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A verdadeira história da Batalha de S. Mamede

batalha de s.mamede

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momento em que d,afonso henriques vence sua mãe

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A verdadeira históriada

Batalha de S. Mamede

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Manda El-rei Afonso Henriques

O primeiro de Portugal

Que oiçam com atenção

Esta história que é real

“Dizem por aí as más-línguas

Que bati em minha mãe ou que a fiz prisioneira

Tão bárbaro eu seria

Se a história que vos contam fosse mesmo verdadeira

Um país eu quis fundar, foi por ele que lutei

Aqui fica pois a verdade

Da batalha que contra Castela

Em S. Mamede travei

Meu pai, Conde D. Henrique

De Borgonha viajou

E com Raimundo a seu lado

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Ajudou Afonso VI e contra os mouros pelejou

Eram valorosos guerreiros

E os mouros derrotaram

Meu avô agradeceu e aos dois ofereceu

As filhas e os condados que mais tarde habitaram

A meu pai coube em sorte, sua filha ilegítima

Chamava-se D. Teresa e com ele se casou

Receberam o condado portucalense

E foi pela sua independência que meu pai sempre lutou

Desta união nasci eu, em terras de Vimaranes

Mas quis o cruel destino, que cedo meu pai morresse

E o seu sonho de um país

Logo ali esmorecesse

Minha mãe toma o poder e a um aio me entrega

Egas Moniz me educou

E para as lides da guerra

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De pequeno me preparou

Aliando-se a Castela, minha mãe governou

Contra os fidalgos da terra

Junta-se aos Peres de Trava

E sente-se no Condado forte clima de guerra

Com Egas Moniz a meu lado

Cresci forte e aventureiro

E em Zamora me armei

Com 14 anos apenas, valoroso cavaleiro

Os fidalgos desta terra

Comandante me tornaram

Para encabeçar a luta

Que com meu pai começaram

Enfrentei os partidários da Senhora Minha Mãe

De Castela vieram batalhões

Que mandou Afonso VII

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Para parar as rebeliões

Eram tantos e em tal número

Que o meu aio temeu

E a meu primo Afonso VII

Minha rendição prometeu

Mas o meu desejo era mais forte que qualquer promessa

A Egas não obedeci

E perante tal ousadia

O meu primo enfureci

Eis que em 1128 tropas de minha mãe irrompem

Vindas de Coimbra e Viseu

E para os lados de Creixomil

O primeiro embate se deu

Não correu bem para nós

Que temos que recuar

E é junto ao castelo

Que se volta a pelejar

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Eis que muda a nossa sorte

E Deus ouve a nossa prece

É no campo da Ataca, quando os de Castela fugiam

Que se dá o último golpe e a vitória acontece

Com a batalha de S. Mamede fora dado o grande prazo

Em dia de S. João

Para que o pequeno Condado

Fosse uma grande nação

Minha mãe se refugia

No castelo de Lanhoso

E a mim o povo aclama

Como seu Conquistador, mui nobre e valoroso

Desta semente pequena

Em Guimarães semeada

Nasce alguns anos mais tarde

A nação tão desejada

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E a vós que agora ouvistes

A verdadeira história

Ao Portugal que eu criei

Continuai a dar glória.”

Professora Paula Marinho

VIVA PORTUGAL