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Batistas se reúnem em Barra Longa-MG em caminhada pela paz e celebração pelo primeiro ano dos Batistas mineiros na cidade Página 09 Coluna Vida em Família Coluna Arte e Cultura Missões Nacionais “Pais e adolescentes”; veja dicas de como ser bem- sucedido nessa relação Página 06 Conheça o trabalho musical dos irmãos Bradson e Bergson Página 10 Casamento, ceia e batismos marcam vidas no presídio em São José dos Pinhais - PR Página 07 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 51 Domingo, 18.12.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Batistas se reúnem em Barra Longa-MG em caminhada pela paz e celebração pelo

primeiro ano dos Batistas mineiros na cidadePágina 09

o jornal batista – domingo, 18/12/16

Coluna Vida em Família Coluna Arte e CulturaMissões Nacionais

“Pais e adolescentes”;

veja dicas de como ser bem-sucedido nessa

relaçãoPágina 06

Conheça o trabalho

musical dos irmãos

Bradson e Bergson

Página 10

Casamento, ceia e batismos marcam vidas no presídio em

São José dos Pinhais - PR

Página 07

ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 51Domingo, 18.12.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 18/12/16 reflexão

E D I T O R I A L

Um ano de bênçãos derramadas

Nesta penúlt ima edição do ano t r azemos uma matéria que nos

faz perceber que os propósi-tos de Deus não podem ser entendidos, mas vividos. Na página 09 você vai ler um texto da Convenção Batista Mineira a respeito da tragé-dia que ocorreu na cidade de Mariana – MG, no dia 05 de novembro de 2015.

Muitos foram os clamores do nosso povo Batista em prol daqueles irmãos que perde-ram praticamente tudo, além de parentes e amigos. Uma situação difícil, que precisou da união de todos para re-erguer as cidades atingidas.

E este ano, no sábado, dia 19 de novembro, centenas de Batistas se reuniram no município de Barra Longa -MG para uma caminhada

pela paz e um culto de ce-lebração pelo primeiro ano dos Batistas mineiros na cidade, que hoje passa por uma completa transforma-ção. Somos gratos a Deus pelos livramentos e pelo sustento que tem dado a esses irmãos.

Além dessa, você vai ler muitas outras notícias so-bre o que os Batistas têm feito no Brasil e no mundo,

acompanhar o trabalho de Missões Nacionais e Mun-diais, e conferir dicas, tes-temunhos e palavras que, com certeza, edificarão a sua vida. Boa leitura! Que Deus abençoe e guarde você e sua família!

Com carinho, Paloma Furtado, jornalista,

secretária de Redação de OJB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

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3o jornal batista – domingo, 18/12/16reflexão

Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel em Italva - RJ

“Ha v e n d o Deus anti-gamente fa-lado muitas

vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hb 1.1-2).

Tarcísio Farias Guimarães, pastor da Primeira Igreja Batista em Divinópolis - MG

Nosso tempo é a época da busca incessante por no-vidades, às vezes,

irrefletidamente. Muita gente está viciada em novidade, ainda que aquilo que é tradi-cional seja saudável e segu-ro, testado por muitas gera-ções. Despreza-se a história e o conselho das gerações passadas, de tal modo que poucas pessoas admitem ser idosas com alegria e tantas outras evitam falar da própria idade. Até mesmo as Igrejas têm assimilado esta marca do nosso tempo, ao aceitar novi-dades no culto e na doutrina que não se sustentam diante das Escrituras.

Sabemos que cada geração contribui com suas experiên-cias e com o conhecimento construído para que a hu-manidade prossiga em sua caminhada histórica, toda-via, não precisamos “inven-

A Bíblia, Palavra de Deus, mostra-nos um Deus que sempre falou (comunicou--se) com seu povo. Deus falou através dos profetas, de sonhos, de anjos e até através de uma mula. E, con-forme diz o versículo 1 de Hebreus 12, Deus também falou através de Jesus, seu Filho unigênito.

E hoje, Deus ainda fala? Claro que sim! Existem várias ideias sobre como Deus fala, mas a verdade pura e simples

tar a roda” a cada geração. Por falar na Igreja de Cristo, podemos estabelecer novas estratégias para que a mesma mensagem dos crentes pri-mitivos seja compartilhada com todos. Podemos escre-ver novas canções que exal-tem a Deus com a mesma reverência destinada a Ele nos velhos hinos. Podemos (e devemos!) confrontar a Igreja com seus descami-nhos e chamá-la de volta ao cumprimento da Sua missão, estabelecida por Cristo há dois milênios. Mas não po-demos estabelecer um novo culto, exclusivo da nossa época, e uma nova doutri-na, amoldada aos ventos da pós-modernidade “Porque ninguém pode pôr outro fun-damento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (I Co 3.11).

O desprezo à sã doutri-na tem gerado crentes in-consistentes, incapazes de “Responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança

é que Deus fala quando Ele quer e como Ele quer. Com isso, quero dizer que acredito que Deus ainda fala de várias maneiras. Deus fala através de pregadores da Palavra, de sonhos, de anjos, com Sua própria voz - ideia que muitos rejeitam -, através de cânticos, de situações que acontecem conosco. Não há nada na Bíblia que diga o contrário.

Apesar de tantas opções usadas por Deus para falar

que há em vós” (I Pe 3.15). Pessoas têm sido enganadas pelos falsos profetas da nos-sa época, porque amam as novidades apresentadas por estes obreiros da iniquidade. Já não mais conhecem a ati-tude nobre dos crentes que “De bom grado receberam a Palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coi-sas eram assim” (At 17.11). Empolgam-se com as absur-das campanhas de oração, nas quais são comercializa-das toda sorte de bugiganga gospel, desde o sabonete ungido até a vassoura que limpa a casa das maldições. Toleram a demoníaca teolo-gia da prosperidade, com sua exaltação a um estilo de vida materialista reprovado por Cristo. Aprendem jargões do mundo neopentecostal para dar ordens a Deus e ao Dia-bo e, assim, inventam uma doutrina afastada da Palavra de Deus, criada por quem depende das novidades para continuar crendo em qual-quer coisa.

conosco, muitos creem que Deus só fala através da Bíblia. Tudo bem, ninguém precisa concordar comigo, aliás, ape-sar de não pensar desse jeito, creio que o instrumento mais utilizado por Deus para falar com Seu povo é a Bíblia. A Palavra de Deus nos afasta do pecado, abre nossos olhos para entendermos coisas que os incrédulos não entendem e nos mostra como agradar a esse Deus de quem tanto falamos, no entanto, não é

As novidades em muitas reuniões ditas evangélicas eliminaram a existência do verdadeiro culto evangéli-co ao Deus Eterno. Os ar-tistas são ovacionados. A necessidade humana de en-tretenimento é atendida por apresentadores de shows em espaços que deveriam ofertar culto a Deus. As letras das músicas e as demais apresen-tações se dedicam a valorizar o ser humano acima daquilo que o Evangelho ensina. É um “outro evangelho”, como ensina o Apóstolo Paulo em Gálatas 1.6-9. Este é o evan-gelho da novidade, para o qual o Cristo apresentado pelas Escrituras é simples e humilde demais, antigo demais para frequentar suas reuniões excêntricas. Este “outro evangelho” é anáte-ma, maldito, reprovável aos olhos do nosso Deus.

A novidade da Igreja ge-nuína não está no culto ou na doutrina, já que ambos foram estabelecidos defi-nitivamente por Deus e re-

isso que tem acontecido. Por quê? Porque não temos ouvi-do (obedecido) Deus.

Deus ainda fala, mas você ouve? A questão maior é esta: obedecer. Não adianta bri-garmos para defender ideias sobre como Deus fala e não lhe obedecer. É hora de ou-virmos a voz do Senhor e agir conforme Ele quer. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas” (Ap 3.6). Espero que você ouça a voz de Deus agora.

velados em sua imutável Palavra. A novidade está na mensagem do Evangelho de Cristo, que regenera o peca-dor e mostra-lhe uma nova vida. Cada ato de quebranta-mento diante de Deus, cada compromisso firmado após reconhecimento da vontade de Deus, cada momento de um culto sincero e espiritual nos dão a entender o que é novidade de vida. Quando Cristo é o centro da nossa pregação e o destinatário do nosso culto, tudo se parece novo a cada dia, mesmo para aqueles que têm uma longa caminhada cristã. A novidade é Cristo!

Alimente-se da Palavra de Cristo, imite-O e celebre-O em seu viver, assim você estará liberto da ditadura da novidade e saberá o que é viver a nova vida andando no antigo Caminho, sob a direção d’Aquele que pro-mete: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21.5). Em Cristo está a nossa novi-dade de vida (Romanos 6.4).

Deus ainda fala

A novidade é Cristo!

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4 o jornal batista – domingo, 18/12/16 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Fé e amor crescem juntos

“Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é justo, porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros” (II Ts 1.3).

Deus é amor, re-velou-nos João. Por isso, quanto mais cremos nEle,

mais o amor dEle cresce em nós. Daí a oração de Paulo: “Irmãos, sempre temos de dar graças a Deus por vocês. Para nós é certo fazer isto porque a fé que vocês têm está crescendo cada vez mais e o amor que vocês têm uns pelos outros está se tornando cada vez maior” (II Ts 1.3).

Fé e amor sempre são culti-vados juntos, na experiência da vida cristã. É pela fé que aceitamos Jesus Cristo como

nosso Senhor e Mestre. Como consequência natural, quanto mais confiamos no Senhor, mais a realidade da Sua na-tureza, que é o amor, toma conta dos nossos relaciona-mentos. Por isso, o apóstolo Paulo deu graças a Deus, por causa da vida cristã dos Tes-salonicenses – vida crescendo em fé e amor fraternal.

A Bíblia não encoraja mero crescimento setorial. Ela não valoriza mais um dom do que o outro. Usando a compa-ração feita por Paulo, a vida cristã e a comunidade cristã são parecidas com o corpo humano, todos os órgãos do corpo são importantes e ne-cessários. Fé não funciona sem amor, que, por sua vez, não se desenvolve sem fé. Si-gamos o exemplo dos cristãos de Tessalônica: cresçamos na fé e na prática do amor.

Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB

“Ainda que a figueira não floresça, todavia eu me ale-gro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação” (Hc 3.18-19).

“Ainda que” é uma expres-s ã o c o m u -mente com-

plementada pela narrativa de um fato extremo ou até desastroso, seguido por um posicionamento definido e confiante. Assim se expres-sou o profeta Habacuque, diante da iminência da des-truição de Judá pelos povos caldeus; qualquer coisa que houvesse, não abalaria sua fé no seu Deus.

Ao final do ano de 2016, quero me expressar aos lei-tores desse texto, motiva-do pela palavra do profeta. Ainda que o referido ano tenha nos trazido decepções, tristezas, dificuldades, pre-ocupações e incertezas, no

âmbito de nossa vivência secular, devemos fazer uma retrospectiva sincera referen-te às nossas vidas, naquilo que dependemos de Deus: Estamos vivos, com saúde ou sobrevivendo, apesar de dificuldades na saúde, isso são bênçãos do Senhor.

A quantos perigos de morte nos submetemos ou fomos submetidos durante esse ano? O Senhor nos livrou de to-dos. Não passamos por ne-nhum desabastecimento de alimentos, água, oxigênio. Tivemos momentos de olhar para nossos rios, nascentes, reservatórios e vê-los tão escassos que chegamos a acreditar na mídia sensacio-nalista criadora de desgraças, que projetava um tempo de até cinco ou mais anos para a recuperação desses. Hoje, pela Graça de Deus, já esta-mos vendo tudo isso quase em suas capacidades totais, o que é pouco divulgado, porque revela a grandeza de Deus.

O que dizer da excelente

safra de produtos agrícolas do nosso país, apesar de longo período de estiagem? Tudo isso são bênçãos inquestioná-veis do grande Deus da nossa salvação. Vivemos uma gran-de crise política, econômica e, principalmente, moral, que não tem procedência de Deus, mas sim da falta dEle no coração da maior parte dos brasileiros e dos que se propuseram a governar nosso país, mas se revelaram como não praticantes da verdade e maus intencionados em seus corações.

Conclamo a todos os que verdadeiramente creem no Deus único e Todo-poderoso e se submetem ao Seu senho-rio, que vivencie a posição do profeta e caminhem segu-ros para o ano de 2017, por-tando essa palavra: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide, toda-via eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha sal-vação” (Hc 3.18-19). Desde já, feliz ano de 2017, com fé em nosso Deus!

Edson Landi, pastor, colaborador de OJB

Ao sondar o nosso coração, Deus vê as nossas falhas. Mas, em Cristo, Ele

passa a nos enxergar com um olhar gracioso e repleto de misericórdia. E a Santa Palavra nos traz o precioso ensinamento ao nos dizer que “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os

pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (I Jo 1.9).

Ao sondar o nosso cora-ção, Deus enxerga os nossos temores. Ele é conhecedor das nossas angústias e afli-ções. Contudo, em sua Pa-lavra Ele nos encoraja ao dizer: “Não temas, porque Eu sou contigo; não te as-sombres, porque Eu sou teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Is 41.10).

Ao sondar o nosso cora-ção, Ele nos mostra que nada somos, nada possuímos e nada sabemos. Leva-nos a entender a nossa fragilidade, a nossa pequenez. E, mesmo assim, o Seu imenso poder se aperfeiçoa em nossa fra-gilidade e a Sua maravilhosa graça nos é suficiente (II Coríntios 12.9).

Viver com Deus é desfrutar da companhia do nosso Cria-dor. É saber que em momen-to algum estamos desampa-

rados. É poder contar com a presença poderosa que nos traz consolo, direção, paz, poder, sabedoria, etc. Crer em Cristo é andar com o único e verdadeiro Deus; o sentido das nossas vidas está nEle. Não confiemos as nossas vidas a nós mesmos e a nenhum outro nome. Jesus Cristo é Senhor nosso e Deus nosso.

Quando depositamos em Cristo a nossa confiança, deixamos de temer o ama-

nhã. Quando lançamos so-bre Ele toda nossa ansieda-de, nosso coração encontra a verdadeira paz. Quando, de fato, confiamos em Seus planos, Ele nos concede um futuro cheio de esperança.

É bom andar com Deus, é bom tê-lO como Senhor e Salvador. Em Cristo somos realizados. Em Cristo não há mais espaço vazio em nossas vidas, pois Cristo é o nosso único e suficiente Salvador.

Andar com Deus

Ainda que...

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5o jornal batista – domingo, 18/12/16reflexão

O apóstolo Pedro, no cap í tu lo 3 de sua primeira epístola, versos

18 a 20, escreveu: “Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar--nos a Deus; sendo, na ver-dade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longani-midade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água” (I Pe 3.18-20).

Alguém denominou esse texto de “O Oráculo negro

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

Este é o título do livro escrito pelo sociólo-go polonês Zygmunt Bauman. Recomendo

todas as obras que você en-contrar dele. Em português, entre outras, há: “44 cartas

do Novo Testamento”; e ou-tro, de crux interpretum. É no Credo Apostólico que aparece a frase: “descensus ad inferos”.

Não é de hoje que os co-mentadores bíblicos buscam desatar o “nó górdio” desse problema. Alguns, sem mui-ta base, vão logo lançando o que descobriram, julgan-do que isso é a verdade axiomática. Aceitam qual-quer magister dixit. Outros preferem abster-se de falar sobre certos temas bíblicos, considerando-os como um “Ovo de Colombo”.

Eis algumas perguntas que deveriam ser feitas e comen-tadas, se o espaço nos per-mitisse:

do mundo líquido moderno”, “Aprendendo a pensar com a sociologia”, “A arte da vida”, “Comunidade”, “A cultura no mundo líquido moderno”, “Vida Líquida” e “Moderni-dade Líquida”.

A ideia de Bauman é que vivemos em um mundo líqui-do, isto é, um mundo repleto

1. Que espírito eram estes referidos por Pedro? Têm aparecido três tipos de res-postas: 1) - São os anjos de-caídos (II Pedro 2.4); Judas 6); 2) - Os patriarcas; 3) - Os rebeldes do tempo de Noé.

2. Quem pregou? São sugeri-dos os nomes: 1) - Cristo; 2) - Noé; 3) - Os apóstolos; 4) - O Espírito Santo.

3. A quem se pregou? Há duas sugestões: 1) - Aos bons; 2) - Aos maus.

4. Em que prisão? Há quatro sugestões: 1) - No infer-no; 2) - No tártaro; 3) - À “prisão do corpo”; 4) - À “prisão do pecado”.

5. O que foi pregado? Su-gerem: 1) - Salvação; 2) - Condenação; 3) - Sua vitória.

de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível; tudo isso é fatal para a nossa capacida-de de amar, seja esse amor direcionado ao próximo, ao nosso cônjuge ou a nós mesmos.

Bauman diz que na moder-nidade líquida tudo é fluido,

6. Em que espír i to? Su-gerem: 1) - No Espírito Santo; 2) - No espírito de Cristo; 3) - No espírito do demônio.

7. Em que tempo isso ocor-reu? 1) - Durante o tempo em que o corpo esteve na sepultura; 2) - No tempo de Noé.

Pedro está escrevendo sua primeira epístola “Aos pere-grinos da Dispersão no Pon-to, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia”. Exorta os crentes a terem uma vida exemplar e os anima quanto à persegui-ção que sofriam. O apóstolo lhes mostra, então, como foi o comportamento de Cristo, a quem eles deveriam imitar.

Cristo foi, durante o tempo

nada se mantém por muito tempo. Infelizmente, esta mentalidade tende a crescer, os relacionamentos a cada dia ficam mais líquidos, não são sólidos. Não há mais o compromisso do “Até que a morte os separe”; agora, a moda é ficar.

Apesar de vivermos neste

em que Seu corpo esteve na sepultura, tanto no céu, onde levou o ladrão arrependido (Lucas 23.43), quanto ao in-ferno, para demonstrar o Seu poder. Ali, aos “espíritos em prisão” que foram rebeldes, nos dias do patriarca Noé, e que rejeitaram a longanimi-dade de Deus, enquanto se preparava a Arca, e durante 120 anos de pregação, ali, repito, aos “espíritos em pri-são”, Jesus fez a proclamação de Seu triunfo sobre a morte e o pecado, descendo “às partes mais baixas da terra”, como afirma o apóstolo Pau-lo em Efésios 4.9. Portanto, proclamou Sua vitória àque-les que não O aceitaram, quando pregou através de Noé.

mundo líquido, podemos fazer a diferença como cris-tãos. A Bíblia diz que “O amor jamais acaba” (I Co 13.8). Somos desafiados a amar a Deus e ao próximo sempre, pensemos nisso. Em tempos de liquidez, vivamos um amor sólido, um amor indestrutível.

Ebenézer Soares Ferreira Diretor-geral do Seminário

Teológico Batista de Niterói – RJ

DIFICULDADES BÍBLICAS E OUTROS ASSUNTOS

Pregação aos espíritos em prisão

Amor líquido

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6 o jornal batista – domingo, 18/12/16 reflexão

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

Um pai de uma filha adolescente com-partilhou comigo que ficou sabendo

que sua filha tinha “ficado” com um menino. “Pastor Gilson, o que faço?”, foi a pergunta feita por ele, ao passar, ao mesmo tempo, as mãos sobre a cabeça.

Depois de ouvir, por um instante, suas ponderações e preocupações, procurei tranquilizá-lo.

Disse então que poderia, sem passar a ideia de uma receita de bolo, fazer três coisas: orar, compreender e dialogar. Tive também a ex-periência de criar duas filhas adolescentes, hoje casadas.

Orar em que sent ido? Como pais devemos sempre orar pelos nossos filhos, in-dependentemente da idade.

Para cada etapa de suas vidas devemos orar por eles. Agora oro para que minhas filhas se-jam esposas e mães segundo os propósitos de Deus.

Pais de adolescentes de-vem orar com outros focos. Devem orar para que saibam escolher suas amizades, para que não sejam influenciados por ideias estranhas, para que não tomem decisões que venham comprometer o futuro, como por exemplo, ter relações sexuais antes do casamento. Pais de ado-lescentes devem orar para que seus filhos firmem seus valores de acordo com os princípios cristãos. Que se-jam firmes na fé.

Outra coisa que disse para aquele pai desesperado foi sobre a importância de com-preender os filhos adoles-

centes. E como podemos compreendê-los? Olhando um pouquinho para os anos passados. Falei com ele sobre a importância de lembrar algumas de suas atitudes na época em que foi um ado-lescente.

Adolescentes são um desa-fio para os pais praticarem a compreensão. Lembro-me da minha filha Susanne, que, um dia, ao chegar de uma das nossas viagens para ministrar às famílias, a encontramos com o cabelo todo pintado, se lembro bem, acho que de vermelho.

O que fizemos? Achamos graça. Sabíamos que era coi-sa de adolescente, que os ca-belos iam crescer. Sabíamos que chegaria o dia em que ela mesma, um determinado dia, ao olhar no espelho,

acharia aquilo muito estra-nho. E foi o que aconteceu.

Filhos adolescentes ten-tam a toda a hora os pais. Relevem atitudes que não vão influenciar suas vidas no futuro, como por exemplo, pintar o cabelo de vermelho. Compreenda que os filhos adolescentes falam um outro dialeto, que gostam de usar roupas esquisitas, que gostam de um outro tipo de música.

Por último, disse àquele pai que deveria dialogar, que é o mesmo que conversar, expli-car, ouvir, ponderar, refletir sobre o que o outro disse. Não adianta “bater de frente” com adolescentes. É pior, muito pior. Se “bater de fren-te” (levantar a voz, chamar para a briga), com certeza, vai ser pior. Aí mesmo é que eles vão afrontar mais.

O que aquele pai poderia fazer ao saber que a filha tinha “ficado” com um me-nino da escola? Eu diria que ele deveria aproximar-se da filha, colocar a mão sobre seus ombros e dizer: “filha, vamos comer uma pizza?”. E ai, entre uma fatia de pizza e outra, tocar no assunto, falar que ela está passando por um tempo que é natural conquis-tar a atenção dos meninos, falar dos hormônios, sobre namoro, sobre valorização do seu corpo, da sua imagem perante os colegas.

No final da conversa aque-le pai ficou mais tranquilo e prometeu testar meus con-selhos.

Como disse, não é uma receita de bolo, mas funcio-nou para nós, lá na casa dos Bifanos.

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

Ao acompanhar as discussões sobre educação, chego a dar graças por

ter chegado aos quase 80 anos de vida, mormente por ter escapado de tal res-ponsabilidade.

Lendo sobre o assunto, vi que existe a “Geração

Z”, que nasceu depois dos “milenares”, e que serão o próximo alvo do mercado, f ico perdido. Um jornal americano afirma que eles levarão sobre seus ombros a responsabilidade de sal-var o mundo dos nossos antigos erros. Quais erros?, pergunto eu.

Será que um jovem de 14 anos, que habita o mundo em 2016, partilha um mun-do igual a um jovem de

2006? Os jovens da “Gera-ção Z”, que formaram seus relacionamentos no Ins-tagram e Facebook ainda existem? A Geração do Mi-lênio teve sua adolescência ligada aos iPods e My Spa-ce, não aos smartphones. Uma estudante americana afirmou que a “Geração Z”, absorve a informação instantaneamente e perde o interesse igualmente rá-pido. Pensando bem, mal

estão os comunicadores, que não poderão usar mais que cinco palavras e uma grande foto.

Para sair do anonimato, com o auxílio de selfies, as novas gerações, que fa-zem de tudo para aparecer, fazem gerações de pou-co tempo atrás parecerem velhas, pois o futuro, em termos de praticantes de novas tecnologias, talvez chegue daqui a alguns dias.

Fiquei pensando: enquan-to gastamos horas e horas de estudos em nossas Igre-jas, em como agir, diante dos novos costumes, per-gunto: Será que eu estou sabendo o que está acon-tecendo? Não, não sei. E, então, como escrevo sobre o assunto? Aceito a crítica, mas, será que o crítico sabe me explicar? Que mundo louco! Ora! Vem Senhor Jesus!

Pais e adolescentes

Educação cometa

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7o jornal batista – domingo, 18/12/16missões nacionais

Na Casa de Custó-dia em São José dos Pinhais-PR, nossos missioná-

rios e voluntários da Pastoral Carcerária Batista têm se dedicado na disseminação do Evangelho. O trabalho começou em fevereiro deste ano e já tem colhido muitos frutos. “Fomos desafiados a iniciar o evangelismo no Bloco 3, destinado aos mem-bros da facção criminosa do Primeiro Comando da Ca-pital (PCC). No começo, os presos eram muito retraídos, sem alegria, introspectivos, mas a cada semana que re-alizávamos o culto, aqueles homens se alegravam e se quebrantavam. Ganhamos a confiança deles, inclusive da liderança da facção”, relata Mauro Monteiro, missioná-rio voluntário da JMN e co-ordenador de Evangelismo na CCSJP.

No início de novembro, a realização de cinco batismos, a celebração da ceia e de um casamento marcaram vidas naquele lugar. A decisão de descer às águas refletiu o arrependimento de homens que, mesmo tendo que pa-gar pelos erros cometidos, conquistaram a liberdade em Jesus. E na celebração da

ceia, trouxeram à memória que, por meio do sangue de Cristo, há esperança para eles.

A mudança também veio para Rafael e Luana que, mesmo separados pelas gra-des, entenderam a importân-cia de oficializarem o casa-mento. “Através da Igreja que realiza cultos no presídio, Rafael encontrou Deus e tam-bém me trouxe para dentro da Igreja. Deus e a Igreja nos abraçaram. Somos muito

gratos por isso”, conta Luana. O casamento, realizado no mesmo dia dos batismos, foi regado de amor e fé, consa-grando a união do casal ao Senhor. “Foi aqui nesse lugar de angústia que eu conheci o verdadeiro amor de Deus. Ele aproximou a minha família, me mostrou pessoas boas, an-jos que o Senhor enviou pra minha vida.”, revela Rafael.

O trabalho da Pastoral Car-cerária Batista é coordenado pelo pastor Luis Carlos Ma-

galhães, missionário da JMN, e apoiado pela Igreja Batista do Bacacheri - PR, e por uma equipe de voluntários. O Projeto tem como meta esta-belecer uma Igreja em cada presídio no Brasil, a partir do Paraná, com orações, in-vestimentos e voluntários. “Para isso, precisamos cons-cientizar as Igrejas Batistas da necessidade que os presos têm de ouvir o Evangelho e capacitar voluntários para falarem nas unidades peni-

tenciárias da esperança que há em Cristo Jesus”, desafia pastor Luis Carlos.

Acesse ao nosso site e seja um parceiro, contribuindo mensalmente para esse Pro-jeto. Faça parte também das mudanças espirituais que o Senhor quer realizar dentro dos presídios no Brasil!

*Veja o álbum de fotos

completo em nossa página no Facebook. facebook.com/missoesnacionais

Capelania PrisionalCasamento, ceia e batismos marcam vidas

no presídio em São José dos Pinhais - PR

Noivos recebem a bênção dos presentes à cerimônia

Presos que foram batizados recebem uma bíblia de presente Presos são batizados em dia de festa em São José dos Pinhais

Rafael e Luana se casam no presídio paranaense

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8 o jornal batista – domingo, 18/12/16 notícias do brasil batista

Camila Garcez, jornalista, membro da Igreja Batista no Jaraguá – SP

A Juventude da Asso-ciação das Igrejas Ba-tistas do Litoral Norte (AIBLIN) lançou no

sábado, dia 26/11, o Projeto Wakeup, com a proposta de despertar os jovens da região para o chamado de Cristo. O encontro realizado na Igreja Batista no Jaraguá, em São Sebastião-SP, contou com qua-se 300 pessoas entre crentes e não crentes, superando as expectativas.

Foram quatro horas de lou-vor, oração e muito bate-papo. Desafiados a falar a “lingua-gem” dos jovens, os pastores assumiram a missão de sensibi-lizar e aproximar a Bíblia da re-alidade desse público. No mo-mento das palestras, o grupo foi dividido entre adolescentes,

Fonte: O Escudeiro Batista

Em tempos de crise e falta de perspectivas, muitas famílias estão a mercê de oportunida-

des, sejam para o bem, sejam para o mal. Nesta hora, vale um mutirão de ajuda para que muitos possam ter acesso à boa orientação. Foi o que fez a União Missionária de Homens Batistas Fluminense, que, no mês de setembro, realizou uma ação social e missionária na comunidade do Palácio, em Niterói-RJ.

A base de trabalho foi a cre-che que existe no bairro, local onde funciona a Congregação Batista, liderada pelo pastor Ebenezer Alves, que também é o secretário-executivo da

jovens solteiros e jovens casa-dos.As amigas, Mariana Carlos, Isabela Ferreira, Adrieli Mireli e Bianca Vasti, todas na faixa dos 15 anos, se surpreenderam com a mensagem do pastor Marcos Vinicius, da Igreja Ba-tista Betesda em Boissucanga. “Nunca tínhamos visto o pas-tor pregar para adolescentes e gostamos muito. Foi legal ele dizer que devemos respeitar nossos professores, mas não absorver qualquer coisa que é dita em sala de aula, sempre pesquisar”, destacaram sobre a palestra que apresentou a Bíblia como a infalível Palavra de Deus.

Os recém-casados, Tamara e Marinho Coutinho, de 28 e 26 anos, respectivamente, levaram para casa o pensa-mento de que o jovem tem potencial para fazer a Igreja crescer. “Gostamos muito do que o pastor falou sobre tra-

UMHBF. Durante manhã e tarde do dia 24, cerca de 40 homens estiveram ativos para cooperar em diversas áreas do mutirão.

Visitação nos lares foi o que não faltou, até porque foram feitos quatro cultos si-multâneos em casas de famí-lia, que já haviam solicitado

balhar o relacionamento com as pessoas, sempre com amor, despertando para fazer o que Jesus espera de nós”, acrescen-taram sobre a apresentação do pastor Vagno Teixeira, da PIB em Ubatuba.

Os jovens solteiros se reu-niram com o pastor Amauri Viana da Silva Júnior, da Igreja Batista Estrela da Manhã, em Ubatuba. Em um ambiente descontraído, tecnológico e cheio de energia, caracterís-ticas marcantes dos jovens, os preletores participaram de uma mesa redonda, não muito tradicional. Os participantes puderam enviar perguntas no decorrer do evento, por meio de um número do Whatsapp disponibilizado pela organi-zação. Algumas das questões foram respondidas e debatidas ali mesmo, mas todas foram encaminhadas aos pastores para que respondam uma a

e agendado previamente. A concentração evangelística aconteceu no campo de fute-bol com mensagem e muita música. E o mutirão conti-nuou com entrega de 60 kits de higiene (escova e pasta de dentes, sabonete), resultado de doações de vários irmãos da Primeira Igreja Batista do

uma.O pregador of icial do

Wakeup foi o pastor Esio Mo-reira da Silva, que abordou o tema “Despertando o sentido de ser, na geração que valoriza o ter”. O primeiro encontro veio da Primeira Igreja Evangé-lica Batista em Pindamonhan-gaba, no Vale do Paraíba.

Sob a coordenação de Josi-mar Bernado, que já presidiu a Juventude das Igrejas Batistas do Cone Leste Paulista (JUBA-COLESP), com representação dos 39 municípios da região, a equipe da AIBLIN Juventude ainda conta com o pastor Ale-xander dos Santos Cunha (IB no Jaraguá), Henrique Simões (PIB em Ilhabela) e Romão (PIB em Caraguatatuba).

Para Bernardo, todas as ex-pectativas foram superadas. “Penso que o segredo foi, cla-ro, Deus sempre em primeiro lugar, o trabalho em equipe,

Ingá. Em uma parceria com a empresa de Correios do bair-ro de Santa Rosa, foi possível providenciar a entrega de 70 números de CPF para crian-ças do Palácio. Mães levaram os documentos necessários de seus filhos e os Correios fizeram todo o procedimento para entregar tudo pronto.

colaboração e confiança dos pastores e liderança dos jovens e adolescentes. A Deus toda honra e glória!”, enfatizou.

Os pastores Pedro Pereira (PIB Ilhabela), Jorge Albuquer-que (IB Nova Galileia), Sebas-tião Azevedo (PIB Ubatuba) e Eliel Rodrigues (PIB Caragua-tatuba) também prestigiaram o evento.

Próximo evento já tem dataA Juventude da AIBLIN está

trabalhando no calendário de eventos para o ano que vem. O próximo encontro será em fevereiro, em um retiro de Carnaval. Também há planos para “Jogos de Verão”, “Fes-tival de Música Sacra”, entre outros eventos. Os interessa-dos podem acompanhar tudo de perto na página da AIBLIN Juventude nas redes sociais: https://www.facebook.com/aiblinjuventude

Serviços de odontologia e de advocacia foram ofere-cidos. A dentista Ana Lúcia fez orientações sobre escova-ção e higiene, assim como o advogado José Lara prestou atendimento jurídico. Café da manhã, almoço e lanche fize-ram parte do dia para todos os participantes.

Diante da iniciativa, os frutos já começam a aparecer. Três pedidos de estudo bíblico sur-giram após o mutirão; são lares que desejam conhecer um pouco mais do Amor de Deus. Sem dúvida, investimentos como este são prova de que homens e mulheres de Deus precisam estar mais próximos da população a fim de serem os verdadeiros “sal e luz” em forma de mutirão solidário.

Igrejas Batistas do Litoral Norte reúnem quase 300 jovens no lançamento do Wakeup

Fotos: Camila Garcez /IB no Jaraguá

Mutirão de homens movimenta a cidade de Niterói – RJ

Preletores respondem perguntas dos jovens enviadas pelo Whatsapp

Wakeup proporcionou momentos de oração e louvorAdolescentes se reúnem com pastor Marcos Vinicius

Moradores tiveram acesso a diversos serviços Mutirão também contou com momentos de louvor e adoração

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9o jornal batista – domingo, 18/12/16notícias do brasil batista

Carlos Alberto, pastor interino da Igreja Batista do Bosque – RJ

A Igreja Batista do Bosque-RJ realizou no domingo, dia 06 de novembro,

mais um “Colheita Kids”, e somos gratos a Deus pela festividade! Em primeiro lugar, nós queremos agrade-cer a Deus por tudo o que Ele tem feito por nós e ain-

Ilimani Rodrigues, coordenador de comunicação da Convenção Batista Mineira

No sábado, dia 19 d e n o v e m b r o , centenas de Batis-tas se reuniram na

cidade de Barra Longa – MG para uma caminhada pela paz e um culto de celebração pelo primeiro ano dos Batis-tas mineiros na cidade.

Atingida pela tragédia que ocorreu na cidade de Maria-na - MG no dia 05 de novem-bro de 2015, a cidade de Bar-ra Longa hoje passa por uma completa transformação. Do ponto de vista físico e estru-tural, quem visita a cidade fica maravilhado com as me-lhorias. Casas pintadas, ruas reconstruídas, as margens do Rio Doce completamente recuperadas. Aos poucos, onde havia lama e sujeira surge vida e esperança, amor e alegria, fruto de um traba-lho intenso que vem sendo realizado pelos Batistas na cidade.

Desde que chegaram lá, logo nos primeiros dias da tragédia, os Batistas têm im-pactado os moradores de Barra Longa. Carinhosamente conhecidos como “Os Ama-relinhos” – cor do colete que a equipe usava – os Batistas Mineiros têm trazido cor ao sombrio inverno pelo qual a cidade passou, após ter sido quase toda destruída pela

da fará. Deus tem nos feito promessas e tem cumprido tudo aquilo que Ele nos tem prometido.

Deus verdadeiramente tem nos honrado. O “Colheita Kids” foi uma festa linda, onde pudemos contar com a presença de muitos irmãos. Nossas crianças se alegraram, entoaram louvores, fomos abençoados por Deus atra-vés das ministrações delas. E o melhor de tudo foi saber que, mesmo que seja difícil

lama. “Há um ano atrás, ini-ciando o culto nos lares, nós falamos sobre a decisão de Rute de seguir Noemi e nós dissemos para esta comunida-de que eles não deveriam nos pedir que os deixássemos, porque o que eles comerem nós comeremos, o que eles passarem nós passaremos, pois este é o Evangelho que Jesus nos ensina, o Evangelho que carrega as coisas juntos.

e trabalhoso, é maravilhoso e gratificante saber que você tem cooperado para a Obra do Senhor. Ver a fidelidade de Deus ao cumprimento da promessa que Ele fez à Igreja Batista do Bosque é maravilhoso.

Só temos a agradecer a Deus, aos líderes, em espe-cial a irmã Patricia (in memo-riam), que sempre trabalhou muito por esse Projeto; e a todos que estiveram presen-te, o nosso muito Obrigado!

E também o Senhor nos deu uma palavra quando che-gamos aqui, que esta terra que foi cheia de lama, ela será cheia do conhecimen-to da Glória de Deus”. O testemunho da missionária Doroti, que hoje representa a Convenção Batista Mineira na cidade, transmite o amor e a entrega que têm trazido mudança e transformação em tantas vidas.

Para o pastor Vanoir Torres o trabalho dos Batistas não pode parar. “Queremos alcan-çar todas as vidas presentes nesta cidade. Barra Longa não estava em nossos planos, sequer cogitávamos a possibi-lidade de manter um trabalho missionário neste local. Mas a vontade de Deus é soberana, é Ele quem escolhe como, quando e onde. Barra Longa, sem dúvida, estava nos planos

dEle e, por isso, estamos aqui, para dar o nosso melhor para que toda a cidade seja alcan-çada pelo Amor de Jesus, que cura, liberta e transforma”.

Se o seu coração arde por missões e você quer vir fazer parte deste campo, que é a cidade de Barra Longa, entre em contato com a Conven-ção Batista Mineira, temos certeza que o Senhor usará você poderosamente.

Igreja Batista do Bosque – RJ realiza programação infantil “Colheita Kids”

Batistas mineiros celebram um ano de bênçãos derramadas em Barra Longa - MG

Pessoas que aceitaram Jesus no encerramento do evento Momento de oração pela população de Barra Longa

Entrega de Material Evangelístico para os moradores da Cidade Voluntários vindos de Macaé-RJ

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10 o jornal batista – domingo, 18/12/16 notícias do brasil batista

Pastor Sócrates teve a oportunidade de conhecer os nossos artistas na ocasião de

uma das suas viagens minis-teriais, e que alegria poder ter em nossa Coluna uma galera talentosa que só vem para adicionar. Os irmãos Bradson e Bergson vem nos presentear com um maravi-lhoso projeto musical. Con-fira a matéria!

1 - Fale um pouco sobre vocês.

Somos os irmãos Bradson e Bergson. Nascidos em Feira de Santana-BA, 39 anos e 34 anos, respectivamente, in-fâncias vividas em Senhor do Bonfim-BA, membros funda-dores Igreja Batista Nova Al-vorada em Feira de Santana.

Bradson é Engenheiro Quí-mico, trabalha na Indústria no Vale do Paraíba, é casado com Elisa, Psicologa cristã e tem dois filhos. É membro da Igreja Batista Nova Aliança em Jundiaí e congrega na IBAJI em São José dos Cam-pos.

Bergson é Engenheiro de Alimentos com MBA em Ges-tão de Negócios e trabalha em uma instituição financei-ra. Vive em Fortaleza-CE, é casado com Vicky, servidora pública, cristã, e tem um filho. É membro da Igreja Batista em Passaré Fortaleza.

2 - Quando descobriram o talento musical de vocês?

Começamos na música quando éramos crianças. Nosso pai nos deu o primeiro teclado e o primeiro violão e nos ensinou as primeiras notas. Depois a tia Nilzete ensinou as primeiras notas ao piano. De lá para cá tocamos muito nas Igrejas por onde passamos, aprendemos ou-tros instrumentos, como gaita e acordeon, participamos de grupos vocais e descobrimos a composição. Bradson já gravou um CD solo e parti-cipou de outro com outros irmãos da IBG em Salvador.

Somos infinitamente gra-tos a Deus pela existência da música. Por poder ou-

vir, cantar, compor e tocar. Agradecemos pelo privilégio de poder servi-lO com esse dom.

3 - Fale da sua experiência com Deus.

Graças a Deus que nos buscou ainda na infância e nos libertou das trevas des-se mundo, abrindo nosso entendimento através da fé. Graças a Deus Pelos irmãos Joel e Bogilsan, nossos pais, que nos educaram no temor do Senhor.

Na busca por respostas para as questões fundamentais da vida encontramos na fé o X da questão, o sexto sentido, a ponte, o elo, o pulo do gato. Através da fé o ser humano se permite não limitar tudo que existe à sua finita capacidade de compreender as coisas. Pela fé o homem reconhece sua finitude diante do eterno, do invisível, do ideal. Jesus, o próprio Deus encarnado é o ponto de interseção entre o carnal e o espiritual, o finito e o eterno, o visível e o invi-sível, o real e o ideal, o cor-ruptível e o perfeito. E só pela fé é possível entender isso.

4 - Qual o objetivo do seu projeto musical?

Quando em 2013 soube-mos da morte de Domingui-nhos ficamos muito tristes. Ele era para nós a maior re-ferência musical. Apesar de admirarmos a obra de Luiz Gonzaga e de várias feras da MPB, Dominguinhos era para nós a maior influência. Passamos a infância em Se-nhor do Bonfim, na Bahia, conhecendo e vivenciando um pouco das histórias e da cultura nordestina, tão bem retratadas nas canções de forró. E nesse ponto Domin-

guinhos era diferenciado: como se não bastasse ter tanto talento para compor e ainda possuir uma voz que é a cara do Nordeste, tocava a sanfona como ninguém. Tinha ao mesmo tempo um desconcertante jeito simples e humilde de ser.

Naquele momento nasceu a ideia de fazermos um disco bem nordestino, só que com histórias diferentes: contan-do parábolas e milagres de Jesus em uma linguagem simples, como se Cristo ti-vesse vivido e andado aqui no nosso querido e sofrido sertão. Mostrando que Ele é “Jesus, muito mais que um milagreiro”: o Homem-Deus capaz de dar paz ao coração do homem, de saciar a fome e a sede da alma e de trazer vida eterna a todo aquele que nascer de novo, por meio da fé nEle.

Nesse sentido todo ser hu-mano é um pouco nordestino e sofre com a aridez espi-ritual em um mundo cada vez mais perdido. Com esse objetivo traçado, começa-mos a reler os evangelhos e a orar, pedindo sabedoria e aprovação a Deus e, assim, decidimos trabalhar nesse projeto. Letras e músicas fo-ram surgindo. Um no Ceará, outro na Bahia e depois em São Paulo. Mas a distância não atrapalhou o intercâmbio de ideias, letras, músicas e arranjos.

Depois veio o próximo desafio: gravar as músicas estando tão distantes. E Deus usou a vida de Landerson e o talento de Alexandre para encontrar músicos maravilho-sos, criar arranjos lindos e dar vida às músicas, lá em Feira de Santana.

Deus ainda nos presenteou

com as vidas de Orlando, talentoso cantor e sanfoneiro cristão, Euriano, cordelista de mão cheia, e Meg Banhos, artista super competente, to-dos esses membros da Igreja Batista Central de Fortaleza.

Obra de Deus, que foi aprovando e abrindo portas improváveis, e que resultou nesse trabalho maravilhoso. Por tudo isso só temos que dar graças a Ele!

Esperamos sinceramente que esse trabalho leve as pessoas a conhecerem mais de perto esse Mestre que temos anunciado em nossas músicas!

5 - Quantas canções e quantas ficarão disponíveis?

O trabalho tem 10 canções baseadas em Parábolas e Milagres de Jesus, seguindo à risca as narrativas bíblicas, cinco faixas de cordel criadas e recitadas por Euriano e duas faixas instrumentais. Desta-que para a versão nordestina da canção infantil “Pedro, Tiago e João no barquinho”, que ficou muito legal!

Estamos disponibilizando todas as faixas em formato mp3 para Download para os leitores do OJB. Ofereci-mento da Coluna de Arte e Cultura e CBB.

6 - Como vê o campo da música sacra?

Sentimos falta de mais mú-sica cristã com influência brasileira, ritmos, harmo-nias, melodias e arranjos com a nossa cara. Temos alguns exemplos maravilho-sos como o pastor Gerson Borges, João Alexandre, Car-linhos Veiga, Logos (O velho e bom Logos), Paulo César Baruk.Mas, não é isso que a maioria ouve e não é isso

que se canta na maioria das Igrejas. A música sacra tam-bém tomou um rumo muito comercial repetindo clichês, apelando muito ao emocio-nal e pouco à reflexão pro-funda e ao conteúdo bíblico.

7 - Deixe uma mensagem aos músicos Batistas.

Como diria o pastor Gerson Borges, precisamos ser cris-tãos sem deixar de ser bra-sileiros. Precisamos também ler a Bíblia e fazer música de qualidade com conteúdo pro-fundo. Não podemos cair na tentação do que é comercial-mente atrativo. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os tipos de males e em um mun-do capitalista o sistema nos impõe certas conveniências. Sejamos firmes e constantes no Senhor!

8 - O que acha de músicos cristãos tocarem músicas “mundanas”?

Não gosto de usar o rótulo “mundanas” para as músicas que não tem conteúdo evan-gélico. São músicas sobre a vida, o amor, o sofrimento, a felicidade, os relaciona-mentos. Coisas que todo ser humano experimenta em sua caminhada. A música é uma forma de arte, assim como são a poesia, os romances, as esculturas, os quadros, o cinema, a televisão. Tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém. Temos que ter equi-líbrio e saber escolher a parte que serve de inspiração para nossas vidas e isso se aplica a todas as formas de arte.

Logo, logo este projeto musical estará disponível no nosso Portal Batista para download. Espero que te-nham sido edificados com o exemplo dos nossos irmãos e ficamos no aguardo da sua estória de desafios e vitórias no bom uso da arte para a Glória de Deus!

Escreva para a nossa Coluna: Roberto Maranhão,Arte e Cultura CBB.

[email protected]: 11 949 807808

“Jesus, muito mais que um milagreiro”

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11o jornal batista – domingo, 18/12/16missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

As condições de vida de uma criança refu-giada impedem que ela tenha acesso a

vários direitos, inclusive a mo-mentos de lazer e recreação. Seja por falta de brinquedos, fragilidade ou ocasião, essas crianças precisam se divertir. É para suprir essa carência que Missões Mundiais apresenta o “Tenda de Brincar”, foco da Campanha Doe Esperan-ça neste Natal. Através deste Projeto, cerca de 50 crianças de 04 a 06 anos de idade po-derão ter um momento de paz em meio à guerra em que vivem e, com isso, também ser apresentadas à verdadeira esperança, que é Jesus.

Como será o “Tenda de Brincar”?

O “Tenda de Brincar” conta-rá com a atuação de missioná-rios-educadores devidamente capacitados ao convívio com pessoas marcadas por feridas emocionais e espirituais.

Para o treinamento dos mis-sionários-educadores, Missões Mundiais convidou a psicólo-ga e assistente social Clenir Xavier dos Santos. Clenir, que também é a diretora interna-

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

A Ucrânia é um dos campos onde Mis-sões Mundiais mais investe no Leste

Europeu. Em Kiev, a Igreja Batista da Graça, pastoreada por nosso missionário Lyu-bomyr Matveyev, está com-preendendo cada vez mais a urgência da missão de levar esperança até os confins da Terra com o envio e sustento de uma família missionária em outro país, a Papua Nova Guiné, na Oceania.

Recentemente, a Igreja de-dicou um mês inteiro de pro-gramação especialmente para promover a obra missionária nos campos estrangeiros. Foi para aproveitar o período de retorno da família missioná-ria Konstantinniki à Ucrânia depois de mais de dois anos no campo papuásio para re-novação de vistos. Eles tam-

cional do Projeto Calçada da Lifewords e membro do Con-selho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), participou da ca-pacitação de uma equipe de missionários-educadores do Oriente Médio e destaca que o Projeto é uma excelente oportunidade para trabalhar com crianças refugiadas que estão fora da escola.

Um dos principais instru-mentos do Projeto Calçada, já desenvolvido na Colômbia com participação da missio-nária Carmen Lígia, é o Bolsa Verde, que também fará par-te do Tenda de Brincar para alcançar crianças refugiadas nos campos e nas áreas onde vivem.

O Bolsa Verde é uma ferra-menta lúdica que permite a crianças em situação de vul-nerabilidade social descrever seus sentimentos e traumas através de comparações e de-senhos, e usa histórias bíblicas interativas e cuidadosamente escolhidas para ajudá-las a entender que são amadas e cuidadas por Jesus.

“As crianças têm, então, a oportunidade de expressar como se sentem sobre si mes-mas, e quase todas apresentam a autoestima melhorada. Tudo isso de forma leve e brincan-

bém visitarão outras Igrejas ucranianas com o objetivo de despertá-las para a obra missionária.

“Enfeitamos o santuário e as salas com mapas, o glo-bo, coisas típicas da Papua Nova Guiné, tudo trazido pelo casal missionário. O templo lotou. Tivemos mui-tas visitas de outras Igrejas para ouvir a palavra viva e dinâmica de testemunho de nossos missionários”, conta Lyubomyr. “Transmitimos vídeos, levamos apresenta-ções e novos desafios à Igreja nacional para os próximos quatro anos”, acrescenta.

Em um dos domingos de culto temático na Igreja em Kiev, Lyubomyr pregou sobre o tema “Onde ficam os con-fins da Terra” e fez apelo aos ouvintes, desafiando cada um a se juntar ao projeto missio-nário com orações e ofertas.

“Naquele domingo, a maio-ria tomou a decisão de seguir

do”, explica Clenir. “Crianças que superam o trauma estão em uma posição muito melhor para aproveitar a educação e outras oportunidades na vida”, acrescenta.

No Tenda de Brincar, a criança será convidada a brin-car e, de forma lúdica, explora-rá seus sentimentos, o mundo e a percepção de si mesma.

“Ao brincar em um espaço de respeito, com tempo e li-berdade, a criança vai refletir de forma relaxada, ensaiar novos conceitos e se reinven-tar”, explica Clenir. “O Tenda de Brincar vai se beneficiar das características da criança de qualquer país para envolvê-la nas atividades propostas. A criança tem uma curiosida-de nata e se alegra diante de desafios e dificuldades que consegue vencer”, diz Clenir.

Através de jogos e brincadei-ras, as crianças beneficiadas pelo Tenda de Brincar aumen-tarão a capacidade de resol-ver problemas, incrementar a autoconfiança, desenvolver linguagem verbal e não verbal, melhorar os relacionamentos, comportamento e cooperação, segundo Clenir.

“As atividades serão planeja-das com objetivos e intencio-nalidade, e colherá resultados de crianças fortalecidas e em-

junto com o casal missioná-rio por meio de orações e finanças, independentemente da situação socioeconômica muito ruim na Ucrânia, como também a guerra instalada em nosso país”, conta Lyubomyr. “Muita gente orou chorando, confessando que tem feito muito pouco pela obra mis-sionária, principalmente nos confins da Terra. Eles pediram perdão a Deus e prometeram

poderadas para o enfrenta-mento de suas dificuldades e desafios”, afirma.

Como participar?Com a sua doação (que

pode ser feita o ano inteiro), será possível equipar o Tenda de Brincar com brinquedos e materiais que permitam às crianças atendidas pelo Doe Esperança fazer o que mais gostam e devem fazer na idade delas: brincar. Você pode doar um valor em dinheiro para a compra de um brinquedo

ser seguidores de Cristo, con-fessando estar prontos a pagar o preço de ir até os confins da Terra”, destaca.

O missionário conta que, naquele mesmo dia, foi le-vantada uma oferta missio-nária e, para a surpresa de todos, o total arrecadado foi três vezes maior do que em qualquer outro domingo.

“Esta é mais uma prova de que a Igreja vibra com missões e de que ela existe apenas porque há missão para ela cumprir, tanto aqui perto, um pouco longe ou até muito distante, e não o contrário”, afirma.

A Igreja Batista da Graça em Kiev intensificou essa dedicação ao trabalho mis-sionário, principalmente nos últimos cinco anos, chegan-do ao ponto máximo de dedi-car 48% do orçamento anual para missões.

“Primeiramente, pensamos em fazer algo pelos confins

pelo site www.doeesperanca.org.br, ligando para 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800-709-1900 (demais localidades) nos dias úteis das 08h às 19h (horário de Brasília) ou escrevendo para [email protected].

A “geração perdida” precisa ser encontrada e salva pela verdadeira esperança. Faça parte desta missão. Doe Es-perança neste Natal e no ano inteiro! As crianças refugiadas são alvo do seu amor.

da Terra e confiar que Deus fará por nós tudo o que pre-cisamos. Esse gesto acendeu uma chama em outras Igrejas, e elas se uniram a nós. Uma Igreja que oferta para missões se torna mais rica. Esta é a ma-temática celestial que não tem uma lógica terrena”, explica.

Pelas Igrejas da Ucrânia, Lyubomyr tem falado da im-portância de dar quatro pas-sos ao mesmo tempo: em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até nos confins da Terra.

“Explicamos que um dia nós também éramos consi-derados confins da Terra, e Deus enviou alguém que nos trouxe o Evangelho. Es-tejamos atentos para o nosso Mestre, pois Ele aponta para os confins da Terra”, declara Lyubomyr. “Continue orando por nós e por nossos missio-nários, que retornarão até os confins da Terra daqui a seis ou oito meses”, conclui.

Doe momentos de esperança

Da Ucrânia e até os confins

Igreja ucraniana investe em missões na Papua Nova Guiné

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12 o jornal batista – domingo, 18/12/16 notícias do brasil batista

Ismael Vicente Ferreira Júnior, membro da Primeira Igreja Batista em Niterói - RJ

No dia 29 de outu-bro deste ano foi realizado o concílio pastoral do irmão

André Ricardo Lisbôa Her-dy, convocado pelo pastor Ezequias Amancio Marins, da Igreja Batista Central de Japuíba, em Angra dos Reis – RJ, e com a presença de dez pastores vindos de diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro em resposta ao convite para o evento. Neste concí-lio, o candidato foi aprovado por unanimidade dos pastores presentes e recomendado ao ministério pastoral. O culto de consagração foi realizado na manhã do dia seguinte, na mesma Igreja, e teve como pregador convidado o primo

Meg Matos, gerente de Educação Cristã da CBBA

Estamos perseguindo o fortalecimento da Educação Cristã nas Igrejas Batistas filiadas

à Convenção Batista Baiana, tendo como um dos pilares o maior envolvimento e de-sempenho de excelência de cada organização.

Alinhada a esse objetivo, a Associação de Educadores Cristãos Batistas da Bahia (AE-CBBA) realizou, no período de 25 a 27 de novembro de 2016, um Encontro com al-guns desses educadores para realizar seu Planejamento Es-tratégico. O encontro contou com a facilitadora Margareth Gramacho, também educa-

do candidato, pastor Rafael An-tunes Vieira, da Primeira Igreja Batista de Casimiro de Abreu - RJ. Foi um grande momento de alegria e compromisso com o Senhor Jesus.

Pastor André Ricardo Lisbôa Herdy é fruto de uma família que, por quatro gerações, tem atuado junto ao trabalho Batista em nossa Nação e tem a alegria de ter mais de 30 pastores den-tre seus primos e tios (alguns já na Glória). É bisneto do saudo-so pastor Joaquim Coelho dos Santos, pioneiro dos Batistas brasileiros, e que fundou vá-rias Igrejas pelo interior do estado do Rio de Janeiro. Tem também, por outro lado, como avó materna, a saudosa irmã Cosette Brandão Lisbôa, profes-sora dedicada da Escola Bíblica Dominicial (EBD) e membro fundadora da Primeira Igreja Batista de Icaraí e da Primeira

dora cristã e gestora pública com larga experiência nesse segmento.

O Encontro foi de alta qualidade, tanto pela par-ticipação ativa de todos os integrantes desse evento, quanto pelo resultado final apresentado: uma proposta

Igreja Batista do Ingá, ambas em Niterói - RJ. Sendo filho do diácono Rubens Santos Herdy e da irmã Denise Lisbôa Her-dy, membros atuantes da PIB de Niterói-RJ há 46 anos, ali o pastor André foi apresentado ao Senhor quando era um bebê, foi batizado e atuou, principal-mente, na música, até sua ida para o sul do país.

Atuando desde o início de seus estudos na Faculdade Te-ológica Batista do Paraná, no ano de 2011, como plantador do primeiro trabalho Batista na cidade de Três Coroas - RS, o pastor André Herdy, para man-ter a tradição de sua família, tem trabalhado incansavelmen-te para levar o Evangelho a esta população de uma região que tem grande carência de Igrejas da nossa denominação. São 11 cidades onde, até hoje, só exis-te uma única Igreja organizada

de Planejamento Estratégico da AECBBA, alinhado com o da CBBA, que será apresen-tado na próxima reunião do conselho.

Parabéns a esse grupo de trabalho (GT), que dará con-tinuidade a essa atividade, conduzindo os projetos de-

e que até o início do trabalho do pastor André Herdy só exis-tia uma outra Congregação. Hoje, para a Glória de Deus existem seis Congregações nessas cidades, que, contando com àquela Igreja organizada, já somam sete das 11 cidades com a presença Batista.

Como fruto deste trabalho Batista em Três Coroas, que é na realidade uma Congrega-ção da Igreja Batista Central de Japuíba (Angra dos Reis, RJ - pastor Ezequias Marins), temos visto almas se rendendo aos pés do Senhor Jesus Cristo e a Verdade sendo propaga-da. O trabalho, que começou muito pequeno, apenas com o pastor André, sua esposa Dalva Herdy e uma única irmã, hoje conta com cerca de 50 mem-bros (sendo que três deles já cursam formação teológica), embora tenha uma frequência

finidos nesse planejamento. Parabéns, Educadores Cris-tãos Batistas da Bahia por esse evento, que certamente dará um novo rumo a essa associação e agregará valor à Educação Cristã em nossas Igrejas.

Agradecemos ao Semi-

bem maior, a despeito das di-ficuldades para a expansão do Evangelho, comuns na região. No domingo, 20 de novem-bro, o pastor André realizou o batismo de mais três jovens, fruto deste trabalho que está crescendo ali naquela cidade que é de colonização alemã e que existe desde 1846 e nunca havia contado com nenhum trabalho Batista até este traba-lho começar.

Que Deus continue aben-çoando este ministério e que continuemos avançando para a Glória do Senhor Jesus, levan-do as Boas Novas de Salvação ao povo brasileiro. Porque vemos, na prática, que aquilo que Jesus recomendou é ver-dadeiro: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da plan-tação que mande obreiros para fazerem a colheita” (Lc 10.2)

nário Teológico Batista do Nordeste por ter disponibi-lizado sua infraestrutura em Feira de Santana-BA para realização desse evento, e à preletora Margareth pela sua excelente contribuição. Deus seja louvado e exal-tado!

Mais um obreiro é consagrado no Sul do Brasil

Educação Cristã Batista é tema de encontro na Bahia

Educadoras participando do planejamento estratégico Participantes do Encontro com o Presidente da CBBA pastor Adelson Santa Cruz

Aprovação no concílio foi unânime Batismos são fruto do trabalho do pastor André Herdy na região

Culto de posse

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Jubileu de Ouro da Turma “F. B. Huey”, do STBSB - (1966-2016)

13o jornal batista – domingo, 18/12/16notícias do brasil batista

Bruno Teodoro Seitz, membro e pastor da Igreja Batista Gaúcha – [email protected]

No final de feve-reiro, no ano de 1963, um novo grupo de alunos

ingressou no Seminário Teo-lógico Batista do Sul do Bra-sil (STBSB), recebidos pelo reitor, doutor A. Ben Oliver, pelo deão de alunos, doutor José Lins de Albuquerque, e por alguns alunos veteranos que já se encontravam no campus. Eram, ao todo, 31 jovens cheios de planos e de esperanças, alguns já casados e com filhos. No decorrer dos quatro anos seguintes, mais alguns se agregaram ao grupo, outros trancaram a matrícula e, no dia 26 de no-vembro de 1966, 23 recebe-ram seus diplomas ou certifi-cados: Adão Silva da Costa, Albino Ferraz, Allen Almeida Vasconcelos, Bruno Teodoro

Seitz, Cyro de Souza, Ely da Silva Lacerda, Francisco Nicodemos Sanches, Gilson Schueler de Amorim, Jared Lopes de Araújo, José dos Santos, José Ribeiro da Silva, José Villaça da Silva, Josué Valandro de Oliveira, Licio de Toledo Maciel, Marcilio Gomes Teixeira, Oswaldo Tinoco, Otto Vicente Kepler,

Renato Cerqueira Zambrotti, Salomón Caballero Alde-rete, Sérgio Paulo Azeredo Boechat, Waldemar Martins Vianna, Waldyr de Souza Oliveira e Williams Balaniuc.

Foi a 46ª turma formada pelo STBSB. Entre os seus componentes, a maioria com-pletou o curso de bacharel em Teologia, como se dizia

naquele tempo, e outros fi-zeram o curso abreviado em Teologia ou matérias avulsas. O primeiro aluno formado no Curso de Bacharel em Músi-ca Sacra estava também nessa turma: Albino Ferraz.

Chegando ao Seminário, fomos instalados no Prédio 28, recém-inaugurado, cons-truído especialmente para abrigar o curso de Música Sacra. Era um prédio de qua-tro pisos, no qual se entra por cima e se desce para os outros andares. No térreo, morava o pastor José Lins de Albuquerque, deão do Seminário; no primeiro an-dar, as salas de aula foram equipadas com camas, mesas e armários para hospedar os alunos; no terceiro e quarto andares funcionava o curso de Música, com suas salas de aulas e as saletas para os ins-trumentos musicais: pianos, harmônios, etc. Nos anos se-guintes fomos “promovidos” para o Prédio 19.

Já passaram-se 50 anos. Al-guns colegas já estão com o Senhor, no gozo da paz eter-na. Todos já passamos dos 70 anos, muitos ainda ativos no ministério pastoral ou em outras atividades magisteriais e em outras áreas. Somos gratos a Deus pela chamada, pelo acompanhamento e pe-las experiências que nos deu nesses anos todos.

Nossa homenagem, cheia de gratidão, aos professores: Albert Benjamim Oliver, Ana Campelo Egger, Antonio Du-tra, Delcyr de Souza Lima, F. B. Huey, Gilberto Maia, Jerry Stanley Key, Joana Riffey Sut-ton, João Filson Soren, John Boyd Sutton, José dos Reis Pereira, José Lins de Albu-querque, Luis Schettini Filho, Nilson do Amaral Fanini, Os-valdo Ronis, Reynaldo Purim e Rodney Bishop Wolfard. Além do conhecimento teórico, eles nos deram exemplo de vida e temor ao Senhor, que nos acompanham até hoje.

Formatura da 46ª turma do STBSB, em 1966

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14 o jornal batista – domingo, 18/12/16 ponto de vista

Remy Damasceno, coordenador do Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira

Temos na violência um problema social que afeta, provavel-mente, a todos os

brasileiros. As populações das grandes e médias cidades encontram-se sitiadas pelas ações de bandidos. Mora-dores das pequenas cidades assustam-se com a novidade de sua incidência. A precari-zação dos serviços públicos e condições sociais acirram as rivalidades internas entre os segmentos sociais. A po-larização política fomentou a transformação do discordan-te em inimigo. A violência ganhou tamanha proporção que muitos hoje concebem que a única solução para a violência é a própria vio-lência. Contradição teórica e prática somente possível diante da falta de reflexão e, principalmente, de espe-rança.

Pensando exclusivamente no problema da transforma-ção do discordante em inimi-go, algo facilmente perceptí-vel nas redes sociais, onde facilmente encontramos pa-lavras desnecessariamente duras e agressivas dirigidas a quem se discorda, haverá al-guma contribuição da Igreja evangélica? Certamente sim. Na prática...

Apesar de sermos tantos (segundo os dados do IBGE de 2010, somos 22,2%, algo em torno de 42 milhões de brasileiros), parece que não temos conseguido influen-ciar significativamente a so-ciedade brasileira. Acredito que um dos motivos envolve o fato de que os preceitos evangélicos já não ditam o comportamento do evangé-lico. Quero ater-me apenas a duas questões.

Nosso olhar para o outro distanciou-se do modo como Jesus via as pessoas. Jesus con-vidou para o seu grupo apos-tólico pessoas com concep-ções completamente distintas (Simão, o zelote, e Mateus, o

publicano), buscou aproximar--se de pecadores e religiosos, curou piedosos e interesseiros e afirmou que devemos amar amigos e inimigos.

Ao contrário de Jesus, nos-so olhar tornou-se parcial e endurecido. Somos capazes de, assimilando a lógica rei-nante na sociedade brasileira atual, transformar em inimigo quem pensa diferente. Igno-rando o que ensinou Paulo, passamos a lutar contra pes-soas, não concepções, peca-dos, demônios. A irracionali-dade e animosidade chegou ao ponto, entre alguns de nós, de conseguir reduzir o outro a um rótulo pejorati-vo, desconsiderando toda a diversidade de opiniões e modos de ser (“Petralha”, “Coxinha”, “liberal”, “funda-mentalista”, etc.).

Além do olhar, muitas das nossas palavras deixaram de ser evangélicas. Elas não con-seguem traduzir a dignidade que a pessoa é apresentada no texto bíblico. Criada em amor, por um Deus que a va-loriza, ao ponto do sacrifício

divino, encarnado na pessoa de Jesus. A Trindade vive em relação entre Si e com Sua criação, tendo Sua linguagem alicerçada em torno do amor. Como consequência, o amor constitui o maior dos manda-mentos e a expressão própria de seus discípulos.

Apesar dos claros ensina-mentos, agredimos, xinga-mos, depreciamos o outro. Parece que desacreditamos no poder do Espírito Santo em mudar as pessoas. Che-gamos ao ponto de legitimar-mos agressões a pessoas e grupos. Caso julgue exagero, procure a rede social de pes-soas que se afirmam evangé-licas e você encontrará farta exposição de agressões: a políticos (algo bem distante da crítica que, aliás, é muito oportuna), a homossexuais, a mulheres, a bandidos, po-liciais, presos, etc. À seme-lhança dos piores valores da nossa sociedade, confundi-mos crítica ao desrespeito às pessoas, discordância ve-emente ao ódio, diferença à inimizade.

Como fruto dessa postura, nós, como Igreja, estamos perdendo o poder para trans-formar a sociedade. Com tan-ta agressividade, não temos como apresentar o perdão como o meio mais eficaz de superar erros do passado. Diante de tantas palavras de ódio, a sociedade não tem como valorizar o que dize-mos, nossa palavra perde o seu valor (toda palavra de ódio social se assenta na ir-racionalidade. Toda palavra de ódio pessoal tem na dis-tância de Deus um de seus fundamentos).

Nós, como Igreja de Jesus, precisamos nos arrepender do nosso mal, sermos convenci-dos pelo Espírito Santo sobre a força do amor, aprendermos a valorizar as pessoas e, de fato, promovermos a paz. Jesus nos ensinou que somos a esperança, por sermos sal e luz, para a sociedade brasi-leira encontrar os caminhos da paz. Sejamos a Igreja que Jesus nos convida a ser. A so-ciedade brasileira agradecerá. E Deus baterá palma.

Departamento de Ação Social da CBB

Igreja: esperança de paz

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15o jornal batista – domingo, 18/12/16ponto de vista

Oswaldo Jacob, pastor, colaborador de OJB

Essa é a expressão de João, o apóstolo, em sua primeira carta (2.19), ao se referir

àqueles que deixaram ou abandonaram a Igreja. Vez por outra ouço pastores que manifestam a sua angústia com a saída de membros da sua Igreja em direção a outras Igrejas, especialmente os que serviam ao Senhor na comunidade dos salvos. Sempre digo a eles que nin-guém é insubstituível e que Deus sempre manda outros para exercerem dons e talen-tos na Igreja local. Depois de pregar sobre a Sua dura missão, o Senhor Jesus, que era perfeito, foi abandonado por aqueles que O seguiam e perguntou aos apóstolos se eles queriam deixá-lo também (João 6.60-66). Nós sempre teremos no âmbito eclesiástico o movimento de membros maduros e imatu-ros. Pessoas mudam de uma Igreja para outra achando que a próxima atenderá todas as suas expectativas, sendo assim perfeita. Até compa-ram o pastor anterior com o futuro pastor. Mais tarde, virá a decepção. É uma questão de tempo, pois nem Jesus agradou a todos. Nenhum obreiro vai agradar a todos. Charles Swindoll afirmou sabiamente: “Eu não sei o

Francisco Mancebo Reis, pastor, colaborador de OJB

Lendo, na edição de 21/06, as justas ho-menagens ao ilustre obreiro Batista Davi

Malta Nascimento, pus-me a recordar aqueles relevantes e instigantes artigos publicados em Diretriz Evangélica, que li com prazer e expectativa. Ao líder principal, uniram-se

segredo do sucesso, mas sei o segredo do fracasso: tentar agradar todo o mundo”. Há líderes que agradam, ba-julam, fazem proselitismo, criam expectativas exage-radas em relação aos que chegam. Certamente, terão decepções. Há Igrejas incha-das de membros problemáti-cos de outras comunidades.

Particularmente, não tento convencer ninguém a ficar. Que Deus me livre de bajular quem quer que seja. Não te-nho a pretensão de persuadir quem quer que seja. Que a pessoa saia sem nenhuma raiz de amargura ou qual-quer ressentimento porque vai prejudicar a si mesma, a sua família e a Igreja para onde está se transferindo. As pessoas têm todo o direito de sair da sua Igreja para outra, mas devem fazê-lo de forma transparente, consciente e sem nenhuma pendência. Geralmente o que faz al-gumas pessoas deixarem a Igreja é a sua vontade con-trariada. Sentem-se como clientes que não foram bem atendidos pela organização. Nesse ponto falta humildade, carece de maturidade. Não possui conhecimento do que seja a Igreja criada por Jesus Cristo. Precisam fazer uma leitura meditativa do Novo Testamento, especialmente.

É muito triste ver pessoas insatisfeitas na sua comuni-dade de fé. O pior é a sua

outros pastores. Lembro-me bem de Lauro Bretones, Élcio da Silva Lessa e Jáder Ma-lafaia, que somaram forças levantando a voz na mesma direção. Todos são dignos da minha admiração e respeito. Foram notórios os vários pro-nunciamentos de Davi Malta em discursos inflamados, na intenção de sensibilizar os cristãos diante das injustiças evidentes.

postura beligerante, confliti-va e marcadamente fragmen-tadora dos relacionamentos. Elas não conversam com o pastor. E este, muitas vezes, é o último a saber que elas vão sair. Há membros de Igreja que não gostam da mensa-gem, do jeito e da família do pastor. Os que amam a Igreja têm prazer em servir na comunidade da graça. Os que amam a Igreja de Jesus superam as adversidades no meio dela. Os crentes que amam a sua Igreja oram e trabalham fortemente para a sua edificação. As pessoas que amam a Igreja de Jesus crescem com ela. Ensinam os seus filhos a amarem a comunidade dos salvos. Elas caminham a segunda milha tão ensinada por Jesus. É lamentável posturas exclusi-vistas, marcadas por imatu-ridade. Procedimentos ego-cêntricos, atitudes que não correspondem à vida cristã normal. Paulo, escrevendo aos irmãos em Corinto, com tristeza, disse: “Irmãos, não vos pude falar como a pes-soas espirituais, mas como a pessoas carnais, como crian-ças em Cristo” (I Co 3.1). O apóstolo estava triste ao ver tanta imaturidade no meio da Igreja de Jesus.

As pessoas saem de suas Igrejas e levam uma carga de ressentimentos e angustias. Retiram-se pesadas, carrega-das de insatisfação. Elas não

Embora nossa denomina-ção já contasse com boas amostras de interesse pelo social, o déficit era pre-ocupante. Vale confessar que o foco quase exclusivo na pregação evangelística parecia nos acomodar, re-sultando na omissão de cui-dados com outras carências do ser humano, em uma visão de conjunto - assunto que permeia as Escrituras

têm ideia de como isso é altamente prejudicial para a sua vida espiritual. Paulo en-sina magistralmente: “Quan-do eu era criança, pensava como criança e agia como criança, mas quando passei a ser homem, acabei com as coisas de criança (I Co 13.11). Muitos membros de nossas Igrejas precisam tirar as roupas de criança e vestir as de alpinista para galgarem as alturas da comunhão com o Senhor. Ser cristão significa viver para Cristo, sofrendo por Sua causa. Paulo afirmou: “Não mais eu, mas Cristo” (Gl 2.20). O viver do apósto-lo aos gentios era Cristo e o morrer, lucro (Fp 1.21).

A Igreja não é um clube, uma creche, um museu para santos, mas um hospital para pecadores. Um ambiente onde há pessoas doentes que precisam ser tratadas e curadas. Muitas delas com feridas profundas. O triste é que há aquelas que sempre reclamam e adoecem outros membros do Corpo de Cristo. Estão sempre insatisfeitas, mas nada fazem a não ser re-clamar, murmurar e prague-jar. Outras, são como dormi-deiras, altamente sensíveis, que não podem ser tocadas pela exortação porque se en-colhem, e ficam magoadas e ressentidas. Culpam a Igreja; não se deixam ser tratadas pelo Senhor. Em sua postu-ra, pensam que têm tudo a

em ambos os Testamen-tos. Penso que os referi-dos obreiros deram o grito que despertou entidades nossas para uma atuação mais intensa e ampla. Não tiveram todo o apoio me-recido, havendo até quem os acusasse de tendências comunistas. O nobre pro-pósito nem sempre é bem interpretado, assim como as novas ideias.

ensinar e nada a aprender. São dispersas, estão dentro da comunidade dos redimi-dos, mas o seu coração está distante da sua comunhão.

Sim, estavam entre nós, mas não eram dos nossos. Esta afirmação é muito triste. Há pessoas que passam anos na Igreja e não a amam. Elas querem que sua vontade seja feita. A sua opinião é mais relevante. Todavia, a vonta-de de Deus deve ser sempre central, sendo muito mais importante do que a nossa vontade. São pessoas que querem mudar a Igreja, mas não mudam as suas atitudes e os seus atos. Levarão os pro-blemas para a outra comu-nidade onde vão congregar.

Como pastor, a minha postura é de orar por elas e desejar que sejam muito bem-sucedidas, desde que resolvam as questões moti-vadoras de sua saída. Que ao chegarem na outra Igreja não façam comparações, pois cada Igreja tem a sua particularidade. Também, que elas sejam comprometi-das e não apenas envolvidas na nova Igreja. Que tenham aprendido lições com a ex-periência na Igreja anterior. Que deixem a Igreja em paz com o Senhor e com os ou-tros membros do Corpo de Cristo, podendo voltar para visitarem os antigos irmãos com uma consciência ama-durecida.

Temos hoje o Dia de Ação Social, Comitês de Ação Social, além de numerosos projetos missionários que amenizam angústias no Bra-sil e no mundo. Não faltam Igrejas investindo na atenção aos desvalidos. Reconheça-mos, porém, que podemos e devemos fazer mais. A boa semente, lançada em boa terra, continuará germinan-do e dando saborosos frutos.

Ainda sobre o “Doutor Justiça Social”

Estavam entre nós, mas não eram dos nossos

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