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Director: Carvalho de Moura Ano XXXI, Nº 484 Montalegre, 14.12.2015 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de E NATAL! E NATAL! A arte, Com Sabor, de nos enganar Os casos de insucesso da divulgação da Câmara de Montalegre inspiraram a crónica que Bento Mon- teiro subscreve. Já por mais de uma vez aqui se disse que a Câmara devia rever as formas de divulgar as actividades culturais. Nuns casos deu a mão à pal- matória, noutros persiste na teimosia de não ouvir ninguém e os fracassos acontecem. P5 CURRENTE CALAMO «O Natal é um caso à parte porque vem de há dois mil anos, inspirado pelo nascimento do Me- nino...». Nesta tão linda época do ano, um Hino à Família vem a propósito. P10 Os Transparentes Desta vez, o Dr Manuel Ramos versa sobre a transparência da Câmara de Montalegre e põe em causa os critérios usados em tal classificação. E com carradas de razões. P11 Um inesperado presente em época natalícia O Dr João Soares Tavares traz-nos o testemunho da grandeza dum pequeno jornal de província que proporcionou um reencontro maravilhoso o qual valeu para os intervenientes momentos de tão gratas recordações. Referir que não é caso único. Há anos atrás, e porcausa do NB, foi possível o reencontro de ami- gos da adolescência separados pelas contingências da vida e sediados em Chaves, Lisboa, Canadá e Es- tados Unidos. São estas pequenas grandes coisas da vida que nos dão forças para continuar. P6 Um testemunho Fernando Santos Um oportuno trabalho do Pe Victor Pereira so- bre o treinador da seleção nacional, Fernando San- tos. A entrevista veio publicada no Expresso mas o percurso deste ilustre português merece ser bem mais conhecido. P15 Natal de 2015 O NATAL (e não só) cantado pelos poetas de Barroso. Vale bem dedicar-lhes uma página do jor- nal. P18 Orçamento e Plano de Actividades da Câ- mara de Montalegre A exposição do Orçamento e do Plano de Activ- idades dados a conhecer no sítio oficial da Câmara Municipal de Montalegre. P20 O NOTÍCIAS DE BARROSO deseja a todos os seus assinantes, colaboradores e anunciantes um SANTO NATAL com muitas e BOAS FESTAS e um NOVO ANO de paz, saúde, felicidades e prosperidade. O NOTÍCIAS DE BARROSO sai hoje com uma edição mais alargada em homenagem à quadra festiva do NATAL. No inverno, de noites sem fim, haverá lugar para dedicar algum tempo à leitura do jornal dos barrosões. Aproveita-se a oportunidade para agradecer a todos os excelentes colaboradores do jornal pois que a eles se deve a qualidade que é reconhecida dentro e fora da região. Em tempos de crise, de falta de apoios à imprensa regional e de total desprezo por parte da autarquia que é exímia em gastar os recursos de todos nós em banalidades mas não tem qualquer atenção para quem promove o concelho por todo o mundo, mesmo contrariando as leis vigentes no que toca à divulgação das suas actividades, o NOTÍCIAS DE BARROSO continua a sua missão de informar e a pugnar pelo progresso da nossa terra. O agradecimento é extensivo a todos os anunciantes mas sobretudo a aqueles que, desde a primeira hora, em todas as edições acompanham o nosso labor, nunca regateando a sua inestimável contribuição. Um sentido OBRIGADO e Bem Hajam! AEPB – Associação Empresarial do Planalto Barrosão P5 No fim do mês de Dezembro não se publica o Notícias de Barroso. A próxima edição sai no dia 15 de Janeiro. XVIII Feira Gastronómica do Porco Vão começar as Feiras dos produtos do fumeiro das terras transmontanas. E Boticas é a primeira a abrir as portas de 8 a 10 de Janeiro. É de tomar conta deste segundo fim de semana do novo ano e dar uma espreitadela pelo pavilhão Multiusos de Boticas porque é a Feira Gastronómica.

Barroso - AOutraVoz · [email protected] A Barroso Noticias de A arte, Com Sabor, de nos enganar E NATAL! E NATAL! Os casos de insucesso da divulgação da Câmara ... ARTUR CARNEIRO

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Director: Carvalho de Moura

Ano XXXI, Nº 484Montalegre, 14.12.2015

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias de

E NATAL! E NATAL! A arte, Com Sabor, de nos enganar

Os casos de insucesso da divulgação da Câmara de Montalegre inspiraram a crónica que Bento Mon-teiro subscreve. Já por mais de uma vez aqui se disse que a Câmara devia rever as formas de divulgar as actividades culturais. Nuns casos deu a mão à pal-matória, noutros persiste na teimosia de não ouvir ninguém e os fracassos acontecem.

P5

CURRENTE CALAMO

«O Natal é um caso à parte porque vem de há dois mil anos, inspirado pelo nascimento do Me-nino...». Nesta tão linda época do ano, um Hino à Família vem a propósito.

P10

Os Transparentes

Desta vez, o Dr Manuel Ramos versa sobre a transparência da Câmara de Montalegre e põe em causa os critérios usados em tal classificação. E com carradas de razões.

P11

Um inesperado presente em época natalícia

O Dr João Soares Tavares traz-nos o testemunho da grandeza dum pequeno jornal de província que proporcionou um reencontro maravilhoso o qual valeu para os intervenientes momentos de tão gratas recordações.

Referir que não é caso único. Há anos atrás, e porcausa do NB, foi possível o reencontro de ami-gos da adolescência separados pelas contingências da vida e sediados em Chaves, Lisboa, Canadá e Es-tados Unidos. São estas pequenas grandes coisas da vida que nos dão forças para continuar.

P6

Um testemunho Fernando Santos

Um oportuno trabalho do Pe Victor Pereira so-bre o treinador da seleção nacional, Fernando San-tos. A entrevista veio publicada no Expresso mas o percurso deste ilustre português merece ser bem mais conhecido.

P15

Natal de 2015

O NATAL (e não só) cantado pelos poetas de Barroso. Vale bem dedicar-lhes uma página do jor-nal.

P18

Orçamento e Plano de Actividades da Câ-mara de Montalegre

A exposição do Orçamento e do Plano de Activ-idades dados a conhecer no sítio oficial da Câmara Municipal de Montalegre.

P20

O NOTÍCIAS DE BARROSO deseja a todos os seus assinantes, colaboradores e anunciantes um SANTO NATAL com muitas e BOAS FESTAS e um NOVO

ANO de paz, saúde, felicidades e prosperidade.

O NOTÍCIAS DE BARROSO sai hoje com uma edição mais alargada em homenagem à quadra festiva do NATAL. No inverno, de noites sem fim, haverá lugar para dedicar algum tempo à leitura do jornal dos barrosões.

Aproveita-se a oportunidade para agradecer a todos os excelentes colaboradores do jornal pois que a eles se deve a qualidade que é reconhecida dentro e fora

da região. Em tempos de crise, de falta de apoios à imprensa regional e de total desprezo por parte da autarquia que é exímia em gastar os recursos de todos nós em banalidades mas não tem qualquer atenção para quem promove o concelho por todo o mundo, mesmo contrariando as leis vigentes no que toca à divulgação das suas actividades, o NOTÍCIAS DE BARROSO continua a sua

missão de informar e a pugnar pelo progresso da nossa terra.

O agradecimento é extensivo a todos os anunciantes mas sobretudo a aqueles que, desde a primeira hora, em todas as edições acompanham o nosso labor, nunca regateando a sua inestimável contribuição. Um sentido OBRIGADO e Bem Hajam!

AEPB – Associação Empresarial do Planalto BarrosãoP5

No fim do mês de Dezembro não se publica o Notícias de Barroso. A próxima edição sai no dia 15 de Janeiro.

XVIII Feira Gastronómica do PorcoVão começar as Feiras dos produtos do fumeiro das terras transmontanas. E Boticas é a primeira a abrir as portas de 8 a 10 de Janeiro. É de tomar conta deste segundo fim de semana do novo ano e dar uma

espreitadela pelo pavilhão Multiusos de Boticas porque é a Feira Gastronómica.

14 de Dezembro de 20152 BarrosoNoticias de

SILVINO GONÇALVES POÇAS, de 96 anos, viúvo de Irene de Lourdes Martins, natural e residente nas Casas d’Além, de Salto, faleceu no dia 11 de Dezembro.MARIA ANTUNES PIRES DA SILVA, de 86 anos, viúva de Domingos Alves, natural da freguesia de Mourilhe e ultimamente residente em Vitry-sur-Seine onde faleceu e foi sepultado, no dia 11 de Dezembro.JOSÉ ALVES FANFA, de 87 anos, viúvo de Teresa Dominguez Pereira, natural de Tourém e com última residência em Ourense, Espanha, onde faleceu no dia 9 de Outubro e ali enterrado.MARIA JÚLIA DE MIRANDA, de 88 anos, viúva de Júlio José de Araújo, natural da freguesia de Cabril e residente em S. Lourenço, faleceu no dia 12 de Dezembro, sendo sepultada no cemitério de S. Lourenço.GENEROSA DA FONSECA MAGALHÃES, de 90 anos, solteira, natural e residente na freguesia de Ferral, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 7 de Dezembro.ANTÓNIO GONÇALVES, de 79 anos, viúvo de Armindo de Jesus Gonçalves, natural da freguesia de Fervedelas e residente em Vila da Ponte, onde faleceu, sendo enterrado no cemitério de Bustelo.PRECIOSA DIAS DOS REIS, de 81 anos, solteira, natural da freguesia de Viade de Baixo e ultimamente residente em S. Vicente da Chã, faleceu no Hospital de Chaves no dia 27 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de Parafita.MANUEL GONÇALVES LOPES, de 78 anos, casado com Glória Lopes Pereira Alves Lopes, natural da freguesia de Paradela, faleceu em Chaves, no dia 1 de Dezembro, sendo enterrado no cemitério da Ponteira.AURÉLIO MACHADO RIBEIRO, de 81 anos, casado com Albertina de Oliveira Marques, natural de Cabeceiras de Basto e residente em Borralha, de Salto, onde faleceu no dia 1 de Dezembro, sendo enterrado no cemitério de Salto.ARTUR CARNEIRO LAGE, de 78 anos, casado com Maria da Conceição Gonçalves André Lage, natural de Donões e residente em Saint Denis, França, onde faleceu no dia 11 de Dezembro e foi sepultado.DOMINGOS FONSECA, de 81 anos, casado com Ana Alves Bermudes, natural e residente em Vilar de Perdizes, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 13 de Dezembro.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

CORTEJO CELESTIAL

MORGADEPolémica do S. Domingos concluida»

Na última edição, publicou este jornal uma notícia acerca do caso em apreço que, devido a informações recolhidas sem se obter a devida confirmação, saiu com vários erros. De tal, se pede desculpa a todos os intervenientes esperando a melhor compreensão para quem não dispõe dos meios suficientes para que este tipo de coisas não aconteçam.

Não foi a Junta de Freguesia de Morgade como antes relatado mas um grupo de cidadãos de Carvalhais e Morgade que intentou uma acção popular contra a Comissão Fabriqueira de Morgade que reclamava uma área de terreno à volta da Capela de S. Domingos equivalente a 10.800 m2.

No dia do julgamento no Tribunal de Vila Real, as partes da acção popular, com a mediação dos advogados Rui Alves e Isabel Rodrigues, chegaram a acordo com a Comissão em reduzir a área para 6.500 m2, ficando ainda plasmado no dito acordo que tal área seria dedicada exclusivamente ao culto religioso não podendo ser vendida, onerada ou ter outro qualquer fim.

Os autores da referida acção popular nunca puseram em causa que a Capela, armazém e o recinto fossem propriedade do S. Domingos.

O Dr Rui Alves, barrosão da Vila da Ponte, com escritório em Braga, declarou que o acordo foi bem aceite pelos seus constituintes bem assim a Dra Isabel Rodrigues, da parte da Comissão Fabriqueira.

MONTALEGREExposição de Presépios

Está patente ao público, até ao próximo dia 6 de Janeiro, nas instalações da Biblioteca Municipal de Montalegre, a tradicional exposição de presépios.

São 65 exemplares, cedidos por instituições e particulares, com as mais diferentes cores, texturas e formatos que prometem fazer as delícias dos visitantes deste espaço cultural.

Dia do Diploma na Escola Bento da Cruz

No próximo dia 19, sábado, na Escola Básica e Secundária Dr. Bento da Cruz, a partir das 15,00 horas, terá lugar a cerimónia do Dia do Diploma.

Concerto de Natal 2015

O tradicional concerto de Natal de Montalegre, interpretado pela Banda de Parafita, realiza-se este sábado à noite no auditório municipal.

O “Concerto de Natal 2015”, proporcionado anualmente pela Banda Musical de Parafita, realiza-se este sábado, pelas 21h30, no auditório municipal de Montalegre. O momento serve de apresentação do novo maestro Justino Costa que assumiu no início desta época a batuta da banda. O concerto irá contar com obras dos compositores Antón Alcalde, Jacob de Haan, Steven Reineke, Alfred Reed e Ong Jiin Joo.

A entrada é livre.

Feira do Fumeiro e do Presunto de Barroso

No encontro que antecede a edição das bodas de prata da “rainha do fumeiro”, que acontece de 21 a 24 de janeiro próximo, organização e produtores acertaram algumas linhas de orientação que permitirão manter o sucesso do evento. A reunião contou também com os esclarecimentos de dois técnicos da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) sobre legislação em vigor.

Decorreu no pavilhão multiusos de Montalegre a habitual reunião entre a organização e os produtores da próxima edição da Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso. Atentos às indicações dos membros da organização - Câmara Municipal de Montalegre e Associação dos Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã - os produtores deixaram o compromisso de continuarem no caminho do rigor na confeção e tratamento dos produtos.

Apelando, também, a um tratamento de excelência no atendimento ao cliente, David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, referiu que estamos perante «um momento, em que todos juntos, ainda podemos fazer alterações de forma a valorizar a nossa organização». No mesmo sentido, salientou os 25 anos deste certame que «afirmaram Montalegre como um local de produção de qualidade» sendo «a fileira que mais rentabilidade pode trazer, permitindo a fixação de jovens no nosso concelho». Segundo o autarca, cumprir a legislação em vigor é uma forma de «dizer ao consumidor que o nosso produto tem qualidade assegurada».

espetáculo inédito em Montalegre realizado pela nossa Associação em 5 de Dezembro o Auditório foi pequeno para receber tanta afluência. Envio ainda excertos da página do município para melhor elucidação:

Espectáculo «Juntos em Revista» + 484Eleições para a Misericórdia de MONT

Desde que foi inaugurado, muito provavelmente o auditório municipal de Montalegre nunca tinha vivido tanta diversão. A somar, o muito público presente num auditório que foi pequeno para albergar todos aqueles que quiseram assistir à peça “Juntos em Revista”. Em digressão, o espetáculo provocou uma explosão de gargalhadas. Para além de Marina Mota e Carlos Cunha, o elenco inclui ainda Érika Mota, António Vaz Mendes, Inês

Curado, Hélder Agapito e um grupo de seis talentosos bailarinos.

O espetáculo, inédito em Montalegre, foi realizado pela Associação «Pondras em Movimento», em 5 de Dezembro e o Auditório foi pequeno para receber tanta afluência de gente

Visivelmente emocionada estava, Elisabete Machado, presidente da Associação «Pondras em Movimento» e mentora desta iniciativa: «sinto-me muito feliz e realizada por ver que as pessoas acreditaram, aderiram, gostaram e saíram daqui muito satisfeitas. Digo mesmo bendita esta “loucura”!».

Monárquicos Transmontanos comemoram o 375.º aniversário do 1.º de Dezembro

Em tempos em que é determinante a necessidade de afirmação dos nossos valores essenciais, como Povo de hoje, mas forjado nas lições da nossa História, a Real Associação de Trás-os-Montes e Alto Douro celebrou, este ano, em Macedo de Cavaleiros, a Restauração da Independência de 1 de Dezembro de 1640, com um almoço comemorativo.

S.A.R. o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança honrou os monárquicos transmontanos com a sua presença.Foi em Macedo, em Terras de Cavaleiros e suas gentes, que se reuniram duas centenas de pessoas dando assim mais

um reforço da importância da afirmação do território transmontano, como acervo de património e história, mas também de potencialidades actuais e para o futuro, designadamente como destino turístico.

D. Duarte, no discursou de ocasião, falou dos valores pátrios, da fundação da pátria que durante séculos teve o regime monárquico que deu “novos mundos ao mundo” e um império que fez de Portugal um país respeitado na Europa e no mundo ao contrário do que se tem passado com o regime republicano há um século implantado.

Presente esteve o presidente da Câmara de Macedo e o vereador da Cultura desta autarquia que souberam receber D. Duarte com todas as honrarias ao qual, no dia anterior, fizeram questão de lhe mostrar os sítios mais típicos da cidade.

Êxito em mais uma jornada que muito se fica a dever à Dra Rosa Maria Morais Sarmento de Campos, à sua força e dinamismo e crença nos valores que nos legaram os nossos antepassados.

CM

14 de Dezembro de 2015 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Trás-os-Montes e a Grande Guerra (1914-1918)

Entre 1914 e 1918 decorreu o primeiro conflito mundial em que Portugal entrou com participação ativa desde Março de 1916 a Novembro de 1918. De Julho de 1914 a Março de 1916 o país discutiu internamente a opção sobre se deveria manter-se neutro ou deveria entrar no conflito. Em Março de 1916 já tinha optado pelo sim e acabou por ter de preparar um Corpo Expedicionário para prestar serviço na Flandres. E no âmbito da velha aliança com a Inglaterra, em 18 de Agosto de 1914 o Exercito Português passou a mobilizar tropas para Angola e Moçambique, sem que tal facto redundasse em beligerância por parte da Alemanha.

Um século depois, por todo o país, os investigadores e os políticos procuraram assinalar a memória dos seus combatentes. Os cemitérios e lugares públicos, das cidades, vilas e algumas freguesias, assinalaram esses Combatentes, cujos filhos, avós

e a consciência cívica tiveram o bom gosto de perpetuar.

Chaves, sede dos concelhos da região do Alto Tâmega, viu partir do seu Regimento de Infantaria nº 19 para os três territórios: Angola, Moçambique e Flandres, nesse período bélico, vários batalhões e companhias militares. Para dar aos descendentes ainda vivos, a certeza de que ainda os não esqueceram, o Grupo Cultural Aquae Flaviae, conjugou forças (militares, académicas, civis e políticas), para editarem uma obra que materialize aquela homenagem. Tarefa árdua por ampla, dispersa e materialmente cara. Somente seria possível por iniciativa de espíritos com força interior, capacidade de resistência física e mental do ímpeto daqueles valentes guerreiros que deram tudo o que podiam dar, para honrarem a missão que os chamou e para salvação dos próprios que partiram e por lá andaram, protagonizando «as passas do Algarve». Cada história daria uma «estória». Mas a História de Portugal deste quadriénio está por fazer, o que não honra tantos milhares de historiadores profissionais que anualmente saem, ou pelo menos vivem da e para as Universidades pagas pelo erário público, sem que produzam para o erário público que lhes paga, as contrapartidas que deveriam ser os registos dos principais factos que a História de Portugal merece que sejam

registados para memória pública. Um século depois os Historiadores profissionais ainda não cumpriram os deveres da cidadania. E é por isso que nos empobrece e nos obriga a saudar esforços de toda a ordem de Instituições como o Grupo Cultural Aquae Flaviae, do Comando do RI 19 e do cidadão Dr. António de Sousa e Silva.

De facto, o Grupo Cultural e a revista Aquae Flaviae que dele emana, através da sua responsável Drª Maria Isabel Viçoso, foram além daquilo que lhes seria exigível: sobrepuseram-se a serviços e a investigadores a quem o erário público concede meios técnicos e financeiros que foram insensíveis a estudos parcelares e globais de um período nevrálgico para o verdadeiro, profundo e urgente interesse nacional já exigiam há décadas. Um século depois é muito tarde para gente que nasceu, viveu e morreu sem conhecer o drama humano, social e político da História do seu país. Meio século depois aconteceu outro drama social e político: a descolonização. Mas em nome deste gastou o erário público pipas de dinheiro, para realizar filmes falaciosos, para criar museus, arquivos e bibliotecas, com todo o tipo de argumentos sem nexo, falsificados ou narrados por escribas, alguns deles para vanglória pessoal ou de grupo.

A Revista Flaviense de que, - com vaidade o digo sou sócio

fundador nº 5 – surpreendeu tudo e todos, ao editar a edição número 50, da revista do mesmo nome, com 632 páginas, mais seis tomos com as fichas de todos os militares dos concelhos periféricos. E um sétimo com os nomes dos mobilizados pelo RI 19, mas naturais de outros concelhos. Foi um trabalho insano, em tempo recorde e com a metodologia científica que nenhuma regra académica poderá reprovar. Para que possa ter-se legitimidade para censurar algo que se faça, acerca da vida de um país, apenas terá legitimidade quem tenha feito algo melhor ou parecido, antes que outros o fizessem, acerca dos mesmos factos e nas mesmas circunstâncias.

A revista semestral, é distribuída gratuitamente aos sócios. O GCAF. Foi fundado em Abril de 1986 e com esta edição completa o ano de 2015. O valor da quota associativa é igual ao preço gráfico de um dos vários volumes, ora editados. O Grupo Cultural, os autores desta magnífica colaboração a os concelhos do Alto Tâmega e a cultura Portuguesa prestam um relevante serviço aos Transmontanos, ao País e à Sociedade internacional pelo trabalho que produziu e colocou aos dispor dos apaixonados pela História de Portugal. Não cabe nesta nota de leitura a dissecação de cada volume. O volume principal ocupa integralmente a

história da «Grande Guerra e a participação dos militares do RI 19 e do Alto Tâmega no conflito». Estas 632 páginas são da autoria do Dr. António de Sousa e Silva. Quer o índice quer a estrutura e exposição mais parecem uma investigação científica para a obtenção do grau doutoral. Um trabalho exaustivo que faz deste Flaviense um verdadeiro historiador. Igualmente lhe pertenceu a organização do volume dedicado a Montalegre. Já o mais volumoso tomo dedicado aos participantes na G. Guerra nele inseridos (que é dedicado aos participantes do Concelho Flaviense) se ficou a dever ao Coronel Armando dos Santos Ramos, comandante do RI 19. Uma parceria social e cultural que honra e proclama as três entidades que assinam esta portentosa obra cuja que fica a dever-se, antes de mais e acima de tudo, pela postura cultural, cívica e humana da Drª Isabel Viçoso. A sua perspicácia, sua competência, honestidade e propensão para o diálogo são motivos fortes para distinguir esta Barrosã que merece o seu nome na toponímia Flaviense. A qualidade das suas obras, o mérito pedagógico do seu saber, o apego às causas e a disponibilidade permanente para assumir o interesse público, são virtudes que exornam esta talentosa Barrosã que escolheu Chaves para viver.

Frades do Rio

Refunda antiga associação criada pelo Dr. Vítor BrancoO movimento associativo

no concelho de Montalegre tem muitas décadas. A prová-lo está a “Associação Recreativa e Cultural A MOCIDADE DE FRADES DO RIO”, que remonta aos anos 30 e foi uma iniciativa do Dr. Vítor Branco, advogado e político local, natural daquela aldeia.

Passados 80 anos, as gentes de Frades do Rio, desejosas de dar vida a Frades, cada vez com menos gente e mais deprimida, decidiram-se pela criação de uma associação. No momento de escolher o nome, lembraram-se de refundar a antiga associação, cuja memória ainda sobrevive na lembrança dos mais velhos.

Os dirigentes da associação são:

Ana Maria Branco Alves da Costa Rui David Gonçalves da Costa Maria José Gonçalves Dias Alfredo Lavos Regueira Amadeu Dias António Anjo da Costa António Branco Alves João Dias Ramos José João da Costa de Jesus

A “Associação Recreativa e Cultural A MOCIDADE DE FRADES DO RIO” tem como objetivos:

1) Reavivar os usos e

costumes da população da aldeia de Frades do Rio, visando o desenvolvimento humano, social e cultural.

2) Criar e incrementar o espírito de sã convivência entre os moradores e descendentes de Frades do Rio.

3) Desenvolver iniciativas culturais e recreativas.

4) Estimular atos de solidariedade entre os sócios e moradores, contribuindo para a constituição de um fundo económico, destinado a bolsas de estudo, de número e montante a estabelecer, e a apoiar materialmente os mais carecidos.

5) Apoiar

iniciativas de carácter local, tendo em vista a preservação do património comunitário e a fixação das populações.

Como não há associação sem uma sede, o próximo desiderato dos membros fundadores será a obtenção de uma sede, a qual funcionará ao mesmo tempo como casa do povo e sede da associação. Qualquer que seja o local (e já há um lugar em vista mas nada está decidido), será sempre necessário proceder a obras de remodelação que são caras para uma aldeia com poucos recursos.

Por isso, tanto os residentes na aldeia como os emigrantes estão a fazer-se sócios e a pagar as quotas. Algumas almas caridosas acrescentaram às quotas valores muito, muito generosos. Obrigado aos nossos doadores por todo o carinho e dedicação.

Caso pretenda obter alguma informação ou fazer a sua doação, poderá contactar a Ana do Russo por e-mail ou telefone:

- email: [email protected]; telefone: 963 948 428

Ana do Russo e Manuel Ramos

14 de Dezembro de 20154 BarrosoNoticias de

“Este vinho é produzido a partir das castas autóctones da região de Trás os Montes, de vinhas

plantadas em solos pobres de predominância granítica e com altitudes acima dos 650 metros.Posteriormente, estagia em cave em Montalegre pelas suas condições naturais para o estágio e o envelhecimento de vinhos, conferindo lhes frescura,

equilíbrio e elegância.”

14 de Dezembro de 2015 5BarrosoNoticias de

Durante o primeiro fim de semana de dezembro, “a sociedade de Municípios de Barroso”, leia-se Câmaras Municipais de Boticas e Montalegre, organizaram na Alfândega do Porto a quarta edição do Saborearte com o objetivo de, lê-se na página eletrónica da Câmara de

Boticas, promover e divulgar os produtos agroalimentares de Barroso e, consequentemente, a Feira Gastronómica do Porco que terá lugar nos dias 8, 9 e 10 de janeiro de 2016.

Já na página da Internet do município de Montalegre pode ler-se que nesta edição da SABOREARTE se pretende mostrar o que de melhor é produzido no Barroso, desvendando o rosto de quem arrisca e de quem tem orgulho de pertencer a este “reino maravilhoso”.

Curioso, dei uma espreitadela às várias fotografias que são colocadas quer no site da Câmara de Boticas, quer no site da Câmara de Montalegre.

Estupefacto, verifiquei, em primeiro lugar, que o salão reservado para esse efeito pela administração da Alfandega do Porto estava, invariavelmente vazio. Ou melhor, estavam lá os vendedores, os stafes de uma e outra Câmara Municipal a posar para a fotografia, mas clientes nem vê-los.

Depois, analisei “o rosto de

quem arrisca e de quem tem orgulho de pertencer a este reino maravilhoso”. De imediato, sobressaiu uma imagem de um nosso empresário a vender as camisolas das “sextas-feiras 13” e um outro a vender vinho. Aí, fechei os olhos e vislumbrei, em primeiro lugar, a grande fábrica de tecidos situada, algures, no

planalto da Serra da Mourela, e que emprega várias dezenas de Barrosões. Maravilhado, os meus olhos percorreram as várias encostas das Serras de Barroso cravadas de vinhas onde, as várias centenas de trabalhadores, na época da apanha da uva, se concentram na colheita de tão precioso néctar. Estava tão entusiasmado que ainda me foi possível percorrer os espaços enormes da adega onde os trabalhadores, entusiasmados, cumpriam o plano de trabalho que lhes fora entregue. De repente, e sem que nada o fizesse prever, acordei sobressaltado. Afinal, tudo não passava de um sonho meu, depois de adormecer a olhar para as fotografias disponibilizadas pelos organizadores do Saborearte.

Claro está que também por lá apareceram os membros da Confraria da Carne Barrosã (julgo que é assim que se chama) que, estamos certos, contribuíram com a sua riqueza e o seu bem patrimonial para o bem comum e não, como

dizem os injustos do costume, para comerem à borla.

Voltei a olhar para as fotografias, e constatei que, obviamente, não estava lá a minha nem a da esmagadora maioria dos munícipes de Montalegre e Boticas, ficando com o sabor amargo de achar que ainda há quem, no Portugal democrático, se sinta no direito de pensar que quem não faz parte do grupo de convivas não “tem orgulho de pertencer a este reino maravilhoso”. Ora, no que me diz respeito, tenho muito, mas mesmo muito orgulho em pertencer a este Reino Maravilhoso. E é por isso mesmo que não me canso em indicar um outro caminho para as nossas gentes. Ter orgulho em ser Barrosão é, se isso lhe for possível, fixar-se cá, contribuir para o bem-estar geral da população procurando dar o melhor de si à Região e não aproveitar-se do nome da Região para o seu bem-estar.

Dispomos de uma riqueza paisagística ímpar, de fundos e de meios que, bem aproveitados, têm todas as condições de fixar e atrair pessoas. Não podemos é fazer de conta, destruindo os fundos em atividades que não contribuem para a criação de riqueza. Atrevendo-me aqui a julgar que, esta minha opinião, é partilhada pela esmagadora maioria dos Barrosões que não puseram os pés na Alfândega do Porto, mas que têm muito orgulho em ser Barrosões.

Concluo este assunto, recordando que o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, na reunião de Câmara da 3.ª semana de outubro (tal como aqui lembrou Barroso da Fonte, na edição de 29 de outubro último) afrontou os produtores de Fumeiro e, em particular, os produtores de Barroso quando manifestou a sua discordância

com a estratégia seguida pela Entidade Regional de turismo do Porto e Norte que, segundo o autarca, pretende vender “o Porto como cidade do galo de Barcelos e do Fumeiro”.

Termino, para reflexão, partilhando com os nossos leitores a informação postada no site da Câmara Municipal

de Boticas que nos dá conta das duas mil pessoas que se juntaram no “Natal do Idoso”, numa iniciativa da responsabilidade da Câmara Municipal em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Boticas e com o apoio do Agrupamento de Escuteiros de Boticas, da Delegação da Cruz Vermelha de Boticas, do Grupo Coral da Igreja Paroquial de Boticas, Juntas de Freguesia e associações culturais e recreativas do concelho. Na cerimónia, discursaram duas pessoas: o provedor da Santa Casa da Misericórdia, Fernando Campos, e o Presidente do Município de Boticas, Fernando Queiroga. Os outros organizadores não tiveram direito a usar da palavra.

É bonita a solidariedade, sobretudo na altura do Natal. Mas urge colocar a questão: quanto custou e quem pagou o jantar?

É bonito, e difícil de contrariar, a entrega de uma casa nova a quem quer que seja, sobretudo se forem

pessoas altamente carenciadas. Mas, com tanta pobreza espalhada pelo Concelho de Montalegre, poderemos dar uma casa nova a quem quer que seja? E os outros munícipes com o que é que ficam? Convém não esquecer que quem ganha, limpos, 600 euros

por mês – estamos já a falar da esmagadora maioria dos Portugueses - precisa de cerca de seis anos para ganhar 40 000 euros. Mas, tendo em conta que tem de pagar a alimentação, a água, a luz, a educação dos filhos e etc, necessita de “uma vida” para poupar os ditos 40 000 euros. Por outro lado, convém não esquecer que há uma grande diferença entre dar ou emprestar. Ora, é chegado a este ponto, que temos de pensar, antes de decidir, na forma como devemos distribuir a solidariedade entre os mais necessitados, recordando o velho ditado chinês: “dê um peixe a um homem e ele terá comida por um dia, mas ensine-o a pescar e ele comerá a vida inteira” ou, nas palavras sábias de Maria José Quintela: “Dar e receber – o difícil e desejável equilíbrio (…) dar e receber, quando é feito com o coração, é gratuito e gratificante”.

Bento Monteiro

A arte de (Com Sabor) nos enganar

“é por isso mesmo que não me canso em indicar um outro caminho para as nossas gentes. Ter orgulho em ser Barrosão é, se isso lhe for possível, fixar-se cá, contribuir para o bem-estar geral da população procurando dar o melhor de si à Região e não aproveitar-se do nome da Região para o seu bem-estar”

“Ora, é chegado a este ponto, que temos de pensar, antes de decidir, na forma como devemos distribuir a solidariedade entre os mais necessitados, recordando o velho ditado chinês: “dê um peixe a um homem e ele terá comida por um dia, mas ensine-o a pescar e ele comerá a vida inteira”.

O concelho de Montalegre parece que está a despertar da letargia em que tem estado mergulhado desde há muitos anos a esta parte. Com efeito, na última edição trouxemos à primeira página a constituição duma nova Associação na vila de Salto, a qual se propõe dar o seu melhor contributo à Casa do Capitão - Ecomuseu de Barroso. Sem interferências políticas de qualquer espécie, a ideia surgiu de Manuel Mota, seu principal mentor, e teve eco nos saltenses que aderiram em grande número a esta nobre causa.

Pois bem, no passado dia , os empresários de Barroso também estão a tomar consciência de que devem avançar para uma associação que tem por

missão dinamizar o movimento associativo, reforçando a sua representatividade e garantindo uma oferta de serviços de excelência.

Iniciativa louvável levada a cabo por gente jovem que se propõe dar um salto qualitativo em toda a actividade empresarial.

Tal como se pode ver, na nota que nos foi distribuida, tem no seu objecto social, «estimular a iniciativa privada, atuando como agente facilitador da atividade empresarial, promovendo o desenvolvimento da economia de mercado, a criação de riqueza e uma melhor prestação de serviços à comunidade em todos os aspetos socioeconómicos da atividade empresarial».

Entre outros aspectos, a AEPB pretende «promover a solidariedade e o apoio recíproco entre as empresas por si representadas; apreciar e divulgar factos ou assuntos de interesse especial para as empresas associadas; pugnar pela normalidade de atuação das empresas associadas, pela lealdade na concorrência e pela defesa dos direitos de cada uma; exercer a arbitragem em caso de conflito de interesses entre empresas associadas; zelar pelo cumprimento da legislação em vigor, nomeadamente em matéria de licenciamento de instalações, de trabalho e de segurança social; exercer as demais atividades compreendidas no âmbito da

representação institucional».A AEPB, segundo a mesma

nota, pautar-se-á por valores como a transparência, a eficiência na orientação para as empresasa e sobretudo com total isenção político-partidária.

No seu plano de actividades, já bastante ambicioso, aponta para várias valências tais como formação, portal Online, assessoria jurídica, assessoria contabilística, serviço HACCP, medicina no trabalho, participação em feiras e exposições, realização de candidaturas, tudo em desenvolvimento no site: www.aepb.pt

Nessa mesma reunião foram eleitos os orgãos sociais que ficaram assim constituidos:

ASSEMBLEIA GERAL

Domingos Dias, Fernando Carvalho, João Paulo Anjo e João Manuel Poças

CONSELHO FISCAL

José Manuel Alves, Paulo Reis Santos, Sérgio Gonçalves e Paulo Gonçalves

DIREÇÃO

Nuno Justo, João Paulo Gonçalves, Márcio Azevedo, António Canedo, António José Dias, João Dias e Luís Pedreira

Associação Empresarial do Planalto Barrosão

14 de Dezembro de 20156 BarrosoNoticias de

Sou colaborador do Notícias de Barroso (NB) desde a sua “refundação”. Sempre com uma preocupação pedagógica. A política fica para os políticos. Anteriormente já colaborara nos outros dois jornais dirigidos pelo director do NB. Desse tempo resto eu e o Dr. Barroso da Fonte, decano dos jornalistas barrosões. A minha colaboração não se verifica com a assiduidade desejada, mas com a disponibilidade possível. Hoje, o cronista não escreve sobre História, Antropologia ou Etnografia. O assunto é outro.

I

Numa entrevista concedida há cerca de 30 anos ao diário “O Primeiro de Janeiro”, quando ainda era uma referência dos órgãos de comunicação social do país, à pergunta do jornalista: “O que pensa do cinema?”, respondi: “ O cinema é a arte que mais se aproxima da realidade e permite fazer o homem sonhar”. Este é o meu conceito de cinema. Assim pensava há três décadas atrás e continuo a pensar. Todavia, na prática nem sempre se confirma. Tem-se verificado a massificação do cinema. O expectador cinematográfico é bombardeado com filmes de efeitos especiais de vária ordem criando sensações efémeras, mas, no final o filme espremido não deita sumo.

Quando pretendemos visualizar um filme na TV, atiram-nos em catadupa fitas da série B entulhadas com cenas de violência que só não são gratuitas por que as pagamos mensalmente, enquanto os filmes de referência da história do cinema criam mofo nas prateleiras.

*

O cinema mundial reserva-nos alguns filmes que, pelo seu valor artístico, são considerados monumentos eternos da sétima arte. Actores e actrizes com qualidades representativas invulgares permanecem na minha memória. A actriz mais insigne, na minha convicção, nasceu há cem anos num 29 de Agosto, e deixou os cineastas mais pobres no mesmo dia e

mês do ano de 1982.Impelida pelos ventos

gélidos suecos arribou em Hollywood onde se estreou aos 24 anos no cinema americano. Depois, expôs a sua notável arte de representar pelo mundo em numerosos filmes, muitos considerados hoje clássicos. Entre eles destaco “Casablanca” (1942) e “Stromboli” (1950). Poderia citar outros.

“Casablanca”, sobejamente conhecido, dirigido magistralmente por Michael Curtiz, galardoado com vários Óscares é considerado um dos 10 melhores filmes da história do cinema. “Stromboli” tem características diferentes. Marca a sua colaboração no primeiro dos seus seis filmes que

veio a realizar com a direcção do seu segundo marido, Roberto Rossellini. Neste filme destronou Ana Magnani, outra extraordinária intérprete que estava inicialmente indigitada para o desempenho. Rodado na pequena ilha vulcânica Stromboli, situada a norte da Sicília, que emprestou o título ao filme, com os habitantes representando o quotidiano em cenários naturais, o filme tem sobretudo um valor documental. Sobressai a formosura resplandecente da actriz contrastando intencionalmente com a virilidade dos habitantes, e as imagens da erupção vulcânica que realmente se verificou durante as filmagens.

A protagonista em questão é uma Senhora de rosto cativante e ternura no olhar. Estou a referir-me, obviamente, a INGRID BERGMAN. Nesta quadra natalícia quis aqui recordar essa genial actriz por que raramente as estações televisivas nacionais repõem um filme por ela protagonizado. Nem sequer no dia do centenário do seu nascimento em Agosto passado, um qualquer canal televisivo lhe prestou uma singela homenagem.

*

Excluindo os seus 9 filmes datados da fase sueca,

portanto, antes de partir para os Estados Unidos, creio ter visualizado a quase totalidade dos cerca de 50, alguns duas e mais vezes. Propiciou-me noites de verdadeiro deslumbramento, ensinou-me a arte de representar como mais ninguém soube fazer com a mesma mestria. Teve seis nomeações para o Óscar da Academia e recebeu a estatueta pela interpretação em “À Meia-Luz” (1944), “Anastácia, a Princesa Esquecida” (1956) e “Assassinato no Expresso do Oriente” (1974), entre outros grandes prémios. Despediu-se do cinema e deste mundo em 1982 com o filme “Golda” que concluiu já muito debilitada. Tinha 67 anos a diva de rosto

cativante e ternura no olhar. No céu continuará a exibir o seu enorme talento em novos filmes para deleite de Deus e dos anjos.

II

Tempo atrás, recebi um telefonema do Director do NB. Questionou-me se autorizava fornecer o número do meu telefone a uma pessoa que desejava entrar em contacto comigo. Tinha-me localizado pela leitura de uma crónica da minha autoria, publicada inicialmente no NB que ele (Director) enviara depois para publicação na internet. Justificava-se a pessoa em questão, pretender descobrir um filme por mim realizado muitos anos atrás, no qual uma jovem agora sua esposa participara. Pensava, sendo o responsável pela realização, ninguém melhor do que eu lhe poderia conseguir uma cópia.

Quem seria essa jovem? Realizei mais de três dezenas de médias metragens e documentários cinematográficos, nos quais participaram adultos e jovens de diferentes níveis sociais. Poderia ser uma jovem pastora barrosã, a filha de um pescador avieiro, uma estudante de jornalismo, ou nenhuma delas.

Confesso que hesitei se deveria autorizar-lhe o

fornecimento do número do meu telefone, pois as intenções poderiam ser outras diferentes daquelas evocadas. Mas… como quem não deve não teme acedi.

Posteriormente, o marido da outrora jovem actriz entrou em contacto comigo. Mencionou-me o filme: “Um Caso Difícil”.

Recuei a 1980, pois fora o ano da sua realização, resultado de um projecto que apresentei ao Instituto de Tecnologia Educativa, uma instituição do Ministério da Educação actualmente extinta. Como descobrir esse filme produzido há 35 anos?

*

“Um Caso Difícil” é um filme realizado com meios reduzidos e actores amadores desempenhando o que faziam na vida real, somente possível com a dedicação de todos os participantes. Pessoalmente foi uma experiência humanamente enriquecedora.

Partindo de um caso verídico, o filme evidencia que a tão apregoada democratização do ensino era uma falácia. Fomentou entusiásticos debates atendendo à complexidade do tema, cuja análise não é oportuno aqui expor. Reproduz-se apenas um cheirinho: a introdução do jornalista Fernando António Almeida à entrevista que concedi em Dezembro de 1980 ao “Diário de Notícias”, após a estreia do filme no X Festival Internacional

de Cinema de Santarém nesse tempo com grande projecção. (Ver recorte do jornal)

*

O filme integra uma jovem que desempenha uma personagem específica. Não foi fácil seleccionar a actriz desejada. Das dezenas de jovens que estiveram defronte do meu olhar, uma destacava-se pela suavidade do rosto e pela ternura no olhar. Foi a preferida. Expliquei-lhe a finalidade do filme e a função da personagem. Pedi-lhe apenas para ser igual a ela própria.

Filme concluído, a jovem

partiu à descoberta de novos horizontes, enquanto o realizador continuou a sua actividade de investigador-cineasta. Os seus caminhos não mais se cruzaram.

Até 2015 o Mundo deu muitas voltas. A cópia do filme que consegui obter permitiu-nos uma visualização. Uma Senhora reviu-se menina durante alguns minutos. Para o realizador, hoje cronista desta história, foi um momento emotivo, originado pelas imagens registadas 35 anos atrás. Recordou uma criança que viu pela primeira vez imagens em movimento projectadas na parede branca de uma casa do largo da sua aldeia natal, numa época em que ao cinema chamava ambulante por que transitava de terra em terra e tinha de aguardar pelo ano seguinte para rever as imagens que o fascinavam, e certamente originaram a sua trajectória de cineasta.

“Um caso difícil” foi a única experiência cinematográfica da jovem de rosto suave e ternura no olhar. Fez outra opção. Hoje é médica ilustre. Era um tempo em que os jovens deste país não viviam na miragem de conseguirem uma participação no casting que publicitava a próxima telenovela, porque a produção de telenovelas nacionais ainda não existia.

*

Conclusão: Uma crónica histórica escrita

despretenciosamente para o Notícias de Barroso, que o seu Director enviou depois para a internet, possibilitou a visualização de um filme realizado há 35 anos, e aproximou duas pessoas que estiveram afastadas durante o mesmo período, embora esteja persuadido, que foi a magia do cinema a propiciar-me nesta época natalícia um inesperado e cativante presente.

Para os meus leitores vão calorosos votos de Festas Felizes.

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(João Soares Tavares escreve de acordo com a

anterior ortografia)

Ingrid Bergman.(Fotografia de arquivo pessoal)

Um Presente Inesperado em Época Natalícia

João Soares Tavares

14 de Dezembro de 2015 7BarrosoNoticias de

Nesta edição do Noticias de Barroso, o “politicamente falando” vai fazer uma pausa!... Hoje é o dia de falar do regresso às origens na noite de consoada, uma viagem marcada desde sempre no calendário, imposta pelo hábito, e repetida por uma rotina que vem de antanho. É o regresso “a casa” em busca do passado, mesmo temendo-se a desilusão de não achar sinais do mesmo. Ainda assim, a “estória” repete-se e volta-se sempre, porventura com vontade de recuperar sonhos e afectos que teimam em fazer a nossa felicidade. É assim todos os anos quando Dezembro chega, e quando o frio nos lembra a festa que se aproxima ao ritmo da nossa ansiedade.

Depois de uma prévia troca de opiniões no seio das familias

que serve de preparação para o acto, decide-se em tempo útil o local da consoada em unânime contrariedade para uns, e alegria para outros. Nunca durante o ano as diferenças entre pais, mães, irmãos, cunhados ou cunhadas se tornaram tão nítidas e “fracturantes” - todos fazem questão de acolher os “forasteiros”. Depois, fazem-se compras e guardam-se as prendas à espera dos destinatários. A viagem é o próximo passo!... É o regresso aos locais e às memórias de um tempo que já foi, e que nem as dores nos ossos provocadas pelas intermináveis viagens, pela chuva ou pela neve, ou por um qualquer frio de rachar, consegue apagar a alegria contagiante de um encontro tão especial.

Nestes dias pequenos de Dezembro, chega-se normalmente já noite dentro, mas nem o vento gélido consegue arrefecer os sorrisos compostos para a chegada. A lareira, é nesta ocasião o

destino e centro de um semi-círculo de profundos afectos que se reúnem alinhados na casa previamente combinada para a comemoração. Depois é “chegada a hora”!... Gaba-se o bacalhau, a qualidade do polvo que “saiu duro”, e repete-se discretamente a dose com batatas e couves, regada com azeite de qualidade numas merecidas tréguas ao bitoque e às pizzas citadinas.

Enquanto isso, aguarda-se a panóplia de doces e frutos secos, momentos para acumular prazer e até algum peso, enquanto a azia e os espasmos não devolvem o incómodo.

Depois de muito “cotim vendido”, desembrulham-se finalmente as prendas previamente embaladas em papel reluzente com laços artisticamente colados, que se agradecem sempre com um sorriso nos lábios e recorda-se em silêncio os ausentes pela falta que fazem e a saudade que produzem. Quase todos se “empanturram” na esperança

de “matar de vez a fome” ancestral de gerações que permanece viva na memória de quem a herdou durante séculos.

Por uma noite, repousam os guerreiros das batalhas adiadas do quotidiano, levando para o seio familiar uma ou outra “discussão” para não perderem o treino. É assim que vai sobrevivendo o festejo do solstício de Inverno, que fez dele a tradição judaico-cristã denominada desde há séculos como a festa da família.

Pena que todos os meses do ano, todos os dias do ano, não representem estes mesmos sentimentos, porque na vida que vivemos não há, nem pode haver intervalos. É verdade que a mesma flui como se fosse a corrente de água de um “rigueiro” a percorrer um leito inteiro de planuras e amarguras até alcançar o infinito do mar. Mas é nesse percurso que os homens deveriam construir em cada pedra cortante, como em cada rigueiro mais calmo, os valores que julgamos serem

filhos apenas de Dezembro. Paciência!... Somos animais de hábitos e tradições, e como diria o poeta, “vale sempre a pena quando a alma não é pequena”.

Quando a família se comporta como deve, a festa acontece e é um suave pretexto de encontros ansiados em volta de sabores que a memória guarda, e de aromas que nos transportam à infância numa viagem carregada de afectos e saudade. É assim a consoada no “país barrosão”...

Que no dia certo haja festa rija em vossas casas.

BOAS FESTAS PARA TODOS OS BARROSÕES EM GERAL E PARA OS LEITORES DO

NOTICIAS DE BARROSO EM PARTICULAR.

(texto escrito segundo os ditâmes do antigo acordo

ortográfico)

POLITICAMENTE FALANDO

UM DIA E UMA NOITE ESPECIAIS...

Domingos Chaves

No próxomo dia 28, no

auditório do Ecomuseu de

Barroso, será apresentado o

livro “Gralhas - Minha Terra

Minha Gente”, de Domingos

Chaves.

A obra é uma monografia

de Gralhas, um resumo bem

conseguido que nos dá a

conhecer a aldeia e, por

semelhança, um pouco do que

eram as aldeias de Barroso dos

séculos passados até além dos

meados do século XX. Além da

sua história – Gralhas foi uma

das Honras de Barroso – desde

os celtas até aos nossos dias

passando pelos romanos e pela

Idade Mádia, ali se fala também

do seu património natural e

cultural, dos usos e costumes,

do clima, etc.

Com a chancela da Editora

Cidade Berço, tem data de

publicação de Maio de 2015

e será agora apresentada no

Ecomuseu de Barroso.

Domingos Chaves é natural

de Gralhas. Estudou no Colégio

de Montalegre e, fixando-se

em Lisboa, ingressou na Polícia

de Segurança Pública vindo

a ser um dos elementos desta

corporação mais condecorados

com medalhas e louvores por

serviços distintos.

Do seu currículo consta

ainda que cursou direito na

Universiadade de Lisboa e

lecionou na Universidade

Lusíada.

Tem-se dedicado à escrita e

já publicou as seguintes obras:

História da Polícia em

Portugal – Formas de Justiça e

Policiamente,

Direito do Trabalho,

História da Polícia para

Crianças

História do último

Enforcado em Montalegre

O Sagrado no Imaginário

Barrosão

Moralidade e Ética Policial

Relatos e Crimes do Arco

da Velha

Últimamente, escreve com

regularidade no «Notícias

de Barroso» a crónica

POLITICAMENTE FALANDO

na qual defende, com

frontalidade, as suas ideias

políticas. Por tal motivo, tem

ganho alguma notoriedade e

não só entre conterrâneos e

barrosões.

É ainda bloguer com

uma página na NET vista e

comentada por muitos dos seus

seguidores.

GRALHAS

Minha Terra Minha Gente

BarrosoNoticias de

8 14 de Dezembro de 2015

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 63 – Folha

Chegaste às minhas mãos ainda branca, pura e imaculada. Nada em ti fazia prever que fosses objecto dos meus devaneios, enquanto percorria a amplitude do teu ser com a ponta da caneta, espalhando linhas e traços de uma forma que te pareceu absolutamente aleatória. Quedaste-te de forma paciente, dando-me o benefício da dúvida, apesar de não teres muita fé na qualidade dos rabiscos. Começaste a rir baixinho com a cócegas que o raspar da caneta te ia provocando. Espreitavas, discreta e muda, o evoluir do texto que ia preenchendo o teu corpo. Estremecias no final de cada frase, não pelo fim em si mas pelo apontar da sinalização. Achavas piada à colocação daquele pontinho e à cadência que o mesmo provocava. Suspiraste a cada vírgula na expectativa de mais mimos. Foste perdendo a desconfiança à medida que as cócegas iniciais se foram transformando em carícias e sentiste que havia um propósito na tua existência. Abraçaste cada palavra como se fosse a última vez e beijaste ao de leve aquelas reticências que te fizeram corar. Foste ficando sem fôlego à medida que o texto ia crescendo e assumiste-o como teu, escolhendo ser dona e escrava daquele conjunto de caracteres que te preenchia e tornava melhor. A tua respiração ficou suspensa, à medida que a caneta se aproximava do limite e anunciava o final de todos os mimos. Ouvindo o suspiro que acompanhou o último ponto final, sou capaz de jurar que me disseste baixinho: “Obrigada...”

João Nuno Gusmão

Papel dos nutricionistas e dietistas

O que ingerimos reflete-se na saúde e bem estar. Nas últimas três décadas introduziram-se algumas práticas menos saudáveis a esse nível, que a par dessa realidade, uma vida agitada e stressante, bem como a redução da atividade física são fatores importantes para contribuírem para o aumento e desenvolvimento de doenças como a obesidade, a diabetes, as doenças cardiovasculares, o cancro, a gota, a osteoporose e os acidentes vasculares cerebrais.

As prateleiras dos supermercados e os menus dos restaurantes suscitam, cada vez mais, dúvidas. Daí que os profissionais da nutrição tenham cada vez mais um lugar de destaque na sociedade atual, na tentativa da melhoria da qualidade de vida da população. Cabe-lhes fazer a avaliação do estado nutricional dos doentes e determinar as suas necessidades nutricionais, dando-lhe um cunho preventivo, pois muitas das substâncias contidas nos alimentos podem evitar o aparecimento de patologias. O papel destes profissionais tem adquirido uma maior importância concretizando-se em vários espaços públicos e privados como hospitais, centros de saúde, instituições de ensino, clubes desportivos, refeitórios de grandes empresas, autarquias etc. De realçar também o seu contributo nos hábitos alimentares e horários que os acompanham, informações como a idade e peso máximo atingido, atividade física exercida, eventuais intolerâncias ou alergias alimentares, a utilização de fármacos ou outras substâncias hábitos etílicos e tabágicos, bem como o ambiente social e familiar em que está inserido.

João Damião

Para a História da 1ª República em Montalegre

(Continuação do n.º anterior)

O MONTALEGRENSE DE 25 DE MAIO anuncia para dia 28 de Junho o “Concurso de gado bovino e caprino na vila de Montalegre”, o primeiro realizado pelo Sindicato.

Este anúncio, do qual se publica fotocópia, foi inserido em todas as publicações do jornal até à data do concurso.

Em 29 de Junho, O Montalegrense informa que:

“Realizou-se ontem o concurso de gado da região sendo muito concorrido, apresentando lindos exemplares.(...)

Ao júri presidiu o sr Pe. João Alvares de Moura sendo vogais os srs. António dos Santos Nogueira, de Rebordelo, João Bernardo de Barros e Sá, de Covelo do Gerês, José Jorge Álvares Pereira, de Pomar da Rainha e Manuel Gonçalves Barros.

Assistiu como fiscal o sr. João Botelho Correia Mourão, intendente de pecuária no distrito.

Ver a lista dos prémios.

Em 6 de Julho, o jornal dá a notícia de que a Comissão Municipal Administrativa foi dissolvida por decreto publicado no Diário do Governo de 2 do corrente.

O decreto que a dissolve nomeia para administradores do município a seguinte comissão:

Efectivos: José Bento Gonçalves Barroso Júnior, António João André Vaz, António Fernandes de Sousa, Pedro José Vieira da Cruz, José Manuel Alves Príncipe, José Ribas e Delfim Augusto Barroso Lopes. E os substitutos.

Esta comissão tomou posse no dia 4 do corrente.

A nova comissão elegeu seu presidente o Sr. José Bento Gonçalves Barroso Júnior.

Em consequência do referido decreto nº 11, foi mudado o depósito municipal, que estava instalado em casa do Sr. Dr. Victor Branco, para uma das dependências dos Paços do Concelho, de onde nunca deveria ter saído.

--- ...--- ... O MONTALEGRENSE DE 4 DE MAIO dá

a seguinte notícia referente à administração municipal de Barroso:

“Neste concelho há criadas 30 escolas, das quais funcionam apenas 18. Umas não funcionam por falta de casas e outras por falta de professores; e aí está um concelho como este , com 35 freguesias compostas de 120 lugares, quase sem escolas.”

...---...---Em 3 de Agosto de 1913 foi eleita a

representação de Montalegre ao Congresso do Partido Evolucionista, composta por: Dr. Abel de Mesquita Guimarães, em representação do Centro António José de Almeida e como director de O Montalegrense; Guilherme Augusto Barros dos Santos, também em representação do Centro A. J. A.; Dr. João José Bragança de Miranda e Acácio Daniel de Barros representando a comissão municipal evolucionista.

---...---3 de Agosto:É esta a lista dos membros da Misericórdia:Germano Canedo, que foi eleito seu provedor

e Dr. Custódio Moura, vice-provedor;Mordomos: José Joaquim de Morais Caldas,

Júlio César de Morais Caldas, P. João Álvares de Moura, Adolfo Evangelista de Morais, Francisco Dias de Matos e Manuel Miranda.

Tesoureiro: - Elias Augusto AntunesSecretário: - Francisco GonçalvesConcelho fiscal: Lázaro José de Sousa, Albino

Bragança de Miranda e João António Fernandes Lopes.

(Continua)

José Enes Gonçalves

BarrosoNoticias de

914 de Dezembro de 2015

BarrosoNoticias de

10 14 de Dezembro de 2015

Estamos quase no Natal

que é, por excelência, a Festa

da Família. Melhor dizendo,

era! Nas últimas décadas

evoluiu para a celebração do

consumismo. E neste aspecto,

rivaliza com muitas outras

efemérides criadas, ao que

parece, como puras operações

de marketing. Há festas para

tudo, em que tudo se vende. Até

as velhas bailações de bruxas

e duendes voltaram a estar de

moda, postergando as bonitas

feiticeiras que o romantismo

lhes havia anteposto. O que

interessa é vender. E quanto

mais “fraturante”, torpe e soez

seja a motivação, mais eficaz é

o negócio.

O Natal é um caso à parte

porque vem de há dois mil anos,

inspirado pelo nascimento

daquele Menino predestinado

que cresceu discreto e pobre

e foi injustamente imolado

porque pregou a esperança e a

beatitude de bem-aventuradas

resignações.

O Natal, Nascimento

do Homem, é, assim, a

entronização da família,

esse esteio básico estrutural

da sociedade e sublime

fonte de vida que brota da

conformada colaboração

entre homem e mulher.

Contra ele se tem congregado

os agentes subversivos (os

pecados capitais) que sempre

abismaram a humanidade.

Esses agentes assumem as mais

espantosas personificações

desde as maléficas bruxas

e sedutoras feiticeiras, aos

simpáticos manipansos

do tipo do pretensamente

inofensivo «pai natal» até

aos governos “politicamente

correctos” (necessariamente

de esquerda), que só granjeiam

notoriedade através de leis

antinatureza a que chamam

decisões “fracturantes”. Todos

têm em comum o objectivo de

destruição ou adulteração da

família tradicional.

Os primeiros

materializando-a totalmente

num consumismo e hedonismo

puro e duro sem caridade,

esperança ou fé. Os segundos

travestindo-a com uniões

entre pessoas do mesmo sexo

e desagregando-a legalmente

pelos meios mais sofisticados

- vem-me à ideia as incríveis

facilitações do divórcio, os

cortes no auxilio médico à

maternidade e aos abonos

de família e, em macabro

contraponto, os subsídios

ao aborto e as intensas

propagandas anticonceptivas e

pro-abortivas.

Por isso os casos de

agregados familiares naturais e

autênticos se vêm reduzindo ao

longo dos tempos.

E são tema de celebração

especialmente quando

perduram para além de algumas

décadas.

Isso me leva a oferecer

aos leitores, por este natal, um

magistral texto congratulatório,

da autoria de um ilustre professor

e académico, para umas Bodas

de Ouro matrimoniais. Eis essa

mensagem de parabéns:

Caríssimos:

Venho cá de longe

transmitir-vos, a minha instante

e jubilosa satisfação, pela

heroicidade deste meio século,

tão preenchido de gosto de

viver, de bens e memórias,

que nos fazem lembrar os

longos anos de beatitude dos

patriarcas bíblicos.

50 anos não são fáceis

de contar, quando têm de ser

inventados, ao mesmo tempo,

por duas criaturas diferentes.

Cada um tem a sua história e

a sua contagem, feita de uma

interminável série de DIAS

SIM e de alguns DIAS NÂO.

Mal conseguimos entender

como é possível coincidir, nesta

aporia do uno e do múltiplo,

que apoquenta o pensamento,

desde os filósofos gregos.

50 anos, em comunhão,

são como um ciclo astral

que ornamenta a ordem do

universo. Para os viver, sofrer

e festejar, é preciso conjugar

dois corações magnânimos, e

beneficiar do olhar propicio do

Céu sublime.

E, todavia, é certo que

neste mistério da comunhão

ou comunicação, se encontra

o segredo da vida e do

mundo e o sentido possível da

transcendência, e o caminho

quase único que nos pode

aproximar da felicidade.

(Ambos) são caminhantes

de longo curso e de bom

caminho, plantaram árvores,

edificaram casas, escreveram

livros, colheram flores e frutos

com abundância, e têm o

privilégio de contemplar a

esperança no sorriso dos filhos

e dos netos. Só posso sugerir-

lhes que mandem cantar um

solene e gratíssimo “Te Deum”

de louvor e ação de graças.

Diz um texto prudencial

que o casamento faz da mulher

e do homem mestres: “post

nuptiae magistri facti estis”. Pela

minha parte, como discípulo,

contemplo com muita estima

o percurso bem andado, louvo

e agradeço a lição, e peço-lhes

que não percam a coragem e o

atrevimento, porque os “longos

cinquenta anos” foram afinal, a

meu ver, muito breves.

Com um grato e grande

abraço, Telmo

Manuel Verdelho, advogado

CURRENTE CALAMO

Hino à Família

A EDP Distribuição, no âmbito das ações de melhoria contínua que vem efetuando nas suas redes energéticas, procedeu à renovação da rede de Baixa Tensão que serve as localidades de Antigo e Curros, freguesia de Curros, concelho

de Boticas.Este investimento

significativo envolveu a renovação da rede elétrica em cerca de 2.300 metros, possibilitando a substituição por cabo torçada isolado, de um extenso troço de rede

aérea de cobre nu, que já apresentava fragilidades mecânicas e originava avarias perante condições atmosféricas adversas.

A nova rede em condutores isolados é mais robusta e de secção adequada, traduzindo-

se numa melhor qualidade de serviço e permitindo uma maior flexibilidade na exploração da rede de baixa tensão.

Com esta renovação fica também assegurada a possibilidade de reconfiguração de eventuais

alternativas de alimentação aos

clientes, garantindo sempre,

a observância dos níveis de

tensão regulamentares e a

reserva de potência para fazer

face a futuros aumentos de

consumos.

ANTIGO e CURROS

EDP Distribuição renova a rede de Baixa Tensão, melhorando a qualidade de serviço disponibilizada aos seus clientes.

Antigo e Curros antes Antigo e Curros depois

BarrosoNoticias de

1114 de Dezembro de 2015

Com poucos dias de diferença, foram publicados e falados na imprensa dois ranking” nacionais: um relativo à transparência dos municípios e o segundo relativo às escolas e notas dos exames nacionais. Vamos deixar de lado este último e fixarmo-nos no primeiro, já que é o mais apropriado para uma página de “política municipal”.

Tem o nome de Índice de Transparência Municipal e é uma iniciativa da Transparência e Integridade, Associação Cívica. Consiste na análise da informação disponibilizada aos cidadãos nas páginas electrónicas das Câmaras Municipais, avaliando diversos indicadores: 1) Organização e funcionamento do município; 2) Planos e relatórios; 3) Impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos; 4) Relação com a sociedade; 5) Contratação pública; 6) Urbanismo e economia.

No fim de contas, tem a ver simplesmente com a plenitude da página do município, ou seja, com a quantidade de informação que o município disponibiliza aos cidadãos na sua página electrónica.

Tratando-se de um

município, há a tendência para associar imediatamente a palavra “transparência” com a “transparência política” do município. Ora, não é bem isso, nem se devem tirar conclusões apressadas, como a ideia de que, se o “ranking” é elevado, também a transparência política do município o é. Por isso, a designação “transparência” é um pouco ambígua e enganadora. Em Montalegre tem acontecido essa confusão, a qual tem servido tanto para criticar Fernando Rodrigues, como para louvar Orlando Alves.

No caso de Montalegre, ficou em 24.º lugar com 73 pontos, que é um bom lugar. Mas num município em que 90% das pessoas não têm ou não sabem usar um computador ligada à internet (uma das taxas mais baixas do mundo, só comparável a África) será que isso serve de alguma coisa? A minha opinião é que serve de pouco, mas também não é por isso que o município não deva ter uma boa página. Claro que deve ter. Para mim, tão importante como disponibilizar a informação é consultá-la por todos os munícipes e interagir através dela com o município.

Mas vamos fixar-nos - e é isso o que agora importa -, não na disponibilidade da informação aos munícipes, mas na “transparência política” da Câmara que, efectivamente, era isso o que o referido índice deveria medir. Será que existe uma boa transparência política, equivalente a um honroso 24.º lugar? Acho que não: nem a um 24.º lugar, nem a um 124.º lugar, nem a um 234.º lugar, nem mesmo a um 324.º lugar.

De entre os muitos exemplos que poderia dar, fornecerei os seguintes:

1) Atas da Assembleia Municipal. Um presidente transparente fornece aos seus munícipes as atas da Assembleia Municipal. Ora a CMM fornece todas as atas da Câmara, onde os vereadores do PSD votam sempre com os Socialistas e, verdade seja dita, não estão lá a fazer nada. Mas já só fornece algumas atas da Assembleia Municipal. Quando a reunião não lhe corre bem, o Presidente (quer seja o Presidente da Assembleia, quer o da Câmara, quer os dois em simultâneo) já não publica a ata na página da Câmara, omitindo deliberadamente

informação aos munícipes. Isso tem acontecido com várias atas de várias Assembleias, em que a oposição se revelou mais ativa e fez acusações graves à gestão do município.

É uma vergonha, Sr. Presidente.

2) Associações. Um presidente transparente fornece aos seus munícipes as contas das Associações concelhias. Transferindo para elas anualmente vários milhões (cerca de 3 milhões), os munícipes querem saber onde efetivamente foi gasto o dinheiro. É isso o que exigem as pessoas e tem exigido os deputados do PSD/CDS há muito tempo, mas em vão. A Câmara não as fornece para não ter de revelar muita mazela e irregularidade; para não ter de mostrar que há ali muita gente que, fazendo-se passar por bons samaritanos, afinal são mercenários que se pagam muito bem pelo seu serviço.

Isto não é nada, Sr. Presidente.

Entre as Associações, a primeira delas é o Ecomuseu, para a qual a CMM transferiu, por ser parceiro, muitos milhões de euros ao longo de 14 anos.

Só muito recentemente se soube (por falta de transparência) que o Ecomuseu é uma Associação privada e não propriedade da Câmara; a Câmara é parceiro e único financiador; os donos são os do costume. Se no futuro uma nova Câmara não financiar as contas do Ecomuseu, por não se rever nele (e a oposição já disse que não se revê, até falou no seu “produto virtual”), e o Ecomuseu for à falência, diz-se que todo o património reverte a favor dos poucos donos, passando imediatamente a ser a gente mais rica do concelho sem ter investido um único cêntimo!

Amigo leitor, acho que já está a imaginar quem são esses donos, não é preciso muito para adivinhar!

Isto não é nada, Sr. Presidente!

Afinal a CMM deixa muito a desejar no que à transparência política diz respeito. No “ranking” da transparência política nacional, eu colocava-a precisamente no 24.º lugar, mas a contar do fim.

MANUEL RAMOS

Política municipal vista de fora

Os transparentes

A Feira Gastronómica do Porco de Boticas, um dos maiores eventos gastronómicos do norte do país e da região, realiza-se nos dias 8, 9 e 10 de janeiro de 2016, no Pavilhão Multiusos.

Desde 1998 que a vila de Boticas é local de visita obrigatória em janeiro. Há 18 anos consecutivos que a agricultura local e os produtos tradicionais são valorizados e divulgados nesta mostra gastronómica onde a carne de porco e os seus derivados são “Reis da Festa”.

O sucesso que a Feira Gastronómica do Porco tem vindo a ter ao longo dos tempos tornou-a num dos melhores e mais importantes certames de promoção e divulgação do mundo rural barrosão e de tudo aquilo que de melhor existe nesta pequena mas tão rica vila do norte de Portugal.

Organizada pelo Município de Boticas e a EHATB – Empreendimentos Hidroelétricos do Alto Tâmega e Barroso, a feira apresenta mais de três dezenas de stands de exposição e venda de produtos alimentares e artesanato e conta, também, com a participação de meia

centena de produtores, número idêntico ao da edição anterior.

São esperados ao longo de todo o fim de semana da feira mais de 70 mil visitantes, muitos deles vindos da vizinha Espanha, que têm à sua espera cerca de 40 toneladas de fumeiro, o que permitirá realizar um volume de negócios na ordem dos 450 mil euros.

Preservar o que de melhor se faz em terras de Barroso, valorizar a qualidade da carne de porco e dos enchidos através da apresentação de pratos tipicamente barrosões, divulgando a sua essência e sabor, são alguns dos atributos de autenticidade da Feira do Porco de Boticas.

Aos enchidos, concebidos de forma artesanal, sob um rigoroso controlo de qualidade cumprindo a legislação e regras em vigor, juntam-se o Presunto, o Pão Centeio, a Bola e o Folar de carne e o tão afamado “Vinho dos Mortos”, entre muitos outros produtos de excelência. O artesanato também continua a ser presença obrigatória neste evento dedicado à ruralidade e às suas gentes.

A Feira Gastronómica do Porco é um dos pontos mais altos da economia

local, especialmente para os produtores de fumeiro tradicional que vêem nesta iniciativa a oportunidade certa para mostrar a qualidade dos seus produtos.

Mais do que permitir aos produtores a venda dos seus artigos, que são fonte de sustento de muitas famílias, o certame permite recuperar a tradição, os sabores e saberes tradicionais genuínos e autênticos do concelho e levar o bom nome dos produtos, com origem em Boticas, além-fronteiras. Os produtos agroalimentares fabricados no concelho barrosão são de uma qualidade inigualável o que lhe atribui caraterísticas de genuinidade e atratividade únicas.

Tasquinhas de Sabores Tradicionais

Todos aqueles que se desloquem à vila barrosã, de 8 a 10 de janeiro, para apreciarem as iguarias gastronómicas barrosãs terão ao seu dispor um vasto leque de tasquinhas tradicionais.

Cozido à Barrosã, Rojões no pote, Arroz de chouriça,

Costeletas em vinha de alho, Caldo e Feijoada à Barrosã, são algumas das especialidades apresentadas ao longo de toda a mostra. Não esquecendo outras iguarias de excelência como o Fumeiro (Alheira, Chouriça e Salpicão), o genuíno Presunto acompanhado da saborosa Bola Centeia e os deliciosos vinhos regionais.

Tal como nas edições anteriores, os restaurantes do concelho associaram-se ao certame e apresentam ementas com pratos confecionados à base de carne de porco e enchidos, elementos chave que distinguem a gastronomia transmontana do resto das outras. Todos os preços são devidamente tabelados, quer nos expositores quer nas tasquinhas, o que o torna a feira ainda mais atrativa.

Animação do Certame

A 18ª edição da Feira Gastronómica do Porco conta com três dias de muita animação. Para além da gastronomia e do artesanato, os visitantes vão poder disfrutar de boa música ao longo de todo o certame.

No interior do Pavilhão a animação fica a cargo dos Grupos de música popular e tradicional do concelho e da região.

No exterior decorrerá a tradicional “Feira à moda antiga”, onde são apresentados inúmeros artefactos ligados às profissões de outrora (tanoaria, olaria, cestaria, peles, esculturas e instrumentos artesanais) e que ainda vão perdurando no tempo.

No recinto do Campo de Futebol, junto ao Pavilhão Municipal, decorrerão, como dita a tradição, as tão conhecidas “Chegas de Bois”, que anualmente trazem até Boticas centenas de pessoas.

Pelo quarto ano consecutivo, o programa da TVI “Somos Portugal” fará a sua habitual transmissão de domingo, das 14H às 20H, a partir da vila de Boticas. O Largo de Nossa Senhora da Livração acolhe, mais uma vez, o programa líder de audiências nacional.

Sendo a transmissão do programa feita para todo o mundo, os filhos da terra terão, assim, a oportunidade de matar saudades de casa e rever familiares e amigos.

XVIII Feira Gastronómica do Porco A aposta nos produtos tradicionais

BarrosoNoticias de

12 14 de Dezembro de 2015

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BarrosoNoticias de

1314 de Dezembro de 2015

BarrosoNoticias de

14 14 de Dezembro de 2015

NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO OLIVEIRACertifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária Constança Augusta Barreto Oliveira, situado

na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 157 – A, a fls. 88 e seguintes: FERNANDO ALBERTO ÁLVARES RODRIGUES DE MOURA, casado com Luzimar Alves de Oliveira, sob o regime da separação de bens, natural da freguesia de Covelães, concelho de Montalegre, residente na Rua do Rebolim, n.º 115, união das freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, concelho de Coimbra, declara:

Que é dono com exclusão de outrem dos seguintes bens imóveis, situados na união das freguesias de Sezelhe e Covelães, concelho de Montalegre:

Um - Prédio rústico situado no lugar de Terra da Portela, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quinhentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte, nascente, sul e poente com José Acácio Álvares Rodrigues de Moura, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1807.

Dois - Prédio rústico situado no lugar de Vale Mouro, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de três mil duzentos e trinta metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de Joaquim Rodrigues, nascente com Domingos João, sul com Domingos Fernandes Brasa e poente com José Acácio Álvares Rodrigues de Moura, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1161.

Três - Prédio rústico situado no lugar de Mota, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de quatro mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar do norte com Domingos Pereira Moura, nascente com Joaquim Moura, sul e poente com caminho público, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2145.

Quatro – Prédio rústico situado no lugar de Gudel, composto de mata mista, com a área de dois mil novecentos e trinta metros quadrados, a confrontar do norte com Domingos Alves Castro, nascente com Domingos Fernandes, sul com Luisa Sezar e poente com herdeiros de José Afonso, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2153.

Cinco – Prédio rústico situado em Gudel, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de três mil quinhentos e setenta metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de Manuel Gil, nascente com Domingos João, sul com caminho público e poente com António Gonçalves Caselas, inscrito na respetiva matriz sob o artgigo 2165.

Seis – Prédio rústico situado no lugar do Caniço, composto de mata mista, com a área de mil e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Glória Rafael Dias, nascente com António Moura, sul com Maria Gomes da Silva e poente com caminho público, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2253.

Que os prédios acima identificados não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e resultam da organização administrativa operada pela Lei n.º 11-A/2013, de vinte e oito de janeiro e estavam inscritos antes, respetivamente, sob os artigos 1303, 973, 1473, 1477, 1483 e 1527 da freguesia de Covelães.

Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade dos prédios, mas iniciou a sua posse, em mil novecentos e noventa, ano em que os adquiriu, no estado de divorciado, por doação meramente verbal de seus pais António Joaquim Rodrigues de Moura e Alice Álvares de Moura, residentes que foram no lugar de Paredes do Rio.

Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de alguém, sempre tem usado e fruído os prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos, roçando mato, apascentando o gado e pagando todas as contribuições por eles devidas, fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa-fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os mencionados prédios, por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.

Está conforme.Póvoa de Lanhoso, 7 de dezembro de 2015.A colaboradora com autorização para este ato nos termos do nº1, art. 8º do DL 26/2004 de 4 de fevereiro.Ana Maria Pinto GonçalvesRegistada sob o nº 84/4Conta/ Recibo registada sob o n.º 2857

Emitida fatura reciboA autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em 26/02/2013Notícias de Barroso, 484 de 14 de dezembro 2015

Eleições para a Misericórdia de Montalegre

«A Misericórdia de Montalegre, conforme os seus estatutos, é uma

«associação de fiéis, com personalidade jurídica canónica, cujo fim é

a prática das Catorze Obras de Misericórdia, tanto corporais como

espirituais, visando o serviço e apoio com solidariedade a todos os que

precisam, bem como a realização de atos de culto católico, de harmonia

com o seu espírito tradicional, informado pelos princípios do humanismo

e da doutrina e moral cristãs».

No próximo dia 30 vão realizar-se eleições para os novos orgãos

sociais. E é de admitir que a Misericórdia de Montalegre deva ser gerida

por associados (Irmãos) que se revejam nestas normas doutrinárias.

Ora, pelo que nos é dado ver, e sendo do conhecimento público as

manobras praticadas por um candidato a Provedor, entende-se que a

pessoa em causa não tem perfil para o desempenho do cargo, pelas razões

que a seguir se anunciam:

O Provedor não deve ser presidente duma Comissão Política dum

qualquer partido. Esta marca por um lado politiza a eleição e por outro

radicaliza a instituição.

O Provedor tem de representar todas as famílias e não uma única

família de Montalegre.

O Provedor deverá ser pessoa de consensos, «acompanhar os atos do

culto católico» e ser pessoa de respeito e respeitada.

Como forma de salvaguardar a independência da Instituição, alertam-

se os IRMÃOS da Misericórdia de Montalegre e os barrosões em geral

para as manobras em curso, impróprias e injustificadas, que não poderão

ter o aval da comunidade do concelho pelo que se apela ao bom senso

de todos para que a Misericórdia de Montalegre seja administrada

por alguém que reuna condições que garantam um serviço público

competente, solidário e condigno.

Fonte: Comunicado

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA

Ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 24º, alínea a), do Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre, pessoa colectiva de utilidade pública com o NIPC 501745963, com sede na vila de Montalegre, na Rua General Humberto Delgado n.º 473, convoco todos os irmãos, no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem em Assembleia-Geral Ordinária, para eleição dos órgãos Sociais, no próximo dia 30 de Dezembro de 2015, pelas 15,00 horas, na sede da Irmandade, a funcionar em sistema de urna de voto aberta, com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

Ponto único – Eleição dos órgãos Sociais, para o mandato do quadriénio de 2016 a 2019.

Obs: A urna estará aberta para votação entre as 15,00 e as 17h00.

Após a contagem e apuramento dos votos, os resultados serão de imediato proclamados – nº 1 do artigo 12 do Regulamento Eleitoral.

Nota:- Os grupos de Irmãos que desejem apresentar listas de candidatura, devem fazê-lo de acordo com o estabelecido no artigo 5º nº 1 do Regulamento Eleitoral, até ao dia 24 de Dezembro de 2015, dentro do horário normal de expediente.

O regulamento eleitoral encontra-se à disposição dos irmãos para consulta na sede social, durante as horas de expediente.

Montalegre, 12 de Dezembro de 2015

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

Eng.º José Gonçalves Justo

Notícias de Barroso, 14 de Dezembro de 2015

Instituto dos Registos e do Notariado

Conservatória dos Registos Civil, Predial e

Cartório Notarial de Montalegre

EXTRATOCertifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 10 de dezembro de 2015, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 15 e seguintes do livro 983-A, Célia Susana Marques Duarte, casada, natural da freguesia da Chã, deste concelho, onde reside no lugar de Travassos, na Rua Principal, n.º 29, que na qualidade de procuradora de JOSÉ AMADEU DIAS MACHADO e mulher ODÍLIA ESTEVÃO DIAS MACHADO, casados em comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia da Chã, deste concelho, onde residem no referido lugar de Travassos, no Largo do Cruzeiro, n.º 14 e ela natural de França, declarou:Que o seu representado é dono, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel situado na freguesia da Chã, concelho de Montalegre: Prédio rústico situado na CAPELA, composto de corte, com a área de noventa metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, sul com Domingos Dias Afonso, nascente com Alfredo Coelho e do poente com José Coelho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 8096.Que, apesra de pesquisas efetuadas, não foi possível obter o artigo antes da substituição das matrizes de mil novecentos e noventa e sete.Que este prédio encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.Que o seu representado não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e oitenta, ano em que o adquiriu ainda como menor, por doação meramente verbal de Avelino Gonçalves e Ana Gonçalves, residentes que foram no mencionado lugar de Travassos.Que, desde essa data, sempre tem usado e fruído o indicado prédio, lá guardando os animais, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.Montalegre, 10 de dezembro de 2015O 1.º Ajudante,(Ilegível)Conta: Artigos: “ 20.4.5) ------------ 23,00 €São vinte e três eurosRegistado sob o n.º 726

Notícias de Barroso, n.º 484, de 14 de dezembro de 2015

BarrosoNoticias de

1514 de Dezembro de 2015

Já a celebrarmos o Jubileu da Misericórdia na vida da Igreja, proclamado pelo Papa Francisco desde o dia 8 de Dezembro até à festa de Cristo Rei do próximo ano, e em pleno Advento, tempo de preparação para o Natal, deixo-vos aqui o testemunho do nosso atual selecionador nacional, Fernando Santos, um homem de fé. Sirvo-me da sua entrevista ao Jornal Expresso, no dia catorze de Novembro, e da sua participação no ciclo de conversas sobre Deus da distinta jornalista Maria João Avillez, na Capela do Rato, em Lisboa. Hoje falam mais os testemunhos e os exemplos, aliás, como sempre, do que as homilias ou a oratória arrebicada. O nosso povo assim

o confirma: ainda mal começou a missa ou a homilia e já há bocas a bocejar. Estar ali e não estar significa quase a mesma coisa. Bem, cala-te boca. Com que motivação vão os nossos cristãos à Igreja? Deixemos isto para outro dia.

Vejamos o percurso da sua fé.

Nasceu numa família tradicional de Lisboa, que acreditava em Deus, mas sem grande fervor religioso, sem prática cristã, que se limitou a cumprir a tradição: batizou o filho e fê-lo entrar tardiamente na catequese. Por causa de um pequeno atrito com o seu catequista numa peça de teatro, abandonou a catequese e a Igreja e nunca mais voltou. «Saí como entrei». Mais tarde casou pela Igreja, de que gostou da preparação, batizou os filhos, mas continuou desligado da vida da Igreja. Entretanto, acontece um primeiro momento decisivo, em que algo começa a mudar: foi com a filha à preparação do Crisma e ficou inquieto com o que ouviu, não compreendia, mas sentiu necessidade de compreender (o Deus castigador, o pecado...). Passados uns dias,

foi a uma inauguração, onde estava um padre que lhe pediu boleia. Pediu-lhe uma conversa para falarem sobre a fé. Assim aconteceu, combinaram um almoço e o padre ofereceu-lhe o livro «A Fé Explicada». Começou assim um tempo de maior esclarecimento e de aproximação a Deus e à Igreja. Começou a ir à Missa com a esposa, mas ainda não tinha um grande envolvimento na vida da Igreja e a fé ainda não o tinha tocado. Até que surge o momento determinante: foi despedido do Estoril, clube que serviu vinte anos como jogador e treinador. Ao chegar a casa, visivelmente chateado, estava um casal amigo à sua espera. Para além de o confortar, o casal fez-lhe ver que chegou a hora de participar num curso de cristandade, convite que era sempre recusado. Desta vez, aceita. Julgando que iria descansar três dias, acabou por realizar a grande reviravolta da sua vida: nas suas palavras, encontra o Cristo vivo e ressuscitado, abraça definitivamente a fé e passa a participar ativamente na vida da Igreja.

Hoje, é um cristão convicto e comprometido, é um homem de oração diária, lê as leituras do dia logo pela manhã, participa na missa diária sempre que pode e não prescinde da missa dominial onde quer que se encontre. Gosta de rezar preferencialmente diante do Sacrário e anda com uma cruz no bolso, na qual se refugia, sobretudo, nos momentos difíceis da vida. Tem S. Paulo como figura inspiradora e personagem bíblico de eleição, pelo seu amor apaixonado por Cristo, pela sua frontalidade e profundidade do que diz. E não é para mais: ambos tiveram o seu caminho para Damasco e o encontro decisivo com Cristo ressuscitado, que lhes abriu os olhos para a fé e mudou radicalmente as suas vidas. Fernando Santos sentencia: «encontrar Cristo foi a maior sorte da minha vida».

É um testemunho que não nos deixa indiferentes, até mesmo a um padre. Sou um grande admirador das pessoas apaixonadas, que se envolvem a sério e com tudo nas opções que tomam. Podem andar um tempo à procura, mas

quando encontram, mergulham totalmente, dão tudo por aquilo em que acreditam e vivem-no a sério. São estas pessoas que arrastam o mundo. Ele mesmo já o experimentou, quando recebeu uma carta de um senhor de Guimarães a informá-lo de que o seu exemplo o tocou, quando o viu a fazer a via-sacra em Fátima, às sete horas da manhã, passando, assim, a dar mais valor à sua fé.

Estamos a viver o Jubileu da Misericórdia na vida da Igreja. As portas da misericórdia de Deus, que a seu tempo saberão onde se encontram, abrem-se para todos aqueles que, definitivamente, se querem converter a Deus e começar a viver d’Ele e do seu amor. Muitos cristãos, infelizmente, só ainda ficam na porta da fé, não entram para ver as maravilhas que a casa do Pai oferece, como fez Fernando Santos. Durante este ano, não percam a oportunidade de se reconciliarem com Deus e com a Igreja e dar um rumo verdadeiramente digno e santo à vida.

Um testemunho: Fernando Santos

Pe Vítor Pereira

BOTICASNatal do Idoso 2015

Pelo 18.º ano consecutivo e como manda a tradição, realizou-se no dia 8 de dezembro, no Pavilhão Multiusos, o “Natal do Idoso” do concelho de Boticas. Uma iniciativa da responsabilidade da Câmara Municipal em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Boticas e com o apoio do Agrupamento de Escuteiros de Boticas, da Delegação da Cruz Vermelha de Boticas, do Grupo Coral da Igreja Paroquial de Boticas, Juntas de Freguesia e associações culturais e recreativas do concelho.

Tal como na edição anterior, participaram na edição de 2015 cerca de 2.000 idosos, que demonstraram enorme satisfação pela realização da iniciativa.

O dia de festa que começou com a receção dos idosos, seguindo-se a habitual eucaristia celebrada pelo Padre Domingos Santos, coadjuvado pelo Monsenhor Silvério Guimarães.

Logo após a realização da Santa Missa, decorreram os agradecimentos por parte do Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Fernando Campos, e do Presidente do Município de Boticas, Fernando Queiroga, que deixou, em jeito de carinho, um reconhecimento especial a todos os idosos presentes, relembrando que estes nunca serão esquecidos e que são merecedores deste tipo de ação social por tudo o que sempre fizeram pela sua terra.

“Para mim este dia é muito importante não só pelo caráter de reconhecimento que ele carrega

mas sobretudo pelo carinho que recebo destes homens e mulheres que tanto fizeram pela nossa terra. É o momento onde recarrego energias para o novo ano que se avizinha”, afirmou Fernando Queiroga.

Durante o almoço convívio, adoçado com o tradicional bolo-rei e aletria, doçarias típicas da época natalícia, foi entregue a cada um dos idosos uma pequena lembrança para aquecer os dias gélidos do inverno barrosão.

A animação da tarde ficou a cargo do Grupo de Cantares da Associação Cultural, Recreativa e Desportiva da Serra do Leiranco – Sapiãos e do Rancho Folclórico do Centro Cultural e Recreativo de Beça, que convidaram todos os presentes a dar um pezinho de dança.

Um dia diferente em que os idosos do concelho tiveram a possibilidade de reencontrar velhos amigos e confraternizar um pouco entre si, pois muitos deles só se encontram aquando da realização desta iniciativa.

PAVT apresentado nas II Jornadas Ibéricas de Identidade Rural e de Montanha

Realizou-se nos dias 11 e 12 de dezembro, no Auditório Dionísio Gonçalves, na Escola Superior Agrária de Bragança, a 2ª edição das Jornadas Ibéricas de Identidade Rural e de Montanha.

O Projeto do Parque Arqueológico do Vale do Terva (PAVT) – Estudo, Valorização e Divulgação de uma paisagem cultural foi apresentado pela

Vereadora da Educação da Câmara Municipal de Boticas, Maria do Céu Fernandes, e pelo responsável do projeto arqueológico no PAVT, Prof. Luís Fontes, no primeiro dia das jornadas que decorreram em Bragança.

O convite foi feito pela Associação para o Desenvolvimento Sustentável dos Territórios das Serras da Coroa e Montesinho (Zoela), que tem como principal missão preservar o mundo rural e as tradições.

A participação do Município de Boticas nas jornadas, através da apresentação do projeto em desenvolvimento no PAVT, demonstra a importância que a riqueza arqueológica, patrimonial e cultural existente no concelho tem e que deve ser valorizada e divulgada.

Rede de Castros do Noroeste avança com candidatura ao Programa de Cooperação Espanha-Portugal

O Município de Boticas juntamente a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), a Sociedade Martins Sarmento e com os restantes municípios fundadores da Rede de Castros do Noroeste Peninsular, assinaram no passado dia 14 de dezembro, nas instalações da Biblioteca Municipal da Póvoa do Varzim um Protocolo no âmbito de uma candidatura transnacional ao Programa de Cooperação Espanha- Portugal – INTERREG V A (POCTEP) 2014-2020.

A assinatura deste protocolo, entre todos os parceiros do projeto, permite viabilizar a

apresentação de uma candidatura transfronteiriça entre Espanha e Portugal.

Em representação do Município de Boticas esteve o Presidente da Câmara Municipal, Fernando Queiroga que destacou a importância da candidatura. “É importante desenvolver estratégias para a divulgação do valor patrimonial e cultural de todos os municípios envolvidos neste projeto e em especial do Município de Boticas. Não tenho dúvidas que estamos no bom caminho”, referiu o autarca.

Relembre-se que fazem parte da Rede de Castros do Noroeste Peninsular os municípios de Boticas, Esposende, Monção, Paços de Ferreira, Penafiel, Póvoa do Varzim, Santa Maria da Feira,

Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde. Esta rede tem como missão

potenciar um turismo cultural de qualidade, atraindo novos públicos e criando novos circuitos inter-regionais.

Workshop – Decoração de Cabaças

No próximo dia 19 de dezembro, na Loja Interativa de Turismo /Centro de Artes Nadir Afonso, vai realizar-se o Workshop - Decoração de cabaças com motivos alusivos ao Natal.

Estão abertas as inscrições sujeitas ao limite de 15 pessoas. Tratar no Centro de Artes Nadir Afonso ou através do tel. 276 410 200

BarrosoNoticias de

16 14 de Dezembro de 2015

Vende T2+1 c/garagem Edifício MontalegreLote para construção em altura Loteamento da veiga Arrendamos e vendemos

Deseja a todos os seus clientes e amigos BOAS FESTAS e NOVO ANO de prosperidade

FREGUESIA DA CHÃA Junta da União das Freguesias

de Viade de Baixo e Fervidelas

deseja a todos os seus habitantes

residentes nas freguesias ou no

estrangeiro BOAS FESTAS de

Natal e um ANO NOVO de paz,

saúde, felicidades e prosperidade.

Junta de Freguesia da ChãTravessa

do Gonçalo nº13;5470-071 Chã -

Montalegre

FREGUESIA DE SALTOLugares da Freguesia(20): Ameal,

Amiar, Golas, Bagulhão, Beçós, Minas da Borralha, Caniçó, Carvalho, Cerdeira, Corva, Linharelhos, Lodeiro d’Arque, Paredes , Pereira, Pomar de Rainha, Póvoa, Reboreda,Salto, Seara e Tabuadela.

A Junta da Freguesia de Salto deseja a todos os seus habitantes residentes na freguesia ou no estrangeiro BOAS FESTAS de Natal e um ANO NOVO de paz, saúde, felicidades e prosperidade.

Junta de Freguesia de Salto,Rua 21 de Junho, n.º 129,5470-430 Salto -

Montalegre.

Lugares da Freguesia(12): Antigo, Brandim, Friães, Parafita, Pisões, Telhado, Viade de Baixo e Viade de Cima, Lama da Missa, Castelo, Fervidelas e Lamas.

A Junta da União das Freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas deseja a todos os seus habitantes residentes nas freguesias ou no estrangeiro BOAS FESTAS de Natal e um ANO NOVO de paz, saúde, felicidades e prosperidade.

Sede: Largo da Seara, n.º 2, 5470-528 Viade de Baixo - Montalegre.

UNIÃO DAS FREGUESIAS DE VIADE DE BAIXO E FERVIDELAS

UNIÃO DAS FREGUESIAS DE MONTALEGRE E PADROSOA Junta da União das Freguesias de Montalegre e Padroso deseja a todos os seus

habitantes residentes nas freguesias ou no estrangeiro BOAS FESTAS de Natal e um ANO NOVO de paz, saúde, felicidades e prosperidade.

Junta de Freguesia de Montalegre Av. D. Nuno Alvares Pereira, Ap. 27 5470-203 Montalegre.

BarrosoNoticias de

1714 de Dezembro de 2015

Lita Moniz

Pedro Teixeira, engenheiro civil, transmontano, natural de Bragança, em agosto de 2012 partiu para o Qatar onde exerce o cargo de diretor do departamento de edifícios e infraestruturas do Bureau Veritas Qatar.

Um engenheiro, como tantos outros que precisam deixar Portugal em busca de melhores perspectivas para a sua vida profissional. Este engenheiro bragantino, convivendo, e ele mesmo passando pela experiência de engenheiro emigrado, sentiu que podia fazer mais: enveredou pelo caminho das letras. O livro «Novo êxodo Português – Causas e Soluções» é uma visão mais pragmática do engenheiro: lança mão de ferramentas diretas e eficazes para que o leitor se envolva e reflita junto acerca do eterno fenômeno migratório das populações, fixando-se nos mais recentes fatores que levam os jovens portugueses a deixar

o país e buscar oportunidades em países como Angola, Moçambique e outros.

Pedro Teixeira vai além das causas: aponta medidas estruturais, paralelas e transversais para reverter o êxodo. Apela para a reintegração de portugueses emigrados.

A visão do engenheiro faz um diagnóstico preciso, objetivo do fenômeno migratório contemporâneo.

Para aumentar a credibilidade do seu trabalho colocou ali a contribuição de 165 emigrantes espalhados por 25 países dos cinco continentes.

Em entrevista à «Revista Port.Com» durante uma das apresentações do Livro “Novo Êxodo Português – Causas e Soluções” em Lisboa, o autor apresentou alternativas que no livro aparecem mais detalhadamente.

Para conhecermos um pouco da obra, vou citar aqui trechos da entrevista.

Perguntado sobre o principal objetivo que o levou a escrever o livro, o autor respondeu que objetivo geral foi a melhoria de Portugal. Os objetivos específicos seriam ações eficazes, exequíveis a ser implementadas pelos

governos de Portugal de modo a equilibrar o saldo migratório que é altamente negativo.

Segundo pesquisas feitas pelo autor, Portugal tem 37 mil migrantes a mais que saem comparativamente aos que entram. Sugere medidas de contenção para este fluxo migratório.

As medidas sugeridas no livro e na palestra concentram-se em prioridades que qualquer que seja o governo terá que se empenhar em realizar para conter o fluxo migratório vigente:

- medidas que possam contribuir para a criação de empregos e fomentar a competitividade.

- Sugere a criação do estatuto ECNERP, Estatuto dos Cidadãos Nacionais Emigrantes Regressados a Portugal. Que a estes sejam concedidos benefícios fiscais em sede de IRS, benefícios para empresas que contratem estas pessoas em sede de IRC, entre outros.

- A participação cívica dos imigrantes com acesso a voto eletrônico. Neste item o Escritor Pedro Teixeira diz: o déficit de participação por parte da diáspora é um problema identificado e não tem sido objeto de melhoria substancial por parte da sociedade

portuguesa.“Estando hoje Portugal

dotado de capacidade técnica e tecnologia suficientes para tornar o voto eletrônico e universal, não vejo porque devemos continuar com sistemas obsoletos de voto que inibem centenas de milhares de portugueses de votar, uma vez que os imigrantes são cada vez mais”.

- O autor fala de uma proposta para o associativismo nas comunidades de portugueses que seria um projeto inovador que visa congregar os vários tipos de cultura e reunir a comunidade portuguesa e estrangeira em torno da cultura portuguesa, incluindo a gastronomia, as tradições, paisagens, pontos turísticos e outros. Sugere uma espécie de concessão a um restaurante que associasse gastronomia, com espaço cultural, disponibilização de jornais, revistas etc. Espaço para ensino da língua portuguesa e que ali se realizassem festas para a celebração do Dia de Portugal, dos santos populares, danças folclóricas e muitas outras atividades que ajudem as comunidades a viver em Portugal mesmo à distância.

Isto já está acontecendo em todos os países, em todos

os lugares onde haja uma comunidade significativa de imigrantes portugueses à qual se juntam familiares, amigos e simpatizantes da cultura portuguesa.

A ideia de estender esta iniciativa a um restaurante que abrace este projeto é muito bem vinda.

Bragança abraçou o projeto do nobre escritor Pedro Teixeira, ali o autor fez uma das apresentações do seu livro e contou com todo o apoio logístico das autarquias de Bragança, que com orgulho ostenta nas redes sociais o papel de benemérito deste projeto e certamente contribuindo para a divulgação do mesmo.

A região de Barroso tem tudo para seguir este exemplo: um número grande de imigrantes espalhados pelos cinco continentes. Uma região rica em tradições milenares que bem merecem ir mais longe. Paisagens exóticas a atrair turistas de todas as partes do mundo. Uma culinária rica, sabores de Barroso quem não os conhece? O que é a feira do fumeiro? Sexta-feira 13, um evento que reúne gente de Portugal, Espanha e até de mais longe. E tanta atração turística escondida entre montes, carvalhos e giestas.

Novo Êxodo Português – Causas e Soluções

Quando eu era criança, na minha primitiva aldeia de Peireses, Montalegre, com idênticas condições a Belém, Palestina, onde nasceu Jesus Cristo, na minha modesta casa de pedra, com telhado de colmo, sem água canalizada, sem casa de banho, sem eletricidade, e com os animais nas cortes ao lado, onde nasci em 1947, o Natal era diferente.

Um mês antes já se pensava e se falava sobre o

Natal. Os pais faziam planos de preparação: comprar bacalhau, aletria, figos, azeite, vinho, aguardente, etc.

Chegava o dia de consoada, 24 de Dezembro, e a minha mãe acendia o lume com lenha na lareira, para cozinhar a ceia especial de Natal que, além do bacalhau incluia as batatas e as couves cozidas nos potes de ferro. Durante a manhã e a tarde, já tinha cozinhado as rabanadas, aletria e bolos de bacalhau.

Era uma alegria quando a ceia estava pronta e nos sentávamos à mesa para saborear os manjares servidos pela mãe que os tinha preparado com muito gosto, a fim de satisfazer a família. A seguir, punham-se as pinhas nas brasas do lume, para que

elas abrissem e pudessemos tirar os pinhões, destinados às crianças para brincarem com eles nas mãos ao par e ao pernão, assim como ao rapa. As festividades continuavam no dia 25, incluindo ir à missa a S. Vicente, freguesia da Chã, a cerca de dois quilómetros de distância.

Aos sete anos de idade, fui frequentar a escola primária da minha aldeia, cujas comodidades eram parecidas com as da minha casa, que eram poucas. No ano seguinte, quando já sabia ler, comecei a aprender a doutrina católica, que me ensinou a compreender melhor o significado do Natal. A professora recomendava que rezássemos e fizessemos alguns sacrifícios para assim mostrarmos o nosso amor e

respeito por Jesus Cristo.Quando cheguei aos nove

anos de idade, o meu pai emigrou para os Estados Unidos da América do Norte. Como a minha mãe era analfabeta, eu passei a ler e a escrever as cartas do meu pai. O Natal de 1956 não foi igual porque faltou a presença do chefe da casa, Domingos Dias (Lucindo), acordeonista de Travassos. No entanto, ele não esqueceu a familia e enviava mensalmente um cheque à minha mãe.

Nos próximos nove anos, o meu pai esteve emigrado sózinho, mas todos os anos ele aparecia em Portugal, antes do Natal, para celebrar com a esposa e filhos. Entretanto, tinhamos mudado para Curalha, Chaves, em Janeiro de 1958.

Em 1966, finalmente, eu e a

restante familia Dias emigrámos

e celebrámos o Natal em

Bridgeport, Connecticut, USA.

Passaram-se 49 anos e eu

continuo a celebrar o Natal

com as tradições portuguesas,

embora sem os meus pais,

que já faleceram, mas em

compensação com a minha

esposa, filhos, netos e outros

familiares.

Aproveito esta oportunidade para desejar a todos os leitores do Notícias de

Barroso, principalmente a todos os emigrantes

espalhados pelo mundo, UM FELIZ NATAL COM

ALEGRIA E PAZ.

De Bridgeport, CT, USA

Nos meus tempos de criança o Natal era diferente

Domingos Dias

14 de Dezembro de 201518 BarrosoNoticias de

NATAL 2015

Natal e tudo o mais: lareira, amor,

Espera, sentimento, noite amena,

Os contos em família, som de avena,

Pinhões, jogos de cartas, luz, calor

As carícias dum beijo redentor

Ao colo duma mãe calma e serena

Adormecendo ao som da cantilena

Que acalentava sonhos ao redor

A gente vai vivendo, vai andando

Mas voltamos atrás de quando em quando

Em busca do carinho dessa idade

Mas como o não podemos alcançar

A gente põe-se então a imaginar

E assim nós mitigamos a saudade

CMontes

DE PADROSO P´RÓ MUNDONatal

É tempo de afetos e prendas p’ra trocarmos,

É tempo de postais e mensagens p’ra enviarmos.

É tempo para que a esperança seja enfim renovada,

Guiando-nos pelas encostas duma vida atribulada.

DEUS-MENINO

É Natal, é o tempo do Deus-menino feito homem,

P’ra censurar todos os lobos vestidos de cordeiro,

Assim como todas as mentiras que nos vêm contar.

É um momento de exaltação da virtude e do Bem!

NOITE

Com a chegada da noite fagueira,

Vem o tempo do sonho e da inspiração.

Então, sento-me junto à lareira,

É o tempo para escrever com emoção.

MENINO

Hoje ao acordar, sonhando recordei,

Menino fui e menino de mim quero ser.

Hoje, amanhã e sempre sonharei,

O menino viverá em min, até eu morrer!

Em Algés, dezembro de 2015

Gusto, neto do Paulino

[email protected]

PITÕES DAS JÚNIAS

FIADEIRO DE CONTOSRecordar longos serões

Onde os contos desfiavam

Refazem pr´ós aldeões

Convivios que acarinhavam.

Fiavam ,faziam na meia

criavam novelos ou cardavam

teciam á luz da candeia

e entre todos conversavam.

Convivia a juventude

sob o olhar atento das mães

namoravam olhares amiúde

tudo o mais são entretães.

No sobrado junto à lareira

ensaiavam pé de dança

era uma néscia maneira

de caminhar na juntança.

Contar medos e magias

bruxedos de zangões e fadas

faziam crescer enredos

para outras caminhadas.

Tantos namoros proibidos

por aqui se ensaiavam

caminhos por muitos corridos

que mais tarde se casavam.

A vida seguia seu rumo

q’riam os adultos ou não

da lareira saía o fumo

que enredava o coração.

Até no velar dos defuntos

se criava muita paixão

Entre olhares e corpos juntos

se encendiava o coração.

Depois se vigiava a paixão

no pastoreio e outras lides

quando ela dizia não

eram manhas de petizes...

Assim nasciam os namoros

longos na doce decisão

por vezes terriveis choros

outros meiga tentação.

Saudades desse tempo

que o vento levou malvado

recordar do meu contento

num destino amargurado.

Resta hoje a saudade

toda a realidade se foi

meus pais, a minha verdade

são faca espetada que dói.

José Lino Dias, de Pitões

VOOS DA PAZ

Paz, onde estás?

Onde te escondes?

Em qual monte te acho?

Será no horizonte ?

Para lá daquele monte?

Ou no mais alto da serra,

Onde o céu e a terra

Parecem se abraçar?

Lita Moniz

O MUNDO DE CRIANÇA

Só tarde aos vinte anos vi o mar.

Sentado no meu mundo à beira rio

As serras e os outeiros a cotio

Eram tudo o que tinha ao olhar

E quando eu me ponho a pensar

Noutros longes que eram desafio

Latitudes, invernos, outro estio

Mundos novos a ver, a desbravar

Eu vejo como o mundo é maior

Que a aldeia da luz do meu amor

Ao comparar e ver a semelhança

Mas que importa a grandeza dos espaços

Se a grandeza se alcança nos abraços

E sorrisos dos tempos de criança ?

CMontes

14 de Dezembro de 2015 19BarrosoNoticias de

1.Vista parcial de Vila da Ponte!

Atualmente em fase de mudança estrutural com a construção da infra - estrutura do saneamento básico – uma antiga e justa aspiração da autarquia local e uma variante à aldeia -que pode de forma estrutural e gradual dar uma nova configuração a esta antiquíssima e histórica terra; ímpar no Planalto Barrosão, depois de à anos ter sido concretizada a ligação por estrada entre

Vila da Ponte e Bustelo.

2. Ringue de futsal.

Terra de tradição desportiva, em regime de autogestão e sempre com jogadores em exclusivo da aldeia. Em 1986 foi vencedora, do Torneio de Futebol de Salão organizado pela Câmara Municipal de Montalegre, derrotando na final, a equipa vizinha dos Pisões por 2-O! Pelo percurso, vencemos equipas de Vilar de Perdizes, Chã, Barracão e Montalegre (Camarários e Terra Fria). Com um futebol avassalador, com reminiscências da “laranja mecânica” holandesa dos anos setenta/oitenta do século XX – a nossa, musa inspiradora de forma particular na modalidade de futebol de onze.

3. Ponte Medieval - origem e enquadramento histórico da “villae”!

- A insígnia e “ex-libris” da Terra!

Há 3500/4000 anos, os nossos mais recentes antepassados, manifestando preocupações com o que haverá para além da morte, ergueram rudes monumentos funerários como as antas da Mourela e da Veiga ou as cistas da Vila da Ponte. Estes vestígios juntam-se a tantos outros que provam que a área do concelho de Montalegre já era povoada na época dos metais a fazer fé nesses vestígios que nos chegam da longínqua pré - história. O povoamento deste território é depois feito pelos

Celtas que erguem castros em número pelo menos igual ao das povoações do concelho. Com a chegada dos romanos, a região é atravessada pela via imperial e pontes – sendo a de Vila da Ponte, um emblemático exemplar - altura em que são também romanizados alguns castros. Existiram fundadamente, nesta região, cidades romanas: Praesidium (em Vila da Ponte, identificada popularmente como Sabaraz) e Caladunum (em Cervos), das quais há alguns vestígios.

Dos Mouros não há indícios documentais que atestem a sua presença, excetuando a tradição oral que lhes atribui tudo quanto de extraordinário e antiquíssimo existe.

Com o nascimento da nacionalidade, D. Afonso Henriques doou porções de terra ou coutos onde floresceram albergarias (Salto), hospitais (Vilar de Perdizes e Dornelas) ou mosteiros (Pitões). Sendo uma zona de fronteira com o reino da Galiza, são erguidos com preocupações defensivas

os castelos de Gerês e Piconha e mais tarde do Portelo e de Montalegre. São atribuídos forais a Tourém, provavelmente por D. Sancho I em 1187, como cabeça das Terras da Piconha. Só em 9 de junho de 1273 é que D. Afonso III, em carta de foral, funda a vila de Montalegre e o respetivo alcácer tornando-se cabeça das Terras de Barroso. Este foral é depois confirmado por D. Dinis em 1289, D. Afonso IV em 1340, D. João II em 1491 e D. Manuel em 1515 converte-o em foral novo.

Na sequência da Guerra da Independência, no reinado de D. João I, as Terras de Barroso são oferecidas a D. Nuno, Condestável do Reino. As tropas francesas tiveram problemas de monta com os barrosões, na Misarela, em 1809.

Em 6 de novembro de 1836, o concelho de Montalegre é dividido criando-se o município de Boticas e perderam-se, para o município de Vieira do Minho, o município de Vilar de Vacas (sediado em Ruivães, ao qual Vila da Ponte pertencia) e, logo a seguir, o Couto Misto de Santiago de Rubiás.

A história recente de Montalegre é igual a tantas regiões do interior, marcadas por uma forte emigração, depauperação económica e abandono das atividades económicas tradicionais na sua vertente agro-pastoril. Só com a institucionalização do Poder Local, após o 25 de Abril de 1974 é que surgem condições de revitalização do concelho devido às alterações estruturais que aquele movimento democrático permitiu.

É antiquíssimo o povoamento do território desta freguesia barrosã. A atestar esta realidade estão as três mamoas que existiram no Vale Quilhoso, das quais duas ainda existem nos Penhascos da Roca. Não se conhece, em toda a enorme região de Trás-os-Montes e Alto Douro, qualquer outra povoação que goze de ter três “cistas” - monumentos funerários com mais de três mil e quinhentos anos. Na freguesia há ainda quatro castros, três dos quais Celtas e um romanizado - de onde se alcançam algumas

milhas da Via Militar Romana que se dirigia de Braga - Chaves - Astorga, constituindo a “Via Prima”, assim chamada por ser a primeira de quantas rasgaram o território português em direção a Roma. A freguesia estende-se ao longo de um vale muito produtivo, regado pelo rio Regavão, afluente do Cávado. Foi ponto importante para toda a região; a Ponte, que dá o nome à povoação. Junto dela existia uma estalagem, desde tempos imemoriais, de

que há poucas décadas ainda existiam duas grandes pias, para as cavalgaduras e outros gados beberem água. Do seu património erguido, salienta-se a Igreja de Santa Maria Madalena, as capelas (São Mamede, S. João e Senhora de Fátima), as fontes de mergulho medievais, as casas senhoriais e as ruínas, sobretudo, as do Castro de Andelhe.

4.Santuário de Nossa Senhora de Fátima!

Também designado ou conhecido por, Capela da Senhora de Fátima – no outeiro, da Cabeça d´Armada (com ampliação e remodelação da obra original – a capela

- idealizada, pelo lendário; padre, Manuel Afonso Baptista que está incorporada na atual estrutura globalizante do santuário orientado e coordenado pelo labor e batuta do padre e monsenhor, Feliz José Alves) e em parte promessa de uma família conterrânea, mas residente em Paris, por feito divino – que fez questão de solicitar – no dia do batismo da criança envolvida - para ser recordado ao benemérito indireto do acontecimento, como (vitór)ia vivida. Não deixando, de ser sobretudo uma obra coletiva de participação e partilha de todos Os vilapontenses, residentes e espalhados pela diáspora!

5. Sede da Freguesia: Salão nobre da Freguesia e Centro Social e Paroquial

Sendo uma das mais recentes; obras da Vila da Ponte, serve também este texto, para prestar em nome pessoal; que julgo também, partilhado pela maioria “d´Os Vilapontenses”, uma homenagem singela e simples a dois homens que de forma indelével marcaram e estão associados, à história recente da terra: O “engenheiro” e mentor material da génese da mesma e homem da minha geração, o João Costa Verde (1957- 2013) e o impulsionar espiritual e dinamizadora da

obra de cariz humanitário – o Centro Social –; o padre e monsenhor, Feliz José Alves (1923-2014) – merecedores; de uma homenagem, a título póstumo dos atuais poderes políticos concelhios instituídos!…

São também dignos de menção, os antigos presidentes de junta de freguesia, que contribuíram de forma paulatina e persistente para a sua concretização; designadamente, José Gonçalves Pereira (1919 – 1978); vulgarmente, conhecido por “Guarda-Rios”, que negociou a expropriação do terreno. Maria de Lurdes Ferreira, que felizmente ainda está entre nós e deu o impulso inicial à construção; Manuel

Martins Calheno, conhecido por Manuel “Cavada”, (1920 - 2008). Quando era Presidente da Câmara Municipal, o professor Carvalho de Moura e também e ainda Manuel Afonso Costa, sobrinho do signatário do texto, professor do ensino secundário, residente na cidade de Chaves.

Finalmente João Batista Verde, que teve a felicidade, na qualidade de Presidente da Junta de Freguesia de concluir a obra que o seu saudoso filho, João Costa Verde, teve a honra de começar! Ironias do destino; ou meras coincidências?! Sendo Presidente de Câmara, o professor do ensino preparatório, Fernando Rodrigues; que de forma lamentável, numa sessão politica em 2001; tentou, manipulando os factos e a objetividade histórica atribuir a paternidade da obra a filhos bastardos da mesma que por decoro pessoal e respeito aos visados, me escuso a enumerar! Fazendo jus ao lema, ao lema: “Depois do batizado feito não faltam padrinhos”!....

Mas como diz o texto bíblico: “ A Deus o que é de Deus e a César o que é de César!”. E “Os vilapontenses”, tem memória e não são manipuláveis, nem se vendem a vendilhões do templo!...

Vila da Ponte, 27 de junho de 2015

Lourenço Afonso

VILA DA PONTE e BARROSO

14 de Dezembro de 201520 BarrosoNoticias de

Mais magro e a poucas

semanas de ser apresentado

publicamente, o orçamento

municipal para 2016 já

tem uma certeza: será de

execução difícil. O alerta é

dado pelo próprio presidente

da Câmara de Montalegre

que apela ao «envolvimento,

colaboração e compreensão

de todos, particularmente

dos funcionários e serviços

municipais de modo a obter-

se a necessária poupança e

rentabilização de recursos.

Orlando Alves avança que os

cortes já estão estruturados e

«todas as decisões passarão

por prévia auscultação dos

responsáveis mais diretamente

envolvidos na gestão das

finanças municipais».

Orçado em 17 milhões de

euros, o orçamento da Câmara

Municipal de Montalegre para

2016 estará sob a mira da

poupança. A garantia é dada

por Orlando Alves que olha

para a execução do documento

como «muito, muito difícil».

O presidente da Câmara, em

síntese, explica o conteúdo

do documento: «trata-se de

um orçamento muito restritivo

mas de grande objetividade,

rigor e audácia. Num contexto

tão difícil avançar-se com a

estrada para Chaves é, quase

se poderia considerar, loucura

ou atrevimento. É, porém,

compromisso eleitoral firmado

com os eleitores e as promessas

são para cumprir. Para além

de, indiscutivelmente, ser um

desígnio estratégico para o

concelho reclamado por todos

sejam residentes ou não».

Os números não dão

margem para grande

criatividade. Ano após ano,

o Estado transfere cada vez

menos dinheiro para os cofres

da autarquia. Em 2016, do bolo

total, três milhões vão para

o arranjo da estrada que liga

Montalegre a Chaves, aposta

já anteriormente justificada.

Resta «muito pouco» dado

que grande parte da verba é

para salários e compromissos

adjacentes obrigatórios. Este

quadro obriga, adianta Orlando

Alves, a ter necessidade de

se «fazer uma poupança de

500 mil euros nas despesas

correntes». Um «enorme

desafio que só será coroado de

êxito se tiver a colaboração e

envolvimento de toda a equipa

de funcionários do município

sejam eles assistentes

operacionais, administrativos,

quadros intermédios,

superiores e todo o executivo».

O presidente defende que «é a

única forma de dar guarida às

pequenas empresas do nosso

concelho que dão emprego a

quem dele precisa e assim se

evitar o fechar de portas para

tantas delas e o recurso à fuga

migratória que deixa a terra

exangue e moribunda».

O apelo «já foi feito aos

funcionários da Câmara»,

conta Orlando Alves para de

seguida deixar claro que «os

cortes já estão feitos». Uma

decisão que não é confortável

mas que tem que ser aplicada

sob pena de hipotecar o normal

funcionamento da instituição.

O edil deixa a reflexão: «eu

já venho a dizer isto há muito

tempo: se tivéssemos poupado

mais um bocadinho, não

haveria necessidade de chegar

a uma situação de exaustão da

dotação orçamental de cada

uma das rubricas do setor da

atividade da Câmara».

PRINCIPAIS APOSTAS

1 - Estrada Montalegre /

Chaves (EM 508)

2 - Casa Mortuária

3 - Pacto Territorial Alto

Tâmega (6.270.000€ / 7 anos)

a) Reforço aplicações TIC –

482.040,00€

b) Regadios – 995.500,00€

b1 – Mourilhe, b2 –

Padornelos, b3 – Pitões das

Júnias, b4 – Ponte do Bico

(Cabril), b5 – Penedones, b6

– Donões e b7 – Parafita

c) Eficiência Energética

c1 – Piscina – 800.000,00€

c2 – Iluminação pública –

692.000,00€

d) Proteção Civil –

107.000,00€

e) Melhoria de serviços

sustentáveis (Ação Social) –

260.000,00€

f)Equipamentos Sociais

f1 – UCC – 440.000,00€

f2 – Associação Borda

D’Água – 138.000,00€

g) Promoção ao sucesso

escolar – 910.700,00€

h) Infraestruturas educativas

h1 – Baixo Barroso –

172.000,00€

h2 – Salto – 270.000,00€

h3 – Bento da Cruz –

1.000.000,00€

Pacto - 6.270.000,00€

Regadio - 995.000,00€

Promoção Sucesso

Educativo - 910.000,00€

Proteção Civil -

107.000,00€

Aprendes com seniores -

260.000,00€

TOTAL – 3.998.000,00€ / 7

anos

CANDIDATURAS

Montalegre - Central de

camionagem, bairro Albino

Fidalgo, passeios Corujeira,

Casa do Justino e Casa do

Cerrado.

Vilar de Perdizes - Centro

de Medicinas Alternativas,

Centro de Investigação do

Perdigueiro Português e Largo

do Souto.

Salto - Pavilhão

gimnodesportivo, zonas D, H,

e I e Parque do Torrão da Veiga

(saneamento e bar).

Vilarinho de Negrões -

Águas e saneamento.

Pitões das Júnias –

Largo da escola e Parque do

Campesinho.

SANEAMENTO E REDE DE

ÁGUAS

Morgade, Vilarinho de

Negrões, Ormeche, Ladrugães,

Parafita, S. Vicente e Negrões

Progressivamente, é

intenção da Câmara de

Montalegre avançar com rede

de abastecimento de água nas

localidades onde a leitura se

não faz dando prioridade aos

lugares onde os residentes,

voluntariamente, aceitam aderir

à colocação de contadores.

Estão neste caso as seguintes

localidades: Telhado, Cortiço,

Ladrugães, Vilaça, Padroso e

Padornelos

Todas as demais

localidades onde os projetos de

saneamento estão em curso ou

se perspetivam calendarizar; a

Quinta da Veiga coroado que

foi com êxito todo o trabalho

de pesquisa na DGT e aguarda-

se que tenha a necessária

luz verde por parte daquela

entidade para que a compra

seja consumada (120.000,00€

em orçamento).

PAM – 6.494.601,00€

As funções sociais

relacionadas com a educação

(transportes, aquecimento,

telefones e internet) refeições,

livros, animação, manutenção

dos edifícios absorvem a fatia

de 2.944.101,00€.

Para as funções ditas

económicas onde todas as

iniciativas de promoção do

território, apoio à atividade

produtiva, fomento pecuário,

organização e participação

em eventos assim como

a iluminação pública

apresentamos dotação global

de 1.400.000,00€.

O PPI reserva ou

consagra 2.900.600,00€ para

intervenções urbanísticas,

caminhos rurais e agrícolas,

conservação da rede viária

geral, extensões de redes de

iluminação pública e projetos a

candidatar ao Norte 2020.

Para saneamentos e

abastecimentos de água e

habitação social consagram-se

em orçamento 1.727.000,00€.

In: cm-montalegre.pt

MONTALEGRE

Orçamento e Plano de Ac-tividades para o ano 2015

14 de Dezembro de 2015 21BarrosoNoticias de

O Presidente – Alcalde do concelho de Baltar, José António Feijóo Alonso, deseja a todas e a todos umas felizes Festas do NATAL e que o NOVO ANO seja de paz, saúde, muitas felicidades e prosperidade. Saúda de modo especial a gente de Montalegre e da raia fronteiriça a quem deseja tudo de bom nesta quadra festiva de Natal.

BOAS FESTAS para todos!

Casa do Concelho, Avenida Sargento Seoane, s/n, 36230 BALTAR (Ourense) España

14 de Dezembro de 201522 BarrosoNoticias de

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900

Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442

Informações úteis1

Nome do Centro de Emprego Nome da Profissão Nº Oferta

MARCENEIRO 588617548 CONTRATO A TERMO 3 MESES TEMPO COMPLETO SANTA MARIA MAIOR /CHAVES

CABELEIREIRO E BARBEIRO 588615000 CONTRATO A TERMO 6 MESES TEMPO COMPLETO SANTA MARIA MAIOR /CHAVES

REPRESENTANTE COMERCIAL 588612097 CONTRATO A TERMO POR 6 MESES TEMPO COMPLETO SANTA MARIA MAIOR /CHAVES

CANALIZADOR 588609648 CONTRATO A TERMO 6 MESES TEMPO COMPLETO

588612106 CONTRATO A TERMO 6 MESES TEMPO COMPLETO SANTA CRUZ TRINDADE SANJURGE / CHAVES

CABELEIREIRO E BARBEIRO 588626096 CONTRATO A TERMO 3 MESES TEMPO COMPLETO VIDAGO

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.

Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de

emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua

disponibilização e a sua publicação.

Indicação do Regime de Trabalho ( a tempo parcial ou completo) e Informações Complementares

Nome da Freguesia/Concelho a que respeita o Posto Trabalho a ser preenchido

Centro de Emprego e Formação Profissional do Alto Tâmega Serviço de Emprego de Chaves Rua Bispo Idácio nº 50/54 5400 303 Chaves

Telefone: 276340330 E-mail: [email protected]

SANTA CRUZ TRINDADE SANJURGE / CHAVES

VENDEDOR DE CENTROS DE CONTATO

14 de Dezembro de 2015 23BarrosoNoticias de

FUTEBOL

Campeonato Distrital da AF Vila Real

2.ª Jornada, Jogo no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, Dia 5-12-2015

MONTALEGRE 2 Valpaços 1(Jogo em atraso)

CDC de Montalegre: Vieira; Igor, Asprilla, Zé Luís e Leonel Fernandes; Chico, Gabi (Roberto 89) e Michel (Vargas 65); Zé Victor, Badará e Renteria (Marcos 78). Treinador: Zé Manuel Viage

Golos: Badará e Vargas

Sem fazer uma grande exibição o Montalegre vence com justiça. Entrou muito forte e determinada a equipa barrosã, a dominar em termos territoriais e a chegar golo logo ao quarto de hora num cruzamento de Gabi que termina com cabeceamento letal de Badará.

A reacção ao golo barrosão foi boa por parte do Valpaços, sem no entanto criarem grandes oportunidades…

A segunda parte continuou a ser mal jogada, de ambas as partes, com alguns rasgos individuais interessantes. O Montalegre faz o 2-0 num remate de Vargas que tinha entrado a substituir Robert Michel.

O Valpaços ainda reduz, da marca de grande penalidade, por intermédio de Tiago Alves, o melhor artilheiro valpacense.

Boa arbitragem

1.ª Jornada (Jogo em atraso), no Estádio da Cruz, Dia 8-12-2015

Valpaços 3 SALTO 0

Equipa de Salto:Domingos; Renato, Cândido

(Rafael 62), Jaime, José António (Leonardo 74), João Carlos, Danilo, Vieira, Giga, Andri e Filipe (Hugo 77).

Treinador: Jorge Carvalho

A vitória do Valpaços começou a desenhar-se cedo, logo aos doze minutos com Moutinho a abrir o marcador com um remate forte. Ainda na primeira parte, a turma valpacense

teve ocasiões para aumentar a vantagem mas Domingos esteve bem na baliza.

Quando se pedia mais aos Saltenses, na etapa complementar, a condição física fraquejou, numa equipa 100% amadora e que só treina uma vez por semana. Domingos ainda defendeu o que pôde mas aos 54 minutos Gonçalo faz o 2-0 num remate colocado e o terceiro golo dos da casa foi obra de Tiago Alves que em jogada individual fez o 3 – 0. Boa arbitragem.

11.ª Jornada, no Estádio Dr Diogo Vaz Pereira, Dia 13.12.2015

MONTALEGRE 1 Vila Pouca 0

Montalegre: Vieira; Marcos, Asprilla, Zé Luís e Leonel Fernandes; Chico (Roberto 78), Gabi (Vargas 56) e Zé Victor, Michel, Badará e Zack Tiago Poupas 83). Treinador: Zé Manuel Viage

Golo: Badará Num jogo para homens de

barba rija, o Montalegre bateu um Vila Pouca que se bateu bem

Entrou melhor na contenda a equipa do Vila Pouca a pressionar muito e a mandar no meio campo. Depois, a partir dos dez minutos, os barrosões tomam conta das rédeas do encontro.

Zack, o melhor em campo, a obrigar Miguel a grande defesa e depois a fazer grande cruzamento para a área ao qual corresponde Badará com cabeceamento colocado a marcar um grande golo.

Na etapa complementar, o jogo foi muito faltoso e muitas vezes mal jogado. Os barrosões tentaram chegar ao golo da tranquilidade mas sem êxito, muito por mérito do guardião Miguel.

Aos 69 minutos Castanha é expulso com vermelho direto por tentativa de agressão ao capitão do Montalegre Chico. Por protestos o treinador Aguiarense é também expulso… Foi uma vitória justa e difícil do Montalegre diante de um bom adversário.

O SALTO obteve a primeira

vitória frente ao Fontelas e o Vilar de Perdizes foi a Atei ganhar por dois a zero, um resultado excelente que coloca os vilarenses mais seguros na segunda posição da tabela. Os clubes barrosões do concelho de Montalegre dominam na prova.

Redacção C/Nuno Carvalho

EUROPEU 2016

A seleção portuguesa de futebol ficou integrada no grupo F do Europeu de 2016, juntamente com Islândia, Hungria e Áustria, ditou o sorteio realizado no Palácio de Congressos de Paris.

Portugal estreia-se a 14 de junho frente à Islândia em Saint-Etienne, a 18 de junho mede forças com a Áustria, no Parque dos Príncipes, fechando a primeira fase a 22 em Lyon, diante da Hungria.

O Campeonato da Europa de 2016 inicia-se a 10 de junho com o jogo França-Roménia e termina a 10 de julho.

DESPORTO

Digitalentos, Lda.NIF: 508 460 492

C.C. José Maria Gomes, 2º Piso, Loja 25470-234 Montalegre

276 518 223 [email protected]

A DIGITALENTOS deseja a todos os seus clientes e amigos BOAS FESTAS e um NOVO ANO de

prosperidade