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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA-UNIR NÚCLEO DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS DA GINÁSTICA LABORAL PARA PROFESSORES DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL BEATRIZ MIREYA Daniela Aparecida de Melo Lindinalva Cestaro Gambarini Jaru – Rondônia 2007

benefícios psicológicos da Ginástica Laboral nos professores

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA-UNIR

NÚCLEO DE SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS DA GINÁSTICA LABORAL PARA

PROFESSORES DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL

E ENSINO FUNDAMENTAL BEATRIZ MIREYA

Daniela Aparecida de Melo

Lindinalva Cestaro Gambarini

Jaru – Rondônia

2007

DANIELA APARECIDA DE MELO

LINDINALVA CESTARO GAMBARINI

BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS DA GINÁSTICA LABORAL PARA

PROFESSORES DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL

E ENSINO FUNDAMENTAL BEATRIZ MIREYA

Monografia apresentada ao Curso de Educação Física

do Núcleo de Saúde da Universidade Federal de

Rondônia, para obtenção do título de Licenciado em

Educação Física. Orientada pela prof. Ms Angeliete

Garcez Militão

Jaru – Rondônia

2007

BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS DA GINÁSTICA LABORAL PARA

PROFESSORES DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E

ENSINO FUNDAMENTAL BEATRIZ MIREYA

AVALIADORES

________________________________________________ ________

_______________________________________________ ________

_______________________________________________ ________

JARU/RO

2007

Dedicamos este trabalho a Deus que nos

ajudou a chegar até aqui.

Aos nossos pais, que são a razão da nossa

existência.

Aos nossos esposos, pelo amor e dedicação

e, à nossa orientadora

Angeliete Gárcez Militão pela sua paciência

e colaboração.

AGRADECIMENTOS

A Deus sobre todas as coisas que esteve e está conosco em todos os

momentos, até nos mais difíceis, quando não acreditamos que íamos conseguir, foi

Ele quem nos fortaleceu e nos encheu de coragem.

Aos nossos pais por nos ensinarem os melhores caminhos para seguir e

serem escolhidos por Deus para nos proteger.

Aos irmãos e amigos que mesmo indiretamente teve grande participação

neste sonho que estamos realizando.

Aos nossos esposos Eliomar (Daniela) e Clodoaldo (Lindinalva), que mesmo

sem saberem foram usados por Deus para nos apoiar, quando nós já não

conseguíamos mais. A vocês todo o nosso amor e gratidão.

A todos da E.M.E.I.E.F. Beatriz Mireya, pela atenção e cooperação, nossos

sinceros agradecimentos.

A todos os professores da Universidade Federal de Rondônia que nos ajudou

durante esta longa caminhada da nossa formação acadêmica.

Ao nosso grupo de trabalhos que nos ajudou a esquecer os momentos tristes

e nos fez sorrir, simplesmente. A vocês Albaniza (Niza), Adilson (Dirso), Edivaldo

(Ed), Elisangela (Janja), Rosiane (Rose) o nosso amor e amizade para sempre.

Ao nosso primeiro grupo, Dilma (Baiana), Eziel e Leomar (Léo), jamais

esqueceremos os nossos encontros todas as piadas e risadas. Obrigada por tantos

momentos alegres.

A professora Angeliete que não mediu esforços para nos orientar, obrigada

pela dedicação, paciência e amizade. Aprendemos a amá-la desde o primeiro dia de

aula. Obrigada por tudo.

SUMÁRIO

Resumo........................................................................................................i

Abstract........................................................................................................ii

Lista de Quadros e Ilustrações....................................................................iii

1. Introdução..............................................................................................09

1.1 Formulação do Problema......................................................................09

1.1.2Justificativa..........................................................................................11

1.2 Objetivos................................................................................................12

1.2.1 Objetivo Geral.....................................................................................12

1.2.2 Objetivos Específicos..........................................................................12

2. Fundamentação Teórica..........................................................................13

2.1 Ginástica Laboral...................................................................................13

2.1.1 Classificação da Ginástica Laboral.....................................................15

2.1.2 Benefícios Psicológicos da G. L..........................................................16

2.2 Saúde x Trabalho...................................................................................17

2.3 Docência................................................................................................19

2.3.1 O Professor e o Estresse....................................................................20

2.3.1.1 Atividade Física no Controle do Estresse........................................25

3. Metodologia.............................................................................................27

3.1 Classificação da Pesquisa....................................................................27

3.2 Amostra.................................................................................................27

3.3 Procedimentos Metodológicos..............................................................27

3.4 Análise dos Resultados........................................................................28

4. Apresentação e Discussão dos Resultados...........................................29

5. Conclusão...............................................................................................45

6. Referências............................................................................................47

7. Apêndices..............................................................................................50

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – O Alarme das Reações Emocionais............................................22

Figura 2 – O Alarme das Mudanças de Comportamento.............................22

Figura 3 – O Alarme de Distúrbios da Concentração e Raciocínio..............23

Figura 4 – O Alarme das Alterações Fisiológicas........................................23

Figura 5 – Pontuações dos Níveis de Estresse...........................................28

Figura 6 – Quadro Demonstrativo dos Níveis de Estresse dos

Professores..................................................................................................29

Figura 7 – Nível de Estresse da Professora Maria......................................30

Figura 8 – Nível de Estresse da Professora Neusa.....................................30

Figura 9 – Nível de Estresse da Professora Joana......................................31

Figura 10 – Nível de Estresse da Professora Leidiane................................32

Figura 11 – Nível de Estresse da Professora Alice......................................33

Figura 12 – Nível de Estresse da Professora Janice...................................33

Figura 13 – Nível de Estresse do Professor Moacir ....................................34

Figura 14 – Nível de Estresse da Professora Juliana..................................35

Figura 15 – Nível de Estresse da Professora Cleonice................................36

Figura 16 – Nível de Estresse da Professora Márcia...................................36

Figura 17 – Nível de Estresse da Professora Marlene.................................37

Figura 18 – Nível de Estresse da Professora Simone..................................38

Figura 19 – Nível de Estresse da Professora Sandra..................................39

Figura 20 – Nível de estresse da Professora Nicole....................................39

Figura 21 – Nível de Estresse da Professora Suelem..................................40

Figura 22 – Nível de Estresse da Professora Ana.......................................41

Figura 23 – Nível de Estresse da Professora Francisca.............................42

Figura 24 – Nível de Estresse da Professora Lídia.....................................42

Figura 25 – Nível de Estresse da Professora Luíza....................................43

Figura 26 – Nível de estresse da Professora Isaura...................................44

RESUMO

Este estudo teve como objetivo investigar os benefícios psicológicos da

ginástica laboral. Para isto foi realizado 36 seções de ginástica laboral na Escola

Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Beatriz Mireya com duração

de 10 a 15 min durante um período de três meses com 20 professores. Na coleta

de dados utilizou-se um questionário proposto por Selye (1956) para verificar o

nível de estresse dos professores antes e depois do experimento, utilizou-se

também a entrevista a fim de averiguar a influência da ginástica laboral na

capacidade de concentração e motivação no trabalho e reforço da auto-estima. Os

resultados obtidos demonstraram que houve uma redução do estresse de todos os

professores e que melhorou a auto-estima e a motivação de mais de 50% destes.

Constatou-se com os resultados desta pesquisa o que a literatura já vem

mostrando que a ginástica laboral é um excelente meio para melhorar a qualidade

de vida do trabalhador e no caso específico desta pesquisa do professor.

Palavras-chave: Ginástica Laboral, Estresse e Docência.

1. INTRODUÇÃO

1.1 Formulação do Problema

A Ginástica Laboral significa atividade física no trabalho, e apesar de suas

manifestações nas empresas datarem mais de 100 anos, ainda é uma modalidade

nova para alguns dos empresários.

Seu primeiro registro foi na Polônia, em 1925; em 1928 teve origem no Japão

que só passou a ser obrigatória enquanto Ginástica Laboral compensatória em

1960; em 1969 iniciou-se a GLP, ou seja, Ginástica Laboral Preparatória como

prevenção de acidentes de trabalho.

De acordo com Oliveira (2001), a GL visa à promoção da saúde e melhoria

das condições de trabalho, contribuindo diretamente para o desenvolvimento do

relacionamento interpessoal, para a redução do absenteísmo e culminando no

conseqüente aumento da produtividade com qualidade.

Para Cañete (1996), a Ginástica Laboral consiste em exercícios realizados no

local de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica, sem levar o trabalhador

ao cansaço, por ser de curta duração e enfatizar o alongamento e a compensação

das estruturas musculares envolvidas nas tarefas ocupacionais diárias.

Para Kolling (1980), apud Pólito e Bergamaschi a GL é um repouso ativo, que

aproveita as pausas regulares durante a jornada de trabalho, para exercitar os

músculos correspondentes que estão em contração durante o trabalho, tendo como

objetivo a prevenção da fadiga.

Segundo Pólito e Bergamaschi a GL proporciona muitos benefícios, tanto

para o trabalhador quanto para a empresa; entre os benefícios está a redução do

estresse e a liberação das tensões emocionais.

De acordo com Basso (1989), apud Pólito e Bergamaschi a necessidade de

agradar, a competitividade presente na maioria das empresas e os padrões

familiares, que exigem muito das pessoas, têm conduzido ao processo do estresse,

resultando em tensões acumuladas que, não encontrando canal prático por onde

extravasar acaba se voltando contra o próprio organismo.

O estresse é basicamente definido como resposta fisiológica ou emocional a

um estímulo externo, que origina uma ansiedade e tensão que são percebidas como

pressões, e que exigem a entrada em ação de mecanismos adaptativos, com

capacidade de se ajustarem a essas pressões, propiciando meios adequados à

reação e preservação da integridade e do equilíbrio, Pólito e Bergamaschi (Rio

1998).

A todos os momentos indivíduos trabalhadores estão expostos a situações de

estresse; e inclui-se nestas situações o local de trabalho.

O estresse tem um lado bom, dentro de um limite pelo fato de motivar o

indivíduo a cumprir suas tarefas e alcançar seus objetivos dentro de um prazo

estipulado anteriormente. Todo este processo leva o indivíduo trabalhador a um

estado de satisfação profissional e até mesmo pessoal.

Todas as profissões têm seu lado estressante, mas algumas que são mais

estressantes que as outras, dentre elas está a docência. Para Grillo (1998), Apud

Mendes a docência é caracterizada como algo que envolve o professor em sua

totalidade (ser) e não somente seu saber, como elementos essenciais à sua prática,

denotando estar o professor compromissado com o aluno, a instituição, a sociedade

e as constantes mudanças apresentadas por este.

De acordo com Kyriacou e Suticlife (1978), e Moracco e Mc Fadden (1982),

citado por Mendes o estresse entre professores é descrito como um conjunto de

atitudes e respostas com carga negativa acompanhada de mudanças fisiológicas

potencialmente patogênicas. Tais respostas estão relacionadas ao trabalho

executado pelo professor, e sua percepção de que as exigências profissionais

constituem uma ameaça à auto-estima e bem estar.

Os componentes estressores da docência podem ser físicos ou psicológicos,

podendo também atuar junto tornando-se uma ameaça ao seu bem estar e auto-

estima.

Diante do acima exposto resolveu-se fazer um experimento na Escola

Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Beatriz Mireya em Jaru-RO

com os professores para responder a seguinte pergunta: quais os benefícios

psicológicos da Ginástica Laboral para os Professores?

1.2 Justificativa

A utilização de exercícios físicos durante a jornada de trabalho ainda não é

freqüente em nosso país. A Ginástica Laboral, atividade física realizada no ambiente

laborativo já vem sendo desenvolvida, mas as iniciativas existentes ainda são

discretas, dentro do panorama nacional.

Sabe-se que o estresse é um dos males que quando surge vem associado a

outras doenças, sejam elas ocupacionais ou não.

A mídia em geral passa muitas informações oferecendo soluções imediatas,

algumas úteis, outras nem tanto; e há ainda aquelas que fazem com que o estresse

do indivíduo se propague ainda mais, aniquilando o resto de ânimo que ainda possa

existir.

Muitas vezes as “receitas” de combate ao estresse apresentadas na mídia,

não são bem estudadas e comprovadas a sua eficácia, são apenas reformulações

de técnicas antigas que não funcionaram e continuam sem utilidade nos dias atuais.

Sendo assim, fica claro a necessidade de investigação sobre os efeitos da

Ginástica Laboral, principalmente no controle do estresse, este mal que vem

afetando o ser humano em qualquer profissão exercida, no caso desta pesquisa, os

professores.

1.2 Objetivos do Estudo

1.2 .1Objetivo Geral

• Investigar os benefícios psicológicos da Ginástica Laboral nos professores da

Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Beatriz Mireya

em Jaru-RO”.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Verificar se a Ginástica Laboral influencia no aumento da capacidade de

concentração e motivação dos professor

• Identificar se a Ginástica Laboral influencia na auto-estima dos professores;

• Analisar se a prática da Ginástica Laboral ajuda no controle do estresse dos

professores.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.Ginástica Laboral

O mercado de trabalho necessita de uma adequação estratégica da inserção

da atividade física em seu meio, do modo que a mesma intervenha de forma positiva

para empresários e funcionários. Sendo assim busca-se esta melhora através da

Ginástica Laboral.

A G.L. é a prática da atividade física no local de trabalho composta por

exercícios físicos específicos de curta duração e visa à promoção da saúde e

melhoria das condições de trabalho, contribuindo para o desenvolvimento do

relacionamento interpessoal e melhor condição psicológica para exercer função

ocupacional na profissão em que está inserido.

Segundo CAÑETE (1996) a Ginástica Laboral não é uma atividade física

recente. Segundo a autora a G.L. teve seu primeiro registro na Polônia em 1.925,

onde era chamada Ginástica de Pausa e destinada a operários. Posteriormente

países como Bulgária, Alemanha Oriental e Holanda realizaram pesquisas sobre a

prática da Ginástica Laboral. Na Rússia 150 mil empresas envolvendo cinco milhões

de funcionários praticavam e ainda praticam a Ginástica de Pausa adaptada a cada

ocupação.

De acordo com JAPÃO ILUSTRADO (1993) e PULCINELLI (1994) apud

CAÑETE (1996), a G.L. teve origem no Japão onde desde 1.928, funcionários dos

correios começaram a freqüentar diariamente as seções de ginástica, visando à

descontração e o cultivo da saúde. Só após a Segunda Guerra Mundial este hábito

foi difundido por todo o país e, atualmente 1/3 dos trabalhadores japoneses

freqüentam as sessões de G.L. em suas empresas.

A ginástica nas empresas do Japão trazia como resultados a diminuição dos

acidentes de trabalho, o aumento da produtividade e a melhoria do bem-estar geral

dos trabalhadores. MINISTÉRIO DA SAÚDE (1990) apud CAÑETE (1996)

Para LONGEN (2003), a propagação da G.L. na cultura empresarial japonesa

é atribuída à veiculação de um programa da Rádio Taissô, que envolve uma

tradicional ginástica rítmica, com exercícios acompanhados por música própria;

sendo transmitidos todos os dias pela manhã por pessoas especialmente treinadas,

alcançando não somente os locais de trabalho, mas também ruas e residências.

No Brasil a Ginástica Laboral chegou por meio de executivos nipônicos em

1.969, nos estaleiros de Ishiksvajima, onde ainda hoje diretores e operários praticam

exercícios visando primordialmente a prevenção de acidentes de trabalho. No início

de década de 70, com a chegada de executivos japoneses no Brasil, houve um

estímulo para a adoção da prática de exercícios nas empresas.

Conforme KOLLING (1980) citado por POLITO E BERGAMASCHI (2002), em

1973 houve uma experiência pioneira no país, com base na proposta elaborada pela

FEEVALE- FEDERAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR EM

NOVO HAMBURGO-RS; esta proposta visava elaborar exercícios com base em

análises biomecânicas, para relaxar os músculos agônicos pela contração dos

antagônicos.

Em parceria com a FEEVALE, 1.978, o SESI/RS desenvolveu o projeto

“Ginástica Laboral Compensatória”. Seu início data de 23 de Novembro de 1.978,

envolvendo cinco empresas do Vale dos Sinos.

SHIMITZ (1981) apud CAÑETE (1996), afirma que o projeto tinha caráter

experimental e visava apenas estudos aprofundados do assunto. Após este período

de experiência a prática da Ginástica Laboral Compensatória não evoluiu mais e foi

completamente esquecida, em razão de não haver uma mentalidade que

favorecesse a implantação desta prática e resultados que dessem base para a

inclusão de outras empresas no programa.

Na década de 80 a G.L. começou a ser retomada, ressurgindo com força total

somente em 1990. A qualidade de vida no trabalho, a condenação do estresse e as

lesões pela ocupação no trabalho só foi enfatizada a partir da década de 90.

POLITO e BERGAMASCHI (2002)

KOLLING (1980) apud POLITO e BERGAMASCHI, apresenta a G.L. como

um repouso ativo , que aproveita as pausas regulares durante a jornada laboral para

exercitar os músculos correspondentes e relaxar os músculos que estão contraído

no decorrer do desempenho da tarefa laboral do trabalhador, visando a prevenção

da fadiga.

Para CARVALHO (2003) a G.L. é elaborada de acordo com as necessidades

do trabalhador atuando de forma preventiva e terapêutica; uma de suas

características é o fato de não levar o trabalhador ao cansaço e nem à sudorese, por

ser uma atividade de curta duração e priorizar os alongamentos e a compensação

das estruturas musculares mais envolvidas nas atividades estressantes da função

laborativa.

2.2.1Classificação da G.L

Segundo TARGA (1973) apud CAÑETE (1996), a G.L. possui varias

classificações, quanto ao seu fim, entre elas destaca-se: Ginástica Laboral

Preparatória e Ginástica Laboral Compensatória.

PADÃO e MONTEIRO (1992) apud MILITÃO (2001) complementam que a

Ginástica Laboral Preparatória é muito benéfica, pois prepara o trabalhador para as

atividades laborais diárias, ativando a circulação sangüínea e o aparelho

respiratório; além de preparar as estruturas musculares e ligamentares de forma que

o trabalhador tenha menos probabilidade de desenvolver problemas de saúde.

TARGA e DIAS apud CAÑETE (1996), apresentam a Ginástica Preparatória

como um conjunto de exercícios físicos realizados no início do trabalho, preparando

o indivíduo para sua práticas laborais podendo ser de coordenações, velocidade,

força ou resistência.

PIGOZZI (2000) apud MILITÃO (2001), afirma que Ginástica Laboral

Compensatória são exercícios realizados no decorrer do expediente de trabalho,

agindo de forma terapêutica, para o relaxamento dos músculos que trabalham em

excesso. Para o autor essa ginástica permite a quebra da rotina, despertando os

funcionários e prevenindo-os de acidentes no trabalho.

TARGA e DIAS apud CAÑETE (1996), definem a Ginástica Laboral

Compensatória da seguinte forma: realizada durante as pausas obrigatórias no

expediente, corrige os vícios de postura em face de que o indivíduo é obrigado a

permanecer durante suas atividades laborais, a G.L.C. desenvolve atividades que

utilizem sinergias musculares pouco utilizada na jornada de trabalho e relaxa a

musculatura que foi muito solicitada.

2.1.2 Benefícios Psicológicos da G.L.

Os benefícios da G.L. dependem diretamente do tipo de trabalho realizado. A

maioria dos exercícios tenta diminuir o efeito da solicitação constante a que é

submetido o trabalhador ao executar determinada tarefa, seja ela física ou não.

(SAÚDE EM MOVIMENTO 16/03/2007)

Para CAÑETE (1996), afirma que os benefícios da G.L. estão associados com

o grau de consciência e a ética com que é conduzida e aplica pelos profissionais que

a orientam. De acordo com a literatura os benefícios de ordem psicológica da G.L.

são:

• Melhora da auto-imagem;

• Redução do estresse;

• Aumento da disposição e motivação para o trabalho;

• Motivação por novas rotinas;

• Melhora a auto-estima;

• Melhora a atenção e concentração no trabalho;

• Combate as tensões emocionais e;

• Desenvolve a consciência corporal.

TARGA (1973) apud MILITÃO (2001), afirma que atividade física pode ser

benéfica ou maléfica para a saúde do indivíduo, depende de como é vista e aplicada

se com responsabilidade como instrumento que promove ou como instrumento que

destrói a saúde do ser humano trabalhador.

2.2 Saúde X Trabalho

A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS) define o termo saúde como

um estado de bem-estar geral; entre estes os aspectos físicos, psicológicos,

emocionais, espirituais, sociais e ambientais, e não meramente a ausência de

doenças.

NICKEL (2004) entende que saúde depende da concepção que se possui do

organismo vivo e de suas relações com o meio ambiente. Porém a concepção sabre

saúde, assim como a cultura de um povo, pode sofrer mudanças de uma era para

outra. SILVA (2006) coloca que existe inúmeras condições que afetam a saúde dos

indivíduos. Estas condições se alteram constantemente pelo ritmo das modernas

sociedades

O trabalho é uma necessidade humana, ou seja, um processo entre o homem

e a natureza que está determinado pela forma concreta em que se dá a produção. O

trabalho implica em um processo de reprodução social. Desta forma, compreender o

trabalho como produção humana, no sentido mais amplo e ilimitado da palavra

parece fundamental. (MARX, 1985 apud LONGEN, 2003)

Os efeitos da tecnologia, bem como as transformações na organização do

trabalho sobre os trabalhadores, suas condições de vida, relacionamento e saúde,

vêm sendo pesquisados há muito tempo diz CAÑETE (1996).

A fisiologia do trabalho estuda as funções do organismo submetido às muitas

tensões do trabalho muscular. Com o progresso da tecnologia, onde existem muitos

dispositivos que poupam trabalho, a arte tecnológica tem contribuído muito para

eliminar grande parte do trabalho físico pesado.

ASTRAND e RODAHL (1980, p. 411) apud CAÑETE (1996), afirmam “o maior

problema das operações industriais da atualidade não é a carga física, mas sim a

sobrecarga emocional e um ambiente de trabalho desfavorável”.

Dentro do contexto ocupacional devem se levar em consideração alguns

aspectos que fazem parte dos processos e meios utilizados no trabalho, pois são

estes aspectos a principal causa da ocorrência de enfermidades físicas e mentais de

grande parte dos trabalhadores; para que sejam minimizadas a incidência de tais

doenças é de suma importância que as condições de trabalho sejam adequadas,

tornando mínimo os riscos contra a saúde dos trabalhadores.

Segundo PÓLITO e BERGAMASCHI (2002), em virtude das pressões

sofridas em decorrência de programas e prazos cada vez menores, das exigências

do mercado, da competição interna das organizações e das oscilações econômico-

financeira, uma grande parte das pessoas entra em estado de enrijecimento

muscular e de exaustão mental que, tornando se repetitivo esgota as reservas

físicas e emocionais dos indivíduos.

Para MARATONA (1996) apud POLITO E BERGAMASCCHI (2002), os

sintomas clássicos de esgotamento no trabalho incluem os seguintes sintomas:

- pessimismo;

- Insatisfação crescente;

- Falhas e;

- Ineficiência.

Fica claro, que todas as más condições de trabalho, incrementam a

ansiedade, fazendo aumentar o cansaço. Militão (2001) enfatiza em sua pesquisa

que os distúrbios na saúde do trabalhador são um dos problemas que mais tem

afetado as empresas.

2.3 Docência

Há 2.400 anos morria Sócrates, conhecido não só como filósofo na Grécia

antiga, mas como um revolucionário na arte de ensinar, que até então era

transmitida de “cima para baixo”, isto é, de forma elitizada. Ao contrário dos filósofos

de sua época, Sócrates dialogava e usava a consciência (“só sei que nada sei”), da

própria ignorância para mostrar que todos podem construir seus próprios conceitos.

As atitudes de Sócrates foram consideradas ameaçadoras, pois a

consciência e o conhecimento tornavam-se acessível a todos, ao contrário dos

sofistas que cobravam caro para transmitir conhecimentos práticos, com objetivo

apenas de viver o presente imediato. Por isso, Sócrates foi julgado e punido com a

condenação à morte, sendo obrigado a beber cicuta, veneno extraído da planta com

o mesmo nome.

Os séculos se passaram e suas idéias foram colocadas em seus devidos

lugares, sendo então Sócrates considerado o primeiro professor da civilização

ocidental. (NOVA ESCOLA ON LINE Ed.)

A palavra professor se originou do latim, significa aquele que professa ou

ensina uma ciência, uma arte, uma técnica ou uma disciplina. Este como tal deve

dar-se ao exemplo, sendo respeitado e imitado, porém essa não é a realidade do

país, pois de alguma forma a imagem do professor é menosprezada e desvalorizada

perante a sociedade e os próprios colegas afetando sua auto-estima.

Para GUERRA (2003), a contradição apresentada entre os ideais de ensino e

o desempenho em sala de aula é um dos principais problemas enfrentados pelos

professores, seja na sua formação inicial ou permanente. O professor é um ser

social, constituído e constituinte do meio em que está inserido.

Sendo o professor uma pessoa, ser racional, ele age e sofre as ações de sua

sociedade, construindo e sendo construído por ela, portanto o educador é um

construtor de saberes e culturas e ao mesmo tempo é construído por eles.

Conscientizar-se da situação é a primeira tarefa para revelar à sociedade o

verdadeiro valor do professor, a tarefa seguinte é aproveitar cada vez mais os

espaços cedidos pela sociedade e pela mídia, regatando a dignidade do trabalho do

professor. (NOVA ESCOLA ON LINE Ed...)

A percepção de que as exigências profissionais constituem uma ameaça à

auto-estima e bem estar, associadas a falta de condições de materiais e grande

números de alunos em salas de aulas podem levar os professores a falta de

motivação e ao estresse.

2.3.1 O Professor e o Estresse

A palavra estresse vem do latim e significa adversidade ou aflição. O termo

estresse é basicamente definido como resposta fisiológica ou emocional a um

estímulo externo que origina ansiedade e tensão. ROSSI (1992, p. 39) apud

CAÑETE (1996).

Situações de estresse provocam reações no sistema nervoso simpático,

envolvendo a produção de hormônios, principalmente a adrenalina e a norepinefrina.

Esses hormônios entram na corrente sangüínea alterando as reações bioquímicas e

funções orgânicas. Com isso, a pressão arterial aumenta, mobilizando a energia

para os músculos e o tempo de coagulação do sangue diminui, se as situações de

estresse forem muito freqüentes, poderão ocorrer graves problemas de saúde.

SHARKEY (1998) apud MILITÃO (2001).

Segundo MASCI (2000), em geral o estresse se manifesta em três fases

distintas:

• Fase de Alerta: É desencadeada sempre que nosso cérebro, independente de

nossa vontade interpreta alguma situação como ameaçadora;

• Fase de Resistência: Acontece quando a tensão se acumula e sua principal

característica são mudanças no modo habitual de ser e maior facilidade para

ocorrer novas reações agudas;

• Fase de Exaustão: Há uma queda acentuada dos mecanismos defesa do

organismo.

Para SELYE (1965) apud MILITÃO (2001), as três fases de alerta do estresse

se resume em um conjunto de transformações denominado (Síndrome Geral de

Adaptação). Quando a fase de alerta é desencadeada hormônios são liberados na

corrente sangüínea caracterizando-se por:

• Aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, permitindo que o

sangue circule mais rápido, levando mais oxigênio e nutrientes aos tecidos.

• O baço se contrai, levando mais glóbulos vermelhos para a corrente

sangüínea com isto o sangue oxigenado;

• O fígado libera glicogênio armazenado na corrente sangüínea para dar mais

energia aos músculos;

• Diminui o fluxo da pele e das vísceras, aumentando para os músculos e

cérebro.

A segunda fase, ou seja, fase de resistência acontece quando a tensão se

acumula provocando mudanças no modo habitual de ser. Nesta fase ocorre um

equilíbrio transitório. O indivíduo parece estar bem, mas novos estímulos encontram

menos resistências em desencadear novas reações de estresse agudo.

De acordo com MASCI (2000), existem quatro tipos de alarmes, todos

representando mudanças no seu modo habitual de viver, que em geral indica

quando a pessoa entra na segunda fase do estresse. São elas:

• O alarme das reações emocionais;

• O alarme das mudanças de comportamento;

• O alarme de distúrbios da concentração e raciocínio;

• O aumento das alterações fisiológicas.

Conforme quadros 1, 2, 3 e 4 a seguir.

QUADRO 1: O alarme das reações emocionais

Agitação Apatia

-Medo ou preocupação com algo

não identificado;

-Facilidade para se irritar com

pequenas coisas;

-Preocupação excessiva com coisas

sem importância;

-Expectativa que algo ruim vai

acontecer;

-Falta de paciência, explosão por

qualquer coisa;

-Desânimo;

-Tristeza, vazio e cansaço;

-Falta de disposição para fazer

qualquer coisa;

-Sensação de incapacidade, falta de

sentido na vida;

-Choro por pequenas coisas sem

motivo;

-Sonolência;

-Isolamento.

-Insônia.

Fonte: Adaptado de MASCI (2000) apud MILITÃO (2001).

QUADRO 2: O alarme das mudanças de comportamento.

Apatia Agitação

-Lentificação dos movimentos;

-Coordenação motora

comprometida;

-Pequenos acidentes se tornam

freqüentes;

-Fala abruptamente;

-Movimentos globais mais rápidos;

-Ocupa-se o dia inteiro sem

conseguir concluir nenhuma tarefa;

-Mudança nos hábitos de

alimentação;

Fonte: Adaptado de MASCI (2000).

QUADRO 3: O alarme de distúrbios da concentração e raciocínio.

Concentração/Raciocínio

-Às vezes acelerado;

-Ás vezes lento;

-Confusão;

-A lógica parece desaparecer;

-Tendência a adiar decisões;

-Dificuldade em estabelecer prioridades.

Fonte: Adaptado de MASCI (2000).

QUADRO 4: O alarme das alterações fisiológicas.

Vegetativos Musculares

-Disfunção intestinal;

-Suores frios;

-Sensação de calor intercalada com

frio;

-Tensão muscular;

-Dores nas costas, principalmente

nos ombros e nuca;

-Sensação de peso nas pernas e

-Mãos geladas;

-Transpiração abundante;

-Aumento dos batimentos

cardíacos;

-Respiração rápida e curta;

-Má digestão.

braços.

Fonte: Adaptado de MASCI (2000) apud MILITÃO (2001).

Na terceira fase do estresse definida como fase de exaustão a resistência do

organismo costuma estar bastante baixa, sendo comum a ocorrência de doenças

psicossomáticas.

COUTO (1980) apud NICKEL (2004) organizou uma lista dos fatores ligados

às condições de trabalho que podem desencadear o estresse:

• Chefia insegura, o que leva à subvalorização das ordens da chefia e a

insatisfação no cargo;

• Responsabilidade mal delegada, quando existe a confusão entre delegação

com transferência de responsabilidade, ou quando a chefia não identifica que

o funcionário não está preparado para tal;

• Bloqueio de carreira, quando a promoção não é devidamente justificada, pode

surgir um bloqueio a outro funcionário que trabalha na mesma função pelo

sentimento de falta de eqüidade;

• Conflito entre chefias diante de funcionários vulneráveis poderá ganhar

insegurança;

• Falta de correlação adequada entre capacidade, responsabilidade e salário;

• Falta de motivação no trabalho;

• Trabalho monótono;

• Trabalho com alta concentração mental;

• Relações humanas inadequadas;

• Fatores ligados ao ambiente físico, como alto nível de ruídos, má iluminação,

calor excessivo, vibrações;

• Sensação de não participar em decisões;

• Rumores sobre dispensas coletivas e;

• Falta de informações.

Que um grande número de professores sofrem de estresse não é novidade,

mas do que nem todos se dão conta é da gravidade do problema. A REVISTA

NOVA ESCOLA ON LINE DE 08/05/2007 publicou o resultado de uma pesquisa

realizada por GISELE LEVY pela (UERJ) - Universidade Estadual do Rio de Janeiro,

que revelou que 70% dos professores de escolas de ensino fundamental em Niterói-

RJ, sofriam com os sintomas da Síndrome de Burnout, esta uma doença

considerada como um estresse ocupacional crônico por ainda não constar no

Código Internacional de Doenças.

De acordo com a pesquisa os principais sintomas são:

• Exaustão emocional;

• Falta de realização pessoal e;

• Despersonalização.

Desta forma, o professor fica extremamente cansado (física e mentalmente),

adquirindo comportamentos que nem ele próprio percebe no início, como:

• Falta de paciência com os alunos e;

• Faltas ao trabalho.

No Brasil, mais especificamente no ano de 2002, as estatísticas da

Previdência Social, foram notificadas com mais de 20 mil casos de afastamento das

atividades laborativas, motivados pelas denominadas doenças do trabalho. Apesar

de não haver estudos específicos, os professores estão entre os trabalhadores que

aumentam de forma considerável as estatísticas da Previdência Social, por passar a

maior parte do tempo trabalhado em pé ou movimentando-se repetitivamente.

(NOVA ESCOLA ON LINE Ed. 173 – JUNHO/2004)

2.3.1.1 Atividade física no controle do estresse

Para ROSSI (1992) apud CAÑETE (1996), o exercício físico é um

componente importante no controle do estresse, pois possibilita ao indivíduo o uso

do excesso de adrenalina produzida devido à tensão das suas atividades e ainda

contribui reduzindo a ansiedade que sua ocupação provoca.

Segundo ROSSI (1992, p.45) apud CAÑETE (1996), estudos recentes

indicam que as pessoas que praticam exercícios físicos regularmente, têm mais

disposição para o trabalho e também gozam de saúde, o que reduz sua ausência no

trabalho.

SHARKEY (1998) apud MILITÃO (2001) confirma a eficácia dos exercícios

físicos na minimização dos efeitos do estresse, relatando que um estudo realizado

em 1972 por Vries e Adans demonstrou que a atividade física moderada foi tão

eficaz na redução da tensão quanto um tranqüilizante, sendo que o efeito do

exercício físico foi mais duradouro.

Segundo ROSSI (1992, p.45) apud CAÑETE (1996), estudos recentes

indicam que as pessoas que praticam exercícios físicos regularmente, têm mais

disposição para o trabalho e também gozam de saúde, o que reduz sua ausência no

trabalho.

ROSSI (1992) apud CAÑETE (1996),colocam que o exercício físico é um

componente importante no controle do estresse, pois possibilita ao indivíduo o uso

do excesso de adrenalina produzida devido à tensão das suas atividades e ainda

contribui reduzindo a ansiedade que sua ocupação provoca

SHARKEY (1998) apud MILITÃO (2001) confirma a eficácia dos exercícios

físicos na minimização dos efeitos do estresse, relatando que um estudo realizado

em 1972 por Vries e Adans demonstrou que a atividade física moderada foi tão

eficaz na redução da tensão quanto um tranqüilizante, sendo que o efeito do

exercício físico foi mais duradouro.

3 – METODOLOGIA

3.1 Classificação da Pesquisa

Esta pesquisa se classifica como um experimento. Rudio (2001) coloca que

experimento é um meio que se utiliza coma finalidade de verificar uma hipótese e é

isto que as pesquisadoras deste trabalho fizeram. Verificaram se a ginástica laboral

contribui para a redução do estresse, melhora da auto-estima e capacidade de

concentração e motivação dos professores.

3.2 Amostra

Dezenove professoras e um professor da Escola Municipal de Educação

Infantil e Ensino Fundamental Beatriz Mireya em Jaru-RO

3.3 Procedimentos Metodológicos

1º Passo – Foi feita uma reunião na Escola Municipal de Educação Infantil e

Ensino Fundamental Beatriz Mireya com todos os professores que ministram aulas

no período vespertino. Nesta reunião explicou-se o que é ginástica laboral e

perguntou-se quem gostaria de participar da ginástica por um período de três meses

três vezes por semana. Todos os professores se prontificaram a participar.

2º Passo - Foi feito um teste (anexo 1) para verificar o grau de estresse dos

professores e em seguida começou-se a ginástica laboral executada três vezes por

semana da 01h 30 min as 01h 45 min durante três meses no pátio da escola.

3º Passo – Aplicou-se novamente o teste de estresse (anexo 1) e foi feito uma

entrevista com os professores para saber se a pratica da ginástica laboral contribuiu

para a auto-estima e capacidade de concentração e motivação destes.

3.4 Analise dos Resultados

No questionário utilizado para verificar o grau de estresse, Selye (1956) coloca

que a soma dos números correspondentes às respostas do questionário classifica o

estresse em: Reação de Alarme (RA) se a soma for até vinte pontos, o nível de

estresse desta faixa é considerado baixo e está dentro da normalidade; Reação de

Resistência (RR) se a soma der de 21 a 40 pontos, o nível de estresse é médio e

expira cuidado; Reação de Exaustão (RE) se o resultado da soma for superior a 41

pontos, o nível de estresse é alto e perigoso.

Para facilitar a apresentação dos resultados os valores obtidos nos

questionários foram classificados conforme o quadro a seguir:

Faixas de pontuação absoluta

Faixas de pontuação percentual Classificação do Estresse

0 a 20 pontos 0 a 33% Reação de Alarme (RA)

21 a 40 pontos 34 a 66% Reação de Resistência (RR)

41 a 60 pontos 67 a 100% Reação de Exaustão (RE)

Para calcular a pontuação percentual de cada professor utilizou-se a seguinte

formula: 100xPontuação absoluta/60

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo são apresentados os resultados da investigação, com o objetivo

de facilitar a apresentação mostra-se um quadro com o resultado do teste de nível

de estresse dos professores da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino

Fundamental Beatriz Mireya, antes e depois da ginástica laboral. Em seguida serão

mostrados os gráficos individuais de cada professor e serão comentados os

resultados da pesquisa com cada

Quadro Demonstrativo do Nível de Estresse dos Professores

PROFESSOR PONTUAÇÃO

ABSOLUTA

PONTUAÇÃO

PERCENTUAL

CLASSIFICAÇÃO

Antes Depois Antes Depois Antes Depois Maria 26 18 43% 30% RR RA Neusa 27 19 45% 31% RR RA Joana 30 27 50% 45% RR RR Leidiane 25 20 41% 33% RR RA Alice 22 19 36% 31% RR RA Janice 20 16 33% 26% RA RA Moacir 24 18 40% 30% RR RA Juliana 20 17 33% 28% RA RA Cleonice 31 27 51% 45% RR RR Márcia 25 15 41% 25% RR RA Marlene 34 28 56% 46% RR RR Simone 30 26 50% 43% RR RR Sandra 20 18 33% 29% RA RA Nicole 22 15 36% 25% RR RA Suelem 22 19 36% 31% RR RA Ana 33 28 55% 46% RR RR Francisca 30 24 50% 40% RR RR Lídia 26 19 43% 31% RR RA

Luíza 28 25 46% 41% RR RR Izaura 32 29 53% 48% RR RR

Figura 1- Nível de estresse da professora Maria.

Observa-se no gráfico que a professora Maria antes da ginástica laboral tinha

o nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR) e que inspirava

cuidados, após os três meses de ginástica laboral passou para a categoria Reação

de Alarme (RA) e o nível de estresse desta faixa é considerado baixo e está dentro

da normalidade. Essa professora tem 27 anos, não pratica atividade física é casada

não fumante e relatou na sua entrevista que a sua auto-estima, capacidade de

concentração e motivação melhorou. Segundo os relatos da professora Maria, após

as seções de G. L. ela passou valorizar mais seu visual, arrumando se mais para o

trabalho e para as horas de lazer.

Figura 2 – Nível de estresse da professora Neusa.

Conforme o gráfico acima a professora Neusa antes da G. L. apresentava o

nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR), necessitando

cuidados com os modos de vida, após os três meses de G. L., o nível de estresse

baixou 14% inserindo-se na categoria de Reação de Alarme (RA), o que significa

que o estresse é baixo e está dentro da normalidade. Essa professora tem 26 anos é

solteira, não pratica atividade física e relatou em sua entrevista que a sua auto-

estima, capacidade de concentração e motivação melhorou. Segundo seus relatos,

ela se envolve mais com os cuidados do corpo e se atem mais a pequenos detalhes

relacionados ao trabalho e também ao lado pessoal.

Figura 3 – Nível de estresse da professora Joana.

Observa-se no gráfico que a professora Joana, antes da Ginástica Laboral

apresentava o nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR), sendo

nesta categoria o nível de estresse médio e precisa de cuidados com os modos de

vida. Depois de três meses de G. L., seu nível de estresse continuou na mesma

categoria, ou seja, na categoria de Reação de Resistência (RR). Essa professora

tem 31 anos, é casada e não pratica atividade, em sua entrevista ela relatou que sua

auto-estima teve melhora, mas que sua capacidade de concentração e motivação

continua em baixa. Segundo seus relatos ela sente dificuldades em se concentrar

em pequenos detalhes como, lembrar datas e compromissos; em relação à sua

motivação ela relatou que não sente ânimo para o lazer e às vezes até no trabalho

ela se sente desmotivada para buscar coisas novas.

Figura 4 – Nível de estresse da professora Leidiane.

Conforme o gráfico da figura 4, a professora Leidiane antes das seções de

ginástica laboral tinha o nível de estresse na categoria de Reação de Resistência

(RR), inspirando cuidados com a saúde. Após as seções de ginástica laboral passou

para a categoria Reação de Alarme (RA) e o nível de estresse desta categoria é

baixo e está dentro da normalidade. Essa professora tem 26 anos, é casada e não

pratica atividade física e relatou em sua entrevista que sua auto-estima, capacidade

de concentração e motivação aumentaram. De acordo com seus relatos, após a G.

L. ela se sente mais motivada a se cuidar mais, e começou a fazer caminhada;

quanto à concentração ela se concentra com mais facilidade, principalmente nos

estudos.

Figura 5 – Nível de estresse da professora Alice.

Observa-se no gráfico que a professora Alice, antes da ginástica laboral

apresentava o nível de estresse na categoria Reação de Resistência (RR) e

inspirava cuidados, após três meses de ginástica laboral o nível de estresse passou

para a categoria de Reação de Alarme (RA) significando que o estresse desta

categoria é baixo e está dentro da normalidade. Esta professora tem 29 anos, é

solteira, freqüenta academia três vezes por semana, em sua entrevista ela relatou

que sua auto-estima, capacidade de concentração e motivação teve uma melhora

significativa, tornando-a mais alegre e comunicativa, além de desempenhar com

mais vontade sua função.

Figura 6 – Nível de estresse da professora Janice.

Conforme o quadro acima, antes da ginástica laboral a professora Janice

tinha o nível de estresse na categoria de Reação de Alarme (RA) sendo este nível

baixo e dentro da normalidade, após os três meses de ginástica laboral o nível de

estresse continuou na categoria de Reação de Alarme (RA). Apesar de permanecer

na mesma categoria houve uma redução de 7% no nível de estresse. Essa

professora tem 36 anos, é casada, não pratica atividade física e é fumante; em sua

entrevista ela relatou que sua auto-estima, capacidade de concentração e motivação

teve um aumento significativo, pois após as seções de G. L. ela se empenhou em

começar a fazer caminhada, além de se arrumar mais.

Figura 7 – Nível de estresse do professor Moacir.

Conforme o gráfico da figura 7, o professor Moacir apresentava o nível de

estresse na categoria Reação de Resistência (RR) inspirando cuidados, após as

seções de Ginástica laboral o nível de estresse passou para a categoria Reação de

Alarme (RA), este por sua vez considerado baixo e dentro da normalidade. Esse

professor tem 25 anos, é casado, não pratica atividade física e bebe socialmente,

em sua entrevista ele relatou que sua auto-estima, capacidade de concentração e

motivação melhoraram, apesar de não ser muito, pois em aspectos como cuidados

com o corpo ele já tinha consciência da importância da pratica de atividade física;

com relação à motivação e concentração ele se sente mais seguro para desenvolver

suas atividades laborais estando mais relaxado.

Figura 8 – Nível de estresse da professora Juliana.

Observa-se no gráfico acima que a professora Juliana, antes da ginástica

laboral estava com o nível de estresse na categoria Reação de Alarme (RA) o que

significa que o nível de estresse é baixo e está dentro da normalidade, depois das

seções de ginástica laboral o nível baixou 5%, permanecendo na categoria de

Reação de Alarme (RA). Tal resultado pode estar associado ao fato de a professora

Juliana praticar atividade física regularmente e trabalhar apenas um período e ser

com a educação infantil. Essa professora tem 32 anos, é solteira, pratica atividade

física regularmente e não tem vícios. Em sua entrevista ela disse que sua auto-

estima continua como sempre em alta, segundo seus relatos ela se ama acima de

qualquer outro obstáculo, em relação à concentração e motivação ela afirmou que

melhorou, ela se sente ainda mais disposta para o trabalho e para se divertir com

familiares e amigos.

Figura 9 – Nível de estresse da professora Cleonice.

Observa-se no gráfico que a professora Cleonice antes da ginástica laboral

tinha o nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR) sendo

necessário cuidados com a saúde, após os três meses de G. L. o nível de estresse

baixou 6%, mas permaneceu na mesma categoria.A professora Cleonice tem 30

anos, é casada e não pratica atividade física, ela relatou em sua entrevista que

apesar de ter participado de todas as seções de G. L. não sentiu grandes diferenças

em seu comportamento com relação à auto-estima, capacidade de concentração e

motivação, segundo ela seu sentimento em relação a si mesma e ao trabalho é o

mesmo. Este resultado pode estar relacionado ao fato de a professora Cleonice

trabalha em três períodos em duas escolas diferentes.

Figura 10 – Nível de estresse da professora Márcia.

De acordo com o gráfico da figura 10, antes das seções de ginástica laboral a

professora Márcia tinha o nível de estresse na categoria de Reação de Resistência

(RR) e inspirava cuidados, após os três meses de ginástica laboral o nível de

estresse passou para a categoria de Reação de Alarme (RA) significando que o

estresse é baixo e está dentro da normalidade. A professora Márcia tem 24 anos, é

solteira e não pratica atividade física; em sua entrevista ela relatou que sua

capacidade de concentração, motivação e auto-estima melhoraram, pois a partir do

início das seções ela sentiu-se disposta a se cuidar mais, tanto da parte externa

(visual) como da parte interna (mente), sua motivação e concentração estão mais

aguçadas já que se sente mais segura devido à socialização que as seções de

ginástica laboral proporciona.

Figura 11 – Nível de estresse da professora Marlene.

Conforme o gráfico, a professora Marlene antes da ginástica laboral tinha o

nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR) o que inspirava

cuidados com atitudes e modos de vida, após as seções de ginástica laboral seu

nível de estresse baixou apenas 10%, permanecendo na mesma categoria de

Reação de Resistência. Tal resultado pode ter relação com o fato de a professora

Marlene ter muitas aulas no decorrer da semana, já que trabalha em duas escolas

diferentes e em três períodos.

A professora Marlene tem 36 anos, é casada e não pratica atividade física

regularmente; em sua entrevista ela relatou que após a ginástica laboral ela sentiu

mudanças no seu comportamento no, pois sente-se mais disposta, consegue

concentrar-se melhor e até tira um tempinho para fazer caminhada, já que se sentiu

tão bem com as atividades realizadas durantes as seções de ginástica laboral.

Figura 12 – Nível de estresse da professora Simone.

Observa-se no gráfico que a professora Simone antes da ginástica laboral

tinha o nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR) e inspirava

cuidados com a saúde, após três meses de ginástica laboral seu nível de estresse

continuou na mesma categoria, baixando apenas 7%. Esse resultado pode estar

associado ao fato de a professora Simone não praticar atividades físicas

regularmente, ser fumante e não ter participado das seções de G. L. assiduamente.

Essa professora tem 29 anos, é casada e fuma de 05 a 07 cigarros por dia, em sua

entrevista ela relatou que sua capacidade de concentração, motivação e auto-estima

se manteve como antes.

Figura 13 – Nível de estresse da professora Sandra.

Observa-se no gráfico da figura 13 que a professora Sandra antes das seções

de ginástica laboral tinha o nível de estresse na categoria Reação de Alarme (RA), o

que indica nível médio de estresse dentro da normalidade, após os três meses de

ginástica laboral o nível de estresse baixou ainda mais, permanecendo dentro da

normalidade, ou seja, na categoria Reação de Alarme (RA). A professora Sandra

tem 29 anos, é solteira e freqüenta academia três vezes por semana; em sua

entrevista relatou que sua auto-estima sempre foi satisfatória, sempre gostou de se

cuidar para viver de bem com a vida, quanto à capacidade de concentração e

motivação ela observou que teve melhora, pois segundo seus relatos sente-se mais

disposta para o trabalho e para os estudos.

Figura 14 – Nível de estresse da professora Nicole.

De acordo com o gráfico acima, a professora Nicole antes da ginástica laboral

apresentava o nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR) e

inspirava cuidados, após as seções de ginástica laboral o nível de estresse passou

para a categoria de Reação de Alarme (RA) sendo que o nível de estresse nesta

categoria é considerado baixo e dentro da normalidade. A professora Nicole tem 32,

é casada e não pratica atividade física regularmente; em sua entrevista relatou que

após as seções de ginástica laboral começou a se sentir melhor em relação à

concentração e motivação para o trabalho, tem mais segurança ao se expressar

expor suas idéias, a auto-estima também teve melhora, após o conhecimento prático

da atividade física resolveu fazer caminha todos os dias após o trabalho.

Figura 15 – Nível de estresse da professora Suelem.

Observa-se no gráfico da figura 15 que a professora Suelem tinha o nível de

estresse na categoria de Reação de Resistência (RR) sendo médio o nível de

estresse nesta categoria, inspirava cuidados, depois de três meses de ginástica

laboral o nível de estresse passou para a categoria de Reação de Alarme (RA) o que

indica ser baixo o nível de estresse e estar dentro da normalidade. A professora

Suelem tem 25 anos, é solteira e faz caminhada diariamente, em sua entrevista

relatou que sua capacidade de concentração, auto-estima e motivação melhorou

bastante, após a ginástica laboral ela se cuida mais, ao fazer sua caminhada se

alonga antes e depois, e em seus estudos e no trabalho notou que se concentra em

pequenos detalhes que antes passavam despercebidos.

Figura 16 – Nível de estresse da professora Ana.

Observa-se no gráfico que antes da ginástica laboral a professora Ana tinha o

nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR) e inspirava cuidados,

depois de três meses de ginástica laboral o nível de estresse permaneceu na

mesma categoria, apesar de ter baixado 9%. A professora Ana tem 33 anos, solteira,

não pratica atividade física regularmente e bebe socialmente nos fins de semana em

sua entrevista ela relatou que notou mudança apenas na motivação, pois após as

seções de ginástica laboral sentia-se mais descansada para ministrar suas aulas.

Esse resultado pode ter relação com o número de alunos existentes na sala da

professora Ana, o que a deixava mais cansada e estressada.

Figura 17 – Nível de estresse da professora Francisca.

Observa-se no gráfico que a professora Francisca antes da ginástica laboral

tinha o nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR) e inspirava

cuidados com a saúde, após as seções de ginástica laboral o nível de estresse

permaneceu na mesma categoria apesar de ter baixado 10% o nível de estresse. A

professora Francisca tem 37 anos, é divorciada e não pratica atividade física

regularmente; em sua entrevista relatou que sua auto-estima melhorou, pois a partir

das seções de G. L. ela sentiu menos cansaço ao iniciar a aula e concentra-se mais

em detalhes como, datas e nomes já que convive com muitas pessoas por trabalhar

em duas escolas nos três períodos. Tal resultado pode estar associado á falta de

tempo para o descanso entre uma aula e outra e à quantidade de alunos para lidar

em cada sala.

Figura 18 – Nível de estresse da professora Lídia.

Observa-se no gráfico acima que a professora Lídia tinha o nível de estresse

na categoria de Reação de Resistência (RR) e inspirava cuidados, após as seções

de ginástica laboral o nível de estresse passou para a categoria de Reação de

Alarme (RA) indicando nível baixo de estresse estando dentro da normalidade. A

professora Lídia tem 27 anos, é casada e faz caminhada três vezes por semana,

relatou em sua entrevista que sua auto-estima, motivação e capacidade de

concentração melhorou, a mesma sente-se mais disposta no trabalho e consegue

atender as necessidades de suas aulas de forma mais criativa e dinâmica.

Figura 19 - Nível de estresse da professora Luíza.

Conforme o gráfico acima antes das seções de ginástica laboral a professora

Luíza apresentava o nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR),

inspirando cuidados com a saúde, após as seções de ginástica laboral o nível de

estresse baixou 5% permanecendo na categoria de Reação de Resistência (RR). A

professora Luíza tem 34 anos, é casada e não pratica atividade física regularmente,

em sua entrevista relatou que sente sua auto-estima melhor, pois começou a cuidar-

se mais fazendo caminhada duas vezes por semana, quanto à sua capacidade de

concentração e motivação para o trabalho a diferença segundo ela foi pouca ainda,

sente muito cansaço logo no início das suas aulas. Esse resultado pode estar

relacionado à falta de tempo para o descanso e relaxamento, já que a professora

Luíza trabalha em duas escolas.

Figura 20 – Nível de estresse da professora Isaura.

Observa-se no gráfico que a professora Isaura antes das seções de ginástica

labora tinha o nível de estresse na categoria de Reação de Resistência (RR) e

inspirava cuidados com as atitudes e o modo de vida, depois de três meses de

ginástica laboral seu nível de estresse permaneceu na mesma categoria apesar de

ter baixado 5%. A professora Isaura tem 40 anos, é casada e faz caminhada todos

os dias, ela relatou em sua entrevista que sua auto-estima, motivação e

concentração melhoraram, ela sente mais disposição para as atividades laborais e

para o lazer, cuida mais do corpo arrumando-se mais até para o trabalho

5. CONCLUSÃO

Apesar de várias pesquisas já realizadas, a ginástica laboral ainda é uma

prática pouco utilizada pelas empresas e instituições públicas diante do número

de trabalhadores em todo o Brasil. A ginástica laboral visa a promoção da saúde

e melhoria das condições de trabalho, proporcionando benefícios tanto para os

trabalhadores quanto para as empresas.�

Essa pesquisa encontrou dados que não diferem de outras pesquisas

outrora realizadas. Os resultados obtidos não deixam dúvidas de que os

trabalhadores sentem as mudanças que a ginástica laboral traz para suas vidas.�

Os principais resultados obtidos nesta pesquisa foram: 45% dos

professores participantes sentiram diferenças em seus níveis de estresse

passando da categoria de Reação de Resistência (RR) que significa necessidade

de cuidados com atitudes e modos de vida, para a categoria de Reação de

Alarme (RA) que indica nível baixo de estresse e está dentro da normalidade. Os

outros 55% dos professores pesquisados evidenciaram queda nos níveis de

estresse, permanecendo na mesma categoria de pontuação dos níveis de estresse.�

Entre todos os professores pesquisados apenas 10% não sentiram

diferença em seu comportamento relacionado à auto-estima, capacidade de

concentração e motivação para o trabalho e lazer. 90% evidenciaram mudanças

relatando que após as seções de ginástica laboral sentiram-se mais dispostos,

começando a cuidar mais do visual iniciando programas de exercícios físicos

regulares. �

Os resultados encontrados nesta pesquisa refletem a percepção de cada

professor (a) participante quanto à prática da ginástica laboral durante o período

de três meses. De forma que os mesmos reconhecem a eficácia da prática da

atividade física dentro e fora do ambiente de trabalho. �

A prática regular de exercícios físicos entre eles a ginástica laboral traz

inúmeros benefícios para os trabalhadores, melhorando a qualidade de vida e

condições de lazer; e muito mais que isso, se torna prevenção contra doenças,

favorecendo desta forma, tanto o trabalhador quanto as empresas e instituições

que adotam a prática da ginástica laboral.�

6 – REFERÊNCIAS

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Bancários Ativos e Sedentários: A Importância do Sujeito na Relação “Atividade

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MILITÃO, Angeliete Gárcez. A Influência da Ginástica Laboral Para a Saúde dos

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Federal de Santa Catarina.

NICKEL, Daniele Cristine. Percepção de Estresse Atitudes de Aprendizagem de

Docentes na Mudança do Sistema Seriado para o Modular: Estudo de Caso Numa

Instituição de Ensino Superior. Florianópolis, 2004. Tese (Doutorado em Engenharia

de Produção). UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.

POLITO, Eliane e BRGAMASCHI, Elaine Cristina. Ginástica Laboral: Teoria e

Prática. Rio de Janeiro, 3ª edição: Sprint, 2006.

POLATO, Amanda. O Estresse e a Profissão. Nova Escola on-line, Maio/2007.

PROFESSORA, TOME CUIDADO. Revista Nova Escola, Nº 89, Novembro de 1995.

SILVA, Rudney Da. Características do Estilo de Vida de Professores do Ensino

Superior Público em Educação Física. Florianópolis, 2006. Tese (Doutorado em

Engenharia de Produção). UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.

ZENTI, Luciana. O Bom e o Mau Estresse - Entenda Como Seu Corpo Reage às

Tensões e Saiba Como Detectar os Sinais de que é Preciso se Cuidar. Nova Escola

on-line edição 132 Maio/2000.

ZENTI, LUCIANA. A Arte de Ser Professor. Nova Escola on-line edição 135

Setembro/2000.

APÊNDICE

APÊNDICE I

Ofício de autorização para aplicação de questionário, experimentos e entrevista na E.M.E.I.E.F. Beatriz Mireya

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA-UNIR NÚCLEO DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA À Diretora desta Escola NESTA Venho respeitosamente por intermédio deste, solicitar a Vossa Senhoria a

colaboração quanto a: 1- Autorização para aplicar um questionário junto aos professores

desta instituição para a realização de uma pesquisa acadêmica com coletas de dados, sobre ginástica laboral.

2- Autorização para aplicar as seções de ginástica laboral, durante o período de 03 meses, a iniciar no mês de Agosto de 2007 com término em Outubro do mesmo ano.

3- Autorização para entrevistar os professores participantes do programa no final do período proposto anteriormente.

Estes documentos serão de importância fundamental para subsidiar o trabalho de conclusão do Curso de Educação Física da Universidade Federal de Rondônia pelas acadêmicas Daniela Aparecida de Melo e Lindinalva Cestaro Gambarini, sob orientação da Profª Ms. Angeliete Gárcez Militão.

Este estudo no âmbito de sua investigação tem como objetivo geral o levantamento de dados a cerca dos benefícios psicológicos da ginástica laboral para os professores desta escola.

Os resultados serão apresentados posteriormente para esta instituição para que a mesma possa ver como a ginástica laboral influenciou no na mudança de comportamento para a melhoria da qualidade de vida dentro e fora do ambiente laboral.

Na certeza de vossa colaboração, desde já agradecemos colocando-nos à disposição para esclarecer qualquer dúvida que porventura venha a surgir em relação a este pedido.

APÊNDICE II

UNIR – NÚCLEO DE SAÚDE / DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Este questionário objetiva colher dados que farão parte da monografia de

GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA, realizada pelas Acadêmicas Daniela

Aparecida de Melo e Lindinalva Cestaro Gambarini, sob orientação da Profª Ms.

Angeliete Garcez Militão. Esta Pesquisa visa identificar O NÍVEL DE ESTRESSE

ENTRE OS PROFESSORES DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL

E ENSINO FUNDAMENTAL BEATRIZ MIREYA EM JARU/RO, fazendo uma

correlação entre os mesmos.

1. Dados de Identificação:

Idade: ______________

Sexo: M ( ) F ( )

Estado Civil: __________________

Pratica atividade física regularmente? ( ) Não Sim ( ). Se respondeu sim, quantas vezes por semana? _________________________________

Qual (is)? __________________________________________________________ Você fuma? Não ( ) Sim ( )

Com que freqüência? _________________________________

Você consome bebida alcoólica? Não ( ) Sim ( ) Com que freqüência? __________________________________

2. Questionário: Leia as afirmações abaixo, analise sua situação de vida no momento e faça um “X” no número que melhor corresponde à sua resposta, obedecendo aos seguintes critérios:

0 = NÃO 1= POUCO 2=BASTANTE 3=TOTALMENTE

Nº SINTOMAS 0 1 2 3

01 Vivo sob pressão o tempo todo.

02 Comparando-me com as outras pessoas com as mesmas obrigações e o mesmo estilo que eu, levanto-me mais cedo que

elas.

03 Fico aborrecido (a) quando meu (minha) companheiro (a) me deixa esperando por um longo tempo.

04 Quando os outros são vagarosos, prefiro fazer o trabalho. 05 Levo muito a sério minhas obrigações.

06 Algumas tarefas de minha vida me sobrecarregam muito. 07 A sobrecarga me deixa nervoso.

08 Tenho muitas ambições.

09 Sobrecarrego-me freqüentemente. 10 Quando alguém está explicando algo e não sabe como prosseguir,

interrompo e ajudo.

11 Irrito-me quando pessoas preguiçosas atrasam o trabalho.

12 Aborreço-me quando tenho que esperar num escritório, médico, correio ou loja.

13 Tenho constantemente o sentimento de que o tempo voa. 14 No trabalho faço coisa com mais precisão que os outros. 15 Estou sempre com pressa, quando tenho que fazer algo. 16 Enquanto todas as tarefas não estiverem cumpridas, não consigo

relaxar adequadamente.

17 Ao fazer as mesmas tarefas que os outros produzo mais. 18 Fico sempre tenso, quando tenho muitas coisas para fazer ao

mesmo tempo.

19 Sempre faço questão de realizar minhas obrigações o mais depressa possível.

20 Mesmo nas horas de lazer e férias, penso nas tarefas que ainda tenho a cumprir.

TOTAL

Após responder ao questionário, somam-se os números correspondentes às

suas respostas e veja em que situação você se enquadra na Síndrome Geral de

Adaptação, descrita por Selye (1956) que consiste em:

� Até 20 pontos, REAÇÃO DE ALARME: o nível de estresse é baixo e está

dentro da normalidade. � Se 21 a 40 pontos, REAÇÃO DE RESISTÊNCIA: o nível de estresse é médio.

Cuidado! É hora de repensar as atitudes e o modo de vida. � Acima de 41 pontos, REAÇÃO DE EXAUSTÃO: o nível de estresse é alto e

perigoso. Seu estado é propício para o aparecimento de doenças. É hora de dar uma virada na vida.

APÊNDICE III

ENTREVISTA

NOME:_______________________________________________________ SEXO: ___________________ IDADE:__________________________

1. A Ginástica Labora influenciou na sua capacidade de concentração e

motivação para o trabalho?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. A Ginástica Laboral influenciou no reforço de sua auto-estima? De que forma?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________