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Director: Nuno Moura Ano XXXIII, Nº 519 Montalegre, 18.07.2017 Quinzenário E-mail:[email protected] 1,00 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i Carvalho de Moura insultado e discriminado pelo PS Montalegre O Campo de Tiro de Montalegre é mais um "tiro no pé" da Câmara Municipal “Se temos um bom campo de tiro em Salto, que recebe provas internacionais, porque há necessidade de fazer um novo campo em Montalegre? As crianças de Montalegre fazem, para irem à escola, as deslocações mais longas da Europa. Pelo contrário, os desportistas de tiro têm de ter um campo à porta de casa!” O terreno onde foi feita aquela “cratera” é propriedade do povo de Padroso e os trabalhos executados, sem projecto, só podem ser entendidos como um assalto contra os interesses desta freguesia. P7 A Geração da Mediocridade António Lopes, docente universitário dos Estados Unidos, pinta um retrato negro do país. E desassombradamente diz: «A expulsão do talento, da excelência ou espírito crítico de um sistema que se retroalimenta a sí mesmo à base de exaltar a mediocridade, com a finalidade de não fazer sombra aos que chegaram mais alto. A conversão da obediência cega às consignas é o único requisito válido para aceder a um cargo público». P4 In Memoriam... . Recorda a tragédia que se abateu sobre a aldeia de Gralhas em 1952. Os de mais idade vão lembrar saudosamente o que se passou no dia 26 de Julho desse referido ano. P6 De "Emplastro" a Pangloss e com os fogos Em CURRENTE CALAMO, o Dr Manuel Verdelho aborda aquele que foi uma das tragédias que se abateram sobre o nosso pobre país, os fogos de Pedrogão Grande e de outros concelhos, e não poupa críticas aos governantes e, em particular, ao 1.º Ministro, sintetizando: «É difícil governar! É difícil ser tão mal governado. É inaceitável tanta irresponsabilidade na governação». P12 DESPORTO Em destaque o FUTSAL e o Kickboxing. Nesta modalidade, Catarina Dias, a barrosã de Salto, apresentou-se à sua gente e mostrou-se muito agradada com os aplausos que recebeu no Gimno Desportivo. Os Torneios das Chegas de Bois continuam e o dos Bois cruzados tambem. O CDC Montalegre já iniciou a época 2017/2018. Assunto a ser tratado na próxima edição com tudo sobre o Futebol das terras de Barroso. Vilarinho de Negrões entre a fantasia e a realidade P4 UCC – Unidade de Cuidados Continuados de Montalegre O povo de Montalegre espera e desespera por uma justificação P5 Vinhos Mont'Alegre dos irmãos Gonçalves ganham prémios João Paulo e Francisco Gonçalves estão de parabéns. Poderá dizer-se mesmo que ganharam o estatuto de grandes empresários. Num sector em que poucos acreditavam, estes jovens montalegrenses apostaram forte nos Vinhos maduros tintos e brancos e os sucessos estão à vista de todos. É de assinalar a conquista de mais um prémio que garante que do trabalho a que se devotaram têm o merecido resultado. Bem Hajam! Não foi uma afirmação espontãnea que saiu numa conversa de café, ela foi proferida com detalhes na Assembleia Municipal com cópia tirada da festa dos PSs de Montalegre. «Na realidade é que nenhum espírito forte consegue escalar a montanha se as pernas não ajudarem», disse A. Isabel Dias. Isto é discriminação, é insulto, é próprio de políticos sem estofo, sem ideias, sem cultura democrática. Como é possível? Mas então Nelson Mandela que foi presidente da República da África do Sul aos 76 anos, Mário Soares que concorreu a Presidente da República com 82 anos, outros autracas deste país a concorrer nos seus concelhos e também septuagenários. E os de Montalegre que para lá caminham... Porque será que os socialistas de Montalegre se mostram tão preocupados com as atitudes dos outros e que só aos outros dizem respeito?

Barroso - AOutraVoz · milhões de euros, o Agua Park serà perto da Albufeira do Azibo e Rebordainhos, a 26 km de Bragança, às margens da A4, em uma área de 109 mil m² e promete

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Director: Nuno Moura

Ano XXXIII, Nº 519Montalegre, 18.07.2017

Quinzenário

E-mail:[email protected]

1,00 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

Carvalho de Moura insultado e discriminado pelo PS Montalegre

O Campo de Tiro de Montalegre é mais um "tiro no pé" da Câmara Municipal

“Se temos um bom campo de tiro em Salto, que recebe

provas internacionais, porque há necessidade de fazer um novo campo em Montalegre? As crianças de Montalegre fazem, para irem à escola, as deslocações mais longas da Europa. Pelo contrário, os desportistas de tiro têm de ter um campo à porta de casa!”

O terreno onde foi feita aquela “cratera” é propriedade do povo de Padroso e os trabalhos executados, sem projecto, só podem ser entendidos como um assalto contra os interesses desta freguesia.

P7

A Geração da Mediocridade

António Lopes, docente universitário dos Estados Unidos, pinta um retrato negro do país. E desassombradamente diz: «A expulsão do talento, da excelência ou espírito crítico de um sistema que se retroalimenta a sí mesmo à base de exaltar a mediocridade, com a finalidade de não fazer sombra aos que chegaram mais alto. A conversão da obediência cega às consignas é o único requisito válido para aceder a um cargo público».

P4

In Memoriam....Recorda a tragédia que se abateu sobre a aldeia

de Gralhas em 1952. Os de mais idade vão lembrar saudosamente o que se passou no dia 26 de Julho desse referido ano.

P6

De "Emplastro" a Pangloss e com os fogos

Em CURRENTE CALAMO, o Dr Manuel Verdelho aborda aquele que foi uma das tragédias que se abateram sobre o nosso pobre país, os fogos de Pedrogão Grande e de outros concelhos, e não poupa críticas aos governantes e, em particular, ao 1.º Ministro, sintetizando: «É difícil governar! É difícil ser tão mal governado. É inaceitável tanta irresponsabilidade na governação».

P12

DESPORTO

Em destaque o FUTSAL e o Kickboxing. Nesta modalidade, Catarina Dias, a barrosã de Salto, apresentou-se à sua gente e mostrou-se muito agradada com os aplausos que recebeu no Gimno Desportivo.

Os Torneios das Chegas de Bois continuam e o dos Bois cruzados tambem.

O CDC Montalegre já iniciou a época 2017/2018. Assunto a ser tratado na próxima edição com tudo sobre o Futebol das terras de Barroso.

Vilarinho de Negrões entre a fantasia e a realidadeP4

UCC – Unidade de Cuidados Continuados de Montalegre

O povo de Montalegre espera e desespera por uma justificação

P5

Vinhos Mont'Alegre dos irmãos Gonçalves ganham prémiosJoão Paulo e Francisco

Gonçalves estão de parabéns. Poderá dizer-se mesmo que ganharam o estatuto de grandes empresários. Num sector em que poucos acreditavam, estes jovens montalegrenses apostaram forte nos Vinhos maduros tintos e brancos e os sucessos estão à vista de todos. É de assinalar a conquista de mais um prémio que garante que do trabalho a que se devotaram têm o merecido resultado. Bem Hajam!

Não foi uma afirmação espontãnea que saiu numa conversa de café, ela foi proferida com detalhes na Assembleia Municipal com cópia tirada da festa dos PSs de Montalegre.

«Na realidade é que nenhum espírito forte consegue escalar a montanha se as pernas não ajudarem», disse A. Isabel Dias. Isto é discriminação, é insulto, é próprio de políticos sem estofo, sem ideias, sem cultura democrática. Como é possível?

Mas então Nelson Mandela que foi presidente da República da África do Sul aos 76 anos, Mário Soares que concorreu a Presidente da República com 82 anos, outros autracas deste país a concorrer nos seus concelhos e também septuagenários. E os de Montalegre que para lá caminham...

Porque será que os socialistas de Montalegre se mostram tão preocupados com as atitudes dos outros e que só aos outros dizem respeito?

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18 de Julho de 20172 BarrosoNoticias de

SALTODetenção de incendiário florestal

Foi detido pela Polícia Judiciária um homem indiciado pela prática de um crime de incêndio florestal em Montalegre.

A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, com a colaboração do GIPS da GNR – CMA de Vidago e Ribeira de Pena, procedeu à identificação e detenção de um homem, suspeito de ter ateado um incêndio em área florestal, sita em Salto - Montalegre.

O detido, com 80 anos de idade, reformado, foi presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

XVII Convívio dos "Amigos da Borralha"

Mais de uma centena de pessoas marcou presença no XVII convívio dos "Amigos da Borralha". Há vários anos que as memórias desta terra mineira são motivo para uma reunião e lembranças, agora perpetuadas no livro "Minas da Borralha" da autoria de Pedro Araújo, apresentado durante o encontro. O executivo municipal marcou presença.

Antigos trabalhadores das extintas minas de volfrâmio, em conjunto com familiares e amigos, voltaram a juntar-se em clima de confraternização. Uma jornada iniciada na igreja da aldeia com uma

missa em homenagem aos que já partiram. Já no Centro Interpretativo, polo do Ecomuseu de Barroso, a Banda Filarmónica de Salto emocionou os participantes com a apresentação do hino dos mineiros. Seguiu-se a apresentação do livro "Minas da Borralha".

Trata-se de uma primeira reflexão histórica sobre as vivências daquela zona do concelho e resulta de um projeto de investigação que o escritor, Pedro Araújo, iniciou em 2009.

A jornada terminou com um almoço convívio no edifício da Pensão.

VENDA NOVAConcurso pecuário de raça barrosã

A tradição voltou a ser cumprida na Venda Nova com o afamado concurso pecuário de raça barrosã, considerado o mais antigo do concelho de Montalegre e que, este ano, reuniu mais de 80 animais. Com orgulho, os produtores apresentaram os melhores exemplares nas diferentes categorias.

À semelhança de anos anteriores, voltou à rua o cortejo de animais de raça barrosã, organizado pela União das Freguesias da Venda Nova e Pondras.

Como é normal acontecer nestas demonstrações, o cartaz atraiu muitos apreciadores e curiosos. «Venda Nova cumpriu a tradição e deu o pontapé de saída com muita classe». O número de animais a concurso «é o resultado da aposta do município na valorização e promoção de uma espécie que esteve em vias de extinção, disse Orlando Alves».

Por sua vez, António Reis, presidente da Junta, considerou que «foi alcançado um recorde de animais a concurso e que foram superadas todas as expetativas».

Fonte: cm-montalegre.pt

FRADES DO RIOFesta em honra de S. João Batista

Nos dias 29 e 30 de Julho, Frades do Rio estará em festa. Dois dias cheios de realizações a cargo da Associação Recreativa e Cultural. Assim, no sábado, para começar bem, está programada uma merenda benficente animada pelo conjunto “Os amigos do Borguinha”.

No Domingo, éo dia da festa tradicional que terá a fanfarra dos Bombeiros a abrilhantar a Missa solene e a procissão pelas ruas da aldeia. De tarde, há jogos tradicionais, dentre eles a Malha e à noite, arraial a cargo do conjunto flavienese, “Marotos Flavienses”.

PISÕESPainéis fotovoltaicos

Já foi inaugurado nos princípios do mês de Julho um novo sistema produtor de energia eléctrica colocado na albufeira do Alto Rabagão. É um projecto piloto que consta da colocação de painéis fotovoltaicos e que custaram à EDP 450.000 euros.

Segundo os técnicos da empresa, nos meses do verão, a produção poderá aumentar 220 quilovatts. Para já foram instalados 840 solares flutuantes, unidos entre si numa espécie de jangada e que logicamente aproveitam as infraestruturas da barragem para escoar a produção de energia.

É a primeita ilha fotovoltaica da Europa que servirá de teste de viabilidade a outras instalções. As vantagens são sobretudo ao nível ambiental porque reduz a utilização de terrenos para a captação da energia solar.

MACEDO DE CAVALEIROSMaior parque aquático de Portugal será construído na região de Trás-os-Montes

Com inauguração prevista para 2022, o Agua Park será o maior de Portugal e trará praia com piscina de ondas, brinquedos aquáticos, gastronomia regional, e serviços exclusivos. Com investimentos de um emigrante português de 12 milhões de euros, o Agua Park serà perto da Albufeira do Azibo e Rebordainhos, a 26 km de Bragança, às margens da A4, em uma área de 109 mil m² e promete ser o maior do gênero no país, superando o Aquashow no Algarve. O projeto de lazer internacional terá praia de areia com piscina de ondas, brinquedos aquáticos de baixa, média e alta adrenalina. A capacidade será de atender a 2 mil visitantes ao dia, 300 000 ao ano (primavera e verao). O Agua Park terá ainda uma enseada com piscina de ondas de 3.200 m², praia com 12 mil m² e falésias artificiais. A piscina de boas vindas será aquecida, terá ofurôs e um mini palco para receber pocket shows. O rio Azibo contará com várias prainhas de acesso, e túnel tematizado. O parque terá ainda estacionamento monitorado com mais de 1390 vagas, bicicletário, praça de alimentação, mirante, e restaurante com píer sobre o rio Azibo. A previsão é que, até o final de 2022, o Agua Park esteja totalmente concluído. Durante a construção do parque serão gerados 350 empregos diretos e indiretos. Em funcionamento, serão cerca de 700 postos de trabalho.

Pedrogão Grande - Fez ontem um mês

Há precisamente um mês, a 17 de junho de 2017, um fogo que parecia igual aos outros rebentou em Pedrógão Grande, tornou-se incontrolável, matou 64 pessoas e destruiu 200 casas perante a impotência e a desorganização de bombeiros e da Proteção Civil e de quem fez um contrato connosco para nos proteger (estou a falar do Estado, sim). O país só tinha uma opção: uniu-se, juntou dinheiro para doar às vítimas e até Governo e oposição fizeram tréguas para cuidar dos vivos e enterrar os mortos. Trinta dias chegaram para apagar o fogo?

Sara morreu. Tinha 35 anos e foi apanhada pelo fogo. Sarita, como era conhecida na aldeia de Vila Facaia deixou um filho de sete anos e uma irmã com um coração tão grande como fraco. Apesar dos 15 milhões de euros que se juntaram em donativos e fundos e de o Governo já ter definido as regras de acesso aos fundos, Catarina não tem dinheiro nem recebeu ajuda para pagar o funeral da irmã. A história foi contada pela Christiana

Martins na edição de sexta-feira do Expresso Diário. Catarina escreveu ao presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa a pedir ajuda.

Dois dias depois de enviar a carta, Catarina recebeu um telefonema da Segurança Social de Leiria a garantir que se a seguradora não a ressarcisse, seria o Estado a pagar a despesa. O presidente da República ligou-lhe a partir do México a garantir que ele próprio trataria das despesas se o problema não se resolvesse. “Eu atrapalhei-me toda, chamei-o uma série de vezes de professor, e fiquei, mais uma vez, revoltada, porque este telefonema nunca deveria ter partido inicialmente dele.” Exemplar.

De acordo com o Jornal de Notícias (http://www.jn.pt/nacional/interior/publicado-regulamento-de-fundo-de-apoio-as-vitimas-de-pedrogao-8639814.html) , “não há apoios” e o dinheiro não chegou a uma única vítima.o Governo promete que até ao final de julho, daqui a uma semana, a situação estará resolvida.

António Costa disse no fim-de-semana que é preciso

“humildade” para “aprender com os erros” e a verdade é que o Governo tem-se esforçado por continuar a errar bastante. A comissão independente nomeada para perceber o muito que correu mal ainda não começou a trabalhar depois de um processo- não lhe queria chamar surreal mas acho que não tenho outra opção - em que os partidos escolhem os seus representantes “independentes”, negoceiam e só depois se começa a trabalhar (neste caso ainda não se começou). A IGAI também ainda não começou qualquer inspeção ao que correu mal e a PJ e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera não se entendem sequer sobre a origem do fogo. Um raio invisível ou mão criminosa? Se não fosse trágico até podia ter piada.

Podia ser a lei a valer-nos: o pacote legislativo com que o Governo se propõe fazer a tão esperada e eternamente adiada reforma das florestas vai a discussão no parlamento daqui a dois dias. Mas corre o risco de ser chumbada (http://leitor.expresso.pt/#library/expresso/semanario2333/expresso/em-destaque/esquerda-queima-reforma-da-floresta) porque não há acordo com os parceiros da geringonça (sem ofensa) sobre os poderes e competências da Entidade da Gestão Florestal. Mesmo que seja aprovada, a lei só entrará em vigor no final do ano, depois do verão e da época dos incêndios. Num mês nada mudou.

Indiferente, o inferno continua a arder: no Alijó as chamas obrigaram à evacuação de uma aldeia. Um helicóptero caiu e houve casas e pessoas em risco. Hoje de manhã o fogo ainda não tinha sido extinto. E, adivinhem, o Siresp, o sistema de comunicações que nos custa 40 milhões de euros por ano, voltou a falhar. Com grande humildade o Governo encomendou um estudo a um escritório de advogados para perceber se o contrato feito por um escritório de advogados não lesa os direitos do Estado. Ainda temos mais um mês e meio de verão e calor. Quem acredite, reze. Às vezes é a única opção para escapar ao inferno.

113 - JOAQUIM ALVES BARROSO, de 67

anos, casado com Maria Joaquina Carvalho

Esteves Barroso, natural da freguesia de Meixedo

e residente em Oimbra, Ourense, espanha,

faleceu en Verín, Espanha no dia 15 de Junho e

foi sepultado no cemitério de Pedrário.

114 – ROSA AFONSO, de 90 anos, viúva de

Artur Lopes, natural e residente na freguesia de

Venda Nova, onde faleceu no dia 9 de julho.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos no ano de 2017 até à

presente data.

CORTEJO CELESTIAL

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18 de Julho de 2017 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Prémio Anual de 10 mil euros

Um regulamento que vai dar muito que falar e não só aos barrosões

Dia 12 do corrente foi colocado no site da Câmara a seguinte informação:

O prémio literário Bento da Cruz, instituído pela Câmara Municipal de Montalegre, destina-se a promover e a incentivar a criação literária e o gosto pela escrita, bem como a homenagear o autor natural deste concelho, galardoando trabalhos inéditos na(s) modalidade(s) de conto, poesia, ensaio, história local ou romance, e cuja temática seja o Barroso. O prémio, no valor de 10 mil euros, é atribuído, anualmente, por um júri designado pela Câmara Municipal de Montalegre. No regulamento, disponível nos sites da Câmara Municipal e Biblioteca Municipal de Montalegre, podem ser consultadas as condições detalhadas de participação. O prazo de entrega dos trabalhos termina no último dia do ano. A entrega do prémiolLiterário Bento da Cruz terá lugar, em dia a determinar, numa sessão pública promovida pela autarquia.

1. Este intróito lê-se no sitio municipal que é o veículo do Executivo que gere o nosso dinheiro.

Depois de ter, ao longo deste ano, ouvido falar neste prémio literário, ansiava conhecer o regulamento. O que pretendo dizer sobre mais esta benfeitoria a Bento da Cruz não caberá nesta crónica.

Orlando Alves que tem tratado a cultura como se fosse a sua horta, cujos frutos pode dá-los aos amigos que entender, quando distribuiu os pelouros disse que a cultura ficava na sua

esfera, porque era com ela que podia satisfazer quem entendesse. A mim mesmo disse-me que com livros não ganhava as eleições. E que herdara os sótaos da Câmara cheios de livros pelo que iria repensar o apoio aos autores concelhios.

Repetiu essa intenção quando a Escritora Guida Nunes, de Boticas, foi à Biblioteca de Montalegre, apresentar o seu último livro. Como eu próprio lá estava, repetiu esse slogan «dos sotãos cheios». E talvez para ver se impressionava o auditório, afirmou que nos dois anos que levava de mandato, já tinha gasto 20 mil euros na compra de livros. Como se isso fosse alguma fortuna, comparada com os muitos milhões investidos e irrecuperáveis, em corridas de veículos automóveis e com as bicicletas (que este ano nem sequer põem os peneus no concelho), proferiu essa «bacorada», como diz muitas, sempre que o ambiente lhe desagrada.

2. A falta de ética políticaOrlando Alves que vai a

caminho de 30 anos de vereador, ora na oposição, ora de poder, deveria saber que quando se avaliam pessoas, o seu caráter, os seus méritos e deméritos, antes de se apresentarem propostas para que publicamente sejam homenageadas, é do bom tom, previamente falar com a oposição para ver se há consenso. Isso deve acontecer nas Câmaras, nas Assembleias Municipais, tal como no Parlamento. Habitualmente as oposições ou votam a favor ou se abastêm. Quer que lhe dê um exemplo muito claro? Aqui fica:

Quando eu fui vereador da Cultura na Câmara de Guimarães o então PR, Dr. Mário Soares, fez a sua primeira Presidência Aberta. Ainda está vivo o seu assessor de Impresa, Carneiro Jacinto. É seu camarada de partido que pode tirar-lhe as dúvidas. Perguntou-me ele se seria possível a CMGuimarães concordar e

apoiar. Isto aconteceu durante o almoço oficial na Pousada da Costa, em 24 de Junho de 1986. De imediato falei, informalmente, com os três partidos da oposição (PS, CDS e CDU). No fim desse mesmo ato garanti a Carneiro Jacinto que havia consenso e que o PR seria bem acolhido, como foi. Oficializei essa aceitação na reunião seguinte. E para que não houvesse dúvidas todos os 4 partidos aprovámos, por unanimidade a entrega da medalha de ouro da Cidade ao Dr. Mário Soares. Imagine que eu, antes de falar com a oposição, vinha para os jornais, rádios e televisões, anunciar essa «bacorada» partidária? Certamente que a votação, sem prévio acordo, não seria possível. E ficaria bem haver votos contra o Presidente da República?

Com Orlando Alves a ética política não conta. Apenas contam os votos. E como em sete ele governa com cinco, está-se marimbando para a ética. E foi por isso que, quando Bento da Cruz foi homenageado pelo primeiro aniversário da sua morte, sem falar com a oposição, anunciou que a Câmara iria criar o prémio literário em honra de Bento da Cruz. Com o valor anual de 50 mil euros! Talvez quisesse dizer 5 mil que, para o nível financeiro da nossa Câmara nem estaria muito mal. Num cidadão morto e já roedeado de nomes de ruas, de edifícios, de esculturas, de bibliotecas, etc o que conta é o simbolismo e não a quantidade.

Semanas depois Orlando Alves, foi descendo o montante: trinta, vinte e, finalmente, 10 mil euros.

Na próxima edição voltarei a esta matéria porque os Barrosões precisam de saber quem é e como administra aquilo que nós pagamos com língua de palmo.

3. Sobre as atas da Assembleia Municipal

Na última edição publiquei uma carta sobre o teor 2ª ata de

2017. No dia seguinte o Presidente desse órgão, simpaticamente, respondeu-me nos seguintes termos:

Caro amigo:Recebi a sua carta de 2 de

Julho sobre a ata da AM.Vou ver o que me dizem

os serviços de apoio e enviarei resposta da Assembleia Municipal.

De qualquer forma quero informar que no regimento não há qualquer referência a gravações áudio ou vídeo mas os serviços fazem a gravação para apoio à elaboração da ata e não há disso arquivo. De qualquer forma darei sempre conhecimento da carta na Assembleia Municipal para que os senhores deputados municipais se pronunciem.

Fernando Rodrigues

Acusei a receção nos seguintes termos:

Caro Dr. Fernando Rodrigues:Apresso-me a agradecer

a gentileza da sua resposta e também a eficácia da sua informação.Pressupunha eu que havia registo video, como acontecia, no meu tempo, na AM de Guimarães. Conforta-me a certeza de que existe a gravação para apoio à elaboração das atas. Certamente que essa gravação permanecerá o tempo razoável para que os munícipes e, mormente os deputados, possam ter acesso em caso de dúvidas. Como é o caso. Como a informação que solicito é apenas para confrontar o que foi dito, com o que foi escrito, se houver boa fé de ambas as partes, será fácil ultrapassar a situação. Renovo os agradecimentos e subscrevo-me com toda a consideração e estima: Barroso da Fonte .

Acerca deste assunto ficarei à espera que seja clarificado o que se disse nesse órgão e aquilo que consta na Ata. É que há uma desvirtuação profunda da qual me sinto lesado. E assiste-me o direito de exigir explicações públicas

porque não posso cheirar a alhos se os não ingeri.

4. Até o Larouco frustou os Barrosões

Há sonhos idílicos que tramam o sonhador. O acesso da Volta a Portugal em bicicleta à serra do Larouco seria de aplaudir se merecesse o apoio consensual dos naturais que devem ser ouvidos, depois de tecnicamente rodeados de pareceres técnicos. Ora essa foguetada resultou de um sonho mercantilista mal calculado, por ser bandeira eleitoral de encher o olho. No primeiro ano de prova foi um fiasco porque o S. Pedro irritou-se e mandou chuva, vento e nevoeiro. Carvalho de Moura explicou isso muito bem na última edição do Notícias de Barroso. Essa primeira prova foi um teste que deveria envergonhar Orlando Alves. Esse primeiro ensaio virou insucesso, em desaire económico e em atrapalhação geral com a entrega dos troféus em cerimónia, algures no vizinho concelho de Boticas.

Este ano a Volta já nem sequer entra no concelho de Montalegre. É uma vergonha e uma derrota estrondosa para quem anda a gastar, à tripa forra, o dinheiro dos contribuintes. Tal projeto mereceu o meu apoio inicial quando me constou que a estrada prosseguiria até Gralhas. E dali para todo o mundo. Turísticamente seria aproveitada durante todo o ano e o Larouco poderia fazer, do amplo espaço plano, no cimo da Serra, uma estância de apoio ao Parapente e a outros desportos que não só o ciclismo. Afinal eu fora ludibriado. Hei-de explicar, mais tarde ,os motivos de mais este elefante branco que fica bem ao lado da Ponte da Vergonha e do Pista de Ralicross. Entretanto convinha saber quantos postos de trabalho criaram estes investimentos que absorvem quase todas as verbas do Orçamento municipal.

Montalegre, tida como

o «reino da ilegalidade e do

medo», é também a terra da

discriminação e do insulto

gratuito. Criticar o candidato da

aliança «A Força da Mudança»

do PPD/PSD- CDS.PP por

ser “velho” é discriminar, é

insultar, é coarctar os direitos

de cidadania.

Por esse país fora há

mais candidatos com idades

avançadas (septuagenários)

mas só em Montalegre é que

se discrimina o candidato,

Carvalho de Moura, “por já

não ter pernas para escalar a

montanha”.

Incapazes de discutir

um qualquer assunto,

incompetentes que nada

acrescentam à causa pública

que lhes paga estas asneiras,

os políticos do PS Montalegre

não se preocupam nada com

o concelho, não apresentam

propostas de reformar isto

ou aquilo, não procuram

justificações sobre uma obra por

executar ou mal executada...

mas falam das pessoas.

É fácil falar das pessoas

como qualquer inculto fala

do vizinho ou por inveja ou

por maldade. Aqui, repete-

se, é discriminação e insulto.

Mesmo assim os socialistas de

Montalegre batem palmas a

esta intervenção “brilhante”.

E o Presidente da Câmara

desfaz-se em elogios. Não há

palavras...

Os barrosões merecem

outros protagonistas. É

preciso mais educação, mais

respeito, mais dignidade e

sobretudo mais capacidade e

competência.

C.M.

EDITORIAL

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18 de Julho de 20174 BarrosoNoticias de

Há vários temas a exigirem que nos debrucemos sobre eles. A CERCIMONT é, garantidamente, um deles. A relação entre a Câmara Municipal de Montalegre e a Santa Casa da Misericórdia é outro assunto que tem de ser devidamente abordado, deixando desde já muito claro, que a análise que pretendemos fazer nada tem que ver com o recente processo eleitoral e as alegadas acusações que existem entre as partes envolvidas. No entanto, tudo o resto tem de ser amplamente analisado e discutido. Por outro lado, a festa realizada no dia 5 de agosto de 2016, no Castelo

de Montalegre, por uma alegada Associação de Vilar de Perdizes que, segundo se consta, nada terá que ver com as gentes da pitoresca aldeia, tem de ser recordada e devidamente esclarecida. Ora, tendo eu denunciado a “marosca” à volta do evento, com o sugestivo nome de CASTLE PARTY, – para “azar” (ou desconhecimento?) dos organizadores, o evento no Castelo teve lugar, precisamente, no dia em que, em Vilar de Perdizes, se realiza a festa anual em honra de N.ª Sr.ª das Neves -, a verdade é que, quem de direito, nunca se dignou prestar os devidos esclarecimentos às gentes de Vilar de Perdizes. Estes são temas fundamentais, aos quais certamente

regressarei nas próximas edições, sem esquecer, claro está, o esquema montado para impedir determinada recandidatura autárquica.

Para já, é premente voltar a falar da legítima, mas inusitada, sociedade constituída em Moçambique pelos amigos Fernando Rodrigues (PS), Fernando Campos (PSD), Elói Ribeiro (PSD) e António Silva sem esquecer que, Fernando Rodrigues, numa visita privada ofereceu, enquanto Presidente da Câmara de Montalegre, 100 000 euros para a construção de uma escola, precisamente na localidade onde foi instalada a sede da referida empresa.

Confesso que depositei grande espectativa no desenrolar da última Assembleia Municipal de Montalegre.

De Boticas, infelizmente, já há muito tempo que não se espera nada. Se dúvidas houvesse, a atual candidatura socialista à Câmara Municipal de Boticas (CMB) veio confirmar isso mesmo. Com efeito, a ser verdade aquilo que se consta, durante a manhã do dia em que a

Comissão Política Distrital do PS/Vila Real iria ratificar os candidatos ao distrito, os socialistas Botiquenses – entre os quais se encontraria o atual candidato à CMB – reuniram, tendo decidido não apresentar qualquer candidatura à CMB. Durante a tarde, na Comissão Política Distrital do PS/Vila Real, terão defendido isso mesmo. Dias depois, contrariando as decisões tomadas anteriormente – segundo o jornal PÚBLICO, a Presidente da Comissão Política do PS/Boticas demitiu-se -, acabou por aceitar ser candidato. Insinua-se agora, que o candidato socialista será, ou terá sido, advogado de um

dos sócios da Urbenacala, Lda, a tal sociedade constituída em Moçambique. Será isto verdade? Ou melhor, estará esta (a existir, legitima) relação profissional relacionada com a candidatura autárquica? Os Barrosões e, especialmente, os Botiquenses merecem ser devidamente esclarecidos pois, tal como avançou o jornal PÚBLICO, “as relações privilegiadas” que existem entre o PS de

Montalegre e o PSD de Boticas não são bem vistas por alguns setores socialistas de Boticas”.

Como cidadão atento e conhecedor do pensamento reinante tinha curiosidade em ver os argumentos que iriam ser invocados

para justificar o injustificável.É nosso entendimento que

qualquer político digno desse nome, perante a gravidade das dúvidas suscitadas, explicaria, em primeiro lugar, “tintim por tintim”, todo o procedimento. Depois, dando mostras de total despreendimento e isenção, comunicaria aos seus pares que, para que não restassem quaisquer dúvidas, tinha, ele próprio, solicitado ao Ministério Público uma profunda investigação ao caso. Finalmente, apresentaria a demissão do cargo de Presidente da Assembleia Municipal.

Se é óbvio que, em termos

legais, nada impede que dois ex-Presidentes de Câmara – um do PS e outro do PSD – e um ex-Deputado da Nação, do PSD, que por acaso até foi Governador Civil, constituam as empresas que bem entenderem, em termos políticos, tal sociedade, é, a todos os níveis, injustificável.

Alguém neste País, ou no mundo civilizado, compreenderia a constituição de uma empresa entre António Costa e Pedro Passos

Coelho?Com que autoridade os atuais

Presidentes da Assembleia Municipal de Boticas e de Montalegre pedem aos investidores para investir nos respetivos concelhos quando eles, logo que saíram da presidência das respetivas câmaras municipais, em vez de investirem na sua própria terra, foram criar uma empresa a Moçambique?

Mas, o caso de Fernando Rodrigues, em termos políticos, parece-nos hoje bem mais grave do que parecia à partida, não podendo ficar por aqui. Tendo sempre presente que existe uma diferença abissal entre a responsabilidade ética e política e a responsabilidade criminal, parece-nos que as explicações que o próprio deu, através de um panfleto depositado nas caixas do correio, são apenas para consumo interno, vindo adensar ainda mais o mistério relativo à transferência, ou não, dos 100 000 euros para a construção da escola em Nacala, Moçambique.

Como bem sabem, eu fui um

dos colunistas que denunciou esta situação, confessando, desde logo, ter muitas dificuldades em perceber como é que era possível oferecer cem mil euros para a construção de uma escola em Moçambique quando as nossas - Cabril, Ferral e Salto - não tinham, nem têm, as mínimas condições de ensino/aprendizagem para os nossos filhos. Isto, para não falar do estado das escolas secundárias da Venda Nova e Montalegre.

Há quatro anos que, quinzenalmente, partilho a minha opinião com quem me quer ler. Faço-o, no estrito cumprimento do meu dever de cidadania, louvando o que é de louvar e denunciando aquilo que entendo estar mal, na procura constante do que entendo ser melhor para as nossas gentes. Não estou, nem nunca estive, contra quem quer que seja. O meu partido é Barroso, a capital é Montalegre. E, enquanto tiver forças, irei continuar a puxar pela minha terra. Ora, nesta luta constante pelo bem-estar da minha gente não entra a mentira. Quem mente não é digno!

Não vou aqui recordar, por falta de espaço e para não misturar os assuntos, aquilo que, a propósito da estrada Braga-Chaves, Fernando Rodrigues disse que faria. Mas a maioria dos Barrosões, certamente que se lembra.

Diz agora (no panfleto) Fernando Rodrigues: “não foi dado, não foi doado, não foi transferido, não foi liquidado, não foi pago, nem esse nem outro valor [100 000 euros] para a escola em Moçambique. Isso é mentira, isso é falso! Isso é canalhice”.

É verdade, meu caro Fernando Rodrigues: partindo do pressuposto que V.ª Ex.ª não estava a brincar com os Africanos quando ofereceu o dinheiro para a construção da escola em Moçambique, se aquilo que agora afirma é verdade, parece-nos estar perante uma enorme irresponsabilidade e “canalhice” política, não lhe restando, por isso, outra alternativa que não seja a sua imediata demissão – coisa que o senhor já deveria ter feito há muito

tempo – de todos os cargos políticos que ocupa.

Não vou perder mais tempo a citar o que consta de vários documentos disponíveis na página da internet do município, acompanhados da sua fotografia, ao lado de dirigentes africanos, ou a recordar o que consta de várias atas da Assembleia Municipal, nomeadamente na de 30 de abril de 2015.

Agora, se é verdade que, depois de aprovada a verba nos órgãos próprios da câmara, com a “qual o município se comprometeu a apoiar na construção de uma escola” e, posteriormente, a verba não foi transferida, liquidada ou paga, de quem é a responsabilidade? Ou melhor: quem autorizou tal procedimento e em que reunião? Quando informou, e em que reunião, o povo de Montalegre, através dos seus legítimos representantes?

Li e reli, várias vezes as atas da

Câmara Municipal e da Assembleia Municipal. Em nenhuma delas consta a decisão de anular o prometido apoio “de construção de uma escola” em Nacala, sede onde foi instalada a sua empresa. Fico, naturalmente, à espera de

informação onde isso conste.De qualquer das formas, o que

aqui é relevante é o ato em si: numa visita de cariz privado, o Presidente da Câmara de um dos mais pobres concelhos de Portugal, sentiu-se no direito de oferecer 100 000 euros para a construção de uma escola, quando tem as escolas da sua terra no estado em que estão.

Acresce que, no panfleto que distribuiu, entendeu ainda brindar-nos com a seguinte afirmação: “numa deslocação privada a Moçambique, de que dei conhecimento público, e em resultado de um encontro meramente ocasional, acabou por ser constituída uma empresa”, para mais à frente concluir que “nunca existiu atividade”. Ora, não sei o que Fernando Rodrigues pensa sobre a generalidade dos Montalegrenses mas, espero que entenda, ainda há muitos que pensam por cabeça própria.

Como é público, até há fotografias, Fernando Rodrigues efetuou uma visita privada a Moçambique, em 2012. Nessa visita, repito, ofereceu o dinheiro para a construção da escola. A empresa, que agora nos parece pretender fazer crer que resultou “de um encontro meramente ocasional”, só foi constituída em 2014. Por outro lado, Moçambique é tudo, menos um país turístico.

Por outro lado, e de acordo

com o que sempre afirmamos, o que aqui está em causa é apenas

o ato político, a que agora se junta a natural desconfiança relacionada com a promiscuidade entre os envolvidos. Ora, tal como referimos em texto anterior, “em 27 de outubro de 2009, Elói Franklin

Fernandes Ribeiro celebrou contratos na qualidade de administrador (desconheço se ainda é) da “Habimarante, Sociedade de Construções, S.A.”.

Por outro lado, em 16 de setembro de 2010 a “Habimarante, Sociedade de Construções, S.A.”, por *ajuste direto*, celebrou um contrato com a autarquia de Montalegre, na altura presidida por Fernando Rodrigues, para a “conclusão da construção do centro escolar EB1/JI de Montalegre, no valor de 1 522 528, 39 euros (mais de um milhão e meio de euros). Pouco mais de quatro meses depois de abandonar a presidência da Câmara Municipal de Montalegre, Fernando Rodrigues constitui uma sociedade em Moçambique com Elói Ribeiro, a que se juntaram o ex-presidente da câmara de Boticas, Fernando Campos, e um outro cidadão. Acresce, que os administradores da dita sociedade – Urbenacala, Limitada – são Fernando Rodrigues e um dos filhos de Elói Ribeiro, de seu nome André Franklin Martins

Ribeiro”. Nesse mesmo texto, questionávamos se André Ribeiro teve algum “ajuste direto” com a Câmara de Montalegre, nos tempos de Fernando Rodrigues?

Ora, sabemos agora, através de documento que nos foi gentilmente cedido, que André Franklin Martins Ribeiro foi - desconheço se ainda é, mas é fácil descobrir – gerente da NORCEP, Construções e Empreendimentos, Lda. Acontece que, esta mesma empresa, em 16 de maio de 2013, *por ajuste direto*, celebrou um contrato com a Câmara Municipal de Montalegre, então presidida por Fernando Rodrigues, no valor de 149 616, 81 euros, para “obras de beneficiação do edifício do Centro Escolar EB1/JI de Montalegre”.

Acrescente-se ainda que, a NORCEP, também celebrou contratos com a Câmara Municipal de Boticas.

Assim, e resumindo, sem

nunca pôr em causa a seriedade dos envolvidos, parece-nos ter existido promiscuidade suficiente, entre política e empresários, que tem de ser cabalmente explicada. Mais a mais, os esclarecimentos nunca fizeram mal a ninguém. Por outro lado, convém, mais uma vez, não esquecer que quando não se tiram as conclusões éticas e politicas no seu devido tempo, mais cedo ou mais tarde a justiça é chamada a intervir.

Bento Monteiro

Moçambique: a fuga para a frente

Mas, o caso de Fernando Rodrigues, em termos políticos, parece-nos hoje bem mais grave do que parecia à partida, não podendo ficar por aqui. Tendo sempre presente que existe uma diferença abissal entre a responsabilidade ética e política e a responsabilidade criminal, parece-nos que as explicações que o próprio deu, através de um panfleto depositado nas caixas do correio, são apenas para consumo interno, vindo adensar ainda mais o mistério relativo à transferência, ou não, dos 100 000 euros para a construção da escola em Nacala, Moçambique”

“Li e reli, várias vezes as atas da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal. Em nenhuma delas consta a decisão de anular o prometido apoio “de construção de uma escola” em Nacala, sede onde foi instalada a sua empresa. Fico, naturalmente, à espera de informação onde isso conste”

“É verdade, meu caro Fernando Rodrigues: partindo do pressuposto que V.ª Ex.ª não estava a brincar com os Africanos quando ofereceu o dinheiro para a construção da escola em Moçambique, se aquilo que agora afirma é verdade, parece-nos estar perante uma enorme irresponsabilidade e “canalhice” política, não lhe restando, por isso, outra alternativa que não seja a sua imediata demissão – coisa que o senhor já deveria ter feito há muito tempo – de todos os cargos políticos que ocupa”.

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18 de Julho de 2017 5BarrosoNoticias de

A Unidade de Cuidados Continuados vem desde 2009, quando a Câmara de Montalegre deu aval ao Provedor da Santa Casa, na altura o falecido Manuel Pereira, para apresentar o projecto e obter os apoios indispensáveis da Segurança

Social.Nessa mesma altura, a

Santa Casa da Misericórdia recebeu um donativo da Segurança Social de 750.000 euros destinados à construção do imóvel.

O projecto de execução da obra previa um prazo de apenas seis meses. Contudo, já lá vão sete anos e o “2.º Hospital”, como alguns montalegrenses lhe chamam, nunca mais abre as portas.

Como curiosidade podemos informar que, muito depois de Montalegre apresentar o projecto nas instâncias oficiais, surgiu Boticas com idêntica proposta cujo processo correu

seus termos com toda a normalidade e, poucos meses depois, estava a funcionar em pleno. Já com vários anos a servir a população da região, alguns doentes acamados de Montalegre têm tido ali o seu refúgio para algum sossego dos seus familiares.

Mas voltemos atrás para informar que já depois do grosso da construção estar concluida, foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal e a Santa Casa da Misericórdia, ainda com Fernando Rodrigues na presidência, (a sua candidatura a Provedor não terá sido inocente), segundo o qual a Câmara se esta comprometeu a

transferir todos os meses para a UCC 18.000 euros.

Mas, aqui se levantam várias questões às quais o sr. Provedor nas reuniões da Santa Casa, interpelado por alguns irmãos, nunca deu resposta compreensível.

Como é que se pode justificar tamanha demora na abertura da UCC?

Porque razão nada consta acerca da UCC na Conta de Gerência da Santa Casa da Misericórdia?

Porque razão a própria Câmara Munucipal de Montalegre, no seu Plano e Orçamento 2018, não inclui a UCC nas despesas, apenas

referindo subsídios? O que é que estará por

detrás de tudo isto? Mais um caso de gestão

incompetente que se pode juntar ao da Ponte da Assureira (Ponte da Vergonha), ao Campo de Tiro (Bunher), às Piscinas Municipais, à Pista de Rallycross … e por aí adiante.

Os barrosões têm de ver isto tudo e reconhecer que os dinheiros de todos nós estão a ser mal geridos. Tratar da vidinha deles é o que interessa aos socialistas de Montalegre, o resto (o bem das populações) pode esperar.

UCC – Unidade de Cuidados Continuados de MontalegreO que se passa? O povo de Montalegre espera e desespera por uma justificação

MAPC

Carvalho de Moura

O produtor e enólogo Francisco Gonçalves (à direita, na foto), em conjunto com o seu irmão Paulo (à esquerda), está a plantar a vinha mais alta de Portugal, a 1025 metros de altitude. A terraplanagem do terreno, em terreno de Donões, está pronta e a localização foi judiciosamente escolhida para uma exposição sul e com protecção dos ventos frios que vêm da costa atlântica. O solo vai receber plantas de rufete e bastardo.

Francisco disse que a escolha destas castas residiu na sua precocidade; sendo de maturação mais temporã,

rufete e bastardo terão tempo de amadurecer antes das primeiras chuvas de Setembro. Francisco e Paulo sabem que estão a correr riscos ao plantar a esta altitude porque há pouco ou nenhum histórico em Portugal de vinha a estas cotas. O grande problema estará nos factores que impedem a maturação das uvas: a mais de mil metros, as temperaturas são bastante mais frescas que em cotas mais baixas e, ao mesmo tempo, as névoas e humidade desta altitude podem atrasar bastante o desenvolvimento das uvas, um pouco ao estilo do que acontece, aliás, nos Açores (e daí os chamados currais de

pedra vulcânica). A área total é pequena,

apenas 2 hectares, mas os irmãos Gonçalves ponderam

ampliar o terreno se o projecto tiver sucesso. Está previsto que a vinha esteja plantada até ao final do mês de Julho. Recorde-se que Francisco e Paulo já possuem vinhos em Trás-os-Montes, com uma vasta gama com a marca Montalegre, terra donde são naturais e bem conhecidos de todos os montalegrenses.

Da gama consta um clarete, que resulta da mistura de vinhos brancos e tintos. A área comercial é assegurada por Diana Silva, na foto entre os dois irmãos Francisco e João Paulo.

In: net

Teve lugar na passada

quarta-feira, dia 12 de Julho, a

entrega dos prémios relativos

ao VI Concurso de Vinhos de

Trás-os-Montes. Uma iniciativa

da Comissão Vitivinícola

Regional de Trás-os-Montes,

(CVRTM), que teve como

objectivo promover e premiar

vinhos de qualidade da região

transmontana.

No concurso foram avaliados

vinhos transmontanos por um

júri constituído por peritos,

englobando enólogos, agentes

económicos, organismos oficias

e imprensa especializada, que

se dedicaram à prova dos vinhos

concorrentes.

E neste âmbito, os vinhos

Mont'alegre Vinhas Velhas -

Tinto 2015 e Mont'alegre Vinhas

Velhas - Branco 2015 foram

agraciados com a medalha de

Ouro, pela excelente qualidade

que ambos possuem.

Montalegre vai ter a vinha mais alta de Portugal

Vinhos Mont'alegre distinguidos com medalhas de Ouro

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18 de Julho de 20176 BarrosoNoticias de

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 99 – Falta

É como ter a alma esburacada, sentir a falta de alguém. E a tua falta, minha querida, abriu um buraco tão grande que todos os outros quase desaparecem no vazio da inquietude. A alma mal se sustém, de tão esburacada que está. É quase insustentável o eco que provém de todos os buracos. É um universo que parece não ter fim, onde só o lamento se enquadra na reverberação das paredes nuas e frias da ausência. Demasiadas ausências para um único percurso. Um percurso tão só… impregnado de uma inveja tão doce que mais não queria do que uns instantes na tua companhia. Um sorriso mais. Um afago breve e eterno na face que tanto sente a tua falta. O toque no coração como só tu sabias dar. O formar de um sorriso que surgia com o som da tua voz. O querer dar de bom grado os dois braços em troca de um abraço. Fazes-me falta, sabias? És parte de mim e a tua ausência deixa-me incompleto. As noites são mais escuras e o frio queima muito mais quando não temos o colo que nos ampara… É fraco consolo olhar o céu estrelado e pensar que tu és uma daquelas estrelas, mãe. Mesmo sendo a mais bela…

João Nuno Gusmão

Grande Tragédia em Gralhas

(26 de Julho de 1952)

Vou contar a quem não sabeLembrar a quem esqueceu

Uma grande tragédiaQue em Gralhas aconteceu

Quero ser verdadeiroNão fugir à verdade

Uma descarga eléctricaSem haver electricidade

Em vinte e seis de JulhoDe mil nove cinquenta e

doisUma tragédia nunca vista

Nem antes nem depois

Duas nuvens muito negrasQual delas a mais forte

Uma vinha do sulOutra vinha do norte

Ambas vinham a trovejarJá davam a perceber

Se as duas se juntassemO que iria acontecer

Ouvia-se por alguns ladosQuem sabia as oraçõesPedir a Santa Bárbara

Que desviasse os trovões

Isso não foi possívelEm Gralhas elas se juntaram

E vinham tão carregadasFoi ali que descarregaram

Era raios por todo o ladoChuva e faíscas a cair

Era casas a arderEra animais a fugir

Gente com as mãos na cabeçaQue corriam a gritar

Outros debaixo das varandasDe mãos postas a rezar

Todos deixavam os abrigosCom medo de morrer

Mas iam apagar o lume Nas casas que estavam a arder

Os sinos tocavam a lumeNão paravam de tocar

Gente das aldeias vizinhasIam a Gralhas ajudar

Contavam boas notíciasEm Gralhas ninguém sabia

Nas aldeias donde eles vinhamEstava sol e não chovia.

Alguns de Gralhas revoltadosOutros mais calmos como eu

Diziam os revoltadosFoi castigo que Deus nos deu

Mentira, foi um grande milagreQue Deus fez ou mandou

Porque as faíscas eram tantasE tanta gente Deus salvou

Uma senhora com criança ao colo

Vejam se é milagre ou não éA faísca mata a senhora

Deus salvou o bebé.

Foi nessa mesma hora Noutro sitio diferente

A meter o feno no palheiroUm grande grupo de gente

Entraram para o palheiroPra se defender do trovão

Defenderam-se bem da chuvaDa faíscas é que não

Estava o dono e a famíliaE ainda outros amigosViram cair a menina

Pensando ser sem sentidos

Tinha quinze ou dezasseis anos

Esta diferença não importaForam ajudar a levantá-la

Mas a Celeste estava morta.

Havia ali uns degrausQue alguém os desceu

Para ver as vacas na corteUma delas também morreu.

O trovão tinha acabadoAs nuvens desaparecido

Procuravam-se as famíliasE os animais que tinham

fugido.

Fui a ver a minha prima Cheguei lá não pude entrarPorque a gente era à pinhaDe volta do caixão a chorar

Eu queria despedir-me delaCom tanto amor e carinhoQueria que levasse de mim

Um saudoso beijinho

Tocou o sino da CapelaJuntou-se o povo muito unido

Para colmarem as casasQue nesse dia tinham ardido

Não se reparava de quem eramSejam elas de quem for

Uns carretavam os colmosOutros serviam o colmador

------------------“Valha-me DeusQue pouca sorte!

Esta que váOutra que não volte!”

José A. Lopes dos SantosPoeta Popular

IN MEMORIAM...

Os pensamentos e a energia são importantes para a saúde e podem ter influência nas doenças

Muitas pessoas colocam os pés no solo para captar a energia magnética da terra, o gauss da

terra já foi de 4.o e hoje é só de 0.04. Para que qualquer organismo vivo floresça, um dos principais

requisitos é um magnetismo saudável, pois é essencial para a proliferação da vida.

A mente e os pensamentos podem ter um efeito forte no funcionamento de todos os órgãos

e glândulas. A exposição à poluição electromagnética através dos cabos da alta tensão, dos

computadores, das luzes florescentes, etc. reduz o campo magnético à sua volta, aumentando as

doenças. O pH fica mais fraco, reduzindo a frequência cardíaca etc. Tudo isto foi resultado de

experiências feitas. Cientistas demostraram que as plantas crescem muito melhor em vasos de barro

do que em plástico. O barro é um produto natural da terra e emana uma energia que sustenta a vida.

Os alimentos naturais biológicos têm uma energia vital para a saúde do corpo humano.

Os microondas alteram drasticamente esta energia e tornam os alimentos perigosos para serem

consumidos. A música pode ter um forte efeito na saúde e no bem-estar. A indústria farmacêutica é,

nalguns casos, a inimiga para atacar algumas doenças! “A Reuters” noticiou que comer produtos

biológicos previne e cura uma grande variedade de doenças.

João Damião

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18 de Julho de 2017 7BarrosoNoticias de

Era um fim-de-semana de muito sol, quando eu passava na Senhora das Neves entre Montalegre e Padornelos. Quis parar e visitar a ermida. Entrando através de um portão, deparo-me com um amplo espaço murado que tinha na sua parte central uma bela capela e ao lado um edifício

civil, provavelmente da mesma época. Ainda que lhe faltasse o sino na torre sineira que encima o frontispício, não deixa de ser uma ermida muito bonita. Aparenta ser dos finais do séc. XVII, ou até anterior. Encostado a uma parede, jaz um sarcófago com vestígios de antropomorfismo. Aparenta ser do séc. IX, ou até anterior, quando existia naquele lugar uma necrópole.

Depois, saindo do espaço murado e agradecido por ter visitado sítio tão encantador, subi a uma colina do lado Oeste, pois quis saber que paisagem natural e humanizada se avistava daquele outeiro. Foi então que os meus olhos se fixaram, ali perto, naquilo que já há muito desejava visitar e que, pelas piores razões, tinha ouvido falar. Era o malfadado Campo de Tiro, uma nova obra falhada da Câmara Municipal e da política de Orlando Alves, um horror.

Vistos do alto, tínhamos de um lado a belíssima ermida e o espaço agradável que a rodeava; do outro lado, uma ampla cicatriz na paisagem, que profundamente a feria, e que tanto parecia uma mina a

céu aberto como uma cratera rasgada pelo impacto de um meteorito. Vistos de outra forma, tínhamos de um lado o trabalho construtivo e útil da Igreja, que com pouco dinheiro faz maravilhas, e do outro lado o trabalho destrutivo e esbanjador do poder civil, que não sabe o que anda a fazer e

que mete nojo. O Campo de Tiro de

Montalegre é mais um “tiro no pé” da Câmara, um desperdício de dinheiro, mais uma das obras podres a que a CMM já nos habituou. Calcula-se que naquela cratera desfigurante às portas de Montalegre, já lá tenham sido estoirados mais de 300 mil euros do dinheiro do erário público. Grande cratera! Só naquele espaço perto de Padornelos, contam-se três

obras inúteis avaliadas em 16 milhões de euros: a malfadada Pista com a qual o PSD nada quererá quando for Câmara; o incompleto e abandonado Campo de Tiro, um espaço de poluição às portas de Montalegre; e a estrada, não para Chaves, como devia ser, mas para o alto do Larouco, que por acaso é a melhor do concelho e que foi feita para a Volta a Portugal em Bicicleta.

Pouco sabemos do Campo

de Tiro, dado o secretismo à sua volta, e pouca informação consegui recolher para este artigo. Também não sabemos, dado o silêncio, dos motivos que levaram a Câmara a empreender aquela obra em Montalegre, já que em Salto existe um bom campo de tiro que recebeu recentemente uma prova internacional, subsidiada pela CMM em muitos milhares de Euros. Assim sendo, que necessidade havia de fazer um novo campo? Será que os desportistas não se podem deslocar a Salto? As crianças do concelho fazem, para irem à escola, as deslocações mais longas da Europa. Pelo contrário, os desportistas de tiro têm de ter um campo à porta de casa! Não compreendo esta política.

Ocupa uma área de pouco mais de um hectare, quase todo ele escavado na rocha xistosa. Está servido por dois acessos em estradão e, pelo estradão que desce da Senhora das Neves, está provido de eletricidade em postes de cimento. Quase no centro da cratera existe o

“bunker”: uma estrutura em betão enterrada no solo, em forma de L e inacabada, que é a partir dela que os desportistas, rente ao solo, disparam aos pratos.

Toda aquela estrutura, em que já se gastaram mais de 300 mil euros, jaz abandonada, como se tratasse de um filho enjeitado, e até parece que foi largada à pressa. O que terá acontecido? E, se não foi abandonada de vez, quanto

falta ainda gastar para que a estrutura esteja pronta a funcionar? A CMM nada diz. Há plásticos enormes espalhados pelo chão, estacas de madeira, gravilha, grandes montes de terra no meio… A vegetação está pouco a pouco a tomar conta daquele espaço. Já há giestas crescidas por todo

o lado, algumas das quais já têm um metro de altura. O grande volume de terra e rocha escavada foram depositados na parte Oeste, que é mais baixo, com o objetivo de nivelar o terreno.

O Campo foi contruído numa linha de água a qual

o atravessa na sua parte sul, no sentido este - oeste, e vai desaguar no rio Cávado. No fim de contas, temos ali mais um foco de poluição do rio, a que se juntam os esgotos de Montalegre e da zona industrial. Neste momento, o

rio Cávado é dos mais poluídos de Portugal.

Em conclusão, amigo leitor, como cidadão atento à política local, dói-me o que se passa com o campo de tiro de Montalegre, quer pelo dinheiro que já lá foi gasto, quer por ser mais uma obra podre e inútil da Câmara, quer ainda porque

não se justifica, atendendo à qualidade do campo de tiro de Salto, que até recebe provas internacionais. Além disso, é mais um foco de poluição nas margens do rio Cávado, já de si terrivelmente poluído. Ainda que o desperdício não seja tão

grande, pode de certo modo ser comparado com a famosa ponte a apodrecer no meio do monte e pela qual a estrada jamais passará, nem nenhum automóvel a cruzará.

MANUEL RAMOS

Política municipal vista de fora

O Campo de Tiro é um "tiro no pé" da Câmara

“O Campo de Tiro de Montalegre é mais um “tiro no pé” da Câmara, um desperdício de dinheiro, mais uma das obras

podres a que a CMM já nos habituou. Calcula-se que já lá tenha estoirado mais de 300 mil euros.”

“se temos um bom campo de tiro em Salto, que recebe provas internacionais, porque há necessidade de fazer um novo

campo em Montalegre? As crianças de Montalegre fazem, para irem à escola, as deslocações mais longas da Europa. Pelo contrário, os desportistas de tiro têm de ter um campo à porta

de casa!”

“Foi construído numa linha de água que o atravessa na sua parte sul, no sentido este - oeste, e vai desaguar no rio Cávado. No fim de contas, temos ali mais um foco de poluição do rio, a

que se juntam os esgotos de Montalegre e da zona industrial. O Cávado é dos rios mais poluídos de Portugal”.

Não vi o programa por in-teiro. Não é do meu estilo ador-mecer no sofá frente à pantalha televisiva a acompanhar um pro-grama show deste tipo. É depri-mente, abusivo e retrógrado. A curiosidade dum desfecho que se adivinhava, um desfecho que não honraria a minha terra tam-bém contribuiu para isso. Mas vi, poso dizer, o essencial para me poder pronunciar sobre ele.

E o que é que se viu? Aldeias lindas, Dornes, Aldeia da Luz, Santa Clara... Aldeias limpas e asseadas, com gente e com qua-lidade de vida.

E vi a nossa Vilarinho de Ne-grões a exibir uma imagem que destoava das demais. Ruralidade sim, mas pobreza no extremo. Em tudo.

Entre a bonita fotografia com o casario como que a flutuar nas águas mansas da barragem e a triste realidade, de resto comum a muitas das nossas aldeias, vai um abismo de distância.

Creio, no entanto, que no concelho de Montalegre há al-deias que, se selecioadas, da-riam outra imagem mais favorá-vel de Barroso.

Pena que a Câmara não ti-

vesse feito mais e melhor nesta representação nacional que en-trou pela casa de milhões de por-tugueses. Esteve no show. É isso que importa a Orlando Alves, o resto não lhe interessa.

Há quem goste de ser tra-tado como os «coitadinhos» de Trás-os-Montes! Eu não.

Como diz a cantiga, “tudo isto é triste”.

Não gosto de ver assim a mi-nha querida terra.

Braga, 11.07.2017Anónimo devidamente

identificado perante a redacção

Vilarinho de Negrões entre a fantasia e a realidade

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BarrosoNoticias de

8 18 de Julho de 2017

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RECONSTITUIÇÃO CORPORAL EMBALSAMENTO DO CORPO CREMAÇÃO

TRASLADAÇÕES TANATOPRAXIA TANATOESTÉTICA

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918 de Julho de 2017

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BarrosoNoticias de

10 18 de Julho de 2017

SEDE DO JORNAL

O jornal Notícias de Barroso tem, a partir deste mês de junho, a sua sede definitiva na Praça de França, Edifício Cabrilho, n.º 396,

Loja 4-A, situada portanto nas torres da Condalton e com entrada pela Porta 1, a seguir ao Oculista e à loja das flores.

A sede estará aberta desde as 10,00 horas às 12,00 horas (meio dia) para pagamento das assinaturas, publicidade e outros serviços.

Fora desse horário, em casos de urgência, poderão os srs. Assinantes servir-se dos contactos indicados no Jornal.

PAGAMENTOS

Atenção, srs. Assinantes: lembramos que devem liquidar as suas assinaturas para o corrente ano.

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A todos os assinantes que pretendam aderir a esta forma de pagamento solicitamos que nos informem do valor da transferência e do

nome da pessoa que recebe o jornal, logo após o depósito bancário, seja por e-mail, telefone ou carta. Isto porque o talão emitido pelo

Banco não traz a indicação do nome do assinante.

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Para aqueles que têm necessidades de prestação de serviços, para alguma orientação, juntamos uma resenha da N/tabela de preços:

EXTRATOS de 1 só prédio …................................... 35,00 euros

“ por cada prédio + …............................. 2,50 “

AGRADECIMENTOS por óbito c/foto....................... 30,00 “

“ “ s/foto....................... 25,00 “

PUB (em função do espaço ocupado)

1 página inteira a cores................ 200,00 “

“ “ a p/b ….............. 160,00 “

BarrosoNoticias de

Pelo início da madrugada do passado domingo, lá surgiu, na SIC Notícias, O EIXO DO MAL, com o moderador e os residentes já cativos. Desta vez – será para fazer escola? –, conseguiu fazer-se reinar alguma ordem na tradicional desordem que sempre caraterizou o programa, apesar de não lhe ter retirado graça e interesse. Sobretudo, por parte de Daniel Oliveira e, vá lá, Luís Pedro Nunes.

Um dos temas focados neste programa mais recente foi o do racismo em Portugal. E o que ali foi referido foi o que eu também escrevi num texto anterior e igualmente recente: o racismo está omnipresente em Portugal, quase nada sendo feito, mormente ao nível escolar, para o travar. Bom, é uma realidade, mas que depois se projeta por todo o tecido social, que, invariavelmente, cala e consente, numa atitude que foi, precisamente, a que permitiu que a II República tivesse sobrevicido quase meio século.

Claro está que nós temos o dito Estado de Direito Democrático e Social, mas isso, só por si, é garantia sempre frágil. Por esta razão deveras evidente, impõe-se que as associações de cidadãos pretos, ou ciganos, ou outros, sempre que possam sentir-se vítimas de racismo, seja pelo lado que for, se queixem às organizações internacionais ligadas à defesa dos Direitos Humanos.

É essencial levar a essas instâncias, por exemplo, a situação de gueto social em que muitos desses grupos étnicos se vêem forçados a viver. E é fundamental levar às mesmas estatísticas sobre aproveitamento escolar, lugares de ausência de acesso social desses cidadãos, mormente no setor político, percenteagem do contingente humano condenado e a cumprir pena, etc..

Só procedendo deste modo se pode conseguir combater o racismo em Portugal, embora existam, por igual, outros caminhos paralelos e que também devem ser percorridos. E, por fim, é essencial que a Ordem dos Advogados tome em mãos a luta pela reposição da ordem que falta neste domínio. E isto porque a generalidade daqueles nossos concidadãos não dispõe de meios essenciais a prosseguir com a sua defesa junto das mais diversas instâncias, internas ou internacionais.

Hélio Bernardo Lopes

EXTRATO

Certifico para efeito de publicação que, por escrita outorgada

em 05-07-2017, na conservatória dos Registos Civil, Predial e

Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dr.ª Maria Carla de

Morais Barros Fernandes, exarada as folhas 55 e seguintes do livro

985-A, ANTÓNIO BARROSO DE CASTRO e mulher MARIA

DA GLÓRIA RODRIGUES ALVES DE CASTRO, casados em

comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Outeiro, deste

concelho, onde residem na rua do forno, nº8, DECLARAM:

Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem

imóvel, situado na freguesia de Outeiro, concelho de Montalegre:

Prédio urbano situado na RUA DAS EIRAS, no lugar de

Outeiro, composto de casa de rés-do-chão e primeiro andar, com a

superfície coberta de cento e vinte e dois, virgula, quarenta e dois

metros quadrados, a confrontar do norte com caminho de serventia,

sul com João Afonso Pires, nascente com caminho público e do

poente com Cândido Dias Martins, inscrito na respectiva matriz

sob o artigo 311.

Que desconhecem se o prédio alguma vez esteve inscrito na

matriz rústica, encontra-se ainda por descrever na Conservatória

do Registo Predial de Montalegre e está inscrito na respectiva

matriz em nome do justificante marido.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes

por direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em

mil novecentos e oitenta e cinco, ano em que o adquiriram já no

estado de casados, por doação meramente verbal dos seus pais e

sogros João de Castro e Sílvia Barroso, residentes no mencionado

lugar de Outeiro.

Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado

prédio, prédio, procedendo a todas as obras de conservação e

restauração e nele guardando os seus haveres, pagando todas

as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com

a consciência de serem os seus únicos donos, á vista de todo e

qualquer interessado e sem qualquer tipo de oposição de ninguém

há mais de vinte anos o que confere à posse a natureza de publica,

pacifica, continua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito

de propriedade sob o prédio por USOCAPIÃO, que expressamente

invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Está conforme.

Cartório Notarial de Montalegre, 5 de Julho de 2017

O Ajudante

_(Ilegível)_

Notícias de Barroso, N.º 519, de 18 de Julho 2017

NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO OLIVEIRA

Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária Constança Augusta Barreto Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 176 – A, a fls. 66 e seguintes: ANTÓNIO JORGE MIRANDA FERNANDES e mulher MARIA LUÍSA DIAS PEREIRA FERNANDES, casados em comunhão geral, naturais ele da freguesia de Reigoso, concelho de Montalegre e ela da freguesia de Pitões das Júnias, concelho de Montalegre, onde residem na Rua S. Gonçalo, nº 23, declara:Que são donos com exclusão de outrem dos seguintes bens imóveis, situados na freguesia de Pitões das Júnias, concelho de Montalegre:Um - Prédio rústico situado no lugar do Outeiro, composto de palheiro, com a área de quarenta metros quadrados, a confrontar do norte com Elisa Dias Maquines, nascente com caminho, sul com António Dias Maquines e poente com João Rodrigues Catarino, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2454.Dois - Prédio urbano situado no lugar do Outeiro ou Pitões, composto de casa de habitação de rés do chão e andar, com a superfície coberta de cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Elisa Dias, nascente com Rua Pública, sul com herdeiros de Manuel Alves Reis e poente com José Pires, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 240.Que os prédios não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e oitenta e três, ano em que os adquiriram, por doação meramente verbal de António Pereira Fervidelas e mulher Maria dos Anjos Isidoro, residentes que foram na referida freguesia de Pitões das Júnias.Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de alguém, sempre têm usado e fruído os prédios, nele guardando os cereais e palha, efetuando algumas obras de manutenção, habitando-o e conservando-o, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa-fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os mencionados prédios, por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.Está conforme.Póvoa de Lanhoso, 10 de julho de 2017.A colaboradora com autorização para este atonos termos do nº1, art. 8º do DL 26/2004 de 4 de fevereiro

Ana Cristina Veloso SampaioRegistada sob o nº 84/5Conta/ Recibo registada sob o n.º 1632

Emitida fatura reciboA autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em 14/01/2016

Notícias de Barroso, n.º 519 de 18.07.2017

O RACISMO

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BarrosoNoticias de

1118 de Julho de 2017

Há uma certa cultura errada instalada nas nossas comunidades cristãs, que tem de ser seriamente refletida: a celebração de festas e sacramentos sem a vivência do Domingo, dia central para os cristãos, e sem a participação na vida da comunidade de que se faz parte. É habitual, mais do que seria expectável, encontrarmos muitas famílias que se apresentam na igreja com filhos para batizar ou para fazer as comunhões, que andam completamente alheadas da vida paroquial e têm uma ligação à Igreja muito pobre, para não dizer nula. Não

podemos continuar a alimentar esta vivência errada da fé cristã. Reduzir o cristianismo só a meia dúzia de festas, para se quebrar rotinas e se poder celebrar qualquer coisa com a família e os amigos e fazer bonitos álbuns de fotografias, é uma desfiguração inaceitável da fé cristã e um reducionismo religioso inconcebível. O Cristianismo tem as suas festas, mas é muito mais do que festas, é seguimento de Jesus Cristo, é viver como discipulo, é comunidade e caminhada de fé com os outros, é compromisso com o Reino de Deus, é testemunho audaz e coerente do Evangelho, é oração, relação e comunhão com Deus, na Igreja e com a Igreja. Esquecer isto ou não estar disposto a vivê-lo, querendo-se só a Igreja para festas, é viver uma mentira diante de Deus, instrumentalizar e desvirtuar a religião e viver um cristianismo ilusório e adulterado.

O mesmo se diga para os festeiros e romeiros das romarias de verão, que não aparecem numa missa durante

o ano e que pouco ou nada se importam com a vida da comunidade que assumiram e com a qual se comprometeram, ou para os jovens casais, que vêm celebrar o casamento na Igreja e só se voltam a ver nos dias dos batizados dos filhos, ou até para as famílias que pedem missas pelos defuntos durante a semana e raramente participam na Eucaristia do Domingo, centro da comunidade cristã. Aliás, vivemos atualmente uma contradição gritante na Igreja, que deve fazer pôr os cabelos em pé a Jesus Cristo, salvo seja: pedir-se um sacramento ou participar numa festa não para progredir na fé e aprofundar a relação com Deus e com a Igreja, porque é para isso que se celebra um sacramento, mas para se continuar indiferente a Deus e se abandonar a Igreja. Roça o escandaloso e é um testemunho inaceitável e indigno de quem se diz cristão. Ao Crisma até já se chama o sacramento do adeus à Igreja. Pelos vistos, a fé em vez de ser vista como um tesouro e um dom que dá sentido, grandeza

e plenitude à vida, ao invés, é entendida, e só pode ser por má ou falta de formação, como uma obrigação ou um estorvo, de que devemos prescindir e de que nos devemos libertar, porque pouco ou nada importa na vida.

Temos de repensar seriamente estes comportamentos e estas práticas, que não são corretas e não ficam nada bem a quem se diz crente cristão. Não há qualquer argumentação que as sustente. Temos de rever as nossas práticas pastorais, apontar novos caminhos e rever o sentido e o significado de alguma tradição cristã, que não cria adesão a Deus e não gera comunidade, presença e intervenção cristã. Assim é que não podemos continuar. A Igreja está de portas abertas e alegra-se pelo facto de as famílias quererem batizar e crismar os seus filhos e de desejarem introduzi-los na comunhão com Deus e com a Igreja, mas ficarmo-nos só por aí, sem se assumir a sério a vivência da fé e um verdadeiro

compromisso com Deus e com a Igreja, é patrocinar uma insanável falsificação da vida cristã. Continuarmos no cristianismo das festarolas é nutrir uma certa vivência da fé oca e vazia, aparatosa, mas estéril e sem alma, que Jesus condenou nos judeus do seu tempo, e que jamais aceitará aos seus discípulos e à sua Igreja.

PS: Um artigo ou outro meu foi comentado na Assembleia Municipal. Há todo o direito em fazê-lo, assim como em se concordar ou se discordar. Não admito é que me colem a partidos políticos ou fações. Não tenho e nunca terei partido politico. Como cidadão livre e independente, limito-me a comentar a vida social e a politica, que não é exclusiva dos partidos. A politica nasceu primeiro e muito antes dos partidos. Respeito todos os partidos, falo e convivo com pessoas de todos os partidos. Sei ocupar o meu lugar e dentro de uma igreja nunca pronunciei o nome de uma força politica. Que tudo fique bem clarinho.

Só um Cristianismo Festeiro?

Pe Vítor Pereira

BOTICASVOLTA A BOTICAS EM BICICLETA

Realizou-se no passado domingo, dia 9 de julho, a 1ª edição da Volta a Boticas em bicicleta.

A prova, inserida no Campeonato Regional de Estrada da Associação Regional de Ciclismo de Vila Real (ARCVR) e organizada pelo Clube BTT Boticas com o apoio da Câmara Municipal, da Federação

Portuguesa de Ciclismo, Instituto Português da Juventude e Juntas de Freguesia de Boticas e Granja e Alturas do Barroso e Cerdedo, contou com a presença de cerca de 70 ciclistas.

Os participantes desfrutaram das belas paisagens existentes no concelho ao longo dos 80 kms do percurso em estrada. Superadas as dificuldades técnicas e físicas, os ciclistas demonstraram-se satisfeitos pela realização da primeira prova de estrada no Município Barrosão e destacaram a excelente organização do evento.

No final da volta decorreu a habitual atribuição de troféus aos três primeiros classificados de todas as categorias em competição e à classificação geral. A entrega ficou a cargo do Vice-Presidente da autarquia, Guilherme Pires e do Vereador Hélio Martins.

Primeiros classificados por categoriasPromoção

1º – Artur Chaves – Silva e Vinha ADRAP2º - Hélder Costa– Bicimarante3º - José Ruivo– CCM – Clube Ciclismo de MirandelaFeminino1º - Sílvia Costa– Pedras Bikers TeamMaster 601º - Benjamin Silva– Irmandade/DiasAluminios/Formadestemida2º - Miguel Friães– ALB Lamego BikeMaster 501º - José Ferreira– CTM – Vila Pouca/Bike Box-Vila Real2º - Fernando Gonçalves- CTM – Vila Pouca/Bike Box-Vila Real3º - Joaquim Fernandes– ADRAPMaster 401º - Carlos Martins– Skoda Irmãos Leite/Bike Box ACRTX2º - Vítor Teixeira– Motocar/Bioracer/Cafedorio3º - Nuno Lopes– CCM – Clube Ciclismo de MirandelaMaster 301º - Luís Lameira– Skoda Irmãos Leite/Bike Box ACRTX2º - Daniel Pimenta– Barbike Biking Team3º - Francisco Fernandes– CTM – Vila Pouca/Bike Box-Vila RealElites1º - Daniel Anes– Barbike Biking Team2º - João Pereira– Moreira Congelados3º - Alfredo Gomes– Pedras Bikers TeamJuniores1º - Rafael Salgueiro– Bila Bikers/Carnes Silva/Cycles Oliveira2º - Albertino Gomes– Pedras Bikers Team3º - José Nascimento– Bila Bikers/Carnes Silva/Cycles OliveiraCadetes1º - Ricardo Costa– Pedras Bikers TeamClassificação Geral1º - Luís Lameira– Tempo: 2:39:53.872º - Artur Chaves– Tempo: 2:39:54.593º - Daniel Pimenta– Tempo:

2:40:01.69

Ação de sensibilização sobre a prevenção de incêndios florestais em Sobradelo

Realizou-se no passado dia

1 de julho, em Sobradelo, uma ação de sensibilização sobre a prevenção do aglomerdo populacional, defesa de pessoas e bens no âmbito dos incêndios florestais.

A iniciativa contou com a presença de responsáveis do Conselho Diretivo dos Baldios de Sobradelo, da Guarda Nacional Republicana (GNR), com o Grupo de Intervenção e Pronto Socorro (GIPS), do Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal e da população local.

O objetivo principal da realização desta ação passou por informar e consciencializar a população e associações locais para a importância e o impacto que a limpeza das faixas de gestão de combustíveis e das habitações isoaldas do aglomerado populacional de Sobradelo têm na segurança da população e de bens. Aproveitou-se para identificar alguns locais que ainda se encontram por limpar, com o objetivo de os proprietários serem notificados para efetuarem a respetiva limpeza dos matos.

Tendo Sobradelo uma das maiores manchas florestais de pinheiro bravo do concelho, é fundamental que os proprietários e responsáveis pelos baldios mantenham as faixas de gestão de combustíveis limpas para que, em caso de fogo, as pessoas e bens estejam livres de perigo.

A autarquia botiquense, através do Gabinete Técnico Florestal, mantém-se atenta a todo o tipo de situações para que, este ano, o concelho barrosão não seja novamente afetado por este flagelo dos incêndios florestais.

Arqueólogos da UM recebidos na Câmara Municipal

Decorreu esta segunda-feira, dia 3 de julho, a cerimónia de boas-vindas ao grupo de arqueólogos da Universidade do Minho que, pelo sétimo ano consecutivo, participam em escavações na Estação

Arqueológica das Batocas.A comitiva foi recebida pelo

Vice-Presidente, Guilherme Pires, e pela Vereadora Maria do Céu Fernandes, que desejaram uma boa estadia em Boticas à

comitiva.Recorde-se que as escavações

arqueológicas nas Batocas surgiram no âmbito do protocolo de cooperação assinado entre a Câmara Municipal de Boticas e a Universidade do Minho e estão inseridas no projeto “Conservação, Estudo, Valorização e Divulgação do Complexo Mineiro Antigo do vale Superior do Rio Terva, em Boticas”.

Todo o trabalho resultante deste protocolo é um importante contributo para o conhecimento aprofundado de todo o Complexo Mineiro Antigo do Vale Superior do Rio Terva, permitindo não só valorizar e preservar o património arqueológico existente nas Batocas, mas também dar a conhecer aquele que foi um dos mais importantes locais de mineração aurífera na época romana.

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18 de Julho de 201712 BarrosoNoticias de

Via Academia de Letras de Trás-os-Montes, chegou-nos um plangente poema sobre o fogo, escrito há vinte anos, pelo escritor transmontano João de Deus Rodrigues.

Coincidentemente, deparo no último numero de um semanário brigantino com um relato impressionante do mesmo autor, de cenas da terrível calamidade a que sobreviveu no concelho de Pedrógão, na povoação de Mosteiro onde por vezes também reside, por ser a terra da naturalidade da esposa.

É uma candente descrição de horror e pavor, de gente ferida, encurralada e queimada, açoitada por "uma ventania de lume", que luta até à exaustão contra o fogo e contra a morte. E sem vislumbrar qualquer auxilio público em todas aquelas intermináveis horas, excepto a fugaz intervenção de três viaturas dos Bombeiros da Benedita e da Batalha que cerca de cinco minutos depois abandonaram o local.

Este artigo de João de Deus Rodrigues recorda-me outros recentes versos seus, também premonitórios:

"Agora naquele vale já nada existe...

a paisagem triste que encontrei...

fez lembrar uma imagem lunar, que nada tinha a ver com o

oásis onde brinquei".

O autor suportou agora, ao vivo, o dantesco inferno que precedeu estas imagens. Congratulamo-nos porque tinha sobrevivido e profundamente nos compadecemos com as centenas de seus conterrâneos que foram injustamente imolados.

Era diferente a ideia dos fogos estivais até meados do século passado. Se eclodia um incêndio, tocava o sino a rebate e toda a gente acudia, parentes e amigos ou inimigos, com baldes e água donde a houvesse e fosse de quem fosse. De socorro público nem se falava. Quando os bombeiros chegavam, nas raras zonas onde já existiam, tratavam do rescaldo. A solidariedade dos vizinhos dispensava e supria a inacção ou negligência do

Estado.Entretanto, as populações,

envelhecendo e rareando, foram-se habituando aos auxílios institucionais em regra politicamente interessados. E a tradicional solidariedade dos vizinhos nos perigos comuns foi desaparecendo. Esta terrível desgraça no coração das Beiras com o seu tétrico cortejo de gente imolada no fogo destruidor, face à criminosa negligência ou lamentável inépcia dos poderes públicos fez ressurgir aqueles esforços heróicos de entre-ajuda e defesa comunitárias. Este fenómeno mais que os ronceiros socorros oficiais evitou que a horrível mortandade fosse bastante maior. O povo anónimo e sacrificado morria mas lutando até ao fim.

A estrutura administrativa do Estado, parasitada pelos interesses político-partidários que alternadamente se lhe vão enquistando, falhou em toda a linha, na defesa e protecção das vitimas desta catástrofe. Soluções que custaram milhões revertem-se a cada novo governo. Por revanche ideológica encomendam-se novos estudos e investigações em regra com o único objectivo de beneficiar lóbis políticos e sem a mínima ideia nem preocupação de que o que é preciso é criar estruturas e dispositivos para, nas situações de emergência, valer na medida do possível aos atingidos pela calamidades.

Os estudos ficam nas gavetas ou vão para o lixo, as leis quase sempre ditadas por ocultos interesses, são para empalhar e ficam no papel. Onde estão as centenas de milhares que se deglutiram no inútil SIRESP? Onde estão os milhões que se sumiram nas estruturas e meios aéreos que falharam sempre que deles se precisa? Quem criou, como se mantém e para que servem essas complicadas redes de direcção e coordenação da protecção civil que se desconhecem uns aos outros e que, em face dos perigos andam como baratas tontas sem saber que rumo tomar ou que fazer?

Parece não haver já dúvidas que as primeiras 47 vitimas

mortais foram encaminhados para a estrada da morte que implacavelmente os rechinou, por erros estratégicos dos responsáveis das operações criminosamente privados das informações que poderiam salva-las.

Os governos, este governo, não cuidou! Não se preocupou! Não preveniu mantendo negligentemente avariada e inútil, uma estrutura indispensável como se sabia que era o SIRESP aliás contratado e implementado pelo actual PM quando era ministro do anterior governo de José Sócrates. Mantinha há mais de um mês, irresponsavelmente avariada em Fátima, uma viatura de transmissões, fundamental para suprir falhas de transmissões normais. Nem curou de antecipar a época de prevenção de fogos, prevista para 1 de Julho quando tudo indicava que a seca e os calores de Verão se anteciparam perigosamente e por isso se haveria de antecipar também as estruturas de prevenção. O dinheiro com que poderia custear estes cuidados, foi gasto na vaidadezinha inútil de uma viagem ao Brasil.

Entretanto a hecatombe de 64 mortes horrorosas e mais de duas centenas de feridos! Para horror de todos e vergonha de quem nada fez para a evitar ou minimizar.

"Nunca louvarei capitão que diga não cuidei!" verberava o Épico.

Tanto ao Mosteiro como a dezenas de outras povoações isoladas, aprisionadas e perdidas naquele dantesco braseiro, as primeiras noticias só lhes chegaram, uma eternidade depois, pelas vozes teletransmitidas dos presidentes da Republica e do Governo, e de outros membros do executivo. Os desesperados que lhes ouviram o discurso, entenderam amargurados que eles estavam mais inquietos com o seu tablado politico que com as horrorosas mortes que já sabiam estavam a ocorrer.

Ao Presidente Marcelo, já se sabe que a nossa Constituição pouco mais lhe permite que ir dar os tais "beijinhos no

dói-dói"! Mas o Sr. Primeiro Ministro tinha obrigação, politica, moral e funcional, de convocar imediatamente um gabinete de crise para evitar ou minimizar os pavorosos efeitos de morte e destruição que logo se prenunciaram. Mas, não. Como nos habituara ele aparece, açodadamente, para não ficar atrás do Presidente Marcelo em tempos de antena. E para "garantir", à maneira do "Professor" Pangloss, que toda a ajuda possível e necessária tinha sido desencadeada e prestada sem falhas...

É difícil governar! É difícil ser tão mal governado. É inaceitável tanta irresponsabilidade na governação.

Perante isto tudo o Sr. Primeiro Ministro e a Ministra que tutela o sector vem em todos os média levianamente afirmar perante o desespero das populações imersas no monstruoso braseiro que tudo estava a ser feito e a correr sem falhas! Tudo seguia pelo melhor dos mundos possível... Parecia-nos que a preocupação dominante era a de alijar responsabilidades quanto àqueles 64 desgraçados que ali morriam queimados e dos mais de 200 feridos alguns esperando uma dezena de horas até serem transportados para o hospital.

O Sr. Primeiro Ministro vinha-se tornando notório, porque frequentemente assumia a figura de uma espécie de "emplastro" televisivo que continuamente se colava ao

honorável Prof: Marcelo. Agora surpreendeu-nos parecendo a figura de Pangloss, o "preceptor" do ingénuo Candido e sua sofredora companheira, menina Cunegundes (obra de Voltaire com cenas no caótico ambiente do terramoto de Lisboa). Mas o povo entende que o Candide, e a menina Conegundes, somos todos aqueles que nos deixamos levar pelo dementado optimismo que caracterizam aquelas literárias figuras de Voltaire.

Não esquecemos que os rostos da irresponsabilidade, (Sr. Primeiro Ministro e os correspondentes membros do seu governo) perante a já evidente gravidade da catástrofe clamavam publicamente por informações que tinham obrigação de já saber.

A consequência lógica da sua ineficácia seria a demissão inexorável. Tal não irá acontecer por não se coadunar com a natureza da actuação do actual governo.

Isso seria próprio dos bisonhos beirões do "antes quebrar que torcer".

Aqui alinhamos pelo prosaísmo chinês (ou maquiavélico) que aconselha a ser maleável, a fingir a dobrar-se, a encolher-se - a árvore que resiste é aquela que se verga e dobra...

Entretanto lá aparecerão os bodes expiatórios. Comissões da cor e o tempo tudo farão esquecer.

Manuel Verdelho, advogado

CURRENTE CALAMO

De "Emplastro" a Pangloss e com os fogos

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18 de Julho de 2017 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

As vinte maiores economias do mundo voltam a se reunir em Hamburgo na Alemanha em busca de soluções globais como a preservação do meio ambiente, economia mundial, migração, terrorismo, conflitos armados e outros.

Mesmo não sendo tradição na agenda do G20, a Alemanha através de Ângela Merkel incluiu iniciativas que visam aumentar a participação das mulheres no mercado de trabalho, promover educação e treinamento para a economia digital, integrar

migrantes e refugiados no mercado de trabalho, promover a saúde global, discutir medidas integradas entre as nações para conter o terrorismo.

Em meio à crise política que o Brasil atravessa o presidente Michel Temer se fez presente pelo menos em três sessões, nem poderia deixar de comparecer, um país com dimensões continentais tem para com a nação e para com o Mundo o dever de preservar o meio ambiente, e adotar no Brasil medidas recomendadas e acertadas durante este encontro.

Em seu discurso Michel Temer destacou a importância do desenvolvimento sustentável como conquistas a serem defendidas em sua plenitude por todas as nações e confirmou que o Brasil está fazendo a sua parte.

“Estamos atentos à necessidade de ações urgentes para garantirmos o futuro do nosso Planeta. O Brasil assumiu a meta ambiciosa de até 2025

ter reduzido as emissões de gases de efeito estufa em 37%. “ Um compromisso que estamos levando a sério, que na prática se verifica na proteção das nossas florestas, especialmente no combate ao desmatamento na Amazônia; o combate sério à mudança climática só se dará com novas fontes de energia. A

transição energética é urgente – e é urgente em todos os setores da economia. Poucos setores

são tão decisivos para a redução de emissões de gases poluentes quanto o de transportes. Aí, os biocombustíveis desempenham papel essencial – e o Brasil tem aporte importante a oferecer. Os biocombustíveis devem ter presença crescente na matriz energética mundial. A plataforma para o Biofuturo, lançada no ano

passado, muito contribuirá nessa direção.”

A instabilidade política no

momento não garante afirmação alguma que se possa fazer em relação à permanência ou mudança da vida política do Brasil, o que se disser são tudo conjecturas, porém o Discurso de Michel Temer para o G20 e para o mundo é o compromisso do Brasil com o mundo e com a nação brasileira esteja quem estiver liderando esta nação.

Michel Temer confidenciou em seu twitter que em seu encontro com o presidente da América Donald Trump teceu elogios: “a economia do Brasil está indo muito bem”.

Outra afirmação que com algumas ressalvas é verdadeira, «o Brasil é maior do que qualquer crise».

As Maiores Economias do Mundo Unidas por Soluções Globais

Domingos Dias

Fazendo parte das celebrações da data de indepedência dos Estados Unidos (4 de Julho de 1776), estiveram atracadas desde 28 de Junho a 5 de Julho, 2017, no seaport Captains Cove, Bridgeport, as réplicas das caravelas Nina e Pinta, disponiveis ao público para serem visitadas.

A 3 de Agosto de 1492, Cristovão Colombo ao serviço de Espanha, partiu do porto maritimo de Palos com destino às Indias de Oeste, Asia, com intenção de buscar ouro e especearias, mas, cometendo um erro de navegação, acabou por chegar ás

ilhas Bahamas, passando depois por Haiti, Dominican Republic, que ele nomeou La Española e Cuba. Nesta viagem foram usadas três caravelas. Santa Maria, Santa Clara (Nina) e Pinta.

Em 1988, um engenheiro

americano e historiador maritimo, John Patrick Sarsfield, decidiu dar início ao projeto de construir as réplicas das caravelas Nina e Pinta, que foram construídas em Valença, Brasil, por uma oitava geração de portugueses desta

profissão. Demorou 32 meses a 20

homens para construir a Nina, e 36 meses para a Pinta. Não foi feita a réplica da Santa Maria por ser muito grande e vir a ter dificuldades em entrar em alguns portos de mar. A tripulação de cada uma das caravelas originais era a seguinte: Santa Maria - 40 tripulantes, Pinta - 26 e Nina - 24. A Santa Maria não regressou a Espanha por se ter afundado em Haiti a 24 de Dezembro de 1492.

Cristovão Colombo fez mais 3 viagens ao novo mundo, concentrando-se em Cuba, Haiti, Puerto Rico, e República Dominicana, de onde conseguiu levar muita riqueza para Espanha, principalmente ouro. Segundo dizem os historiadores, Cristovão Colombo nunca esteve no território americano. O primeiro espanhol a colonizar parte dos Estados Unidos, foi Pedro Menéndez Avilés, que fundou a primeira cidade americana em 1565, Saint Augustine, Florida.

ESTADOS UNIDOS, Bridgeport, CT

Réplica das Caravelas NINA E PINTA em Bridgeport

Estimados assinantesComunicamos a todos

os nossos assinantes que o NOTÍCIAS DE BARROSO tem, a partir de agora em diante, a sua sede em Montalegre, situada na Praça de França, Edifício Cabrilho, n.º 396, Loja 4-A, ou seja, nas Torres da Condalton, com entrada pela Porta 1 a seguir ao Oculista e à Loja das flores “Alecrim Silvestre”.

Assim sendo, do próximo mês de Julho em diante, todo o serviço do jornal deve ser tratado na referida sede. Isto significa que os pagamentos das assinaturas, da publicidade e outros relacionados deixam de ser tratados nos Quiosques e nas lojas que conosco colaboraram durante todos estes anos passados e a quem agradecemos muito sentidamente.

A sede estará aberta, todos os dias úteis, somente de manhhã, das 10.00 até às 12.00 horas.

Agora, agradecemos que todos e em especial os assinantes emigrantes tomem conta desta alteração e procedam em conformidade.

O Director, Nuno Miguel Moura

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18 de Julho de 201714 BarrosoNoticias de

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245

Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442SEPNA – DGR Chaves 276 340 210

Informações úteis

Jornal de referência de Montalegre e das terras de BarrosoJornal que tem um grupo de colaboradores, de diferentes ideologias, que publicam trabalhos de grande qualidade Jornal que tem uma notável audiência em todo o concelho e nas comunidades de emigrantes espalhadas pelo mundo com desataque para

as de França, Estados Unidos e Reino Unido;Jornal que tem sido porta voz dos anseios, das realizações (e também misérias), do património cultural do «País Barrosão» Jornal que espalha por todo o mundo o nome dos ilustres barrosões e das potencialidades do concelho e da região de Barroso.

Apesar de tudo isso, o NOTÍCIAS DE BARROSO deverá ser Caso Único em Portugal:

Não recebe um tostão de publicidade da Câmara Municipal de Montalegre

Sendo certo que a publicidade deve ser distribuida equitativamente pelos orgãos de comunicação social, Montalegre que é o «reino da ilegalidade» tem tido na Câmara Municipal socialistas que descriminam, que só vêem os da família, os do partido. Não praticam a democracia.

Tal como o seu Presidente afirmou em debate público no Auditório Municipal: «Quando tiver necessidade de meter pessoal na Câmara vou aos quadros do meu partido e seleciono ali os melhores». Prometeu solenemente e cumpriu e cumpre.

O Presidente Orlando Alves não é presidente de todos os barrosões do concelho de Montalegre. É somente presidente dos socialistas, não de todos, de Montalegre.

Na Câmara de Montalegre não se pratica a democracia.

O NOTÍCIAS DE BARROSO apresenta publicamente esta NOTA de revolta (já comunicada à ERC) e pretende que no concelho, na região e no País inteiro, se saiba que em Montalegre não há democracia, não há direito de expressão, não há liberdade.

Que as pessoas têm medo de dar a cara, de se mostrar como são e pretendem ser. O medo das ameaças e da vingança por parte da Câmara paira em muita gente de Barroso.

MONTALEGRE é o «Reino da ilegalidade e do Medo»

O Governo (a ERC tem em stand bye denúncia formal a denunciar esta monstruosidade) já tarda em tomar as medidas adequadas contra o procedimento anti-democrático da Câmara de Montalegre.

Cumpra-se a lei, é o que se pede e exige.

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Agora, agradecemos que todos e em especial os assinantes emigrantes tomem conta desta alteração e procedam em conformidade.

O Director, Nuno Miguel Moura

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18 de Julho de 2017 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOL

CDC Montalegre incia a época 2017/2018

Os irmãos Paulo e José Manuel Reis continuam os timoneiros d futebol de Montalegre. Paulo Viage garante a gestão dos recursos, é o presidente da direcção. José Manuel é o homem do campo, treinador de méritos consagrados e que muitas alegrias tem dado aos aficionados do desporto-rei. Com um currículo invejável, Zé Manuel Viage não pára. A aqueles que diziam que o Montalegre não tinha fôlego para se aguentar no Campeonato Nacional Prio, responde com nova ambição, subir à II Liga.

Na próxima edição, vamos dar mais notícias sobre o CDC Montalegre e o GD de Vilar de Perdizes e GD de Salto.

Os reforços já começaram a chegar a Montalegre, o que mostra que a época que se avizinha promete.O guarda-redes brasileiro Rodrigão o defesa-central Pedro Tavares são os mais recentes reforços do Montalegre, equipa que também esta quinta-feira assegurou a continuidade do avançado guineense Aliu Cassamá, por mais uma temporada, na tentativa de assegurar a promoção à Segunda Liga. Rodrigão, de 31 anos, chega do Operário da Lagoa, ao passo que Pedro Tavares, de 23, reforça os transmontanos proveniente do Gafanha.

O Montalegre também chegou acordo com o

nigeriano Prince Bonkat, ex-Vizela. Trata-se de um jovem jogador de 21 anos, de cariz ofensivo, que tanto pode fazer a ala esquerda como a direita. Na última época, fez 17 jogos e marcou um golo. Na anterior tinha cumprido 34 partidas ao serviço do Amarante.

FUTSAL

Guerreiras da Raia em 4.º lugar

Nos dias 14, 15 e 16 de julho, o Grupo Desportivo de Vilar de Perdizes esteve representado nas maratonas da cidade de chaves pelas

“guerreiras da raia”, equipa de futsal feminino do GVD.

O referido Grupo conta com as seguintes atletas: Iva Rebelo, Cátia Teixeira, Cátia Luís, Inês Mendes, Catarina Pinto, Sónia Tiago, Mariana Tiago, Leatitia Rodrigues e Ana Rita

Carvalho. A maratona

desenvolveu-se em duas fases: a primeira foi o apuramento do grupo que conseguiu com uma vitória sobre o Café Vincula e um empate sofrido com a equipa do Clube de Murça, apurando-se assim em 4º lugar do grupo.

Depois, nas meias finais, o GD de Vilar defrontou a equipa Bataqueiro em cujo debate saíu derrotada. Na outra meia final saiu a vencedora Twin’s Bar.

Deste modo as «guerreiras da raia» ficaram-se por um merecido 4º lugar.

Palavras da capitã:“Pelo segundo ano

participarmos por iniciativa própria nas maratonas de chaves, o nosso objetivo era ganharmos experiência divertirmos - nos mas sempre com o objectivo de chegar a fase final . Como capitã estou orgulhosa de fazer parte desta equipa,

tenho uma palavra de agradecimento a fazer em nome da equipa toda ao nosso treinador Victor Dias que esteve sempre presente e sempre a incentivar-nos para lutarmos até ao fim . Foi uma grande experiência e para o ano iremos voltar e chegar ainda mais longe”.

MOTOR

Campeonato Nacional de Ralicross e Kartcross 2017 em 29 e 30 de Julho

KICKBOXING

Gala de Kickboxing em Montalegre

Catarina Dias esteve

em destaque na "Gala de Kickboxing - Fight Night", que teve lugar no pavilhão desportivo de Montalegre.

A iniciativa inédita no concelho, organizada pelo Ginásio Clube de Mirandelense, teve o apoio do município, que contou com a participação de vários atletas da modalidade e atraiu centenas de pessoas às bancadas. Em causa estava o desempenho de Catarina Dias, de Gralhós, vice-campeã do Mundo na modalidade, que voltou a brilhar e venceu aquele que foi o combate mais

aguardado da noite.

O pavilhão desportivo

de Montalegre recebeu cerca

500 pessoas para assistirem à

primeira "Gala de Kickboxing".

O público montalegrense ficou

a conhecer a modalidade

onde se destaca a conterrânea,

Catarina Dias.

A jovem voltou a mostrar

garra ao triunfar no combate.

A par de Mariana Santos,

Diogo Esteves, Mário Gomes,

Ana Pinto, Rita Melo e

José Fernandes, foram os

grandes vencedores da noite.

O objetivo passou pela

participação dos atletas nos

próximos Jogos Olímpicos

visto que se trata de uma

disciplina em vias de ser

considerada modalidade

olímpica.

Catarina Dias deu a

conhecer à comunicação

soacial a sua satisfação,

«correu muito bem. Gostei

muito de ver todo este

público. Foi muito importante

ter o povo da minha terra a

apoiar-me. Senti uma pressão

muito maior e estava muito

mais nervosa. Quis mostrar

o desporto que me faz feliz

e de que forma representei o

meu país na Irlanda. Sinto um

orgulho enorme por poder

representar a minha terra, em

qualquer parte do Mundo,

nesta modalidade».

Fonte: cm.montalegre.pt

DESPORTO

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IX Festa Popular em BALTAR (29 de Julho)

Homenagem à Dra Olímpia Valencia

O concelho de Baltar leva a efeito mais uma Festa Popular, a IX, que se realiza no dia 29 de Julho.

Estreitar os laços de amizade com os amigos portugueses é um dos principais objectivos para além de se reviver ali as tradições do passado. Potenciar o parapente, implicar a juventude na nossa cultura, degustar os produtos locais.

No final de tudo, o teste de alcoolemia com prémio a todos os que acusarem 0,0.

Haverá animação a cargo de grupos galegos e portugueses, diversão toda a noite

de forma saudável.Este ano, a Festa Popular vai homenagear

a Dra Olímpia Valençia, nascida em Baltar em 1898 a primeira mulher da Galiza licenciada em Medicina pela Universidade de Santiago de Compostela e doutorada em Madrid. Exerceu em Vigo onde é lembrada numa rua com o seu nome.

Para a Festa Popular o presidente Alcalde José António Fejóo Alonso convida para os actos todos os portugueses que são benvindos a Baltar para confraternizar e degustar com os povos vizinhos galegos.

«Olimpia Valencia nació en Baltar, en Ourense, el 14 de diciembre de 1898. Con apenas 12 años, se trasladó a Vigo con sus padres. En la antigua Academia Minerva, preparó por libre el Bachillerato y Magisterio. Hasta que decidió abrazar su verdadera vocación: la Medicina.

En 1919, Valencia ingresa en la

Facultad de Medicina de Santiago. Seis años después, en 1925, se convierte en la primera mujer gallega que logra la licenciatura en Medicina, con un expediente académico brillante, que incluye 19 matrículas de honor y premio extraordinario. La mujer sigue siendo una rareza en la universidad en esa época»