Click here to load reader

Bianca Fernandes Daniel Miranda Francisco Araujo Gabriela Guerreiro Lais Onari Lucila Nascimento Natalia Yanai Mediação da Informação em Saúde Mental –

Embed Size (px)

Citation preview

Introduo

Bianca FernandesDaniel MirandaFrancisco AraujoGabriela GuerreiroLais OnariLucila NascimentoNatalia Yanai

Mediao da Informao em Sade Mental Museu do Centro de Ateno Integral Sade de Santa Rita do Passa Quatro (CAIS SR)Universidade de So Paulo Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras de Ribeiro PretoDisciplina: 5962037 - Mediao e Recepo de InformaoProf. Dra. Silvia Maria do Espirito Santo Ribeiro Preto2015

ObjetivosO Centro de Ateno Integral Sade de Santa Rita do Passa Quatro (CAIS SR) Foi inaugurado como de Sanatrio Colnia de Santa Rita com a finalidade de atender pacientes portadores de tuberculose. Ao final de 1973 converte-se em hospital psiquitrico Em meados de 1999 passa a ser denominado Centro de Ateno Integral Sade de Santa Rita. Atualmente referncia na rea de Sade Mental qualificar e ampliar a assistncia do seu Programa de lcool e Drogas, implementando projetos especficos no Programa de Assistncia Hospitalar; ser campo de ensino e pesquisa de graduao e ps-graduaoNo final de 1970 foi iniciado a reforma psiquitrica, chamando a ateno da sociedade para a necessidade de se buscar alternativas de tratamento para os portadores de sofrimento mental.O acervo ilustra as pocas vivenciadas pela instituio, abrangendo materiais relativos no apenas ao tratamento clnico da tuberculose, mas a um perodo dramtico em que o tratamento s doenas mentais se baseava na conteno, abandono e recluso social da dcada

Iniciativa de alguns funcionrios do Hospital que, poca, enxergaram um espao de memria uma oportunidade e um meio para a incluso e o exerccio da cidadania, no apenas para os pacientes, mas tambm para a comunidade.

A criao do museu se deu no mbito de um programa da Secretaria de Estado da Sade de So Paulo de estmulo a projetos culturais com funo humanizadora

A mediao da informao em sade mental.

Segundo Almeida (2009), A mediao da informao um processo histrico-social. O momento em que se concretiza no um recorte de tempo esttico e dissociado de seu entorno. Ao contrrio: resulta da relao dos sujeitos com o mundo.

A prpria incluso social, um processo de mediao explcita, se faz presente a todo tempo. Alm disso, torna-se necessrio um conhecimento do paciente, que envolve, geralmente, um grupo multidisciplinar.

Essa mediao entre os profissionais pode ser de forma explcita, ou implcita, quando no h presena fsica do usurio, como um mdico que l os relatos de enfermeiras, mas no tem contato direto com as mesmas. Essas interferncias no tratar dos pacientes, so por si s, a prpria mediao.A mediao descrita pelo profissional da informao, mas nesse caso no ele que a aplica, o que torna um recurso multidisciplinar, que pode ser aplicado por qualquer pessoa, mas aprimorado pelo profissional da CI e seu conhecimento tcnico aplicado

Houve uma importante mudana de comportamento na rea da sade mental como um todo, quebrando paradigmas e alterando a lgica social, como por exemplo, manicmios internalizavam excludos, e hoje, a sade mental busca inserir os pacientes no convvio da sociedade, sendo o notvel o papel da mediao neste contexto.

Hospital

Paciente psiquitrico

Antes do sculo XVIII

O HospitalSua existncia servia para isolar pessoas que no se encaixavam ou no de identificavam em uma certa sociedadeExcluso e separaoAssistncia aos pobres Morredouro

O Hospital: Quem trabalhava...EnfermeirosMdicosPessoas caridosasMulheresMendigosLeigos

No tinham conhecimento cientfico

Mdicos residenciais No eram vistos bons o bastanteNo tinham conhecimento especifico sobre psiquiatriaExperimentosModelos botnico

No tinham conhecimento cientficoPacientes Psiquitricos Vistos como loucos Possudos pelo demnio Enigma para a sociedade e saber sobre o homemBanidos: vagavam pelas cidades ou eram colocados em navios sem destino

Pacientes PsiquitricosIdade Mdia:ConfinadosMaior agressividade Menor agressividade

https://www.youtube.com/watch?v=2P_ToUVbRF8 (1:33 3:08)

Aps o sculo XVIIIHospital martimoDesordem econmica Trafico de mercadoriasResponsabilidade mdicaEpidemiasLugar no para cura, mas para impedir desordem econmica e mdica

O HospitalO HospitalSoldados carosTratamento da patologiaVigia para assegurar a curaReforma Hospitalar Transformao do saber mdico

Paciente Psiquitrico Philippe Pinel, pai da PsiquiatriaNovo tratamento para pacientes com transtorno mental (alguns)ManicmiosReeducao da alienao e desencorajar situaes indesejveis pela sociedade Mdico devia realizar com firmeza o tratamento

Paciente PsiquitricoNo sculo XIX, incluso de duchas frias, chicotadas, maquinas giratrias e sangriasPerda da famlia, individualizao, identidade e dignidadePertences eram perdidosVida esquecidaLixo da sociedadeSuperlotaoTranstorno mental e outras patologias

Pacientes Psiquitricos Psiquiatra Franco BasagliaTransformao saber psiquitrico Luta Antimanicomial: contra tratamentos violentos e resgatar a cidadania do pacienteOriginou a Reforma Psiquitrica Objetivo: defesa dos diretos humanos; rede de servio e estratgia territoriais e comunitrias.

Pacientes Psiquitricos Brasil: Anos 70Mobilizao de profissionais da rea de sade mental e de familiares dos pacientesContexto de mudana poltica; redemocratizao2001: Lei Federal 10.216: Dispe sobre a proteo e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em sade mentalPolitica de Sade Mental

Garantir o cuidado ao paciente com transtorno mental Substituio dos hospitais psiquitricosFim internao de longa permanncia Reinserindo o paciente na sociedade e famliaResgatando a individualidade

O tratamento engloba a vontade do paciente e integrao da famlia (Alana Santos, Enf do Hospital Dia).

Politica de Sade Mental no Brasilpromover a reduo de leitos psiquitricos de longa permannciaincentivando quando necessrio a internao psiquitrica se deem no mbito nos hospitais gerais e que sejam de curta duraoconstituio de uma rede de dispositivos diferenciados que permitam a ateno ao portador de transtorno mental no seu territrio (CAPs)aes que permitem a reabilitao psicossocial por meio da insero pelo trabalho, cultura e do lazer.

Pacientes Psiquitricos ...esses sobreviventes agora vivem. So personagens da cidade: vivem no cenrio urbano, vizinhos, trabalhadores e tambm turistas, estudantes e artistas. Compuseram e compem novas histrias no mundo... (S/A)

https://www.youtube.com/watch?v=ez4qSVzhkbY

http://oglobo.globo.com/rio/a-vida-de-um-homem-apos-40-anos-no-hospicio-nao-quero-mais-ser-louco-nunca-mais-12596179

A funo da Enfermagem no contexto da Sade MentalA enfermeira estabelece o primeiro contato com o usurioOnde ocorre a construo da confiana entre o profissional, a famlia e o paciente.A enfermagem o elo entre profissionais e usurios

Fonte: Aguiar ,M.G. A reinveno do ser enfermeira no cotidiano da Casa de Sade Anchieta e Ncleos de Ateno Psicossocial [dissertao]. So Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de So Paulo; 1995.Pode-se observar que a participao da enfermeira na equipe parece ser a mediao necessria para que ocorra o entrosamento, conforme observado no relato a seguir:A prtica da enfermeira aqui no CAPS muito atuante. Existe uma relao, todo um envolvimento, a enfermeira tem sido uma pea chave para que tudo se concretize e haja todo um andamento do servio, desde o atendimento do usurio quando ele chega em crise, at a sua alta.

Fonte: Aguiar ,M.G. A reinveno do ser enfermeira no cotidiano da Casa de Sade Anchieta e Ncleos de Ateno Psicossocial [dissertao]. So Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de So Paulo; 1995.O(a) enfermeiro(a) possui uma carga horria maior nas atividades. Por isso, sua relao com o usurio se torna mais prxima, acompanhando-o desde sua acolhida e tratamento na instituio e sua (re)integrao na sociedade.

Fonte: Oliveira, F.B. Construindo saberes e prticas em sade mental. Joo Pessoa: Editora da UFPB; 2002.

As atividades desenvolvidas pelas enfermeiras nos CAPS do Alto Serto Paraibano vo alm da administrao de medicamentos, alimentao e higiene. Destacam-se tambm as seguintes atividades: triagem, visita domiciliar, reunies de equipe, orientao ao usurio e aos familiares sobre a doena, o tratamento e o uso de medicamentos, supervises dos servios de enfermagem, participao em eventos festivos (carnaval, semana santa, festa junina, natal e comemorao dos aniversariantes do ms), palestras na comunidade, participao em grupos teraputicos, entre outras.

A triagem uma atividade desenvolvida pelo(a) enfermeiro(a) nos servios abordados neste estudo. Essa atividade se constitui o momento de acolher a pessoa com transtorno mental e valorizar o contedo de suas falas, buscando identificar o perfil da pessoa a ser atendida.

Fonte: Oliveira, F.B. Construindo saberes e prticas em sade mental. Joo Pessoa: Editora da UFPB; 2002.

O enfermeiro(a) representa o elo entre profissionais e usu- rios, a mediao necessria para que informaes importantes acerca dos usurios circulem, haja maior interao entre profissionais e usurios, e continuidade no tratamento.

Fonte: Oliveira, F.B; Silva, K. M.D; Silva, J. C. C.; Percepo sobre a prtica de enfermagem em Centros de Ateno Psicossocial. Rev. Gacha Enferm. (Online), Porto Alegre , v. 30, n. 4, p. 692-699, Dec. 2009 . Disponvel em . Aceso em 22 Nov. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472009000400016.

Genograma utilizado como um instrumento para engajar a famlia, rever dificuldades familiares, verificar a composio familiar, clarificar os padres relacionais familiares e identificar a famlia extensa.

Genograma e Ecomapa na Psiquiatria

Pode ser utilizado como instrumento importante na caracterizao e cadastramento dos grupos familiares na Estratgia de Sade de Famlia (ESF), com vistas ao trabalho de promoo sade da comunidade e preveno de agravos.

O conhecimento do funcionamento da famlia, de suas caractersticas, do contexto social, cultural e econmico no qual est inserida, de fundamental importncia para a realizao do planejamento das intervenes de sade.

Com as informaes coletadas com a famlia e com o usurio possvel verificar um padro de repetio familiar de patologia psiquitrica.

https://www.youtube.com/watch?v=m4Zoj3a-oxI 0:10- 1:51

Experincias em campo de estgioSimulao de visita ao Museu do Centro de Ateno Integral Sade de Santa Rita do Passa Quatro (CAIS SR): Descrio dos principais ambientes e avaliao dos ambientes diversos.

RefernciasAguiar ,M.G. A reinveno do ser enfermeira no cotidiano da Casa de Sade Anchieta e Ncleos de Ateno Psicossocial [dissertao]. So Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de So Paulo; 1995.Oliveira, F.B. Construindo saberes e prticas em sade mental. Joo Pessoa: Editora da UFPB; 2002.Oliveira, F.B; Silva, K. M.D; Silva, J. C. C.; Percepo sobre a prtica de enfermagem em Centros de Ateno Psicossocial. Rev. Gacha Enferm. (Online), Porto Alegre , v. 30, n. 4, p. 692-699, Dec. 2009 . Disponvel em . Aceso em 22 Nov. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472009000400016.WENDT, Naiane Carvalho; CREPALDI, Maria Aparecida. A Utilizao do Genograma como instrumento de coleta de dados na pesquisa qualitativa.Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre , v. 21,n. 2,p. 302-310, 2008 . Disponvel em: . acesso em 22 Nov. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722008000200016REVISTA de PSIQUIATRIA CONSILIAR e de LIGAO,2008-2011. O Crculo Familiar de Thrower em Psiquiatria. Ana Bessa Monteiro ; Diana Correia ; Ana Maria Moreira 59p. Disponvel em: < http://www.psiquiatria-cl.org/16_9_cl_Revista2011.pdf#page=57> Acesso em: 22 Nov. 2015.MELLO, Dbora F. de et al . Genograma e ecomapa: possibilidades de utilizao na estratgia de sade da famlia.Rev. bras. crescimento desenvolv. hum., So Paulo , v. 15,n. 1,abr. 2005 . Disponvel em . acesso em 22 nov. 2015

CENTRO CULTURAL MINISTRIO DA SADE. A reforma psiquitrica brasileira e a poltica de sade mental. Disponvel em: Acesso em: 22 nov. 2015.CATLOGO DO MUSEU DO CAIS SR. Disponvel em: . Acesso em: 22. nov. 2015.A COMUNICAO COMO DISPOSITIVO TERAPEUTIZANTE: Mais Mediao, Menos Medicao. Disponvel em . Disponvel em 25/11/2015. BICHO DE SETE CABEAS. O filme. Disponvel em Acessado em 23/11/2015. NISE DA SILVEIRA. Vida e obra. Disponvel em . Acessado em 25/11/2015. Almeida Jnior, O.. MEDIAO DA INFORMAO E MLTIPLAS LINGUAGENS. Tendncias da Pesquisa Brasileira em Cincia da Informao, Amrica do Norte, 2 8 10 2009. NISE DA SILVEIRA. Disponvel em < https://pt.wikipedia.org/wiki/Nise_da_Silveira>. Acessado em 24/11/2015. PINTO, Glucia Uliana; GOES, Maria Ceclia Rafael de. Deficincia mental, imaginao e mediao social: um estudo sobre o brincar. Rev. bras. educ. espec., Marlia , v. 12, n. 1, p. 11-28, Apr. 2006 . Available from . access on 26 Nov. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-65382006000100003