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CENTRO PAULA SOUZA
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
ETEC DOUTOR RENATO CORDEIRO
HABILITAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICO EM RECURSOS HUMANOS
ANDRÉIA DIAS DE SOUZA
JOÃO PAULO DE LIMA MATTOS
JOSIANE CRISTINA DE ALMEIDA VILELA
BENEFÍCIOS QUE A LIDERANÇA DEMOCRÁTICA
PROMOVE A ORGANIZAÇÃO
BIRIGUI
2016
ANDRÉIA DIAS DE SOUZA
JOÃO PAULO DE LIMA MATTOS
JOSIANE CRISTINA DE ALMEIDA VILELA
BENEFÍCIOS QUE A LIDERANÇA DEMOCRÁTICA
PROMOVE A ORGANIZAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
na Banca Examinadora da Etec Doutor Renato
Cordeiro de Birigui - SP, Habilitação
Profissional Técnico em Recursos Humanos
sob a orientação do Prof. Alexandre Violin
Garcia.
BIRIGUI
2016
FOLHA DE APROVAÇÃO
ANDRÉIA DIAS DE SOUZA
JOÃO PAULO DE LIMA MATTOS
JOSIANE CRISTINA DE ALMEIDA VILELA
BENEFÍCIOS QUE A LIDERANÇA DEMOCRÁTICA
PROMOVE A ORGANIZAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
na Banca Examinadora da Etec Doutor Renato
Cordeiro de Birigui - SP, Habilitação
Profissional Técnico em Recursos Humanos
sob a orientação do Prof. Alexandre Violin
Garcia.
_______________________________________________
Prof. Alexandre Violin Garcia
Instituição: Etec Doutor Renato Cordeiro
Data: 05/12/2016
_______________________________________________
Prof. Angela Maria Teixeira
Instituição: Etec Doutor Renato Cordeiro
Data: 05/12/2016
_______________________________________________
Prof. José Avanço
Instituição: Etec Doutor Renato Cordeiro
Data: 05/12/2016
Aprovado em: ___/____/________
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ter me dado paciência
e forças para prosseguir no curso apesar de todas as dificuldades, a
minha mãe Leonilda, que me motivou para que eu não desistisse e aos
professores e colegas que estiveram ao meu lado durante esta
caminhada.
Andréia Dias de Souza
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus que me deu forças e
sabedoria para trilhar este caminho apesar de todos os obstáculos que
surgiram no caminho, aos meus amigos que batalharam ao meu lado
para concluir este trabalho, aos professores que sempre foram minha
fonte inspiração, a minha família e a minha namorada, cujo apoio e
motivação permitiram-me chegar até aqui.
João Paulo de Lima Mattos
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que com sua luz sempre
iluminou meu caminho, ao meu esposo Thiago que teve paciência
com minhas ausências e sempre motivou-me para que eu nunca
desistisse do curso, aos meus filhos Carlos, Thales e Joaquim que são
minha inspiração, aos colegas de classe que eu tive o prazer de
conhecer nesta caminhada, e aos professores que tiveram paciência e
sabedoria para nos conduzir até a conclusão deste curso.
Josiane Cristina de Almeida Vilela
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus por ter nos dado força, saúde e motivação durante esta
caminhada, aos nossos amigos que nos apoiaram e batalharam ao nosso lado, aos nossos
familiares que foram fonte de nossa perseverança e dedicação e aos professores e funcionários
da escola que nos auxiliaram e não mediram esforços para nos transmitir seu conhecimento.
MENSAGEM
Bons líderes fazem as pessoas sentirem quem elas estão no centro das coisas e não na
periferia. Cada um sente que ele (a) faz a diferença para o sucesso da organização. Quando
isso acontece, as pessoas sentem-se centradas e isso dá sentido ao seu trabalho.
Warren G. Bennis.
RESUMO
Desde seus primórdios o ser humano necessita de indivíduos com a capacidade de
influencia-los e guia-los a um objetivo e devido a isto, surgiram grandes líderes responsáveis
por feitos que moldaram a história da humanidade, seja através de conquistas militares ou por
sua capacidade de gerir situações inviáveis para a maioria dos seres humanos e este processo
se tornou ainda mais intenso com o advento da Revolução Industrial, onde a nova estrutura de
trabalho, assim como a intensificação das atividades comerciais e o surgimento da ciência
administrativa, trouxe as organizações um maior poder competitivo e a preocupação com o
avanço de seus concorrentes, uma vez que, começava-se então os primeiro passos da
globalização. Com a intensiva competitividade e a busca por melhores formas de gestão,
surgem as teorias administrativas, que possibilitaram não só um maior conhecimento da
liderança, como a ciência de que os colaboradores são o maior ativo que a organização possui,
uma vez que, estas são compostas por eles. A partir deste princípio são fundamentados então
estilos de liderança com base em características, estilos e situações, sendo assim iniciados os
estudos e pesquisas mais aprofundados sobre a liderança e suas influencias nas organizações,
tendo como base os líderes da história e os anseios dos liderados e com bases nesses estudos
foi realizado um estudo de caso nas empresa Bandeirante Supermercados e na escola Etec
Doutor Renato Cordeiro com o objetivo de analisar os processos de liderança vigentes nas
mesmas e assim comparar e comprovar a efetividade da liderança democrática nas
organizações, demarcando assim os benefícios que este estilo provem as organizações.
PALAVRAS CHAVES: Líderes. Globalização. Influências. Liderança democrática.
ABSTRACT
Since its inception the human need of individuals with the ability to influence them
and guide them to hum purpose and due to isto emerged great leaders responsible by made
that shaped the history of mankind, whether or through military achievements in his capacity
manage situations paragraph unviable most human beings and this process became even more
intense with the advent of the industrial revolution, where the new work structure, so as to
intensify the commercial activities and the emergence of administrative science, brought to
hum organizations greater competitive power and concern for the advancement of your
competitors once that was beginning to then first steps globalization. With intensive
competitiveness and in search best management forms emerge as administrative theories, que
allowed not only hum greater knowledge leadership, how que science employees are the
biggest assets that the organization has, since these are composed for them. From this
principle are based then leadership styles based on features, styles and situations, being so
initiates os studies and research more detailed about leadership and its in influences
organizations, based tendon as os history of leaders and the longings of led and bases with sas
studies was realized hum study in case company Bandeirante Supermarkets and school Etec
Doctor Renato Cordeiro with the aim of analyzing the current leadership process in same and
so compare and verify the effectiveness of the democratic in organizations leadership, so
demarcating the benefits that this style comes as organizations.
Keywords: Leadership. Globalization. Influences. Democratic leadership.
Figura 1: Júlio Cesar ................................................................................................. 19
Figura 2: O líder como pilar da organização ............................................................ 27
Figura 3: Os diferentes estilos de liderança .............................................................. 97
Figura 4: Evolução Natural ...................................................................................... 99
Figura 5: Primeira Revolução Industrial .................................................................. 99
Figura 6: As pirâmides de Gizé ................................................................................ 99
Figura 7: Estátua de Sun-Tzu ................................................................................... 99
Figura 8: Império Romano – máxima extensão territorial ....................................... 99
Figura 9: Vargas e Hitler ......................................................................................... 99
Figura 10: Jesus Cristo ............................................................................................ 99
Figura 11: Grade gerencial de Blake e Mouton ....................................................... 99
Figura 12: As forças que condicionam os padrões de liderança .............................. 99
Figura 13: Estrutura para diagnosticar o projeto organizacional .............................. 99
Figura 14: Os três estilos de liderança ..................................................................... 99
Figura 15: Benefícios da liderança democrática ...................................................... 99
Figura 16: Teoria dos dois fatores, uma ideia de Herzberg ..................................... 99
Figura 17: Etec Doutor Renato Cordeiro ................................................................. 99
Figura 18: Empório Bandeirantes ............................................................................. 99
Figura 19: Logomarca do Bandeirante Supermercados ........................................... 99
Figura 20: Fachada do Bandeirante Supermercados loja 2 ...................................... 99
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Os três estilos de liderança ....................................................................... 17
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A.C. – Antes de Cristo
TGA – Teoria Geral da Administração
SP – São Paulo
CEP – Código de Endereçamento Postal
ETIM – Ensino Técnico Integrado ao Médio
N° - Número
M² - Metros quadrados
LISTA DE TRADUÇÕES
KONG FUZI – Confúcio
HUANGDI - Imperador
WANG – Rei
TIANZI - Filho do céu
JOB CENTERED – Centrada na tarefa
EMPLOYEE CENTERED- Centrada nas pessoas
CHECK – OUTS – Dar baixa
TURNOVER - Rotatividade
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10
CAPÍTULO 1: BENEFÍCIOS QUE A LIDERANÇA PROMOVE A
ORGANIZAÇÃO .................................................................................................... 12
1.1 A evolução histórica da administração ................................................................ 12
1.2 A liderança através do tempo .............................................................................. 15
1.3 Os estilos de liderança ......................................................................................... 18
1.4 Gerenciar e liderar equipe .................................................................................... 19
1.5 Os benefícios da liderança democrática ............................................................... 20
CAPÍTULO 2: ESTUDO DE CASO: ESCOLA ETEC DOUTOR RENATO
CORDEIRO E EMPRESA BANDEIRANTE SUPERMERCADOS LTDA. .... 36
2.1 Histórico das empresas ........................................................................................ 40
2.1.1 Etec Doutor Renato Cordeiro ........................................................................... 44
2.1.2 Bandeirante Supermercados .............................................................................
2.2 Resultados obtidos ...............................................................................................
50
54
2.3 Diagnóstico final .................................................................................................. 55
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 69
APÊNDICES ............................................................................................................ 83
INTRODUÇÃO
Em sua essência o ser humano necessita de alguém em que possa seguir, um
referencial que sirva como um apoio ou uma forma de buscar estar sempre evoluindo. Em
meio a esta eminente necessidade, surgiram muitos líderes que não mudaram somente a
história de seu povo, mas também do mundo. Líderes como Júlio Cesar, Jesus Cristo,
Napoleão, Ghandi, Vargas e tantos outros, que foram tão importantes em suas épocas que
atualmente, são exemplos seja para a religião, para modelos de administração ou até mesmo
na luta pela paz. Cada um deles conquistou seus seguidores convencendo-os a aderir suas
ideias.
Figura 1: Júlio Cesar
Fonte: Vieira, (2016).
A ideia de liderança está cada vez mais presente dentro das organizações com o
advento da globalização, que aumentou a concorrência tornando-a mundial. Com isto a
necessidade de produzir mais tornou-se vaga e foi substituída por padrões de qualidade,
principalmente com a evolução constante dos meios de comunicação e de produção,
consolidando assim o fato de que o colaborador é o maior ativo da organização, uma vez que
a mesma não existe sem eles.
Esta nova concepção trouxe a necessidade de motivar, influenciar e persuadir estes
seres que agora não são mais simples recursos como às máquinas, mas sim pessoas que
desempenham papeis fundamentais para o bom funcionamento organizacional e é neste fator
que a figura do líder se tornou fundamental para sobrevivência das organizações perante a
concorrência, uma vez que as organizações que não possuem uma liderança consolidada
tendem a não sobreviver no mercado.
O líder atua dentro das organizações através do relacionamento interpessoal ou através
do cargo ou posição que ocupa dentro da mesma, ou seja, através dos relacionamentos o líder
transmite sua ideia, plano ou projeto e persuade e motiva a realizar tarefas que auxiliem a
organização a alcançá-las, exercendo o poder de influência.
A liderança é, de certa forma, um tipo de poder pessoal. Através da liderança uma
pessoa influencia outras pessoas em função dos relacionamentos existentes. A
influência é uma transação interpessoal na qual uma pessoa age no sentido de
modificar ou provocar o comportamento de uma outra, de forma intencional
(CHIAVENATO, 2010, p. 446).
Esta intervenção que tem como base fundamental a comunicação, pois esta fortalece
os relacionamentos e define o poder de convencimento que o líder possui sobre os
colaboradores e é através deste poder que os lideres atuam, mas também há líderes que agem
por meio da imposição e do medo, ou por recompensas e estas diferenças entre as formas de
atuação destes que os distinguem e diferem o líder do chefe.
A liderança embora possa ser desenvolvida é algo nato de alguns indivíduos,
diferenciando assim, os líderes que atuam com o poder de influenciar os demais por meios
referenciais e de competência dos que influenciam por meios coercitivos, de recompensas, ou
pela legitimidade do cargo ou posição que ocupa dentro da organização.
Esta diferenciação se reflete aos traços de personalidade que os lideres possuem, estes
se diferenciam muito e podem afetar todos os aspectos da organização, sendo eles a liderança
Autocrática que popularmente conhecemos como o chefe, o patrão que centraliza o poder e as
decisões sem dar espaço para que os colaboradores participem das mesmas, tendo sua direção
focada diretamente para a produção.
Na liderança Liberal, o líder não se envolve diretamente com o andamento da
organização, sem intervir ou tentar mudar o andamento da mesma e a liderança democrática
por sua vez se dá pelo trabalho e tomada de decisões em conjunto com os colaboradores, com
espaço para opiniões e orientações o que gera o que os impulsiona e faz com que a
organização cresça como um todo.
Os líderes de hoje nada tem a ver com os chefes do passado. Líderes criam novos
líderes; Chefes criam subordinados. Líderes trabalham por um objetivo comum;
Chefes agem de acordo com seus próprios interesses. Líderes criam o prazer do
desempenho; Chefes geram o medo da punição (CHIAVENATO, 2010, p.452).
Por outro lado, há também há também outras duas abordagens que tratam dos estilos e
das situações que envolvem a liderança, sendo que a primeira se resume ao foco que esta
possui seja para as tarefas priorizando a execução das tarefas ou para as pessoas focando no
colaborador, tendo como mediador a grade gerencial que tem como função ser uma
ferramenta onde o líder se apoia para verificar a direção de seus esforços, com o intuito de
atingir igualdade plena entre ambas as vertentes.
A abordagem situacional refere-se à contingência, onde o líder e sua forma de ação
são variáveis podendo o mesmo escolher como agir com base nas situações ou as próprias
situações agirem sobre o mesmo. Mas sempre considerando assim o fato de que o líder e
essencial para a organização sendo o apoio onde a mesma se ampara para poder crescer e se
desenvolver.
Figura 2: O líder como pilar da organização
Fonte: Serra, (2016).
As organizações são compostas por pessoas e estas possuem objetivos, valores, visões
e comportamentos diferentes e essa discrepância pode incorporar as mesmas diversos tipos de
conflitos, e situações que podem afetar drasticamente seu funcionamento, caso não haja a
presença de um mediador que exerça a função de guia para elas, um indivíduo em que elas se
apoiem e inspirem-se para assim desenvolver-se e consequentemente tornarem a realidade da
organização um sucesso. “O líder serve para o grupo como um instrumento para ajudar a
alcançar objetivos e funciona como uma retaguarda onde o grupo se apoia e uma bússola onde
o grupo se orienta” (CHIAVENATO, 2010, p.451).
O líder é o pilar de sustentação da organização, é através do líder que os valores se
tornam comuns, que os objetivos se tornam uma missão do conjunto organizacional e não
somente da empresa e de seus gestores e assim aumenta-se a eficiência de suas operações,
devido à motivação que o líder traz ao colaborador através de sua influência.
É importante ressaltar que nem todos os líderes possuem esta capacidade, de gerir,
motivar e influenciar seus comandados, pois este poder é regido pela comunicação, que além
de ser a construtora de relacionamentos é o veículo pelo qual transmitem-se ideias, pela qual
os líderes conquistam e direcionam seus liderados e nem todos possuem a capacidade de
influenciar os colaboradores, de modo a fazer com que estes sintam a importância que
possuem dentro da organização e os convencer de que são parte do objetivo da mesma.
A liderança é exercida como uma influência interpessoal em uma situação e
dirigida através do processo de comunicação humana para a consecução de
um ou mais objetivos específicos. (CHIAVENATO, 2010, p. 448).
Sem esta capacidade os líderes passam a ter maiores dificuldades neste processo, uma
vez que a comunicação é a peça chave de qualquer relacionamento e sem este não é possível
liderar, sendo que, é pela eficiência no processo da comunicação que o líder democrático se
torna vital para a organização, não descartando as demais teorias, mas sim, adaptando-se a
estas.
O gestor pode utilizar-se de abordagens como a contingencial, por exemplo, o líder
democrático com a versatilidade que possui, tem maior influência sobre seu meio e pode
moldar-se e ajustar a organização de uma forma mais eficiente para diferentes situações que
venham a agir sobre a mesma.
Figura 3: Os diferentes estilos de liderança
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2010, p.456).
O líder democrático age com a comunicação, a motivação, com o incentivo às
participações e com a união da equipe de trabalho, fazendo assim uso da sinergia, com o
intuito de tornar seus liderados líderes, dando a estes responsabilidade e desenvolvendo-os
para assim tornar a empresa mais produtiva e eficiente, de modo a facilitar e auxiliar também
o trabalho do setor de Recursos Humanos que possui o mesmo tipo de função dentro da
organização, uma vez que seu trabalho está voltado é voltado justamente para o
desenvolvimento, motivação e gestão do colaborador.
Esta relação entre o trabalho do líder democrático e o setor de recursos humanos gera
um retorno grandioso para a organização uma vez que desenvolve-se assim o capital
intelectual, os processos ganham maior eficiência e está torna-se mais forte perante a
concorrência, criando assim a capacidade de tornar das diferenças existentes dentro da
organização a solução e não o problema a ser enfrentado.
Este trabalho difere-se muito de um líder centralizador, que possui o pensamento
voltado somente para a produção deixando de lado seus colaboradores, se esquecendo de sua
importância para a organização, não dando espaço para este se desenvolver e oprimindo-o
com punições e até mesmo pela falta de reconhecimento, tornando do trabalho uma tortura e
declinando a empresa ao fracasso como organização, aumentando fatores como a rotatividade
e doenças psicológicas e motoras que afetam drasticamente a produtividade e o clima
organizacional da empresa.
[...] No médio prazo, a liderança centrada na tarefa provoca insatisfação,
rotatividade do pessoal, elevado absenteísmo, alto índice de desperdício,
reclamações trabalhistas contra a organização, queixas frequentes e redução do ritmo
de trabalho. (CHIAVENATO, 2010, p. 457).
Tais déficits são suprimidos quando há na organização uma liderança que traga
confiança e senso participativo para estes, com fatores como a delegação de tarefas e o
incentivo ao trabalho em equipe.
Os grupos submetidos à liderança democrática apresentaram boa quantidade de
trabalho, qualidade surpreendentemente melhor, acompanhada de um clima de
satisfação, de integração grupal, de responsabilidade e de comprometimento das
pessoas. (CHIAVENATO, 2010, p. 455).
Pode-se ressaltar ainda mais este estilo de liderança quando analisa-se suas bases de
poder, pois enquanto um chefe tem a necessidade de apoiar-se em um cargo ou posição dentro
da organização, o líder trabalha através da referência e de sua competência, reforçando assim
a necessidade de alguém a ser seguido uma vez que as pessoas se espelham em quem
demonstra melhores qualificações, em quem se sobressai sobre os demais, é a lei da evolução
natural.
Figura 4: Evolução natural
Fonte: Miranda, (2016).
Tornar o estilo de uma empresa democrática e investir na capacitação de novos líderes
é importante por aumentar o alcance e a circulação de ideias dentro da organização através do
incentivo à comunicação, o que reduz também os conflitos pela ausência da mesma e motiva
os colaboradores a trazerem mais ideias para a organização e organizá-las, uma vez que estes
agora têm espaço para que possam participar de decisões e dar opiniões sobre as mesmas.
O líder é extremamente comunicativo, encoraja a participação das pessoas e se
preocupa igualmente com o grupo. O líder funciona como um facilitador para
orientar o grupo, ajudando-o na definição dos problemas e nas soluções,
coordenando as atividades e sugerindo ideias. (CHIAVENATO, 2010, p. 455).
A liderança democrática quebra o paradigma de que a motivação se conquista apenas
pela boa remuneração e demonstrando assim que o líder tem papel decisivo, para que haja um
bom clima organizacional e para que a cultura da organização não seja opressora, mas que
seja tão boa para o colaborador que este sinta prazer e orgulho de ser parte da mesma,
principalmente por terem a segurança de serem guiados por alguém que valorize-os e
reconheça as sua importância dentro da organização.
Este investimento não conta com alto custo, mas sim grandes retornos produtivos,
financeiros, estruturais e a promoção da qualidade de vida no trabalho para o colaborador, que
ao sentir que a organização da qual faz parte reconhece seu valor motiva-se a continuar
evoluindo, produzindo de maneira mais eficiente, tornando o clima organizacional mais
dinâmico e o relacionamento pessoal mais enraizado, elevando assim a organização e a
fazendo ter sucesso perante a concorrência.
[...] nas unidades com estilo de liderança centrada nos empregados, a satisfação no
trabalho era mais alta, a rotatividade e o absenteísmo eram baixos. Nas unidades
com líderes centrados no trabalho, a produção não era maior, mas a satisfação dos
empregados era baixa, e a rotatividade e o absenteísmo eram altos. (SILVA, 2008,
p.235).
O maior desafio do estilo democrático de liderança é a transformação do
comportamento e pensamento dos gestores, a fim de ceder e confiar na liderança, como seu
diferencial frente à concorrência.
Este desafio se torna irrelevante quando analisamos todas as vantagens que investir na
capacitação de novos líderes traz a organização, levando em conta que o departamento de
Recursos Humanos seria o principal beneficiado, pois mesmo que este líder não esteja dentro
deste departamento a visão mais humana e globalizada da organização permitiria a este
utilizar-se da gestão de pessoas de uma forma mais eficiente proporcionando o
desenvolvimento e a fidelização das relações entre empresa e colaborador.
A partir deste estudo surge a seguinte pergunta problema: Com os avanços da
globalização e o aumento da concorrência, as organizações foram forçadas a reconstruir sua
ideologia sobre o colaborador e sua importância, tornando assim evidente que organização
necessita de um indivíduo, que possua o poder de motivar, guiar, influenciar e de se unir ao
colaborador. Dessa forma o foco da empresa no desenvolvimento de líderes democráticos
trará benefícios à mesma? Devido a esta pergunta chegamos a seguinte hipótese: O líder
democrático é uma ferramenta essencial para guiar e sustentar uma organização, agregando a
mesma valor e alcançando assim, eficiência e eficácia em todos os seus padrões de
desenvolvimento. Portanto o desenvolvimento de lideranças democráticas nas organizações
resultou em benefícios que serão fundamentais para o sustento da mesma perante a
concorrência.
Para comprovarmos a hipótese delitimatmos o seguinte objetivo: Comprovar que o
líder democrático é essencial para o desenvolvimento e sustentabilidade da organização
perante a concorrência do mercado. Com o intuito de alcançar o objetivo foram definidas as
seguintes metas: Apresentar as dificuldades de uma organização que não possui um
profissional, demonstrar a essencialidade de um líder para a organização e conscientizar sobre
a importância da valorização do colaborador e sua contribuição para a liderança.
A estrutura do trabalho esta dividida em introdução, capítulo 1 referencial
bibliográfico, capítulo 2 estudo de caso, conclusão e referências.
O referencial bibliográfico possui como objetivo, a realização de um estudo detalhado
do tema a ser explorado durante o trabalho, demonstrando de forma simples a evolução
histórica da administração, a evolução da administração através do tempo, os estilos de
liderança, gerenciar e liderar equipe e os benefícios da liderança democrática.
Para comprovar os conceitos apresentados no referencial bibliográfico, foi realizado o
estudo de caso na empresa Bandeirante supermercados e na Etec Doutor Renato Cordeiro.
CAPÍTULO 1: LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
1.1 A evolução histórica da administração
Precisamente no ano 5.000 a.C., a história da Administração inicia como um meio
para melhorar a maneira de resolver problemas práticos ou difíceis, exercitando a arte de
administrar. Na história e evolução da administração, duas instituições se destacam, a:
a) Igreja Católica romana, sendo a organização formal mais antiga do mundo, esta
espalhou-se e adquiriu fiéis por todo o mundo, tendo seu trabalho exercido principalmente em
caráter de consultoria.
Na idade média os reis consultavam os conselhos do papa, ou de bispos e esta, ainda
tinha o poder de solucionar conflitos, unir povos e declarar guerras e caçadas, como ocorreu
nas cruzadas e mesmo após as inúmeras divisões ocorridas em sua história como a divisão
entre as igrejas católicas Ocidental e Ortodoxa, a Reforma protestante, entre outras, esta
permanece firme e baseada no mesmo sistema simples e objetivo de liderança e
administração.
[...] os líderes reconheceram a necessidade de definir com maior rigor os objetivos, a
doutrina e a conduta das atividades cristãs, assim como as condições para se tornar
membro da organização. O resultado foi uma grande organização religiosa e uma
fonte centralizada de autoridade no Papa. ( SILVA, 2008, p. 87).
A Igreja pode ser considerada uma organização formal mais eficiente da civilização
ocidental.
Através de séculos vem mostrando e provando a capacidade de alcançar seus
objetivos, suas técnicas organizacionais, administrativas e maneiras de liderar e influenciar no
comportamento de seus fiéis até nos dias de hoje.
b) Organizações Militares, que transformaram-se de formas de defesa básicas, á
exércitos mercenários, legiões romanas, aos gigantescos exércitos das cruzadas e
demonstrando sua rápida evolução no século XX, durante as guerras mundiais e a guerra fria,
onde em um século, o homem deixou de utilizar o combate corpo a corpo e seu poder se
transformou em ogivas nucleares, que ao toque de um botão possuíam o poder de devastar
uma nação.
Os exércitos possuem em sua essência a necessidade de dois fatores, a liderança e a
administração, uma vez que sem grandes líderes os exércitos jamais possuiriam a capacidade
de se defender e atacar e consequentemente estes líderes eram responsáveis por geri-los,
sendo assim o maior fator de contribuição das organizações militares para a administração, a
gestão de pessoal e de recursos.
Na atualidade, mantem-se a hierarquia de poder rígido e disciplinar, porém este se
adaptou a grande parte das práticas comuns as demais organizações, bem como estas, se
espelharam em exemplos que hoje são sinônimo de administração como: Sun Tzu, General
chinês escritor do livro A arte da guerra e Napoleão Bonaparte, General francês considerado
um dos melhores comandantes da história do Ocidente, sendo lembrado também por suas
medidas administrativas, como a criação do Banco da França e a criação de escolas públicas.
Interessado em criar um corpo de funcionários públicos capacitados, Napoleão
também teve a preocupação de reformar o ensino, atrelando ao Estado a tarefa de
oferecer o ensino público à população. Foram criados os liceus, colégios internos
responsáveis pela formação de cidadãos que, posteriormente, fossem capazes de
ocupar os altos cargos do Exército e do Estado. Paralelamente, o ensino superior
também foi incentivado com a criação de faculdades de Política, Direito e Técnica
Naval. (SOUZA, 2016, p. 01).
No decorrer dos anos da história da Administração, aconteceu um fenômeno que
provocou o aparecimento das empresas e da moderna Administração, que ocorreu no final do
século XIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse
fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, chamou-
se Revolução Industrial.
Figura 5: Primeira Revolução Industrial
Fonte: Boettcher, (2016).
Soluções produtivas e grande necessidade de crescimento se tornaram prioridade nesta
época. A revolução industrial teve seu início na Inglaterra, com a invenção da máquina a
vapor por James Watt, em 1776.Com aplicação da máquina a vapor no processo de produção,
provocou um enorme surto de industrialização, que se estendeu rapidamente a toda Europa e
Estados Unidos.
Com esse acontecido no início do século XX, surge dois engenheiros pioneiros que
revolucionaram os conhecimentos da Administração. Um Americano, Frederick Winslow
Taylor, que iniciou a Escola da Administração Cientifica e considerado o fundador da
moderna TGA.
Taylor provocou uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo
industrial de sua época, onde sua preocupação era eliminar o desperdício e perdas sofridas
pelas indústrias, e aumentar os níveis de produtividade por meio de métodos e técnicas da
Engenharia Industrial.
Por outro lado o engenheiro também europeu, Henri Fayol, que desenvolveu a
chamada Teoria da Administração Clássica, preocupando-se em aumentar a eficiência da
empresa por meio da organização e aplicação de princípios da Administração com bases
cientificas. Entre Administração cientifica de Taylor e a Administração Clássica de Fayol
conclui-se:
a) Enquanto Taylor estudava a empresa privilegiando as tarefas de produção,
Fayol estudava a empresa privilegiando as tarefas da organização.
b) A ênfase dada por Taylor era sobre a adoção de métodos racionais e
padronizados e máxima divisão de tarefas, enquanto Fayol enfatizava a estrutura formal da
empresa e a adoção de princípios Administrativos pelos altos escalões.
Então podemos ver que na história da evolução da administração, muitos estudiosos,
psicólogos e filósofos contribuíram para essa evolução, como Elton George Mayo, criador da
Teoria das Relações Humanas, Teoria do Comportamento Organizacional, sempre com ênfase
concentrada nas pessoas baseando também na racionalidade, adequação dos meios aos
objetivos, para que se obtenha o máximo de eficiência formando grandes gestores, líderes da
atualidade.
1.2 A liderança através do tempo
A liderança é uma forma de autoridade que está associada a capacidade de um
indivíduo influenciar outros a partir dos relacionamentos existentes. Sendo que a influência é
uma transação interpessoal na qual uma pessoa age em função de modificar ou de provocar
certo comportamento em outra intencionalmente.
Através da história surgiram muitos líderes que guiaram seus povos ou impérios para
vitórias, paz e prosperidade, dentre estes lideres existia uma vasta diversidade
comportamental que os diferenciava dos demais, seja por sua autoridade, sua sabedoria, senso
de dever ou justiça e até mesmo por seus ideais pacíficos. Estas figuras sempre estiveram
modificando o tempo e a história, moldando o seu legado.
[...] a administração é uma atividade encontrada em empreendimentos de qualquer
espécie, de todos os povos, de todos os tempos. Na verdade, todos os grandes líderes
que a história registra foram administradores – administrando países, coordenando
explorações, dirigindo guerras, gerindo os esforços de outros homens. (GESTORES
DA ADM, 2011, p. 01).
Durante as grandes civilizações antigas, por exemplo, existiu a autoridade dos
imperadores que dominavam povos e construíam impérios, como no caso da China, do Egito
e de Roma onde a figura dos grandes imperadores se contrastavam com a grandeza dos
monumentos erguidos em glória aos mesmos e com a sua forma de liderança, que geralmente
era provado em batalhas que aumentavam a grandeza de seus reinos ou pela grandeza de seus
monumentos que cravariam seus nomes na história.
As pirâmides de Gizé no Egito, construídas entre os anos de 2686-2345 a.C. e resistem
até hoje ao deserto e ao tempo, são prova viva da engenhosidade de seus povos, que eram
guiados por líderes que eram enaltecidos pelo poder que possuíam, uma vez que para os
egípcios os faraós e sacerdotes eram divinos e considerados filhos de Deuses, constituindo a
estes a autoridade política, religiosa, econômica e militar.
Figura 6: As pirâmides de Gizé
Fonte: Geocities, (2016).
O império chinês assim como o egípcio também contou com um poder centralizador
considerado divino pelo seu povo, que foi responsável pela sua unificação e gestão, neste caso
o imperador possuía uma administração rígida na qual este dividiu o estado em 36 capitanias e
deliberou a cada uma delas um governador civil e um comandante militar, além de um
inspetor: primeiro ministro para fiscalizar o trabalho destes governadores.
Os antigos documentos de Chow e de Mencius indicam, todavia, que os chineses já
estavam cientes de certos princípios relacionados com o planejamento, a
organização, a direção e o controle.
A constituição de Chow, escrita por volta de 1100 a.C., é um catálogo de todos os
servidores civis do Imperador, desde o primeiro-ministro até os criados domésticos.
Essa constituição também descrevia os poderes do primeiro-ministro, bem como
suas atribuições e responsabilidades. (Silva R. O., 2008, p. 81).
Este trabalho era tão bem organizado pelos líderes que mesmo com invasões mongóis
e constantes conflitos internos envolvendo o poder sobre o país, este sistema feudal resistiu às
pressões camponesas e internacionais até o final do século 18.
A duração do período feudal na China e sua consistência, comprovam a efetividade e
importância que estes lideres tiveram seja como inspiração religiosa, como no caso dos
imperadores que eram vistos como filhos do céu, ou seja representantes do céu na terra, uma
visão muito parecida com a que os faraós possuíam.
O dogma mais importante atribuído à Confúcio: kong Fuzi tornou-se a justificação
cósmica da doutrina imperial chinesa: como não há sóis no céu, então não haveria
dois Filhos do Céu na terra. Segundo esta doutrina o imperador: Huangdi – ou,
dependendo do caso, o rei: wang – não era apenas o governante da China, mas o
soberano de “tudo abaixo do céu”. Todos os povos deveriam simplesmente esperar o
momento em que receberiam os benefícios da ordem do Filho do Céu: Tianzi.
(FARIAS, 2010, p.01). Os monges eram incumbidos de transmitir os ensinamentos religiosos, guiar e
aconselhar líderes militares e políticos, sendo muito importantes também pelo
aperfeiçoamento das artes marciais, ou na área militar como o general Sun Tzu, escritor do
livro a arte da guerra que uma das mais importantes referências para a administração
moderna.
Figura 7: Estátua de Sun-Tzu
Fonte: Gimenes, (2016).
As referências destes que este povo criou destes líderes auxiliaram o império chinês a
se manter estável perante as invasões mongóis, outros símbolos do poder que este povo
alcançou graças a efetividade destes líderes além da própria extensão do território chinês são
as inúmeras tecnologias criadas por estes como a pólvora e a bússola, e as construções
milenares como a Grande Muralha da China e o exército de Terracota que as fizeram se tornar
uma grande potência com poder muito similar ao império romano.
Os romanos possuíam uma estrutura de poder centralizada onde se respeitava uma
hierarquia rígida e quem governava, tinha sua função de líder concedida não pelo carisma,
mas sim pela posição que ocupava nesta hierarquia, mas, com a influência da cultura grega
que sofreu algumas mudanças em relação a esta estrutura, principalmente com o surgimento
da democracia no governo como um todo, diferente de como era em Atenas na Grécia, porém,
mantendo os mesmos preceitos.
[...] Há 2.500 anos os gregos inventaram e implantaram a administração democrática
em suas Cidades-estados. A democracia participativa foi uma grande inovação,
numa época em que os monarcas governavam segundo os interesses da aristocracia :
governo dos poucos que detinham a maior parte das riquezas. (MAXIMIANO, 2011,
p. 27).
Até este momento a liderança era vista como uma posição aristocrática, quando
pensamos nos grandes impérios antigos e nas crenças e religiões, uma vez que os grandes
sacerdotes eram respeitados e tinham importante função social. Também podemos considerar
os grandes generais militares que quando não eram nobres como o príncipe Alexandre o
Grande, eram patrícios de pouca ou média influência como o general militar e imperador
romano Júlio Cesar, que após conquistas militares se tornavam referência pelo seu poder de
liderança em campo de batalha e consequentemente alcançavam o poder.
Exército romano. No século III a.C., o exército romano havia avançado muito em
termos de organização e já apresentava características que pouco se modificariam
nos séculos seguintes, como alistamento de profissionais, regulamentação,
burocratização, planos de carreira e organização. O que faria do exército romano o
modelo para os próximos milênios, no entanto, era o centurião. Os centuriões
formaram a primeira corporação de oficiais profissionais da história. Comando em
campanha, motivação dos soldados e transmissão do código de disciplina eram suas
principais responsabilidades. (MAXIMIANO, 2011, p.28).
Podemos analisar em Roma a evolução no conceito de líder vigente, uma vez que,
mesmo tendo como base grandes conquistas e linhagens sanguíneas, começa-se a preocupar-
se com os subordinados, pois, a partir de revoltas e protestos, nota-se então a força que estes
possuíam e sua importância para o império poder continuar a se expandir, obter poder e
defender-se dos demais povos.
Figura 8: Império Romano – máxima extensão territorial
Fonte: Freitas, (2016).
O novo conceito transformou o império romano na maior potência ocidental e este
império só foi arruinado, quando seus líderes, deixaram de valorizar seus subordinados,
gerando assim crises internas, devido as várias divisões existentes no império que
derrubaram-no, tornaram este vulnerável aos ataques bárbaros, uma vez que, com a má
administração, tornou-se cada vez mais inviável gerir este extenso território.
Até o presente podemos notar uma evolução subsequente nestes conceitos, e a partir
deste instante notamos que os líderes de grandes impérios ou potencias mundiais, investiram
mais em seus subordinados especialmente com fatores da mídia e com premiações ou
bonificações que fizeram com que estes, se tornassem seus seguidores, temos como exemplo
os ditadores Hitler e Vargas que se promoviam através de propagandas com o objetivo de
influenciar o povo e motiva-los a atingir seus objetivos.
Figura 9: Vargas e Hitler
Fonte: Azevedo, (2016).
Notamos características similares em líderes como os presidentes americanos
Roosevelt e Lincoln, em Napoleão Bonaparte, no presidente Lula e em autoridades que
possuem caráter religioso, como o papa, onde os seus liderados os seguiam por admiração,
pela sua posição e pelo objetivo que estes defendiam, guiando estes por um caminho em
comum.
O carisma está sempre por trás das pessoas cujo desempenho vai muito além da sua
competência – não importa a profissão. O líder carismático possui características
pessoais marcantes e um certo magnetismo pessoal que influencia fortemente as
pessoas. O mundo foi profundamente marcado por líderes carismáticos, como Jesus,
Moisés, Napoleão, Ghandi, Vargas, Kenedy, etc. (CHIAVENATO, 2010, p. 448). Estes líderes possuíam algo que vai além da posição, ou do poder que alcançaram, a
base para suas conquistas e para o próprio alcance de sua posição é se deu através do carisma,
que possui como maior referencial Jesus Cristo, que idealizou o cristianismo e se tornou
referência de vida para milhares de seguidores, que se dividem por várias religiões, e vários
países e continentes, que mesmo possuindo estilos de vida, classes sociais, línguas e cores
diferentes, possuem um mesmo propósito, ser cristão.
Figura 10: Jesus Cristo
Fonte: Potrick, (2016).
Hoje nota-se em todos os tipos de organizações sejam elas governamentais, empresas
particulares, ou a própria família, que o líder é uma figura essencial para direciona-las a um
caminho e esta direção pode ser por diversas maneiras, que reconhecemos como estilos de
liderança.
1.3 Os estilos de liderança
As organizações são constituídas por pessoas que atuam juntas, mesmo que em áreas e
níveis organizacionais, por um mesmo objetivo. Em meio a estas pessoas há a existência de
pessoas responsáveis diretamente ou indiretamente por liderar e guiar as demais para que esta
organização atinja seus objetivos.
O líder pode atuar na organização por meio de diversos perfis de comportamento, que
podem ser redefinidos pelo próprio comportamento deste ou pela situação que o envolve.
Segundo Chiavenato" Por essas razoes, a complexidade do assunto tem levado a uma
infinidade de teorias e tentativas de explicações sobre o que é liderança que a conclusão são e
que existe ainda a abordagem ampla e universalmente que é aceita e respeitada (2010, p. 446).
E este conjunto de fatores impacta diretamente na forma de liderar, gerando assim múltiplas
teorias relativas a formas de liderança, que se dividem em teorias comportamentais e teorias
situacionais.
A teoria sobre os estilos comportamentais de liderança explana a conduta que o líder
exerce para atingir os resultados organizacionais, sendo que este nesta teoria o líder apresentar
um ou mais dos seguintes perfis, mas sempre há o prevalecimento de um deles em seu
comportamento:
a) Liderança Autocrática: Essa é um tipo de liderança que caracteriza pelo controle de
um indivíduo, ou equipe, tomando decisões que para o líder sempre estão corretas,
sem consultar opiniões dos membros das equipes ou subordinados, em outras palavras
neste perfil de liderança o poder é centralizado.
b) Liderança Democrática: Líder comunicativo, participativo com os membros e sempre
se preocupando com a organização e os subordinados. Sempre disposto a ouvir novas
sugestões para chegar nos resultados desejados.
c) Liderança Situacional: Líder que procura incluir controle de acordo com a situação,
habilidade e organização da equipe ou subordinados, ou seja o líder atua de acordo
com a situação em que se encontra.
Em cada um desses estilos de liderança, o líder atua e promove uma cadeia de
comunicação. Como mostra a tabela abaixo:
Tabela 1: Os três estilos de liderança
Fonte: Chiavenato, p. 455 (2010).
Quando nós voltamos para a execução de tarefas como um todo, o perfil de liderança
que mais se destaca dentre estes três citados é o democrático, pois, este apresenta uma boa
quantidade de volume de trabalho em relação aos demais, apresenta também maior qualidade,
uma vez que possui um bom clima de satisfação dos colaboradores, devido a terem
participação nas decisões e consequentemente um maior comprometimento.
Estes resultados já não são alcançados nos outros perfis, pois estes possuem baixos
índices de qualidade e índices alternados de produtividade, má qualidade no relacionamento
interpessoal, a ausência do trabalho em equipe, insubordinação e até impactos na saúde do
Aspectos Liderança Autocrática Liderança Liberal Liderança Democrática
Tomada de
decisões
Apenas o líder decide e fixa
as diretrizes, sem qualquer
participação do grupo.
Total liberdade ao grupo
para tomar decisões,
com mínima intervenção
do líder.
As diretrizes são debatidas e
decididas pelo grupo, que é
estimulado e orientado pelo
líder.
Programação
dos trabalhos
O líder dá ordens e
determina providências
para a execução de tarefas
sem explicá-las ao grupo.
Participação limitada do
líder, informações e
orientação são dadas
desde que solicitadas
pelo grupo.
O líder aconselha e dá
orientação para que o grupo
esboce objetivos e ações. As
tarefas ganham perspectivas
com os debates.
Divisão do
trabalho
O líder determina a tarefa a
cada um e qual os seus
companheiros de trabalho.
A divisão das tarefas e
escolha dos colegas são
do grupo. Nenhuma
participação do líder.
O grupo decide sobre a
divisão das tarefas e cada
membro tem liberdade para
escolher os colegas.
Comportamento
do Líder
O líder é dominador e
pessoal nos elogios e nas
críticas ao grupo.
O líder assume o papel
de membro do grupo e
atua somente quando é
solicitado.
O líder é objetivo e limita-se
aos fatos nos elogios ou
críticas. Trabalha como
orientador da equipe.
colaborador como o stress, estafa e depressão.
Há também uma visão em que a liderança se orienta para dois fatores as tarefas e as
pessoas que se encaixa precisamente com a grade gerencial, que serve de ferramenta de
auxílio para orientar e controlar o equilíbrio destes fatores, onde há a necessidade do
equilíbrio para que a organização alcance resultados eficazes, nesta abordagem a liderança
centrada na tarefa: job centered é um estilo de liderança típico de organizações que possuem
chefes, onde os colaboradores possuem funções isoladas, a comunicação é deficiente e a
estrutura da organização é rígida, neste estilo de liderança se preocupa com a execução das
tarefas e com seus resultados imediatos.
Por outro lado, há também a liderança voltada para as pessoas: employee centered, que
possui características da liderança democrática.
Democracia, liderança participativa e liderança orientada para as pessoas são nomes
que indicam algum grau de participação dos funcionários no poder do chefe ou em
suas decisões. Quanto mais as decisões do líder forem influenciadas pelo grupo,
mais democrático é o comportamento do líder. (Maximiano, 2011, p. 262).
Este estilo é centralizado nos aspectos humanos, focando em manter uma equipe de
trabalho atuante, com maior participação nas decisões, onde procura-se compreender e
auxiliar os colaboradores.
Assim como os estilos de liderança autocrática, liberal e democrático, estas duas
visões apresentam resultados divergentes entre si, pois, assim como a liderança voltada para
tarefas possui características da liderança autocrática, a liderança voltada para as pessoas
possui muitos traços da liderança democrática.
A relação de semelhança entre os estilos reflete igualmente nos resultados alcançados,
onde assim como no estilo autocrático, a liderança centrada nas tarefas possui impactos
diretos na motivação do colaborados, uma vez que o poder das decisões é concentrado em um
único individuo, o chefe, onde os colaboradores possuem poucas oportunidades e os sistemas
de cargos e comunicação são deficientes pois acabam por sendo isolados o que afeta a
comunicação e por consequência a liderança, que depende de um bom relacionamento entre o
líder e seus liderados, consequentemente alocando a esta visão de liderança fatores como a
rotatividade, por haver desequilíbrio entre a visão do colaborador e a sua produção.
Para auxiliar se acompanhar o equilíbrio entre ambas as formas de se gerenciar tem-se
então a grade gerencial, considerando que, não existe oposição entre as formas de liderança,
mas sim, um complemento.
A grade gerencial se divide em dois eixos, contendo nove degraus cada que possuem
início com a graduação 1, que significa pouquíssima preocupação por parte do líder e a
graduação máxima é 9, que significa a máxima preocupação possível. No eixo vertical se
aloca a preocupação com as pessoas: sua motivação, comunicação e satisfação, enquanto no
eixo horizontal se situa a preocupação com as tarefas: o trabalho a ser realizado.
As alternâncias entre os degraus destes eixos comportam 5 de estilos de liderança
propostos por seus autores Black e Mouton, combinando os dois estilos:
Figura 11: Grade gerencial de Blake e Mouton.
Fonte: Maximiano, 2011, p. 266
a) Líder-tarefa, orientado para a produção: 9,1.
b) Líder-pessoas, orientado para as pessoas: 1,9.
c) Líder-negligente, que não se preocupa com tarefas nem com pessoas:1,1.
d) Líder-equipe, orientado simultaneamente para as pessoas e tarefas: 9,9.
e) Líder “meio-termo”, medianamente preocupado com os resultados e pessoas: 5,5.
A eficácia destes estilos é avaliada pelo desempenho na realização das tarefas e pela
satisfação dos liderados, sendo que o estilo mais eficiente é o que mais se aproxima da
possibilidade 9,9, ou seja, quanto mais seja desenvolvido o trabalho em equipe e quanto mais
haja a participação dos liderados na elaboração das metas e no desenvolvimento das tarefas
melhor é o estilo de liderança.
Esta teoria é questionada por ser uma proposto que esta ideia funcionaria bem em
qualquer em qualquer situação, segundo os críticos, não um estilo ideal, mas sim uma
situação que condicionaria este estilo, criando-se assim a teoria da liderança situacional, onde
para que um estilo funcione, a situação tem de ser apropriada.
As principais teorias situacionais são: a escolha de padrões de liderança, o modelo
contingencial e a teoria do caminho meta.
A modelo de Tannenbaun e Schmidt, define que o líder deve escolher os padrões de
liderança mais adequado a cada situação em que se encontra, se baseando em 3 aspectos: as
forças no gerente, que é a motivação interna e as forças que agem sobre o mesmo; as forças
nos subordinados, representada pela motivação transmitida pelo líder e as forças que agem
sobre eles e as forças da situação, que são as condições dentro das quais a liderança é
exercida.
Diante dessas três forças, o líder pode escolher o padrão de liderança adequado para
cada situação, que ajusta suas forças pessoais, com a forças dos subordinados, e as forças
situação.
Figura 12: As forças que condicionam os padrões de liderança
Fonte: Chiavenato, 2011, p. 462
O modelo contingencial de Fiedler compreende que as situações enfrentadas pelos
líderes podem ser avaliadas em termos de três características que permitem avaliar o grau de
favorabilidade da situação para o líder.
a) As relações entre o líder e os seguidores, se os sentimentos forem positivos em
relação ao líder, a situação é favorável. Se os seguidores forem hostis, a situação é
desfavorável para o líder.
b) O grau de estruturação da tarefa, quando as tarefas são bem definidas, com alto
grau de organização e certeza, são favoráveis para o líder. Tarefas imprevisíveis e
desorganizadas são favoráveis para o líder.
c) O poder da posição, em que o líder tem o poder de promover ou de remover
qualquer integrante da equipe, e se seu título indicar importância e autoridade, é
porque sua posição tem poder. Se o líder não tiver poder, a situação é desfavorável.
Este modelo não se afasta da teoria dos estilos comportamentais, atingindo a
conclusão genérica de que, em situações que possuem baixos ou altos índices de aceitação, a
liderança voltada para tarefas, enquanto situações de média favorabilidade, a liderança
orientada para as pessoas se mostra mais eficaz. Porém esta teoria é criticada por
desconsiderar o seguidor.
A teoria caminho-meta estuda como o líder influencia a percepção das metas de
trabalho dos colaboradores, suas metas de autodesenvolvimento e os caminhos para atingir
tais metas, colocando sobre o líder a responsabilidade de motivar seus subordinados para que
seus subordinados possam atingir seus objetivos individuais e organizacionais.
Grande parte do trabalho do líder é mostrar ao liderado o tipo de comportamento que
tem maior probabilidade de levar consecução da meta. O grau em que o trabalho ou
comportamento é percebido pela pessoa como o caminho que se leva o resultado: expectativas
e a consequência desses pressupostos para a liderança é que os liderados serão motivados pelo
comportamento ou pelo estilo do líder, que à medida que esse estilo ou esse comportamento
influenciam as expectativas que são: caminho para a meta.
1.4 Gerenciar e liderar equipe
Gerenciar e liderar uma equipe não é uma tarefa fácil e necessário sempre observar o
comportamento da equipe e concentrar em questões e não somente em personalidades.
Enfrentar a responsabilidade e o desafio de gerenciar, não significa que alguém tem a
capacidade de ser um líder gerencial. Conhecimento não é suficiente. Para aumentar a
efetividade, um líder gerencial deve enfrentar três desafios.
a) Primeiro: considerar tanto os valores quanto as fraquezas de cada integrante da
equipe;
b) Segundo: adquirir e usar diversas competências associada a cada colaborador;
c) Terceiro: integrar dinamicamente as competências com situações de gestão que
forem encontradas.
Um dos processos para bom gerenciamento de equipes, ocorre quando líder entende os
mecanismos de relacionamentos dentro da empresa, segundo Quinn et al (2012, p. 19), “Os
relacionamentos foram feitos independentemente do tamanho da empresa ou das variações na
natureza do ambiente organizacional.”. O envolvimento e a participação dos membros da
equipe desde o início agregam conhecimentos durante o processo de planejamento e fortalece
o compromisso com o projeto ou objetivos especifico.
Conhecer as normas e valores existentes na organização é muito importante para que
um líder desempenhe sua equipe com mais eficiência. Uma organização com uma cultura
forte e orientada para o controle pode acarretar em dificuldades para se estimular a equipe ter
criatividade e inovação dentro da empresa, “[...] iniciativas focadas na melhoria
organizacional frequentemente falham por causa da falta de atenção as funções e ao impacto
da cultura organizacional. ”, de acordo com Quinn et al (2012, p.269).
Realizar uma avaliação da cultura organizacional da empresa pode ser de grande valor
para o líder gerencial que pretendem obter uma percepção da sua organização. Conhecer o
ambiente da equipe, questões políticas internas e externas da unidade de trabalho e
singularidade organizacional é fundamental para obter estratégia, e ajudar cada colaborador
da equipe se encaixar através de uma avaliação de desempenho e competências.
Figura 13: Estrutura para diagnosticar o projeto organizacional
Fonte: Quinn et al (2012)
Além disso, equilibrar as necessidades das pessoas com as necessidades da unidade,
criando coesão entre os colaboradores, estimulando a expressar sua individualidade. Quando a
avaliação da estrutura, dos subordinados, estratégia e cultura da empresa são bem planejada e
coordenada pelo líder, traz benefícios a curto, médio e longo prazo, para os colaboradores,
líder e organização.
Um grande fator muito importante para uma boa liderança gerar resultados é o
gerenciamento do tempo. O gestor precisa ser capaz de usar seu tempo e dos colaboradores
com eficiência, manter-se em contato com subordinados e clientes para saber o que está
acontecendo na sua organização, no seu segmento de mercado e no mundo, segundo Quinn et
al (2012, p. 286), “Gerenciar seu tempo exige priorizar e eliminar atividades que não agregam
valor.”. Lembrar em manter um calendário, lista para compromissos envolvendo a
programação diária com foco nas prioridades da equipe são fundamentais para um bom
gerenciamento do tempo.
Grande parte do tempo de trabalho é realizada com atividades que gastam mais tempo
que o esperado, portanto gerenciar e consolidar o tempo garante aumento na produtividade e
excelência no trabalho, ‘‘Gerenciar o tempo com efetividade exige que você conheça a si
próprio. ”, de acordo com Quinn et al (2012, p. 291).
A organização das funções também é um economizador de tempo, facilita a realização
do trabalho com a equipe. Atribuir as tarefas identificando as pessoas que tenham capacidade
de acordo com suas competências, acompanhar, ter ética e avaliar o desempenho
reconhecendo o trabalho realizado, é uma forma clara de delegar e assegurar a compreensão
dos subordinados e poupar tempo com incertezas, trazendo benefícios a todos que fazem parte
da organização.
Para liderar equipe e ter a certeza de que ouve uma boa interação entre os
subordinados é necessário romper barreiras que impede uma boa fluidez na comunicação com
as pessoas. Ser comunicativo, ter empatia e assertividade é imprescindível para uma liderança
clara, transparente e objetiva. Essa forma de gerenciar e liderar equipe com boa relação e
comunicação são fundamentais para os profissionais que busca a excelência na sua
organização.
1.5 Benefícios da liderança democrática
O estilo de liderança democrático, possui como principal característica a participação
dos liderados na tomada de decisões, ou seja, o poder deixa de ser centralizado e passa a ser
compartilhado, possibilitando uma comunicação saudável e eficiente entre líder e liderados e
ainda uma visão global sobre a organização uma vez que o líder tem como característica mais
marcante a democracia, possui maior conhecimento e acompanhamento dos colaboradores e
das atividades organizacionais, além de um trabalho de equipe mais eficiente, por incentivar a
comunicação e acompanhar os processos.
Figura 14: Os três estilos de liderança
Fonte: Chiavenato, (2016).
A liderança voltada para as pessoas, permite também que fatores presentes e comuns a
empresas que não apresentam lideres com este perfil, sejam sanados, como a rotatividade e o
absenteísmo, dando ao líder ainda uma melhor gestão de capital humano e consequentemente,
assegura a fidelização e a manutenção dos talentos dentro da organização, fator que se torna
cada dia mais crucial, pois o mercado está em crise com a ausência de profissionais
qualificados.
Figura 15: Benefícios da liderança democrática
Fonte: Rosas, (2016).
Além da manutenção do capital humano, a participação do colaborador em ações
dentro e fora da organização, do planejamento a sua execução, torna estas não só menos
suscetíveis a riscos de fracasso, mas também mais aprimoradas e isto ocorre devido a
qualidade na comunicação.
Figura 16: Teoria dos dois fatores, uma ideia de Herzberg
Fonte: Maximiano, (2016).
Quando os colaboradores possuem oportunidades para se expressar e suas ideias são
acolhidas, acompanhadas e desenvolvidas cresce não só o respeito pelo líder, mas também a
organização, pois não há maior estratégia para uma organização, que possuir colaboradores
qualificados, que conhecem a organização, são ativos dentro da mesma e que sejam fiéis a
esta e vejam nela possibilidades de crescimento e desenvolvimento.
CAPÍTULO 2: ESTUDO DE CASO: ESCOLA ETEC DOUTOR RENATO
CORDEIRO E EMPRESA BANDEIRANTE SUPERMERCADOS LTDA.
2.1 Histórico das empresas
Para conhecer as organizações onde foram realizados o estudo de caso e compreender
sua estrutura, formação e desenvolvimento, foi realizado um levantamento do histórico do
Bandeirante Supermercados Ltda. e da Escola Técnica Estadual Etec Doutor Renato Cordeiro.
2.1.1 Etec Doutor Renato Cordeiro
A Etec Doutor Renato Cordeiro, foi fundada em 05 de março de 2005, pelo então
governador Geraldo Alckmin, a primeira Escola Técnica Estadual em Birigui, tendo como
data de criação o dia 01 de junho de 2005, com o curso de Técnico em Gestão da Produção de
Calçados e Técnico em Enfermagem com quarenta vagas para cada curso, sendo dois
Vestibulinhos por ano.
Estes cursos foram escolhidos para esta unidade, com base em uma pesquisa realizada
na cidade para identificar suas necessidades, sendo assim escolhido os cursos de enfermagem
e técnico em gestão de produção de calçados, este último, teve sua grade curricular montada
com o apoio de empresários e colaboradores deste polo e o curso de enfermagem, foi
implantado nesta unidade devido a carência de profissionais da área de saúde na região e
foram desenvolvidos convênios com hospitais, para estes servirem como locais de estágio
para o curso.
Figura 17: Etec Doutor Renato Cordeiro
Fonte: Branco, (2016).
Em 11 de setb embro de 2009, a unidade foi nomeada por decreto com o nome de Etec
Doutor Renato Cordeiro, que foi médico, Deputado Estadual por 05 mandatos, Deputado
Federal por 01 mandato, Secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo,
durante a gestão do Doutor Paulo Salim Maluf e prefeito de Birigui de 01 de janeiro de 1960 a
10 de março 1963.
A Escola Técnica Estadual de Birigui, está situada na Rua Ermando Zin, 153, Jardim
Santana – Birigui – SP, Cep: 16.202-407, atualmente dirigida pelo Diretor – Oci Jansen
Branco, oferecendo os seguintes cursos: Técnico em Administração, Técnico em Recursos
Humanos, Ensino Técnico Integrado ao Médio- ETIM, E-commerce, Técnico em
Enfermagem e Ensino Médio, além de manter uma classe descentralizada na cidade de
Valparaíso – SP, com o curso de Técnico em Enfermagem.
2.1.2 Bandeirante Supermercados Ltda.
Em 1962, a Senhora Teru Takada e seu filho, Senhor Michinori Takada, venderam o
sítio em que viviam para iniciar as atividades comerciais do Empório Bandeirante, instalado
em um prédio de esquina entre as ruas João Galo e Nove de Julho.
Em 1974, o Senhor Michinori Takada, sua esposa Fumiko Takada e os quatro filhos
do casal, inauguraram o Supermercado Bandeirante em um novo prédio de aproximadamente
500m²; localizado na rua João Galo, nº 94.
Figura 18: Empório Bandeirantes
Fonte: Bandeirante Supermercados, (2016).
Durante a gestão do Senhor Michinori Takada, a empresa passou por duas ampliações,
chegando a uma área total de aproximadamente 900m².
Em 1990, com o falecimento do Senhor Michinori, sua esposa Fumiko passou a
direção da empresa para os filhos, Senhor Mituo e Senhor Seiji.
Durante esta gestão a empresa passou por uma nova ampliação, chegando a uma área
total de aproximadamente 1.200m². No final de 2001 o Senhor Mituo deixou a direção da
empresa.
Em 2002, a empresa passou a ser administrada pelo Senhor Seiji Takata e seus dois
filhos mais velhos: Paulo Massaharu e Marcos Fukunori. Com a necessidade de melhorias nas
instalações e ideias inovadoras, a nova diretoria decidiu promover investimentos voltados à
ampliação e reforma geral da loja. O que incluiu a implantação de açougue, padaria e
lanchonete.
Em 2003, o Bandeirante Supermercados passou a utilizar o slogan Bem+Barato.
Em 2004, o Senhor Seiji Takata e seus filhos começaram a pensar em uma nova loja.
No início de 2005, a logomarca foi reestilizada e passou a ter uma lua crescente.
Idealização do Senhor Seiji para caracterizar o crescimento constante da empresa Bandeirante
Supermercados.
Em 05 de setembro de 2005 foi inaugurada a 2ª unidade da empresa, uma loja ampla
com 5.000m². Sendo 3.000m² entre loja e depósito, 2.000m² de estacionamento, 16 check-outs
e 160 novos postos de trabalho.
Figura 19: Logomarca do Bandeirante Supermercados
Fonte: Bandeirante supermercados, (2016).
Um novo estacionamento com 2.700m² foi construído na loja 02 em 2009. Sendo que
o estacionamento anterior, com 2.000m², foi utilizado para ampliar as instalações,
aumentando o espaço físico da área de vendas. Uma galeria de lojas e o restaurante “Mais
Sabor” foram instalados, o número de check-outs passou para 28; além de aproximadamente
200 novos colaboradores diretos.
Em 2010, o estacionamento da loja 2 foi coberto e novamente ampliado, passando a
ter 4.700m². É o único supermercado da cidade com controle de entrada e saída de veículos,
garantindo mais segurança aos clientes.
As lojas do Bandeirante Supermercados são um sucesso, conquistam diariamente
vários novos clientes.
Figura 20: Fachada do Bandeirantes Supermercados loja 2
Fonte: Bandeirante supermercados, (2016).
Hoje, o Bandeirante Supermercados conta com duas lojas e um espaço físico total de
aproximadamente 18.000m², sendo 1 2.000m² de área construída, e mais de 450
colaboradores diretos. Infraestrutura completa para atender todos os nossos clientes da melhor
maneira possível.
2.2 Resultados obtidos
O questionário a seguir foi aplicado na Escola Etec Dr. Renato Cordeiro e na empresa
Bandeirante Supermercados, com o intuito de analisarmos os processos, as características e as
influências da liderança dentro destas organizações.
1) Você acredita que sua empresa possui um líder ou um chefe?
a) Chefe;
b) Líder
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Bandeirante Supermercados Etec Doutor Renato
Cordeiro
A B
Interpretação: Na empresa Bandeirante Supermercados, 90% dos entrevistados
consideram que o responsável pela gestão da empresa possui características de chefe,
enquanto 10% possui características de líder. Na escola Etec Doutor Renato Cordeiro, os
índices se mantiveram equilibrados, uma vez que 50% dos colaboradores afirmam que seu
gestor possui características de líder, enquanto 50% dos entrevistados consideram suas
características próximas as de um chefe.
2) O líder dentro de sua empresa possui características:
a) Autocráticas, ou seja, centralizador e inflexível a participação do colaborador nas
decisões dentro da organização;
b) Democrático, incentiva a participação do colaborador, seu desenvolvimento e sua
participação efetiva dentro da empresa, dando oportunidades para que este expresse
suas ideias, sempre acompanhando-o;
c) Liberal, ausente, não se envolvendo diretamente com o desenvolvimento da
organização.
Interpretação: Na empresa Bandeirante Supermercados, 30% dos entrevistados
considera que seu gestor possuí características autocráticas de liderança, 40% considera seu
estilo de gestão como democrático e 30% considera-o um líder liberal. Na Etec Doutor Renato
Cordeiro, 30% consideram o gestor um líder autocrático, 50% classifica-o como democrático
e 20% julga-o como liberal.
3) O seu líder possui como principal característica:
a) O incentiva ao trabalho em equipe, a comunicação e o desenvolvimento dos
colaboradores, proporcionando-lhes meios, para que este ocorra e incentivos como
promoções, bônus e prêmios, como forma de demonstrar a equipe sua importância dentro da
organização;
b) A cobrança do trabalho em equipe e desenvolvimento dos colaboradores, sem
promover meios de incentivo, acesso ou bonificação pelo mesmo;
c) A ausência do incentivo o trabalho em equipe, porém, cobrança constante à
evolução do colaborador para aumentar sua produtividade;
d) O líder da organização em que trabalho não incentiva o trabalho em equipe,
nem possibilita oportunidades para que os colaboradores possam se desenvolver e crescer
dentro da organização.
Interpretação: A pesquisa realizada no Bandeirante Supermercados apontou que 30%
dos colaboradores consideram como principal característica de seu líder, o incentiva ao
trabalho em equipe, a comunicação e o desenvolvimento dos colaboradores, proporcionando-
lhes meios, para que este ocorra e incentivos como promoções, bônus e prêmios, como forma
de demonstrar a equipe sua importância dentro da organização, nenhum dos colaboradores
consideram que seu gestor se caracteriza pela cobrança do trabalho em equipe e
desenvolvimento dos colaboradores, sem promover meios de incentivo, acesso ou bonificação
pelo mesmo, 30% dos entrevistados apontam que o líder se caracteriza pela ausência do
incentivo o trabalho em equipe, porém, cobrança constante à evolução do colaborador para
aumentar sua produtividade e 40% dos funcionários analisam que o líder da organização em
que trabalho não incentiva o trabalho em equipe, nem possibilita oportunidades para que os
colaboradores possam se desenvolver e crescer dentro da organização.
Na Etec Doutor Renato Cordeiro, 40% dos entrevistados apontam que a principal
característica de seu gestor é o incentiva ao trabalho em equipe, a comunicação e o
desenvolvimento dos colaboradores, proporcionando-lhes meios, para que este ocorra e
incentivos como promoções, bônus e prêmios, como forma de demonstrar a equipe sua
importância dentro da organização, nenhum dos colaboradores consideram que seu gestor se
caracteriza pela cobrança do trabalho em equipe e desenvolvimento dos colaboradores, sem
promover meios de incentivo, acesso ou bonificação pelo mesmo, 20% dos funcionários
apontam que o líder se caracteriza pela ausência do incentivo o trabalho em equipe, porém,
cobrança constante à evolução do colaborador para aumentar sua produtividade e 40% dos
colaboradores atestam que o líder da organização em que trabalho não incentiva o trabalho em
equipe, nem possibilita oportunidades para que os colaboradores possam se desenvolver e
crescer dentro da organização.
4) O poder que seu líder tem sobre seus colaboradores possui como base:
a) As bonificações que oferece como premiações pelo trabalho realizado;
b) No cargo ou posição que ocupa dentro da organização;
c) Na referência que possui por suas capacidades e experiência;
d) Na capacidade que tem de motivar e influenciar a equipe de trabalho.
Interpretação: Segundo 60% dos colaboradores do Bandeirante Supermercados o
poder de seu gestor possui como base o cargo ou posição que ele ocupa dentro da
organização, 10% acredita que este poder se dá por este ser uma referência que possui
capacidades e experiência, 30% afirma que esta autoridade está na capacidade que este possui
de motivar e influenciar a equipe de trabalho e nenhum dos colaboradores acredita que ele
possui este poder por oferecer bonificações como premiações pelo trabalho realizado.
Na Etec Doutor Renato Cordeiro, 20% dos colaboradores afirmam que o poder de seu
gestor é obtido por meio de bonificações, 30% acredita que seu poder está alocado no cargo
ou posição que este ocupa, 10% atesta que este poder se dá pelo fato do líder ser uma
referência que possui capacidades e experiência e 40% acredita que este gestor adquire tal
poder pela sua capacidade de motivar e influenciar sua equipe de trabalho.
5) De acordo com a sua rotina de trabalho, seu líder se preocupa:
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Bandeirante Supermercados Etec Doutor Renato Cordeiro
A B C D
a) Exclusivamente com a sua produtividade;
b) Com o seu desenvolvimento, bem estar e com as oportunidades que terá dentro
da empresa;
c) Ele não demonstra preocupação extrema com a produtividade nem com os
colaboradores;
d) Ele não é presente dentro da organização.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
Bandeirante Supermercados Etec Doutor Renato Cordeiro
A B C D
Interpretação: A preocupação do gestor no Bandeirante Supermercados segundo 30%
dos entrevistados, é voltado exclusivamente para a produtividade, 50% analisa sua atenção
voltada para o desenvolvimento, bem estar e com as oportunidades que o colaborador terá
dentro da empresa, 20% atesta que a gestão não demonstra preocupação extrema com a
produtividade nem com os colaboradores e nenhum dos colaboradores entrevistados considera
seu gestor ausente na organização.
Segundo 10% dos colaboradores da Etec Doutor Renato Cordeiro o gestor possui foco
exclusivo para a produtividade, 50% afirma que a atenção de seu gestor é voltada para o
desenvolvimento, bem estar e com as oportunidades que o colaborador terá dentro da
empresa, 10% considera que a gestão não demonstra preocupação extrema com a
produtividade nem com os colaboradores e 30% dos colaboradores afirmam que o gestor é
ausente na organização.
6) Quais fatores você considera mais importantes para um bom líder:
a) Ter foco exclusivo nos resultados e elaborar metas e sistemas eficientes para
que a organização atinja seus objetivos;
b) Ter foco voltado para a maneira com os seus colaboradores exerceram suas
atividades, proporcionando a estes possibilidades de crescimento e desenvolvimento;
c) Ser comunicativo e acompanhar os colaboradores nas tarefas assessorando-os
quando necessário;
d) Estipular metas para os colaboradores e deixar a eles a tarefa de decidir como
executa-las, adquirindo apenas a tarefa de receber as tarefas concluídas no prazo determinado.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Bandeirante Supermercados Etec Doutor Renato Cordeiro
A B C D
Interpretação: Na empresa Bandeirante Supermercados, 10% dos entrevistados
consideram que os fatores mais importantes para que seu líder seja bom são o ter foco nos
resultados e sua capacidade de elaborar metas e sistemas eficientes de trabalho para que a
organização atinja seus objetivos. 50% acredita que um bom líder necessita ter foco na
maneira como os colaboradores exercem suas atividades e deve-lhes fornecer condições para
que estes possam crescer e se desenvolver dentro da organização, 40% julga que o líder deve
ser comunicativo e tem de acompanhar os colaboradores nas tarefas assessorando-os quando
necessário e nenhum dos entrevistados crê que um bom líder deve estipular metas para os
colaboradores, resguardando-se apenas a tarefa de receber as tarefas concluídas no prazo
determinado.
Na Etec Doutor Renato Cordeiro, nenhum dos entrevistados considera o foco nos
resultados e a capacidade de elaborar metas e sistemas eficientes de trabalho como fatores
importantes para um bom líder, 50% crê que ter foco na maneira como os colaboradores
exercem suas atividades e deve-lhes fornecer condições para que estes possam crescer e se
desenvolver dentro da organização, são atributos de uma boa liderança, 40% afirma que o
líder deve ser comunicativo e tem de acompanhar os colaboradores nas tarefas assessorando-
os quando necessário e 10% julga que estipular metas para os colaboradores, resguardando-se
apenas a tarefa de receber as tarefas concluídas no prazo determinado, são atribuições de um
bom líder.
7) Quais fatores tornam o trabalho mais eficiente perante a equipe:
a) A boa comunicação, ou seja, o líder tem facilidade em se transmitir os
objetivos da organização para os colaboradores, influenciando-os a participarem ativamente
da organização;
b) A promoção de benefícios como: flexibilidade de horários, prêmios por metas,
bonificações salariais e promoções;
c) O conhecimento sobre a organização, sua estrutura, colaboradores e clientes,
dando a este uma visão global sobre seus liderados;
d) O conhecimento dos processos e a capacidade de elaborar estratégias para
executar as tarefas da organização de maneira mais eficiente.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Bandeirante Supermercados Etec Doutor Renato Cordeiro
A B C D
Interpretação: Segundo 80% dos colaboradores do Bandeirante Supermercados o
trabalho do líder torna-se mais eficientes quando este tem uma boa comunicação, ou seja, o
líder tem facilidade em se transmitir os objetivos da organização para os colaboradores,
influenciando-os a participarem ativamente da organização, 10% considera que a eficiência
deste processo está aliada a promoção de benefícios como: flexibilidade de horários, prêmios
por metas, bonificações salariais e promoções, 10% afirmam que os aspectos que tornam a
liderança mais eficiente estão relacionados ao conhecimento sobre a organização, sua
estrutura, colaboradores e clientes, dando a este uma visão global sobre seus liderados e
nenhum dos entrevistados considera o conhecimento dos processos e a capacidade de elaborar
estratégias para executar as tarefas da organização de maneira mais eficiente, como um fator
que potencializa ao processo de liderança.
Os resultados alcançados na Etec Doutor Renato Cordeiro, atestam que 60% de seus
colaboradores consideram que o fator que torna o trabalho da liderança mais eficiente, é a boa
comunicação, ou seja, o líder tem facilidade em se transmitir os objetivos da organização para
os colaboradores, influenciando-os a participarem ativamente da organização, nenhum dos
colaboradores considera que a eficiência deste processo está aliada a promoção de benefícios
como: flexibilidade de horários, prêmios por metas, bonificações salariais e promoções, 10%
acredita que os aspectos que tornam a liderança mais eficiente estão relacionados ao
conhecimento sobre a organização, sua estrutura, colaboradores e clientes, dando a este uma
visão global sobre seus liderados e 30% dos funcionários creem que a liderança é
potencializada através do conhecimento dos processos e a capacidade de elaborar estratégias
para executar as tarefas da organização de maneira mais eficiente.
8) A liderança é um fator hoje decisivo para a sobrevivência e sucesso das
organizações perante a concorrência, para que esta liderança atinja seus objetivos é
necessário:
a) Um líder que saída administrar seus colaboradores e arquitetar estratégias para
que este possam executar suas tarefas da melhor maneira possível;
b) Uma constante relação sinérgica entre líder e colaboradores, onde o líder
promova oportunidades para que estes apresentem suas ideias e possam desenvolve-las em
equipe, com a possibilidade de haver gratificações para os colaboradores de acordo com o seu
desenvolvimento e a constante participação dos colaboradores no desenvolvimento da
organização;
c) Colaboradores que possuam as qualificações necessárias, independentemente
do trabalho em equipe e da participação de seu líder no processo;
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Bandeirante Supermercados Etec Doutor Renato Cordeiro
A B C
Interpretação: No Bandeirante Supermercados 40% dos colaboradores consideram que
em o fator que hoje é decisivo para a sobrevivência e sucesso das organizações perante a
concorrência, para que esta liderança atinja seus objetivos é necessário é Um líder que saída
administrar seus colaboradores e arquitetar estratégias para que este possam executar suas
tarefas da melhor maneira possível, 60% acredita que é a constante relação sinérgica entre
líder e colaboradores, onde o líder promova oportunidades para que estes apresentem suas
ideias e possam desenvolve-las em equipe, com a possibilidade de haver gratificações para os
colaboradores de acordo com o seu desenvolvimento e a constante participação dos
colaboradores no desenvolvimento da organização e nenhum dos colaboradores afirma que
este sucesso e sobrevivência são alcançados através de Colaboradores que possuam as
qualificações necessárias, independentemente do trabalho em equipe e da participação de seu
líder no processo.
Na Etec Doutor Renato Cordeiro 50% dos colaboradores afirmam que hoje as
organizações necessitam de um líder que saída administrar seus colaboradores e arquitetar
estratégias para que este possam executar suas tarefas da melhor maneira possível, para assim
garantir sua sobrevivência e obter sucesso perante a concorrência, 50% crê que o sucesso e a
sobrevivência são garantidos por meio de uma constante relação sinérgica entre líder e
colaboradores, onde o líder promova oportunidades para que estes apresentem suas ideias e
possam desenvolve-las em equipe, com a possibilidade de haver gratificações para os
colaboradores de acordo com o seu desenvolvimento e a constante participação dos
colaboradores no desenvolvimento da organização e nenhum dos entrevistados veem
Colaboradores que possuam as qualificações necessárias, independentemente do trabalho em
equipe e da participação de seu líder no processo, como meio de alcançar tais objetivos.
9) Sente-se motivado em seu local de trabalho?
a) Não
b) Pouco
c) Extremamente
0
10
20
30
40
50
60
Bandeirantes Supermercados Etec Doutor Renato Cordeiro
Não Pouco Extremamente
Interpretação: Devido a algumas falhas no processo de liderança Bandeirante
supermercados, seu líder não consegue motivar os seus colaboradores, resultando em um
percentual de 60% de seus colaboradores desmotivados, 30% de seus colaboradores pouco
motivados e 10% de seus colaboradores estão extremamente motivados.
Na Etec Doutor Renato Cordeiro embora que a situação não seja um modelo a ser
seguido, resulta em percentuais mais equilibrados, sendo que 20% de seus colaboradores
estão desmotivados no trabalho, 40% são pouco motivados e 40% são extremamente
motivados, tal resultado, pode ser um espelho do estilo de profissionais e do trabalho
desenvolvido nesta instituição, pois quando analisamos outros fatores apontados na pesquisa,
nota-se que não é fruto somente da liderança.
10) Caso surgisse uma oportunidade, você trocaria seu emprego por outro?
a) Trocaria
b) Analisaria a oportunidade
c) Não trocaria
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Bandeirantes Supermercados Etec Doutor Renato Cordeiro
Trocaria Analisaria a oportunidade Não torcaria
Interpretação: A desmotivação dos profissionais de ambas as empresas gerou índices
preocupantes para as organizações quando analisamos a retenção de talentos.
No Bandeirante Supermercados 70% dos profissionais trocariam de emprego caso
tivessem tal oportunidade, 20% analisariam a oportunidade e 10% não trocariam de emprego,
estes índices apontam que o trabalho da liderança é incapaz de reter os talentos de sua
organização.
A liderança na Etec Doutor Renato Cordeiro é um pouco mais eficiente no quesito de
retenção de talentos, porém nesta os índices são equilibrados e não totalmente positivos,
sendo que 30% dos colaboradores trocariam de emprego, 40% analisariam a oportunidade e
30% não trocariam de emprego.
2.3 Diagnóstico final
A partir da pesquisa de campo realizada na Etec Dr. Renato Cordeiro e no
Bandeirantes Supermercados, foi possível notar a grande presença de gestores que são vistos
por seus colaboradores como chefes, devido ao seu estilo de gestão possuir características
autocráticas ou liberais como a resistência a participação dos subordinados nas decisões
dentro da organização, a ausência deste gestor em alguns setores da organização, no fato de
não demonstrar preocupação com o colaborador e com a produção, ou estar voltado quase que
exclusivamente com a produção lhe conferem para grande parte de seus colaboradores a
alcunha de chefe.
O trabalho da liderança nestas instituições é bem prejudicado pela própria cultura do
local, no Supermercado Bandeirantes por exemplo, é possível notar que quase 100% dos
colaboradores possuem esta visão de sua gestão, fator que pode ser alterado com um trabalho
dedicado nesta mudança, uma vez que, quando a liderança democrática abrange os anseios
dos colaboradores, que muitas vezes estão alocados justamente na atenção do líder sobre
estes.
É possível notar no decorrer da pesquisa que o colaborador sofre com a carência de
atenção dos líderes, uma vez que estes muitas vezes não acompanham seu desenvolvimento
dentro da organização, sendo em alguns casos ausente dentro da mesma e quando analisamos
os dados coletados, notamos que para o colaborador possui como gestor ideal, aquele que
possibilite espaço para que estes apresentem e discorram suas ideias, de oportunidades para
que estes possam estar sempre desenvolvendo-se e acompanhe tal desenvolvimento,
procedimento que ao longo do tempo vem sendo implantado nas organizações, porém de
forma lenta e tardia, tal que os colaboradores acabem por não nota-las.
As maiores dificuldades analisadas nas duas instituições se alocam na figura do gestor,
que muitas vezes possui um bom trabalho de gestão nas áreas financeiras, de marketing e
vendas por exemplo, mas que poderiam ser potencializados com um trabalho mais
democrático, uma vez que, quando o colaborador possui voz dentro da organização,
consequentemente ele estará mais motivado a trabalhar e desenvolver-se dentro desta,
diminuindo assim fatores como a rotatividade, falhas na comunicação, conflitos e
desperdícios.
Os benefícios provenientes do estilo de liderança apontado pela pesquisa, mesmo que
camuflados aos olhos dos gestores, são reais e de acordo com os dados do estudo de campo,
Principalmente quando analisamos as características dos atuais líderes podemos notar, que há
espaços para o desenvolvimento destas lideranças nas organizações, porém, a implantação do
estilo democrático de liderança, demanda da reeducação dos gestores e da renovação da
cultura organizacional destas instituições.
CONCLUSÃO
A liderança democrática e suas influências nas organizações demonstra que,
desenvolver e ter base no estilo democrático de liderança, não é só importante, mas sim, vital
para que se possa haver desenvolvimento pleno dentro da organização, principalmente quando
o fator humano é considerado como o mais importante para a mesma.
Dentro das organizações existem várias vertentes que implicam no seu bom
funcionamento e o mais impactante é o humano, pois junto deste apresentam-se condições
que possuem forte influência sobre todos os outros processos organizacionais, como o
comportamento do colaborador, sua cultura, suas qualificações, o ambiente que o cerca, suas
motivações dentre outras e é neste cenário que o líder vem a desempenhar o papel de base
para que a organização se sustente, pois a partir de uma liderança bem equilibrada, que de voz
ao colaborador e que o motive e influencie a continuar progredindo e se desenvolvendo, que a
empresa se recria e evolui e esta evolução tem como principal aliado o líder que a rege, pois
este inspira os demais a galgarem novos degraus dentro da organização através do trabalho e
do constante aprimoramento de suas capacidades e isto torna-se a força da organização,
colaboradores motivados a superar desafios.
Uma organização tende a se tornar mais eficiente que as demais quando possui em seu
interior a ideia de constante evolução e a confiança e participação dos colaboradores e seu
líder, sendo este último o responsável pelo engajamento dos demais nos objetivos da
organização, principalmente na intenção de incutir no colaborador o desejo de tornar as metas
e objetivos os seus, pois assim cria-se um elo de fidelidade que além de fortalecer o
relacionamento entre colaborador e organização torna maior o alcance e a quantidade de
ideias que proporcionam a esta, uma maior resolução de conflitos ou situações que venham a
afligi-la e impulsiona os colaboradores a terem novas ideias e contribuírem para o
desenvolvimento organizacional sem que haja grandes custos a mesma, trazendo a esta
maiores benefícios como a redução da rotatividade, absenteísmo e de fatores como lesões de
trabalho e o stress, vertentes combatidas pelo departamento de Recursos Humanos.
O estilo democrático de liderança deve ser desenvolvido nas organizações para que
estas se estabilizem dentro do atual mercado e consigam se desenvolver mesmo na crise
econômica que vivemos, trazendo assim novas ideias que alavanquem o mercado e possa
assim fortalecer as organizações e trazer aos colaboradores possibilidades de se desenvolver e
crescer com as organizações.
Tendo como base o estudo de caso realizado no Bandeirante Supermercados e na Etec
Doutor Renato Cordeiro, podemos concluir que, embora tenham sido realizadas alterações nos
padrões de liderança, com o desenvolvimento das mesmas e até pelo perfil destas empresas
que possuem a necessidade de estar em constante desenvolvimento, para serem competitivas
no mercado e atraírem seus cliente, não só externos como também internos, que o trabalho de
seus gestores possui falhas, uma vez que este não envolve o colaborador como um todo ou
não consegue engaja-lo nas propostas da gestão, tornando assim o colaborador desmotivado.
A desmotivação do colaborador provém de um estilo arcaico de liderança, a gerência,
onde o poder de decisão era centralizado e hierarquizado e os colaboradores das áreas menos
influentes nas organizações, não possuíam acesso as decisões tomadas dentro da organização
e nem a liberdade de expressar suas ideias, algo ainda recorrente em alguns setores das
organizações analisadas, porém é perceptível principalmente na Etec Doutor Renato Cordeiro
que embora não seja plena a preocupação com o colaborador e a sua motivação se tornou
maior, fator que consequentemente elevou os padrões de qualidade desta organização, bem
como as pequenas mudanças no estilo de gestão do Bandeirante somado com o feedback de
seus colaboradores proporcionaram a este, o primeiro lugar dentre os supermercados
varejistas de Birigui.
Ao analisarmos as mudanças ocorridas em ambas as organizações foi possível notar
que ambas apropriaram-se de conceitos presentes no estilo democrático de liderança como a
participação dos colaboradores nas decisões da organização, a oportunidade de apresentar
ideias e o incentivo ao crescimento e ao desenvolvimento, além do apoio sobre a comunicação
que serve de base para transmitir os objetivos da organização, agilizar e potencializar os
processos e a resolução de processos, tornando por fim o colaborador mais motivado por
sentir-se parte da organização, reduzindo-se assim fatores como a rotatividade, falta de
desempenho, conflitos e desperdícios, eliminando assim custos e potencializando a
organização.
Desse modo responde-se plenamente à pergunta problema: Com os avanços da
globalização e o aumento da concorrência, as organizações foram forçadas a reconstruir sua
ideologia sobre o colaborador e sua importância, tornando assim evidente que organização
necessita de um indivíduo, que possua o poder de motivar, guiar, influenciar e de se unir ao
colaborador. Dessa forma o foco da empresa no desenvolvimento de líderes democráticos
trará benefícios à mesma?
Pois através da liderança democrática conquista-se os colaboradores e os influência a
tornarem-se parte da organização, uma vez que, as oportunidades e incentivos oferecidos por
um gestor que visa a integração de seus colaboradores, o trabalho em equipe e a constante
evolução de seus colaboradores, além de motivar os colaboradores e consequentemente elevar
índices da organização como qualidade e produtividade, reduz fatores como os custos com
recontratações decorrentes do turnover, reduz os conflitos gerados pela desmotivação e
insatisfação, custos com desperdício e auxilia a empresa a desenvolver-se a partir das ideias
absorvidas dos colaboradores e é um meio de capturar e manter o capital intelectual,
provendo assim benefícios para as organizações.
Esta pesquisa não esgota o assunto proposto, podendo futuramente haver futuras
pesquisa.
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Disponível em: https://etecbirigui.wordpress.com/about/. Acesso: 07 set. 2016.
BANDEIRANTE SUPERMERCADOS. Nossa história. 2012. Imagem em formato PNG.
Disponível em: http://www.bandeirantesupermercados.com.br/nossa_historia.php. Acesso
em: 07 set. 2016.
BANDEIRANTE SUPERMERCADOS. Nossa história. 2012. Imagem em formato PNG.
Disponível em: http://www.bandeirantesupermercados.com.br/nossa_historia.php. Acesso
em: 07 set. 2016.
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Disponível em: http://www.bandeirantesupermercados.com.br/nossa_historia.php. Acesso
em: 07 set. 2016.
Questionário utilizado para estudo de caso de TCC – Benefícios que a liderança
democrática promove a organização.
1) Você acredita que sua empresa possui um líder ou um chefe?
a) Chefe b) Líder
2) O líder dentro de sua empresa possui características:
a) Autocráticas, ou seja, centralizador e inflexível a participação do colaborador nas
decisões dentro da organização.
b) Democrático, incentiva a participação do colaborador, seu desenvolvimento e sua
participação efetiva dentro da empresa, dando oportunidades para que este expresse
suas ideias, sempre acompanhando-o.
c) Liberal, ausente, não se envolvendo diretamente com o desenvolvimento da
organização.
3) O seu líder possui como principal característica:
a) O incentiva ao trabalho em equipe, a comunicação e o desenvolvimento dos
colaboradores, proporcionando-lhes meios, para que este ocorra e incentivos como
promoções, bônus e prêmios, como forma de demonstrar a equipe sua importância
dentro da organização.
b) A cobrança do trabalho em equipe e desenvolvimento dos colaboradores, sem
promover meios de incentivo, acesso ou bonificação pelo mesmo.
c) A ausência do incentivo o trabalho em equipe, porém, cobrança constante à
evolução do colaborador para aumentar sua produtividade.
d) O líder da organização em que trabalho não incentiva o trabalho em equipe, nem
possibilita oportunidades para que os colaboradores possam se desenvolver e
crescer dentro da organização.
4) O poder que seu líder tem sobre seus colaboradores possui como base:
a) As bonificações que oferece como premiações pelo trabalho realizado.
b) No cargo ou posição que ocupa dentro da organização.
c) Na referência que possui por suas capacidades e experiência.
d) Na capacidade que tem de motivar e influenciar a equipe de trabalho.
5) De acordo com a sua rotina de trabalho, seu líder se preocupa:
a) Exclusivamente com a sua produtividade.
b) Com o seu desenvolvimento, bem estar e com as oportunidades que terá dentro da
empresa.
c) Ele não demonstra preocupação extrema com a produtividade nem com os
colaboradores.
d) Ele não é presente dentro da organização.
6) Quais fatores você considera mais importantes para um bom líder:
a) Ter foco exclusivo nos resultados e elaborar metas e sistemas eficientes para que a
organização atinja seus objetivos.
b) Ter foco voltado para a maneira com os seus colaboradores exerceram suas
atividades, proporcionando a estes possibilidades de crescimento e
desenvolvimento.
c) Ser comunicativo e acompanhar os colaboradores nas tarefas assessorando-os
quando necessário.
d) Estipular metas para os colaboradores e deixar a eles a tarefa de decidir como
executa-las, adquirindo apenas a tarefa de receber as tarefas concluídas no prazo
determinado.
7) Quais fatores tornam o trabalho mais eficiente perante a equipe:
a) A boa comunicação, ou seja o líder tem facilidade em se transmitir os objetivos da
organização para os colaboradores, influenciando-os a participarem ativamente da
organização.
b) A promoção de benefícios como: flexibilidade de horários, prêmios por metas,
bonificações salariais e promoções.
c) O conhecimento sobre a organização, sua estrutura, colaboradores e clientes, dando
a este uma visão global sobre seus liderados.
d) O conhecimento dos processos e a capacidade de elaborar estratégias para executar
as tarefas da organização de maneira mais eficiente.
8) A liderança é um fator hoje decisivo para a sobrevivência e sucesso das
organizações perante a concorrência, para que esta liderança atinja seus objetivos é
necessário:
a) Um líder que saída administrar seus colaboradores e arquitetar estratégias para que
este possam executar suas tarefas da melhor maneira possível.
b) Uma constante relação sinérgica entre líder e colaboradores, onde o líder promova
oportunidades para que estes apresentem suas ideias e possam desenvolve-las em
equipe, com a possibilidade de haver gratificações para os colaboradores de acordo
com o seu desenvolvimento e a constante participação dos colaboradores no
desenvolvimento da organização.
c) Colaboradores que possuam as qualificações necessárias, independentemente do
trabalho em equipe e da participação de seu líder no processo.
9) Sente-se motivado em seu local de trabalho?
a) Não
b) Pouco
c) Extremamente
10) Caso surgisse uma oportunidade, você trocaria seu emprego por outro?
a) Trocaria
b) Analisaria a oportunidade
c) Não trocaria