição gratuita através dos seguintes e-mails: [email protected] <mailto:[email protected]> | [email protected] <mailto:[email protected]>
31 de Março de 20162 BarrosoNoticias de
MOISÉS BARROSO, de 82 anos, casado com Fátima Valente Pereira Barroso, natural e residente em Salto, faleceu no dia 15 de Março no Hospital de S. João, do Porto, sendo enterrado no cemitério de Salto.GLÓRIA MARQUES, de 88 anos, viúva de José Maria Pires, natural da freguesia de Cabril e residente em Montalegre, faleceu no dia 20 de Março, sendo enterrada no cemitério de Lapela, de Cabril.JOSÉ MANUEL DIAS DOS REIS, de 70 anos, casado com Maria Rosa Rua Luíz, natural da freguesia de Viade de Baixo e residente em Montalegre, faleceu no dia 19 de Março, sendo enterrado no cemitério de Torgueda, freguesia da Chã.MARIA AFONSO, de 90 anos, viúva de Armando Gonçalves Ramos, natural da freguesia de Sezelhe e residente em Covelães, faleceu no dia 20 de Março, sendo enterrada no cemitério de Covelães.MARIA JACINTA ALVES ATILHÓ, de 57 anos, divorciada de Vitor Manuel Calado Simões, natural de Vilar de Perdizes (São Miguel) e residente em Ourense (Espanha) onde faleceu no dia 10 de Março, sendo cremada no Crematório de As Burgas II – em Ourense.ARMINDA BOTELHO PIRES, de 91 anos, viúva de Vicente Ferreira Pires, natural e residente em Vilar de Perdizes (S. Miguel), faleceu no Hospital de Chaves, no dia 24 de Março.MARIA VICTÓRIA REGADAS FERREIRA, de 75 anos, solteira, natural da freguesia de Salto e residente no lugar de Taboadela desta mesma freguesia, faleceu no dia 29 de Março, sendo enterrada no cemitério de Salto.JOSÉ GONÇALVES DE MOURA, de 91 anos, padre e professor, natural da Portela-Montalegre, faleceu em Braga, no passado dia 12 de Março.MARIA JOSÉ JORGE, de 85 anos, solteira, natural da freguesia de Salto e residente no lugar de Linharelhos desta mesma freguesia, faleceu no dia 25 de Março, sendo enterrada no cemitério de Salkto.CÂNDIDO LUÍS AMERICANO LOPES, de 27 anos, solteiro, natural de Montalegre e residente em Pisões da freguesia de Viade de Baixo, faleceu no dia 29 de Março, sendo sepultado no cemitério de S. Vicente.
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
CORTEJO CELESTIALMONTALEGREMorte de jovem nos Pisões
Um jovem de 27 anos, solteiro, natural de Montalegre e residente em Pisões, em casa da avó materna, apareceu morto, no armazém da família, na manhã de 29 de Março, quarta feira.
Segundo informações recolhidas junto de amigos seus, Cândido Luís Americano Lopes de seu nome, filho de Cândido Lopes e Paula Americano, vivia com uma depressão desde há tempos a esta parte, andava triste e pouco comunicativo.
Desconhecem-se as razões que o levaram ao suicídio por enforcamento, pois que era um jovem simples que não bebia nem fumava. Cândido era, à altura, jogador do Grupo Desportivo de Salto e já tinha feito parte dos quadros de atletas do CDC Montalegre e do GD de Vilar de Perdizes.
No dia seguinte, o corpo foi autopsiado no Hospital de Chaves.
Nas cerimónias fúnebres realizdas na Capela dos Pisões, apareceram muitas pessoas, e deu nas vistas a presença de responsáveis e atletas dos clubes onde ele jogou, em especial o GD de Salto. A perda dum jovem é sempre mais dolorosa não só para a família mas também para toda a gente, especialmente gente jovem.
Após a missa de corpo presente, Cândido foi a enterrar no cemitério de S. Vicente, em sepultura da família.
Gabinete de Apoio ao Investimento em Montalegre
O concelho de Montalegre tem dois gabinetes de apoio ao investimento para responder às solicitações de públicos e privados. Uma “porta aberta” que existe na Câmara de Montalegre e na sede do Ecomuseu de Barroso.
Enquadrado no projeto Alto Tâmega Empreende <http://altotamegaempreende.pt/>, através da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega, o município de Montalegre e o Ecomuseu de Barroso passam a disponibilizar à comunidade dois gabinetes virados
para o investimento, com dois técnicos especializados.
Esta oferta é explicada pelo presidente da Câmara Municipal, Orlando Alves: «dispomos de um gabinete de apoio à atividade produtiva local. É um gabinete de apoio às iniciativas empresariais que possam surgir de forma a serem implementadas no nosso território. Há também um vasto leque de informações no âmbito deste quadro comunitário e que estão ao alcance das entidades privadas. A Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega (ADRAT), em articulação com a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIM-AT), tem desenvolvido iniciativas com vista a informar a população. Sentimos que ainda há pouca adesão».
Município de Montalegre - Capacitar
o território para o empreendedorismo local é um dos desafios do município de Montalegre. A instalação do GPI no seu edifício tem como objetivo proporcionar aos munícipes um espaço de informação/aconselhamento para promover a iniciativa empresarial no concelho.
Ecomuseu de Barroso - Pretende assumir-se como elemento âncora da estratégia de desenvolvimento integrado e sustentável do território barrosão. Nesta perspetiva, o GPI enquadra-se neste espaço como uma mais-valia para a persecução deste objetivo. (In cm-montalegre.pt)
VINHOS MONT’ALEGREPão de Açúcar selecciona colheita de Francisco Gonçalves
Mont’Alegre Clássico Tinto 2013
acaba de ser selecionado pelo Grupo Pão-de-Açúcar para integrar os lineares da moderna distribuição em território brasileiro. O primeiro vinho com estágio em altitude do enólogo Francisco Gonçalves alarga, assim, a distribuição na América do Sul, com vista a comercializar também as outras referências do portfólio a médio-prazo.
Após uma selecção de referências por Região Demarcada, a marca Mont’Alegre destacou-se entre os vinhos de Trás-os-Montes como única escolha do Grupo Pão-de-Açúcar. A cadeia que detém mais de 2.100 lojas no Brasil passará a dispor da colheita de 2013 entre os vinhos de Portugal selecionados.
Para o enólogo Francisco Gonçalves, “ver o primeiro vinho que lancei num
projecto próprio a ser escolhido para representar a minha Região num mercado tão alargado e apetecível como o do Brasil é um claro sinal de que a marca está a crescer e a afirmar-se com qualidade e ambição suficientes para chegar cada vez mais longe”, refere. (In cm-montalegre.pt)
GRALHASOs caminhos agrícolas e as Ruas
Para além da rua principal que atravessa a aldeia nos sentidos de e para Solveira e Santo André, as ruas mais secundárias estão num estado lastimoso. O presidente da Câmara quando da sua passagem por Gralhas tomou notas a esse respeito. No entanto, esta grande freguesia do concelho continua esquecida e não se vê ali mexer nada onde tanto há que fazer.
Quanto aos caminhos agrícolas, passa-se a mesma coisa. O caminho para o Corisco, do fundo da serra do Larouco, onde estão as captações das nascentes do abastecimento da água pública, é outro caso a tomar em atenção. Só jeeps TT é que conseguem ir até lá acima e, em certos trajectos sempre por cima de pedras. Tendo neste caminho a Câmara o seu particular interesse por causa
das nascentes da água pública que periodicamente deverão ser vigiadas, seria de esperar que tivesse outras condições. E em muitos outros, a situação é a mesma.
PITÕES DAS JÚNIAS
Decorre entre 2 e 3 de Abril a 5.ª edição das Jornadas das Letras Galego-Portuguesas, organizada pela Junta de freguesia de Pitões das Júnias, em parceria com o grupo “Desperta do Teu Sono”, e com o apoio do município de Montalegre.
Do programa, destacam-se abordagens a temas celtas e tradições galego-portuguesas apresentadas por especialistas galegos e portugueses. Maria Dovigo e Lúcia Jorge, presidente da Junta de Freguesia, moderam os painéis a que
se segue debate.A animação tem uma churrascada
popular, visitas ao ecomuseu, à cascata e ao Mosteiro e actuações do grupo local O Fiadeiro de Pitões.
Iniciativa cultural que parece revestir-se de muito interesse e que nos parece que deveria justificar outra divulgação e acompanhamento.
BRAGAHospitais de Braga e do Porto em alta
Os centros hospitalares do Porto e do Tâmega e Sousa, os hospitais de Braga e de Santa Maria Maior (Barcelos) e a Unidade Local de Saúde do Alto Minho obtiveram a melhor classificação num ‘ranking’ de uma empresa multinacional.
A IASIST, multinacional de origem espanhola, anunciou h´dias os vencedores dos prémios aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde que mais se distinguiram em 2014, galardões que são atribuídos pelo segundo ano consecutivo em Portugal.
Neste “Top 5 – A Excelência dos Hospitais – que conta com o patrocínio do ministro da Saúde, foram submetidos voluntariamente a avaliação 39 hospitais de Portugal Continental, sendo atribuídos cinco prémios, um por cada tipologia de unidade de acordo com os critérios definidos por organismos públicos.
Na segunda-feira ao fim do dia foi divulgado um outro ‘ranking’ de hospitais públicos onde o Hospital de São João, no Porto, surge na liderança, sendo seguido neste “top” pelo Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.
Para o ministro da Saúde, a divulgação de ‘rankings’ e resultados dos hospitais é “importante para os doentes e para o sistema”, além de dar às unidades de saúde “possibilidades concretas de melhoria”. Na opinião do ministro, os resultados hoje apresentados mostram que os hospitais “melhoraram nos últimos 10 anos e nos últimos quatro anos”. “Há mais camas de agudos e de continuados, há mais consultas, há mais cirurgias e há melhores resultados clínicos”, disse.
31 de Março de 2016 3BarrosoNoticias de
Barroso da Fonte
Do Cávado ao Tâmega berço de gente ilustre
Portugal nasceu como Condado Portucalense entre os Rios Douro e Minho. Entre 868 e 1071 esteve sob a jurisdição de Leão e Castela. Foi administrado por nove condes, o último dos quais se revoltou contra o Rei Garcia. Foi morto e o condado devolvido ao Reino da Galiza. Em 1096 restaurado foi esse território geográfico, que se situava entre os rios Minho e Douro e dado como dote de casamento a D. Teresa que desposou o Conde D. Henrique. O casamento terá sido em 1096 e, em 1128, esse mesmo território, emancipou-se na Batalha de S. Mamede. O seu herói foi o filho de D. Henrique e de D. Teresa que, enviuvando, se envolveu de amores e de ideais galegos, ao contrário do filho que procurou seguir a ideia do pai, tornando-se independente.
Em 1131 entendeu D. Afonso Henriques transferir a sede
desse Condado para Coimbra. E mais tarde para Lisboa. Por aqui se vê que Portugal cresceu a partir do norte para sul e não do sul para Norte. Os rios, nessa altura, serviam para delimitar as fronteiras: Lima, Douro, Mondego, Tejo e Guadiana. Hoje como há nove séculos os rios delimitam regiões. E não só os mais caudalosos, mas também à escala mais reduzida. As comunidades municipais, como recentemente passaram a designar-se, foram delimitadas a uma escala mais exígua. Como, por exemplo, fizeram as águas de Portugal. A região do Alto Tâmega passou a compreender os concelhos que se situam entre o Tâmega e o Cávado. Nascem e alimentam-se de nascentes próximas e os espaços que os cursos de água delimitam umas vezes planálticos outras vezes planuras, deram azo a povoados que identificam gentes , usos e costumes e até caraterizam hábitos, culturas e formas de convivência.
Invoco esta subdivisão para dizer que os povos que se criaram e desenvolveram entre o Cávado e o Tâmega, superaram agruras que os da chamada «Ribeira», ou «Terra Quente» não sentiram. Terra mais agreste, mais fria e menos fecunda,
forçaram os seus residentes a tipos de vida mais austera, mais pobre e mais exigente em termos de sobrevivência. Os exemplos são fáceis de compreender.
O concelho de Montalegre, praticamente não produz vinho, pêssegos, laranjas, azeitona, melão. Ao invés, a região Barrosã ceva mais porcos, gasta mais pingue e consome mais batata porque não produz grão de bico, feijão frade e outros consumíveis que dão menos trabalho e substituem aqueles tubérculos que abundam na terra fria.
Também aqueles que ali nascem fazem maiores sacrifícios: levantam-se mais cedo, deitam-se mais tarde e não só dormem menos, como não se alimentam com menos vitaminas e com menos variedade de produtos básicos. A uma alimentação mais pobre, corresponde um desenvolvimento físico menor. A esta descriminação negativa poderá pensar-se que, cultural, intelectual e socialmente, quem nasceu nestas terras planálticas, gélidas e infecundas da fronteira transmontana, correspondeu, um menor contributo comunitário. Puro engano. Não precisamos de recuar muito mais do que dois séculos para constatarmos o contrário dessa potencial
conclusão.Bastará conhecer os
casamentos de famílias nobres desta região nos séculos XIX e XX. Temos várias dessas casas, quase todas restauradas e uma boa parte delas transformadas em turismo de habitação. Carrazedo da Cabugeira, Bragado (Vila Pouca), Casa da Tapa, Casa dos Sousa Guedes, Casa dos Morgados de Casas Novas, Casa dos Canavarros, Casa do Cerrado, em Montalegre. Os seus proprietários tiveram sempre o cuidado de casar entre si, de modo a manter uma certa nobreza que não se dispersava, antes se robustecia.
Tenho vindo a seguir esta genealogia, a partir da Casa do Cerrado, em Montalegre. Foi alfobre de gente que teve a ver com os representantes da poderosa Casa de Bragança. Oficialmente só foi fundada em 1442. Mas ela nasceu, com força de partido político, para ser alternativa à Coroa Real Portuguesa. Resultou do casamento de D. Brites, filha da Barrosã D. Leonor de Alvim e de Nuno Álvares Pereira, com D. Afonso, filho bastardo de D. João I, em 1401. D. Nuno Álvares Pereira ao casar com essa donzela, herdeira da fortuna do D. Vasco Gonçalves Barroso que
era o mais rico senhor das Terras
de Basto e de Barroso, recebeu
essa riqueza em Terras, rendas
e prestígio que engrossaram o
dote da filha Brites com o filho
do Rei. Até 1412, viveram em
Chaves, onde D. Brites nasceu.
Esta morreu de parto. Mas foi
esse casamento que inspirou e
serviu de alicerce à Casa-Mãe
que teve delegações, um pouco
por todo o país. Em Montalegre
funcionaram a Casa do Cerrado
e a congénere de Tourém que
foi reconstruida para Turismo
de qualidade rural. Com essa
origem e outras semelhantes
existiram várias que chegaram
até nós. Os seus donatários, por
via do casamento, fizeram com
que essas e outras habitações
mantivessem o título de nobreza.
Acaba de ser editado um volume
de 400 páginas, em capa dura
e em formato A4 com muitas
dezenas de cartas de Amílcar
Cabral para sua mulher Maria
Helena Ataíde Vilhena, natural
de Casas Novas. «O Pai da
República da Guiné», mais o
«Pai da República Popular de
Angola», Agostinho Neto, foram
compadres e andaram por aqui.
Daqui levaram suas Mulheres.
Delas e deles falarei num
próximo apontamento.
Chegou ao fim o impasse
provocado pela impugnação das
eleições realizadas no dia 31 de
Dezembro de 2015.
O Bispo de Vila Real
não validou os argumentos
apresentados pelos irmãos que
apresentaram recurso e, depois
de passados três meses, veio o
despacho a homologar a única
lista concorrente.
Ficámos a saber que para
o sr. Bispo de Vila Real a ética
e a política não são objecto de
qualquer avaliação num processo
eleitoral para a Santa Casa da
Misericórdia, mas tão somente a
legalidade do mesmo.
Acerca da incompatibilidade
denunciada (acumulação de
cargos em organizações com
a mesma natureza jurídica),
o Bispo da Diocese não a
reconheceu, contudo, parece que
um caso destes deveria merecer o
parecer (e porque não a decisão)
de magistrados que, salvo mais
douta opinião, melhor sabem
interpretar as leis. Também o
facto da impugnação ter sido feita
a destempo(?) terá pesado em
fesfavor do recurso.
Enfim, a Irmandade da
Santa Casa da Misericórdia
de Montalegre vai entrar num
novo ciclo da sua existência.
Radicalmente politizada e
exclusivamente na posse de
membros militantes ou afectos
ao partido socialista, numa
instituição destas, a imagem não
pode ser pior.
Mesmo assim, espera-se que
possa cumprir o objectivo de
servir a comunidade em geral.
Avisados, tarde e a más horas,
das eleições, os subscritores da
impugnação cumpriram o dever
de associados responsáveis e
pugnaram pela transparência
que, segundo defendem, não se
verificou na altura do processo
eleitoral. A eliminação de muitos
associados por falta de pagamento
das quotas e a manipulação de
muitos outros tornou impossível
a apresentação de qualquer outra
lista.
O povo de Montalegre
está ao par de tudo, sabe das
manobras todas e também ficou
a saber que , de futuro, poderão
contar com quem defenda livre
e honestamente os interesses da
nossa terra.
De saída está Abel Rodrigues
Afonso depois de cumprir dois
mandatos à frente da instituição.
A posse dos novos orgãos
teve lugar no dia 31 de Março
ficando constituidos do seguinte
modo:
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre
Empossados os novos orgãos sociaisMesa da Assembleia Geral
Presidente – José Gonçalves JustoVice-Presidnte – Paulo Jorge Baía de BarrosSecretário – Maria Leonor Rua Rodrigues
Mesa Administrativa
Provedor – Fernando José Gomes RodriguesMembro efectivo – António Dias Henriques “ “ - Cristiana Maria Pedreira Magalhães “ “ - Daniel Fernandes Rua Luís “ “ - João Renato Marcelino Monteiro1.º suplente - José Avelino Vaz Souto2.º “ - João Jorge Lopes Silva3.º “ - José Miranda Alves
Conselho Fiscal
Presidente – João Batista Branco AlvesVice-Presidente – Paulo Jorge Miranda CruzSecretário – Alberto Carvalho Martins1.º suplente - António Maria Batista dos Santos2.º suplente - João Paulo Branco Gonçalves Barroso3.º suplente - Jorge Manuel Gonçalves Nogueira
Mandatário
Maria João da Silva Vieira Gonçalves
31 de Março de 20164 BarrosoNoticias de
“Um dia a maioria de nós irá separar-se. Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, dasvésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.Em breve cada um vai para seu lado,
seja pelo destino ou por algumdesentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias eperguntarão:
- Quem são aquelas pessoas?Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivitantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezesdaquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades sejam a causa degrandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !”
Fernando Pessoa
OLÁ! EU SOU O ZÉ!Ando a modos que abatido
Por não ver uma saída
Pró que me foi prometido
Para melhorar a vida
Rezo como e quando posso
Faço-o todos os dias
É de Padre em Padre Nosso
E algumas Avé – Marias.
Não sou de dar importância
E não levo muito a peito
De charlatães à distância
De quem é ou não é eleito
Por saber que à partida
Nada de novo nos trazem
E não tem alternativa
P’ras promessas que nos fazem.
Vou até onde puder
E as forças mo permitirem
E o coração bater
E as pernas não flectirem.
José Rodrigues, Bridgeport, CT USA
TERRA AMADA
Arado do meu sustento
Primavera verdejante
Terra lavrada, alimento
Sol que ilumina pujante
As longas várzeas ao vento
Numa aragem ondulante
Terra amada, doce lar
Onde em baloiço de amor
Eu andei a baloiçar
Volto a ti, afago a dor
E nesse meu regressar
Torno a ser um sonhador
Ctms
SE VOLTASSE OUTRA VEZ A
PRIMAVERASe voltasse outra vez a primavera
E aquele rubor de cravo em teu rosto
Quando findava o dia já sol-posto
E a alma a sós contigo e tão sincera
Se voltasse esse tempo, ai quem me dera
O cheiro inesquecível, virgem mosto
Que, em teus lábios rosados, predisposto
Eu bebia e tinha sempre à espera
A ânsia de te ver e de te ter
Aumenta como aumenta a minha idade
E cresce como cresce o meu sofrer
Hei-de matar, amor, esta saudade
Mas se o não fizer até morrer
Esperarei por toda a eternidade
Ctms
29-12-2013
“AMIGOSPoema de FP hoje dedicado aos meus AMIGOS.
31 de Março de 2016 5BarrosoNoticias de
Orlando Alves, presidente da Câmara deste grande e nobre concelho das terras de Barroso, é a surpresa que frustou as melhores expectativas de muitos barrosões que lhe confiaram o voto. Afinal, 28 anos como vereador não aprendeu rigorosamente nada.
No seu labor diário, continua a revelar-se um gestor exímio em gastar os dinheiros públicos em actividades lúdicas, em desbaratar o património municipal e sempre em permanente campanha eleitoral.
No passado fim de semana, surpreendeu toda a gente com a sua ida a Nanterre (França) levando atrás de si uma comitiva que nem um presidente da República. Caso raro e nunca visto, mas que o Presidente da Câmara não se cansou de enaltecer à “sua”
comunicação social. Mas, quem se dá ao luxo
de gastar milhares de euros com as viagens e almoços pagos aos autarcas e a outros convidados terá de se explicar perante o povo. E ele não o fez. Nem há justificações possíveis para uma atitude destas que é uma vergonha (mais uma a juntar a tantas outras!).
Se a finalidade tivesse a ver com visitas a comunas de França para se ver o seu funcionamento e dali poder retirar algumas ideias com vista a se melhorar a actividade autarca nas nossas freguesias ainda vá que não vá, mas ir em passeio até Nanterre e comer e beber à custa do dinheiro que é de todos nós e visitar três empresários barrosões não lembra ao diabo. Não é só esbanjar o dinheiro de todos nós, é desvirtuar o papel central do que deve ser uma autarquia. Depois, essa propaganda negativa é um convite aos jovens a abandonar a terra de origem e a fixar-se no estrangeiro,
como melhor diz o Dr. Manuel Ramos no seu trabalho, OS NANTERRISTAS (ver em baixo).
Que terão pensado os demais presidentes de Câmara que lá se deslocaram em representação dos seus concelhos? E as aldeias sem infraestruturas? E o concelho com tantas carências?
Ao que nós chegamos, ó barrosões!
“Promessa eleitoral cumprida”
Orlando Alves anunciou
a retoma da Organização de Produtores Pecuários (OPP) por parte do concelho de Montalegre. Eufórico, assinalou o caso como uma «grande noticia» para o concelho, “um feito que vai ao encontro de mais um compromisso do atual executivo municipal”.
O Presdente da Câmara devia estar calado por múltiplas razões,
algumas a saber:1) Esteve mal quando
colocou no seu programa eleitoral a reposição da OPP porque é assunto que não diz respeito à autarquia, mas sim aos agricultores. A Câmara deve apoiar sem tomar a iniciativa.
2) O sucesso desta iniciativa fica a dever-se por inteiro às associações que se uniram por forma a conseguir a OPP, condição sine qua non para tal.
3) Quando a OPP foi desactivada no concelho, a autarquia socialista de que o actual Presidente fazia parte, nada fez para evitar que tal acontecesse. Quem percebe que a posição interventiva socialista só apareça tão tarde?
4) Por causa do Presidente da Câmara se meter onde não deve, devido à tentativa de politizar a CoopBarroso, o processo desenrolou-se com problemas escusados que dividiram os agricultores.
Mas, a estranha euforia do sr. Presidente da Câmara foi muito mais longe quando, depois de declarar todo o apoio da parte da Câmara de Montalegre “para dar à terra barrosã aquilo que lhe
pertence e para nos afirmar no contexto nacional como uma terra produtora de coisas boas, oriundas dos reinos vegetal e animal”, disse Orlando Alves(!).
E sobretudo quando deixou «uma palavra de alento ao povo da nossa terra que trabalha arduamente no amanho da terra e do gado» sendo «um caminho que vamos trilhar todos juntos e que nos levará à glória», disse Orlando.
Esta última tirada é de cair pra o lado. Sorte têm os lavradores de Barroso que para entrarem no reino da glória (no céu) nem têm necessidade de rezar nem de fazer penitência.
Estamos bem entregues. Viva Barroso!
Os Presidentes da Junta em Paris
E os lavradores do concelho no reino da glória
Em tempos de crise e de diminuição de receitas, pois o orçamento municipal recuou 15 anos, a Câmara de Montalegre apresentou-se na Feira de Nanterre (França) com a maior comitiva de sempre. No site da Câmara, a minha única fonte, é possível verificar por texto e imagem que, para lá dos membros do executivo e do “staff” camarário, a CMM convidou desta vez os presidentes da junta. Também alguns ex-presidentes, a quem o povo nada deve, se fizeram rogados e foram incorporados na comitiva. Como se isso não bastasse, também foi servido o maior repasto, desta vez regado com os vinhos de Montalegre, que é um produto que, de insólito, causa espanto e uma careta feia. Para mim, “vinho” e “Montalegre” são um oxímoro, isto é, termos contrários entre si. Bem, mas voltando aos “nanterristas”, ao todo foram algumas dezenas de pessoas. Imagino que tenha sido necessário requisitar uma camionete e imagino também que o cômputo das despesas tenha atingido muitos milhares de euros.
Não concordo com tão grande aparato, para mais em
tempos de crise e de carência de toda a ordem. Nas aldeias de Montalegre vive-se uma profunda tristeza, carência, abandono, velhice e sobretudo ignorância. Como em muitas outras coisas de que tenho falado, era preciso mais contenção, mais moderação e discrição, mesmo que os tempos fossem “de vacas gordas”. Só que são de “vacas magras” e a comitiva apenas foi passear à custa do nosso dinheiro.
Vendo e lendo o site da Câmara, sobretudo nos testemunhos dos “nanterristas”,
verificamos que o principal propósito foi o convívio e o passeio. Nanterre entrou definitivamente no roteiro das festas da CMM e a festa dura todo o ano. Um dos excursionistas
disse: “é a festa”, “viver um fim-de-semana diferente”; outro declarou: “é o convívio com os emigrantes”; outro confirmou: “é convívio”, “é um convívio português”; três deles asseveraram: “é um encontro de pessoas”, “é para rever amigos”, “é um contacto com os emigrantes”; um mais afoito retorquiu: “vi pessoas que já não via nas férias e estou muito satisfeita”; outra “malta” assegurou: “foi um convívio importante”, “é uma família e por isso [a festa] tem de continuar”, “vim rever amigos”, “vim confraternizar”. Finalmente,
outro (Embaixador) pediu que houvesse mais festas: “Devia haver mais festas como esta em Nanterre”.
Estimado leitor, se acrescentar ao que fica dito os passeios
pela torre Eiffel e outros lugares turísticos, fica provado que Nanterre é uma festa e um passeio e que o município, isto é, o conjunto das pessoas, só tem prejuízo com Nanterre. Quanto ao passeio, a mim não me incomoda, até porque gosto muito de passear, o problema é que é feito à custa do nosso dinheiro.
Também não há Nanterre sem discurso do Presidente. Ai como eu gosto de o ouvir! A sua mensagem foi sintetizada desta forma no site: “levo uma imagem grandiosa e eloquente por ver este espaço cheio de conterrâneos onde a comunidade montalegrense está em maioria”; e ainda: “a nossa comunidade emigrante é a que tem maior representatividade”. O presidente da Junta de Montalegre confirmou: “neste pavilhão a maior participação foi do concelho de Montalegre”.
Repare, amigo leitor, na insensatez das palavras dos dois presidentes de Montalegre: gabam-se de que a comunidade emigrante de Montalegre seja a maior; mostram satisfação e vaidade por os montalegrenses serem aqueles que mais precisaram de emigrar; vêem o
abandono da terra pátria como uma graça; acham que emigrar é bom e deve ser fomentado; querem que se emigre, como um ex-primeiro-ministro que todos conhecemos. São políticos para pôr os portugueses fora daqui e lá nisso têm feito um bom trabalho, honra lhes seja feita. Em breve receberão uma condecoração.
Não se pode levar tanta gente a Nanterre sem uma boa justificação. A justificação que foi dada pelo Presidente foi fazer uma “presidência aberta”, mas a verdadeira razão é outra e não vem no site da Câmara: já há muitos anos que Nanterre é lugar de recrutamento e financiamento de votantes. Quem tiver Nanterre do seu lado, ganha. Foi dessa forma, falsificando a democracia, que o anterior presidente ganhou as eleições. Por isso é que a CMM tem grande consideração por Nanterre e não olha a despesas; por isso é que importava ter em Nanterre numerosa comitiva, até porque convém preparar as eleições autárquicas a tempo.
Mas pode acontecer que o povo diga “Alto e pára o baile”.
MANUEL RAMOS
POLÍTICA MUNICIPAL VISTA DE FORA
Os Nanterristas
“Não se pode levar tanta gente a Nanterre sem uma boa justificação. A justificação que foi dada pelo Presidente foi fazer uma “presidência aberta”, mas a verdadeira razão é outra e não vem no site da Câmara: já há muitos anos que Nanterre é lugar de recrutamento e financiamento de votantes. Quem tiver Nanterre do seu lado, ganha.”
Carvalho de Moura
31 de Março de 20166 BarrosoNoticias de
MAPC
UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 69 – Nós
Há uma certa inconsistência nos nós que vamos encontrando pelo caminho.
Alguns nós vão atando mais do que o que suporíamos, não desatando nada.
Outros há que, apesar de absurdamente intrincados, vão desatando os embrulhos
que nos são deixados à porta em frias madrugadas. Um constante desembrulhar
de surpresas, algumas delas trazendo uma infindável quantidade de novos nós
para desatar em eternos serões… Um novelo de nós. Uma meada de intrincadas
cadeias de sucessivos laços. Uma tapeçaria cujos liames internos nos parecem
mais mistérios divinos do que fruto de árduo e paciente trabalho. Será necessário,
porém, algum tempo até que consigamos discernir a estranha tipologia dos novos
nós. Alguns serão de atar… outros de desatar. A parte mais difícil é sempre desatar,
exceptuando talvez uma abordagem alexandrina a qualquer Górdio. Esperemos,
então, e façamos as vezes do atador que, perante a circularidade do vincelho, se
limitava invariavelmente… a atá-lo. Ainda por cima e para seu gáudio, em plena
segada, lhe era conferida dose extra de vinho. Tarefa bem mais árdua (e mais seca!)
é a do desatador. Esse sim, coitado, tem trabalho solitário e em dobro. E, ainda por
cima, sem vinho…
João Nuno Gusmão
Limpe os seus rinsOs anos passam e nossos rins vão filtrando nosso sangue para remover o sal e
outros intoxicantes que entram no organismo. Com o tempo, o sal se acumula e
precisamos de uma limpeza. Como fazer isso?
De um modo simples e barato: Compre um raminho de salsa e lave-o bem. Corte
bem picadinho e ponha numa vasilha com água limpa. Ferva durante 10 minutos e
deixe esfriar. Coe, ponha numa jarra com tampa e guarde no frigorífico. Beba um
copo todos os dias, e você vai perceber que o sal e outros venenos acumulados nos
rins saem na urina.
Há muitos anos, a salsa é reconhecida como o melhor tratamento de limpeza
dos rins e é um remédio natural.
A salsa é uma das ervas com propriedades terapêuticas menos reconhecidas.
Ela contém mais vitamina C do que qualquer outro vegetal da nossa culinária
(166mg por 100g), três vezes mais que a laranja. A salsa contém também ferro
(5.5mg /100g), manganésio (2.7mg / 100g), cálcio (245mg / 100g) e potássio (1mg
/ 100g), sendo recomendada para pedra nos rins, reumatismo e cólica menstrual.
Sua alta concentração de vitamina C ajuda na absorção de ferro.
O suco de salsa, sendo uma bebida natural, pode ser tomado misturado com
outros sucos, 3 vezes ao dia. As folhas podem ser mantidas no congelador, e seu
uso é recomendado na culinária diária, pois além de saudáveis, dão óptimo sabor
a qualquer receita. E muito bom para os hipertensos.
(In NET)
Para a História da 1ª República em Montalegre(Continuação do n.º anterior)
A Força dos
Administradores
Por todo o país surgem
protestos contra a máscara
com que pretendem disfarçar-
se a quase totalidade dos
administradores dos concelhos.
(...)
A Comissão Municipal
do Partido Evolucionista
não quis deixar passar sem
protesto a afirmação feita pelo
sr. Governador Civil relativa
ao extra-partidarismo do sr.
Quina, dirigindo ao Ministro do
Interior a reclamação seguinte:
Ex.mo Sr. Ministro do
Interior
A Comissão Municipal
do Partido Evolucionista de
Montalegre, em reunião de
29 do corrente mês, tendo
conhecimento de que o Ex.mo
Governador Civil do Distrito
informou V. Ex.ª de que o
actual administrador deste
concelho de Montalegre,
Alfredo Quina Falcão, não seria
substituido por exercer o lugar
a contento de todos os partidos,
resolveu protestar contra
tal informação, poquanto o
referido administrador, pelo
seu procedimento faccioso,
se incompatibilizou com os
evolucionistas, que são o
elemento preponderante no
concelho.
Fazendo justiça à boa fé
do Ex.mo Governador Civil,
que, muito provavelmente,
se deixou iludir por qualquer
informador pouco escrupuloso,
lamenta a Comissão que não
tivesse sido ouvida, como era
natural, porque assim se teria
evitado a falsa informação dada
a V. Ex.ª pelo mesmo Ex.mo
Governador Civil, e resolve
levar o seu protesto junto de
V. Ex.ª confiada em que se não
demorará em fazer substituir
o actual administrador, que
servilmente obedece às
ordens do bacharel Vitor
Branco, pernicioso cacique,
sem crenças políticas, mas
aproveitando-se dos elementos
do governo para conseguir
satisfazer as suas vinganças e
os seus interesses pessoais.
Montalegre, 30 de Julho de
1914
Em 30 de Julho é noticiado
o falecimento, na cidade do
Porto, do Professor Doutor
António Joaquim de Morais
Caldas. Acrescenta que:
«Consta que o Dr. Morais
Caldas deixou testamento com
vários legados e deixa a terça
parte da herança para criação
duma casa de beneficiência em
Montalegre»
O Montalegrense de 13 de
Agosto transcreve na íntegra o
testamento feito pelo falecido
Dr. António Joaquim de Morais
Caldas e acrescenta: “Por
ele se vê quanta simpatia lhe
mereciam as crianças, essas
flores da inocência que ao
desabrocharem para a vida se
encontram sem uma haste que
as defenda (...) Também ao
ilustre morto não esqueceram
os velhos (...)
Sublime obra praticou pois
aquele que em vida se chamou
António Joaquim de Morais
Caldas, e que Montalegre deve
orgulhar-se de ter nascido
dentro dos seus muros”
A partir do princípio de
Agosto, as notícias sobre
a Grande Guerra tiveram
precedência sobre as demais.
A possível participação de
Portugal no conflito era motivo
de preocupação geral.
O Montalegrense noticia
a morte do Papa Pio X no
dia 20 de Agosto com uma
desenvolvida biografia,
terminando por informar que
o sr. Presidente do Ministério
foi apresentar pêsames ao
sr. Cardeal Patriarca pelo
falecimento do Papa.
Em 10 de Setembro noticia
que já foi eleito o novo Papa
que tomou o nome de Benedito
XV.
(Continua no ano de 1914)
José Enes Gonçalves
31 de Março de 2016 7BarrosoNoticias de
Pedro Passos Coelho, eleito recentemente Presidente do PSD por mais dois anos - talvez imbuído pelo ideário do novo Presidente da República, ao afirmar em campanha situar-se politicamente à “esquerda da direita” com os resultados que se conhecem - apresentou-se às directas do Partido com o slogan “social-democracia sempre”, quando em boa verdade tal desiderato é “alcatifa” que desde há muito tempo deixou de pisar .
Quem anda nestas coisas da politica ou se interessa minimamente pela Ciência que a envolve, para além de saber que assim tem sido durante o seu reinado, sabe também que a social-democracia foi desde sempre uma ideologia política de centro-esquerda, e que o seu grande inspirador foi Karl Marx, esse “demónio” que hoje assombra os “direitolas do partido” que o sendo, procuram fingir que o não são. Escusado será portanto alguém vir com conversa fiada prometendo “novos mundos ao mundo”, ou com teorias de uma ou mais interpretações, desvalorizando até o pensamento de Francisco Sá Carneiro de que “a politica sem ética é uma vergonha”, porque isso é pura manipulação de conceitos.
Ainda assim, a grande ilação a retirar destas directas que reelegeram Pedro Passos Coelho, é que tiveram uma enorme virtude: rubricaram o sêlo de garantia da governação da “geringonça” - como depreciativamente alguns chamam ao Governo de António Costa, apoiado no Parlamento pelos Partidos à sua esquerda - pelo menos para a legislatura.
É que perante este facto, nem o Bloco de Esquerda, nem o PCP ou os Verdes, negarão o seu
apoio ao Partido Socialista, tendo como alternativa de Governo o PSD de Passos, ainda que só ou acompanhado pela “estagiária” Cristas, que igualmente se prepara para ascender ao trono do CDS. Quer isto dizer que o exemplo de 2011 não se repetirá, e não será portanto pelo lado da política interna, que a “alternativa pafiana” agora rebaptizada, chegará ao poder.
Ora tendo em conta que o novo Presidente da República também não morre de amores por Passos Coelho, restará a este para que os seus designios se cumpram, a alternativa do golpe dos mercados - aumento dos juros da dívida pública para valores insuportáveis, ou do Eurogrupo. Só que também aqui as coisas não estarão do seu lado!... Abrir uma crise política em Portugal a que Marcelo é avesso, e no momento actual em que a Europa do euro se vê envolvida com várias crises graves em simultâneo, designadamente a dos refugiados e a da estagnação económica, não será por isso do agrado do dito Eurogrupo por mais que lhe desagrade o Governo de António Costa, contribuir para qualquer devaneio. Mas vamos até admitir que por qualquer motivo a Comissão Europeia e o BCE, através da subida dos juros da dívida, gerem uma crise política no país que leve à dissolução do Parlamento e a novas eleições!... Nestas condições, como poderá Passos Coelho estar seguro de uma vitória com maioria parlamentar?!... O que é que o PSD ou o CDS têm para oferecer aos portugueses para além de austeridade e do seu agravamento, ou do discurso das “contas certas” - outra das ficções propagandeadas por esta direita neo-liberal que durante os quatro anos e meio da sua governação não acertou em qualquer dos índices económicos e financeiros a que se comprometeu com Bruxelas?!....
Por outro lado, se é certo que o Governo de António Costa não acabou com a austeridade, pelo
menos fez o mais importante: travou-a, e os portugueses estão agora seguros que o seu salário ou as suas pensões e reformas não vão ser diminuídas a qualquer momento. Ganharam alívio, e uma tranquilidade nas suas vidas que as recentes sondagens não desmentem, ao contrário do permanente desassossego em que viveram durante o anterior Governo.
Resumindo e concluindo: todos os factos referidos são pois inquestionáveis, e sendo assim, é exactamente em função dos mesmos, que a “governação pafiana” irá permanecer no “exílio” ainda por muito tempo. Um futuro que lhe foi agora sentenciado por 95% dos votos dos militantes do PSD que decidiram ir às urnas e reeleger Passos Coelho como seu líder. Talvez os que ficaram em casa, apercebendo-se de que a mesma água não passa duas vezes por baixo da mesma ponte, e de que o “chefe” já não fáz parte da solução, tornando-se isso sim numa espécie de nó górdio do problema, se preparem para a médio prazo, darem “novos rumos ao mundo”. Definitivamente, Passos não consegue assumir-se como adversário politico de Costa. E não consegue, porque em política o que parece é, embora esta frase nem sempre possa ser classificada como verdadeira. Ou dito de outro modo: a verdade em política depende das circunstâncias.
2. UM PRESIDENTE QUE SE FOI, E OUTRO QUE CHEGOU...
Anibal Cavaco Silva terminou o seu mandato presidêncial, como tendo sido o mais impopular Presidente da democracia portuguesa. Alguns milhões de cidadãos ter-se-ão sentido aliviados depois de um longo tempo presidencial
marcado pelo sectarismo, pela arrogância e pela insensibilidade social e mediocridade cívica. Outros nem tanto, e não deixam de argumentar, que Cavaco agiu sempre em defesa do interesse nacional. São ambas opiniões obviamente respeitáveis, muito embora se possa questionar das razões pelas quais um político a quem o país deu quatro maiorias absolutas, acaba com a popularidade mais baixa comparativamente a qualquer outro Presidente no final do seu mandato. E sendo assim, ou ele se enganou, ou foi o eleitorado que se equivocou. A História, ponderadas as suas virtudes e os seus defeitos, encarregar-se-à de lhe fazer a devida Justiça.
Há situações porém, que analisadas ainda que à “vista desarmada” deixam poucas dúvidas!... Ao longo dos seus dois mandatos, Cavaco Silva nunca foi capaz de fazer um discurso cultural, nem soube revelar preocupações com a pobreza ou com as desigualdades. Ostracizou Salgueiro Maia, enquanto em sentido inverso distinguiu um ex.agente da PIDE/DGS; faltou ao funeral de Saramago; disse que o BES não corria riscos; condecorou todo o “bicho careto”, mas ignorou figuras distintas da cultura do país e particularmente o “nosso” padre Lourenço Fontes e os apêlos dos deputados transmontanos do PS e PSD para a sua distinção. Apesar disso, nunca se cansou porém, de dizer sobre tudo e mais alguma coisa, que já tinha avisado. Foi uma pena que durante os cerca de dez anos no mais alto cargo da nação, não tenha optado por ser o Presidente de todos os portugueses e colocado de lado as suas questiúnculas pessoais e politicas. Ao fazê-lo, não percebeu ou não quis perceber a sua função de garante da unidade e da coesão nacional.
Em jeito de “cereja no topo do bolo” e já a meio do seu segundo mandato, não se inibiu de assistir passivamente à intervenção da Tróika; não teve uma palavra de
conforto para com as vítimas da austeridade, preocupando-se apenas em fazer contas e verificar se a sua reforma e a da Maria eram suficientes para cobrir as suas despesas; não teve uma palavra para com os milhares de jovens que foram obrigados a emigrar; e já na parte final, não hesitou mesmo em “empunhar” a bandeira do seu Partido, fazendo tudo para não empossar o actual Primeiro-Ministro.
Mas como águas passadas não movem moinhos, agora temos Marcelo Rebelo de Sousa!... Uma figura que tive o prazer de conhecer em 1989 na Faculdade de Direito de Lisboa, e que por via de tal me permite desde já afirmar, ser um homem que se revela em tudo, diferente de Cavaco. Entra de mãos livres e com escassa dependência partidária, o que lhe confere uma maior responsabilidade. Dele se espera que em Belém saiba ouvir e seja capaz de refrear o estilo impulsivo que tanto o caracteriza. O seu “percurso limpo” é uma mais valia e o programa oficial que delineou para a tomada da posse aliado à decisão de em conjunto com o Governo ter decidido dividir as comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades entre Lisboa e Paris, onde se pretende encontrar com a comunidade portuguesa ali radicada, auguram-lhe um bom inicio. Desprovido de preconceitos, irá mostra-nos com alguma clareza que ao longo do seu mandato priviligiará o estilo dos afectos e de alguma proximidade, principios sempre distantes do seu antecessor. Com todas as suas vantagens e desvantagens, tal postura servirá no mínimo para logo de inicio marcar as respectivas diferenças. Que seja feliz e tenha muita sorte. Portugal precisa mesmo que tenha muita sorte, e se como nos vem dizendo conseguir levar a coisa com afectos, já será muito bom. Aguardemos para ver...
(Texto escrito segundo a antiga ortografia)
POLITICAMENTE FALANDO1. A “SOCIAL-DEMOCRACIA” DE PASSOS COELHO, É SÊLO DE GARANTIA DE ANTÓNIO COSTA!...
Domingos Chaves
BarrosoNoticias de
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BarrosoNoticias de
931 de Março de 2016
Teve lugar no salão
nobre da autarquia,
uma reunião de
trabalho, convocada
pelo vice-presidente do
município, David Teixeira
(responsável pelo pelouro
da Proteção Civil), com o
fim de debater a gestão
de acessibilidades no
Parque Nacional da
Peneda-Gerês (PNPG);
resgate de pessoas:
c o m a n d o / l i d e ra n ç a ,
r e s p o n s a b i l i d a d e s ,
custos, estratégias de
atuação e corredores de
emergência, entre outros.
Das várias considerações
analisadas, destaque para
a elaboração de um plano
operacional para o PNPG.
Dentro de um mês, o
grupo volta a reunir para
apresentar o “trabalho de
casa” escalonado neste
encontro.
O lema é olhar
para o território de uma
outra forma. É pegar,
por exemplo, nas novas
tecnologias e dar-lhes uso.
É saber que o conceito
de defesa do próximo
está alterado. A mudança
de paradigma obriga
os agentes da proteção
civil a unir esforços. Só
com trabalho de rede
pode quem precisa estar
mais seguro. É, também,
responsabilizar quem
prevarica. A impunidade
e o laxismo têm que
terminar sob pena de
ninguém se entender.
Estas notas serviram de
mote para a reunião
de trabalho, ocorrida
no salão nobre da
Câmara Municipal de
Montalegre, cujos temas
não se restringiram à
esfera local e regional. Em
cima da mesa estiveram
problemas que mexem
com todo o território
nacional e que «serviram
para as várias entidades -
que têm responsabilidade
na área da Proteção Civil
e Socorro - perceberem
que têm que interagir, que
os desafios são cada vez
maiores e que o número
de ocorrências dentro
do Parque Nacional da
Peneda-Gerês (PNPG)
será cada vez maior», eis,
em síntese, o motivo deste
encontro assim explicado
por David Teixeira,
atual vice-presidente da
Câmara de Montalegre e
grande responsável por
esta convocatória.
O autarca destacou
a «vontade» que sentiu,
em todas as entidades
presentes, «em resolver
e criar uma estrutura
funcional totalmente
diferente daquilo que
vem sendo a prática». A
ideia é minorar riscos e
proteger quem trabalha,
no socorro a quem
necessita. David Teixeira
lembra que «a maioria
dos incidentes são
pura inconsciência dos
praticantes». Uma «falta
de responsabilidade e
de sentido de risco»
que urge corrigir. Nesse
sentido, foi distribuído
uma espécie de “caderno
de encargos” a todas as
entidades envolvidas na
reunião. Assim sendo,
o responsável do INEM,
Rui Rocha, ficou com o
fito de «fazer chegar às
chefias, a necessidade
de equipamentos de
proteção individual para
os seus membros; criar
mochilas para transportar
os equipamentos de
socorro em meio de
montanha», conta o
responsável pela pasta
da Proteção Civil do
concelho. O também vice-
presidente da edilidade
barrosã, reforçou o
depoimento ao enumerar
o que foi decidido para
os outros parceiros
envolvidos: «as Câmaras
Municipais ficaram com
a responsabilidade de
negociar com o ICNF
(Instituto de Conservação
da Natureza e das
Florestas) e com as redes
de operadores de
telemóveis, no sentido
de escolherem a rede
que servirá de base
para a “rede-rádio” da
Proteção Civil; o ICNF, a
GNR e os GIPS ficaram
com a incumbência de
fazer o benchmarking,
na área das regras e uso
da animação turística
- foram dados como
exemplo a Serra da Estrela
e a ilha do Pico (Açores)
-; os comandantes
operacionais de Vila
Real e Braga, ficaram
com dois desafios muito
importantes: o primeiro
é fazer com que as
comunicações cheguem
às cúpulas da Autoridade
Nacional, onde há a
necessidade do reforço
da rede dentro destas
zonas (os bombeiros
vão fazer o mapeamento
das “áreas sombra”)...
a ver se a Autoridade
Nacional pode fazer
algum investimento
na colocação de
repetidores. O segundo é
articular todos os meios
(autarquias, Proteção
Civil) para aquilo que
é a grande decisão de
todas as entidades...a
elaboração de um plano
operacional para o PNPG;
a ADERE-PG, com o novo
quadro comunitário,
irá definir um plano
onde será pensada uma
plataforma digital onde
os turistas poderão fazer
o seu registo e, em tempo
real, se saiba quantas
pessoas estão na serra,
em que momento entram
e saem, no fundo, que,
em tempo real, todos os
agentes de Proteção Civil
possam aceder a este
conjunto de informações
para poderem atuar em
conformidade. As redes
de telemóveis estão a ser
integradas neste novo
“Portugal 20-20” para
aumentar a cobertura de
rede; por fim, foi colocado
ao ICNF a possibilidade
de definir “corredores de
socorro” onde possam ter
acesso apenas viaturas
autorizadas, no âmbito
de ações de socorro».
In cm-montalegre.pt
Montalegre promoveu reunião com agentes da Proteção Civil
31 de Março de 201610 BarrosoNoticias de
1-Assinaturas
Os valores das assinaturas são os seguintes:
Nacionais: 20,00 €uros
Estrangeiras:
Espanha 30,00 €urosResto da Europa e Mundo 35,00 €uros
2 – Serviços:
Extracto de 1 prédio 35,00 €urosAgradecimento por óbito 20,00 “Agradecimento s/foto 20,00 “Publicidade 1 P 200,00 “
3 – Pagamentos
As assinaturas podem ainda ser liquidadas directamente em Montalegre ou através do envio de cheque ou vale postal em €UROS passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes:
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Na etiqueta da direcção do seu jornal pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ...). Se entender que não está certa, contacte-nos (00351 91 452 1740)
3 – Informação
Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou outros:Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail
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Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor.
BarrosoNoticias de
Instituto dos Registos e do NotariadoConservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
EXTRATOCertifico para efeitos de publicação que, por escritura de 15 de março de 2016, lavrada na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório
Notarial de Montalegre, a cargo da Licenciada Maria Carla de Morais Barros Fernandes, Adjunta de Conservador em substituição legal e em exercício de funções notariais, exarada a folhas 73, do livro 983-A, o Reverendo Padre João Batista Branco Alves, solteiro, maior, natural da freguesia da Chã, deste concelho, onde reside no lugar de S. Vicente, na qualidade de representante da FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA FREGUESIA DE MORGADE, concelho de Montalegre, com sede na dita freguesia de Morgade, Entidade Equiparada a Pessoa Coletiva número 503 506 525, declarou:
Que, por escritura outorgada no Cartório Notarial de Montalegre no dia vinte e seis de março de dois mil e oito, exarada a folhas setenta e seguintes, do respetivo livro novecentos e cinquenta – A, a sua representada Fábrica da Igreja, justificou a seu favor o prédio urbano situado em SÃO DOMINGOS, na freguesia de Morgade, concelho de Montalegre, composto de capela e armazém, inscrito na matriz sob o artigo 340, ainda por descrever nesta Conservatória do Registo Predial, naquela escritura melhor identificado.
Foi já feita no Serviço de Finanças a necess+aria correção, relativamente ao logradouro.Assim, para dar cumprimento aos autos de Ação Popular com o número 104/08.ITBMTR, cuja sentença transitou em julgado no dia quinze de janeiro
de dois mil e dezasseis, RETIFICA aquela escritura, no sentido de que o prédio justificado tem a seguinte composição:- Prédio urbano situado em SÃO DOMINGOS, composto de capela e armazém, com a superfície coberta de cento e oito, vírgula, quarenta e sete
metros quadrados, e logradouro com a área de seis mil e quinhentos metros quadrados, a confrontar do norte, sul, nascente e poente com o baldio, inscrito na matriz sob o artigo 340.
Que mantém em tudo o mais o que da escritura retificada consta. Está conforme.Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, 15 de março de 2016O 1.º Ajudante,(Ilegível)
O Conta: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €São: vinte e três eurosConta registado sob o n.º 109
Notícias de Barroso, n.º 490, de 31 de Março de 2016
SBANOTARIA
Susana Barros Ribeiro
JUSTIFICAÇÃO
Certifico, para efeitos de publicacão, que por escritura de justificacão lavrada a 18 do corrente mês, neste Cartório Notarial de Susana Barros Ribeiro, na vila de Ponte de Lima, a folhas 76 e seguintes, do livro de notas, para, escrituras diversas, n. º 183-A, LÁZARO SERAFIM AFONSO DA COSTA, solteiro, maior, natural da freguesia de Cabril, do concelho de Montalegre, e nela residente na Rua da Asnela, N.º 1, Fafião declarou:
- Que é dono e legítimo possuidor, com exclusao de outrem, do seguinte imóvel, inscrito na respectiva matriz em nome de Maria da Conceição Costa Afonso Crisante:
- PRÉDIO URBANO, composto de casa de habitacão de rés-do- chão e primeiro andar, sito em Eira da Cancela, lugar de Fafião, da freguesia de Cabril, concelho de Montalegre, com a superficie coberta de vinte e nove virgula cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com rua pública, do sul com caminho, do nascente com eira comum e do poente com Amena de Jesus Martins; omisso no Registo Predial e inscrito “na respective matriz predial urbana sob o artigo 837, com o valor patrimonial de três mil setecentos e cinquenta e dois euros e cinquenta e oito cêntimos.
- Que aquele imóvel veio à sua posse cerca do ano de mil novecentos e noventa e dois, por doação, meramente verbal, feita por seus pais, a referida Maria da Conceicao Costa Afonso Crisante e Domingos Pires da Costa, ele falecido em Outubro de mil novecentos e noventa e três, com residência na freguesia de Ferral, concelho de Montalegre, e ela residente na freguesia de Freixiel, concelho de Vila Flor.
- Que há mais de vinte anos se encontra o justificante na posse e fruição deste imóvel, exercendo sobre ele todos os poderes de facto inerentes ao direito de propriedade, na qualidade de seu dono, como coisa sua e nessa convicção, nele habitando sem o pagamento de qualquer renda, fazendo obras de conservação e limpeza, usufruindo de todas as utilidades possiveis, em nome próprio e sem oposição de ninguém, pelo que exerceu uma posse de boa fé, pacifica, continua e pública, sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, adquirindo o seu direito por USUCAPIÃO.
- Que, não tendo possibilidade de o comprovar pelos meios extrajudiciais normais, o justifica para fins de primeira inscrição, a seu favor, na respectiva Conservatória do Registo Predial.
Está conforme.
Cartório Notarial de Susana Barros Ribeiro, na Rua Dr. Luis Gonzaga, Ponte de Lima, vinte e quatro de Março de dois mil e dezasseis.
O Colaborador,João do Nascimento Pereira da Silva
Notícias de Barroso, n.º 490, de 31 de Março de 2016
AGRADECIMENTO
JOSÉ MANUEL DIAS DOS REIS(TORGUEDA - MONTALEGRE, 70 ANOS)
A família de JOSÉ MANUEL DIAS DOS REIS “Viage”, vem por este único meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam em atitudes de generosa e amiga solidariedade tanto nas cerimónias do funeral e seu
acompanhamento até ao cemitério como na missa de 7.º dia realizada na igreja de S. Vicente.Agradece ainda a todas as pessoas que, impossibilitadas de participar nas cerimónias fúnebres, se lhes dirigiram com sentimentos de amizade e de pesar.
A todos MUITO OBRIGADO!
A Família
31 de Março de 2016 11BarrosoNoticias de
O jantar tinha decorrido com serenidade, em amena cavaqueira, comentando-se de tudo um pouco, desde a política ao futebol, de vez em quando avivada por uma piada oportuna, que fazia nascer sorrisos nos rostos dos comensais, em alguns sonoras gargalhadas. Já refastelados nas cadeiras robustas, a maioria com as faces rubicundas, a atestarem o opíparo pitéu que foi servido, o chefe da casa, que reverentemente ficou na cabeceira da mesa, sugeriu:
- Vai agora um chupito para a malta?
- De preferência uma velhinha, e já cá devia estar - resmungou alguém do meio da mesa, piscando o olho e acotovelando levemente o comparsa da direita.
Depois do primeiro trago, retomámos as conversas soltas, que ainda aguçavam a conversação. À minha frente ficou um senhor, aí com setenta e tal anos, calvo até às orelhas, com barba grisalha farta, de voz suave e aragem espirituosa, que quando falava todos prestavam atenção. Reverente e sibilino, continuou:
- Pois é, pois é, a nossa democracia, se não arrepia caminho, entra em decadência, se já não está. Noto que a qualidade dos nossos políticos tem vindo a diminuir, os bons não estão para aturar o povo, que se habituou sempre erradamente a falar mal dos políticos, os medíocres e oportunistas lá arranjam um cursito e vão se safando…
- Rouxinóis e melros de horta sem pauta nunca faltaram - acrescentou o magricelas, de nariz aquilino e cabelo curtinho, que estava à sua esquerda, com olhos semicerrados.
-Bem – continuou - os interesses tomaram conta dos partidos, que pura e simplesmente fazem campanhas para tomar o poder, mas depois preocupam-se com a agenda dos interesses partidários e das sedentas clientelas, ter emprego e manter privilégios tornou-se prioridade em vez de se servir o povo com dedicação e competência, há uma torpe promiscuidade entre politica e negócios, há um preocupante decréscimo moral e cívico, em que cada um se procura safar segundo a lei do menor esforço, sem olhar a meios, sem qualquer preocupação pelo bem dos outros e do bem comum, a honra e a probidade estão quase esquecidas. Não acredito numa vida individual e social sem valores, sabe. O pior que nos pode acontecer é deixarmos imperar o reino do vale tudo.
Nada disto era novo, mas como persistia a olhar para mim, fui tentado a intervir:
- O poder e os seus vícios serão sempre sedutores e polémicos e não há regimes perfeitos - redargui eu, com voz
professoral e mão no queixo.- Mas sabe, senhor padre
– continuou o senhor da barba grisalha – o que mais me custa é o desperdício de possibilidades e oportunidades que temos à nossa frente. Quando vivíamos em ditadura, quantos lamentos não escutei de que não se podia fazer isto ou aquilo, ser isto ou aquilo, que podíamos ser outro país, com mais liberdade, justiça, igualdade, educação, paz, proclamámos que nos uniríamos para construirmos um país desenvolvido e moderno e já lá vão quarenta anos de democracia e somos um país permanentemente adiado, não nos conseguimos unir a sério, nem instaurar um desígnio para darmos um rumo certo ao país.
- Já reparou - argumentei eu, pensativo - que quando se vive em guerra ou ditadura, em que há um inimigo que está bem definido, é mais fácil mobilizar as pessoas? Quando cessam os bichos papões e as ameaças e regressa a paz e a liberdade, ficamos um pouco perdidos sem saber o que fazer com elas. Mobilizar as pessoas para um fim nobre torna-se uma tarefa hercúlea. Infelizmente, acabamos por estragar tudo, deixando prevalecer o regime dos interesses e a libertinagem, que não é liberdade.
- Todos querem fazer grandes coisas, mas no fim queremos sempre caminhos fáceis e que sejam os outros a tomar a dianteira – prosseguiu. Outra coisa que me custa muito é ver agora alguns figurões, que noutros tempos foram lambe-botas e sabujos da ditadura, a alardear o seu amor à democracia e à liberdade e com que destreza o fazem. Claro: as ideias e as convicções compram-
se e vendem-se, não é verdade? O que importa é estar sempre perto do poder, para que os seus mui nobres interesses não fiquem adiados. E a Igreja, que me diz da Igreja? Não lhe parece estranho um Papa tão consensual?
- É um bom Papa – respondi eu – trouxe de novo o Evangelho para o centro da vida da Igreja e está-se a impor pela sua simplicidade, proximidade e frontalidade.
- Um Papa tem de ser alguém que nos ponha a pensar e não só alguém que nos impressione pela candura dos seus gestos e palavras, embora também seja importante – ripostou. Acho que a Igreja deitou fora depressa de mais o inferno. Boa parte da minha catequese e da minha prática cristã nasceu do medo do inferno, com que nos aterrorizaram na infância e na adolescência. O padre da minha terra até era bom homem, mas os seus sermões eram medonhos. Se aquilo era Boa Nova… Bem, agora parece que se passou para o oitenta, Deus perdoa tudo, Deus é só misericórdia. Não acredito na misericórdia sem exigência e emenda e de certo que vai ter de haver justiça. Se assim não for, deixamos de levar a vida a sério. O que o inferno nos ensinava era que na vida não vale tudo, é preciso viver com exigência ética e moral. Um homem sem ética não vale nada. De vez em quando ainda gosto de ir à Igreja, porque acredito em Deus e tenho necessidade de pensar.
- Talvez se tenham cometido alguns excessos, é verdade – retorqui - e convém lembrar que a misericórdia de Deus, de facto, exige conversão e compromisso.
Fico admirado é que, de facto, nos tempos em que se exagerava a falar de pecado e inferno e se propunha uma disciplina rigorosa, as igrejas estavam cheias, agora que se acentua mais, e bem, a dimensão amorosa e misericordiosa de Deus, parece que estamos a relaxar no cumprimento dos nossos deveres e na exigência moral. O deus do medo parece sobrepor-se ao deus do amor.
- Vocês, padres, nas homilias, falam muito da fé, e não tenho dúvidas de que muitas pessoas vão à igreja porque têm mesmo fé, mas há três causas que têm muita força na prática religiosa: o medo, a necessidade e o consolo, não esquecendo também o ir com os outros.
- Em parte concordo – redargui – basta ver que, em tempos de guerra ou penúria, aumentam os fiéis.
- Não defendo que falem do inferno como no meu tempo, mas vão lembrando às pessoas que, de certo, existe e que a vida não poderá deixar de ter um crivo, um dia. Há um sério problema ético e uma falta de respeito pelo ser humano atualmente, que é de bradar aos céus. Face aos níveis de devassidão e imoralidade a que estamos a assistir, penso que não será demais lembrar que vamos ter de prestar contas.
- Só mais um chupito para irmos embora? – propôs o chefe da casa.
- Nem mais - anuiu um cinquentenário, que tinha estado impávido e sereno.
Boa noite, meus senhores. Até outro dia.
Diálogos Imprevistos
Pe Vítor Pereira
BOTICASPresidente da Câmara reuniu com responsáveis dos CTT
Atendendo às dificuldades e problemas que se têm registado nos últimos tempos com os serviços prestados pelos CTT, nomeadamente ao nível dos atrasos na distribuição de correspondência no concelho, o Presidente da Câmara, Fernando Queiroga, reuniu, dia 16 de Março, com o responsável da Área de Operação Norte dos CTT, José Manuel Miranda, dando-lhe conta desses problemas e das preocupações manifestadas pelos botiquenses face ao serviço prestado pelos correios.
O responsável dos CTT garantiu que irão ser tomadas todas as providências no sentido de que os problemas possam ficar debelados já a partir do início da próxima semana, assegurando que no concelho de Boticas não se continuem a registar atrasos tão grandes na entrega da correspondência.
Protocolo de colaboração com a UTAD no 30º aniversário da Universidade
Fernando Queiroga, participou hoje no programa
comemorativo Integrado nas comemorações
do 30º aniversário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), cujas cerimónias foram presididas pelo Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, e pelo presidente da CCDRN, Emídio Gomes, o município de Boticas assinou com a UTAD – representada pelo seu reitor, António Fontainhas Fernandes - um protocolo de colaboração que visa a prestação de consultoria e apoio técnico nas várias áreas do conhecimento e investigação desenvolvidas por aquela instituição de ensino superior.
De resto, a autarquia foi uma das 30 autarquias do norte e centro do país a proceder à assinatura deste protocolo, que visa uma colaboração e maior aproximação entre o Poder Local e o conhecimento científico e académico, já que a UTAD possui reconhecidamente competências na área da investigação e formação em áreas fundamentais para apoiar a conceção e implementação de estratégias de promoção e de desenvolvimento do Município, assegurando o acompanhamento científico e técnico dos projectos a desenvolver, atendendo também ao conjunto de oportunidades que o novo Quadro Estratégico Comum (QEC) apresenta e que o Município de Boticas pretende
aproveitar para potenciar o desenvolvimento económico e social do seu território.
Dia Internacional da Mulher
Foi comemorado, um pouco por todo o concelho de Boticas, o Dia Internacional da Mulher que se celebra, anualmente, a 8 de março. À semelhança dos anos anteriores, as mulheres botiquenses reuniram-se para assinalar a data.
Foi em ambiente de alegria, elegância, boa disposição e união que as mulheres botiquenses celebraram este dia. Realizaram-se diversos jantares e convívios em várias localidades do município barrosão, o que permitiu a participação de um vasto número de mulheres.
O Presidente da Câmara não deixou passar a data em branco e homenageou as mulheres do concelho oferecendo, a cada uma delas, uma flor com uma pequena mensagem alusiva a este dia tão especial e único.
Entrega de Bolsas de Estudo aos alunos do Ensino Superior
Decorreu, na passada segunda-feira, dia 28 de março, no Salão Nobre da Câmara
Municipal, a entrega de mais uma prestação das 30 bolsas de estudo destinadas aos jovens do concelho que frequentem o Ensino Superior.
A entrega foi feita pelo Presidente da Câmara Municipal, Fernando Queiroga, que destacou a importância que este apoio tem para cada um dos jovens estudantes.
“O nosso objetivo passa por aliviar, através da atribuição destas
bolsas, os encargos que os pais têm com os filhos.”, acrescentou o autarca.
Recorde-se que o valor total da bolsa atribuída a cada um dos estudantes é de 1000 euros por ano letivo sendo que, no próximo ano, a atribuição da bolsa deixará de ser faseada e será feita através de transferência bancária, como comunicou o Presidente da Câmara.
31 de Março de 201612 BarrosoNoticias de
Decorreu em Montalegre no passado dia 19 de Março, o XVII Congresso Federativo.
Neste congresso foi amplamente debatida e aprovada, por unanimidade, a moção de orientação política “Tempo de Construir” cujo primeiro subscritor é Francisco Rocha, Presidente da Federação Distrital. Esta moção quer afirmar-se como um projeto político diferenciador, um novo caminho, empreendedor, de futuro e que posicione o Distrito de Vila Real no contexto nacional e internacional. Na reunião magna dos socialistas do distrito ficou patente um Partido coeso, mobilizado, renovado, plural e solidário e cujo objetivo é vencer as próximas eleições autárquicas.
O Presidente da Comissão Organizadora do Congresso, Fernando Rodrigues, no decorrer da cerimónia de abertura salientou a honra e o privilégio do Concelho de Montalegre em ser anfitrião deste evento e o facto de ser essencial olhar para esta parte do território auxiliando a valorização e o relançamento da sua economia.
Neste congresso federativo foram ainda eleitos os novos
órgãos distritais com uma votação de cerca de 90%, sendo que Alexandre Chaves presidirá à Mesa da Comissão Política da Federação Distrital. Por seu lado, João Noronha de Carvalho, passará a dirigir a Comissão Federativa de Jurisdição, e Emanuel Rodrigues Costa presidirá à Comissão Federativa de Fiscalização Económica e Financeira.
Ao longo do congresso foi percetível a preocupação com as pessoas e com o território sendo por isso imprescindível, de acordo com os dirigentes socialistas, definir novas políticas que possam alicerçar as gerações vindouras. Foram discutidas as linhas prioritárias de atuação: o PS e o novo projeto governativo, a competitividade, a coesão territorial, a coesão social, o Ciclo Autárquico 2017/2021, e um Partido preparado para o combate político. Como salientou Gilberto Igrejas no decorrer da apresentação da moção de estratégia, terá de existir um esforço de mobilização constante no trabalho político e na relação com os cidadãos, que deve estimular todos os militantes
e simpatizantes no sentido de continuadamente apoiar e fortalecer o projeto político de governação do PS.
No encerramento perante as centenas de congressistas, o Presidente da Federação,
Francisco Rocha, afirmou que “Os próximos tempos terão dois objetivos políticos principais que queremos alcançar com êxito: a concretização do nosso projeto governativo para a legislatura e as eleições autárquicas de 2017, com a manutenção da maioria das Câmaras Municipais. Para que estes objetivos centrais possam ser alcançados é necessário continuar a construção de projetos políticos credíveis, fundados nos princípios e valores
socialistas, que defendam e afirmem intransigentemente os respetivos territórios, alicerçados numa prática política democrática, solidária, próxima, inclusiva e participada.”
Ascenso Simões, em representação do Secretário-Geral António Costa, encerrou o congresso com o realce sobre a qualidade das intervenções dos quadros mais jovens e a liderança congregadora do Presidente da Federação. Retratou, ainda, a evolução da estrutura partidária a nível distrital, defendendo o caminho de um partido mais qualificado, plural e competente.
In cm-montalegre.pt
XVII Congresso Federativo do PS Inteligentes ou ignorantes?Conta-se que numa povoação do interior,
nos tempos da monarquia, um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente, chamavam “o idiota” à taberna onde se reuniam e lhe ofereciam a escolha entre duas moedas: uma maior de 400 REIS, e outra menor de 2.OOO REIS.
Ele escolhia sempre a moeda maior, a menos valiosa, o que era motivo de risota para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
«Eu sei - respondeu o tolo - que ela vale cinco vezes menos, mas no dia em que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e nunca mais irei ganhar a minha moeda».
Podem tirar-se várias conclusões desta pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre o é.
A segunda: Quem eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba por estragar a sua fonte de rendimento.
A quarta e mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim quem realmente somos.
Moral da História...«O maior prazer de uma pessoa inteligente
é fazer-se de idiota, diante de um idiota que julga ser inteligente».
ICNFInstituto da Conservação da Natureza e das Florestas
E D I T A L(2.ª Publicação)
O Departamento da Conservação da Natureza e Florestas do Norte faz público que, nos termos do art.º 6.º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de outubro de 1962, a Associação de Caça e Pesca Alto da Cumieira e Pisquedo, requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pesca na margem direita da Albufeira de Salamonde, desde a confluência da linha de água de S. Lourenço com o regolfo da albufeira ao NPA, a montante até 170 m para montante da confluência da linha de água de Jões, a jusante, abrangendo o braço da ribeira de Cabril, em ambas as margens ao nível do NPA, numa faixa de 20 metros, no plano de água ao longo do perímetro, numa extensão de 11,352 Km, e incluindo o troço da ribeira de Cabril para montante da confluência com o regolfo da albufeira numa extensão de 2,0 Km até à zona designada por Roca da Linha e o troço do rio Pincães, para montante da confluência com o regolfo da albufeira numa extensão de 2,0 Km, até à zona compreendida entre o Vale das Traves e a Praia Doce, freguesia de Cabril, concelhos de Montalegre.
Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação, por escrito e devidamente justificada no Departamento da Conservação da Natureza e Florestas do Norte – Parque Florestal, 5000-567 Vila Real, no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital.
Para conculta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, prposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.
Notícias de Barroso, n.º 490, de 31.03.2016
ICNFInstituto da Conservação da Natureza e das Florestas
E D I T A L(2.ª Publicação)
O Departamento da Conservação da Natureza e das Florestas do Norte faz público que, nos termos do art.º 6.º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de outubro de 1962, a Associação de Caça e Pesca Alto da Cumieira e Pisquedo, requereu, pelo prazo de 10 anos, a concessão de pesca no rio Fafião, numa extensão de cerca de 7,151 Km, desde a zona designada Rio do Porto de Lage, limite a montante, até à confluência do rio Freitas com o regolfo da albufeira de Caniçada ao NPA, limite a jusante, abrangendo as freguesias de Cabril e Vilar da Veiga, concelhos de Terras de Bouro e Montalegre.
Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação, por escrito e devidamente justificada no Departamento da Conservação da Natureza e das Florestas do Norte – Parque Florestal, 5000-567 Vila Real, ou no Departamento da Conservação da Natureza e das Florestas do Norte – Avenida António Macedo, 4704-538 Braga, no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital.
Para conculta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, prposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.
Notícias de Barroso, n.º 490, de 31.03.2016
31 de Março de 2016 13BarrosoNoticias de
Lita Moniz
Domingos Dias
Recado de Portugal ao Brasil
A novela Lula cai, não cai(!) continua...
Bom, enquanto isso, o povo respira um pouco aliviado, a briga é lá no Planalto, e quanto mais as coisas ficam feias por lá, mais o dólar e euro descem.
Agora de Portugal chega mais um recado: se vocês não prenderem o Lula aí, nós o faremos aqui. E isto feito de forma oficial à Suprema Corte do Brasil.
Motivos parece que também por aí há de sobra, só que mais às claras, então perigo à vista, sim.
Embora de modo autônoma, por enquanto, mas já num trabalho de investigação conjunto, o caso da “Oi” já aponta para possíveis pagamentos de dezenas de
milhões de euros para brasileiros e portugueses envolvidos neste mega esquema de corrupção. Com várias denominações, entre elas a “ lava-jato”, porque era em um lava-jato junto a um posto de gasolina de Brasília que as negociatas se faziam enquanto lavavam seus carros.
Por aqui a” lava-jato” tem dado o que falar e o que fazer à Polícia Federal em busca de provas, porque eram teias bem urdidas sem deixar pegadas.
Mas no caso da “OI” e de outros casos afins, talvez por ser algo que se resolvia fora do Brasil deixaram mais pistas. As investigações do dossiê da “Oi“ em canal aberto, mostram claramente o envolvimento da construtora Andrade Gutierrez, através de Angola ( via Zagope) e Venezuela.
E os nomes dos envolvidos entre eles o ex-presidente do Brasil, Lula da Silva.
O Presidente da Andrade Gutierrez é réu no processo da Lava-jato, preso por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e de organização criminosa.
Enquanto isso, o ex-presidente Lula da Silva, para fugir à prisão, e das garras do juiz Aldo Moro, embora negue de pé junto, que não é nada disso, diz que aceita ser o 1º ministro da Casa Civil do Brasil para ajudar o
governo e a nação.A novela continua, cada dia
um novo capítulo. Uns dizem que o PT está com os dias contados, outros que a ideologia que não é senão a Teoria da Libertação forjada nas sacristias das igrejas
de cada paróquia do Brasil e do mundo que tem força bastante para se levantar e dar volta por cima.
Mas a realidade é outra: o rebanho do PT, que hoje se encontra reduzido ao rebanho do
Lula, é de uns poucos que ainda não abandonaram o navio. Está debandando, trocando de lado.
E pior que isso, o governo já não tem apoio nem na Câmara dos Deputados, que andam para ali a se digladiarem entre
si, e cada um a tentar fugir da
cadeia também. Um salve-se
quem puder. Afinal, era ali onde
a corrupção desaguava em sua
grande parte.
A Câmara do Senado, não
tanto quanto a dos deputados,
mas muito dividida e corrompida
também, está mais voltada
para dentro. Cada um tentando
mostrar que não participava
da corrupção que grassava ali
também.
A última edição da Revista
VEJA já aponta uma solução
para todos os brasileiros quase
inacreditável: diz que o ex-
presidente Lula já especula se
refugiar na Itália para fugir à
prisão. Para Portugal jamais!
Afinal o recado já foi dado.
São especulações prováveis.
Virar Primeiro Ministro, se
tornar de novo o Lula Salvador da
Pátria. A que preço? Isso só eles
sabem.
Ou começar de novo, o que
também não acena com muita
coisa. Para melhorar vai demorar.
A luso-americana Tiffany
Teixeira foi recentemente
eleita Miss Connecticut de
2016. A Tifffany tem 25 anos
de idade, graduou do Liceu
Central de Bridgeport e da
Universidade Quinnipiac
com o curso de enfermeira.
Encontra-se a trabalhar no
Yale Hospital de New Haven.
Tem planos para continuar a
estudar e a especializar-se no
doutoramento de anesthesia.
A menina Tiffany é filha
de António Teixeira, de
Outeiro Jusão, Chaves, e de
Paula Pereira, neta paterna
de Henrique e Deolinda
Texeira, de Outeiro Jusão,
Chaves, e neta materna de
Manuel Pereira, de Penedones,
Montalegre, falecido, e de
Deolinda Pereira, de Travassos
da Chã, Montalegre, residente
em Chaves.
Ela gosta de passear,
de frequenter a praia, de
praticar yoga, e de trabalhar
nos carros com o seu pai aos
fins de semana, que tem uma
garagem de mecânica em 106
Commercial Street, Bridgeport.
O titulo de Miss
Connecticut dá-lhe direito
a concorrer para Miss USA,
cuja vencedora participará no
concurso de Miss Universo.
Apresentamos parabéns
à menina Tiffany Teixeira e
desejamos-lhe sucesso na
importante representação do
seu titulo de Miss Connecticut
(Estado dos USA).
Dos Estados Unidos, Bridgeport, CT
Tiffany Teixeira, Miss
Connecticut 2016
Edifício sede da Procuradoria-Geral da República do Brasil, em Brasília
31 de Março de 201614 BarrosoNoticias de
O monaquismo ocidental constrói-se e vai-se implantando com base no exemplo das comunidades monásticas do Oriente. Herdeiro das tradições orientais, o monaquismo do Ocidente desempenhou um papel de extrema importância na propagação e consolidação do ideal cristão. A sua história entrelaça-se com a história da cristandade e com a própria construção da Europa. Sucessor directo da cultura clássica salvou-a do naufrágio em que se afundara a civilização laica no Ocidente latino!
Nos distritos rurais do Ocidente, o mosteiro era o único centro de vida e de ensino cristão, e foi sobre os monges que recaiu, mais do que sobre os bispos e o seu clero, o encargo de converterem a população campesina pagã ou semi- pagã.
As ordens monásticas e religiosas modelaram no seu conjunto o Ocidente medieval numa incessante dialéctica entre a fuga do mundo e a acção sobre o mundo; formaram um fenómeno total: religioso, social, económico, político, cultural e artístico. As relações complexas que se prendem com a sociedade do seu tempo obrigaram-nas a modificar-se a reformar-se e por vezes a apagar-se. Os mosteiros tornaram-se assim focos de estudo intenso, de progresso agrícola, de aperfeiçoamento das indústrias, de respeito pela autoridade, de equilíbrio da razão, de disciplina da vontade. Jamais podemos avaliar o quanto a Europa deve aos monges!
Podemos considerar três grandes correntes monásticas que se desenvolvem quase em simultâneo no Ocidente. A primeira principiou por se implantar nas regiões mediterrânicas, a Itália e o sul de França tornar-se-iam centros atractivos e propulsores do envolvente movimento monástico. Mas a terra prometida do monaquismo do Ocidente, segundo a expressão de Montalembert, devia ser a Gália. Posteriormente este movimento foi-se alastrando ao interior do continente. Isto deve-se sobretudo à acção de três monges que fizeram esta osmose (passagem espiritual):
S. Jerónimo (347-429), um dos doutores da Igreja, João Cassiano (360-435), fundador do mosteiro de S. Victor, perto de Marselha e o ilustre S. Martinho de Tours (316-397), tendo fundado, entre outros, os de Marmoutier e Ligugé. Deve-se ainda salientar Cassiodoro (490-581), a quem se deve a criação do mosteiro de Vivarium, Calábria, onde Cassiodoro estabeleceu os scriptorium, como uma parte regular da vida monástica, tendo sido adoptado pela maioria dos mosteiros beneditinos. E ainda o contributo de César de Arles (470-543), bispo da mesma diocese, após a sua formação como monge em Lérins, importante centro de espiritualidade e de cultura ao longo do séc. V
A segunda vaga é irlandesa, também conhecida pelo monaquismo céltico. Espalha-se pelas zonas célticas das Ilhas Britânicas e, em especial, na Irlanda e no País de Gales. A Igreja irlandesa teve o seu começo no séc. V, com a pregação de S. Patrício, padroeiro da Irlanda, depois de ter deixado Lérins.
Distanciado da latinidade romana, este monaquismo revestiu-se de particularidades muito próprias, a maior parte das vezes o abade assume as funções de bispo. Cada mosteiro está ligado a um clã e desempenha dentro da sua área funções políticas, económicas e até sociais. Fundados por individualidades que fizeram deles escolas de espiritualidade, surgiram e floresceram nessas regiões numerosos mosteiros, entre outros o de Bangor, norte da Irlanda, e Iona, na Caledónia, Oeste da Escócia, edificado por S. Colomba. Mas a importância deste movimento recai sobretudo no impulso dado à actividade missionária, e foi como missionários que os monges celtas contribuíram de forma mais eficaz para o desenvolvimento da civilização europeia. Este monaquismo atribui igualmente uma grande importância à mortificação, sujeições físicas, rigor de jejuns, etc., mas fazendo da peregrinacio (a errância por terras estranhas) uma das formas de ascese. É também de assinalar o interesse crescente
que dedica à cultura latina, entendida já como cultura naturalmente estrangeira mas necessária para se conhecer e assimilar o dogma e a liturgia.
Em breve este movimento galgou o mar. As colónias monásticas de S. Columba (521-597), em Iona, e a do seu homónimo, Columbano (540-615), em Luxeuil (Vosges) e Bobbio (Lombardia), foram o ponto de partida duma grande expansão do Cristianismo. Deve-se ao primeiro a conversão da Escócia e do reino da Nortúmbria; ao segundo, o renascimento do monaquismo e a conversão dos últimos elementos pagãos no reino franco merovíngio.
Foi nesta época, em que tudo era destruição e ruína, que os fundamentos da nova Europa foram lançados por homens que, como S. Gregório I, o Grande (549-604), um dos quatro grandes doutores da Igreja latina, não tinham nenhuma intenção de instaurarem uma nova ordem social, trabalhou penosamente, entre as ruínas duma civilização moribunda, ao serviço da causa da humanidade e da justiça social, num mundo agonizante.
S. Gregório Magno provinha duma família da velha estirpe romana. Este Papa foi um dos maiores obreiros ao lançar as sementes da futura civilização europeia. Persuadido que o Ocidente deveria cedo ou tarde apoiar-se nos bárbaros e converte-los, por forma a autonomizar-se e traçar a sua própria via, face ao império bizantino, foi o que empreendeu, apesar da sua atitude respeitosa para com o imperador de Constantinopla.
S. Gregório Magno, ele próprio monge beneditino, toma a iniciativa de difundir o cristianismo no seio das populações anglo-saxónicas que ocupavam a maior parte da grande ilha e que eram ainda pagãs. Incumbiu dessa missão o monge Santo Agostinho do mosteiro de Célio, que juntamente com quarenta outros monges se puseram a caminho. Fundam a abadia beneditina de Canterbury o embrião impulsionador da evangelização da Inglaterra, que teve por resultado a criação dum novo foco de civilização cristã no Ocidente. O aparecimento duma nova cultura anglo-saxónica no século VII é sem sombra de dúvida o acontecimento mais
importante surgido entre a época de Justiniano e a de Carlos Magno, porque exerceu uma influência notável no desenvolvimento intelectual de todo o continente. Esta nova cultura é, originariamente, o produto, em partes iguais de duas forças: o movimento monástico celta e a missão dos beneditinos romanos.
Acima de tudo a evangelização da Inglaterra impulsionou a das regiões continentais da Germânia que se mantinham ainda pagãs, de que S. Bonifácio (672-731), «apóstolo da Germânia» foi o seu evangelizador principal, com a fundação das célebres abadias de Fulda e de S. Gall. Este famoso monge foi igualmente o reformador de toda a Igreja franca.
Destacam-se ainda grandes nomes do monaquismo inglês desta época, tais como, para além de S. Bonifácio: Beda, o Venerável (673-735), que representa no mais alto grau, a cultura intelectual no Ocidente
no período compreendido desde a queda do Império até ao século IX; S. Wilfrid; S. Bento Biscop e Alcuíno
Foram os monges anglo-saxões, e antes de tudo, S. Bonifácio que realizaram a união do espírito de iniciativa germânico e do espírito de ordem romana, que está na origem do desenvolvimento de toda a cultura medieval.
Todavia a evangelização dos campos da Europa durante o período merovíngio não é mais do que um caso particular dos serviços prestados pelo monaquismo à causa da civilização europeia. Estava ele também destinado a tornar-se o principal agente do Papado na sua tarefa de reforma eclesiástica e a exercer uma influência vital na restauração política e intelectual da sociedade europeia.
(Continua)
José Fernando Dias de Moura
O Florescimento Monástico IIMeu Deus! Como é triste,
Infinitamente triste,um mosteiro que morre!
ATÃO BÁ, quem foi que to disse:
• que a posse do novo Provedor quase encheu o salão da Misericórdia e que lá apareceram os que sempre aparecem, porque são sempre os mesmos, nas sessões camarárias e noutras de mais interesse, alguns que nunca entraram naquela Casa e outros que não têm nada a ver com aquela Casa... e alguns ainda que estão à espera dumas migalhas sobrantes, pois foi, foi!.
• que os novos membros da Santa Casa encostam todos à esquerda, não têm lá ninguém a inclinar para o outro lado e são os mesmos que estão em todas.
• que a “Queima do Judas” na Praça do Município foi um espectáculo horrível, sem nível, tosco, sem qualquer interesse e que deixou uma imagem muito negativa da nossa terra...
• que os lavradores do concelho de Montalegre têm o céu garantido, e quem os vai levar até lá, pela mão, vai ser o presidente da Câmara, Orlando Alves.
• Que em Nanterre o prof. Orlando plagiou, mais uma vez, um ex-primeiro ministro quando fez publicidade da vida de sucesso dos nossos emigrantes, ou seja, como quem diz que lá fora é que a vida vale a pena... Assim, o mote para emigrar está dado e, quando não tiver cá ninguém, ele será o melhor presidente da Cãmara do mundo!
• Que o presidente da Câmara levou até Paris uma comitiva que nem um Presidente da República! Caramba, que afinal, se calhar, a nossa Câmara já será uma República.
Felício
31 de Março de 2016 15BarrosoNoticias de
FUTEBOL
Campeonato Distrital da A.F. de Vila Real
23.ª Jornada, no Campo da Lage, Vilar de Perdizes, Dia 20.03.2016
Vilar de Perdizes 4 Murça 2
Equipa do GD Vilar de Perdizes: Bruno Martins; Tunes, Vasques, Abreu e Michael Martins; Miguel Pintado, Nacho e João Teixeira (Jorge 68); Mika, Edu Paiva (Octávio 86) e Jonas (Rafa 79). Treinador: Calina
Golos: Nacho, Fábio, Edu Paiva e Miguel Pintado. Fábio e Osório pelo Murça
O Vilar fez uma grande primeira parte, dominou a jogar um futebol apoiado e bastante bonito. O Murça surgiu recuado, a defender com muitos e de forma bem organizada… O Vilar aparecia sempre em zona de remate com muitos homens. As coisas estavam difíceis dentro da área do Murça e Nacho desbloqueia o jogo com um remate forte e colocado. Que golão do playmaker Vilarense! Ao intervalo 1-0.
Na etapa complementar, entrou melhor a equipa do Murça que empatou num remate cruzado e fora do alcance de Bruno Martins…! Reagiu o conjunto Vilarense que voltou à vantagem depois de golo de Edu Paiva, o melhor marcador da turma barrosã. Por protestos o vice-presidente do Murça é expulso. Dez
minutos depois de entrar, Jorge faz o 3-1 num lance muito rápido. O Murça sobe no campo e faz recuar a equipa barrosã e Osório reduz aos 88 minutos num lance muito contestado pelo Vilar. O Murça arriscava tudo para chegar ao empate mas Miguel Pintado acabou com o jogo num remate forte. Era o 4-2 e estava consumada mais uma vitória para a equipa de Calina.
Um triunfo justo, primeira parte de luxo do Vilar, boa imagem do Murça na etapa complementar e incerteza no marcador até aos 94 minutos…Arbitragem positiva mas com alguns erros…
TAÇA Distrital da A.F. de Vila Real
2.ª Mão, no Estádio Municipal de Santa Marta, S.ta Marta de penaguião, Dia 26.03.2016
Santa Marta 4 MONTALEGRE 0 (5 - 2)
Como jogou o Montalegre:Vieira; Leonel Costa,
Asprilla, Zé Luís e Zack; Vargas, Zé Victor (Tiago Santos 45), Chico e Gabi; Badará e Tiago Gomes (Clayton 55).
Treinador: Zé Manuel Viage
Com a pior goleada da época, os barrosões despedem-se da Taça A.F. Vila Real. Cocas foi a figura do jogo ao apontar um hat trick, com dois golos monumentais…
O Santa Marta acabou por
golear o Montalegre que até entrou melhor na contenda, mas, a partir dos dez minutos, o conjunto da casa equilibra e depois até se superioriza ao adversário.
O veterano Armando marca de cabeça o primeiro golo da tarde ao fugir bem à marcação da defesa barrosã e num livre inexistente Cocas faz um grande golo e coloca o Santa Marta em vantagem na eliminatória (2-1 na primeira mão).
Reage bem o Montalegre e Vargas que estava especialmente activo, cruzou e Luis Pinto cortou a bola com a mão. O juiz marca grande penalidade mas ficou por mostrar o segundo amarelo ao defesa esquerdo. Na transformação da grande penalidade Gabi atira por cima…! A seguir, de livre directo, Zack atirou à barra…
No inicio da etapa complementar, o conjunto barrosão entrou mal e Cocas voltou a brilhar com dois golos que acabaram com a eliminatória. O Montalegre ainda teve oportunidades para marcar mas não conseguiu concretizar.
Cocas, o melhor em campo,já em período de compensação, foi expulso.
O Santa Marta chega à final graças ao empenho de toda a equipa e à inspiração de Cocas que fez “o jogo da sua vida”
O Santa Marta e o Cerva é que vão discutir, esta época, a final da Taça A.F. Vila Real.
Nuno Carvalho
BarrosoNoticias de
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Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,
Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira
Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €
Tiragem: 2.000 exemplares por edição
(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)
No Driver Nat. Competitor Nat. Car
1 Petter SOLBERG NOR Petter Solberg World RX Team SWE Citröen DS3
3 Johan KRISTOFFERSSON SWE Volkswagen RX Sweden SWE Volkswagen Polo
4 Robin LARSSON SWE Robin Larsson SWE Audi A1
5 Mattias EKSTRÖM SWE EKS SWE Audi S1
6 Janis BAUMANIS LVA World RX Team Austria AUT Ford Fiesta
7 Timur TIMERZYANOV RUS World RX Team Austria AUT Ford Fiesta
9 Sébastien LOEB FRA Team Peugeot-Hansen SWE Peugeot 208
13 Andreas BAKKERUD NOR Hoonigan Racing Division USA Ford Focus RS
15 Reinis NITISS LVA ALL-INKL.COM Muennich Motorsport DEU Seat Ibiza
17 Davy JEANNEY FRA Peugeot-Hansen Academy SWE Peugeot 208
21 Timmy HANSEN SWE Team Peugeot-Hansen SWE Peugeot 208
31 Max PUCHER AUT World RX Team Austria AUT Ford Fiesta
33 Liam DORAN GBR JRM World Rallycross Team GBR BMW Mini
41 Joaquim SANTOS PRT Bompiso Racing Team PRT Ford Focus
43 Ken BLOCK USA Hoonigan Racing Division USA Ford Focus RS
56 Bohdan LUDWICZAK POL Bohdan Ludwiczak POL Mitsubishi Lancer
57 Toomas HEIKKINEN FIN EKS SWE Audi S1
68 Niclas GRÖNHOLM FIN OlsbergSME SWE Ford Fiesta ST
71 Kevin HANSEN SWE Peugeot-Hansen Academy SWE Peugeot 208
77 René MÜNNICH DEU ALL-INKL.COM Muennich Motorsport DEU Seat Ibiza
87 Jean-Baptiste DUBOURG FRA Jean-Baptiste Dubourg FRA Citröen DS3
92 Anton MARKLUND SWE Volkswagen RX Sweden SWE Volkswagen Polo
96 Kevin ERIKSSON SWE OlsbergSME SWE Ford Fiesta ST
Competition numbers in blue = Drivers nominated by Teams for the FIA World Rallycross Championship for Teams
Montalegre, 15-17 April 2016
Published by the FIA, on 01.04.2016
2016 FIA World Rallycross Championship
Round 1 - Rallycross of Portugal
No Driver Nat. Competitor Nat. Car
2 Ulrik LINNEMANN DNK Ulrik Linnemann DNK Peugeot 208
3 Pavel VIMMER CZE Diana Czech National Team CZE
5 Ondrej SMETANA CZE LS Racing Czech Republic Team CZE Ford Fiesta
6 Kasparas NAVICKAS LTU LTU
7 Ernestas STAPONKUS LTU Vilkyciai ASK LTU Volkswagen Polo
8 Espen ISAKSÆTRE NOR Espen Isaksætre NOR Citröen Saxo
9 Glenn HAUG NOR Glenn Haug NOR Citröen C2
10 Janno LIGUR EST Ligur Racing EST
12 Daniel NIELSEN DNK Ulrik Linnemann DNK Peugeot 208
15 Gergely MARTON HUN M-F Motorsport KFT. HUN
17 Artis BAUMANIS LVA Set Promotion FIN Renault Twingo
18 Michael BOAK GBR Michael Boak GBR Citröen C2
19 "LUIGI" HUN GFS Motorsport Egyesület HUN
20 Siim SALURI EST RS Racing EST Renault Twingo
21 Magnus BERGSJOBRENDEN NOR Set Promotion FIN Renault Twingo
22 Helder RIBEIRO PRT Helder Ribeiro PRT Citröen C2
23 Krisztián SZABÓ HUN TQS Hungary KFT. HUN
24 Craig LOMAX GBR Craig Lomax GBR Citröen C2
47 Andre KURG EST Reinsalu Motorsport EST Ford Ka
62 Philip CHICKEN GBR Philip Chicken GBR Citröen C2
63 Andreas SCHRADER DEU Andreas Schrader DEU Audi A1
73 Rudolf SCHAFER FRA Rudolf Schafer FRA Peugeot 208
76 Mário BARBOSA PRT Mário Barbosa PRT Citröen Saxo
77 Mario TEIXEIRA PRT Mario Teixeira PRT Ford Fiesta
78 Joaquim MACHADO PRT Joaquim Machado PRT Peugeot 206
79 Ricardo SOARES PRT Bompiso Racing Team PRT Ford Focus
81 Mirko ZANNI ITA Mirko Zanni ITA Renault Clio
87 Dmitrii MALAKHOV RUS TT Motorsport RUS Renault Twingo
89 Timur SHIGABUTDINOV RUS Set Promotion FIN Renault Twingo
90 Anitra NILSEN SWE NMS Sporting SWE Ford Fiesta
97 Ada Marie HVAAL NOR Ada Marie Hvaal NOR Citröen C2
98 Egor SANIN RUS TT Motorsport RUS Lada Kalina
101 Zsolt SZÍJJ JOLLY HUN Speedy Motorsport HUN Suzuki Swift
Montalegre, 15-17 April 2016
Published by the FIA, on 01.04.2016
2016 FIA European Super1600 Rallycross Championship
Round 1 - Rallycross of Portugal
DESPORTO
CURRENTE CALAMO
ACADEMIA DAS CIÊNCIASOs Discretos Académicos Transmontanos
Suponho que é a mais respeitável e conceituada instituição cientifica e cultural portuguesa. E é também a mais bem relacionada e correspondida em todo o mundo.
Nasceu na transição dos reinados de D. José I para D. Maria I, como reação contra o sectarismo educacional da ditadura pombalina que terá sido o mais feroz e prepotente regime politico que eclodiu ao longo dos seis precedentes séculos de existência da monarquia lusitana.
Foi estatuída em 1779 pela rainha Maria Pia no nebuloso ambiente politico - ideológico que se chamou a Viradeira. Mas
nos seus objectivos recolhia em si todo o evoluir cientifico e cultural especialmente incrementado a partir do reinado de D. Duarte. Designada inicialmente com o nome de Academia Real das Ciências de Lisboa viria afirmar-se como “Academia das Ciências”.
Sob a primeira presidência do Duque de Lafões, notável varão da casa de Bragança, assessorado pelo famoso Abade Correia da Serra (ambos tinham sido exilados pelo Marquês de Pombal), foi desde logo uma vivificante lufada de ar fresco no desenvolvimento das letras, das artes e das ciências.
Neste campo produziu muitas e vultuosas obras extraordinárias que continuam a ser ponto de partida e de consulta obrigatória dos respectivos ramos de conhecimento. Refiro, de memória, entre as muitas de que tive noticia, as “Efemérides Naúticas”, as “Memorias da Literatura Portuguesa”, uma Colecção de Livros Inéditos
da Literatura Portuguesa, a Colecção de Noticias para a História e Geografia das Nações Ultramarinas e a “Portugaliae Monumenta Historica”.
A Academia de Ciências de Lisboa trabalha desde a fundação discreta e intensamente, alheia aos holofotes dos média mas atenta a tudo que à humanidade verdadeiramente interessa. Teve desde sempre como componentes e colaboradores activos, personalidades famosas tais como Alexandre Herculano e José Leite de Vasconcelos entre muitos outros heróicos sábios de que Portugal se honra.
Sofreu entretanto os
deletérios despeitos de homens vaidosos quando ascendiam ao poder, dos quais lembro, a titulo de exemplo, Teófilo Braga que chegou a ser seu vice-presidente, no maremoto da implantação da primeira república.
Não cabe neste espaço fazer aqui a história desta brilhante instituição académica e muito menos de todos os barões ilustres que a nobilitaram e de alguns que a denegriram ou menosprezaram.
Limitemo-nos, pois, a referir que se trata de uma entidade de utilidade pública inteiramente devotada ao ensino, à investigação e ao progresso cientifico que tem por ponto de ordem o sentimento de liberdade e a independência perante a politica e tudo quanto cheire a pre-juízos fundamentalistas ou sectários.
Tem autonomia administrativa especialmente no que toca à escolha e admissão dos seus componentes.
Inicialmente era composta de
24 membros efectivos e número indeterminado de membros correspondentes que se espalham por todo o universo civilizacional humano.
Os seus estatutos originários foram objecto de revisão através do Dec. Lei 5/78 por motivo do seu duplo centenário e foram sendo retificados, sem profundas alterações, por várias disposições legislativas de 1987, 1998 e 2005, entre outras.
Actualmente compõe-se de duas secções - letras e ciências - cada uma com vinte e quatro membros efectivos, além dos respectivos sócios correspondentes.
Nos últimos anos foi presidida pelo insigne transmontano Professor Doutor Adriano de Carvalho que recentemente cessou funções sendo substituído pelo Doutor Artur Anselmo.
O motivo que me traz a estas considerações é a eleição e a posse, ocorridas há dias, de um novo académico, natural do concelho de Mirandela, Professor Doutor Telmo Verdelho, que me está especialmente no coração. E, ainda, outra eleição e recente posse de um outro ilustre barão nortenho, Professor Doutor José Adriano de Freitas Carvalho, com quem desde há mais de 60 anos tenho uma indefectível amizade e cordialíssima convivência.
O Doutor Telmo Verdelho, quase desde a escola primária, tem levado uma vida de investigador e de produtor literário, tendo desenvolvido uma obra cujo resumo, a título de exemplo se estende por mais de uma dúzia de páginas da Bibliografia do Distrito de Bragança, Série Escritores Jornalistas Artistas, acabada de editar por Hirondino Fernandes.
Desde que se estreou em tese de licenciatura com uma obra de vulto (as Palavras e as Ideias na Revolução Liberal) nunca mais parou em colaborações de alta qualidade na imprensa escrita e falada, e em obras de grande fôlego de que Luís de Camões - Concordância da Obra Toda, é expressivo exemplo.
E são incontáveis as intervenções e conferências orais e escritas, nas mais variadíssimas instituições culturais, por todo o país nas últimas décadas.
Assim, não é o profundo
afecto que nos une que, creio, tira objectividade à afirmação de que a sua eleição por unanimidade como sócio efectivo, foi justa e pertinente. Vale de Gouvinhas, onde nasceu, e todo o concelho de Mirandela, ganharam mais um ilustre cidadão.
O Doutor José Adriano de Carvalho meu excelente condiscípulo na residência universitária, entre os idos cinquenta e sessenta do Séc. passado, era um daqueles companheiros a quem encantava ouvir. Ele, vindo da proeminente Casa do Côtto, sobre o Rio Douro, perto de Castelo de Paiva e eu
(- ó ínclito “aborigene” das nossas transmontanas pulcras
fragasonde infante equitaste hábeis
solípedese auriste a poesia de suas agras...
versos que o irrequieto aluno liceal Telmo escreveu então para
o livro de curso do irmão mais velho e que, com muito afecto e ainda mais entusiasmo juvenil, os iniciava assim:
“A ti canto, ao teu génio, ao teu talento
e não és coisa pouca para cantar.Ó musas! Inflamai meu celso
intento, dai-me estro e magnitude ao
meu louvar...”),
formávamos uma dupla de amistosa discrepância perante os restantes residentes do “lar”.
Aí vivemos partilhando o mesmo quarto, simultaneamente dormitório e sala de estudo, juntamente com outro “perigoso intelectual”, (o Prof. José Sousa Brito) que há pouco se jubilou do ensino e de Juiz do Tribunal Constitucional.
Foram 3 anos de convivência, entre os três, “como Deus com os anjos”, numa situação de intensa estima e mutua compreensão que ainda perdura.
A obra académica e de investigação do Doutor José Adriano de Carvalho, no vasto campo do classecismo literário e monástico e da hagiografia, é meritória e tão abundante que tornaria aqui difícil qualquer referência.
O Doutor José Adriano de Carvalho sempre se inculcou um homem do norte, quase transmontano. Descendia de um ramo dos Távoras que teve a sorte de escapar à ferocidade
sanguinária de Pombal. Mas, há certa ironia no destino que lhe reservou as honras de membro efectivo da Academia Real das Ciências de Lisboa. Para ele o meu abraço de amizade e as felicitações para a Academia das Ciências.
Perdoe o leitor se, nestas notas, não consegui manter-me totalmente descomprometido mau grado o esforço para ser objectivo.
Manuel Verdelho, advogado
MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo
nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies ve-getais da região de Barroso Apicultor nº 110796J. A. Carvalho de MouraRua Miguel Torga, nº 4925470-211MONTALEGRETels: +351 91 452 1740 e 276 412 285Fax: +351 276 512 281Mail: [email protected]