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Director: Nuno Moura Ano XXXIII, Nº 513 Montalegre, 18.04.2017 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i Paula Branco, barrosã de galões que trepa montanhas Carta aos assinnantes do POVO DE BARROSO Duarte Gonçalves escreve aos assinantes d'O Povo de Barroso a justificar a fusão do jornal no Notícias de Barroso. Assim refere que se cria” um jornal de maior dimensão, com mais qualidade e de tiragem quinzenal. Este novo projecto reúne desta feita todas as condições para se tornar o projecto jornalístico de eleição dos Montalegrenses, afirmando-se como o verdadeiro jornal da nossa terra,” P4 AUTÁRQUICAS 2017!... UM VERDADEIRO PLEBISCITO NACIONAL… Em POLITICAMENTE FALANDO, Domingos Chaves coloca os resultados apurados como um teste às lideranças partidárias nacionais. E o foco é Passos Coelho que, se as coisas correrem mal para o PSD, diz, poderá ter ali o seu fim de leader deste grande partido. P7 Política municipal vista de fora Falência do paradigma turismo. Chaves é quem mais lucra com os investimentos em Montalegre. O tema poderá parecer redundante porque dele já tratou na última edição deste jornal o Dr. Barroso da Fonte, mas a análise do Dr Manuel Ramos vai mais longe porque coloca a nossa Câmara perante a triste realidade de que, como se diz “que eu saiba, é a primeira vez que a Câmara de Montalegre admite que os fortes investimentos que faz no campo do turismo não têm os esperados retornos na economia local, mas que são os concelhos limítrofes, especialmente Chaves, quem mais lucra”. P5 Associação de Sezelhe Esta jovem Associação Cultural teve uma actividade cultural digno de registo. Na sede, antiga casa do centro da aldeia recuperada, foi apresentado o último livro de Dias Vieira a que deu o título de «Histórias da Breca». O NB esteve lá e fez reportagem. P3 DESPORTO O CDC Montalegre vai de vento em popa. No último sábado, venceu o Bragança, uma das melhores formações do Campeonato (Manutenção). O Mundial de Rallycross (dias 21 a 23) promete trazer os melhores pilotos a Montalegre Ataque à Liberdade de Imprensa “De forma inusitada, que a ser verdade parece constituir um gravíssimo atentado à liberdade de impressa, alguém com responsabilidades na Assembleia Municipal terá mandado desinstalar o equipamento montado pela «TV Barroso» que, no cumprimento dos seus deveres de informar as pessoas, pretendia gravar as melhores imagens da sessão e respetivas intervenções levadas a cabo pelos deputados municipais.” Paula Cristina Gonçalves Branco, natural de Meixedo, cedo enveredou pela carreira militar. Hoje, colocada no Campo Militar de Santa Margarida é Capitão do Exército Português. Em 2002, no dia 8 de Março, dia internacional da mulher, o presidente Jorge Sampaio tendo escolhido o tema «Dignidade/Igualdade» decidiu distinguir 16 mulheres das mais variadas profissões. Paula Branco foi uma delas tendo sido condecorada no Palácio de Belém com a Ordem de Mérito. Nos dias de hoje, federada no Clube - União FCI Tomar, participa activamente em provas de Trail de média e longa distância (entre 20 a 42km). Ver mais na P12 Homengam a António Rito de Vilar de Perdizes P16 Piscinas Municipais ao abandono Mais um péssimo exemplo da gestão ruinosa da Câmara Municipal de Montalegre. Construiu- se, há dez anos atrás,uma piscina em Montalegre por largos milhares de euros, e, passado que foi pouco tempo, as instalações foram encerradas. E está ali aquele mono (mais um) ao abandono total. Vem aí o verão, e os habitantes da vila e arredores se querem piscina vêem-se obrigados a deslocar-se a Boticas. E esta, hein?

Barroso - Uma outra voz sobre o país e o mundo. - AOutraVoz · autóctone, uma prova de que o mundo rural tem futuro». O autarca destacou, ainda, o facto de a ... candidatas às

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Page 1: Barroso - Uma outra voz sobre o país e o mundo. - AOutraVoz · autóctone, uma prova de que o mundo rural tem futuro». O autarca destacou, ainda, o facto de a ... candidatas às

Director: Nuno Moura

Ano XXXIII, Nº 513Montalegre, 18.04.2017

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

Paula Branco, barrosã de galões que trepa montanhas

Carta aos assinnantes do POVO DE BARROSO

Duarte Gonçalves escreve aos assinantes d'O Povo

de Barroso a justificar a fusão do jornal no Notícias de

Barroso. Assim refere que se cria” um jornal de maior

dimensão, com mais qualidade e de tiragem quinzenal.

Este novo projecto reúne desta feita todas as condições

para se tornar o projecto jornalístico de eleição dos

Montalegrenses, afirmando-se como o verdadeiro jornal

da nossa terra,”

P4

AUTÁRQUICAS 2017!... UM VERDADEIRO

PLEBISCITO NACIONAL…

Em POLITICAMENTE FALANDO, Domingos

Chaves coloca os resultados apurados como um teste

às lideranças partidárias nacionais. E o foco é Passos

Coelho que, se as coisas correrem mal para o PSD, diz,

poderá ter ali o seu fim de leader deste grande partido.

P7

Política municipal vista de fora

Falência do paradigma turismo. Chaves é quem

mais lucra com os investimentos em Montalegre.

O tema poderá parecer redundante porque dele

já tratou na última edição deste jornal o Dr. Barroso

da Fonte, mas a análise do Dr Manuel Ramos vai

mais longe porque coloca a nossa Câmara perante a

triste realidade de que, como se diz “que eu saiba, é a

primeira vez que a Câmara de Montalegre admite que

os fortes investimentos que faz no campo do turismo

não têm os esperados retornos na economia local, mas

que são os concelhos limítrofes, especialmente Chaves,

quem mais lucra”.

P5

Associação de Sezelhe

Esta jovem Associação Cultural teve uma actividade

cultural digno de registo. Na sede, antiga casa do centro

da aldeia recuperada, foi apresentado o último livro de

Dias Vieira a que deu o título de «Histórias da Breca». O

NB esteve lá e fez reportagem.

P3

DESPORTO

O CDC Montalegre vai de vento em popa. No

último sábado, venceu o Bragança, uma das melhores

formações do Campeonato (Manutenção).

O Mundial de Rallycross (dias 21 a 23) promete

trazer os melhores pilotos a Montalegre

Ataque à Liberdade de Imprensa“De forma inusitada, que a ser verdade parece constituir um gravíssimo atentado à liberdade de impressa,

alguém com responsabilidades na Assembleia Municipal terá mandado desinstalar o equipamento montado pela «TV Barroso» que, no cumprimento dos seus deveres de informar as pessoas, pretendia gravar as melhores imagens da sessão e respetivas intervenções levadas a cabo pelos deputados municipais.”

Paula Cristina Gonçalves

Branco, natural de Meixedo,

cedo enveredou pela carreira

militar. Hoje, colocada no

Campo Militar de Santa

Margarida é Capitão do Exército

Português. Em 2002, no dia 8

de Março, dia internacional

da mulher, o presidente Jorge

Sampaio tendo escolhido o

tema «Dignidade/Igualdade»

decidiu distinguir 16 mulheres

das mais variadas profissões.

Paula Branco foi uma delas

tendo sido condecorada no

Palácio de Belém com a Ordem

de Mérito.

Nos dias de hoje, federada

no Clube - União FCI Tomar,

participa activamente em

provas de Trail de média e longa

distância (entre 20 a 42km).

Ver mais na P12

Homengam a António Rito de Vilar de PerdizesP16

Piscinas Municipais ao abandonoMais um péssimo exemplo da gestão ruinosa

da Câmara Municipal de Montalegre. Construiu-se, há dez anos atrás,uma piscina em Montalegre por largos milhares de euros, e, passado que foi pouco tempo, as instalações foram encerradas. E está ali aquele mono (mais um) ao abandono total. Vem aí o verão, e os habitantes da vila e arredores se querem piscina vêem-se obrigados a deslocar-se a Boticas. E esta, hein?

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18 de Abril de 20172 BarrosoNoticias de

MONTALEGRETorneio de Chegas de Bois 2017

Realizou-se no salão nobre da Câmara Municipal de Montalegre o tradicional sorteio do Campeonato de Chegas de Bois de Raça Barrosã. Dos 21 animais inscritos inicialmente, foram selecionados os 16 que vão participar no torneio. Este ano, a Associação Etnográfica "O Boi do Povo", na organização do evento, apresentou, também, o “Torneio de Chegas de Bois de Outras Raças” que conta com 18 animais em competição. Os combates vão realizar-se em três campos do concelho devidamente legalizados.

De 25 de abril a 10 de agosto entram em

campo 16 bois de raça barrosã, verdadeiros símbolos de uma região que vive intensamente as chegas de bois, tradição por excelência dos barrosões. Trata-se de mais uma edição do

Campeonato de Chegas de Bois Raça Barrosã que voltou a contar com muita participação. Como novidade, a par desta competição, decorrerá o "Torneio de Chegas de Bois de Outras Raças" que tem início a 21 de maio e termina a 13 de agosto, com 18 animais em luta.

«Tradição mais comunitária» David Teixeira, vice-presidente da Câmara

Municipal de Montalegre, realçou a crescente participação «no sentido de preservar uma raça autóctone, uma prova de que o mundo rural tem futuro». O autarca destacou, ainda, o facto de a organização realizar os combates nos três campos legalizados o que vai «evitar que haja sobreposição e permitir mais público para assistir à tradição mais comunitária e que ainda hoje subsiste no nosso concelho».

No final do sorteio, Nuno Duarte, presidente

da Associação Etnográfica "O Boi do Povo", referiu que «as inscrições de animais são cada vez mais, o que mostra que a raça barrosã continua a ser muito bem preservada». O responsável explicou que «o campeonato de animais cruzados surgiu pela vontade dos espetadores» visto que «já existiu noutros tempos e que é importante retomar». A organização vai realizar as competições nos três campos legalizados - Montalegre, Gralhas e Vilar de Perdizes - para melhor orientação dos amantes da modalidade. Desta forma, estão lançados os dados para que, nos próximos meses, haja muita adrenalina com animais de qualidade a competir.

"Queima do Judas" junto ao Castelo de Montalegre

No sábado de aleluia voltou a cumprir-se a tradição da "Queima do Judas".

Este ano estiveram a concurso oito "Judas", elaborados por particulares, associações e instituições do concelho. Junto ao castelo, a encenação teatral, orquestrada sob o tema "O jogo da alma", foi encenada pelo jovem barrosão, Daniel Alves.

Montalegre voltou a ser palco de mais uma “Queima dos Judas”, promovida pela Câmara Municipal de Montalegre. Como manda a tradição, os bonecos, na sua maioria constituídos por palha, foram queimados junto ao castelo depois da leitura da sentença. A tradição de “Queimar o Judas” – simboliza a morte de Judas Iscariotes que, por 30 moedas de prata, entregou Jesus aos soldados romanos para ser crucificado – é um espetáculo comunitário com séculos de história. A iniciativa foi acompanhada pelo executivo municipal.

Trata-se de uma «tradição popular que o município de Montalegre acarinha e apoia porque se encaixa na nossa história e cultura», referiu

Orlando Alves, presidente da autarquia. Quanto à encenação, adquiriu «contornos inovadores com modernidade e irreverência». O edil considerou

que foi «uma noite de cultura e de preparação para a receção à cruz em cada uma das casas do território», uma tradição de Páscoa que ainda se mantém no concelho.

Classificação 1º lugar | José Gonçalves 2º lugar | Agrupamento de escuteiros 1115

(Montalegre) 3º lugar | Cercimont

VILARINHO DE NEGRÕES é pré-finalista às "7 Maravilhas de Portugal”

A aldeia de Vilarinho de Negrões, freguesia do concelho de Montalegre, figura no estrito lote das 49 pré-finalistas, na categoria "Aldeias Ribeirinhas", da iniciativa que apura as "7 Maravilhas de Portugal". Um feito notável que reforça o impacto natural deste paraíso do Barroso.

Das cinco aldeias do concelho de Montalegre (Vilarinho de Negrões, Tourém, Cervos, Pitões das Júnias e Fafião) candidatas às "7 Maravilhas de Portugal", Vilarinho de Negrões conquistou o lugar a estar nas 49 pré-finalistas, na categoria "Aldeias Ribeirinhas". O anúncio foi revelado, por estes dias, na aldeia da Pena, em São Pedro do Sul, num evento presidido pelo Ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

Luís Segadães, presidente das 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias, referiu: «nestas 49 pré-finalistas estão contempladas as mais emblemáticas aldeias portuguesas. Digno de assinalar é o equilíbrio da distribuição geográfica das aldeias pré-finalistas, que ocupam todo o território nacional. Estamos muito satisfeitos com o trabalho feito pelo painel de especialistas que retratou na perfeição a enorme diversidade nacional. Quando chegarmos à votação pública antevemos uma competição aguerrida». Recorde-se que as 49 aldeias pré-finalistas resultam da votação do painel de especialistas, 49 individualidades, 7 de cada região de turismo do país, que analisou e votou na lista longa de 446 candidaturas. A votação do painel de especialistas foi auditada pela PwC, que assegura a idoneidade de todo o processo de votação. A promoção em torno destas 49 aldeias começa agora e a votação arranca em julho, durante as 7 galas a emitir aos domingos pela RTP. São 7 galas, uma por categoria, onde os portugueses vão poder eleger 2 finalistas que passam para a votação final. As 7 vencedoras são conhecidas a 3 de setembro numa grande Gala Final.

AS 49 Pré-Finalistas: CATEGORIA ALDEIA MONUMENTO Almeida - Almeida (Centro) Estoi - Faro (Algarve) Evoramonte - Estremoz (Alentejo e Ribatejo ) Idanha-A-Velha - Idanha-A-Nova (Centro) Monsanto - Idanha-A-Nova (Centro) Monsaraz - Reguengos de Monsaraz (Alentejo e Ribatejo) Sortelha - Sortelha (Centro) CATEGORIA ALDEIAS DE MAR Azenhas do Mar - Sintra (Lisboa e Vale do Tejo) Costa Nova - Ílhavo (Centro ) Fajã dos Cubres - Calheta (Açores) Ferragudo - Lagoa (Algarve) Porto Covo - Sines (Alentejo e Ribatejo) Porto Moniz - Porto Moniz (Madeira) Zambujeira do Mar – Odemira (Alentejo e Ribatejo) CATEGORIA ALDEIAS RIBEIRINHAS Aldeia da Luz - Mourão (Alentejo e Ribatejo) Dornes - Ferreira do Zêzere (Centro) Escaroupim - Salvaterra de Magos (Alentejo e Ribatejo) Furnas - Povoação (Açores) Santa Clara-A-Velha – Odemira (Alentejo e Ribatejo) Sete Cidades - Ponta Delgada (Açores) Vilarinho De Negrões - Montalegre (Norte) CATEGORIA ALDEIAS RURAIS Aldeia de Paderne – Albufeira (Algarve) Alegrete - Portalegre (Alentejo e Ribatejo) Cachopo - Tavira (Algarve) Casal de S. Simão – Figueiró dos Vinhos (Centro) Faial - Santana (Madeira) Manhouce - S. Pedro Do Sul (Centro) Sistelo - Arcos De Valdevez (Norte) CATEGORIA REMOTAS Aldeia da Pena - São Pedro do Sul (Centro) Branda da Aveleira – Melgaço (Norte) Castro Laboreiro - Melgaço (Norte) Curral Das Freiras - Câmara de Lobos (Madeira) Fajã de São João - Calheta (Açores) Gondramaz - Miranda do Corvo (Centro) Piódão - Arganil (Centro) CATEGORIA AUTÊNTICAS Aldeia do Xisto de Cerdeira – Lousã (Centro) Alte - Loulé (Algarve) Biscoitos - Praia Da Vitória (Açores) Castelo Rodrigo - Figueira de Castelo Rodrigo (Centro) Fontão de Loriga - Seia (Centro) Montesinho - Bragança (Norte) Podence - Macedo de Cavaleiros (Norte) CATEGORIA ÁREAS PROTEGIDAS Aldeia das Salinas da Fonte da Bica - Rio Maior (Alentejo e Ribatejo) Bordeira - Aljezur (Algarve) Chão da Ribeira - Porto Moniz (Madeira) Lindoso - Ponte da Barca (Norte) Penedo - Sintra (Lisboa e Vale do Tejo) Rio de Onor - Bragança (Norte) São Lourenço - Vila do Porto (Açores)

69 – JOAQUIM ALEIXO DO CURRAL, de 67 anos, solteiro, natural da freguesia da Chã e residente em Gralhós desta mesma freguesia, faleceu no dia 15 de Abril, sendo enterrado no cemitério de Gralhós.

70 – MARIA BEATRIZ DE CARVALHO, de 92 anos, viúva de António Pereira Vieira, natural de Mancelos, concelho de Amarante e residente em Cortiço, freguesia de Cervos, faleceu no Lar de Sarraquinhos, no dia 17 de Abril, sendo enterrada no cemitério do Cortiço.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos no ano de 2017 até à presente data.

CORTEJO CELESTIAL

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18 de Abril de 2017 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Poder autárquico tenta sobrepor-se ao poder judicial

Ana Carla Rosário assinou, no JN do último dia 13, um artigo, onde aborda doutrina política que, em vez de tranquilizar os cidadãos, mais os preocupa e atemoriza. Essa doutrina pretende aumentar o poder local e regional, liberalizando e acrescendo novas formas de exercer esses poderes que a lei lhes confere sem que tenham que dar explicações.

A megalomania é uma «perturbação mental que se carateriza por ideias delirantes de grandeza». Pode ter diferentes campos mentais, como: a força física, o uso do poder, a riqueza» etc. Tem ainda uma definição mais preocupante, quando se reconhece como «tendência patológica para super-valorizar as próprias qualidades do sujeito pensante. Os portadores desta doença do foro psicológico, não precisam de medicamentos clínicos, mas de viagens distrativas, de ambientes arejados e de sítios não claustrofóbicos.

Chamam-se megalomaníacos e distinguem-se, facilmente, pela «fascinação por tudo o que é exagerado, onírico, omnipotente e omnisciente.

A história mundial está cheia de exemplos, desde Herodes a Caifás, de Napoleão Bonaparte a Hitler, desde Ricardo Salgado ao «Dono disto tudo» que hoje encontramos em qualquer associação de futebol, de matraquilhos ou mesmo de torcedores de judo, ou instituições autárquicas.

Esta «mania das grandezas», como também se chama à megalomania, anda ligada ao provérbio que diz: «tens maiores olhos do que barriga». E começa a evidenciar-se quando, em criança, se nota que o bife deste é maior do que o daquele, ou quando, o pai dá a cabeça da sardinha ao filho mais velho e dá a parte central ao filho mais novo, ou vive-versa.

Transferindo para o campo social estas metáforas pré-eleitorais, ocorrem-me elas quando leio, no JN que as «Câmaras gastam milhões em ano de autárquicas». São duas páginas que permitem ajuizar da megalomania oficial, em que os atos eleitorais se tornaram. Os mandatos duram quatro anos. Mal chegam ao pedestal, alguns eleitos ficam deslumbrados. E a primeira coisa que fazem é pagar os favores, ora empregando os mais fiéis, nos melhores lugares, ora licenciando

processos pendentes que a oposição adiou, ora melhorando o acesso até à porta de casa, o saneamento e a luz, se ainda lá não está. Depois, chega a letargia que dá para «tramar» a oposição, que deixou os cofres vazios e que não fez isto nem aquilo. Quando já passaram dois anos de mandato, surge a euforia e logo se começa a preparar a eleição seguinte. Pagos os favores da campanha anterior, urge mostrar que na próxima se vão repetir as promessas que não foi possível cumprir nesse mandato, ou que os cofres, afinal,estavam vazios; ou porque não havia projetos aprovados ou porque o governo central não despachou a tempo, os meios para concluir as obras. E, a um ano de distância, já o regabofe de há quatro anos atrás, vira o disco e toca o mesmo.

Na referida fonte, recorda-se que nas eleições de 2013, houve 160 eleitos que não puderam candidatar-se por limitação de mandatos. E que a Lei dos compromissos e pagamentos em atraso foi um rude golpe, em 2012, na capacidade de endividamento das autarquias, ou seja: a administração pública viu-se privada de fazer despesas sem fundos disponíveis. Mas a lei das Finanças Locais, em 2013, veio complementar a do ano anterior, prevendo um conjunto de princípios fundamentais que

pretendiam assegurar uma efetiva coordenação entre a Administração Central e Local, contribuindo para o controlo e equilíbrio orçamental.

Em 2017 – lê-se na mesma fonte – o governo quer passar para as autarquias locais a gestão de pessoal médico e docente, depois de os atuais já serem responsáveis pelo não docente e não médico, além das florestas, taxas turísticas, transportes coletivos, parques naturais e zonas ribeirinhas.

Os megalómanos do poder local, se até agora, já detinham poderes excessivos, para se vingarem nos opositores ou meros cidadãos que nunca revelaram as suas opções políticas, vão ser coagidos a subserviências esdrúxulas. A liberdade cívica evapora-se, pidescamente, a nível local e regional. Se até agora, quem não está com o poder, não come nem cheira, nem por cima nem por baixo da mesa, a partir de 1 de Outubro deste ano, caracterizado por geringonças em todas as esquinas da aldeia, da vila ou da cidade, os políticos locais vão ser, dentro dos seus recintos jurídicos, verdadeiros «donos disso tudo».

Perante este flagelo democrático, o Presidente do Tribunal de Contas, Vítor Caldeira, confessou ao JN, de 13 de Abril que «com a aprovação do Orçamento de Estado para 2017, os presidentes de Câmara e de

juntas de freguesia,ganham um inesperado poder: não podem ser responsabilizados financeiramente por decisões que tomem e se revelem prejudiciais para as autarquias. Tal arbitrariedade «preocupa, mais do que por eventuais medidas eleitoralistas, por indícios criminais».

Para além da prevenção do Tribunal de Contas a quem passa a caber, em exclusivo, o julgamento da responsabilidade financeira, passa a caber por inteiro, ao Ministério Público a responsabilidade criminal. A Procuradora-Geral da República lê-se no JN que não ficou feliz com esta disposição legal, porque introduz elementos de incoerência, face à responsabilidade financeira dos demais responsáveis pela gestão de dinheiros públicos. Receia-se – acrescenta a fonte do MP – que a nova lei «possa facilitar práticas menos corretas que não respeitem o princípio do rigor a que deve obedecer a gestão de dinheiros de todos. Do que fica dito, diz o Ministério Público que urge clarificar e defender o atual quadro jurídico da responsabilidade financeira e que qualquer alteração deve sempre ter em conta todo o sistema de responsabilidades -criminal e civil de titulares e dirigentes públicos».

O Notícias de Barroso passa a ser enviado, de agora em diante, a todos os assinantes d'O Povo de Barroso que,como diz o seu atual director em CARTA que escreve aos assinantes e anunciantes, na página 4, «foi assim decidido, efectuar-se a fusão com o Notícias de Barroso, criando um jornal de maior dimensão, com mais qualidade e de tiragem quinzenal».

E mais adiante, Duarte

Gonçalves acescenta «começa assim uma nova fase na vida do Notícias de Barroso, ganhando maior dimensão e com uma grande margem de crescimento, pois as pessoas sentirão a necessidade de ter este periódico de leitura obrigatória, sabendo nós como os Barrosões são apegados à sua terra».

Saudo todos os assinantes, colaboradores e anunciantes d'O

Povo de Barroso e espero que a união das duas “famílias” não traga frustações a ninguém mas somente boas razões para se viver em paz e amizade.

Tal representa para nós uma maior responsabilidade e, por isso, alerto para a necessidade de todos reverem a situação da assinatura. As condições podem ser consultadas na caixa NOTÍCIAS DE BARROSO que se publica ao fundo da página

10. É que só assim se pode dar a melhor resposta.

Uma palavra de solidariedade à TVBarroso que, na última Assembleia Municipal, foi impedida pelo presidente da mesma de realizar o seu trabalho de captar imagens e declarações dos deputados municipais. Foi um ato inqualificável contra a lei de imprensa que se lamenta e que não

pode acontecer em parte nenhuma dum país civilizado.

A lei existe para todos e a TVBarroso, tratando-se duma reunião pública, tinha todo o direito de estar no Salão Nobre e nunca de lá devia ter saido.

A prepotência dos senhores do poder de Montalegre começa a preocupar.

Eu sou Nuno Miguel Moura

EDITORIAL

Em Sezelhe há uma associa-ção cultural e recreativa da aldeia que usa a sigla ACURAS e que tem por objectivo preservar o pa-trimónio, a cultura e as tradições da aldeia bem como dinamizar actividades diversas.

Como presidente da direcção está António Cascais, um ilustre filho da terra, que pegou no pro-jecto e dele tem feito eco com ac-tividades de alguma notoriedade.

Recentemente, foi a recupera-ção duma casa situada no centro da aldeia, casa que foi adquirida e recuperada para a Associação reunir e desenvolver as actividades

que pretende realizar. A reconstru-ção foi feita com gosto, não alte-rou a fachada voltada para a rua principal e nos interiores sente-se que o objectivo de se criar algum conforto foi conseguido.

Com o apoio administrati-vo da Câmara Municipal e da ADRAT, as obras com custos esti-mados em 35.000 euros tiveram financiamento comunitário atra-vés dum projecto apresentado pela referida Associação que foi aprovado.

António Cascais, presidente da ACURAS, mostrou a sua satisfa-ção por Sezelhe ter um local apro-

priado para tentar dar um pouco de vida ao povo de Sezelhe. Refe-riu-se ao conterrâneo, António do Paulino, assim conhecido na terra, que escreveu 38 histórias dos tem-

pos passados e que constituem um património cultural de interes-se para os vindouros.

Orlando Alves, presidente da Câmara, teve palavras de apreço

para com Dias Vieira que consi-derou «um dos melhores a narrar histórias, facto que nos honra a todos» e como tal anunciou que irá ser agraciado com a «medalha de ouro do município», no dia 9 de Junho, «atribuição devida pelo que tem feito em prol da cultura e do concelho».

Dias Vieira, depois de fazer algumas referências sobre o livro, agradeceu à Câmara Municipal o apoio concedido e a presença de todos os seus amigos ali presentes.

No final, foi servido um sim-ples lanche que alargou o conví-vio entre todos os presentes.

Associação de Sezelhe apresenta livro de Dias Vieira

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18 de Abril de 20174 BarrosoNoticias de

Começo esta missiva

com um sincero pedido de desculpa, que é sempre a pior forma, mas sinal de que devo reconhecer para convosco a nossa falha face à vossa fiel colaboração de longa data enquanto assinantes e anunciantes.

Devo deixar aqui uma

explicação pela interrupção abrupta do envio do jornal O POVO DE BARROSO. Com efeito em Dezembro último deu-se a saída da pessoa que fazia a paginação e composição do jornal, bem

como administrava o seu dia-a-dia. Essa pessoa era quem assegurava o seu funcionamento, e tendo aceite uma oportunidade de trabalho fora de Montalegre, (pois infelizmente nós não conseguirmos assegurar um posto de trabalho), o Jornal ficou sem meios humanos e

com dificuldades financeiras, que permitissem assegurar a sua continuidade.

Era também sabido que o projecto do POVO DE BARROSO assentava num trabalho gratuito dos seus colaboradores, que

emprestávamos o nosso tempo e boa vontade, mas sem a plena dedicação era já notória a perda de qualidade e nível de serviço.

Foi assim decidido, efectuar-se a fusão com o Notícias de Barroso, criando um jornal de maior dimensão, com mais qualidade e de

tiragem quinzenal. Este novo projecto reúne desta feita todas as condições para se tornar o projecto jornalístico de eleição dos Montalegrenses, afirmando-se como o verdadeiro jornal da nossa terra, capaz de fazer

chegar até vós as principais noticias de forma mais célere e sendo um garante da pluralidade de ideias e ideais, dando voz à verdadeira realidade da nossa terra.

Começa assim uma nova fase na vida do Notícias de Barroso, ganhando maior dimensão e com

uma grande margem de crescimento, pois as pessoas sentirão a necessidade de ter este periódico de leitura obrigatória, sabendo nós como os Barrosões são apegados à sua terra. Também os anunciantes têm a ganhar

pois assim atingem com o mesmo custo um maior leque de pessoas.

Esperamos assim, melhor servir os Barrosões.

Se era assinante do

jornal O POVO DE BARROSO, a sua assinatura transitou automaticamente para o Notícias de Barroso, passando a receber este jornal que será gradualmente melhorado, até obtermos um jornal de plena qualidade.

Se em qualquer caso, não pretender receber o novo projecto, agradeço o envio dessa informação para o seguinte email: [email protected]

Estando a sua assinatura em dia, ou seja pago o ano de 2017, será devolvido o respectivo valor.

Grato pela vossa

colaboração de muitos anos e pela vossa sincera compreensão para esta nova fase.

Um abraço amigo

Carta aos assinantes do Jornal O POVO DE BARROSO

Feira é sinónimo de encontro e tem como atrativo a exibição e consequente compra e venda de mercadorias. É assim em Portugal e por esse mundo fora. E em Nanterre, cidade satélite de Paris, para além doutras actividades culturais, a comunidade portuguesa ali

implantada consegue realizar uma FEIRA exclusiva para os nossos emigrantes. Iniciativa protagonizada por gente do Alto Minho, gente dinâmica, trabalhadora e realizadora como é apanágio dos nossos amigos minhotos que eu particularmente aprecio e admiro.

Este ano de 2017, a Feira de Nanterre terá sido igual às dos anos passados. Das Câmaras Municipais registaram-se algumas desistências, por exempo Boticas, mas o figurino manteve-se e a imagem dum pouco do nosso Portugal esteve

lá. Os concelhos do Alto Minho estavam lá quase todos e o nordeste transmontano também estava bem representado, regiões que aderem à Feira porque os concelhos do centro e sul apenas tinham lá Montemor-o-Novo.

Montalegre, como sempre,

marcou presença com produtos de fumeiro, mel, com os queijos “cidade de Grou” do Alexandre, e os excelentes vinhos “Montalegre” e “Pe Fontes” dos nossos dinâmicos jovens, Paulo/ Francisco Gonçalves e Paulo Santos respectivamente.

Segundo auscultei a alguns expositores, a Feira parece que está a perder gente. Por exemplo, no sábado, dia 8, constatei que somente de tarde e por pouco tempo, o Espace Chevreuil encheu mas, no Domingo de tarde, mal se podia aguentar o ambiente de tão pesado.

Montalegre teve de longe a maior representação. A Câmara ou o presidente da Câmara, em campanha eleitoral descarada, transportou até França muita gente (amigos) que convidou. Nenhum outro concelho se viu lá com tanta propaganda com fotógrafo-repórter a tomar conta de todos os movimentos de Sua Excelência, Orlando Alves.

A Feira de Nanterre é dos (e para os) emigrantes portugueses. Os concelhos aderentes fazem a promoção das coisas boas que têm tal como é natural. Em nenhum deles se viu o envolvimento propagandístico que o sr. Orlando Alves protagonizou.

O pessoal barrosão, atento a tudo, estranhou as ausências de Fernando Rodrigues, “o dono-disto-tudo”, e do David Teixeira, o homem da propaganda municipal de Montalegre. Porque? Se Fernando Rodrigues sempre esteve na primeira linha destas Feiras e tem lá os seus apaniguados? Se David Teixeira vai a todas porque se excluiu de Nanterre? Talvez seja também por isso que Orlando anda nervoso. Adiante...

Depois, assistiu-se ao espectáculo lamentável, na minha maneira de ver, do encerramento da Feira durante o qual os presidentes das Câmaras (alguns) “botaram faladura” a promover eventos das suas terrinhas e a elogiar com uns berros à mistura os emigrantes.

Estes, a maioria, porque nem precisam da propaganda das Festas da terra, apenas se mostraram interessados no convívio com os amigos.

A comunicação social ignorou a Feira de Nanterre mas os “otários” de Montalegre, arvorados em gente “diferente”,

já não serviram o presunto como noutras Feiras passadas, mas o dinheiro de todos nós ainda sobrou para pagar mais uma merendola aos convidados de Sua Excelência, o sr. Orlando Alves.

Para finalizar, a Câmara de Montalegre usa e abusa do poder e dos dinheiros de todos nós para se promover e continuadamente beneficiar os seus amigos. Não temos nada contra as pessoas que se deslocaram a Nanterre. Se a Câmara dá essa possibilidade nos transportes e noutras despesas, aproveitá-la não é

nenhum mal muito menos crime. Agora o que não se pode admitir é vermos uma “embaixada montalegrense” repetida todos os anos. Nenhuma Câmara se dá a esse luxo porque “não pode haver almoços gratis para ninguém”.

Convidar os presidentes de Junta uma vez durante o mandato ainda se tolera, agora todos os anos penso eu que é um absurdo.

É que depois nas arcas municipais faltam verbas para tapar os buracos da estradas, para fazer os saneamentos de Parafita e de muitas sedes de freguesia do concelho, para reformular as Piscinas Municipais,... para... para...

Carvalho de Moura, enviado do NB à Feira de

Nanterre

Como eu vi a Feira de Nanterre?

Duarte Gonçalves

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18 de Abril de 2017 5BarrosoNoticias de

Trago à colação uma notícia publicada no “site” da Câmara de Montalegre acerca da pista automóvel nas faldas do Larouco, de nome: “Montalegre conquista Mundial Rallycross até 2022”. Informa a referida notícia que a Câmara

de Montalegre, proprietária da pista, já tem garantido o campeonato mundial de rallycross até 2022, portanto, por mais cinco anos, mas isso exige fortes investimentos e são referidos os montantes. Não diz, mas isso é sabido, que a organização das corridas está a cargo do Automóvel Clube de Vila Real e envolve cerca de 150 funcionários. Como a notícia passou despercebida na imprensa local e é assunto de interesse, sobretudo pelos milhões que envolve, eu quero dar-lhe aqui suficiente relevo. Já agora também cruzo essa notícia com uma outra que com ela se relaciona: o financiamento da CMM ao clube desportivo de Chaves, no valor de 8 mil euros, a troco de publicidade nas camisolas, num só jogo (1 de março).

A notícia da Pista, porém, não é apresentada com a mesma alegria que outras notícias. De facto, nem o relator terminou com aquele “aposta ganha” que se lhe conhece, nem o presidente Orlando Alves conseguiu esboçar um

sorriso. Nota-se antes um ar pesado, quase fúnebre, e nós sabemos porquê: é que isso vai custar aos cofres depauperados do município mais 4 milhões de euros; é que, no fundo, a Câmara sabe que em vez de as máquinas da Câmara andarem

nas aldeias, andam na pista; é que eles sabem, embora nem sempre o admitam, que quem faz os investimentos é Montalegre, mas quem tira o maior proveito é Chaves e até Vila Real. A Câmara já viu o buraco em que se meteu: acha que a Pista foi um tremendo erro, mas não o quer admitir nem dar parte de fraco. Por isso, continua a investir naquela “cesta rota”, naquele sorvedouro de recursos que tanta falta fazem no desenvolvimento sócio-económico do concelho, no planeamento urbanístico, na carência de aldeias e na criação de empregos.

Esta notícia é mais importante do que parece por uma razão: que eu saiba, é a primeira vez que a Câmara de Montalegre admite que os fortes investimentos que faz no campo do turismo não têm os esperados retornos na economia local, mas que são os concelhos limítrofes, especialmente Chaves quem mais lucra; e esta constatação serve de argumento para persuadir a Câmara de Chaves a avançar, do seu lado,

com a estrada que liga aquela cidade a Montalegre.

É isso mesmo, quem mais lucra com a Pista Automóvel e com os fortes investimentos em Montalegre é Chaves e até Vila Real: Chaves porque é onde os forasteiros vão dormir e comer, já que o Hotel de Montalegre fechou: “A par desta necessidade (da estrada), junta-se outra «contrariedade» com o encerramento do hotel construído na vila pelo que, segundo o presidente, poderão beneficiar ainda mais as unidades hoteleiras dos concelhos limítrofes”; Vila Real também lucra porque é quem sabe organizar, mas exige elevadas somas pelo envolvimento dos seus 150 funcionários e tarefeiros na organização dos eventos na pista. Os concelhos limítrofes também lucram. Para Montalegre sobram os gastos. Montalegre é o elo mais fraco, é (como se diz) o “murcão”, porque faz os grandes investimentos e, quando se trata de dividir os dividendos, é o que fica com a pior parte.

De igual forma, o investimento de 8 mil euros que a Câmara de Montalegre fez no desportivo de Chaves, a troco de publicidade na camisola do clube num só jogo, traz benefícios aos de Chaves mas não ao nosso povo. Aliás, este investimento, por ser tão mau, é notícia no site “Má despesa pública”, nestes termos: “8 mil euros que a Câmara de Montalegre pagou ao Grupo Desportivo de Chaves por "serviços de publicidade no jogo … do passado dia 1 de Março. O “Má Despesa” foi espreitar o RHYPERLINK "http://www.cm-montalegre.pt/showPG.php?Id=1647"elatório do orçamento para 2017 e,

ao analisar a rubrica "funções sociais", constatou, por exemplo, que o município prevê gastar apenas 300 euros em "promoção do sucesso educativo e combate ao abandono escolar"… - só a título de exemplo e para efeitos comparativos com o valor "investido" no clube de futebol do concelho vizinho. O Tribunal de Contas que ponha os olhos nisto - e os eleitores de Montalegre também.”

O encerramento de portas do hotel é a prova de que não há turistas ou se os há são

ocasionais e não justificam, nem rentabilizam uma unidade hoteleira. Isto é radicalmente diferente daquilo que a Câmara sempre nos contou como ainda na última Assembleia ao falarem dos “turistas a dar com um pau” por todo o lado, especialmente na Borralha.

Caro leitor, acompanhe o meu raciocínio. Se há turistas, eles têm de dormir e comer nalgum lado. Dormem no hotel e comem nos restaurantes e também no hotel. Pois bem, se o hotel fecha, das duas uma: ou não há turistas suficientes para rentabilizar a unidade hoteleira ou, se os há, é um turista ambulante que passa como “cão em vinha vindimada”.

Isto é óbvio e tem paralelo com a carne da vitela. Siga de novo, por favor, o meu raciocínio. A carne de vitela não se vende e toda a gente se queixa. Aliás esse facto até foi parodiado no

carnaval de Tourém num verso de rima leonina: “AGRICULTOR APERTADO NÃO TEM QUEM LHE COMPRE O GADO”. Pois bem, se há turistas eles têm de comer alguma coisa. Deviam comer carne de vitela, que é boa, quando vão ao restaurante. Mas se a carne não é consumida, das duas uma: ou não há turistas suficientes para consumir os poucos produtos locais ou, se os há, é um turista ambulante que passa sem deixar quase nada.

Portanto, temos a falência de um modelo de desenvolvimento

em que Câmara muito apostou e muito gastou: fazer infra-estruturas desportivas, como a pista, para trazer à região pessoas; e organizar eventos caros, desportivos e recreativos, com a mesma finalidade. No entanto, isso não se verificou e era fácil de ver que não se verificaria: os investimentos foram feitos, os eventos caros foram organizados mas a economia local não lucrou com isso e era fácil de ver que não lucraria; quem mais lucrou foram os de fora. Não podendo o concelho suportar por mais tempo os fortes investimentos que a FIA exige, não tardará muito que vejamos ali, num dos concelhos mais despovoados e pobres, um dos maiores elefantes brancos de Portugal; uma nova ponte no meio do monte, mas 20 vezes pior.

MANUEL RAMOS

Política municipal vista de fora

Falência do paradigma turismo. Chaves é quem mais lucra com os investimentos em Montalegre

“Que eu saiba, é a primeira vez que a Câmara de Montalegre admite que os fortes investimentos que faz

no campo do turismo não têm os esperados retornos na economia local, mas que são os concelhos limítrofes,

especialmente Chaves, quem mais lucra”.

“A Câmara de Montalegre acha que a Pista foi um tremendo erro, mas não quer dar parte de fraco. Por

isso, continua a investir naquela “cesta rota”, naquele sorvedouro de recursos que tanta falta fazem no desenvolvimento sócio-económico do concelho”.

A EDP Distribuição constrói

novo Posto de Transformação e

renova a Rede de Baixa Tensão

na Localidade de São Pedro,

freguesia de Contim, concelho

de Montalegre

A EDP Distribuição

colocou em exploração, um

novo posto de transformação e

renova a rede de Baixa Tensão

na localidade de São Pedro.

No âmbito desta obra, foi

colocado em serviço um novo

posto de transformação que

possui uma potência instalada

de 100 KVA, foram construídos

500 m de rede de Média Tensão.

Foi também renovada a rede

de baixa tensão e iluminação

pública, substituindo cabo de

baixa secção por um novo cabo

troçada de secção adequada,

numa extensão de 408 metros

e instaladas 7 novas luminárias.

Este investimento visa

assegurar a melhoria da

qualidade da energia fornecida

e da iluminação pública, assim

como permite a obtenção

de uma maior flexibilidade

na exploração da rede de

baixa tensão, possibilitando

reconfigurações alternativas

de alimentação garantindo,

a observância dos níveis de

tensão regulamentares. Fica,

também, garantida reserva

de potência para fazer face a

futuros aumentos de consumos,

quer dos clientes existentes

quer de novos clientes.

A EDP Distribuição renova rede de Baixa Tensão em São Pedro

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18 de Abril de 20176 BarrosoNoticias de

Como aliviar a dor nas doenças reumáticas

Introduzindo alguns nutrientes específicos podemos prevenir ou aliviar os sintomas de algumas doenças reumáticas ou de outras patologias. Controlar o peso é primordial pois há pessoas que transportam vinte, trinta, até cinquenta quilos a mais no organismo e sendo assim as articulações vão dizer ai. Consumir açúcar a mais, café, chá muito forte, álcool e sal é o suficiente para aumentar o risco de trazer problemas para o nosso organismo. Por isso mais água pela manhã, sumos e antioxidantes.

Os antioxidantes encontram-se nas frutas e legumes e os homeopatas recomendam misturar umas gotas de água oxigenada na água passando a ser um poderoso antioxidante. Depois não hesite em recorrer à fisioterapia e a terapia são medidas importantes. A primeira contribui para o alívio das dores e também para a redução das dificuldades de mobilização e recuperação dos músculos atingidos. A terapia elucida o doente a desempenhar correctamente as suas tarefas do dia a dia.

A marcha a pé acompanhada de alongamento dos músculos e dos tendões e respiração profunda, ajuda a manter os músculos flexíveis e maleáveis, aliviando dores, tensões e rigidez do sistema muscular.

João Damião

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 93 – Livro

Peguei em ti ao de leve. Quase a medo. Senti o peso das tuas folhas

impressas e carregadas de estórias. Esperei… Senti o toque do papel

impregnado com a indispensável tinta que vai construindo imagens de

caracteres impressos de uma forma aparentemente caótica. Onde se esconde

a subtil diferenciação de quem te escreveu. Onde esse alguém deixou um

pouco de si próprio para que os outros colhessem. Uma dádiva solene que

provém da alma e às almas se destina. A partilha do que se é enquanto se

escreve e do que se foi enquanto se caminhou. Peguei, então, em ti já com

outro olhar. Em reverência, talvez… Fui andando e vendo. Lendo e viajando

por mundos que iam muito para além do que a imaginação permitiria ao

início. Sumi-me nos meandros de inúmeros argumentos que iam encaixando

como peças de uma construção que se fazia a si própria. Deixei-me embalar

em espirais que se construíam com cornucópias de sentimentos. Respirei.

Parei um pouco para contemplar a singela beleza das palavras escritas. Olhei-

as como se fossem despidas de significado. Assumi o caos perante a quietude

de uma ordem imorredoura. Fechei os olhos e sonhei. Sonhei com o correr

das páginas e o morrer dos sonhos que existe no fim das palavras.

João Nuno Gusmão

Para a História da 1ª República em MontalegreAno de 1917

(Continua do n.º anterior...)

….......

O Montalegrense de 30 de Novembro“Concurso

A Comissão Executiva da Câmara Municipal de Montalegre, faz saber que se acha aberto concurso, durante o prazo de trinta dias, a contar da segunda publicação do presente anúncio no Diário do Governo, para o provimento do lugar de carcereiro da cadeia civil desta Comarca, com o vencimento anual de 72$00.

Os documentos exigidos por lei serão entregues na secretaria da Câmara dentro do referido prazo.

Montalegre, 30 de novembro de 1916

O Presidente da Comissão

José Manuel Alves

Príncipe”

O Montalegrense e o 7 De DezembroO Montalegrense e a Censura

Na terça-feira, 5 do corrente, pelas 13 horas, pouco mais ou menos, fomos intimados por meio de mandado assinado pelo Sr. Administrador do Concelho, para não fazermos a publicação de “O Montalegrense” ou de qualquer outro impresso, sem a apreciação e exame prévio do mesmo administrador!...

O mandado, cuja cópia existe em nosso poder, é do teor seguinte:

“Victor Manuel Gonçalves Branco, bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra e administrador do concelho de Montalegre:

Mando ao amanuense Francisco Ferreira Caldas, que visto este por mim assinado, intime Joaquim António

Gomes de Morais, casado, desta vila, proprietário e editor do jornal “O Montalegrense” que se publica nesta vila, para não fazer a publicação do mesmo jornal ou de qualquer outro impresso, sem a minha apreciação e exame prévio sob pena de desobediência e apreensão. O que cumprirá.

Montalegre, cinco de dezembro de mil novecentos e dezasseis.

Victor Branco.Está conformeMontalegre, 5 de

dezembro de 1916O empregado encarregado

da intimaçãoFrancisco Ferreira Caldas”

Protestamos diretamente contra este facto por o julgarmos ilegal e providências foram dadas, pois a lei reguladora da censura preventiva à imprensa estabelece no seu artigo 3º, que ela será exercida por comissões especiais para esse fim nomeadas pelo Governo, quando funcionem nas

capitais do distrito, ou pelos governadores civis quando funcionem nos concelhos.

(…)Sabemos agora, que foi

nomeada a comissão de censura para este concelho, composta pelos Srs. Francisco Henriques de Morais Caldas e Carlos Alberto Fernandes. (…)”“Última hora

Lisboa, 4 – O Ministério da Marinha forneceu aos jornais a seguinte nota oficiosa:

“Três submarinos alemães torpedearam e afundaram ontem, às 8 horas da manhã,

no porto do Funchal, três navios que ali estavam ancorados: a canhoneira francesa Surprise, que algumas vezes esteve no Tejo, o vapor apoio do submarino Kangaros, da mesma nacionalidade; e o vapor inglês Dacia.”

Depois de terem efetuado os torpedeamentos, os submarinos bombardearam a cidade durante duas horas, conservando-se a três milhas de distância. As baterias de terra responderam. (…)”.

Continua

José Enes Gonçalves

EXTERNATO LICEAL DE MONTALEGRE(Colégio)

20 de Maio - Convívio dos Alunos do Colégio

O Encontro, como de costume, inclui:• Missa seguida de romagem ao Cemitério de

Montalegre• Almoço no Restaurante Sol e Chuva (Pisões)

Contacto: 937 305 147 (Conceição Fecha)

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18 de Abril de 2017 7BarrosoNoticias de

A petição lançada pelo Dr. Nuno Vaz, funcionário da Câ-mara Municipal de Montalegre e candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Chaves, relativa ao estado da estrada que liga a cidade a Soutelinho da Raia, parece-nos que foi um au-têntico fiasco já que, no dia em

que escrevo estas linhas, pude constatar que apenas duzentas e dez pessoas assinaram a petição.

Ora, este é um número que nos parece demasiado pequeno para quem ambiciona ganhar as próximas eleições autárquicas, com a agravante de se tratar de um tema que, dado o estado de degradação a que a estrada chegou, só motivos que nos es-capam, mas que muito devem preocupar o Dr. Nuno Vaz, é que poderão impedir alguém de assi-nar a referida petição. No entan-to, salta à vista que, a “mobiliza-ção” está muito longe dos níveis mínimos aceitáveis. Será que também há medo em Chaves?

Ao ler a petição subscrita

pelo Dr. Nuno Vaz, de imediato me vieram à memória as ima-gens do estado de algumas das

nossas estradas, a começar pelo interior da sede do Concelho. Para além dos vários buracos que, logo que caiem as primeiras chuvas, aparecem na principal artéria da Vila, a ligação entre o “largo da Casa Teófilo” e o Cam-po do Rolo está em *deplorável

estado de degradação, a carecer de urgentes obras de requalifica-ção do pavimento”.

Acontece também que, por exemplo, quem chega a Paredes

do Rio - essa aldeia pitoresca que tantas e tantas tertúlias organiza, ao longo de cada ano civil, ao redor de uma mesa, e onde não falta o poder político -, encontra uma placa com os dizeres: “Pa-redes: aldeia Museu”. Museu de Buracos? É que, na estrada, logo

a seguir à placa, só se vêem bu-racos.

Buracos esses, que, mais uma vez, é aquilo que mais há à saída de Covelães, em direção a Outeiro. E o que dizer do lasti-mável troço de estrada entre Ou-teiro e Parada, altamente esbura-cado, que termina nesta ultima localidade com uma rotunda, em que o piso mais parece um queijo suíço?

Caminhemos agora para Pa-radela, atravessemos a barragem, e dirijamo-nos para Cabril. Aten-te-se no péssimo estado de con-servação da via.

Mudemos de zona e percor-ramos, por exemplo, a ligação entre Morgade e Rebordelo. O que dizer sobre o estado desta estrada?

De Soutelinho a Meixide, já muitos se pronunciaram sobre o péssimo estado do piso. De Mei-xide a Vilar de Perdizes, o esta-do da estrada é mau mas, pelo menos, podemos contemplar, ao longe, a “magnifica” obra de en-

genharia - a tal PONTE construí-da no meio do monte que liga a coisa nenhuma -, e refletir sobre como não devem ser gastos os dinheiros públicos.

Enfim, muitos mais exem-plos aqui poderiam ser dados so-bre o estado de degradação das

nossas estradas municipais.

É óbvio que todo o ser hu-mano, minimamente responsá-vel, e em particular o homem político, quando passa por uma estrada e constata que esta está toda esburacada, o seu primeiro

impulso será mandar repará-la. No entanto, para o fazer, tem de ter dinheiro para pagar a conta. Ora, é precisamente neste ponto que entra a economia.

Esta ciência, por definição, num ambiente de recursos escas-sos deve escolher entre as várias alternativas que tem em mãos. É que nunca, mas mesmo nunca, há almoços grátis, há sempre al-guém que tem de os pagar.

Muitas das nossas estradas

estão todas esburacadas. Os nos-sos políticos sabem-no. Mas, o que fazem, em geral, é adiar cus-tos, fazendo as obras, ou as me-rendas, que entendem que lhes trazem mais proveitos eleitorais.

O Dr. Nuno Vaz, que em boa hora, e na defesa dos inte-resses dos cidadãos, pôs a cir-

cular a petição “no sentido de [se] dar início ao procedimento administrativo que conduza à realização de urgentes obras de requalificação da estrada”, co-nhece muito bem esta realidade, até pelo cargo que ocupa na

Câmara de Montalegre. A petição lançada, pode não

ter os efeitos por ele desejados em Chaves. Mas teve o condão de despertar as mentes Barrosãs.

Como seria interessante que o Diretor de Departamento de Administração Geral e Finanças da Câmara Municipal de Monta-legre se pronunciasse sobre o es-tado das estradas de Montalegre e, em particular, sobre quando é que foi a última vez que estas fo-ram requalificadas.

Alberto Frederico

As Estradas de Montalegre

“ao ler a petição subscrita pelo Dr. Nuno Vaz, de ime-diato me vieram à memória as imagens do estado de algu-mas das nossas estradas, a começar pelo interior da sede do Concelho. Para além dos vários buracos que, logo que caiem as primeiras chuvas, aparecem na principal artéria

da Vila, a ligação entre o “largo da Casa Teófilo” e o Campo do Rolo está em “deplorável estado de degradação, a care-

cer de urgentes obras de requalificação do pavimento”

“Buracos esses, que, mais uma vez, é aquilo que mais há à saída de Covelães, em direção a Outeiro. E o que dizer

do lastimável troço de estrada entre Outeiro e Parada, altamente esburacado, que termina nesta ultima localida-de com uma rotunda, em que o piso mais parece um queijo

suíço?”

“Mudemos de zona e percorramos, por exemplo, a ligação entre Morgade e Rebordelo. O que dizer sobre o estado desta estrada?

De Meixide a Vilar de Perdizes, o estado da estrada é mau mas, pelo menos, podemos contemplar, ao longe, a “magnifica” obra de engenharia - a tal ponte construída no meio do monte que liga a coisa nenhuma -, e refletir sobre como não devem ser gastos os dinheiros

públicos”

Domingos Chaves

1 de Outubro de 2017, será o dia em que 9.387.932 eleito-res nacionais no continente e regiões autónomas, 12.992 ci-dadãos da União Europeia não nacionais e 13.988 outros ci-dadãos estrangeiros residentes em Portugal, poderão ter vóz activa se assim o entenderem, nas escolhas para os órgãos das autarquias locais em Portugal.

Apesar de ainda estarmos longe da conclusão de todos os processos de candidaturas, no-meadamente no que diz respei-to às lideranças dos municípios e freguesias; apesar de serem já públicos alguns processos controversos; vários “amuos”

partidários que normalmente dão origem às tradicionais ro-turas; ao surgimento de can-didaturas independentes, ou até a complicadas operações negociais; apesar ainda de não estarem fechadas todas as pos-síveis coligações partidárias, aquilo que já é visível, é que para além das “máquinas par-tidárias” se encontrarem já no terreno, as eleições autárquicas tendem cada dia que passa a ganhar expressão na agenda política não só local, como também nacional. É verdade, que com excepção para os dois principais Municípios - Lisboa e Porto, alguns outros das suas áreas metropolitanas, ou uma ou outra autarquia com peso político relevante, as eleições autárquicas são mais marcadas pela personificação das candi-daturas – de que Montalegre é um excelente exemplo, do que propriamente pela afirmação ou pelo confronto ideológico. Porém, tal não impede que todo o caminho que se irá per-correr até ao dia 1 de Outubro

e os resultados que daí advie-rem, não possam ter - e com toda a certeza terão, um grande impacto no futuro da partido-cracia, situe-se ela na Oposi-ção, no Governo, ou naqueles que suportam a actual maioria parlamentar.

E não vale a pena alguém tentar tapar o sol com uma pe-neira!... Por mais que grande parte deste processo eleitoral seja confinada ao escrutínio lo-cal, os grandes centros urbanos ditarão com toda a certeza uma leitura política dos resultados que ultrapassará as fronteiras municipais. Digam o que dis-serem, uma vitória eleitoral do PS representará a sua afirmação na governação do país; a con-firmação do PCP como partido com cariz autárquico e o possí-vel aparecimento do BE em al-gumas autarquias, constituirão para um e outro um importante balão de oxigénio, que garan-tindo-lhes expressão política, lhes permite ainda um maior poder negocial na coligação parlamentar, e uma maior ex-

pressão política para as legisla-tivas de 2019.

No caso particular do PSD, a antecipação da candidatura de Assunção Cristas em Lisboa, o processo que envolveu a es-colha de um candidato para a capital do país, que culminou na controversa opção de Teresa Leal Coelho, a incapacidade de gerir o “obstáculo” Rui Morei-ra no Porto, e o surgimento de alguns focos locais de instabi-lidade e polémica que levarão a inevitáveis conflitos internos, deixam antever extremas difi-culdades, obrigando a um re-dobrado esforço eleitoral das várias distritais do partido. Para o PSD, mais que para qual-quer outro, este será pois um momento chave e de extrema importância para a actual lide-rança de Pedro Passos Coelho, e para aferir do estado de força do seu eleitorado. Mas não será nada fácil!... E não será nada fácil, porque a forma como o PSD tem gerido o seu estatuto de Oposição política, não tem tido significativos resultados

com impacto na opinião públi-ca e no confronto com o Go-verno. Significativos resultados, prejudicados ainda pelo pro-longar da legislatura perante os constantes anúncios de um descalabro e de uma catástrofe governativa que para além de não se ter concretizado, tem merecido o aval do Presidente da República e das instâncias europeias.

É pois por tudo isto, que uma parte dos tais 9 milhões e 390 mil eleitores que se propo-rão ir às urnas, terão a respon-sabilidade de confirmarem ou não a sua confiança em Passos Coelho e darem expressão ou rejeitarem qualquer desconten-tamento interno. E sendo assim, ainda que Passos Coelho tente desvalorizar e menorizar os im-pactos e a realidade interna, as eleições autárquicas de 2017 serão, de facto, um plebiscito claro para a partidocracia em geral, mas muito mais para o futuro do PSD em particular.

POLITICAMENTE FALANDO

- AUTÁRQUICAS 2017!... UM VERDADEIRO PLEBISCITO NACIONAL…

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BarrosoNoticias de

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918 de Abril de 2017

A última reunião da Assembleia Municipal de Montalegre, realizada no pretérito dia 24 de fevereiro, tinha todos os ingredientes necessários para captar a atenção da comunicação social e, muito particularmente, a imprensa local.

Convém recordar que, por exemplo, o artigo publicado neste jornal pelo Padre Vítor Pereira, relativo ao funcionamento da Santa Casa da Misericórdia, com o sugestivo título, “Para onde vai a santa Casa da Misericórdia de Montalegre?”, cujo Provedor é

precisamente o Presidente daAssembleia Municipal,

tinha saído pouco tempo antes. João Xavier, sempre atento à realidade local, terá instalado atempadamente as Câmara da “TV Barroso” no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com o objetivo de levar ao conhecimento de todos dos cidadãos, em especial os Barrosões espalhados pelos quatro cantos do mundo, o que de mais relevante se iria passar na Assembleia Municipal.

De forma inusitada, que a ser verdade parece constituir um gravíssimo atentado à liberdade de impressa, alguém com responsabilidades na Assembleia Municipal terá mandado desinstalar o equipamento montado pela “TV Barroso” que, no cumprimento dos seus deveres de informar as pessoas, pretendia gravar as melhores imagens da sessão e respetivas intervenções levadas a cabo pelos deputados municipais.

Desconheço quem, e porquê, é que terá impedido João Xavier de realizar o seu trabalho, da mesma forma que não percebo por que razão o jornalista não se recusou a desinstalar as câmaras de

televisão. O que sei é que, no dia 24 de fevereiro, muitas foram as gargantas que comentaram a notícia de que a TV Barroso não pode gravar a reunião da Assembleia Municipal de Montalegre.

Ora, se esta notícia for verdadeira, ela é demasiado grave para que a deixemos passar em claro.

Assim, urge desde logo esclarecer, se a “TV Barroso” foi ou não impedida de realizar o seu trabalho de verdadeiro serviço público de televisão. Depois, e no caso de ser verdade, tirar as devidas ilações

de tal ato, nomeadamente aferir as responsabilidades políticas e criminais do seu autor. E, não menos importante, escalpelizar os reais motivos de quem tem medo de que a população tome conhecimento do que realmente se passa na Assembleia Municipal, vendo

e ouvindo, as intervenções dos nossos representantes na casa da democracia.

É claro que se a notícia não for verdadeira, também têm de ser escrutinados os motivos e as motivações que levaram a avançar com tal calúnia, bem como o seu autor.

Da minha parte exijo, naturalmente, saber toda a verdade, já que a liberdade de imprensa é um bem maior de qualquer democracia, que devemos preservar, custe o que custar.

Compete-nos a nós,

sociedade civil, para que não nos queixemos constantemente das consequências do que não se faz, dar sinais claros aos partidos e aos políticos que estamos atentos ao que eles dizem e fazem e sobre o que deles esperamos em cada importante matéria.

Ora, de acordo com a alínea b), do artigo 22.º da Lei de Imprensa (Lei n.º 2/99, de 13 de janeiro), constituem direitos fundamentais dos jornalistas “a liberdade de acesso às fontes de informação, «incluindo o direito de acesso a locais públicos» e respetiva proteção”.

Por outro lado, o artigo 9.º do Estatuto dos Jornalistas (Lei 1/99, de 13 de Janeiro) garante que os jornalistas “têm o direito de acesso a locais abertos ao público”, desde que para fins de cobertura informativa, como era o caso pretendido pela «TV Barroso». Por sua vez, o artigo 10.º estabelece que os jornalistas “não podem ser impedidos de entrar ou permanecer nos locais referidos no artigo anterior”, ou seja, nos locais públicos.

Acresce que, nos termos do instituído no artigo 10.º do Regimento da Assembleia Municipal, aprovado na sessão do dia 28 de abril de 2014, “a assembleia municipal terá, anualmente, cinco sessões ordinárias em fevereiro, abril, junho, setembro e novembro

ou dezembro, as quais são públicas”. Por outro lado, o artigo 32° do mesmo Regimento reforça “que as sessões e reuniões são públicas.

Concluindo: a TV Barroso, de acordo com estabelecido na Lei de Imprensa, no Estatuto dos Jornalistas e no próprio Regimento da Assembleia Municipal, ter-se-á apresentado nos Paços do Concelho para realizar o trabalho de recolha de informação relativo à primeira sessão ordinária da Assembleia Municipal de 2017 e terá sido, ao que parece, impedida de

realizar o seu trabalho.Assim, dada a gravidade

da situação, urge rapidamente esclarecer o que realmente se passou, tomando todas as medidas para que não se volte a repetir, quer o impedimento de acesso de um jornalista a um local públicoou a notícia que foi posta a circular de boca em boca.

E, já que estamos a falar dos órgãos de comunicação social, não posso deixar de salientar mais um caso que me parece muito pouco transparente.

Quem prestar atenção às informações que aparecem

no painel LED, instalado junto ao Pavilhão Multiusos, não ficará indiferente à publicidade que é dada, e muito bem, à Rádio Montalegre. Acontece que, e do nosso ponto de vista muito mal, não é dado o mesmo tratamento, quer à TV Barroso, quer aos jornais locais,

em particular o Notícias de Barroso – o mais antigo órgão de comunicação social do concelho de Montalegre.

Confesso que não consigo

vislumbrar um só motivo para tratamento tão injusto e desigual para com os diferentes órgãos de comunicação social existentes no concelho. Será que existe algum motivo que eu não estou a descortinar? Se existe, gostaria de saber qual é.

Ao estudar o Regimento da Assembleia Municipal para fundamentar este artigo, fiquei

estupefacto com o que é aí estipulado para a publicidade das deliberações tomadas pelos órgãos da autarquia.

Com efeito, refere o ponto 2 do artigo 24.º do supracitado regimento que os “atos referidos no número anterior são ainda publicados no sítio da Internet, no boletim da autarquia local e *nos jornais regionais editados ou distribuídos na área da respetiva autarquia*, nos 30 dias subsequentes à sua prática”, o sublinhado é nosso. Ora os “atos referidos no número anterior” são as deliberações dos órgãos das autarquias locais, bem

como as decisões dos respetivos titulares destinadas a ter eficácia externa.

Assim, se eu interpretei bem, tanto as deliberações, como as decisões tomadas, quer pela Câmara Municipal, quer pela Assembleia Municipal devem, nos “30 dias subsequentes à sua prática” ser publicados em todos os jornais do Concelho de Montalegre. Daí que a minha pergunta seja só uma: está-se a cumprir o que foi aprovado pela Assembleia Municipal?

É claro que o cumprimento desta medida, que seria paga pela Câmara Municipal, tal como referimos num artigo anterior, “para além de dar as mesmas condições a todos os jornais locais, pode ser um passo importantíssimo para informar os leitores, incentivando-os a desencadearem as reações que julguem mais adequadas, contra ou a favor das medidas propostas e aprovadas”. Por outro lado, “a concretização desta proposta, eleva a legitimação democrática da nossa Administração Local, dando um importante contributo para o aprofundamento da democracia de proximidade entre eleitos e eleitores”.

Bento Monteiro

Ataque à liberdade de imprensa?

“de forma inusitada, que a ser verdade parece constituir um gravíssimo atentado à liberdade de impressa, alguém com

responsabilidades na Assembleia Municipal terá mandado desinstalar o equipamento montado pela «TV Barroso» que, no

cumprimento dos seus deveres de informar as pessoas, pretendia gravar as melhores imagens da sessão e respetivas intervenções

levadas a cabo pelos deputados municipais”

“assim, urge desde logo esclarecer, se a «TV Barroso» foi ou não impedida de realizar o seu trabalho de verdadeiro

serviço público de televisão. Depois, e no caso de ser verdade, tirar as devidas ilações de tal ato, nomeadamente, aferir as

responsabilidades políticas e criminais do seu autor. E, não menos importante, escalpelizar os reais motivos de quem tem medo de que a população tome conhecimento do que realmente se passa na Assembleia Municipal, vendo e ouvindo, as intervenções dos

nossos representantes na casa da democracia”

“ora, se eu interpretei bem, tanto as deliberações, como as decisões tomadas, quer pela Câmara Municipal, quer pela Assembleia Municipal devem, nos “30 dias subsequentes à sua prática” ser

publicados em todos os jornais do Concelho de Montalegre. Daí que a minha pergunta seja só uma: está-se a cumprir o que foi aprovado pela Assembleia Municipal?”

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10 18 de Abril de 2017

Aviso aos assinantes

Atenção, srs. Assinantes: lembramos que devem liquidar as suas assinaturas para o corrente ano.O pagamento pode ser efectuado directamente ou através do envio de um cheque à ordem de Notícias de Barroso ou,

se preferir, por transferência bancária para a CO à ordem de Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura, usando o seguinte:

IBAN: PT50 0045 2200 4028 7516 9551 5 BIC/SWIFT: CCCMPTPL

A todos os assinantes que pretendam aderir a esta forma de pagamento solicitamos que nos informem do valor da transferência e do nome da pessoa que recebe o jornal, logo após o depósito bancário, seja por e-mail, telefone ou carta. Isto porque o talão emitido pelo Banco não traz a indicação do nome do assinante.

A aqueles que prefiram pagar por meio de cheque ou vale postal, pedimos que os mesmos sejam endossados em nome de Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura. Isto porque são directrizes dos bancos.

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Para aqueles que têm necessidades de prestação de serviços, para alguma orientação, juntamos uma resenha da N/tabela de preços:

EXTRATOS de 1 só prédio 35,00 euros “ por cada prédio + 2,50 “AGRADECIMENTOS por óbito c/foto 30,00 “ “ “ s/foto 25,00 “PUB (em função do espaço ocupado)1 página inteira a cores 200,00 ““ “ “ a p/b 160,00 “…...........................Módulo 2 (class).................................... 5,00 “

O Director, Nuno Miguel Moura

BarrosoNoticias de

CERTIFICADOCertifico que no dia vinte e um de março de dois mil e dezassete, perante mim, Notária, Leonor da Conceição Moura, com cartório sito na

rua 25 de abril, 12-A, Refojos, Cabeceiras de Basto, foi outorgada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO notarial, iniciada a folhas 68 do Livro 98 – A, intervindo como justificantes:

António Pereira Gonçalves, NIF 161.638.090. e cônjuge, Maria da Conceição Miranda da Silva Fernandes Gonçalves, NIF 190.905.298., casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Salto e ela da de Venda Nova, ambos do concelho de Montalegre e residentes em 1C rue Luise Michel, 38130 Echirolles, Isère, França6.

Mais certifico que foi declarado o seguinte:Que os seus representados, são donos e legítimos possuidores, e com exclusão de outrem, do seguinte prédio sito na freguesia de Salto, concelho

de Montalegre:Rústico – terra de centeio denominado de “ Laborada de Baixo” com a área de mil seiscentos e trinta e três metros quadrados onde se inclui

uma corte com a área de cinquenta metros quadrados, sito no lugar de Amiar, a confrontar de norte com Maria Lisete Pereira Gonçalves Barbosa e dos demais lados com caminho público, omisso na conservatória, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 4366, omisso na antiga matriz, com o valor patrimonial e atribuído de € 320,00.

Que os justificantes, no ano de mil novecentos e noventa e quatro, adquiriram por compra verbal, já no estado de casados, a Amadeu Gonçalves Pereira, solteiro, maior, residente que foi no lugar de Codeçoso, freguesia de Venda Nova, concelho de Montalegre, e já falecido, o referido prédio, tendo entrado nessa data na posse do mesmo, mas não dispondo de qualquer título formal para o registar na conservatória, em seu nome.

No entanto, os justificantes passaram, desde essa data, a usufrui-lo, limpando-o, vedando-o, cultivando-o e colhendo seus frutos, pagando os respetivos impostos e gozando todas utilidades por ele proporcionadas, com ânimo de quem exercita de direito

próprio, de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, continua e publicamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém – e isto por lapso de tempo superior a vinte anos.

Que, dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram aquele prédio, por usucapião - título esse que, por natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais.

Cabeceiras de Basto, vinte e um de março de dois mil e dezassete.

A NOTÁRIA,(Leonor da Conceição Moura)

Emitido reciboNotícias de Barroso, n.º 513, de 18 de Abril de 2017

Governo quer melhorar a rede rodoviária nacional e municipal até 2020

O Governo quer melhorar a rede rodoviária nacional e municipal até 2020 e reduzir

os acidentes, segundo o Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária (PENSE 2020) que está em consulta pública até 08 de janeiro de 2017.

No documento, a que a agência Lusa teve hoje acesso, um dos objetivos do Governo é melhorar a segurança das infraestruturas, nomeadamente uma rede rodoviária melhor, apesar de “Portugal já possuir uma rede rodoviária nacional estabilizada, composta por uma comparativamente elevada percentagem de autoestradas, e considerada em termos internacionais como das mais seguras”.

Contudo, não dispõe “de instrumentos de avaliação e classificação do seu risco, nem

de ferramentas que permitam a gestão da respetiva segurança, através da introdução das contramedidas mais favoráveis em termos de uma relação de custo/benefício”.

E apesar de a rede municipal ter uma extensão dez vezes superior à rede rodoviária nacional, “não está sujeita a normas comuns de projeto, execução, sinalização e manuten-ção, nem a regras de supervisão”.

Outro dos objetivos operacionais assinalados no PENSE 2020 é ter condutores com

comportamentos mais seguros, tendo em conta que o fator humano “é, de longe, aquele que mais contribui para a sinistralidade rodoviária”.

Para isso, aposta-se na educação formal e na formação específica de todos os utentes da via pública, alertando para a necessidade de serem adotados comportamentos mais seguros, com especial incidência no desenvolvimento de programas para a promoção de comportamentos seguros.

Neste item o documento da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) apela à intervenção das autarquias locais pela maior proximidade que têm com as popula-ções e os utilizadores da via pública, dentro das localidades e no contexto rural.

O plano também quer nas estradas veículos mais seguros e isso passa pelo reforço

da importância da classificação das condições de segurança”, através do lançamento de medidas que incentivem a compra de veículos com maiores condições de segurança e que tornem o parque de viaturas usadas mais seguro.

In Lusa

AGRADECIMENTOMARIA BEATRIZ DE CARVALHO

faleceu dia 17.04.2017

A família de MARIA BEATRIZ DE CARVALHO, de Cortiço, freguesia de Cervos, Montalegre,

na impossibilidade de agradecer individualmente a todas as pessoas que de diversas formas a

confortaram com o seu apoio e carinho, vem por este meio agradecer profundamente as palavras,

actos, gestos de apoio e amizade para com a perda desta nossa tão querida familiar.

A todos o nosso BAM HAJA!

A família,

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1118 de Abril de 2017

1.Anda por aí muito citada, sobretudo em artigos da imprensa e em publicações do Facebook, uma afirmação que o Papa Francisco não proferiu. Segundo é citado, o Papa terá dito que prefere «bons ateus do que maus católicos ou católicos hipócritas.» Na homilia matutina do dia 23 de fevereiro, o Papa Francisco disse o seguinte: «O escândalo é dizer uma coisa e fazer outra; é a vida dupla. Um exemplo? Eu sou muito católico, vou sempre à missa, pertenço a esta associação e àquela; mas a minha vida não é

cristã, não pago o justo aos meus empregados, exploro as pessoas, faço negócios sujos, lavagem de dinheiro. Esta é uma vida dupla. Infelizmente, muitos católicos são assim e escandalizam. Quantas vezes ouvimos no bairro ou noutras partes: «Mas ser católico como aquele, é melhor ser ateu». Eis o escândalo».

Como acabámos de ver, o Papa não diz, cita. Diz que se diz no bairro. Usa a expressão para aflorar melhor a sua reflexão, mas jamais a faz sua. Serve-se dela para nos chamar a atenção do abominável escândalo que é dizer-se católico e depois não o ser na vida, vivendo-se na duplicidade e na hipocrisia, estados de vida indignos para um bom católico. O Papa nunca poderia dizer que é melhor ser ateu do que um mau católico, sabendo perfeitamente que os fiéis da Igreja Católica são imperfeitos e não são santos à força. Um Papa não pode preferir bons ateus a maus crentes. Só

faltava então ser o Papa dos ateus! Pela afirmação, até parece que os ateus são todos bons e não são hipócritas, o que não se verifica.

Os persistentes detratores da Igreja Católica, os que inventam permanentemente desculpas para não irem à Igreja e aqueles que passam a vida a dizer que vivem rodeados de uma corja de hipócritas e mendazes, precipitaram-se logo a citar erradamente o Papa e a usar irrefletidamente a expressão para lançarem acusações, claro, pouco olhando para si mesmos. Quem é que é totalmente transparente na sua vida, praticando tudo o que diz e mostrando tudo o que sente? Quem pode dizer com verdade que já não teve momentos de hipocrisia na sua vida? Infelizmente, a hipocrisia e a duplicidade podem-nos tocar a todos. Não se trata de ser ateu ou de ser católico. Em vez de lançarmos esta censura fácil, farisaica, maniqueísta e populista aos católicos praticantes, tão do

nosso agrado, lembremo-nos de que a integridade e a coerência de vida exige conversão permanente e é trabalho de cada dia e de uma vida, de que ninguém se pode livrar.

2.Quando o país passa por momentos de alguma pacificação e o andamento da economia deixa de ser tão preocupante, a tal agenda «fraturante» vem à tona. Não tenho nada contra. Não há que ter medo de discutir seja o que for, por mais controverso que seja. Não é bonito de ver é o ar convencido de alguns grupos ou fações, que se acham superiormente donos do progressismo da sociedade, acusando como antiquados e obscurantistas quem não concorda com eles ou elas. Em nome de «grandes progressos» sociais, podem-se estar a cometer grandes disparates. Não sei se alguma vez se virá a legalizar a prostituição, mas espero que jamais aconteça. Há dois argumentos que para mim

são intransponíveis: vender a sexualidade, que é parte integrante da pessoa humana, nunca pode ser uma forma de ganhar a vida. É humilhante e indigno. Por outro lado, a prostituição reduz a mulher a uma máquina de sexo, um objeto sexual, é uma sórdida instrumentalização da mulher, rebaixada a uma simples fêmea, fonte de prazer fugaz para o machão, o que é um grave atropelo dos direitos humanos e um grande desrespeito pela dignidade humana. E tem razão Pedro Vaz Patto, num artigo do jornal Observador, quando escreve: «Quando se fala na legalização da prostituição como se de um qualquer outro trabalho se tratasse (o “trabalho sexual”), como um “trabalho” que sempre existiu e sempre continuará a existir, ninguém certamente pensa nas suas filhas, pensa sempre nas filhas dos outros…».

Católicos Hipócritas e a Legalização da Prostituição

Pe Vítor Pereira

BOTICASFolar Gigante em iniciativa de Páscoa

Decorreu no passado fim de semana, dias 8 e 9 de abril, no átrio do edifício do Município, a iniciativa “Cantinho da Páscoa”, organizada pela Associação Empresarial Botiquense – Mais

Boticas, com o apoio da Câmara Municipal.

Barraquinhas, música ao vivo, workshops de folar e de trajes celtas foram algumas das atividades desenvolvidas para todos aqueles que se quiseram juntar à festa e celebrar a esta época festiva de forma diferente.

A grande atração do evento foi a confeção e apresentação de um folar com mais de 70 metros de comprimento, fabricado em conjunto pelas padarias locais e que fez as delícias dos visitantes.

Dinamizar o comércio local e atrair mais pessoas até ao concelho barrosão foram dois dos objetivos da realização desta iniciativa de Páscoa, como referiu o Presidente da Câmara, Fernando Queiroga.

“Dinamizar o comércio local e divulgar o que de melhor há e se faz em Boticas são dois dos objetivos para a realização desta e de outras iniciativas, não só nesta altura mas durante todo o ano. Trabalhamos em conjunto e sempre a pensar no desenvolvimento do nosso concelho”.

A Associação Empresarial Botiquense tem ainda

programada para o dia 13 de abril mais animação, com uma charanga, animadores de rua e oferta de amêndoas.

Troféu Downhill com record de participação

Realizou-se no passado fim de semana, dias 8 e 9 de abril, a 3ª edição do Troféu Downhill Boticas, que este ano foi, pela primeira vez, prova Internacional Classe 2, da Union Cycliste Internationale (UCI).

O Troféu Downhill Boticas 2017 contou com uma participação que ultrapassou os 200 praticantes da modalidade, oriundos de vários pontos do país, de Espanha e também da Escócia. Foram dois dias repletos

de muita adrenalina, com os participantes a testarem os seus limites, numa pista muito rápida e fluída mas com um grau de exigência e concentração bastante elevado.

Os atletas mostraram-se satisfeitos com os ajustes técnicos realizados na pista, comparativamente ao ano anterior, assim como com a excelente organização e coordenação da prova.

Por sua vez, o Presidente da Câmara, Fernando Queiroga, demonstrou a satisfação por ver que, mais uma vez, o Troféu Downhill Boticas foi um sucesso.

“É com muito agrado e satisfação que vejo que esta prova desportiva tem vindo

a crescer e a alcançar um patamar internacional, o que é um excelente presságio para a próxima edição.”, disse o autarca.

No que toca a resultados, o 1º lugar do pódio, na categoria Elites Masculino, foi para o atual campeão nacional de Downhill, Vasco Bica (MS Racing Portugal), que conseguiu cortar a meta em 2:16.299.

“Foi a primeira vez que vim a Boticas e gostei muito daquilo que encontrei aqui. Foi uma prova muito bem organizada, tem pormenores que fazem toda a diferença. Gostei da pista, é muito rápida e segura, é ao meu estilo. Sem dúvida que vai ser uma prova a repetir”, disse Vasco Bica.

O 2º lugar foi para o atleta escocês Blair Lanchlan (The Dudes of Hazzard), com um tempo de 2:18.901, e o 3º e último lugar do pódio foi para Rui Teixeira (Getpro/Linhas Afemar/Torcatense), que percorreu a pista em 2:20.009.

Quanto às Elites Femininas, que este ano contou com a presença de três atletas, o 1º lugar foi conquistado também pela atual campeã nacional da modalidade, Filipa Peres (MS Racing Portugal), que conseguiu um registo de 2:36.518.

Por sua vez, Ana Leite (Enduro BTT Barga) conquistou o 2.º lugar com um tempo de 3:00.814, sendo que a atleta espanhola Inês Hervello (Kamikazes, C.D.), alcançou o último lugar do pódio com uma marca de 4:34.126.

Na categoria de Cadetes, o vencedor foi João Baptista (Getpro/Linhas Afemar/Torcatense), com o tempo de 2:35.917. Nos Juniores, a melhor classificação foi para Adan Castañeira (Kamikazes, C.D.),

com 2:34.241.Nos Master 30, Diego

Alvarez (Singletreck Outdoor Sports) foi o vencedor com o tempo de 2:23.440. Em Master 40, o 1º lugar foi para Miguel Pintos (Galicia En Bici Scot), com a marca de 2.32.032. Por fim, Augusto Pedrosa (Desportivo Jorge Antunes), repetente nestas andanças e único participante na categoria Master 50, conseguiu percorrer a pista em 3:08.828.

Quanto à Promoção, o vencedor da categoria foi Luís Moura (Runnbike/BTT Boticas), que conseguiu o tempo de 2:27.343, voltando a repetir a proeza do ano anterior, tornando-se bicampeão do Troféu Downhill Boticas.

No final decorreu a habitual entrega de prémios a todas as categorias em competição e a atribuição do Prize Money aos oito primeiros classificados à geral masculina e feminina. As

equipas mais representativas também foram brindadas com um troféu, como foi o caso da Getpro/Linhas Afemar/Trocatense, Desportivo Jorge Antunes e MS Racing, que ficaram em 1º, 2º e 3º lugares, respetivamente.

Os troféus foram entregues pelo Presidente da Câmara, Fernando Queiroga, pelo Vice-Presidente, Guilherme Pires, pela Vereadora do Desporto, Maria do Céu Fernandes, pelo Vereador Hélio Martins, pelo Presidente da Associação de Ciclismo de Vila Real (ACVR), José Albino Capelas, e pelo Comissário Internacional da UCI, Phillippe Dumoulin.

A prova desportiva foi organizada em parceria pela Câmara Municipal e pelo BTT Boticas, contando com o apoio da UVP/Federação Portuguesa de Ciclismo, ACVR e UCI.

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18 de Abril de 201712 BarrosoNoticias de

Antes, quero felicitar este colunista do Notícias de Barroso pelos trabalhos de excelente qualidade que não é vulgar encontrar-se na imprensa regional. Além de muito bem escritos, aborda temas (políticos ou não) com muito rigor. Fundamenta as suas afirmações vendo-se que, por detrás de cada artigo, há um trabalho de pesquisa, caso que também na imprensa regional pouco ou mesmo muito pouco se nota.

Depois disto, venho discordar, só em parte, do último

trabalho publicado na edição n.º 512 de 31 de Março de 2017 que intitulou «Barroso não cria emprego».

Com efeito, na análise que faz da situação laboral dos dois concelhos da região de Barroso, compara Montalegre com Boticas, valendo-se dos dados estatísticos publicados pelo INE. Ora bem, não sou economista e não sei muito de contabilidades e portanto não me sinto à vontade para discutir os números apresentados de cuja auntenticidade não duvido.

Mas, há uma conclusão que decorre da sua análise e que me leva a contestá-la com o devido respeito.

Boticas é hoje uma vila progressiva e um concelho dinâmico. Bastará falar na fábrica EURONET que emprega cerca de 200 trabalhadores e na recolha e tratamento dos lixos que também emprega algumas dezenas para se concluir que Boticas está muito melhor que Montalegre. A vila capital de Barroso não tem nada disto, fica-se por uma Fábrica do Fumeiro

e simples oficinas de mecânica que, parece, é muito pouco.

Montalegre é hoje uma vila fantasma. Há fins de semana que não se encontra uma pessoa nas ruas. Boticas é diferente, tem juventude e os retaurantes trabalham melhor que os de Montalegre, apesar da grande publicidade que é feita quase todos os dias.

Digo isto que não é por motivos políticos pois não tenho qualquer motivação desse género. Nem ninguém me encomendou o sermão, como se

diz. Conheço a realidade dum e doutro concelho porque estou duma forma ou doutra nos dois e estou à vontade para ver a realidade do Barroso e também é esta a razão que me levou a escrever a minha observação que, espero bem, não moleste quem tão bem escreve neste jornal que eu precio e leio de fio a pavio.

Saudo o director, todos os colaboradores e os seus leitores.

ASDM

«Barroso não cria emprego»Carta resposta a Bento Monteiro

Chama-se Paula Cristina Gonçalves Branco e é natural de Meixedo. Descendente de família humilde, é filha de Joaquim da Cruz Branco e de Elisa Celeste Pereira Gonçalves, simpático casal que teve três filhos, sendo Paula a mais velha.

Em Agosto de 1992, ingressou nas Forças Armadas, altura em que a Câmara Municipal de Montalegre

passou, pela primeira vez, uma guia de marcha a uma mulher. Enveredou pela carreira militar, portanto, numa altura em que poucas seriam as mulheres que vestiam a farda. Hoje está colocada no Campo Militar de Santa Margarida, é Capitão do Exército Português, reside no Entroncamento e tem dois filhos.

Em 2002, no dia 8 de Março, dia internacional da mulher, o

presidente Jorge Sampaio tendo escolhido o tema «Dignidade/Igualdade» decidiu distinguir 16 mulheres que se destacaram nas mais variadas profissões para enaltecer a dignidade da mulher. Paula Branco, então 1.º Sargento, foi uma delas tendo sido condecorada numa sessão solene no Palácio de Belém com a Ordem de Mérito, pelos seus préstimos ao Exército e o seu

excelente desempenho ao longo de 10 anos.

O jornal «O Povo de Barroso», ano 12, edição n.º 256, sob a direcção de Carvalho de Moura, fez eco desta cerimónia solene de imposição das insígnias

Mas, Paula, nos dias de hoje, com 45 anos, não pára. Federada pelo Clube - União FCI Tomar, participa activamente

em provas de Trail de média e longa distância (entre 20 a 42km). Sobe e desce pelas serras do país inteiro e, não raro, entre nós pode ser vista nesse tipo de provas.

Um exemplo de mulher decidida e corajosa que poderá servir de exemplo aos jovens das terras de Barroso.

Um Viva Barroso a Paula Branco!

Paula Branco, mulher de galões que trepa montanhas

O Papa Francisco aprovou a canonização de Francisco e Jacin-ta Marto. Passam a ser os «mais jovens santos» da Igreja Católica.

Segundo informação do Vati-cano, a canonização poderá ocor-

rer em 13 de Maio. O bispo da diocese de Leiria-Fátima, António Marto, manifestou a sua «enorme satisfação com a aprovação pelo Papa Francisco do milagre neces-sário para a canonização dos Bea-

tos Jacinta e Francisco, no ano do Centenário das Aparições. Em 20 de Abril, o Consistório de Cardeais poderá confirmar esta boa ntícia tão grada para todos e em especial para os portugueses.

“A canonização representa, na Igreja Católica, a confirmação, por parte da Igreja, que um fiel católico é digno de culto público universal e de ser dado aos fieis como intercessor e modelo de

santidade”.Este é um acto reservado ao

Papa, dsde o século XII, a quem compete inscrever o novo Santo no câmone.

Francisco e Jacinta Marto canonizados

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18 de Abril de 2017 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

A Comissão de Relações Exteriores do Brasil aprovou o acordo que trata da concessão de vistos para estudantes que integram a Comunidade dos paises de Língua Portuguesa ( CPLP). Mais um acordo assinado por Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde , Timor Leste, Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe.

Este tratado está em vigor desde Setembro de 2016, quando três países, Portugal, Cabo Verde e Timor Leste o ratificaram. O Brasil, com algum atraso, deu agora sequência à ratificaço do mesmo.

Na ocasião o Presidente do Brasil, Michel Temer, atual presidente da ( CPLP), assim se pronunciou: “Estamos facilitando a viagem de estudantes dentro da CPLP para favorecer o

desenvolvimento económico, educacional, técnico e social de outros paises. Nada mais auspicioso facilitar a mobilidade de nossos jovens.

Uma mobilidade mais do que necessária: os jovens precisam sentir que o mundo se interessa por sua trajetória no campo da escolaridade.

Valorizar a educação dentro do país, e neste caso ir além: facilitar a mobilidade e possibilidade de ampliar conhecimentos, adquirir novas experiências, deparar-se com outras realidades que vêm favorecer muito a aprendizagem, capacitar esta juventude a exercer com mais eficiência a profissão que escolheram e como o Presidente Michel Temer bem disse, favorecer o desenvolvimento educacional, técnico e social de outros países que integram a Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP)

A educação é a maior revolução que o Planeta pode experimentar, é a grande revolução salvadora da humanidade. A única revolução que nunca nos será tirada, sai governo, entra governo, e ela será uma bandeira forte que

não nos deixa sucumbir diante de governos sejam eles bons ou ruins.

A educação é o maior património, a maior herança que se pode deixar para um filho.

O mundo sabe que o grande pilar na evolução da espécie humana é a educação. Por isso muitos paises investem pouco neste ministério, melhor bons currais eleitorais, gente pobre de corpo, alma e mentes atrofiadas por anos mil de atraso em todos os sentidos, movidos pelo medo. Sim, o medo é o segredo: a medo falam pouco, a medo abstêm-se de dizer o que pensam, a medo afastam-se uns dos outros para que não lhe escape o que precisa ficar cá dentro da alma. E por medo aceitam que a vida continue como está, fogem das mudanças.

Infelizmente isto ainda é uma realidade em muitas regiões do Planeta. Portugal despertou para esta realidade, investiu em projetos educacionais, e o nível de escolaridade da população subiu para outro patamar bem mais alto.

A Região de Barroso não foge à regra, temos hoje muitos barrosões como a Dra Maria

Filipa Pires Urbano da Costa Calvão, filha do Dr. Manuel Calvão, de Solveira, destaque na primeira página do Notφcias de Barroso, última edição, escolhida pela Assembleia da República, 2012, para presidir à Comissão Nacional de Proteção de Dados, e tantos outros barrosões ocupam hoje cargos de destaque pelo país afora, dignos também de figurarem na primeira página deste jornal.

Também hoje espalhados pelo mundo encontramos filhos de emigrantes de Portugal inteiro, muitos da nossa região de Barroso, que se destacam nas mais variadas áreas do conhecimento.

Isto não passa desapercebido nos paises de acolhimento: acaba de chegar aqui através do LusoJornal a notícia de que Ministros da Educação de Portugal e de França assinaram Acordo para reforçar o ensino da Língua Portuguesa em França.

No próximo Ano Letivo vão abrir duas Secções Internacionais de Português: uma em Strasbourg e outra em Fontainebleau.

O mundo passa por grandes mudanças, o povo português facilmente se adapta, até por

razões históricas, a tudo que vier agregar valores.

Até podemos chamar de Terra Dois. A Terra Um seria a dos nossos antepassados que como carvalhos, que não se vergam, iam resistindo a toda a sorte de infortúnios. Somos a geração que iniciou a Terra Dois, conseguimos a duras penas ultrapassar a linha da pobreza física, mental e outras pobrezas mais.

Pessoas que construiram uma nova história, deram o grande salto que fez toda a diferença. E para cristalizar esta revolução apostaram na educação de seus filhos.

Sabem que a melhor arma de combate às investidas da vida é a educação.

Quem estuda investe em si, dá valor para a sua vida. Afasta-se de vícios que limitem sua liberdade e capacidade de superar-se.

Claro que vão enfrentar desafios, decepções, perseguições, vão-se deparar com momentos de crise interna e externa, mas vão agir como bons cidadãos que se prepararam para enfrentar e vencer as dificuldades da vida.

Concessão de Vistos para Estudantes da Comunidade de Língua Portuguesa

O BRASIL e a corrupção em larga escala8 MINISTROS, 12 GOVERNADORES, 24 SENADORES, 37 DEPUTADOS E 5

ANTIGOS PRESIDENTES DA REPÚBLICA A CONTAS COM A JUSTIÇA.Se isto fosse caso que

desse para rir, os últimos a fazê-lo, seriam aqueles que ririam melhor!... Mas não dá. E não dá, porque estamos perante um caso muito sério, que afecta toda a sociedade brasileira.

Mas vamos então a factos!... Embora deste lado do Atlântico saibamos pouco sobre o que se passa no Brasil em relação à Operação Lava Jato ou à propina paga pela Petrobras ou aos acordos de delacção premiada que foram feitos entre a autoridade judicial e os executivos da Odebrecht e de outras grandes empresas, o facto é que de vez em quando somos

surpreendidos com as notícias que nos chegam do lado de lá.

E o que nos chega através do diário “O Globo”, é que o Ministro Edson Fachin, que é o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, provocou um verdadeiro terramoto político ao dar luz verde para a abertura de processos a dezenas de altas figuras do Estado.

Ontem, o dito jornal, tal como a generalidade da imprensa brasileira, destacou que a República é que está a ser investigada e que há suspeitas sérias em relação a 8 ministros, 12 governadores, 24 senadores,

37 deputados e 5 antigos Presidentes da República.

Estas informações impressionam toda a gente e os brasileiros têm todas as razões para estar preocupados, porque estes números envergonham o Brasil. Parece então, que as investigações em curso que a Polícia Federal brasileira tem conduzido para apurar os esquemas de generalizada corrupção activa e passiva, de lavagem de dinheiro, de gestão fraudulenta, de recebimento de vantagens indevidas, e de uma forma geral, de enriquecimento ilegal e criminoso, têm uma dimensão transversal por todo o

país e neles estão envolvidas as

elites brasileiras.

Por cá, onde felizmente não

temos nenhuma Operação Lava

Jato, nem nada que se pareça,

não deixaremos contudo

de continuar a acompanhar

as notícias de tamanha

monstruosidade, e também

já agora – porque não dizê-

lo, daquilo que pensa Dilma

Roousseff (a tal que foi destituída

por estes falsos impolutos) sobre

o assunto e da possibilidade de

se fazer ou não, a limpeza a

que com toda a certeza aspira a

sociedade brasileira.

BASTANÇAFora eu como a candeiaQue alumia nos serõesSem medo da alcateiaE receio dos ladrões.

Fossemos nós, simples avesLevar a vida a voar

Cruzar em voos suavesOs céus, a terra e o mar.

Fossemos nós, meus amigos,Os gordos cachos das vinhasEm vez de pobres mendigos

A pedir pelas alminhas.

Fossemos nós, afinalOs mais simples dos mortais

Limpinhos de todo o malNão era preciso mais!

José Rodrigues, Bridgeport, CT USA

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18 de Abril de 201714 BarrosoNoticias de

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245

Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442SEPNA – DGR Chaves 276 340 210

Informações úteis

Ditos (Diatados)

“A lua de Abril nunca ao mundo havia de vir”.

(Trata-se de repor o ditado verdadeiro porque na última edição – O mês de Abril nunca ao mundo havia de vir – não está correcto, pelo que se pedem desculpas aos nossos estimados leitores)

“Governo e fraldas de bebés precisam ser trocadas a miúdo, senão cheiram muito mal”.

Ditos tristemente célebres

(Para a primeira "Sexta 13" do ano e a 26.ª da Feira do Fumeiro).

«Vamos gastar mais de 300 mil euros! Uma aposta feita com a consciência de que são este tipo de eventos que catapultam Montalegre e lhe dão uma imagem de vida e dinâmica que queremos ter», disse o presidente Orlando Alves

Estrada que liga Montalegre a Chaves (EM 508)

Em 21 de Julho de 2015 (Também publicado no jornal ATUAL), Orlando

Alves dixit: «É um dos maiores desafios dos

últimos anos da Câmara de Montalegre: dar dignidade à estrada que liga Montalegre a Chaves (aldra!).

Na calha estão dois «planos de atuação» explicados, com entusiasmo, pelo presidente da autarquia (Blá blá blá!). Orlando Alves garante que é uma pretensão que está a ser «agarrada com muita força» (Aldra!).

Se tudo correr como o previsto, o início dos trabalhos acontece nos primeiros meses de 2016 (Amanhã são 18 de Abril de 2017 e a estrada viste-a tu?).

Orlando Alves explica as duas soluções que estão em cima da mesa: «o plano A inicia no Bairro do Crasto, com uma repavimentação e nova marcação até Vilar de Perdizes. É um troço com mais de 20 anos onde já são visíveis quebras e fissuras no pavimento. Continua depois de Vilar de Perdizes, com um alargamento da plataforma e o desaparecimento de muitas curvas, sobretudo as mais fechadas. É um plano alicerçado num empréstimo bancário de cerca de cinco milhões de euros que estamos a contrair. Só dependemos de uma decisão do Tribunal de Contas que está a atrasar este processo com questões burocráticas. Tenho fé que até ao final

do ano possamos ter o empréstimo aprovado junto de uma instituição bancária selecionada através de concurso. Há também o plano B, no valor de 2,5 a 3 milhões de euros: será feito com os nossos meios financeiros, com muito sacrifício, caso não seja concedido o empréstimo. Consiste em fazer alguns cortes entre Vilar de Perdizes e Meixide, pondo de parte qualquer intervenção no pavimento, neste momento com sinais flagrantes de desgaste intenso, a partir de Montalegre».

E esqueceu-se do Plano C que é: não fazer nada.

Não, sr. Orlando, chama-se a isto gozar com os barrosões! Não, não e não!

O Provador de Vinho Numa conhecida vinícola da

serra, o provador havia falecido e o proprietário começou a procurar alguém que fizesse o trabalho.

Um velho, jeito de antigo malandro, bêbado e mal vestido, apresentou-se para solicitar o lugar.

O proprietário, que não gostou do candidato, queria por isso ver-se livre dele.

Então, na presença de outros dirigentes da empresa, mandou dar-lhe

um copo de vinho para ele testar. O velho provou e disse:

- É um Moscatel de três anos, elaborado com uvas colhidas na parte norte da região, guardado em um barril inox. É de baixa qualidade, porém, aceitável".

“-Correcto”, disse o chefe. Outro copo por favor.

“- É um cabernet, safra 2008, com uvas colhidas nas encostas ao sul da região, guardado em barril de carvalho americano a 8 graus de temperatura. Ainda faltam uns três anos, para que alcance a mais alta qualidade.”

- "Absolutamente correcto". Um terceiro copo.

"- É um espumante elaborado com uvas chardonnay, completado com 15% pinot noir, de alta qualidade e exclusivas”, disse o bêbado.

O proprietário não acreditava no que estava vendo e fez um sinal com os olhos à secretária e pediu-lhe que fizesse algo. Ela saiu da sala e regressou com um copo de urina.

O malandro provou e, calmamente, disse:

“- É de uma ruiva de 26 anos de idade, com três meses de gravidez e, se não me derem o emprego, digo quem é o pai.”

ATÃO BÁ!

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18 de Abril de 2017 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOL

Campeonato de Portugal Prio

(Manutenção Série A) 8.ª JORNADA, no Parque de Jogos do Arnado, Dia 02.04.2017

UNIÃO TORCATENSE 1 MONTALEGRE 2

Montalegre: Márcio; Aliu (Baba 69), Zé Luís, Álvaro Branco e Digas; João Fernandes, Gabi(c) (Dhida 78), Nené(Michael Martins 86), Zack, Paulo Roberto e Michel.Treinador: Zé Manuel ViageGolos: Paulo Roberto – 2

O Montalegre jogou quase todo o jogo com mais uma unidade e Paulo Roberto brilhou com dois golos.

O jogo correu de feição para o Montalegre que entra melhor, Paulo Roberto é derrubado por Zé Pedro que vê ordem de expulsão. Os transmontanos aproveitam a superioridade numérica e marcam logo de seguida num cabeceamento de Paulo Roberto.

Uma grande penalidade bem assinalada por falta de Álvaro Branco foi convertida por Pedro Rui, o melhor marcador do campeonato. Mas o Montalegre mostra consistência defensiva e ofensiva e Paulo Roberto, em jeito, coloca a bola no fundo das redes adversárias.

No reatar, volta a entrar melhor o conjunto barrosão. Paulo Roberto por acumulação de amarelos, foi expulso.

O jogo termina em tumulto com os adeptos da casa a insurgirem-se contra o trio de arbitragem e staff transmontano. O Montalegre saíu vaiado do Parque de Jogos do Arnado. Há a registar ainda um adepto minhoto detido. O Montalegre dedicou o triunfo a André Veras, director desportivo, que está de luto.

9.ª JORNADA, no Estádio Dr Diogo Vaz Pereira, Dia 09.04.2017

MONTALEGRE 7 TORRE DE MONCORVO 0

Montalegre: Márcio; Michel, Zé Luís (Noel 60), Álvaro Branco e Digas; João Fernandes, Nené, Edson (Dhida 66), Baba (Tiago Gomes 59), Aliu e Zach(c)Treinador: Zé Manuel ViageGolos: Aliu -2, Baba -2 Nené -2 e Zach 1

Vitória fácil dos barrosões num jogo sem história. O resultado diz tudo.

O Montalegre foi superior ao seu adversário em todos os capítulos do jogo, marcou sete, podiam ter sido menos ou mais golos, o triunfo barrosão nunca esteve em causa diante de um adversário que denotou muitas fragilidades. Logo aos 4 m, o avançado senegalês Baba lança o primeiro aviso à baliza do Moncorvo e aos 6 m, Aliu abre o marcador depois de assistência perfeita de Zack. No vendaval ofensivo barrosão, o segundo golo barrosão chega mesmo aos 25 m, em nova assistência de Zack para Baba fazer um golo de belo efeito. Aliu marca ainda antes do intervalo e fez o 3-0.

Para a etapa complementar, o conjunto barrosão levanta um pouco o pé do acelerador, mesmo assim Baba faz o 4-0 num cabeceamento indefensável. Aos 72 m é Nené que marca, depois de excelente assistência de Álvaro Branco. O capitão do Montalegre, Zack, fez o 6-0, num remate acrobático. E Nené fechou as contas do jogo com um golo de calcanhar, a passe de Tiago Gomes.

Vitória com nota artística do Montalegre diante de um adversário que deseja o final do

campeonato …

10.ª Jornada, 15.04.2017, no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira

Montalegre 2 Bragança 1

Montalegre: Márcio Rosa; Michel, Zack, Digas e Zé Luís; Gabi(c) (Dhida 67), João Fernandes, (Baba 64), Álvaro Branco, Nené, Paulo Roberto (Michael Martins 89) e Aliu.Treinador: Zé Manuel ViageGolos: Nené e Paulo Roberto.

Jogo de muita luta entre duas grandes equipas, Montalegre demonstrou ser muito forte ao bater uma grande equipa como o Bragança…

Entrou melhor no jogo o conjunto do GDB, a pressionar muito e a criar muitos problemas à equipa da casa em termos defensivos e ofensivos. Aos treze minutos, Danilo abriu o marcador. A partir da meia hora de jogo o Montalegre equilibra, mas continuava curta a equipa barrosã, pois não conseguia apoquentar a baliza de Nélson. Todavia no último minuto do primeiro tempo excelente trabalho de Aliu assistiu Nené para fazer o golo do empate.

Ao intervalo 1-1. Na segunda parte o jogo foi diferente, houve menos Bragança e mais Montalegre, os barrosões chegavam com mais perigo à baliza contrária. O Montalegre tem um potencial ofensivo descomunal e é uma equipa mais matreira que o GDB, quando se esperava que a bola pudesse entrar na baliza barrosã, eis que Michel cruza bem para Paulo Roberto que, ao segundo poste desvia para o fundo das malhas. Era o 2-1, um golo que afectou muito o Bragança que arriscou, tentou ir para a frente, mas o Montalegre

trancava todas as portas para a sua baliza.

Foi um duelo transmontano para homens de barba rija, por vezes duro demais mas emocionante até ao apito final…

Nuno Carvalho/redacção

AF de VILA REAL

Campeonato da Divisão Honra

VILAR DE PERDIZES 2 VILA REAL 1

No último jogo do Grupo Desportivo de Vilar de Perdizes no pelado do Campo da Lage, o Vilar selou o adeus com uma saborosa vitória diante do Vila Real (2-1), em partida a contar para a 26.ª jornada da Divisão de Honra da A. F. Vila Real.

Recorde-se que o emblema barrosão vai ter, na próxima temporada, "casa nova" com a transfiguração do complexo desportivo que terá, entre outras valências, um piso sintético e uma bancada.

MOTOR

Mundial Rallycross 2017 em Montalegre - 21 a 23 abril

É já este fim de semana

que o circuito internacional de Montalegre acolhe a segunda prova do Campeonato do Mundo de Rallycross, evento que volta a prometer espetáculo.

A vila de Montalegre volta a representar Portugal em mais um Campeonato do Mundo de Rallycross.

O Mundial apresenta como grande novidade, a deslocação à Cidade do Cabo, primeira visita da modalidade ao continente africano. Acontece na despedida

da temporada, a 11 e 12 de novembro de 2017.

CALENDÁRIO | MUNDIAL 2017 1. Espanha (Barcelona) - 1 e 2 abril2. Portugal (Montalegre) - este fim de semana3. Alemanha (Hockenheim) - 5 e 6 maio4. Bélgica (Mettet) - 13 e 14 maio5. Grã-Bretanha (Lydden Hill) - 27 e 28 maio6. Noruega (Hell) - 10 e 11 junho7. Suécia (Holjes) - 1 e 2 julho8. Canadá (Trois-Riviéres) - 5 e 6 agosto9. França (Loheac) - 2 e 3 setembro10. Letónia (Riga) - 16 e 17 setembro11. Alemanha (Esterling) - 30 setembro e 1 outubro12. África do Sul (Cidade do Cabo) - 11 e 12 novembro

MONTALEGREProva do Mundial Rallycross 2017

A prova do Campeonato do

Mundo de Rallycross, a realizar no circuito internacional de Montalegre, de 21 a 23 deste mês, foi apresentada publicamente na maior loja interativa de turismo do país - pertença da Região de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) – o "Porto Welcome

Center". A cerimónia contou as presenças do presidente da autarquia de Montalegre, Orlando Alves, do vice-presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Jorge Magalhães, do presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Manuel de Mello Breyner, do vice-presidente do Clube Automóvel de Vila Real (CAVR), Fernando Vaz, e do piloto português Mário Barbosa. Um encontro que foi dominado, em grande parte, pela conquista do município de Montalegre em ter, por mais cinco anos, a organização da prova mundial.

Orlando Alves afirmou que «Este evento tem uma enorme importância para a sustentabilidade do

território e dinamização da economia local. É um evento que esgota totalmente a capacidade hoteleira da região e se estende à vizinha Galiza. Temos a prova garantida por mais cinco anos. Foi indiscutivelmente uma grande vitória».

DESPORTO

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Homenagem a António Rito de Vilar de PerdizesO MEU TESTEMUNHO

A Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes, com o apoio da União das Freguesias de Vilar de Perdizes e Meixide e do município de Montalegre, prestou homenagem a um "filho da terra", António Rodrigues dos Santos, mais conhecido por «António Rito».

Assim em Vilar de Perdizes, a referida Associação a que preside Deolinda Silva, elaborou um programa de variadas acções que preencheram parte do dia 15 de Abril.

O Notícias de Barroso não compareceu nas respectivos actos por não ter chegado à redacção do jornal qualquer nota informativa. Eu particularmente gostaria de marcar presença.

António Rito foi um homem notável de Vilar de Perdizes. Como presidente da Junta de Freguesia lutou por melhoramentos vários dentre os quais se conta o Centro Social, construido pela Cânmara Municipal a que presidiu o subscritor destas linhas.

No entanto, a obra mais notável de António Rito que deve ser lembrada aos vindouros é ele ter conseguido reescrever o «casco» do ATO de VILAR DE PERDIZES. Dotado de uma memória prodigiosa, conseguiu lembrar-se do encadeamento de todas as cenas desta importante obra cultural que é um ex-libris

de Vilar. Não só repor as cenas mas sobretudo as intervenções (falas) dos diversos actores. Isto porque ele tinha em tempos da sua juventude participado na apresentação do ATO e até no desempenho dum dos papéis mais difíceis, o de Senhor (Cristo).

Contou-me ele que, largos anos depois, com a retomada ideia de se realizar o ATO, e o

livro se perdera, e ele conseguiu o “milagre” da sua recuperação através da sua invulgar memória.

Era o António Rito um homem alegre e sempre bem disposto. Falava alto e sempre com um toque de humor, como é apanágio das pessoas inteligentes. De famíla importante de Vilar de Perdizes, os seus descendentes não desmerecem do que foi o seu talento e da sua marca que deixou nesta nobre terra. Tal como quase todos os seus conterrâneos, viveu,

sentiu e praticou o contrabando.Recordo que aí pelos anos

de 1980, quando da Galiza

entravam vacas pela serra afora, carregadas de doenças de vária ordem, eu, na qualidade de presidente da Câmara, juntei no gabinete um bom número de homens que se dedicavam ao contrabando, alguns dos quais com responsabilidades nas Juntas de Freguesia. Reunião que visava o combate à entrada desse flagelo das vacas doentes em

defesa da saúde pública de todos nós, os portugueses, porque esses animais eram abatidos nalguns

matadouros da região e suas carnes encaminhadas para o Porto, Matosinhos, etc.

Pois nessa reunião, ele proferiu a seguinte afirmação: «Olhe, sr. Presidente, mesmo que ponha os guardas fiscais em toda a raia, todos de mãos dadas, não consegue travar o contrabando».

Admirei a frontalidade e nessa altura compreendi melhor a força que representava a prática do contrabando nos povos fronteiriços.

João Santos, presidente da União de Freguesias de Vilar de Perdizes e Meixide teve «uma palavra de agradecimento à Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes pela organização desta homenagem e pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos nas diversas iniciativas».

Deolinda Silva, presidente da Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes, mostrou-se satisfeita, «correu muito bem. Propus esta iniciativa na assembleia de freguesia porque achei que se justificava. Devemos homenagear as pessoas da nossa terra que se destacam. Já devia ter sido. Há mais nomes heróicos de Vilar de Perdizes que merecem um tributo»

Carvalho de Moura