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Director: Carvalho de Moura Ano XXXII, Nº 500 Montalegre, 16.09.2016 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i Joaquim Gonçalves de Moura Um barrosão dinossauro do Douro Politica municipal vista de fora O Dr Manuel Ramos foi de férias e levou livros de autores de Barroso porque é um amigo de Barroso e dá-nos excelentes indicações acerca das suas pesquisas e análises. P5 Para a História da I República em Montalegre O Eng.º Enes Gonçalves continua com as suas crónicas à volta da História recente de Montalegre. A Questão de Salto continua a merecer-lhe a maior das atenções e o Dr. Vitor Branco, ao contrário do que ressalta dos seus livros, é personalidade que não é exemplo para ninguém. Mas uma mentira tantas vezes repetida... P6 POLITICAMENTE FALANDO E Domingos Chaves, desta vez, saiu à rua e dá-nos conta dos ““APANHADOS DESTE VERÃO QUENTE” e não poupa ninguém. Bate nos da esquerda e nos de direita, no govero e na oposição e não esqueceu o flagelo dos incêndios. P7 A Festa dos Jogos Olímpicos Apesar de alguns atrasos e de algumas falhas, que a imprensa não deixou de denunciar, o Brasil esteve à altura da organização dos míticos Jogos Olímpicos, na maravilhosa e esplendorosa cidade de Rio de Janeiro. Definitivamente, penso que a localização das bandas de música na festa de Montalegre tem de ser repensada, como já vários maestros das bandas alertaram. É uma aberração colocar duas bandas de música a cinquenta metros de um grupo musical. E o Pe Vitor Pereira sugere outros locais mais apropriados. Os impolutos Fariseus e a Santa Teresa de Calcutá Em CURRENTE CALAMO o Dr Manuel Verdelho traça o perfil da nova Santa Teresa de Calcutá e rebervera «estes corifeus do ateísmo mais radical, (que) não mais perdoaram à Madre Teresa a coragem de se insurgir, na cerimónia de recebimento do Nobel da Paz, contra o aborto, as sexualidades aberrantes e as práticas de concepção e contracepção antinaturais que reduzem a humanidade ao materialismo mais abjecto. P12 Portugal Empenhado em Mudar o Perfil Migratorio Jornais que se identificam com o mundo português no Brasil mostram um Portugal empenhado em mudar o paradigma de mão de obra qualificada em fuga para a fixação de talentos em terras de Portugal. P13 Serra do Larouco devorada pelas chamas No passado dia 12, após o meio dia, um fogo devorou por completo toda a parte sul e sueste da serra do Larouco até Santo André e muito território galego. Tudo se passou em pouco mais de três horas. Um vento forte, vindo do sul e sudoeste acelerou o cordão das chamas que rapidamente se espalhou por toda a serra que ficou transformada num imenso campo de carvão. Nada restou nem sequer as corgas ou ribeiros com árvores e arbustos mais protegidos pelas humidades de águas correntes. Desde o cimo da serra até ao Padrão e às Forcadas, passando pelas Lousas, castelo do Romão, etc. o fogo tudo devorou. Catarina Dias medalha de bronze no Mundial de Kickboxing Catarina Dias, jovem de 17 anos, participou na Irlanda do Norte, no Campeonato do Mundo de Kickboxing. Natural Gralhós, freguesia da Chã, representou Portugal nesta modalidade e ganhou a medalha de prata na categoria júnior (Full-Contact). Parabéns à nossa menina! E adiante! Joaquim Gonçalves de Moura, natural do Barracão, freguesia de Cervos, é um ilustre barrosão que subiu a pulso na vida e alcançou um patamar de sucessos só próprio dos audazes e privilegiados. O Professor Joaquim Moura foi um docente que não se limitou somente ao ensino mas também tomou iniciativas de criar estruturas para levar a educação e a cultura aos jovens de S. João da Pesqueira e dos muitos lugares por donde lecionou. Mas, para além de 40 anos ao serviço do ensino reconhecido pelos seus muitos alunos e colegas que o homengearam na Régua, conta já 30 de dedicação à viticultura e no «Coração do Douro Vinhateiro» ganhou a reputação de Mestre dos Mestres a produzir vinhos de excelência nas quintas da Pesqueira. (Ver Ps 9 e 16)

Barroso - AOutraVoz · Um barrosão dinossauro do Douro ... O Dr Manuel Ramos foi de férias e levou livros de autores de Barroso porque é um amigo de Barroso e dá-nos excelentes

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Director: Carvalho de Moura

Ano XXXII, Nº 500Montalegre, 16.09.2016

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

Joaquim Gonçalves de MouraUm barrosão dinossauro do Douro

Politica municipal vista de fora

O Dr Manuel Ramos foi de férias e levou livros de autores de Barroso porque é um amigo de Barroso e dá-nos excelentes indicações acerca das suas pesquisas e análises.

P5

Para a História da I República em Montalegre

O Eng.º Enes Gonçalves continua com as suas crónicas à volta da História recente de Montalegre. A Questão de Salto continua a merecer-lhe a maior das atenções e o Dr. Vitor Branco, ao contrário do que ressalta dos seus livros, é personalidade que não é exemplo para ninguém. Mas uma mentira tantas vezes repetida...

P6

POLITICAMENTE FALANDO

E Domingos Chaves, desta vez, saiu à rua e dá-nos conta dos ““APANHADOS DESTE VERÃO QUENTE” e não poupa ninguém. Bate nos da esquerda e nos de direita, no govero e na oposição e não esqueceu o flagelo dos incêndios.

P7

A Festa dos Jogos Olímpicos

Apesar de alguns atrasos e de algumas falhas, que a imprensa não deixou de denunciar, o Brasil esteve à altura da organização dos míticos Jogos Olímpicos, na maravilhosa e esplendorosa cidade de Rio de Janeiro.

Definitivamente, penso que a localização das bandas de música na festa de Montalegre tem de ser repensada, como já vários maestros das bandas alertaram. É uma aberração colocar duas bandas de música a cinquenta metros de um grupo musical. E o Pe Vitor Pereira sugere outros locais mais apropriados.

Os impolutos Fariseus e a Santa Teresa de Calcutá

Em CURRENTE CALAMO o Dr Manuel Verdelho traça o perfil da nova Santa Teresa de Calcutá e rebervera «estes corifeus do ateísmo mais radical, (que) não mais perdoaram à Madre Teresa a coragem de se insurgir, na cerimónia de recebimento do Nobel da Paz, contra o aborto, as sexualidades aberrantes e as práticas de concepção e contracepção antinaturais que reduzem a humanidade ao materialismo mais abjecto.

P12

Portugal Empenhado em Mudar o Perfil Migratorio

Jornais que se identificam com o mundo português no Brasil mostram um Portugal empenhado em mudar o paradigma de mão de obra qualificada em fuga para a fixação de talentos em terras de Portugal.

P13

Serra do Larouco devorada pelas chamasNo passado dia 12, após o meio dia, um fogo devorou por completo toda a parte sul e sueste da serra

do Larouco até Santo André e muito território galego. Tudo se passou em pouco mais de três horas. Um vento forte, vindo do sul e sudoeste acelerou o cordão das chamas que rapidamente se espalhou por toda a serra que ficou transformada num imenso campo de carvão.

Nada restou nem sequer as corgas ou ribeiros com árvores e arbustos mais protegidos pelas humidades de águas correntes.

Desde o cimo da serra até ao Padrão e às Forcadas, passando pelas Lousas, castelo do Romão, etc. o fogo tudo devorou.

Catarina Dias medalha de bronze no Mundial de Kickboxing

Catarina Dias, jovem de 17 anos, participou na Irlanda do

Norte, no Campeonato do Mundo de Kickboxing. Natural Gralhós,

freguesia da Chã, representou Portugal nesta modalidade e ganhou

a medalha de prata na categoria júnior (Full-Contact). Parabéns à

nossa menina! E adiante!

Joaquim Gonçalves de Moura, natural

do Barracão, freguesia de Cervos, é um

ilustre barrosão que subiu a pulso na vida

e alcançou um patamar de sucessos só

próprio dos audazes e privilegiados.

O Professor Joaquim Moura foi um

docente que não se limitou somente ao

ensino mas também tomou iniciativas de

criar estruturas para levar a educação e a

cultura aos jovens de S. João da Pesqueira

e dos muitos lugares por donde lecionou.

Mas, para além de 40 anos ao serviço do

ensino reconhecido pelos seus muitos

alunos e colegas que o homengearam

na Régua, conta já 30 de dedicação

à viticultura e no «Coração do Douro

Vinhateiro» ganhou a reputação de

Mestre dos Mestres a produzir vinhos de

excelência nas quintas da Pesqueira.

(Ver Ps 9 e 16)

16 de Setembro de 20162 BarrosoNoticias de

GRALHASSerra do Larouco devorada pelas chamas

No passado dia 12, após o meio dia, um fogo devorou por completo toda a parte sul e sueste da serra do Larouco até Santo André e muito território galego. Tudo se passou em pouco mais de duas horas. Um vento forte, vindo do sul e sudoeste acelerou o cordão das chamas que rapidamente se espalhou por toda a serra que ficou transformada num imenso campo de carvão.

Nada restou nem sequer as corgas ou ribeiros com árvores e arbustos mais protegidos pelas humidades de águas correntes.

Desde o cimo da serra até ao Padrão e às Forcadas, passando pelas Lousas, castelo do Romão, etc. o fogo tudo devorou incluindo o colmeal de Alberto de Pedrário.

A nossa linda e típica paisagem está transformada num inferno, tal qual se pode imaginar. É inacreditável mas é verdade. Ninguém ali apareceu, nem humanos, nem meios terretres nem aéreos, nada. E tudo aconteceu em poucas horas. Depois dei-me pela conta de que ali pelos Pisões e, mais tarde, na bacia do Rio Cávado e no Parque Nacional da Penada Gerês, em Pitões das Júnias, vários meios aéreos combateram as chamas durante horas, assim se percebendo o abandono da serra do Larouco. Nesta, pondo a vida em risco, entre chamas e fumo insuportável, consegui salvar parte do meu património apícola.

Qual terá sido o criminoso que tão elevados prejuizos causou à natureza, a Gralhas e a Outras localidades?

CM

VILAR DE PERDIZESLar de Idosos em funcionamento

No próximo dia 29 deste mês de Setembro, será inaugurado o Lar de Idosos de Vilar de Perdizes pelo Sr. Bispo da Diocese, D. Amândio Tomaz e que contará com as presenças do presidente da autarquia, Orlando Alves e do director da Segurança Social, de Vila Real, Dr José Rebelo.

Neste momento já está a funcionar com 7 idosos sendo que o número máximo de atendimento nesta valência se fica pelos 10. Ao todo serão 54 os beneficiários, 24 em apoio ao domicílio e 20 no Centro de Dia.

Contrariando a ideia do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre que, na última assembleia geral da instituição, se mostrou contrário à abertura do Lar em Vilar de Perdizes com a justificação de que o de Montalegre seria mais que suficiente, a verdade é que o Centro Social e Paroquial de Vilar de Perdizes com o aval da Segurança Social de Vila Real abriu mais esta valência que criou 12 postos de trabalho.

MONTALEGRECercimont abriu as portas a incapacitados

Entrou em funcionamento o Centro de Atividades Ocupacionais da Cercimont. O momento será presidido pelo Acordo de Cooperação, que será assinado entre o Instituto de Segurança Social e esta cooperativa social.

A Cercimont vai receber nas suas instalações cerca de 30 cidadãos com incapacidades variadas, onde passarão os seus dias de segunda a sexta-feira, num espaço remodelado, para responder às especificidades dos utentes, acompanhados por diversos técnicos profissionais.

Trata-se de uma resposta social concretizada, volvidos 5 anos, desde que aconteceu uma primeira reunião preparatória, que visava a instalação desta Cerci no concelho.

SENHORA DA VILA D’ABRILFesta juntou muitos devotos

A Festa da Senhora da Vila d’Abril, realizada no dia 8 de Setembro, juntou muitos devotos, a maior parte da freguesia de Contim, mas tammbém de muitas outras localidades principalmente do RIO. A missa celebrada pelo seu pároco, Pe

Fernando Guerra, bem como o sermão a cargo do arcipreste de Montalegre, Pe Victor Pereira, tiveram a participação atenta de muito povo bem como a procissão com o andor da Senhora que, saida da Capela deu a volta no cruzeiro num percurso de vistas deslumbrantes para o Gerês barrosão e bacia do Cávado. Finda a parte religiosa, seguiu-se «os arremates» onde se pôde ver que as pessoas interessadas não olhavam muito ao real valor dos artigos leiloados com o sentido de ajudar a organização nos custos da Festa e se manter a tradição festiva.

É de assinalar, mais uma vez, que o santuário da Senhora da Vila d’Abril está situado num local privilegiado, com muito arvoredo à volta e dotado de óptimas condições para que os participantes na Festa se sintam à vontade.

De referir, por último que este dia 8 de Setembro é o dia das 7 Senhoras veneradas no Alto Barroso, as quais são:

Senhora da Vila d’Abril, de Contim/S. PedroSenhora de Galegos, do CortiçoSenhora das Treburas, de MedeirosSenhora da Azinheira, de MeixideSenhora da Natividade, de PenedonesSenhora da Aparecida, de CalvãoSenhora das Necessidades, de Castelões

PADROSOOs Peraltas deram tareia nos de Baltar

Na Festa Popular de Baltar que, desde há anos a esta parte, tem ganho notariedade entre os galegos e os portugueses da raia, juntou-se muito povo à volta dos jogos populares com a animação que, além das charangas galegas, incluiu o grupo «Os Lordes» de Montalegre.

Os jogos populares, este ano, tal qual o ano findo, remataram com o jogo da corda, dentre todos o que suscita mais curiosidade e apreço. Jogo que consiste em lançar uma corda sobre o rio e que é puxada dum e doutro lado por grupos organizados que ali põem todo o seu empenho e a maior força possível para conseguirem puxar os rivais até ao rio e nele acabar por cair num banho forçado.

Pois bem, este ano os de Padroso, num repto que já vem do ano passado, voltou a ganhar aos de Baltar que, na sua própria casa e com o apoio do seu público em maioria, não conseguiu força suficiente para evitarem o banho nas águas. Feito que os de Padroso festejaram não só no momento e no lanche que se lhe seguiu ofertado pelo dinâmico presidente do concelho, José António Feijóo Alonso, mas também em Padroso e Montalegre com razões se manifestaram.

FERRAL65.º concurso pecuário de raça barrosã

Realizou-se na freguesia de Ferral o 65.º

concurso pecuário de raça barrosã. A iniciativa, promovida pelo executivo da junta de freguesia, teve o apoio do município.

Foi no dia 3 de Setembro e teve a concorrência de bastante gado.

Os principais objetivos continuam a ser incentivar e divulgar a raça barrosã, premiar a qualidade e promover o convívio entre produtores. A festa prolongou-se ao longo do dia com uma chega de bois e muita animação.

Nesta edição voltaram a participar «exemplares muito bonitos» que «orgulham uma raça que estava em vias de extinção» referiu Aníbal Ferreira, presidente da junta de freguesia de Ferral. Por sua vez, José Leite, secretário técnico do livro genealógico da raça barrosã explicou que «estiveram presentes os melhores animais da raça» e só um produtor do concelho «apresentou 18 animais», um exemplo de força.

131 – CONCEIÇÃO DE MAGALHÃES, de 87 anos, viúva de José César Fernandes, natural e residente em Salto, freguesia de Salto, onde faleceu no passado dia 17 de Agosto.132 – ANA AFONSO DOS SANTOS, de 87 anos, solteira, natural da freguesia de Contim e residente em S. Pedro da mesma freguesia, onde faleceu no dia 17 de Agosto sendo sepultada no cemitério de S. Pedro.133 – JOÃO PIRES DE BARROS, de 76 anos, casado com Maria Rita Branco Ribas, natural e residente na freguesia de Padroso, onde faleceu no dia 17 de Agosto.134 – JOSÉ JOAQUIM VARANDAS AFONSO, de 68 anos, casado com Maria da Conceição Dias dos Santos, natural da freguesia da Chã, e residente em Medeiros, faleceu no dia 22 de Julho no Hospital de Chaves, sendo sepultado no cemitério de Medeiros.135 – MARIA VITÁLIA DO ALVAR ALVES, de 86 anos, viúva de Alcino Pires, natural de Vilar de Perdizes e ultimamente residente na freguesia de Camarate, Unhos e Apelação, faleceu na freguesia de Avenidas Novas, Lisboa, sendo enterrada no cemitério de Vilar de Perdizes.136 – MANOEL MOISÉS GONÇALVES MEDEIROS, de 90 anos, viúvo de Mariana Rodrigues, natural da freguesia da Vila da Ponte, residente em Bustelo da mesma freguesia, onde faleceu no dia 28 de Agosto, sendo enterrado no cemitério de Bustelo.137 – ALBERTO LOUREIRO DIAS, de 74 anos, casado com Ana Freitas Dias,natural da freguesia de Salto e residente na Borralha, faleceu no dia 26 de Agosto, sendo sepultado no cemitério de Salto.138 – AMADEU GONÇALVES VIDEIRA, de 85 anos, viúvo de Luiza Gonçalves, natural da freguesia de Viade de Baixo e residente em Pisões, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 29 de Agosto e foi sepultado no cemitério de Friães.139 – BENTO ANTÓNIO ALVES CASCAIS, de 82 anos, casado com Francisca Alves, natural e residente na freguesia de Sezelhe, faleceu no Hospital de Chaves no dia 3 de Setembro.140 – LUÍSA AFONSO MIRANDA, de 90 anos, viúva de Manuel de Miranda, natural da freguesia de Outeiro e residente em Parada, da mesma freguesia, faleceu no dia 5 de Setembro, sendo enterrada no cemitério de Outeiro.141 – BASÍLIA GONÇALVES LOPES, de 78 anos, casado com Vitorino Gonçalves, natural da freguesia de Salto e residente em Venda Nova, faleceu em Ruivães, no dia 5 de Setembro, sendo enterrada no cemitério da Venda Nova.142 – JOSÉ FERNANDES DE CASTRO, de 63 anos, viúvo de Teresa Maria Ferreira Domingues de Castro, natural da freguesia de Morgade, faleceu no dia 5 de setembro em Bordeaux (Gironde), França..143 – TERESA DE JESUS RODRIGUES DOS SANTOS, de 90 anos, viúva de António Rodrigues dos Santos, natural e residente em Vilar de Perdizes, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 9 de Setembro.144 – JOSÉ DIAS, de 72 anos, casado com Maria de Fátima Fernandes Querido, natural da freguesia de Negrões e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Vila Real, no dia 12 de Setembro e foi sepultado no cemitério de Montalegre.145 - FERNANDO ANTÓNIO LOPES GONÇALVES, de 51 anos, casado com Custódia Rodrigues Alves Gonçalves, natural da freguesia da Chã, faleceu no passado dia 7 de Setembro em Villejuif (Val-de-Marne), França onde foi sepultado.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos, no corrente ano, até à presente data

CORTEJO CELESTIAL

16 de Setembro de 2016 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Vítor Branco (1863-1947) ensombra «a esquerda» de hoje

Serviu a esquerda contra a direita em vários mandatos, como Presidente da Câmara. Se hoje fosse vivo exorcizava a política e os seus mandantes. Falo de um livro do Dr. Vítor Branco de quem tenho andado a ler algumas obras: Reminiscências do Passado e Almanaque de Lembranças locais.

Acho perfeitamente atualizadas as práticas políticas do seu tempo. Ele combatia os Canedos. Hoje combate-se «quem não for dos nossos». E, mesmo sendo dos «nossos», têm que sujeitar-se à fação do Presidente do Partido.

Vítor Branco nasceu em Frades, em 23 de Março de 1863, sendo o décimo filho de um lar de onze. Aos 7 anos foi deslocado para Cabril, para casa do irmão que ali era pároco (Bento José Pereira Branco), de modo a fazer ali a

quarta classe, visto que no lugar de Frades não havia escola. Feita a escola primária novo rumo: freguesia do Eiró, para junto de outro padre (de nome Venâncio), estudando Latim. A terceira meta é Braga, onde seguiu o exemplo dos dois irmãos clérigos, frequentando o Seminário, durante cinco anos. Dali, após constatar que não era aquele o seu melhor caminho, rumou até Coimbra, onde conheceu grandes vultos da cultura portuguesa, como António Nobre, Alberto de Oliveira, Antero de Quental. Durante a sua permanência na Lusa Atenas, soube granjear amizades e impor-se como democrata que procurou ser.

Logo regressou a Montalegre, feito advogado. Aí abriu banca e fez sucesso, lutando contra os “Canedos” com os quais travou uma luta até ao fim da sua vida.

Bento da Cruz editou, em 1995, o livro: Victor Branco escritor Barrosão vida e obra (Editorial Notícias) e aí escreve: “Foi neste meio tacanho, com três bacharéis em Direito e um em Medicina, que o jovem Victor Branco começou vida como vereador efetivo da Câmara e tabelião privativo

de notas. Em 20.2.1895 casa com uma senhora de família aristocrática de Vermoim, arredores de Famalicão. Nesse mesmo ano candidata-se à presidência da Câmara pelo partido progressista, tendo como opositor, outro ilustre barrosão: Dr. José Joaquim Álvares de Moura, natural de Covelães que concorria pelo partido regenerador. Perdeu as eleições. Mas em 1898, desforrava-se, após ter publicado Cartilha Eleitoral, opúsculo onde acusava os seus adversários, de forma exaustiva.

Só que, em 1901, em novo ato eleitoral, justifica os seus fracassos, sobretudo na florestação que apenas resultou, em três freguesias do concelho, onde os irmãos padres (Bento e Guilherme) tinham bastante influência. Perdeu a Câmara a favor do adversário Germano Augusto Rodrigues Canedo, só regressando ao poder, em 1911. Em 1913 voltava a perder a presidência. Entretanto, por razões de herança da mulher, é forçado a fixar residência em Vermoim, abandonando o palco de operações políticas que o celebrizara e que o levaria a escrever:

“Fidalgo na minha terra,

juiz na minha comarca e tocador de burros em qualquer parte”. Em 1922 voltou a concorrer e voltou a ganhar, até ao 28 de Maio, em que com a ditadura de Salazar, perde irremediavelmente o poder local. Morreu em 16 de Dezembro de 1947. Deixou alguns livros publicados: Carta Aberta, em forma de Crónica (1936), Reminiscências do Passado e Almanaque de Lembranças Locais (1941).e outros.

Está perpetuado na toponímia de Montalegre, onde ficou mais conhecido pelo «Dr. Bitro». Teve os seguintes filhos, todos ilustres e todos nascidos em Montalegre: Maria Cecília de Aguiar Branco (26.12.1895), falecida em Amarante, em 22.2.1973; Isabel Maria de Aguiar Branco (4.9.1899), falecida no Porto, em 3.6.1980; Ana da Glória de Aguiar Branco (31.10.1901), falecida em Lordelo do Douro, em 19.1.1980; Victor Manuel de Aguiar Branco (17.9.1904; 16.5.1927); Guilherme Francisco de Aguiar Branco (1.1.1909); Maria da Glória de Aguiar Branco (15.4.1911), falecida no Porto, em 18.12,1993; Fernanda Vitória

de Aguiar Branco (24.3.1913) e falecida em Lisboa, em 2.1.1978; Maria Eugénia de Aguiar Branco (23.10.1914), falecida no Porto, em 8.2.1985.

Em Montalegre, embora nos tempos do «Dr. Bitro», o concelho de Montalegre tivesse o triplo da população, apenas houve duas forças partidárias concorrentes: a esquerda e a direita. No seu tempo, como hoje, se ele fosse vivo, ocuparia o mandato do PS.

Ele seria hoje, a avaliar pelos valores partidários, o espetro da esquerda. Eventualmente poderia ser o Presidente da Câmara. E por isso tenho andado a ler e a confrontar as suas ideias com a realidade dos nossos dias. É por isso que, referindo-se ao legado de Morais Caldas e avaliando a atuação da Câmara, escreveu ele:

«Isto não pode continuar assim. A Administração municipal nunca se encontrou em mãos tão desavergonhadas. Nunca! É o cumulo do cinismo!».

Em próximas crónicas recordarei decisões polémicas que Vítor Branco não tomaria se fosse vivo.

Notícia de última hora divulgada pela grande imprensa e que é conversa de toda a gente de Montalegre diz que a Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real anunciou esta quarta-feira que confiscou 260 mil euros em ativos a um funcionário da câmara municipal de Montalegre por serem, presumivelmente, de proveniência ilícita.

O Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA-Norte) da PJ, no âmbito de uma investigação pelo crime de corrupção determinada pelo Ministério Público (MP) de Montalegre, da Comarca de Vila

Real, detetou património imóvel, móvel e financeiro na titularidade e posse do arguido conseguido, alegadamente, através de atividade criminosa, explicou em comunicado.

Por determinação das autoridades judiciárias, o GRA-Norte arrestou um automóvel topo de gama, a moradia onde mora o suspeito, três imóveis e nove aplicações financeiras, num total de 260 mil euros.

Trata-se, de acordo com o JN, do Eng.º António Quintanilha Borges, técnico superior da área de obras particulares da Câmara

de Montalegre que recentemente foi acusado de actos de corrupção passiva por alegadamente favorecer o licenciamento de projectos de construção. E foi na sequência deste processo que a PJ investigou o seu património imóvel, móvel e financeiro.

No mês de Outubro será julgado no Tribunal de Vila Real.

Entretanto, algumas questões ficam ainda por explicar, quais sejam:

- a Câmara Municipal instaurou algum processo disciplinar ao referido técnico?

- - Na sequência do proceso de corrupção passiva que lhe foi instaurado pela PJ, há tempos atrás, por causa da queixa dum particular, porque é que a Câmara Municipal não o suspendeu de imediato das suas funções?

- - Não haverá outros implicados nesta trama?

- - Porque é que a Câmara Municipal não tem preenchido a vaga

de arquitecto desde que os socialistas tomaram conta da autarquia, ou seja, há 25 anos a esta parte?

Estas são algumas das questões que o povo de Montalegre pretende conhecer. E a Câmara Municipal, que gere os dinheiros de todos nós, tem obrigação de prestar estes e outros esclarecimentos relacionados.

Fonte: internet e JN

Carvalho de Moura

MONTALEGRE

Funcionário da Câmara suspeito de corrupção em Tribunal

16 de Setembro de 20164 BarrosoNoticias de

No passado dia 4 de

Setembro, a Fundación Curros

Enriquez homenageou o Padre

Fontes com a atribuição do

prémio “Celanova, Casa dos

Poetas”, um galardão instituido

pelo concelho para premiar

figuras que se notabilizam nas

letras e nas artes.

Este é já o XXXII prémio

e o primeiro a distinguir um

português, o etnógrafo António

Lourenço Fontes.

O acto oficial foi presidido

pelo presidente da Câmara de

Celanova e também presidente

da Fundação Curros Enriquez,

José Luís Ferro Iglesias, na Casa

do Concelho e que teve três

partes distintas.

A primeira no monumento

erigido ao poeta Celso Emilio

Ferreiro no qual foi depositado

um ramo de flores, sendo

evocado esta figura ilustre das

letras galegas, a segunda, na

Horta da Palabra da Casa dos

Poetas, decorreu a cerimónia

da entrega do prémio durante

a qual David Teixeira se

encarregou de traçar o perfil

do Padre Fontes pondo em

destaque o seu dinamismo

e amor às terras de Barroso

e às terras raianas. Valentín

Garcia, secretário Xeral de

Politica Linguistica, encerrou a

sessão com palavras de apreço

para com o homenageado e

à Fundação cujos prémios

estimulam os artistas galegos e

portugueses.

A terceira e última

parte do acto oficial foi o

enecerramento com um Xantar

para os convidados na Horta da

Palabra da Casa dos Poetas, em

Celanova.

“A jornada portanto serviu

para lembrar Celso Emilio

Ferreiro pelo motivo do 37.º

ano da sua morte. No transcurso

deste acto, o presidente

da Fundación entregou ao

premiado a medalha de prata

comemorativa do galardão,

obra do escultor ourensano

Acisclo Manzano, na qual

se faz uma alusão simbólica

à figura dos três grandes

poetas de Celanova. Além do

diploma, obra do pintor e poeta

celanovés Baldo Ramos”.

A animação esteve a cargo

de Quique Queiman e Andrea

Pousa e do grupo de Gaitas de

Celanova.

Parabéns ao Padre António

Fontes por mais um prémio

que, vindo da Galiza, terá

para ele um sabor especial por

causa da ligação entre os dois

povos que sempre defendeu.

C. M.

Padre Fontes homenageado na Galiza

Responda quem souber...Será mesmo verdade que a Câmara Municipal pagou a um empreiteiro de Montalegre os trabalhos de Escavação e Movimento de terras no «bunker» do Campo de Tiro de Montalegre no valor de 149.634,00 € ( 30 mil contos na moeda antiga)?Por alma de quem? Ou seja, afinal a quem pertence o Campo de Tiro?

Será mesmo verdade que a Câmara Municipal terá pago 7.500,00 €uros a um particular por uma coleção de rochas minerais e fosseis para colocar no Ecomuseu das Minas da Borralha?Como é que se desenvolveu este processo? Quem avaliou tal espólio?

Sendo verdade que um técnico superior da Câmara Municipal está arguido como suspeito de corrupção tendo já bens arrestados no valor de 260.000 Euros. Se verdade, qual tem sido o procedimento do executivo?Será mesmo verdade que a Câmara Municipal tem ignorado o caso?Será mesmo verdade que a Câmara Municipal não instaurou ao dito Técnico Superior um processo disciplinar com suspensão imediata de funções?

Será mesmo verdade que a Câmara Municipal de Montalegre poderá vir a ser condenada por ter alterado o projecto de execução das obras do MULTIUSOS, AUDITÓRIO, GIMNODESPORTIVO e CHEGÓDROMO aprovado pelos Fundos comunitários?Poderá o povo de Montalegre ser informado das razões que levaram o executivo do Sr. Fernando Rodrigues a suspender a construção do CHEGÓDROMO por ele considerado «a cereja em cima do bolo»?

S. Paulo - Brasil

Os Emigrantes amam a sua terra

Sr. Director, boa tarde!Que tal vai Montalegre

agora já sem os emigrantes? Eu gosto imenso desse povo, gente humilde que saiu daí levando na alma a sua família, Portugal e sua gente e sempre que podem voltam. Embora agora andem um pouco desanimados, aqui do Brasil não faltam queixas a chegar ao meu conhecimento. Cada uma que daria um romance.

Um dizia-me que a mãe morreu, ele era o único filho, deixou muitas terras mas já não tinha direito a nada, um espertalhão que mora em Montalegre passou tudo para o nome dele. Como sabiam que ele era um apaixonado pelas Chegas de Bois, pediram-lhe

um pedaço de um lameiro que tinha comprado, encheu-se de orgulho, cedeu o tal espaço dentro do lameiro, mas mal sabia que podia dizer adeus aos tantos mil contos que deu por ele.

Decretaram ali zona verde. Mas que injustiça! Que seja zona verde, mas indemnizem o dono não acha? e por aí vai.

Achei engraçado um de Penedones, dizia assim: as ruas de Penedones de tando mato que deixaram ali crescer viraram um jardim. E por aí vai. Mas vai mal a nossa terra.

Fique bem

M M

… … … … … …

Sr. Director

London- UK

Acabei de ver e ler o Notícias

de Barroso, gostei demais, e para mim trouxe algumas explicações até de que eu estava precisando sobre o jornal do Planalto. Eu não sabia que o Sr.Orlando assumiu o Jornal do Planalto, é lamentável que um jornal criado para espalhar cultura, conhecimento, um jornal, mais para a elite mesmo, venha a ser um veículo da vida política de Barroso.

Afinal o Planalto não vai divulgar escritores, poetas, enfim arte e cultura, como me enganei! Fui avisado a tempo, se é para fins políticos, não interessa. Pena é que desvirtuem a missão desse jornal. Eu sei que pouco vendia, mas mesmo assim valia.

Para mim só há três coisas que me motivam a escrever para jornais, cultura em todos os aspectos e a diáspora portuguesa, porque faço parte dela, e quero muito bem a essa brava gente.

Também prezo o meu amigo

Sr. Carvalho de Moura, que está sofrendo ataques e oposições desagradáveis demais, e como o Sr. bem disse, não precisava disso. Olhe torço, de coração, até rezo para que encontre apoio forte bastante para fazer frente a tanta oposição. Um desgaste muito grande.

Cumprimentos a si, continue e a todos os colaboradores,

A. F. R. dos Santos

… … … … … …

Paris – França

Exmo sr. Director

Com os meus cumprimentos, deixo-lhe também aqui uma sugestão, decorrido pouco mais de um ano sobre a morte do Dr. João Domingos Sanches, de Meixide, um lutador infatigável pela cultura de Barroso com

participação e publicação de alguns livros como, medicina popular barrosã, etnografia transmontana, vida e obra do padre António Fontes, etc., e que como um seu amigo escreveu no noticias de Barroso nº 471 de 18/05/2015, este homem de generosidade sem limites, prejudicado por vezes pela sua ingenuidade, apesar da sua enorme cultura, era possuidor também de uma humildade que deveria servir de exemplo a muita gente que se julga importante.

Esta minha sugestão através do seu jornal é para que as entidades locais não deixem de reconhecer e valorizar alguém que muito deu à região onde nasceu e morreu prematuramente, dando o seu nome a uma rua da sua terra natal, Meixide. Muito obrigado

A. Fernandes.

Cartas dos Leitores

AGRADECIMENTOJOÃO PIRES DE BARROS

(Padroso, 76 anos)

A família do falecido JOÃO PIRES DE BARROS, de Padroso, vem por este único meio agradecer publicamente todas as manifestações de condolências

e solidariedade que lhe foram transmitidas no acto do funeral e também na Missa de 7.º Dia.Agradece ainda às pessoas que, não podendo estar presentes nestes actos, duma ou doutra

forma lhe manifestaram o seu pesar. Bem Hajam!

A Família

16 de Setembro de 2016 5BarrosoNoticias de

De entre os muitos livros que li nestas férias grandes, uns relativos a Barroso, outros relativos às matérias que estudo, dois despertaram a minha atenção: “As Ripadas do Padre Domingos Barroso” e os “Guerrilheiros Antifranquistas em Trás-os-Montes”, de Bento da Cruz. Em próxima edição abordarei “A História de Barroso”, de José Dias Baptista, apresentando algum conteúdo erróneo e viciante.

O primeiro é constituído por uma recolha de crónicas literárias, dispersas por “A Voz de Trás-os-Montes” entre os anos 1948 e 1952, onde vemos a sua faceta de colaborador e de escritor. O Coronel Dias Vieira foi o responsável pela selecção e compilação dos textos, pela sua gradação e pelo comentário introdutório a cada um deles. Por vezes, o seu comentário introdutório é ele próprio uma crónica, como quando aborda a questão da extinção do urso no nosso concelho, ou quando fala do lobo como predador implacável, ou quando aborda a migração barrosã para Lisboa ou ainda quando fala de uma fonte de “Ao longo da Fronteira”, de Bento da Cruz.

Em termos gerais, o livro é muito bom. O Coronel Dias Vieira já nos habituou a boas publicações. Lembrando aqui o seu libelo “Guerra em Rima”, que li há dias, apetece dizer que Dias Vieira sabe muito bem distinguir a matéria que tem dignidade para constituir livro daquela que não tem esse valor.

A Câmara, ao financiar a sua publicação, acertou (bingo!), mas infelizmente já estourou muito dinheiro ao custear livros sem critério e sem qualidade, livros que causam náuseas e urticária a quem lê, livros que são perigosos para a educação dos jovens por neles os erros ortográficos crescerem como cogumelos, livros que é melhor queimar numa salamandra da escola e produzir muito calor do que colocar numa estante da biblioteca.

Na escrita do Padre Domingos, tem sido relevado a prosa elegante, mas há muito mais do que isso. É verdade que escreve em “estilo elevado”, mas também sabe escolher um tema apropriado para cativar a atenção do leitor e sabe desenvolvê-lo com argúcia e enlevo. E é assim

que deve ser a literatura. Por isso é que “o livro se lê como um romance” (Dias Vieira). Mas há mais: há também o elemento ideológico, o pensamento deste clérigo que é brilhante para a época.

As suas crónicas têm início com a crítica literária e corrosiva a “O Arcipreste de Barroso”, depois continuada a “Terra Fria”, de Ferreira de Castro e a “O Bruxo da Montanha”, de J. Mota Júnior. Neste tempo ainda a obra de Bento da Cruz não tinha “entrado em cena”, caso contrário julgo que teria merecido do Padre Domingos maior número de ripeiradas, especialmente pela forma como o sacerdote (“um pinante”) e a mulher (“uma fêmea no cio”) são tratados. Acharia uma torpeza e ingratidão.

As suas crónicas abordam depois a caça, de que era um apaixonado (naquele tempo ainda havia a figura do padre-caçador e hoje felizmente já não há), lembrando que, se houver uma boa política municipal da caça, renderá muito dinheiro e atrairá muita gente endinheirada. Infelizmente, a política municipal da caça é hoje bem pior do que naquele tempo, em que a CVC lhe pediu conselho. Não omite a caça clandestina e a figura perpétua do caçador como “transgressor”.

Para lá da caça, também lhe é querido o tema da genética, que era muito recente nos meios universitários portugueses. Numa das crónicas, chega a dar uma lição de genética e ensina como proceder (incluindo pelo recurso à consanguinidade) para ter gado mais leiteiro, bois mais lidadores ou raças mais corpulentas. Defende a chega de bois, não porque goste de chegas, mas porque a acha necessária para o melhoramento das raças e para combater a importação de gado galego. Chega a aconselhar a genética arbórea e defende que em Barroso há condições para a produção local de fruta para autoconsumo.

Não dispondo de mais tempo, apresento em síntese mais algumas ideias suas: defendia a formação de um corpo de bombeiros a ser financiados por Montalegre e aldeias vizinhas, já que, em caso de incêndio, eram as únicas que podiam ser socorridas a tempo; tal como eu próprio defendo, ele defendia

acções de sensibilização junto das pessoas e achava que, dada a escassez de mentores agrícolas, eram os sacerdotes que as deviam fazer por estarem mais próximos das populações. Aborda ainda o que é isso de “ser barrosão”, a migração para Lisboa, repovoamento, língua portuguesa, a mulher, a máquina e a velocidade, perda de autenticidade, falta de higiene nas aldeias, Salazar, Tenente Canedo, etc.

Definia-se a si próprio como “um curioso que gosta de manter os olhos abertos

sobre todas as janelas da vida” (p. 141) e dá a entender que o melhoramento das condições de vida locais trarão benefícios espirituais.

Num dado ponto (p. 55), a respeito do tenente Canedo, fala-se de “O Lobo Guerrilheiro”, de Bento da Cruz e da imprecisão do nome “guerrilheiro”. De facto, nem Dias Vieira nem eu próprio (mas por razões ligeiramente diferentes) achamos que esta palavra é a mais apropriada para descrever a acção dos bandoleiros galegos e até portugueses num e noutro lado da fronteira nos anos 40 e parte dos 50. Essa palavra é a mesma de “Guerrilheiros e Antifranquistas” e, por isso, notamos a mesma imprecisão no título.

Acerca deste livro de Bento da Cruz (“Guerrilheiros Antifranquistas em Trás-os-Montes”), têm recaído suspeitas de autenticidade, provindos de círculos próximos do Padre Domingos, há já vários anos. Em suma, há duas famílias que reivindicam o mesmo livro (que por sinal não é grande coisa!) e que cada uma delas terá os seus argumentos e era bom que os apresentassem à sociedade.

Quando assim acontece, o melhor que há a fazer é discutir o assunto pública e serenamente, sem medo, sem ameaças, sem olhos raiados de sangue e sem figuras tristes, dado o interesse que há para os respectivos autores; e porque há interesses legítimos de uma das partes (seja ela qual for) que estão a ser prejudicados e porque o assunto é de interesse local, eventualmente regional. Sobretudo importa submeter o livro ao crivo da crítica ideológica e filológico-literária.

Eu interessei-me pelo

caso, não só porque tenho trabalhado com o plágio, mas também porque tenho interesse nas publicações locais e ainda porque gosto de partilhar publicamente ideias nos órgãos culturais. E o único órgão independente e sério é o “Notícias de Barroso”, dirigido pelo Prof. Carvalho de Moura.

Por aquilo que me foi dado investigar (mas não é assunto encerrado), a estória do “manuscrito finalizado e vendido” não passa de um mito que teve origem em Vilar de Perdizes ou Meixedo por pessoas próximas do Padre Domingos Barroso.

O livro, tal como foi publicado, parece todo ele de Bento da Cruz, tanto ideológica, como estilística e vocabularmente.

Ideologicamente, faz a apologia do bandoleiro antifranquista, a que chama eufemisticamente “guerrilheiro”, e eleva-o à categoria de herói romântico; o fascismo foi a desgraça de Espanha, enquanto que o comunismo teria sido a salvação. Pelo contrário, o Padre Domingos via nos “guerrilheiros”, e muito bem, bandoleiros e assassinos

comunistas e detestava a facção republicana.

Estilisticamente, predomina o estilo narrativo de Bento da Cruz, por vezes com tiradas elegantes.

Vocabularmente, também é o vocabulário típico de Bento da Cruz e não o vocabulário mais arcaizante do Padre Domingos.

Como documento, o livro é fraco. Também é de difícil enquadramento num género, pois não pretende ser literatura, mas também não é história; também não é o típico ensaio. Eu defini-lo-ia como um “ensaio à Bento”. Quando aborda a pseudo-guerrilha (e não guerrilha) republicana (1.ª parte) segue fraca bibliografia republicana espanhola e uma entrevista de César Rios (tratado pela justiça como bandoleiro contumaz e elevado por Bento da Cruz ao estatuto de herói); na segunda parte, aborda a pseudo-guerrilha que circulava nas zonas de fronteira entre Espanha e Portugal depois do fim da guerra civil espanhola e da II Guerra Mundial; a morte do Pinto de Negrões (um malandro por ser do partido dos Canedos), o julgamento…

Nesta segunda parte, copia com abundância o processo do Demétrio (outro bandoleiro segundo a justiça, mas que não participou na morte do Pinto de Negrões), que está no Tribunal Militar do Porto, e o processo de José Pereira, de Lamachã, sobre quem recaiu a suspeita de incentivar os bandoleiros à morte do Pinto de Negrões. Para Bento da Cruz, José Pereira foi uma vítima da ditadura local dos Canedos, um Cristo, que padeceu um martírio. Grande parte do livro é uma apologia a este José Pereira e crítica corrosiva aos “três manos Canedos” que compara a “gangsters” locais.

Isto é fraco, isto nada tem a ver com o pensamento do Padre.

Há proximidade entre este livro e outro de Bento da Cruz: “Ao longo da fronteira”, depois alterado para “O lobo guerrilheiro”, onde predomina a mesma ideia romântica do bandoleiro e em que todos os seus crimes, a que eufemisticamente chama “golpes económicos”, são justificados.

MANUEL RAMOS

Política municipal vista de fora

Leituras de Verão: entre o Padre Domingos Barroso e Bento da Cruz

“Com a publicação de “As Ripadas do Padre Domingos Barroso”, do Coronel Dias Vieira, a Câmara acertou (bingo!) ao financiar a sua publicação, mas infelizmente já estourou muito dinheiro ao custear livros sem critério e sem qualidade, livros que causam náuseas e urticária a quem lê, livros que são perigosos para a educação dos jovens por neles os erros ortográficos crescerem como cogumelos, livros que é melhor queimar numa salamandra da escola e produzir muito calor do que colocar numa estante da biblioteca.”

Catarina Dias, jovem de 17 anos, participou na Irlanda do Norte, no Campeonato do Mundo de Kickboxing. Natural Gralhós, freguesia da Chã, representou Portugal nesta modalidade e ganhou a medalha de prata na categoria júnior (Full-Contact). Ela que dizia que nunca perdera um combate, acabou por ceder à irlandesa que jogava em casa.O Campeonato do Mundo de

Kickboxing, categoria júnior (Full-Contact), teve lugar na cidade de Dublin, Irlanda do Norte e os custos da deslocação e do alojamento foram suportados pela família, pois que Catarina ainda é atleta amadora.O seu treinador, mestre José Pina, tem acompanhado a evolução de Catarina e contribuido para os seus êxitos no desporto.O percurso de Catrina Dias teve

início em 2014, na cidade de Chaves, no “Ginásio 100%”. Cedodeu nas vistas a ponto de ser transferida para o Ginásio Clube Mirandelense onde encontrou o rosto maior da modalidade: José Pina. Catarina desenha o esboço do primeiro contacto: «isto aparece na minha vida porque saí de Montalegre e fui estudar para fora. Sempre participei no

desporto escolar.Um amigo disse-me se queria experimentar artes marciais. Experimentei. No final da primeira aula, apercebi-me que era isto que queria para a minha vida». De lá para cá, o apoio tem sido constante: «sinto que sou apoiada. Toda a gente me dá força. Sentem-se orgulhosos por mim, por ser a única, do nosso concelho, a representar

Portugal num outro país. Dão-

me forças para continuar com o

meu sonho», palavras proferidas

à comunicação social.

Damos os parabéns a Catrina

Dias pelo seu grande sucesso

e que continue a alimentar o

sonho de representar o concelho

de Montalegre e o nosso país

como grande atleta

Catarina Dias medalha de bronze no Mundial de Kickboxing

16 de Setembro de 20166 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 80 – Obtuso

Sinto-me obtuso. Porquê? Porque sim! Porque me apetece…. Talvez

porque esteja farto de uma objectividade estéril e demasiado óbvia. Cansado

de um pragmatismo forçado por regras que, de tão velhas, delas mesmas

já só se vislumbram as teias de aranha que as recobrem. Fatigado de uma

linearidade de pensamento que estabelece a corrente através da qual

vamos indo e navegando, convictos de que seguimos um caminho único e

absolutamente construído e definido por nós. “Sei que não vou por aí…”, dizia

o poeta, com convicção. Todos nós sabemos que não vamos. Pelo menos,

momentaneamente. Voltaremos, conscientes ou não, ao fluxo torrencial da

corrente e ao caminho estrutural por ela definido e que salienta, com cínico

ênfase, os subtis e momentâneos caminhos por onde nos desviamos à procura

de uma frescura que a corrente principal nos nega. Por isso me sinto obtuso.

Por isso mesmo quero sentir-me obtuso. Para que, na minha consciente

teimosia, possa ir desafiando a corrente que me arrasta de forma inexorável e

à qual eu sei que sempre voltarei.

João Nuno Gusmão

Para a História da 1ª República em MontalegreAno de 1916

(Continua do n.º anterior... com a questão de Salto)

Na entrada do ano de 1916 dois assuntos, a Questão de Salto e a Guerra, aparecem como os motivos centrais das preocupações dos barrosões.

O primeiro, a Questão de Salto, por estar agendada para breve a discussão do projeto de lei nº 178 - A no Senado recentemente aprovado na Câmara dos Senhores Deputados; o assunto da Guerra, por se falar com insistência na nossa provável participação no conflito e, consequentemente, no recrutamento dos mancebos para o Exército.

Também no princípio deste ano começou a entrever-se um entendimento entre as duas facções políticas de Montalegre por efeito da Questão de Salto. Partindo do princípio que todos estavam do mesmo lado, que todos defendiam a permanência da freguesia de Salto no concelho de Montalegre, iniciou-se uma cooperação (precária, como se verá) entre os dirigentes de ambos os partidos políticos ( o Democrático e o Evolucionista) de que a parte essencial

consistiu na colaboração que o Dr. Vitor Branco manteve no jornal “O Montalegrense” durante cerca de dez números.

Os escritos do Dr. Vitor, com os títulos: “Esclarecimento sobre a Anexação de Salto a Cabeceiras” e “Ainda a Questão de Salto”, foram depois publicados em dois opúsculos em edição do autor.

Sobre este assunto, notícia ‘O Montalegrense’ de 13 de Janeiro:

“Esclarecimento sobre a anexação de Salto a Cabeceiras

Vai ser discutido no Senado, dentro de poucos dias, o projeto lei nº 178 - A, aprovado já na câmara dos senhores deputados, pelo qual se pretende incorporar no concelho de Cabeceiras e no distrito de Braga a freguesia de Salto, desanexando-a do concelho de Montalegre e do distrito de Vila Real, ao qual sempre pertenceu.

É pois oportuno e indispensável esclarecer esta questão que intimamente trás impressionado todo o concelho de Montalegre, a ponto de o fazer sair da sua proverbial apatia e incondicional submissão a tudo quanto superiormente lhe é imposto, para tomar agora uma atitude tão imprevista

como enérgica e decidida.Eis o projeto de lei:Artigo 1º - É desanexada a freguesia

de Salto do concelho e comarca de Montalegre para ser anexada ao concelho e comarca de Cabeceiras de Basto.

Artigo 2º - Para a Câmara Municipal do concelho de Cabeceiras de Basto passam quaisquer encargos respeitantes à freguesia de Salto e que sejam da responsabilidade da Câmara Municipal de Montalegre.

Artigo 3º - Fica a mesma freguesia de Salto pertencendo ao distrito de Braga, sendo desanexada do de Vila Real de Trás-os-Montes.

Artigo 4º - Fica revogada a legislação em contrário.”

__________De “O Montalegrense” de 13

de Janeiro: “Câmara de MontalegreComo dispõe a lei de 7 de Agosto

de 1913, realizou-se no dia 3 do corrente a sessão da Câmara Municipal.

Procedendo-se à eleição da mesa que há-de funcionar durante o presente ano de 1916, apurou-se terem sido eleitos os cidadãos seguintes:

Presidente - José Bento Gonçalves Barroso Júnior;

Vice-presidente - Dr. Diogo Gomes de Carvalho;

Comissão executiva - Adriano Lourenço dos Santos, Albino Bragança de Miranda, António dos Santos Roda, Delfim Augusto Barroso Lopes, João Alves, José Manuel Alves Príncipe e José Joaquim Alvares de Moura”

O mesmo jornal publica o Edital que avisa os mancebos que até ao dia 31 de Dezembro de 1915 tiverem completado 16 e 19 anos de idade, são obrigados a participar, durante o mês de Janeiro, à comissão de recenseamento, que chegaram à idade de ser incritos nos recenseamentos militares.

__________O jornal seguinte (20 de Janeiro)

transcreve um telegrama de Paris cujo texto é:

“Paris, 26, à 1 h. - Urgente: O ‘Mensageiro’ de Roma, diz saber de fonte portuguesa autorizada, estar iminente a intervenção de Portugal na guerra, de acordo com a Inglaterra”.

Ignora-se em que frente de batalha se tornará efetiva essa intervenção.

Continua

José Enes Gonçalves

PORTUGAL “ QUO VADIS “?Está a criar-se cada vez mais um caos financeiro nas contas do Estado. O poder

político oculta a corrupção (de milhares de euros). Pouco ou quase nada se tem feito para evitar este cancro, que se vem arrastando já há décadas.

O desemprego aumenta aqui e em toda a Europa. A “invasão” dos africanos continua e continuará tal como se previa há longa data, contribuindo para um aumento da desordem social e do lucro dos “grandes”, em detrimento das instituições democráticas. Este caminho arruína o sistema que em teoria se chama Democracia, manipulado por um neoliberalismo europeu desmedido, aliado à maçonaria e a outras seitas que, nós povo, não entendemos muito bem!...

Sem dúvida que há grandes reformas urgentes a fazer sobretudo a nível da justiça. A Europa está a ser governada por chicos espertos e gabirus da pior espécie e neste ponto José Saramago, tinha razão quando afirmava que “ já não há partidos a governar nem de esquerda nem de direita , mas sim bandos de salafrários que se reúnem para nos roubar juntos”. O povo europeu tem muito orgulho no seu país, mas vergonha do sistema político e económico. A instabilidade que se está a viver é uma das grandes ameaças à economia, com uma banca frágil e a transmitir medo e desilusão.

Em Portugal, felizmente, depois de nove meses de governação, já se nota uma ténue melhoria nas principais calamidades sociais: fome (está-se a deixar de ir aos caixotes do lixo buscar alimentos), pobreza e começa a notar-se um decréscimo na emigração. É hora da oposição colaborar com os governos e esperar pelos próximos quatro anos para o povo julgar.

Estamos fartos de mentiras e de demagogias saídas da boca da oposição. Uma coisa é certa,os nossos jovens estão atentos e um dia aparecerão a repor a verdadeira democracia!...

João Damião

16 de Setembro de 2016 7BarrosoNoticias de

Domingos Chaves

- AINDA AS VIAGENS COM SÊLO GALP: como já escrevi na última edição deste jornal e com “muita pena minha”, os Secretários de Estado que foram ao Euro com viagens pagas pela Galp, não lavam a sua honra resolvendo à posteriori pagar do seu bolso as ditas viagens. Admitir que o assunto ficasse encerrado, só porque se dignaram passar um cheque depois de descoberta a “marosca”, revela no minimo um perfil inadequado para o exercício de funções públicas. É por isso lamentável, que esta gente não tenha percebido, que o seu comportamento legitima qualquer funcionário público a fazer exactamente o mesmo. Imaginemos como exemplo, um funcionário das Finanças a aceitar “lembranças” de um qualquer contribuinte incumpridor!... Será que se fôr apanhado e devolvendo as ditas lembranças, o assunto fica encerrado?!... Obviamente que não. Ora perante os factos e se nos lembrarmos da reacção de António Costa às bofetadas prometidas por João Soares a dois críticos do seu Governo, ou indo um pouco mais longe, às trapalhadas em que se viram envolvidos o antigo Ministro do PSD Miguel Macedo e o ex.Director do Serviço Estrangeiros e Fronteiras, é óbvio que o assunto não poderá ficar assim. Será por isso muito natural – designadamente depois do puxão de orelhas do Presidebte da República - que os Secretários de Estado envolvidos nesta “patranha”, não rompam o capote no Governo. É verdade que as remodelações não se fazem a pedido, mas não

admirará, se após a aprovação do Orçamento de Estado para 2017, não possam surgir surpresas...

- ASSIM VAI A NOSSA JUSTIÇA: a notícia surgiu no último mês “que nem uma bomba” e rezava o seguinte: “Juíz manda arrestar mais de mil milhões de euros em contas suspeitas”. Foi dada a conhecer em primeira mão pelo Jornal de Noticias e referia-se a saldos de contas bancárias dos antigos responsáveis pelo BES, indiciados de acções criminosas praticadas no banco. Após ser levantada a lebre, foi praticamente replicada em todos os jornais e televisões com mais ou menos pormenores. Entre os ditos pormenores, o objectivo era sempre o mesmo: arrestar um montante de mil milhões de euros, cujo destino era pagar as indemnizações a todos os chamados lesados do BES com o “papel comercial”. Pois é!... É tudo muito bonito, mas para arrestar o dinheirinho, é preciso que ele lá esteja – e obviamente não está. Tudo conversa fiada. Quer dizer: entretida que tem andado a justiça portuguesa com o “processo Marquês”, sem que, atingido o prazo limite (15 de setembro) não tenha conseguido deduzir a respectiva acusação que vise o antigo Primeiro-Ministro Sócrates, só agora descobriu também, passados que foram mais de dois anos desde a resolução do BES, da necessidade de arrestar as contas bancárias das pessoas e empresas ligadas à extinta instituição bancária e ao grupo que a integrava. Mas será que alguém poderá acreditar, que o dinheirinho estava lá quietinho nas contas de cada um sem que ninguém lhe tocasse, à espera desta decisão do senhor Juíz que lidera o processo?!... Em que país vive a nossa Justiça para agir desta forma?!... Pior que isso porém, é o facto da imprensa portuguesa ajudar na cabala e procurar transmitir a ideia que o dinheiro que existia nessas ditas contas lá continua durante todos estes anos a fio, à espera que alguém se lembre de

o ir buscar para pagar a todos os que os titulares das respectivas contas tinham enganado. Uma “estória” bem à imagem da nossa justiça, que com toda a certeza em nada beneficia os lesados do BES. Haja pachorra...

- INCÊNDIOS: finalmente o pior parece já ter passado!... Admito e desejo mesmo que sim. A verdade porém é que neste último mês de Agosto e primeira quinzena de Setembro, o país cobriu-se de incêndios, como acontece aliás todos os anos por esta altura do ano. Só que desta vez os danos foram substancialmente piores!... Só em Agosto, arderam mais de 150.000 hectares de terreno florestal, agrícola e urbano em Portugal. Um pequeno país, onde ainda assim, arde mais de metade em superfície, do que arde em toda a Europa. É verdade!... Mais de metade do que arde na Europa é solo português. Uma verdadeira calamidade, que obviamente tem que ter causas. Uma tragédia, cujos especialistas - sempre os mesmos – não se cansam de as enumerar, mas batendo sempre na mesma tecla e sem novas soluções. Enquanto isso, os políticos expressam a sua solidariedade e ficam-se por aí, porque fica bem, e os Governos prometem mais meios. A cada ano há mais bombeiros, há mais viaturas, há mais aviões, há mais helicópteros, a grande verdade porém é que os incêndios são cada vez mais e maiores. Os autarcas reclamam do isolamento e do centralismo, pedem mais apoios financeiros para as suas populações, mas nunca dizem – nem ninguém lhes pergunta – o que é que da sua parte fizeram para prevenir ou minorar a tragédia. Segundo se diz, 102 dos 308 municipios, não têm sequer qualquer plano contra fogos, e aqueles que os têm, raramente são colocados em prática. Enquanto isso, as populações sofrem e culpam os criminosos, com o argumento de que tudo podia ser resolvido com penas mais gravosas que os Tribunais – pelo menos que se saiba - incompreensivelmente

não aplicam. Fala-se também dos grandes interesses da chamada indústria do fogo e fala-se da Protecção Civil e de bombeiros. Do que não se fala e se deveria falar, é do eterno Presidente da respectiva Liga, que foi Presidente de Câmara durante anos a fio, deputado em várias legislaturas e ao qual ainda resta tempo para desempenhar funções, num dos chamados grandes do futebol português. Quando assim é, não basta barafustar, sempre sem dizer mais do que culpar tudo e todos e exigir mais dinheiro para a organização que domina. É preciso mais!... E esse mais, passa obviamente por encontrar novas soluções, a começar por quem durante mais de quarenta anos, não teve arte nem engenho para as encontar.

- ORÇAMENTO DE ESTADO VS IMI 2017: adepto da politica “pura e dura”, trago hoje aqui um dos temas que tem agitado ultimamente o sector politico, religioso e a própria comunicação social em torno da polémica que envolve a taxação do IMI aos partidos politicos e à Igreja pelo Governo no próximo OE. Os primeiros, não podiam ser mais claros: uns, pese embora gritem todos os dias pela taxação das “grandes fortunas”, são agora os primeiros a recusar pagar impostos sobre a sua própria fortuna; outros pelo contrário, ameaçam que se fôr taxado o IMI à Igreja, logo apresentarão uma proposta na Assembleia da República para que o património dos partidos politicos seja igualmente taxado. Ora se isto não representa um “cozinhado” para que tudo fique na mesma, o que lhe poderemos chamar?!... Mas se quanto aos partidos politicos a lei é clara e não deixa qualquer dúvida para que continuem a usufruir de um privilégio sem qualquer sentido, no que à Igreja diz respeito a situação é um pouco diferente. Tendo em conta a Concordata, diga-se em abono da verdade, um instrumento de inaceitáveis privilégios em termos fiscais, a gente já sabe que vai continuar a

não pagar o dito imposto, por se tratar de um local de culto. Mas dando isto de “barato”, há uma pergunta que se impõe: porque razão as instalações destinadas a fins educativos e lucrativos sob jurisdição dessa mesma Igreja não hão-de pagar IMI tal como o vulgar contribuinte?!... Com muita pena minha, o IMI não pode continuar a sofrer da confrangedora dualidade de ser um imposto secular, e simultaneamente um privilégio religioso!... É sabido que esta discrepância decorre dos termos da dita Concordata!... De facto, o Artigo 26.º do Tratado entre o Estado português e o Vaticano, define um vasto regime de isenções fiscais. Mas é também verdade que o item 5 do mesmo artigo, deixa em aberto espaço para múltiplas interpretações, ao estabelecer que “as pessoas jurídicas canónicas, referidas nos números anteriores, quando também desenvolvam actividades com fins diversos dos religiosos, assim considerados pelo direito português, como, entre outros, os de solidariedade social, de educação e cultura, além dos comerciais e lucrativos, ficam sujeitas ao regime fiscal aplicável à respectiva actividade”. Ora sendo assim, como se percebe por exemplo, que uma (entre muitos outros casos) unidade hoteleira como a Casa das Irmãs Dominicanas, com 119 quartos e muitas mordomias a acompanhar, se enquadre numa actividade de índole religiosa ou de solidariedade social, dispensada de pagar imposto?!... Seria pois óptimo que as indignações das instituições religiosas e politicas face à cobrança do IMI, fossem isso sim, capazes de questionar a voracidade tributária sobre o comum dos cidadãos, em vez de olharem apenas para o seu próprio umbigo. Não basta apenas salvar a nossa pele!... É preciso que a justiça social tributária e outras, seja estendida uniformemente a todos. É que onde todos ajudam nada custa...

Domingos Chaves

POLITICAMENTE FALANDO

- OS “APANHADOS DESTE VERÃO QUENTE”...

Congresso de Medicina Popular de Vilar de PerdizesDia 2 abriu o Congresso do

Pe Fontes que fechou as portas dia 4, Domingo.

Na sessão de abertura David Teixeira em representação da Câmara Municipal saudou todos os colaboradores do Pe Fontes na realização do Congresso. Num discurso simples, disse que o Congresso é cultura e confronto de culturas. Adiante, dirigindo-se a todos os agentes do Congresso fez questão de pedir aos vilarenses em particular que tivessem capacidade de bem receber os congressistas e os visitantes.

No painel que se lhe seguiu, moderado por Graça Martins, estiveram em confronto as universidades do Porto e Coimbra. Desta a Dra Maria da Graça Campos dissertou sobre a «Medicina Tradicional no séc. XXI» e da do Porto o Dr Manuel Ramos acerca de «Um Tratado de Medicina popular e natural do séc.XIII: O Tesouro dos Pobres, de Pedro Hispano, médico e papa português».

No seu 30.º aniversário, tal como em todos os Congressos, um misto de investigadores, especialistas de medicinas

alternativas e doenças da mente, debatem temas que vão desde o saber popular e propriedades das plantas, passando pela espiritualidade, até às novas ervas medicinais e de alimentação. Há 30 anos que esta iniciativa continua a envolver os habitantes da aldeia e a conservar os seus saberes, alguns em vias de extinção, dando-os a conhecer aos visitantes de norte a

sul do país e até internacionalmente. Os produtos locais e o artesanato também estão em destaque,

numa aldeia típica conhecida pelo misticismo.

Em jeito de balanço será de referir que o Congresso está a perder gente, talvez devido ao facto de pouco ou nada se ter alterado em relação às realizações dos primeiros tempos da sua realização.

David Teixeira disse, e bem, que 30 anos do evento «trazem uma responsabilidade acrescida para a organização», mas a realidade mostrou à evidência que as pessoas se afastam do Congresso.

Será tempo de se fazer uma

análise da situação e procurar dar novo alento a um evento que conseguiu impor-se ao nível do país. E esta «marca» não se pode perder.

Viu-se vontade e dedicação da parte de alguns agentes da organização e a aposta terá de ser continuada com incidências noutras áreas como, por exemplo, no artesanato.

Para o ano, tal como disse o Pe Fontes, há mais Congresso.

CM/c/ cmm

BarrosoNoticias de

8 16 de Setembro de 2016

Quality Inn

- Casamentos; Baptizados; Aniversários; Congressos e todos os Eventos

- Quartos com promoções durante todo o ano

- Restaurante: Além dos pratos (nacionais e estrangeiros) constantes

da Carta também serve refeições económicas com tudo incluído por 6

- Piscina; Sauna; Banho turco; Hidromassagens e Massagens

O Hotel ainda tem à disposição do cliente uma variada gama de percursos

pedestres, de bicicleta ou motorizados para dar a conhecer os valores

culturais das terras de Barroso.

Rua do Avelar, 2 5470 Montalegre- Tel: (351) 276 510 220 - Tlm: 91 707 91

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BarrosoNoticias de

916 de Setembro de 2016

JOAQUIM GONÇALVES DE MOURAUM BARROSÃO DINOSSAURO DO DOURO

A paisagem ondulante das vinhas da região Demarcada do Douro

Joaquim Moura, Mestre Patrão Principal da Confraria dos Enólogos da Região Demarcda do Douro, brinda com os confrades na Câmara de Lamego

Joaquim Moura com José Saramago a assinar o Livro de Honras da Casa do Douro

Joaquim Moura à conversa com o Director do NB

O Inspector Joaquim Gonçalves de Moura com a mullher, Maria de La Salete, e os filhos Carlos e Victor (já falecido) e respectivas consortes

Joaquim Moura, na sua qualidade de Mestre Patrão Principal, investe D. Ximenes Belo, Bispo de DILI e Prémio Nobel da Paz, como confrade

Celeste Moura, Maria de Lourdes Moura e Carvalho de Moura, director do NB, em amena conversa com o Inspector Moura

Manuel Joaquim Moura, Celeste, Lourdes e Carvalho de Moura tendo ao fundo a sublime paisagem dos vinhedos durienses

16 de Setembro de 201610 BarrosoNoticias de

1-Assinaturas

Os valores das assinaturas são os seguintes:

Nacionais: 20,00 €uros

Estrangeiras:

Espanha 30,00 €urosResto da Europa e Mundo 35,00 €uros

2 – Serviços:

Extracto de 1 prédio 35,00 €urosAgradecimento por óbito 20,00 “Agradecimento s/foto 20,00 “Publicidade 1 P 200,00 “

3 – Pagamentos

As assinaturas podem ainda ser liquidadas directamente em Montalegre ou através do envio de cheque ou vale postal em €UROS passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes:

- IBAN: PT50 0079 0000 5555 148910127 - SWIFT/BIC: BPNPPTPL

Na etiqueta da direcção do seu jornal pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ...). Se entender que não está certa, contacte-nos (00351 91 452 1740)

3 – Informação

Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou outros:Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail

[email protected] ou por telefone. Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão comprovativo da transferência que dá o Banco não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se registam os pagamentos destes assinantes.

Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor.

BarrosoNoticias de

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHO

NOTÁRIA Susana Sousa

CERTIFICO, para efeitos de publicacão, que por escritura do dia vinte e cinco de agosto dois mil e dezasseis, lavrada a folhas setenta e três do livro oitenta e dois-A, deste Catório, que:

- MARIA EMÍLIA DE MOURA RODRIGUES, viúva, natural da freguesia da Chã, concelho de Montalegre, onde reside na Rua Principal, n.º44, contribuinte 185773940

- É dona e legítima possuidora com exclusao de outrem do seguinte imóvel:- Prédio Rústico denominado “Pereira”, composto por lameiro e barracão, sito no

lugar de seu nome, freguesia da Chã, concelho de Montalegre, com a área de catorze mil cento e dez metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, de sul com Gonçalo de Moura Rodrigues, de nascente com Frutuoso Fernandes Afonso e José Maria de Freitas e de poente com Maria da Natividade Alvares Pereira,

- inscrito na respetiva matriz sob o artigo 8632eomisso na anterior matriz, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

- Que este prédio adveio à sua posse, por doação meramente verbal de seu pai José Maria Rodrigues, viúvo, residente que foi no lugar de Medeiros, da citada freguesia da Chã, em data que não pode precisar do ano de mil novecentos e sessenta e três, sem contudo ser reduzida a escritura pública, ainda no estado de solteira, tendo posteriormente casado com Domingos Pereira de Moura no regime da comunhão de adquiridos.

- Que desde a referida data tem possuido o dito prédio em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida no amanho da terra, na recolha dos seus produtos e suportando os inerentes custos, bem como em todos os demais atos materiais de fruição, pagando os respetivos impostos, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, continua e pública.

Como esta posse, assim exercida, o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabou por adquirir o prédio por usucapião, o que invoca para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.

Declarações estas confirmadas por três testemunhas.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.Vieira do Minho, vinte e cinco de agosto de 2016A Notária,

Fatura/registo n.º 1172/002/2016

Notícias de Barroso, n.º 500, de 16 de Setembro de 2016

VIADE DE BAIXODetido agricultor suspeito de fogo posto

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta quinta-feira a detenção de um agricultor suspeito de atear fogo em Montalegre, elevando para 63 os detidos pelo crime de incêndio florestal este ano.

O homem, detido pela Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, está “fortemente indiciado” pela prática do crime de incêndio florestal em Viade de Baixo.

O fogo deflagrou no dia 26 de agosto e, segundo disse a PJ, em comunicado, “colocou em perigo área florestal e habitações, que apenas não foram consumidas devido à rápida intervenção dos bombeiros”.

O agricultor, com 44 anos, vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coação.

O concelho de Montalegre tem sido muito fustigado pelos fogos nos últimos dias, em terrenos de Santo André, Gralhas, Padornelos, Montalegre, Viade de Baixo, Antigo e Viade de Cima, Reigoso, Ladrugães, Vilaça, Fiães do Rio, Lamas, Paradela, Ferral, Pisões, Cabril e Pitões das Júnias.

RUIVÃESMais uma morte na EN 103

Uma mulher morreu, dia 5 de setembro, na sequência de um despiste, em Vieira do Minho enquanto duas outras pessoas saíram pelo próprio pé do carro, que caiu por uma ravina de cerca de 350 metros.

O carro, com três ocupantes, dirigia-se de Vieira do Minho para Venda Nova, em Montalegre, quando se despistou, por razões desconhecidas, numa curva da EN103, em Paredinha, Ruivães.

O automóvel passou num pequeno espaço onde não há “rails” de proteção, levando a placa indicativa da aldeia, e caiu por uma ravina de cerca de 350 metros.

Uma mulher, de 64 anos, não resistiu aos ferimentos causados pela queda na ravina, os outros dois ocupantes saíram ilesos e pelo próprio pé da viatura.

O alerta foi dado às 17.30 horas. Os Bombeiros Voluntários Vieirenses prestaram os primeiros socorros aos dois sobreviventes, um deles o condutor. Ambos tiveram, aparentemente, apenas algumas escoriações em todo o corpo, mas foram levados ao Hospital para exames complementares, como é regra em situações semelhantes.

O cadáver da mulher só foi resgatado duas horas depois do acidente, dada a dificuldade de acesso ao local. A viatura

ficou na ravina, devendo o seu destino ser a sucata, dados os vários “trambolhões” que deu na queda.

A Brigada de Trânsito da GNR tomou conta da ocorrência, o mesmo tendo sucedido com as autoridades judicial e de saúde.

A Nacional 103, que vai de Neiva, Esposende, a Bragança, passando por Braga, Montalegre e Chaves, é considerada uma das mais perigosas do país, devido, quer ao seu traçado sinuoso, quer ao percurso montanhoso. Fatores a que acresce a geada e a neve no inverno. São, por isso, frequentes os acidentes na zona.

BOTICASArderam milhares de hectares de floresta

O incêndio florestal que lavrou no concelho de Boticas, nos primeiros dias de Setembro, consumiram uma área aproximada de 2.000 hectares e praticamente 50% da área florestal do concelho, segundo fonte do município.

Por sua vez, a Câmara de Boticas tem-se desdobrado em esforços para criar, com a urgência que se impõe, os mecanismos necessários para poder indemnizar as populações pelos prejuízos causados por este incêndio florestal que dizimou o concelho, tendo sido o mais significativo das últimas décadas.

Notícias

16 de Setembro de 2016 11BarrosoNoticias de

Apesar de alguns atrasos e de algumas falhas, que a imprensa não deixou de denunciar, o Brasil esteve à altura da organização dos míticos Jogos Olímpicos, na maravilhosa e esplendorosa cidade de Rio de Janeiro. Tanto na cerimónia de abertura, como na de encerramento, o Brasil expôs de forma competente a sua arte, a sua singularidade, a sua história e a sua riqueza, assim como o seu fascínio. Que pena andar nas bocas do mundo porque destituiu uma «presidenta», com o parlamento brasileiro, por vezes, a dar um espetáculo deprimente, e apresentar níveis de violência e de corrupção inaceitáveis para um país que integra ou pode integrar o pelotão das potências emergentes no século vinte e um!

Mas, considerações biliosas à parte, vale a pena salientar a importância e a festa humana

que são os jogos olímpicos. Como escreveu o teólogo brasileiro Leonardo Boff, num artigo na plataforma digital Religion Digital (artigo onde vou beber copiosamente), «são um dos poucos espaços nos quais a humanidade se encontra consigo mesma, como uma única família», onde tomamos consciência de que fazemos todos parte da mesma espécie e temos um destino e uma casa comum. Com elevação, respeito e beleza, celebra-se a vida e a comunhão com os outros, a presença e a importância dos outros na nossa vida, tal como eles são. Cada um mostra o melhor de si e é respeitado, na sua identidade e na sua diferença. Todos se sentem ao mesmo nível, para além das diferenças culturais, ideológicas e religiosas. «Os jogos olímpicos são uma metáfora da humanidade humanizada», afirma Leonardo Boff, ou seja, são imagem do que devia ser sempre a humanidade e de como devemos agir e interagir uns com os outros, sejam pessoas, sejam povos.

Os jogos olímpicos sublinham «a importância antropológica e social do jogo», enquanto meio que, de forma singular, humaniza, integra e socializa. Seria bom que

a lógica olímpica imperasse no quotidiano da vida, ao contrário da lógica capitalista, que enfrentamos todos os dias: esta exclui e tenta esmagar o concorrente. Aquela inclui, todos participam, respeitando-se as qualidades e o virtuosismo de cada um.

Nós, cristãos, não podemos deixar de testemunhar o significado transcendente do jogo. Fala-nos do ser de Deus e do ser que o ser humano deve ser. O jogo, que brota da fantasia criadora do ser humano, é expressão de uma liberdade sem coação, de um mundo sem finalidade prática, livre do lucro e de benefícios individuais. O jogo proporciona o simples encontro, o conviver e o estar com os outros, sem qualquer outro fim, numa recriação gratuita da vida. O jogo estimula e aprofunda o ser para os outros e com os outros. É um espaço singular de encontro e de humanização.

A Festa do Senhor da Piedade

Quanto à nossa vida caseira, gostava de deixar algumas observações. Definitivamente, penso que a localização das bandas de música na festa de Montalegre tem de ser repensada,

como já vários maestros das bandas alertaram. É uma aberração colocar duas bandas de música a cinquenta metros de um grupo musical. Para além de ser extremamente incomodativo para os músicos, há momentos de atuação das bandas que não se ouvem. Sei que custa mudar os hábitos das festas, mas tem de haver coragem para se corrigir o que está mal. Sugiro o largo da Igreja Nova, ou então o largo do Ecomuseu, sendo a rua direita um bom espaço de circulação. Continuar como está é um disparate, com grande prejuízo para as bandas, sendo sinal de alguma inépcia da nossa parte.

O troço da nacional 103 entre Montalegre e Boticas tem algumas pontes com o trânsito condicionado. Já aqui uma vez alertei para algumas coisas que poderiam e deveriam ser melhoradas. Já que as pontes condicionam o trânsito, então ao menos que tenham boa visibilidade, que é o que neste momento não têm. As margens estão cheias de carvalhos, silvados e arbustos. Não faltam casos de carros que só se avistam mesmo em cima da ponte, recuos perigosos de carros, travagens bruscas de pesados, que estão bem à

vista, cruzamentos de carros no limite, entre outros. Isto é incompreensível. Se os cidadãos são obrigados a limpar cinquenta metros das envolvências das suas casas por causa dos incêndios, o Estado deveria ser obrigado a limpar cem ou duzentos metros nas imediações das pontes de trânsito condicionado, para não acontecer que um automobilista seja surpreendido e tenha de decidir passar ou não passar a ponte mesmo no limite. Sei que não é uma estrada sob a égide da Câmara Municipal, mas peço ao Município que faça chegar ao órgão competente uma exposição ou um protesto, solicitando a boa visibilidade nas pontes de trânsito condicionado. E já que escrevo sobre estradas, e dentro da cidadania ativa e atenta que defendo, não ficava nada mal ao Município dar um arranjo como deve ser à estrada entre Antigo de Sarraquinhos e Arcos, e não é assim ela tão comprida. Já vários cidadãos, que pagam imposto de circulação, nos quais me incluo, manifestaram que deixaram de passar na referida estrada por causa do seu mau estado. Já não estamos em tempo, penso eu, de termos estradas assim. Não tem muito trânsito, mas quem lá passa paga impostos como os outros e merece respeito como os outros.

A Festa dos Jogos Olímpicos

Pe Vítor Pereira

BOTICASCâmara procura atenuar prejuízos causados pelos incêndios

Na sequência do incêndio florestal que na semana passada lavrou no concelho de Boticas, consumindo uma área aproximada de 2.000 hectares e praticamente 50% da área florestal do concelho, o Município de Boticas tem-se desdobrado em esforços para criar, com a urgência que se impõe, os mecanismos necessários para poder indemnizar as populações pelos prejuízos causados por este incêndio florestal que dizimou o concelho, tendo sido o mais significativo das últimas décadas.

Para além dos contactos já encetados com os diferentes Ministérios com tutela neste setor, o Presidente da Câmara reuniu ainda no final da semana passada com os Presidentes das Juntas de Freguesia e representantes dos Conselhos Diretivos das áreas afectadas por este incêndio, procurando fazer um levantamento mais aproximado de todos os prejuízos causados por este incêndio. De igual forma, começou já hoje um trabalho mais exaustivo directamente junto dos agricultores e populações afectadas pelo incêndio, com técnicos do Município

a dirigirem-se às aldeias e a apurarem directamente junto das pessoas os prejuízos de cada um. Este trabalho irá prolongar-se durante toda a semana, até que todos os prejuízos estejam devidamente referenciados, para, assim, ser possível, através de diferentes mecanismos, procurar ajudar as populações.

Fernando Queiroga, presidente da Câmara de Boticas, sublinha que “o Município procurará avançar rapidamente na ajuda a todos os agricultores e populações afectadas. É urgente garantir indemnizações aos lesados por este incêndio e procurar restabelecer rapidamente o potencial produtivo, assegurando, por exemplo, os meios necessários para poder fazer face à alimentação do gado, já que para além das pastagens terem ardido perderam-se também muitas forragens destinadas à alimentação dos animais. E temos que avançar também com a recuperação da área ardida, até porque há muitos trabalhos de consolidação da floresta que é necessário efectuar rapidamente, antes da chegada das primeiras chuvas, porque a floresta, depois deste incêndio, se encontra completamente desprotegida e há muitos perigos há espreita. Atrás do incêndio há outras calamidades que podem surgir”.

Município entregou “Enxoval do Bebé” a 15 recém-nascidos

A Câmara Municipal atribuiu, no dia 25 de agosto, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, 15 subsídios no âmbito do programa de incentivo à natalidade “Enxoval do Bebé”.

A autarquia entregou 1.000 € a cada bebé nascido, nos últimos meses, no concelho de Boticas.

A atribuição deste apoio tem como objetivo minimizar os encargos inerentes com cada um dos recém-nascidos.

“Tenho consciência que este apoio não é suficiente para fazer face às despesas com os bebés mas é um pequeno contributo” referiu Fernando Queiroga. O Presidente da autarquia disse ainda que está a reunir todos os esforços, junto do Centro Hospital de Trás-os-Montes e Alto Douro, para conseguir que um profissional de saúde infantil se desloque a Boticas para realizar consultas de pediatria. “Sei que não é fácil para muitos pais terem que se deslocar com os seus bebés até Vila Real para terem uma consulta. Por esse motivo, estamos a reunir todos os esforços para que, pelo menos uma vez por mês, o Centro de Saúde local possa ter consultas de pediatria”, afirmou o autarca.

Relembre-se que a Câmara Municipal de Boticas atribui este incentivo à natalidade há sete anos consecutivos, desde 2009.

III Concurso de Cão de Gado Transmontano

Pelo terceiro ano consecutivo, a Praça do Município recebeu o Concurso de Cão de Gado Transmontano, iniciativa organizada pela Câmara Municipal e que conta com o apoio da Associação de Criadores de Cão de Gado Transmontano (ACCGT) e do Clube Português de Canicultura (CPC).

Este concurso tem como objetivo a preservação e divulgação do Cão de Gado Transmontano, espécie que tem

como principal função guardar e proteger os rebanhos de possíveis predadores, como por exemplo, o lobo.

Esta raça é originária da zona nordeste de Trás-os-Montes e é considerada património genético desta região.

À semelhança da edição anterior, participaram no concurso cerca de meia centena de exemplares, que foram avaliados, nas várias categorias, por dois jurados do CPC. No final de cada uma das exibições e avaliação dos canídeos foram atribuídos os respetivos lugares de pódio.

16 de Setembro de 201612 BarrosoNoticias de

O sol acobreado por entre farripas de nuvens de fumo dos incêndios da véspera prenunciavam mais calor. Desandei para o “Lameirão”, aquele quadrângulo de 20ha de mato atravessado pelo ribeiro que emudece no Verão mas sempre guarda alguma frescura, com suas oliveiras centenárias e vinha decrépita, o que tudo é mato, incluindo o jardinzinho que outrora enobrecia o vetusto pardieiro de apoio à lavoura.

O generoso almoço do campo com o vinho fresco redundou em tranquila apatia.

Fortunate senex! ic inter flumina nota frigus captabis opacum (Oh! grande 駱ico romano, como os teus versos revivem e soam bem ap駱 mil駱ios...).

A cigarra canta animada pela calidez da brisa enquanto a formiga labuta à torreira do sol. Que inverno te espera, estrídula cantadeira? Quanto vais ter que esmifrar à porfiada formiga!

O velho escano facilita um breve torpor.

Despertam-me as suaves badaladas, que anunciam a missa naquela tarde de sábado. Há quanto tempo as não ouvia! Rodo para a aldeia. Perto da igreja estaciona também um jovem desprendidamente trajado. Olha-me como a um desconhecido; logo sorri, afável:

- Sou o pároco!O horário permite e acede ir

tomar um cafezinho no pequeno bar do sitio.

Um jornal, sobre a mesa, titulava em grande, a noticia da canonização, para o dia seguinte, da Santa Madre Teresa de Calcutá.

Agarrou-o com interesse.Era o seu tema desse dia.

O seu olhar tornou-se triste. Em “caixas” aderentes ao texto informativo, farisaicos comentadores denegriam a vida e acção da agora Santa, a ex-cidadã albanesa AGNES GONXHA BOJAXHIU.

Quem era aquela devotada mulher que prescindira de todos os leg駱imos confortos humanos para dedicar toda a sua longa vida ao socorro e assist駱cia das pessoas mais abandonadas da humanidade, dos mais pobres entre os mais pobres, por pura aceita駱o da solidariedade crist? Deus caritas est- palavras dela.

Nasceu em 26-8-910, em Skopje (Macedónia). Aos 18 anos, foi para a Irlanda ingressar na comunidade das irmãs de Nossa Senhora do Loreto, com a finalidade de ir para a Índia, já com o nome de Madre Teresa, dedicar-se ao socorro e assistência dos parias e abandonados desse mesmo país. Sabia já que para o seu anseio de total dedicação ao próximo, a Índia era o lugar de eleição. Em Calcutá, vestida com o seu sari branco debruado a azul, percorreu os subúrbios e locais mais horrorosamente miseráveis onde os rejeitados do mundo jaziam abandonados, em monturos ignóbeis. Valeu a milhares de criaturas humanas caídas em profunda miséria, dali tirando todas aquelas que podia ou levando-lhe curativos e os donativos de que dispunha, num trabalho tão duro e extenuante que só por milagre se realizava. O seu esforço e persistência concitou outras voluntárias que

se lhe juntaram e assim surgiram as Missionárias da Caridade por ela organizadas que da Índia se espalharam por dezenas de países inclusivamente em Portugal onde ela se deslocou para as instituir e apoiar.

A sua acção caritativa para salvar vidas ou confortar na inevitável morte, tem beneficiado centenas de milhares, entre os mais miseráveis dos seres humanos sem que, para os socorrer alguma vez questionasse a sua raça ou religião.

Por isso em 1979 foi premiada com o Nobel da Paz.

Era a mãe dos pobres, a santa protectora dos miseráveis que ninguém protegia e, o prémio Nobel da Paz, incontestadamente, ajustou-se-lhe como a ninguém.

Este prémio foi atribuído a 1ª vez em 1901, ao Suiço Henri Dunant, o intemerato criador da Cruz Vermelha - Instituição que também veio a ser premiada nos anos 1917, 1944 e 1963. Foi igualmente concedido à Comissão de refugiados das Nações Unidas (1954 e 1981) e aos médicos sem fronteiras (1999). Em vários anos, designadamente nos sangrentos anos das duas Grandes Guerras, o prémio Nobel da Paz não teve a quem ser atribuído.

A Madre Teresa de Calcutá recebeu-o em 1979, com quase 70 anos mas ainda muito viva e actuante durante mais quase duas décadas, até que faleceu em 5 de Setembro de 1997, na Casa Geral da sua congregação As Missionárias da Caridade, em Calcutá.

Ela era ent駱 o modelo mais impressionante de solidariedade

humana movida pela f crist por puro amor de Deus e ao pr駱imo. Nessa altura n駱 estava tanto em moda combater a f das pessoas por aqueles que n駱 t駱 f em coisa nenhuma. Ainda n駱 tinha eclodido a sect駱ia virul駱cia do ate駱mo “politicamente correcto” no mundo ocidental, nem o monstruosamente sanguin駱io jiadismo mussulmano.

Madre Teresa foi beatificada em 19 de Outubro de 2003 e neste passado dia 4 de Setembro de 2016 foi declarada a sua canonização.

A canonização é a declaração, em acto exclusivo do representante supremo da Igreja Católica, que um fiel católico é digno de receber o culto público universal, sendo assim apresentado à comunidade dos fieis como modelo de santidade e com capacidade de interceder perante Deus. E assim, decidindo que a celebração litúrgica anual da nova santa, será a 5 de Setembro, dia do seu falecimento, o Papa Francisco formalizou em latim:

- “Declaramos e definimos como Santa a Beata Teresa de Calcut, inscrevemo-la no 駱lbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja seja devotamente honrada entre os Santos”.

Na missa foram ouvidas orações em nove línguas além do latim (entre elas albanês, o bengali, o chinês e o português):

- “Escutai, senhor, o seu grito que sobe at V駱: a exemplo de Santa Teresa, impeli os crist駱s caridade operosa”.

O juvenil sacerdote conhecia estes factos mas estes pormenores

noticiosos não constavam do jornal acima aludido.

A maior parte do espaço era preenchido com criticas à actividade de Madre Teresa (e implicitamente à Igreja que lhe conferiu o estatuto de Santa).

Censurava-se-lhe uma fé vacilante, um procedimento calculista, por interesse próprio ou proselitismo religioso que tirava os miseráveis das sarjetas... e os instalava em armazéns sem condições..., com o fito de os converter à fé católica. E, o mais condenável de tudo, os contactos e a submissão de aceitar esmolas para a sua “Obra” sem questionar a honestidade dos benfeitores, esses poderosos do mundo político ou financeiro.

Estes corifeus do ateísmo mais radical, não mais perdoaram à Madre Teresa a coragem de se insurgir, na cerimónia de recebimento do Nobel da Paz, contra o aborto, as sexualidades aberrantes e as práticas de concepção e contracepção antinaturais que reduzem a humanidade ao materialismo mais abjecto. Os coribantes que ainda não digeriram o malogro que sentiram depois de lhe terem enaltecido a justiça da atribuição do prémio, não entenderam a lição moral que foi a vida da Madre Teresa. Essa lição que enunciada, sem misticismo, por Max Lerner, se pode traduzir assim: «Ou os homens aprendem a viver como irmãos ou morrerão como bestas».

M. Verdelho

CURRENTE CALAMO

Os impolutos Fariseus e a Santa Teresa de Calcutá

Faleceu, no dia 30 de Agosto, Ana Maria Antónia, mãe da Dra Maria Elisa de Carvalho Ferraz, actual presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde.

Ana Maria Antónia, natural de Aldeia Nova de S. Bento, do concelho de Serpa, casou com Albano Júlio

Lourenço Carvalho, natural de Tourém e com parentes próximos em Montalegre.

O casal que viria a fixar-se em Vila do Conde são os pais da Dra Maria Elisa Ferraz, actual presidente da Câmara de Vila do Conde.

O corpo de Ana Maria foi sepultado no cemitério do

Monte de Vila do Conde.À ilustre autarca

barrosã, Dra Elisa Ferraz, apresentamos sentidas condolências extensivas ao marido, Dr. José Luís Graça Ferraz, filhos e a todos os familiares.

O Director

De luto a Dra Elisa Ferraz, Presidente da Câmara de Vila do Conde

16 de Setembro de 2016 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

Jornais que se identificam

com o mundo português no

Brasil mostram um Portugal

empenhado em mudar o

paradigma de mão de obra

qualificada em fuga para a

fixação de talentos em terras

de Portugal.

A estes junta-se o capital

humano proveniente da

imigração: o imigrante pode

também ser o empresário, o

empreendedor, o especialista,

o técnico a promover projetos

geradores de riqueza, o

investigador, o acadêmico,

o estudante que para aí se

dirige atraído por um ensino

de qualidade, o consultor,

o artista e os reformados do

mundo inteiro que optam por

uma velhice tranquila, com

assistência ao idoso em todos

os sentidos.

Portugal é um país

privilegiado: um dos

procurados para este momento

da vida.

É uma oportunidade

valiosa para gerar mais

empregos, absorver mão de

obra especializada: pessoas

que chegam com a sua

aposentadoria e nada mais

querem do país além de uma

vida digna com qualidade,

alimentação balanceada, um

sistema de saúde que atenda

às suas necessidades, às

exigências da idade.

E acima de tudo um

ambiente de paz, serenidade

em boas companhias, pessoas

que sabem receber, ser

gentis e conviver com muita

naturalidade, aceitando muito

bem as dificuldades próprias

da idade.

Há muitos estudos sobre

que países oferecem uma

melhor expectativa de vida, um

estudo interessante a apontar

para o idoso possibilidades de

uma velhice melhor.

Claro que a família conta,

mas muitas vezes nem conta

tanto: é no convívio com

esta condição que se vão

apresentando situações que

mostram claramente que a

família nem sempre é a melhor

opção. Os filhos casam, têm

sua própria vida, os netos de

hoje pouco se voltam para

o idoso. Visitas rápidas sem

nenhuma demonstração de

carinho, de amor.

Então um idoso lúcido

diante deste panorama geral,

pensa sim em dar para si

mesmo uma chance de ser

mais feliz nesta fase da vida.

E aí vão ao Google procurar

que países oferecem essa outra

possibilidade.

Em primeiro lugar aparece

Macau – próximo ao território

chinês, uma economia em

fase de crescimento; um país

que destina 70% da verba

para a saúde, sem contar que

a medicina tradicional chinesa

também está ali à mistura

com uma medicina ocidental

avançada.

A dieta típica à base de

frutos do mar ajuda muito na

expectativa de vida.

A construção civil: casas

adaptadas para as necessidades

do idoso, e deficiências físicas

provenientes da idade. A

religião ajuda porque também

ali está associada a práticas

milenares de bem-estar físico e

psicológico.

Aqui valeria um capítulo

à parte onde poderíamos

começar pelo Butão, um

país pequenino localizado

no Sul da Ásia, faz fronteira

com a China, com a Índia, no

extremo leste dos Himalaias.

Um país pequeno, pobre, mas

considerado como o país mais

feliz do mundo.

A filosofia de uma vertente

do budismo: aquela que nos

diz que a estrada da felicidade

é a mesma da infelicidade,

por isso o povo do Butão não

se apega a grandes riquezas,

celebra a vida de outra forma.

A Suécia no mundo

ocidental vem em primeiro

lugar, ali a vida é assistida

desde a mais tenra infância

e a velhice segue os mesmos

parâmetros.

Portugal aparece em

34º lugar, mas entre os treze

itens analisados para esta

classificação alguns mostram

que Portugal é um país

promissor neste aspecto, pode

bem, se fizer alguns ajustes, vir

a ser um dos mais procurados.

Disso sabem bem os

emigrantes que cuidaram em

reformar e construir ali suas

casas para uma velhice em

meio ao seu habitat natural,

voltar às origens, agora

com alguma tranquilidade

financeira, uma aposentadoria

que lhes proporcione uma

velhice bem assistida, num

ambiente saudável: bons

ares, boa alimentação e

principalmente muita paz de

espirito.

E a alegria de voltar para

a sua terra, para a sua gente.

Este precioso bem não pode ser

descuidado, é preciso investir

para que o emigrante sinta a

alegria de voltar, encontre a

paz que veio procurar.

A estes podem-se juntar

muitos mais vindos de outras

nações onde a vida já é difícil

para quem é jovem e tem

saúde, para o idoso, um grande

problema, mesmo contando

com uma reforma às vezes

até suficiente, mas esbarra em

muitos entraves e, se pudesse,

optaria por ambiente de paz,

de vida digna.

É com muita alegria que os

emigrantes ficam sabendo pela

mídia em geral que Portugal se

está empenhando em mudar o

perfil migratório.

Não será a única opção

para termos um Portugal

melhor, mas pode ajudar a que

muitos cérebros preparados

em universidades situadas

entre as melhores do mundo

e mão de obra especializada

saiam da condição de filhos da

diáspora para serem filhos de

Portugal a receber um salário

que lhes assegure uma vida

de qualidade, com direito de

sonhar.

Portugal Empenhado em Mudar o Perfil Migratório

No passado dia 11 de Setembro, em Naugatuck, Connecticut, rodeada de muitos familiares, festejous o seu 90.º aniversário a sra.

Joaquina Moura Lucas, natural de Gralhós, Montalegre. Foi casada com o sr. António Lucas, falecido a 29 de Agosot de 2015.

Esta senhora está com ótima aparência e não parece ter nove décadas. Teve 2 filhos e 7 filhas, sendo sete dos quais ainda vivos. São eles: Fernando Lucas, casado com Idalina, residentes em Prospect, Connecticut, e Libório Lucas (falecido); Glória Moura e o marido João, residentes em Waterbury,

Connecticut; Rosa Martins e

o marido José, residentes em

Naugatuck, Connecticut; São

Seguro e o marido Domingos;

Jackie Martins e o marido

Francisco, ambos residentes

em Ludlow, Massachusetts; Teresa Portela e o marido Alberto, residentes em Bridgeport, Connecticut; Inês Machado e o marido Alípio, residentes em Waterbury, Connecticut; e Lúcia Lucas

(falecida).É avó de 21 netos e bisavó

de 22 bisnetos. Encontra-se

neste país há cerca de 45 anos.Apresentamos parabéns

e felicidades à senhora Joaquina, com votos de que viva muitos mais anos.

DOS ESTADOS UNIDOS

JOAQUINA LUCAS Festejou o seu 90.º aniversário

Domingos Dias

16 de Setembro de 201614 BarrosoNoticias de

Vamos lá às revisões da matéria dada ...

Os Doze Apóstolos

Simão Pedro – Tiago (o maior) – João – Filipe – Bartolomeu – Ma-teus – Tiago (o menor) – Simão - Judas Tadeu – Judas Iscariotes – André e ToméApós a traição de Judas Iscario-tes, os outros onze apóstolos elegeram Matias para ocupar o seu lugar.

Os Doze Profetas do Antigo Testamento

Isaías – Jeremias – Jonas – Naum – Baruque – Ezequiel – Daniel – Oséias – Joel – Abdias – Haba-cuque – Amos

Os Quatro Evangelistas e a Esfinge

Lucas representado pelo touroMarcos representado pelo leãoJoão representado pela águiaMateus representado pelo anjo

Os Quatro Elementos e os Signos

Terra = Touro – Virgem – Capri-córnio

Água = Câncer – Escorpião – PeixesFogo = Carneiro – Leão – Sagi-tárioAr = Gémeos – Balança – Aquá-rio

As Musas da Mitologia Grega

a quem se atribuía a inspiração das ciências e das artes1 – Urânia astronomia2 – Tália comédia3 – Calíope eloqüência e epo-péia4 – Polímnia retórica5 – Euterpe & nbsp; música e poesia lírica6 – Clio história7 – Érato poesia de amor8 – Terpsícore dança9 – Melpômene tragédia

Os Sete Sábios da Grécia Antiga:

1 – Sólon, 2 – Pítaco, 3 – Quílon, 4 – Tales de Mileto, 5 – Cleóbulo, 6 – Bias, 7 – Períandro

Os Múltiplos de Dez

Os prefixos usados em Megaby-tes, Kilowatt, milímetro...Yotta Y = 1024 = 1.000.000.000.000.000.000.000.000

Zetta Z = 1021 = 1.000.000.000.000.000.000.000Exa E = 1018 = 1.000.000.000.000.000.000Peta P = 1015 = 1.000.000.000.000.000Tera T = 1012 = 1.000.000.000.000Giga G = 109 = 1.000.000.000Mega M = 106 = 1.000.000Kilo k = 103 = 1.000Hecto h = 102 = 100Deca da = 101 = 10Uni = 100 = 1Deci d = 10-1 = 0,1Centi c = 10-2 = 0,01Mili m = 10-3 = 0,001Micro µ = 10-6 = 0,000.0001Nano n = 10-9 = 0,000.000.001Pico p = 10-12 = 0,000.000.000.001Femto f = 10-15 = 0,000.000.000.000.001Atto a = 10-18 = 0,000.000.000.000.000.001Zepto z = 10-21 = 0,000.000.000.000.000.000.001Yocto y = 10-24 = 0,000.000.000.000.000.000.000.001Exa deriva da palavra grega “hexa” que significa “seis”Penta deriva da palavra grega “pente” que significa “cinco”Tera do grego “téras” que signifi-ca “monstro”Giga do grego “gígas” que signi-fica “gigante”Mega do grego “mégas” que significa “grande”Hecto do grego “hekatón” que

significa “cem”Deca do grego “déka” que signi-fica “dez”Deci do latim “decimu” que significa “décimo”Mili do latim “millesimu” que significa “milésimo”Micro do grego “mikrós” que significa “pequeno”Nano do grego “nánnos” que significa “anão”Pico do italiano “piccolo” que significa “pequeno”Femto do dinamarquês “femten” que significa “quinze”Atto do dinamarquês “atten” que significa “dezoito”zepto e zetta derivam do latim “septem” que significa “sete”yocto e yotta derivam do latim “octo” que significa “oito”

Sabia isto da Síria? A família Assad pertence ao Islão tolerante da orientação Alawid.As mulheres sírias têm os mes-mos direitos que os homens ao estudo, à saúde e à educação.Na Síria as mulheres não são obrigadas a usar burca. A Chária (lei islâmica) é inconstitucional.A Síria é o único país árabe com uma constituição laica e não tolera os movimentos extremistas islâmicos. A tolerância religiosa é única na zona.Cerca de 10% da população síria pertence a alguma das muitas

confissões cristãs presentes desde sempre na vida política e social. Noutros países árabes a população cristã não chega a 1% devido à hostilidade sofrida.A Síria é o único país do Medi-terrâneo que continua proprie-tário da sua empresa petrolífera, que não quis privatizar.A Síria tem uma abertura à socie-dade e cultura ocidentais como nenhum outro país árabe.Ao longo da história houve cinco Papas de origem síria e várias figuras da ciência e da política mundial. Antes da guerra civil era o único país pacífico da zona, sem guer-ras nem conflitos internos.A Síria é o único país árabe sem dívidas ao Fundo Monetário Internacional.A Síria foi o único país do mundo que admitiu refugia-dos iraquianos sem nenhuma discriminação social, política ou religiosa.Mas sabia que a Síria possui uma reserva de petróleo de 2.500 milhões de barris, cuja explora-ção está reservada a empresas estatais?

Depois disto, talvez consiga compreender melhor a razão de tanto interesse na guerra civil na Síria e quem a patrocina. Guerra civil que já fez, segundo dados divulgados, 300.000 mortes.

ATÃO BÁ!

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900

Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442

Informações úteis

16 de Setembro de 2016 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOL

CDC Montalegre vence a SUPERTAÇA da AFVR

Cerva 0 MONTALEGRE 4

O Montalegre começou da melhor forma a nova época. No passado dia 7 de Setembro, em Pedras Salgadas, o nosso «glorioso» conquistou o troféu da Supertaça da Associação de Futebol de Vila Real no embate com o Cerva.

O jogo que teve como árbitro Célia Santos, acabou com goleada, 4 – 0, golos de Paulo Roberto, Nené, Álvaro e Zack.

Os montalegrenses sob o comando de Zé Manuel Viage festejaram a conquista de mais um título e por tal merecem a consideração de todos os barrosões.

A formação vencedora: Márcio; Leonel Costa, Xico Delgado (Mário 79), Nené, Noel, Aliu Ronaldo (Baba 73), Chiquinho, Zé Luís, Álvaro, Zack (Igor 79) e Paulo Roberto.

Treinador: José Manuel Viage

CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO Prio

Série A - 2.ª jornada

Ponte da Barca 2 MONTALEGRE 2

Jogo no Estádio Municipal de Ponte da Barca, o Montalegre alinhou com: Riça; Mário Álvaro Branco, Zé Luís e Zack; Chiquinho (Clayton 84), Dhida (Tiago Gomes 72) e Baba; Aliu (Gabi 82), Nené e Paulo Roberto.

Golos: Néné e Zack

Depois de estar a vencer, Montalegre permitiu empate

Foi um Montalegre com duas caras no Alto Minho, um muito ligado e agressivo durante a primeira parte, e outro temeroso e a falhar muito na segunda metade.

A partir do quarto de hora os barrosões assumem as rédeas da partida e aos 32 minutos num remate colocado do ex-jogador do Braga B, Nené, faz golo para o Montalegre. E a fechar o primeiro tempo a equipa de Viage aumenta a vantagem, canto na direita e cabeceamento letal de Zack.

Ao intervalo 0-2. Para a etapa complementar,

o treinador do Ponte da Barca faz entrar Peixoto e Tiago Magalhães, e na verdade a equipa da Barca melhorou mas o Montalegre tinha o jogo controlado. O pior viria depois, numa sucessão de erros defensivos Montalegre defendia à zona mas mal e Bertinho reduziu. Animou-se com o golo o conjunto campeão da A.F. Viana do Castelo e em novo erro de marcação Hélder Pinto

faz o empate, com os barrosões a deixarem passar a bola ao primeiro poste. Os últimos minutos foram de loucos com os dois conjuntos arriscarem tudo para chegar à vitória.

O jogo termina empatado com sabor a derrota para o Montalegre que tem de melhorar defensivamente. É imperdoável sofrer dois golos de bola parada.

TAÇA DE PORTUGAL

Ponte da Barca 1 Montalegre 0

Jogo no Estádio Municipal de Ponte da Barca, desta vez

para a Taça de Portugal – 1.ª Eliminatória, no dia 4-9-2016

O montalegre apresentou a sefuinte formação: Riça; Delgado (Clayton 87), Álvaro Branco, Zé Luís, Zack; Leonel Costa, Gabi (Noel 61), e Baba; Aliu, Nené (Tiago Gomes 85) e Paulo Roberto.

Juiz assinalou grande penalidade e decidiu o jogo

Jogo equilibrado nos primeiros minutos, com as

duas equipas preocupadas em não sofrer golos e a basear o seu jogo na solidez defensiva. Todavia foi o Montalegre que esteve mais perto do êxito, aos 30 minutos Paulo Roberto assiste Baba que atira ao lado. No minuto seguinte o mesmo Baba atira ao poste. Foi o melhor período do conjunto barrosão que viu ainda Aliu rematar por cima do alvo. A equipa do alto Minho teve apenas uma situação de golo no primeiro tempo, de livre. Ao intervalo 0-0.

A segunda metade do jogo não foi tão bem disputada, os jogadores acusavam o calor que se fazia sentir.

Quando se pensava já no prolongamento, o juiz assinala grande penalidade a favorecer o Ponte da Barca, numa falta inexistente de Zack na área de rigor. Muitos protestos da equipa barrosã mas foi o Ponte da Barca abrir o marcador.

O Montalegre ainda lançou mais dois avançados, Tiago e Clayton, e a equipa de Viage aparecia agora com seis e sete homens na área contrária. Há uma bola ao pose de Baba em cima do minuto 90, a segunda bola nos ferros.

O jogo terminava com os minhotos a celebrarem e os transmontanos a queixarem-se do árbitro, num jogo em que os treinadores foram expulsos quase no final da contenda.

CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO

Série A – 3.ª Jornada

Montalegre 1 Mirandela 1

Jogo em Montalegre, no Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira,

com José Manuel Viage a entrar com a seguinte equipa:

Riça; Francisco Delgado, Zé Luís, Leonel Costa e Álvaro Branco; Chiquinho (Aliu 55), Noel (João Fernandes 70), Nené, Zack, Paulo Roberto (Tiago Gomes 85) e Baba.

Os barrosões jogaram mais de 70 minutos com menos um e conseguiram um empate no duelo transmontano

Assistiu-se a um jogo bastante equilibrado entre dois conjuntos transmontanos que procuram ainda a primeira vitória na competição, nesta fase inicial da temporada. Logo aos 22 minutos o central barrosão Zé Luis é expulso e na sequência da falta Rui Borges, o experiente capitão do Mirandela, faz um golo de belo efeito. Reage bem o conjunto Montalegrense e depois de um cruzamento para a área Vergílio joga a bola com a mão, o juiz não teve dúvidas e assinala grande penalidade para a equipa barrosã, que converte Álvaro. Ao intervalo 1-1.

Na etapa complementar, houve equilíbrio, os barrosões voltam a ter um contratempo com a saída do capitão Chiquinho por lesão. O treinador do Mirandela Pedro Monteiro faz entrar mais dois homens para o ataque, Camará e Matos. Os barrosões equilibram-se defensivamente com a entrada de João Fernandes.

Empate justo a premiar o sacrifício barrosão.

Nuno Carvalho c/ redacção

DESPORTO

Na companhia do meu grande amigo, Manuel Joaquim Moura, de Padornelos, residente em Guimarães, desloquei-me a S. João da Pesqueira, vila e concelho que é o «Coração do Douro Vinhateiro», na Região Demarcada do Douro.

Sendo o maior concelho da região do Douro é também o mais produtivo de vinho generoso (que os especialistas, erradamente, divulgaram como “Vinho do Porto”), de azeite e de frutos secos principalmente amêndoa. Tem ainda produção de maçã num território com um microclima que permite várias culturas.

É em S. João da Pesqueira que se nota a verdadeira grandeza do Douro, de modo especial a paisagem monumental que nos oferecem os milhares de hectares de vinha, nos vales e nos montes como que a roçar o infinito. O trabalho do homem (só próprio de gigantes) assusta de tal forma que nos interrogamos de como foi possível alcançar tamanha grandeza.

A Real Companhia Velha está ali fortemente implantada na Quinta de Cidró, com vinhedos em 145 hectares sobre encostas onduladas e em carreiras de cepas de cerca de um kilómetro de extensão.

A riqueza desta região (hoje provavelmente a maior riqueza do país) foi descoberta pelo Marquês de Pombal, pela razão de ter vivido ali algum tempo quando ainda jovem e inteligentemente reconheceu todo o enorme potencial da região duriense. Chegado ao poder, por pressão dos vinhateiros, e como forma de salvaguardar a qualidade dos vinhos, instituiu a agora designada Região Demarcada do Douro.

Jaime Cortesão descreve o Douro como motor de desenvolvimento deste modo:

«E foi assim que o Douro se tornou a melhor vinha e o melhor vergel de Portugal... e que uma raça de gigantes ergueu o mais belo e doloroso monumento ao trabalho do povo português. Esses foram e são os Lusíadas sem Camões».

Jaime Cortesão, A Terra e o Homem, 1966

Pois bem, no coração do Douro vinhateiro, em S. João da Pesqueira, reside um ilustre barrosão, natural do Barracão, freguesia de Cervos.

Estamos a falar de Joaquim Gonçalves de Moura, um dos seis filhos de Abel Gonçalves de Moura, conhecido comerciante desta localidade, outrora verdadeiro entreposto do alto Barroso. Sim, o Barracão, até aos meados do século passado, era local de paragem obrigatória e dali erradiavam pessoas e bens não só para Chaves e Braga mas para todas as inúmeras aldeias da região barrosã.

Joaquim Moura fez o ensino primário em Arcos e Gralhós, localidades para onde tinha de se deslocar a pé. Segundo nos contou, até concluir a 4.ª classe fez mais de 10.000 Kms a pé.

Frequentou depois o Seminário de Santa Clara (Vila Real) de que desistiu para continuar os estudos em Braga. Na Escola Prática de Artilharia tirou o curso de milicianos, findo o qual entra na Escola do Magistério Primário de Vila Real que conclui com distinção. Segue-se a docência, depois de cursar Ciências Pedagógicas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, primeiro no ensino primário durante 12 anos e 8 no Secundário e Técnico.

Depois de prestar provas públicas, foi Professor da Escola do Magistério de Vila Real durante vários anos e, mais tarde, feito o respectivo curso, ascende ao topo da carreira

como Inspector Principal do ME.

Nestas funções e ainda como orientador e formador de diversos cursos de professores trabalhou nos distritos do Porto, Braga, Aveiro, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Bragança, Leiria, Santarém e Lisboa.

Casou com Maria de La Salete, colega de profissão, natural e residente em S. João da Pesqueira que lhe deu dois filhos. Na senda do Marquês de Pombal, também ele cedo se apercebeu das enormes potencialidades do concelho. E com a docência acumulou tarefas à volta das cepas do Douro Vinhateiro. Comprou

terrenos que transformou em quintas produtoras do melhor vinho, como é o caso da Quinta do Vilela. A Casa do Souto, casa agrícola de Joaquim Gonçalves de Moura, estende-se por três freguesias com uma produção

de vinhos situada entre as maiores produtoras da Região Demarcada.

Dotado duma capacidade empresarial extraordinária, o ilustre barrosão que dedicou 40

anos ao ensino e 30 ao cultivo das vinhas ainda não desistiu. Com a provecta idade de 90 anos, na última campanha de 2015/2016, cultivou 3 has de vinha nova (17 mil cepas) para a produção do apreciado vinho generoso.

O Professor Joaquim Moura teve também uma actividade cultural e social brilhante. Publicou um opúsculo “Contributos para a História do Douro e do seu vinho” e foi correspondente de vários jornais nacionais de Lisboa e do Porto e doutros de índole regional, fundou os jornais A.B.C. da EMP de Vila Real e o Eco do Externato de S. Salvador e ainda colaborou na revista “Circuito de Vila Real”.

Em termos associativos, deastacam-se os seguintes honrosos cargos:

Fundador e Presidente da Adega Cooperativa de S. João da Pesqueira

Director do Grémio de Vinicultores de S. João da Pesqueira

Fundador e presidente da Cantina de S. João da Pesqueira.

Foi Juiz de Paz, fundou o Externato de S. Salvador (C/ensino secundário)

Com a esposa fundou o Externato Rainha Santa Isabel de Vila Real

É o Conselheiro mais antigo da Casa do Douro e é o Mestre Patrão Principal da Confraria dos Enófilos da Região Demarcada do Douro

e é ainda sócio fundador do Museu do Douro, além de colaborar noutras associações locais.

Dedicou-se de alma e coração à vila sede do

concelho para a qual conseguiu benefícios de extraordinário alcance para as populações locais, como foi o caso do Externato de S. Salvador.

S. João da Pesqueira muito deve ao “Professor Moura”, em tempos figura incontornável da cultura local, e também da defesa das boas práticas das vinhas da região. A sua reputação entre os viticultores da região duriense era de tal ordem que, nos actos sociais solenes da Casa do Douro e noutros, era sempre designado o Professor Joaquim Moura, (ver as imagens com o prémio nobel D. Ximenes Belo e José Samago) para representar todos os vinicultores do Douro.

Homem incansável nas múltiplas tarefas a que se dedicava tanto no ensino como na agricultura granjeou a simpatia dos que com ele trabalharam. Em 5 de Março de 2005, as direcções escolares, as delegações escolares, antigos seus alunos e colegas e ainda agricultores da região duriense prestaram-lhe uma merecida e justa homenagem na cidade da Régua.

O Professor Joaquim Moura, barrosão do Barracão, não só pelos seus 40 anos que esteve ao serviço do ensino como também pelos seus méritos e sucessos alcançados ao serviço da viticultura e sobretudo pela sua reputação social, justifica ser conhecido por todos os barrosões e em particular ser indicado como exemplo a seguir a todos os jovens da nossa terra.

Joaquim Gonçalves de Moura merece estar entre os maiores e mais ilustres barrosões, por isso a Câmara Municipal de Montalegre deve-lhe uma justa homenagem.

Carvalho de Moura c/Manuel

Moura5 de set. 2016

PS- Notícia de última hora, vinda

do amigo Manuel Moura, deu a saber

que o grande barrosão Joaquim Moura

se encontra hospitalizado em Vila Real.

Fazemos votos e rezamos a Deus

para que o grande Mestre recupere a

saúde e o gosto de viver.

JOAQUIM GONÇALVES DE MOURAUM BARROSÃO DINOSSAURO DO DOURO

MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo

nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies ve-getais da região de Barroso Apicultor nº 110796J. A. Carvalho de MouraRua Miguel Torga, nº 4925470-211MONTALEGRETels: +351 91 452 1740 e 276 412 285Fax: +351 276 512 281Mail: [email protected]