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Director: Carvalho de Moura Ano XXXI, Nº 483 Montalegre, 30.11.2015 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de Liga dos Amigos do Ecomuseu Casa do Capitão Larápios ao rebusco em casas de Meixedo O povo de Meixedo está em polvorosa e o caso não é para menos. Já são quatro as casas que foram assaltadas. P2 Acordo acerca do terreno do S. Domingos O povo de Morgade dividido acerca do terreno que deve pertencer ao Santuário do S. Domingos respira de alívio porque, depois de anos em con- tendas sem fim, acabou num acordo assinado entre as partes beligerantes. P2 Currente Calamo O «calamo» de M. Verdelho, desta feita, versa sobre um figurão que é considerado “activo tóxico”. Expressão sob o ponto de vista político, como bem diz que, aliás, foi dita na TV-24, num programa em directo, como resposta de um ilustre entrevistado à pergunta de uma telespectadora. P4 Legislativas 2015 ao retardador Bento Monteiro diz: “do lado dos socialistas, urge saber a razão pela qual a estrutura local do partido não se empenhou em defender, tal como nas eleições autárquicas, a candidatura da Ana Isa- bel Dias a deputada da nação. Do lado da coliga- ção de direita, saber por que razão existe uma tão grande diferença entre os resultados autárquicos e os legislativos”. P5 POLITICAMENTE FALANDO Três temas, o dia da restauração, a barbárie e Cavaco Silva traz-nos hoje Domingos Chaves numa análise apoiada num saber de política que não está ao alcance de qualquer. Poderá não concordar-se com algumas das suas ideias mas sempre sabe bem uma leitura assim. P7 O Pecado Original O Pe Victor Pereira aborda um tema fascinante encarado de forma actual que surpreende, ele diz «Por pecado original não queremos isolar ou identificar um pecado concreto, que exista em es- tado puro, de forma abstrata e irreal, ou uma força malévola que influencia o ser humano, mas afirmar que a nossa história humana está marcada pela presença do mal e queremos destacar o ambiente, o espaço vital, o estado nocivo da humanidade em que nasce cada ser humano, estado que o cor- rompe, que o diminui e aliena, não o deixando ser o homem que deve ser, em comunhão com Deus, com os outros e com a criação». P11 O concelho de Montalegre, tradicionalmente pouco dado a associações, tem registado, nos últimos tempos, algumas iniciativas que mostram que a cultura dos barrosões está a alterar os seus hábitos. Em Salto, foi constituida recentemente uma associação que dá pelo nome de “Liga dos Amigos do Ecomuseu Casa do Capitão” e que é exemplo disso mesmo. O caso justifica o destaque não só pelo facto de agregar pessoas em torno de relevantes causas públicas comuns como também porque a “Casa do Capitão” que instala o polo do Ecomuseu de Barroso está a transformar-se no ex-libris da vila. Conta já com algumas dezenas de associados e os principais dinamizadores do projecto, dentre eles o presidente da Câmara, dali natural e residente, manifestaram a sua satisfação no acto da apresentação sublinhando que a «comunidade de Salto apoia, ajuda enormemente e faz valer a pena o projeto do Ecomuseu», como disse João Azenha, director da Casa do Capitão. Agrupamento de Escuteiros celebrou o S. Martinho O Agrupamento 1115 Escuteiros de Montalegre celebrou o tradicional S. Martinho. Sob a liderança de Olegário Maldonado a agremiação tem vindo a revelar uma dinâmica notável. No dia 15, porque o tempo ajudou à festa, teve lugar um magusto no espaço adjacente da sua sede no Castro. Ver P14 Gala da PALCUS Estados Unidos da América Fernando Rosa, de Codeçoso, Charmain da Palcus, segundo a contar da esquerda, no grupo de notáveis Montalegre e Vilar de Perdizes no futebol lideram no distrito O Montalegre conta por vitórias os jogos realizados mas tem o Vilar de Perdizes à perna com apenas dois pontos de atraso. Situação que poderá alterar-se em benefício do Montalegre após a realização do jogo em atraso. P15

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Director: Carvalho de Moura

Ano XXXI, Nº 483Montalegre, 30.11.2015

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias de

Liga dos Amigos do Ecomuseu Casa do CapitãoLarápios ao rebusco em casas de Meixedo

O povo de Meixedo está em polvorosa e o caso não é para menos. Já são quatro as casas que foram assaltadas.

P2

Acordo acerca do terreno do S. Domingos

O povo de Morgade dividido acerca do terreno que deve pertencer ao Santuário do S. Domingos respira de alívio porque, depois de anos em con-tendas sem fim, acabou num acordo assinado entre as partes beligerantes.

P2

Currente Calamo

O «calamo» de M. Verdelho, desta feita, versa sobre um figurão que é considerado “activo tóxico”. Expressão sob o ponto de vista político, como bem diz que, aliás, foi dita na TV-24, num programa em directo, como resposta de um ilustre entrevistado à pergunta de uma telespectadora.

P4

Legislativas 2015 ao retardador

Bento Monteiro diz: “do lado dos socialistas, urge saber a razão pela qual a estrutura local do partido não se empenhou em defender, tal como nas eleições autárquicas, a candidatura da Ana Isa-bel Dias a deputada da nação. Do lado da coliga-ção de direita, saber por que razão existe uma tão grande diferença entre os resultados autárquicos e os legislativos”.

P5

POLITICAMENTE FALANDO

Três temas, o dia da restauração, a barbárie e Cavaco Silva traz-nos hoje Domingos Chaves numa análise apoiada num saber de política que não está ao alcance de qualquer. Poderá não concordar-se com algumas das suas ideias mas sempre sabe bem uma leitura assim.

P7

O Pecado Original

O Pe Victor Pereira aborda um tema fascinante encarado de forma actual que surpreende, ele diz «Por pecado original não queremos isolar ou identificar um pecado concreto, que exista em es-tado puro, de forma abstrata e irreal, ou uma força malévola que influencia o ser humano, mas afirmar que a nossa história humana está marcada pela presença do mal e queremos destacar o ambiente, o espaço vital, o estado nocivo da humanidade em que nasce cada ser humano, estado que o cor-rompe, que o diminui e aliena, não o deixando ser o homem que deve ser, em comunhão com Deus, com os outros e com a criação».

P11

O concelho de Montalegre, tradicionalmente pouco dado a associações, tem registado, nos últimos tempos, algumas iniciativas que mostram que a cultura dos barrosões está a alterar os seus hábitos. Em Salto, foi constituida recentemente uma associação que dá pelo nome de “Liga dos Amigos do Ecomuseu Casa do Capitão” e que é exemplo disso mesmo.

O caso justifica o destaque não só pelo facto de agregar pessoas em torno de relevantes causas públicas comuns como também porque a “Casa do Capitão” que instala o polo do Ecomuseu de Barroso está a transformar-se no ex-libris da vila.

Conta já com algumas dezenas de associados e os principais dinamizadores do projecto, dentre eles o presidente da Câmara, dali natural e residente, manifestaram a sua satisfação no acto da apresentação sublinhando que a «comunidade de Salto apoia, ajuda enormemente e faz valer a pena o projeto do Ecomuseu», como disse João Azenha, director da Casa do Capitão.

Agrupamento de Escuteiros celebrou o S. MartinhoO Agrupamento 1115 Escuteiros de Montalegre celebrou o

tradicional S. Martinho. Sob a liderança de Olegário Maldonado a agremiação tem vindo a revelar uma dinâmica notável. No dia 15, porque o tempo ajudou à festa, teve lugar um magusto no espaço adjacente da sua sede no Castro.

Ver P14

Gala da PALCUS Estados Unidos da AméricaFernando Rosa, de Codeçoso, Charmain da Palcus, segundo a contar da esquerda, no grupo de notáveis

Montalegre e Vilar de Perdizes no futebol lideram no distritoO Montalegre conta por vitórias os jogos realizados mas tem o Vilar de Perdizes à perna com apenas dois pontos de atraso. Situação que poderá alterar-se em benefício do Montalegre após a realização do jogo em atraso.

P15

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30 de Novembro de 20152 BarrosoNoticias de

ANA MARIA DIAS FRANCISCO, de 76 anos, casada como Manuel Pereira Calvão, natural e residente em Gralhós, freguesia da Chã, faleceu no Lar de Vila Pouca de Aguiar, no dia 13 de Novembro.ANTÓNIO JOSÉ PEREIRA, de 82 anos, casado com Júlia de Jesus Barroso Gonçalves Pereira, natural do lugar de S. Lourenço, freguesia de Cabril, faleceu em Braga, no dia 16 de Novembro.ROSA DOS SANTOS RODRIGUES TEIXEIRA, de 81anos, casada com Francisco Teixeira Rodrigues, natural de Covelães e residente em Calvos de Randin (Ourense), Espanha, onde faleceu no dia 11 de Novembro e ali enterrada.LUISA PEREIRA DE CARVALHO SOUSA, de 61 anos, casada com Manuel Pereira de Sousa, natural da freguesia de Salto, do lugar de Linharelhos, onde residia, faleceu em Paranhos, Porto, no dia 17 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de Salto.AURÉLIO COELHO DA SILVA, de 81 anos, casado com Maria Rebelo de Prada Gomes, natural e residente na freguesia de Vilar de Perdizes (S. Miguel), faleceu no Hospital de Chaves, no dia 19 de Novembro.ALZIRA AFONOSO, de 87 anos, viúva de Domingos Gonçalves, natural e residente na freguesia de Morgade, faleceu no Lar de S. José de Montalegre, no dia 20 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de Carvalhais.GUILHERME ANTUNES DE AZEVEDO, de 62 anos, casado com Elisa de Carvalho Oliveira, natural e residente em Covelo do Gerês, faleceu em Braga, no dia 28 de Novembro.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

CORTEJO CELESTIALMONTALEGREConcelho solidário com França

A Câmara Municipal de Montalegre colocou várias bandeiras de França na Praça do Município. Um gesto de solidariedade, para com a nação francesa, que invoca os atos terroristas ocorridos há uma semana em Paris. Refira-se que grande parte da comunidade emigrante barrosã está radicada em terras gaulesas há largos anos.

Em mensagem publicada no sítio da CM, Orlando Alves, presidente do município, fala do «gesto de simpatia e de solidariedade para com a república francesa que tem sido a segunda pátria para os filhos da república portuguesa. Tem sido o ancoradouro para muitas esperanças e expetativas do nosso povo, particularmente do povo barrosão, onde temos uma vasta comunidade».

Fins-de-Semana Gastronómicos

Apresentada no Cineteatro João Verde, em Monção, a nova edição dos Fins-de-Semana Gastronómicos oferece um roteiro com mais de 1.000 restaurantes do Porto e Norte de Portugal. Com efeito, até 29 de maio de 2016, um milhar de restaurantes, espalhados por 75 municípios da região, vão promover o que de melhor existe na gastronomia local. O Turismo do Porto e Norte de Portugal, entidade responsável pelo projeto, explica que, este ano, o evento conta com um acréscimo de 6% no número de restaurantes aderentes, quando comparado com o ano passado.

Os Fins de Semana Gastronómicos integram ainda 500 empreendimentos turísticos, «mais do dobro em relação à edição anterior», num aumento de 107% face ao ano passado.

Considerado um evento âncora no âmbito da dinamização do produto estratégico «Gastronomia e Vinhos», este projeto tem evoluído no sentido de conseguir unir os quatro sub destinos do Norte (Porto, Douro, Trás-os-Montes e Minho) com toda a zona da Galiza, de forma a promover fora de portas o nosso património gastronómico e cultural.

II Magusto Celta de Pitões das Júnias

A Junta de freguesia de Pitões das Júnias, em parceria com o Ecomuseu de Barroso e outras entidades, promoveu a segunda edição do “Magusto Celta”, iniciativa que reuniu centenas de curiosos que ali passaram um fim-de-semana recheado de atividades.

Muitos visitantes assentaram praça na pitoresca aldeia de Pitões

das Júnias para assistirem ao “Magusto Celta”. A par desta atividade, os forasteiros puderam também observar o funcionamento do moinho e provar o pão cozido no forno comunitário.

O batismo celta e a despedida do verão foram atividades que encantaram os participantes. David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, considera que a localidade barrosã «continua a surpreender pela originalidade e pela ligação à cultura celta». Satisfeito com o que viu, afirmou que «é desta forma que se marca a diferença mantendo no concelho centenas de pessoas». O autarca destacou ainda que, para além dos produtos locais, «os visitantes levaram cultura para casa, uma das razões que continua a motivar a vinda de pessoas ao nosso concelho».

Trata-se de «uma iniciativa muito particular que está a ser muito bem acolhida», sublinhou Lúcia Jorge, presidente da junta de freguesia de Pitões das Júnias. Um evento que deve ter continuidade porque «ano após ano conta com mais adesão e, também, com a colaboração dos nossos vizinhos galegos» e por isso «é a continuação da convivência de galaico-portugueses».

In cm-montalegre.pt

MORGADEPolémica do Santuário do S. Domingos concluida

A Comissão Fabriqueira da Igreja de Morgade e a Junta de Freguesia em litígio, desde há anos a esta parte, acabaram por assinar um acordo perante o Juiz do Tribunal de Vila Real que pôe fim ao conflito. Segundo informações recolhidas, o espaço envolvente reservado para a Capela do S. Domingos fica com apenas 6.500 m2 ao invés dos 8.000 que reclamava a Comissão Fabriqueira. Esta aceitou a redução da área como forma de se encontrar a paz entre vizinhos desentendidos sobre matéria que a todos respeita.

A Junta de Freguesia de Morgade mostrou-se satisfeita com o desfecho do caso e, nessa noite, em Morgade houve fogo em manifestação de regozijo.

PAREDES DO RIOFesta do Porco Bísaro

No próximo dia 6, a Associação Recreativa e Cultural de Paredes do Rio vai levar a cabo mais uma Festa do Porco Bísaro. O programa que, seguindo a tradição das antigas matanças, terá início, logo pelas 10 horas com o “matabicho”. Segue-se a matança do porco e a desmancha no que se envolve grande parte da população da aldeia. Após a conclusão destes trabalhos, há o almoço da matança que deverá incluir o cozido á nossa moda, à moda de Barroso.

No final, os interessados serão encaminhados para uma visita à Unidade de criação do porco bísaro, um projecto em execução nesta aldeia o qual poderá constituir-se como modelo a seguir por todos os que fazem da criação de porcos uma das suas actividades produtivas.

TOURÉMDemanda em Tribunal

A participação que deu entrada no Tribunal em que o José Alves Fernandes acusava Venâncio Gonçalves de agressão acabou num acordo entre as partes. Com a mediação dos advogados Francisco Pedreira e Isabel Rodrigues, o Juiz sancionou o acordo segundo o qual Venâncio se obriga a pagar uma indemnização ao queixoso.

MEIXEDOLarápios assaltaram 4 casas

Em Meixedo, «os amigos do alheio» assaltaram 4 casas. Uma de um emigrante em França, outra de emigrante na América, outra de um senhorio que faz vida em Lisboa e finalmente a última de pessoa que reside num apartamento em Montalegre. Dentro das casas, os larápios revoltaram tudo, abriram cómodas e gavetas, desfizeram camas e colchões e armários, etc. O objectivo, parece, segundo relatos que nos contaram, ver se encontravam valores (dinheiro, jóias, ouro, etc.) e da casa do emigrante de França conseguiram abrir à machadada o cofre e levar objectos no valor de 10.000 euros, segundo lá consta. Em televisões, electrodomésticos, etc., talvez por serem velhos, não se mostraram interessados. Nas restantes casas, as vítimas não se queixaram nem tão pouco aos vizinhos fizeram notar valores desaparecidos.

O que é certo é que em Meixedo as pessoas mostram-se preocupadas e inseguras. Pedem mais fiscalização e tratam de alterar os hábitos de manter as casas com as chaves nas portas como antigamente.

Cuidado com as Vespas asiáticas

Um jovem de 24 anos ficou em estado grave depois de ter sido picado por um enxame de vespas asiáticas, quando trabalhava no quintal de uma habitação, situada na Rua da Beira Alta, em Prazins, Santo Tirso.

Os Bombeiros Voluntários das Taipas mobilizaram-se para a ocorrência a que se associou uma ambulância bem como a VMER.

O jovem terá sofrido uma picada de uma vespa numa mão, tendo decidido deitar o ninho ao chão. O casulo partiu-se e o enxame atacou em seguida provocando várias lesões no rosto, segundo adianta o JN. A vítima foi transportada de imediato pela corporação taipense para o Hospital Senhora da Oliveira.

Cimeira Mundial sobre o Clima

Representantes de 195 Estados estão reunidos desde hoje, de 30 de Novembro até ao próximo dia 12 de Dezembro, em Paris, na 21ª Cimeira sobre o Clima. Para lá da magnitude das questões de segurança suscitadas por um encontro deste nível ao qual assistirão 150 chefes de Estado e 40 mil pessoas poucos dias após os atentados terroristas que assolaram a cidade luz de súbito posta às escuras, e os incidentes inerentes a algumas manifestações que sempre rodeiam estas iniciativas, é bom centrarmo-nos no essencial. Isso passa por perceber quanto está em jogo num encontro cujo objetivo final será o de chegar a um primeiro acordo global para monitorizar as mudanças climáticas.

Estados Unidos e China, os maiores poluidores, têm uma palavra decisiva. Oxalá que o entendimento na Cimeira resulte com nota positiva para bem do futuro da humanidade.

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30 de Novembro de 2015 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte distinguido com o “Prémio Nacional de Poesia Fernão de Magalhães Gonçalves 2015”

O livro “Poesia, amoras & presunto”, de Barroso da Fonte, foi distinguido com o “Prémio Nacional de Poesia Fernão de Magalhães Gonçalves 2015”. A sessão de exaltação à obra decorreu na sede do Ecomuseu de Barroso reunindo familiares e amigos do autor barrosão. Em síntese, David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, referiu que foi «com muita honra que o município se associou a esta homenagem».

Trata-se de um galardão anual atribuído pela editora Tartaruga, instituído pelas câmaras municipais de Chaves e Murça, que tem dado a conhecer muitos dos autores contemporâneos,

nomeadamente os trasmontanos. Segundo David Teixeira, vice-presidente do município, trata-se do «corolário do reconhecimento da obra a nível regional» e «marca os 50 anos de vida literária deste autor e que o município, também, já fez questão de, a seu tempo, reconhecer».

António Chaves, contemporâneo e amigo do autor apresentou a obra com alusão ao passado comum e a várias outras situações que fez questão de ali dar a conhecer.

No final da sessão, o autor mostrou-se muito satisfeito por ver o espaço preenchido de familiares e amigos: «sinto-me muito emocionado e

até confuso». Surpreendido, explicou que «não esperava ver tanta gente e muito menos

receber este prémio». Sobre o livro, Barroso da Fonte

esclareceu que «retrata 50 anos de vida poética com uma dedicação especial a

Barroso» e comtempla «temas rústicos como as amoras

e a gastronomia» por isso «Montalegre está aqui muito bem representado».

Por sua vez Manuela Morais, da editora Tartaruga, justifica a escolha deste ano fazendo-a «coincidir com as bodas de ouro do autor». Manuela Tender, deputada na Assembleia da República, fez questão de estar presente e expôs o que a motivou: «vim com muito gosto porque é um homem que admiro bastante, com uma vastíssima produção literária na preservação e da nossa cultura e património. É um prémio mais do que merecido».

In: cm-montalegre.pt

Bloguer saudita vence Prémio Sakharov 2015

“Raif Badawi é um homem

muito corajoso e exemplar”.

Foi com estas palavras que

o presidente do Parlamento

Europeu anunciou a decisão da

conferência de líderes sobre o

vencedor do Prémio Sakharov

2015.

Em janeiro deste ano, Raif

Badawi foi chicoteado 50

vezes, resultado da pena a que

foi condenado pelas opiniões

que escrevia num blogue

criado para estimular o discurso

político na Arábia Saudita.

O vencedor do prémio

Sakharov cumpre atualmente

uma pena de 10 anos de prisão

e está condenado também a

receber mil chicotadas e ainda

ao pagamento de uma multa

por insultar valores islâmicos,

segundo a justiça saudita.

Martin Schulz considerou

que o blogguer saudita foi alvo

de uma das maiores torturas.

Martin Schulz relembrou

que as relações da União

Europeia com países terceiros

dependem do respeito pelos

direitos humanos. “Esta é

uma violação patente dos

direitos humanos, que foram

claramente espezinhados”,

salientou Sculz, apelando à

Arábia Saudita que liberte Raif

Badawi, para que possa estar

em Estrasburgo em dezembro

para receber o prémio.

Os vários grupos políticos

do Parlamento Europeu saúdam

a atribuição do prémio,

considerando tratar-se do

reconhecimento da coragem

e determinação para falar e

pensar livremente. Também a

Comissão Europeia salientou

a importância que a União

Europeia (UE) dá à liberdade

de expressão, felicitando a

atribuição do Prémio Sakharov

ao bloguer saudita. “A

escolha de Badawi sublinha

a importância dada pela UE à

promoção do debate político e

social e o apoio à liberdade de

expressão em todo o mundo”,

disse o porta-voz do executivo

comunitário, Margaritis

Schinas, na conferência de

imprensa diária. Schinas

felicitou ainda o ativista saudita

pela atribuição do prémio.

Badawi partilhou a lista de

finalistas ao Prémio Sakharov

com a oposição democrática

na Venezuela e o opositor

russo Boris Nemtsov, a título

póstumo.

O prémio, que celebra a

liberdade de pensamento, será

entregue em Estrasburgo no dia

16 de dezembro.

O Prémio Sakharov,

no valor de 50 mil euros,

foi entregue, em 2014 ao

ginecologista congolês Denis

Mukwege, especializado no

tratamento de mulheres vítimas

de violência em África.

Nelson Mandela e o

dissidente soviético Anatoly

Marchenko (a título póstumo)

foram os primeiros galardoados,

em 1988. Em 1999, o galardão

foi entregue a Xanana Gusmão

(Timor-Leste) e, em 2001, ao

bispo Zacarias Kamwenho

(Angola).

António Chaves, Barroso da Fonte e Manuela Morais, da editora Tartaruga

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30 de Novembro de 20154 BarrosoNoticias de

O figurão, sob o ponto de vista politico, tem-se transformado num “activo tóxico”. A expressão, seja o que for que ela significa, não é minha. Acabo de ouvi-la na TV-24, num programa em directo, como resposta de um ilustre entrevistado à pergunta de uma telespectadora.

O homem celebrizou-se pela conduta de governante. E só então se lhe tornaram conhecidos os méritos, ou deméritos, do seu percurso académico e desempenho profissional, no âmbito dos municípios em que se iniciou.

As suas apetências de vida cedo se circunscreveram à actividade politica. Aqui se auto-definia como “um animal feroz”, o que permitia sugerir que assumia a actividade politica como predatória vida na selva. Mas esta coerência conceptual comportava excepções importantes. Por exemplo, a tanga do tarzan cedia lugar aos trajes selectíssimos encomendados por medida nas mais caras metrópoles do velho e do novo mundo. As corridas em terra e os voos de árvore para árvore eram em carros topo de gama e em aeronaves de luxo. E os abrigos entocados transformavam-se em principescas suites. Tudo se lhe proporcionava, sem custos, por obra e graça do dinheiro e outras “disponibilidades fiduciárias”, “coisas” de que ele “gostava muito”, que não existiam nas selvas naturais mas que, para ele, surgiam a um mero bater de palmas.

Com tanto espectáculo granjeou o reverenciamento de importantes frequentadores da selva, fossem eles o trombudo paquiderme, os macacos e gorilas, ou os bandos de hienas e as alcateias de mabecos. Só que, a certa altura, agoniada por tantos malabarismos, uma maioria de nativos impôs-lhe umas férias sabáticas que ele se predispôs a ir gozar numa luminosa cidade estrangeira. E para lá se instalou como aureolado marajá empoalhado de cultura e erudição.

Não tardou muito tempo que, sentindo-se já suficientemente academizado e ungido como um “santo e sábio maribu” com suficiente voga entre os crentes (perdoa-me, Eça a citação!), voltou à sua selva onde tentou reintegrar-se soprando arengas numa tuba doméstica, propiciada pelos babuínos fieis, ocupantes da Toca Velha nº1 (sigla TV1).

E, saltando olimpicamente

de lá para cá e de cá para lá, terá concebido a ideia de se alcandorar a supremo soba desta “sanzala” que o menosprezara.

Chamemos-lhe assim a uma hipotética candidatura à presidência da república. Para isso, pelos vistos, dinheiro não lhe faltava de tal modo, que em caso de qualquer “necessidade”, nem necessitava pedir, “exigia”, verbalmente, generosos “empréstimos”, logo prestados, sem prazos, nem juros, nem perspectivas de restituição.

Surgem então, a travar-lhe o percurso uns trogloditas armados de umas armas chatas que se chamam Código Penal e Código do Processo Penal e, sem consideração pelo seu intocável estatuto, instalaram-no, agora sem custos para ele, numa pensão bem guardada, pertencente a essa controversa entidade que, apesar dos maus gestores que tem tido, ainda persiste em manter-se como Estado de Direito.

Esta é a história que me parece plausível, se me dão licença, para descrever tal “iter praegressus”.

Outra coisa pode ser ou ter sido, o iterável destino do cidadão Sr. José Sócrates Carvalho de Sousa, ex-primeiro ministro desta selva, perdão desta comunidade politicamente organizada (?) que se chama Portugal, e que passou uns meses instalado à nossa custa num legal e respeitado estabelecimento do Estado. Coisa algo penosa para quem se habituara ao conforto e às luminescências mediáticas de Paris.

Aqui os confortos não seriam tantos porque eram pagos pelos pobretanas portugueses que, todavia agora sabiam quanto lhes custava o passadio do afamado pensionista - antes, ninguém podia avaliar quanto é que ele gastava por mês, talvez nem ele próprio.

Das luminescências mediáticas, em boa verdade, ele nunca abdicou, pôde continuar a dispor delas, tanto nos meses que viveu amesendado por nossa conta como desde que, embora ainda arguido, retomou os custos da sua vida, por conta própria.

E aqui retomamos o tema destas notas.

Não está em causa culpá-lo ou absolvê-lo e muito menos de deixar de o qualificar como presumivelmente inocente até que seja em definitivo

julgado. Mas isto não obsta a que tenhamos presente que, pelos indícios sabidos, ele já é presumivelmente culpado e que o processo onde constam as graves arguições atribuídas, está a ser tratado por esforçados magistrados regulares, credenciados e livres de qualquer suspeita, e aos quais, por sorte e legalmente, caiu nas mãos este terrível processo. Fui magistrado e por isso avalio quão pesado e extenuante, é gerir um processo destes; um barrete de se lhe fugir!...

São já mais de uma dúzia os altos magistrados que nele têm velado pela sua legalidade, que ponderam, controlam e julgam. Serão todos corruptos, invejosos, peitados, facciosos e mal intencionados? Pois tudo isto lhes temos visto e ouvido chamar pelo arguido, pelos seus advogados e pelos suspeitos amigos que o acolitam.

Entretanto esses vilipendiados obreiros da Justiça prosseguem na tarefa hercúlea de coordenar, para a acusação, esse acervo de provas indiciárias dos previsíveis crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal. Trata-se (informação do jornal EXPRESSO de 21-11-2015), de um processo que já vai em 60 volumes no processo principal, e com 190 volumes apensos

de documentos de informação bancária, um colosso de milhares de documentos obtidos em 100 buscas efectuadas e 5,5 milhões de ficheiros informáticos.

Trata-se de uma assustadora montanha para os magistrados surribarem, que naturalmente assombra os arguidos que revelando bom senso e sentido das realidades, aguardam expectantes e discretos o desfecho do caso. A estulta excepção é o arguido José Sócrates Pinto de Sousa.

Em vez de, como os outros, se manter, discreto, e esperançoso que a fabulosa montanha venha a parir um ratinho, ele pavoneia, regouga e tripudia, sem olhar a meios (nem a despesas...), contra quem, por dever de oficio o investiga, para forçar que a montanha aborte. Para ele, o absurdo não é obstáculo!

Mas o que me parece mais concitar a indignação dos portugueses de boa fé, é o facto de todas essas difamantes diatribes sobre os magistrados, é a cobertura/ colaboração consciente e activa nessa infame jogada, dos mais importantes órgãos da comunicação nacial.

Que os amigos e apaniguados da sua laia arregimentem manifestantes e promovam manifestações e jantaradas e lhes cantem

homenagens, é lá com eles (asinus asinum fricat), o tempo é deles e dinheiro para isso parece que também lhes não falta. E que os média veiculam as noticias desses eventos, é normal e desejável num país livre.

Mas os escandalosos “tempos de antena” sistematicamente concedidos ao sujeito para bolsar e repetir até à exaustão, e sem direito a contraditório, as mesmas ofensivas declarações contra os magistrados e os outros agentes judiciários desse processo, isso arrepia-me.

Os magistrados e agentes judiciários, sempre sob a sindicância legal, têm a função de defender a grei de todos os ladrões e energúmenos, apresentem-se eles com kispos ludros ou colarinhos engomados.

Têm o direito/dever de ignorar pressões externas de qualquer natureza em especial das discriminatórias pressões da comunicação social.

Com eles me solidarizo totalmente. Porque quando essas pressões, impunemente surtam algum efeito sobre o sistema de justiça, é todo o Portugal que está em perigo.

Manuel Verdelho, advogado

CURRENTE CALAMO

A Cumplicidade dos Tempos de Antena

AI QUE SAUDADES!Com alegria vou a Gralhas

Tristeza é quando venho

E sempre trago saudades

Saudades que agora tenho.

Tenho saudades de Gralhas

Onde nasci e me criei

Saudades do Larouco

E do suor que lá deixei.

Ainda tenho mais saudades

E nunca deixarei de as ter

Sem Motes no carnaval

E sem um moinho a moer.

Pôr um moinho a moer

Mesmo que seja em vão

O turista gosta de ver

E mantém-se a tradição.

J. A. Lopes dos Santos, Gralhas

MIJARETASe és solteira ou mal casadae não tens quem te dê treta:

– há receita apropriada:A água da Mijareta

Se és solteira ou mal casadae não há quem te dê treta

poderás ser consoladana Fonte da Mijareta.

Se és solteira ou mal casadae queres coçar a «greta»,

Não percas tempo com nada:Vai depressa à Mijareta.

Se não consegues casar,acredita, não é peta:só tens que acreditarna água da Mijareta.

Quadras retiradas do livro «Poesia, amoras & presunto»,

de Barroso da Fonte

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30 de Novembro de 2015 5BarrosoNoticias de

As eleições legislativas de 4 de outubro último deram à coligação de direita PSD/CDS, liderada por Pedro Passos Coelho, uma vitória clara que, em condições normais, lhes permitiria governar. No entanto, António Costa, líder do Partido Socialista – ele que foi o maior derrotado das referidas eleições – faz uma coligação inédita com comunistas,

ecologistas e bloquistas e derruba o governo.

Vinte e oito dias depois da posse, como primeiro-ministro, daquele que realmente ganhou as eleições, leia-se Pedro Passos Coelho, António Costa, o derrotado, apresentou-se no Palácio da Ajuda para tomar posse como primeiro-ministro do XXI Governo Constitucional.

Mas concentremo-nos nos resultados eleitorais do concelho de Montalegre. Aqui, atendendo ao facto de, pela primeira vez, o Partido Socialista apresentar uma sua conterrânea, em lugar elegível, na lista de candidatos a deputados pelo Distrito de Vila Real, a vitória da coligação de direita provocou muita surpresa, sendo várias as vozes que tentaram responsabilizar a Ana

Isabel Dias pelo alegado mau resultado obtido.

Julgo, no entanto, que tal não corresponde minimamente à verdade.

Em primeiro lugar, porque as cúpulas do Partido Socialista local, nada fizeram para que o partido, no concelho de Montalegre, ganhasse as eleições. Com uma campanha eleitoral medíocre,

que mal se deu por ela, há mesmo quem garanta que o Presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista terá ido de férias no mês de setembro.

Depois, porque, a eleição da Ana Isabel Dias foi sempre vista como um entrave para o poder local instalado. Com a Ana Isabel, em Lisboa, para além do enorme poder político que iria ganhar, a sua influência, quer local, quer nacional, iria aumentar exponencialmente. Mais: o seu nome, sempre que tivesse de se elaborar qualquer lista, nomeadamente para a Câmara Municipal, teria sempre de ser equacionado. Por outro lado, a sua eleição iria despoletar a ambição de outros homens e mulheres da área socialista que, de momento, se encontram na

sombra, convencidos que estão de que os lugares de destaque estão reservados aos “do costume/sistema”.

Assim, a questão que os militantes e simpatizantes socialistas devem colocar é saber a razão - exigindo respostas - pela qual a máquina socialista concelhia, ao contrário do que acontece nas eleições autárquicas, não se empenhou na eleição da Ana Isabel Dias, tentando obter, em Montalegre, um resultado eleitoral ao nível daquele que conseguiu, por exemplo, em 1999, com António Guterres, ou em 2005, com José Sócrates.

Não será demais recordar que, no Concelho de Montalegre, pura e simplesmente não existem estruturas locais organizadas do PCP, PEV e BE. Quanto ao CDS e ao PSD, embora existindo, estão moribundas. Deste modo, o Partido Socialista tinha todas as condições para alcançar – até por “falta de comparência” dos adversários – um excelente resultado que, só não foi conseguido, porque não havia interesse local em que tal viesse a acontecer.

Há, no entanto, outros dados que não devem ser escamoteados numa análise séria e minuciosa sobre os resultados eleitorais no nosso Concelho. Desde logo, o facto de, tanto o Partido Socialista como a coligação PSD/CDS terem uma base de apoio muito estável. Vejamos: nas eleições legislativas de 2009, a coligação de direita, obteve apenas menos 2 votos do que aqueles que tinha obtido em 2005, ano em que obteve 3536 votos. Por sua vez, os socialistas, em 2015 obtiveram apenas mais 35 votos do que os alcançados em

2011, quando receberam o apoio de 2528 Barrosões.

De extraordinária relevância é o facto de o Partido Socialista, nas eleições autárquicas, aumentar significativamente a sua base de apoio, quando comparada com as eleições legislativas. Vejamos: tanto em 2005 como em 2009 ocorreram eleições legislativas seguidas de eleições autárquicas.

Nas autárquicas de 2005, que ocorreram pouco mais de sete meses depois das eleições legislativas, o PS obtém mais 1709 do que aqueles que obteve nas legislativas. Por sua vez, em 2009, o PS obtém, nas eleições autárquicas, mais 2192 votos do que os que obteve nas legislativas que ocorreram, precisamente, quinze dias antes. Ou melhor: de 27 de setembro de 2009 para 11 de outubro do mesmo ano, o PS ganha 2192 votos, ao mesmo tempo que a coligação de direita perde 289 votos, fixando a diferença entre estas duas forças políticas em 2481 votos.

Acrescente-se que, das eleições autárquicas de 2013

para as eleições legislativas de 4 de outubro de 2015, o PS perdeu 2350 votos enquanto a coligação PSD/CDS ganhou 107 votos.

Chegados a este ponto, colocam-se duas questões: do lado dos socialistas, urge saber a razão pela qual a estrutura local do partido não se empenhou em defender, tal como nas eleições autárquicas, a candidatura da

Ana Isabel Dias a deputada da nação. Do lado da coligação de direita, saber por que razão existe uma tão grande diferença entre os resultados autárquicos e os legislativos.

Da análise dos resultados eleitorais no Concelho de Montalegre, não se pode deixar de referir que, nas autárquicas de 2001, se o PSD e o CDS tivessem concorrido coligados e, naturalmente, os votos da coligação fossem iguais à soma dos votos que estes dois partidos obtiveram separadamente, teriam ganho estas eleições ao PS por cinco votos.

Bento Monteiro

Legislativas 2015: análise ao retardador

“do lado dos socialistas, urge saber a razão pela qual a estrutura local do partido não se empenhou em defender, tal como nas eleições autárquicas, a candidatura da Ana Isabel Dias a deputada da nação. Do lado da coligação de direita, saber por que razão existe uma tão grande diferença entre os resultados autárquicos e os legislativos”.

“a eleição da Ana Isabel Dias foi sempre vista como um entrave para o poder local instalado. Com a Ana Isabel em Lisboa, para além do enorme poder político que iria ganhar, a sua influência, quer local, quer nacional, iria aumentar exponencialmente. Mais: o seu nome, sempre que tivesse de se elaborar qualquer lista, nomeadamente para a Câmara Municipal, teria sempre de ser equacionado”

Com chancela da Chiado Editora, Porfírio Alves Pires apresentou no passado dia 23 de Outubro, em Lisboa o seu último livro – A Rotura do Improvável, dizia o homem, um tema que inclui uma trajetória de décadas da sua produção no domínio da pintura.

Porfírio Alves Pires revelou, desde os primeiros anos de frequência do Colégio de Montalegre uma clara inclinação pela atividade artística, o que o levou então a deslocar-se para outros meios, de modo a poder estudar e aprofundar o conhecimento no domínio da arte, em paralelo com as matérias curriculares, definidas pelo Ministério da Educação de então.

A presente obra é como que uma síntese do caminho percorrido, explicitando, através da escrita e ilustração com imagens dos seus trabalhos de pintura, as bases da conceção estética que orientou a sua produção artística ao logo dos anos, a que tem vindo a dedicar-se em exclusividade.

Na apresentação da obra, por motivos de saúde, Rocha de Sousa não pôde estar presente, mas enviou um interessante texto que foi lido na apresentação, que vale a pena ser lido e ponderado não penas para captar o âmago

da criação plástica do autor, mas também para ilustrar as ruelas pelas quais se cruzam e abrolham os caminhos da obra da arte. O texto é um tanto longo mas compensa pela sua preciosidade e raramente acessível num periódico regional:

Quando se lê o título deste livro — a rutura do improvável, dizia o homem — a ideia do paradoxo toca-nos de súbito, embora depressa se enlace nas ambiguidades proveitosas da poesia.

Porfírio Alves Pires, autor desta obra, tem aqui um campo de experiência inusitado: ele não escreve só poesia. Usa no mesmo espaço, a poesia a par do desenho ou da pintura, travando dessa forma a improvável rutura destes géneros, afinal tão sustentados entre si.

A diferença dos modos de formar encontra-se com a semelhança, não com a rutura; porque as artes, embora plurais e abertas, talvez possam estabelecer, campos de rutura com a natureza do real.

O que se olha, o que se vê, tudo o que nos parece inteiramos, provável, definitivo de tal maneira se afigura coeso, é sustentado pelo aparente rigor da nossa perceção

Diria o homem: a improvável consistência do mundo pode

entrar em rutura.É uma cogitação cada vez

mais do domínio da física do que do âmbito da poética.

Seja como for, os nossos olhos realizam a acrobacia da imobilidade das rochas na falésia, consolidando essa oblíqua perceção, formando outra harmonia dessa soma de destruições, de que nos falava Pablo Picasso,

Alguém assinalou como obra de arte a derrocada das torres gémeas de Nova Iorque, após calculados choques de duas aeronaves.

No plano do pensamento que conduziu certa testemunha a tal afirmação, podemos refletir sobre o encantamento das coisas naturais ou dos grandes desastres através de atentados, tornando apreciável a semelhança disso com surpreendentes e colossais performances.

… … … … … … … … … … A ideia do Porfírio não seria,

certamente, induzida por tais exemplos: ele aborda, por assim dizer, uma via que outros nos anos 60, chamariam de raiz ilustrativa.

A poesia seria ilustrada pela forma plástica.

Sabemos que isso pode ser tentado e pode acontecer, cabendo aos leitores e especialistas avaliar

do bom ou mau resultado do esforço para uma tal relação de dados linguísticos. A bem dizer, as linguagens não se misturam.

O Porfírio, que não se toma por ilustrador, consegue, do meu ponto de vista, falar do mesmo tema em poesia e pintura — e na mesma página - aventura poética nos dois campos e sempre conotáveis (risco enorme de correr).

… … … … … … … … … … Ora o que se pode concluir, da

experiência do Porfírio, revela que a poesia, não se percecionando da mesma forma que uma pintura pode contudo, coexistir na folha, refletindo adequadamente o sentir que a imagem faz emergir em nós.

Isto acontece, em determinados livros, quando, embora feitos de caracteres alfabéticos, o modo de formar a escrita não desidrata a prosa, não lhe apagando a sugestão húmida das coisas vivas, a aparição temporal e intemporal delas.

Há escritores que são simultaneamente pintores e cineastas.

Os escritores podem, na escrita do livro ou do guião, dar a ver o que por fim perceberemos na obra pictórica ou fílmica.

… … … … … … … … …. Eis o que Porfírio Alves Pires

procura instalar nas relações de diferença e semelhança desta sua obra.

A relação escrita/imagem está em todo o seu livro. Por vezes as primeiras servem as segundas, outras vezes acontece ao contrário. Dilatam o imaginário, entretanto dual. Não ilustram, nem explicam. Acontecem mais em simbiose; o nosso olhar passa das letras para a grafia, em certos casos pictural, convocando sonoridades musicais sacras ou miragens utópicas sobre o universo. Rocha de Sousa

Podemos desde já acrescentar que o autor montalegrense tem como projeto a publicação de mais dois livros que, em conjunto com o agora apresentado, irão formar uma trilogia que sustenta e explicita a essência do seu trabalho.

Bom seria que as nossas escolas locais aproveitassem a oportunidade para convidar o autor a realizar um curso prático, extra curricular, com alunos mais despertos para estas áreas, cumprindo deste modo o preceito de consciência de não se perderem vocações pela falta de oportunidade, cultivo e valorização do seu potencial criativo.

António Chaves

A rutura do Improvável, dizia o homem

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30 de Novembro de 20156 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 62 – Luminárias

As nossas luminárias vão piscando de acordo com o correr dos dias e o frio das noites. Mesmo quando acesas vão demonstrando diferentes fases e tonalidades. Distintas intensidades na luz que transmitem. O seu brilho vai variando de forma mais ou menos sistemática e profusa, dependendo de um número interminável de factores e ainda mais interminável de conjugações. Conjugações essas que fazem piscar as nossas luminárias de talhe tão veemente e aleatória que nos sentimos, não raras vezes, como Árvores de Natal mentais. Um piscar constante e alternado. Um vai e vem de ideias mais ou menos luminosas. Um arraial de emoções que mais parece depender do estado de conservação das nossas luminárias do que propriamente dos factores que nos levaram a sentir verdadeiramente e em primeira instância. Um piscar que vai aquecendo e arrefecendo os estados de alma, condicionando as condutas, potenciando sensações e iluminando ideias. Ajuda, ao mesmo tempo, a manter na escuridade as coisas que preferimos não ver. De facto, o piscar das nossas luminárias faz-nos bem. Talvez seja um mal mas é certamente um mal que conduz ao bem. Apesar disso, desconfio que andamos todos com as luminárias avariadas.

João Nuno Gusmão

Enfermeiros de Chaves queixam-se de falta de resposta da Secção Regional Norte

José Carlos Gomes, presidente do Colégio Nacional de Enfermeiros da Ordem dos Enfermeiros, e candidato a Bastonário «Enfermagem com Futuro», e Nelson Coimbra, membro do Conselho Diretivo da Ordem dos Enfermeiros, e candidato à presidência nortenha – que engloba os distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real – efetuaram uma visita de aproximação com os enfermeiros da Unidade de Chaves - Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Neste encontro os profissionais de saúde informaram a estes dirigentes da Ordem dos Enfermeiros que o Serviço de Urgência tem lacunas nos registos de enfermagem; existe uma enorme dificuldade em fixar os jovens enfermeiros neste Centro Hospitalar; não existem medidas para colmatar os problemas associados à interioridade; há uma forte desmotivação generalizada dos enfermeiros decorrente do congelamento salarial há mais de dez (10) anos e sem perspetivas de futuro, e na manifestação de dificuldades no contacto, para além de queixas, que têm na falta de respostas dos serviços competentes da Secção Regional Norte.

José Carlos Gomes e Nelson Coimbra ficaram sensibilizados com os problemas levantados pelos Enfermeiros do Hospital de Chaves. «Tudo faremos para resolver, junto do poder político, estes problemas, porque ao resolver os problemas destes profissionais de saúde, estaremos a resolver, e a melhorar, o Serviço Nacional de Saúde, indo assim ao encontro dos utentes que, infelizmente, todos os dias procuram as unidades de saúde para terem uma melhor qualidade de vida», disse Nelson Coimbra, que foi corroborado por José Carlos Gomes.

Para a História da 1ª República em Montalegre(Continuação do n.º anterior)

O MONTALEGRENSE de

13 de Abril de 1913 traz a

seguinte notícia:

Sindicância

Está procedendo a

uma sindicância aos actos

da Comissão Municipal

Administrativa deste concelho

o Ex.mo Sr. Afonso Henriques

Fontes.

Sua Ex.ª recebe, desde 15

em diante, quaisquer queixas

ou reclamações que queiram

apresentar contra a Comissão.

--------

O MONTALEGRENSE n.º 7

de 4 de Maio de 1913

Centeio

O Sindicato Agrícola de

Montalegre requisitou por

intermédio do Mercado Central

de Produtos Agrícolas, trinta mil

quilos de centeio, que espera

receber muito brevemente.

Será vendido pelo preço

porque aqui ficar ao Sindicato,

sem lucros para ninguém e,

pelos cálculos feitos, esse preço

é com certeza inferior a 800

reis o alqueire: talvez 760 reis,

pouco mais ou menos.

Compare-se este preço com

o de 900 reis porque o “pai dos

pobres” está aí vendendo o

centeio de péssima qualidade.

Os lavradores que puderem

esperar alguns dias, lucrarão

com isso, visto a enorme

diferença de preços.

Um protesto contra o

Governo por, decorridos três

anos de democracia, ainda

não ter realizado eleições

autárquicas, é o tema do

artigo de O Montalegrense de

4 de Maio de 1913, que se

transcreve :-

“Eleições

Um dos motivos que nos

leva, desde há muito tempo,

ao reconhecimento de que

as eleições municipais se

devem fazer sem demora, é o

verificamos que na maior parte

dos concelhos as comissões

municipais administrativas de

tudo tratam menos do interesse

geral do município.

Nós temos em Montalegre

um exemplo frisante. Desde

a implantação da República

que o município tem estado

à mercê de um indivíduo

que, sem a menor noção de

que sejam os seus deveres de

cidadão, tem explorado os

dinheiros municipais, deles

dispondo como seus próprios,

de uma forma revoltante.

Os poucos rendimentos

do município têm sido gastos,

quase que exclusivamente,

em benefício do Sr. Presidente

da Comissão Municipal. Ele

aproveita-se de uns canos,

que eram pertencentes ao

município, para canalizar a

água para sua casa. Para sua

casa vão os tijolos do forno do

Toural. (...)

O Sr. Presidente manda

demolir as casas da rua Direita

para fazer a “avenida n.º 1”,

que unicamente à sua casa

aproveita. (Rua Nova, actual

Travessa Victor Branco). Ele

manda construir a “avenida

n.º 2” para comodidade

e embelezamento da sua

residência. (Rua da Botica,

actual Rua Victor Branco).

Ele aproveita-se de materiais

pertencentes à Câmara para

construir uma casa em terreno

municipal. Ele manda destruir a

fonte do Ouro, que a todos os

habitantes da vila e da Portela

beneficiava, para lhe aproveitar

as pedras, para ele e para os

amigos.

Da maior parte destes

“grandes melhoramentos” nem

ao menos dá conhecimento aos

restantes vereadores, apesar

de muito bem saber que eles

assinarão sem ler, tudo quanto

ele queira que assinem.

E os caminhos continuam

intransitáveis uns, em péssimas

condições outros.”

(Continua)

José Enes Gonçalves

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30 de Novembro de 2015 7BarrosoNoticias de

1 - O DIA DA RESTAURAÇÃO – No momento em que mais uma

edição deste jornal sai para as

bancas, deveria estar a comemorar-

se por todo o país, uma das mais

simbólicas datas da História de

Portugal – o dia da Restauração.

Infelizmente, e sem que ainda hoje

se saibam as verdadeiras razões

que levaram à depreciação da

referida data, certo é, que desde há

três anos a esta parte que tal não

ocorre. Volvidos pois que são 375

anos, urge porém não esquecê-la

e perguntar até, quem sabe hoje o

que sucedeu no 1º de Dezembro

de 1640. Ou melhor ainda: quem

sabe hoje a sua importância

histórica. Não certamente aos

que aprovaram a extinção deste

feriado maior na “esfera de César”,

que dizia respeito não a este ou

àquele sector político-social, mas

a Portugal inteiro, ou seja, a todos

os portugueses que recordavam

nesta data, o momento em que

os chamados “conjurados”,

assumindo a vontade de um povo,

sacudiram 60 anos de domínio

estrangeiro e uma colectânea

de três Filipes de Espanha,

usurpadores de um trono que não

lhes pertencia.

Ninguém de bom senso terá

dúvidas, que 1.º de Dezembro de

1640 é uma das mais importantes

datas da nossa História, pois se

internamente consagrava o desejo

da totalidade de uma nação que

animicamente já o era há muito,

internacionalmente consistiu na

confirmação de uma necessidade

desejada por todos aqueles que

combatiam uma prepotente e

implacável hegemonia, cega que

era ao direito das terras e das

gentes. Portugal inteiro assim

o quis e assim o fez!... Lutou,

negociou, transigiu, e contra

todos os prognósticos restaurou

a legitimidade do seu Direito,

colocando no trono quem dele

tinha sido pela força esbulhado em

1580. Venceu o irredutível ânimo

de todos, irmanados no resgate

de um designio que justificava a

própria existência de um povo e a

sua liberdade.

É pois esta lição que todos

deviamos ter sempre bem

presente!... Infelizmente não

tem sido assim. Oxalá que a

muito breve prazo e em nome da

essencial unidade que hoje tanto

nos vai faltando, os ideais de 1640

sejam repostos e “colocados no

patamar de onde nunca deveriam

ter sido desalojados” . É a História

do país e o seu povo que assim o

exigem.

2 - A BARBÁRIE - Depois de

Paris em Janeiro de 2015, de Nova

Iorque, de Madrid, e das tragédias

que se arrastam pela Palestina,

Afeganistão, Síria, Iraque,

Líbia e tantos outros lugares, a

barbárie regressou de novo: Paris,

serviu mais uma vez de palco à

carnificina. Tudo se passou em

13 de Novembro último!... A

matança continuou através da

mais bárbara das formas de guerra,

que vitima preferencialmente

civis, famílias nas suas casas,

cidadãos nos seus momentos

de lazer, trabalhadores nas suas

actividades, camponeses nas

suas terras, crianças e professores

nas escolas, doentes, médicos

e enfermeiros nos hospitais,

socorristas nos escombros e tantos

outros. Uma guerra cega, selvática,

conduzida por governantes,

traficantes, negociantes da

morte, impérios económicos e

financeiros, mercenários movidos

pelo dinheiro e marionetas da

intoxicação religiosa e ideológica.

Resultado:137 mortes e cerca de

350 feridos, a juntar a tantas outras

vitimas de uma guerra sem quartel,

onde conceitos trapaceiros e

expansionistas, se combinam com

o irredentismo da fé e a ganância

fundamentalista dos agiotas.

É na instigação do medo que

esta gente assenta toda a estrutura

do terror e o mantém activo. Não

lhes basta matar às dezenas, às

centenas, aos milhares!... Mais

que violar e matar inocentes, esta

gente quer matar-nos a todos -

matando a maneira como vivemos.

Ninguém nos dias que correm

poderá afirmar que está a salvo

destas situações.

O massacre de Paris, trouxe

para a actualidade os atentados

terroristas que atacam as pessoas

independentemente das suas

nacionalidades, confissões

religiosas ou comportamentos

sociais ou políticos. Não há

desculpa nem justificações

possíveis para isto!... Não há CIAs,

Bushs ou Blairs que justifiquem

ou desculpem estas barbaridades.

Estes, poderão até ter graves

responsabilidades no que se passa

actualmente no Médio Oriente,

mas nada justifica o assassinato

de civis inocentes. Os atentados

foram premeditados, pensados,

planeados e combinados por

homens dotados de inteligência, o

que significa que sendo imputáveis

têm de ser responsabilizados.

Não há qualquer justificação nem

desculpa, esperando-se por isso

que os países ditos civilizados

reajam adequadamente contra

as barbaridades cometidas pelo

denominado auto proclamado

estado islâmico.

Sobre o assunto, não deixarei

ainda de citar o Papa Francisco:

“Estamos perto do Natal!...

Haverá luzes, festas, árvores

iluminadas, presépios, (…) mas

é tudo falso. O mundo continua

em guerra, fazendo guerras, não

compreendendo o caminho da

paz. Existem hoje guerras em toda

a parte e ódio. E o que resta?!...

Ruínas, milhares de crianças

sem educação, tantos mortos

inocentes e tanto dinheiro nos

bolsos dos traficantes de armas.

Os que lançam a guerra, que

fazem as guerras, são malditos, são

delinquentes. É a escolha de quem

prefere as riquezas ao ser humano”

- disse.

Bem haja ao Papa Francisco

pela sua coragem, discernimento e

clarividência que tem demonstrado

ao longo deste pontificado. Esta

gente, se é que de gente se trata, é

gente maldita...

3 – CAVACO SILVA – Não havia

necessidade!... Com o argumento

ipsis verbis de que a continuação

em funções do XX Governo de

Passos Coelho não correspondia

ao interesse nacional, Cavaco

Silva resolveu indigitar António

Costa para Primeiro-Ministro

do XXI Governo Constitucional.

Nesse pressuposto, é verdade que

o Presidente cumpriu todos os

requisitos que a Constituição da

República lhe impõe, mas será

que a celeridade com que o fez,

foi conforme aos ditos “superiores

interesses do país” a que tantas

vezes fáz referência?!...

Evidentemente que não!...

Cavaco Silva como já o venho

afirmando, é o principal

responsável pelo facto do país

não ter ainda hoje um Orçamento

de Estado aprovado e do mesmo

não ter sido dado a conhecer a

Bruxelas em tempo útil. Agora,

quando se esperava que a lógica

constitucional, o interesse nacional

e a decência cívica o apressassem

a indigitar António Costa, decidiu

pelo contrário adiar o óbvio,

chamando a Belém entidades e

pessoas convidadas a seu gosto,

sabendo que o dilatar do tempo

agravava ainda mais a situação

já por si criada, ao adiar para

tão tarde as eleições legislativas

ocorridas em 4 de Outubro. E fê-

lo para quê?!... Para tomar uma

decisão em função das respectivas

opiniões?!... Evidentemente que

também não!... Cavaco Silva sabia

desde há muito tempo, que face à

conjuntura politico-constitucional,

não tinha outra saída que não fosse

nomear António Costa. Fê-lo isso

sim, para que em consequência

desses encontros, toda essa gente

pudesse transmitir para a opinão

pública, aquilo que por deveres

institucionais o impediam a ele

de o fazer – o de ser avesso a tal

solução governativa.

As infindáveis audiências e a

formalidade de pedir ao Partido

Socialista por escrito, as respostas

às suas pretensas dúvidas, só

demonstraram que Cavaco Silva

foi incapáz de analisar com a

frieza que lhe era exigivel, a

situação delicada que o país

atravessa. 50 dias a fazer uma

interpretação exaustiva do óbvio,

para no final vir dizer ao país,

que “O Presidente da República

tomou devida nota da resposta

do Secretário-Geral do Partido

Socialista às dúvidas suscitadas

pelos documentos subscritos com

o Bloco de Esquerda, o Partido

Comunista Português e o Partido

Ecologista “Os Verdes” quanto à

estabilidade e durabilidade de um

governo minoritário do Partido

Socialista, no horizonte temporal

da legislatura”, é muito tempo.

Não havia necessidade...

(Texto escrito segundo o antigo

acordo ortográfico)

POLITICAMENTE FALANDO

- ACTOS DE CONTRIÇÃO EM DESUSO!...

Domingos Chaves

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BarrosoNoticias de

8 30 de Novembro de 2015

as semanas

Construção Civil e Obras PúblicasCarpintariaLavandariaFunerária

Paula Cunha, Lda.A Empresa do concelho de Montalegre que procura servir os seus clientes com eficiência e qualidade.

Projectos, Fiscalização e Direcção Técnica

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BarrosoNoticias de

930 de Novembro de 2015

Os Contratados

Os angolanos quimbundos (norte) não tinham interesse em trabalhar para os fazendeiros porque tinham as suas próprias lavras, pequenas ou grandes, que davam para o sustento das suas famílias. Desta forma, a mão-de-obra era formada pelos chamados contratados, normalmente os bailundos, originários do Huambo. Os contratados (monangambés) eram angolanos do sul de Angola que vinham trabalhar nas fazendas de café situadas na região norte. Deixavam a família para trás e vinham

ganhar a vida, integrados num grupo.

Como eram recrutados?Os fazendeiros solicitavam

aos angariadores que, por sua vez, contactavam os chefes de posto da Região de recrutamento. Estes enviavam os sipaios ao encontro dos sobas que se encarregavam de conseguir o pessoal solicitado nas sanzalas (aldeias).

Condições do contrato?Estava estabelecido que

metade do salário acordado devia ser depositado pelo patrão no posto administrativo do contratante e o restante era entregue aos trabalhadores após descontarem as despesas extras que tinham sido feitas nas lojas existentes na fazenda que eram apelidadas

de “Cantinas”. Uma parte considerável dessas despesas era composta por vinho importado do “Puto” (Portugal) ou por bebidas ilegais como o Kimbombo, aguardente de frutas fermentadas com açúcar ou o Maruvo, aguardente extraída da seiva das palmeiras. A alimentação, roupa e dormida eram por conta do patrão.

No final do contrato, regressavam às suas terras de origem e o posto administrativo local enviava para a circunscrição de onde eram provenientes a importância que os fazendeiros tinham

depositado, a fim de ser entregue aos trabalhadores.

Condições de trabalho?Todos eles viviam em

camaratas que formavam um acampamento numa zona aplanada da Fazenda.

Considerando a natureza do clima quente, o trabalho decorria, normalmente, entre as 06h00 e as 13h00. Antes de partirem para a “Tonga” (ir trabalhar) havia uma formatura em que se fazia a chamada pelos nomes. Cada trabalhador entrava por uma porta, recebia o mata-bicho e saía pela outra. Chegados à plantação, o capataz definia-lhes a empreitada.

Cada trabalhador tinha que retirar o capim (erva do mato) junto dos pés do cafezeiro, normalmente 120 pés por dia, o que correspondia a uma área

de 300 metros de comprimento por 3 metros de largura. Logo que tivessem terminado a tarefa destinada, o seu labor diário acabava. Havia quem a completasse numa manhã, outros demoravam mais tempo.

À medida que iam regressando ao acampamento, recebiam o almoço e o jantar.

A dureza do trabalho, o viverem “enclausurados” nas fazendas, fora do seu mundo real e a ausência da família tornavam a vida um pouco artificial e muito dura.

Daí, o recurso aos cânticos nos finais de tarde acompanhados pelos batuques

e às danças tradicionais acompanhados pela ingestão de maruvo, uma espécie de aguardente feita a partir da fermentação da seiva da palmeira. Estas manifestações culturais funcionavam como um verdadeiro elixir para lhes dar a força anímica para a faina diária e suportar a ausência da mulher, filhos e até dos amigos.

A COLHEITA DO CAFÉ

Nos fins de maio e durante junho procedia-se à colheita do café. Esta processava-se através da ripagem das bagas vermelhas (maduras), com as duas mãos para dentro de um cesto (capachote) encostado à barriga e pendurado ao pescoço. O passo seguinte era espalhá-las no terreiro para que ficassem bem secas. Com

regularidade tinha que se mexer (rodar) com um rodo para que a secagem fosse homogénea. O terceiro passo era transportar o café para as máquinas de descasque a fim de ser pilado. Por último ensacava-se em sacos de 60,200 kg ficando pronto para vender em Luanda e exportar.

A COMERCIALIZAÇÃO DO CAFÉ

Não se pode falar da história do café em Angola sem fazer uma referência à sua comercialização, começando

pelos comerciantes, quer do interior quer do litoral, os transportadores e os exportadores que, escoando e valorizando o café, tornaram a atividade muito atrativa e um dos pilares da economia nacional durante um longo período.

Como consequência surgiram os grandes entrepostos regionais e à volta deles nasceram algumas povoações importantes no norte, como: N’Dalatando, Golungo Alto, Uíge, Songo, Negage, Quitexe, Camabatela, Quiculungo e Quibaxe que se formaram e cresceram à volta do ciclo do café.

Na defesa da qualidade do produto exportado, a Junta de Exportação de Café, mais tarde ICA Instituto do Café de Angola, contava, em primeiro lugar, com as

firmas exportadoras e com o interesse dos cafeicultores, em verem cada vez mais valorizado o seu esforço na produção e comércio do café. O grande objetivo da Junta era a defesa das cotações nos mercados internacionais. Para que obtivesse sucesso neste processo atuava em três frentes no que respeitava à assistência técnica ao ciclo complexo e muito trabalhoso da produção:

- Escolha, preparação e fertilização da terra; sombreamento, tratamentos fitossanitários, colheita e secagem, para que o produto entrasse nas melhores

condições nas fábricas de descasque;

- Limpeza, calibragem e separação por tamanhos e densidades obtidas nas fábricas de descasque e completadas mais tarde nas instalações portuárias com a classificação por lotes comerciais e sua homogeneização

- A prova de chávena fechava o ciclo das verificações a que todos os lotes, destinados à exportação, eram sujeitos a fim de poderem chegar aos portos de destino com absoluta garantia de qualidade, autenticada pela Junta.

Zemba, Região dos Dembos, 27 de Outubro de

2015Arthur do Larouco

[email protected]

De Angola p’ró Notícias de Barroso

O CICLO DO CAFÉ - 2

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30 de Novembro de 201510 BarrosoNoticias de

PUTIN O DISSENa recente cimeira do G20, que teve lugar na Turquia, foi possível que o mundo tivesse escutado

de Vladimir Putin a revelação da mais que expectável evidência: cerca de quarenta Estados, incluindo alguns do G20, vêm financiando, seja do modo que for, o Estado Islâmico. E, como seria de esperar, de pronto alguns conhecidíssimos papagaios jornalísticos dos Estados Unidos vieram pôr em causa tais declarações, como que pedindo provas.

A grande verdade, porém, é que de há muito esta realidade era falada na grande comunicação social, embora nunca pela voz de um líder mundial. Desta vez, contudo, Vladimir Putin resolveu salientar a referida consabida realidade, assim mostrando ao mundo que a situação a que se chegou com o Estado Islâmico é o resultado deste ser apoiado, seja do modo que for, por Estados diversos do nosso mundo.

Pois, num ápice de uma meia dúzia de dias, eis que o Kuwait descobriu e deteve membros de uma rede jihadista internacional. Uma rede multinacional que financiava o Estado Islâmico com dinheiro, armas e mísseis, constituída por sírios, australianos, kuwaitianos, libaneses e egípcios, e tudo num total – para já, claro – de uma dezena de elementos. E foram as autoridades do Kuwait que acabaram por confirmar uma pequena parte da realidade que fora publicamente exposta por Vladimir Putin.

O problema, nestas coisas, como usa dizer-se, é que um mal nunca vem só. Num segundo ápice, a grande comunicação social norte-americana revelou que boa parte das armas fornecidas ao Estado Islâmico, através da tal rede, era fabricada na Ucrânia. Nestes armamentos, fabricados na Ucrânia, incluíam-se também sistemas chineses de mísseis FN6. E tudo isto foi chegando aos bandidos do Estado Islâmico através da Turquia e dos tais ditos pretendentes a libertadores da Síria...

Ora, o Estado Islâmico vende aos seus compradores petróleo, gás e cimento, para lá de controlar, por via de sequestro, diversos bancos sediados na parte da Síria por si controlada. Um verdadeiro mimo da democracia mundial, naturalmente controlada pelos Estados Unidos e, de um modo mais geral, pelos restantes Estados ocidentais. E tudo isto, ao que garante gente conhecedora do tema, envolvendo ativos de mais de dois triliões de dólares, com uma circulação média anual de cerca de três biliões de dólares.

Pode agora o leitor compreender a razão de John Kerry tanto ter pedido para que a Rússia não se envolvesse no combate ao Estado Islâmico: se o fizesse, toda a negociata em causa, geopolítica e económica, iria ao fundo. E não deixa de ser sinistro observar como os nossos jornalistas acham ótimos os recentes ataques da França ao Estado Islâmico, mas logo secundarizam os imensamente mais importantes e eficazes da Rússia.

Temos a democracia...

Hélio Bernardo Lopes

NOTÁRIOLic. RODRIGO ANTÓNIO PRIETO DA ROCHA PEIXOTO

Cartório NotarialLargo Barão de S. Martinho, n.º 13, 4.º – 4700-306 – Braga

Tel. 253265216 Fax [email protected]

JUSTIFICAÇÃOCertifico, para efeitos de publicação, que por escritura outorgada em 18 de Novembro de dois mil e quinze, lavrada a folhas 19

e seguintes, do livro 217-E deste Cartório, a cargo do Notário Lic. Rodrigo António Prieto da Rocha Peixoto, compareeceram como outorgantes DOMINGOS DO REGO MARQUES, NIF 139 855 815, natural da freguesia de Vilar, concelho de Boticas e mulher IDALINA AFONSO GONÇALVES VIEIRA, nif 268 523 746, natural da freguesia de Baixo, concelho de Montalegre, nele residentes na Rua da Corga, n.º 3, união das freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas, casados sob o regime de comunhão de adquiridos e declararam:

Que são actualmente, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores dos seguintes imóveis sitos no lugar de Corga, união das freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas, concelho de Montalegre:

- Um - Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cento e noventa metros quadrados, a confrontar do norte com Custódio Pinto Montes, do sul com Caminho, do nascente com Heredeiros de Abad. Gonçalves Pires e do poente com Porfírio Alves Pires, inscrito na matriz sob o artigo 6085 (correspondente ao artigo 4630 da extinta freguesia de Viade de Baixo, com o valor patrimonial tributário e o atribuido de seis euros e quarenta e oito cêntimos.

- DOIS - Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cento e noventa metros quadrados, a confrontar do norte com Custódio Pinto Montes, do sul com Caminho, do nascente com Porfírio Alves Pires e do poente com Olímpia Alves, inscrito na matriz sob o artigo 6087 (correspondente ao artigo 4632 da extinta freguesia de Viade de Baixo), com o valor patrimonial tributário e o atribuido de seis euros e quarenta e oito cêntimos.

- TRÊS - Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cento e noventa metros quadrados, a confrontar do norte com Custódio Pinto Montes, do sul com Caminho, do nascente com Fausta Alves Pires e do poente com Alvarinho Alves Pires, inscrito na matriz sob o artigo 6088 (correspondente ao artigo 4633 da extinta freguesia de Viade de Baixo), com o valor patrimonial tributário e o atribuido de seis euros e quarenta e oito cêntimos.

- QUATRO - Prédio rústico, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cento e noventa metros quadrados, a confrontar do norte com Custódio Pinto Montes, do sul com Caminho, do nascente com Olímpia Alves Pires e do poente com herdeiros de João Gonçalves, inscrito na matriz sob o artigo 6089 (correspondente ao artigo 4634 da extinta freguesia de Viade de Baixo), com o valor patrimonial tributário e o atribuido de seis euros e quarenta e oito cêntimos.

Estes imóveis encontram-se não descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.Que estes prédios vieram à posse dos justificantes, já casados por compra verbal feita no ano de mil novecentos e oitenta e dois, a

Deolinda Alves, viúva, actualmente já falecida, ao tempo residente na Rua da Capela, n.º 14, lugar de Perafita, freguesia de Viade de Baixo, concelho de Montalegre.

Todavia nunca chegaram a realizar a escritura de compra e venda, não possuindo assim qualquer título formal que legitime os domínios sobre os referidos prédios.

No entanto, desde logo, eles entraram na posse dos referidos prédios, cultivando-os, cortando árvores, procedendo à sua limpeza, e dele retirando todas as suas utilidades e proveitos, pagando os respectivos impostos, à vista de toda a gente, sem oposição de ninguém, sem violência, fazendo-o de boa fé, pacificamente, contínua e publicamente.

É assim tal posse pacífica, pública e contínua e duarndo há mais de vinte anos, facultando-lhes a aquisição do direito de propriedade dos citados prédios por usucapião.

Esse direito, pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.Nestes termos, não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vêm justificá-lo nos termos legais.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL NA PARTE TRANSCRITA.Braga, 18 de Novembro de 2015.O Notário(Ilegível)Factura/recibo n.º 1689/001/2015-2Notícias de Barroso, 483 de 30 de Novembro 2015

Instituto dos Registos e do NotariadoConservatória dos Registos Civil, Predial e

Cartório Notarial de Montalegre

EXTRATO

Para efeitos de publicação certifico que, por escritura de 27 de novembro de 2015, exarada a folhas 4 e seguintes do livro 983 - A, lavrada no Cartório Notarial de Montalegre a cargo da Lic. Maria Carla de Morais Barros Fernandes, José Fernando dos Santos Moura, solteiro, maior, natural da freguesia de Gralhas, concelho de Montalegre, onde reside na Rua das Cruzes, n.º 30, na qualidade de procurador de JOÃO DELGADO DE MOURA, NIF: 187 470 294, natural da freguesia de Gralhas referida e mulher MARIA DE LURDES CAÇADOR DE MOURA, NIF: 164 749 489, natural da freguesia de Vale de Salgueiro, concelho de Mirandela, onde residem na Rua da Escola, n.º 90, casados no regime de comunhão de adquiridos, declarou:

Que o seu representado marido é dono, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na freguesia de Gralhas, concelho de Montalegre:

- Prédio urbano situado na Rua Central, n.º 86, lugar de Gralhas, composto de casa de rés-do-chão e primeiro andar, com a superfície coberta de oitenta metros quadrados, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 525, com o valor patrimonial tributável de 11.020,00 euros.

Que desconhece se o referido prédio esteve inscrito na matriz rústica, encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e está inscrito na matriz em nome do justificante marido.

Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e setenta, ano em que o adquiriu por doação meramente verbal de Américo Martins de Moura e mulher, Ana Gonçalves Delgado, residentes que foram na indicada freguesia de Gralhas.

Que desde essa data, por si ou por intermédio de alguém, sempre tem usado e fruído o indicado prédio, habitando-o, nele guardando os seus haveres, procedendo a todas as obras de conservação e restauração, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Montalegre, 27 de novembro de 2015

A 2.ª Ajudante, Maria José Fernandes CarapenhaConta: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €Conta registado sob o n.º 708

Notícias de Barroso, n.º 483, de 30 de novembro de 2015

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30 de Novembro de 2015 11BarrosoNoticias de

Já repararam que aproveito este espaço, que agradeço ao digníssimo diretor deste nobre jornal, para oferecer um pouco de doutrina, formação e cultura religiosa católicas, porque vou encontrando lacunas, mal-entendidos e desvios sobre a fé cristã. São os artigos que me dão mais gozo. Comentar a atualidade, e que rica, aterradora e complexa ela está, por vezes, é um trabalho insípido, porque a realidade está sempre em acelerada mutação. Fica sempre a sensação de que andamos atrás do efémero. Há que dar mais importância ao que é sólido e traz firmeza e formação à vida. Faço-o a partir da minha pobreza e auxiliado pela minha preciosa instrução e pelas minhas amantes (tenho algumas, não digam nada, uma delas é a leitura). Bom proveito.

A doutrina do pecado original vai merecendo alguns reparos de teólogos e pensadores cristãos e não cristãos. Alguns já quase a rejeitam, condenando a importância excessiva na doutrina e no pensamento da Igreja, outros reinterpretam-na com alguma consistência (vale

a pena ler o que vai saindo, numa releitura dos difíceis e polémicos primeiros capítulos do Livro do Génesis, com o contributo do pensamento cientifico), outros ainda reafirmam a sua validade. Para todos os efeitos, ainda não foi revogada pela Igreja e continua em vigor. No ritual do batismo, está lá muito bem claro: «Deus todo-poderoso e eterno, que enviastes ao mundo o vosso Filho para expulsar de nós o poder de Satanás, espírito do mal, e transferir o homem, arrebatado às trevas, para o reino admirável da vossa luz, humildemente Vos pedimos que esta criança, libertada da mancha original, se torne morada do Espírito Santo e templo da vossa glória.»

O que é que queremos dizer, afinal, com o pecado original? Aqui original significa o pecado que vem das origens, do início da humanidade, pecado que inquinou a história do mundo e do homem, que transformou a natureza do homem e das coisas. Que pecado foi esse?

O projeto inicial de Deus em relação ao homem foi que este alcançasse a plenitude integral do seu ser numa relação de amor e de vida com Deus. O homem seria o interlocutor livre, que livremente responderia ao convite livre do amor de Deus, para ambos viverem em comunhão e aliança.

Mas, ao convite de Deus, o homem respondeu com desprezo e rejeição. Julgou que esta aliança seria uma servidão e uma dependência. O homem decidiu não viver de Deus,

que, como seu criador, seria a fonte da sua vida plena, e escolheu seguir o seu próprio caminho, dispor de si mesmo e da sua vida como muito bem entendesse, sem depender de nada nem de ninguém (não é esta tentação diabólica que anda sempre de nós?). Da harmonia sonhada por Deus entre a sua vontade e a vontade do homem, resultou uma cisão trágica entre as duas vontades.

Esta rutura com Deus revestiu-se de um caráter dramático: por orgulho e iniciativa do homem, o mundo começou a ser construído contra a vontade de Deus, e assim a realidade do pecado e do mal contaminaram o mundo e todo o desdobramento cultural da existência humana. O veneno do mal e do pecado passou a inquinar toda a história humana. Quebrou-se de modo irreversível a comunicação e a comunhão entre Deus e homem. Este desviou-se tragicamente da verdade que estava inscrita na sua natureza, alienando-se do seu ser mais autêntico, procurando a verdadeira vida onde ela não está, em si mesmo ou nos muitos sucedâneos que ele inventa para a encontrar. A negação da comunhão e da relação com Deus implicou uma outra forma, deteriorada, de se relacionar consigo mesmo, com o outro e com a criação. O homem torna-se estranho a Deus, tornando-se estranho a si mesmo. A história humana foi assim indelevelmente marcada pela presença do pecado, que corrompe o homem, o afasta de Deus e o vira contra si mesmo, contra os outros e contra a

criação. Por pecado original não

queremos isolar ou identificar um pecado concreto, que exista em estado puro, de forma abstrata e irreal, ou uma força malévola que influencia o ser humano, mas afirmar que a nossa história humana está marcada pela presença do mal e queremos destacar o ambiente, o espaço vital, o estado nocivo da humanidade em que nasce cada ser humano, estado que o corrompe, que o diminui e aliena, não o deixando ser o homem que deve ser, em comunhão com Deus, com os outros e com a criação.

Podemos ver manifestações do estado nocivo da humanidade em situações concretas, tanto pessoais, como estruturais e sociais: nas injustiças, violências, marginalizações, no ódio destruidor, na vontade pura de domínio e de poder, na avareza humana, no orgulho, no egoísmo, nas ideologias totalitárias, na sobrevalorização das coisas em relação à pessoa humana, que uma sociedade de consumo gera, a exploração e degradação do homem que a economia do lucro origina, a destruição da natureza, a ciência manipuladora e mortífera, entre outras. Todas estas situações alienam o homem, ou seja, privam-no do seu ser verdadeiro. O homem, chamado ser homem e a ir mais além de si mesmo, fica abaixo de si mesmo. Dentro de nós mesmos, não podemos deixar de experimentar ainda, mesmo depois de batizados, um grande dilema e uma grande tentação e divisão:

queremos fazer o bem, mas experimentamos uma atração para fazer o contrário. Ainda estamos feridos no nosso ser profundo e somos facilmente influenciados pela cultura e pelo ambiente pecaminoso em que nascemos. Como disse Bento XVI, «todos trazemos dentro de nós próprios uma gota do veneno, chamado pecado original».

O pecado e o mal entranharam-se de tal maneira na mentalidade e na cultura humana, que o homem, só por si, se tornou incapaz de os vencer. Tornou-se necessária uma redenção, uma libertação desta servidão, esta sim, uma servidão a sério, para o homem recuperar a sua dignidade e a sua vocação, redenção que seria ao mesmo tempo uma recriação do homem, do mundo e da história, redenção que certamente já estaria nos planos de Deus. Criar o homem livre teria os seus riscos.

Deus envia o seu Filho ao mundo. Pela sua morte e ressurreição redimiu e deu vida nova (salvação) à humanidade, colocando-a na senda do projeto inicial de Deus. Diz Bento XVI: «A ressurreição de Jesus Cristo significa precisamente a libertação desta servidão, desta e de todas. Aceitar Jesus Cristo, na fé, e dispor-se a segui-lo, significa aceitar que com Ele saímos da opressão do pecado e do mal e vencemos a alienação interior que não nos deixar ser o que de verdade devemos ser, que impede a nossa realização plena e que alcancemos o nosso verdadeiro destino.»

O Pecado Original

Pe Vítor Pereira

BOTICASNOVO LAR de GRANDES DEPENDENTES

Está prevista para o primeiro trimestre de 2016, a inauguração do novo Lar de Acamados da Santa Casa da Misericórdia de Boticas que terá a mesma capacidade de utentes do actual.

O objectivo é melhorar o serviço prestado a todos aqueles que necessitam destes cuidados. Segundo declarou o Provedor da Santa Casa à Voz de Chaves, «a obra estará completa no primeiro trimestre do próximo ano», se tudo correr como previsto. Restará a aquisição do equipamento que vai demorar algum tempo por causa das especificidades das valências do mesmo.

O novo Lar de Grandes Dependentes vai substituir o actual Lar de Acamados que funciona há quase 30 anos no Centro de Saúde de Boticas.

O Lar de Grandes Dependentes fica situado junto ao Centro de Apoio a Deficientes do Alto Tâmega (CADAT).

A Santa Casa da Misericórdia de Boticas tem em carteira vários outros projectos que, a seu tempo, candidatará às instâncias superiores para sua aprovação e execução.

Boticas “Autarquia + Familiarmente Responsável”

Realizou-se, dia 18 de novembro, no Auditório da Associação Nacional de Municípios Portugueses, em Coimbra, a cerimónia de entrega da “Bandeira Verde”, representativa do título de “Autarquia + Familiarmente Responsável”.

Pelo segundo ano consecutivo, Boticas foi distinguida como umas das 41 autarquias portuguesas a desenvolverem políticas de apoio às famílias em onze áreas distintas.

Em 2015, Boticas surge como o único município transmontano a ser distinguido com o título de “Autarquia + Familiarmente Responsável”.

Dos 308 municípios portugueses, 104 responderam ao inquérito do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis e apenas 41 foram premiados.

A entrega da bandeira foi feita pelo secretário de Estado

da Administração Local, José Taborda da Gama, filho do ex-presidente da Assembleia da República, Jaime Gama. A receber a “Bandeira Verde” esteve o Presidente da Câmara, Fernando Queiroga, que se

demonstrou bastante feliz por, mais uma vez, o município que gere ser condecorado.

“É um grande orgulho receber esta distinção. Boticas é, sem dúvida, um concelho onde as famílias são valorizadas. Trabalhamos sempre a pensar no bem-estar delas, criando medidas que vão de encontro às suas

necessidades e anseios”, referiu o autarca.

Recorde-se que a atribuição do título de “Autarquia + Familiarmente Responsável” tem como base a análise e avaliação de várias medidas desenvolvidas pelas autarquias portuguesas em matéria de responsabilidade familiar.

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30 de Novembro de 201512 BarrosoNoticias de

Quando recebo o Notícias de Barroso, um dos primeiros artigos que leio, é o do Senhor José Enes Gonçalves, pelo interesse que têm para os Barrosões, principalmente para os Montalegrenses e porque tudo o que se escreve sobre o nosso concelho interessa mais que as variadas opiniões políticas. Reconheço-lhe muito valor e não posso por isso deixar de dar os parabéns ao Senhor Enes Gonçalves pelo trabalho de investigação que tem efetuado. No entanto, nos seus trabalhos sobre o concelho, há casos que me reportam a umas dezenas de anos atrás.

Quando o amigo Padre Lourenço Fontes iniciou a publicação de “Notícias de Barroso”, homem com grandes ideias, mas um desorganizado, como toda a gente sabe e ele aceita, prometia a publicação mensal o que raramente acontecia, daí ele o ter classificado como “um jornal essencialmente católico, até porque só saía quando Deus queria”.

Era nessa altura Presidente da Câmara o também amigo Professor Carvalho de Moura e o Padre Fontes a propósito e despropósito de qualquer notícia, aproveitava sempre para dar porrada no Carvalho

de Moura, o que mexia com os comuns amigos. Ao ponto de, estando o meu primo Manuel Anjo a gerente da Estalagem Santiago em Chaves, juntarmos lá os dois, numa noite, para fazerem as pazes e o Padre deixar de atacar o antigo colega de Seminário Carvalho de Moura. O Padre Fontes prometeu, embora sol de pouca duração, nunca mais atacar o Carvalho de Moura.

Quem diria, na altura, que o Diretor do Notícias de Barroso viria a ser precisamente o Professor Carvalho de Moura!?

Acontece que o Senhor Enes Gonçalves, agora que não na sua juventude, segundo me consta e naturalmente por razões ligadas às vias uterinas, interioriza tal rancor ao Dr. Victor Branco que, a propósito de tudo e do nada, está constantemente a dar-lhe porrada nos seus escritos. E o rancor e o ódio nunca foram bons conselheiros.

Já aqui publiquei um artigo a fazer-lhe ver que as expressões “levar para a casa” e “levar para casa” há uma diferença muito grande em função da interpretação que maldosamente se queira fazer da primeira expressão.

Ora, no seu artigo “Para a História da 1ª República em Montalegre”, publicado no Nº

481, de 29 de Outubro findo, deste jornal, chama mentiroso e ridículo ao Dr. Victor Branco, em função do que ele escreveu sobre a segunda incursão monárquica chefiada por Paiva Couceiro. Diz o Dr. Victor que “a vila de Montalegre se despovoou com medo dos couceiristas (o que é verdade)”, remata o Senhor Enes Gonçalves. E depois diz, contradizendo-se, que o Sargento Júlio da Guarda Fiscal organizou um grupo de vinte e cinco cidadãos para defenderem a vila, mas, quando tiveram conhecimento que os couceiristas tinham derivado para Chaves, estes intrépidos Barrosões correram para aquela cidade “a fim de ajudar os seus defensores”. Se era para ajudar à defesa, terão corrido logo a fim de se anteciparem aos monárquicos. A menos que tencionassem atacá-los por detrás...

Então, entre a partida dos defensores da vila para Chaves e o regresso da população, quem ficou em Montalegre? Haverá alguma inverdade em que só tenham ficado três cidadãos, um dos quais o Dr. Victor Branco? Julgo que ninguém com a mínima capacidade de raciocínio acredita que o Dr. Victor mentiu no que escreveu.

Este tema faz-me lembrar

uma cena macabra, acontecida há uns anos numa freguesia de Vila Real.

Andava um sujeito, que eu bem conheci, a sachar milho, quando os dinos da aldeia tocaram sinais de freguês morto. Ao passar um vizinho, admoestou-o por lhe ter falecido o tio Fulano de Tal e ele continuando a sachar milho como se nada tivesse acontecido. Ouvido o nome do morto, o sujeito, largou a sachola e desinvestiu a casa do tio falecido que já se encontrava esticado sobre uma cama, a aguardar o caixão e ante o espanto geral, pregou-lhe duas bofetadas, porque morrera sem lhe pagar uma dívida.

De facto, bater em mortos, demonstra uma tremenda coragem e valentia. Eles já cá não estão para se defenderem!

Dias Vieira

Uma nota explicativa – O título «Notícias de Barroso», lançado pelo Pe António Fontes em 1982, foi em 1906 adquirido pelo agora director deste periódico. Não se tratou duma cedência mas antes duma aquisição onerosa presenciada de resto por um nosso amigo comum. Publicava eu, na altura,

o “Montalegrense”, mas, como este título não tinha hipóteses de beneficiar do Porte Pago, decidi-me por comprar o Notícias de Barroso, já lá vão quase 10 anos, mas afinal sem grande proveito porque o Porte Pago acabou no final deste mesmo ano de 2006.

Será pertinente esclarecer que eu e o Pe Fontes nunca andámos à porrada. Tivemos e ainda temos porventura ideias diferentes mas o relacionamento é cordial. Foi sempre. Será de lembrar que não só ele escreveu algumas coisas contra mim, também eu chguei a escrever em diveros jornais, entre eles o Expresso, trabalhos contra a forma como se realizavam os Congressos de Medicina Popular, mas sem exageros. Aquela mistura de médicos com bruxos nunca me caíu bem e sobretudo por se dar mais visibilidade a estes do que a aqueles.

De resto, amigo Dias Vieira, não percebo bem a ligação que fazes entre a historieta dos directores do Notícias de Barroso e a história da 1.ª República em Montalegre que o Enes Gonçalves publica regularmente no jornal.

Carvalho de Moura, director

Quadros Históricos

Mensagens recebidas por e-mail

Gostei particularmente do artigo do Pe Vitor Pereira e como sempre do Politicamente Falando. Despropositada a semelhança que serviu de mote à carta aberta aos deputados da nação que afinal tem destinatários alvo, comparativamente ao herói do primeiro romance de François Rabelais, Les horribles et épouvantables faits et prouesses du très renommé Pantagruel Roi des Dipsodes, fils du Grand Géant Gargantua.Pouco nexo, mas são opiniões.

Catarina Pereira 18/11 às 9:29

… … …

Um jornal regional que dá prazer ler. Parabéns.

Jorge Martins 18/11/2015

…. … …

Parece que as novelas do senhor Manuel Ramos estão pra durar. Agora é com o fumeiro. Se alguém tiver ocasião de lhe dizer, ele que venha a Fiães do Rio ao fumeiro, que não morre com ele..

Luis Inácio 18/11 às 15:49

… … …

Do Rio de Janeiro

Maria Júlia na primeira pessoa

Segundo domingo de outubro, 11 de 2015. Dia do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Foi uma tarde bem passada na residência dos avós paternos dos meus netos Ana Júlia e Luiz Cláudio. Os 13 anos da Anajú foram bem festejados.

O avô Leandro é português, de Armamar. Avó Geralda é brasileira, de São Joao Del Rei, Minas Gerais. O casal só têm estes dois netos. E é nas datas festivas e em quase todos os domingos que gostam que nossos netos façam as refeições com eles e com a tia Regina.

Senhor Director e prezados leitores da Notícias de Barroso, que tarde agradável tive. Fiquei ouvindo este senhor Leandro 84 anos, contar-me como eram as vindimas e os cuidados que todos tinham com as videiras para produzirem gostosas uvas e deliciosos vinhos. Disse-me que lá no Douro os trabalhos são feitos com bois. E eu disse: que na minha região os trabalhos são feitos com vacas. Que os bois de raça barrosâ proporcionam belas Chegas nos meses de verão. Saudades, saudades é o que nos emigrantes há mais. À medida que os anos passam sentimos mais o estar longe das terras

de Portugal onde nascemos e vivemos a nossa infância.

“Saudade é um sentimento que, quando não cabe no coração, escorre pelos olhos.” Bob Marley.

“A saudade é a memória do coração.” Coelho Neto.

“A saudade é a nossa alma dizendo pra onde ela quer voltar.” Rubens Alves.

As 15 primaveras da minha neta Mayara e o 1º aninho do meu netinho Matheus foram festejados no último sábado de setembro num clube da cidade de Paramcabi.

Compareceram muitos estudantes acompanhados pelos pais. E nós os familiares de ambas as famílias que somos muitos. Os padrinhos da Mayara vieram de São Paulo e do Matheus, a madrinha veio da região dos Lagos e o padrinho do Bairro da Tijuca. Noite animadíssima para os jovens que bailaram o tempo todo e para nós da terceira idade

vinho de boa qualidade e uísque à vontade com salgadinhos e doces bem preparados. Os menores de 18 anos beberam sucos naturais.

Desejo um Feliz Natal a todos os leitores deste ótimo jornal que recebo quinzenalmente na minha residência de Copacabana, Rio de Janeiro. Espero que o senhor Carvalho de Moura e família nunca deixem de publicá-lo.

“O Natal começou no coração de Deus. Só estará completo quando alcançar o coração do ser humano.” “O Natal é a festa das crianças e onde há uma criança, o céu derrama toda a beleza e bondade do mundo.” Cardeal Tarcísio Bertone.

“Eu honrarei o Natal em meu coração, e tentarei mantê-lo o ano todo”. Charles Dickens.

Maria Júlia de Moura Cima Aires

Cartas dos leitores

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30 de Novembro de 2015 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

O recém-formado movimento “Também somos portugueses” lançou a 14 de Novembro de 2015 uma petição para exigir a mudança das leis eleitorais aplicáveis aos portugueses residentes no estrangeiro.

Foi lançado o site - veja aqui - com recolha de assinaturas para alteração das leis eleitorais aplicáveis aos portugueses residentes no estrangeiro.

Serão também recolhidas

assinaturas localmente nos movimentos cívicos portugueses em vários países.

Esta petição, a ser entregue na Assembleia da República, visa promover o recenseamento eleitoral automático aquando da mudança de endereço no Cartão de Cidadão, o recenseamento via postal ou pela internet para quem reside no estrangeiro e a introdução do voto electrónico para os portugueses a residir no estrangeiro.

O movimento “Também somos portugueses” teve início no Reino Unido, juntando os eleitos para o Conselho das Comunidades Portuguesas, dirigentes de associações, e activistas de movimentos cívicos. Já aderiram a este movimento informal portugueses em

inúmeros países, pois trata-se de um sentimento comum aos portugueses emigrados em todo o mundo. A lista de apoios a este movimento está em crescimento constante .

Os emigrantes enfrentam vários problemas na área do recenseamento de onde são omissos, e estão obrigados à visita ao Consulado apenas para poderem estar recenseados. O recenseamento automático praticado em Portugal, exclui os emigrantes que assim se sentem diferenciados por viverem noutro país.

Para efeitos de recenseamento e mesmo de votação, muitos portugueses emigrados estão obrigados a percorrer longas distâncias, que implicam a perca de dias de trabalho. Mesmo para

a emissão ou renovação da sua identificação, os emigrantes, cidadãos portugueses de pleno Direito, estão obrigados às mesmas deslocações, sendo isto um desincentivo ao dever de cidadania que a classe política tanto defende mas que na prática não aprova.

O voto pela via postal, dificultou o exercício de cidadania e os exemplos podem ser encontrados nas ultimas eleições legislativas em diversos países como o Brasil, Timor-Leste, Estados Árabes Unidos, Reino Unido ou Macau. Os votos originários de alguns destes países, foram considerados lixo por terem chegado ao destino (Portugal) fora do prazo exigido por Lei.

Só a alteração das leis

eleitorais permitirá a participação de todos os portugueses sem excepção na vida cívica de Portugal.

Um dos impulsionadores da petição, Paulo Costa, ativista do grupo Migrantes Unidos, disse que o objetivo é reunir as 4.000 assinaturas necessárias para forçar que o tema seja discutido na Assembleia da República, onde será entregue o documento final. “Não temos pressa, continuamos a angariar apoios. Não devemos entregar antes do final de janeiro”, adiantou, expressando o desejo de o fazer após a posse do Conselho das Comunidades Portuguesas.

Bibliografia:Notícias Gerais e Mundo Lusíada

Movimento “Também Somos Portugueses” promove Petição

O presidente da Câmara Municipal, Orlando Alves, entregou as chaves de uma casa de habitação, totalmente reconstruída, a uma família carenciada de Gralhas. A obra custou 40 mil euros aos cofres do município. Até final do ano, serão entregues mais quatro casas. Ao todo, a autarquia irá desembolsar

cerca de 200 mil euros no apoio à melhoria do alojamento (grandes intervenções), mais 75 mil em intervenções menores em 11 habitações no Bairro Novo da Borralha.

Deste modo, o Natal chegou mais cedo a Gralhas, mais concretamente a uma família que vive em dificuldades. Um

pai e dois filhos, abandonados pela mãe, passam a ter uma casa digna. As chaves da habitação, reconstruída com 40 mil euros, foram entregues pelo presidente da Câmara de Montalegre. Orlando Alves não escondeu a satisfação pelo momento: «hoje fizemos o que mais gostamos de fazer e que mais dignifica a função de um autarca que é colocarmo-nos ao serviço de quem mais precisa. É um ato de justiça e é para esse lado que a politica deve ser levada, menos fachada, menos despesa inútil e servir as pessoas nas suas necessidades e anseios». O autarca descreve o quadro dramático que foi sinalizado: «esta família desestruturou-se e ficou um pai com duas crianças e sem casa. Penso que conseguimos trazer um bocadinho de felicidade a essas crianças que merecem ser

felizes como as que nasceram em “berço de ouro”».

Segundo fonte do município, outras obras do género estão programadas, tais como:

(Obras a executar por empreitada)

Gralhas – 40.386,00€, Pardieiros – 18.550,00€, Vilarinho de Arcos – 62.088,97€,

Montalegre – 16.801,00€, Viade de Cima – 21.915,50€ e Nogueiró - 35.365,49€

(Obras a executar por prestação de serviço)

No bairro novo da Borralha:11 Habitações - cerca de

75.000,00€

Fonte: cm-montalegre.pt

GRALHAS

Câmara de Montalegre entrega casa a família carenciada

No lugar da Barca, localidade de Pincães, da Freguesia de Cabril, a EDP investe na rede de BT, melhorando assim a qualidade de serviço disponibilizada aos seus clientes. A EDP Distribuição, no âmbito das ações de melhoria contínua que vem efetuando nas suas redes energéticas, procedeu à renovação da rede de Baixa Tensão que serve o lugar da Barca, na localidade de Pincães,

Freguesia de Cabril, Concelho de Montalegre.

Este investimento significativo envolveu a renovação da rede elétrica numa extensão de 1240 metros, possibilitando a substituição de um extenso troço de rede aérea de baixa secção que já se encontrava bastante fragilizada por defeitos de isolamento causados por um incêndio florestal, e que por sua vez,

originava quedas de tensão nas

instalações de utilização dos

moradores do lugar da Barca.

Esta renovação permitiu a

redução das perdas de energia

e garantiu a possibilidade de

reconfiguração de eventuais

alternativas de alimentação aos

clientes e a reserva de potência

para fazer face a futuros

aumentos de consumos.

BARCA - PINCÃES

EDP Distribuição renova a rede de Baixa Tensão

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30 de Novembro de 201514 BarrosoNoticias de

Agrupamento de Escuteiros

VENDE-SE em MontalegreTerreno situado em Fonte d’El Rei, entre o

Castelo e a estrada marginal do Parque de Lazer do Cávdo. Com uma área de 5.000 m2 está povoada de carvalhos seculares e tem um poço de água própria. Contactos: 911 906 081 e 21 793 2527

NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO OLIVEIRA

Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária Constança Augusta Barreto Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 157 – A, a fls. 45 e seguintes: ANTÓNIO DIAS RODRIGUES e mulher ROSA FERNANDES RUA, casados em comunhão geral, naturais ele da freguesia de Mourilhe, concelho de Montalegre e ela da freguesia da Chã, do mesmo concelho, residentes na Rua do Avelar, n.º 380, em Montalegre, declaram:

Que são donos com exclusão de outrem do seguinte bem imóvel:- Prédio rústico situado no lugar de Casal de Marcos, união das

freguesias de Montalegre e Padroso, concelho de Montalegre, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de oitocentos metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de Germana Gomes, nascente com caminho público, sul com José Augusto Pires Afonso e poente com José Gonçalves Surreira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2234.

Que este prédio resulta da organização administrativa operada pela Lei n.º 11-A/2013, de vinte e oito de janeiro e estava inscrito, antes, sob o artigo 2094, da freguesia de Montalegre e não está descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do referido prédio, mas iniciaram a sua posse, em mil novecentos e oitenta, ano em que o adquiriram, por compra meramente verbal a Silvério Martins Caridade, viúvo, residente que foi no lugar de Pondras, concelho de Montalegre.

Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de alguém sempre, têm usado e fruído o prédio, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa-fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o mencionado prédio, por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Está conforme.Póvoa de Lanhoso, 23 de novembro de 2015.A colaboradora com autorização para este ato nos termos do nº1, art. 8º do DL 26/2004 de 4 de fevereiro.Ana Maria Pinto GonçalvesRegistada sob o nº 84/4Conta/ Recibo registada sob o n.º 2742

Emitida fatura reciboA autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em 26/02/2013Notícias de Barroso, 483 de 30 de Novembro 2015

1

Nome do Centro de Emprego Nome da Profissão Nº Oferta

MARCENEIRO 588617548 CONTRATO A TERMO 3 MESES TEMPO COMPLETO SANTA MARIA MAIOR /CHAVES

CABELEIREIRO E BARBEIRO 588615000 CONTRATO A TERMO 6 MESES TEMPO COMPLETO SANTA MARIA MAIOR /CHAVES

REPRESENTANTE COMERCIAL 588612097 CONTRATO A TERMO POR 6 MESES TEMPO COMPLETO SANTA MARIA MAIOR /CHAVES

CANALIZADOR 588609648 CONTRATO A TERMO 6 MESES TEMPO COMPLETO

VENDEDOR DE CENTROS DE CONTATO 588612106 CONTRATO A TERMO 6 MESES TEMPO COMPLETO SANTA CRUZ TRINDADE SANJURGE / CHAVES

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.

Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que

a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao

tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Indicação do Regime de Trabalho ( a tempo parcial ou completo) e Informações Complementares

Nome da Freguesia/Concelho a que respeita o Posto Trabalho a ser preenchido

Centro de Emprego e Formação Profissional do Alto Tâmega Serviço de Emprego de Chaves Rua Bispo Idácio nº 50/54 5400 303 Chaves

Telefone: 276340330 E-mail: [email protected]

SANTA CRUZ TRINDADE SANJURGE / CHAVES

Reportagem fotográfica de Lobo Sentado

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30 de Novembro de 2015 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.comPropriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo

Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOL

Campeonato Distrital da AF Vila Real

8.ª Jornada, Jogo no Estádio

Municipal de Murça, Dia 15-

11-2015

MURÇA 0 VILAR DE PERDIZES 2

Vilar de Perdizes imparável

Equipa do Vilar: Bruno

Martins; Tunes, João, Jonas (Jô

45) e Mika; Bruno Madeira,

Nacho e Vasques; Mickael

Martins (Daniel 84), Abreu

e Edu (Jorge 81). Treinador:

Calina

Golos: Edu Paiva

São já sete jogos sem perder

por parte do Vilar de Perdizes

que está a fazer o melhor

arranque da sua história.

No terreno do Murça,

num campo tradicionalmente

complicado, conseguiu uma

vitória justa. Logo aos dez

minuto, Bruno Madeira pôde

per marcado. E sucederam-se as

oportunidades à equipa barrosã

que praticou bom futebol. O

golo surgiu aos 43 minutos

depois de livre bem apontado

por Nacho e conclusão perfeita

de Edu. Antes do intervalo,

Hélder, do Murça, foi expulso

e tudo ficou mais fácil para o

Vilar de Perdizes.

Na etapa complementar

o Vilar geriu bem o jogo, e

o Murça tentou aproveitar

eventuais erros do adversário,

mas ao minuto 75, Edu, a

grande figura do jogo, rematou

forte para o 0-2.

Vitória justa do Vilar de

Perdizes com uma primeira

parte de luxo.

9.ª Jornada no Estádio Dr

Diogo Vaz Pereira, Dia

22.11.2015

MONTALEGRE 2 VIDAGO 0

Montalegre continua a

ganhar. Sete jogos, sete vitórias!

CDC de Montalegre:

Vieira; Igor, Asprilla, Zé Luís

e Leonel Fernandes; Chico,

Gabi (Roberto 85) e Michel

(Vargas 45); Zack (Clayton 76),

Badará e Renteria. Treinador:

Zé Manuel Viage

Golos: Renteria e Zack

Os barrosões bateram o

Vidago por 2-0, num jogo em

que quase tudo correu mal ao

Vidago. O Montalegre entrou

forte e determinado e logo

no primeiro minuto atirou ao

poste, num disparo de Gabi. No

minuto seguinte, chegou o golo

– Michel faz assistência perfeita

para conclusão de Rentería.

Depois, o guarda-redes Diogo

joga a bola com as mãos fora

da área e é expulso. O Vidago

sofre o 2-0 num remate de

Zack, ex-jogador do Vidago.

Na etapa complementar,

o Vidago não conseguiu criar

uma única oportunidade de

golo, e o Montalegre geriu o

jogo a seu belo prazer. Podia

ter feito mais golos a equipa

barrosã…

Renteria esteve em

destaque e o jogador senegalês

Zack atirou ao poste e o terceiro

golo acabou por não chegar…

Vitória justa do Montalegre,

boa réplica do Vidago que

teve em Hélder e Rafa as

suas melhores unidades. No

Montalegre destaque para Zack

e Rentería.

Boa arbitragem num jogo

sem grandes casos…

O Salto perdeu no campo

Pe Manuel José Jorge com o

Régua. Sendo o Régua uma

das melhores formações

do campeonato, não é de

estranhar.

O Vilar de Perdizes esteve

de folga nesta jornada.

Resultados JORNADA 9

MONTALEGRE 2-0 VIDAGO

GDC SALTO 2-3 RÉGUA

GD CERVA 1-2 VILA POUCA

ABAMBRES 5-1 FC

FONTELAS

SANTA MARTA 4-0 MESÃO FRIO

ATEI 1-2 RIBEIRA

PENA

VALPAÇOS 1-0 MURÇA

10.ª Jornada, Estádio Artur

Vasques Osório, Régua, Dia

29-11-2015

RÉGUA 0 MONTALEGRE 2

CDC de Montalegre: Vieira;

Igor, Asprilla, Zé Luís e Leonel

Fernandes; Chico, Zé Victor

(Michel 45), renteria (Clayton

79) e Gabi (Roberto 65); Badará

e Zack. Treinador: Zé Manuel

Viage

Golos:Michel e Gabi

Com duas partes bem

distintas, o Régua esteve

melhor na 1ª parte enquanto

o Montalegre foi superior na

segunda.

Logo a começar o Régua

ganhou vários cantos e livres

laterais, todavia a formação

reguense não conseguia criar

muitas oportunidades de golo.

Na etapa complementar,

com a entrada de Michel, o

Montalegre conseguiu esticar

muito mais o seu jogo e

depois da excelente iniciativa

de Leonel Fernandes, Michel

concluiu com remate forte

e colocado. Logo a seguir,

Renteria cai dentro da área e

Gabi aumenta da marca de

grande penalidade para 0-2.

O Régua, com menos um

por expulsão de Luisinho,

e a perder por 0-2, ainda

tentou criar muitos problemas

à defensiva barrosã. O

Montalegre, por sua vez, teve

uma oportunidade soberana

para marcar o 0-3. Entretanto,

Zack foi expulso e, por mão

dentro da área de Chico, o juiz

da partida assinalou grande

penalidade para o Régua que

Silva não concretizou.

Vitória justa do Montalegre,

mais eficaz que o Régua na

finalização. O treinador do

Régua, João Valente, acusou o

árbitro auxiliar de influenciar o

resultado.

O técnico do Montalegre,

Zé Manuel Viage, referiu que

“ foi um jogo muito táctico e

que o Montalegre venceu com

mérito pois teve as melhores

oportunidades de golo”.

O Vilar de Perdizes voltou a

ganhar, desta vez, ao Valpaços.

E não descola do Montalegre.

Dois escassos pontos separam

os dois clubes rivais barrosões.

O Salto ainda não foi desta

que ganhou, em Vila Pouca

não era de prever.

NcarvalhoC/redacção

Resultados JORNADA 10

Régua 0-2 Montalegre

Vila Pouca 4-0 GDC Salto

FC Fontelas 2-2 GD Cerva

Mesão Frio 2-1 Abambres

Ribeira Pena 0-1 Santa Marta

Murça 2-1 Atei FG

V. Perdizes 1-0 Valpaços

DESPORTO

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MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo

nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies ve-getais da região de Barroso Apicultor nº 110796J. A. Carvalho de MouraRua Miguel Torga, nº 4925470-211MONTALEGRETels: +351 91 452 1740 e 276 412 285Fax: +351 276 512 281Mail: [email protected]

A Associação Cultural e

Recreativa dos Peraltas, de

Padroso, esteve em festa.

A razão tem a ver com o S.

Martinho, santo padroeiro de

Padroso, que, todos os anos,

não pode ser esquecido por

ocasião do seu dia festivo.

Assim, no passado dia 15

de Novembro, aconteceu

festa rija que envolveu toda

a população e alguns amigos

idos de Montalegre e também

da vizinha vila de Baltar.

José António Feijóo Alonso,

presidente da Câmara de Baltar,

fez questão de estar presente

por ter em Padroso muitos e

bons amigos que, por sua vez,

também participam, em Agosto,

na festividades populares

de Baltar. Entre os demais, a

presença de António Morais,

presidente da Junta de Freguesia

de Montalegre e Padroso, o que

muito satisfez os Peraltas que,

por seu lado, estranharam a

ausência dos responsáveis da

Câmara Municipal que, tendo

sido convidados, prometeram

não faltar mas faltaram.

A Festa começou bem cedo

com os grupos “As Xeitosiñas”

e os Gaiteiros de Baltar a dar

o mote. Com as suas cantigas

e músicas da raia espalhavam

alegria e entusiasmo.

No largo da antiga Escola

Primária, agora trnsformada

em sede da Associação “Os

Peraltas”, teve lugar um almoço

convívio a que se seguiu as

castanhas assadas regadas

com vinho tinto, tal como é da

praxe. E a tarde compunha-se

bem com um bailarico ao som

dos Gaiteiros e dos Troileiros.

Ao fim da tarde, e quando a brisa

convidava ao recolhimento,

os mais afoitos invadiram o

espaço da sede da Associação

e ali cumpriram a parte final

do programa onde não faltou,

para a despedida, um saboroso

caldo verde, empanadas e

bolos.

A rematar, um grupo de antigos

e novos cantadores entoaram

as canções doutras épocas,

onde se destacou o António

Martins, porventura o mais

idoso de todos mas com uma

vitalidade de fazer inveja aos

mais novos.

À conversa com Ana Maria

Martins, professora da Escola

Bento da Cruz, de Montalegre,

ficámos a saber que esta

Associação tem um plano anual

de actividades que é justo dele

dar-se o devido destaque. Isto

mesmo nos foi confirmado

por Sónia Gonçalves, a

actual presidente da direcção

da referida Associação,

que dele nos deu o devido

conhecimento.

Assim, no decurso do ano,

logo no princípio de Janeiro, a

Associação promove o “Cantar

dos Reis” por todas as casas

de Padroso e, em Fevereiro,

celebra o seu aniversário.

Na quadra que precede a

Páscoa, é a Associação que

substitui o sr. Padre, primeiro na

reza da via sacra percorrendo o

calvário da aldeia, depois na

benção das casas (Compasso) e

sem aceitar ofertas de qualquer

espécie. No final, faz um

lanche convívio com todos os

que queiram partilhar.

Os dias do Pai (19 de Março) e

da Mãe (8 de Maio) também são

dias de festa com manifestações

diversas.

Depois, aproveitando a

presença dos emigrantes, a

Associação faz a FESTA DO

VERÃO com um vasto e rico

programa que inclui Missa

solene, almoço convívio, leilão

de vários artigos, animação e

jogos populares.

Para além de tudo isto, fazem-

se Itinerâncias Culturais e

Sociais com Séniores Barrosões

em alguns meses do ano.

Aqui está um exemplo ao qual

não tem sido dado o devido

relevo. A Câmara Municipal

que, conforme nos foi dito, tem

apoiado Os Peraltas deverá,

em nosso entendimento, dar

atenção à dinâmica desta

associação. O mesmo se

pode dizer acerca da Junta

de Freguesia de Montalegre e

Padroso.

Iniciativas como esta (e há

outras com registo no concelho)

merecem todo o nosso apoio e

reconhecimento.

CM

PADROSO

“Os Peraltas” celebram o S. Martinho

A Associação dos Peraltas:Da esq.ª para a direita: Alda Dias, Sónia Tiago, Manuel Seara,

Sónia Gonçalves (presidente), Isabel Barros, Isaura Alves, Senhorinha Ribas e Ana Maria Martins